Pesquisar na Comunidade
Mostrando resultados para as tags ''san gimignano''.
Encontrado 3 registros
-
Olá Mochileiros. Essa foi minha primeira viagem para fora da América do Sul e também meu primeiro mochilão. Esse relato não é só para compartilhar qual foi meu roteiro, mas para tentar ajudar outros mochileiros a terem experiências melhores que as minhas e também tentar transmitir o quando toda essa experiência me mudou positivamente. Escolhi a Itália por vários motivos, mas principalmente porque sou apaixonado por história e sempre foi um sonho conhecer as ruínas do império romano e porque sinto um grande carinho pela Itália, carinho que me foi transmitido através dos meus avós, bisavós e minha família de modo geral. Também existem outros motivos, como as belezas naturais e a arquitetura do país, a facilidade do Idioma, a culinária e os vinhos. Parti de Navegantes no Brasil no dia 09/Agosto/2019 durante a manhã e cheguei na Itália, após uma escala em Guarulhos e outra em Paris, dia 10/Agosto/2019 a tarde. Já havia feito a reserva e pago antecipadamente por todos os Hostels, também levava comigo 1.100 Euros e na minha mochila roupas suficientes para uma semana. Talvez vou estar sendo repetitivo, mas para mim algumas coisas foram essenciais nessa viagem, como: Power Bank, tampões para o ouvido, máscara de dormir, doleira, fone de ouvido, mochila de ataque, remédios simples de modo geral (Dipirona, Ibuprofeno, Plasil, etc), protetor solar e labial. São coisas simples, mas que fizeram toda a diferença. A forma com a qual eu vou escrever esse roteiro provavelmente vai ser diferente no decorrer dos dias, mas isto é porque a forma com a qual eu encarei essa viagem também mudou no decorrer desses mesmos dias. Alguns vão estranhar a quantidade de dias que eu passei em algumas das cidades, mas essa realmente foi a forma que queria viajar, aproveitando os lugares sem pressa. Principais cidades desse relato. Dia 01 - Roma - 10/Agosto/2019 A escala de Paris para Roma atrasou em consequência cheguei uma hora após o previsto, mas felizmente não havia comprado tickets de trem ou ônibus. Do aeroporto peguei um ônibus pela empresa TERRAVISION, o qual custou 7 Euros. Como era sábado não tinha trânsito e em 35 minutos estava na estação Roma Termini. Existem várias companhias que fazem esse serviço, o ônibus é normal, mas tinha ar-condicionado e custava menos da metade do preço do trem. De Roma Termini fui andando por uns 15 minutos até chegar no Hostel Free-Hostels Roma. Gostei bastante do Hostel, o staff era bem atencioso, os quartos eram limpos e possuíam camas no formato de ninhos, os quais traziam alguma privacidade, e também são realizados eventos todas as noites para integração entre os hóspedes. O hostel normalmente tem alguma promoção para quem fazer a reserva no site deles, no meu caso foi o café da manhã incluso (Tinha nutella hahah). Eventos da semana que não são seguidos a risca, mas da para ter uma ideia. A duas quadras do Hostel tem um supermercado com bons preços. No mesmo dia fui até lá para comprar uma garrafa d’água e alguns snacks para comer durante o dia. Já havia lido em outros relatos e realmente é essencial ter sempre uma garrafa na mochila, não só em Roma, mas em outras cidades da Itália existem diversas fontes de água potável e gratuita espalhadas pelo centro e bairros onde é possível reabastecer a garrafa e economizar uns Euros. Não muito longe do mercado também comprei um Chip de celular da Voda Fone por 20 Euros em uma loja da própria companhia. O plano para turistas tem um mês de duração, pode ser usado em toda a Europa e conta com um limite de dados de 35 GB, porém não consome os dados para o uso de chats e redes sociais, mesmo para vídeo chamadas pelo que eu pude perceber. Muito cuidado, recomendo não comprar no aeroporto ou rodoviária, nesses lugares o preço quase que triplicava. Dia 02 - Roma - 11/Agosto/2019 Começando a manhã visitando a feira de Porta Portese, a qual acontece todos os domingos. Não sei se existe um foco principal nos produtos da feira, mas haviam muitas barracas vendendo roupas e produtora baratos e de uso geral. Não é algo que me atrai muito e eu considero perdível, mas acabei encontrando e comprando uns livros usados e bem baratos para praticar a leitura em Italiano. Feira de Porta Portese Depois de lá segui andando até chegar na Isola Tiberina, cruzando as pontes em direção ao centro histórico