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USHUAIA - FIM DO MUNDO - MAIO/2019
Alexandre Cabral postou um tópico em Argentina - Relatos de Viagem
Gostaria de deixar o meu primeiro relato com a certeza de que ainda viram muitos outro! Como nos concentramos apenas em Ushuaia, por questão de logística, pois não tinha voos diretos de Ushuaia para Calafate nesse período específico, decidi deixar meu relato do ponto de vista de alguém que tentou aproveitar ao máximo o que Ushuaia tem a oferecer. Poderia ter economizado muito mais do que o fiz, mas como a maioria das viagens de ultima hora, paguei um preço a mais. O fato de ter ido em baixa temporada, amenizou um pouco a situação. Minha viagem foi no começo de maio/2019 e durou uma semana. Comprei pacote aéreo (aerolíneas) + hotel pela decolar. O voo saia de São Paulo para Ushuaia com escala de 6h em Buenos Aires e com troca de aeroporto, pois voos internos são operados no Aeroparque. A aerolíneas disponibiliza transfer gratuito, é só entrar no site deles ir em: serviço ao cliente -> serviço de transfer -> preencher seu sobrenome, o código de reserva e e-mail, dai você recebe os vouchers por e-mail tanto o de ida quanto já o da volta em QR code, é só apresentar na hora de pegar o transfer. No site tem os horários que, se não me engano, é a cada hora, o transfer é operado pela empresa Manuel Tienda León. Os passeios que cotei ainda estando no Brasil estavam muito caros e decidimos olhar os preços quando chegamos lá, uma vez que, sendo baixa temporada, não teríamos o risco de ficar sem vaga. Negociando diretamente com a agência, o preço é totalmente diferente, muito mais barato, fechamos todos os passeios com a Brasileiros em Ushuaia que montou um roteiro de passeios de acordo com nossa disponibilidade. Com exceção da Expedição Off Road 4x4 + caiaque (que é opcional, mas vale a pena), dos outros passeios que fiz, não era realmente necessário fazer por agência. Lembrando que, certos passeios, são feitos em determinada época do ano e outro são feito o ano todo. 1. Letreiro 1º Dia - Chagamos as 8h e pegamos o transfer, que já estava incluso, até o hotel, ficamos no Hostal del Bosque, nos instalamos e fomos ver os passeios, fechamos tudo já no primeiro dia, mas lembrando que durante a viagem foi possível rever a ordem dos passeios para a que melhor nos atendesse. Devido ao cansaço, ficamos pela cidade conhecendo alguns ponto turísticos como o letreiro, a avenida San Martín que é a principal e é onde fica tudo e aproveitamos para visitar o museu marítimo e presídio. Para fazer a visita no Museu, é preciso pagar a entrada, estando lá dentro, pudemos explorar as galerias onde tinham as exposições e mais a frete o presídio, seus anexo e as selas. Cada sela conta um pouco da história do lugar com fotos, representações dos presidiários que passaram por lá. Dentre os anexos, há um que esta preservado como foi deixado a anos e a sensação de entrar lá é surreal, vale muito a pena a visita. A noite fomos relaxar no pub Dublin que é sempre cheio de gente e um dos melhores bem estilo Irlandês. 2. Placa Ushuaia FIn del Mundo 3. Museo Maritimo y del Presidio de Ushuaia 2º Dia - Trem do Fim do mundo + Parque Nacional Terra del Fuego - Da pra pegar um táxi e ir para a plataforma do trem, comprar o ticket e fazer o passeio tudo por conta, depois para o parque precisa outra condução. O trem em si é bem simples mesmo, mas o que vale a pena é a paisagem pelo caminho, realmente parece que se esta dentro de um filme. O trem faz uma parada e é possível descer tirar fotos e explorar um pedacinho do lugar. Na entrada ganhamos um fone de ouvido e durante todo o trajeto, é possível escutar sobre a história dele, em vários idiomas. No parque nacional, vemos alguns lagos, entramos na floresta e caminhamos até um café que tem um pouco mais acima onde a vista é incrível e é possível degustar um chocolate quente maravilhoso. Nesse mesmo passeio, foi ao correio do fim do mundo, tem que dar sorte de ele estar aberto, pois os horários de funcionamento são meio bagunçados. Demos sorte de achar aberto e pudemos carimbar o passaporte com o selo de lá, o lugar é em interessante, vende cartão postal e funciona como um correio normal. 4. Passeio no trem do fim do mundo 5. Parque Nacional Terra do Fogo 6. Correio do Fim do Mundo 3º Dia - Glaciar Martial + Bar de gelo - Para o glaciar é só pedir um táxi até a casa de chá que fica no pé do glaciar e de lá da pra subir tranquilo. Como era outono, a pista de esqui não estava aberta, por isso dava para subir o glaciar por ela. A caminhada até a parte de cima não é pesada e é tranquila de fazer e mais uma vez a vista surpreende em cada cantinho daquele lugar. O bar de gelo é tipo uma câmara fria a -20ºC que server bebida durante 20 min, não achei muita graça, da pra passar sem, mas como fazia parte da experiência, la fomos nós. 7. Glaciar Martial 8. Bar de Gelo 4º Dia - Trekking Laguna Esmeralda - Para mim que nunca tinha feito trekking foi muito bom ter ido com a agência, mas pra quem já é acostumado, é o mesmo esquema, táxi ate a entrada e de lá segue até a laguna. Esta sinalizado e sempre tem gente por conta fazendo o trajeto. É uma caminhada de 4h ida e volta, passamos perto de represa de castores, dentro do bosque, lugares com lama, riachos, até chegar na laguna é um pouco cansativo então é bom reservar um dia para esse passeio. 9. Laguna Esmeralda 5º Dia - Navegação Canal Beagle - No porto tem as empresas que vendem o ticket para a navegação, que se não me engano é de manhã e a tarde. Também tem que pagar uma taxa no porto na hora do embarque, não me lembro o valor mas não é nada absurdo. Vimos o Farol Les Eclaireurs, conhecido como o farol do fim do mundo e ilhas com leões marinhos e aves, não era época de pinguins. 10. Farol Les Eclaireurs (Farol do Fim do Mundo) 11. Colonia de Aves no Canal Beagle 6º Dia - Expedição Off Road 4x4 + caiaque sunset - É uma passeio noturno, vale muito a pena, o caiaque como já disse, é opcional, mas é muito legal o passeio e vale a pena também. De dois em dois, entramos no caiaque e remamos no lago escondido seguindo o guia, o fundo do lago é cristalino e incrível, ficamos até o pôr do sol admirando a vista. Depois voltamos a rota adentrando a uma floresta já a noite e paramos perto do lago fagnano. O passeio termina com um churrasco numa clareira no meio do floresta, com direito a fogueira e marshmallow. É uma ótima maneira de fechar a viagem com chave de ouro. 12. Lago Escondido 13. Caiaque sunset, Lago Escondido 14. Lago Fagnano 15. Churrasco e Marshmallows 7º Dia - Foi o ultimo dia então tiramos para comprar algumas lembrancinhas, como tinha nevado nas montanhas, pegamos um táxi e voltamos ao glaciar para ver como estava e era outra paisagem tudo branquinho de neve. 8º Dia - Pegamos o transfer as 07h e fomos para o aeroporto pegar o voo de volta. SEGUE ALGUNS VALORES QUE TINHA ANOTADO!👇👇👇 -Passagem Aérea + Hospedagem = R$2.319,22 Passeios Trem do fim do mundo + parque nacional Tierra del fuego Glaciar Martial + Bar de gelo Trekking Laguna Esmeralda Navegação no Canal Beagle Off Road 4x4 + Caiaque Sunset Total dos passeios = R$1.457,00 -Seguro Viagem= R$174,25 Onde fiquei tinha café da manha incluso, no passeio da laguna tem lanche, em outro passeio que não me lembro qual, teve um almoço antes do passeio, para comer comprávamos no mercado e uma vez ou outra comíamos fora. Daí não sei esse valor ao certo porém, não achei os preços muito caros. Vale lembrar que não era alta temporada, que provavelmente influenciou no preço. Qualquer dúvida, estou as disposição! O Post ainda precisa ser melhorado, qualquer sugestão é bem vinda! 😃- 18 respostas
