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  1. Olá galera mochileira, Volto aqui para tentar retribuir de alguma forma toda a informação que aqui consegui. Este foi meu 1º mochilão e graças a esta plataforma me senti segura para montar todo o meu roteiro e ir de forma (quase) completamente independente. Vocês fazem parecer tão fácil!!! E foi! E foi uma delícia também! *já faz um tempo que comecei a escrever esse relato e tinha abandonado por causa de correrias da vida, mas quero terminar antes que o facebook pare de me lembrar que eu fiz essa viagem foda há 1 ano! PARTE 0 - Planejamento e preparativos Viajar ao continente africano sempre foi um de meus maiores sonhos e ele começou a se tornar verdade há 4 anos, quando ouvindo uma discussão sobre quanto se gastaria para assistir a 1ª fase da copa do mundo na Rússia eu pensei “com esse dinheiro vou conhecer a África”. E eu tinha a companhia perfeita: minha grande amiga (e na época roommate) Camila estava disposta a encarar a aventura comigo, se eu provasse a ela que viajaríamos por 1 mês com relativo conforto e não gastaríamos mais de R$10mil... E eu provei! *imprevisto: a viagem ficou mais cara (não dá pra comparar dólar de 2014 com de 2018!), durou 39 dias e incluiu aventuras que até agora não acreditamos que vivenciamos! (Parênteses: certeza que é possível fazer este roteiro gastando menos, mas tínhamos algumas premissas que não queríamos abrir mão. Estas seriam as primeiras férias em algum tempo para nós 2 e já estávamos em ritmo de corta-tudo-e-tira-leite-de-pedra para economizarmos para A viagem, então queríamos ter algum conforto e, muito importante: queríamos tomar cerveja todo final de tarde! :D) Logo no início das pesquisas a África do Sul se mostrou o país que melhor se encaixava nos nossos planos, seja pelo custo benefício ou mesmo pela facilidade de encontrar informações. Nem sempre nossa ideia foi de planejar tudo e ir sozinhas, até mesmo pelo fato de que nenhuma de nós 2 dirige, e lendo (milhares de) blogs, cheguei ao site Pangea Trails, de um cara que tem um roteiro de van por todo o país que dura 21 dias. Esse era o plano inicial. Chegada a época que íamos realmente afinar tudo e colocar o plano em prática, os custo deste pacote já estava tomando quase todo o nosso orçamento e começamos a pesquisar a coisa toda independentemente, mas ainda assim com o roteiro dele como base, pois já sonhávamos com muitos locais por onde a Pangea Trails passava. Tínhamos então os locais que queríamos passar e mais ou menos definidos quantos dias ficar em cada um, quando a história começou a tomar outro rumo: um perfil de turismo da África do Sul que eu seguia no instagram, publicou por 5 dias seguidos fotos da Otter Trail, uma travessia de 5 dias e 4 noites que acompanha a costa selvagem do Tsitsikamma National Park através de paisagens cênicas e eu fiquei completamente obcecada. Pronto! A paisagem era tão espetacular que eu tinha que presenciar aquilo! E eu devo ser muito mais persuasiva do que imagino, pois eu, que de travessia tinha apenas feito a Salcantay para Macchu Picchu, mas que contava com uma equipe que levava a bagagem mais pesada e provia comida e acampamento (foi um esquema meio princesa mesmo), queria levar comigo nesta trilha totalmente independente a minha amiga Camila, que nunca tinha feito trilha na vida. Bom, nem sei bem como, mas a convenci! Foi a primeira reserva que fizemos. E quase choramos de emoção quando recebemos a confirmação! A questão é que esta é uma trilha bem exclusiva e as reservas se esgotam com cerca de 1 ano de antecedência, pois apenas 12 pessoas por dia podem percorrê-la. Comecei a monitorar o site do parque e checar todas as condições de tempo e maré (o caminho inclui algumas travessias de rio que podem ser bem perigosas a depender da maré do dia) para conseguir a data ideal para as nossas férias. Feito isso, o resto da viagem começou a se desenhar melhor em torno da trilha. Alguns destinos que queríamos tiveram que ser cortados, pois a logística para a Otter Trail precisava de 6 dias da nossa viagem. Numa destas decisões, cortamos Drakensberg, pois esta parada era principalmente para fazermos algumas trilhas e este assunto já estaria muito bem garantido! Na sequência compramos as passagens, fechamos o overland tour para o trecho que passaria pelo Kruger Park e a Suazilândia e compramos nosso ticket de ônibus Baz Bus. A Baz Bus oferece um serviço de vans que funcionam no estilo hop-on hop-off com foco em mochileiros que atravessam o país, recolhendo os passageiros na porta do hostel e deixando no seu próximo destino. A logística é bem bacana e a rota vai desde Joanesburgo até Cape Town, com paradas obrigatórias em Durban e Port Elizabeth, pois as vans só circulam de dia. Eles têm uma lista de hostels que são atendidos pelo roteiro e diversas opções de tickets, a depender da quantidade de dias que se quer viajar, se viaja apenas em uma direção, etc... O valor dos tickets não é muito barato, mas pela comodidade e segurança achamos que valeu a pena. Quando já estávamos lá ficamos sabendo de outra empresa que presta o mesmo tipo de serviço, tem uma rota semelhante e parece ser um pouco mais barata, a Mzansi. O roteiro então ficou mais ou menos assim: 10.03 a 15.03.18 Chegada por Joanesburgo e estadia em Maboneng; 16.03 a 22.03.18 Overland pela região do Kruger Park, Rota Panorâmica, Suazilândia, Greater St Lucia, chegando a Durban; 23.03 a 01.04.18 Seguimos de Baz Buz pela costa passando por Coffee Bay, Chintsa, Port Elizabeth e Jeffreys Bay até Storms River; 02.04 a 06.04.18 Estabelecemos base em Storms River para percorrer a Otter Trail; 07.04 a 10.04.18 Seguimos novamente de Baz Buz pela Garden Route passando por Wilderness e Mossel Bay; 11.04 a 16.04.18 Exploramos Cape Town, de onde voltamos para São Paulo. mapinha das nossas andanças.... MEDICINA DO VIAJANTE Já tinha lido algumas vezes sobre este serviço público (e totalmente gratuito) de avaliação e orientação de acordo com o local de destino e áreas de risco para doenças, mas nunca tinha utilizado. Resolvi testar e não me arrependi! O atendimento em São Paulo é no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o agendamento é feito por e-mail. No dia da consulta é necessário levar documento com foto e carteira de vacinação. Então começa uma entrevista na qual você conta qual o destino e as características da viagem, com a maior quantidade de detalhes possível. Daí eles te dão todas as orientações em relação à sua saúde durante a viagem e atualização de vacinas. Aproveite para tirar todas as dúvidas! Saindo da consulta já te encaminham para as vacinas e pronto. Quem precisa do Certificado Internacional de Vacinação da Febre Amarela (CIVP) deverá antecipadamente acessar o site da Anvisa para realizar seu pré-cadastro, necessário para a emissão da CIVP. A preocupação principal da maioria das pessoas que viaja à África do Sul, em especial à região do Kruger, é em relação à malária. Não existe vacina e a melhor profilaxia é evitar o contato com o mosquito através de barreiras físicas (roupas protegendo a maior parte do corpo, tela mosquiteira sobre a cama, etc..). Existe também um repelente (exposis) que foi recomendado e também os comprimidos, embora não tenham garantia total. A orientação que recebi foi: usar o repelente para a pele e para a roupa (existe um spray específico para passar na roupa e dura algumas lavagens) e tomar os comprimidos (aqui vale uma observação que o médico só indicou os comprimidos pois passaríamos pelas regiões de incidência no início da viagem e depois ainda teríamos um período longo antes de retornar ao Brasil, passando por áreas remotas e o receio era termos qualquer sintoma e não conseguirmos atendimento imediato.. se fossemos apenas ao Kruger e voltássemos em seguida, o médico não indicaria o remédio porque em qualquer emergência conseguiríamos atendimento fácil em SP). O que de fato aconteceu: levamos o exposis, mas não comprei o spray para roupa e tomamos os comprimidos que compramos em uma farmácia em Joanesburgo (parece que o melhor é comprar no próprio aeroporto, mas esquecemos e enfrentamos uma pequena burocracia para conseguirmos o remédio, que é controlado e não é barato). No início do overland, o guia fez um terrorismo de que nenhum repelente trazido de países que não tem malária é eficaz e sugeriu comprar outro, o peaceful sleep, que acabamos comprando também. Não sei se foi o remédio ou a mistura disso tudo com sol e suor, mas tive uma alergia forte na pele (rosto, pescoço e costas) que só foi sumir mesmo em Cape Town. Camila ficou enjoada nos primeiros dias do overland, o que logo relacionamos com o remédio também. Para mais informações sobre a Medicina do Viajante: http://www.emilioribas.sp.gov.br/pacientes-e-acompanhantes/medicina-do-viajante/ MOCHILA, O DRAMA... A principal dificuldade neste tema foi: precisaríamos de uma mochila que aguentasse o tranco e boa o suficiente para utilizar na trilha (tenho problema na cervical e essa era minha maior preocupação) e isso costuma ser bem caro! No final das contas: uma amiga que estava de mudança para a Austrália tinha uma mochila usada Trilhas & Rumos Crampon 72L e deu pra gente. Camila acabou ficando com esta, pois eu não queria uma mochila tão