Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Mostrando resultados para as tags ''serra do tepequem''.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Faça perguntas
    • Perguntas Rápidas
    • Perguntas e Respostas & Roteiros
  • Envie e leia Relatos de Viagem
    • Relatos de Viagem
  • Compartilhe dicas de Roteiros Gastronômicos
    • Roteiros gastronômicos
  • Encontre Companhia para Viajar
    • Companhia para Viajar
  • Encontre companhia, faça perguntas e relate experiências em Trilhas
    • Trilhas
  • Tire dúvidas e avalie Equipamentos
    • Equipamentos
  • Outros Fóruns
    • Demais Fóruns
    • Saúde do Viajante
    • Notícias e Eventos
  • Serviços com Desconto
    • Seguro Viagem
    • Reservar Hospedagem
    • Cupom de Desconto

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que contenham...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


Sobre mim


Ocupação


Próximo Destino

Encontrado 4 registros

  1. Segue abaixo o relato feito no meu blog de uma viagem a Serra do Tepequém -RR https://destinoamazonia1.blogspot.com/2018/01/viagem-serra-do-tepequem-rr.html Todo aventureiro certamente tem uma lista de lugares que querem conhecer, na nossa lista a um bom tempo já se encontrava a Serra do Tepequém em Roraima, um local ainda pouco conhecido pelos brasileiros sendo mais visitado pelos moradores do próprio estado. Como estávamos de férias no início de janeiro de 2018 e é verão no estado de Roraima saímos de Manaus-AM para desbravar a mística Serra do Tepequém e risca esse destino da nossa lista. Manaus / Serra do Tepequém Saímos de Manaus-AM no dia 03/01/2018 as 6:00 hs já estávamos na BR-174, fiz o trecho Manaus-AM / Serra do Tepequém – RR direto percorrendo aproximadamente 996 km em aproximadamente onze horas e trinta minutos de viagem. Não vou detalhar muito esse trecho vou apenas demonstrar como o fiz e depois faço algumas considerações. TRECHO KM (estimado) Manaus-AM / Presidente Figueiredo-AM 107 Presidente Figueiredo-AM / Entrada da Reserva Indígena-AM 101 Entrada da Reserva Indígena-AM / Divisa entre Estados 47 Divisa entre Estados / jundiá-RR (Abastecer e Banheiro) 74 Jundiá-RR / Rorainópolis-RR (Almoçar e Banheiro) 139 Rorainópolis-RR / Caracaraí-RR 157 Caracaraí-RR / Iracema-RR 47 Iracema-RR / Mucajaí-RR 38 Mucajaí-RR / Boa Vista-RR (Abastecer, Banheiro e Comprar Gelo) 58 Boa Vista-RR / Inicio da RR-203 101 Inicio da RR-203 / Vila do Paiva 105 Muitas pessoas na viagem param em Presidente Figueiredo – AM para tomara café da manhã, eu mesmo fiz isso na viagem a Boa Vista – RR no carnaval de 2017, mas perdemos quase uma hora de viagem, então dessa vez levamos algo para comer durante a viagem economizando tempo e dinheiro. Na ida completei o tanque de gasolina em Jundiá - RR e Boa Vista – RR onde também compramos mais gelo já que em Manaus-AM já tínhamos colocado gelo. Compre gelo em Boa Vista-RR pois fizemos amizade com um pessoal de Manaus-AM que não conseguiu comprar na Vila do Paiva (onde fica a serra), não sei se a falta é frequente. Se não tiver com vontade de ir ao banheiro, considere parar somente em Rorainópolis – RR (dependendo da capacidade do seu carro) para ir ao banheiro, abastecer e almoçar assim você ganha tempo. Nosso planejamento não incluía parada para almoço, porém a uns 30 minutos antes de chegar em Rorainópolis - RR comecei a suar frio e ter enjoo, quando cheguei no restaurante não consegui comer direito pois me deu um mal-estar muito forte, de Rorainópolis - RR até Mucajaí - RR minha esposa dirigiu com uma média de 95 k/h. De Mucajaí em diante eu voltei a dirigir, chegamos em Boa Vista – RR as 15:10 hs, compramos remédio, gelo e abastecemos o carro (devesse completar o tanque em Boa Vista-RR). Saímos de Boa Vista - RR as 15:50 hs, leve em consideração que a cidade é uma capital com um bom fluxo de carro. De Boa Vista – RR até a serra são aproximados 206 km de estrada, sendo metade do caminho pela BR-174 (101 km) e metade na RR-203 (105 km). Vale dizer que o estado de conservação da BR-174 estava ótimo em todo o trecho que andamos, já a RR-203 está em bom estado, porém próximo a serra assim que atravessar a ponte do igarapé do tucumã tem muitos buracos (Janeiro 2018). Considere fazer os 105 km da RR-203 em mais de uma hora de viagem, pois tem buracos, pontes estreitas onde só passam um carro por vez e a subida de 11 km da serra é pesada sendo possível subir apenas na primeira macha (Nosso carro era um Uno 1.0). Chegamos na Vila do Paiva - RR as 18:35 exaustos, ficamos no camping Picuá onde pagamos 20,00 por pessoa a diária, vou destacar o camping pois achei ele muito barato para a estrutura que oferece, recomento 100%. 04/01/2018 – Enfim o Tepequém No dia anterior assim que chegamos armamos o nosso acampamento e fomos tomar uma sopa, logo o mal-estar voltou mais forte, tomei um remédio mas não melhorou nada. No dia 04/01/2018 acordei as 07:00 hs passando mal novamente, as oito tomei um café e não melhorava nem um pouco, as 08:00 hs a dona do camping perguntou se a gente iria ficar mais de um dia, foi quando eu disse que não estava me sentido bem e talvez voltasse naquele mesmo dia para Boa Vista – RR, foi ai que ela me orientou a ir no posto de saúde que ficava a uns 200 metros de lá. No posto de saúde fui atendido por uma enfermeira que pegou meus dados e tirou minha pressão, depois fui atendido por uma médica cubana que me examinou e me deu dois remédios que foram a salvação da viagem. Sei que muita gente lendo isso pode dizer que isso talvez não seja interessante de relatar, mas acho que vale ressaltar que se você não se sentir bem por lá poderá contar com atendimento médico, já que nem sempre uma viagem sai 100% do jeito que a gente planeja. Voltamos do posto as 10:00 hs, depois que tomei os remédios comecei a me sentir melhor, resolvemos fazer nosso almoço e sair somente a tarde para passear, não queríamos forçar nada. A princípio tínhamos planejado conhecer a Cachoeira do Paiva de manhã, Lago das Esmeraldas