começa o Gueto Judeu de Roma. Para quem gosta de história eu recomendo baixar Áudio Guias, no meu caso eu usei o aplicativo gratuito do Rick Steves durante esse e outros passeios, garanto que o local muda totalmente quando você sabe o que aconteceu ali. Também ouvi boas recomendações para comer lá, mas acabei chegando muito cedo para o almoço. Ali perto também estão o Pórtico de Ottavia e o Teatro di Marcellus. Perto do Pórtico existe uma descida que permite caminhar pelas ruínas, vale muito a pena. Não é necessário pagar nada ou enfrentar qualquer fila para acessar esses locais. Descendo pelo Pórtico de Ottavia Vista do outro lado onde é possível ver todo o Teatro di Marcellus Seguindo a direita um pouco mais a frente eu cheguei ao Foro Boario/Tempio di Portuno e da Bocca della Verità. Essa última tinha uma fila gigantesca de pessoas querendo tirar uma foto com a mão na boca da face esculpida no mármore. Segundo a lenda, se alguém contar uma mentira com a mão na boca da escultura, a sua boca fecharia na mão do mentiroso. A fila era realmente muito grande, portanto segui para o Monte Capitolino. A subida é um pouco cansativa, mas de lá é possível ter uma vista incrível das ruínas romanas e isso faz tudo valer muito a pena. No monte capitolino se encontra o museu capitolino, com uma coleção incrível de bustos, artefatos e até ruínas da Roma antiga. Talvez seja porque eu gosto muito da história de Roma, mas passei 4 horas lá dentro. Dentro do museu também é possível ter uma vista incrível das ruínas. Vista do Museu Capitolino Não entendo o porque, mas diferente de outros museus este não tem muita fila, acredito que vale a pena deixar para comprar o ingresso na hora e evitar de pagar a taxa de reserva online. Por fim, ali perto também estava o monumento Altare della Patria, um dos cartões postais mais famosos de Roma e com uma vista incrível da cidade. Para ter acesso ao terraço é necessário pagar, mas o último nível antes do terraço já oferece uma vista incrível e de graça. Monumento Altare della Patria Dia 03 - Roma - 12/Agosto/2019 Finalmente o dia de conhecer o Vaticano, como eu estava fazendo tudo a pé ajustei meu trajeto para passar em frente a Ponte Sant'Angelo e o Castelo Sant'Angelo, outro cartão postal muito famoso de Roma. Não achei que valia a pena comprar o ingresso para entrar, portanto fiquei somente no lado de fora observando as esculturas da ponte e o castelo em si. Fui alertado muitas vezes para tomar cuidado com golpes nessa região e no coliseu, talvez fosse muito cedo, mas nesse horário estava bem tranquilo e não vi ou presenciei nada do tipo. Ponte Sant'Angelo e Castelo Sant'Angelo Seguindo para esquerda por mais algumas quadras começava a entrada para o Vaticano, de longe já era possível ver que a praça São Pedro já se encontrava bem cheia. Chegando lá fiquei dando algumas voltas pela praça e logo me arrependi, a fila para entrar na basílica de São Pedro estava gigantesca. Depois disso corri para a fila, comecei a ouvir o Áudio Guia e meia hora depois estava dentro da basílica. Estava bem cheia, mas o lugar é incrível e vale muito a pena, seja você religioso ou não. Importante saber para poder evitar surpresas é que não é permitido ingressar na igreja com os joelhos ou ombros a mostra, nesse caso basta cobrir com um lenço, cachecol, echarpe para poder ingressar. Isso vale para todas as igrejas e catedrais famosas na Itália. Vista de fora da Basílica de São Pedro V Vista de dentro da Basílica de São Pedro Por 10 Euros é possível acessar a cúpula e o terraço e ter uma vista incrível do vaticano, mas a fila era bem grande e também no meu caso tive que sair correndo pois estava atrasado para a visita agendada aos museus do Vaticano. Quando cheguei na rua do museu me deparei com uma fila gigantesca dobrando a esquina, porém um funcionário logo me indicou que era a fila para comprar os bilhetes e como já havia comprado pela internet pude ir direto. Nesse caso, comprar de forma antecipada foi essencial para evitar horas de fila no sol. Acredito que eu tenha ficado pelo menos 3 a 4 horas dentro dos museus. Todas as salas são normalmente muito cheias, algumas quentes outras mais agradáveis, mas independente disso todas as obras, relíquias, tapeçarias, estátuas, tudo faz fazer a pena. Acredito que não só nesse, mas nos demais museus é essencial ter um áudio guia para aproveitar o máximo de tudo o que oferecem. Existem