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  1. Resumo: Itinerário: Recife a Natal Distância Aproximada Entre Origem e Destino (Google Maps): 278 km Distância Aproximada Percorrida Incluindo Passeios: 450 km Período: 29/07/2023 a 17/08/2023 (19 dias) Gasto Total: R$ 1.576,62 Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 1.300,62 - Média Diária: R$ 68,45 Ida: Viagem pelo BlaBlaCar de Beberibe a Recife por R$ 166,00, com Carlos. Volta: Viagem pelo BlaBlaCar de Natal a Beberibe por R$ 110,00, com Charlenson. Paradas: 1- Recife: 3 dias 3- Olinda: 2 dias 5- Itamaracá: 2 dias 6- Carne de Vaca - PE: 1 dia 7- Praia Bela – Pitimbu - PB : 1 dia 8: João Pessoa: 2 dias 9: Lucena: 1 dia 10: Baía da Traição - PB: 1 dia 11: Baia Formosa - RN: 1 dia 12: Pipa: 2 dias 13: Tabatinga/Búzios: 1 dia 14: Natal: 2 dias Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, rios a atravessar, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em boa parte da viagem houve bastante sol, ocorrendo algumas pancadas de chuva breves, geralmente fracas. Dias com chuva prolongada foram poucos (acho que só 2). Não houve raios. A chuva, quando me pegava nas praias, apesar de não ser tão forte, tornava-se mais sensível devido ao vento forte. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 20 C a 30 C. As praias, o mar, as lagoas, a vegetação, as falésias, as paisagens naturais, os mirantes, as construções históricas e típicas e os itens culturais agradaram-me muito . Em alguns trechos de mar aberto, o mar estava bravo, com ondas fortes e grandes, com alguma correnteza. O mar geralmente tinha uma cor verde linda ou azul . Em Recife e arredores não me arrisquei a entrar no mar devido à possibilidade de ataques de tubarões 🦈. Peguei 2 limões no chão em um caminho. Encontrei muito lixo nas praias, principalmente plástico. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil. Em vários locais as pessoas se aproximavam para ouvir melhor e tentar ajudar com informações . Não pude entrar em alguns locais por estar com sunga de banho. Precisei tirar a roupa para cruzar a praia de nudismo. Foi grande a generosidade de alguns donos de acomodações, que ofereceram cafés da manhã que eu não havia contratado ou uma que até ofereceu a estadia inteira sem pagar, achando que eu estava em dificuldades . Procurei ser o mais educado possível e recusei quase todos para não abusar da hospitalidade. A caminhada no geral foi tranquila. Os maiores problemas foram os rios a atravessar. Mas acabei conseguindo as travessias em quase todos, só precisando atravessar nadando em dois. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) nas praias nem nas estradas nem nas cidades. Evitei trechos do centro de Recife no domingo. A população pareceu-me não ter grandes preocupações com segurança, pelo modo como andavam, comportavam-se e me atendiam (um estranho), mesmo à noite. A maioria aceitava cartão de crédito, mas alguns com acréscimo. Quase todos aceitavam PIX. Meus gastos foram R$ 212,00 com alimentação, R$ 1.016,72 com hospedagem, R$ 71,90 com transporte durante a viagem e R$ 276,00 com ida e volta pelo BlaBlaCar (https://www.blablacar.com.br). Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de Morro Branco, Beberibe, Ceará, a Recife no sábado 29/07/2023 pelo BlaBlaCar. Meu vizinho Francesco veio despedir-se de mim antes de eu sair, deu-me um abraço e me desejou boa viagem. Caminhei até o ponto de encontro, que era no acostamento da estrada CE-040, perto da entrada de Beberibe. No caminho comprei pães para complementar meu café da manhã e para a viagem. Cheguei pouco antes da hora combinada. Esperei um pouco e o motorista Carlos quase passou por mim. Só parou porque me reconheceu pelo rosto. Pareceu ser um bom motorista e bastante culto, torcedor do Sport, engenheiro civil com experiência em vários projetos, trabalhando atualmente em Fortaleza e com a família morando em Recife, já tendo feito projetos em Angola. Embarquei cerca de 8h30. Já estavam no carro uma outra moça que iria até Aracati e Gabriel, argentino, que tinha crescido em Campinas e morava no Nordeste há bastante tempo, que iria para Natal. Deixamos a moça em Aracati e lá embarcou a venezuelana Luz. Ela trabalhava de modo itinerante dando aulas de inglês e não era crítica ao governo da Venezuela. Na parada em Aracati, Carlos reabasteceu e eu aproveitei para pagar minha passagem pagando o reabastecimento com cartão de crédito, Paramos numa tapiocaria na estrada em Angicos. Todos comeram. Eu comi parte dos pães que havia comprado e uma tapioca com manteiga. A estrada tinha pista simples em boa parte do trecho até Natal (acho que de Aracati para frente), sendo que em alguns pontos havia obras de recapeamento, com barreiras para passar em meia pista alternadamente cada sentido, o que aumentou consideravelmente o tempo de viagem, sem contar o risco maior de acidentes. Em Natal deixamos Gabriel e Luz e embarcaram Jamerson e um outro rapaz de Apodi, que era engenheiro eletricista. Chamou minha atenção ele falar que sendo recém formado sua remuneração era próxima do salário mínimo. De Natal para frente a estrada era duplicada, o que aumentou consideravelmente a velocidade e deixou a viagem mais confortável e segura. Em João Pessoa deixamos Jamerson e embarcou uma moça paraibana. Pudemos apreciar o lindo pôr do sol na Paraíba, perto de 17h15, bem cedo para os padrões paulistanos, nem tanto para os padrões cearenses. A viagem foi tranquila e eu fui o último a descer em Recife. Carlos gentilmente levou-me bem mais perto do que o combinado inicial, deixando-me na Praça do Derby, cerca de 10 minutos a pé do hostel que eu havia reservado. Chegamos perto de 19h. De lá fui a pé para o hostel. Fiquei no Recife Hostel (https://www.google.com.br/maps/place/Av.+Manoel+Borba,+796+-+Boa+Vista,+Recife+-+PE,+50070-045/@-8.0588931,-34.8950038,17z/data=!3m1!4b1!4m6!3m5!1s0x7ab18c3a6a9dfcf:0xff54dae811692ae9!8m2!3d-8.0588984!4d-34.8924289!16s%2Fg%2F11cpplyxdf?hl=pt-BR&entry=ttu). Estava terminando uma festa 🥳. Esperei que concluíssem para fazer o procedimento de entrada. Paguei R$ 105,30 por 3 diárias. Após me estabelecer, fui ao supermercado para comprar legumes, mas achei os preços altos e nada comprei. Observei que na região do hostel havia vários bares e similares com bandeiras e símbolos de apoio ao público LGBT. Voltei e fui fazer o jantar. Tinha levado comigo um pouco de arroz integral, feijão, milho, proteína de soja texturizada e limões. Cozinhei para os 3 dias, pretendendo guardar na geladeira para os 2 dias seguintes. Uma francesa e a chinesa Estela de Hong Kong, com quem comecei a conversar, quiseram experimentar. A francesa pareceu gostar, pois repetiu. Ou então estava com fome 😄, posto que minha comida é totalmente fora dos padrões. Uniram-se à conversa o voluntário do hostel Flávio, que era amazonense, outro moço que era de Natal, um alemão e acho que alguns outros esporadicamente. Durante a noite havia uma pessoa roncando alto em parte do tempo, mas como meu sono é pesado, não gerou grande impacto. Apareceu uma mosca (não era mosquito, era mosca mesmo), mas também não incomodou muito. Achei o ar condicionado um pouco forte. Para as atrações de Recife veja https://visit.recife.br e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g304560-Activities-Recife_State_of_Pernambuco.html. Os itens de que mais gostei foram o Marco Zero, as praias, os itens históricos e culturais e o Parque das Esculturas . No domingo 30/07 inicialmente saí para procurar por uma padaria para comprar pão. Mas não achei nenhuma aberta. Não quis ir ao supermercado, pois tinha achado o preço do pão alto nele. Assim sendo, comi no café o mesmo que tinha comido no jantar, só que em menor quantidade, acrescido de biscoito de polvilho, que havia gratuitamente na área compartilhada do hostel. Conheci Ana, pernambucana do interior, que estava ali para resolver questões na capital. Após o café da manhã, saí para conhecer a região central. Algumas pessoas disseram-me para não ir às áreas comerciais do centro, pois estariam desertas no domingo e poderia não ser seguro. Nelas também havia atrações históricas e culturais. Assim sendo, concentrei-me no Marco Zero e arredores. Havia muitas construções históricas no caminho para lá e no seu entorno. Havia praças, igrejas, sinagoga, museus, casas de exposição (frevo, bonecos gigantes), museu de cera etc. Visitei a maioria por fora e entrei no Centro de Artesanato (que achei muito interessante), na Torre Malakoff e no Centro Cultural Caixa. Pude apreciar também as estátuas dos poetas, o Rio Capibaribe, os canais e a vista do Parque das Esculturas, do farol e da barreira de recifes. Fiz um passeio pelas redondezas englobando o forte, os armazéns, o Porto Digital e a orla, além das construções históricas. Achei magníficas as vistas, principalmente do Parque das Esculturas, da orla, do rio e do mar. Esta era a vista do Parque das Esculturas a partir do Marco Zero. Havia muitas pessoas passeando ou fazendo itinerários de bicicleta. Como houve greve de ônibus neste dia, algumas atrações ou locais de informação estavam fechados. Fiquei um tempo apreciando um show na Praça do Arsenal, onde espectadores dançavam frevo. Fiquei também apreciando o mar, o Parque das Esculturas e todo o movimento na Praça do Marco Zero. Depois apreciei também uma batucada de um grupo ali perto. Houve ainda uma manifestação contra o abate de jumentos, cuja carne estava sendo vendida para a China. Passei ainda pelo Palácio do Governo, pela praça na sua frente e vi o teatro ao lado por fora. No caminho de volta ainda foi possível apreciar um trecho histórico da Rua Aurora, com casas antigas. Quando voltava para o hostel, encontrei a chinesa Estela, que disse que estava indo dar um passeio, pois estava começando a festa no hostel e ele ficava lotado. Eu não tinha ideia do que era este “lotado” 😄. Chegando, como a festa ainda não tinha começado, jantei o mesmo do dia anterior, acrescido de farinha de milho, pega da área compartilhada do hostel. Pouco depois do jantar começou a festa, que imagino ser dirigida ao público LGBT, tendo inclusive apresentação de transsexual ou travesti e muita música. Eu estava na sala, uma espécie de área de convivência. Havia tanta gente que o caminho para o banheiro e para a cozinha ficou inviável. Mesmo para entrar no quarto era difícil, pois o palco ficava bem na porta. A festa durou umas 2 a 3 horas. Durante a festa levei várias picadas de pernilongos 🦟 ou similares. Após acabar, pude escovar os dentes e fui dormir. No quarto conheci uma moça que havia sido assaltada numa ocasião de madrugada quando voltava do shopping ali perto. O ar condicionado estava bem mais forte (19 C), pois Flávio desejava expulsar a mosca, o que realmente ocorreu. Porém passei um pouco de frio durante a noite. Na 2.a feira 31/7, após tomar café da manhã com o mesmo que havia jantado (se bem me lembro acrescido de alguns biscoitos de polvilho), fui à Praia de Boa Viagem. Fui andando. Muitas pessoas me deram informações no trajeto. No meio do caminho, quando houve uma bifurcação num viaduto, perguntei a um rapaz que prestava serviços para a companhia de energia, eu acho, se seguia em frente, o que parecia ser o caminho indicado pelo mapa. Ele me disse que era melhor não, pegar o outro ramo da bifurcação e sair na Praia do Pina, que seria um caminho mais seguro, além de mais bonito. Caso contrário eu pegaria a Via Mangue. Fiz o que ele disse e pouco depois cheguei à praia. Andei pelo calçadão até encontrar um banheiro funcionando. Depois fui para a areia. Achei as praias lindas . Estava bastante sol e a maré estava baixa, o que fazia a caminhada bastante agradável e as paisagens muito belas. A praia estava cheia, apesar de ser 2.a feira. Principalmente em Boa Viagem, havia vários banheiros funcionando. Passei pela Igreja de Nossa Senhora de Boa Viagem, mas estava fechada. Mesmo assim, gostei de rever sua arquitetura simples. Depois visitei o Parque Dona Lindu e o Monumento aos Retirantes (que alguns me informaram como sendo a família do Lula). Não entrei no mar, mesmo com maré baixa, pois não quis correr nenhum risco com tubarões. Mas pela quantidade de gente que estava nas piscinas naturais formadas, acho que o risco era muito baixo ou quase inexistente com a maré tão baixa daquele jeito, dados os arrecifes que bloqueavam o acesso e geravam os remansos. Depois de desfrutar bastante das vistas, da praia e da orla, fui pela praia ao Parque das Esculturas. Após acabar a Praia do Pina passei pelo Buraco da Velha e pela Praia de Brasília Teimosa. Trabalhadores perto da entrada do parque, que faziam procedimentos de revitalização ou urbanização, deram-me informações para acesso. Achei espetacular o Parque das Esculturas (https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_das_Esculturas_Francisco_Brennand). Não conhecia as obras do Francisco Brennand. A Torre de Cristal pareceu-me a mais imponente e impactante. Mas achei as outras muito interessantes também. Um trabalhador de uma empresa de restauração, que havia participado do projeto original, contou-me que muitos itens foram roubados do parque, que não possuía vigilância. Falou que quase tudo que era de cobre ou bronze (ovos de tartaruga, partes de estátuas de aves e outras, fiação etc) ou que tinha algum valor foi roubado. Disse que levaram caminhões à noite para roubar. Falou-me também de um assassinato ocorrido à noite de um homem de um casal de homossexuais. Como o mar era muito bravo, não pude ir até a ponta onde estava o farol. Achei muito belas as vistas da cidade e do oceano a partir de lá. Em especial, tirei esta foto do Marco Zero e arredores: Não havia barcos para travessia, por ser 2.a feira, então voltei pelo mesmo caminho que tinha vindo, passando novamente na avenida da comunidade que lá morava. Não entrei na comunidade, pois não sendo conhecido, achei que poderia haver algum estranhamento. De lá fui visitar o Recife Antigo. Precisei passar por uma ponte sem área para pedestres 😨. Visitei a sede do Galo da Madrugada, Memorial Estátua de Luiz Gonzaga, Casa de Cultura (que parecia ser uma antiga cadeia ou forte), Pátio de São Pedro, Igreja e Convento do Carmo, Mercado de São José e outras igrejas. Ex-policial que tinha um restaurante no Pátio de São Pedro falou-me como havia decaído a região, que antigamente era muito frequentada por turistas e que atualmente estava bem mais deserta e até com algum risco de segurança, principalmente após o horário comercial. Comi uma tapioca e um pastel no meio e fim da tarde. Quando já voltava para o hostel, ainda visitei outra parte da Rua Aurora, com seus casarões antigos e a Ponte da Boa Vista. As pontes à noite ficavam iluminadas e me pareceram muito bonitas 👍. A quantidade de pontes próximas lembrou-me um pouco São Petersburgo. Não tive nenhum problema de segurança ao longo do dia. Fiz arroz, feijão e soja juntado com limões para o jantar, pois não contava com o fato de que mais pessoas além de mim comeriam nem que eu comeria o mesmo nos vários cafés da manhã, o que fez a comida acabar um dia antes. Acrescentei farinha de milho ao jantar e comi de sobremesa alguns biscoitos de polvilho, ambos da área compartilhada do hostel. A chinesa Estela experimentou um pouco, mas achou que a farinha estava muito seca e pediu para colocar o caldo ou um pouco de água. Conversamos bastante sobre as viagens (minha e dela), Brasil, América do Sul, China e Hong Kong. Pedi a Flavio e o ar condicionado foi aumentado para 23C, bem mais confortável, porém a mosca voltou. Na 3.a feira 1/8, após o café da manhã com o mesmo que havia comido na janta mais biscoito de polvilho da área compartilhada, saí para visitar a Praça do Derby, onde eu tinha descido na chegada, mas que não tinha tido tempo de conhecer, a Ilha do Retiro, não podendo entrar no campo porque estava em obras, mas podendo visitar todo o complexo esportivo do clube e o Memorial Dom Helder Câmara, onde não pude entrar. Voltei para o hostel, despedi-me de Flávio, Ana, Estela e de outros e parti para conhecer alguns itens que faltavam e ir para Olinda. Passei então pela Capela Dourada. Não entrei no museu, mas entrei na igreja ao lado, de onde se podia vê-la da porta. Depois fui fazer visita ao Teatro Santa Izabel, em que fui guiado por Wellington, que conhecia muito bem sua história e o contexto que o envolvia. Saindo de lá, fui pela Rua Aurora vendo as estátuas e construções antigas ou de interesse até a Assembleia, o Parque 13 de Maio, a Faculdade de Direito e a Câmara Municipal. Depois retomei a orla do rio e fui vendo suas estátuas de poetas e outras, Monumento Tortura Nunca Mais, outros monumentos, obras de arte e o rio, que caminhava em direção ao mar. Ao fim, peguei a avenida e rumei para Olinda. Passei por longo trecho semideserto, ao lago de área de vegetação. Achei as vistas do rio e das matas muito belas. Cheguei em Olinda pouco antes das 15h. Pessoas deram-me informações para eu chegar até o hostel. Lá fiquei no Hostel Temporada Rosário (https://www.google.com.br/maps/place/Ros%C3%A1rio+Hostel/@-8.0092428,-34.8558455,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7ab22ae71c43143:0x9c5b3d9a41f458ff!