a tarde, subida do Platô na manhã seguinte e Cachoeira do Barata por ultimo, porém como eu não estava bem, cancelamos o Platô pois exige uma caminha de quase 2 h de subida e nos falaram que o Poço das Esmeraldas estava muito seco. Cachoeira do Barata As 14:30 hs fomos conhecer a Cachoeira do Barata, o local é fácil de achar com varias placas e não precisa de guia, outra coisa legal é o fato de não pagar nada para conhecer esses locais. A trilha da cachoeira é um pouco difícil, mas nada impossível no local tinha crianças idosos, basta ter cuidado pois no local tem muita pedra sabão que fica muito lisa quando molhada. A Cachoeira do Barata tem uma água esverdeada com pedras sabão esbranquiçadas e muita floresta em volta deixando o local com um visual incrível. As 17:15 hs saímos da cachoeira e no caminho de volta tiramos algumas fotos ao lado da serra até umas 17:30 hs e depois seguimos para o nosso próximo destino para ver um dos por do sol mais bonitos que tive oportunidade ver na vida. Por do Sol no Abismo do Paiva As 18:00 hs chegamos no estacionamento da Cachoeira do Paiva e a temperatura já havia caído bastante, o local tem uma placa indicando a entrada da cachoeira e outra escrita “Abismo” com uma seta para a direita (fica a uns 10 m do estacionamento). O abismo é na verdade é um mirante natural onde você consegue ver a Cachoeira do Paiva do alto, no local só estavam eu e minha esposa e mais um casal com uma criança, parece que essa atração não é divulgada, a paisagem junto com o silencio é incrível. A noite tomamos um bom café, porém o mal-estar voltou, tomei os remédios e voltei a me sentir bem. 05/01/2018 – Segundo dia no Tepequém e Volta para Boa Vista - RR Na manhã do dia 05/01/2018 acordei cedo, pois não estava me sentindo bem, porém após o café da manhã voltei a me sentir melhor, definitivamente não havia condições de fazer a subida ao platô. As 9:00 hs seguimos para a atração mais visitada do local, a Cachoeira do Paiva. Cachoeira do Paiva A Cachoeira do Paiva também é de fácil acesso e não precisa de guia, pois na vila tem varias placas indicando o local. O acesso do estacionamento até a cachoeira é feito através de uma escada de madeira que dizem ter 200 degraus. A cachoeira é linda, tem que ter cuidado pois em alguns lugares as pedras são bastante lisas. Mirante do Paiva De quem está de frente para a cachoeira, do lado esquerdo tem uma trilha subindo que te leva até o Mirante do Paiva (Não é o mesmo do por do sol). A trilha é uma subida íngreme que tem que ter atenção, a paisagem do local vale todo o esforço. No local da para tirar fotos de ângulos que parece que você está na beira do abismo. Também é possível ter uma visão de outro ângulo da Cachoeira do Paiva. Saímos da cachoeira as 12:00 hs, voltamos para o camping Picuá onde fizemos o nosso almoço, arrumamos nossas coisas no carro, descasamos e conversando com os amigos que fizemos no camping até as 14:30 hs, depois seguimos viagem para Boa Vista – RR, na descida da serra ainda paramos para tirar uma foto no portal de entrada, já que na vinda chegamos a noite. No caminho para Boa Vista – RR ainda paramos na sede município de Amajari - RR para comermos alguma coisa, pois tinha comido pouco no almoço, chegamos em Boa Vista – RR as 17:00 hs. No plano inicial da viagem na volta iriamos dormir em Caracaraí – RR a aproximadamente 141 km depois de Boa Vista - RR no sentido a Manaus-AM, porém como eu ainda não estava 100% resolvemos encerrar o dia por ali mesmo e ter uma boa noite de sono para seguir viagem no dia seguinte. 06/01/2018 – Boa Vista – RR / Manaus – AM Na volta saímos de Boa Vista - RR as 7:30 hs depois de um bom café da manhã do hotel, abastecemos em Rorainópolis-RR e almoçamos Judiá - RR, as 16:00 hs chegamos em Manaus – AM.
  2. Hi-ho, Mochileiros! Segue o primeiro relato de minha pessoa baseado numa experiência recente que tive em Roraima (ô terrinha boa!) . Veja só, quando falam do norte em matérias de viagem, costumam limitar a Manaus, Pará e Monte Roraima (que nem é desbravado pelo lado do Brasil!), então o intuito deste relato é enfatizar a diversidade de bons lugares que nem todos conhecem, como a Serra do Tepequém. O último relato está meio antigo, então espero poder passar informações atualizadas a respeito . Achei necessário falar sobre as impressões que tive de Boa Vista, também. A viagem levou cerca de 6 dias, ida e volta da Serra para Manaus, minha casa. Penso que pela dificuldade de acesso à serra (por motivos que falarei mais lá na frente), o ideal é separar uma semana para essa atividade. E como rolou um feriadão emendado (dia 05/09 é feriado para o Amazonense ), tive uma semana inteira para tal. E olha que ficou faltando conhecer muito lugar! Pois então, chega de enrolation e vamos lá! 1º Dia - só estrada. Eis que, após meses de planejamento, sonhos (só ouvi falar desse lugar em abril desse ano, foi amor à primeira vista ), saio de Manaus às 7 da manhã, com mais 3 amigos também interessados nessa aventura (a idéia original era ir só e desbravar por conta própria, adquirir experiência de mochilada e tal, mas rachar as despesas e ter um transporte mais "independente" foi mais tentador), o carro foi um novo Uno 1.0 (pensa num carro guerreiro, pensando seriamente em comprar um). Sem imprevistos na viagem, e poucas pausas, a viagem dura cerca de 9 horas (de ônibus, saindo de Manaus, leva aproximadamente 12 horas). Monumento da linha do Equador, parada obrigatória na BR-174 Com um carro 1.0, é esperado que você gaste um tanque e meio ou quase dois tanques de combustível. Se vc for de carro a partir de Manaus, fique atento em manter o tanque com bastante combustível antes da reserva indígena (são 130 km de estrada dentro do mato, onde não é permitido parar), existem postos em Presidente Figueiredo, Antes e depois da reserva indígena, nas pequenas vilas ao rumo da BR, em Rorainópolis, Caracaraí, Mucajaí, Iracema e finalmente Boa Vista! Deixo aqui uma dica: Pare em Iracema, parece que a pequena