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Oi pessoal! Sou fotógrafa, nova por aqui. Irei viajar com meu namorado ao Salar de Uyuni fim de janeiro e gostaria de saber se é seguro comprar o passeio de 3 dias só na hora… também quem tiver dicas de empresas e preços agradeço
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Oi Pessoal! Me chamo Mônica, tenho 56 anos, sou geóloga e amo viajar! Fui para Bolívia e Arequipa com minha filha Letícia, 16 anos, e quero deixar aqui o meu relato para ajudá-los a programar essa viagem incrível e mais que surpreendente... Não é de hoje que quero conhecer a Bolívia, pois sempre que eu lia sobre o país me deparava com vários superlativos: o maior salar, o maior curso de água doce navegável, a altitude de sua capital - La Paz... enfim essa grandiosidade sempre me encantou, sem contar a cultura, as paisagens e o fato de estar encrustada nos Andes... Como em toda viagem eu programo muito antes, leio tudo sobre o país e o site dos Mochileiros sem dúvida foi um dos que mais consultei. Pegando um relato aqui e outro acolá, fui compondo a viagem que aconteceu entre os dia 19 de agosto a 02 de setembro de 2023. Eu moro no interior de Minas, em Itabira, cerca de 120 km da capital, então a viagem já inicia um pouco antes de quem mora nos grandes centros urbanos. Pela dificuldade e quantidade de horas que teríamos que gastar, se eu comprasse um um voo Belo Horizonte (BH) - La Paz, acabei comprando de São Paulo (Guarulhos - GRU) para La Paz - muito mais barato e rápido (em torno de 5 horas ida e 7 horas a volta). Na verdade não existe voo BH - La Paz, de qualquer jeito iríamos parar em São Paulo e ficar horas em conexão. Ao longo de minhas pesquisas também descobri que tem um ônibus da empresa ÚTIL, ótimo e com um preço super bom, que sai da rodoviária de BH às 19:45hs e chega no Terminal de Guarulhos às 05:00 hs da manhã. Com isso resolvi a chegada em Guarulhos sem pagar quase 2 mil reais de avião de BH para Guarulhos somente a ida.... Aproveitei e comprei ida e volta BH-GRU-BH de bus leito e super em conta! Passagem ida e volta BH-GRU ônibus leito - empresa Útil (4 passagens) - R$ 505,00 Passagem GRU-La Paz- GRU: R$ 4383,00 (duas passagens) Passagem Itabira - BH: R$ 108,00 (duas passagens) ônibus Leito da Viação Útil BH - Terminal de Guarulhos Dia 19/08/23 Saímos de Itabira no bus das 15:00 hs (pelo fato da estrada ser a BR-381, sempre temos que sair bem antes...), chegamos à rodoviária de BH as 17:20hs e pegamos o bus da Útil (leito) para o terminal de GRU às 19:45hs. Dia 20/08/23 Como chegamos muito cedo em Guarulhos (05:00hs) e o nosso voo era apenas as 18:35hs, reservei um hostel bem próximo ao aeroporto para descasarmos até a hora do almoço e irmos mais tranquilas para o aeroporto. Reservei pelo www.booking.com o ON Hostel GRU. Além da excelente localização, o hostel é super novinho e organizado, situado em frente a um atacadão e com restaurantes e lanchonetes próximas. Assim que chegamos, logo iniciou o café da manhã, muito simples mas tomar um cafezinho é muito bom! Dormimos e pelas 11:00 hs tomamos um banho e fomos almoçar num restaurante próximo ao hostel, aproveitamos também para comprar umas coisinhas no supermercado (atacadão). Por um erro do sistema do hostel, soubemos que não precisávamos fazer o check out às 11:00hs e com isso ficamos até às 15:00 hs, hora de irmos para o aeroporto... Ah o hostel ainda oferece serviço de translado grátis para o aeroporto! 99 do terminal de GRU para o ON Hostel GRU: R$10,30 1 diária quarto duplo no ON Hostel GRU: R$122,00 Como escrevi antes, fiz muitas pesquisas para essa viagem e li que um dos maiores problemas que acometem os turistas na Bolívia é infecção intestinal, além do mal da altitude (Soroche). Com isso comprei e levei vários remédios, entre eles: gripe, febre, diarreia, recomposição de flora intestinal, dor de cabeça, alergia, sorine, sal de fruta, pó para fazer para soro caseiro, epocler e pomadas como nebacetin, ferid e bepantol. Também levei protetor solar, protetor labial, hidratantes e lenço higiênico (esse item não pode faltar, além do papel higiênico que eles vendem avulso em inúmeras lojas pelo país... vi vender até no engarrafamento!). Devido a altitude e ao frio intenso, meu nariz sangrou e fiquei com muita coriza, o que ajudou foi o antialérgico que levei, além da pomada bepantol que passava o tempo todo no nariz e boca no Salar de Uyuni! Meu nariz só parou de sangrar quando cheguei ao Brasil! Assim que chegamos em Guarulhos fomos para o balcão da Gol e já levamos o nosso primeiro susto: a atendente nos falou que a GOL não fazia voo para La Paz....como eu comprei na 123 Milhas já gelei nesse momento! Após alguns minutos a atendente nos informou para irmos para o balcão da Aviacion Boliviana (BOL), daí já respirei aliviada...na verdade a GOL tem uma parceria com a BOL, por isso na minha passagem estava GOL....enfim! Assim que chegamos na BOL fomos prontamente atendidas e com muita simpatia, soubemos que além da bagagem de mão ainda teríamos direito para despachar mais uma mala, porém só estávamos com a mala de mão mesmo e isso não seria um problema! O voo não atrasou e nossa conexão foi em Santa Cruz de La Sierra. No entanto passamos por muita turbulência, deu um certo temor...não sei se é comum esse fenômeno nessa região ou foi um caso isolado, porém após esse trecho até La Paz o voo foi muito tranquilo! Dia 21/08/23 A chegada em La Paz é em outra cidade: El Alto, ou seja, essa região ainda é mais alta que La Paz, cerca de 4000 metros de altitude. Como eu ia chegar 01:00 hs com minha filha, preferi reservar o taxi com o hostel, achei mais seguro...Assim que chegamos o taxista já estava nos esperando e foi em torno de 30 min até La Paz. A estrada é muito sinuosa e apesar de estar escuro, já nos chama atenção a silhueta das montanhas e as casinhas cor de tijolo, é bem pitoresco! Um ponto importante: o frio....assim que saímos do aeroporto para entrar no taxi levamos um choque, nesse ponto já tem que levar um bom casaco, ainda mais se for chegar de madrugada... Decidi ficar apenas 3 dias em La Paz, li que em 3 dias dava para conhecer a cidade além de fazer alguns passeios em seu entorno, como Vale da Lua/Chacataya e Tuwanaco. Claro que se você puder ficar mais, terá tempo para explorar com detalhe seus bairros e museus, mas como eu queria chegar em Arequipa (Peru), meu tempo estava contado. Também pesquisei vários hostels e ficamos no Wake Up Hostel, ele se situa na Calle Murillo e é perto de tudo: Praça São Francisco, rua das Bruxas, rua Sagarnaga, etc.... fizemos todo o centro a pé e foi ótimo! Em todos os hostels que fiquei reservei um quarto só pra mim e minha filha e deu super certo! Além disso, fechei os passeios com eles e as agências foram super pontuais, eles passam em torno das 08:00 hs e nos deixam no hotel entre 16 e 17:00 hs. Assim que acordamos e tomamos café fomos explorar as redondezas do hostel e de cara já vimos a Igreja São Francisco! Por coincidência nesse dia estava tendo uma passeata das cooperativas mineiras. Bolívia é um país que tem uma história mineira muito forte e em muitos de seus distritos a mineração é o carro chefe e a principal fonte de emprego! Fiquei um tempo contemplando a praça e a igreja e o desfile dos mineiros de Potosi e logo ao lado da praça, em uma galeria, troquei meus primeiros Bolivianos! Consegui uma cotação de 1,40 para o Real! Nesse dia troquei 100 dólares = 696 BOL e R$3.000 reais = 4200 BOL. Cuidado com notas falsas! Pedi ajuda no hostel e me indicaram essa galeria que fica exatamente ao lado da Praça São Francisco! Após trocarmos o dinheiro, fomos para a rua das Bruxas! Imagina uma rua com várias lojas de artesanato, além de joias de prata e ouro? Me chamou atenção a Bolivianita, uma gema típica da Bolívia que é metade ametista metade citrino. Acabei comprando um pingente e uma amostra bruta desse mineral! Curioso também é ver as lojas com artefatos exotéricos para a Pachamama! Guarde o nome dessa divindade, você vai ouvir falar muito sobre ela na Bolívia, além de sagrada tem um significado muito forte para seu povo! Também na região da Igreja de São Francisco existem algumas galerias com produtos artesanais de lhama, mantas, joias, ou seja, todos o tipo de artesanato do país! Pechinchar é um ótimo exercício na Bolívia, você sempre consegue um preço mais baixo! Nessas lojinhas comprei uma polaina de lã de Lhama que ajudou muito no frio de Uyuni! Após bater perna pelas ruas próximo ao hostel fomos almoçar e como essa região estava muito cheia e confusa devido a manifestação, resolvemos comer numa franquia de frango e batata frita. O nome do restaurante é Conchabamba e tem vários por La Paz! Taxi El Alto para o Hostel: 100 BOL Almoço com coca cola no Conchabamba: 60 BOL (para dois) Pingente de Bolivianita e amostra: 200 reais (peguei em real) Polaina de lã: 20 BOL Diária quarto duplo no Wake UP hostel: 20 dólares (paguei 4 diárias) Água de 2L no hostel: 10 BOL Praça São Francisco - a galeria para câmbio é em frente de onde estou tirando a foto. Rua das Bruxas - onde se acha todo tipo de artesanato! Artefatos exotéricos na rua das Bruxas! Cotação de várias moedas em La Paz! PESSOAL TODO DIA VOU CONTAR MAIS UM POUQUINHO DA VIAGEM!
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Olá pessoal. Estou com uma dúvida referente a roteiro. Saindo e voltando por Corumbá, é melhor começar por Salar de Uyuni ou Lago Titicaca? Ou seja, norte ou sul? Até agora o planejamento é o seguinte: Ida Corumbá Puerto Quijarro (troca de meio de transporte) Santa Cruz de la Sierra (troca de meio de transporte) Sucre (principais) Uyuni (principais) La Paz (principais) Copacabana (principais Volta Santa Cruz de la Sierra (troca de meio de transporte) Puerto Quijarro (troca de meio de transporte) Posto de imigração da Fronteira Corumbá (troca de meio de transporte) Campo Grande
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Oi pessoal, agora no final de setembro vou fazer um mochilão de 14 dias entre Bolívia e Peru nele vou fazer os 3/4 dias de Salar e fiquei na dúvida se preciso de outra mochila. Tenho uma Crampon trilhas e rumos de 44L, fiel companheira de viagens dentro do Brasil (calooor), mas por ser muito compartimentada ela não tem tanto espaço e cá estou tendendo a comprar um mochilão de 50L tipo o da Quechua que pode ser aberto pela frente. Alguém já viajou para lugar frio com esse volume por duas semanas? EDIT: Pessoal, muito obrigada. Deu super certo. Fui com o meu mochilão e uma mochila de ataque e levei uma dessas malas que dobram na mochila caso quisesse trazer alguma coisa (Só usei ela pq precisei despachar uma garrafa de Pisco, até os "regalos" que comprei couberam na mochila). Como levei as roupas separadas em vários saquinhos da shein, a abertura dela não incomodou tanto!
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ROTEIRO BOLIVIA (05 DIAS) INFORMAÇÕES GERAIS Visto: dispensa de visto por até 30 dias Passaporte: deve ser válido no momento de entrada; permitida entrada com RG Vacinas: não há exigências Quando ir: de abr-set, por conta das chuvas Capital: Sucre Moeda: BOLIVIANO ou BOB ($b) Idioma oficial: espanhol, quechua, aimará, guarani e uma variedade de língua indígenas Cod. telefone: +591 Padrão bivolt: 230V Tomadas: A, C Após passarmos 11 dias no Peru, atravessamos a fronteira, por via terrestre, e continuamos nossa viagem à Bolívia. Dia 01 07:30 – saída de Puno para La Paz de ônibus, com parada em Copacabana (S/40 comprados diretamente no Hostel Pirwa). O ônibus para na fronteira para imigração nos dois países e aqui podemos trocar dinheiro. O Bs vale a metade do real 12:00 – chegada à Copacabana para almoço no restaurante El fogon de La Cabana – péssimo atendimento, uma só pessoa para atender; há indicação de Wi-Fi, mas o sinal estava cortado, tivemos que pegar os cardápios e ir diretamente no balcão fazer o pedido 13:30 – saída de Copacabana com destino à La Paz 17:00 – chegada à La Paz 20:30 – saída de La Paz a Potosi (80Bs cama) pela empresa Trans Copacabana. Não recomendo de forma alguma. O banheiro ficou fechado boa parte da viagem, tendo o motorista parado para que os passageiros fossem ao banheiro na beira da pista. Não houve uma parada em uma viagem de 10h. Após 6h de viagem, o banheiro foi aberto. O ônibus chegou com 1h de antecedência. 05:00 – chegada a Potosi, ouvindo Victor & Leo e Leonardo em espanhol. 07:00 – café da manhã no Café Restaurante Santa Fé: excelente atendimento e café da manhã muito bom. Aqui percebemos que estávamos perdidos. Lemos em algum site no Brasil que o Salar de Uyuni estava localizado na região de Potosi, por isso erroneamente pensamos que o passeio sairia dali e que não havia uma cidadezinha chamada Uyuni. Conclusão: perdemos o passeio. Andando pela cidade, fomos salvos pela Hellen, dona da agência de viagens Amigos da Bolívia. Recomendo muitíssimo. Extremamente atenciosa. Salvou-nos a vida. A Hellen nos comprou a passagem de Potosi-Uyuni (que sai de hora em hora e custa 40Bs), reservou o hotel La Cabana (quarto duplo com banheiro compartilhado a 60Bs) e o passeio de 3 dias pelo Salar a 850Bs. Em Uyuni estava 100Bs mais barato, mas naquela altura do campeonato foi nossa melhor opção 11:30 – almoço 13:00 – saída de Potosi-Uyuni 17:00 – chegada a Uyuni. A moça da agência contratada nos buscou e nos levou até o Hostel. Já hospedados, saímos pra comer e conhecer o pouco que há para conhecer da cidade. Curiosidades: há caixas eletrônicos, câmbio de moedas, venda de óculos escuros e roupas de frio. Dia 02 10:30 – saída para o Salar de Uyuni 12:00 – almoço num hotel de sal 14:00 – ida para o Salar 17:00 – chegada à Ilha de Cactus 18:00 – por do sol no Salar 20:00 – chegada ao hotel de sal Los Piez para pernoite. Hotel adorável. Não há ducha quente e se paga pela toalha (Bs3) e pela ducha sem água quente (Bs10) Saída para o Salar Almoço num restaurante de Sal Salar de Uyuni Dia 03 08:00 – visita às lagoas coloridas durante todo o dia! Almoço no caminho. Aqui, por volta das 11:00, nosso carro quebrou. Caminhamos cerca de 40 minutos até a próxima laguna e lá esperamos o carro ate por volta das 15:00 18:00 – chegada ao acampamento para o pernoite do segundo dia. Os seis integrantes do grupo ficaram hospedados no mesmo quarto. Aconselha-se alugar, ainda em Uyuni, o saco de dormir (Bs50), já que nesse acampamento, no meio do deserto, faz muito frio. Esquecemos uma garrafa de água dentro do carro e ela amanheceu congelada 21:00 – as luzes, ligadas por gerador, se apagam as 21h da noite Na segunda noite, as agências entregam um vinho para o grupo, como cortesia pelo passeio. Mas as vezes, se os turistas não pedem, os motoristas não entregam (ouvimos histórias de motoristas que beberam o vinho) Laguna Hedionda Laguna Colorada Jantar no alojamento Dia 04 05:30 – café da manhã no acampamento (e aqui começaram os problemas) Deveríamos ter saído às 6h para ver os gêiseres. Entretanto, simplesmente fomos impedidos de deixar o acampamento porque nosso guia não havia pago o alojamento. Enquanto estávamos no carro, com muito frio, a dona do acampamento e o motorista discutiam lá fora. As 07:30 conseguimos partir 08:00 – visita aos gêiseres. No caminho para a Laguna Verde, o pneu furou 09:30 – chegada à Laguna Verde. Novamente, o carro apresentou problemas. Conclusão: fim do passeio. As três mulheres voltaram em outra van, que parou para nos ajudar e os três rapazes ficaram com o motorista e chegaram cerca de uma hora depois em Uyuni 17:00 – depois de muito estresse, chegada à Uyuni. O proprietário da empresa já nos esperava. Expusemos todos os problemas. As inglesas, nervosas, não conseguiam mais falar espanhol. Depois de muita discussão, o Natalio, dono da Atacama Mística nos propôs a devolução de Bs150 por pessoa, pelos transtornos do passeio. Não pudemos visitar os banhos termais No ultimo dia, encontramos com outros dois grupos que tiveram diferentes problemas durante o tour (Esmeralda, Full Adventure e a nossa, Atacama Mística). Detalhe que todas foram recomendadas. O que nos parece é que o serviço mal prestado é lei na Bolívia. Não foi diferente em absolutamente nenhum lugar desde que cruzamos a fronteira 20:00 – saída de Uyuni para La Paz (Bs100 pela empresa Omar: ônibus com calefação, cobertor e banheiro) Geiseres Laguna Verde Carro quebrado no meio do deserto Fim do passeio Dia 05 09:00 – chegada à La Paz. O ônibus deveria chegar por volta das 7h, mas incrivelmente atrasou duas horas. Nosso voo para Cobija saía às 09:50. Fizemos o check-in exatamente 05 minutos antes de encerrar o check in. Isso porque, por sorte, o aeroporto ficava ao lado de onde o ônibus nos deixou 10:50 – chegada à Cobija. Logo na saída do aeroporto encontramos o Valdir (68 99787511), que nos ofereceu a corrida até Rio Branco, sem troca de táxis por R$ 210 para 2 pessoas. Paramos na fronteira, carimbamos os passaportes, trocamos dinheiro e entramos no Brasil 14:30 – chegada ao aeroporto de Rio Branco 15:40 – saída para Manaus
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Julho/2019 - A rota do Lítio - Argentina, Chile e Bolívia Introdução: Os preparativos - 1º semestre de 2019 Viajar de carro sempre foi algo que amei desde criança, as horas passadas observando a estrada pela janela daquele Fiat Prêmio do meu pai, quando íamos ao litoral norte de São Paulo, eram sempre encantadoras. Com certeza, essas experiências na bela rodovia Rio-Santos me instigaram a planejar as viagens que realizo hoje em dia. A ideia de percorrer a Cordilheira dos Andes de carro era um desejo antigo, muito inspirado no filme Diários de Motocicleta. Subir os Andes, percorrer o altiplano andino, dormir nos vilarejos de mineradores, explorar os vulcões, salares e lagos eram os objetivos de 2019. Para isso, precisávamos de um carro ideal e em 2018 trocamos nosso Renault Sandero em uma Pajero Sport 4x4. Esta foi nossa primeira experiência com carro 4x4 e logo em janeiro fomos testar nossas habilidades em Visconde de Mauá-RJ, atrás de estradas de barro e lama. Muito satisfeitos com a performance do carro em estrada de terra, não poderíamos pensar o mesmo quanto ao consumo de combustível. Infelizmente nossa Pajero era à gasolina e bebia um posto de combustível por mês, o que começou a ser um problemão quando iniciamos o planejamento da viagem e descobrimos longos trajetos sem postos de abastecimento. Precisávamos resolver esse empecilho, a solução era trocar de carro ou carregar vários galões de combustível, o que poderia ser muito perigoso. Decididos, faltando um mês para a viagem, tivemos uma grande sorte de encontrar o carro perfeito para o desafio, uma L200 Triton, equipada Savana e que era carro de suporte da Mit Cup. Sabíamos que este carro não nos deixaria na mão e, mesmo sem as revisões, colocamos-o na estrada sem medo. O trajeto não era fechado, o planejamento do percurso contava com alguns pontos de parada estratégicos, que na verdade, nem foram seguidos. No caminho, todo o trajeto foi redesenhado, dando o título desta aventura off-road: A rota do Lítio. Dia 06/07/2019 - A ansiedade do pré-viagem O dia anterior à viagem era de pura ansiedade, eu e a Carol esperávamos ansiosamente o casal de amigos que iriam nos acompanhar neste trajeto, Jeferson e Patrícia. Compramos umas carnes e faríamos um churrasco para comemorar o início da grande jornada. Já sabíamos que não seria fácil o que estava por vir, ainda mais para mim, que não estava 100% bem de saúde, afinal tive pedra no rim uma semana antes e tive que colocar um duplo jota (cateter entre o rim e bexiga) para preparar para um procedimento cirúrgico que se realizaria depois de um mês. Sim, eu teria que viajar com isto, para lugares onde o atendimento hospitalar inexiste, mas isso não me impediria de tal aventura. Atrás dos últimos preparativos, fomos à loja da Decathlon comprar umas últimas peças de roupas para nossos amigos que tinham acabado de chegar do interior de São Paulo e tinham mais dificuldades de encontrar equipamentos adequados à viagem. Quando voltamos das compras, começamos a preparar a caçamba da L200, era tanta coisa, que achávamos que não caberia, desde dos equipamentos de camping, galões de água e combustível, mantimentos e malas grandes de roupas por conta do frio. Tudo coube milimetricamente. Em cima do rack de teto, colocamos mais um pneu para evitarmos qualquer tipo de perrengue que poderia nos aparecer. E assim, fomos dormir, ou pelo menos tentar, pois a cabeça não parava, o estômago sofria com a ansiedade e nossos cachorros não paravam quietos, parecem que sabiam que ficariam um tempo longe da gente (de fato, esta é a pior parte destas viagens, ficar longe do Marx e do Nietzsche). Dia 07/07/2019 - O início infinito: A longa e entediante rota de São Paulo a Foz do Iguaçu Acordamos cedo, dormimos mal, mas parecia que tínhamos descansado um ano inteiro, pois energia não faltava. Tomamos um café reforçado, arrumamos as últimas coisas e bora pegar a estrada. Saindo de casa - carro preparado. O trajeto deste primeiro dia era longo, cerca de 1.070 quilômetros até Foz do Iguaçu, passaríamos o dia inteiro na estrada e com o mínimo de paradas possível. A Paty trouxe um tupperware com um torta de atum excelente que foi nossa refeição durante vários dias onde priorizamos a quilometragem percorrida em vez das paisagens e lugares. Assim foi o primeiro dia, que teve 60 quilômetros extras, pois tivemos que voltar para casa, já quando estávamos na Régis Bittencourt, pois havia esquecido minha carteira. Voltamos e saímos de casa efetivamente às 8 horas da manhã, seguimos pela Régis até Curitiba e depois atravessamos as estradas de pista simples abarrotadas de caminhões do Paraná até a cidade de Foz do Iguaçu. Chegando próximo à cidade, entramos no booking e escolhemos uma pousada barata. De longe e por incrível que pareça, foi a pior estadia da viagem. O termômetro das ruas marcava 10º C, mas parecia que nosso quarto estava -15 ºC e obviamente o chuveiro era pífio e só esquentava quando caía um fio de água. Dia 08/07/2019 - Percorrendo Missiones: De Foz do Iguaçu a Corrientes (ARG) Logo que levantei da cama já pensei no café da manhã que deveria aproveitar, pois nas minhas últimas experiências fora do Brasil, o café nunca era grande coisa. Após uma noite terrível de frio, nada melhor que um pão na chapa e um café com leite. Arrumamos as coisas e fomos em direção ao Paraguai, a ideia era comprar um mini fogão de camping e uns outros equipamentos para a viagem, porém perdemos tempo à toa, voltamos para Foz do Iguaçú sem comprar nada e ainda precisávamos trocar nosso dinheiro. Depois de uma ampla pesquisa nas casas de câmbio e encontrar a melhor cotação, seguimos à fronteira da Argentina, rumo a Puerto Iguazú. Uma espera de uma hora na fila e passamos tranquilamente. Tinha todos os documentos em ordem e olha que as exigências não são poucas, seguro Carta Verde, dois triângulos, colete refletivo, cambão e selo de velocidade máxima na traseira do carro (que adquiri em um posto de combustível já na Argentina). Esperando para atravessar a fronteira. A ideia era chegar até Corrientes, na entrada do Chaco, iríamos percorrer a rota das Missiones, porém sem nenhuma parada, pois teríamos que vencer mais de 700 quilômetros. Estradas de pista simples e muitas colinas suaves que seguem paralelamente ao leito do rio Paraná. As margens são tomadas pelo pasto com cabeças de gado espalhadas pelos imensos latifúndios. Sabíamos que estávamos deixando de lado o belo roteiro cultural das Missiones, mas nosso objetivo era a Cordilheira. Após cruzar Missiones e entrar na província de Corrientes já ficamos mais espertos, já tinha lido que ali a polícia era extremamente corrupta e fariam de tudo para tirar uns trocados. Dito e feito, logo que avistamos a primeira blitz, já fomos parados. Aquele guarda com cara de poucos amigos já me pediu para descer do carro, abrir a caçamba e por aí foi, várias coisas verificadas até que ele me pede o “apagador de fuego”, vulgo