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-8.0092481!4d-34.8532706!16s%2Fg%2F11cjgfftfy?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/rosariohostelolinda241), pagando R$ 75,42 por duas diárias em uma cama compartilhada num quarto com banheiro. Porém fiquei sozinho, pois não havia outros hóspedes no quarto. Em outros quartos havia um casal de pernambucanos e um casal de franceses. Daniel, o dono do hostel, deu-me ampla explicação sobre Olinda e sobre as próximas etapas da caminhada, principalmente ida à Itamaracá. Mostrou-me também a vista da sacada, que permitia ver parte do centro histórico e áreas de vegetação natural. Após me estabelecer, passei na padaria e comprei alguns pães para um pequeno lanche. Depois visitei 4 Cantos, onde peguei informações turísticas, andei por algumas ruas centrais e fui até a Sé. Lá dei um passeio pelas atrações existentes, visitei a feirinha e fui apreciar a vista a partir dos mirantes e depois o pôr do sol, que estava lindo 👍, mas de que não tirei foto porque havia deixado o celular no hostel. Havia um observatório lá e estavam fazendo uma atividade com dois telescópios nas praças para observação da lua cheia. A lua 🌕 estava linda e a observação através do telescópio, podendo ver suas crateras, manchas e detalhes foi maravilhosa. O tempo estava limpo, o que ajudou bastante. Havia fila para olhar e tirar fotos da imagem produzida pelo telescópio. À noite, como era Dia do Maracatu, houve apresentação de vários (acho que 8 ) grupos de Maracatu 💃, desfilando pelas ruas a partir do Largo do Amparo e chegando aos 4 Cantos, onde faziam uma apresentação mais longa final . Acompanhei o desfile do primeiro grupo pelas ruas e depois fiquei nos 4 Cantos para assistir a apresentação dos demais grupos. Creio que assisti a cerca de 7 grupos. Numa das apresentações, um músico desmaiou, foi carregado, mas logo foi reanimado e, depois, levado ao hospital. No fim do desfile que acompanhei, encontrei o alemão que havia conhecido no hostel de Recife. À noite cozinhei o resto do arroz, feijão, soja e milho que tinha levado e juntei com os limões. Passei das 22h, que era o limite de uso da cozinha. Mas Daniel havia me autorizado a ficar um pouco mais, desde que não fizesse barulho. Ainda assisti parte do jogo da Copa Sulamericana enquanto jantava. Para as atrações de Olinda veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g304559-Activities-Olinda_State_of_Pernambuco.html e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/olinda/. Os itens de que mais gostei foram os itens históricos e culturais, as praias, os mirantes, o desfile de grupos de maracatu e o observatório astronômico. Na 4.a feira 2/8 saí para comprar 10 pães de manhã, vi na padaria que estava acabando o primeiro tempo do jogo do Brasil contra a Jamaica na Copa do Mundo de Futebol Feminino e voltei para o hostel para comer o café da manhã enquanto via o segundo tempo. Conversei com o casal de franceses e me despedi do casal de pernambucanos que estava indo embora. Lamentavelmente o Brasil ficou no empate e foi eliminado. Após isso, apreciei um pouco mais a vista da sacada, esbocei meus trajetos do dia a partir dela e saí para conhecer a cidade. Visitei igrejas, becos, praças, casas antigas, o farol, a prefeitura, a câmara, a faculdade, biblioteca, itens históricos, culturais e outros. Achei boa parte muito bem preservada. A maioria das igrejas estava fechada e o farol também, mas pude entrar em algumas. Um atendente do Centro de Cultura explicou-me sobre as praias de Olinda e falou de uma, em direção a Recife, em que havia desova de tartarugas, poderia haver problemas de segurança e em que um surfista havia morrido há pouco tempo devido a ataque de tubarão 🦈. Andei pela orla, onde achei as vistas do mar e da orla muito belas. Houve pequena garoa, que criou um lindo arco-íris. O mar parecia bravo. Havia vários trapiches em que se podia caminhar e ter uma vista ainda melhor do mar. Guardei 3 pães do café para comer no almoço. Lamentavelmente 2 mulheres pediram-me pão ou comida logo após eu ter acabado de comer os pães e fiquei sem atendê-las. No entardecer voltei a Sé para ver o pôr do sol e a Lua quase cheia, mas o tempo não estava muito bom. Veja pela foto. Começou a garoar e então decidi não esperar pela visualização da Lua pelo telescópio, que imagino que deve ter sido cancelada. No fim do dia, após voltar ao hostel, a chuva engrossou e houve goteira na cozinha, sobre a mesa. Daniel e seu assistente rapidamente moveram a mesa e fizeram um contorno. Eles ainda me deram mais algumas dicas sobre a caminhada a Itamaracá a ser feita no dia seguinte, falando de travessias e opções. À noite houve pernilongos, mas como havia ventilador no quarto, liguei-o para espantar os pernilongos e pude dormir tranquilo. Na 5.a feira 3/8 comprei pães, comi o café da manhã, perguntei a Daniel qual o melhor caminho para chegar na orla, despedi-me dele e parti para Itamaracá. Ao chegar perto da orla aproveitei para sacar dinheiro, pois poderia ir para lugares em que não se aceitasse cartões ou PIX. Logo após fui para a Praia do Bairro Novo e de lá prossegui pela areia. Achei as praias lindas e boas para caminhar. Houve vários trechos com pedras na areia e recifes. Ao longo do dia algumas pessoas deram informações precisas e detalhadas. Passei por esta estátua de Iemanjá, que ficava na foz de um rio ou na lateral de um braço de mar, mas que tinha uma ponte próxima para travessia. Ao passar por Maria Farinha vi um enorme prédio abandonado, de que Daniel havia falado, como sendo perto do ponto para pegar o acesso ao ponto de travessia. Ainda fui até o pontal, mas depois voltei em direção ao ponto das balsas e barcos. Ao chegar ao ponto onde havia a balsa, os barqueiros me deram opções de ida a vários locais. Deram-me a melhor solução para gastar menos 👍. Optei por fazer a travessia mais simples, que ia somente até o outro lado, deixando-me em Nova Cruz, município de Igarassu. Paguei R$ 3,00 pela travessia. O barqueiro que me atravessou parecia bastante preocupado com o bem-estar dos clientes. Estava argumentando com outro que era necessário haver número suficiente de barcos, mesmo em dias com menos movimento, para que os passageiros não ficassem esperando muito. Chegando em Nova Cruz, fui caminhando até Mangue Seco e de lá, conforme me haviam dito, consegui atravessar andando para Coroa do Avião com a maré baixa. Achei esta região muito bela. Eis uma foto dela: Coroa do Avião era um banco de areia no meio do mar. Lá conheci uma família de goianos, com quem deixei minha mochila para ir tomar um banho de mar. Conversei um pouquinho com eles sobre nossas viagens. Procurei por um barqueiro para me atravessar, que encontrei por R$ 25,00, mas acabou aparecendo uma lancha que iria levar um casal de volta a Itamaracá. Negociei com o piloto que aceitou me levar junto por R$ 10,00. O homem do casal concordou. Quando chegamos lá, o homem disse que eu não precisaria pagar nada, mas como havia combinado com o piloto, paguei. Chegando em Orange, aproveitei para visitar o forte, que achei bem conservado, e depois fui para a praia rumar para a pousada mais barata que havia encontrado, ao preço de R$ 120,00 a diária. Na praia havia pessoas praticando kitesurf. No caminho questionei outras pousadas e até um apartamento para aluguel, mas as outras pousadas eram mais caras e o apartamento não tinha infraestrutura para alguém somente com uma mochila, além de só estar disponível por um dia. Quando já procurava pela pousada que havia pesquisado, perguntando para um rapaz que estava na rua sobre possíveis moradores que alugassem quartos, ele me apontou para a casa de Antônio Mário, que disse que alugava, mas que achava que tinha parado, posto que não havia mais placa na porta. Mesmo assim arrisquei e fui até lá. Antônio Mário atendeu-me e disse que ainda alugava. Ofereceu a quitinete por R$ 150,00 por dois dias, o que dava R$ 75,00 a diária. Prontamente aceitei. Paguei-o em dinheiro. Após me estabelecer, fui tomar um banho de mar e depois, com orientação de Antônio Mário, fui comprar legumes, queijo e pães para o jantar e o café da manhã. Houve alguns insetos parecidos com pulgas na cama e pernilongos 🦟 durante a noite, mas consegui dormir bastante. Para as atrações de Itamaracá veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g793395-Activities-Ilha_de_Itamaraca_State_of_Pernambuco.html e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/ilha-de-itamaraca/. Os itens de que mais gostei foram as praias, a Trilha dos Holandeses, o Forte Orange e Vila Velha. Na 6.a feira 4/8 fui tomar banho de mar logo de manhã. Na volta Antônio Mário estava me esperando sentado num banco numa espécie de pracinha na esquina. Convidou-me para tomar café da manhã com ele. Eu lembrei a ele que não estava incluído, mas ele convidou mesmo assim. Acompanhei-o até sua casa, onde ele me ofereceu pães, queijo, frutas etc. Tentei não abusar e depois saí para comprar pães e complementar meu café da manhã, dado que não pretendia almoçar. Devido aos insetos durante a noite, pedi a Antônio Mário que retirasse os colchões que estavam ao lado da cama na quitinete. Ele fez isso e ainda me disse que jogaria uma espécie de repelente enquanto eu estivesse ausente. Acho que deu resultado, pois os insetos parecidos com pulgas sumiram e houve bem menos pernilongos durante a noite. Após o café, saí andando pela praia em direção ao centro. Lá conheci a igreja, mas não pude me aproximar do altar por estar de sunga. Fui ao setor de turismo da prefeitura tentar obter informações. Não pude ir até a sala correspondente por estar de sunga, mas me deram um folheto com as principais atrações da cidade. Um guarda da câmara municipal deu-me várias informações e me recomendou não entrar no mangue quando estivesse procurando travessia de barco para a Praia do Sossego, por razões de segurança. Fui andando pela praia até o Pontal do Jaguaribe e descobri que poderia atravessar para a Praia do Sossego andando com a maré baixa. Fiz a travessia para testar e a água chegou apenas na cintura. Achei muito bela a vista a partir do pontal e a partir da própria Praia do Sossego. Voltei caminhando e passei pela Igreja de Jaguaribe e pelo Espaço Ciranda, que tinha murais grafitados. A gestora disseram-me estar viajando (acho que na Suíça ou semelhante). Voltei pela praia e rumei para o Forte Orange, onde aparentemente começava a Trilha dos Holandeses até Vila Velha. Algumas pessoas deram-me informações, mas preferi perguntar aos atendentes do forte para não ter dúvidas. Indicaram-me onde era o início da trilha, na Capela de São Paulo, que ficava na estrada, mas acabei pegando a rua errada na capela e andei parte do caminho errado . Uma moça que trabalhava no quintal até me disse que eu estava no caminho errado, mas não acreditei nela. Quando voltei, disse para ela que ela tinha razão. E ela reforçou que um homem havia passado por ali (imagino que ela tenha perguntado) e dito que a trilha era pela outra rua, o que eu segui e desta vez deu certo. Achei a trilha muito preservada e limpa, com linda mata no entorno. No final, para chegar em Vila Velha, havia um rio ou braço de mar que era necessário atravessar. Achei que teria que desistir, mas havia um barqueiro da prefeitura que me atravessou gratuitamente. Quando disse a ele que não havia levado dinheiro e teria que desistir, ele me disse que não havia problema, pois o serviço era público e gratuito. Estavam construindo uma ponte para futuramente facilitar o acesso. Visitei a igreja, vi o mirante, a partir do qual achei a vista linda, e desci até o forno de cal, onde Ednildo, que construiu uma casa em cima, linda e singular, recebeu-me muito bem. Ele disse que foi para lá com a família inicialmente por necessidade, viver ali no buraco. Com o tempo foi construindo a casa, que me pareceu uma espécie de chalé montanhês de madeira. E estava vivendo ali vendendo as obras de arte que produzia. No caminho para o forno havia uma cobra verde 🐍, que olhei, mas não molestei nem me atacou. Atrasei para voltar, mas o barqueiro ainda me esperava. Ele morava na comunidade, o que acho que facilitou. Atravessou-me, peguei a trilha de volta e fui parar na praia, ainda antes do pôr do sol. Voltei pela praia, tomei um banho de mar e cheguei de volta à quitinete. Comprei pães, queijo e legumes para sanduíches no jantar e pães doces para sobremesa. A operadora de caixa do supermercado trocou dinheiro para mim, mesmo pagando com cartão. A noite foi bem mais tranquila que a anterior, sem os pequenos insetos e com muito menos pernilongos. No sábado 5/8, inicialmente tomei um banho de mar, depois comprei pães para o café da manhã e, após comê-los, despedi-me de Antônio Mário e parti pela areia da praia em direção ao Pontal do Jaguaribe. Passando pelo centro tentei sacar dinheiro, mas não consegui, pois o caixa eletrônico estava sem dinheiro. Cheguei lá com a maré já baixa o suficiente para poder atravessar andando para a Praia do Sossego. Estava um pouco mais alta do que no dia anterior, mas nada que impedisse a travessia andando. Comi algumas bananas 🍌 que estavam um pouco verdes antes da travessia e não me caíram bem. Acabei devolvendo parte delas, inclusive para não correr riscos de ter algum mal-estar durante a travessia. Ao longo do caminho todas as praias me pareceram muito belas. Passei por várias praias e cheguei ao Pontal da Ilha. Lá havia um ponto em que barcos passavam e levavam passageiros para Goiana, que era o município do outro lado do rio ou canal. Perguntei a um casal e me disseram que tinham vindo até lá com um barqueiro, mas só voltariam à tarde. O dono do restaurante ou bar do local de embarque me disse que o movimento estava fraco e que não havia barcos para travessia. Outros disseram-me para esperar. Várias pessoas deram-me informações e tentaram ajudar-me a conseguir um barco. Resolvi tomar um banho de mar enquanto esperava. Depois, vendo o tempo passar, saí para procurar por barqueiros. Um rapaz que trabalhava com várias coisas no local, disse-me que estava aguardando chegar uma encomenda com seu barco e que me levaria se eu não conseguisse outro. Porém, após algum tempo, indicaram-me que vinha um barco, pilotado por Benedito, que poderia atravessar-me. E, de fato, ele atravessou-me por R$ 10,00. Chegando lá, andei por toda orla de Goiana pela praia. Havia vários trechos com recifes e piscinas naturais, o que me lembrou Porto de Galinhas. As vistas das praias continuavam muito belas. Eis uma foto delas: No caminho encontrei um rapaz que vendia jujuba, amendoim, castanha de caju e similares e perguntei sobre distâncias e tempos de caminhada. Já perto de chegar a Carne de Vaca, último povoado de Pernambuco e onde eu pretendia dormir, encontrei o carteiro Antônio Carlos na praia, se bem me recordo, caminhando com sua família. Ele me falou de onde poderia encontrar quartos baratos para passar a noite. Segui suas informações e de mais alguns outros, mas nenhum dos locais tinha quartos disponíveis. Seu Nô, do mercado, disse que em 26 anos lá, eu era o primeiro a procurar um quarto para alugar por um dia. No caminho, passei por uma pousada que tinha visto pela internet e perguntei se tinha vagas e qual era o preço. Tinha e era R$ 120,00. Quis procurar algo mais barato, mas imaginei que por ser sábado, corria grande risco de não ter mais vaga quando voltasse. E foi exatamente o que ocorreu 😄. Não consegui os quartos baratos e, quando voltei, não havia mais vaga nela. Até perguntei para o dono se não tinha nem um quarto de empregado, mas ele disse que estava tudo lotado. Tinha também ligado para a única outra opção de hospedagem que havia visto na Internet, que era a Guest House Dadeb (https://www.google.com.br/maps/place/GUEST+HOUSE+DADEB/@-7.5805717,-34.8400229,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7ab5fa106576397:0x933c0847ac7c1017!