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Olá, amigos do fórum. Entre os dias 22 e 29 de abril, fiz uma viagem de uma semana em Ushuaia, na Tierra del Fuego. Obtive muitas dicas importantes na internet sobre esta viagem e muitas delas eu consegui aqui, no mochileiros.com Por tanto, quero deixar uma pequena contribuição, que na verdade são apenas mais dicas e um relatinho sem vergonha, mas com algumas informações que eu não consegui encontrar sobre “Campings”. Sim, talvez, estas pequenas dicas sejam mais úteis para quem quer fazer uma trip mais “roots”, onde possa otimizar o maximo de custos possíveis. As fotos ainda não foram editadas. Estão totalmente "crus", então não se importem com a exposição, enquadramento e etc. Bom, vamos lá. Mas antes: É possível acampar em Ushuaia e fazer uma viagem com pouca grana? Sim. Explico na última dica, então se vc só está interessado nessa informação, pule tudo e vá direto até o último tópico. ________________________//___________________________ 1° Dica: Câmbio Leve sua grana em Dollar. A cotação do dólar para Pesos está mais atrativa do que a do Real, e em todos os relatos que li, mesmo nos mais antigos, diziam a mesma coisa. Eu paguei R$2,39 no dólar, em São Paulo, antes da Viagem. Onde fiz câmbio: Em um Cassino chamado Cassino Status. Ele fica em uma rua chamada Cômod. Augusto Lassere. Não me lembro o número, mas é uma travessa da San Martín (como quase todas as ruas da cidade), subindo. Você deve entrar no hall do cassino e dizer que quer fazer câmbio. Eles vão pedir para você entrar dentro do salao e seguir até o final, onde você encontrará dois caixas, e será acompanhado de uma mulher com cara coronel e de poucos amigos. Real: 4 Pesos para cada 1 real. Dólar: 10, 50 Pesos para cada 1 dólar. (*_*) Maravilhoso! Não achei nenhum lugar com estes valores. A maioria, inclusive o taxista cobravam 8 Pesos para 1 dólar. ___________________//______________________ 2° Dica: Hospedagem Na minha pesquisa, eu queria muito saber sobre campings. Não apenas porque é mais barato, mas porque eu realmente queria ficar acampado em Ushuaia, pelo menos metade dos dias em que estive lá. 1° para testar minha barraca. 2° para passar um friozinho e testar minhas roupas e meu saco de dormir. 3° porque me parecia ser animal acampar no fim do mundo. No final das contas, desisti, porque minha mochila estava pesada e eu estava levando quase 4 kg de equipamento, sem ter a certeza se na cidade eu conseguira um lugar para ficar acampado. Optei por um hostel. É a segunda opção mais barata. Escolhi o Antártica Hostel, depois de descobrir que este era o que mais parecia ser adepto a ideia de colocar as pessoas para se falarem dentro do Hostel. Lá existe uma área comum, com sofás onde você troca ideia com outras pessoas que estão hospedadas e acaba descolando alguns amigos, ou um romance, se esta for sua intenção. Onde fiquei: http://www.antarticahostel.com Diária: 140 Pesos (Café da manhã incluso – Ovos, Pães, Geléia, Doce de Leite, Manteiga, Suco, Café, Leite, Cereais), Toalhas para banho inclusas. Internet em um PC e Wi-Fi incluso. *Se você considerar que a diária está saindo por R$35,00 na nossa cotação, vale realmente a pena pensar se você quer mesmo acampar. Isto porque este café da manhã (se você for monstro como eu), elimina a necessidade do almoço, que pode ser simplesmente trocado por um lanche simples e alguma outra bobeira. *Além do café comum, eu incluía nessa refeição 3 ovos mexidos, fritos na manteiga, o que tornava meu café-da-manhã literalmente um “pequeno-almoço”. Isso me dava sustento para fazer os meus passeios durante todo o dia, comendo alguma coisa pra enganar até que eu chegasse no Hostel novamente no fim da tarde e preparasse meu jantar. Observações sobre o Hostel: Na minha opinião, vale muito a pena, mas considere o seguinte: - Não espere uma cozinha com utensílios novos e totalmente livres de gordura, mas no geral é limpo. - Você compartilhará duas geladeiras com outras pessoas. Apenas deixe suas coisas em um saco plástico em um cantinho e ninguém vai mexer. - Os banheiros são como um vestiário. Os chuveiros são quentes. As vezes BEM quentes. Você controla a saída de água fria e quente ao mesmo tempo, mas as vezes ele tem uns surtos e ferve mais do que deveria. Então, quando tiver conseguido o “ponto”, relaxe e goze (mas não literalmente, porque existe o pequeno problema de que sua cabine será inundada alguns minutos após o início do seu banho (acho que os ralos devem ter pouca vazão ou serem entupidos de cabelo) e você ficará com os pés cobertos de água. (Só de pensar nessa possibilidade, eu tenho vontade de por meus pés de molho em um balde com cândida) - Você precisará passar por uma área aberta, ao sair do chuveiro ou se quiser levantar a noite para fazer um Pip`s feroz. Isso porque os banheiros ficam na parte de baixo e os quartos na parte de cima. A cozinha dá acesso a uma porta que dá em uma varanda que é aberta e te leva aos três ou quatro quartos que há no andar de cima. Isso realmente não foi um problema pra mim, já que fiquei no primeiro quarto e o tempo de exposição ao frio eram só 3 segundos - As camas são beliches (3 em cada quarto) e não fazem nenhum barulho quando você se mexe. - Os quartos possuem calefação e você não passa o mínimo frio lá dentro. Dá até pra dormir de cueca. Mas eu estava indeciso se a Argentina que estava na cama da frente iria gostar disso, então resolvi não arriscar. - Acho que o preço de R$35 Dilmas e todos os pontos positivos desse Hostel, incluindo a atenção bacana que o pessoal, inclusive o Gabriel, o dono, realmente compensam todos os pontos negativos. ___________________//______________________ 3° Dica: Comida Acho que não contei que comprei minhas passagens com milhas acumuladas no meu cartão de crédito e que estava sem grana e que planejei uma viagem qualquer muito rápido, apenas porque meus pontos iriam vencer e eu perderia 3 anos de acúmulo. Então, eu sinceramente não estava preparado para essa viagem e não tinha dinheiro suficiente para fazê-la. Por tanto, a possibilidade de comer todos os dias fora estava totalmente fora de cogitação. Por isso, eu fui com uma missão: sobreviver uma semana de miojo, já que eu nunca tinha cozinhado na minha vida e tão pouco criado interesse de aprender nos dias antecedentes à viagem. Eu pensei, de verdade, que eu poderia me garantir no Miojão maroto e naquele arroz semi-pronto e temperado, que você só precisa botar para cozinhar (tipo Arroz-Tio-João) ou qualquer coisa assim que eu já tinha visto por aqui. O problema foi chegar lá e descobrir que não havia nem miojo, nem arroz semi-pronto no supermercado. Maluco do céu, bateu um desespero e por um segundo e eu me arrependi amargamente de nunca ter visto minha mãe cozinhar um macarrão. Mas eu não sou tão idiota quanto pensei, e numa mescla de coragem e determinação, comprei algumas coisas pra tentar cozinhar uma gororoba qualquer pra não morrer de inanição em Ushuaia, confiando no querido Google para me ensinar a preparar os alimentos. Onde comprei: Supermercado La Anonima *Fica no quarteirão de cima da rua do Antártica. 4 minutos de caminhada. O que comprei (Que eu me lembre / em duas visitas ao supermercado) 1 kg de arroz 1 pacote de macarrão 3 bifes de carne de vaca (não sei dizer que parte do boi era aquela carne, mas era bem saborosa.) 1 caixa com 4 ou 6 ovos (dispense, tem no hostel – basta esconder alguns no seu canto da geladeira, após o café da manhã) Uns 8 litros de Água entre garrafa grande e pequenas 2 caixas de suco 1 Água tônica 2 Cervejas de 500 ml 1 tempero para carne 1 tempero para arroz 1 Sal (dispense, obviamente tem no hostel, assim como óleo e etc) 1 Desodorante e um sabonete (Fui só com um mochilão dentro do avião, então jogaram meu sabonete líquido e meu aerossol fora, porque o imbecil aqui se esqueceu de que isso não podia embarcar, sem ser despachado) Preço: Não tenho certeza, mas tudo custou mais ou menos uns 200 Pesos (R$50) Bom, eu sou totalmente sem noção de cozinha, então minha comida ficou horrível. O arroz duro e o macarrão sem sal. Haha Mas eu sou bem despreendido e não me importei em seguir as receitas ou tentar incrementar minhas refeições com coisas tipo salada, ou temperos diferentes e blá blá blá. Eu chegava morto no hostel, jogava o arroz na panela, tacava sal, o temperinho que comprei, fritava um bife e mandava ver. Ficou tudo “engolível”, por assim dizer e eu não passei fome, pelo menos. Reservei 2 dias para comer fora. Queria experimentar dois pratos típicos da região. O cordeiro patagônico e a Centolla (o famoso Caranguejo gigante). Acabei provando apenas o cordeiro. Muito gostoso, mas a carne de boi estava melhor (eu dividi com uma mexicana que conheci e decidimos pedir cada um, um prato e comer metade do outro). Acho que custou uns 140 Pesos, o meu prato, em uma das dezenas de opções na San Martín ou na Maipú. A Centolla, acabei não comendo. A mexicana foi embora e eu pensei que ir sozinho ao restaurante seria chato, então resolvi comer no hostel mesmo, já que era meu último dia. Este prato custava mais ou menos uns 200 Pesos na maioria dos lugares onde olhei. Observação: *Não deixe de experimentar as empanadas. Não achei o tal do dieguito (sim, você vai ouvir o pessoal falando sobre a tal empanada do Dieguito), mas sendo bem sincero, eu nem procurei direito. Comprei as minhas no El Vagon ($9 e $11, dependendo do sabor), um restaurante que parece um vagão do trem que levava os prisioneiros da cidade para trabalhar no parque nacional. Peça a de presunto e queijo (não me