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  1. Olá, pessoal! No feriado de 02 de novembro fui à Cidade de Goiás. Lá procurei um guia e o único que encontrei na cidade para ir a Serra Dourada foi o Zé Garcia. O cel dele é 62 - 9933-7916. O passeio custa 80 reais, ele leva e traz. A estrada pra lá é bem ruim, cheia de buracos (sai da GO-070 e entra próximo a Mossamedes, na GO-164). Parte do parque é reserva da UFG, subimos de carro até o portão de entrada. Essa subida não é aconselhável para carros baixos, no entanto fomos numa Brasília-76 que dá conta! À esquerda do portão da reserva, tem um pequeno caminho para a caverna dos morcegos. Já dentro da reserva tem uma casa onde fica um guarda, onde pagamos uma taxa de 3 reais. Lá podemos ir ao banheiro e tomar água. Caminhamos em torno de 3 horas, paramos na pedra goiana, no areal e no mirante. A pedra goiana é muito famosa na região, era um símbolo de Goiás. É uma a pedra grande que se apoiava sobre uma pequena. A pedra ainda está lá, mas foi derrubada por vândalos. Pelo caminho, encontram-se pedrinhas que quando desmanchamos, tornam-se areia colorida.
  2. Depois de ver os planos de ir pra Chapada dos Veadeiros com o Peter Tofte frustrados por ele já ter marcado uma trilha com o Edver no Pico Paraná e de não encontrar passagens num horário que me favorecesse para acompanhá-los nessa trip, resolvi aproveitar o fim de semana do feriado do dia 02/11 para fazer alguma trilha próxima. Escolhi uma caminhada que passasse pelas principais cachoeiras da região, seguindo o córrego da Matinha até a Cachoeira da Onça, de lá atravessar a extremidade norte da Serra Dourada, acampar próximo ao córrego da Pedra, descer das nascentes do Córrego Riachão até a Cachoeira do Zé Mineiro, local do 2º acampamento. De lá, descer aproximadamente 5km pelo vale do Riachão, subir a encosta da Serra Dourada e descer até as nascentes do córrego Acaba-Vida, descendo o vale do Acaba-Vida até sua cachoeira homônima, num total de aproximadamente 30km. A previsão era de chuva forte durante todo o feriado e devido às tempestades elétricas que vem assolando o município, e ao risco de inundações no vale do córrego da Matinha, resolvi abortar uma parte da travessia. O córrego da Matinha corta um vale profundo de encostas bastante íngremes, aumentando o risco de trombas d’água, além do trecho norte da Serra Dourada ser feito num longo trecho de crista, o que seria imprudente devido à ocorrência diária de tempestades elétricas desde o último dia 28. Como o trecho seria menor, convidei meu sobrinho de 10 anos a me acompanhar nessa trilha e ele aceitou, mas exigiu algumas guloseimas para a travessia. Definido o trajeto, tratei de arrumar as mochilas. Coloquei quase tudo na minha, deixando pra ele apenas 1 saco de dormir e uma bermuda. Para economizar uns 10km de pernada em estrada de terra, pedi que minha irmã me desse uma carona. Na sexta, dia 02/11, saímos de Uruaçu por volta das 15:00 horas. No caminho já vamos tendo uma ideia do que nos aguardava pelos bonitos rios que cruzamos. A estrada parece um caminho de séculos atrás, estreita, com pontes de madeira e casinhas simples em suas margens. Deixei o carro na casa do Sr. Antônio, há pouco mais de 1km de distância do córrego Acaba-Vida. De lá fui com minha irmã até a Fazenda Córrego da Pedra, de onde caminhamos uns 2km até o córrego Riachão. Como o dia estava bem quente, aproveitamos o final da tarde para um bom banho de cachu e para armar o acampamento. O Alexandre estava muito animado com sua primeira trilha. Arrumei nossa janta e ele comeu feito um leão. Mal entramos na barraca e começou a pingar. Pela quantidade de trovões e relâmpagos, achei que o mundo iria desabar, mas durante toda a noite a chuva foi bem fina. Acordei algumas vezes durante a noite e o Alexandre me chamou às 05:00 horas pra entrar na cachu. A chuva tinha parado, mas tava um friozinho bom pra dormir. Disse a ele que ainda não tinha amanhecido, que só levantaríamos com o raiar do sol e adormecemos novamente. Acordei com a claridade e por sorte, a chuva tinha sumido de vez. O sol raiava com algumas nuvens e pouco vento. Chamei o Alexandre para um banho gelado, afinal de contas precisava despertar. Depois do banho fui arrumar o desjejum para levantarmos acampamento e partir seguindo o Riachão. Mal terminamos de colocar as mochilas nas costas e o vento aumentou consideravelmente. Com ele vieram as nuvens e a chuva fina. Como estávamos seguindo o córrego e muitas vezes a água alcançava a cintura, achei desnecessário colocar o anorak e a capa na mochila. A chuva ia e vinha e a cada vez engrossava