grande. Outra amiga ofereceu a mochila dela emprestada, uma Deuter Futura Vario 45 + 10, que eu me neguei a pegar até quase a véspera da viagem. Mas de tanto ela insistir e de tanto faltar dinheiro, aceitei.. Resultado: olha, quando estava pesquisando pra comprar uma cargueira pra esta viagem, li muita coisa positiva sobre a T&R, então simplesmente não sei dizer o que aconteceu, mas a mochila praticamente se desfez durante a viagem. Na arrumação ela já rasgou um teco (o que levou Camila ao desespero antes mesmo da gente ir pro aeroporto) e no restante da viagem ela se rasgou inteira! Tentamos remendar com um bocado de fita e nada adiantou... enfim, outro ponto fraco que percebi é que ela ficava visivelmente desestruturada nas costas. Quanto à que eu levei, ela foi perfeita. Nas 1ªs horas da trilha precisei fazer alguns ajustes, mas ela segurou bem! O que levei: Confesso que não sou nem de longe aquelas pessoas bem compactas para viajar e foi bem difícil ficar nisso aí... mas era tudo que cabia na mochila, então... (na verdade cabia mais mas jurei pra mim mesma que não queria partir com a mochila no limite pra conseguir trazer umas coisinhas depois) Ainda, como tínhamos a trilha no meio da viagem e eu já tinha pensado mais ou menos em um cardápio, levei daqui coisas que por algum motivo tinha receio de não encontrar pra comprar ou que precisava de apenas uma quantidade pequena, etc.. 7 calcinhas 2 pares de meia para trilha 3 pares de meia de algodão 2 sutiãs 2 tops 2 biquinis 2 calças legging 1 calça-bermuda 1 calça jeans 2 camisetas dryfit 7 camisetas 1 blusa térmica (fleece) 1 jaqueta impermeável 2 blusinhas manga longa 1 shorts de corrida 2 shorts 1 saia jeans 2 vestidos 1 pijama 1 canga de praia 2 lenços 1 toalha microfibra 1 capa de chuva 1 chinelo 1 sandália kit de higiene / cuidados pessoais maquiagem básica kit primeiros socorros (com umas coisas bem específicas pra trilha, mas que não precisamos usar.. ufa!) saco de dormir lanterna de cabeça + pilhas 2 cantil + tabletes para purificação da água 1 canivete 1 bastão de trilha 1 capa protetora mochilão (comprei uma Arienti www.territorioonline.com.br/bolsa-para-transporte-arienti-m para despachar a cargueira, que até por ser emprestada merecia um cuidado mais especial e também porque precisávamos de uma bolsa pra deixar nossas coisas no hostel durante a trilha) 1 binóculo Confesso que não sou nem de longe aquelas pessoas bem compactas para viajar e foi bem difícil ficar nisso aí... mas era tudo que cabia na mochila, então... (na verdade cabia mais mas jurei pra mim mesma que não queria partir com a mochila no limite pra conseguir trazer umas coisinhas depois) Ainda, como tínhamos a trilha no meio da viagem e eu já tinha pensado mais ou menos em um cardápio, levei daqui coisas que por algum motivo tinha receio de não encontrar pra comprar ou que precisava de apenas uma quantidade pequena, etc.. leite em pó (levei em saquinho zip lock apenas o necessário pra preparar 5 canecas de manhã) *confesso que quando estava separando o leite em pó no saquinho pra levar na mochila me bateu uma sensação mega ruim de que aquilo podia dar muito errado no aeroporto, mas deu em nada não... toddy (2 colheres de sopa / dia - levei em saquinho zip lock) geléia (aquelas individuais de cestas de café da manhã) castanhas semente de girassol cuscuz marroquino (em zip lock) quinoa (em zip lock) arroz + lentilha (em zip lock) temperos: sal (aqueles saquinhos de restaurante), pimenta do reino (não vivo sem!), azeite barras de cereais e proteínas 2 pratos plásticos rígidos, 1 caneca alumínio + kit talher de plástico Esta lista era basicamente para o meu café da manhã (com alguns itens complementares que compraria fresco na véspera da trilha) e jantar para nós 2! A Camila levou com ela o que iria precisar para o café da manhã dela e levaria o kit de panela. Além disso levei uma pequena mochila de ataque (aquelas dobráveis da decathlon, que viram uma bolinha compacta) com pasta completa de documentos e comprovantes de reservas impressas, bloco de anotação, travesseiro de viagem (meio dispensável pra mim, mas até que garantiu um conforto quando acampamos), carregador de celular, 2 power banks, câmera (uma véia digital que tenho, levei mais como garantia se a memória do celular faltasse). Acho que foi isso. A maioria das coisas que não tiveram utilidade durante a viagem foi levada por alguma indicação específica para a trilha e não acho que deixaríamos de levar (mesmo sabendo agora que não usamos), pois poderiam ter sido necessárias.. mas confesso que daria pra ter cortado umas peças de roupa e a sandália.... No final deu isso aí.. mochila pronta... O relato diário irei postando em partes para não ficar tãããão comprido... Até!
  2. Olá galera mochileira, quando resolvemos (eu e meu companheiro de vida Junior), ir para Africa do Sul, logo pensei na Suazilândia e Botswana, por estarem próximos, porém diferente dos demais, pensei nesse roteiro de carro, e tive dificuldade em encontrar informações. Depois de muita cabeçada e alguns perrengues, ter conseguido conhecer esses 3 países foi algo sensacional... e vou contar um pouco dessa história para vcs. Os preços vou colocar em reais para ajudar, mas tudo foi pago em Rands (Africa do Sul e Suazilândia) ou Pula (moeda de Botswana). Passagem de BH x Joanesburgo R$ 2300,00 (ida com a Latam e volta com a South Africa) Embarcamos no dia 16 de maio e chegamos em Joanesburgo no dia 17, duas horas depois do esperado devido a um atraso de mais de duas horas em São Paulo. Chegamos por volta das 11:00 da manhã. Trocamos alguns dólares no aeroporto depois do desembarque, há algumas casas de câmbio... o dólar havia dado uma disparada nessa época, então as cotações não eram tão legais como havia lido em alguns relatos aqui. Na Africa do Sul, eles cobram taxas para realizarem o câmbio, então o valor nunca é aquele anunciado... 1 dólar nos rendeu quase 11 rands. Fizemos a reserva do carro aqui do Brasil para ser retirado no próprio aeroporto de Joanesburgo pela Europcar. Alugamos um carro manual, visto que os automáticos são bem mais caros, mesmo sabendo da mão inglesa resolvemos arriscar e deu tudo certo. Em questões de horas já estávamos dirigindo normalmente. O valor em reais foi cerca de R$ 800,00 por 9 dias de aluguel, porém ai vai a primeira dica: PARA CRUZAR FRONTEIRAS COM O CARRO ALUGADO ELES COBRAM UMA TAXA E NÃO NOS COMUNICARAM, ESSA TAXA CHEGA A SER MAIOR QUE O VALOR DO ALUGUEL. Como em toda locadora de veículos, é feito uma cobrança (calção) no cartão de crédito, só vimos esse ROMBO, após alguns dias da devolução do mesmo. Então esse detalhe merece cuidado. Não deixe de mencionar que irá sair do país se realmente o for, pois sem uma autorização por escrito da locadora vc não cruza nenhuma fronteira. Papeis na mão e chave do carro, saímos de Joanesburgo por volta de 13:00 e já rodamos cerca de 500 km até Phalaborwa, onde havia feito uma reserva pelo booking em uma Guesthouse (seria como nossas pousadas). Porque escolhemos Phalaborwa? Porque nessa cidade tem uma portaria do Kruger Park e queríamos fazer nosso proprio safari até o camping que havíamos reservado dentro do Kruger. Chegamos em Phalaborwa já de noite e bem esgotados. O carro arriou a bateria no meio da estrada e por sorte contamos com a ajuda de algumas pessoas que estavam trabalhando em uma reforma na estrada. Ficamos no Lalamo Guesthouse e super indico. O preço foi cerca de 150,00 reais quarto privado com banheiro para duas pessoas com café da manhã ou 540 rands, quarto simples mas completinho, inclusive com uma garrafa de vinho como cortesia de boas vindas e alguns snacks tbm de cortesia. Tomamos um banho e fomos comer em um restaurante próximo. No dia seguinte cedo, o café da manhã me surpreendeu, o mais gostoso de toda a viagem, além da simpatia dos funcionários com seu belos sorrisos. Por volta das 08:30 estavamos entrando no Kruger... agora falo um pouco desse parque. Depois de uma boa pesquisada sobre o Kruger National Park (aqui no mochileiros vcs encontram muita info), optamos por ficar duas noites em dois diferentes acampamentos, o Pretoriuskop e Lower Sabien. As reservas foram feitas com cerca de 3 meses de antecedência, por ser alta temporada (inverno) e para não arriscar de chegar e ter apenas acomodações caras (reservas diretamente no site www.sanparks.org). Optamos em ficar em um Hut, uma casinha com duas camas de solteiro, ar condicionado e geladeira, com banho compartilhado, onde pagamos cerca de 50 dólares a diária. Tbm se paga uma taxa por dia por pessoa, para estar no kruger, que chega a ser quase 100,00 reais. O parque é bem organizado e logo na entrada mostramos as reservas. Recebemos tipo um folder com um recibo da nossa entrada. A tal taxa por dia é paga diretamente nos acampamentos. Existem outros tipos de acomodações nos acampamentos, mais baratos e mais caros, aí vai do gosto e bolso de cada um. Da portaria de Phalaborwa até nosso primeiro acampamento, rodamos cerca de 280 km dentro do parque, daí dá para imaginar como ele é grande. Vc começa fazendo seu próprio Safari e confesso que tivemos muita sorte, porque de cara nesse primeiro dia já vimos 3 dos Big Fives, elefante, búfalo e leão. Big Five se refere aos cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem. Chegamos no Pretoriuskop já no final da tarde, pois além da velocidade permitida dentro do Kruger ser 50 km, toda hora se para para admirar uma imensidão de animais e aves. Os acampamentos são bem estruturados, com mini supermercado, restaurante e até posto de gasolina. Optamos por fazer um game drive pago que saía as 05:00 da manhã e foi graças a ele que vimos nosso quarto big five, o leopardo, um dos mais difíceis de serem vistos. Alguns preços: gasolina cerca de 5,00 reais, café da amanhã cerca de 35,00 reais para 2 pessoas, uma coca cola de um litro cerca de 7 reais. Existe tbm suvenirs para comprar, mas o preço é bem salgado e a maioria das coisas que tem dentro do Kruger, vc encontra em lojas em Cape Town e Joanesburgo. Mas é claro que se vc quiser algo com o nome do Kruger, vc deve comprar lá. Depois de dois dias incríveis e inesquecíveis dentro do Kruger, partimos para Suazilândia, aqui vai mais uma dica importante: baixe no celular o aplicativo Here, foi ele que nos ajudou com GPS off line e foi nosso salvador. Saímos do Kruger pela portaria do Crocodile Bridge e fomos em direção a Jeppe's Reef - Matsamo fronteira na Suazilândia. A imigração foi tranquila, documentação ok e fomos para a região Ezulwini Valley. Agora algumas considerações sobre a Suazilândia: o rand é bem aceito em todo o país e não foi necessário câmbio para a moeda deles. O país é pequeno e bem acolhedor, com as pessoas sempre alegres. Ficamos em um hostel de nome Sondzela Backpackers que fica dentro de uma reserva natural a Mlilwane Wildlife Sanctuary. Foi bem difícil conseguir chegar devido a obras na estrada de acesso. O lugar é incrível, mas só indico para quem estiver de carro, pois é longe de tudo e não dá para fazer nada a pé. O jantar do hostel (pago a parte) é imperdível, cerca de 23,00 reais por pessoa. A diária do hostel foi cerca de 130,00 reais sem café da manhã, quarto privativo com banheiro compartilhado. Vc já acorda nesse lugar vendo animais envolta da cerca e dentro da área do hostel, até javalís rsrsrs. Acordamos e fomos conhecer um pouco da região e tomamos um café da manhã no Malandelas Tourist Information e Internet Café, uma parada meio obrigatória para pegar mapas e tirar dúvidas em relação a passeios. Internet na Suazilândia não é algo fácil, nesse lugar por exemplo, mesmo tendo internet no nome, não estava funcionando esse dia. No hostel era vendido 200mb por 50 rands, cerca de 15,00 reais e não dava pra nada rsrs. Como ficaríamos apenas duas noites nesse país incrível, optamos por visitar uma aldeia Suázi no Mantenga Nature Reserve . Foi emocionante ver de perto um pouco da cultura e costumes desse povo tão hospitaleiro. No outro dia cedo, partimos rumo ao Soweto. Foram cerca de 5 horas de viagem e chegamos por volta das 13:00. Soweto é a sigla para South Western Townships, um dos bairros no subúrbio de Joanesburgo, cenário de importantes lutas políticas durante o regime do apartheid. O bairro nasceu sob a base do regime de segregação racial, onde os negros deveriam, por lei, viver em regiões afastadas dos brancos. O local é sinônimo de resistência e luta contra o regime opressor que os negros sofreram na Africa do Sul nesse período. Existe várias coisas para se ver e ouvir nessa região... a rua Vilakazi, a única do mundo onde dois ganhadores do Prêmio Nobel moraram. Nelson Mandela e o arcebispo Desmond Tutu dividiram muito mais do que a mesma vizinhança, eles compartilharam o sonho de viver em um país mais tolerante e com mais oportunidades para todos. Esse dia dormimos em Melville, bairro em Joanesburgo onde existe um bom comércio e restaurantes próximos. Ficamos no Grand View B&B , cerca de 160,00 reais a diária em quarto privado com banheiro com uma linda vista da cidade, com um delicioso café da manhã. No dia seguinte, fomos rumo a Botswana. O trajeto até a fronteira foi um pouco tenso, pois faltando cerca de 100 km para chegar, passamos em uma região que havia algum tipo de conflito. Não ficamos sabendo ao certo do que se tratava, apenas encontramos estradas bloqueadas com pneus pegando fogo e muita brasa no chão, e o pior é que estávamos sozinhos, não tinha mais ninguém transitando nessa estrada. Foi o único momento nessa viagem que ficamos com medo, maaaaaaas tudo deu certo e chegamos na fronteira Pionner. De Joanesburgo até a fronteira, foram uns 370 km. Para atravessar para Botswana tivemos que pagar 120 pulas, mas no local tem como fazer câmbio. Um dólar equivale a mais ou menos 10 pulas. Eles ficaram surpresos em ver nossos passaportes brasucas, não se vê brasileiros nessa região de Botswana, por isso tive dificuldade em achar mais infos. Os brasileiros quando vão para "Bots" acabam ficando no norte do país, principalmente quando vão a Zimbábue ou Zambia. Ficamos em um hostel a cerca de 10 km da capital Gaborone, no Mokolodi Backpackers. Gostamos muito do lugar, super indico. Pagamos cerca de 200,00 reais a diária... simmmm, Botswana é mais caro, como dizem, é um destino exclusivo rsrsrs mas valeu cada centavo. Esse hostel fica perto do Mokolodi Nature Reserve, onde fizemos um safári incrível por 150 pulas por pessoa, que seria mais ou menos 60,00 reais por pessoa. É claro que nem dá para comparar com o Kruger Park, pois são bem diferentes em tamanho e estrutura, mas ver aqueles animais em seu habitat natural, é sempre uma aventura. Como estávamos de carro, era fácil ir até Gaborone comprar comida e artesanatos (meu fraco rs). O hostel tinha cozinha completa e fizemos nossa própria comida... Ficamos duas noites naquele lugar e amamos, queremos voltar para conhecer as outras regiões. l Saímos de Botswana em direção a Pretória. A estrada tem muitos pedágios, mas na hora de alugar o carro fomos informados que o veículo possui um equipamento que passa pelos pedágios e depois na hora da devolução eles calculam quantos pedágios foram e vc paga juntamente com o valor do aluguel. Pretória realmente não tem nada demais, e se vc estiver com o tempo contado pode abrir mão desse destino facilmente. Mas já dentro da cidade fomos parados pela polícia que alegou que havíamos passado em cima de uma faixa amarela que era proibido... oi ??? isso mesmo, ai rolou aquela treta que li em vários relatos aqui no site, propina era o que queriam... masssss resistimos bravamente e acabamos saindo sem pagar os 500 rands que pediram. A dica é a seguinte: sempre diga que não tem dinheiro, só cartão de crédito, assim fica mais difícil deles levarem seus Rands. Durante nossa viagem fomos parados várias vezes por policiais, principalmente em Botswana, mas a única vez que pediram propina foi essa. Novamente dormimos em Joanesburgo no 84 on 4th Guest House tbm em Melville, quarto privado com banheiro e café da manhã, por 200,00 reais a diária. Excelente localização e atendimento. Gostamos muito do lugar. No dia seguinte deixamos o carro no aeroporto e pegamos um voo da Kulula para Cape Town (compramos no Brasil pela Decolar) e ficou 1.000,00 reais ida e volta para duas pessoas. Em Cape Town ficamos no The Verge Aparthotel em Sea Point, onde pagamos cerca de 830,00 reais por 5 diárias pelo booking. Atenção, esse lugar é perfeito... Um apart hotel mega bem localizado, pertinho da praia, com muitos bares e restaurantes próximos, supermercados... além do apartamento ser completo e bem decorado (é só entrar no booking e dá uma olhada), amamos o lugar e tbm super indicamos. Fizemos um passeio pelas vinículas que vale muito a pena... foi caro, cerca de 300,00 reais por pessoa, mas o passeio dura o dia todo e foram 4 degustações em diferentes vinícolas com vinhos e queijos, com direito a passeio de trem tbm degustando vinho. Dica: os vinhos na África do Sul são muito bons e baratos, custa praticamente o preço de um imã de geladeira rsrsr paguei em um bom vinho premiado cerca de 20,00 reais. Do Brasil tínhamos comprado o passeio para Robben Island, mas no dia programado o tempo não tava legal e foi cancelado, algo bem comum de acontecer por lá, vc pode trocar por outro dia ou pedir a devolução do dinheiro. Aproveitamos esse dia e fomos até a Green Market Square onde rola uma feirinha livre de artesanatos onde compramos algumas lembrancinhas. Depois passamos no supermercado e compramos comida. Não se vende bebidas alcoolicas nos supermercados, apenas em lojas próprias e por sorte havia uma bem perto do apart. No dia seguinte pegamos o Bus vermelho (City Sightseeing Cape Town), tbm perto do apart, na avenida da praia para o Cabo da Boa Esperança (cerca de 70 km de Cape Town), com o custo de mais ou menos 170,00 reais por pessoa, o passeio dura o dia todo. Primeiro eles param em Boulders Beach, praia cheia de pinguins, mas a entrada é paga separadamente, custou cerca de 15,00 reais mais ou menos, não lembro direito mas não era caro, a praia é linda e vale o preço. De lá fomos para Cape Point, onde fica o Cabo da Boa Esperança. A entrada do parque está incluida no preço do passeio. Vc pode subir a pé ou de bondinho e é claaaaro que fomos a pé, uma subida bem interessante com uma vista incrível do mar. Nesse passeio vc tbm faz uma trilha com uma vista de deixar qualquer um de queixo caído... voltamos no final do dia e aproveitamos para dar um rolezinho no Water Front , onde tem inúmeros restaurantes e lojas, se vc garimpar, consegue comprar lembrancinhas por um bom preço no local. No dia seguinte fomos rumo a Table Montain fazer a trilha tradicional a Plattew Klip Gorge, cerca de 3 horas de subida para pessoas como nós rsrsrs longe de sermos atletas... pegamos um Uber até o Cable Way onde na mesma rua se inicia a trilha... não se paga nada para subir, só se vc for de teleférico. O frio tava de lascar e o tempo ameaçava chuva a todo o momento, mas é algo que não dá para perder. Cape Town é uma cidade muito bonita e com vários atrativos. Andar de Uber por lá é uma boa pedida. É bem econômico e foi nosso principal modo de transporte. Depois de Cape Town, voltamos para Joanesburgo onde ficamos no Saffron Guest House, quarto privado com banheiro e café da manhã por cerca de 200,00 reais o casal. Tbm foi um excelente lugar e super indico, perto de tudo e bem seguro. Fomos conhecer o museu do Apartheid e despedir desse lugar tão fabuloso pois no dia seguinte íamos voltar para o Brasil. Foram 16 dias no total, bem aproveitados... E foi isso galera, até a próxima!!!!