lembro como se chama, mas no final está escrito “queso”) Elas explodem um sabor delicioso na boca. Uhmmm, delícia! ___________________//______________________ 4° Dica: Transporte e Passeios. Sobre o taxi, do aeroporto até o centro, você vai gastar mais ou menos $60 Pesos, ou $5 Dólares. Não aconselho a ir a pé, mochileiro selvagem. Isso vai te custar tempo e pernas. Sobre os passeios, eu resolvi que faria os seguinte: 1° Dia Conhecer a Cidade Tirei esse dia para conhecer a cidade, decidi o que eu ia fazer, ir ao mercado, e dar uma andada a pé. /// 2° Dia Canal de Beagle. Onde comprei o tícket: Ushuaia Extreme Travel (http://www.ushuaiaextremotravel.com) Fica na San Martín. Preço: $450 (ui) Pesos (Valor praticamente tabelado para todas as agências) Duração: 2,5 h mais ou menos Você vai falar com a Janaína. Ela, o marido e um cachorro se mudaram para a cidade a três meses e têm uma página no Facebook chamada “Brasileiros em Ushuaia” (https://www.facebook.com/BrasileirosemUshuaia?fref=ts) Pode fazer perguntas a vontade pra eles, que são super gentis, te respondem e te auxiliam em tudo. Quando você realmente estiver pronto para ir, eles poderão te recepcionar, te buscar no aeroporto, fechar passeios e etc. Trabalham em parceria com essa agência Extreme. Recomendo que você feche tudo com eles, até para dar uma força porque eles realmente merecem só pela simpatia. Não conheci o Mario pessoalmente, mas a Jana é super gente boa e trocamos uma boa ideia durante um bom tempo. Foi engraçado, quando cheguei no aeroporto e vi um cara pegando dois brasileiros e conversando com eles, no caminho até o carro. Eu imaginei que fosse o Mário, mas só descobri que realmente era depois, ao perguntar para sua esposa. Por tanto, vale a pena você trocar ideia com eles, se quer ter um auxílio no seu planejamento e chegada na cidade. Observação sobre o passeio: O passeio para andar com os pinguins não estava disponível, porque em abril eles já se foram fugindo do frio, então eu decidi ir no tal do barco Catamarã e paguei. Poxa, cara, foi legal, mas não sei se faria de novo. Eu estava sozinho, então acho que isso influencia um pouco porque você vê um monte de velhinhos e de casais e talvez não curta vibe do rolê realmente. Eles te levam bem perto de uma ilha com lobos marinhos, e outra com comorones, que são pássaros que se parecem com pinguins. Além, é claro, do farol Les Eclaireurs, que não, não é o último farol do continente, ou o farol do fim do mundo, ou farol do livro do Júlio Verne e etc. e tal., como você descobrirá em suas pesquisas. As paradas são bem rápidas, por tanto, a maior parte do tempo você passa navegando. Ah, você também desce em uma ilha, para caminhar durante uns 10 minutos. O ponto mais positivo foi que lá, eu conheci a Mexicana, que também estava sozinha . Nota: *Agasalhe-se bem. Faz frio pra caramba, na parte de fora do catamarã. *A ilha dos lobos e dos comorones tem um cheiro horrível de coco. *Você ganhará uma cópia bem infantil de um certificado de que navegou pelo canal de Beagle. (ooooohhhh) e ganhará um vale brinde para ir em uma loja de artigos para presentes pegar um mapa da Terra do Fogo. Isso é realmente legal. /// 3° Dia Glaciar Martial Tome um taxi e peça para ele te levar até o Glaciar. Custa em torno de $60 Pesos. Também sugiro que você não suba a pé, porque a subida é bruta. Leve um lanche e um suco. Observações sobre o passeio. *Show de Bola. A visão lá de cima é animal! * Os teleféricos não estavam funcionando. *A subida é puxadinha, mas mesmo que você seja gordo ou velho, você conseguirá chegar até o final, devagarzinho. * Esqueci de tomar o chá que todo mundo fala pra você tomar, na hora que você desce (nem ligo), porque desci discutindo a política do brasil com um casal muito gente boa de argentinos, e como eram professores e estavam na pindaíba que nem eu, decidimos rachar o taxi para descermos juntos até o centro novamente. Por isso, nem tive tempo de lembrar do tal chá. * Não quis me arriscar pela neve lá no topo. Dizem que você pode subir durante mais 1 hora, eu acho. Não foi por falta de coragem, foi por preguiça mesmo. Estava cansado. Mas se tiver disposto e se sentir seguro, vá! /// 4° Dia Laguna Esmeralda - A entrada fica na única estrada que liga Ushuaia ao resto do mundo. - Você pode ir de Taxi, o que te custará bem caro (O preço oficial da cooperativa dos taxistas é tabelado $300 Pesos, e você poderá negociar), ou pegar um transfer por $110 ida e volta (com direito a uma rosca recheada e um copo de chá bem quentinho). Você pode solicitar no seu hostel, ou ir até a av. Maipú, não me lembro ao certo onde, mas você com certeza verá o ponto dos Transfers, andando por esta avenida. Eles ficam todos no mesmo lugar. A Laguna está localizada ao final de um trilha que começa no Vale do Lobos. Existe a possibilidade de você começar uns 200 mts antes do parque, por uma trilha em que você não precisará pagar os $20 Pesos, que é a taxa para passar pela propriedade, que também conta com um lugarzinho aconchegante para você comer e tomar um chocolate. Você receberá um pequeno mapa e algumas dicas sobre a trilha. Verá também os cães que no inverno puxam o trenó naquele mesmo vale. Coitados. Ficam presos. Observações sobre o passeio. *Indispensável. Obrigatório para todos que vão a Ushuaia. *O caminho não é fácil. Sugiro um pouco de preparo ou pelo menos força de vontade. O terreno, em alguns lugares, é um charco de terra molhada, onde você com certeza, em algum momento, afundará seus pés e talvez canelas. Por isso, sugiro uma bota ipermeável para não sofrer tanto. Contudo, acrescento que vi pessoas fazendo com tênis comum. É claro que não estavam se importando com a maneira como terminariam aquele passeio, com relação a sujeira e pés molhados. *Dê a volta do lago e veja a vista do outro lado. É lindo! /// 5° Dia Aluguei uma Bike. Nesse dia, eu acabei acordando mais tarde do que planejei e estava em dúvida se iria para o Parque Nacional e dormiria no abrigo que tem lá, ou se apenas iria e voltaria para retornar no dia seguinte. Fiquei procurando na cidade barraca para camping e saco de dormir para alugar. O saco de dormir eu encontrei, mas a barraca não encontrei, então resolvi pegar uma bike e ir até lá para ver como era. Aluguei a bike na mesma agência em que fechei o Canal de Beagle, a Extreme Travel Ushuaia. $140 Pesos meio dia ou $200 Pesos 24 horas. Acabei conseguindo negociar para ficar mais horas do que metade do dia. Fui até a entrada do Parque Nacional Terra do Fogo, para ver as paisagens até lá. O caminho é basicamente por uma estrada em sua maior parte de terra. Então localize-se, pergunte o caminho e depois é só seguir em frente. Você verá coisas incríveis e poderá fazer um desvio para ir até a estação do fim do mundo, de onde fazem o passeio pelo parque de trem. Tomei um chocolate por lá. Bem caro! Mochileiros, não invente de fazer o passeio de trem. Totalmente fora de cogitação pra quem quer economizar. Sem contar, que não faz sentido você ir a um parque daqueles pra andar de trem. Na volta, dei uma andada nos arredores da cidade, passando por lagos, praças e etc. /// 6° Parque Nacional Terra do Fogo No domingo, fui conhecer o Parque Nacional. Acordei bem cedo e pedi para Staff solicitar que o Transfer me pegasse antes das 9h, porque queria ir na primeira partida (Eles partem, de onde saem os Transfers na av. Maipú de 1 em 1h). Paguei meu ticket em aproximadamente 30 minutos estávamos na entrada do parque. Para minha deliciosa surpresa, o primeiro transfer aos domingos entra de graça. Então, essa é mais uma dica pra você economizar $100 Pesos, organizando este passeio para esse dia. Você receberá um mapa com as trilhas que pode fazer dentro do parque. Eu não fiz todas (não é possível fazer muitas em um só dia, porque os transfers estão voltando com a última van as 17h, então se você ficar lá depois desse horário, vai ter que dar uma boa caminhada de volta, ou pedir uma carona. Escolhi fazer a Senda Costeira, que é a maior trilha do parque, com duração aproximada de 4h. Você andará boa parte da trilha margeando o Canal Beagle. Observações sobre o passeio: *Trilha bem demarcada. Você poderá se perder, mas nada grave. É só retornar um pouco e reencontrar seu caminho, seguindo as estacas amarelas. A dificuldade é média. A paisagem é show! *Leve Água É no início desta trilha que você pega o tão famoso carimbo do fim do mundo no seu passaporte (você lerá todo mundo mandando você não esquecer disso). Por tanto, não faça como eu, que levou o passaporte e esqueceu de passar na pequena agência de correios da argentina e pedir o tal do carimbo. Para