extintor de incêndio. Naquela hora gelei, tinha pensado em tudo, mas esqueci de verificar a validade do extintor de incêndio, tentei dar uma enrolada, mas não deu certo. Com um sorriso maroto ele me informou que me daria uma multa. Tentei desconversar e falar que não sabia disso, pois no Brasil já não era mais necessário e conversa vai e conversa vem, até que ele me pede para entrar no carro e separar 1.000 pesos (100 reais). Pegou meus documentos, foi até a cabine policial e retornou ao carro, e em questão de milissegundos colocou a mão para dentro da janela e tomou os mil pesos da minha mão, liberando-nos. Agora era o momento mais crítico, precisávamos comprar um extintor de incêndio antes de sermos parados novamente pela polícia. Passamos por mais dois comboios, mas não fomos parados, coração a mil. Até que avistamos a entrada da cidade de Ituzaingó, que na verdade mais parece um vilarejo, rodamos e demoramos cerca de uma hora para encontrar uma loja que trabalhasse com extintores. Chegando lá, obviamente ele não tinha o modelo do nosso extintor e disse que demoraria cerca de 3 horas para recarregá-lo, o que nos deixou apreensivos, pois queríamos chegar em Corrientes ainda neste dia. Ele ofereceu um outro modelo de extintor, acabamos aceitando e pagamos mais cerca de 100 reais por ele com validade de 6 meses! Mas pelo menos estávamos liberados. Seguimos viagem e logo antes de chegar em Corrientes paramos para abastecer e percebemos que o combustível era bem mais caro que no Brasil, o litro do diesel comum era cerca de R$4,50 e do diesel S10, R$ 5,20. Mas tudo bem, se tá na chuva é para se molhar, enchemos o tanque e partimos, chegando em Corrientes por volta das 21h. Agora a saga era achar um hotel para ficar e estacionar o carro. Queríamos ficar no centro, pois precisávamos jantar ainda e tinha esperança de encontrar um parceiro meu que conheci em um mochilão para o Atacama em 2015 e que morava em Corrientes, mas sem sucesso. O Hotel era bem ruim, com um banheiro bem peculiar. A descarga era literalmente um buraco na parede. Jeferson e Patrícia ficaram perdidos e não sabiam utilizar o vaso, pediram ajuda para o senhor da recepção, pedindo que desse uma olhada na descarga do vaso sanitário, porém “vaso” em espanhol significa “copo”, e daí começou a confusão. Tudo se resolveu quando o recepcionista perguntou “estás cagando?” e aí caíram todos na gargalhada, mas o problema foi sanado. Dia 09/07/2019 - A travessia do Chaco: Corrientes a San Fernando del Valle de Catamarca Acordamos bem cedo, o trajeto a ser enfrentado seria o mais cansativo, cruzar a planície do Chaco, a ideia inicial era ir até San Miguel de Tucumán. Durante o café da manhã, que praticamente não tivemos, pois o hotel disse que não tinha pão e nem nada, afinal era feriado de independência e nada abriria, entrei na internet para baixar as fotos de satélite dos lugares que iríamos percorrer (esta foi a estratégia utilizada em toda a viagem, baixávamos os mapas e com o sinal do GPS ligado íamos nos orientando). Enquanto o download ia se realizando, aproveitava para estudar um pouco sobre o lugar que visitaríamos, e, quase sempre, estes estudos mudavam nossa rota, ou seja, não iríamos mais para Tucumán e sim para Catamarca. O objetivo seria percorrer a Rota 60 (Ruta de los Seis Miles). Este dia foi só de estradas retilíneas e planas, a paisagem do Chaco era o melhor exemplo do que o agronegócio produz, campos imensos de soja ou pasto, vilarejos super pobres lojas de luxo na beira da pista. Concessionárias da John Deere, Case II, Cartepillar contrastavam com casas mal acabadas de no máximo dois cômodos e que abrigavam famílias grandes. Os postos de gasolina eram lotados de crianças que trocavam suas tardes de brincadeiras pela disputa em lavar os parabrisas dos carros em troca de algumas poucas moedas. Esse era o melhor exemplo daquilo que Denise Elias chama de Cidades do Agronegócio, onde a pobreza é generalizada e contrastante com algumas ruas que concentravam o comércio de luxo para satisfazer uma pequena elite de latifundiários. Depois de cerca de 13 horas de estrada, chegamos em San Fernando del Valle de Catamarca, uma cidade no sopé andino com uma arquitetura muito bonita no estilo neocolonial. Resolvemos ficar em um hotel também próximo ao centro, mas foi difícil achar vaga, pois havia um festival na cidade e a maioria dos quartos já estavam lotados. Saímos para passear na cidade, mas já era mais de 22h, tudo estava fechado, porém não impediu que aproveitássemos um pouco do local, visitamos a Plaza 25 de Mayo e nos deslumbramos com a linda Catedral Basílica de Nossa Señora del Valle. A Catedral de Nossa Señora del Valle. Dia 10/10/2019: Rota 60 - A Ruta de los Seismiles A partir deste dia pode-se dizer que a aventura realmente começa. Tomamos um belo café da manhã, andamos pela cidade para comprar uns últimos equipamentos, antes de desbravar os Andes. Saímos em direção à Ruta 60, mas ainda demoramos cerca de 2 a 3 horas para realmente começar a subir a cordilheira, o interessante é que tudo ali era diferente, a noção de tempo e espaço era outra, e conforme mais próximo dos Andes, mais encantador e misterioso o ambiente era. Ao cruzarmos a primeira cordilheira, chamada de Cordilheira Oriental, uma linha de montanhas mais baixas no sentido norte-sul, vimos a diferença climática. A Cordilheira Oriental barrava os ventos úmidos que vinham de leste, enquantos os Andes barravam os que vinham de oeste, ou seja, estávamos em um vale no sotavento das cordilheiras com clima árido e paisagem arbustiva. As montanhas areníticas ao redor contrastavam com o azul do céu e com as nuvens, desenhando um cenário de tirar o fôlego. Vista da Cordilheira Oriental, as nuvens indicam a direção do vento no sentido sudeste-noroeste. Ao iniciarmos a subida da cordilheira, deixávamos a paisagem de estepes de lado para entrar nas punas altiplânicas, uma formação vegetal herbácea típica das altitudes andinas. A Ruta de los Seismiles tem esse nome pois margeia 19 cumes com altitudes superiores aos 6.000 metros em relação ao nível do mar. Entre eles, o cume mais alto chama-se Ojos del Salar, seguido do Monte Pissis. Ambos são estratovulcões e recebem o título dos vulcões mais elevados do mundo. Ruta 60 e as punas altiplânicas. No canto direito temos o Ojos del Salado, vulcão mais elevado do mundo, ao meio o Incahuasi e no canto esquerdo o San Francisco. Atrás deste monte de areia já é território chileno. A nossa vontade era chegar no sopé destes vulcões, porém eles estão localizados no lado chileno e para nosso azar chegamos 30 minutos depois que a fronteira havia fechado, então sacamos o celular e tiramos fotos de onde podíamos. Apesar do céu limpo, o frio era forte, sobretudo por conta dos ventos que não davam trégua em nenhum minuto. Essa é uma característica do altiplano andino, onde instala-se uma zona de alta pressão que gera ventos que facilmente ultrapassam os 80 km/h. Este dia encerrou-se no vilarejo de Tinogasta, que fica no meio do caminho entre Catamarca e o Paso San Francisco (fronteira Chile-Argentina). Lá, conseguimos um hostel e fomos dormir extasiados com o dia em que passamos. Dia 11/07/2019 - Tinogasta a Antofagasta de la Sierra: O improvável resgate e o sinistro Campo de Pedra Pomes Este dia começou com uma forte indecisão: qual rota seguir?; voltaremos à rota original para Tucumán?; faríamos a linda Ruta 40?; ou “metemos o louco” e vamos ao Campo de Piedra Pomez? Tomamos o café da manhã e seguimos, decidimos pela Ruta 40, por ser a mais turística e com paisagens lindas de tirar o fôlego. Seguimos viagem, passamos por Belén, onde almoçamos um belo frango assado no conforto da calçada e com a caçamba da L200 como mesa (essa refeição foi uma das melhores da viagem). Belén é uma pequena cidade da província de Catamarca com cerca de 12 mil habitantes, mas que serve como base para os turistas que pretendem percorrer a Ruta 40 até San Antonio de Los Cobres. Após o almoço e mais chão pela frente, minha mente não parava, quase não conseguia prestar atenção na estrada, não sabia se estava feliz em percorrer a Ruta 40 e deixar de lado o Campo de Piedra Pomez. Até que passamos por um povoado chamado Las Juntas, sabia que o caminho que levava ao campo era logo após esse vilarejo. Não pensei duas vezes, ao avistar a bifurcação parei imediatamente fora da pista e desliguei o carro. Assustados, a Carol, o Jé e a Paty perguntaram prontamente o que havia acontecido e eu só respondi com o silêncio. Fiquei uns minutos mentalizando e tomei a decisão de enfrentar a Ruta 43, aquela que nos levaria ao Campo de Piedra Pomez. Todos acataram a minha decisão arbitrária e assim seguimos pela péssima estrada de chão que ia em direção às montanhas. Paisagens diversas seriam descobertas neste dia, uma mais incrível que a outra. Dos cactos gigantes a dunas de mais de 400 metros de altura em altitudes que nunca pensei que encontraria tais formações. As dunas invadindo a estrada. Dunas gigantes na beira da Ruta 43, encontradas acima dos 3.500 metros de altitude. Após as incríveis dunas, estávamos percorrendo novamente as punas altiplânicas, um cenário misterioso tomava conta da estrada, ninguém cruzava nosso caminho e os ventos castigavam a lataria do carro, nem abrir uma fresta do vidro era possível, pois fazia um barulho enorme e ainda desestabilizava o carro. Alguns quilômetros à frente e avistamos uma placa com a seguinte inscrição: Salar Laguna Blanca a 18 km. Como iríamos ao Salar de Uyuni, prontamente pensamos em não perder o foco e seguir adiante, mas algo me despertava curiosidade e, mesmo não querendo perder tempo, decidi fazer um desvio e seguir para a Laguna. Alguns minutos depois, avistamos um carro vindo em nossa direção piscando os faróis e acenando incessantemente. Eram duas mulheres desesperadas, dizendo que a caminhonete delas havia atolado no salar. Já fiquei empolgado em ajudar, finalmente testaria os limites do 4x4. Chegando no salar, já percebi que não seria tão fácil como havia pensado. A Nissan Frontier deles estava bem atolada e já havia marcas no chão de outra pessoa que havia tentado ajudar e não conseguiu. Prontamente, coloquei a Triton na frente da Frontier, sacamos o cambão, conectamos em ambos os carros, engatei a reduzida e acelerei, nada! Tentei mais duas vezes, sem sucesso e como resultado, havia atolado também. Enquanto isso, a Carol e a Paty se divertiam tirando fotos na laguna, ainda não tinhamos percebido a gravidade da situação. Foi uma luta para desengatar o cambão para poder desatolar a Triton, mas conseguimos, com a reduzida engatada e uma ajuda para empurrar saímos do atoleiro sem maiores problemas. Todavia, havia muito trabalho pela frente ainda para tirarmos a Frontier daquela situação. Víamos no rosto do motorista o cansaço e o desespero, ele e a família com crianças pequenas já estavam lá havia 4 horas e só uma pessoa tinha aparecido e foi embora sem conseguir ajudá-los. Neste momento já era umas 15h e provavelmente ninguém mais apareceria. Lutávamos contra os fortes ventos altiplânicos e a altitude já nos castigava. Primeira tentativa de resgate no salar. O jeito seria utilizar as pranchas de desatolagem, pela primeira vez elas íam sair do rack de teto. Obviamente os parafusos oxidados deram mais trabalho que o comum, mas conseguimos soltá-las. Agora precisávamos erguer o carro, colocamos o macaco embaixo apoiado em alguns tocos de madeira que a família havia conseguido e levantamos a traseira da Frontier para encaixar a prancha, repetimos do outro lado e pronto. Tudo certo, o motorista acelerou, o carro andou um metro e atolou de novo. Tivemos que repetir este procedimento três vezes até que enfim eles estavam libertos daquele momento terrível. Quando saíram, a alegria deles e a nossa foi tão grande, que posso dizer que este foi o melhor momento da viagem. A família chorou de emoção e nos agradeceu de todas as formas possíveis. Satisfeitos, cumprimentamos-os e seguimos nossa rota e neste momento passou pela nossa cabeça: Qual era a chance que eles tinham de encontrar alguém como nós com duas pranchas de desatolagem no meio do nada? Foi pura sorte ou será o destino. Ainda conseguimos chegar no tão esperado Campo de Piedra Pomez antes de anoitecer, algumas dezenas de quilômetros para frente do Salar Laguna Blanca, avistamos uma placa que dizia solo 4x4 e bem ao horizonte era possível observar uma paisagem diferente, com formas pitorescas e uma cor clara em meio aquela areia escura, típico material vulcânico depositado. Após quase uma hora percorrendo um caminho não demarcado, cheio de costelas de vaca, muita areia e pedras, chegamos nos monumentos de pedra pomes. Esta área natural e protegida é uma bela paisagem originada pela erosão eólica de rochas vulcânicas piroclásticas (pumicita ou pedra pomes.) Sobre mais de 25 Km de extensão, se destacam milhares de facetas ruiniformes, algumas com mais de 50 metros de altura, dando ideia da espessura do depósito. Esta rocha é um produto da atividade dos aproximadamente 200 vulcões que existem na região de Antofagasta de la Sierra, entre os quais se destaca a Caldera del Galán, cuja última erupção ocorreu no final do Plioceno. Este vulcão tem uma das maiores crateras conhecidas no mundo, com 34 Km de norte a sul e 24 Km de leste a oeste. A incrível paisagem do Campo de Piedra Pomez, ao fundo vários vulcões que são os responsáveis pela formação desta paisagem única. Nem o frio intenso e nem a altitude nos impediram de escalar estes incríveis monumentos. Ficamos tão extasiados com este lugar que assistimos ao pôr do sol de lá e encararíamos o trecho final até Antofagasta de la Sierra à noite. E realmente, dirigimos no meio dos Andes, em um lugar nada turístico à noite e a sensação foi um mistura de apreensão e liberdade. E enfim, por volta das 22h horas, chegamos em Antofagasta de la Sierra e rapidamente encontramos uma casa para dormir, típica parada de mineradores da região. Ainda antes de dormir, fomos jantar e experimentamos um pouco da culinária local, o famoso prato Locro, uma espécie de sopa com milho, feijão, batatas andinas e carne de lhama. Não foi muito apetitoso, mas valeu a experiência. Locro, típico prato andino. Dia 12/07/2019 - O ponto austral do Triângulo do Lítio - O Salar de Hombre Muerto Depois de uma noite literalmente congelante, levantamos para encarar mais um trajeto pouco conhecido. E logo nos primeiros momentos do dia já vem a primeira surpresa, não muito boa. Um frio intenso, entrei no carro e dei a partida e nada, mais uma vez e nada, outra vez e nada. Parei, respirei, raciocinei e já sabia o problema, o diesel havia congelado. As garrafas dentro do carro estavam todas com os líquidos congelados. Mas ainda bem que os carros de hoje tem uma válvula de pré-aquecimento do combustível antes de injetá-lo nos cilindros. Deixei a parte elétrica ligada um tempo, dei a partida e finalmente o carro pegou. Segui rapidamente para o único posto de combustível da cidade e logo descobri que lá só vendia diesel aditivado com anticongelante, e bem caro, diga-se de passagem. Coloquei meio tanque e partimos. Mais uma surpresa, agora engraçada, tivemos ao jogar água no parabrisa. Com os vidros muito sujos, jogamos água para limpar e instantaneamente congelou. Fiquei preocupado com a possibilidade de trincar o parabrisa, pois estava muito frio, tudo congelado, ligamos o ar quente e seguimos viagem no forno do interior da Triton. Este dia rodamos cerca de 400 km inteiramente acima dos 4 mil metros de altitude, colinas suaves desenhavam o horizonte da paisagem recheadas de salares que contrastavam com imensos vulcões, ainda ativos. Alguns lagos congelados beiravam a pista e se mostravam como as poucas fontes de água na paisagem árida do altiplano andino. Em alguns locais, nem mesmo era possível observar as punas, pois o ambiente era tão extremo que não havia nenhuma forma de vida. Lagos congelados na beira da Ruta 43. Algumas horas depois chegamos no Salar de Hombre Muerto, o ponto mais ao sul do Triângulo do Lítio. Localizado ainda na província de Catamarca-ARG, o salar é uma das regiões mais ricas em lítio do mundo, a área em que se localiza o Triângulo do Lítio contém mais de 85% das reservas conhecidas do planeta e vale a pena dizer que tal recurso é extremamente estratégico, alguns especialistas até o consideram o novo petróleo, pois o lítio é o recurso chave para a produção de baterias, desde celulares a veículos. No Salar de Hombre Muerto há uma mineradora estadunidense que explora o recurso e o envia até o porto de Antofagasta, no Chile, onde é exportado in natura para a Ásia e Estados Unidos. Na região não há nenhuma indústria que utiliza o lítio, ou seja, ele representa, apesar de muito cobiçado, mais um produto de baixo valor agregado na pauta de exportações latinoamericanas. O Salar de Hombre Muerto - uma das mais importante reservas de lítio do planeta, Após umas paradas para fotos e estudos, seguimos viagem, o objetivo era chegar em San Antonio de los Cobres. Pelo meio do nosso caminho alguns pequenos vilarejos de mineradores se apresentavam no caminho. Ao final da Ruta Provincial 17 (continuação da Ruta 43), pegamos a Ruta 51 que vem do Paso Sico (fronteira Chile-Argentina) e seguimos à San Antonio, e este foi um dos trechos ruins de estrada e um dos pontos mais elevados que passamos por toda a viagem. Ruta 51 - 4560 metros de altitude. A Ruta 51, bastante sinuosa com trecho íngremes e muitas pedras. Com o combustível na reserva e aquele clima de apreensão, enfim chegamos no final da tarde ao nosso destino. Arrumamos uma pousada na hora e enfim fomos lanchar depois de um dia inteiro sem comer absolutamente nada e sem cruzar com uma alma viva na estrada. Aproveitamos também para tomar os vinhos que ganhamos da família que resgatamos no salar e após uns goles notamos o poder da altitude, estávamos todos bêbados em questão de minutos. Foi uma bela noite de sono. Dia 13/07/2019 - As montanhas coloridas de Pumamarca e as sinclinais da Quebrada Humahuaca Acordamos cedo e de ressaca, a Carol não aguentava de dor de cabeça. Realmente não era mito que beber na altitude não é muito bom, descobrimos do pior jeito. Seguimos viagem pela Ruta 40 até a Ruta 52 para descer os Andes em direção ao vilarejo de Pumamarca, um local bem turístico e muito procurado pelas suas belas montanhas coloridas e sua famosa feira de artigos andinos. A Ruta 52 é uma bela estrada, bem sinuosa, porém asfaltada que liga o Paso Jama a Pumamarca. A descida das montanhas requer muito cuidado pois as curvas são bem fechadas e algumas ainda tem buracos no asfalto. Além disso é um trajeto onde circulam muitos caminhões cegonha que precisam invadem a pista contrária quando fazem as curvas. A bela Ruta 51 em direção a Pumamarca. Após a bela descida dos Andes, chegamos finalmente em Pumarmarca, conhecida como “Tierra de Colores”. Já havia estado aqui em 2015 e tinha me apaixonado pelo lugar, a geologia desta região é encantadora, sobretudo, quando avistamos o famoso ”Cerro de Siete Colores”, cartão-postal da cidade. O Cerro de Siete Colores é uma cadeia de montanhas que possui sete diferentes horizontes, cada um com uma cor específica, datada de um período geológico distinto. Resultado da interação de grandes forças de agentes internos de modelação do relevo em contraste com os agentes externos de intemperismo, a variedade de cores resulta da acumulação de sedimentos de origem marinha, lacustre e continental. As cores acinzentadas, verdes escuras e violeta corresponde ao tempo mais antigo, o período Pré-cambriano (600 milhões de anos atrás). Já as cores rosa escuro e branco são do período cambriano (540 milhões de anos atrás), cujos estratos carregam vestígios fósseis da fauna marinha daquele tempo. Já as cores cinza claro ao amarelo são de afloramentos areníticos do período Ordoviciano (505 milhões de anos atrás). Após um longo período de interrupção da sedimentação, no Cretáceo (144-65 milhões de anos atrás) são depositados cascalhos avermelhados e arenitos e finalmente os tons avermelhados e rosa claro são mais recentes, datados do Terciário (65-2,1 milhões de anos atrás), onde o local já se constitui como uma bacia continental e não mais o fundo de mares e lagos. O Cerro de Siete Colores, com os seus diferentes horizontes geológicos. Vista da trilha que contorna o Cerro de Siete Colores. Após nossa parada em Pumamarca, já era hora de seguir a estrada, nosso próximo ponto seria o sítio arqueológico de Tilcara, com vistas ao Jardim Botânico de Cactos e às ruínas de Pukará. Tilcara é o povoado mais turístico da província de Jujuy, o que nos desanimou um pouco pela quantidade de vans turísticas e pessoas na cidade. Contudo ainda é um belo lugar e não pode faltar no roteiro do noroeste argentino. As ruínas de Pukará datam de cerca de mil anos atrás e nos contam muito sobre a vida dos povos pré-colombianos que habitaram a região. Pukará significa fortaleza e pela localização de sua construção, no alto de um morro é possível perceber que se tratava de um local bastante protegido. Grande parte das ruínas foram reconstruídas recentemente para demonstrar como viviam os habitantes daquela época. Os belos dobramentos às margens da Ruta 9, em Maimara, caminho para Tilcara. As ruínas de Pukará em meio a paisagem árida formada pelos belos cactos gigantes. O templo de Pukará reconstruído. Após esta bela parada, seguimos viagem pela Ruta 9 e Quebrada de Humahuaca. Tal local ganhou em 2003 o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e trata-se, realmente, de um belíssimo lugar, com uma cultura ímpar e uma paisagem natural maravilhosa. Já no fim de tarde, a caminho da fronteira Bolívia-Argentina, avistamos as incríveis sinclinais de Humahuaca, formadas pela combinação de diferentes ambientes de sedimentação dobrados pelo choque das placas tectônicas sulamericana e pacífica. Às margens da Ruta 9, a bela paisagem das sinclinais de Humahuaca. Já era noite quando chegamos na cidade argentina fronteiriça, La Quiaca. O pior é que ainda precisávamos achar um lugar que fizesse impressão, pois o Jé e a Paty não haviam conseguido imprimir o certificado internacional de vacinação contra a febre amarelo, um documento obrigatório para a entrada na Bolívia, Percorremos alguns locais e por sorte achamos um escritório aberto, muita sorte por se tratar de um sábado à noite. 