vila foi feita só pra encher o bucho do viajante, vc encontra pão de queijo recheado, tortas beeeeem carregadas, a tradicional paçoca com banana (típica do estado), entre outros, a um preço camarada. Para levar comida pra alguém em casa na volta, e recarregar as energias, é ponto obrigatório. A paçoca também é vendida seca, e dura uns dias, segundo a tia que me vendeu, então acredito que é um bom lanche pro camping selvagem. Vila de Iracema, estamos quase lá! Chegando em Boa Vista, um fato preocupante: fomos surpreendidos por uma tempestade, um verdadeiro toró, como falamos por aqui kkkk isso poderia ser um problema, pois o objetivo master supremo ultra fucking prioritário da viagem era subir e dormir no platô da serra! e o inverno/verão roraimense é um pouco diferente do amazônico, então ainda estávamos na época de chuvas, o que é bom para alimentar as cachoeiras e cursos d'água, e ruim para uma trilha longa, longe da civilização. Com esses pensamentos, chego em Boa Vista por volta das 16:00 Impressões sobre Boa Vista Um dos prazeres de mochilar, viajar, seja o que for, é ter um choque cultural, conhecer uma rotina e um padrão diferente do que vc encontra no seu local de origem, e ao chegar em Boa Vista, pude perceber isso claramente. A pequena capital roraimense possui uma realidade bem diferente de Manaus, ao ponto de me deixar maravilhado com os pontos positivos da cidade uma noite foi o suficiente para perceber isso. A primeira coisa que vc bate o olho e percebe de cara é a cultura do ciclismo na cidade, MEU DEEEEEEUUUS, eu sou ciclista manauara há seis anos, e posso afirmar com toda a certeza de que nunca vi tanto ciclista por metro quadrado em um bairro, comparado com o que vejo na minha cidade natal inteira! É ciclista indo trabalhar, é ciclista indo estudar, indo arrumado(a) pra igreja, posto de saúde, se duvidar até o assalto é com dupla na bike (bate na madeira), e investiram no espaço para o ciclista em muitos pontos da cidade. Vc vê ciclovias e bicicletários em prefeitura, hospital, escola, lojas, em tudo que é lugar, enquanto que em Manaus só tem bicicletário nos shoppings, e olhe lá! Veja bem, amo minha cidade, mas convenhamos, Manaus ainda não possui infraestrutura pro ciclista, são os grupos independentes que ainda conseguem fazer alguma coisa pelos amigos de duas rodas. São pequenos detalhes como esse que fariam toda a diferença em Manaus... Bicicletário em todo lugar, incrível. Passamos a primeira noite na casa de um conhecido de uma das colegas de viagem, num bairro um pouco afastado do centro, e outra coisa que me chamou a atenção é a forma como a cidade foi desenhada. Basicamente as ruas são grandes retas, dificilmente vc vê curvas, ladeiras ou coisas do tipo, ao olhar a cidade pelo google maps vc percebe a forma curiosa (e me atrevo a dizer bonita) como a cidade foi desenhada, tudo indo direto para o centro/praça do centro cívico. Isso é bom para quem deseja ir para a Orla, a praça das águas, e as atrações do centro, mas esse padrão pode acabar fazendo a pessoa ficar meio desorientada, faltando uma boa referência caso se perca, a não ser pelas lojas. E sim, o comércio é pesado na cidade, estou em um bairro periférico pensando que estou no centro comercial, bem curioso isso. Me pergunto como é a situação de emprego e renda na cidade, pq já me despertou a curiosidade para quem sabe fincar raízes no futuro. Concurso público, quem sabe? A noite foi breve, visitei a famosa Orla Taumanan, uma bonita.....orla às margens do Rio Branco, que cerca a cidade, ali as principais atrações são próximas umas das outras, então dá pra visitar tudinho de carro, ou até mesmo a pé, dependendo da hora. Em uma das entradas da Orla está o monumento aos pioneiros, que, pelo pouco que sei, representa a chegada dos primeiros imigrantes de Roraima, sendo "abençoados" por Macunaíma, cercado por indígenas (vai saber se a história é bonitinha assim na realidade, ne....). de fato, uma bela obra. E cá estou. Metade da Orla está nessa foto, muito legal visitar de noite Em seguida, para fechar a noite (afinal, todos precisavam acordar cedo para partir pra serra), fomos visitar a praça das águas. Um belo lugar, onde uma das fontes "dança" conforme a trilha sonora sendo tocada no momento (até star wars escutei ), o lugar é encantador, cercado por lugares para comer, e mais uma vez fiquei pensando como a gestão da minha cidade de origem não pensa em adotar esses elementos que embelezam outras cidades, e aumentar a reputação da capital amazonense, realmente triste ver como o parque das águas consegue dar de dez a zero na grande maioria das praças de Manaus (opinião pessoal, como manauara há 27 anos, que fique claro), enfim...Carregador solar para celulares, tablets e notebooks, eu vejo isso e penso "comassim?". Na praça também há o portal do milênio, outro atrativo do local, pelo que vi representa a passagem da cidade para um milênio próspero, simples, porém com um bom significado . Há outros atrativos nas redondezas, monumento dos garimpeiros, parque Anauá, etc., mas pela falta de tempo (e cansaço dos demais, pq por mim teria ido ver tudo kkkk), não pude conhecer nessa oportunidade. Mas com todo o prazer voltarei a visitar BV. Portal do Milênio....Seria este um dos itens do Milênio? Resumindo: adorei conhecer esta cidade, claro que provavelmente um ou dois dias não são o suficiente para termos uma verdadeira impressão da capital, vi problemas, como muitas ruas de terra, mal conservadas, etc., e talvez para quem mora ali, deve haver muitos motivos para insatisfação, acredito que Boa Vista tenha problemas como qualquer cidade, mas posso dizer que fui conquistado pelos pontos positivos da mesma, justamente pelo contraste que vi, comparando com a cidade onde moro. Vi coisas aparentemente simples que tornam a vida do cidadão e do turista mais convenientes, e belos atrativos, enfim, vou gostar de ter uma oportunidade de conhecê-la melhor quando voltar (perdi a chance de visitar o famoso cinema temático, a federal de Roraima, os shoppings, nem deu pra comprar lembrancinhas de BV para recordação, mas de boa). Saldo do dia: 760 km de estrada, muitas fotos, a alegria e o rabinho abanando de conhecer uma cidade diferente, e uma noite feliz. 