quem se esquecer, existe uma agência de correios na av. San Martín que também dão o maldito carimbo de graça (uffa!! Quase vim sem meu carimbo.) Quando terminar esta trilha, você sairá na estrada por onde circulam os carros, transfers, bicicletas, motos e etc. É a única estrada que corta todo o parque. Na verdade, esta é o final da rota 3. A famosa estrada que corta a Argentina e liga o fim do mundo à Rota Panamericana, aquela que vai até o Alaska por toda a América. Por isso, você verá vários cicloturistas nessa estrada em sua peregrinação até o fim do mundo, já que o fim da rota 3 em Ushuaia é onde está a Baía Lapataia, onde fica aquela placa Marrom que todo mundo tira foto (inclusive eu, veja aí embaixo). - Ao sair da trilha Costeira, continue pela estrada ou siga seu mapinha de trilhas para continuar parte do caminho por outras trilhas menores que desviam o caminho da estrada principal e passam por mais um pouco de mato (achei desnecessário. Não havia nada demais, e em dado momento precisei escalar um pequeno paredão de rocha para voltar para trilha. Então talvez, os mais preguiçosos não curtam. - Não deixe de fazer o pequeno desvio para ver a Laguna Negra. É realmente show de bola! Foi ao continuar na estrada que conheci a pessoa que mudou todo meu conceito sobre viagem roots (não que eu tinha um). Conheci a Marion, uma francesa maluca que está viajando por toda a América do Sul de carona e andando. Ela estava vindo desde São Francisco nos EUA, assim. Ela viaja com duas mochilas pesadas e acampa todo tempo. Foi assim que eu descobri que poderia ter acampado facilmente no parque. Existem pontos para camping independente (encontrei a Marion em um desses) e outros organizados, onde você provavelmente paga uma taxa para ter acesso a luxos como chuveiro, pia e etc. Não cheguei a ver, mas com certeza é barato. Um funcionário me disse que para dormir em um abrigo, custava cerca de $100 Pesos, então imaginei que o camping fosse bem mais barato. A Marion estava desarmando suas coisas por volta das 13h, quando eu acenei para ela e ela acenou de volta. Fui até ela e começamos a conversar (eu me amarro em mochileiros! Imagina em MOCHILEIRAS!!! ). Ela me contou sobre sua viagem. Eu dei meu últimos 200 ml de água para ela e ela me agradeceu com um abraço apertado e muito sincero. Assim, ficamos amigos, ajudei ela a montar seu acampamento e continuamos juntos até a Baía Lapataia. Eu levei sua mochila (Não sei como uma menina daquele tamanho leva um chumbo daqueles por tanto tempo.) Ela me deu várias dicas de como fazer uma viagem assim, sem gastar muito ou quase nada, já que eu tenho um desejo reprimido de viajar pela América de mochilão nas costas, pouca grana no bolso e muito pé na estrada. Fomos até a Baia Lapataia e ficamos de bobeira trocando ideia e dando muitas risadas. Conversamos sobre várias coisas lindas. Eram umas 16h e eu teria que esperar meu transfer até as 17h, pois lá seria um dos pontos onde ele passaria para pegar quem quisesse voltar para a cidade. A Marion cogitou a possibilidade de pular a cerca que delimitava o fim da área onde se podia ir e continuar por uma trilha que ia baía a dentro. Um motorista disse que era possível, mas que aquela trilha, mesmo estando no mapa, estava fechada e que se algo acontecesse com ela por lá, ninguém a iria encontrar. (Uouuuuu!!!) Mas para a surpresa do motorista, a francesa abriu um sorriso e disse que mesmo assim iria, porque seria uma aventura e tanto (*_* Que menina legal!!!) O motorista do outro transfer deu 2 litros de água fechados para ela. Vocês não imaginam a festa que a garota fez. Eu me cocei para ir com ela. Queria muito ter tido mais tempo para conversar com a Marion e fazer uma bela amizade com ela, mas infelizmente eu enão teria como voltar a tempo para o transfer. Ela disse que eu poderia dividir a barraca, mas ela temia porque não caberíamos os dois em um só saco de dormir e que o frio era terrível a noite... (Que figura, aquela garota!!!) Eu sabia disso obviamente e desde o início sabia que não daria pra mim. Ajudei ela a colocar o protetor de chuva nas duas mochilas (começou a chuviscar), coloquei o Mochilão em suas costas. Tirei meu alfajor e um chocolate (minhas últimas comidas) e dei pra ela (mais um longo abraço de agradecimento) e antes de nos despedirmos, me lembrei que não havia pago os $100 Pesos de entrada no parque e quis retribuir aquela benção, abençoando a garota com uma graninha para ajudar na viagem. Ela quis recusar, porque insistiu que era muito dinheiro e etc. Hahaha Eu insisti que ela deveria pegar, porque eu tinha planejado gastar aquela grana então pra mim não faria diferença alguma. Ela finalmente aceitou. Nos despedimos com um longo abraço e trocamos nossos contatos. Fiquei observando aquela garota incrível ir sumindo da minha vista e entrando na natureza, com toda aquela força e coragem exibida em duas mochilas. Ela olhava para trás de quando em quando para acenar mais uma vez e gritar: “Adeus Thiago!”. E assim, ela sumiu das minhas vistas, e eu me virei, com uma mistura de nostalgia e alegria por ter conhecido uma pessoa tão incrível com ideias tão incríveis sobre a vida, para caminhar até o transfer que já tinha chegado. Por todo o restante da viagem eu lembraria da garota e pensaria seriamente em chegar em Sampa, vender meu carro, e partir para talvez me tornar alguém tão interessante quanto a Marion. Voltei para meu Hostel e fui descansar. O outro dia era livre e eu pretendia ir aos Museus. Acabei desistindo, e só fui até a entrada olhar como era a Base Naval, já que ficava do lado do Antártica hostel. Acabei me arrependendo depois. Apesar de não ser um mega passeio, eu gostaria de ter visto alguma história de cidade e visto informações interessantes no Museu do Presídio, principalmente. Bom este dia foi meio perdido. Fiquei mofando o dia todo no sofá do hostel conversando com alguns amigos que conheci lá, depois só saí para dar uma volta, comprar umas empanadas e passar na loja de lembrancinhas. Prepare-se. São bem caras, as coisinhas. No outro dia bem cedo, pedi um taxi para o Staff, paguei minha conta, tomei um café e fui para o Aeroporto esperar o horário do meu voo que era as 9h. ___________________//______________________ 5° Dica: Reconsidere seus passeios Existem muitas coisas para se fazer em Ushuaia, que você não vê todo mundo falando. Geralmente, todos te indicam o mesmo passeio. Se você, ao contrário de mim, está com uma grana sobrando para esta viagem, considere pesquisar sobre outros glaciares, sobre ir de ônibus até a cidadezinha de Tolhuin, outra cidade da província, e passar uma noite lá, sobrevor de avião a cidade (isso com certeza, custará mais de $2000 Pesos) e até mesmo de mergulhar em Ushuaia (http://www.ushuaiadivers.com.ar). Também não é barato, mas deve ser massa! ___________________//______________________ 6° Dica: Como gastar menos e fazer uma viagem realmente “Roots”, no estilo Marion, a francesa (entenda, lendo o tópico 4) Bom, baseado nas minhas próprias percepções e no que a Marion me contou, aí vão algumas dicas. Acampe: (Isto, claro, considerando que você não viaje no inverno) • Você pode ficar acampado no Camping Andino. O único camping com estrutura na cidade, que eu consegui achar. O dono é um cara chamado Fernando. O problema é que esse cara não responde email e nem sei nada sobre o lugar, já que fica um pouco afastado do centro e eu estava sem coragem de ir lá perguntar. • Fique acampado quando for até a Laguna Esmeralda. Eu teria ficado. Teria sido muito bom! O lugar é simplesmente incrível! Arme sua barraca um pouco mais a dentro da floresta e seja feliz. • Acampe no Parque Nacional. Sobre tudo, porque você vai economizar a segunda ida ao lugar. Aliás, fique pelo menos dois dias no parque para aproveitá-lo bem. • Acampe em qualquer lugar. Sério. Se você se afastar um pouco mais da cidade, você poderá acampar em qualquer lugar. O mundo lá fora, não é todo como o Brasil. Ninguém vai te fazer nenhum mal, mesmo porque a percepção do pessoal sobre esse tipo de coisa é totalmente diferente da nossa. Na área mais rural, eu vi realmente vários lugares onde eu poderia chegar e montar minha barraca, se eu quisesse, sem que ninguém me incomodasse por isso. É claro que em seu planejamento, você precisa considerar em seu roteiro, alternativas para intercalar entre campings com estrutura e campings sem, se não você vai se dar mal. Você também pode intercalar com alguns dias no hostel. É realmente barato e considerando isso, acampar só é necessidade para quem quer curtir uma trip com essa vibe, especificamente. Economize: • Não use taxi