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Colômbia Parte 1 – Bogotá Cheguei em Bogotá as 5 horas da manhã, morta com a longa conexão em São Paulo, muito bem aproveitada com minhas amigas de lá. O problema é que tive um choque climático e a gripe voltou com tudo. Cheguei na imigração, onde a agente perguntou quantos dias ficaria no país e eu disse que ficaria os 90 dias mesmo. E ela: “O quê? Como? Onde?” E eu disse prontamente: “Bogotá, Bucaramanga, Santa Marta, Cartagena, Medellín, Cali e onde mais der”, em seguida perguntou onde me hospedaria e dei o endereço de um hostel, que realmente pretendia me hospedar, porém, ao conseguir uma hospedagem com o couchsurfing cancelei a reserva, pois em uma viagem de 3 meses é preciso economizar cada centavo. O primeiro dia apenas dormi e fui a Candelária tomar água panela (água quente com rapadura e limão), dizem que cura a gripe e logo depois fomos comer um prato do tipo Executivo. Fiquei chocada por ter custado 6.500 cop (+/- R$ 7,00), prato de sopa de legumes, depois outro prato principal com arroz, abacate, patacones, lentilha e carne de porco. Ainda veio uma limonada. Adorei. No segundo dia, já um pouco melhor da gripe tirei o dia para conhecer os Museus Botero, Museu do ouro (vale visitar mais de uma vez) e o cerro Monserrate. Por sorte, o final do dia estava lindo. Comprei o chip para o telefone e fiquei procurando as atrações com o Google maps mesmo. Nada guiado. Tendo conhecido as principais atrações, descansei no final de semana e na segunda fui à cidade de Zipaquirá, de Transmilenio mesmo. Peguei o Transmilenio sentido Portal Norte, é um pouco longe do centro, depois, dentro do terminal peguei um ônibus para Zipaquirá. A passagem do Transmilenio é de 2.000 cop e a do ônibus para Zipaquirá é 6.000 cop. A entrada para Zipaquirá foi de 50.000 pesos para turistas estrangeiros. Mas o valor salgado vale a pena, pois o tour é todo guiado e em pequenos grupos. A estrutura da atração é impecável. Na volta peguei muito trânsito, porém consegui chegar 17 horas e ainda deu tempo de visitar o Museu Nacional. É importante, pois lá conta toda a história da Colômbia, desde o império do Reino de Granada e de ter se tornado Grã Colômbia, após ter sido libertada por Simon Bolívar. Terminada a parte turística, tirei dias com amigos que conheci em Bogotá, eles me levaram para a zona G e zona T, a parte mais nobre da cidade, fomos no Bogotá Brew Company, que tem em toda a cidade, depois ficamos caminhando sempre pela região. Eu gosto muito do cuidado que se tem com os parques, vejo muita semelhança com os parques da Europa. No meu último dia na cidade, me sugeriram conhecer o El Teatron, uma casa noturna GLS, porém muitos héteros vão também porque acham o lugar muito legal e tinham razão. Infelizmente não fui no sábado, mas sim na quinta. No sábado há muitos ambientes em funcionamento, na quinta apenas 2 ambientes estavam funcionando, mas mesmo assim, garanti muita risada ouvindo música ranchera na cantina. Achei o lugar barato também. Não paguei para entrar e a cerveja era 5.000 cop. No dia seguinte já era o dia da minha partida para a cidade Villa de Leyva. Comprei a passagem rodoviária para a cidade por 26.000 cop e levei 4 horas para chegar. Em Bogotá o trânsito é caótico. Perdão por te xingar, Rio de Janeiro! A estimativa era de no máximo 2 horas de viagem, mas levei o dobro. Mas, pelo pouco tempo que fiquei na cidade, valeu a pena sentir a tranquilidade e o ar puro. O valor da hospedagem foi de 50.000 cop e achei muito caro, mas é o lugar onde os bogotanos fogem do caos, por isso o preço justifica. No dia seguinte já era hora de viajar para Bucaramanga, em Santander, uma viagem rodoviária de 8 horas.