diversos gratuitos na internet, mas os museus também oferecem os seus e que são obviamente pagos. Uma das várias salas do museu, detalhe para o tamanho das pessoas e das esculturas. Por fim todos os caminhos eventualmente vão levar para a Capela Sistina, um dos lugares mais lotados e tumultuados do museu. Você vai se cansar de ouvir os funcionários pedindo silêncio a cada 5 minutos, também é proibido tirar fotos e eles vão te falar isso várias vezes. Novamente, é essencial ter um áudio guia para explicar cada parte dessa obra de arte em detalhes e prepara o pescoço para ficar um bom tempo olhando para o teto. Dia 04 - Roma - 13/Agosto/2019 Comecei o dia caminhando em direção ao coliseu, essa região é cheia de ruínas e é possível inclusive acessar algumas partes gratuitamente. Andei sem pressa parando para ler as placas informativas que os locais possuem e escutando o áudio guia. Não muito longe dali caminhei para a Igreja de Santo Inácio de Loyola, a igreja é bela mas o que impressiona mesmo são os afrescos, vale muito passa lá para dar uma olhada, é de graça e não é lotada de turistas. Igreja de Santo Inácio de Loyola Uma parte dos afrescos no teto da igreja. Continuei o passeio em direção ao Panteão, mas como sempre eu tento alterar meus trajetos para passar por outros lugares onde existe algum monumento ou ponto conhecido, nesse caso foram a Colonna di Marco Aurelio e o Obelisco di Montecitorio, a histórico por trás desses monumentos é algo único e quando você lê ou escuta sobre essas histórias os lugares mudam completamente. Mesmo antes de chegar no Panteão você vai perceber que está perto pelo número de pessoas, e nesse lugar eu diria para ficar bem atendo aos batedores de carteira e a golpes. Lotado de pessoas ou não, é uma obra incrível que deve ser vista, a fila é bem rápida e não é necessário pagar para entrar. Como é uma igreja eles pedem para que as pessoas naõ entrem com joelhos e ombros a mostra, mas o controle não era tão rígido quanto no vaticano. Panteão Tentei visitar a Basilica di Santa Maria Sopra Minerva e a Igreja di Sant'Agnese in Agone nesse mesmo dia, mas ambas estavam fechadas, a segunda fechou logo quando eu estava chegando, portanto é bom ficar atendo aos horários. No mesmo local da igreja está a Piazza Navona e la Fontana dei Quattro Fiumi, ao redor da praça existem diversos restaurantes, bares e algumas gelaterias. As fontes são belíssimas e vale a pena parar para comprar um gelato e ficar olhando cada detalhe das esculturas. Fonte do Mouro Fontana dei Quattro Fiumi e Chiesa di Sant'Agnese in Agone ao fundo Na volta para o Hostel ainda passei pela Piazza di Pasquino onde existe a estátua chamada de Pasquino, uma das mais famosas "estatuas falantes" de Roma, e pelo Campo de' Fiori onde existe uma pequena feira com preços bem turísticos. Por mais que andar pelas ruas de Roma é se perder no tempo e conhecer algo novo a cada esquina, eu percebi que depois desse dia eu estava andando demais e resolvi comprar o bilhete de 7 dias para usar o transporte público de Roma. É possível comprar em Roma Termini ou em algumas tabacarias, custa 24 Euros e da acesso a ônibus, metro e tram, basta validar no primeiro uso e manter com você para ser apresentado caso necessário. Com o ticket em mãos aproveitei para visitar alguns lugares a noite. Comecei com a Piazza di Spagna, conhecida pela sua escadaria onde as pessoas costumavam se reunir para interagir, beber e comer. Porém, recentemente a prefeitura proíbe e a polícia fica no local para impedir que qualquer um fique sentado nas escadarias, dali segui para a Fontana di Trevi. Durante o dia a famosa fonte é lotada de pessoas, mas a noite parece que ela fica mais cheia ainda, talvez porque a noite ela também fica ainda mais bela. Fontana di Trevi no stories Fontana di Trevi na vida real Dia 05 - Roma - 14/Agosto/2019 Dia de realizar o sonho de conhecer o Coliseu. Havia sabiamente reservado a visita para 15:00 para ter tempo de conhecer o Fórum Romando e Monte Palatino com calma e ainda almoçar antes da visita ao Coliseu. Comecei visitando as ruínas ao redor, na entrada para ruínas durante a manhã quase não havia fila para comprar o ingresso, que no caso é o mesmo para o Coliseu, portanto caso não tenha feito a reserva é melhor começar por aqui. Logo na entrada é possível ver o Arco de Tito, construído pelo imperador Domiciano para comemorar as vitórias militares da