2º dia: rumo à serra. Eis que então todos se levantam de manhã cedinho para chegar ao ponto máximo da viagem. Descobri que o transporte público está cortado para tepequém (o motivo, não faço idéia), mas existem pessoas que fazem o transporte de passageiros e carga para a serra em dias e horários determinados, isso com certeza poderia ter me deixado em apuros lá na vila caso tivesse ido só, a menos que eu tivesse arrumado uma carona, ou alugado um carro, então ir de carro é a primeira dica importante. A serra em si é bem isolada do resto do estado, são aproximados 205 km de estrada, saindo de Boa Vista, sendo metade do caminho pela BR-174 (rumo à Venezuela), e metade na RR 203 (a entrada é bem sinalizada, vá sem medo). Partiu? A viagem leva umas duas horas e meia, sem pausas. A estrada em si, a partir de Boa Vista, possui vários buracos, então muito cuidado ao ir a mais de 100 por hora, pq a qualquer momento vc pode ser surpreendido. A paisagem é linda, consistindo de campos, lavrado roraimense (que difere da paisagem de floresta amazônica que vc vê no primeiro trecho da BR-174), e já dá para ver as primeiras elevações e pequenas serras no horizonte, características daquela região de transição. Entrando na RR 203, não há muito a ser visto a não ser uma ou duas vilas, algumas fazendas, muitas pontes de madeira (mais uma vez aconselho aos apressados tomarem cuidado), até a pequena vila de Amajari. Ali é o último ponto conhecido para abastecer em posto ou sacar um dinheirinho, se houver alguma necessidade, essa é a hora. Mais alguns quilômetros e chegamos na base da serra. A subida é um pouco difícil para carros não muito potentes, ou pesados, a gente sente o cheirinho do carro trabalhando kkkkkk mas falando sério, se vc vai pra serra, recomendo um carro 1.4 pra cima, em boas condições, melhor prevenir do que remediar, ne.... Vc passa pela estância do sesc, que até então não estava funcionando, mas perto dela, no lado esquerdo de quem está subindo vc vê a conhecida pedra do índio, é uma formação rochosa com forma de rosto, bem curioso, queria ter podido subir e tirar uma foto mais de perto, talvez tenha uma trilha para lá, rs. Alá a pedra..... Após a subidinha difícil (vc até sente a diferença de pressão nos ouvidos), eis que chegamos nas dependências da vila do Paiva. Basicamente este é o ponto principal onde vc se abastece, dorme (se não for acampar no selvagem) e solicita os guias, praticamente todos cobram o mesmo valor para as atrações, alguns vão tentar te convencer a pagar pela direção deles para lugares MEGA fáceis de chegar, o que não é bom para seu bolso, claro (não desmerecendo o trabalho deles, afinal, é parte do sustento, mas dinheiro não dá em árvore e é necessário pesquisar e ser esperto nesses lugares). A vila em si é simpática, vc é bem recebido, porém, confesso que as coisas lá são um pouco carinhas (talvez pela dificuldade de serem reabastecidas, sei lá, mas vc come um almoço por 5 a 10 reais em Boa Vista enquanto paga 20 reais por um pf na vila, o cocão a 10 reais quando normalmente vc compra de 6,00 aí já viu ne). Acredite, essa simples rua esconde mais lugares do que imagina... Do almoço, segui com o pessoal para nosso primeiro atrativo Cachoeira do Paiva Como havia tempo de sobra, tratei de convencer os demais a irmos para a cachoeira do Paiva, a mais conhecida e acessível atração da serra, basicamente vc sai da vila pela rua principal e segue pela estrada de terra por uns 3 km (dá pra ir de bike ou a pé de boinha), estaciona o carro, faz uma pequena trilha num caminho de areia e pedras, desce uma escada de pedra, e a conhecida escada de madeira de mais de 200 degraus todos comentam sobre essa escada nos relatos, não sei pq, mas contei 222 degraus, eeeenfim, eis que chegamos nessa maravilha A trilha inicial é um pouco aberta, dá pra se perder um pouquinho, mas é só seguir as placas e não andar para a luz. A conhecida escada Que cachoeira linda! E que sensação incrível é essa de vc ir além das fotos que vc namorava há tempos pela janela do pc ficar de frente com essa maravilha torna qualquer esforço mínimo e recompensado. Como disse, ainda estávamos no inverno roraimense, então ela estava bem caudalosa, nem consegui ficar embaixo dela. Como o lugar é cheio de pedras e pedras, recomendo um cuidado extra ao pisar aqui e ali, confesso que fiquei com medo de entrar no poço onde a queda chegava e prender o pé numa pedra solta, vai entender kkkk mas o perigo é real, então se divirta com cuidado. Beautiful... Seguindo o igarapé basicamente é um caminho de grandes pedras... É possível descer o “vale” por onde o igarapé segue e chegar em mais algumas corredeiras e quedas (laje preta e verde), mas dizem que demora um pouco, e pelo o que vi o trajeto é pelas pedras, um pouco longe e complicado, se estivesse ali pela manhã não seria problema, mas como eram 3 da tarde, ficava complicado fazer essa aventura, se fosse acampar lá poderia ter sido um caso a pensar. Acredito que essa “rota de pedras” é um prato cheio pros amantes de boulderismo ou escalada. Algo que não pode deixar de ser feito nessa cachoeira é subir uma trilha escondidinha que dá para um lindo mirante, de onde vc tem vista total da queda e do horizonte, um dos melhores lugares para tirar fotos "foderásticas" para o face, insta, tinder, sei lá kkkkkkkk. Enquanto os demais estavam tomando banho na cachoeira, estava batendo minhas fotos lá em cima, e bateu uma ideia: “cara, preciso de uma foto única, aquela foto que nunca fiz antes, aquela que vou mostrar pra futura mãe dos meus filhos, já seeeeeeeiii” e pronto, voa camisa, short e sunga, ligo o temporizador da cam, e paaah! tiro uma foto abraçando o horizonte do jeito que vim ao mundo provavelmente o melhor nude que terei em toda