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-7.580577!4d-34.837448!16s%2Fg%2F11t6x0fd1q?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/guesthouse.dadeb), imaginando que poderia ser um hostel. Mas não era. Era uma casa inteira, ou uma suíte. Só a casa estava disponível por R$ 150,00. Pedi algumas informações para a dona, Deborah, e ela foi muito gentil dando-me informações sobre um hostel e outros locais de hospedagem mais baratos nas paradas anteriores. Porém não havia ônibus, só mototáxi. Fiz uma contraproposta para a Deborah, de R$ 100,00 sem uso de ar-condicionado nem de nenhum item de luxo. Acho que ela viu minha dificuldade e aceitou. Fui à padaria e ao mercado para comprar o jantar e o café da manhã. Neste intervalo encontrei novamente Antônio Carlos, que me disse que me levaria até uma das paradas anteriores, se eu não conseguisse local para ficar. Mas eu disse para ele que não precisava, que tinha viabilizado com a Deborah. Após eu comprar, pães, legumes, queijo e broas doces, ao voltar da padaria e do mercado e ir em direção à Guest House, ele me encontrou de novo, acho que tinha ficado esperando, e me acompanhou de moto até lá. Disse que o local era tranquilo, mas que poderia haver alguns meninos que usassem algum tipo de substância ilícita no caminho e, por isso, era melhor me acompanhar, também para saber se a hospedagem era confiável. Fomos tranquilamente, não houve nenhum problema e rapidamente encontramos a Guest House. Deborah já estava me esperando. Agradeci Antônio Carlos, que cumprimentou Deborah, a quem não conhecia, e entrei. Ele conhecia o pai dela, que era austríaco e disse que era gente muito boa. A casa era linda, muito bem cuidada, com muitos detalhes. Conforme havia falado, retirei tudo que era opcional para não sujar. Adorei o local. Ao ver minha aparência de mochileiro, considerando que eu estava a pé, Deborah ofereceu-me não pagar nada, se eu estivesse passando por alguma dificuldade . Disse que eu poderia usufruir da noite e ir embora de manhã, sem nada pagar. Eu agradeci muito, mas não aceitei e paguei a ela o que havíamos combinado. Ela deixou na geladeira um prato de frutas de cortesia para mim, com uvas mamão e bananas. O cachorro dela era muito simpático. A noite foi excelente, apesar de alguns pernilongos, com sono muito bom. Poderia ter ligado o ventilador para espantá-los, mas não quis movê-lo de local, dado que eles quase não incomodaram. No domingo 6/8 após tomar o café da manhã que havia comprado no dia anterior com pão, queijo, tomate, bananas e frutas deixadas por Deborah (mamão, uvas e bananas) aprontei-me e fui procurá-la para agradecer pela hospedagem e pela oferta de gratuidade e me despedir. Conversamos bastante. Ela falou que já havia dado “rolês” em alguns locais e por isso entendia minha situação. Falou de sua mudança de Recife para Carne de Vaca, do seu filho bebê, de seu pai, de sua vida na casa e me deu informações sobre a travessia, oferecendo-me inclusive carona até o porto, o que educadamente recusei. Por fim pediu-me desculpas por me ter oferecido a estadia gratuita, achando que eu poderia estar em dificuldades. Eu respondi que não havia problema nenhum e que isso mostrava que minha aparência era de peregrino, que era o que eu era 😄, e não turista. Depois parti e fui até o ponto de saída da balsa, que me atravessou para Acaú, primeira cidade da Paraíba, por R$ 7,00. Nela estava o rapaz que vendia jujuba e similares, que havia encontrado no dia anterior. Ele pretendia ir até Pitimbu. Achei as praias muito belas. Nas proximidades de Pitimbu encontrei estes simpáticos habitantes, usufruindo da existência. Segui o caminho até a Barra do Rio Abiaí. Lá não havia barqueiros e não dava para passar andando. A água me cobria, com razoável correnteza. Fiz um teste e percebi que teria que nadar. Testei duas opções sem a mochila antes de decidir qual seguir. Enrolei celular e carteira com vários plásticos, Fechei o saco plástico que continha minhas roupas, coloquei tudo que tinha dentro dele e fui. Até que foi tranquila a travessia nadando, mas molhou um pouco a mochila, o que fez com que molhassem um pouco as últimas roupas do saco. Celular e carteira ficaram totalmente secos. Prossegui, satisfeito com o resultado da travessia. O tempo mudou um pouco e houve uma rápida chuva leve. A paisagem mudou e apareceram falésias, várias delas coloridas. Eu adoro falésias. Eis as fotos de algumas: Esta é a da entrada de uma. Esta é de dentro de uma, em direção ao mar. Após apreciá-las bastante, segui viagem. Alguns quadriciclos passaram por mim. Cerca de 1h depois cheguei em Praia Bela, meu destino final daquele dia. O pessoal nadava numa espécie de lagoa ou remanso de um rio que lá existia e praticava tirolesa em cima. Achei linda a paisagem. Após um banho de mar e um banho de rio, cuja água doce era mais quente, procurei informações de como subir nas falésias para chegar até a cidade e o hostel que eu havia pesquisado. Informaram-me que havia uma trilha, segui e cheguei lá em cima, sem precisar atravessar o remanso de barco. De lá fui procurar o Vida Linda Camping e Hostel (https://www.google.com.br/maps/place/Vida+Linda+Camping,+Hostel+e+Su%C3%ADte/@-7.389287,-34.8057783,17.22z/data=!4m9!3m8!1s0x7acbdbd0205667d:0xe45331556c0bf119!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-7.3881479!4d-34.8056531!16s%2Fg%2F11fk1kfx_d?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.facebook.com/vidalindacamping/) com quem havia conversado por whatsapp e me tinha dito que cobrava R$ 60,00 pela diária e tinha instalações de hostel para quem não tivesse barraca. Chegando ao hostel, Roberto, o dono carioca ao lado de sua mulher Susana, deu-me uma explicação sobre a área, explicou-me que preferia viver ali isoladamente para não ter problemas com vizinhos, porém estava perto de João Pessoa e Recife caso necessitasse de algo mais complexo ou de saúde. Indicou-me onde acharia um supermercado, o único das redondezas, para comprar mantimentos para o jantar e me disse que poderia usar o que havia ali na área compartilhada, caso não conseguisse comprar o que desejava, pois as pessoas deixavam muitos alimentos e poderiam se perder. Comprei batatas-doces, tomate e cebola e misturei com macarrão, arroz e cuscuz que havia na área comum, fazendo uma mistura que achei interessante para o jantar e para o café da manhã. Ainda tinha bananas para sobremesa. Fui visitar o 3.o andar antes de escurecer, que tinha uma espécie de mirante para a área, com uma vista que achei interessante da vegetação, da orla e da área ao redor. Ainda saí para tomar um banho de mar e dei um passeio na praia, desde do hostel até o ponto em que havia saído da praia para subir as falésias. Um cachorro desviou do seu curso de corrida e quase me mordeu no caminho 🐶. Peguei um pouco de chuva com vento durante o retorno do passeio. Havia um casal de alemães (Frederich e Fiona, com sua cachorra Berta) no hostel, que havia conhecido na chegada. Durante meu passeio, cruzei com Frederich, que tinha saído para passear com Berta. Na volta conversei bastante com Frederich. Eles estavam fazendo uma viagem de 1 ano e meio pela América do Sul. Tinham trazido seu carro num container desde a Alemanha. Ficavam em campings, o que era mais barato. Se me recordo ele era engenheiro, mas durante a viagem não trabalhava, apenas dirigia. Fiona era jornalista e trabalhava cerca de 2 dias por semana como autônoma. Pretendiam ficar cerca de 3 meses no Brasil devido ao período do visto e depois acho que pretendiam ir para a Guiana. Acho que tinha havido algum problema com o sinal de internet em todo o povoado e minha internet móvel da Vivo não pegava também, então não pude planejar a próxima etapa. Depois da conversa, jantei e pude dormir um sono tranquilo, sem mosquitos. Na 2.a feira 7/8 fui tomar um banho de mar pela manhã, comi o café da manhã com as batatas-doces, tomate e bananas, despedi-me dos alemães quando partiram e depois, como o sinal de internet não havia voltado, Roberto usou sua internet móvel para me mostrar o caminho que eu seguiria ao longo do dia, fazer uma simulação completa do caminho pelo Google Earth e mostrar o rio fundo que teria que atravessar, que ele disse ser possível sem nadar, desde que a maré estivesse baixa. O horário previsto para isso era entre 14h e 15h. Depois disso ele me acompanhou até o Rio Graú, para o qual eu precisaria de uma prancha. Como ele tinha bom relacionamento com o hotel às suas margens, entramos lá e ele pegou uma, deu-me um remo e eu atravessei, com alguma dificuldade, posto que não estou acostumado a remar. Quase virei com a mochila e a prancha. Na volta, contra a correnteza, mas já sem a mochila, que deixara do outro lado segura, comecei a patinar na água, e depois de um bom tempo sem sair do lugar acabei virando. Decidi abandonar a ideia de remar, deitei na prancha e vim remando com as mãos. Em alguns segundos atravessei deste modo, sem dificuldade. Agradeci. Ele até brincou comigo que não contava com a minha dificuldade no remo 😄. Atravessei de volta nadando, acenei para ele despedindo-me e rumei para João Pessoa. Houve um pouco de chuva rápida pela manhã e no fim da tarde. Após andar perto de 1h cheguei à Praia de Nudismo de Tambaba. Entrei sem perceber que tinha que tirar a roupa até encontrar um rapaz nu. Perguntei se tinha que ficar nu e ele me disse que sim, na realidade desde a outra extremidade da orla que eu já tinha atravessado. Tirei a sunga então e prossegui. Encontrei a atendente de uma pousada de lá e perguntei até onde precisava ficar sem roupa. Ela disse que só até o fim da próxima enseada. Chegando lá, vendo que do outro lado da passagem as pessoas já estavam vestidas, recoloquei a sunga e prossegui. Havia outra parte da Praia de Tambaba que era para vestidos. Cruzei-a também e depois subi num morro para pegar uma trilha e ir para a próxima praia. Tirei esta foto de lá, que mostra a praia das pessoas vestidas. Prossegui então. Voltaram as falésias, de que tanto eu gosto. Tirei as fotos seguintes delas, sendo que a primeira tinha uma cruz no meio da clareira. As outras pareciam bem coloridas. Achei as praias deste trecho muito belas também. Havia também lagos e rios. Nadei em um lago e em um rio, em águas deliciosas. Depois de andar umas 2h cheguei ao rio de que Roberto havia falado (acho que era o Rio Gurugi). Eram cerca de 14h07, ponto exato da maré mais baixa. Com isso consegui atravessar o rio andando, com água pela cintura, sem precisar nadar. A quantidade de batatas-doces deu-me um certo desarranjo intestinal, que consegui contornar com a ajuda da água do mar. Prossegui e cerca de 1h30 depois estava na Ponta do Seixas. Parei para admirar o ponto mais oriental das Américas e as placas indicativas de distâncias. Senti falta da distância para um país ou localidade na África. Ali já era João Pessoa e perguntei a algumas pessoas se era possível ir pela praia, dado que a maré estava subindo e as encostas eram altas. Disseram-me que sim, mas eu precisava ir rápido, pois com maré alta não havia passagem e eu precisaria subir para a estrada, cujo caminho disseram que era ruim para pedestres. Eram cerca de 6 km. Fui pela praia e consegui chegar a tempo, embora perto do fim a faixa de areia já estivesse bem estreita. Vendo a orla de João Pessoa de longe na chegada, achei-a linda . A cidade parecia muito bela. Chegando nas praias urbanas, com ampla faixa de areia, desacelerei e parei para me localizar, agora que tinha internet. Localizei o Hostel Orla de Tambaú (https://www.google.com.br/maps/place/Hostel+Orla+de+Tamba%C3%BA/@-7.1152007,-34.8227062,18.68z/data=!4m9!3m8!1s0x7acdd26917f13b7:0xa5c4e6e1ef410015!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-7.1148032!4d-34.8227582!16s%2Fg%2F11gxm7fx8k?hl=pt-BR&entry=ttu), onde pretendia ficar e rumei para ele. Fiquei lá, numa cama de um quarto enorme, mas onde estava somente eu. Paguei R$ 44,00 pela diária, com café da manhã incluso. Após instalar-me saí para comprar o jantar num hortifruti (batatas inglesas, mandioca, alface, pepino e laranja). Conheci Walisson, um instagramer, que estava fazendo vídeos na cidade para publicar em seu canal. Ele ficou no outro quarto. Comprou cuscuz para o jantar e acabamos jantando juntos. Aceitou um pouco da salada que ofereci, mas acabou não comendo a batata porque não cozinhou a tempo. Fui dar um passeio no calçadão, que era bastante movimentado à noite, mesmo na 2.a feira. O sono foi tranquilo. Para as atrações de João Pessoa veja https://turismo.joaopessoa.pb.gov.br/ e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303428-Activities-Joao_Pessoa_State_of_Paraiba.html. Os itens de que mais gostei foram as praias, a orla diurna e noturna, os itens históricos e culturais e o Memorial Abelardo da Hora . Na 3.a feira 8/8 inicialmente fui tomar um banho de mar, posto que o hostel era na orla. Depois fui tomar o café da manhã oferecido, que achei excelente , considerando o preço pago. Incluía pães, margarina, queijo, presunto ou peito de peru, cereais salgados e doces, mamão, abacaxi, achocolatado, café, leite e suco. Após o café com Walisson, que comentou que nos Estados Unidos tinha comido muitos cereais parecidos com aqueles, gravou um pouco do café da manhã e disse que iria gravar seu vídeo no centro (acho que na lagoa), saí e fui pela orla em direção ao Centro de Atendimento ao Turista. Estava fechado, mas havia outro ponto de atendimento ali perto, onde consegui informações e um mapa. Após conversar com a atendente, planejei meu dia e fui em direção ao centro, seguindo a sugestão de trajeto dela. Inicialmente passei pelo Centro de Artesanato e depois, no meio do trajeto ao centro histórico, fui ao Centro Cultural José Lins do Rego, onde havia vários itens a conhecer, como museus, lagos com peixes, esculturas, pinturas etc. Em especial, no Memorial Abelardo da Hora, achei espetaculares as esculturas de mulheres nuas e de retirantes , além dos vasos e quadros, que também me pareceram interessantes. O Museu dos Dinossauros, outros animais e minerais só vi de fora, pois estava fechado devido à hora do almoço. Depois fui para a Praça da Independência, que achei bela, com seu obelisco. De lá fui para a lagoa e o parque ao seu redor. Prosseguindo fui conhecer as igrejas, casas e construções antigas, convento, monumentos, prédios e palácios públicos etc. Na visita ao Hotel Globo o atendente deu uma explicação da história da região e do hotel. Lá havia também quadros de arame, que eu acho que nunca tinha visto. Na Casa de Pólvora havia uma exposição sobre Nossa Senhora das Neves 👍, cuja história eu não conhecia. Num dos pontos em que pedi informações, um homem me disse que tratava todos de maneira igual, fosse eu ou um desembargador. Após concluir a visita ao centro histórico, passando pela área externa do mercado, resolvi ir ao Cristo, onde achei que haveria uma estátua. Mas não havia, Cristo era o nome do bairro . Acabei andando bastante e conhecendo uma parte da cidade que não era turística. Valeu a experiência, mas foi quase 1h andando para lá chegar. Passei por uma área de mata, acho que do lado de um bosque ou parque. De lá voltei andando para a orla. Aí