Primeira guerra romano-judaica e principalmente pela captura de Jerusalém. Arco de Tito Basta seguir caminhando pela Via Sacra para se deparar com várias outras construções e ruínas, portanto novamente é essencial um áudio guia. Os principais destaques para mim foram, além do Fórum Romano, a imensa Basílica de Constantino, que foi usada como referência para a construção das basílicas da igreja católica, a Casa das Vestais e o Templo de Vesta, dedicado a deusa Vesta e onde havia no seu centro o fogo sagrado e que era guardado pela vestais. Por último, o Templo de César onde seu corpo foi cremado. Casa das Vestais Depois dali segui para o Monte Palatino, é uma subida meio longa mas com uma vista incrível das construções e de Roma. Normalmente existem algumas exibições ou exposições de arte ou algum evento nas ruínas que estão acima do monte, dessa vez era uma exposição de arte moderna. Existem diversas ruínas, como do Palácio Tiberiano, que está relativamente conservado. Palácio Tiberiano No caminho de volta já dava pra ver as filas para comprar ingresso e entrar no Coliseu. Portanto eu considero bem importante comprar online e fazer a reserva, pude poupar algumas horas de fila no sol em pleno verão e entrar na hora marcada. Para quem quiser visitar o terceiro nível ou subsolo, também diria para fazer a reserva com mais de um mês de antecedência pois tentei comprar três semanas antes e já haviam esgotado. Ainda assim, visitando somente os níveis 1 e 2, o Coliseu é algo incrível. Coliseu Visto do Coliseu Dia 06 - Roma - 15/Agosto/2019 [EM CONSTRUÇÃO]
-
Primeira Eurotrip: 21 dias na Itália (Roma-Florença-Veneza-Milao) com esposa gestante Olá pessoal, Meu grande sonho de viagem sempre foi a Europa. Ano após ano algo acontecia que me impedia de conhecer um pedacinho do Velho Continente, mas finalmente no final de 2017 pude colocar os pés lá em grande estilo. Começamos pela Itália, onde ficamos 21 dias andando e comendo por lugares maravilhosos. Roteiro: Roma – 8 dias; Florença – 6 dias; Veneza – 3 dias; Milão – 3 dias; Preparação: Passagens: Tap saindo de BH com conexão em Lisboa. Saiu caro, em torno de 4000 reais ida e volta por pessoa. Procurei por muito tempo promoção mas não achei. Na ida conseguimos umas 12 horas de conexão, o que nos permitiu um tempo para explorar alguns pontos de Lisboa. Passagens de trem: todas compradas no site da trenitalia com cerca de 3 meses de antecedência. Os trechos saíram entre 20-30 euros aproximadamente. Hospedagens: todas pelo Airbnb, pelo preço mais em conta e pela comodidade de pagar e parcelar no cartão de crédito. O critério de escolha, além do preço, era localidade próxima às estações de metrô/trem. Roma: https://www.airbnb.com.br/rooms/11174608 Ficamos nesse simpático apartamento pertíssimo de Roma Termini. O Sr Franco. dono do apartamento é fantástico, nos comunicamos entre português e italiano (ele não fala inglês) mas foi bem tranquilo. E nos dava um bom café da manhã todos os dias. A região não é das mais bem encaradas, mas foi bem tranquilo de andar todos os dias. Florença: https://www.airbnb.com.br/rooms/7604862 A melhor hospedagem da viagem. Um verdadeiro Bed and Breakfast com bom café da manhã e não somente torradas e um suco de caixinha. Vale muito a pena. Fica a 5 minutinhos da estação Santa Maria Novella. Veneza: https://www.airbnb.com.br/rooms/891441 Veneza é tudo absurdamente caro. Essa é a única hospedagem que não recomendo. Apesar de ficar relativamente perto da estação Venezia Santa Lucia, o quarto tem um cheiro de mofo grande e o banheiro é compartilhado. A vista da janela da sala, no entanto, é espetacular. Milão: https://www.airbnb.com.br/rooms/2944362 Ótima hospedagem em Mião, muito bem localizada, na porta de uma estação de metrô. Nada a reclamar Dinheiro: dessa vez levamos apenas dinheiro, para não cometer o mesmo erro de quando rodamos a América do Sul (levamos pouco dinheiro e toda hora precisávamos sacar num caixa eletrônico pagando absurdo de taxas). Levamos 2300 euros em espécie, sendo que gastamos 1600 euros (esse dinheiro foi gasto com os gastos do dia a dia, que incluem ingressos a atrações, passagens de ônibus, trens ou metros que pagamos na hora e alimentação). Ingressos comprados antecipadamente: em alguns locais na Itália é extremamente importante comprar os ingressos antecipadamente, para furar fila e evitar perda de tempo desnecessárias. Foi o caso nos seguintes locais: 1-Última Ceia em Milão: o mais difícil de comprar, pois depende da abertura da venda no site oficial e acaba com poucas horas. Normalmente eles abrem, se não em engano, 2 a 3 meses de antecedência. Não existe venda no local na hora. 2-Galleria Uffizi e Galerria Dell´Academia em Florença: nesses até que a fila para comprar na hora não estava tao grande, mas de qualquer modo não perdemos tempo nenhum. 