  3. kkkk sensacionalista esse título heim? Mas é a pura verdade conforme vocês verão mais a frente . Vamos lá... Diferente de todas as outras viagens, essa não foi planejada por mim, e sim por um amigo que amo odiar, Fernando Luiz. Então não esperem celeridade da escrita, afinal dependerei da memória dele, bem como da nossa terceira companheira de viagem, a Ana Paula. Ambos eram marinheiros de primeira viagem, nunca haviam pisado fora do território tupiniquim e confiaram na minha "vasta" experiência para realizar essa viagem , tadinhos. Definimos o mês de novembro para viagem, início da alta estação. Ou seja, clima bom, preços ainda acessíveis e sem aquela invasão de corpos pálidos desfilando pelas praias rs. De modo geral a previsão esteve ao nosso favor, tirando o fato de ter pegado chuva em Moçambique com direito a tornadinho na Praia do Tofo. Ficamos um total de 20 dias, divididos da seguinte forma: 14/11- Embarque Salvador x Guarulhos x Luanda 15/11- Embarque Luanda x Cidade do Cabo - Cidade do Cabo 16/11- Cidade do Cabo 17/11- Cidade do Cabo 18/11- Gangsbai - Embarque Cidade do Cabo x Joanesburgo ... a partir daqui foi onde a porra começou a desandar e o nosso roteiro cuidadosamente planejado foi lançado nas asas do destino. Então se eu fiquei sem saber o meu futuro, pq deveria adiantar isso pra vcs???? kkkkkkkk PREPARATIVOS - PASSAGENS AÉREAS Compramos os voos de Guarulhos até a Cidade do Cabo, retornando por Joanesburgo, pela TAAG, empresa aérea angolana. Analisamos por um longo período os preços das passagens e percebemos que o valor só variava de acordo com o dólar. 3 meses antes da viagem batemos o martelo e a compra foi feita através do whatsapp fornecido no site da TAAG, muito seguro, afinal de contas a reserva era feita por esse meio mas o pagamento foi via PAYPAL. *Informação importante: no site da TAAG vc só consegue comprar à vista, para parcelar em até 4 vezes com juros de 5% é necessário fazer a reserva por telefone ou whatsapp. Logo em seguida foi a vez do voo interno, Cidade do Cabo x Joanesburgo. A companhia escolhida foi a FLYSAFAIR (ou ônibus de asas como foi carinhosamente apelidada por nós), companhia low cost sul-africana com base em Joanesburgo. Apenas uma mala de 7 Kg e dimensões de até 56x36x23 cm^3 está inclusa no valor da passagem. Paga-se mais para comer, para despachar mala, para marcar assento, para respirar ar limpo rs... Como vcs podem observar, não fizemos a famosa Garden Route, ao nosso ver seria muito chão pra pouca atração, mas isso é uma decisão muito pessoal. Não digo que foi a melhor nem a pior decisão, foi apenas uma escolha. Por último mas não menos importante vem a passagem de Salvador para Guarulhos. Essa foi comprada pela LATAM. Custos: Passagem aérea GRU x Cidade do Cabo / Joanesburgo x GRU: R$1.792,64 Passagem aérea Cidade do Cabo x Joanesburgo: 936,00 rands Passagem aérea SSA x GRU: R$269,80 Passagem aérea GRU x SSA: R$209,58 (mais 2200 pontos multiplus) CURIOSIDADES (OU NÃO ) - Money (que é good nós não have) Levamos a grana toda em dólar. Cerca de 1800 doletas para cada, escondidas por todos os lugares. Esse valor foi o suficiente para toda a viagem com sobra pra perder ou ser furtada (não sei ao certo o que aconteceu no meu caso). Ainda retornei com 500 dólares no bolso. Dos 1800 levados, 1100 dólares foram trocados por rands, moeda usada tanto na África do Sul quanto na Suazilândia. E 200 dólares foram trocados por metical, moeda oficial de Moçambique. Cartão de crédito usei pouquíssimas vezes para tentar fujir do IOF e da flutuação do dólar. Porém observei que é uma forma de pagamento amplamente aceito, pelo menos na África do Sul. Durante o planejamento da viagem criei um grupo no whatsapp de mochileiros que fui coletando o telefone por aqui. Através desse grupo conhecemos o famoso OMAR. Genteeee OMAR é tudo de bom e merece um parêntese aqui ( Quem é OMAR ou o que é OMAR? Não sei bem responder... Mas diria que trata-se de uma lenda rs. De tanto ouvir as vantagens de fazer negócio com ele resolvemos procurá-lo. O engraçado ou desesperador foi a forma com que fomos recepcionados. Claro que foi mais coisa da nossa cabeça de tanto assitir filme de gângster. A loja do OMAR, fica nos fundos de uma loja de celulares. Chegamos na loja e já mandamos um "we need to talk to Omar". O balconista nos apontou uma grade aos fundos da loja. Mas não era apenas uma simples grade e sim uma dupla. Daquelas que alguém aciona a primeira vc entra, fica enjaulado, e logo em seguida a segunda é acionada. Adrenalina já a mil! Encontramos Omar sentado com mais 4 homens sério em volta dele. Nos apresentamos e fomos conduzidos para a sala do chefão, mais grade. Lá sentamos e começamos a fazer o câmbio. Tudo muito tranquilo. Omar fala português. O câmbio com ele é extremamente vantajoso, creio que economizei cerca de 300 reais. Caso alguém queira o contato só avisar que passo no privado. ) Então... Nosso câmbio ficou de 14,5 rands para cada dólar americano. E 1 real equivalia a aproximadamente 4 rands. A moeda da Suazilândia é equivalente ao rands. Não precisa fazer a conversão por lá. Todos os lugares aceitam rands. As vezes o troco é dado em Suazi. A moeda de Moçambique é o metical. 1 dólar equivale a 60 meticais. E cada real equivalia a aproximadamente 18 metical. Resumo: 1 USD = 14,5 rands = 14,5 suazi = 60 metical 1BRL = 4 rands = 4 suazi = 18 metical - Idioma Dessa vez não tive problemas com o idioma . Não pq aprendi inglês de uma hora pro outra e sim pq durante a estadia na África do Sul e Suazilândia tinha meu Friend Translator (Fernando). Já em Moçambique pude gastar todo o meu português, era compreendida perfeitamente. - Documentos Passaporte e o Certificado internacional de Febre amarela são obrigatórios. A PID - Permissão Internacional para Dirigir é meio polêmica. Pq? Bem... Se vc for dirigir apenas na África do Sul a PID não é exigida, isso por conta da Convenção de Viena de 1968 que permite dirigir por aquelas bandas por até 180 dias apenas portando a CNH válida. Já se vc inventar de dirigir na Suazilândia e Moçambique o buraco é mais embaixo. Esses dois países não fazem parte dessa convenção. Logo resolvemos por garantia fazer a PID. Não fizemos pelo DETRAN-BA! Infelizmente o valor varia por estado, e o nosso é o mais alto do país, R$642. Optamos por fazer nesse site internacional http://idl-iaa.com/, o referido documento chegou a tempo via DHL. Visto - África do Sul e Moçambique não solicita visto para brasileiros. Moçambique exige, então prepare o bolso. Existem alguma opções para retirada do visto de Moçambique, pode ser tirada com antecedência na embaixada aqui no Brasil, nas embaixadas na África do Sul, no aeroporto em Moçambique ou na fronteira. Optamos por retirar no posto fronteiriço na saída da Suazilândia. Eles aceitam dólar, rand, suazi, euro ou metical. Vale a pena pesquisar antes se essas informações ainda são vigentes no momento da sua viagem. Link para saber se o país faz parte da Convenção de Viena: http://www.unece.org/trans/conventn/legalinst_08_RTRSS_RT1968.html Saúde Moçambique é zona endêmica de malária e um repelente eficiente é fundamental. Segundo pesquisas que fiz, os mais recomendados são os que contem DEET acima de 35 e Icaridina acima de 20%. Em conversa com minha médica ela recomendou o Exposis Gel, proteção por até 10h, cheiro e sabor bem fortes, mas funcionou bem, voltamos sem picadas. "Sabor" msm kkkkkk, afinal vc fica tão "noiado" com a possibilidade de ficar doente durante a viagem que sai passando repelente por todas as partes do corpo e acaba engolindo sem querer rs. Existe medicamento profilático para a malária mas pelo visto não é tão bem visto, já que os efeitos colaterais são vários. Vale pesquisar! Sempre! Costumo tb pegar com minha médica um receitão com os possíveis medicamentos para as possíveis doenças que possivelmente possam aparecer durantes a viagem. Aquele basicão para estômago, febre, alergia, dor, gripe, caganeira, anti-inflamatório... Mala Mala não, mochila , me respeite! Como boa canguinha que sou, evitei despachar malas nessa viagem, então preparei duas pequenas mochilas, uma de 32 litros e a outra de 16 l. Seguem fotos... Ahhh esqueci