um pouco. Depois de umas duas horas caminhando pelo leito do riacho o sol apareceu forte e a chuva cessou de vez. A paisagem estava demais, inúmeras quedas d’água, corredeiras e a vegetação praticamente intocada. Fora alguns tombos, a caminhada corria tranquila. Logo após uma curva, havia um enorme desnível no terreno e o riacho desaparecia. Corri para ver se era uma cachoeira desconhecida, mas na verdade era uma enorme corredeira dividida em três quedas menores. Tinha certeza que éramos umas das primeiras pessoas a chegar naquele lugar, pois nunca tinha ouvido falar de tal corredeira. Descemos pela margem direita por algumas pedras e, no meio do caminho, levei uma queda cinematográfica. O resultado só não foi pior porque a mochila impediu que eu escorregasse e rolasse pelas corredeiras. Após algumas horas, muito trepa-pedra e inúmeras corredeiras, chegamos ao local que deixaríamos o vale para atravessar a Serra Dourada e rumar para as nascentes do Acaba-Vida. O início foi de um vara-mato difícil, complicando bastante a navegação, pois não via nada além de uns 15m, mas a partir do alto do morro, a vegetação vai raleando até tornar-se um campo relativamente limpo. Mais alguns minutos de pernada e já avistei as veredas onde nasce o córrego. O Alexandre começou a reclamar dizendo que queria ter continuado no riacho. Pouco tempo depois alcançamos outro córrego que aumenta consideravelmente o volume do Acaba- Vidas. Paramos para comer e nos refrescarmos um pouco. Não demorou muito e o sol foi coberto pelas nuvens, a chuva veio forte e pensei na possibilidade de deixar o leito do córrego. Passei a observar mais os sinais de enchente, pois a chuva não dava trégua. Numa pequena cachoeira tivemos que descer por uma pedra na margem de uns 2m de altura. Servi de escada, e ao descer o Alexandre se apoiou numa casa de marimbondos que não tínhamos visto. Coitado acabou levando algumas ferroadas que devem ter doído bastante, pois em alguns locai chegou a sangrar. Após nos livrarmos dos marimbondos, paramos por alguns minutos para tratar das ferroadas e pro Alexandre tomar um analgésico, pois ele estava reclamando muito. A chuva castigava. Continuamos a caminhada pelo Acaba-Vida até um afluente na margem direita, onde saímos da água para seguir pelas trilas do gado. Nesse ponto a encosta do lado direito se eleva e forma um dos pontos mais altos da Serra Dourada. Seguimos na trilha do gado alternando entre as margens direita e esquerda até um muro de pedras, onde a trilha seguia à esquerda e voltamos pra dentro do córrego. Com pouco mais de 30 minutos de caminhada debaixo de muita chuva chegamos no alto da cachoeira do Acaba-Vida. A descida pela margem esquerda foi meio tensa, pois o solo estava meio escorregadio e a chuva não cessava. Alcançamos o córrego uns 60m abaixo da cachoeira e por um enorme presente da natureza, ao terminarmos a descida, o sol raiou forte e as nuvens se afastaram. Foi muita sorte termos a cachoeira só pra nós em pleno sábado à tarde. Por ficar a apenas 16 km da cidade, ser aberta ao público e ter apenas uns 500m de trilha, essa é a cachu mais frequentada de Uruaçu. Então tratamos de aproveitar e nos esbaldamos em suas águas por mais de uma hora. As nuvens voltaram e com elas a gélida chuva. A Cachoeira do Acaba-Vida tem dois poços maiores e várias piscinas naturais menores, é um ótimo local pra descansar e pra tomar um banho numa cachu cristalina, o que atrai diversos visitantes durante feriados e finais de semana, que infelizmente ainda deixam bastante lixo pra trás. Era hora de cair na trilha novamente, pois a chuva acabou com nossa festa. Mas antes de partir, recolhemos todo o lixo deixado por alguns idiotas no dia anterior, sacolas plásticas, garrafas de cerveja e cachaça, latas de alumínio, embalagens de biscoito, garrafas pet, restos de carvão e bitucas de cigarro. Como eu tinha apenas um desses sacos que vem com 50kg de milho, tive que dar duas viagens e amontoar o lixo na beira da estrada. É nessas horas que chego a aceitar a ideia de cobrança por parte dos proprietários para visitação das cachoeiras. De lá até a fazenda do Sr. Antônio foi um pulo. Entramos no carro totalmente encharcados e voamos pra casa em busca de um longo banho quente e de um bom prato de comida. A travessia foi demais, apesar de ser curta, cerca de 13km, foram quase 9 horas de pernada, o Alexandre se portou muito bem e mesmo com os inúmeros tombos, foi uma ótima experiência “caminhar pelas águas” e ainda por cima descobrir alguns locais praticamente intocados tão próximos de minha cidade.
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