14/07/2019 - A rota solitária no sul da Bolívia - La Quiaca a Uyuni. Acordamos com uma primeira missão, precisávamos comprar uma lâmpada para o farol da Triton que havia queimado na noite anterior. Fomos direto à fronteira, fizemos toda a documentação, inclusive a Declaracion Jurada, o documento mais importante para se entrar de carro na Bolívia, se você não o tiver, a polícia pode apreender seu carro e ele se torna propriedade do governo boliviano e, realmente, você perde seu veículo. Diante disto, além de fazer o documento ainda tiramos umas três cópias com medo de entregar a original para um oficial e “sem querer” ele perdê-la. Adentramos Vilazón, a primeira cidade do sul boliviano lembra o cotidiano de Ciudad del Este, ruas abarrotadas de lojas que vendem eletrônicos a preços mais baixos que no Brasil ou Argentina. Fizemos o câmbio e saímos à procura das lâmpadas. Almoçamos um prato bem suspeito numa feira local, custou cerca de cinco reais a refeição e todos sobrevivemos. Após tudo em ordem, seguimos viagem pela rota em direção ao vilarejo de Tupiza, uma rota bem alternativa que praticamente não existiam relatos. A rota mais tradicional é aquela que segue para Potosí e depois para Uyuni, mas é muito mais longa. De fato a rota por Tupiza era meio estranha, apesar de estar passando por um processo de asfaltamento, diversas vezes saímos do trajeto original e avistávamos a estrada asfaltada no horizonte. Seguíamos em direção a ela e logo o asfalto sumia de novo e saíamos da rota, isto se repetiu umas cinco ou seis vezes e não havia ninguém a perguntar também, nessa hora as fotos de satélite nos auxiliavam. Apesar das dificuldades, o trajeto é magnífico, com montanhas belíssimas margeando o caminho que seguia os leitos dos rios. Vista do caminho para Tupiza. Um dos trechos que entrávamos por engano e saímos da rota principal. Ainda na estrada, alguns estupendos inselbergs apareciam em nosso trajeto, demonstrando a força da erosão eólica sobre os monumentos geológicos da região. Um belo inselberg no caminho a Tupiza. Depois de uns 80 quilômetros rodados conseguimos nos manter sempre no caminho correto, pois grande parte da estrada já estava asfaltada, ainda bem, pois as serras que tivemos que vencer eram muito íngremes e exigiram bastante da Triton que não passava dos 40 km/h. Apesar de íngreme a estrada, a Triton aguentou bem e nos fez avistar as belas paisagens montanhosas do sul da Bolívia. No fim de tarde chegamos a Uyuni, já bem cansados e famintos. Imediatamente fomos abastecer o carro e comprovamos aquilo que tínhamos lido sobre a Bolívia, o combustível para estrangeiros é o dobro do preço. Mas fizemos um esquema com o frentista do posto e ele nos vendeu a 1,5 a mais que o preço normal nos vendendo como estivessemos com o carro boliviano. A grana a mais ele embolsou, justo, afinal o salário deles é estupidamente baixo. A noite, eu e Jé nos separamos das nossas esposas afinal queríamos comer especiarias locais, enquanto elas queriam uma refeição mais confiável. Apesar de muito pobre o lugar, não nos preocupamos com a segurança, nada é pior que São Paulo ou Rio de Janeiro. Dia 15/07/2019 - Desbravando o Salar de Uyuni Estávamos ansiosos para este dia, enfim iríamos conhecer o tão famoso Salar de Uyuni, e o melho,r faríamos isto com o nosso próprio carro, sem depender de agências de turismo. Logo cedo fomos em direção a Colchani, o vilarejo de entrada do Salar, observamos o caminho que algumas Toyotas faziam para não termos nenhuma má surpresa e atolarmos em algum lugar. Foi bem tranquilo, como era época de seca, não havia tantos atoleiros na entrada do salar. Seguimos umas vans até a praça das bandeiras, um ponto bem turístico com as bandeiras de diversos países e até mesmo, de times como Corinthians, Palmeiras e Grêmio. Aproveitamos para conhecer o Hotel de Sal ao lado da praça e tirarmos fotos no monumento do Rally Dakar. O monumento do Rally Dakar no meio do Salar de Uyuni. Após isso seguimos algumas marcas de pneu no chão até a ilha Incahuasi, uma ilha de cactos em meio ao Salar de Uyuni. Tal ilha forma uma magnífica paisagem e localiza-se bem próximo ao centro do Salar, tanto que dirigimos mais uns 40 minutos da praça até a ilha. A Ilha Incahuasi próximo ao centro do salar. A formação do salar de Uyuni é explicada pelo soerguimento da plataforma continental no momento de formação da cordilheira andina. A região era um imenso mar que ascendeu e transformou-se com o tempo em uma imenso lago, por conta da elevada evaporação da água. Enquanto a água evaporava, depositava-se em seu fundo imensas quantidades de sais. Ao passo que mais evaporação ocorria o lago foi sumindo e uma imensidão branca de sal tomou conta de uma área de aproximadamente 10.500 km². Tal formação também fez do salar uma importante reserva de lítio, configurando-o como o ponto setentrional do Triângulo do Lítio, região já mencionada anteriormente. Diferentemente da Argentina e Chile, a Bolívia tinha outros planos para tal recurso, Evo Morales havia investido fortemente em indústrias que processariam tal recurso e que, em vez de exportar um produto de baixo valor agregado, poderiam no futuro exportar até mesmo carros elétricos. Dirigir em meio ao salar pode ser uma aventura perigosa, apesar de muitos locais terem marcas de pneu, nem sempre estas te levam a algum lugar, seguimos algumas, dirigimos por horas e não achávamos nada. Por isso é bom ter uma bússola e contar com um gps com as imagens de satélite baixadas para não se perder em meio à imensidão branca. Alguns trechos do Salar não tem marcação, por isso é importante uma bússola e um gps para se guiar. Saímos em busca do espelho d’água. Sabíamos que não era época de encontrá-lo, pois estávamos no período de secas, mas alguns locais nos disseram que na base do vulcão Tunupa era mais fácil de encontrar. Abrimos as imagens de satélite, observamos a localização do vulcão e seguindo a bússola, partimos em direção à sua base. Enfim encontramos água e o famoso espelho que nas fotos dá a sensação de estarmos flutuando em um céu infinito. Esta seria uma das mais belas paisagens que veríamos no roteiro inteiro. O céu infinito no Salar de Uyuni. Ainda tentamos subir de Triton no vulcão Tunupa, mas percebemos que seria inútil a tentativa, pois a estrada acabava bem longe da cratera e não haveria tempo suficiente para escalá-lo durante o dia. Portanto voltamos a Colchani, no mesmo esquema, traçamos a rota nas imagens de satélite e seguimos a bússola. Desta vez iríamos passar a noite em um hotel de sal na entrada do salar. Este hotel de sal era novo e ainda não estava recebendo reservas, mas na noite anterior durante uma conversa com os guias, eles nos ofereceram a estadia neste lugar por um preço bem bacana, então resolvemos arriscar. De fato era um hotel bem bonito, mas com uma estrutura muito aquém do esperado. Tomei uma das piores decisões da vida, quando resolvi encarar um banho. Achei que o frio do salar seria compensado com um banho quente, porém o chuveiro esquentou nos primeiros segundos e depois ficou geladasso. Neste momento a temperatura no próprio quarto já era negativa e nunca passei tanto frio na vida. Até a Carol ficou assustada, ao final do banho, tremia tanto que nem quatro cobertores eram capazes de me esquentar. Necessitei do calor humano dela para parar de tremer, mas isto ocorreu uns 15 minutos depois. Reconstituído, fomos observar o pôr do sol no salar, um espetáculo, apesar do frio congelante. O pôr do sol visto da janela do nosso quarto no hotel de sal. Dia 16/07/2019 - A travessia Bolívia e Chile pela rota do vulcão Ollague Antes de seguirmos viagem neste dia, necessitamos trocar o óleo da Triton, pois já havíamos andado mais de 5 mil quilômetros, e ainda realizar uma lavagem completa para tirar o sal do carro, com o intuito de não estragar as peças por corrosão. Conseguimos deixar Uyuni na hora do almoço e seguimos viagem. Infelizmente o roteiro que gostaríamos de percorrer não seria possível (a rota direta para San pedro de Atacama, passando pelos Gêyseres Sol de la Mañana e Laguna Colorada), pois os guias locais haviam nos informado que o caminho estava praticamente intransitável pela quantidade de neve que havia no local. Decidimos não arriscar e mudar o trajeto, seguiríamos pelo Paso Avaroa, que nos levaria até Calama, capital do deserto do Atacama no Chile. Tal roteiro é menos turístico e pouco movimentado, mas de igual beleza. Nele passamos por várias formações rochosas vulcânicas, grandes afloramentos de basaltos e diabásios, sendo o mais famoso o Valle de las Rocas. Valle de las Rocas - Ruta 701 - Bolívia. O caminho através da Ruta 701 é lindo, inteiramente na altitude e rodeado por grandes e inúmeros vulcões. O maior deles e ativo era próximo a fronteira, o Ollague. Quando chegamos próximo a ele, vimos pequenas fumarolas saindo de dentro de sua cratera, o que me deixou muito empolgado, torcendo para avistar uma erupção, o que não ocorreu. Olhando pelo lado positivo, pelo menos estou vivo. Os vulcões foram nossos únicos companheiros neste dia. Não cruzamos com ninguém nesta estrada. Chegando na fronteira, iniciamos os longos trâmites para ingressar no Chile. A polícia aduaneira do Chile é uma das mais exigentes da América do Sul e mesmo estando numa fronteira pouco movimentada, fizeram-nos esvaziar o caçamba inteira da Triton e abrir as caixas da caçamba, o que foi muito difícil por conta do frio que emperrou as trancas. Depois de cerca de uma hora e meia de trâmite, já era noite. Seguimos a Calama e, infelizmente, perdemos várias lindas paisagens do trajeto. Porém, como era noite de lua cheia, as lagunas altiplânicas espelhavam-a elaborando uma misteriosa e harmoniosa paisagem. Minha vontade era de parar e acampar ali mesmo, porém o frio e os ventos impediram-nos de realizar mais esta aventura. Chegamos por volta das 22h em Calama e resolvemos ficar em um bom hotel depois da trágica e congelante estadia no hotel de sal, precisávamos de um banho decente, pois havia uns três dias que não desfrutávamos deste conforto. E por esta cidade ser bastante turística, demos sorte porque conseguimos fechar um hotel com desconto do IVA para estrangeiros. Dia 17/07/2019 - A aridez do Atacama e a nostalgia do reencontro Depois de tantos dias acima dos 3.500 metros de altitude, descer para 2.500 pareceu que ganhávamos um novo gás. As coisas aparentavam mais leves, o carro também respondia melhor, parecia que tudo seria mais tranquilo agora. De Calama até San Pedro de Atacama ainda é um bom percurso. Demoramos cerca de 2 horas para chegar no nosso destino turístico. Próximo de lá já avistávamos dos mirantes as cordilheiras de sal presentes no Valle de la Luna. Tais cordilheiras delimitavam os limites do salar de atacama, o ponto mais ocidental do Triângulo do Lítio e o ponto mais longe da nossa casa. Até então o odômetro já registrava mais de seis mil quilômetros percorridos e ainda havia toda a volta para encararmos. Ao entrar em San Pedro, a nostalgia tomou conta de mim, afinal havia estado lá em 2015 em uma das minhas maiores aventuras, um mochilão com meu camarada Jonas Risovas, sem destino certo e sem nada fechado. Procurando aproveitar mais este momento nostálgico fui atrás do mesmo hostel que havia me hospedado quatro anos atrás e, rapidamente, encontrei-o logo após o cemitério municipal. O Hostel Lackuntur é um pouco mais afastado da principal rua do vilarejo, a Caracoles que concentra as agências de turismo e as lojas de artesanatos para o consumo turístico. Chegando lá, prontamente me apresentei dizendo que já havia me hospedado lá e, por isso, gostaria de um bom desconto. A resposta foi positiva e então fechamos mais duas noites por lá, afinal queríamos aproveitar mais os atrativos do deserto. Fizemos nosso almoço no próprio hostel e saímos em busca da Laguna Escondida, um circuito de sete lagunas com alta concentração de sal, que impedem seu corpo de afundar. Uma bela experiência na hora, mas terrível quando você sai da água pela quantidade de sal impregnada no seu corpo. A primeira das sete lagunas escondidas. Somente duas são abertas para o banho, o restante é fechado por conta da preservação do frágil ecossistema. Após a escaldante trilha nas lagunas seguimos para o Valle de la Muerte para assistir o pôr do sol. Tal lugar recebe esse nome por conta de um erro de tradução. O local aparenta muito a superfície de marte, o que levou pesquisadores a chamarem de Vale de Marte, porém, num típico telefone sem fio, com o passar do tempo, o lugar ficou conhecido como Valle de la Muerte. A bela vista do Valle de la Muerte. Ao fundo sobressai-se na paisagem o cartão-postal de San Pedro de Atacama: o vulcão Licacanbur. Dia 18/07/2019 - A beleza imensurável das Lagunas Altiplânicas A cordilheira andina é show de beleza natural, sobretudo, quando nos caminhos percorridos, tornam-se visíveis suas lagunas formadas pelo degelo dos cumes elevados. Este foi o objetivo deste dia. Percorremos a rota 23 até quase a fronteira da Argentina no Paso Sico, e, posso dizer com tranquildade, que é o caminho mais lindo do deserto do atacama. Nossa primeira parada foram as Lagunas Miñique e Miscanti, que levam o mesmo nome dos vulcões que as margeiam. Formadas pelo degelo, apresentam diferentes tons de azul, demonstrando a diferença de suas profundidades e da alcalinidade da água que recarregam seus reservatório. A bela Laguna Miñiques e seu vulcão ao lado esquerdo. Seguindo a diante na rota 23, o próximo ponto de parada é a Laguna Salar de Talar e as Piedras Rojas. Infelizmente este local não é mais aberto para visitação. Na primeira vez em que estive aqui, em 2015, eu e Jonas tivemos a oportunidade de caminhar pela laguna congelada e encarar o declive das Piedras Rojas, um grande campo de material piroclástico provindo da erupção do vulcão Miscanti. De qualquer forma, não deixa de ser bela a paisagem na beira da estrada. Momentos espetaculares e inesquecíveis vivenciamos ao longo deste incrível trajeto. A bela laguna do Salar de Tara. Antigamente era possível caminhar sobre suas águas congeladas. O mirante do Salar de Tara costuma ser o último ponto turístico visitado pelas agências de San Pedro de Atacama nesta rota. Uma pena, pois alguns quilômetros a frente é possível observar a imponente Laguna Tuyajto. Também formada pelo degelo das montanhas, suas águas apresentam um tom azul turquesa que contrasta com o amarelado das punas altiplânicas e o cinzento do solo árido. Laguna Tuyajto, parece uma pintura com suas águas azul turquesa. Após esta última parada era hora de voltar para San Pedro de Atacama. Planejamos dar uma volta pelo centro da cidade, a rua Caracoles à noite e fazer uma boa refeição, pois o dia seguinte seria um dos mais puxados da viagem. Dia 19/07/2019 - O poder das forças endógenas: A bacia geotérmica El Tatio Era por volta das 4h30 da manhã, ou melhor da madrugada, quando nosso despertador tocou. Sentimos aquele ímpeto desespero, porque tínhamos que levantar, deixando o calor de nossas cobertas para encarar o frio congelante do deserto. A ideia era ir até um famoso ponto turístico, os Gêyseres del Tatio. Localizado na bacia geotérmica de mesmo nome, esta área contém uma série de fissuras que são preenchidas com a água do degelo e que entra em contato com o magma em subsuperfície, alcançando uma temperatura próxima aos 85ºC e com colunas que podem chegar a alguns metros de altura. O El Tatio é o maior campo de gêiseres do hemisfério sul e terceiro maior do mundo, atrás do Parque Nacional de Yellowstone nos Estados Unidos e do Vale dos Gêyseres na Península de Kamtchaka na Rússia. O local apresenta uma altitude superior aos 4.200 metros em relação ao nível do mar e quase sempre as temperaturas são negativas. Ao nascer do sol, facilmente, as temperaturas podem chegar abaixo dos 15 graus celsius negativos. Contudo, apesar de ser a hora mais fria do dia, também é a mais recomendada para a visitação. Chegamos bem na hora do nascer do sol e, realmente, a temperatura estava muito baixa. As luvas não davam conta e nem nossas botas. Tentamos, inutilmente, acender nosso fogão de camping para fazer um café e não conseguimos sequer uma chama. Acreditamos que seja por conta da combinação do frio com o oxigênio rarefeito no local. Mas o frio não nos venceu, fizemos umas trilhas para ver de perto os gêyseres, um espetáculo à parte. A águas jorravam ao alto e quando caíam no chão, congelavam instantaneamente. A bela paisagem formada pela combinação dos raios solares atravessando as fumarolas dos gêyseres. O campo dos Gêyseres del Tatio tem um boa infraestrutura de visitação com muros que limitam a zona de segurança de observação dos fenômenos. Após a visitação a este magnífico lugar, seguimos a rota para a Reserva Nacional dos Flamencos. Acabamos errando o caminho e percorremos um longo trajeto em meio ao Salar de Atacama. O Salar de Atacama é bem diferente dos demais salares que visitamos ao longo de nossa viagem. Ele não apresenta aquela imensidão lisa e branca, pois o sal está misturado com o barro proveniente das escassas chuvas torrenciais que atingem a região em alguns dias do ano. Neste erro de trajeto, podemos adentrar uma área de uma mineradora que atua no salar, provavelmente retirando lítio, arsênio e outros recursos.Rapidamente, o guarda nos repreendeu dizendo que estávamos um uma zona privada e que a Reservas dos Flamencos era muito antes. Demos meia volta e seguimos a estrada, ou melhor o caminho que corta o Slar pelo meio. Enfim chegamos na tão procurada Reserva, um local de descanso e reprodução de flamingos. Alguns deles estavam próximo à área de observação o que nos rendeu um belo cenário. Contudo, é possível perceber os impactos da atividade mineradora no local, em 2015 eu já tinha visitado a região e a minha percepção era outra. As águas apresentavam um aspecto turvo, muito diferente do espelho cristalino que observei alguns anos atrás. Os flamingos se alimentam dos microorganismos que se desenvolvem nas áreas alagadas do salar. A bela cordilheira andina refletida no Salar de Atacama. E após esta última parada, estávamos praticamente finalizando nossa viagem. Agora era descansar para iniciar o caminho de retorno a nossa casa. Dia 20/07/2019 - A travessia dos Andes pela Rota 52 (Paso Jama) Com o sentimento de dever cumprido, arrumamos nossas malas e nos despedimos do Atacama. Percorreríamos a linda ruta 52, que atravessa os Andes do Chile à Argentina pelo Paso Jama. Assim que deixamos o vilarejo de San Pedro de Atacama uma longa subida , praticamente em linha reta, precisou ser vencida. Sem muitas dificuldades para a Triton, o caminho que se abre é um ponto alto da viagem. Logo alguns quilômetros estrada acima, nos aproximamos dos vulcões Licacanbur e Sairecabur. Os estratovulcões Licacanbur e Sairecabur vistos da janela da Triton. São vários incríveis minutos margeando estes vulcões. A paisagem é espetacular, em meio à aridez do Atacama, o Licacanbur destaca-se com o típico formato cônico recoberto com neve próximo à sua cratera. Seu cume supera os 6 mil metros de altitude, porém ele é só mais um dos vários vulcões que fazem parte do chamado Círculo de Fogo do Pacífico, que compreende a Cordilheira dos Andes, a América Central, a Sierra Madre mexicana, a falha de San Andreas, as montanhas de leste do Canadá e o Alaska no continente americano. O Círculo de Fogo do Pacífico tem esse nome, pois trata-se de uma região com intensa atividade vulcânica e sísmica. Mais de 80% dos terremotos e erupções no mundo ocorrem nesta região. Isto deve-se ao contato convergente de placas tectônicas, sejam do tipo continental com oceânica, no que diz respeito à América, ou oceânica com oceânica, quando ocorre na Ásia ou Oceania. Alguns quilômetros a frente e deixamos a linha de vulcões para trás e entramos no altiplano andino, uma área com cerca de 4 mil metros de altitude em média. Percorrendo a Ruta 52 não são poucos os salares, lagos congelados ou montanhas que margeiam a estrada, contrastando a bela paisagem com as condições extremas do local. O Salar de Tara, localizado à beira da Rota 52 é um excelente ponto de parada para apreciar a paisagem. Salar de Loyoques, outra bela parada às margens da Rota 52, Algumas horas à frente e já avistamos as Salinas Grandes, outro salar no caminho da Rota 52. Quando a avistamos, já sabíamos que estávamos perto da bela descida para Pumamarca, que havíamos realizado uma semana atrás. Porém desta vez não seguiríamos ao norte e sim iríamos a Salta, pousar e encarar os longos trechos de volta para casa. Dia 21/07/2019 - A travessia do Chaco: pela estrada ou pelo acostamento? Antes de seguirmos viagem, resolvemos aproveitar um pouco a linda cidade de Salta. O meu maior desejo era comer novamente um pancho, o cachorro-quente salteño. Em 2015, eu e Jonas ficamos alguns dias em Salta e todas as nossas refeições foram panchos, pois era a opção de comida mais barata, já que não tínhamos grana. Comi logo três panchos, uma delícia, pois o que o diferencia do nosso cachorro-quente são os molhos, eles oferecem cerca de 15 diferentes tipos de molho, alguns como Salame, Pizza, Roquefort etc. Ainda aproveitamos para ir no mercado comprar vinhos, afinal estávamos na Argentina e voltar ao Brasil sem nenhuma garrafa não era uma opção. Compras realizadas, seguimos viagem, o trajeto era longo, cerca de 700 km iríamos percorrer, mas achávamos que seria rápido, pois a Rota 16 é um reta infinita. Grande engano nosso, depois de umas duas horas de estrada, começou um longo trecho de buracos, ou melhor de crateras. Eram tantos que nossa velocidade média era de 20 km/h. O desespero começou a bater, naquele ritmo demoraríamos muito tempo para chegar. Diante dessa situação, resolvi agir, botei o carro fora da estrada, engatei o 4x4 e segui atravessando as vezes o pasto e plantações de soja. E dessa maneira conseguimos vencer este trecho que tinha uns longos 50 km. Como havíamos saído mais tarde de Salta, não iríamos conseguir chegar em uma hora adequada em Corrientes, por isso resolvemos pousar em uma cidade do Chaco mesmo. Escolhemos Saenz Roque Peña para procurarmos um hotel e demos muita sorte. Depois de pesquisar preços em pousadas e hotéis péssimos, resolvemos nos dar o luxo e ir dar uma olhada no hotel mais luxuoso da cidade o Gualok. E por incrível que pareça, ele tinha o preço parecido com as espeluncas que tínhamos visto antes, isto porque como somos estrangeiros, eles não cobram o IVA. A bela piscina do Hotel Spa Cassino Gualok. Recomendamos a estadia a todos que foram atravessar o Chaco. Ficamos muito animados, afinal o Gualok não era um hotel qualquer, era também um Spa e um Cassino. Logo fomos aos nossos aposentos, tomamos o melhor banho da viagem e já estávamos no saguão cobrando nossos drinks de cortesia. Sentados à beira da piscina, bebemos um pouco e tomamos coragem de ir ao cassino. Ao entrar no cassino, já fomos avisados que não era permitido tirar fotos, infelizmente. Mas o cenário era uma típica cena de filme de Las Vegas, aquelas mesas cheias de velhos apostando e perdendo dinheiro. Tentamos a sorte em umas máquinas caça-níqueis, mas obviamente, perdemos mais do que ganhamos. Mas tudo bem, gastamos menos que vinte reais e nos divertimos um pouco. Dia 22/07/2019 - Mais e mais asfalto - de Saens Roque Peña a Foz do Iguaçu Não tenho muito o que escrever sobre este dia, acordamos cedo e dirigimos até a noite, quando finalmente cruzamos a fronteira argentina e voltamos às terras tupiniquins. O único causo do dia foi que na província de Corrientes e exatamente no mesmo posto policial que havíamos pago propina uma semana atrás, eles nos pararam novamente. Fiquei muito irritado, nem cumprimentei o guarda e já fui falando que tudo estava em ordem e que já tínhamos sido parados aqui alguns dias atrás. Ele me observou com cara de poucos amigos, pediu para eu descer do carro e abri a caçamba. Fiz o que ele mandou e, prontamente, já comecei a tirar as malas sem ele pedir. Ele deve ter percebido minha irritação e falou para eu colocar tudo de volta e nos liberou. Assim, seguimos nosso longo trajeto. Ao chegar em Foz, optamos em ficar em um hotel próximo da fronteira, pois queríamos aproveitar e fazer umas compras no Paraguai. Dia 23/07/2019 - Ciudad del Este - O dilema da oportunidade versus o consumismo Não me alongarei muito sobre este dia, pois o resumo foram compras e mais compras. A Carol super empolgada para comprar apetrechos para nossa casa e o Jé e a Paty ansiosos pelo primeiro dia deles no mais famoso centro de compras da América do Sul. Obviamente aproveitamos algumas oportunidades e compramos o que mais vale a pena, os eletrônicos, lustres para casa, perfumes e bebidas. Todavia, voltamos ao Paraguai mais duas vezes ao longo do dia e resolvemos dormir mais uma noite em Foz para realizar todas as compras possíveis. Algumas das compras do Paraguai, a dificuldade seria caber tudo no carro. Dia 24/07/2019 - A volta é sempre mais demorada. Enfim em casa. Acordamos bem cedo, e a ainda fomos mais uma última vez para o Paraguai, pois a Carol havia esquecido de comprar o perfume para sua prima, a qual ela tinha prometido. De volta ao hotel, o maior desafio foi colocar tudo de volta no carro, além das dezenas de novas compras. Não sei como coube tudo, até dentro do pneu que estava no rack de teto colocamos coisas e assim partimos, torcendo para não sermos parados pela Receita Federal. O caminho de volta foi o pior de todos, muita obra na estrada, muitos caminhões no Paraná. Chegamos em Curitiba já era de noite, mas resolvemos encarar a volta completa sem parar. Chegamos em São Paulo já eram quase 2 horas da manhã e tivemos a melhor recepção de todas. Marx e Nietzsche com seus rabos abanando pareciam dois foguetes indo de uma lado para o outro quando ouviram o barulho do carro. Nos lamberam de ponta a ponta e quase que não deixaram nós descarregarmos o carro. Jeferson e Patrícia ainda encarariam mais duas horas de estrada até a casa deles em São Pedro-SP. Por isso, descarregamos o carro inteiro, arrumamos o porta-malas da Duster e eles seguiram. Nos despedimos com aquele sentimento mesclado de cansaço, dever cumprido e tristeza por ter acabado. E agora era voltar a vida normal com mais uma aventura pela frente. Mapa da rota percorrida