de apresentar pra vcs meu mascote. Esse é o Grelhado! Obs: Leve roupas para o frio, será fundamental na Cidade do Cabo, como ficamos apenas 3 dias, 1 casaco e uma calça foram suficiente para mim, tenho boa tolerância ao frio, o que me permitiu andar tranquilamente de bermuda em alguns momentos. Custos Visto Moçambique: 895 rands PID: 85 dólares Exposis 100ml: 45 reais Depois do bla-bla-bla necessário, vamos para o relato propriamente dito... * Voar pela TAAG / Gato de Schrodinger / Chegada na Cidade do Cabo Depois de avião decola, avião aterrissa, avião decola, avião aterrissa, chegamos em Luana, capital da Angola. O aeroporto é bem desestruturado. O banheiro não tem papel higiênico, não encontrei bebedouro, não há conexão de wi-fi pública, o calor beira ao do inferno, existem poucas opções de cadeira para se acomodar e além disso tudo, as lojas e restaurantes (pelo menos os que perguntei) não aceitam dólar nem cartão de crédito internacional. Apesar disso Fernando como bom malandro que é, conseguiu a senha de um wi-fi de uma lanchonete depois de ter colocado a bendita mãe na conversa, dizendo que ela precisava de notícias dele senão morreria. Foi nesse momento que os meus problemas começaram. Ao conectar na internet descobri que uma estimada amiga havia "morrido". Morrido entre aspas mesmo, pelo menos pra mim, afinal ela ficou várias horas como o gato de schrodinger... [Pausa para explicar rapidamente quem é esse famoso gato... Muito superficialmente falando e sem envolver a física quântica no meio, o gato de Schrodinger é um personagem imaginário que foi colocado dentro de uma caixa com um veneno que é liberado através de um mecanismo que tem 50% de chance de ser acionado. E só saberemos se ele morreu ou sobreviveu a esse experimento ao abrir a caixa e encontrá-lo vivo ou morto. (Físicos de plantão podem me apedrejar, eu mereço e me rendo!)] Então, eu sabia que ela faria uma cirurgia de alto risco do coração, e ao sair do Brasil mandei uma mensagem para a irmã dela, perguntando como havia sito a cirurgia. Ao conectar recebo a resposta da irmã dela, uma resposta inconclusiva, onde quem lia não sabia se minha estimada amiga havia ou não sobrevivido a cirurgia. Então me desesperei e concluir que ela tinha batido as botas, passei o voo todo de Luana à Cidade do Cabo chorando desesperada, a ponto da aeromoça vir fala comigo. Só para aliviar o coração de vcs, concluo esse trecho informando que a bendita Amiga-Schrodinger estava vivinha. Coisa que só fiquei sabendo ao chegar no hostel. Ahh sim, devem está curiosos pra saber como é voar pela TAAG. Bem... eu diria que é satisfatório, tirando algumas telas de entretenimento que não funcionam e alguns comissários de bordo ásperos no tratar com os passageiros. A comida é boa, mas não é magnifica como li em alguns relatos! Eles dão fone de ouvido, manta para o frio e mini travesseiro para o nosso maior conforto. Uma música chata é tocada em todos os embarques, até hj não consegui esquecer... É durooooo, mas é mais segurooooo, é tudo que eu quero para mim amanhããaãã Pois bem! Chegamos finalmente ao nosso esperado destino Cidade do Cabo, passar pela imigração é bem tranquila apesar da fila enorme. De lá seguimos para a AVIS, locadora de carro escolhida para desbravar a África. Ela fica fora do aeroporto, mas é bem fácil de achar, é só atravessar a pé um túnel, fica bem defronte a saída do aeroporto... to be continued
  4. Olá pessoal, Sou nova por aqui e iniciante como mochileira... Estou planejando para março / abril de 2018 o meu 1º mochilão e para o destino que sempre sonhei conhecer! Já li muitas dicas aqui que me ajudaram horrores a montar o roteiro, mas sempre fica aquela dúvida, então, agradeço qualquer palpite! Conforme avancei nas pesquisas, me deparei com uma trilha fantástica no Tsitsikamma National Park que virou minha obsessão! A Otter Trail é uma trilha com duração de 5 dias no Cabo Oriental e foi a 1ª coisa que reservei e terá início em 02/04/2018. O restante do roteiro foi montado para se encaixar, mas como ainda não comprei as passagens nem nada, tenho alguma flexibilidade... Meu roteiro até o momento está assim: 4 dias em Joanesburgo 7 dias de Overland Tour incluindo Kruger, Suazilândia, St. Lucia e terminando em Durban 1 dia em Durban 2 dias em Coffee Bay 3 dias em Chintsa 2 dias em Port Elizabeth 1 dia em Jeffrey's Bay 1 dia em Storms River 5 dias percorrendo a Otter Trail e retornando para pernoite em Storms River (onde deixarei parte da bagagem que não será útil durante a trilha) 1 dia em Wilderness 2 dias em Mossel Bay 4 dias em Cape Town Para resolver meu deslocamento interno, já que não dirijo, decidi fazer esse overland para cobrir a parte do Kruger e Suazilândia (quase certeza que vou fechar com a empresa Nomad Tours) e no restante do percurso, de Durban a Cape Town, farei de ônibus com a Baz Bus (vans que transportam mochileiros de porta a porta nos hostels). Por favor, opinem nisso aí! Se puderem dar dicas sobre os locais de parada, ou se tem algum lugar imperdível faltando... (sempre fico em dúvida ao ler sobre Plettenberg Bay ou Knysna porque não consegui encaixar no roteiro, ou então ao ver outros roteiros de aproximadamente 30 dias que vão para mais 3 países... sei lá, enfim, não dá pra conhecer tudo ) Valeu!!
  5. 1º. Dia Já dentro do avião da TAAG, cujo serviço de bordo poderia ser melhor (comissárias antipáticas, poucas opções de entretenimento), eu, Miguel, Rafael e Lucas pousamos ao nascer do sol de 3 de fevereiro no aeroporto de 4 de fevereiro (!) em Luanda, capital de Angola. Ficamos ali umas horinhas até o voo seguinte. É bem pequeno e deixa a desejar em relação ao banheiro, à falta de wi-fi e a não aceitação de cartões de crédito. No voo seguinte também pela TAAG, fomos babando de sono até o Aeroporto Internacional de Windhoek, distante da capital da Namíbia. Lá alugamos os carros que conduziríamos pelo país. O que fiquei custou 2700 NAD (~645 reais) na Thrifty. Enquanto aguardava a chegada de Daniel, os outros foram para cidade adiantar as compras no supermercado. Quase me perdi deles ao chegar a Windhoek, pois os endereços não batiam, ninguém conhecia o lugar onde eles estavam e não havia internet disponível. Tive que entrar em uma loja e pedir o celular de uma moça para localizá-los. Bem que deveria ter feito que nem o Miguel e comprado um chip. Mas fora isso, é uma capital diferente do resto da África; tudo organizado e limpo como num país desenvolvido, mas sem trânsito ou caos. Começamos lá pelas 7 horas a jornada de carro até Sesriem. Segundo a locadora, de carro levaria umas 3 horas apenas... Faz-me rir. Assim que deixamos Windhoek, o asfalto lisinho deu lugar a uma estrada de chão. Belíssimas paisagens no pôr de sol, mas traiçoeiras pedras soltas e riachos cruzando as estradas frequentemente. À medida que escurecia, a estrada ficava pior e a velocidade do nosso Polo ia diminuindo. Determinado momento não deu mais para seguir, pois devido ao rio uma picape ficou atolada. Tivemos que tomar um caminho alternativo mais longo. O inevitável aconteceu: um pneu se foi. Trocamos e seguimos bem devagar, sem ver ninguém em todo o resto do caminho. O trajeto foi quase um safári noturno, pois vimos lebres, chacais, gazelas, zebras e os imponentes antílopes órix. 2º. Dia Somente às 3 da madrugada chegamos a Sesriem. Lucas e Rafael haviam reservado um chalé num dos caros alojamentos do local. Barato somente em campings, pois não há albergues. O Desert Quiver Camp estava sem sinal algum de vida quando chegamos. Imaginamos que tínhamos perdido a reserva da casa, mas não, a chave estava do lado de fora da recepção. E olha que não havia nenhum segurança por lá. Ah, se fosse no Brasil... Acabou que Daniel e eu conseguimos ficar num sofá-cama, não precisando dormir no carro. Dormimos pouco para não nos atrasarmos mais no dia seguinte. Pelas 10 horas já estávamos no portão do Parque Nacional Namib-Naukluft. Pagamos 80 NAD por cabeça mais 10 NAD pelo carro e seguimos pela via asfaltada em meio ao deserto e dunas por 60 km até o estacionamento. Daí em diante só tração 4X4, pois o caminho é de areia. Caminhamos nessa areia num sol de rachar por uns 3 km até a bifurcação de Sossusvlei, ao norte e Deadvlei, ao sul. Após 1 km e meio deparamo-nos com um cenário impressionante. O vale da morte fica entre grandes dunas, consistindo em troncos mortos de árvores. Este cenário ficou conhecido depois de uma foto ganhadora de um concurso de mundial de fotografia. Os troncos são de árvores que morreram a aproximadamente 600 anos, quando a mudança de posição das dunas interrompeu o curso de água, deixando apenas uma camada de argila. Nesse dia, até um corvo apareceu por lá. No retorno os rapazes subiram na duna 45, um marco na paisagem. Abastecemos na saída do parque, a 11 NAD o litro. Visitamos ainda o Sesriem Canyon, ali perto. É uma falha no terreno, onde se entra em meio aos paredões de conglomerados. No posto de combustível nós compramos um pneu novo. Ainda bem, pois em Solitaire o posto já estava fechado quando passamos, logo após o pôr do sol. A vista desolada é interessante. A estrada até a cidade portuária de Walvis Bay foi mais tranquila, embora ainda fosse de chão. Chegamos em uma hospedagem reservada no AirBnb (Jessma Bnb), um lugar agradável e finalmente com wi-fi, já na hora de dormir. 