de jeito nenhum. Para a maioria do lugares dá pra ir de Transfer (vãs com itinerários fixos), então não caia na bobeira de pegar um taxi e ser estuprado pelo taxista. Para o parque e para a Laguna Esmeralda, eu enxerguei a possibilidade de ir de carona. Carona em países como Argentina, Chile e Uruguai são bem mais comuns do que por aqui. Pelo menos é isso que tenho ouvido de pessoas que andam de carona por lá. Além disso, a estrada que liga Ushuaia ao Parque Nacional, é uma só. O mesmo acontece com a Laguna, então, todos que passarem por você, a partir do momento que você estiver na estrada, passarão pelo seu lugar de destino. Isso aumenta significativamente sua chance de conseguir uma carona. • No trajeto do aeroporto até o centro, tente dividir o taxi com alguém que esteja indo para lá. Eu fiz isso e economizei uma merreca. Se você estiver realmente disposto, vá andando, mas dá uns 4 km. • Não leve fogareiro. Você corre o risco de não encontrar o combustível correto para seu modelo por lá, já que você não vai poder levar daqui, se for apenas com uma mochila e não estiver a fim de despachar no avião e correr o risco de perder suas coisas no meio da viagem e chegar lá sem nada. Esse foi meu medo. Aprenda a fazer um fogareiro, utilizando apenas álcool, na internet. A Marion fazia seu rango e fervia água com um desses. • Programe-se para entrar no Parque Nacional no domingo, no primeiro Transfer. Você vai economizar $100 Pesos. • Não faça passeios como o Bus Tour, por exemplo. Você não precisa pagar para conhecer os principais pontos de Ushuaia. Uma busca no google e algumas pernadas vão te garantir isso, sem gastar um tostão. • Considere se realmente quer fazer o passeio pelo Canal Beagle. Acho um pouco caro demais pelo que é, para quem não está a fim de gastar tanta grana. Existem outros passeios que eu acho que seriam mais interessante, pelo menos pra mim, e custariam bem menos ou quase nada. A Marion, por exemplo, chegou em Ushuaia sem roteiro algum. Ela não planeja seus destinos. Simplesmente chega, e decide o que conhecerá. Ela gostou muito da ideia de navegar pelo Beagle. Mas quando ouviu o preço, na hora descartou a possibilidade. Já sobre a Laguna Esmeralda, adorou saber que era grátis e que podia chegar até a trilha andando ou de carona. Então, invoque esse espírito Marion e se desprenda dos custos. • Não coma fora. Isso é de lei. Se você quer economizar, não tenha esse luxo. Não é tão necessário assim. Você vai economizar uma boa grana fazendo teu próprio rango. Bom amigos, acho que é isto. Acabou ficando mais extenso do que eu imaginei. É que você começa a escrever e aí, acaba perdendo a noção do tamanho do texto.. Espero que sirva para alguém. No que eu puder ajudar, me coloco a disposição de todos. Um grande abraço e boas trips!!!
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Resumo: Itinerário: Buenos Aires (Argentina) → Puerto Madryn (Argentina)→ Rio Gallegos (Argentina) → Punta Arenas (Chile) → Ushuaia (Argentina) → Puerto Natales (Chile) → El Calafate (Argentina) → Comodoro Rivadavia (Argentina) → San Carlos de Bariloche (Argentina). Período: 10/03/2001 a 01/04/2001 10-12: Buenos Aires 13-15: Puerto Madryn 16: Rio Gallegos 16-18: Punta Arenas 18-21: Ushuaia 21-23: Puerto Natales 23-25: El Calafate 26: Comodoro Rivadavia 27-29: Bariloche 30: Buenos Aires 01/04: SP-Rodoviária do Tietê Ida: Voo de São Paulo a Buenos Aires pela KLM, previsto para sair às 9h15 do Aeroporto de Guarulhos, pago com pontos do programa de fidelidade da KLM. Volta: Ônibus de Bariloche a Buenos Aires e depois a São Paulo (Rodoviária do Tietê), previsto para sair perto de 16h ou 17h da Rodoviária de Bariloche. Paguei cerca de 105 pesos (equivalente a 105 dólares na época) pelo trecho de Buenos Aires a São Paulo, Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então albergues, pousadas, pensões, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em toda a viagem houve bastante sol. Chuva e neve foram raras, ocorrendo geralmente de maneira breve e na região mais ao sul. As temperaturas na região de Buenos Aires, Bariloche e Puerto Madryn estiveram bem razoáveis, chegando até perto dos 30 C em alguns dias. Mais ao sul, em Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos, Puerto Natales e principalmente Punta Arenas e Ushuaia estiveram bem mais baixas, chegando a ficar abaixo de zero à noite. O vento foi muito forte em toda a Patagônia, o que tornava a sensação térmica ainda menor. Na região perto de Punta Arenas o tempo mudava muito rapidamente, havendo várias situações diferentes durante o dia. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Disseram-me que poderia não ser muito bem tratado em Buenos Aires, mas se enganaram. Fui muito bem tratado em toda a viagem, com uma única exceção numa visita a uma loberia em Puerto Madryn e, assim mesmo, porque creio que houve um mal entendido. Tive alguma dificuldade em entender a língua no Chile, principalmente quando conversando com pessoas com forte sotaque regional. As paisagens ao longo da viagem agradaram-me muito, passando por monumentos, parques e construções interessantes nas cidades e por áreas costeiras, praias, montanhas, lagos, cavernas, geleiras, glaciais, florestas, rios e outros . Pude ver também vários animais durante a viagem, a maioria em seu habitar natural. Isso incluiu lobos e leões marinhos, focas, elefantes marinhos, pinguins, delfins, guanacos. flamingos, tatus etc. Pensei em fazer a travessia de Bariloche a Puerto Montt, passando pelo Vulcão Osorno, mas desisti, pois naquela época demorava 4 dias, por não haver estradas em boa parte do trajeto, e eu não dispunha deste tempo. Surpreendeu-me que nas viagens de ônibus na Argentina estavam incluídas no preço pago as refeições (almoço e jantar) 👍. A viagem no geral foi tranquila. Não tive nenhum problema de segurança. Eu era (e ainda sou) vegetariano. Como a base da alimentação nesta região é a carne, foi um pouco difícil conseguir comida vegetariana, mas nada que supermercados não solucionassem. Gostei muito dos sanduíches de miga na Argentina, do doce de leite e dos vinhos, que tomei pouco . Os preços na Argentina estavam muito altos, pois havia a paridade do peso para o dólar e o real tinha sofrido a desvalorização alguns anos antes. A Viagem: Fui de SP a Buenos Aires no sábado 10/03/2001. A saída do voo estava prevista para as 9h15. Durante o voo uma senhora argentina de cerca de 60 a 70 anos falou-me de como eu iria gostar de Buenos Aires (ela disse: “há muito o que ver, Buenos Aires não é feia como São Paulo” ). Falou-me que seu filho ou sobrinho estava procurando por emprego há tempos, após se formar e não conseguia (o que me parecia um sintoma do agravamento da crise). Achei a travessia da foz do Rio da Prata espetacular . Cheguei perto da hora do almoço e me receberam muito bem no aeroporto 👍. Deram-me gratuitamente bastante material sobre a Argentina e me indicaram um ônibus que me deixaria na Praça San Martín. Peguei e de lá, após obter informações sobre onde me hospedar, fui andando até a região da Recoleta. Para as atrações de Buenos Aires veja https://turismo.buenosaires.gob.ar/br. Os pontos de que mais gostei foram os monumentos, os equipamentos e eventos culturais, os parques e a cidade como um todo. Fiquei hospedado na Recoleta por 22 pesos a diária (na época equivalente a 22 dólares). Acho que era o Hotel Lion d’Or (https://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g312741-d317288-Reviews-Hotel_Lion_d_Or-Buenos_Aires_Capital_Federal_District.html). Depois de me hospedar fui dar uma volta nas redondezas. Gostei bastante do local, bem cuidado. Passei por um cemitério que me chamou a atenção pelas estátuas. Resolvi entrar e lá fiquei por mais de 1 hora, apreciando as obras de arte que existiam nos túmulos, alguns dos quais de pessoas famosas, até internacionalmente. Nunca tinha feito uma visita destas a um cemitério, mas gostei bastante. Depois passeei pelo bairro apreciando suas ruas e lojas. Parecia um local elitizado. Se bem me lembro ainda fui a Puerto Madero à noite. No domingo 11/03 fui conhecer os outros pontos da cidade, incluindo o centro com seus monumentos e órgãos do Estado, e pontos específicos com seus equipamentos culturais e esportivos. Saí perto de 9h da manhã e voltei por volta de 23h. Andei muito. Pude visitar a Casa Rosada, a Praça de Maio, os órgão legislativos e judiciários, a catedral, o obelisco, centros culturais, confeitarias históricas, vários monumentos, o Rio da Prata, áreas arborizadas, a Boca, o Caminito (com suas casas coloridas), ver o estádio de La Bombonera por fora, ver casais