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Olás, Estou indo para Atacama + Salar de Uyuni no começo de novembro. Já tenho um fleece da Columbia como esse https://www.columbiasportswear.com.br/jaqueta-fast-trekt-ii-full-zip-fleece-22/p e a segunda pele. Agora estou na duvida se compro um corta vento leve apenas para usar por cima desse fleece ou se preciso comprar algum casaco mais grosso como aqueles com enchimento de nylon. Alguém que já foi nessa época pode me dar alguma dica? Obrigada 😃
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People, a diferença entre o tour de 3 e 4 dias é que no de 4 dias você não volta para Uyuni no terceiro dia Explico ãã2::'> : no tour de 3 dias você volta para Uyuni se não me engano por San Cristóbal, e chega umas 18, 19h mais ou menos e se nada der errado! No tour de 4 dias você vai por outro caminho e passa a noite em Villa Mar (ou algo parecido) e vai para Uyuni só na manhã seguinte. Concluindo, o passeio é o mesmo, com a diferença de você demorar 1 dia a mais para chegar em Uyuni e ter que passar mais uma noite em uma espelunca qualquer Intééé
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Olá mochileiros *_* Eu e o Dan passamos 8 dias - janeiro de 2017 - em terras bolivianas como parte do nosso pequeno mas sensacional mochilão de 20 dias pela América do Sul, onde passamos pelo Chile, Bolívia (no qual dedico esse relato) e o sul do Peru. Relato Chile: o-fantastico-chile-santiago-embalse-el-yeso-valpaiso-vina-e-san-pedro-de-atacama-com-fotos-roteiro-e-gastos-2017-t140000.html Relato sobre Puno/Peru: https://www.mochileiros.com/o-lindo-sul-do-peru-puno-lago-titicaca-e-ilhas-uros-e-taquile-janeiro-2017-com-roteiro-e-fotos-t142889.html Viemos direto do Chile, onde contratamos o tour de 3 dias pelo deserto saindo de San Pedro de Atacama(custou 100 mil pesos chilenos por pessoa - 500 reais - e inclui todo o transporte, alimentação e hospedagem ),nessa que foi a experiência mais exótica e inesquecível de nossas vidas , onde vimos inúmeros vulcões, lagoas, geysers e até neve Além de passarmos pelo deserto da Reserva Eduardo Avaroa e pelo salar de Uyuni (incluído nesse tour) visitamos também as cidades de Uyuni, La Paz e Copacabana, o lago Titicaca e a linda Isla del Sol Apesar da maior parte dos relatos sobre a Bolívia falarem de eventuais perrengues (principalmente no salar) não tivemos nenhum tipo de contratempo, UFFA Ao todo gastamos cerca de 5.500 reais por pessoa no mochilão, já incluindo as passagens (parte mais cara da viagem, 2 mil reais ida e volta ), sendo que na Bolívia gastamos um pouco mais de 500 reais (tirando o passeio pelo deserto, pago no Chile) um valor relativamente baixo, o que comprova que o país é um dos mais baratos para se viajar Para ver mais fotos, acesse meu insta: https://www.instagram.com/rafah.meireles/?hl=pt-br ou face: https://www.facebook.com/rafael.henriquecarter A Bolívia é um país de contrastes, com uma pobreza explicita e que tem uma cultura forte e unica, completamente diferente da nossa. E é justamente essa diferença cultural que nos encanta e que nos faz ficar impressionados com esse pequeno país de pouco mais de 10 milhões de habitantes. Pelas ruas das cidades e vilarejos que visitei percebi coisas como o modo de vida simples, a influência do campo em boa parte da população e a forte presença até hoje de elementos das culturas originárias, como o uso da língua quechua, por exemplo. As cholas, mulheres que usam roupas típicas, são o mais claro exemplo da resistência boliviana contra a cultura ocidental. Interessante também são as diferenças nos costumes entre os bolivianos de diferentes regiões, principalmente em La Paz, a mais 'americanizada' cidade do país. Os bolivianos são, no geral, bem tímidos e não gostam de se comunicar tanto, principalmente as cholas, que só falam o básico do que é perguntado a elas. São bem acolhedores e prestativos, principalmente em La Paz, porém também tivemos atendimentos bem duvidosos, diria até grosseiros, em vários lugares. Alimentação: Um dos pontos que mais me impressionou no país foi a alimentação, tanto em sabor quanto em variedade de pratos - na maioria dos restaurantes que fui as entradas custavam entre 15 e 20 bolivianos e as sopas são as entradas mais populares (destaque para a sopa de tomate ), já o prato principal fica entre 40 e 60 bolivianos e o suco natural 8 bolivianos. Bolos e doces no geral saem entre 5 e 15 bolivianos e são bem gostosos, melhores que os doces chilenos Porém, como a higiene não é um dos fortes do país, é preciso escolher bem o lugar onde você irá comer. Dê preferência a cafés e restaurantes que já foram indicados por outros viajantes e tente evitar a tradicional comida de rua, já que a comida fica exposta sem nenhuma proteção e é quase sempre servida com a mão, com isso as chances de você ter um piriri são grandes Ande sempre com um alcool em gel, pois na maior parte dos banheiros, além de não haver limpeza, não há agua para lavar as mãos Em Uyuni, a avenida Potosí e a Plaza Arce são repletas de pubs e pizzarias com ambientes bem legais. Em La Paz, eu super indico o Café del Mundo (Calle Sagarnaga, 324), que apesar de ser um pouco caro se comparado com outros cafés da região, tem uma ótima localização e um dos melhores e mais gostosos cardápios da cidade - foi aqui que tomei o chocolate quente mais gostoso da minha vida . Em Copacabana eu comi em um restaurante muito gostoso e barato na Calle Baptista, porém não lembro o nome dele Altitude e temperaturas: Sinceramente nós não tivemos nenhum problema com a altitude em toda a Bolívia - e olha que chegamos a 5 mil metros de altitude . O máximo que senti foi um pouco de falta de ar em algumas subidas, mas ao longo da viagem vi muitos relatos de pessoas que vomitaram e até desmaiaram devido ao mal de atitude, então é sempre bom andar com algum remédinho e claro, mascar muitas, mas muitas folhas de coca Outra coisa importante: apesar de janeiro ser verão no país, não se engane, faz muitooooo frio - Durante o dia as temperaturas até sobem e faz um calor gostoso, nada excessivo, porém a noite venta muito e as temperaturas despencam, principalmente no deserto e no salar (chegamos a pegar 0 grau na primeira noite ). Leve segunda pele, casaco corta vento, luvas e toca. Dê preferência também a tênis de escalada ou algum outro sapato de sola alta e que não escorregue com facilidade, pois o chão do deserto é bem escorregadio em alguns pontos e se o salar tiver alagado, vc evita de molhar os pés Câmbio: Em basicamente toda a Bolívia a cotacão estava em 1 real = 2 bolivianos, mas sempre vale dar uma pesquisada. Em Uyuni, as casas de cambio ficam na Avenida Potosí, na região da Plaza Arce. Em La Paz, elas ficam espalhadas pela região da avenida 16 de Julio. Já em Copacabana, você consegue encontrar na região da avenida Costanera. Trocamos o equivalente a 1.200 bolivianos e foi mais que sificiente para passarmos 8 confortáveis dias no país. Hospedagem: Como fizemos o passeio de 3 dias pelo deserto saindo do Chile, as duas primeiras noites ficamos em alojamentos conveniados com a agência - porém no hotel que ficamos hospedados em Uyuni, a diária saia 100 bolivianos por pessoa, por quarto privativo ou casal e ducha quente (que não estava nem um pouco quente, mas o hotel é bem confortável). Em La Paz ficamos no The Adventure Brew, um gigantesco mix de hostel e hotel na avenida Ismael Montes, bem pertinho da Rodoviária - o quarto compartilhado com 12 pessoas saiu por 63 bol. e a estrutura do hotel me surpreendeu positivamente. Em Copacabana ficamos no Mirador, um dos maiores hoteis da cidade e que fica de frente ao Lago Titicaca - saiu 50 bol. a diária por pessoa por um quarto com vista para o lago No geral, as acomodações são bem simples mas confortáveis e o melhor, super baratas Fique atento se o hotel oferece ducha quente, pois você vai ver a diferença! Transporte: Infelizmente a Bolívia ainda carece de infraestrutura em muitas coisas e tanto as rodovias quanto as companhias de ônibus do país deixam muito a desejar. As estradas do país em sua maioria não tem asfalto e as ruas dos centros urbanos não tem eletricidade e o esgoto corre a céu aberto. Felizmente a rodovia que liga Uyuni a La Paz foi recentemente asfaltada, o que deixou a viagem de 8 hrs de ônibus entre as duas cidades bem mais confortável (120 bol. por pessoa). Já as viações (com exceção da Todo Turismo, que faz a rota anteriormente citada) contam uma frota de ônibus extremamente antigo, com assentos apertados (alguns estão quebrados e não tem sinto de segurança) e o atendimento é bem desorganizado (muitas empresas não tem sistema computadorizado e os assentos comprados são marcados em papéis). Inclusive, quando estávamos indo para Copacabana, a empresa Titicaca vendeu os mesmos assentos que compramos para outras duas pessoas, olha só a confusão Segurança: Não é porque um lugar é pobre que necessariamente é violento e a Bolívia é um claro exemplo disso, já que em nenhum momento me senti inseguro, mesmo com alguns moradores locais nos contando que a violência urbana é bem comum nas grandes cidades. Então é bom sempre pesquisar sobre as regiões que você vai visitar, evitar grandes aglomerações, não ostentar objetos caros e ficar sempre de olho no celular e na carteira no bolso Dia 1: Como disse anteriormente, compramos nosso passeio pela Reserva Ecológica Eduardo Avaroa em San Pedro de Aatacama, no Chile, por 100 mil pesos chilenos (algo em torno de 500 reais) na Colque Tours (localizada na Calle Caracoles). Essa agência tem unidades tanto em San Pedro quanto em Uyuni e tem um atendimento bem legal, apesar de ter vendido algumas informações erradas - no folheto dizia que passaríamos a segunda noite hospedados no Hotel de Sal, o que não ocorreu e os nossos companheiros de viagem compraram o pacote com um guia bilingue, o que também não aconteceu O guia nos pegou no hostel na manhã de terça e nos levou até um restaurante para tomar café da manhã. lá conhecemos nossos companheiros de viagem: A Anja e a Cindy, ambas da Suíça e o Cédrick do Canadá - demos muita sorte já que o pessoa eral super legal, pq passar 3 dias com gente chata não dá Depois de uma hora e meia (o guia estava atrasado) fomos de van até a imensa fila da imigração chilena. Tudo certo seguimos até divisa com a Bolívia, onde fica a imigração - é uma pequena casinha no meio do nada cercada por várias montanhas - foi aqui que trocamos de carro e seguimos viagem em um 4 X 4 com o guia Victor, um boliviano muito simpático e gente boa , que adora musica brasileira e que morre de vontade de conhecer o Brasil Os destinos do dia foram: Laguna Blanca Laguna Verde Águas Termais Geysers Sol de Mañana Laguna Colorada Um lugar mais lindo que o outro. Todos eles ficam dentro da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa - é necessário pagar uma taxa de 150 bolívianos para entrar no parque. Eles lhe entregam um bilhete que é necessário devolve-lo no dia seguinte, na saída do parque, então tome cuidado para não perde-lo :'> É bom também levar uns bolivares a mais para pagar banheiro ou comprar alguma coisa nas paradas. Na volta da laguna Colorada começou a nevar do nada . Claro que foi uma neve bem fina e rápida, mas que pra quem nunca viu isso, foi demais Seguimos então para o nosso refúgio da noite, uma pequena hospedaria no meio das montanhas, a quase 5 mil metros de altitude - sem água quente, sem eletricidade e com um jantar delicioso (foi nosso primeiro dia sem tomar banho haha, já que a ninguém tem coragem de nefrentar um banho gelado a quase 0 grau). Dia 2: Acordamos cedo, tomamos café da manhã e seguimos para o dia mais longo do tour, onde visitamos: Deserto Siloli Arbol de Piedra Deserto Salvador Dalí Lagunas Altiplânicas Vilarejo de Alota Cidade de San Cristóbal Cemitério de trens - arbol - terma Depois seguimos por conta da agencia até um hotel no centro da cidade de Uyuni. Apesar da ótima localização, de ter quartos individuais, ter Wi-fi e ser bem confortável, não tinha água quente novamente Para quem se interessar, o hotel se chama Kutimuy e as diárias custam 100 bol. por pessoa (achei caro para o padrão da cidade). Dia 3: Acordamos antes as 4 da manhã e seguimos até o ponto alto de todo o passeio, o incrível Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. Por ser temporada de chuvas, parte do deserto estava alagado o que me proporcionou a paisagem mais linda que vi na vida . É FANTÁSTICO, SENSACIONAL, MARAVILHOSO ver o nascer do sol refletido no salar alagado, algo que não tem explicação, fiquei arrepiado e até emocionado. Sério, é demais !!!! Depois seguimos até o famoso hotel de sal que fica no meio do salar para tomar café da manhã e depois fomos tirar várias fotos no Monumento Dakar Rali, no Monumento das Bandeiras e claro, tirar as engraçadas fotos de ilusão de ótica na parte seca do salar Com isso chegava ao fim nosso tour pelo deserto e nosso grupinho iria se separar O Cédrick iria voltar para San Pedro, a Cindy iria para Sucre e a Anja seguiria conosco até La Paz naquela mesma noite - compramos as passagens na noite anterior por 120 bol. em um bus super confortável, com tv, jantar e café da manhã incluso. Mas antes demos uma volta na cidade de Uyuni para conhecer melhor a cultura boliviana. A cidade em si é bem bagunçada, mas a região da Plaza Arce é bem interessante (cheia de pubs e restaurantes que ficam repletos de turistas). Dia 4: Depois de 8 hrs de viagem finalmente chegamos em La Paz, uma das cidades mais altas do mundo e o principal centro financeiro e comercial da Bolívia e onde estava muito frio Fomos para nosso hostel, tomamos banho quente (uffa), dormimos e depois fomos bater perna na cidade. Visitamos nesse dia: Plaza Mayor Museu San Francisco Igreja de San Francisco Mirador Killi Killi Plaza Murillo Palácio do Congresso Palácio do Governo Catedral Metropolitana Teatro Municipal A início pretendiamos ficar 3 dias na cidade, porém como a cidade não tem muitos atrativos fora o Chacaltaya, decidimos pular a escalada a essa montanha e irmos para o Peru, algo que não estava nos nosso planos haha. Puno, cidade base para visitar o lado peruano do Lago Titicaca, fica a apenas 7 horas de La Paz e a passagem custa apenas 80 bolivianos. Ficamos 3 dias incriveis na cidade. Para ver meu relato sobre Puno: https://www.mochileiros.com/o-lindo-sul-do-peru-puno-lago-titicaca-e-ilhas-uros-e-taquile-janeiro-2017-com-roteiro-e-fotos-t142889.html Dia 5: Depois que saímos de Puno, no Peru, finalmente chegamos em Copacabana, a turística cidade as margens do Titicaca. No primeiro dia na cidade visitamos o Cerro do Calvário, uma grandiosa montanha no centro da cidade e que oferece uma vista espetacular de toda a região . mas prepara-se, porque a subida é ingrime e a altitude também não colabora muito, quase morremos !!! haha Hj brincamos que a parte mais dificil da viagem foi chegar no calvário Dia 6: Nesse dia acordamos cedo para irmos até a famosa Isla del Sol , que fica no Lago Titicaca. Qualquer agência na cidade realiza esse que é o passeio mais famoso da região - compramos em uma das cabines que ficam localizadas na avenida Costanera, com os caras que ficam gritando ''isla del sol, isla del sol'' . Existem várias opções de passeio: a que leva vc até apenas a parte sul da ilha, a que leva vc apenas até a parte norte, o passeio que inclui isla del Sol e isla de la Luna, e tem passeio apenas de ida ou apenas de volta, fica a sua escolha. Compramos os bilhetes para conhecer a parte norte da ilha (30 bol. cada um) que é a parte mais bonita da ilha e onde ficam as antigas ruínas incas O passeio até a ilha é feito em um barquinho bem velho, sem cinto, sem coletes salva-vidas, sem nada!!! O dia estava bem nublado e chovia um pouco na hora, ou seja, as águas do Lago Titicaca estavam super agitadas e o barco balançava demais . Foram momento de muito medo haha, mas sobrevivemos Por sorte, assim que chegamos na ilha, o sol saiu e pudemos apreciar as fantásticas paisagens da ilha emoldurada pelas águas azuis do lago Lindo demais!!! Dia 7: Nosso último dia em Copacabana e também o dia mais chuvoso e frio de toda a viagem haha. Como nosso bbus para La Paz saía apenas as 18 hrs (Fomos com a empresa Titicaca, 30 bolivares, 4 hrs de viagem) fomos dar uma volta pelo centro antigo de Copa. Conhecemos a grandiosa e bela Basílica da Virgem de Copacabana, um dos lugares mais sagrados do país e depois fomos visitar o cemitério da cidade (sim, adoro arte tumular ). Como a chuva não parava de jeito nenhum, ficamos enrolando no hostel e depois enrolando mais ainda no restaurante onde almoçamos (aproveitamos o wifi tbm haha). Depois embarcamos no bus - fizemos uma viagem super tranquila - chegamos na rodoviária de La Paz. Pegamos um táxi até o pequeno, mas moderno aeroporto El Alto (60 bolivianos) e passamos a noite lá. Dia 8: As 5 da manhã embarcamos em nosso voo Latam com destino a Lima, onde faríamos uma escala de 6 horas. As 12 hrs embarcamos novamente e as 20 hrs chegamos em terras brasucas, no aeroporto de Guarulhos. Chegava ao fim nosso sensacional mochilão . Espero que tenham gostado do relato
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Oi, galera. Vim deixar meu relato porque sei o quanto é importante, para quem quer fazer esta viagem, ter informações recentes. O foco será um dos pontos que mais geram dúvida na hora de fechar o passeio: a agência contratada. No meu caso, foi a Cordillera Traveler. Contrarei o passeio saindo de Uyuni e voltando a Uyuni. Reservei por e-mail o tour coletivo (6 pessoas). O atendimento foi rápido, cortês e, quando cheguei a Uyuni de ônibus, havia, como prometido, um taxista me esperando e para levar até o escritório da agência. Abrindo parênteses: o tal homem tentou me dar um "golpe": disse para, enquanto a agência não abria, eu ir tomar um café no Noñis, que é aquele café cheio de gringo (que até compensa; é limpo, tem wi-fi, banheiro e uma ducha precária) e me apontou uma escada que não se parecia nada com o Noñis. Depois uma senhora apareceu me chamando pelo nome (evidente que comunicada pelo taxista), me pegou pelo braço e subiu a escada para me levar a um café que, embora ela tenha dito que era o Noñis, se chamava Café Satori: 200 pessoas amontoadas num espaço para 10, uma moça vem para cima de você perguntar o que quer comer e, até antes de trazer a comida, já traz a conta rs. Depois da experiência, descobri onde ficava o verdadeiro Noñis, que, inclusive, é um coringa se você precisar usar o banheiro enquanto seu passeio não sai; ninguém liga se você não comer nada. Enfim, quando o escritório abriu, fui recebido pela Bernardina, que foi muito prestativa e educada, me passando várias dicas valiosas sobre o que levar para o tour, inclusive coisas que não havia lido na Internet (por exemplo, chinelos para explorar o salar molhado). Ela também indicou comprar coisas - não se preocupe, Uyuni basicamente só tem, além de agências de viagem, lojinhas para comprar coisas para levar no passeio. Às 10:30, fui encaminhado ao motorista. Sobre os locais visitados, não tem como não se encantar com as paisagens. O Salar é uma maravilha, é surreal. Mas o passeio nunca se limita a ele: ao longo dos três dias, são diversas paisagens diferentes, uma mais bonita que a outra. Sobre a estrutura do tour, optei pela Cordillera porque, pesquisando na Internet, vi que era a que parecia conseguir os melhores alojamentos e ter os melhores carros. Isso pareceu se confirmar: o nosso carro era bem conservado e não quebrou (vimos vários carros velhos e com problemas no caminho) e nossos alojamentos pareceram melhores que os demais. Tinha banho quente nas duas noites (pago, como tudo no deserto) e até wi-fi (pago e lento, mas funciona para dizer que está vivo) na segunda. Vale destacar que o alojamento do segundo dia era mais confortável e limpo que o do primeiro; na Internet costumo ler o contrário. O único grande porém, e que quase estragou tudo, foi nosso motorista, chamado Isac. Elencando tudo o que aconteceu: - Ele foi rude e desrespeitoso desde o início. Falava pouquíssimo e respondia às nossas perguntas com mau humor e grosseria. Fez chacota de uma garota do grupo porque ela queria ir ao banheiro, mas não havia toalete (na verdade percebi que até havia, mas ele não quis levá-la) e deu o maior esporro em um rapaz que pôs sua bolsa de pano sobre o capô do carro, dizendo que ia danificar a pintura; isso falando de um carro que havia acabado de cruzar um deserto de SAL e depois pegou muita poeira na estrada e ainda voltaria a Uyuni sem ser lavado - o motorista ficava esfregando um pano toda hora!!. - Diferente de outros motoristas, quando nós parávamos para fotos ele só dizia quantos minutos tínhamos, desaparecia e, na maioria das vezes, nos fazia caminhar bastante até onde devíamos encontrá-lo. Isso de ele sumir atrapalhou muito no Salar; não conseguimos fazer nenhuma foto aproveitando os efeitos de perspectiva. Não é algo trivial de se fazer, mas vimos que os motoristas ajudavam os outros grupos. - Quando saímos do Salar, ele (que parecia cochilar ao volante) começou a nos levar para um lugar completamente alagado que não tinha nenhum outro grupo. O carro começou a morrer e não conseguíamos seguir em frente. O motorista apenas xingava em espanhol ("chucha! chucha!") e tentava ressuscitar o carro. Quando perguntei por que estava seguindo aquele caminho sendo que ninguém estava indo por ali, ele só retrucou. Depois de uns minutos, deu meia volta e escolheu outro caminho. Na parada seguinte, me confessou que ERROU o caminho porque se guiou pela montanha errada. Isso poderia nos ter posto em uma situação de alto risco e arruinado o passeio. - Como eu disse, o motorista falava pouco. Ao longo da tour, ele se limitava a dizer o nome dos lugares. Quando perguntávamos algo, normalmente ele dizia que não sabia. E, às vezes, até mesmo dava informações falsas. Não sei se para rir da nossa cara ou por desinformação mesmo. - Havia uma garota vegetariana no nosso grupo, e ela informou isso à agência. No entanto, não prepararam as refeições vegetarianas para ela. Quando fizemos a queixa ao motorista, ele simplesmente disse "ninguém me informou isso", deu de ombros e continuou servindo linguiça de porco. - No retorno a Uyuni (que é MUITO longo; se puderem sigam para San Pedro e terminem a viagem lá), ele foi muito imprudente. Todos os motoristas trafegavam na perigosa estrada a, no máximo, 60 km/h. Este ia de 80 a 100 km/h, ultrapassando os demais enquanto falava ao celular. Outra coisa que me preocupou foi que ele, sem nos explicar, parava o carro em alguns lugares e saía para falar com pessoas estranhas, retornando após alguns minutos. Resumo: as paisagens são espetaculares, a empresa tem estrutura para oferecer o passeio, mas fiquem atentos ao motorista. Percebi que alguns são bons e outros não. Sugiro verificarem na Internet indicações de nomes e pedirem por eles quando forem reservar. P.S.: se você quiser fazer o passeio com uma agência em específico, sugiro fazer a reserva ao invés de chegar lá e contratar. Contratar na hora é um pouco mais barato, mas vi muita gente chegando em uma empresa, contratando pensando que é aquela, mas no fim das contas, sendo empurrada para outra SEM AVISAR, porque eles ficam combinando de fechar as vagas de todo mundo. P.S.2: paguei USD 140 no passeio (janeiro de 2018).