sim, foi um longo caminho, passando por vias expressas e áreas de mata. Em alguns trechos acabei ficando no canteiro central, por receio de ficar ao lado da mata, mas não foi uma boa ideia . A cidade pareceu-me tão tranquila que acho que corri muito mais risco no canteiro estreito, com carros em alta velocidade na pista, do que teria corrido andando pela calçada ao lado da vegetação. Depois de 1h30 cheguei à orla, acho que na divisa de Tambaú com Cabo Branco. Não houve nenhum problema de segurança em nenhum momento do dia. Em um trecho de mata houve um local com morcegos. Perto do fim do dia houve um pouco de chuva. Aproveitei para dar um passeio noturno na orla, conhecer uma área de lazer que não tinha estado aberta na 2.a feira e apreciar a paisagem. Achei a orla muito interessante, com toda sua movimentação, restaurantes, bares e pessoas se divertindo ou praticando atividades físicas. Voltei para o hostel, jantei novamente com Walisson, que havia feito seu vídeo no centro. Jantei batatas, alface e um pouco de cuscuz, cedido por ele. Conversamos sobre a viagem e sua atuação como instagramer. O sono novamente foi tranquilo. Na 4.a feira 9/8, pela manhã tomei banhos de mar, dei um passeio pela praia até pouco depois do ponto em que havia deixado a praia no dia da chegada, e após o farto café da manhã, tomado em parte junto com Walisson, despedi-me dele e parti rumo a Lucena. Fui pela areia da praia. Continuei achando as praias de João Pessoa muito belas. Após andar bastante cheguei a Cabedelo. Lá havia pessoas praticando kitesurf, logo após cruzar a fronteira do município. Continuei rumo à ponta, onde havia o moinho, o forte, o porto e o ponto de travessia de balsa. Passei por algumas igrejas pequenas pelo caminho. Peguei um pouco de chuva no caminho e resolvi parar um pouco quando ela engrossou, numa espécie de oficina ou atelier de barcos. Alguns homens lá pareciam não estar contentes com o prefeito, pois o criticavam. Após uns 15 minutos retomei a caminhada. Achei interessante esta árvore na Praia Formosa, já perto do fim do caminho. O tempo estava um pouco fechado. Esta foto permite ver como ventava, pelo modo como a areia fluía na praia. Cheguei à ponta, admirei a vista do mar e do Rio Paraíba a partir do dique com uma estrutura na ponta que havia lá, com João Pessoa ao fundo. Depois contornei e peguei uma trilha que passava por trás do moinho, armazéns e seus cilos e ia até o forte. Peguei chuva neste trajeto. Após andar um bom trecho encontrei o Forte de Santa Catarina, que achei grandioso. Entrei somente na sala de recepção. A chuva 🌧️ havia engrossado e fiquei lá por um tempo para ver se diminuía. Tirei minha toalha para secar as mãos e poder mexer no celular, para ver sobre o hostel que havia pesquisado em Lucena. Acabei esquecendo a toalha lá . Quando a chuva diminuiu um pouco, dei uma volta no forte para conhecê-lo por fora e rumei para o porto. Quase passei da entrada. Cheguei lá imediatamente antes da balsa partir, o que me fez ganhar cerca de meia ou uma hora de espera🙏. Paguei R$ 1,90 pela passagem. Achei bela a vista durante a travessia. Quando a chuva diminuiu fui para a área descoberta apreciá-la melhor. A balsa deixou-me em Costinha. De lá fui para a praia e rumei para Lucena. Novamente achei as praias e paisagens muito belas, constantemente olhando para trás, para ver João Pessoa afastando-se e o encontro do rio com o mar. Havia algumas rampas no caminho. No fim o tempo voltou a fechar e eu voltei a parar um pouco para deixar a chuva diminuir. Como já estava ficando tarde e ali anoitece cedo, resolvi prosseguir mesmo assim, mas não havia ninguém na praia a quem perguntar e, provavelmente minha internet móvel não pegava ali, além do que com a chuva, não quis me arriscar a tirar o celular da mochila. Acabei achando 2 surfistas que me disseram que eu já havia passado da Ponta de Lucena e que deveria voltar e pegar a estrada. Voltei um pouco e tentei achar alguém num condomínio para perguntar melhor. Mas não havia nem porteiro. Acabei tentando ir para a estrada pela lateral do condomínio, que era de mato e se transformou num charco . Desisti, voltei para a praia e voltei até achar barracas com pessoas. No caminho reencontrei os surfistas que me disseram que era ali mesmo que eu deveria pegar a pista. Parei na barraca para deixar a chuva diminuir um pouco, enquanto me informava com as pessoas de lá. Como a chuva não parecia querer parar, fui assim mesmo. Peguei a pista e andei cerca de 20 minutos até o centro do povoado. Lá, numa padaria, perguntei onde era o hostel e as pessoas não sabiam direito, informando um endereço que já não era válido, pelo que a dona havia me informado. Mas uma das pessoas deu-me o endereço correto. Aí, perguntando nas proximidades, localizei-o. Ainda estava em reforma, conforme a dona havia dito. Mas ela disse que me aceitaria. Paguei R$ 60,00 pela noite com café da manhã. Após acomodar-me, fui comprar pães e legumes para o jantar. Jantei sanduíches, laranja e pães doces. Havia rapazes que pensei serem filhos dela conversando sobre um conjunto de música de que faziam parte e de shows a fazer. Apesar de estar em reforma, com vários itens por fazer, para mim foi muito bom o custo x benefício e a noite foi boa. Como sua rede sem fio ainda não estava instalada, usei a conexão à internet através da rede sem fio da padaria em frente, com o consentimento das atendentes da padaria. Na 5.a feira 10/08 fui inicialmente tomar um banho de mar e caminhar até o ponto da praia em que havia saído no dia anterior. Pela praia foi muito mais perto. Não precisava ter feito nada daquilo que fiz . Se não estivesse chovendo ou não tivesse encontrado os surfistas, teria seguido em frente, feito a curva que era um pouco à frente e logo teria visto barracas e o início da região central. Sem problemas. O passeio e os banhos de mar pela manhã foram deliciosos. Depois voltei ao hostel e conversei com Lou, a dona do hostel, que me explicou que havia mudado para aquela cidade há apenas alguns anos, tinha aberto um hostel e restaurante, mas há pouco tempo havia mudado de endereço e estava adequando as novas instalações para reabrir. Primeiro planejava abrir o restaurante, já no fim de semana. Aquele rapaz que eu havia conhecido quando cheguei não era seu filho. Era membro do conjunto musical que ela apoiava, acho que como uma espécie de gestora e empresária. Chegou sua amiga e dona da casa que ela estava alugando e tomamos café da manhã juntos. Após, aprontei-me, agradeci e parti rumo à Baía da Traição, onde já havia falado com Ari, dono da Pousada Bicho Preguiça, a mais barata que achei. Novamente achei as praias lindas, com bastante vento, como mostra a foto. Durante o trajeto encontrei uma tartaruga morta. Precisei atravessar outro rio a nado, acho que era o Rio Miriri, de que Lou havia falado. Já com a experiência do rio atravessado a nado há alguns dias atrás, fiz o mesmo procedimento, testei menos, mas tudo correu bem. Porém, quando já estava bem no fim da parte que não dava pé na travessia, que foi curta, uma onda me pegou e molhou a mochila 🌊. A carteira e o celular estavam bem protegidos, mas algumas roupas ficaram molhadas. Acho que baixei a guarda dado o sucesso da travessia anterior e bobeei . Após caminhar bastante, perto de 13h, cheguei à Barra de Mamanguape. Fui até a ponta e dei a volta no mangue pelas margens do rio para chegar ao povoado. Pareceu-me um local bem interiorano, com gente simples e amável, porém desconfiada com um estranho, e algumas casas muito precárias. Ao chegar ao local onde ficavam os barcos, procurei por alguém para me atravessar, mas me disseram que os barqueiros estavam almoçando. Deram-me o nome de dois, que disseram seriam os mais baratos. Fui então para o povoado, que ficava a menos de 1 km, procurar pelos barqueiros. Não encontrei os indicados. Lá indicaram-me mais alguns. O primeiro que achei disposto a me atravessar disse que me cobraria R$ 50,00 pela travessia mais curta. Como na praia haviam dito que o preço barato seria R$ 30,00, agradeci e fui procurar um pouco mais. Não tive muito sucesso, até que me indicaram um outro. Fui até sua casa e ele se interessou. Era Ronaldo. Disse que cobrava R$ 30,00. Aceitei. Ele foi buscar a hélice ou alguma peça para o motor. Percebi que eu não tinha dinheiro trocado e pedi a ele que trouxesse R$ 10,00 de troco. Ele pegou tudo de que precisava e fomos andando até a praia onde estava seu barco. No caminho perguntou-me se eu estava de cueca ou similar 😄. Acho que ele se arrependeu de ter cobrado só os R$ 30,00 após eu pedir o troco, pois comentou que me dando os R$ 10,00 de troco eu poderia comer algo no caminho. Atravessamos. A paisagem pareceu-me muito bela. Durante o percurso, uma traíra 🐟 pulou da água na nossa frente. Deixou-me na Praia do Amor do outro lado, perto do Rio Sinibu. Aproveitei e fui tomar um banho de mar. O canal ali era muito raso. Andei um pouco até as margens do rio e depois voltei no sentido oposto em direção à Baía da Traição. Quando fui me arrumar para a caminhada percebi que tinha esquecido meu chinelo no barco . Sem problemas. Ficou de presente para o barqueiro que me tratou tão bem 🙂. Passei em território indígena potiguara no caminho. Ao fazer perguntas a eles e ao ir a uma pousada deles, trataram-me muito bem. Cheguei na Baía da Traição perto de 16h. Nesta região o sol se põe cedo e já estava nesta posição. Depois de muito perguntar, indicaram-me onde era a Pousada Bicho Preguiça (https://www.google.com.br/maps/place/Bicho+Pregui%C3%A7a+Hospedagem/@-6.683972,-34.9476095,724m/data=!3m2!1e3!4b1!4m9!3m8!1s0x7ad14add26c75b9:0xce5c19f87b029fef!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.6839773!4d-34.9450346!16s%2Fg%2F11fy_dq48z?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/bichopreguicahospedagem/). Lá encontrei Ari, que me atendeu e tinha me oferecido a estadia de um dia por R$ 60,00 com café da manhã simples (na realidade não foi nada simples 😄) em suíte privativa. Ainda saí para tomar um banho de mar e dar uma volta na praia pela areia, posto que após virar na curva da ponta eu tinha ido para a calçada. Havia uma linha de pedras que adentrava o mar, com um farol no fim. No caminho para o mar um siri 🦀 apertou meu dedão do pé com sua garra. Muito bonita a paisagem e o entardecer. Apreciei o pôr do sol. Depois fui ao mercado e à padaria para comprar mantimentos para o jantar. Choveu um pouco à noite. O sono foi tranquilo. Na 6.a feira 11/08 inicialmente fui tomar um banho de mar. Depois voltei para tomar café da manhã junto com Ari. O café não me pareceu nada simples 😄, incluía, pães com queijo, cuscuz, ovos, mamão e coco. Conversamos sobre a vida dele, suas viagens, suas atividades como ecologista, guia e dono de hostel. Contou-me que antes trabalhava em uma outra cidade e cuidava de bichos-preguiça lá, o que lhe deu a ideia de colocar o nome atual na pousada. Falou que seu pai comprou de indígenas a casa em que era o hostel, sendo que um vendeu a casa e outro vendeu o coqueiro do quintal. Deu-me informações sobre o trajeto que eu teria até Pipa, as condições da caminhada, as distâncias etc. Falou-me que ele e os amigos tinham feito uma caminhada de Baía Formosa até o hostel e tinham levado 12 horas, porém parando várias vezes ao longo do trajeto. Após acabar o café e a conversa, tirou esta foto nossa: Em seguida saí em direção à Praia do Sagi, em que não tinha achado acomodações baratas, mas pretendia tentar pesquisar no local. Novamente achei as praias lindas. Ao longo do dia houve trechos com areia fofa, em que era um pouco difícil de andar, falésias e pedras nas praias. Houve um pouco de chuva fraca também. Passei por áreas dos indígenas potiguaras novamente. Creio que este era um trecho de camping deles para turistas ou similar. Vários pescadores ao longo do caminho pareciam de origem indígena. Precisei atravessar a Barra do Rio Camaratuba. Jovens disseram-me que conseguiria atravessar, mas após o primeiro trecho, quando já estava no segundo, uma balsa que estava estacionando do outro lado me disse para esperar e me resgatou, dizendo que não conseguiria atravessar sem nadar, o que não estava preparado para fazer, visto que estava com a mochila na mão. Perguntei qual era o preço do resgate, mas não quiseram cobrar nada 👍, dizendo que estavam parando mesmo para almoçar. Seguindo o caminho, parei na Lagoa da Pavuna para tomar banho, que adorei. Mais à frente encontrei o Rio Guaju, que era a fronteira da Paraíba com o Rio Grande do Norte. Após fazer um teste em um trecho, um homem, que estava num restaurante na margem, indicou-me outro trecho melhor, em que atravessei andando. Aproveitei e depois tomei um banho no rio. Cerca de 2 km à frente ficava a Praia do Sagi, em que cheguei por volta de 15h. Achei que ainda dava para prosseguir. Um homem de lá deu-me informações sobre as opções de hospedagem e o caminho a seguir, caso continuasse. Como não tinha tido nenhum retorno das pessoas que havia consultado, como não consegui indicações claras de locais com preços baixos, resolvi prosseguir para Baía Formosa, que era maior e onde achei que poderia ter mais opções. As praias continuavam belas. Passei pelo Santuário das Tartarugas, onde entrei para visitar. Ele tinha ossos e itens de animais marinhos, além de um entorno natural que achei belo. Cheguei em Baía Formosa perto de 17h, encontrei um casal de paulistas que me informou sobre alguns locais em que poderia encontrar hospedagens mais baratas no porto. Acabei num primeiro momento não seguindo a orientação deles. Recebi indicações de outras pessoas e fui procurar outras opções, mas uma estava fechada e a outra, a Pousada Vista Bela custava R$ 120,00 sem café da manhã, que me pareceu possível, dadas as circunstâncias, mas com preço ainda acima do que eu desejava. Encontrei duas moças que me disseram que poderia haver hospedagens mais baratas perto do porto. Disseram-me que me levariam lá e eu aceitei. Perguntaram se eu tinha “erva” 😄. Sorri e disse que não. Perguntaram se poderia lhes dar R$ 10,00 se desse certo o hotel. Disse que daria como comissão. Chegando lá o hotel realmente era mais barato, cobrava entre R$ 50,00 e R$ 70,00, mas estava lotado. Lá indicaram-me outro. As moças perguntaram se poderiam me acompanhar, mas eu recusei. Pediram então R$ 10,00 para comprar fraldas para o bebê de uma delas. Mas depois de terem pedido a erva, eu fiquei receoso e disse que poderia dar em outro momento, mas não dei nada. Fui até o outro local que me indicaram e o dono parecia alcoolizado. Disse que o preço era R$ 250,00. Voltei para a Pousada Vista Bela, mas no caminho falaram-me da Pousada Bela Formosa, que outros já haviam citado antes. Passei lá e a dona, Geisa, disse-me que me poderia receber por R$ 140,00 sem café da manhã. Disse a ela que iria tentar a Vista Bela, mas que se não conseguisse voltaria, caso ela concordasse. Ela aceitou, mas me disse para chegar antes das 20h, pois dormiam cedo. Voltei à Pousada Vista Bela (https://www.google.com.br/maps/place/Pousada+Vista+Bela/@-6.3676568,-35.0089888,724m/data=!3m2!1e3!4b1!4m9!3m8!1s0x7b29d0de13a5473:0x75f5ce70a4191a2f!