fazendo apresentação de Tango na rua etc . Num dos dias jantei algo como nhoque num restaurante de rua e no outro jantei no shopping. Interessante como no shopping os atendentes perceberam que eu era brasileiro e até falaram palavras em português comigo 👍. Na 2.a feira 12/03, fui para o outro lado, conhecer o Jardim Japonês e os parques da região do bairro de Palermo. Gostei muito . Eram parques enormes, sendo que o jardim japonês fazia jus ao nome, com várias estruturas nipônicas, que se encaixavam muito bem na paisagem. Voltei para o hotel perto da hora do almoço e no início da tarde peguei um ônibus para Puerto Madryn, já na Patagônia. A viagem durou perto de 18h. Passamos por Bahia Blanca no início da madrugada. A paisagem ao longo da viagem agradou-me bastante 👍. Recebemos jantar incluído no valor da passagem. Cheguei bem cedo na 3.a feira 13/03, hospedei-me num hotel simples (acho que o nome era parecido com Vaskonia). Como era bem cedo, fui ver se era possível fazer excursão à Península Valdez ainda naquele dia. Achei uma agência de turismo que dava desconto para hóspedes do hotel em que estava e, pesquisando algumas outras, vi que era a melhor opção. Acabei comprando com eles o passeio pela Península. O dono brincou comigo perguntando se eu lembrava do jogo entre Argentina e Brasil na Copa de 1990, quando Maradona atraiu a marcação de 3 e lançou Caniggia sozinho para driblar Taffarel e fazer o gol. Para as atrações de Puerto Madryn e da Península Valdez veja https://www.patagonia-argentina.com/puerto-madryn/ e https://www.patagonia-argentina.com/peninsula-valdes/. Os pontos de que mais gostei foram os animais, as formações rochosas e a natureza como um todo. Saímos pouco depois da 9h, se bem me lembro. No nosso grupo havia um espanhol da região basca, uma inglesa, um suíço, um casal de argentinos e acho que alguns outros. O espanhol mencionou que desejava conhecer outros locais, mas que a Argentina era muito grande e tudo muito distante. Perguntou-me se o Brasil era tão extenso quanto a Argentina . Passamos por locais de avistagem de pinguins, lobos marinhos e elefantes marinhos. Não vi orcas. Numa das paradas, perguntei se poderia nadar e o guia disse que sim. Enquanto nadava, disseram-me que um pinguim nadou atrás de mim. Numa outra ocasião vi um pinguim perseguindo um peixe. Nunca imaginei que um pinguim fosse tão rápido nadando. Parecia um torpedo. No caminho apreciamos também a paisagem patagônica, desértica, com vários guanacos (ou seus parentes). Conversando com o argentino, que se me lembro era advogado, ele me falou da patagônia, dos possíveis aproveitamentos econômicos, da população, de Buenos Aires e da situação da Argentina como um todo. No fim, quando estávamos nos despedindo, encontramos um tatu, que parecia já acostumado a humanos. Regressamos no meio da tarde. Aproveitei e ainda fui dar um passeio na praia. Reencontrei o suíço, mas acho que ele não me reconheceu. Na 4.a feira 14/03 fui conhecer a Loberia de Punta Luma, onde havia lobos marinhos e montanhas. Fui caminhando pelas estradas de terra ou similar. Num dado momento fui para a costa, pois achei que seria mais belo o passeio. Passei por uma linda jovem argentina que me orientou sorridente sobre o caminho. Encontrei pequenos grupos de lobos marinhos e cheguei bem perto, o que me permitiu observá-los bem. Acho que foi um erro, pois devo tê-los deixado nervosos. Na hora não avaliei isso bem. Mas não houve nenhuma reação de ataque ou surto visível, embora tenha percebido que eles pareciam ter ficado tensos. Devido a isso, resolvi afastar-me e não mais me aproximar tanto. Encontrei uma monitora que me explicou sobre lobos e leões marinhos. Por ter ido pela costa e praias, acabei não vendo a placa que dizia que alguns locais não eram permitidos e que tinha que pagar uma taxa. Quando cheguei à entrada principal, o responsável disse que eu não poderia ter passado por uma área de que vim, perguntando-me se não tinha visto a placa na estrada ou não tinha querido ver. Ele parecia irritado. Pediu-me o ingresso. Como a monitora não havia me cobrado, achei que poderia ser indevido e lhe disse que ela não me havia cobrado. Ele se irritou bastante e disse que ele estava cobrando, já em tom bem mais alto 😠. Eu paguei, ele acalmou-se, deu-me algumas informações sobre as montanhas e o local. Fui dar um passeio e conhecer as montanhas, que tinham aparência interessante, diferente, parecendo até de outro planeta. Realmente grandiosas . Depois, já perto do pôr do sol, voltei a pé. No caminho, acho que ele passou por mim com sua caminhonete. Na 5.a feira 15/03 peguei um ônibus para Rio Gallegos. Novamente belas paisagens, mas desta vez bem mais desérticas. Neste ou em outros trajetos pude ver guanacos, criações de ovelhas e fazendas com fileiras de álamos próximos às casas, que segundo me explicaram eram plantados para cortar o vento, muito forte na Patagônia. Cheguei lá na 6.a feira 16/03 pela manhã. Estava bem mais frio 🥶, obrigando o uso da roupa mais pesada (fleece) e da jaqueta (anoraque). Conversei com uma atendente pública local, que me explicou sobre a região, os pontos a conhecer e me falou sobre as precauções a tomar com o frio. Dei um passeio pelo centro da cidade e fui a uma agência de turismo perguntar sobre os possíveis passeios. Embora tenha achado interessante o lago na cratera de um vulcão, achei muito caro e distante. Resolvi então contemplar a orla e o centro. Achei a paisagem do mar muito bela 👍. Para as atrações de Rio Gallegos veja https://www.patagonia-argentina.com/rio-gallegos-ciudad/. Os pontos de que mais gostei foram os monumentos, a cidade, a orla e o mar. Parti no próprio dia para Punta Arenas. A ida para Ushuaia via terrestre era inviável, porque passava pelo Chile e as companhias argentinas não faziam diretamente. Saí no início da tarde e cheguei na parte final da tarde. No ônibus um judeu me perguntou de que cidade eu era, e quando disse que era de São Paulo, ele fez um ar de admiração e falou “uma cidade muito perigosa”. Falou de um jeito que imaginei que conhecesse São Paulo . No caminho paramos para fazer a saída da Argentina e entrada no Chile. No escritório havia um mapa bem amplo da região e descobri que existia uma reserva florestal em Punta Arenas, pela qual me interessei. Em Punta Arenas fiquei hospedado numa casa que funcionava como hotel, aparentemente de uma mulher judia. Ainda saí para dar uma volta nos arredores e conhecer um pouco da cidade. Encontrei uma pequena empresa de informática e lhes perguntei sobre como eram as condições de trabalho ali. Quando voltei, Eli (acho que este era o nome da dona) me disse “Metió sus patitas en el barro.” ou algo parecido, quando eu pedi desculpas e fui lhe pedir um pano ou vassoura para limpar a sujeira que tinha deixado. À noite deste ou do dia seguinte (ou em ambas), fui jantar num restaurante, pedindo espaguete e tomando vinho 👍. O vento era muito forte e frio, o que fazia a sensação térmica diminuir muito. A temperatura estava perto de zero graus 🥶. Para as atrações de Punta Arenas veja https://chile.travel/pt-br/onde-ir/patagonia-e-antarctica/punta-arenas. Os pontos de que mais gostei foram a reserva florestal e a paisagem do mar. No sábado 17/03 dei um passeio por Punta Arenas e depois fui conhecer a Reserva Florestal de Magalhães, que havia descoberto na estrada. Antes passei pela Ordem Salesiana para conhecer suas obras e pelos edifícios mais famosos da cidade. Depois, de acordo com o mapa, rumei para a reserva. Havia uma ladeira, que fazia um corredor de vento para o mar. Quando estava chegando lá em cima, o vento era tão forte, que eu andava para frente sem sair do lugar. Aí andei os metros finais agachado, diminuindo minha superfície e, portanto, a força que o vento exercia sobre mim . Caminhei até a reserva passando por paisagens naturais de que gostei. Gostei muito da reserva também , com seus bosques preservados, sua vista de montanhas e paisagens naturais, os sinais da presença de castores, embora não tenha visto nenhum, suas árvores típicas da região e a vista ampla da região, a partir de alguns pontos mais elevados. Depois retornei no fim da tarde. Neste dia o tempo amanheceu nublado, depois garoou, depois abriu o sol, depois choveu com média intensidade, voltou a abrir o sol, nevou fraco e parou . Uma amostra de como o tempo muda rápido nesta região. A noite voltou a fazer muito frio novamente 🥶, que era mais sentido devido ao vento muito forte. Se bem me lembro, foi aqui que minhas mãos começaram a perder o movimento, depois que o sol se foi. Era difícil até esfregá-las. Eu não levei luvas. Tentei