3º. Dia Fomos a Swakopmund , a segunda mais populosa do país, cidade vizinha ligada por uma rodovia asfaltada entre o mar escuro e frio e as dunas de areia. Passamos no caminho por umas casas bem maneiras. Esta cidade é bem limpa, organizada e vazia, com uma arquitetura bem interessante. Os museus estavam fechados por ser domingo, mas conseguimos ir ao National Aquarium of Namíbia, por 30 NAD. É um local pequeno com alguns tanques de seres marinhos existentes no país e mais um grande com um túnel. Lá perto paramos para almoçar em um dos restaurantes mais chiques da cidade, o The Tug, à beira-mar. Os frutos do mar são ótimos, e os preços não são tão caros. Recomendo a lula. À tarde fomos pechinchar bastante no mercado aberto de artesanatos. Havia bastantes opções e artigos interessantíssimos. Alguns vendedores eram angolanos, falando português. Tivemos que negociar muito mesmo para conseguir preços decentes nas máscaras, estátuas e quadros. No fim da tarde ficamos admirando centenas de flamingos em frente ao calçadão de Walvis Bay. Antes que a cidade toda fechasse, fizemos um rancho num supermercado, e à noite confraternizamos na hospedagem com os colegas recém-chegados. 4º. Dia Fomos em direção nordeste, passando por paisagens totalmente desérticas. Desviando um pouco da rodovia principal está a rota cênica do Moon Landscape e Welwitschia Drive, onde supostamente estariam essas plantas rasteiras milenares. Rodamos bastante até chegarmos à Spitzkoppe, maciço rochoso que se ergue a 1700 m de altitude. Ao redor deste parque foi onde vimos os primeiros miseráveis, morando em cubículos de chapa de metal no meio do nada. Compramos uns móbiles que eles vendiam para ajudá-los. Para entrar nesse parque, assim como os demais, paga-se 60 NAD por pessoa e 20 NAD por carro. Montanhas destacam-se na vasta planície ao redor. São de impressionante beleza cênica, principalmente na feição que é um arco de rocha. As rochas podem ser escaladas. Outra atração são os sítios de pintura rupestre da etnia San, que só podem ser visitados com guia, para evitar vandalismo. Quem quiser pode acampar no parque, mas nós já tínhamos reserva no Brandberg Rest Camp, mais ao norte, ao lado da maior montanha do país. Chegamos à noite e pagamos 250 NAD, indo ao seu bar antes que fechasse às 22 horas, para provarmos as deliciosas cidras sul-africanas da marca Savanna. Os quartos compartilhados são bem rudimentares, não havendo nem porta separando a privada do resto, e a agua da pia é salobra. 5º. Dia Devido ao pouco tempo, não pudemos ver as pinturas do Monte Brandberg conhecidas como White Lady. Prosseguimos pela estrada de cascalho até o sítio arqueológico Twyfelfontein. Antes de chegar há uma bifurcação que leva à Burnt Mountain, um cone de vulcão escuro inativo, pouco interessante, e Organ Pipes, colunas geométricas da rocha escura diabásio. Paga-se 50 NAD por pessoa para entrar. Se estiverem com pressa nem percam tempo. Em Twyfelfontein há uma série de desenhos de animais (girafas, antílopes, elefantes, leões, rinocerontes e até pinguins e leões marinhos) representados em rochas pelo povo San entre 2 a 6 mil anos atrás. O mais impressionante é que não são pinturas, mas entalhes. Foram descobertos no século passado e estão listados como patrimônio da UNESCO. Em seguida ficam as Petrified Forest, florestas de troncos fossilizados. Há diversas propriedades ao longo da estrada até Khorixas oferecendo essa vista. De Khorixas tivemos que ir até a cidade de Kamanjab, pois é por lá que fica o vilarejo da tribo Himba, a mais tradicional e fotogênica da Namíbia. Chegamos lá sem reserva e apenas no fim do dia, mas foi até melhor assim, pois pudemos negociar um valor bem baixo com a guia Himba Vanessa (pagamos 50 NAD cada, em vez as dos costumeiras 250), além de doações alimentares, e fomos os únicos ali. O vilarejo dessa tribo geralmente nômade é composto de choupanas de barro e palha situadas de forma circular em torno do cercado de animais de criação (cabras e galinhas) e do fogo sagrado. No entorno ficam as plantações de milho e em algum ponto uma captação de água. Essa sociedade poligâmica distingue-se fisicamente de outras pelos adornos corporais, pelos “dread locks” eternos de ocre e pela prática inconsequente de extração dos 4 dentes inferiores centrais. As mulheres vendem pulseiras e bonecas para complementar a renda. O melhor de tudo são as crianças fofíssimas que buscam carinho na gente sem pedir nada em troca. Saímos emocionados de lá. No caminho tivemos o azar de ter pneus furados novamente nos 2 carros, mas com isso ao menos descobrimos um restaurante em Kamanjab que servia um baita bifão de órix (ou zebra) por um preço muito bom, e incrivelmente deliciosos. Na virada do dia chegamos ao Sasa Safari Camp, em Outjo, onde dormimos em quartos duplos (508 NAD por pessoa com café da manhã). 6º. Dia Rodovia asfaltada até a entrada do Etosha National Park, mais ao norte. Entramos pela portaria Okaukuejo e fizemos um safári auto-guiado. O valor foi de 80 NAD por pessoa/dia mais 20 NAD por carro. O início foi empolgante, com o avistamento de muitos antílopes, zebras, girafas, gnus, leões, flamingos e diversas aves espalhados pelos diferentes ambientes do parque, que vão desde o salar central, pastos com arbustos esparsos, pequenas lagoas e até uma mata. Há uma infinidade de rotas a seguir, mas depois de pouco tempo as espécies começam a se repetir ou até não aparecer, ao menos na estação chuvosa, onde tudo fica verde. Saímos um pouco decepcionados no final do dia em meio a uma chuva, pelo portão Namutoni, no lado oposto ao que entramos. Nossa hospedagem da vez foi o luxuoso Emanya@Etosha Lodge, pois não havia mais nada em conta por perto. 7º. Dia Os 600 NAD nos deram direito a um café da manhã substancial. Rodamos mais umas horas pelo parque, vendo de novo apenas um chacal e outras aves maiores. Almoçamos e voltamos para Windhoek, o trajeto mais movimentado do país. Fiquem atentos para não passar dos 120 km/h permitidos, pois há radares fixos e móveis. Já durante o pôr do sol, chegando em Windhoek, tivemos que parar em um posto de fiscalização contra o tráfico de produtos oriundos de animais selvagens. Os japoneses que estavam no carro à frente tiveram todas as bagagens minuciosamente revistadas, enquanto que, quando dissemos que éramos brasileiros, nos liberaram sem nem conferir por cima. Passamos à noite no albergue Backpackers Unite. Pedimos uma pizza e interagimos, indo dormir já tarde, visto que madrugaríamos no dia seguinte. 8º. Dia Embarcamos no voo da South African Airlines para Joanesburgo às 6 horas e 40 minutos. Depois de muita enrolação, pegamos nossos carros alugados e fomos ao Consulado de Lesoto na expectativa de conseguirmos o visto. Ao chegar lá soubemos que precisaríamos de 2 fotos. Por sorte havia um fotógrafo próximo e que revelava no meio da rua a foto. Os demais requisitos foram um comprovante de hospedagem e de renda, e preencher um formulário, além da taxa de emissão, que foi um problema. O valor pela internet era de 500 rands sul-africanos (mesma cotação da moeda da Namíbia), mas no Consulado nos informaram que seria mais 1000 rands para emiti-lo em 2 a 3 dias úteis. Como já era sexta e não tínhamos todo esse tempo, precisamos do emergencial. Esse tipo parece ser informal pois dos 1500 primeiramente informados, pagamos 1300 rands no final, sendo emitido em menos de 1 hora. Como estava muito caro, apenas eu, Rafael e Alberto fizemos, seguindo para a fronteira de Maseru, capital de Lesoto, logo após o almoço. Os outros 3 foram para a fronteira de Sani Pass, no lado oposto do país, pois caso não conseguissem emiti-lo por lá, ou subir a montanha, já que é necessária tração 4X4 e nossos minúsculos Hyndai i10 certamente não serviriam, pelo menos poderiam aproveitar as incríveis paisagens montanhosas de Drakensberg. No final, subiram os 16 km a pé e pagaram 200 rands de propina para entrar. Chegamos ao anoitecer no posto de imigração. Somente nessa hora , Rafael percebeu que havia perdido o passaporte em Joanesburgo. Depois de muito drama e replanejamento, decidimos tentar seguir para Lesoto com o carro alugado em nome do Rafael, enquanto ele ficaria em Ladybrand (última cidade da África do Sul), até segunda, quando regressaríamos. Eu e Alberto pagamos os 30 maloti (moeda de Lesoto) para ingresso com carro, jantamos no aparente único estabelecimento aberto 24 horas logo após a fronteira e nos hospedamos no Cyaara Guest House, pagando 750 rands com quarto e café. Os rands sul-africanos são aceitos em qualquer lugar com a mesma cotação dos malotis lesotenses, assim como ocorreu com os dólares namibianos. 