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.3676622!4d-35.0043754!16s%2Fg%2F1tnpfn61?hl=pt-BR&entry=ttu) e a dona me disse que seu marido havia me dado informação equivocada, que o quarto de que ele falou estava com um problema na tampa da caixa do vaso sanitário e, se eu quisesse ficar, eles cobrariam R$ 100,00, sem café da manhã. Aceitei. Saí para comprar pães e legumes para o jantar e o café da manhã. Pedi para encherem minha garrafa de água potável no hostel. Jantei pão, tomate, chuchu, cenoura, cebola e banana, enquanto os outros hóspedes faziam uma festa. Pareciam ser conhecidos, todos bem jovens com carros novos e caros. Pelo que vi, divertiram-se bastante, fazendo comida, com bastante bebida e muita música. A festa pareceu muito animada e feliz 🥳. Eu ainda fui até a varanda para apreciar a vista noturna da orla. O sono foi tranquilo e a ausência da tampa da caixa do vaso não afetou em nada minha estadia. No sábado 12/08 fui nadar na piscina da pousada 🏊‍♂️. Apesar não ser muito extensa, era funda e boa para nadar. Acho que fiquei nadando uns 15 minutos. Comprei pães na padaria, tomei café da manhã similar ao que havia jantado e apreciei a vista a partir da sacada, agora com a luz do dia. Este é o caminho em direção a Pipa. Esta é a foto da praia em frente. O dia estava meio nublado, mas clareou e o tempo firmou por boa parte do dia, com um pouquinho de chuva fraca em alguns momentos. A dona do hostel ofereceu-me o café da manhã, mas como eu tinha combinado que o preço era sem, educadamente eu recusei. Arrumei-me e parti rumo à Pipa. Na saída ainda quis passar pela estátua do Ítalo, campeão olímpico de surf em Tóquio, que ficava na praia. Novamente achei as praias muito bonitas, com vários trechos com falésias. Ao longo do caminho houve pessoas praticando kitesurf e surf. Ari havia me dito que naquele primeiro trecho até a Barra do Cunhau eu precisaria ficar atento às marés, pois havia pontos em que não se podia passar com maré alta. A maré não estava alta na saída, então não tive problemas. Falaram-me também que precisaria passar por cima do Chapadão para ir a Pipa. Perto da hora do almoço cheguei à Barra do Cunhau. Lá havia uma balsa que atravessava por R$ 5,00. Estacionou, embarquei e fiquei esperando. Tirei esta foto do seu segundo andar, enquanto esperava. Porém estava demorando muito, acho que esperando por carros e outros passageiros, dado que era uma balsa grande. Vi um barco que chegava e disse aos operadores da balsa que iria ver se ele partiria antes. Pelas suas expressões faciais não gostaram muito, mas fui mesmo assim e o rapaz dono do barco disse que já estava saindo para a travessia. Mal deu tempo de eu embarcar. Perguntei o preço e disse que não era nada. Insisti e repetiu que não era nada. Sempre fico preocupado nestas ocasiões 🤔. Ele me falou para ir para Pipa pela estrada, algo que disse para ele que descartava. No meio da travessia o motor parou. O rapaz deu uma limpada, fez o procedimento de arranque várias vezes e conseguiu fazê-lo pegar e chegar ao outro lado, onde um grupo grande o esperava para atravessar. Perguntei novamente quanto era e ele disse que eram R$ 10,00. Contestei dizendo “Não é R$ 5,00 a travessia?” e então ele falou que não era nada. Desci sem nada pagar para não atrapalhar o embarque do grupo. Esta é uma foto tirada a partir do outro lado. Antes de prosseguir, aproveitei para tomar um banho de rio, que estava delicioso. Caminhando um pouco mais, atravessei o Rio Catu andando e cheguei ao início do Chapadão. Um vendedor ambulante me disse que eu teria que subir, pois a partir de um ponto não dava mais passagem. Fiz o que ele falou e tirei estas fotos lá de cima. A foto anterior em direção ao caminho que já havia percorrido, vindo da Barra do Cunhau. As duas próximas em direção a Pipa. Logo a seguir encontrei uma escada e desci até a praia por ela. Encontrei duas jovens moças, que me deram informações sobre poder ir caminhando pela praia até Pipa, dizendo que dava até um ponto com pedras, em que teria que ir pelo Chapadão, fosse subindo pelas falésias, fosse voltando até a escada. Realmente parecia dar para ir caminhando por um bom pedaço. Inclusive, voltei um pouco e vi que o trecho que tinha feito por cima dava para ter feito em boa parte pela praia. Quando cheguei nas pedras antes de que havia subido, como a maré já havia baixado um pouco, vi que dava para passar e voltei até o ponto em que tinha deixado a praia. Virei e rumei para Pipa, inteiramente pela praia. Novamente achei as praias lindas , com aquele enorme paredão ao lado. Vi um pessoal praticando surf 🏄‍♂️ e perguntei a eles se conseguiria ir andando a Pipa e um nativo (eu acho) disse que haveria um ponto em que eu precisaria ir pela estrada. Após afastar-me um pouco deles, para não atrapalhá-los, tomei um delicioso banho de mar, que me pareceu muito semelhante ao de Morro Branco, onde moro. Quando cheguei nas pedras de que as moças haviam falado, acho que a maré já tinha baixado mais um pouco e, com cuidado, consegui passar. Houve mais um trecho com pedras à frente pelo qual consegui passar. Encontrei uma moça na Praia do Amor (eu acho) e perguntei a ela se conseguiria passar pelas pedras à frente, que pareciam bem mais difíceis de atravessar. Ela disse que com maré baixa eu conseguiria, mas tinha que ser com maré baixa. Cheguei lá e achei que seria difícil na situação corrente. Falei com um homem que estava sentado nas pedras e ele me disse para subir por uma trilha que lá havia. Fiz isso, passei pelas pedras e mais à frente voltei à praia. Cheguei à Praia do Centro ou de Pipa. Subi na passarela e entrei na cidade para procurar pelo Hostel La Perla (https://www.google.com.br/maps/place/La+perla+hospedaria/@-6.2338023,-35.0474063,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7b28f52c4d167ff:0xe4835614b0be4430!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.2338076!4d-35.0448314!16s%2Fg%2F11qr3cyhwp?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/laperlapipa), que já havia reservado. Perguntei às pessoas e ninguém conhecia. Resolvi andar um pouco em direção ao que me disseram ser a área em que ele poderia ficar e pegar o celular para tentar localizá-lo por GPS. Chegando perto, uma moça de uma loja já o conhecia e me indicou o local exato. Fiquei lá em cama compartilhada por dois dias, pagando R$35,00 por diária. Após Miguel, argentino dono do hostel juntamente com sua mulher Mônica, receber-me e me dar explicações, passei no supermercado para comprar alguns pães para o lanche e fui ver o pôr do sol. Ainda consegui pegar o finzinho, conforme a foto. Depois de ficar um bom tempo apreciando o entardecer, enquanto ouvia música que tocava em um restaurante na orla, passei no supermercado e na padaria para comprar mandioca, chuchu, pepino, tomate, berinjela, beterraba, farinha de milho e broas de coco para o jantar e café da manhã. No hostel conheci viajantes do próprio Rio Grande do Norte (Natal e outras localidades) e João Pessoa, que estavam passeando por ali. À noite saí para visitar o centro, que era bem movimentado. Estava havendo um festival de jazz 🎺 e eu assisti alguns espetáculos. No dia seguinte um estudante de medicina de Recife, porém mineiro de origem, disse-me que tinha havido uma apresentação da Ângela Ro Ro, que eu acabei perdendo. Achei bem agitada, movimentada e interessante a noite de Pipa. O sono foi tranquilo, porém o hostel estava bem cheio. Para as atrações de Pipa veja https://pipa.com.br e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303522-Activities-Praia_da_Pipa_Tibau_do_Sul_State_of_Rio_Grande_do_Norte.html. Os itens de que mais gostei foram as praias, a vista a partir do chapadão, as falésias, o ambiente natural e a região turística central. No domingo 13/08, tomei café da manhã com conteúdo igual ao que havia comido no jantar, exceto as broas de coco e conversei um pouco com os demais hóspedes. Falei sobre meu desejo de conhecer o Santuário Ecológico e um rapaz com sotaque mineiro falou-me que outro local indicado para se conhecer era o Chapadão. Como já tinha passado lá, comentei com ele sobre minha experiência e os caminhos que tomei. Conversei também com Miguel sobre suas experiências de viagem juntamente com sua muher. Ele me autorizou a mudar para a cama de baixo, pois com o hostel lotado dormi em cima, mas a maioria das pessoas foi embora no domingo de manhã. Depois saí rumo ao santuário, mas passei antes pelo centro para conhecer durante o dia suas construções. Depois andei pela rua lateral da mata do santuário e achei que não valia a pena pagar a entrada para conhecê-lo, depois de ter conhecido tantos locais naturais preservados ao longo da caminhada. Fui então até a entrada da Praia do Madeiro e peguei a trilha para descer. Achei magníficas as Praias do Madeiro e a Praia Baía dos Golfinhos . Seguem fotos delas. A primeira a partir da trilha. Depois a Baía dos Golfinhos já na praia. Apreciei bastante as praias, mas acabei indo logo atravessar o trecho com pedras, pois com maré alta a passagem ficava inviável. Fui então para a Praia Central, onde vi o local em que havia acontecido o acidente de queda das falésias anos antes, que vitimou uma família. Depois, mais para frente, sentei, abrigado pela sombra da passarela, para contemplar a vista. A maré subiu e começou a invadir a faixa de areia. Fui então para a Praia do Amor. Lá achei um local com sombra e voltei a sentar para contemplar e tomar banho de mar de vez em quando. Foi quando o rapaz de um casal que tinha acabado de chegar alertou para o fato de haver cocos acima de nós, numa altura bem alta. Resolvi afastar-me um pouco, pois nunca se sabe o que pode acontecer e, um coco caindo daquela altura poderia até ser fatal. Chegaram algumas outras pessoas e eu as avisei, pois também não perceberam. Depois de algum tempo resolvi procurar pelo mirante do pôr do sol para apreciar a paisagem. Porém só havia um bar, com entrada paga. Mas havia uma trilha e, ao seu término, uma duna com boa vista da paisagem. Sentei ali para meditar. Eis fotos da paisagem a partir dali. Primeiro da praia em frente. Depois da paisagem em direção à Praia das Minas. Acabei fazendo uma contemplação, ao invés da meditação, mas mesmo assim achei muito boa. Adoro meditar de locais altos, olhando paisagens amplas, como o mar aberto, por exemplo. Pouco antes do pôr do sol, resolvi voltar para a mesma passarela do dia anterior para novamente apreciar o entardecer. Desta vez cheguei mais cedo. Não havia tantas músicas nem tanta gente quanto no dia anterior. Tirei várias fotos do pôr do sol, entre as quais selecionei estas duas. Depois do pôr do sol ainda esperei o entardecer avançar, voltei ao hostel, jantei o mesmo do café da manhã, conversei com o rapaz que tinha ido conhecer o Chapadão, que disse que tinha gostado e seguido alguns dos procedimentos que eu tinha feito. Mais tarde eu saí para dar uma volta no centro novamente, mas no domingo à noite estava bem mais vazio do que no sábado, ainda assim interessante e sem as aglomerações que dificultavam a passagem. Com o hostel praticamente vazio, só comigo e o mineiro, o sono foi tranquilo. Na 2.a feira 14/8 após o café da manhã, com conteúdo igual ao do jantar, conversei com o mineiro sobre sua experiência na viagem. Falou-me que era mineiro, fazia faculdade de medicina em Recife, que era sua primeira experiência em hostel e também viajando sozinho. Depois despedi-me dele, deixei a chave onde Miguel tinha pedido, avisei-os que estava partindo por mensagem de whatsapp e parti rumo a Tabatinga, que imaginava ser um ponto possível de parada. Mas existia a possibilidade de parar em Búzios ou Pirangi. O preço mais baixo que tinha encontrado era na Pousada Praana, R$ 100,00 a diária, no Surf Point em Búzios. Inicialmente passei pela Praia da Baía dos Golfinhos, que estava com o mar tão lindo , que resolvi tomar um banho, que não tinha feito no dia anterior, por medo da maré subir e eu não conseguir passar nas pedras depois. O banho foi magnífico. Iniciou o dia de maneira maravilhosa. Achei as praias ao longo do dia lindas, com falésias e rochas. Este foi um dos trechos da viagem que achei mais belos, juntamente com aquele das falésias coloridas. Houve chuva intermitente ao longo do dia. Esta é uma das praias do início. No trecho seguinte acabei assustando uma mulher que estava passeando com três cachorros num local deserto. Procurei afastar-me para ela não ficar tensa. Andei até Tibau do Sul, onde havia a Lagoa Guaraíras. O tempo virou e começou uma chuva fraca. Havia uma balsa que fazia a travessia, pela qual paguei R$ 10,00. Fui na parte superior da balsa. Mesmo com o tempo assim achei a vista muito bela. No meio da travessia passava-se perto de um banco de areia ou ilha no meio da lagoa, onde as pessoas paravam e havia estabelecimentos comerciais. Eis uma lancha cruzando na nossa frente com a ilha ou banco de areia ao fundo. Depois da travessia, tomei um delicioso banho de mar na lagoa. As margens da lagoa continham um trecho de mangue, pelo qual andei para voltar à praia do mar. A chuva apertou um pouco 🌧️, parei um pouco embaixo de uma árvore e depois prossegui. O tempo voltou a abrir. Este era o trecho que atravessei visto a partir do outro lado. Prossegui e continuei achando as praias lindas. A maré baixa mostrava as pedras existentes nas praias e formava remansos ou piscinas naturais em alguns pontos. Já perto de Tabatinga voltou a chover e engrossou 🌧️. Parei para me abrigar um pouco. Resolvi tentar uma hospedagem por ali mesmo, mas sem sucesso. Após várias indicações, não consegui nenhum local em que se alugassem quartos e o dono estivesse disponível. Num ponto de ônibus em frente à última pousada que tentei sem sucesso, tirei a calça e fiquei só de sunga para voltar à praia. Havia um menininha pequena, de uns 5 anos, que estranhou e perguntou se eu estava de cueca. Quando expliquei que estava indo para a praia, ela me perguntou espantada “Mas com chuva?”. Percebi o enorme incômodo da mãe 😞, que carregou a filha no colo e procurou tirar-me da vista dela. Resolvi colocar a calça de volta, mesmo com a possibilidade de molhá-la devido à chuva. Um rapaz de Natal que também estava no ponto me disse que já tinha trabalhado num hotel ali perto e mandou uma mensagem para o dono para ver o preço e se havia vaga. Não conseguindo resposta satisfatória, resolvi partir rumo à Pousada Praana em Búzios. O rapaz foi atrás de mim e disse que pagaria a hospedagem para mim, para que eu não dormisse na rua, pois já tinha dormido na rua no Rio de Janeiro, onde foi orientado por um vigia ou similar a dormir num posto de gasolina. Agradeci muito, expliquei que não estava sem dinheiro, somente preferia prosseguir para esta outra pousada que me parecia ter preço melhor. As paisagens continuavam lindas para o meu gosto. Se me recordo foi neste trecho que havia uma imagem de São Sebastião num pedestal já dentro do mar. Cheguei ao fim da faixa de areia, perto de uma colônia de pescadores e tive que ir para a estrada, pois com maré alta não dava para passar. Foi bom porque pude apreciar a vista lá de cima, incluindo o Mirante dos Golfinhos. O local onde eu pretendia ficar era abaixo da torre das fotos anterior e seguinte. A vista da praia lá embaixo ao passar na frente da torre. Depois de me atrapalhar um pouco para pegar a entrada da rua que iria para a pousada, perguntei a um rapaz chamado Yuri se conhecia alguém que alugasse quartos baratos por ali, pois ainda tinha esperança de conseguir reduzir o preço. Ele disse que poderia ficar na casa dele, sem pagar nada. Perguntei se ele costumava alugar quartos e ele disse que não, mas que me receberia. Achei que seria um enorme abuso da minha parte e preferi ir à pousada mesmo, mas dizendo que se desse algo errado voltaria. A Pousada Praana (https://www.facebook.com/praana.oficial/, https://www.google.com.br/maps/place/Praana+Pousada+e+Restaurante+-+Tabatinga,+RN,+Brasil/@-6.0466582,-35.112606,725m/data=!3m2!1e3!4b1!4m9!3m8!1s0x7b2f3b91c2975cd:0xe68a5a31dc3fc374!