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Dizem que “o caminho de Lengerke” é a primeira estrada construída, na Colômbia, com a finalidade de unir as diversas cidades do departamento (para nós Estado) de Santander. Todo feito com pedras, se estendeu depois até Medellin, passando por Bogotá, ao sul. Ao norte, ia até Cartagena e, a oeste, entrava dentro do território da Venezuela. Mas passar pelos trechos ainda conservados do camiño real e conhecer diversos “pueblitos” santanderianos acabam não sendo a única atração desse trekking. Para mim, o melhor foi descer 1700 metros por uma das paredes do Cânion del Chicamocha até a cidade de Jórdan, ao nível do mar, para depois subir 1300 metros até Los Santos. Fiz todo o trecho sozinho. Parti de Barichara, passando por Guané, até Vilanueva, de onde voltei a San Gil. Dois dia depois soube que havia deixado de fazer a parte mais bonita, que vai de Vilanueva até Los Santos, e retomei o trekking. Tradicionalmente, dorme-se na cidade de Vilanueva. O local é muito árido e não há fontes de água potável no caminho. O gasto médio do trekking, dormindo em Vilanueva, sem comida e água, é de COP 41.600 (Passagem San Gil – Barichara = COP 3.600; Hotel Vilanueva = COP 20.000; Passagem Los Santos – Los Curos = 5.000; Passagem Los Curos – San Gil = COP 13.000). Caso alguém se interessar mesmo por fazer, pode clicar em https://apenomundo.com/2016/08/24/trekking-caminho-real/e ter algumas informações adicionais, como mapa e mais fotos. 1º dia – de Barichara a Vilanueva São doze quilômetros de caminhada. O primeiro trecho, de Barichara a Guane, é percorrido em cerca de uma hora e meia. Tanto Barichara quanto Guane são antigas cidades coloniais, com calçamento e casas preservadas. Vale muito a pena parar algum tempo para caminhar pela cidade e conhecer as igrejas, miradores e provar a Chicha de Maiz ou o Masato de Arroz, que eram fabricados pelos índios da região, os Guanes, praticamente extintos após cinquenta anos de colonização espanhola. Guane fica num ponto mais baixo que Barichara, mas nem por isso a caminhada é fácil. O clima é super árido e o calor chegar aos 40º entre às 10h e às 15h, por isso lembre-se de levar muita água. Basta seguir os muros e ficar dentro da antiga rua de pedra, que por duas vezes vai atravessar uma estrada de asfalto. No meio do caminho, há uma fazenda que às vezes está aberta e pode-se comprar água, cerveja, refrigerante. Vale a pena a parada, atrás a um mirador para o Vale e, com tempo bom, é possível ver Barichara, no topo de uma das montanhas. De Guane a Vilanueva começa a parte “casca”. São sete quilômetros, com mais de 600 metros de aclive. O trecho está sinalizado com marcas amarelas, porém preste atenção, pois buscam marcar o caminho contrário, para quem faz o trekking desde Los Santos. Em média, as pessoas demoram três horas e meia para fazer o trecho, que se eleva para cima das montanhas até onde a estrada termina, levando para dentro de uma trilha em mata. A trilha de mata desemboca em outra estrada que, que leva até Vilanueva. Daqui, o trecho é todo baixando até a cidade. Tive “sorte” de cair uma bruta chuva na subida. Embarrou um pouco o caminho, mas deu uma amenizada no calor que me fez demorar quase duas horas para completar o trecho Barichara – Guane. Caso se perder, não exite em perguntar para algum morador local o caminho para onde quer ir. O povo da região é muito amigável. Diferente de Barichara e Guane, Vilanueva é uma cidade maior e não há muita coisa para se fazer. A dica seria dormir para retomar a caminhada muito cedo no outro dia. Caso a decisão seja voltar para San Gil, o ônibus demora cerca de 20 minutos. 2º dia – De Vilanueva a Los Santos Saia cedo de Vilanueva. Os 17 quilômetros desse dia devem ser percorridos até às 15 horas. Lembrando que é preciso baixar dos 1700 metros até o nível do mar, e depois subir 1300. Perdi o primeiro ônibus que saía de San Gil (6 horas) e acabei pegando o segundo, às 6h20. Às 6h45 comecei a caminhar e cheguei a Jórdan às 11h, sempre com um passo muito rápido. A partir das 10h, o sol saiu com intensidade e começou a ficar bem difícil a caminhada. Essa parte não há sinalização, então pergunte aos moradores a direção para pegar o caminho à Jórdan – basta pegar uma estrada a uma quadra da igreja e segui-la sempre. Antes de descer pelo cânion, havia uma fazenda que vedia água, porém estava fechada. Nesse trecho pode-se ver e ouvir muitas cabras pelos desfiladeiros e é, sem dúvida, o ponto mais bonito do caminho. Jórdan é uma pequena cidade com 30 casas. Pode ser uma boa dormir aí: há inclusive um hostel no vilarejo, com habitações a partir de COP 30.000 (pouco mais de R$ 30). Comecei a subida pelas 11h30 e cheguei em Los Santos pelas 14h. Meus dois litros de água não foram o suficiente para fazer toda a subida. Cheguei sem uma gota em Los Santos, suado e morrendo de sede. Se quer voltar a San Gil no mesmo dia, é preciso chegar antes das 15h30 em Los Santos, horário que sai o último ônibus para Los Curos. Peça ao motorista para parar na estrada que leva a San Gil (cerca de duas horas de estrada) para pegar a condução a cidade (mais duas horas e meia). Outra opção é seguir para Bucaramanga, o que deixa a brincadeira uns COP 15.000 mais cara.