colocá-las dentro da roupa, mas adiantou pouco. O sangue parecia estar parando de fluir. Quando cheguei ao hotel, reaqueci-as e senti a vida voltar. Como deve ser difícil ficar numa situação destas como ocorre com os montanhistas em situações inesperadas. No domingo 18/03 resolvi ir para Ushuaia, mesmo sabendo que aos domingos não havia transporte direto. Peguei um ônibus até Puerto Porvenir, já na Terra do Fogo. Para chegar lá precisamos pegar uma balsa para atravessar o Estreito de Magalhães. Acho que foi aqui que pensei em nadar enquanto esperava, mas a água estava muito fria e não me arrisquei. Achei a travessia muito bela, com vistas espetaculares . Vários delfins (eu acho) 🐬 acompanharam o barco. Quando chegamos lá acho que houve algum problema de um dos veículos que vieram no barco com um policial, o que fez a viagem atrasar e ficarmos parados um tempo. Na viagem havia vários americanos, alguns de Wyoming, que sabiam falar um pouco de espanhol. Havia também uma queniana (ou descendente de quenianos) radicada na Bolívia. Conversei com os americanos sobre a viagem, suas expectativas e como o ambiente se parecia com o local onde moravam. Conversei com a queniana-boliviana sobre a Reserva do Masai Mara. Combinei com ela de irmos juntos ao Parque Nacional da Terra do Fogo no dia seguinte, se bem me lembro, encontrando-nos na porta por volta de 8h. As paisagens naturais do resto da viagem também me pareceram belas. Chegamos à noite. Depois de pesquisar um pouco, resolvi experimentar um hostel (pela primeira vez na vida), visto que com a dolarização, os hotéis regulares pareciam-me caros. Foi o primeiro de muitos . Para as atrações de Ushuaia veja https://turismoushuaia.com/?lang=pt_BR. Os pontos de que mais gostei foram o parque, o glacial, as paisagens naturais e a vista da cidade e do mar. Na segunda-feira 19/03 fui até o Parque Nacional da Terra do Fogo. Perdi a hora de manhã e cheguei 1h atrasado ao encontro marcado . A moça não me estava esperando (imagino que desistiu). Fui caminhando e adorei o parque. Assim como a Reserva Florestal de Magalhães, havia muitas paisagens naturais a observar, cursos de água, montanhas, árvores e vegetação típicas etc . Fiquei lá o dia inteiro. Encontrei um japonês no meio do caminho que me disse que achava frio para acampar ali. Saí no pôr do sol. Desta vez fui tirar o barro dos meus tênis num local que parecia um tanque no banheiro. Voltei à noite ao hostel. Lá conheci um casal de europeus, americanos ou canadenses (não me lembro bem). Não percebi no hostel que na cama de baixo havia uma moça e troquei de roupa no próprio quarto num dos dias . Ela, que era eslovena e estava quase dormindo, virou para o outro lado. Depois, quando percebi que era uma moça, fui pedir desculpas. Na 3.a feira 20/03 fui explorar a cidade e seus arredores. A vista do oceano em direção à Antártica parecia linda. Tentei verificar a possibilidade de ir até lá, nem que só um pouquinho, mas achei inviável o tempo necessário. Não tinha me preparado para tal. Após andar pela cidade e reencontrar o casal do hostel, fui em direção ao Glacial Martial (https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g312855-d313939-Reviews-Glacier_Martial-Ushuaia_Province_of_Tierra_del_Fuego_Patagonia.html). Nunca tinha ido a um Glacial. Não sabia o que esperar. Não estava preparado em termos de equipamentos. Fui de tênis de pano (ou couro). Mas adorei . Era uma geleira pequena, mas subi nela até onde achei seguro, para não escorregar. Sentei até um pouco, para apreciar a maravilhosa vista, tanto das montanhas acima e do glacial, como da paisagem abaixo, com a cidade e o oceano. Achei ambas espetaculares. Mas era frio. Depois de apreciar bastante e quase ficar meditando um tempo lá, voltei para a cidade e fui apreciar novamente a orla. Na 4.a feira 21/03 peguei um ônibus para Puerto Natales, no Chile novamente, para ir conhecer Torres del Paine. Tivemos que fazer entroncamento, posto que a rota regular, se bem me recordo, era direto para Punta Arenas. Não me recordo bem se cheguei a ir até Punta Arenas (acho que não) ou se parei num ponto intermediário (acho que é mais provável). Cheguei em Puerto Natales no meio da tarde e me hospedei num pequeno hotel. Saí para dar uma volta na cidade, antes do pôr do sol. Para as atrações de Puerto Natales veja https://chile.travel/pt-br/onde-ir/patagonia-e-antarctica/puerto-natales. Os pontos de que mais gostei foram Torres del Paine, a caverna com o animal extinto e as paisagens naturais. Na 5.a feira 22/03 fui até o Parque de Torres del Paine (https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_Torres_del_Paine). Se bem me lembro, havia um ônibus de turismo que ia até a porta do parque e depois pegava as pessoas no fim do dia para retornar (acho que eram vários horários de retorno). Na ida passamos por paisagens que achei espetaculares, das montanhas nevadas e da vegetação nativa. Paramos num espelho d’água formado por um lago com montanhas ao redor, como eu só tinha visto em filmes e quadros. A partir da porta do parque fui caminhando em direção às torres. Achei toda a paisagem espetacular . Até bebi água em um riacho, mas a temperatura da água era muito baixa. Tive algum tipo de torção ou mau jeito no joelho, pois devido ao horário de volta do último ônibus resolvi acelerar. Achei espetaculares as torres e toda a paisagem no seu entorno . No retorno, pouco depois do meio do caminho, encontrei dois geólogos brasileiros, que trabalhavam para companhias de petróleo. Eles me deram carona até a entrada e afastaram qualquer risco de perder o último ônibus. Inclusive, se bem me lembro, acho que devido a isso peguei o penúltimo. Estavam fazendo pesquisas devido à similaridade daquela região com o fundo do mar, onde se explora petróleo. Falaram que era o primeiro local turístico em que foram trabalhar. Na 6.a feira 23/03 fui até uma caverna com registros pré-históricos que era próxima da cidade. Talvez fosse a Cueva del Milodon (https://chile.travel/pt-br/onde-ir/patagonia-e-antarctica/torres-del-paine/monumento-natural-cueva-del-milodon). Achei interessante a caverna com seus registros humanos pré-históricos e o Milodon, um animal extinto há muito tempo 👍. Se bem me lembro fui e voltei de ônibus. No meio da tarde peguei um ônibus para El Calafate. Cheguei no início da noite e fiquei hospedado numa casa. A dona avisou-me para tomar cuidado quando fosse ao Lago Argentino, porque havia muito barro no entorno. Para as atrações de El Calafate veja https://www.patagonia-argentina.com/el-calafate/. Os pontos de que mais gostei foram o Glacial Perito Moreno, o Lago Argentino, com seus flamingos e as paisagens naturais. No sábado 24/3 peguei uma excursão para conhecer o Glacial Perito Moreno (https://pt.wikipedia.org/wiki/Geleira_Perito_Moreno). Logo de manhã combinei a excursão com uma agência e fomos num micro-ônibus. A guia sugeriu que tapássemos os olhos no caminho e só abríssemos quando ela avisasse, para termos a surpresa de ver o glacial. Gostei bastante da paisagem, com geleiras e depois gostei do Glacial, com o lago em que estava inserido . Pegamos um barco e fomos até certo ponto, para vê-lo de mais perto. Disseram-me alguns anos depois, que não se ia mais de barco até perto do glacial, devido ao aquecimento global e aos deslizamentos. Não sei como está atualmente. Havia uma escada com muitos degraus, que a guia disse para aqueles que poderiam ter alguma dificuldade de mobilidade (idosos por exemplo), avaliarem se compensava descer. Eu fui até o último degrau e apreciei a paisagem de cima e de baixo. Gostei bastante da paisagem. Vimos algumas quedas de blocos de gelo, imagem famosa em vídeos. Na época não tão comum quanto atualmente. Na volta ganhamos um chocolate quente ☕. Depois, mais tarde, eu fui dar um passeio numa parte do Lago Argentino que era próximo. Achei o lago espetacular . Os flamingos no meio, em grande quantidade, embora já estivesse perto do entardecer, davam um colorido que tornava a paisagem ainda mais bela. Sujei bastante meu tênis com a lama do entorno. Quando voltei, perguntei para a filha da dona se ela poderia limpar meu tênis, comigo pagando, e a mãe, ouvindo, disse “Eu não te avisei” . Achei que a moça não gostou muito da ideia, pois daria um trabalhão e resolvi eu mesmo lavar no dia seguinte. No domingo 25/3 fui dar uma volta nos arredores, andando por boa parte da margem do Lago Argentino e apreciando a paisagem. Gostei muito de tudo 👍. Durante o passeio, quando estava bem longe da cidade, 2 cachorros 🐕 começaram a me acompanhar. Como gosto de cachorros, fiz agrado para eles e fizemos parte