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.0466635!4d-35.1100311!16s%2Fg%2F11sq1pzp1h?hl=pt-BR&entry=ttu) ficava no fim da rua, era a última construção antes das dunas e falésias. Achei a vista maravilhosa . Júnior Rocha, o gerente, perguntou se eu era quem tinha falado com ele. Disse para mim que poderia me fazer por R$ 80,00 sem café da manhã. Comentou que a moça que tinha me dado seu contato não aceitava homens desacompanhados em sua pousada porque certa vez ele tinha indicado um amigo surfista para lá e parece que ele a paquerou de um modo de que ela não gostou. Ofereceu-me também dormir na área em que ficavam as pranchas de surf, colocando lá uma rede ou colchonete, sem eu precisar pagar nada. E eu poderia usar os banheiros externos da pousada. Fui ver o quarto, adorei a vista da sacada e, depois dele ter abaixado o preço por não ter café da manhã, optei por ficar no quarto mesmo. Adorei este local. Acho que se tivesse que escolher só um da viagem toda, escolheria este, pelo mar, pela paisagem e por toda a atmosfera de Natureza linda . Havia também um cachorro chamado preto body que me pareceu simpático, embora de tamanho um pouco intimidador. Antes de escurecer ainda fui tomar um banho de mar, procurando não atrapalhar os surfistas, que ainda estavam no mar. Depois voltei para tomar banho, porém percebi que tinha esquecido onde tinha deixado minha camisa e chinelo. Andei pela praia procurando por uns 10 minutos até encontrar. Um surfista amigo deles que estava na área de convivência da pousada disse que me daria carona até o mercado, caso eu desejasse. Fui tomar banho e peguei carona com ele, economizando cerca de meia hora, imagino. Comprei pães, tomate, cebola e banana para o jantar. Na volta peguei chuva de média intensidade 🌧️. Durante meu jantar, Renato, atendente da pousada, deu-me um copo grande de vitamina de açaí com banana, que disse que tinha sobrado. À noite, após o jantar, fiquei deslumbrado com o céu noturno 🌃, estrelado, posto que ali havia pouca iluminação externa. O sono foi tranquilo. Na 3.a feira 15/8 acordei e por volta de 6h23 consegui tirar esta foto do nascer do sol visto a partir da sacada, já alto nesta altura. Aproveitei e tirei esta foto da Praia de Tabatinga, sob o Mirante dos Golfinhos. E esta na outra direção, de Búzios. Perguntei a Renato se era possível ir pela praia até o trecho de onde havia parado no dia anterior e ele me disse que sim, porém com cuidado, pois a maré ainda estava baixando e teria que andar um pouco pelas pedras. Disse que no fim eu encontraria uma colônia de pescadores, uma das primeiras a existir. Apontou-me para Júnior Rocha passeando com os cachorros na direção para a qual eu pretendia ir. Eu fui, encontrei Júnior Rocha, que confirmou que dava para eu atravessar a praia com cuidado. Perguntei se dava para nadar ali, ele disse que não havia pedras, só me falou de correntes de retorno. Fui então tomar um banho de mar já na direção do passeio a fazer, afastado dos surfistas. Adorei. Achei o banho maravilhoso . O mar era fundo, um pouco bravo, mas muito bom para brincar com as ondas e nadar. Fiquei um bom tempo brincando com o mar. Depois, voltei para a praia e fui caminhar até a colônia. A maré tinha baixado mais um pouco e facilitou a passagem pelos trechos com pedras. Fui até o ponto da casa em que havia saído da praia no dia anterior. Achei a vista daquele trecho magnífica vista a partir da praia, assim como tinha achado no dia anterior vista do alto. Na volta a maré´já estava bem mais baixa e a passagem pelas pedras foi mais tranquila ainda. Retornando para a pousada, fui novamente tomar um banho de mar no mesmo trecho anterior, agora já quase sem surfistas. Adorei novamente. Chegando à pousada, tomei meu café da manhã com pães, bananas e tomates e pedi, se fosse possível, para pegar um coco 🥥 que ficava bem na frente do quarto em que estava hospedado. Júnior me disse que era um pouco difícil de pegar por causa da altura e por ter que subir no muro, algo que eu não tinha observado bem. Mas Renato veio ajudar-me, pegou e furou o coco, que tinha muita água. Enquanto a água saía do coco, Renato falou-me de sua vida, que era mecânico em Natal e tinha ido para lá ganhar menos da metade, mas viver tranquilamente ao lado da Natureza. A água do coco lotou um copo enorme e estava deliciosa. Tomei tudo. Pedi um facão e tentei abrir o coco, mas tive dificuldade. No fim, Renato veio me ajudar e abriu. Não tinha muita massa, mas a que tinha estava boa. Renato deu-me explicações do trecho a seguir, disse em que ponto eu teria que sair da praia, posto que não se podia passar pela Barreira do Inferno, que era área militar. Mostrou-me no mapa pelo celular, os pontos de passagem e o ponto de saída. Ao término, peguei minhas coisas, despedi-me e ele me perguntou se era alguma promessa 😄. Respondi que não, apenas gostava muito de praias. Fui caminhando pelas praias e a maré estava ficando cada vez mais baixa. Tirei esta foto de piscinas naturais no caminho, que não foi a melhor, pois eu jé havia deixado passar outro trecho mais emblemático. Aqui se mostra a força do vento. Havia também trechos com falésias no caminho. Houve também alguns aviões voando ao longo do dia, como já tinha avistado em dias anteriores. Precisei passar por algumas trilhas em trechos com pedras. Isso possibilitou vistas de algumas praias a partir do alto, como estas. Passei pelo cajueiro de Pirangi. Não entrei. Fui até uma rua elevada atrás para ter uma visão global. Realmente era bem grande, ocupando um quarteirão inteiro. Depois segui, passei pela Praia do Cotovelo e fui até a entrada da Praia da Barreira do Inferno. Perguntei a algumas pessoas e me disseram que não se podia entrar naquela praia. Mas vi pessoas lá. Fui até uma placa que existia no morro e a placa dizia que não se podia entrar no morro, mas não apontava para a praia. Perguntei às pessoas que estavam na praia e elas disseram que era permitido ficar na praia sim, sem subir o morro. Resolvi então caminhar pela praia, em ritmo um pouco acelerado, até as pedras da ponta, onde não dava para passar mesmo e a partir das quais provavelmente realmente o acesso era restrito. No caminho encontrei um pescador, que parecia estar se escondendo. Ele me disse que não se podia ficar na praia e que às vezes havia patrulhas que por ali passavam e falavam para as pessoas saírem. Falei da placa em relação somente ao morro e ele não soube responder com precisão. Resolvi continuar. Fui até a ponta. Realmente os paredões vermelhos eram espetaculares . Acho que não foi à toa que receberam este nome. Perto da ponta vi algo que parecia se mover no alto. Achei que era alguma espécie de bandeira ou pano. Mas quando cheguei mais perto, vi que saiu, portanto era uma pessoa, talvez um vigia. Fiquei um pouco preocupado em estar transgredindo alguma norma, fui até as pedras, contemplei um pouco e voltei acelerado. No final, quase na Praia do Cotovelo novamente, encontrei outro pescador, que me disse que era proibido caminhar por aquela praia, mas que os turistas faziam aquilo sempre, de bugue, e, às vezes, apareciam patrulhas que os mandavam sair. Saindo da praia, peguei ruas para chegar à estrada litorânea em direção a Natal. Creio que era a Rota do Sol. No início com área bem urbana, onde inclusive passei por um atelier, com pinturas lindas. Perguntei ao pintor quanto cobrava por quadro e quanto demorava para pintar. Respondeu que entre R$ 100,00 e R$ 150,00 e demorava cerca de 1 dia a 1 dia e meio. O mesmo quadro em Natal custava muito mais, conforme eu perguntaria no dia seguinte. Estranhei o preço, pela duração e qualidade do trabalho. Ele achou que eu estava achando o preço alto, mas eu disse a ele que estava achando baixo. Ele respondeu que era o preço possível naquela localidade. Em seguida a estrada ficou bem mais ampla, passei por um condomínio chamado Alphaville de Natal, creio que semelhante ao de Barueri em São Paulo. Depois passou a haver área verde dos dois lados da estrada e uma ciclovia, porém naquele horário deserta. Caminhei cerca de 1h e cheguei à instalação militar do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Perguntei ao guarda que ficava na guarita e ele disse que havia um museu que se podia visitar. Achei muito bom todo o local a que tive acesso, contando muito sobre o programa espacial brasileiro. Havia o museu num prédio fechado e havia exposição de itens relacionados ao setor aeroespacial no entorno. O militar atendente do museu também recebeu-me muito bem, de modo muito simpático e atencioso e contou um pouco da história. Seguem algumas fotos do entorno. Novamente o foguete da primeira foto, mas sozinho e com imagem maior desta vez. Gostei bastante do Mural também. Perto do fim da visita chegou uma mulher, talvez militar, que parecia ser encarregada da gestão de alguma área administrativa da instalação. O atendente, a quem eu havia perguntado se havia ferido alguma norma ao entrar na Praia da Barreira do Inferno e me disse que não sabia ao certo, disse para eu perguntar para ela, que ela saberia. Ela me disse que isso ocorria várias vezes, não sabia ao certo onde eu tinha ido, mas que se tivesse cometido alguma infração, a patrulha teria me avisado, pois costumava passar por lá com frequência. Ela achava que a área onde eu havia entrado não era proibida. Falei para ela que não tinha encontrado placa na praia, somente no morro e ela me disse que abriria uma notificação interna para verificar se realmente a placa havia sido extraviada e era necessária ou se a área era de livre acesso mesmo. Eu me lembro que caminhando por Ponta Negra, em Natal, havia uma (ou mais) placa(s) na praia, dizendo do acesso não permitido. Ela ainda confirmou, o que o atendente já tinha dito, que não havia nenhuma outra área para visitação pública na instalação, nem de vegetação natural. Após agradecer ao atendente e acabar de tirar as fotos, segui em frente rumo a Natal. Continuava a área de mata de ambos os lados, com a ciclovia. Porém, como já era mais tarde e o sol já havia baixado bastante, agora havia bem mais gente andando de bicicleta, correndo ou caminhando. Após uma longa reta, uns 6 km, cheguei a Natal. Logo na entrada vi o Estádio Frasqueirão, que não conhecia. Perguntei ao porteiro se poderia entrar para visitar, mas ele disse que estava fechado naquele dia. De qualquer modo foi interessante conhecê-lo por fora e ver o campo e as arquibancadas através das frestas dos portões. Ao lado havia também uma área de treinamento das divisões de base do ABC, que fui conhecer a partir da porta. Seguindo, encaminhei-me para Ponta Negra, onde era a pousada que havia reservado. Fiquei 2 dias num quarto privativo com TV, sem banheiro e sem café da manhã na Pousada Lampião e Maria Bonita (https://www.google.com.br/maps/place/Pousada+Lampi%C3%A3o+e+Maria+Bonita/@-5.8817796,-35.1789918,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7b2f8d3f60473e3:0xbe935dd3b85355ff!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-5.8817849!4d-35.1764169!16s%2Fg%2F11xg14yqx?hl=pt-BR&entry=ttu e https://pousadalampiaoemariabonita.negocio.site/) pagando R$ 34,00 por diária. Após me acomodar, saí para dar um passeio na orla de Ponta Negra à noite. Tirei estas fotos. Acima em direção à Via Costeira. Abaixo em direção ao Morro do Careca. Um pouco mais tarde em direção à Via Costeira. Ainda parei para assistir um jogo de futevôlei na praia. Passei no supermercado e comprei pães e legumes para o jantar e o café da manhã. Os pães estavam em promoção, então comprei grande quantidade, para todos os dias. Jantei pão, tomate, cebola, chuchu, beterraba e banana. O sono foi tranquilo. Na 4.a feira 16/8, após tomar café da manhã com o mesmo que jantei no dia anterior, fui dar um passeio pela cidade e conhecer alguns pontos que ainda não conhecia. Inicialmente fui andando pela orla de Ponta Negra. Tirei as mesmas fotos do dia anterior, só que agora com dia claro. Depois fui caminhando até o fim da calçada pavimentada da orla e aí peguei a Avenida Roberto Freire rumo à região central. Fui com destino ao Parque das Dunas, que pensei ser enorme, com trilhas no meio das dunas. Achei muito interessante o caminho pela Avenida Roberto Freire, com calçadão ao lado de ampla área de mata. Mais à frente virei no acesso a UFRN, mas acabei não chegando ao parque que imaginava. Depois de muito andar, cheguei a um parque pequeno, basicamente uma pequena pista de caminhada ou corrida em volta de alguns pontos de interesse. Para se andar pelas trilhas era necessário agendamento prévio. Acabei nem entrando. Fui então conhecer a Arena das Dunas. Não pude entrar no campo nem na arquibancada, pois estava em recesso há um mês. Só pude apreciá-la por fora. Dei uma volta completa. De lá fui para o Parque da Cidade. Foi um pouco difícil achá-lo, ainda mais que a bateria do celular estava acabando. Mas, depois de muito perguntar, consegui achar a portaria, que imagino era a dos fundos. Parecia abandonado. Subi a escadaria e vi a trilha. Perguntei a um rapaz que lá estava se era tranquilo andar pelas trilhas e ele me disse que sim. Aí sim, eram realmente caminhos largos porém ao lado de vegetação nativa. Eu estive sozinho quase todo o tempo. Foi quase uma hora andando, até chegar perto do que parecia ser a portaria principal. Reencontrei o rapaz, que parecia agora estar fazendo corrida e ele me disse que encontraria uma bifurcação à frente, mas que ambos os caminhos me levariam à saída. Cheguei à bifurcação, escolhi o caminho de cima e cheguei ao que parecia ser a portaria principal. Esta é uma foto de um edifício de lá. O local estava cheio de militares. Informaram-me que haveria uma apresentação das bandas dos fuzileiros navais aberta ao público, que eu poderia ver se desejasse. Subi então para os prédios do parque e fui ver as exposições. Ainda bem que havia água lá, pois eu estava com bastante sede. Decidi então ficar para assistir a apresentação, ao invés de ir conhecer outros atrativos. Enquanto esperava fui andar pelo outro ramal da bifurcação e encontrei lá alguns cartazes explicativos da fauna e flora. Logo no início, havia uma cobra na lateral do caminho. Acho que se assustou um pouco com minha presença e foi embora para o mato. Voltei, esperei a apresentação que estava atrasada e fiquei assistindo por cerca de 1h. Gostei da apresentação, com as bandas, coral, cantores, temas de filmes etc. Todos trajados com os uniformes típicos de bandas militares. Só não fiquei até o fim porque não queria voltar na escuridão, principalmente a parte do caminho que não conhecia. Na saída ainda perguntei para os guardas sobre o melhor caminho, posto que minha bateria já estava em nível crítico e me deram orientações, que depois se mostraram coincidentes com o que eu tinha planejado com o mapa. Cheguei à Avenida Roberto Freie no fim do período de luz e caminhei por ela de volta a Ponta Negra. Novamente fui dar um passeio noturno na orla, assisti parte de outro jogo de futevôlei, voltei para a pousada, jantei o mesmo que no dia anterior, exceto a cebola, mas acrescido de 2 limões que encontrei na rua 🍋, ainda tive tempo de assistir parte da semifinal da Copa do Brasil entre Flamengo e Grêmio enquanto tentava achar uma passagem de ônibus ou uma viagem de BlaBlaCar para voltar para casa. Na 5.a feira 17/8 inicialmente tomei um delicioso banho de mar, caminhei até o Morro do Careca, apreciando a paisagem, tomei outro banho de mar para me despedir, conversei com um casal de turistas de São Paulo, sugerindo visita à Praia de Tabatinga sob o Mirante dos Golfinhos. Comi pão com banana de café da manhã. Depois de muitas tentativas, depois de desistir de ir de ônibus pela manhã, devido a ser muito cedo e precisar ir de táxi à rodoviária para não correr risco de perder o ônibus, consegui viabilizar uma viagem de BlaBlaCar (https://www.blablacar.com.br) saindo por volta de 15h. Paguei R$ 110,00 pela passagem. Fiquei até perto de 12h30 no hostel, quando consegui a confirmação final da viagem e rumei para o ponto de encontro, que era na Loja Agaé, que fica na estrada, que dentro da cidade é a Avenida Salgado Filho, bem mais perto do que a rodoviária. Fui caminhando pela Avenida Roberto Freire novamente, passei no supermercado, comprei pães e bananas para comer à tarde e durante a viagem e cheguei ao ponto de encontro bem antes. Esperei cerca de meia hora, encontrei Paulo, outro passageiro, que era militar da Marinha e esperamos juntos. Charlenson chegou na hora prevista. Ele era músico e passamos para pegar um instrumento (acho que era Baixo) num bairro de Natal. Isso atrasou um pouco a viagem. O outro passageiro era um rapaz advogado flamenguista que iria parar em Mossoró e ir para Limoeiro, a cidade de origem de sua família. Acho que ele morava em João Pessoa. A viagem foi tranquila. Viemos conversando sobre muitos assuntos. Cheguei no mesmo ponto de onde saí na ida e Charlenson me deixou no motel que fica na entrada da cidade por volta de 22h. De lá fui caminhando para casa, a cerca de 5 km de distância, passando antes na pizzaria para o jantar.