minha vida tenho a impressão de que essa bunda branca “in natura” vai conquistar muita gatinha no futuro. Fotos a partir do mirante do Paiva Terminadas as fotos, um momento para reflexão da vida, naquele momento sublime, mais um pouco de banho, e o retorno ao carro. Ah, na escada de madeira, há uma trilha que dá para o igarapé que alimenta a cachoeira, dá para tirar fotos bonitas dali também. E existe mais um mirante para boas fotos, no abismo, que vc acessa pelo estacionamento, só seguir a placa na entrada. Pela pressa do povo que estava comigo, acabei não indo lá. Mancada . A trilha secretona da escada leva ao igarapé do Paiva, por cima da cachoeira A intenção do dia era acampar em uma cachoeira, mas o povo não gostou da estrutura (chão) do paiva para acampar, fora que tínhamos tempo para visitar mais uma, então arriscamos ir acampar na cachoeira do barata, outro atrativo conhecido. Cachoeira do Barata Bom, sobre esta serei sucinto, pois ficamos por pouco tempo, o acesso é fácil, mas exige algum meio de transporte (são 5-7 km a partir da vila pela outra saída, para onde segue para a cachoeira do funil, corredeira do cabo sobral, etc, não tem erro). Não é difícil de achar, tem placas no caminho, apesar do caminho ser bem “isolado” da civilização, em caso de dúvida, é bom parar numa fazenda e perguntar. Pois bem, a cachoeira não é exatamente uma cachoeira e não mora uma barata ali Barata é o apelido do cara que a descobriu, e na verdade a cachoeira consiste de pequenas quedas e piscinas naturais, vc desce por um barranco e já chega na parte alta, descendo até chegar na maior piscina, onde a água é linda. Há um local de camping logo no início, onde vc paga para as moradoras do local pela estadia. Meus colegas não gostaram do local, por mim ficávamos por lá, maaaas voto da maioria é isso ne, então resolvemos voltar pra vila. Recomendo o camping ali, pelo lance da piscina, parece ser perfeita pra um romance de casal, ou uma festa entre amigos, enfim. vendo essa placa vc praticamente já chegou A melhor piscina do local, até onde sei. Repara no totem ali. Na vila existem várias pousadas e locais para camping, escolhemos o picuá, ele é BEM estruturado, possui cozinha, área de convívio, banheiros, redário, e ainda vai ser construído mais um espaço na parte mais afastada, a dona do camping (dona Iolanda) é uma senhora muito receptiva e sua filha é guia, inclusive, já recomendo. Fomos muito bem tratados. Não queria fazer propaganda de nada aqui, mas não dá pra não recomendar. Com isso, só restava finalizar o dia, cozinhar alguma coisa para a janta, e ir dormir. Caiu mais um toró em pequena escala na vila, pela madrugada, o que mais uma vez despertou a preocupação em relação ao camping no platô. Um guia já tinha recomendado que não acampássemos, devido às chuvas e aos ventos fortes do lugar. Medoooooo Saldo do dia: 205 km, a sensação de conquista de um lugar que vc só conhecia pela internet, várias fotos lindas, um nudes no mirante do paiva, e muita informação para passar para vcs. Há! 3º dia: rumo ao platô do tepequém Esse dia se resumiu a subir o platô e montar acampamento lá em cima, a ideia inicial era de não pernoitar lá, devido ao aviso do guia, e acampar na cachoeira do funil, mas o povo decidiu arriscar (confesso que queria muito isso). A parte chata do dia é que basicamente passamos a manhã SEM FAZER NADA, quando poderíamos ter saído na hora menos quente do dia para conhecer um lugar novo e voltar antes do almoço, isso pq ninguém queria sair para lugar algum, e a dona do carro estava esperando um colega dela chegar de carro, para subir com a gente. É ne.... esse carinha apareceu para mim pela manhã, é possível que este seja um Dendrobates leucomelas, mas é apenas especulação, pela aparência, eles são comuns daquela região, e nem preciso dizer que são venenosos, não é? Também é possível encontrar uma ou duas espécies de coral, então todo cuidado onde pisa e com o fechamento das barracas é necessário, inspeção de calçados é recomendada também #prerigo. Com o passar da manhã, resolvi ler alguma coisa, então, como meio mundo falou desse filme, resolvi ir atrás da obra literária. Até agora a leitura tem sido interessante, o livro fala exatamente sobre o título da capa, é incrível como podemos ter primeiras impressões (tanto boas e ruins), e por questões culturais (esteriótipos sociais) e pessoais podemos perder oportunidades de conhecer boas pessoas e cair em ciladas com pessoas aparentemente perfeitas. Enfim, de volta ao relato Após o almoço, resolvemos recrutar a filha da dona da dona Iolanda (Tayná), para a subida ao platô. Para minha alegria, ninguém ia dormir lá em cima, seria o platô apenas para nosso grupo de, agora, 7 pessoas . Pegamos nossas coisas e partimos para a entrada. Le subida para o Platô Nossa caminhada começou às 14:00. Siiim, parece a pior hora pra isso, uma vez que o sol está no seu clímax , mas veja bem, a caminhada leva em média 2:30, e nosso grupo era um pouco variado, entre pessoas condicionadas ou não, então era possível que fôssemos chegar um pouco tarde, com pouca luz do dia para armar o camp e preparar o churras. Todo mundo levando sua água e um ou outro item na mão. Levamos 7 garrafas pet de água gelada, e digo a vcs que sobaram apenas duas com alguma água, no final o sol estava forte, teve gente que precisava pausar com frequência, enfim, a subida alterna entre trilhas no cerrado e subida em pedras, com poucas oportunidades de molhar o rosto nas fontes pelas quais passamos. Recomendo andar coberto, pois alguns (incluindo eu mesmo) foram picados por algum bicho desconhecido (ninguém viu kkk), talvez carrapatinho do mato, ou alguma mosca hematófaga (diz que não dá mosquito ali, e talvez seja vdd). Duas botas "estouraram", sendo uma delas beeem novinha, de uma colega, fico indignado com essas marcas que fazem moh propaganda de produtos outdoor mas no final só fornecem botinhas de shopping a minha bota que é de uma marca desconhecida aguentou a viagem toda, e