do passeio juntos. Mas eu pensei que depois eles ficariam por ali. Quando comecei a voltar, eles começaram a me acompanhar. No começo não me importei e pensei que iriam desistir. Depois fiquei preocupado, pois claramente não sabiam andar nas ruas e já estávamos chegando perto da estrada e da cidade. Tentei espantá-los, mas não havia meio de voltarem. Achei que poderiam morrer atropelados, pela total falta de traquejo que demonstravam com as ruas. Falei com um homem que estava na rua, perguntando sobre como resolver aquela questão. Ele riu da minha dúvida e disse que não sabia de quem eram os cachorros e me disse para atirar uma pedra neles. Eu não podia fazer isso. Eu gosto muito de cachorros. Mas andei mais um pouco e eles quase foram atropelados. Aí, com enorme dor no coração, atirei uma pedra do lado deles. Mas eles não entenderam e continuaram atrás, novamente, indo pela rua e quase sendo atingidos por carros. Aí resolvi atraí-los para fora da rua, peguei uma pedra não muito grande e acabei atirando no dorso, de modo a causar o mínimo impacto possível. Nunca vou esquecer a fisionomia de decepção dos cachorros, que me seguiram com amor e me viram atirar pedras neles. Foi uma facada na minha alma 😢. Mas eles pararam de me seguir e acho que voltaram para os campos. Talvez tenha funcionado, mas acho que o preço foi alto. À noite peguei um ônibus para Comodoro Rivadavia. Cheguei no dia seguinte, 2.a feira 26/3, entre o princípio e o meio da manhã. Considerando o tempo que eu tinha disponível e as atrações a conhecer, resolvi ficar somente um dia e pegar um ônibus para Bariloche no fim do dia. Para as atrações de Comodoro Rivadavia veja https://www.comodoroturismo.gob.ar e https://manualdoturista.com.br/comodoro-rivadavia. Os pontos de que mais gostei foram o Museu do Petróleo, as informações sobre as Malvinas e a guerra, as construções na cidade, a praia e a vista do oceano. Fui a um escritório de turismo municipal perguntar por sugestões de pontos a visitar. Além da cidade e do museu, foi sugerido conhecer a Praia de Rada Tilly. Perguntei se não seria mais interessante conhecer um campo com alguns aerogeradores de energia eólica (naquela época nunca tinha visto nenhum). O atendente disse-me que era muito longe, num caminho que não tinha outras atrações e era deserto, o que poderia me deixar à mercê de algum acidente ou problema nas pernas ou pés. Resolvi então seguir a sugestão e ir a Rada Tilly, que achei uma praia muito bonita, porém cuja aproveitabilidade ficava comprometida pelo clima frio. Mas a paisagem agradou-me, incluindo o caminho 👍. Antes tinha ido ao Museu do Petróleo, que achei bastante interessante 👍. Nele ou em algum local anexo, havia uma exposição sobre as Malvinas, com informações sobre a guerra, que achei bastante interessantes também, apenas pontuando que era a visão argentina do conflito, que apesar disso me pareceu razoavelmente isenta, mas ainda assim sob a ótica argentina. Dei também um passeio pela cidade, sua catedral, seus edifícios históricos etc. Depois de voltar de Rada Tilly, peguei o ônibus para Bariloche. A viagem durou quase 1 dia, se bem me lembro. Conversei com algumas pessoas durante a viagem, sendo que me falaram de cidades na região de Bariloche que tinham pouca população, mas concentravam muitos artistas e amantes de filosofia e artes. Durante a viagem, após saber que eu era brasileiro, o jovem comissário do ônibus perguntou-me “Pelé ou Maradona?” ⚽. Respondi que Pelé tinha feito mais de 1.200 gols e Maradona menos de 200, Pelé tinha sido 5 vezes campeão do mundo e Maradona só 1 etc. Ele retrucou para mim que Pelé jogava com os mestres. Continuamos um pouco na conversa, mas olhei para os outros passageiros e percebi que muitos estavam me olhando. Para não causar confusões, falei então “Cada um no seu tempo”, que é algo em que creio e que acho que apaziguou os ânimos . Cheguei no início da tarde da 3.a feira 27/3. Achei a paisagem da viagem magnífica , principalmente na região de Bariloche. Havia muitos lagos e montanhas entremeados, além das paisagens com vegetação natural aparentemente preservada. Hospedei-me numa casa, que funcionava como hotel. Consegui gratuitamente mapas com informações e sugestões de passeios 👍. Para as atrações de Bariloche veja https://barilocheturismo.gob.ar/br/home. Foi um dos pontos de que mais gostei . O que mais me agradou foram as paisagens naturais, os lagos, a vista do Monte Campanário e os locais naturais e típicos do Circuito Pequeno (Chico). Inicialmente, como ainda havia luz do sol, fui dar uma caminhada acompanhando o curso do lago que ficava perto da área central. Durou umas 2 horas. Achei magnífica a paisagem. Nos 2 dias seguintes fui realizar o Circuito Pequeno (Chico) e subi no Monte Campanário. Decidi subir pela trilha, que estava com a infraestrutura bastante comprometida, mas nada que me parecesse ameaçar a segurança, apenas causando maior necessidade de esforço físico e fazendo sujar os calçados e as roupas. A vista lá de cima foi uma das mais belas que já vi , englobando a paisagem natural, com lagos, montanhas, picos nevados, florestas, vilas etc. Andando pelo circuito, pude ver muitos atrativos naturais, paisagens de que muito gostei. Houve também a Colônia Suíça, que achei interessante. Na 5.a feira 29/3 à tarde fui pegar um ônibus para Buenos Aires e posteriormente a São Paulo. Optei pelo ônibus porque o preço da passagem aérea só de volta era mais alto do que o de ida e volta . A porta da casa estava trancada, eu tocava a campainha, batia palmas e ninguém aparecia para abrir. Comecei a ficar preocupado em perder a hora. Aí comecei a gritar e a atendente veio abrir a porta. Acho que ela ficou com medo, talvez não sabendo quem estava na porta. Imagino que quando reconheceu minha voz veio abrir. Talvez por ser chilena e não conhecer bem a cidade ou por estar em alguma situação irregular, tenha ficado com medo se fosse um desconhecido. Peguei o ônibus por volta de 17h. A viagem até Buenos Aires novamente teve belas paisagens 👍, mas não tão espetaculares quanto a anterior. Durou 1 dia. Chegando lá na 6.a feira 30/3, comprei uma passagem para São Paulo pela Viação Pluma (https://www.pluma.com.br). Fizemos a entrada por Paso de los Libres e Uruguaiana no fim da madrugada. O atendente da Polícia Federal olhou-me com cara feia, após carimbar meu passaporte e eu avisar que era brasileiro e que não precisava ter carimbado como entrada de viajante. Acho que pensou que eu era estrangeiro . Depois de entrar no Brasil, já não havia mais refeições incluídas no preço da passagem. A viagem pelo Brasil, pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sul de São Paulo apresentou paisagens que achei magníficas . Fomos pelo interior e passamos por cânions, campos, amplas áreas com vegetação nativa, montanhas etc. No sábado 31/3 almoçamos numa churrascaria em Passo Fundo. Eu sou vegetariano e não peguei carne. Num dado momento, o moço que servia o rodízio veio oferecer-me gentilmente linguiça calabresa. Eu disse que não tinha comprado o rodízio, mas ele disse que era cortesia. Falei então que não comia carne e vi sua cara de decepção. Fiquei um pouco tocado por ter rejeitado a sua gentil oferta. No Rio Grande do Sul, ainda mais naquela época, imagino que vegetarianos deveriam ser raríssimos. A viagem foi cansativa 😫, as pernas, os glúteos e as costas ficaram doendo um pouco, mas as paisagens foram muito belas. Cheguei em São Paulo perto de 5h da manhã do dia 01 de abril, data em que fazia 32 anos.
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Blz Adriano!! Fiz a viagem em 21 dias, cerca de 12.000 Km rodados e este foi o roteiro: - Porto Alegre a Buenos Aires via Colonia de Sacramento - Buenos Aires a Carmen de Patagones - Carmen de Patagones a Comodoro Rivadavia - Comodoro Rivadavia a Rio Gallegos - Rio Gallegos a Ushuaia - Ushuaia a Rio Grande - Rio Grande a Punta Arenas - Punta Arenas a Puerto Natales - Puerto Natales a Parque Torres del Paine - Torres del Paine a El Calafate (visita ao Glaciar Perito Moreno) - El Calafate a Comodoro Rivadavia - Comodoro Rivadavia a Puerto Madryn (visita a Peninsula Valdez) - Puerto Madryn a Buenos Aires - Buenos Aires a Colônia e de lá retorno ao Brasil por Santana do Livramento. Em Ushuaia ficamos 3 dias, 02 dias em Torres del Paine, 02 dias em El Calafate e 04 em Buenos Aires. As demais localidades foram só passagens rápidas e pernoites. Em termos de custo posso afirmar que gastei muito menos que gastaria numa viagem semelhante aqui pelo Brasil, mesmo me hospedando am alguns hoteis que estavam muito acima daquilo que esperava pagar. Abraço