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Muita gente tem nos perguntado a respeito da nossa viagem para a Bolívia; como fizemos, por que fizemos, por onde fomos. Então, vamos lá! Nós queríamos uma viagem que não onerasse muito e que fosse diferente do que já fizemos. Pesquisando alguns destinos, descobrimos o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. A partir daí, traçamos um roteiro para fazer por terra, tendo como destino principal o Salar, indo por um trajeto e voltando por outro, para conhecer as cidades do caminho. Nosso roteiro: ● Saída Dourados > Corumbá / Carro 🚗 Fomos até Corumbá de carro, pois tínhamos onde deixá-lo, na casa de um amigo, e seria mais em conta do que ir até lá de Ônibus. * Em Corumbá: só ficamos um dia, então visitamos apenas o Cristo, lugar de onde se pode observar toda a cidade. ● Corumbá > Puerto Quijarro (fronteira) / táxi/a pé 🏃 Pegamos um táxi até a fronteira e o próprio taxista nos orientou como funcionava para atravessar. Você vai precisar passar primeiro na PF, ainda no lado brasileiro, para registrar sua saída do país. Depois, é só atravessar a pé até a polícia boliviana e registrar sua entrada lá. Não estava tão cheio, mas ainda assim demoramos cerca de 1h20min para atravessar. Nós usamos o passaporte como documento, mas você pode usar o RG mesmo (Atenção, CNH não é aceita)! *Em Puerto Quijarro: Passeamos pelo centrinho da cidade, onde tem muitas lojinhas de tudo que você imaginar e um feirão de roupas bem interessante! Como gostamos muito da Casa China de Pedro Juan/ PY, quisemos conhecer a de lá, apesar de as pessoas de lá nos avisarem que não era boa. Realmente, não recomendo! É muito pequena, sem muitas opções de produtos e é longe do centro. Então, fique no feirão! ●Puerto Quijarro > Santa Cruz / Ônibus 🚌 A vantagem de se viajar de Ônibus lá é que você consegue, com facilidade e por um preço muito bom, ônibus leitos e eles saem sempre à noite. Então, além de você não perder seu dia, ainda economiza uma noite de hotel. Pegamos com a empresa Baruc; carro novo, bem limpinho e atendimento excelente. * Em Santa Cruz: chegamos na cidade no dia 31, então passamos o réveillon lá. Ficamos em um hotel próximo à praça da cidade. Eu achei a cidade muito bonita e bem desenvolvida! Tem seu lado feio e seu lado bonito, como toda cidade grande. Mas, particularmente, achei um lugar muito agradável! Passeamos ali pelas redondezas durante o dia e também visitamos o shopping. Para o nosso réveillon, jantamos e tomamos em um restaurante americano no shopping e, antes da virada, voltamos para o hotel, pois estava tendo uma festa no terraço, de onde pudemos assistir à queima de fogos na praça. Na tarde seguinte, pegamos um vôo para Sucre. ●Santa Cruz > Sucre / Avião ✈ Este foi o único trajeto que optamos por não fazer por terra, pois a estrada entre essas duas cidades é extremamente perigosa e são 14 horas de viagem. Então, pegamos um vôo com Amaszonas. Confesso que passei um medinho bem tenso nesse pedaço da viagem! O avião era pequeno e um pouco velho, o que acabou me dando um certo pânico quando embarquei. Mas foi um vôo rápido, de apenas 35 minutos e o atendimento foi ótimo, então ainda acredito que compense mais que as 14 horas de estradas com precipícios! *Em Sucre: chegamos de tarde e tínhamos a intenção de dormir uma noite lá. Muitos não sabem, mas Sucre é a capital constitucional da Bolívia. É conhecida como a "cidade branca", devido à cor dos imóveis. Mas ao chegar e conversar com o taxista que nos levou do aeroporto até a rodoviária, decidimos seguir viagem até Potosi, de táxi, pois era realmente muito barato e compensaria mais do que dormir ali. ●Sucre > Potosi / Táxi 🚕 O táxi nos cobrou apenas 50 bolivianos, o que equivale a, aproximadamente, 25 reais para nos levar, num carro compartilhado com um casal boliviano, numa viagem de duas horas e meia. A estrada é muito bonita e achamos que valeu a pena ter ido de táxi para aproveitar a paisagem. *Em Potosi: não estava nos planos dormir ali, dependeria da hora em que conseguiríamos um ônibus para Uyuni. Quando chegamos na rodoviária já havia um ônibus saindo em 15 minutos, então decidimos seguir viagem. ●Potosi > Uyuni / Ônibus 🚌 O ônibus que pegamos na sorte ali já saindo era muito bom! Limpinho e confortável. Viajamos à noite e chegamos em Uyuni à meia noite. Reservamos um hostel pelo Booking, bem simples, mas confortável, limpo e com chuveiro quente. Oasis Blanco, recomendo. Antes de sair para o passeio no Salar, combinamos com o atendente de, na volta, poder tomar um banho ali, pois seguiríamos viagem direto. *Na cidade de Uyuni: é uma cidade pequena, mas muito graciosa, uma típica cidade de turismo. Não passeamos muito por lá, apenas andamos um pouco até encontrar as agências de passeio, que ficam todas próximas umas das outras. Há muitas agências e já havíamos pesquisado antes de ir. Conseguimos fechar com a Salty Desert Aventours, que era mesmo a que queríamos pegar. Recomendo muito! Há agências mais caras e mais baratas. Mas como você ficará três dias no deserto, sem comunicação, sugiro que não pegue qualquer empresa. A Salty tem um preço bom e o atendimento é de ótima qualidade! Nosso guia, Antonio, era muito paciente, simpático, atencioso e divertido. Durante o passeio, ouvimos outras pessoas elogiando os seus guias da Salty, então acredito que o bom atendimento seja critério da empresa. Os passeios iniciam às 10h30 da manhã, saindo da agência e voltam ao final do terceiro dia. São três dias e duas noites de passeio. Está incluso no valor a hospedagem e alimentação, que é preparada pelo próprio guia. Tudo muito simples, mas feito com muito capricho. (No caso da Salty Desert! Se pegar outra empresa, é bom pesquisar antes.) ●O PASSEIO Bem, aqui chegamos ao destino da nossa viagem: o passeio no Salar de Uyuni. Não são os três dias exatamente no deserto de sal, é um roteiro que passa por vários lugares na região (todos desérticos) e, ao final, você pode escolher entre atravessar para o Chile ou voltar para Uyuni. Nós optamos por voltar. > 1° Dia: Cemitério de trens - primeira parada parada pra fotos, nos trens que foram abandonados ali. Vila Colchani - uma vila onde você poderá comprar souvenirs, artesanato local e de sal e tomar a única cerveja gelada do passeio. Almoço no hotel de sal/ monumento Dakar - Parada para almoçar e tirar foto no monumento do Rally Dakar, feito de sal. Salar de Uyuni - Após o almoço, cada guia se dirige pra um ponto do deserto de sal com seus turistas. O Salar era uma lagoa de água salgada que, por um movimento das placas tectônicas se modificou e cujas águas, aos poucos foi sendo eliminada. Sobrou então o sal, que formou um enorme deserto. Aqui é possível ver a imensidão branca do Salar. Em época de chuvas, o sal úmido forma um espelho que reflete o céu. Não tivemos a sorte de ver esse fenômeno, pois não havia chovido nos últimos dias. Nesse ponto, o guia faz as famosas fotos de perspectiva, típicas do passeio. Ilha de Cactos - A ilha era uma formação de corais, no fundo da lagoa, que emergiu com a eliminação da água e hoje se tornou uma ilha. Com o tempo, nasceram cactos por cima dos corais. Pôr do sol - Esse é um dos momentos famosos do passeio, pois é realmente muito lindo. Mas é muito frio! Quando o sol começa a baixar, o vento fica muito forte, o que faz a temperarura baixar bastante. Mas o espetáculo do sol vale o esforço! Salar de Chiguana - É um salar que ainda está em formação e que fazia parte da mesma lagoa do Salar de Uyuni, que ficou separada após a movimentação das placas tectônicas. Hotel de sal - A hospedagem da primeira noite é num Hotel de Sal, bem simples mas muito bem arrumadinho. Aqui, você pagará 10 bolivianos para tomar o único banho do passeio. > 2° Dia: Vulcões e Lagoas - No segundo dia, já saímos do Salar e passamos a conhecer uma paisagem desértica, com lagoas e vulcões. Em grande parte das lagoas, é possível observar flamingos, que se alimentam das algas. Laguna colorada - Uma das lagoas mais famosas. O nome se dá devido à cor avermelhada da água, fenômeno que acontece por causa de algas presentes na lagoa. Árvore de Pedra - No meio do deserto, há algumas formações rochosas provenientes das erupções vulcânicas . A árvore de pedra é a mais famosa delas. Montanha das sete cores - Uma montanha tão maravilhosa que não conseguimos demonstrar nas fotos. Mirante Vulcão Ollagüe - Vulcão que faz divisa entre Bolívia e Chile e é ativo. Do mirante, se pode ver a fumarola dele. Gêiseres Sol de la mañana - Esse acabou sendo o ponto alto do nosso passeio, por um presente da natureza. Quando chegamos aos gêiseres, estava nevando! Foi muito rápido, questão de minutos, mas pra quem nunca presenciou e não esperava por isso, foi emocionante! Hotel e Lagoa termal - O hotel da segunda noite não é de sal, é um hotel comum, fica nas montanhas, perto de uma lagoa de água termal. Fomos tomar banho na lagoa à noite, um céu tão estrelado que não consigo descrever, estava muito frio e a água estava a 38°C. O guia nos instruiu a não levar câmeras e celulares por segurança, pois havia outras pessoas que não eram do grupo. Por isso, esse é um momento que você terá que experimentar por conta própria, ficou apenas nas nossas memórias. Mas garanto que é inesquecível! > 3° Dia: Laguna verde - Que não estava verde. Quando se visita a natureza, dependemos dela. A famosa Laguna Verde não estava verde, pois não estava ventando. Suas águas ficam verdes devido à presença de certos minerais na água. Quando não venta, os minerais se depositam no fundo da lagoa, não sendo possível ver a sua cor. Mas mesmo assim, a lagoa estava linda! Vulcão Licancabur (fronteira com Chile) - Do lado de cá, Deserto de Dalí. Do lado de lá, deserto do Atacama. Baía de rocas - Outra formação rochosa, proveniente das erupções. Se você for criativo, diz-se que é possível enxergar figuras nas formações. Volta à Uyuni - Como não optamos por atravessar para o Chile, nosso passeio terminou aqui e voltamos para a cidade de Uyuni. Segundo o guia, este era o dia mais cansativo do passeio e concordei com ele. Todos estávamos cansados, havíamos nos sentido mal no dia anterior, devido à altitude e não havia mais muito o que visitar. Chegando em Uyuni, passamos no hostel para tomar um banho, como havíamos combinado com o atendente, e seguimos viagem. ● Uyuni > La Paz / Ônibus 🚌 Como estávamos cansados, dormimos a viagem toda e chegamos à La Paz pela manhã. * Em La Paz: Fizemos o passeio nos teleféricos da cidade. 🚡 Os teleféricos são uma obra do governo e não tem como intenção principal o turismo. É como se fossem o metrô. Há cinco linhas, para diferentes lugares da cidade, com várias paradas, e é utilizado pela população para ir trabalhar. É possível atravessar a cidade em poucos minutos. O trânsito da cidade é um caos! Por isso, acredito que o teleférico resolva um grande problema para a população! Não havíamos planejado fazer nenhum passeio em La Paz. Mas, como já estávamos lá, não podíamos deixar de fazer o passeio de bike pela estrada da morte. A Death Road, hoje, está desativada e é utilizada apenas para turismo. Mas, por muito tempo, foi utilizada e tem em sua história um número altíssimo de acidentes e mortes. Reza a lenda que, em um ponto dela, em um único dia, morrreram duzentas pessoas, vítimas de um grande acidente entre caminhões de trabalhadores. Mas não se assuste! É um passeio tranquilo e que vale muito a pena. Fechamos com a empresa Adventur on Wheels. Não é a mais barata e nem a mais famosa, mas recomendo! O equipamento é bom e eles te dão toda assistência necessária. Nosso motorista, Ôli, e nosso guia, Maurício, foram extremamente atenciosos e divertidos. O guia sempre vai no seu ritmo, não te força a correr e deixa claro que não é uma competição. O motorista está sempre atrás do grupo. Então, se você se cansar ou estiver com medo e quiser parar, a qualquer momento, ele coloca sua bike na van e você segue com ele. Ao final do passeio, eles te levam até um hotel com piscina, te dão toalhas e xampu. Ali almoçamos e tomamos um bom banho! A van nos deixou direto na rodoviária e de lá seguimos viagem. ● La Paz > Santa Cruz / Ônibus 🚌 Esse foi o único ônibus ruim que pegamos. Empresa El Dorado. Não recomendo mesmo! O ônibus mesmo leito não era bom, estava com o banheiro estragado e os motoristas eram muito estúpidos! Chegamos em Santa Cruz perto das 13h. Ficamos em Santa Cruz mais dois dias, na casa dos meus tios. ● Santa Cruz > Puerto Quijarro / Ônibus 🚌 A Bolívia vem passando por alguns conflitos políticos e, por isso, nesses dias, estavam acontecendo algumas manifestações e bloqueios de estradas. Por isso, não conseguimos concluir nossa viagem com a volta de trem, como havíamos planejado. O trem estava lotado até o final da semana, pois era o único meio que não havia sido bloqueado pelos manifestantes. Fomos de Ônibus, novamente com a empresa Baruc, assim que desbloquearam a estrada. Foi tudo tranqüilo, ônibus bom, atendimento bom; realmente recomendo a Baruc. ● Puerto Quijarro > Corumbá (Fronteira)🏃 Atravessamos a fronteira a pé novamente. Mas, dessa vez, acredito que pelo fato de a fronteira ter sido bloqueada nos dias anteriores, demoramos a manhã inteira para atravessar! A fila estava gigantesca dos dois lados! Em Corumbá, pegamos o carro e voltamos pra casa. Foi uma viagem realmente incrível! Um pouco cansativa, pois passamos mais noites na estrada do que em hotel e foi um passeio atrás do outro. Mas valeu muito a pena. É uma realidade muito diferente da qual estamos acostumados. A paisagem é fascinante! A altitude judia um pouco. No Brasil, o ponto mais alto, o pico da neblina, tem cerca de 2.900m de altitude e eu nunca estive lá! Dourados está a 437m de altitude e o máximo que já estive de altitude foram as serras do sul do país. Nós chegamos a 4.980m, no passeio dos gêiseres!! Nesse ponto, eu passei mal, mesmo tomando o comprimido que eles vendem lá, as Sorojchi Pills. É um composto que ameniza os efeitos da altitude. Tomei durante toda a viagem, mas sucumbi aos quase 5mil metros. O que me salvou foi um chá de coca que o guia fez pra mim no hotel. Sei que a Bolívia é um destino que poucas pessoas pensam em visitar. Mas te garanto, é uma viagem que ficará nas suas lembranças pra sempre! Se quiser saber mais detalhes, pode falar conosco! Eu acredito que você deva fazer, pelo menos uma vez na vida, essa viagem! Se precisar, conte com nossas dicas!!
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Estive no Salar em agosto e setembro deste ano e trago aqui meu relato para ajudar quem estiver planejando uma trip para lá. Além do Salar, passei por La Paz, Cusco, fazendo a Salkantay até Machu Picchu. No meu blog tem mais posts da trip toda - www.getoutside.com.br. Como chegar Em geral, o Salar de Uyuni é explorado a partir de duas bases: A cidade de Uyuni, na Bolívia, e também vindo do Chile, basicamente para as pessoas que juntam o Deserto do Atacama com o Salar de Uyuni. Vou relatar, aqui, as duas possibilidades: Terrestre: Eu cheguei em Uyuni vindo de ônibus de Potosí. Basicamente, cheguei do Brasil no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra e de lá peguei um voo para Sucre. Do aeroporto de Sucre peguei um táxi para a estação rodoviária de Potosí, de onde peguei o ônibus para Uyuni. Como muita gente escolhe fazer esse trajeto, vou relatar em detalhes a partir do aeroporto de Sucre. Também existe um ônibus que sai de La Paz (maiores informações no site da empresa Todo Turismo) e um que sai diretamente de Sucre (empresa 6 Octubre), mas me parece uma melhor opção fazer Sucre Potosí de taxi e de Potosí pegar o ônibus. Sucre a Potosí: Para quem chega no aeroporto de Sucre, existem táxis que fazem o trajeto saindo do próprio aeroporto diretamente a Potosí, sem efetivamente entrar na cidade de Sucre. Na saída do aeroporto já indique que você procura um táxi para a estação rodoviária de Potosí que irão direcionar você. Paguei R$32, dividindo com mais 3 pessoas. O trajeto durou algo como 2h30, praticamente todo em vias asfaltadas e em boas condições. O carro não era lá dos mais modernos, mas deu para o gasto. Potosí a Uyuni: Na estação rodoviária de Potosí existem ônibus frequentes saindo para Uyuni. O ônibus sai por BSB 30 (algo como R$ 13). Você também tem que pagar BSB 1 de taxa por utilizar a estação rodoviária. O trajeto é bem tranquilo (em torno de 4 horas), em estradas asfaltadas, e o ônibus era relativamente confortável. Em termos de horário, pelo que apurei tem ônibus saindo a cada meia hora. Como falei, muita gente une o Deserto do Atacama ao Salar de Uyuni. Neste caso, existem passeios que saem de ambos os lados e você tem a opção tanto de voltar para sua origem ou ficar em outro destino. No meu caso, saí e voltei para Uyuni, mas fica aqui registrado que você pode começar o tour no Deserto do Atacama e terminar em Uyuni. Leia aqui os posts da minha viagem ao Deserto do Atacama. Aéreo: Uyuni possui um aeroporto pequeno, que é servido por empresas locais. Obviamente, não há voos diretos do Brasil, mas você encontra voos para as principais cidades bolivianas. Eu fui de Uyuni para La Paz saindo do aeroporto de Uyuni e paguei algo como R$ 300 pela empresa aérea Amaszonas. Apesar de mais cara, a opção aérea pode ser uma boa opção para quem está com o tempo corrido. Quando ir ao Salar de Uyuni Você pode visitar o Salar de Uyuni em todos os períodos do ano. No período de chuva, contudo, alguns lugares ficam alagados e você não poderá rodar por todo o Salar. Contudo, é no período de chuva que você vai conseguir ver o espelho! São aquelas imagens do Salar refletindo o céu como se fosse um espelho. Por isso que algumas pessoas entendem que o melhor período seria logo após o período de chuva (que é durante o nosso verão). Saiba que, em geral, a temperatura é baixa no Salar de Uyuni e em Uyuni também, já que estamos falando de locais com grande altitude. Foto: Isla Incahuasi, no primeiro dia do tour pelo Salar de Uyuni. Esteja preparado para o frio em qualquer época que você pretender visitar o Salar. Onde ficar no Salar de Uyuni Se você fizer viagens de 2, 3 ou 4 dias pelo Salar de Uyuni é bem provável que sua agência vá providenciar sua hospedagem, mas isso não significa que você não deve se preocupar. Li vários relatos de pessoas que ficaram em lugares bem ruins e que passaram muito frio à noite. Eu não tenho do que reclamar dos lugares que fiquei nas 2 noites que passei no passeio pelo Salar e região, então preste atenção e leia a respeito das agências antes de ir a Uyuni ou a San Pedro de Atacama, caso sua trip comece pelo Atacama. Como disse, eu saí de Uyuni, e fiquei hospedado no Hotel Bunker (paguei R$ 40 por um quarto duplo que dividi com um amigo). Simples, com um café justo e bem localizado (ao lado da estação de trem), porém não encontrei eles no Booking.com. Neste link aqui você tem uma listagem das melhores hospedagens em Uyuni, e as melhores avaliações são para o Hotel de Sal Casa Andina, Hotel Joya Andina, Hostal Quinua Dourada, Hotel Jardines de Uyuni e o Hostal Reina del Salar. Quanto gastei no Salar de Uyuni Sempre coloco que o seu budget é pessoal e cada um sabe onde a coisa aperta. Já passei dos tempos das vacas magras e hoje, apesar de curtir um perrengue de mochila por amor apenas, me dou alguns luxos, como quartos privativos e comida boas em alguns momentos. Foto: Local da parada para almoço no primeiro dia do tour pelo Salar de Uyuni. Dito isso, vamos aos números. Do dia que pisei em Uyuni ao dia que fui embora eu gastei R$ 701, da seguinte forma (valores em reais convertidos de USD e BSB com cotação do dia que viajei): R$ 40, diária de quarto duplo (dividi com um amigo) no Hostal Bunker, em Uyuni. R$ 408, tour de 3 dias e 2 noites com a Cordillera Traveller; R$ 24, galão de água de 5 litros, biscoitos e protetor labial em Uyuni; R$ 13, entrada na Isla Incahuasi (ilha de Cactos que visitamos no primeiro dia do passeio pelo Salar de Uyuni); R$ 2, banheiro no segundo dia; R$ 9, 15 min de internet na parada para almoço na Laguna Hedionda, no segundo dia; R$ 2, banheiro na Laguna Hedionda; R$ 69, entrada na Laguna Colorado (obrigatório); R$ 7, banho no alojamento da segunda noite; R$ 7, cookies em uma parada do terceiro dia; R$ 87, diária de quarto duplo (paguei sozinho) no Hostal Bunker, já em Uyuni, depois do passei pelo Salar; R$ 28, pizza e uma cerveja no Restaurante Jalisco, em Uyuni; R$ 5, táxi de Uyuni ao aeroporto. Os valores acima não incluem os valores de passagem para chegar e sair de Uyuni. Agências de Viagem Existem muitas agências vendendo passeis pelo Salar de Uyuni, tanto em Uyuni como em San Pedro de Atacama. Pesquisei muito antes de ir e li inúmeras recomendações e críticas a algumas agências. Você vai passar 3 dias ou mais rodando pelo Salar, em lugares remotos, com muito frio e condições precárias. Economizar demais pode ser uma má ideia, já que são inúmeros os relatos de carros em más condições, hospedagens ruins e com muito frio. Dito isso, minha dica é contratar apenas com as agências que você possui alguma referência segura. Vídeo: Vídeo da minha viagem por Bolívia e Peru, incluindo a passada pelo Salar de Uyuni. Eu fiz meu tour com a Cordillera Traveller, que possui uma loja em Uyuni e outra em San Pedro de Atacama também. Li boas referências sobre eles e minha experiência foi muito boa, seja pelo guia que nos acompanhou, pelo carro, tempo que tivemos para explorar, locais aonde ficamos hospedados e pela comida que foi fornecida ao longo de todo o passeio. Como falei acima, paguei algo em torno de R$ 408 pelo tour de 3 dias. As fotos do próximo item aqui deste post mostram o carro e as hospedagens que passamos. Por fim, não vejo necessidade de contratar com antecedência. Você conseguirá espaço em algum tour mesmo contratando no dia anterior à partida. Atrações do Salar de Uyuni Enfim, vamos falar do tour de 3 dias que fiz pelo Salar de Uyuni. Como disse antes, você pode contratar tours de até um dia, então depende do tempo que você tem para explorar por lá. Você também pode contratar tour saindo de Uyuni e terminando em San Pedro de Atacama e vice versa, e muita gente escolhe essa opção. Na realidade, apenas o primeiro dia é, de fato, no Salar. Os demais dias são explorando a região, que é muito bonita também. Dia 1 – Uyuni a San Juan Partimos do escritório da Cordillera Traveller às 10:30 da manhã. A primeira parada é em Uyuni mesmo, na atração conhecida como Cemitério de Trens. São locomotivas antes utilizadas na extração de carvão e que ficaram abandonadas na região. Depois do Cemitério de Trens dirigimos por mais alguns minutos até o povoado de Colchani, que vive da extração de sal e de artesanatos. É uma parada rápida para que você possa comprar algum artesanato e dar uma volta pelo povoado. De Colchani seguimos para o meio do Salar de Uyuni, diretamente para o local aonde paramos para almoço. Trata-se de um antigo hotel de sal que fica no meio do Salar e hoje é utilizado como área de parada dos tours. É aqui que ficam dois ícones do Salar de Uyuni, que é a praça de bandeiras e o monumento de sal ao Rally Dakar. O almoço é preparado pelo próprio motorista. Neste primeiro dia tivemos carne de lhama (um bife bem duro!), batata, arroz e salada. Existem opções vegetarianas também, basta você avisar com antecedência ao pessoal da agência. Depois do almoço você rodará por alguns quilômetros Salar a dentro, até se perder na imensidão branca. Em algum momento no meio do nada seu guia irá parar para você apreciar o Salar e tirar as famosas fotos de perspectiva. Depois desta parada no meio do Salar partimos para conhecer a Isla Incahuasi, que é a ilha de cactos que fica no meio do Salar. Se você quiser fazer a pequena trilha até o topo você deve pagar algo em torno de R$ 13. A vista lá de cima é bem legal, mas em razão da altitude a subida é um pouquinho cansativa, mas nada demais. Eu recomendo a subida! Tirei umas fotos bem legais de drone nesse lugar, dá uma olhada aí abaixo: A próxima parada será no local da primeira noite. Cada agência para em um local diferente. No meu caso, o lugar da primeira noite era uma casa no povoado de San Juan. Aluguei um saco de dormir para o frio, mas a verdade é que a casa era super aconchegante e confortável, com bom isolamento térmico e sequer precisei do saco. Dividi o quarto com um grande amigo que conheci no aeroporto de Sucre ao acaso e depois seguimos viajando juntos (Grande Thiagão!) pelo Salar e, depois, nos encontramos em Cusco. Viajar tem dessas coisas legais! Logo que você chega você será acomodado no seu quarto. Aos que quiserem tomar banho, existe a possibilidade de tomar banho quente (nesse dia matei o banho). Logo após, o jantar é servido. O jantar foi uma sopa e frango com fritas! Você pode comprar bebidas também nesta parada, como cerveja e vinho. Ah, recebemos uma garrafa de vinho boliviano como cortesia. Depois do jantar dei uma volta na rua, já que o céu estava limpo e as condições estavam ótimas para observar as estrelas. Dia 2 – San Juan a Huayllajara Depois do café da manhã, o tour do segundo dia parte lá pelas 8:30 da manhã. Já não teremos mais a paisagem branca do Salar de Uyuni, mas sim as demais belezas da região, como vulcões, montanhas, lagunas, flamingos e outros animais da região. Nesse dia você visitará o Salar de Chiguana (primeira parada do dia), que não tem nem de perto a beleza do Salar de Uyuni, se destacando apenas pelos trilhos do trem que o corta e é bem fotogênico. Depois, você vai até o mirante do vulcão Ollague. Aqui existe uma lojinha para comprar água e comida e também utilizar o banheiro (paga-se algo como R$ 2). A partir daqui você vai para a parte mais bonita do dia, que são as lagunas. Você visitará as lagunas de Cañapa, Chiarcote e Hedionda, aonde você deve parar para almoço. Depois do almoço você vai até o Deserto de Siloli, onde você vai conhecer a famosa Arbol de Piedra, uma formação rochosa muito curiosa. Por fim, a última atração do dia é a Laguna Colorada. Aqui, você deve pagar R$ 69 para ingressar. Como o tour segue pelo parque aonde fica a Laguna Colorada, você não tem a opção de não ingressar e não pagar. Da Laguna Colorada você parte para a hospedagem do segundo dia. Aqui sim faz frio, então esteja preparado. É aqui que você vai precisar do seu saco de dormir também, já que, apesar das acomodações serem boas, a noite é extremamente fria e pode chegar a -20 graus. Mas não se assuste: Você ficará bem com o saco de dormir. Aqui os quartos são para 6 ou mais pessoas, então é provável que seu grupo todo irá dormir no mesmo quarto. Nessa hospedagem também é possível tomar banho quente (neste dia eu não matei o banho!), que sai por algo em torno de R$ 9. Você também terá Wi-Fi, mas por tempo limitado. Ah, é possível carregar seus celulares, câmeras, etc. Como você pode ver, o povo aproveitou para atualizar o Instagram nesse dia! O jantar foi muito bom. Em primeiro lugar, a tradicional sopa. Depois uma massa com molho bolognesa. Muito bom! Tivemos até uma sobremesa dessa vez (pêssego em conserva). Depois do jantar a maioria das pessoas foi dormir, já que no dia seguinte teríamos que partir às 5:00 da manhã. Dia 3 -Huayllajara a Uyuni O terceiro e último dia começa bem cedo. Você deve estar pronto, com suas coisas arrumadas e café da manhã tomado às 5:00 da manhã. Isso porque a primeira parada do dia é uma visita aos géiseres, que ficam a 4.900 metros de altitude. Os géiseres são mais ativos logo ao nascer do sol, por isso a necessidade de se acordar tão cedo. A parada nos géiseres é rápida, e logo você parte para uma piscina de águas termais localizadas à beira de um lago. Ninguém do meu grupo encarou o banho, já que fazia bastante frio, mas haviam algumas pessoas aproveitando. Daqui partimos para visitar as Lagunas Verde y Blanca, de onde você pode avistar o famoso vulcão Licancabur. Você poderá parar aqui para tirar algumas fotos e caminhar pelas lagunas, que são muito bonitas. Essa é a última parada do tour, que daqui parte para a fronteira com o Chile para deixar quem vai seguir até San Pedro de Atacama. O pessoal que optou por ir ao Chile deve fazer a passagem pela imigração e pegar uma outra van da agência que segue até San Pedro. Os que voltam para Uyuni tem um trajeto de aproximadamente 7 horas pela frente, com uma parada para almoço no povoado de Vila Mar. Aqui você pode dar uma volta pelo pequeno povoado e ver um pouco do dia a dia do povo que lá vive. Quem segue o blog sabe que eu adoro fotografar pessoas, e aqui tirei uma foto que gostei bastante: Também aproveitei para fazer umas imagens de drone, já que paramos à beira de um córrego muito bonito. O almoço foi bem simples, com arroz, tomate e atum. Comemos na beira do córrego das fotos acima, ao lado do carro mesmo. Depois do almoço dirigimos até Uyuni, aonde nosso tour enfim terminou. O Salar de uyuni é um lugar espetacular e sempre esteve na minha lista de desejos. Como você pode ver pelas fotos acima, é, de fato, um lugar lindo com paisagens fantásticas, e o melhor de tudo é que é possível você visitar esse destino a um custo baixíssimo, como se vê pelos meus custos, e isso que me dei ao luxo de algumas comodidades, como quartos individuais, etc. Mais informações dessa trip no www.getoutside.com.br.