já foi mais usada que a bota da dona, eeeenfim. Não citarei o nome da marca, só digo que começa com M, alguns aqui provavelmente já saberão de letra qual é. Após uma hora de subida, já é possível avistar a vila laaaa no fundo, e pequenos morros no horizonte, apesar do esforço, é uma visão linda, tento imaginar a sensação de montanhistas subindo lugares REALMENTE altos, pq os 1.100 metros do platô meio que são apenas fichinha, comparados com Monte Roraima, Serra Fina, entre outras elevações conhecidas do Brasil. Um ou dois dos cachorros do sítio na entrada da trilha costumam acompanhar o povo que sobe, incrível como esses sacanas sobem de boas, enquanto nós, meros mortais, lutamos contra a gravidade kkkkkkkkkk Após umas 2 horas e meia, eis que chegamos na reta final. A preocupação era em virtude da água, que estava acabando, maaaaas há nascentes perto do platô, e um córrego em particular para banho e coleta de água. Ninguém levou clorin, e todos estavam com medo de pegar uma diarréia marota mas eu, cobaia e corajoso que só, resolvi arriscar. A água tem gosto mineral (tipo pedra), é estranha, porém estava GELADINHA, fresca, nossa, muito show. Como estou falando com vcs por meio desse relato, significa que estou vivo, hahah. Reta final. Repare a antena no topo Enfim, chegamos, as únicas sensações no momento são de conquista (ainda que tenha sido mediada por uma guia, e tal, tira um pouco do orgulho de mochileiro kkkkkk enfim), e realização de uma meta para o ano. Nossa, que lugar maravilhoso! Não poderia esperar melhor. Passado o momento de alegria, o grupo tratou de escolher um local para o camp. Adianto que existem locais bons e ruins para tal, e acho que escolhemos um ruim pois a geografia do ponto direcionava o vento para a gente! Optamos por escolher pernoitar embaixo de duas arvoretas, e foram divididas as tarefas. Enquanto uns preparavam a fogueira, a carne, etc., me prontifiquei para ir encher todas as garrafas com a água do córrego pelo simples motivo de que queria tomar um bom banho, pois iria logo escurecer. Desci (acredito que 1 km de trilha) para o córrego, aproveitei para tomar o banho, e confesso que não queria sair mais dali. Mas eis que do nada reparo um raio à distância. Um toró tá caindo em algum lugar ali perto. Preocupação novamente se torna evidente, então tratei de voltar pro camp. Teve uma hora em que a visibilidade ficou próxima de zero, e os relâmpagos no horizonte eram comuns, some isso com o vento sacudindo nosso camp (uma guepardo Atena, uma rede do nosso compatriota mais experiente e corajoso, minha guepardo Vênus e uma Nord outdoor summit) e temos um cara que não sabia que não iria dormir de noite maaas por sorte a chuva passou perto, e direto (ufa!). Fizemos o churras, alguns foram conversar, beber um vinho, e tratei de ir deitar. Saldo do dia: uma subida beeeem lenta, dores na coxa e perna, duas botas estouradas (ainda bem que a minha não entrou nesse rolo), uma noite em claro, e vento, muuuito vento kkkk Acima de tudo, a alegria de viver esse momento num lugar singular que nem esse 4o. Dia: descida do Platô e poço das esmeraldas A noite foi longa, o vento batendo nas pedras e árvores faz um barulho DANADO, sabe aquele barulho de vendaval, de madrugada, quando ele ta chegando? Pois é. E eu dentro da barraca sentindo a mesma sacudindo (apesar de ter prendido bem a lona, cordinhas, etc), a impressão era de que iria chover a qualquer momento, o engraçado é que minha colega de "quarto" dormia de boa, fiquei perplexo, eu saía pra ver a condição dos espeques, ir pro número 1, andar um pouco no platô e olhar pro tempo..só de madrugada que me convenci de que a barraca estava bem segura, e cochilei até o início da manhã para ver o nascer do sol. Ahhhh, que momento de pensamento, sobre a vida, o universo e tudo mais. Foi ótimo para refletir por um tempo, e depois tirar fotos, pois o grupo iria descer cedo. Troco 10 hotéis 5 estrelas por uma estadia aqui! Nesse dia subiu muita gente, acredito que encontramos umas 20 pessoas só naquela manhã, então demos sorte. Ainda fui tomar um segundo banho, no final das contas somente eu tive o prazer de me banhar naquela água geladinha A descida foi mais rápida, duas horas e pouquinho, ainda houve um momento em que nos perdemos, mas o caminho estava demarcado com setas no chão e folhas. Então segue a dica: façam setas, sinais de galhos e folhas, prendam pedaços de tecido em galhos, pq a volta pode desorientar, a trilha realmente é difícil para iniciantes pelas partes pedregosas que podem confundir. O guia não passa a noite, então ou vc volta por conta própria ou acompanha um grupo ou guia que esteja em cima no dia seguinte. O grupo chegou às 11 e pouco na entrada, ansioso por um restaurante, um gelol e um cocão gelado. A descida detonou todo mundo, a intenção era fazer a trilha da cachoeira do funil, maaaas ninguém teve coragem para tal, então o povo foi conhecer o tal poço das esmeraldas. Poço das Esmeraldas Serei sucinto quanto a esse lugar, é um pequeno lago escondido na entrada para a vila, não tem uma indicação certa, então vc se baseia pelos locais, ou arrisca entrar no ramal de areia (a entrada dele tem uma placa verde de venda de pão, só seguir reto inclusive na encruzilhada), ou pagar guia para levar. O local é bonito, mas é razoavelmente pequeno, então se tiver muita gente não é legal. Em todo o caso, passamos pouco tempo, a história passada foi que o local foi alvo de extenso garimpo, que de alguma forma resultou na formação daquela “piscina”. Recomendo o uso de GoPro ou cam a prova d’água, creio que dê para sair boas fotos na água clarinha. Água esverdeada e clarinha mesmo, deve dar ótimas fotos submersas Com esse banho tomado, voltamos para a vila para nos prepararmos para o retorno à Boa Vista no dia seguinte, claro que a vontade de ficar fala mais alto, maaaaas...O quinto dia foi mais para ficar em BV (e visitar o lago do robertinho) e o sexto dia foi o retorno para casa, não preciso me aprofundar. Saldo do