  2. O mercado público e seu novo perfil 2- Folha PE.pdfO mercado público e seu novo perfil 2- Folha PE.pdfComeçar com o primeiro tópico num fórum recém criado, é tarefa difícil para uma pessoa que não é tão fã da escrituras como é das leituras, mas desafio posto, desafio postado😂.... Moro aqui Recife há pouco mais de 05 anos e como sou fã de mercados vou resumir um pouco sobre o Mercado da Encruzilhada ( o nome não tem nada a ver com a primeira impressão que lhe veio a cabeça). Situado no bairro da Encruzilhada, "Seu nome deriva de um cruzamento de linhas férreas. A linha de trens de Great Western Recife - Limoeiro, de bitola estreita, e a linha de trens até Olinda, que em 1930 foram substituídos por bondes (maxambombas) que iam até o bairro de Beberibe. Nesse cruzamento foi aberta, em 1881, a estação da Encruzilhada. " "Inaugurado 🏣 em outubro de 1924, o Mercado da Encruzilhada tinha de seu projeto inicial o ajardinamento do largo em frente ao espaço e um pavilhão para a realização de retretas, que são concertos populares de uma banda de música em praça pública, arborização e calçamento. A construção foi mudada por não apresentar condições higiênicas satisfatórias. O novo edifício foi inaugurado em 9 de dezembro de 1950. Dessa vez, o Mercado possuía uma área coberta de 2.800m², com compartimentos, arejados e bem iluminados, área ajardinada, paredes revestidas com azulejos e câmaras frigoríficas. O espaço foi considerado, à época, uma obra arquitetônica modelo para o Brasil." O Mercado conta com duas praças de alimentação, uma mais simples e com preços mais populares (o tradicional P.F.) e outra ala com pratos a la carte. Nessa ala destaco os Restaurantes Bragantino, onde você pode degustar um delicioso bolinho de bacalhau e Minha Deusa com uns petiscos, doses de cachaça, indico também o restaurante Confraria do Lelo, onde você pode desfrutar de uma pituzada muito boa acompanhada de uma cerveja gelada ou de uma boa dose de cachaça. O mercado também conta com produtos comercializados nos atuais 214 boxes do mercado: frutas, verduras, cereais, miudezas em geral, artesanato, frios, carnes, aves, peixes, frutas, verduras, tabacaria, um café , além de shows musicais no sábado a tarde. Endereço: Rua Dr. José Maria, Encruzilhada Horário de Funcionamento: Segunda a sábado: 6h às 18h Domingo: 6h às 12h Leia mais: https://www2.recife.pe.gov.br/servico/mercado-da-encruzilhada A foto em preto e branco é do acervo da @fundajoficial https://www.instagram.com/p/Cw0C9tYuqfT/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng==
  3. Bom galera esse relato é na verdade um resumo de uma experiência unica vivida por mim em julho de 2018, é um relato bem pessoal, não vou dar muitos detalhes de custo mas vou tentar ajudar com o que lembrar, então prepara ai que vem textão, e desculpem os erros de português é muita coisa pra revizar e pouco tempo pra isso, já estou adiando esse relato a 1 ano então vai assim mesmo... O Inicio A chapada sempre me encantou, lembro de assistir Globo Reporter com meus pais na sala de casa e por varias vezes dizer que um dia iria conhecer esse lugar tão lindo e exuberante, a anos vinha tentando me organizar e viajar pra Bahia mas sempre algo dava errada e acabava adiando os planos, sempre tinha um empecilho seja um amigo que adoeçeu e não pode ir ou até mesmo a grana curta, só que esse ano foi diferente, justamente esse ano cheguei aos meus 30 de idade e pra mim foi um fechamento de ciclo notavel, um ano de mudanças e por que não por em pratica planos que ja estavam guardados a algum tempo e por-los em pratica mesmo com toda e qualquer adversidade que viesse a ocorrer. E assim fiz, comecei me programando em fevereiro, consegui marcar minhas ferias do trabalho para o mes de julho assim tive 6 meses para me preparar e organizar toda a viajem, comecei a pesquisar tudo, preço de passagens, hospedagens, preço de guias, agencias de turismo, roteiros e atraçoes isoladas que gostaria de visitar, foram 6 meses assistindo e pesquisando tudo que fosse conteudo sobre a Chapada Diamantina e seus arredores, a principio e ideia era fazer sozinho o percurso sem guia mas com ajuda de amigos fiz contato com alguns profissionais de lá e decidi que pagaria um guia (Praticamente o maior gasto de toda a viajem) mesmo com a grana curta fui me acertando e começando a tornar real o que viria ser a melhor viajem da minha vida até o momento desse texto... O Roteiro A principio a intenção era conhecer as atrações mais turisticas e visitadas por todos, mas quando comecei a pesquisar sobre roteiros e custos fiquei meio desmotivado e preocupado com a grana que tinha disponivel , foi um dos momentos em que pensei em desistir e deixar mais uma vez de lado essa vontade irracional que me arrastava para esse lugar, foi então que em umas das pesquisas no youtube encontrei um video de um Rasta sozinho no meio da chapada, proximo a uma cachoeira linda, no video ele falava sobre O vale do Pati e Vale do Capão, foi meu primeiro contato com esses lugares, então comecei a pesquisar sobre e fiquei maravilhado com tudo que vi, paissagens exuberantes e um povo super simples e acolhedor, dai em diante meus planos mudaram, meu foco se concentrou no vale do pati com suas belas vistas em um trekking cercado de paissagens exuberantes, abri mão dos passeios mais turisticos pra viver uma experiencia mais rustica e transformadora que era o que realmente queria nessa viajem, acho que querer não é a palavra certa no meu caso e sim PRECISAR, eu estava precisando disso, desse contato mais proximo com a natureza e comigo mesmo, precisava de um tempo só pra mim longe de tudo e de todos, então estava decidido eu iria fazer o trekking vale do capão – Vale do pati, um dos trajetos mais longos até o pati, tinha outras opções mais a logistica pra chegar a esses outros pontos de entrada no vale sairiam mais caras e não se encaixavam em meu curto orçamento, mesmo decidido pra onde ir o Pati ainda sim é um lugar gigante e teria que escolher os locais que gostaria de visitar pois não tinha grana pra fazer tudo de uma só vez e com a ajuda de um brother(Guia Douglas – Conexão Chapada) tracei o melhor roteiro pra minha situação e ficou acordado que seriam 5 dias de vale, roteiro decidido o proximo passo foi começar a preparação para viajem... Então meu roteiro geral da viajem ficou assim Recife – salvador – Palmeiras – Vale do Capão – Vale do Pati tudo de onibus totalizando cerca de 22hrs de transporte até o ponto inicial da trilha, e após a chegada os dias de travessia ficaram divididos em 1º dia saida Capão – Mirante do Pati – Igrejinha, 2º dia Seria a conquista ao morro do Castelo e algumas outras cachoeiras até a cachoeira do funil pelo leito do rio Pati, 3º dia Cachoeirão por cima e Mirante do Cruzeiro, 4º Dia a Volta Pati - Capão a Principio seria esse o Roteiro inicial da viajem... voltando do pati passaria mais uns dias no capão até voltar pra salvador e enfim retornar a Recife. Preparando para viajem Depois de decidido sobre viajar começou o segundo ponto, a preparação, pesquisei tudo que viesse a precisar e comecei a me organizar. Aos poucos fui conseguindo tudo que viria a precisar, não foi facil, como era meu primeiro contato com o trekking (esporte pelo qual me apaixonei) não tinha nada de equipamentos ou noções de camping, o preparo fisico não me preocupei muito, não sou nenhum atleta profissional mas sempre estive envolvido com alguns esportes então o fisico não seria um grande problema. Mas equipamento e grana eram meus dois grandes problemas... então comecei a comprar algumas coisas exenciais que viria a precisar e outras coisas fui conseguindo emprestado com amigos a os quais sou bastante grato pela ajuda, mochila, bota, saco de dormir, tensores de joelhos foi tudo emprestado de amigos, a barraca eu ja tinha uma bem simples trans 3 camping que não era a prova dagua nem tinha capa de chuva (passei um perreguezinho no ultimo dia de chapada), pra piorar a situação não comprei isolante termico, comprei algumas bermudas de trilha, umas camisetas de trilha simples, camiseta UV manga longa e um cortavento pra segurar um pouco o frio, sem esquecer da toca rosa presente do meu pai antes de viajar. O proximo ponto importante foi o contato com guias e agencias de turismo pra saber se teria condições de pagar um guia ou se tentaria a sorte e me aventuraria sozinho nessa empreitada, a verdade é que minha vontade era justamente essa, ir só sem guia, sem correria e sem pressa, curtindo ao maximo tudo que aquele lugar tivesse a me oferecer, ja tinha tentado contato com alguns guias que depois de contar minha situação e vontade de ir simplesmente esnobavam por saber que tava com pouca grana e que iria só,(quanto mais gente em um grupo menor fica o valor pago ao guia por pessoa, assim como quanto menos pessoas maior o valor) ja estava certo de que iria só mesmo de qualquer jeito mais ia, até que uma amiga que ja tinha ido a chapada me indicou um guia local de Mucugê – Douglas Fagundes(Conexão Chapada) o cara foi super atencioso tirou diversas duvidas e mesmo apos eu contar minha situação o tratamento e o interesse não mudou, pelo contrario o brother me insentivou o tempo inteiro a ir e em momento algum pôs obstaculo algum, chegamos a um valor bem abaixo do que todos os outros guias e agencias pediram, a diaria de um guia tava em torno de 300 a 250R$ com ele consegui fechar 5 dias no vale do pati a 600R$, ainda tava pesado no meu orçamento de 1,000R$ pra viajem toda, isso fora a passagem que ja tinha comprado no cartão e dividido em 10x, me sobraram 400R$ para alimentação, camping e custos de transportes adicionais que viesse a precisar e essa grana ainda ia diminuir mais na frente junto com os impevistos que surgiriam no caminho. A noite anterior a viajem... Mesmo com toda dificuldade e contratempos eu fui me preparando e me convencendo do que queria fazer, sim meus amigos o maior processo de preparação foi justamante condicionar minha mente a não pensar nas advercidades e não desistir, e assim foi... juntei tudo que tinha conseguido com os amigos, o que restou da grana das minhas ferias apos pagar algumas contas e me preparei pra viajem, mas confeço que não foi facil, uma noite antes da viajem estava eu sentado na cama com a passagem em mãos tentando arrumar algum motivo pra desistir de ir, pensei milhões de possibilidades de situações que poderiam acontecer, coisas que poderiam dar errado e mas uma serie de desconfortos, uma crise de anciedade gigante, mas dessa vez não! Dessa vez eu iria fazer diferente, como poucas vezes fiz na vida, calei a mente e ouvi o coração ele sim sabia o que queria e onde iriamos chegar, no meu coração não havia duvida alguma do que fazer e que decisão tomar, consegui acalmar um pouco a crise de anciedade e fui descansar já eram quase 6 da manha e iria pegar o onibus na rodoviaria de Recife as 19hrs seria uma viajem cansativa até Salvador e de lá mais um onibus até Palmeiras e em Palmeiras um outro transporte até o vale do capão(Local que escolhi pra começar minha jornada), totalizando quese 20hrs de transporte até o meu primeiro objetivo que era o camping Sempre-Viva nas proximidades do capão, esse seria meu trajeto até o inicil da aventura....
  4. Então pessoal, sou novo aqui. Ja viajei bastante, sou de nacionalidade colombiana mas recido no brasil, estive morando algum tempo no RN. Estive em diferentes empregos, desde atendente ate garçom. Mas escolhi que vou viajar para recife, conhecer essa terra maravilhosa. Minha pergunta é, Sabem algum lugar onde possa trocar hospedagem por trabalho??, ja ouvi falar dos apps, mas realmente não possuo o dinheiro para a inscrição, então se alguem conhecer algum lugar ou tiver um hostel onde possa ajudar em troca de hospedagem, agradeceria Sou fluente em espanhol e ingles Um abraço
  5. Sempre quis conhecer os cânions do Velho Chico. Vale cada centavo e cada minuto! Junto com meu namorado optamos por um trajeto 'roots', de ônibus, saindo de Petrolina e indo até Recife. Gostamos de pisar no chão que queremos conhecer. Eu tinha o desejo de conhecer as vinícolas de Petrolina e ele ainda não conhecia Recife. Também queríamos uns dias sem fazer nada numa praia sossegada. Então, assim fizemos: Dia 01: RIO DE JANEIRO - PETROLINA Chegamos em Petrolina na madrugada de um sábado para domingo e, pegamos um hotel central na cidade. Já logo na manhã do primeiro dia, as 08h pegamos o 'Vapor do Vinho', um trajeto que sai de ônibus de Petrolina com destino a Cidade Nova e de lá, da Hidrelétrica de Sobradinho. No caminho, paramos na vinícola Terra Nova, do grupo Miolo. Um dos melhores espumantes que conheço. Seguimos a partir dali com o vapor, que nos levou para algumas ilhas do São Francisco onde pudemos entrar no rio com segurança. O vapor serve um ótimo almoço, tem excelentes drinks, música agradável e estrutura. O custo foi de R$ 198,00 por pessoa em abril de 2022. Voltamos a Petrolina no final do dia e fomos para o hotel. Dia 02: PETROLINA (VINÍCOLAS) Mapeamos 03 vinícolas em Petrolina que valem muito a pena conhecer: Mandacaru, Bianchetti e Rio Sol (esta última do grupo Global Wines que também possui a Cabriz em Portugal). Foi o único momento em que alugamos um carro. Vinhos excelentes e passeio lindo! A noite, curtimos um barzinho com música local na beira do rio, na orla de Petrolina Dia 03: PETROLINA (PE) - PAULO AFONSO (BA) Antes de devolver o carro, cruzamos a famosa ponte de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), vimos a orla de Juazeiro com estátua do João Gilberto, ilustre natalino da cidade, assim como de Daniel Alves, jogador de futebol atualmente do SPFC também nato ali. A orla é linda e super bem cuidada. Dali, partimos para o Ateliê do Mestre Quincas, em Petrolina, já próximo de onde devolveríamos o carro. Famoso pelas carrancas, conseguimos conversar com um de seus maiores discípulos, o mestre Gago. Devolvemos o carro e fomos para a Rodoviária, onde pegamos um ônibus executivo, da empresa Progresso com destino a Paulo Afonso na Bahia. É de Paulo Afonso que sai o ônibus para Canindé do São Francisco, em Sergipe, cidade dos cânions. DIA 04: PAULO AFONSO (BA) - CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO (SE) Chegamos em Paulo Afonso tarde da noite, pegamos um hotel central e no dia seguinte já as 06h da manhã o ônibus para Canindé. São 02 horas de viagem e, a rodoviária de Canindé é na frente da Pousada que ficamos hospedados. Dali, já assim que chegamos, pegamos o barco para os cânions. O passeio é lindíssimo e dura cerca de -3h30. Com piscina natural. Em seguida, pedimos para o motorista que contratamos (lá tem que ser assim... as pousadas conhecem, não caiam no primeiro que se oferecer!), nos levar ao por do sol nos cânions dourados. Onde se vê de cima os cânions. É um negócio de lindo. DIA 05: CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO (SE) - PAULO AFONSO (BA) Já no dia seguinte, fomos a Piranhas (AL). Uma linda cidade histórica onde foi feita a emboscada a Lampião e Maria Bonita. Depois de uma voltinha no centro e na prefeitura onde ficaram expostas as cabeças dos cangaceiros, fomos até o restaurante Angicos, de lancha, onde além de um almoço incrível e de mergulhar mais umas vez nas águas do Velho Chico, pudemos fazer a Rota do Cangaço. Uma trilhazinha de 600m para a gruta onde Lampião e seu bando estavam quando foram tocaiados. Voltamos para Piranhas (AL) e de lá para Canindé (SE) para no fim da tarde pegar o ônibus de volta a Paulo Afonso (BA) e no dia seguinte seguir viagem para Maceió (AL) onde um motorista nos buscaria para nos levar à Praia do Patacho, na divisa dos Estados de Alagoas e Pernambuco. DIA 06: PAULO AFONSO (BA) - PATACHO (AL) Foram 05 horas de ônibus da Real Alagoas, esse sim o famoso 'pinga-pinga' para Maceió. No caminho, passamos na cidade onde nasceu a jogadora Marta, Dois Riachos (AL) e aonde nasceu Graciliano Ramos, Paineira dos Índios (AL). O motorista nos buscou e esse foi o único trecho mais 'playboy'. Mas valeu a pena. Pois de carro fomos contornando a costa e vendo as lindissimas praias do litoral norte alagoano. DIAS 07 A 10 - PATACHO (AL) Ficamos na charmosa pousada Quinta do Patacho, na praia do Patacho. Ali fizemos poucos além de ... nada! Lugar lindo, bucólico, fomos nas piscinas naturais onde vimos peixinhos tipo a Dori do Nemo, fomos a 03 excelentes restaurantes: SUR, do chef Serginho Jucá do Mestre do Sabor, Peixe na Telha e um cujo nome não me lembro, mas, fica na rua da pousada e comemos uma paella alagoana incrível. Tudo isso regado aos vinhos que estávamos carregando cuidadosamente desde Petrolina! No último dia, pegamos uma balsa até Japaratinga (PE), onde uma carona do Blá Blá Car nos buscou para irmos para Recife. DIAS 10 A 12 - RECIFE (PE) De volta a metrópole, ficamos no flat de uma amiga em Boa Viagem. Contamos com amigos locais para descobrir a boa de cada dia e noite, mas, basicamente, fomos ao Bar Central, um boteco próximo a zona norte, em uma rua com tantos outros, onde tem um excelente falafel. No dia seguinte, caminhamos pelo Marco zero e fomos ao Museu Cais do Sertão. Seguimos para Olinda, onde caminhamos pelos pontos turisticos e almoçamos no Oficina do Sabor. No dia seguinte, ultimo dia, optamos por ficar na praia mesmo até o momento de ir para o aeroporto. A viagem inteira, contando com passagens e hospedagens saiu menos de R$ 4K para cada um.