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Se tivéssemos que listar os lugares mais impressionantes que já vimos até agora (não apenas nesta viagem, mas em toda a nossa vida), com certeza o Salar do Uyuni estaria entre os top 5. Só de observar um imenso deserto que possui chão de sal em vez de areia já vale todo o investimento para chegar até lá, mas lagoas coloridas cheias de flamingos, incríveis formações de pedras e gêiseres impressionantes são o complemento para que o passeio seja inesquecível. O Salar do Uyuni é um ótimo lugar para brincar com a perspectiva nas fotos. Outra coisa muito legal é que, apesar de centenas de turistas cruzarem o salar todos os dias, tudo é mantido pela comunidade local. O governo pouco interviu na região, e grandes empresas de turismo, redes hoteleiras ou restaurantes famosos ainda estão de fora da jogada. Desta forma, além da beleza natural da região, você ainda entra em contato com a cultura milenar andina, que vem resistindo bravamente aos avanços ocidentais. Está mochilando pela Bolívia ou de férias no Atacama? Não importa, este é um dos passeios obrigatórios para você fazer. Como chegar O acesso à região é difícil: não é por acaso que pela região se realiza o Dakar, um dos rallies mais famosos do mundo. Só é recomendável ir por conta própria quem tiver um 4×4 bom e bastante experiência em trilhas. A melhor maneira de desfrutar da região é contratando uma excursão, que pode sair tanto de Uyuni (Bolívia) quanto de San Pedro de Atacama (Chile). Os preços saindo da Bolívia são um pouco mais baratos, mas nada que compense, para quem está em San Pedro, ir até a Bolívia de ônibus para contratar o tour por lá. Tours Quase todos os tours são feitos em caminhonetes Toyota Landcruiser, e levam até 6 pessoas por carro. A estrada é bem complicada, e acidentes, tanto por inexperiência quanto por imprudência dos guias podem acontecer. Por isso, é bom contratar uma boa agência para fazer o passeio. Os passeios, tanto saindo de Uyuni quanto saindo de San Pedro, podem durar 3 ou 4 dias. Os de 3 dias cruzam de um país a outro, e os de 4 dias voltam ao ponto de partida (considere o 4° dia somente para voltar tudo até a origem). Para quem vem por Uyuni, ainda há a opção de contratar um passeio de 1 dia que leva somente ao Salar. Escolher uma boa agência é muito importante para a sua segurança Nós fizemos o passeio de 3 dias, cruzando de San Pedro de Atacama até Uyuni. Ignoramos todos os alertas para não tentar economizar (nao recomendamos isso, fizemos para economizar) e fomos com a Travel Lithium, agência mais barata que encontramos. E não poderia ter sido melhor: os guias simpáticos e experientes, as excelentes refeições e os bons hotéis (dentro do possível) onde ficamos fizeram o tour ser nota 10. O fato dos guias serem donos dos carros nos passou muita segurança, pois desta forma nenhum abusou da sorte nas estradas. Quem vier do Uyuni pode contratar a Expediciones Sajama, que é a parceira da Lithium lá. Link do site da Lithium - http://www.travel-lithium.com/ Link do site da Sajama - https://www.facebook.com/Expediciones-Sajama-453100721520420/info?fref=ps_result (P.s.: não fomos patrocinados nem nada para fazer este tour. Simplesmente vivemos a dificuldade que foi para escolher entre mais de 80 agências um tour decente, e decidimos facilitar a vida para quem for para lá. Empresas com nomes já consolidados vendem este mesmo tour por preços mais elevados, e às vezes com qualidade inferior). Preços Saindo de San Pedro: os preços variam de 105 a 125 mil pesos chilenos para o tour de 3 dias, e ficam em torno de 130 a 150 mil para o de 4 dias, com todas as refeições incluídas. Se chegar no fim do dia e der sorte de pegar as últimas vagas do carro, é possível barganhar e conseguir por uns 100 mil, mas corre o risco de ficar sem o passeio. Saindo de Uyuni: os preços ficam em torno de 800 bolivianos para o de 3 dias e 1000 bolivianos para o de 4 dias. Assim como em San Pedro, na Bolívia também tudo é negociável. Além do passeio do tour, tem que pagar: *150 bolivianos para entrar na reserva (guarde o ticket, pois vão te pedir novamente ao longo do caminho) *30 bolivianos para ingressar na Isla del Pescado (opcional, mas vale a pena) *6 bolivianos para se banhar na piscina termal (opcional) *10 bolivianos para tomar banho de água quente no hotel do segundo dia (no primeiro dia, o banho é na piscina termal) *Se quiser tomar uma cerveja no caminho, espere pagar uns 15 a 20 bolivianos na garrafa. Banheiros custam em torno de 5 bolivianos, mas você pode ir na natureza mesmo que é grátis. Levar uns 250 bolivianos que já é suficiente, inclusive para comprar algumas lembrancinhas. Outra dica importante: a cotação do peso boliviano em San Pedro é péssima (tanto para compra quanto para venda). Mesmo que vá com a intenção de ficar na Bolívia, troque somente o mínimo necessário em San Pedro, e deixe para sacar/trocar o restante em Uyuni. O que levar Muita roupa de frio, água (uns 2 litros por pessoa/dia), protetor solar e labial, toalha e traje de banho (para a piscina termal). Levamos algumas bolachas para beliscar no caminho, mas as refeições eram tão bem servidas que acabamos nem precisando. Vimos muitos blogs colocarem óculos de sol como item obrigatório no Salar, mas nem nós nem o pessoal que viajou conosco sentiu falta disso (e olha que pegamos dias bem ensolarados). Como eh o tour: Primieiro dia: A van da Lithium passou buscando o pessoal nos hotéis a partir das 7h20min da manhã. Nós fomos os primeiros, e por volta das 8h já estávamos todos na van. Nosso grupo de turistas era composto por 13 pessoas, dentre elas gente dos Estados Unidos, Holanda, Áustria, Alemanha, Espanha e mais um casal de brasileiros. Nossa primeira parada foi na fronteira chilena, onde fizemos a saída do país e aproveitamos para tomar um bom café-da-manhã. De lá, seguimos por cerca de 1h até a imigração boliviana, onde fizemos a entrada no país de forma bem tranquila. Nosso café-da-manhã antes de seguir para o tour de 3 dias Aqui, trocamos a van por Toyotas Landcruiser, e a diversão começaria de verdade! O casal de brasileiros seguiu em um tour privado, e o restante de nós seguiu em dois carros, sendo o nosso com 6 e o outro com 5 pessoas. Nossos guias foram Roger e Peter, dois bolivianos que foram essenciais para o tour ser ainda mais legal. Do outro lado da fronteira com a Bolívia, diversos veículos esperam os turistas que chegam para o tour. Organizamos as mochilas, fizemos as apresentações e era hora de cair na estrada! Laguna Blanca e Laguna Verde As duas primeiras paradas são nessas belíssimas lagoas, a poucos quilômetros da fronteira. Ambas oferecem belas vistas do deserto e das montanhas ao redor. A Laguna Blanca, primeira atração neste tour impressionante. A laguna blanca é bem transparente e as algas no fundo dão uma beleza especial ao lugar. A laguna verde, como o nome já diz, apresenta uma coloração verde impressionante. Esta cor se vê por conta dos minerais existentes na água, e se vê mais colorida em dias com vento. A belíssima Laguna Verde Deserto de Salvador Dali Lembra das pinturas de Salvador Dali? Talvez aquele deserto com relógios derretidos? Pois então, andando por este deserto, você vai se sentir dentro de um quadro do pintor catalão. Deserto de Dali. Consegue imaginar os relógios derretidos por aí? A cor avermelhada da areia, das pedras (que se formaram em consequência de erupções vulcânicas há milhões de anos atrás) e das montanhas lembram uma obra de arte. Ótima parada para tirar umas fotos e apreciar a beleza da Pachamama! Águas Termales Ótima parada para relaxar um pouco (e aproveitar para tomar um banho). Apesar de fazer frio do lado de fora, esta piscina com águas termais tem uma temperatura que chega a 40°. Nada como uma piscina termal para relaxar um pouco! Para se banhar aqui, precisa pagar 6 bolivianos (pouco mais que 3 reais). Ficamos parados aqui por meia-hora, antes de voltar para o rally. Gêisers Sol de Mañana Sim, aqui também tem gêisers! Embora não sejam tantos nem tão impressionantes quanto os Geisers el Tatio (Chile), estes também merecem a visita. Já passávamos do meio-dia, e eles seguiam soltando bastante fumaça. O cheiro de ovo podre é consequência do enxofre expelido com a fumaça. Caminhe com cuidado, pois a temperatura dentro dos orifícios pode chegar a 100°! A fumaça é incrível, mas fede um monte! Laguna Colorada Última parada do dia. Esta lagoa impressionante tem cor vermelha, consequência de micro-organismos e algas avermelhadas da lagoa. Aqui, se faz uma pequena caminhada para avistar uma infinidade de flamingos rosados. Nosso hotel ficava ao lado desta lagoa, onde jantamos e dormimos em um quarto compartilhado entre as pessoas do nosso carro. A altitude aqui chega perto de 4200m, e algumas pessoas podem ter dificuldades para dormir (a Michele, por exemplo, passou quase toda a noite acordada). O quarto eh super quentinho e ninguem passou frio... Nem foi preciso o uso de sacos de dormir Segundo dia Começamos o dia às 7h da manhã, tomamos um bom café-da-manhã e seguimos nosso caminho pelo deserto. Árvore de Pedra e Deserto de Siloli Esta foi, talvez, uma das paradas mais interessantes antes de chegar ao Salar do Uyuni. A famosa Árvore de Pedra é uma rocha vulcânica que possui a base fina e o topo mais largo (muito similar a uma árvore). Ela foi esculpida ao longo dos anos pelos fortes ventos que cortam o deserto. Árvore de Pedra no Deserto de Siloli Além da Árvore de Pedra, várias rochas por ali parecem uma cidade dos Flintstones. Você vai se divertir bastante caminhando e escalando cada uma destas pedras. Vulcão Ollague e muitas lagoas A partir do Deserto de Siloli, seguimos por belas paisagens, lagoas com vários flamingos e passamos ao lado do vulcão Ollague, um vulcão ativo de onde é possível ver a fumaça saindo do topo. Vulcão Ollague cuspindo fumaça Mucuvinha com os flamingos Hotel de Sal Terminamos o dia em um hotel feito, em grande parte, de pedras de sal provenientes do salar. Neste hotel, já ficamos em um quarto privado (os quartos são para 2 ou 3 pessoas), e dormimos em camas também feitas de sal. Aqui a altitude já é bem mais baixa, e vai ser mais fácil de dormir. Hotel com paredes e tijolos feitos de sal! Aqui, por 10 bolivianos, é possível tomar um banho com água quente e os quartos podem ser compartilhados ou para o casal . Depois do banho, jantamos (com direito a vinho) e fomos dormir cedo, pois no dia seguinte acordaríamos para ver o sol nascer no salar! Terceiro dia Enfim, chegou o tão esperado dia: veríamos o impressionante Salar do Uyuni! Acordamos às 5h da manhã, arrumamos nossas coisas e, às 5h30min, já estávamos nos carros seguindo para o Salar. Nascer do sol no Salar Não demorou muito e o horizonte começou a mudar de cor. Neste ponto, paramos para observar o sol nascer. A sensação de descer do carro e pisar em puro sal é algo inesquecível. Para qualquer lado que olhávamos, víamos apenas branco. Aqui, passamos quase 1h admirando o céu mudar de cor até ficar claro, e aproveitamos para tirar nossas primeiras fotos brincando com a perspectiva. A lua ainda está no céu, enquanto o sol nasce no Uyuni. O Mucuvinha foi bem abrigado, pois faz muito frio! Ilha do Pescado Alguns poucos quilômetros adiante, chegamos à Isla del Pescado, uma impressionante ilha em meio ao mar de sal, cheia de cactus gigantes. A entrada é opcional e custa 30 bolivianos, mas vale muito a pena. A trilha pela ilha é de uns 40 minutos (com tempo de sobra para tirar fotos) e oferece vistas impressionantes do salar. Depois da trilha, tomamos um café-da-manhã à base da ilha. Mais Sal! Depois da ilha, seguimos para o meio do salar. Já era perto do meio dia, e o sol já projetava sombras menores, o que era ideal para brincar com as fotos de perspectiva. Aqui o tempo voou, e passamos mais de 1h nos divertindo! Museu de Sal Um pouco mais adiante, o primeiro hotel de sal da região se converteu em museu. Em frente a ele, bandeiras de diversos países sacudiam ao vento. Pequena ilha com bandeiras de diversos países em meio ao Salar do Uyuni A entrada ao museu é gratuita, e lá se pode ver algumas esculturas feitas de sal e ter uma ideia de como era o hotel. Perto do hotel há uma escultura em referência ao Dakar, rally muito famoso que agora se realiza nesta região. Povoado de Colchani Pequeno povoado onde é possível comprar artesanatos, roupas e comidas típicas. Apesar da grande quantidade de turistas, este povoado segue resistindo e mantém suas tradições até hoje. Aqui almoçamos antes de seguir para Uyuni. Cemitério de Trens À cerca de 2km da cidade de Uyuni está um cemitério de trens. Estes trens são do começo do século XX, e o que resta agora são as carcaças das antigas locomotivas a vapor. Cidade de Uyuni E, aqui, por volta das 15h, terminamos nosso maravilhoso passeio. Quem contratasse o tour de 4 dias, seguiria de volta a San Pedro. Nós, como seguiríamos Bolívia a dentro, ficamos por aqui. Uyuni não chega a ser uma cidade bonita, mas tem seu encanto. Decidimos passar uma noite por aqui mesmo, antes de seguirmos para Potosi. Dicas Leve bastante água, pois ajuda a amenizar os efeitos da altitude . Se sentir falta de ar pela noite, procure dormir com a cabeça levantada (coloque 2 ou 3 travesseiros se for preciso). Isso ajuda bastante. Se sair de San Pedro, leve o mínimo de dinheiro boliviano necessário, pois o câmbio em San Pedro é péssimo. Procure uma agência com boas referências, pois o caminho é complicado. Nós fomos com a Travel Lithium e recomendamos, tanto pelo preço quanto pelo serviço. Leve brinquedos, garrafas, lata de pringles… enfim, use a criatividade para tirar belas fotos no salar! Leve muita roupa de frio! Guarde seu recibo depois de pagar a entrada no parque, pois vão te pedir novamente. Para tirar boas fotos de perspectiva, é importante que a lente esteja o mais perto possível do chão. Tente levar um celular desses com a lente bem no canto, ou tirar fotos com sua câmera de cabeça-pra-baixo E uma útima dica, um pessoal que procurou por essa agencia e disse que foi nossa indicacao ainda ganhou um desconto de 10 dolares (pagaram mais baratos que nós hehehe) Esperamos que todos tenham a mesma sorte :'> Para mais relatos de lugares bacanas e acompanhar nosso mochilao de volta ao mundo, curtam nossa página no face: http://www.facebook.com/mundosemfimoficial Estamos tentando passar pra cá os relatos e contribuir mais com vcs, mas as vezes falta tempo
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DE MACHU PICCHU AO SALAR DE UYUNI EM 15 DIAS. Por Dalberto Duro e Daniele Salvalagio Julho, 2017. Uma viagem com data de inicio em março de 2017, quando comprei minha passagem rumo ao Peru e Bolívia, data de embarque foi dia 30 de junho com retorno no dia 14 de julho. Vim planejando essa viagem desde o inicio do ano, roteiros, blogs, coletei o máximo de informações possíveis assim como todo viajante de primeira viagem faz, o que levar, cultura local, valores, aonde ir... Porém na prática tudo se intensifica ainda mais, e o orçamento se mostra extremamente útil. De início eu iria partir num mochilão sozinho, eu, minha mochila, minha barraca e Deus no comando, eis que começaram a aparecer interessados, meu primo, um casal de amigos e minha namorada, porém meu primo teve que desistir em cima do laço, então partimos para a aventura em dois casais. A ideia inicial sempre foi de conhecer Machu Picchu e o Salar de Uyuni, então montei um roteiro no qual me possibilitasse isso, com muitas pesquisas de passagens aéreas, vendo as datas na qual eu estaria de férias, consegui montar um roteiro de viagem que iniciaria em Cusco, passando por Aguas Calientes, retornando a Cusco, e seguindo para Copacabana, para enfim terminar em Uyuni. Abaixo colocarei os gastos totais, despesas e a quantia em dinheiro que levamos possivelmente isso ajudara alguém em seu orçamento numa possível viagem a esses destinos. (todos os valores do orçamento e dos gastos valem por duas pessoas, no caso, meu e da minha namorada). ORÇAMENTO PARA A VIAGEM: R$ 3.000,00 (CASAL) = U$ 882,00 + U$ 37,00 (doações de familiares) U$ 882,00 + U$ 37,00 = U$ 919,00 GASTOS ANTECEDÊNTES: - passagem aérea POA > CUSCO / SANTA CRUZ DE LA SIERRA > POA= R$1.300,00 + R$ 1.700,00 = R$ 3.000,00 – Empresa AVIANCA - passagem áerea UYUNI > SANTA CRUZ DE LA SIERRA = R$ 374,00 + 374,00 = R$ 748,00 - Empresa AMASZONAS - ingressos Machu Picchu: R$ 208,00 + R$ 208,00 = R$ 416,00 - Ajuda na gasolina/ pedágio (ate POA): R$ 132,00 - Estacionamento para 14 dias em POA prox. Ao aeroporto: R$ 124,00. + taxas no cartão de credito do comprador. CÂMBIO no PERU: Total: U$ 170,00 = Soles 540,50 Cota máxima a 3,23 CÂMBIO na BOLIVIA: Total: U$ 175,00 = Bs 1.169,50 Cota máxima a 6,85 Total: R$ 350,00 = Bs 675,00 Cota máxima a 1,95 Obs.: ATENÇÃO ao trocar as notas, notas de Dolar com a inicial em CB B2 dificilmente você conseguira trocar no Peru e Bolívia. - Casas de cambio não trocam notas de U$ 1,00. DIA 1 (29.06.17) Saímos de Itapema/SC conforme o combinado, as 16h30, viagem tranquila pela BR 101 e freeway chegando em POA as 22h30, deixamos o carro no estacionamento já reservado com antecedência, e fomos levados ate o aeroporto Salgado Filho. Madrugamos nos banquinhos do aeroporto ate a hora do voo (6h30). GASTOS: cafezinho R$ 9,00 DIA 2 (30.06.17) Chegada em Lima no Peru as 9h30 no horário local (2h a menos de Brasília), ficamos 5h no aeroporto por conta da conexão do voo ate Cusco. Pegamos o avião as 14h30 para enfim duas horas depois aterrissarmos em Cusco. Na chegada, já tivemos a primeira impressão em relação a folha de coca, que ela seria muito útil, pois fomos recepcionados com a mesma, já logo metendo na boca pra sentir qual é a dela. No lado de fora, taxista não falta, ofereceram 30 soles até o nosso hostel, eis que a Dani grita "5 soles", e um individuo, no impulso levanta a mão e ganhava novos clientes, então a dica é, pechinchar da resultado! Tivemos a sorte de o taxista, Luan, ter uma agência de turismo, a Luan Travels, então ele nos levou até o Hostel Sol Imperial(reservamos pelo ebooking) e depois a sua agência, nosso propósito era pesquisar em varias agências os valores dos pacotes, mas acabamos conseguindo fechar todos nossos roteiros planejados (Humantay Lake, Vinicunca, Vale Sagrado, ida e volta até Aguas Calientes, e a passagem de ônibus de Cusco para Copacabana, na Bolívia) por um valor muito bom, U$ 150,00 por pessoa, incluso o café da manhã, almoço e um guia em espanhol. Como já havíamos pesquisado na internet alguns valores, então este preço ficou abaixo do que tínhamos visto. Resolvido essa questão do Tur, fomos fazer uma primeira janta em Cusco, conhecendo a linda Plaza de Las Armas, ao lado encontramos uma pizzaria, Don Marcelo, pedimos duas pizzas médias e mais a famosa Inca Cola, bem parecida com a laranjinha no Brasil, não tomamos cerveja porque estava muito caro. Por fim terminamos a noite dando uma volta na Plaza e voltamos para o hostel. Lugares para jantar é o que não falta nessa região, porém o negócio é pesquisar preço, como não queríamos gastar muito, pizza foi a melhor solução para o momento! DICAS: 1- Troque o menos possível na casa de câmbio dos aeroportos, é mais caro. 2- Pechinchar com os taxistas é lei de sobrevivência. 3- Recomendadíssima a agência de turismo em Cusco Luan Travels. Cumpriram com todo o combinado e além de tudo ele fala muito bem o português! 4- Compras de artesanatos com as "tiazinhas típicas" nos arredores da Plaza de Armas sai muito mais barato do que comprar nas lojas, compramos até em R$. São ótimas para negociar. Link no facebook e numero do whats app do Luan Travels http://https://www.facebook.com/profile.php?id=100013806961975 +51 950 590 055 – Luan GASTOS: - Tour (incluso transporte, alimentação e guia) por pessoa U$ 150,00 - Pizzaria S 29,00 por casal - Toucas peruana, 2 unid. S 14,00 - Padaria S 10,00 DIA 3 (01.07.17) No primeiro dia de tour, fomos conhecer o Vale Sagrado, saímos as 6h40 do Hostel, pegamos um ônibus com vários turistas e locais, a guia foi a melhor possível, explicou tudo. O primeiro local de visita foi a cidade de Chinchero, lá conhecemos as mulheres típicas da região, onde produzem seus artesanatos a moda caseira mesmo, muito bacana, lá compramos algumas lembranças e casacos feitos de lã de alpaca. Depois fomos conhecer as ruínas de Morais, que eram usadas para a agricultura, uma arquitetura muito vista pela região, depois fomos até as Salinas de Maras, mas acabamos não entrando para ir conhecer de perto pois tem que pagar S 10,00 para entrar, porém ficamos aguardando na recepção e podemos apreciar a vista das Salinas. Depois fomos almoçar na cidade de Ollantaytambo, em um restaurante muito bom, buffet livre, que já estava pago (pelo Tur), pós almoço a gente conheceu as ruínas de Ollantaytambo, lugar lindo, cheio de história. Pisac foi outra cidade com ruínas que passamos, e para encerrar o 1º dia passamos em um local onde são produzidos joias de prata, compramos pequenos pedaços de pedras extraídas em Machu Picchu, e por fim retornamos para Cusco por volta das 20h. Vale muito a pena fazer esse Tur pelo Vale Sagrado, em cada lugar visitado uma nova história, uma nova cultura, uma nova lenda aprendida e sem contar as fotos maravilhosas que podemos tirar para guardar na lembrança. GASTOS: - Dois casacos de lã de alpaca em Chinchero S 100,00 - Dois lenços de lã S 20,00 - Milho Roxo + bala de coca S 8,00 - Pedras S 7,00 - Mercado S 24,00 - Souvenir S 15,00 - Garrafinha conhaque S 10,00 - Bebida no almoço S 10,00 DIA 4 (02.07.17) O dia começou cedo, as 4h30 estávamos a espera da van para nos levar ao Humantay Lake, uma laguna a mais de 4 mil metros de altitude, aos pés dos Andes, partimos durante 5h até o local, mas no trajeto já ficamos deslumbrado com as paisagens, curvas acentuadas, e também vimos o pessoal que parte para a trilha Inca de 3, 4 dias ou mais, interessantíssimo para a próxima vinda ao Peru! Tivemos o café da manhã numa casa local, o café não foi de muito agrado de todos, café frio, e tinha pouco conteúdo, mas vida de mochileiro tem dessas coisas. Em relação à laguna, lugar lindo, uma agua indescritível, pena estar nublado e não poder ver a montanha por traz dela. Digamos que sofrimento foi mais na subida, caminhada curta, mas a altitude pesa muito, caminhada de tartaruga, mas vencida, a trilha levou 1h30. O almoço, ao contrário do café da manhã, rendeu elogios de todos, preparado no alojamento aos pés da trilha, o chef de cozinha ganhou até gorjeta da galera. La conhecemos os primeiros amigos de trip, muito bacana. Voltamos para Cusco às 19h em uma van bem apertadinha, mas o cansaço matou a galera na van. DICAS: 1- Folhas e chá de COCA são fundamentais. 2- Muita água para hidratar e vale levar um lanchinho para repor as energias após a subida. GASTOS: - reservado mais uma noite no Hostel Sol Imperial U$ 12,00 (casal) - Gorjeta U$ 1,00 DIA 5 (03.07.17) Dia de partir para Aguas Calientes, a van nos buscou as 7h30, mas os motoristas de vans lá no Peru, tem a mania de pegar os passageiros, pararem no posto e ficarem "proseando", então saímos um pouco mais tarde. Depois disso paramos para almoçar e foi na casa de uma família, um dos melhores rangos que comemos, e pagamos barato. Depois de 6h de estrada, onde levamos vários sustos, neblina em desfiladeiros onde não se enxergava 3 metros a frente, e o nosso "motora" acelerando, coração na mão, mas tudo certo. O cara tinha falado que fazia o trajeto todos dias durante 11 anos, então estávamos com alguém que sabia onde estava, sãs e salvos chegamos a Hidrelétrica onde inicia a trilha para Aguas Calientes. Chegamos lá meio “zonzos” mas vivos, então começamos a trilha, onde se tem duas opções, ou de trem, ou a pé, e partimos na mais econômica é claro, levamos 3h caminhando pela trilha do trem até Aguas Calientes, fomos bem tranquilos, sem pressa e com peso. Chegamos na cidade já era noite, fizemos o check in no hostel e enfim, um banho, com dificuldade para regular a temperatura, mas conseguimos depois de muita luta! Saímos para conhecer a cidade, nos informamos sobre a trilha e o ônibus para subir até Machu Picchu, e optamos por subir de busão e voltar pela trilha, compramos os tickets próximos ao terminal, bem na beira do rio, depois saímos para jantar. DICAS: 1- Leve pouca roupa para Aguas Calientes, levamos muito mais do que o necessário, deixamos a metade das coisas no hostel em Cusco, mas poderia ter ficado mais. GASTOS: - almoço S 20,00 (casal) - parada na estrada, lanche S 14,00. - janta S 46,00 (casal) - passagem ônibus para Machu Picchu U$ 24,00 (casal) DIA 6 (04.07.17) Enfim o dia, mas esperado da trip, era dia de Machu Picchu! Decidimos ir para o terminal meia hora antes da saída do primeiro bus, pois queríamos ver o nascer do sol, grande erro, deveríamos ter madrugado na fila, chegamos lá e a fila parecia interminável, e não parava de chegar gente, loucura, mas tudo certo. Começaram a sair os ônibus e a fila vinha encurtando, até que entramos, chegamos lá em cima, na entrada, por volta das 7h, como tínhamos o ingresso de MP + montanha, nosso horário era até as 8h pra subir a montanha. Beleza, entramos, e quando vimos MP pela primeira vez, ficamos cego, era muita energia, sonho sendo realizado, tudo lindo e maravilhoso, fotos, até meditar nós meditamos lá em cima. Mas como nem tudo são flores, não enxergamos a placa para subir a montanha, mas nem nos tocamos nisso, pois achávamos que estávamos lá, por que a vista era aquela, mas fomos nos dar conta que a montanha era em outra trilha quando já passava das 10h, e não nos permitiram subir. Ficamos bem chateados, mas alguns turistas nos deram a dica de uma trilha paralela, onde se tem como destino o templo do sol, caminhamos até lá, realmente, vale a pena, dizem algumas pessoas, que nem é preciso subir a montanha (pago) se for subir essa trilha paralela, por que a vista é muito parecida, bom, passado esse contratempo, a cidade Inca é MARAVILHOSA, inexplicável, só realmente quem esteve lá sabe a energia que tem, meta concluída! Saímos de MP era passado meio dia, pois o ingresso só possibilita ficar por lá um turno, retornamos pela trilha, e tiro certeiro ter subido de busão, trilha com escadas altas, levamos 1h30 para descer, imagina subir e de madrugada ainda, complicado, mas vimos pessoas de varias idades subindo e descendo ela, nenhum bicho de sete cabeças. Durante a tarde, conhecemos mais a cidade e fomos as "compras", no outro lado do rio, onde se tem muito mais lojas, tipo um camelô e mais barato. À noite saímos para jantar novamente, e acabamos pagando um pouco mais caro, devido a falta de informação, nos cobraram uma taxa na qual se cobra em todos restaurantes lá, porém não havia sido cobrado na noite anterior em outro restaurante, feito isso, sentamos no banquinho lá na praça principal, cheio de turistas, e tomamos uma garrafinha de pisco com soda, pra finalizar bem o dia. DICAS: 1- Ao entrar em MP, fique atento às placas. 2- Se quiser entrar bem cedo em MP, madrugue na fila do bus. 3- Obrigatório trocar o ingresso comprado pela net de MP, na Casa da Cultura, que fica ao lado da praça principal em Aguas Calientes. 4- Não é obrigado a pegar um guia em MP, não pegamos, mas eles ficam iguais a um urubu na carniça insistindo, mas é de boa você consegue fazer o Tur sem eles, e tem alguns gente boa que se você tem dúvidas eles respondem! 5- Vale a pena subir até MP de bus, são U$ 12,00, mas você chega inteiro lá em cima, e a descida fica o seu critério. Sem contar que na cidade você vai subir e descer muitooo. 6- Compras saem muito mais barato no "outro" lado do rio, onde tem varias cabanas tipo um camelô, e da pra pechinchar a vontade. 