3-Museu Vaticano em Roma: essencial, a fila para comprar na hora estava gigantesca, e o Museu é enorme, fica-se 6 horas tranquilamente lá dentro. Seguros de Viagem: fiz no Seguros-Promo o seguro da Assist em torno de R$250,00 para duas pessoas. Nao utilizamos então não sei avaliar. Questões relacionadas à gravidez: em geral foi bem tranquilo. Quando viajamos minha esposa estava com 25 semanas, então nem precisava de atestado médico, mas levamos por precaução. Levamos também uma farmacinha básica (remédio para cólica, enjoo, dor) e procuramos seguir um ritmo mais lento nas andanças do dia a dia (nem tão lento assim). Duas situações mais importantes aconteceram: ela não se adaptou à agua de lá. Parece que a água da Italia tem uma composição diferente da nossa, é mais “pesada” e isso lhe dava muito enjoo. Custamos achar uma marca de água mineral que não lhe causasse mal estar (a marca é “levíssima”). E ela, por incrível que pareça, não se adaptou muito à comida de lá. Várias vezes tinha refluxo quando comia pizza ou massa. Então procurávamos mais pratos com peixes, carnes e legumes. Fora isso, o restante foi bem tranquilo. Dito tudo isso, vamos ao roteiro do dia a dia. 29/10/17 – Dia 1 – Lisboa. Chegamos em Lisboa em torno de 5 horas da manhã e pegamos a fila prioritária da imigração (viva a gravidez, rs). O fiscal só perguntou o que iriamos fazer na Itália e já carimbou. Não pediu nenhum documento. Compramos um chip de 10 euros da Vodafone que nos foi suficiente para a viagem inteira e ficamos esperando a cidade amanhecer. Pegamos um uber e fomos ao primeiro destino do dia: Castelo de São Jorge. Muito bonito, bem conservado e com uma pela vista de Lisboa. Ótimo lugar para visitar primeiro e dar uma boa situada na cidade. (Obs: em Lisboa rodamos apenas de uber, bem tranquilo de usar, nenhuma corrida passou dos 10 euros). De lá descemos a pé até a praça do Comércio, parando em alguns miradouros da cidade. A praça é linda, estava bem cheia, e deu para colocar os pés no Rio Tejo, de onde há alguns séculos saiam embarcações para todo o mundo. Incrível! Após algum tempo admirando o lugar fomos de uber até o Mosteiro dos Jerônimos, que é estupendo. Sua beleza, arquitetura, inigualáveis. Ficamos um bom tempo na fila esperando para entrar. Aproveitamos para passar na igreja ao lado onde estão os restos mortais de Vasco da Gama e Luis de Camões. Após o Mosteiro paramos para almoçar num restaurante “pega turista”: bacalhau ruim e caro. Mas não tínhamos pesquisado restaurantes em Lisboa. Em frente ao Mosteiro tem uma bela praça com um belo jardim e caminhando por ele você chega até o Marco do Descobrimento, um monumento erguido em homenagem às grandes navegações. Você sobe um elevador e vai até o topo. Dá uma vertigem danada, mas é outra visão estupenda da cidade que você tem. Muito bacana! Iria ainda na Torre de Belém mas pelo horário já não era mais permitido a entrada. Caminhamos então em direção ao Mosteiro dos Jerônimos e fomos comer os famosos pasteis de Belém! Muito gostosos, saborosos. Compramos bastante para comermos em Roma também. Ficamos na praça em frente curtindo o movimento e esperando o horário de voltar ao aeroporto para terminarmos de chegar a Roma. Impressão geral de Lisboa: foram poucas horas para ter alguma impressão, mas gostei muito do que vi: cidade limpa, organizada e bem arborizada. Portugal como um todo tem sido redescoberto pelo turismo mundial e isso se reflete na quantidade enorme de turistas em todo o lugar. Com certeza voltaremos com mais tempo para conhecer com calma. No fim o vôo atrasou e só chegamos em Roma mais de 01:00hs, precisamos rachar um taxi (já que não tinha mais opção de trem ou ônibus até Roma Termini). Se não me engano o taxi saiu 20 euros por pessoa. 