9º. Dia Tiramos uma foto da bela igreja católica com pedras expostas, enchemos o tanque pagando menos que na África do Sul, e deixamos a caótica capital por uma rodovia em bom estado rumo a Semonkong. O caminho, tanto antes como depois deste projeto de cidade é totalmente rural, com vilas com choupanas tradicionais, plantações de milho, pecuária de gado e ovinos, carros velhos, poucos turistas e paisagens deslumbrantes de relevo. Como as estradas sobem e descem as montanhas o tempo todo, as jornadas tomam mais tempo e são perigosas (Lesoto é o 2º país com mais mortes por acidentes de carro). Entramos numa estrada de terra braba em Semonkong, onde almoçamos por 50 rands no Semonkong Lodge, de onde começa a trilha de 4 km e meio até Maletsunyane Falls, cachoeiras belíssimas com até 193 metros de altura, e bastante volume nesse período chuvoso. Ali fica também o maior rapel do mundo com 204 metros. Atravessamos campos encharcados em meio aos simpáticos habitantes. Passamos um bom tempo admirando as quedas antes de voltarmos para o carro. Seguimos viagem para Qacha’s Nek. No trajeto servimos até de táxi, pois um que estava levando passageiros quebrou. Já era noite quando paramos no Nthaoua Hotel, na entrada da cidade. O quarto é massa, mas ficamos sem wi-fi e com um chuveiro bem limitado. 10º. Dia Choveu a noite toda, e quando saímos para o parque a estrada que já era ruim ficou intransitável sem tração 4X4, principalmente porque pegamos a pior das duas vias que levam de Qacha’s Nek a Selahbethebe, graças ao GPS. Depois de uns 20 minutos de viagem andando na 1ª ou 2ª marcha, nosso carro atolou de vez na lama. Prontamente o povo de Lesoto nos ajudou. Enquanto uns foram atrás de reboque, nada menos que 10 homens e mulheres de um vilarejo vieram nos ajudar erguendo o carro para colocar pedras, o que deu tração para que eu conseguisse tirá-lo. Ficaram felizes em ajudar-nos e nem pediram algo em troca. Infelizmente abortamos o parque, mas quando demos carona a uns jovens que iam a igreja, ficamos sabendo de um tal de Snake, que poderíamos visitar nessa cidadezinha de fronteira sem grandes atrações. O Snake Park, o primeiro do tipo no país, é uma iniciativa privada bastante interessante. Fizemos um tour com o próprio dono, que além de nos mostrar as víboras e najas altamente venenosas de Lesoto, nos contou sobre a preparação e dificuldade para erguer e manter este espaço, pois inclui também iniciativas socioambientais. Há ainda um rochedo sobre o qual vê-se toda a cidade, montanhas vizinhas e fronteira. Almoçamos na avenida principal e regressamos a Maseru. No caminho, além da infinidade de paisagens indescritíveis, um evento no mínimo inusitado: a cada poucas dezenas de km, cruzavam na rodovia pastores e suas dezenas de bois e ovelhas trancando toda a via. Chegamos no final da tarde no tumulto da capital, vimos a cabeça de leão na montanha, jantamos no Pioneer Mall, um shopping center ocidental típico e voltamos à mesma hospedagem. 11º. Dia No Basotho Hat, localizado no centro da cidade, compramos um bocado de souvenires artesanais como jóias, estátuas, máscaras, etc, por bons preços. Cruzamos a fronteira de volta, pegamos o Rafael em Ladybrand e regressamos a Joanesburgo. A rodovia com pedágio é muito boa, então dá para rodar tranquilamente a 120 km/h permitidos. Felizmente achamos o passaporte na praça de alimentação da estação de trem. Assim, seguimos os 3 diretamente para Suazilândia. No caminho apenas plantações e pequenas cidades. Cruzamos a fronteira de carro em Oshoek ao anoitecer. Pagamos 50 rands na fronteira. Uma via rápida nos levou à hospedagem situada entre as 2 maiores cidades do país, a capital Mbabane e Manzini. Por mais incrível que pareça, ficamos alojados em um cassino na Suazilândia, o Happy Valley. Em frente fica um shopping center, onde jantamos na rede sul-africana Spur. 12º. Dia Bem próximo fica o Mantenga Nature Reserve, onde fomos pela manhã. Pagamos a taxa de 100 rands de entrada. Primeiro caminhamos até a cachoeira - até que ela é bonita, mas a vista não é das melhores e não se pode tomar banho. A segunda atração da reserva é o Swazi Cultural Village. A visita guiada nos leva a uma réplica em tamanho real de um vilarejo típico da Suazilândia no período pré-colonização holandesa e inglesa. São ocas e cercas de palha e madeira onde as famílias poligâmicas viviam junto de suas vacas, orando para seus ancestrais e fabricando cervejas com marula. O passeio termina com uma apresentação de 45 minutos de música e danças típicas bem interessante. Almoçamos lá mesmo e, como estava chovendo, seguimos ao Museu Nacional. Pelos 80 rands de entrada (30 para estudantes) você aprende de forma textual e gráfica sobre a história, costumes e natureza do pequeno país. Em seguida, passamos por um mercado de artesanato meio caro, onde ficam as coloridas velas Swazi. À noite ficamos no hotel. O salão do cassino é bem considerável, com diversas máquinas e jogos de mesa, mas dispensamos a jogatina. 13º. Dia Comemos até não podermos mais no melhor café da manhã que tivemos nesta viagem e em seguida fomos em direção norte. Primeiro passamos na fábrica e loja de cristais Nungwi Glass. Você pode observar como eles aprenderam com os suecos a fazer magníficos cristais de diversas formas , principalmente animais e abstratos. Se não se importar com o preço, aproveite a loja em seguida. Um pouco mais além, subimos o morro que leva às minas de ferro de Nungwi. Por 30 rands um guia te mostra a enorme cava abandonada, um pequeno museu e conta a história da mina mais antiga do mundo explorada pelo povo San há mais de 40 mil anos, em busca de ocre. Lá pelos anos de 450 começou a ser explorada pelo minério de ferro, até que no século 20 assumiu escala industrial. Aproveitei a visita para enriquecer minha coleção geológica com especularita, hematita e ocre. Almoçamos comida indiana em um shopping center da capital Mbabane. O centro administrativo é bem menor e mais organizado do que poderia supor. À tarde tocamos para Manzini, outra grande cidade e principal em termos de comércio do país. No entanto é feia e aparentemente a única atração é o mercado de artesanatos. Localizado no segundo piso de uma construção consiste em alguns corredores com estandes de vendedores onde você pode calmamente barganhar muitos produtos diferentes, como máscaras, estátuas, camisas, colares, chaveiros, tambores, recipientes, além dos clássicos ornamentos e trajes dos guerreiros. Nos hospedamos em um quarto triplo com ar e frigobar no Valley View Lodge, por 330 rands cada. A área é confortável. Ficamos tomando umas no terraço que é um mirante. 14º. Dia Levantei 5 horas da madruga para pegar o transporte até Maputo. Meus companheiros voltaram a Joanesburgo. Assim como boa parte da África, o veículo só parte quando cheio ou quase. Como naquela manhã chuvosa só havia eu e mais um passageiro no ônibus que iria para Maputo por 90 rands, tivemos que embarcar às 6 e meia num micro ônibus que por 45 rands nos deixaria na fronteira de Lomahasha-Namaacha. Lá ingressei no meu 50º país, fiz câmbio na rua e imediatamente segui espremido com meu mochilão em uma van até Boane, por 50 meticais (moeda de Moçambique, equivale a uns 2,5 reais). Assim que desembarquei, subi num micro até o centro de Maputo por 20 e poucos meticais. Caminhei até o albergue Fátimas Backpackers. Almocei num restaurante indiano com decoração brega em frente (Royal Sweets). Pelo menos havia wi-fi bom, ar e aceitava cartão. Segui meio aleatoriamente a pé passando por alguns pontos de interesse, como a Igreja de Santo Antônio da Polana e o Museu Nacional de Geologia (uma interessante aula de geologia acompanhada de uma significativa coleção de rochas e minerais), pagando 50 rands pela entrada. Depois disso não vi nada aprazível. A cidade é meio suja, decadente e insegura. Nem mesmo a orla se salva. Lá fui parado pela polícia. Como estava portando meu passaporte com o visto e não estava com nenhuma substância ilícita, não me pediram dinheiro. Voltei para o albergue, onde conheci um grupo de cariocas. Jantamos no indiano e ficamos tomando cerveja local 2M (80 meticais) no albergue. A cama do dormitório coletivo não é muito confortável e os ventiladores não vencem o calor até mesmo durante a noite. 15º. Dia Teoricamente eu iria até a praia de Tofo nesse dia, mas devido ao ciclone Dineo que atingiu em cheio a região de Inhambane, um dia antes, tive que ficar um dia a mais em Maputo. Aproveitei para passear pelo centro histórico, onde ficam prédios, monumentos e museus. Ao lado da Catedral Metropolitana na Praça da Independência fica a estátua de Samora Machel, líder revolucionário da independência de Moçambique de Portugal. Entrei nos museus da ferrovia, da pesca, da arte e da fortaleza, todos custando entre 20 e 50 meticais. Há informações escritas tanto em inglês quanto português, mas são pequenos e não tão interessantes. O que mais gostei foi o ferroviário, dentro da estação de trens de passageiros e cargas de Maputo. Fiquem atentos para os horários estranhos de funcionamento, pois enquanto o de arte nacional só abre às 11 horas, já o de história natural fecha às 15horas e 30 minutos. Comi pelo centro mesmo, observei alguns prédios com arquitetura interessante, entrei no mercado municipal, que vende artigos alimentícios, sobretudo não processados, e segui de volta. No caminho passei brevemente pelo Jardins Tunduru, uma tentativa frustada de se fazer um jardim botânico. Ao menos a entrada é gratuita. Ao anoitecer, eu, Felipe (carioca) e Jake (que havia conhecido em Windhoek, assistimos a uma apresentação musical no Centro Cultural Franco Moçambicano. Bholoja, Rodália e Samito, um cantor, violeiro e pianista Suazi, uma cantora Moçambicana e um percussionista. Não sei definir o ritmo e nem o idioma do concerto, mas foi uma intensidade de arrepiar. 