7- Consulte se os restaurantes vão cobrar os 10%. GASTOS: - banana S 2,00 - compras no "camelô" S 80,00 - pisco + soda S 6,00 (casal) - janta S 52,50 (casal) DIA 7 (05.07.17) Ultima manhã em Aguas Calientes, hora de voltar para a trilha, acordamos sem pressa, preparamos uns sanduíches com manteiga e queijo, algumas frutas, até porque as frutas lá são vendidas por unidades, o que sai caro. Não conseguimos visitar as aguas termais, uma pelo tempo, mas principalmente pelo valor, que sai S 20,00 por pessoa. Saímos às 10h para a caminhada, para não ter pressa, pois tínhamos que estar lá no ponto de encontro, na Hidroelétrica no máx. as 14h30, pois as vans ficam lá esperando você, e é uma bagunça a chamada que os caras fazem, é todo mundo gritando, correria, turisitada perdida... Bom, na ida fomos com um motorista em uma van, na volta, outro motorista em outra van que nos chamou na lista dele, então muita atenção nessa hora. Durante a trilha, na beira do rio, avistamos algo que não fazíamos ideia que dava pra enxergar, Machu Picchu, lá do alto da montanha. Na ida para Aguas Calientes, iniciamos a trilha por uma entrada, porém descobrimos que se pode iniciar de outro ponto, mais fácil, pois a que a maioria vai tem subidas, e essa é menos intenso, fica logo após as vendinhas na beira do trilho, em frente ao campo sintético à direita. Levamos 2h30 para retornar a Hidroelétrica, foi menos intensa que a ida. Chegamos a Cusco eram 21h, só deu tempo de ir ao hostel tomar um banho e capotar, porque o ultimo dia em Cusco começaria as 3h30. DICAS: 1- ficar atento à chamada dos motoristas das vans na hora de retornar a Cusco, nem sempre é o mesmo motora da ida. 2- todas as vans começam a sair da hidroelétrica às 15h. GASTOS: - mercado S 15,00 (casal) - dois chapéus S 20,00 - pagamento das duas noites no hostel U$ 15,00 (casal) - fruta nas vendinhas anexa ao trilho S 3,00 - taxi em Cusco até o hostel S 6,00 (casal) DIA 8 (06.07.17) O dia em que mais madrugamos às 3h já estávamos de pé, mas a van só nos buscou as 4h no hostel, é dia de conhecermos a Raimbow Mountain, conhecida como Vinicunca, pelas fotos que vimos pela net, estávamos bem entusiasmados, viajamos cerca de 3h até o local que iríamos tomar o café da manhã, lugar aconchegante, café muito bem servido, ficamos bem satisfeito, junto houve uma explicação dos guias que iriam acompanhar toda a galera na subida, haviam mais de 40 pessoas no café, foi explicado todo o roteiro, guias bem atenciosos, e seguimos rumo a Vinicunca. Chegando no início da trilha, existem vários nativos, com cavalos, mulas, que ajudam as pessoas a subirem a trilha, aí já imaginamos onde estávamos nos enfiando, bastante frio e altitude pegando forte, mas era só o início, quem quiser pagar e pegar um cavalo, um nativo vai guiando, por questão de segurança, e durante todo o trajeto, eles passam por você, oferecendo o serviço. Foram pouco mais de 3h até o cume, muito sofrido, realmente chegamos ao limite nesse dia, um carregava o outro, cinco passos no máximo de cada vez. Ao final são 5 mil metros a cima do nível do mar o desgaste realmente é muito grande, principalmente para nós que moramos no nível do mal.. mas não desistimos, persistimos em meio as montanhas, e fomos recompensados ao instante que chegamos lá em cima, foi muita emoção, estávamos a 5.278 metros de altitude, é incrível, de um lado você avista Vinicunca, linda, um arco-íris e do outro lado, os Andes, muita neve nas montanhas, certamente um dia que jamais esqueceremos. Ficamos pouco tempo lá em cima, muito vento, e os guias já estavam retornando, tínhamos que seguir com o grupo, infelizmente, na decida, sentimos também os efeitos da altitude. Retornamos ao mesmo local do café, mas para o almoço, comida muito boa também, porém a Dani ficou mal durante o resto do dia devido a altitude, foi pesado, mas tudo ficou bem ao retornarmos para Cusco. Chegamos já era a noite, e tínhamos a passagem de ônibus para Copacabana já reservada para as 22h30, então nos despedimos de Cusco em uma pizzaria, tomando uma boa cusqueña, cerveja mais famosa na região. Pegamos as mochilas e fomos ao terminal de ônibus, embarcamos em um da empresa Huayruro, muito bom, confortável, e sentamos bem na frente no segundo andar, as pernas agradeciam. DICAS: 1- bastão de trekking ajuda, e muito, em Vinicunca. 2- folha de coca, e um líquido que os guias passam pra você inalar, são indispensáveis, feito de álcool e ervas. 3- se tiver dinheiro sobrando, ir de cavalo não é ruim, mas a emoção de subir aquela montanha nas pernas é fora do comum. 4- sempre peça a cerveja mais gelada, pois eles costumam vender em temperatura ambiente (fria). 5- se for viajar de Cusco > Copacabana, leve algum alimento e água no bus. GASTOS: - água S 5,00 - pizza S 45,00 (casal) - acetona, pros "cascos" da Dani S 2,00. - balinhas doces pra montanha S 1,00 DIA 9 (07.07.17) As 5h40 da manhã, chegamos a Puno, ainda no Peru, ficamos 1h30 no terminal, para continuar seguindo para Copacabana, vimos o nascer do sol já a beira do gigante lago Titicaca, seguimos viagem já com as folhas da aduana nacional da Bolívia e o registro de entrada (imigração) para preencher. As 11h chegamos na fronteira, descemos para dar entrada no lado boliviano, atravessamos a fronteira a pé, e pegamos o busão no outro lado, lá já fizemos o primeiro câmbio para os bolivianos (Bs), mais meia hora, chegamos em Copacabana, ainda dentro do bus, um tiozinho, entra cobrando a entrada para a cidade, já começa ali mesmo os gastos. Descemos e fomos em direção a praia na beira do lago, a primeira impressão já foi a que ficou, esperávamos mais da cidade turística, sabíamos que na Bolívia seria mais precário, mas não tanto. Enquanto os homens foram dar uma olhada no camping que se encontra lá no canto na orla, as meninas ficaram tomando conta das mochilas, mas optamos por passar a primeira das duas noites em Copacabana, em um hostel, Pizarro, fomos muito bem recebidos, e conseguimos um desconto (algo difícil lá), a programação para o próximo dia seria acampar na Isla del Sol. Demos uma passada em algumas agências, para comprar a passagem de bus para Uyuni, a passagem de barco para a Isla del Sol, e cogitar os valores do tour em Uyuni, fechamos com uma tia que tem uma agência na avenida principal, ônibus e barco no dia seguinte. Em relação à comida, nosso almoço, foi fraco, de certo pegamos o cozinheiro em um mal dia, em um dos vários restaurantes que tem por lá, mas a janta foi recompensada, fomos a outro restaurante, na rua principal, que dá acesso a praia, se chama Waly Suma, esse vale a pena ir, pós isso, conhecemos um pouco da cidade a noite, muita sujeira, e povo ruim de negocio viu, parecem que não gostam de vender. DICAS: 1- Pechinchar na Bolívia é ruim em relação ao Peru 2- Compre as passagens na mesma agência para melhorar no desconto. 3- Diferente do Peru, na Bolívia ficamos em "quartos matrimonial", cada casal em um quarto, pelo mesmo valor se fosse os quatro no mesmo quarto. 4- Se acaso você for fazer o mesmo roteiro, reserve um dia para ficar em Puno, para conhecer as ilhas flutuantes, muito tradicional na região, não nos organizamos para isso, mas lamentamos não ter conhecimo as ilhas em vez de passar um dia em Copacabana. GASTOS: - entrada na cidade Bs 4,00 (casal) - Pringles Bs 20,00 - mercado Bs 45,00 - almoço Bs 40,00 (casal) - janta + cerveja Bs 75,00 (casal) - passagem de ônibus para Uyuni + passagem de barco de Ida para Isla del Sol U$ 42,00 (casal) - uma noite no hostel Pizarro Bs 110,00 (casal) - souvenir Bs 10,00 DIA 9 (08.07.17) Acordamos no hostel e logo partimos para a orla para pegar o primeiro barco do dia, com saída para a Isla del Sol, em média dura 1h a 1h30, depende do carregamento do barco, como fomos em lotação máxima, durou um pouco mais, chegando na Isla, tivemos uma “surpresinha”, pagar uma entrada na Isla para os nativos, que mal deixam você sair do barco e já te atacam. A entrada da Isla é bem bonita, cheia de árvores e flores, já passa mais confiança do que Copacabana. Tiramos algumas informações sobre a volta no outro dia, e compramos os tickets de volta. Atenção, compre o ticket de volta a Copabana apenas no dia em que voltar, pois compramos com antecedência, e houve confusão entre eles na hora de embarcar, cuidado! Passando esse estresse, tudo maravilhoso na Isla, compramos alguns souvenires, e subimos até o topo, onde dizem ser muito bonito, e realmente, uma das vistas mais bonitas da trip, montamos a barraca bem no topo da Isla del Sol, uma vista panorâmica com visão do lago todo e os Andes ao fundo, ficamos bem ao lado de um “templo” que fazem o ritual local, uma energia muito boa. Para completar, céu azul, pôr do sol e nascer da lua cheia do outro lado, foram mágicos, o frio abaixo de zero a noite foi recompensado por aquele momento. Comemos, bebemos e partiu barraca. DICAS: 1- Nós nos arrependemos de não ter passado as duas noites na Isla del Sol, na nossa opinião, muito melhor do que Copacabana. 2- Comprem o ticket para voltar a Copacabana no dia do embarque. 3- Os melhores e mais baratos souvenir ficam na Isla, pelo menos conseguimos pechinchar melhor com as locais em relação à Copacabana. 4- A comida é mais cara na Isla. GASTOS: - entrada na Isla del Sol Bs 20,00 (casal) - tickets de volta Bs 50,00 (casal) - souvenir Bs 40,00 DIA 10 (09.07.17) Acordamos a tempo de ver o nascer do sol, desmontamos as barracas, e nos despedimos daquele lugar lindo. Chegamos lá em baixo da Isla para pegar o barco de volta era 8h foi quando o tiozinho do barco nos disse que não se deve comprar o ticket de volta no dia anterior, mas tudo certo voltamos em um barco sozinhos, onde durou 1h. Chegamos em Copacabana, retornamos ao hostel Pizarro onde tínhamos deixado algumas coisas, e muito simpáticos, os donos do hostel nos deixaram tomar um banho antes de pegarmos o bus para Uyuni, demos um valor simbólico para eles só para retribuir hospitalidade, pois não tínhamos feito outra reserva neste dia. Levamos as bagagens na agência onde compramos os tickets, e saímos para comer algo, voltamos aos Waly Suma, comer uma “hamburguesa” como dizem lá, e depois fomos pegar o bus. Saímos de Copacabana as 13h30, com destino final a Uyuni, porém tendo uma parada em La Paz, cidade louca, ficamos “de cara”, tirando a vista da montanha com neve ao fundo, nada nos atraiu lá, mas também só tivemos tempo de ficar 3h na rodoviária esperando o bus para Uyuni. DICAS: 1- Fique bem atento com suas mochilas/bagagens na rodoviária em La Paz. 2- Leve papel higiênico com você se for utilizar o banheiro da rodoviária. GASTOS: - almoço Copacabana Bs 40,00 (casal) - souvenir Bs 10,00 - banho no hostel Bs 5,00 (todos) DIA 11 (10.07.17) Chegamos a Uyuni com um frio de -5, estávamos virados em uns bonecos de neve, muito frio, o que esquentou foi à receptividade dos vendedores de pacotes para o Salar, eles atacam na hora que você desce do bus, e pechinche sem medo, essa é a hora, de varias mulheres que nos cercavam, uma conversou melhor, e fez um valor atrativo. Fomos até um café com ela para conversar melhor, ela nos levou até sua agência, a Yurajh Tika, que significa flor branca em quéchua, e explicou o roteiro de três dias e duas noites que queríamos, tendo uma variação em relação à maioria, o que gostamos. Fechamos por um bom valor, bem abaixo que tínhamos pesquisado na net e em Copacabana. Esperamos até às 10h, horário que saía o tour na maioria das agências, junto com nos quatro, tinha mais cinco brasileiros, uma chilena e um casal europeu, na qual iriam seis em um jipe e a outra metade em outro. No primeiro dia, passamos no cemitério de trens do sec. XVIII, depois em Colchani para comprar souvenir, onde mais se vê variedades em produtos, sua grande maioria feita de sal, depois saímos para o Salar, nosso guia, Denis, nos levou na parte alagada, pois no inverno não chove, e as partes alagadas são menores, mas valeu a pena, muita loucura você esta pisando no maior deserto de sal do mundo, tiramos fotos e depois fomos almoçar em um “restaurante” de sal no meio do Salar, onde se tem a placa bem grande da corrida automotiva Dakar e a Plaza das bandeiras. O dia seguiu com as fotos em perspectivas no meio do deserto, Isla Incahuasi, a ilha de cactos gigantes, que chegam a medir 10 metros, muito irado, e por fim o pôr do sol lindo no Salar. Após isso fomos para o hotel de sal, que fica em um roteiro deslocado aos demais, no qual só estávamo-nos da agência Yujajh Tika lá, hotel bem aconchegante, e realmente, tudo é de sal, muito legal. Podemos ficar em um quarto “matrimonial” também, o banheiro era compartilhado, e a ducha era quente, pois estava muito frio, a janta foi servida, e que janta, estavam de parabéns. DICAS: 1- A agência Yurajh Tika é uma agência nova em Uyuni, familiar, tudo o que falaram sobre o tour foi realizado, alimentação muito boa, café da manhã, almoço e janta, o jipe 4x4 bem confortável e o guia Denis muito gente boa, nos explicava tudo. 2- Os souvenires de sal que se compra em Colchani, são muito bonitos, mas o problema é que derreteram tudo aqui no Brasil, os Imãs já não existem mais, uma pena. 3- Por mais que tenham as refeições no tour, sempre é bom levar uma bolacha, agua, papel higiênico. 4- Pagamos para entrar na Isla Incahuasi, mas não foi nos pedido o ticket, apenas para o uso do banheiro. Link no facebook da agência Yurajh Tika http://https://www.facebook.com/Yurajh-Tika-Expediciones-1866163136965638/ GASTOS: - tour de 3 dias e 2 noites com a Yurajh Tika Bs 1.300,00 (casal) - mercado Bs 25,00 - Isla Incahuasi Bs 30,00 (casal) - souvenir Bs 27,00 DIA 12 (11.07.17) Acordamos por volta das 7h para tomar o café da manha, saímos para o segundo dia do tour, passando primeiro pela gruta das galáxias, tínhamos que pagar a parte, nós não entramos, mas dizem que é bem legal. Continuamos seguindo o roteiro, e começamos devagarzinho a encontrar neve pelo caminho, até que o deserto de areia se transformou e ficou tudo branco, muito lindo, descemos para brincar um pouco, primeiro contato com a neve, pensa! Continuamos o passeio, passando por algumas lagunas no meio do nada, avistamos vulcões, plantas petrificadas, a famosa Arbol de Piedra, e outras paisagens surreais, além de alguns animais silvestres no deserto. Almoçamos na beira de uma laguna, e tivemos que pagar para entrar na área das lagunas, no fim da tarde chegamos à famosa laguna colorada e depois partimos para o “refugio” onde passaríamos a segunda noite. Quando chegamos lá, era melhor do que imaginávamos, só não tinha calefação no quarto e agua quente, foi sem banho mesmo, fazia muito frio, enquanto jantávamos houve uma apresentação de crianças da região, bem engraçados, e depois fomos dormir, pois o dia seguinte começaria as 5h. GASTOS: - entrada na região das lagunas Bs 300,00 (casal) - gorjeta para as crianças Bs 2,00 DIA 13 (12.07.17) Ultimo dia de tour, mas não começou bem para mim, passei mal durante a noite, diarreia e vômitos, que bom que foi no ultimo dia né! Mas vida que segue alguns remédios para dentro e bora, primeiro ponto a ser visitado foram os gêiseres, estávamos a mais de 4 mil metros de altitude, muito louco e com um cheiro muito ruim, de ovo podre, mas pensa, aquele vapor vem lá do centro da terra... Continuamos a viagem, e passamos nas aguas termais, eu fiquei louco para entrar, mas estava muito mal, deixa para a próxima, o principal ponto turístico do dia era a Laguna Verde, porem não podemos ir, pois com a baixa temperatura ela estava congelada, e não se poderia ver muita coisa, uma pena, por fim começamos a fazer o retorno para Uyuni, passando por algumas lagunas, vilarejos no meio do nada, Denis fez questão de encontrar um medico em algum postinho de saúde para me atender, encontramos um sujeito, injeção tomada, alguns remédios para levar, e segue viagem, chegamos em Uyuni por volta das 17h30, com o efeito dos remédios já estava melhor, podemos dar uma saída para comer algo e ir ao hostel para passar a ultima noite em Uyuni. GASTOS: - remédios Bs 25,00 - banheiro Bs 3,00 - pipoca Bs 6,00 - uma noite no hostel em Uyuni Bs 120,00 (casal) DIA 14 (13.07.17) Tínhamos o avião para iniciar o retorno para o Brasil as 8h25, de Uyuni para Santa Cruz de la Sierra, Denis se comprometeu a nos levar, e assim fez, fizemos o check in no aeroporto de Uyuni e pegamos os voo, como tinha escala em La Paz, ficamos apenas 30 minutos no aeroporto, e já pegamos o outro voo para Santa Cruz de la Sierra. Chegamos as 11h30 e ficamos até as 7h30 do outro dia, um chá de cadeira, como estávamos com pouquíssimo dinheiro, não era viável deixar as bagagens em um guarda volumes, e pagar um taxi ou bus para ir conhecer a cidade, iria dar muito gasto, então ficamos por lá mesmo. DICAS: 1- Optamos por comprar uma passagem aérea de Uyuni para SCS pela questão do horário, pois o ônibus levaria 18h e o valor não compensava entre um e outro. 2- Se for fazer o mesmo esquema de volta (voo) planeje ter um pouco de dinheiro para dar uma volta pela cidade. 3- O aeroporto de SCS é tranquilo, armamos acampamento lá, em nenhum instante fomos incomodados. GASTOS: - taxa aeroporto Bs 22,00 (casal) - Almoço aeroporto Bs 65,00 (casal) - janta Bs 65,00 (casal) Dia 15 (14.07.17) Depois de 15h no aeroporto de SCS, pegamos o voo para Porto Alegre, com escala em Lima, sendo que iriamos ficar mais 11h em Lima, sendo assim, como já conhecia o aeroporto de Lima, logo pensamos, em Lima podemos dar uma volta, pois o aeroporto é mais próximo da cidade e tem umas lanchonetes no entorno, resposta errada!!! Chegamos as 8h30, horário local, mas como o voo era escala, tivemos que ir direto para a área de pré-embarque, ou poderíamos sair do aero, mas teria que pagar U$ 30,00 por pessoa, e lá se vai mais um chá de cadeira. Mas o pior é que na área de pré-embarque não tem câmbio, e nós sem nada de soles ou dólar, apenas um pouco de real e 21 bolivianos que nos sobrou, sorte que o casal que estava junto com a gente na trip, tinha um pouco de dólar ainda, e deu pra segurar as pontas até a vinda pra POA. Sorte ainda, que encontramos uma loja dentro do aeroporto que tinha amostra de chocolate, já ajudou a sustentar até o voo, depois a galera só estava pelo lanche do avião! Embarcamos rumo ao Brasil as 22h30, chegando a POA as 4h30 do dia 15. DICAS: 1- Se o seu voo for uma escala, tente trocar o dinheiro local em um câmbio antes de entrar na sala de pré-embarque. 2- Tentei trocar o real por soles ou dólar através de um funcionário do aeroporto, mas ele cobrava uma “propina” para ir ao cambio, já estava com pouco, não rolou. 3- As mantas da companhia aérea Avianca foram muito uteis na nossa trip, vale a pena pegar pelo menos uma. GASTOS: - lanche e agua no aeroporto em Lima U$ 11,00 E essa foi a nossa primeira trip de mochilão. Esperamos que nosso relato ajude mais mochileiros a desvendar esses lugares incríveis do Peru e Bolívia. Hasta Luego!!!!!
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Eu fui em fevereiro ao Salar, não sei em números te dizer a temperatua, mas durante o dia não faz mto frio, talvez uns 10° ou 15°, tô chutando... Agora, durante a noite faz frio sim, menos de 0°, no passeio do deserto, o guia me falou q a temperatura estava em torno de 10° negativos.
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Bom, galera, moramos em uma cidade na fronteira do Brasil com a Bolívia, chamada Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia. Cruzando o rio, chegamos a Guayaramérin, cidade localizada no departamento do Beni, onde pegamos o voo, em um sábado, dia 08 de Abril de 2017. Pagamos R$ 692,00 pelas passagens de ida e volta para Cochabamba (R$ 346,00 cada). A estrutura do aeroporto de Guayaramérin é bem precária, resumindo-se à pista de pouso e a uma estrutura metálica coberta onde os passageiros são abrigados. Às 11h fizemos o check-in na sede da empresa Eco-jet; almoçamos e seguimos para o aeroporto, onde amargamos uma espera de mais de três horas, pois o voo atrasou. Chegamos em Cochabamba por voltas das 18h e rumamos para a casa de uns amigos, que nos hospedaram até terça-feira (11/04). Em Cochabamba, aproveitamos o domingo (09/10) para conhecer o mercado La Cancha, uma enorme feira livre cheia de brechós e diversas lojas com preços convidativos, onde aproveitei e comprei uma jaqueta de couro por R$ 135,00. No fim da tarde, visitamos o Cristo da Concórdia, o cartão-postal da cidade, onde assistimos a um belíssimo pôr do sol. Cochabamba é uma cidade cheia de opções para a noite, com barezinhos e restaurantes de excelente qualidade. Gostei mais de lá do que de La Paz, a qual conheci em outra ocasião. Deixamos a segunda-feira para acertarmos os demais detalhes da viagem. Compramos uma passagem, para o dia seguinte, de trem, o Expresso Del Sur, de Oruro até Uyuni. Esse trem só sai às terças-feiras e sextas-feiras, às 14h30min. A passagem foi adquirida antecipadamente por uma Agência de Viagens chamada Viccio Tours, super confiável, que também nos emitiu as passagens aéreas. Pagamos R$ 60,00 pela passagem, na classe executiva. Compramos, também, na rodoviária, uma passagem de Cochabamba até Oruro, com saída às 6h da manhã, pela qual pagamos cerca de R$ 17,00. Saímos de Cochabamba com destino a Oruro no horário marcado. A distância entre as duas cidades é curta, cerca de 215 km, mas como a estrada é só de subidas e de curvas sinuosas, levamos em torno de 4h30min até chegar ao destino. Lá chegando, pedimos a um taxista que nos levasse até a imagem da Virgen de Socavón, padroeira dos mineradores, maior imagem dedicada à Nossa Senhora erigida na América do Sul. Essa santa é cheia de mistérios e histórias a envolverem o sincretismo religioso dessa cidade, conhecida por seu exótico carnaval. Sacamos algumas fotos e o taxista nos deixou em um restaurante ao lado da estação de trem. Pagamos pelo almoço cerca de R$ 30,00 e, detalhe, no restaurante não tinha wi-fi. Às 14h30min o trem partiu de Oruro com destino a Uyuni. A distância entre as cidades é de cerca de 318km, mas como o trem se move em velocidade lenta, só chegamos ao itinerário às 21h30min. Você pode optar fazer a viagem em menos tempo, caso queira ir de ônibus. Há diversas empresas que fazem esse trajeto de Oruro; Não vale a pena comprar passagem de trem que não seja na classe executiva, pois é uma verdadeira muvuca e certamente você não terá sossego em ter de dividir um banco que não reclina com mais outras três pessoas por sete horas seguidas de viagem. O trecho de trem é lindo, com paisagens impressionantes. O trem não é luxuoso, mas fornece serviço de bordo e há um vagão climatizado onde se pode comer bem e tomar cervejas locais, como a deliciosa Wari. Chegando em Uyuni, fomos diretamente para o hostel, que reservamos pelo booking.com. Optamos pelo Reina do Salar. Pagamos uma diária, em quarto compartilhado e banheiro não privado, por R$ 60,00, por pessoa. Deixamos lá as coisas, tomamos um banho e fomos em busca de comer algo. A cidade tem uma rua principal com várias opções de restaurantes. Fazia um frio imenso, escolhemos uma pizzaria que tinha aquecedor e wi-fi e nos alimentamos. Amanhecemos o dia e fomos em busca de uma agência para fechar o passeio. O amigo da Viccio Tour nos indicou a Manager, com quem fechamos o passeio completo de 3 (três) dias, por R450,00, com quase tudo incluso (café da manhã, almoço, jantar), com exceção da taxa de R$ 75,00 para visitar a Laguna Colorada, a taxa de R$ 17,00 para a Isla Incauhasi, além dos banhos por onde passarmos, pelos quais devemos pagar cerca de R$5,00. Éramos um grupo de 6 (seis) pessoas, quatro brasileiros e dois venezuelanos. Voltamos para o hostel e às 10h30min o motorista veio nos buscar, em um 4x4. 1º DIA Iniciamos o passeio passando em uma tenda para comprar água e alguns lanchinhos. Recomendo que cada um compre cerca de 5l de água. É imprescindível que levem remédio para dor de cabeça, dor de barriga, enfim, primeiros socorros. Seguimos para o Cemitério de Trens, onde tivemos uns 30min para tirarmos algumas fotografias, depois seguimos para um lugarejo bom para comprar artesanato e onde almoçamos (quinoa, batatas, salada, banana cozida e carne de rês). Nosso motorista era ótimo e bem atencioso, um senhor muito educado chamado Hugo. Depois do almoço rumamos para o meio do Salar e em menos de uma hora chegamos ao monumento do Rali Dakar. A imensidão do Salar impressiona e nos deixa hipnotizado. Não conseguiria descrever com palavras a sensação de estar nesse lugar deslumbrante, mas as fotografias aqui anexadas dão um pouco da dimensão dessa beleza. Tiramos algumas fotografias também nesse lugar dedicado a diversas bandeiras de vários países e times de futebol e logo depois nos dirigimos a Isla Incauhasi, a Ilha dos Cactos Gigantes. Aqui ficamos em torno de duas horas. É uma caminhada íngreme, mas bela. Do alto temos uma visão perturbadoramente bela da imensidão branca de sal por trás dos enormes cactos seculares. Descemos a ilha e fomos dar um passeio pelo deserto, onde escolhemos um local ermo para tirarmos fotos em perspectiva. Depois, saímos em busca de um espelho d'água. Por sorte, nessa época ainda encontramos um trecho alagado, onde tiramos as melhores fotos e vimos o mais lindo por do sol da minha vida. Seguimos, por fim, para o alojamento. Um frio castigador já caía sobre o local. Os banhos só podiam ser realizados um por vez, pois o aquecedor era a gás e não tinha pressão para bombear por mais de uma ducha. Pagamos a taxa de R$ 5,00, tomamos o banho; serviram-no uma deliciosa sopa de legumes de entrada e depois um típico piquemacho (carne, ovos cozidos, salsicha, pimentão e tomate). Dormimos cedo, porque a saída do dia seguinte estava marcada para as 5h30min. 2º DIA O segundo dia foi reservado para visitarmos algumas lagunas, como a Canapa e a Hedionda, além de elevarmos a subida em altitude, passando por diversos vulcões inativos. Visitamos a famosa Árbol de Piedra e seguimos para a Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa, perto da fronteira com o Chile, onde está localizada a deslumbrante Laguna Colorada com seus tons rubros e diversos flamingos. Ficamos na Laguna Colorada até o entardecer e seguimos para o alojamento. Foi o maior frio de toda a minha vida. Não havia termômetros para medir a temperatura, mas ela certamente estava alguns graus negativos. O alojamento é nos mesmos moldes do anterior, com um detalhe negativo: só temos 2h de energia elétrica, das 19h às 21h, suficientes para carregarmos as baterias de câmeras fotográficas e aparelhos celulares. 3º DIA Acordamos 4h30min, pois sairíamos às 5h. Tomamos o café da manhã e seguimos rumo aos gêiseres, onde assistimos ao sol nascer. O frio não deu trégua, mas foi incrível ter contato com a terra viva emitindo aqueles vapores sulfurosos. Depois, seguimos para o Deserto de Siloli, ou Deserto de Dali, um lugar de beleza surreal, tal qual as pinturas do pintor catalão. Seguimos para a Laguna Verde, que não estava nada verde por conta do vento forte e voltamos para as Termas de Polques, um lugar lindíssimo e onde o banho é para os corajosos, pois tirar a roupa naquele frio, entrar na água quente e, depois voltar a enfrentar o frio glacial, não é tarefa fácil; mas me rendi ao desafio. Depois, recomeçamos o retorno ao Uyuni. Almoçamos em um pequeno lugarejo, passamos por uma Selva de Pedras e, por fim, chegamos a Uyuni às 16h da tarde. Às 18h compramos passagem de ônibus com destino a Oruro. Chegamos lá às 22h, onde compramos passagem para Cochabamba, com saída às 22h30min. Chegamos em Cochabamba às 3h e voltamos ao Brasil às 11h40min. Detalhes: As estradas de Cochabamba – Oruro – Uyuni são péssimas, pois estão sendo duplicadas. Não é um trajeto tranquilo, é bem estressante. Ouvi falar que a ida por La Paz é mais tranquila. Os valores aqui estão em reais. Um real estava valendo cerca de 2,15 pesos bolivianos. Fiz o câmbio em Guayaramérin. O câmbio em Uyuni estava em torno 1 real para 1,90 pesos bolivianos. Levem carregadores portáteis. O custo total da viagem foi em torno de R$ 1.800, com as farras de Cochabamba que não contabilizei. É, portanto, uma viagem barata, que mais exige coragem.