30/01/17 – Dia 2 – Roma 1ªDia na Itália, começamos leve, para irmos nos habituando aos poucos. Fomos andando até a Piazza De lla Republica, que é muito bonita e enorme. Local bacana para tirar umas primeiras fotos e já sentir um pouco do que é a Roma de prédios enormes e antigos. Na própria praça tem a Basilica Santa Maria Degli Angeli. Por fora você não dá muita coisa mas por dentro, nossa, é impressionante. Foi a primeira igreja que visitamos mas já ficamos muito impressionados. O tamanho, beleza das pinturas, das decorações, é incrível. Em Roma é muito comum o reaproveitamento de construções da época do império romano. É o caso dessa basílica, que na época do império era um termas e foi transformada em igreja na idade média. Muito interessante. De lá ainda fomos até a Basílica Santa Maria Maggiore, passando em frente ao teatro Della Opera. Tinha uma fila básica para entrar pois deve-se passar bolsas e mochilas nos detectores de metais. Aliás, vale uma observação: em diversos locais na Itália vimos o exército nas ruas, principalmente em pontos muito turísticos. Parece que o alerta contra o terrorismo está no máximo lá. Outra basílica espetacular, pelo tamanho, imponência, riqueza de detalhes. É tudo muito grandioso, como não estamos acostumados a ver aqui no Brasil. Mas a igreja mais bonita do dia, na nossa opinião, foi a Basilica Santa Prassede. É uma igreja bem menor, com uma entrada bem discreta numa rua lateral, bem menos conhecida, mas com ricos mosaicos na parede. No momento que estávamos lá tinha alguém tocando o órgão o que tornou a visita ainda mais especial. É simplesmente fantástico. Voltamos até o Roma Termini para almoçar no Mercado Centrale, que é um mercado novo bem bacana dentro da estação. Aproveitamos também para comprar o Roma Pass de 72 horas (38,50 euros). Voltamos ao apê para descansar um pouco e no final da tarde seguimos para a Fontana di Trevi. Sempre falam que deve-se vê-la de manhã e à noite e realmente é muito diferente, mas igualmente linda. Pena que fica sempre tao cheio, mas devagarinho conseguimos chegar na beirada dela. Ainda andamos um pouco pelos arredores da Fontana e arrumamos um lugar para comer nossa primeira pizza italiana (essa era ok).
-
Oi, gente! Vou procurar fazer o relato da nossa viagem incluindo informações, dicas e gastos. Acho que vai ser um looongo relato , então vamos lá. 24/01 – Chegada em Roma Nosso voo havia saído de Porto Alegre no dia anterior, às 20:45, direto a Lisboa, pela TAP. Bom serviço de bordo, janta gostosa (com direito a vinho português!), travesseirinho e coberta, boas opções de filmes, e ainda café-da-manhã. A imigração foi muito tranquila. A gente lá com aquela pasta cheia de comprovantes impressos, hospedagem, bilhete aéreo da volta, comprovantes das compras de euros, seguro (Certificado de Schengen), e até os contracheques levamos para comprovar vínculo de emprego no Brasil... e tudo se resumiu a olhar o passaporte, carimbar e chamar o próximo da fila. Tínhamos mais ou menos 1 hora para chegar no portão do embarque para Roma, mas tratamos de ir logo. Foi nossa primeira ida à Europa, estávamos impressionados com o tamanho do aeroporto! Não foi difícil de achar, embarque e decolagem praticamente na hora, e uhuuuu, estamos quase chegando! Chegamos no aeroporto Fiumicino mais ou menos 15h. Foi um pouquinho confuso de achar a esteira das bagagens (um pouco atordoados pela excitação de ter chegado!), fomos seguindo o fluxo de quem tinha desembarcado e encontramos. Na saída do desembarque mais um pouquinho de tensão “Será que teremos que mostrar o passaporte carimbado? Será que pedirão para ver nossos comprovantes das bagagens?”, e nada, ninguém nem olhou para nossa cara! Para ir do aeroporto ao Termini (estação central de trens e metrôs), estávamos entre 2 opções: 1ª os ônibus que custam entre 6 e 8 euros e levam cerca de 50-60 minutos, logo ao sair do desembarque tem alguns balcões de empresas que têm esse serviço. O próximo sairia em cerca de 1 hora. 2ª o trem Leonardo Express, 14 euros, cerca de 30 minutos a viagem. Nesse tempinho em que decidíamos como ir, fomos abordados por um taxista que ofereceu nos largar na porta do hotel por 15 euros por pessoa, era um taxista com crachá, nos mostrou o balcão da empresa dele, parecia confiável. Agradecemos e fomos no Ponto de Informações Turísticas comprar nosso Roma Pass (34 euros cada, mais informações http://www.romapass.it/). Com o cartão comprado (que não inclui transporte do/para aeroporto), e por estar uma chuvinha chata, resolvemos ir com o taxista, apesar do nosso hotel ser bem ao lado do Termini. Era uma Doblô, e junto foram mais dois