dia: aquela “bad de término de viagem”, uma descida cansativa, dores nas pernas, e aquele momento para namorar as fotos tiradas. Tirei MUITA foto, mas só dá para publicar um pouco neste post. Agora as infos básicas. Gastos: aproximadamente 500 reais, sendo quase metade com o combustível num preço médio de 3,90 o litro, dividido para quatro pessoas em um carro econômico, ou seja, se for de carro, tente levar alguém para rachar. Gastei menos do que o estipulado, caso fosse só, mesmo assim, é um roteiro relativamente barato se vc pesquisa e planeja bem (transporte, principalmente). Transporte: como citei antes, o transporte público não está sendo uma opção, vc pode tentar entrar em contato com locais ou conhecidos, e combinar com transportes particulares, que visitam a vila em dias específicos. Por isso é bom dispor de tempo para isso. Na serra, vc pode ir a pé para boa parte das atrações, mas vai perder um bom tempo indo de um lugar para outro. Na vila há praticamente tudo o que precisa, de alimento, a alguns remedinhos básicos, e ainda há wifi nos locais, como disse, leve um cash extra, pois os preços são um pouco acima do que é encontrado nos locais vizinhos, e não há sinal para cartão até onde sei. A receptividade é muito boa por parte dos habitantes, isso é um ponto beeeem positivo. Vá com combustível suficiente para voltar pelo menos para Amajari, pra um reabastecimento. A época de chuvas em Tepequém aparentemente é de Abril a Setembro, então como disse, é bom para visitar cachoeiras, acampar no platô, talvez não. Bem, é isso. Espero poder ter despertado o interesse de alguns em conhecer esse simpático lugar =D OBS: como podem ver, esse roteiro levou uns 3 dias na serra propriamente dita, porém, há muitos atrativos extras a serem conhecidos: Cachoeira do Funil, Tilim do gringo, corredeira e vila cabo sobral, paredão das araras (no platô), cachoeira da pedra sabão, laje preta e verde, eeeenfim, basta ter pique! Garanto que o platô e a cachu do Paiva por si só já fazem a viagem valer a pena =D
  3. Fui em Roraima em Março de 2019. E não imaginava quanta beleza iria encontrar. No link abaixo conto tudo sobre preços e os lugares. E garanto que vocês não irão se arrepender! https://aprazzivel.com.br/o-que-fazer-em-roraima/ Se precisarem de alguma informação extra ou se surgir alguma duvida, podem faze-la pelo instagram (@aprazzivel) lá responderemos mais rápido!
  4. Olá galera da mochila, tudo bem? Depois de ler alguns dos poucos relatos de viajantes para Roraima e as dificuldades de se obter maiores informações a respeito da Serra do Tepequém, resolvi relatar a trilha que fiz com amigos no final de 2013 e neste feriado de Páscoa de 2015 para a serra e assim contribuir com aqueles que pretendem vir a Roraima e conhecer lugares paradisíacos como a Serra do Tepequém. A Serra do Tepequém é um dos grandes pontos turísticos de Roraima. Visitar Tepequém é lançar um olhar sobre a história humana, geológica, geográfica e mística de Roraima. Logo, ao chegar o visitante percebe as modificações sofridas pela natureza devido à exploração de diamantes ao longo dos anos. Inclusive, foi a atividade garimpeira uma das responsáveis pelo surgimento das vilas da serra. Hoje, os poucos moradores do local, que sobrevivem do turismo e artesanato, concentram-se na Vila do Paiva, onde há pousadas e restaurantes, que oferecem serviços satisfatórios. A serra tem uma altitude média de 1.500 metros e fica localizada a mais de 200 km da capital Boa Vista. O acesso inicial é feito pela BR-174, sentido Pacaraima. São 91 km até a Vila Três Corações, localizada no Amajari. Neste local, dobra-se à esquerda e, pela RR-203, percorre-se mais 103 km, até a base da serra. Deste ponto à Vila do Paiva são mais 7 km de subida íngreme. O percurso, que totaliza aproximadamente 201 km e pode ser feito em cerca de 3 horas, está totalmente asfaltado desde Boa Vista. Existe uma linha de ônibus intermunicipal que faz linha para a sede do município de Amajari e outras localidades próximas, com saídas regulares da rodoviária da capital. Para a Serra do Tepequém, vans e taxis-lotação fazem o transporte para quem pretende subir a serra em dias específicos. Porém, muitos visitantes costumam ir de carro próprio para facilitar o acesso às cachoeiras, o que justifica a pouca demanda de linhas de transporte alternativo para a serra. A Serra do Tepequém é ideal para a prática do hiking (caminhada de curta duração) até as cachoeiras do Paiva, Sobral, do Barata e do Funil. O visitante também pode se aventurar numa subida ao platô, ponto culminante de toda a Serra, onde terá uma das vistas mais sublimes do vale e da cadeia montanhosa que delimita as fronteiras entre o Brasil e a Venezuela. Outro atrativo da serra é a pedra-sabão, um mineral rosado, característico da Serra, que é a matéria-prima do artesanato produzido pela comunidade local. A qualidade das técnicas, a consciência sobre a importância da extração controlada e o trabalho coletivo são marcas da produção artesanal em pedra-sabão. Nos dias 07 e 08 de dezembro de 2013, eu, uma amiga e dois amigos saímos de Boa Vista, por volta das 11 horas da manhã, em carro próprio, rumo à Serra do Tepequém. Após cerca de 3 horas de viagem mais ou menos, chegamos à Vila do Paiva, já no topo da famosa serra. Almoçamos peixe num restaurante que serve comida caseira por 20 reais por pessoa, que por sinal estava uma delicia! Como já conhecíamos a serra, dispensamos o serviço de guia e lá pelas 16h, fomos acampar na Cachoeira do Paiva distante cerca de 10-15 minutos mais ou menos do restaurante. A trilha é boa e é fácil chegar. Aliás, para chegar a nela há duas opções de trilha. A mais rápida, que tem descida mais íngreme, e conta com apoios e trilhas de chão batido, com escadas para o acesso. E uma mais plana, porém, é mais longa, com acesso um pouco mais fácil e também possui apoios para locomoção. Essa cachoeira é bem caudalosa e tem bastantes pedras. Nela, existe um platô que pode-se admirar o visual