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Eu e meu namorado somos de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Pesquisei muito qual seria a melhor maneira de chegar até Uyuni, partindo do Brasil, e acabamos nos decidindo por fazer o que a maioria das pessoas faz: ir até Calama de avião, hospedar em San Pedro de Atacama e fazer o tour de 4 dias pela Bolívia, voltando ao Chile no 4º dia. Outra opção que teríamos seria chegar pela Bolívia e fazer o caminho contrário. Apesar da passagem de avião ser mais barata (Guarulhos a La Paz), a opção para chegar até Uyuni seria um ônibus de muitas horas, e achamos que não valeria a pena. No final das contas, compensou mais chegar pelo Chile também para driblar melhor o mal de altitude, uma vez que SPA (San Pedro de Atacama) fica a 2.000m de altitude e La Paz a 3.600m. Pouso Alegre fica a 200km de São Paulo, e as passagens partindo de Guarulhos para Calama estavam mais em conta que partindo de Viracopos (Campinas). Compramos a passagem no início de junho, pelo site da TAM, para ir no dia 18/setembro e com retorno no dia 01/outubro. Pagamos RS1.345,50, com as taxas inclusas, fazendo escala em Santiago. Achei razoável o valor. O único inconveniente é a escala grande em Santiago: na ida pegamos uma escala de madrugada, passando 5h no aeroporto; na volta pegamos uma escala por toda a noite, passando 12h (preferimos não pagar mais uma noite de hospedagem e nos viramos como deu pelo aeroporto mesmo) e partindo no começo da manhã. Foi um inconveniente calculado, porque muitas pessoas costumam ficar 3 ou 4 dias em Santiago também, o que diminui esse desconforto. Como já conhecíamos Santiago, preferimos só fazer a escala mesmo. Tem quem compre a passagem de Guarulhos a Santiago e deixa pra comprar de Santiago a Calama no aeroporto mesmo, mas achei arriscado pagar um valor muito alto. Então, resumindo os valores por pessoa que paguei de passagem: * Viação Santa Cruz - Pouso Alegre a São Paulo, ida e volta: R$92,00 * Airport Bus Service - rodoviária Tietê a aeroporto Guarulhos, ida e volta: R$93,00 * LATAM Guarulhos a Calama, ida e volta: R$1.345,50 * Trans Licancabur - aeroporto Calama a SPA, ida e volta: R$95,00 (comprando ida e volta juntos) TOTAL: R$1.625,50 Enquanto planejava a viagem, pesquisei aqui no Mochileiros e no grupo do Facebook por indicação de hospedagem em San Pedro de Atacama, bem como de agências para fazer os tours por lá e pela Bolívia. Entrei no Booking e pesquisei os hostels indicados aqui e com vagas disponíveis para a data da minha viagem, selecionei alguns e mandei no meu e-mail. No dia que resolvi fazer minha reserva, quase não tinha mais vaga em nenhum desses hostels selecionados! Realizei nova busca pelo Booking e pelo Mochileiros, até encontrar o Hostal Tuyasto, com diárias a US$40 o quarto privativo para casal. Ou seja, saiu a US$20 pra cada. Nesse hostel só existem quartos privativos, para 1, 2, 3 ou 4 pessoas; sendo alguns com banheiro privativo também. Selecionamos um quarto com banheiro compartilhado mesmo. O café da manhã era incluso no valor e só reservamos as 6 primeiras diárias, antes de ir para Uyuni. Preferimos verificar o hostel primeiro antes de fechar as diárias restantes, na volta da Bolívia. O hostel nos surpreendeu muito positivamente! Fica a 600m da principal esquina de SPA: Caracoles x Toconao, de fácil acesso e a 100m da aduana. Tem mercadinho perto, é bem seguro, limpo e organizado. O chuveiro tem água quente de aquecimento solar e o banheiro é limpo diariamente. O quarto é quentinho também e o hostel bem sossegado. Gostamos tanto que acabamos reservado as últimas diárias lá mesmo, por CLP20.000 a diária pelo quarto de casal (aproximadamente R$100,00). Para quem quiser saber melhor, fiz uma avaliaçãodo hostel no TripAdvisor: https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g303681-d2628556-r424711010-Hostal_Tuyasto-San_Pedro_de_Atacama_Antofagasta_Region.html#CHECK_RATES_CONT
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Olá pessoal, Estou procurando esta informação online e esta dificil de achar: Como ir de San Pedro de Atacama para Uyuni. Sei que tem onibus saindo de Calama as 6 da manhã, porém não é diariamente e li alguns relatos não muito bons sobre este trajeto. Aqui no forum, em algum post vi alguem falando que daria para ir para Uyuni com alguma agencia mesmo não estando fazendo um tour, mas não achei mais nada sobre isso na internet. Alguém poderia me ajudar se isso é verdade e qual agencia faz isso? Obrigado
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Ola Pessoal! Meu nome é Everton, moro em SP e adoro viagens e fotografia, e depois de fazer dois mochilões (Europa e Asia) pelo mundo, resolvi pela primeira vez escrever um relato da minha viagem que está para acontecer neste próximo dia 12 de novembro. Praticamente já está tudo certo, passagens compradas, hosteis e lugares que vamos visitar ( vou postar valores depois). Meu maior problema agora é conter a ansiedade até o dia viagem rs... uma semana que parece um mês. Tenho o costume de viajar sozinho, porém desta vez vou levar dois amigos, o Thiago (Amate) e o Danielzinho, vulgo Bruce Lontra hahaha, depois eu explico o apelido. A ideia é começarmos a viagem pela Ilha de Páscoa que pertence ao Chile, e depois voltar para Santiago, Atacama e Salar Uyuni. O roteiro detalhado é esse abaixo: Queria ficar mais tempo em Santiago, porém não vai ser desta vez, os meninos que vão comigo precisam voltar antes e nao será possível estender Santiago, mas acho que o roteiro que vamos fazer será bem legal. Eu nao tenho problemas para fazer a mochila, porem ela não está comigo ainda : / vi uma vez numa viagem uma menina que costurou os patches de todos os países que ela tinha ido e eu resolvi costurar . O sapateiro falou que ela fica pronta dia 08 hahaha, tomara pq dia 10 já começo a montar ela. Enquanto isso, para não esquecer de nada, estou colocando todas as coisas em cima do sofá aqui no quarto. Olha a situação rs Bom, mas pelo menos quando a mochila chegar já vai estar tudo no jeito hahhaha Uma coisa que eu quis dar ênfase, é a parte das fotos, e durante e este meu relato terão muitas, eu sou do tipo de cara que viaja para fotografar hahaha , tanto que estou levando 15kg de equipamentos, e pretendo se der sorte vender algumas. Este é um dos motivos que eu prefiro viajar sozinho, porém meus amigos me conhecem a algum tempo e já sabe dessa minha vibe e sei que não teremos problemas, mesmo por que este também curtem. Olha abaixo parte do meu arsenal hahaha Bom, enfim, este foi um post mais para apresentação e ideia de como será a viagem. Fico devendo a questão dos valores das passagens e dos hosteis, mas até o meio da semana eu coloco essas informações, ai na sequencia o próxima atualização deverá vir das terras chilenas, pois iremos embarcar no nosso voo para Santiago as 21h44 e a chegada prevista é lá para 1h da manhã, ai vamos ficar no aeroporto mesmo, por que voo pada Ilha de Páscoa é umas 09h45. Nesse período irei colocar mais algumas informações enquanto esperamos o nosso próximo voo e tomamos uma breja hahah . abs Pessoal
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Pessoal, estou indo a Uyuni agora e depois de conhecer Uyuni vou a San Pedro do Atacama ficar uns dias e depois voltar. Como faz para voltar? Não seria volta de passeio, pois já teria conhecido Uyuni......teria q ser uma volta direto a Uyuni, para poder pegar um outro voo, pois meu voo de volta ao Brasil sai de Santa Cruz de La Sierra Me ajudem por favor !
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Hey! Segue meu relato para Bolívia realizado entre 20 de Janeiro á 03 de Fevereiro de 2016. Vou postar os relatos aos poucos e para ver fotos acesse os links que estarão em cada post. Dúvidas, me questione aqui ou mande e-mail para thiago@mundodesbravo.com.br Obrigado. T. Luiz
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Este mochilão faz parte de uma viagem maior que estamos fazendo, a trabalho, pela América do Sul. Resolvemos tirar umas “férias” e conhecer um pouco mais do oeste boliviano Nosso objetivo é compartilhar informações principalmente com viajante duros como nós, ou ainda com aqueles que ficam sempre adiando os planos de viagens com a desculpa de que não têm grana. Estamos copiando descaradamente o modelo de organização de um relato que lemos da Maria Emília, editora aqui do Mochileiros.com, pois achamos muito prático. Valeu Maria Emília (e outros mochileiros, claro) seus relatos e dicas estão nos ajudando muito, você é uma inspiração para nós!!! Bom, agora vamos ao que interessa: La Paz Chegamos em La Paz de ônibus, vindo de Cochabamba. Optamos por um ônibus semi-cama. O ônibus era realmente bom, apesar do motorista ter demonstrado ser muito pouco educado e desrespeitoso. Depois de alguns passageiros reclamarem de atraso (e o ônibus estava realmente parando mais do que devia), o tal motorista parou num pedágio e pediu para um policial interrogar os passageiros, pois, segundo ele, estávamos forçando-o a ultrapassar o limite de velocidade (o que era uma grossa mentira). Ok, hora de respirar fundo: não desanime, percalços assim são comuns na Bolívia, e sinceramente não sei se algo parecido não iria ocorrer se optássemos por outra companhia. Nessas horas, o melhor é desfrutar das boas poltronas e da linda paisagem. Foram cerca de 9 horas de viagem. Havíamos duas opções de estadia baratas, as duas muito próximas entre si, na rua Yanacocha. Sempre visando a economia, fomos a pé até o HOSTAL ÁUSTRIA e ao HOSTAL SEÑORIAL. São cerca de 15 minutos de caminhada a partir do terminal de ônibus, a altitude e o peso das bagagens tiram o fôlego é certo, mas não mata ninguém. Chegando lá, um hostal era na frente do outro. Acabamos optando pelo Señorial, pois a cozinha era melhor. Pegamos um quarto que tinha janela para frente do hotel, o que foi bom pela luminosidade e ruim pois há noite (cerca de 21-22hs) era um pouco barulhento. No outro dia, fizemos uma pesquisa para encontrar algo mais em conta, caminhamos um pouco pela parte central da cidade mas ainda assim o Señorial continuou sendo um ótimo custo- benefício e resolvermos permanecer nele. Tenha em conta que é raríssimo encontrar alojamento com cozinha nessa cidade, e é bastante importante para nós que estamos viajando há bastante tempo (e estamos cansados de comida de restaurante), além do fato de que preparar as próprias refeições é uma ótima forma de economizar. Não há supermercados próximos dessa zona. Apesar disso, há o Mercado Lanza, a cerca de quatro quadras do hotel Señorial. Este é um grande mercado popular no qual você pode tomar café da manhã por preços econômicos e comprar o que necessita para cozinhar. Como não há etiquetas em nenhum produto, muitas vezes os comerciantes querem lucrar em cima dos gringos e acabam fazendo preços mais altos. Não se aborreça, a regra é clara: pesquise o mesmo produto em várias tendas e pechinche. Um dia, por estarmos próximos, fizemos compras no HiperMaxi (na C. Rosendo Gutierrez, a duas quadras da Aniceto Arce), mas no resto foi tudo no Mercado Lanza mesmo. Nossas refeições eram simples, como massa à bolognesa, risoto (com arroz normal, do jeito mais simples possível), arroz com bife, arroz com proteína de soja, sopa instantânea, massa com atum, etc. Para café da manhã comprávamos (e armazenávamos na geladeira da cozinha do hotel) leite, manteiga, queijo, ovos e íamos nos organizando todas as manhãs. De lanche costumávamos ter sempre frutas (banana, maçã, laranja, bergamota, etc), além de pão, chá. Um de nós acabou de apaixonando pelo api, uma bebida bastante tradicional e popular na Bolívia, a base de uva e farinha de milho (pelo menos foi o que nos pareceu). Na calle Comércio, nº 1057 (a meia quadra da Plaza Murillo) há o Wist’upiku, um espaço mais refinado que serve api, pastel de queijo e ótimas empanadas (a de charque foi inesquecível). Se você for mais despreendido de luxos, vale a pena provar o api de um botequinho bem modesto, mas delicioso e cheio de bolivianos. Fica na C. Indaburo, ao cerca de cem metros da casa da cruz verde que fica na esquina com a C. Jaén. No último dia em La Paz (quando já não tínhamos mais nada para comer em nossa “despensa”) tomamos café da manhã em uma saltenãria, localizada na C. Yanacocha (na quadra que fica entre as C. Potosí e Comércio, do lado direito da rua para quem está subindo). Café completo, por um preço baratíssimo, com torradas, bolachas água e sal, manteiga, geléia, ovo mexido e uma bebida a escolher (café preto, com leite ou chá). Outro local possível também é no próprio Mercado Lanza onde há várias tendas com café, lanches, sucos, etc, todos com preços bem populares. Para quem viaja com laptop, encontramos (depois de muito procurar) duas opções de wi-fi, os cafés Alexander (esq. calle Socabaya e Potosí) e Sol Y Luna (calle Murillo, 999). Não sei porquê, o maldito sinal do Alexander não conseguia acessar o Mochileiros.com, tampouco o Banco do Brasil. No entanto, de resto era ok. O Sol Y Luna acessava esses sites tranquilamente. Ambos são cafés destinados a turistas (o Alexandre também parece ter muitos executivos), por isso os preços são acima da média boliviana. Recomendamos para quem está viajando com o orçamento mais folgado ou para quem necessita de wi-fi. Outra opção que se mostrou bem econômica foi uma lanhouse, próxima ao nosso hotel. O local era na calle Comercio (vindo da Plaza Murillo, logo depois da Yanacocha, do lado direito da rua), tipo em um shopping. Basta tomar elevador até o 3 º andar. A hora é barata e a velocidade é relativamente boa. Numa das noites, nos aventuramos no bar Ojo de Água (C. lllampu, 965) lugar que parece ser um ponto de encontro cultural pacenho. Além de nós, havia mais alguns poucos turistas, a maioria do público é composta de locais. Na noite em que fomos, havia uma competição de grupos de danças típicas. Tudo bastante simples, porém muito bonito e feito por pessoas dedicadas. A cerveja é servida com um pequeno prato de folhas de coca para ir mascando junto do trago. Muito bom. Dos museus que visitamos, tivemos uma ótima surpresa com um deles e entramos numa fria em outro. A fria foi o Museu da Coca (C. Linares, 906). Não queremos desestimular ninguém que quer visitar, mas realmente não nos agradou. O espaço é pequeno, muito pouco visual (mais coisas para ler do que ver), e a exposição em si parece mais uma grande colagem de trabalhos escolares, com direito a fotos de revistas coladas com fita adesiva, do que um museu propriamente dito. Por outro lado, o Museu dos Instrumentos musicais é radicalmente diferente. Há uma variedade enorme de instrumentos, alguns bastante comuns, outros raros, muitos exóticos. A cada sala, a música muda. Além de uma infinidade instrumentos bolivianos, há também uma sala dedicadas a instrumentos de diversas partes do mundo. Não é recomendado apenas para fissurados em música, e sim para todos, afinal a música é uma das dimensões humanas. Aliás, a C. Jaén por si só já um local interessante, que vale a visita. Durante nossa estada em La Paz fizemos 2 passeios: primeiro o monte Chacaltaya e no dia seguinte o sítio arqueológico de Tiwanaco. Em ambos, foram acertados pela agência do Hotel Torino, seguindo as dicas aqui do site, nem fizemos pesquisa entre as agências, fomos direto na Torino e não nos arrependemos, o pessoal foi bem simpático e confiável e ainda, por estarmos em duas pessoas, fazendo dois passeios, nos deram descontos. Seguindo o esquema que se repetiu nos dois dias de passeio, uma van passou em frente ao nosso hotel cerca de 9hs da manhã e seguimos até o Chacaltaya. No caminho paramos para tirar algumas fotos de La Paz e mais adiante num botequinho para mantimentos e lanches (no caso de que não havia levado), mas atenção, os preços eram bem superiores, então é bem importante levar já o lanche de La Paz (água, bolachas, sanduíches, chocolate, frutas, etc). A van sobe com certa dificuldade a estrada íngreme até chegar em uma espécie de “acampamento base” onde todos descem, podem ir ao banheiro, pagam suas entradas e iniciam a caminhada até o topo do Chacaltaya. O "acampamento-base" visto de cima A caminhada inicial é bem puxada, pois, apesar de não ser muito longa, é bem íngreme, o que torna tudo mais difícil, ainda mais a 5.000m de altitude. Muitas pessoas paravam (nós inclusive) para respirar e recuperar o fôlego. O dia estava bem bonito e apesar do frio, havia sol. Depois de se chegar ao primeiro ponto, o grupo segue para o segundo (um grupo de brasileiros que conhecemos no hotel disse que no grupo deles, muitas pessoas nem conseguiram seguir adiante), ainda mais alto, porém com um caminho um pouco mais plano. A vista lá de cima é algo recompensador, vale muito a pena o sacrifício. Na volta, quando estávamos descendo, começou a nevar. O frio era intenso, porém a neve deu todo um charme, algo inédito para nós. A segunda parte da caminhada no Chacaltaya No acampamento, já com todos lá embaixo, havia, para quem quisesse e pudesse pagar, chá de coca, chocolate quente, sanduíche e sopa, a preços um pouco acima da média. Tomamos um chá de coca para recuperar nossas forças, comemos uns pães e chocolates que havíamos levado e seguimos viagem com o grupo até o Vale de La Luna. O Vale consiste de formações geológicas que nada mais são (segundo a explicação do guia) do que o resultado de milhares de anos da ação da chuva sobre solo. O local é relativamente organizado (os banheiros são limpos, as trilhas são bem demarcadas, etc). Fizemos, por estarmos com pouco tempo, a trilha mais curta (de 20min) ao invés da trilha completa (cerca de 45min). No fim das contas foi até melhor, pois não achamos o local “lá essas coisas”, além do mais estava todo mundo bem cansado da caminhada no Chacaltaya. Quando já era quase 16hs, retornamos e a van deixou todos, como combinado, na C. Sagárnaga. No dia seguinte, já tínhamos agendado o passeio para Tiwanaco. Dessa vez, pegamos a van e quase na saída da cidade trocamos para um microônibus, maior e bem mais confortável. A estrada até as ruínas é bem pavimentada e a viagem segue tranqüila por cerca de 1h30min, quase 2hs. No ônibus mesmo, pagamos para o guia (uma figura ímpar) o ingresso do local. Este passeio dividiu opiniões, pois um de nós gostou bastante e outro detestou. Acreditamos que no final das contas o que interessa é o gosto da pessoa por esse tipo de assunto. Primeiramente, visitamos dois museus, um com artefatos e reconstituição da história dessa antiga civilização; o outro, ainda em construção, com o maior monolito encontrado no parque. Nosso pícaro guia explicava tudo muito bem e era bastante engraçado. Seguimos então para o parque de Tiwanaco, onde estão localizadas as ruínas. Para entrar, estrangeiros pagam 80 bolivianos, enquanto habitantes locais pagam apenas 10 bolivianos – coisa que, sob nosso ponto de vista, é uma estúpida forma de discriminação e preconceito. O passeio não é dos mais cansativos, apenas uma caminhada pelas ruínas. No entanto, sem almoço e com o sol forte do meio-dia, acaba se tornando um pouco maçante. Também há muitas crianças correndo e grupos escolares. Se você se interessa pelo tema de antigas civilizações, cremos que é uma boa pedida esse passeio. Mas se você não se inteeressa, talvez seja melhor poupar sua grana e seu tempo. Depois do passeio, lá pelas 14h, a van leva o grupo para um pequeno restaurante do povoado de Tiwanaco. Levamos lanches e fizemos nossa refeição dentro do microônibus, pois já imaginávamos que o restaurante que iriam nos levar seria caro para nosso orçamento (não deu outra, cada almoço custava 25 bolivianos). Depois que todos comeram, seguimos de volta para La Paz (no mesmo esquema do dia anterior, parando na C. Sagárnaga). Dicas e custos: - Passagem para La Paz (a partir de Cochabamba) pela empresa Flota Bolívar: 50 bol/pessoa (ônibus semi-cama) + 5 bol/pessoa pela uso do terminal. - Diária do Hotel Señorial (localizado na Calle Yanacocha, 540, a uma quadra da Plaza Murillo e três quadras da Av. Marical Santa Cruz): 35 bol/pessoa (quarto com banheiro coletivo) :'> Pontos positivos: - Disponibiliza cozinha (ampla), com geladeira - Quartos confortáveis - Banheiro coletivo grande, com duchas quentes e abundantes - Localização boa (a uma quadra e meia da Plaza Murillo) - Staff é legal, bastante simpático (principalmente as meninas da limpeza) - Os quartos eram limpos todos os dias Pontos negativos: - Não negociou o preço das diárias, mesmo a gente ficando mais de uma semana lá. - Não havia tomadas de energia nos quartos - Sem internet nem café da manhã - Quartos que dão para a frente são um pouco barulhentos à noite Avaliação final: voltaríamos e recomendaríamos para um amigo. - Api + pastel de queijo (Wist’upiku, C. Murillo, nº 1057, a meia quadra da Plaza Murillo): 8 bol.. Ainda nesse local: apenas api = 4 bol., apenas pastel de queijo ou empanadas de diversos sabores = 4,5 bol. - Cafés com sinal Wi-Fi: Café Alexander (esq. C. Socabaya e Potosí) e Sol Y Luna (C. Murillo, 999). Café expresso pequeno (praticamente o que há de mais barato nos menus): 8 bol. - Internet na C. Comércio (próximo da calle Yanacocha): 1,5 bol/hora. - Bar Ojo de Água (C. Lllampu, 965): 10 bol/pessoa para entrada. 2 cervejas (Paceña) saem por 25 bol. e vêem com folhas de coca para mascar. - Roubada: Museu da Coca (C. Linares, 906): 10 bol/pessoa - Bacana: Museu dos Instrumentos Musicais (início da C. Jaén): 5 bol/pessoa - Café da manhã em Salteñaria (localizada na C. Yanacocha, entre as C. Potosí e Comércio): 8 bol/pessoa. - Passeio pela Agência Torino para o monte Chacaltaya + Vale de La Luna: 40 bol/pessoa (com desconto, preço original: 50bol/pessoa) + 15bol/pessoa de entrada em cada parque. - Importante: não esquecer filtro solar, óculos de sol e além de agasalho reforçado (o frio pode ser bem intenso lá em cima), como um bom casaco, luvas e touca. Levar lanche e água. - Passeio pela Agência Torino para as ruínas de Tiwanaco: 45bol/pessoa (com desconto, preço original: 50bol/pessoa) + ingresso 80bol/pessoa.