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Olhando de longe, parece ser Machu Picchu, olhando de perto, é Ollantaytambo. Esse lugar ocupa o meu segundo lugar no pódio “Lugares para deixar o queixo caído”. Me surpreendi com a beleza e com a delicadeza desse local. Dominada por duas grandes ruínas incas, a pitoresca aldeia de Ollantaytambo (chamada de Ollanta pelos moradores) é o melhor exemplo da genialidade do planejamento urbano inca, com ruas estreitas, em forma de paralelepípedos, e habitadas desde o século XIII. Um dos pontos de partida para Machu Picchu, Ollanta é adorável, ótima para vagar pelas ruelas estreitas, labirínticas, passando por casas de pedra e canais de irrigação, como se estivessemos voltando no tempo. Saímos das Salinas (terá um post sobre) em direção a Ollantaytambo. Paisagens e estradas capazes de deixar qualquer brasileiro com a boca aberta. Nunca tinha visto algo tão bonito. Andes, belas montanhas, e mais Andes! Belíssimos picos nevados, céu azulado e campos de cultivo em tons de verde e amarelo. Chegando em Ollantaytambo imediatamente me apaixonei. É um sítio arqueológico enorme (a área total do complexo é de 600 hectares), com a única vila inca, ainda habitada no Peru, e que ainda usam os mesmos antigos e modernos aquedutos para abastecer de água sua população. Aqui a gente vê monumentos militares, religiosos, agrícolas, astronômicos. Frequentes combis e coletivos ligam Urubamba a Ollantaytambo. Duas empresas oferecem trem entre Cusco, Ollantaytambo e Aguas Calientes; a Peru Rail e a Inca Rail. Em Cusco, várias empresas oferecem o passeio do Vale Sagrado, que percorre todos os locais do encantador Vale Sagrado Inca. Fizemos o passeio com uma empresa de turismo, contratamos o serviço na Plaza de Armas, em Cusco. Gostamos do atendimento e fechamos todos os outros passeios com a empresa. Confesso que é bem cansativo. A van passou no nosso hotel por volta das 4h da manhã, muito cedo para tomarmos café no hotel. A empresa oferece o café da manhã. Saímos de Ollantaytambo e fomos para Písac. Chegamos no centro de Cusco em torno das 21h, exaustos, com um frio de -2°C, que não estamos acostumados, mas chegamos com as malas cheias de belas recordações, e feliz por ter conhecido esse lugar encantador. Apesar de cansativo, o tempo passou voando. Foi difícil dormir, as belas paisagens não saíam da minha mente. Se tivéssemos com mais tempo, teríamos feito em dois dias o Vale Sagrado, até recomendo. São muitos lugares espetaculares para fazer apenas em um dia. A subida até o topo do Santuário Arqueológico, apesar de parecer fácil, é bastante difícil. Cada degrau deixado para trás era uma vitória. É difícil encontrar ar nos pulmões, você senta no meio do caminho para conhecer a história do local, e quando se dar conta está lá no topo, observando a charmosa vila de Ollantaytambo, com seus becos, vielas, aquedutos, e toda a cultura mágica do povo inca. Para mim, de todo o Vale Sagrado, Ollantaytambo foi o segundo lugar que mais me surpreendeu, e que mais me aproximou do meu eu. Ao sentar nas colunas sagradas do lugar, por várias vezes pensei: “Meu Deus, não estou acreditando que estou aqui”, Conheça esse lugar e aproxime-se de você mesmo.
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