casais que ele iria largando pelo trajeto. Foi muito legal, foi praticamente uma tour inicial por Roma. Quando passamos por umas ruínas e vi uma plaquinha escrito Therme di Caracalla já fiquei emocionada, e de repente surge à nossa frente o Coliseu... a sensação de “estamos MESMO em Roma” foi indescritível! O taxista foi bem simpático, foi nos dando várias dicas legais de onde comer e passear. Chegando ao nosso hotel a rua estava em obras, então ele andou duas quadras de ré por outra rua para nos deixar o mais perto possível da entrada, ficamos a meia quadra, e ele ainda largou um “eu sou o rei de Roma” cheio de orgulho, que figura! Ficamos no Hotel Ciao (Via Marsala, 96), mas a recepção, o check-in e o café-da-manhã eram no Hotel Luciani (Via Milazzo, nº, a meia quadra de distância. Fizemos todas as reservas de hotéis pelo Booking, e cerca de duas semanas antes da viagem mandamos e-mail para todos confirmando as reservas (levamos impressos os vouchers do Booking E as confirmações por e-mail, vai saber...). Pagamos 195 euros por 5 diárias (sem incluir 2 euros por pessoa por diária de imposto municipal). Gostamos do quarto, bom aquecimento, chuveiro bom e bem quente, cofre, não tem wi-fi. Café-da-manhã bem bom: máquina com algumas variedades de café, pão, frios, um croissant por pessoa, e Nutella (esse eu comi TODOS os dias), naquelas embalagenzinhas pequenas do tipo de manteiga ou geleia. O que eu não como de Nutella no Brasil por ser caro, comi lá! Já eram umas 17 h quando largamos as malas no hotel, saímos para conhecer os arredores e ir à única visita turística do dia, que era próxima do hotel: a Basílica de Santa Maria Maggiore (horário de abertura 7h-18h45min). Linda, desde a sua fachada, seus portões, ao interior, o teto, etc. Passamos em um supermercado em frente à Basílica para comprar água e alguns lanchinhos para os próximos dias, tipo biscoitos e frutas. Nós gostamos de passear em supermercados também , ver os vegetais típicos do local, os produtos em geral, sem falar na variedade e nos preços dos vinhos, dá vontade de trazer uma mala cheia. Para finalizar o dia, jantamos em um restaurante próximo. Um menu fisso que saiu por 10 euros por pessoa, aliás foi o menu fixo mais barato que comemos por lá. Incluía um primo piatto entre 3 opções de massa, um secondo piatto que dava 3 opções de carne com algum acompanhamento, uma taça de vinho ou de água (tomamos vinho, claro!) e uma porçãozinha de sobremesa que era tipo um tiramisu falsificado, mas estava bom. Claro que por esse preço a comida era simples, mas ao longo de toda a nossa viagem todas as massas simples que comemos eram deliciosas! Voltamos ao hotel para descansar de toda essa função da viagem e da chegada, o dia seguinte era dia de nada mais nada menos que Coliseu! 25/01 – Coliseu e arredores, Museus Capitolinos, entre (muitos) outros Pegamos o metrô no Termini utilizando nosso Roma Pass, que é ativado ao ser usado pela primeira vez em um meio de transporte ou em alguma das atrações inclusas. O Coliseu fica a apenas duas paradas, e ao sair da estação já se dá de cara com ele, lindo, majestoso, impressionante! Chegamos 8h25, tinha uma pequena fila para quem ia comprar ingressos na hora e nenhuma fila para quem tinha o Roma Pass. Aliás, essa é uma das maiores vantagens do cartão: filas à parte, que costumam ser muito menores. Demos uma caminhada por fora antes de entrar, e lá dentro... bom, lá dentro não tem explicação, as fotos dão uma pequena ideia, mas só estando lá para sentir. Depois de mais ou menos uma hora e meia curtindo calmamente o lugar, que começava a encher, saímos e fomos ao Palatino. O conjunto Coliseu+Palatino+Foro Romano conta como uma só atração para quem usa o Roma Pass, e para quem compra o ingresso um único bilhete (12 euros) dá direito a entrar nos 3. O Palatino foi o lugar com menos gente dos 3. Lugar bem arborizado, muito agradável de se conhecer. É recomendável levar um guia que explique o que é cada um das construções, fica muito mais interessante, no nosso caso levamos o Guia Visual da Folha. Após o Palatino, já emendamos o Foro Romano. Fantástico! Uma sensação de viagem ao passado, saber que estamos pisando onde era o centro da vida daquele povo há 2 mil anos atrás, e ainda assim uma parte dos prédios que existiam naquela época ainda está ali até hoje. Aqui vale aquela mesma dica do Palatino, de ter um guia que explique o que é cada