da planície até onde enxergar a linha do horizonte. Quando chegamos no local, um grupo de estudantes de turismo do Instituto Federal de Roraima estava acabando de deixar o local e assim, ficamos apenas nós quatro desfrutando da bela cachoeira! Rsss. Montamos as barracas na área aberta com terra e, sob um céu estrelado, passamos parte da noite numa conversa descontraída e agradável junto a uma discreta fogueirinha de gravetos. No dia seguinte, após o desjejum com frutas, biscoitos, pães e sucos, desmontamos o acampamento e fomos para outra cachoeira, a do Funil, uma das mais belas da região. Para chegar até essa cachoeira, tivemos que fazer o percurso a pé, pois não tem como nenhum tipo de carro prosseguir. Assim, resolvermos fazer o hiking de mais de 2 km de caminhada por essa trilha, muito íngreme e cansativa debaixo de sol forte, com subida constante e uma beleza indescritível do lugar. Passamos pelas antigas trilhas abertas por garimpeiros e casebres abandonados no meio da mata, num silêncio arrepiante! Rsss. Ouvíamos de vez em quando o som das aves, em especial das araras, muito comuns na região. Ao chegarmos à cachoeira, ficamos admirados com sua altura e com a ação dos garimpeiros sobre ela. Cachoeira do Funil não estava tão caudalosa, mas tivemos uma noção de como seria no inverno: exuberante e majestosa. A beleza do lugar é espetacular! Porém, a cachoeira me pareceu ser perigosa, pois é muito alta e uma queda dela pode ser fatal. Diferentemente das cachoeiras do Paiva e da Barata, em que os carros chegam praticamente dentro das cachoeiras (rsss), a do Funil parece que não é muito visitada, talvez pelo longo trajeto a pé e sem sombra. Estávamos apenas nós quatro visitando esta cachoeira, nesse dia. Há outra alternativa de trilha em que os turistas podem chegar pela parte inferior dela, saindo de uma estradinha próxima à cachoeira do Barata, numa caminhada de mais ou menos 1 hora. Após desfrutarmos da bela cachoeira, resolvemos ir para a cachoeira do Barata, que tem esse nome porque um antigo garimpeiro a batizou com seu apelido. O acesso a ela é feito por meio de degraus de pedra que leva as corredeiras. A cachoeira não é muito alta, a temperatura da água é um pouco gelada e em sua base forma uma piscina natural que agrada a quem chega ali. Não demoramos muito nessa cachoeira, pois pretendíamos retornar cedo para Boa Vista. Por volta das 14h fomos almoçar em outro restaurante de comida caseira, pois o primeiro que fomos no dia anterior já estava fechado, e em seguida, começamos nossa descida da serra de volta para casa. O relato acima foi de 2013. Agora, para atualizá-lo, conto agora como foi o passeio na serra na semana santa. Para começar planejamos nosso roteiro para os lugares pouco visitados. Chegamos na serra na manhã da quinta-feira da semana santa de 2015 e montamos acampamento no fundo do quintal da residência do seu Estevão por 10,00 reais a diária por pessoa. Na parte da tarde, fomos para a cachoeira do Barata e por sorte não havia visitantes e, assim, pudemos desfrutar melhor do lugar. À noite fomos comer uma pizza num restaurante bem aconchegante que fica logo na chegada da Vila do Paiva, que também serve sopa e refeição. A pizza estava muito boa. Em seguida, fomos à procura do jovem conhecido por Fred, que trabalha como vigia na escola municipal da serra, para ele nos guiar para o Tilin do Grindo, a Cachoeira do Funil e a Cachoeira Laje Preta e Laje Verde. Fred cobrou 50 reais pelo serviço. No dia seguinte, às oito horas da manhã seguimos nossa aventura para os lugares mencionados. Fomos por uma trilha bem diferente que fui em 2013, que relatei no início deste texto, pois seguimos pelas margens do rio que foi devastado pela prática garimpeira. O ponto de partida foi pela vila Cabo Sobral e após uma longa caminhada que durou quase duas horas (uma amiga levou a filha de quatro anos), chegamos no Tilin do Gringo. Ficamos admirados com a ação dos garimpeiros na natureza e o impacto dessa prática ao meio ambiente. O local conhecido como Tilin do Gringo é um canal que foi aberto por meio de explosivos no meio de uma serra rochosa nos tempos do garimpo. Depois, seguimos para a cachoeira do Funil, cujas características já descrevi no início deste relato. Depois de algumas horas decidimos retornar e fomos conhecer as corredeiras do cabo Sobral. Muito lindas as piscinas naturais deste riacho. Ali fizemos nosso almoço num minifogareiro que quebra um galho danado!! rss. E para finalizar o passeio na maravilhosa Tepequém, após o almoço fomos nos aventurar na trilha para a cachoeira Laje Preta e Laje Verde. O acesso não é fácil, seque-se pela cachoeira do Paiva, subindo e descendo em pedras, atravessando a queda d'água para continuar o percurso pelas margens dentro da floresta. É preciso bastante cuidado. Mas, toda a atenção vale a pena. A cachoeira é um espetáculo. Ela tem esse nome porque quando a cachoeira está com pouca água, as pedras verdes ficam pretas, por causa de uma espécie de limo. E quando o fluxo de água está mais caudaloso tira o limo das pedras, deixando a cachoeira verde. Assim nos explicou o guia. Para finalizar este relato convém contar a lenda do Tepequém: Conta uma antiga lenda indígena que um vulcão furioso jorrou suas chamas e lavas a longas distâncias destruindo a tudo que encontrava pelo caminho. O fogo derramava suas chamas serra abaixo, as roças de macaxeira, banana e as palmeiras de buriti, tucumã e coco babão viravam cinza e carvão. O fogo varria tudo o que via pela frente, inclusive animais. Na maloca, o Tuxaua, preocupado com a sobrevivência de sua tribo, consultou o Pajé e se reuniram em volta da fogueira. Num gesto de renúncia, as três mais belas índias virgens da tribo se ofereceram em sacrifício e se lançaram no fogo do vulcão, que aplacou sua ira. Suas lágrimas viraram diamantes e até hoje estas lágrimas são encontras na serra do Tepequém. Maiores informações: http://www.turismo.rr.gov.br/index.php/serra-do-tepequem.
×
×
  • Criar Novo...