16º. Dia Ás 5 horas da madruga, eu, Jake e os 8 brasileiros, partimos de ônibus (990 meticais) para Tofo, mais ao norte. Foi difícil dormir satisfatoriamente a longo do trajeto, visto que as poltronas não reclinavam e que fomos parados em cerca de 10 barreiras policiais. Chegando em Tofo no começo da tarde, era bem perceptível a destruição causada pelo ciclone, como habitações destelhadas, árvores e postes caídos, eletricidade, água e internet voltando lentamente. Almocei salada de polvo (250 meticais) na própria hospedaria, Fátima’s Nest, da mesma administração de Maputo. Tomei umas geladas com um rasta gente boa que pagou. A hospedagem fica de frente para o mar, em uma praia longa e plana, com água de temperatura agradável e algumas ondas. Foi na areia que corri alguns quilômetros no final da tarde. Ao retornar, vi alguns poucos plânctons bioluminescentes na linha da água. Como quase tudo estava fechado, jantamos num restaurante chamado Ulombe, que desrecomendo. Nossos pedidos levaram mais de 1 hora para ficar prontos, não vieram conforme solicitado, e ainda fizeram confusão na hora do pagamento. 17º. Dia Por 3200 meticais, nós 10 e mais um casal greco-lusitano, fizemos um passeio de dia todo com rango incluso no estuário de Inhambane, organizado no Fátima’s. Primeiro fomos na caçamba de uma picape até a Praia da Barra, onde pegamos um barco à vela pelo estuário raso até a Ilha dos Porcos. Ali vive uma comunidade semi-isolada. Sob sol escaldante fizemos um “city tour” pela ilha, aprendendo sobre seus costumes. O melhor veio em seguida. Um baita banquete de frutos do mar (mexilhão, camarão, peixe, siri), além de matapa (culinária regional), arroz e salada. Caímos na água em algum ponto no estuário para um pouco de snorkeling. Pequeninos recifes escondiam lagostas, moreias, siris e alguns peixes. Velejamos lentamente por mais um tempo, terminando o passeio com o final da tarde. Depois jantamos pizzas na hospedagem e fomos ao centrinho curtir um som e dançar num lugar aberto que estava com um agito, entre locais e gringos. 18º. Dia Enquanto os brasileiros prosseguiram ao norte para Vilanculos, fiquei um dia a mais para tentar observar os gigantes tubarões-baleia. Aparentemente, Tofo é um dos melhores lugares no mundo para este fim. Consegui um desconto e por 2700 meticais, contra os 3200 de tabela para fazer o chamado safári oceânico na operadora Liquid Adventures. A entrada no mar grosso com a lancha foi emocionante. Vimos muitos trinta-réis e algumas tartarugas, mas infelizmente nenhum tubarão-baleia. O passeio também inclui um pouco de snorkeling em um ponto aleatório, onde vi peixes, corais e um ctenóforo bem interessante. Passei o resto do dia curtindo a praia. À noite reencontrei por acaso o gaúcho Rafael que estava no restaurante Casa de Comer com mais brazucas. O lugar é meio caro, mas um dos poucos funcionando naquela noite sem luz. 19º. Dia Retorno a Maputo às 4 horas da madruga. FEIMA (Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia) à tarde com os brasileiros da noite anterior, Juliana e Gabriel O Pensador. São centenas de estandes dos mais variados souvenires. 20º e 21º. Dia Dias dos múltiplos voos. Tomei o café da manhã em Maputo, almocei em Joanesburgo, lanchei em Windhoek e jantei em Luanda. Quase confiscaram meus souvenires por não conter recibo de venda. No dia seguinte, passei por Guarulhos e cheguei a Florianópolis, curtindo as boas lembranças dessa baita viagem. Curtiram? Então não deixem de conferir outros relatos mais detalhados no meu blog: http://rediscoveringtheworld.com
  6. Viagem à Africa – Moçambique, Africa do Sul e Suazilândia Essa viagem foi sensacional Moçambique – Clima espetacular, pessoas amáveis, educadíssimas, gastronomia maravilhosa e os preços são muito bons. Ao chegar ao aeroporto te cercam querendo te ajudar com malas, câmbio, etc. Isso é a África pobre. Você não precisa de nenhuma ajuda, pode fazer o câmbio num banco no aeroporto mesmo. na média são R$ 1,00/ MTZ 20,00 e pegar o taxi ali mesmo. No meu caso aluguei um carro. A direção é do lado direito e aluguei um com câmbio manual. Cheguei na sexta-feira à tarde e já peguei um transito infernal, desorganizado e procurando o hotel. Deu tudo certo no final. Mas o aluguel é um capítulo à parte. O subúrbio de Maputo é o que vimos da África nos filmes, ´pobreza (mas não miséria), desorganização, venda de mercadoria nas ruas, carros de luxo ao lado de transporte público extremamente precário, pessoas sendo transportadas nas carrocerias de caminhões e por ai vai. Mas o povo é muito hospitaleiro, simpático, humilde e gostam dos brasileiros. Ficamos no Hotel Maputo, bem central mas num local não muito bom, não me pareceu um local seguro para se transitar à noite, tanto que utilizamos o taxi para sair à noite. A viagem para Moçambique foi muito rápida mas ainda assim deu para conhecer um pouco a cidade, com destaque para o Parque dos Continuadores se você quiser comprar artesanato. Segundo minha esposa as roupas e venda de tecidos, com motivos africanos, são excelentes com ótimos preços. Para quem não curte é só ficar num dos restaurantes do parque bebendo cerveja e aguardando as compras da esposa. Muito artesanato de madeira, tecido, metal, etc. Para quem gosta é um paraíso. Ao sair de Moçambique para a África do Sul na fronteira você é cercado de pessoas que querem te ajudar a fazer os trâmites burocráticos, são educados mas insistentes. Faz parte da viagem, não se aborreça por causa deles. Você consegue fazer tudo sozinho. Apresente os documentos do carro e a carta de autorização para atravessar a fronteira que a locadora te deu. Guarde a ficha que eles te deram pois será necessária apresentar no retorno. Cuidado – Ao transitar à noite cuidado com a velocidade, fui multado às 01:00 na cidade, regressando da Suazilândia em 1.000 Mtz por estar dirigindo a 71 km/h num local onde a velocidade permitida era de 60 km/h e estava com os faróis altos, que não é permitido na cidade. Não discuti muito, paguei e pedi o recibo da multa que o guarda fez, a contragosto. Um último detalhe. O guarda da aduana,depois que você passa no raio x, dentro do aeroporto te faz inúmeras perguntas sobre o dinheiro que está levando, as mercadorias etc. Diga sempre que gastou todo o dinheiro na feira de artesanato com as lembranças e ele vai te pedir dinheiro, na maior cara de pau. Dei R$ 15,00 e fui embora. Vamos voltar à Moçambique, ainda assim. África do Sul – Ao cruzar a fronteira você vê que a situação deste país é completamente diferente, embora tive problemas com um “despachante” que queria me “ajudar”. Desnecessário também, só que ele foi extremamente mal educado. Na África do Sul, logo depois da fronteira, entramos no Kruger Park pelo portão Crocodile Bridge. Tudo organizadíssimo, com a permissão de entrada e autorização de saída que você deve guardar para apresentar na saída do parque. Ficamos no acampamento Letabe, 200 km da entrada desse parque, tudo muito organizado e limpo, fizemos dois safaris, pela manhã e á noite. Fiz mais de 400 km dentro desse parque. Dica, dirija respeitando os limites de velocidade, nunca saia do carro e não buzine se encontrar um elefante no meio da estrada. Espere pacientemente ele sair. Elefantes são muito pacíficos mas ficam irados quando são irritados. Lembre-se que ali, nós somos os intrusos. Ao sair do parque pegamos uma estrada linda para Nelspruit, Paisagens belíssimas, estradas espetaculares e fomos para a Suazilândia. Vamos voltar à África do Sul. Suazilândia – Na Suazilândia fiz duas reservas, uma no Mlilwane Wildlife Sanctuary que é uma reserva, muito aberta com acomodações rústicas etc e outra no Royal Swazi Spa, espetacular com campo de golf, etc. Fiquei neste último em função da hora que cheguei. Este hotel é 10. A Suazilândia é um país pequeno mas extremamente organizado e limpo com um povo extremamente educado e simpático e com ótimas estradas, sem pedágio. Depois fui visitar a reserva no Mlilwane Wildlife Sanctuary que é um belíssimo local, despojado mas com elegância (aliás essa é uma característica do povo. Ficaremos nessa reserva da próxima vez. O único inconveniente foi que ao viajarmos pelo interior, já de noite, fomos abordados por uma patrulha de dois guardas, um homem e uma mulher. Eles queriam propina, mas acabamos nos fazendo de bobos e passamos. Locadora – Europcar – Fizemos a reserva que deu em 488 euros. Na véspera me mandaram um email dizendo que o GPS não estaria disponível. A reserva você faz pelo site internacional da Europcar, mas em Maputo é uma franquia e o preço nem sempre é o mesmo, ainda assim, foi de 510 euros. Recebi a fatura com o valor de 1.088 euros e estou aguardando a resposta depois da minha reclamação. Celular – compre um chip da Vodacom em Moçambique, é barato e você tem acesso à internet. Foi o que salvou pois usamos o google maps. Foi ótimo, nem precisou do GPS. Na Africa do Sul compramos um da MTN – não adiantou nada, ficamos sem celular. A sorte é que o carro tinha um GPS, mas apenas da Africa do Sul, embora com placa de Moçambique. Sempre viaje com um mapa em papel, SEMPRE. È isso ai, vamos voltar à Africa. Qualquer coisa podem me escrever. lfernandossjr@gmail.com
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