coisa. Era próximo do meio-dia quando saímos do Foro Romano. Passamos pelo Monumento a Vittorio Emanuele, subimos umas escadarias por dentro dele que levam a uma saída lá em cima, na porta da igreja Santa Maria in Aracoeli. A sua fachada é bem rústica e até simples, e resolvemos entrar “só para dar uma olhadinha”. Linda, seguindo a regra das igrejas por aqui. Ficamos pouco minutos dentro dela, até sairmos por uma porta quase nos fundos que dava em uma ruazinha ao lado dos Museus Capitolinos, e que levava a um mirante com uma vista espetacular do Foro Romano, com o Coliseu ao fundo. Belíssima vista! Voltamos até a Piazza del Campidoglio, ficamos um pouco ali curtindo, e aí tivemos que voltar ao hotel porque o meu amorzinho queria pegar mais um casaco. Não menospreze o frio italiano! Mesmo com um dia lindo de sol, como era o caso, o frio pega em janeiro! Voltamos até o Coliseu para pegar o metrô, durante a caminhada passamos pela Coluna de Trajano (linda, toda trabalhada!), e avistamos o Mercado de Trajano. Depois de passar no hotel, aproveitamos para almoçar ali pertinho mesmo. Pedimos uma lasanha à bolonhesa, uma berinjela à parmeggiana, e uma fatia de pizza de mussarela, tomate e rúcula, tudo estava delicioso e deu 13,50 euros. A próxima atração do dia seria a igreja de San Pietro in Vincoli (das 8h às 12h30min e das 15h às 18h). Poderíamos pegar o metrô novamente, pois tínhamos 72h de transporte público liberado com o Roma Pass, mas ainda faltava mais ou menos uma hora para a abertura da igreja, então fomos andando. Aproveitamos para passar na Santa Maria degli Angeli e dei Martiri (na Piazza della Repubblica, a duas quadras do Termini). Não estava entre as atrações imperdíveis do nosso roteiro, mas foi uma ótima surpresa. Além do seu interior ter uma decoração lindíssima em mármore rosa, tem um meridiano (uma espécie de relógio solar) muito interessante no chão, e um órgão de um tamanho descomunal! Seguimos caminhando até San Pietro in Vincoli, para chegar nela é preciso subir uma ruazinha estreita bem na frente da estação de metrô Cavour. Nesta igreja estão as correntes que supostamente prenderam São Pedro, o que é bastante interessante, mas queríamos mesmo era ver o Moisés, de Michelângelo. Que escultura linda! Impressionante! Os detalhes esculpidos, a musculatura, a leveza com que ele segura sua barba... Só mesmo um gênio para fazer uma obra dessas. Sentamos nos degraus bem em frente à escultura e ficamos ali um tempão, admirando cada detalhe. Saindo dali paramos para tomar o primeiro cafezinho italiano. Se pedir um espresso, não se assuste, vem mais ou menos um dedo de café no fundo da xícara, preto, cremoso, forte! A gente já sabia e estávamos preparados, e achamos delicioso, eu particularmente tomaria cafezinho sempre desse jeito. Custou 1,5 euro cada. Quem quiser um cafezinho parecido com o brasileiro deve pedir um espresso lungo. Fomos caminhando novamente até a Piazza Venezia, em frente ao Monumento a Vitorio Emanuele, caminhamos mais um pouco passando por algumas atrações não tão famosas: Teatro di Marcelo, Templos do Foro Boarium, Arco de Janus, até chegar à igreja onde está a Bocca della Verittá. Tinha uma fila de umas 50 pessoas para tirar foto com a mão dentro da Bocca, e ainda por cima tinha que pagar 0,50 euro. Tiramos uma foto do lado de fora e seguimos. Seguimos por algumas ruazinhas dos arredores, e a cada esquina que se virava tinha uma igrejinha, uma fonte, uma escultura... Reserve algum tempo para caminhar sem rumo pelas ruas de Roma, é muito legal. Voltamos e fomos aos Museus Capitolinos, seria a 2ª e última atração grátis com o Roma Pass, e o último ponto turístico do dia, pois fecha mais tarde que as outras coisas (3ª a Dom, das 9h às 20h). Cerca de 2 horas dá para curtir com calma o Museu, entre os destaques estão a Lupa Capitolina, a Medusa de Bernini e o original da estátua de Marco Aurélio em seu cavalo, toda em bronze, cuja cópia está no centro da Piazza del Campidoglio. Fomos embora a pé pela Via dei Fori Imperiali, vendo o Foro Romano à noite. Fomos até o Coliseu, muito lindo todo iluminado, ficamos ali curtindo mais um pouco. Pegamos o metrô para voltar ao hotel. Jantamos em outro restaurante que oferecia menu fixo, no mesmo esquema primeiro+segundo prato+vinho ou água, em um restaurante bem pertinho do hotel, o L'Antica Locanda, na Via Marsala, muito bem servido, ficou em 15 euros por pessoa.