  6. Boa tarde Galera! Se alguém estiver em Recife-PE por esses dias e se alguém estiver por lá, me avise. Montei um roteiro cultural para conhecer o Recife-Antigo e região e quero também pegar um dia para ir até Porto de Galinhas, para conhecer as piscinas naturais. Quem tiver interesse, só dar um toque. Segue o roteiro feito (mesmo que não de tempo de fazer tudo rs). Olinda 07/10 1° Igreja da Misericórdia 2° Quatro Cantos 3° Igreja São Salvador do Mundo 4° Mosteiro de São Bento Recife Antigo 08/10 5° Marco Zero 6° Parque Das Esculturas R$5 (Pegar um barco p/atravessia) 7° Paço do Frevo R$8 - 10 às 16 8° Caís do Sertão R$10 - 10 às 16 9° Centro de Artesanato de Pernambuco 10° Embaixada dos Bonecões R$15 - 8 às 17 Recife-Centro 11° Palácio da Justiça 12° Casa da Cultura - Ant. Casa Detenção) Gratuito - 9 às 19 13° Mercado de São José - Se sobrar tempo. 09/10 14°Porto de Galinhas Associação dos Jangadeiros 10/10 Recife Mais Afastado 15° Passeio de Barco Catamaran - Recife e seus bairros. R$ 70 - 10hs 16° Instituto Ricardo Brennand R$ 40 - 13 às 17 17° Praça de Casa Forte 18° Praça da Jaqueira
  7. Ola pessoal, bem, estarei viajando a recife, como mochileiro e la vender docinhos e balas para pegar dinheiro e assim, so levarei a mochila de ataque. Mesmo assim minha pergunta é, quais lugares em recife me recomendam ir e quais não, por serem perigosos, ja que estarei com minha mochila o dia todo e na noite procurarei montar a minha barraquinha perto de algum posto ou assim. So levo roupa, mas mesmo assim andarei de noite pra procurar um lugar onde armar a barraquinha, so não quero terminar me metendo em favela ou lugares muito perigoso para não perder minha mochila Obrigado
  8. PRIMEIRAMENTE: Cadê o subtópico nos relatos de viagem da Paraíba?! SEGUNDAMENTE: Este é um post longo e os links para valores e compras estarão no final do post. OLÁ OLÁ OLÁ Essa viagem eu faço sempre, portanto, não tem data específica. O que pode alterar é o preço das passagens que, ao final como sempre, deixo os links e os meios de contato das atrações bem como o máximo de informação que consiga. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1- O ÔNIBUS O meio mais barato de chegar em Campina Grande - PB vai depender de dois fatores: 1- ser estudante; 2- ter tempo e disposição; primeiro vamos começar pelo modo mais barato. Primeiro, de onde você estiver, procure saber como faz para chegar no Auto Posto Santo Expedito que fica na Iputinga (para quem é de Recife é ali perto do Detran, para quem não for, é só perguntar onde fica o Detran, o caminho é por ali). Quem vai de ônibus eu indicaria pegar o metrô e seguir até a estação Barro e, de lá, pegar o ônibus que faz a linha Barro-Macaxeira-BR 101 e, depois que ele descer o viaduto da Caxangá, descer na primeira parada, logo mais a frente estará o Posto. Há ainda a opção mais “segura” (infelizmente Recife está bem perigoso, portanto, qualquer opção que não seja carro se torna insegura) que é, saindo da Av. Recife, pegar o ônibus CDU-CAXANGÁ-BOA VIAGEM (atualização: hoje tem outro nome, aqui a gente usa ônibus pelo nome, mas o número permanece o mesmo) Nº 440 e descer no Viaduto da Caxangá, é assim que ele passa debaixo de um viaduto e faz uma curva como se fosse voltar pelo caminho que veio, depois que desce é ir andando até o Auto Posto. Depois que chegou no Posto é a hora de comprar a passagem; Há duas empresas que fazem o trajeto para a Paraíba, a Progresso e a Viação Total; a Progresso tem passagens para várias partes da Paraíba ao passo que a Total só faz o trajeto Recife-João Pessoa-Recife. Para esta primeira opção o caminho a ser feito é indo por João Pessoa; Os ônibus da Total tem os que são convencionais, ou seja, o preço da passagem é menor que em outros horários, portanto essa é uma boa hora para começar a viagem. Uma vez comprada a passagem para João Pessoa é só seguir viagem até chegar na rodoviária de Jampa. Quando desembarcar em jampa, por dentro da rodoviária mesmo, tem de seguir para o lado dos embarques municipais, que fica no outro extremo de onde acontece o desembarque. Chegando ao outro extremo é só subir a rampa e, logo do lado esquerdo, estará o guichê da Empresa Real Bus que é a responsável por fazer o trajeto João Pessoa - Campina Grande mais rapidamente, aqui que acontece o “barateio” da viagem pois, dentro da Paraíba, estudante paga meia passagem, ou seja, a passagem sai pela metade do preço! Depois que comprar a passagem (sai ônibus de hora em hora para Campina) é só esperar ou na rodoviária mesmo ou ainda na área VIP da Real Bus (o nome é esse mesmo) até que chegue o ônibus e possa embarcar. O ônibus segue estrada pela BR 230, também conhecida por “tapete” por que peeeense numa estrada boa! Chegando em Campina Grande ao descer na rodoviária começa a linha de escolhas a depender de onde estará hospedado e etc. 2- A CHEGADA Para quem vai para algum hotel e está com pouca mala a opção mais em conta que pode encontrar é o moto-taxi, para qualquer lugar da cidade - antes de começar a corrida pergunte o preço e, só depois que ele disser, diga para onde vai assim a chance de ser enganado diminui e, se for em época de alta estação como o São João, tenha em mente que os preços tendem a aumentar. Se está com muita mala há as opções de táxis e, para aqueles mais desbravados, há ainda os ônibus que são identificados pelos seus números. Sempre há um fiscal das companhias de ônibus então vale perguntar a eles como seguir para seu destino. Aqui vale a a máxima do mochileiro: baixe o maps offline ou salve o trajeto quando tiver internet. Em Campina Grande há informações no maps sobre transporte público. 3- HOSPEDAGEM Como minha mãe mora na cidade eu não preciso ficar hospedada em hotel mas, pelo pouco que sei, existem algumas opções em Campina aqui cabe um pouco de bom senso na hora de escolher pesquisando as referências do hotel em sites e páginas de viajantes. No entanto, se forem escolher, escolham os que estiverem mais próximos do Parque do Povo, o local onde acontecem todos os shows e toda a festa junina se concentra nela. 4- PONTOS TURÍSTICOS Certamente que a vontade é de conhecer todas estas atrações num mesmo dia mas, vos asseguro, não há condições de conhecer tudo num dia só, portanto reserve um fim de semana inteiro para conhecer tais atrações. Ao final deixarei minha sugestão de roteiro para o que fazer e o que visitar em cada dia mas, por hora, vamos conhecer mais os locais que acho interessantes de conhecer. Museu Três Pandeiros Sem sombra de dúvida há lugares que são indispensáveis para quem busca conhecer Campina Grande, dentre eles posso citar o Museu de Arte Popular da Paraíba - ou Museu dos Três Pandeiros que conta com a assinatura de Oscar Niemeyer e reúne trabalhos dos muitos artistas da Paraíba. Endereço: R. Dr. Severino Cruz - Centro, Campina Grande - PB, 58400-258 Horário: 09:00–19:00 Telefone: (83) 3310-9738 Entrada Franca Açude Velho Ainda pelo caminho do Museu, está o cartão postal da cidade, o Açude Velho que ao redor dele encontram-se boa parte dos restaurantes, casas de show, academias e atrações mais chamativas de público. Bar do Cuscuz Ao seu redor podemos encontrar outro ponto turístico conhecidíssimo da cidade que é o Bar do Cuscuz, que oferece um belo ambiente além de música ao vivo e uma comida regional de sabor e preço muito acessível, claramente o Cuscuz é o carro chefe da casa mas eu, particularmente, prefiro carne de sol na nata com acompanhamento que é uma delícia e alimenta 3 pessoas que comem mediano tranquilamente custava R$ 42,00 na época em que fui, a dias em que há promoção de comida ou bebida, vale a pena perguntar ao garçon sobre tal possibilidade. Endereço: R. Dr. Severino Cruz, 771 - Centro, Campina Grande - PB, 58045-010 Telefone: (83) 3322-4232 Horário: 11:00–02:00 Entrada Franca Espaço Zabumba Afora o Bar do Cuscuz no entorno do Açude também conta com a badalada casa de shows Espaço Zabumba onde, acontecem muitas apresentações de artistas famosos como Alcione, por exemplo. Endereço: R. Dr. Severino Cruz,S.N - Centro, Campina Grande - PB, 58045-010 Telefone: (83) 98837.3780 Horário: 20:00 - 03:00 Entrada a depender da atração Parque da Criança Esta região ainda conta com o Parque da Criança onde, frequentemente, há atrações e atividades voltadas para o público infantil bem como ao público jovem também que, inclusive, é o que mais frequenta. Aqui vale o aviso de que, embora um local público e aparentemente bem protegido, acontecem constantes furtos tanto dentro quanto em seu entorno então, se forem conhecer, não esqueçam que atenção deve ser dobrada principalmente por estar em local desconhecido. Endereço: Av. Dr. Elpídio de Almeida, 215 - Catolé, Campina Grande - PB, 58410-215 Horário: 04:00–11:00, 13:00–20:30 Telefone: (83) 3337-4122 Entrada Franca Estação velha Saindo do Açude Velho, a poucos minutos a pé, está a Estação Velha que possui um acervo sobre a história do algodão e como ele emoldurou a economia local por muito tempo permitindo, inclusive, a construção de uma ferrovia comercial bastante movimentada na sua época áurea. Não paga para entrar, no entanto, incentiva-se uma ajuda para os guias que ali trabalham como voluntários, e lutam pela preservação do local e da história da cidade. Endereço: R. Benjamin Constant - Centro, Campina Grande - PB, 58410-012 Telefone: (83) 3341-0603 Horários: Entrada Franca mas conta com contribuição dos visitantes para os guias voluntários Parque do Povo Também a pouquíssimos minutos a pé do Açude Velho está o Parque do Povo, centro das festividades juninas na cidade onde, na época festiva, se enfeita e é cercado a fim de trazer mais segurança e estrutura para os turistas e cidadãos que vem a curtir as celebrações. Endereço: R. Sebastião Donato, S/N - Centro, Campina Grande - PB, 58400-355 Horário: 24 horas Entrada Franca Dentro, e ao redor do Parque, instala-se uma bela estrutura que atende a todos os gostos, na parte mais baixa (pode ser na alta também, depende do humor de quem organiza a festa --” ) estão os restaurantes badalados da cidade que montam suas áreas ali. Ainda há a área de “cidade velha” que também tem uns mini restaurantes e conta com um coreto e com a “estação de rádio” do Parque. Por toda a extensão do Parque, até antes da Pirâmide é possível encontrar quiosques que tocam, principalmente, forró bem pé-de-serra. Na parte central do parque está a icônica Pirâmide onde ocorrem as apresentações de quadrilhas juninas e também shows de forró predominantemente pé de serra. Subindo as escadarias, logo a esquerda, está a cenográfica Vila Nova da Rainha e, mais a frente, encontra-se o pátio de shows com, ao fundo, o grande palco nominado Poeta Ronaldo Cunha Lima que acontecem os grandes concertos no Parque. Sítio São João Segundo descrição do site sobre o são joão de Campina Grande : ”São espaços como capela com imagens dos santos juninos, engenho, casa de farinha, roçado de milho, casa de taipa, bodega, tipografia e difusora. Os locais ficam repletos de artigos reais que ornamentavam os espaços.” O sítio funciona basicamente pelo dia é, portanto, junto à Galante, a atração diurna que atrai aqueles que ainda não podem ou não gostam de ir ao Parque do Povo. Endereço: Avenida Cônsul Joseph Noujaim Habib, s/n - Catolé, Campina Grande - PB, 58410-603 Telefone: (83) 99188-7758 Horário: 11:00–22:00 Entrada entre R$2,00 e R$5,00 por pessoa, há promoção para mulheres até certa hora Vila do Artesão Por último, mas não menos importante, temos a Vila do Artesão - meu lugar predileto dentro de Campina Grande no São João - , um mercado aberto ao público também próximo ao Açude Velho que conta com lojas de artesanatos dos artistas locais menos conhecidos mas não menos talentosos da cidade de Campina Grande. Endereço: Avenida Almeida Barreto, s/n - São José, Campina Grande - PB, 58400-328 Horário: 10:00–18:00 Telefone: (83) 3322-2425 Entrada Franca No centro do mercado há uma praça de alimentação que, nos fins de semana mesmo fora da época festiva, é bem animado pois sempre tem um trio forrozeiro animando as pessoas que ali vão tomar uma bebidinha ou apenas almoçar. Há restaurantes self service sem balança com duas opções de carne por R$ 10,00 Fazenda Santana Um restaurante fazenda que fica nas imediações do distrito de Galante que possui uma vasta área para atividades de turismo rural como passeio de charrete, cuidado com os bichos, redes para deitar-se após o almoço, vários lugares bonitos para tirar fotos, além de uma piscina muito convidativa e do som de um trio pé de serra para animar o almoço. Os preços são bastante acessíveis e a comida bem servida. Para chegar lá o transporte mais recomendado é mesmo o carro já que o acesso é um pouco difícil e possui um longo estacionamento. Endereço: Rodovia PB-100, s/n - Zona Rural, Campina Grande - PB Telefone: (83) 3317-1102 Horário: 12:00 - 15:00 Entrada Franca Cobra 10%,Couvert Artístico e não aceita cartões. Galante A 18 km de Campina Grande encontra-se o distrito de Galante, uma cidade mínima porém muito procurada na época junina. Embora muito pequena é um distrito conhecido pois é nele que desembarca o famoso Trem do Forró (que, a propósito, eu particularmente não indico pois não é muito confortável para o preço que cobram, mas para quem gosta, vá a fundo) e possui muitos festejos durante o dia. Há quem diga que, enquanto a noite não chega para ir ao Parque do Povo, vai-se à Galante para curtir o dia assim como ao Sítio São João. 5- ROTEIRO Como eu disse antes não creio ser possível (sempre há quem consiga, pois bem) fazer todos esses pontos num dia só, para tanto separei um roteiro de dia a dia dos pontos principais, entre os quais falei, que funciona especialmente para aqueles que tem coragem de andar rsrsrs. Dia 1: Galante - PB Embora não seja dentro da cidade de Campina Grande o distrito de Galante tem uma vida diurna muito convidativa para aqueles que buscam um verdadeiro pé de serra, rala bucho e muito espetinho e bebida. Para chegar em Galante há, pelo menos, 3 maneira de chegar: indo pela BR 230 até a entrada de galante; indo por dentro de Campina Grande, seguindo pelo trajeto que se faz para chegar à Fazenda Santana e, o que eu mais indico, indo de ônibus que o pega na antiga estação rodoviária de Campina, que fica bem no centro (usando o google maps mostra todas as informações). Quando se chega em Galante a primeira impressão é de cidade agitada (se for no São João) em cada esquina há um palhoção (não sei como chama na rua região mas aqui no NE é basicamente uma tenda enorme que fica um trio pé de serra animando o pessoal que se reúne la embaixo pra dançar e beber e curtir) e nestes palhoções sempre um bar e espetinhos na frente para animar e alimentar os ‘’juninos’’ Indico, aqui, procurar os self services sem balança para os que precisam almoçar, há opções de barzinhos que oferecem estes serviços, restaurantes propriamente ditos são pouquíssimos, assim, os lanches estão por toda a parte e a preços bem camaradas, mesmo em época festiva. Há tapiocas, Crepes no palito, espetinhos, milho cozido e assado, salgados de todos os tipos. Em Galante é possível passar o dia inteiro e, se ainda houver pique, ir de noite para o Parque do Povo, se não, dá para descansar para no outro dia seguir para a programação a seguir. Dia 2: Estação Velha , Museu Três Pandeiros, Parque da Criança e Sítio São João Depois de chegar em Campina e se instalar na sua hospedagem (se quiserem dicas de hospedagens eu posso procurar e enviar para vocês, é só me mandar uma mensagem através da caixa ao lado direito no blog) é só pegar algum moto taxi, ou taxi, ou ônibus que deixe-os no Museu do Algodão, também conhecido como Estação Velha. Chegando na Estação velha façam o passeio guiado, não custa muito caro - depende do quanto de gorjeta você dará - e ajuda muito a entender todo o aparato que tem dentro do museu. Ainda dentro da Estação sigam para a parte de fora que tem uma réplica de um trem que era usado na época de expansão do comércio lá é possível subir no trem e tirar algumas fotos para ficar de recordação. Saindo da Estação, seguindo na direção da STTP logo a frente verá o Açude Velho. Indo pelo lado esquerdo verá o imponente Museu Três Pandeiros onde pode apreciar as obras de arte dos artesãos paraibanos ou comprar se assim desejar, depois de sair do museu é só seguir direto até, depois que der a volta no açude, verá um terreno gradeado com várias portas e etc, lá está o Parque da Criança; dificilmente as portas que dão para a lateral se encontram abertas, portanto, seguindo por esse caminho já sairá na área de entrada principal. Saindo do Parque da Criança ainda há a opção de esticar para o Sítio São João, trajeto que deve ser feito de carro devido a distância, lá funciona por uma boa parte do dia então, depois do almoço no parque da criança, se seguir para o Sítio ainda dá para forrozar muito por lá. As comidas não são tão baratas mas as bebidas compensam. Dia 3: Fazenda Santana e Parque do Povo Esse passeio é para aqueles dispostos a pegar estrada e ainda a curtir de manhã até de noite, literalmente. Seguindo pelo caminho numero 2 para galante é mais fácil de chegar na Fazenda Santana onde, assim que chega, já lida com uma bela paisagem bucólica e bem “fazendesca”. O amplo e fácil estacionamento permite a ida de carro sem maiores problemas, há trajeto de ônibus - salvo engano - mas eu mesma nunca fiz, portanto, não posso afirmar nem desafirmar nada. Dentre as várias atividades a que eu mais gostei foi ficar deitada na rede - hahaha - depois do maravilhoso almoço com uma bela paisagem e uma música pé de serra muito gostosa. O almoço é bem servido e o local muito charmoso e refrescante, no dia em que fui estava meio frio daí não entrei na piscina mas, quem já foi, disse que é bom. Dá para passar o dia lá, desfrutando da mesa de sinuca, das redes, do passeio de charrete, dos passeios a cavalo, da casa rústica de fazenda toda decorada como eram as fazendas nos tempos de outrora, do contato com os bichinhos da parte de criação e um espaço amplo para as crianças com brinquedos. Não sei se paga para curtir isso tudo pois, quando fui, como eu havia comido lá não sei se por isso não cobraram nada, mas comam lá, a comida vale muito a pena. Saindo da Fazenda Santana, pelo mesmo caminho que veio para voltar à cidade de Campina, é possível seguir para o Parque do Povo (passar no hotel e, se quiser, deixar o carro e pegar um táxi é uma opção vantajosa também) se tiver muito pique. Chegando no Parque do Povo eu, particularmente, prefiro ficar na área baixa (depende do ano e do humor dos organizadores) que é onde se encontra o coreto, a cidade montada e os bares gostosos com as ilhas de pé de serra, há na “rua de trás” umas lanchonetes e bares que os preços são mais em conta, daí vale a pena a passada por lá para comer e voltar para a parte central para ouvir o forró e ficar mais a confortável a vontade. Para quem gosta de mais agito, há a Pirâmide com forrós mais atuais e o próprio palco principal em si. Dia 4: Vila do Artesão e a volta No dia de volta, se ainda der tempo, sugiro passar ainda na Vila do Artesão, seja para almoçar a um preço barato e comida caseira, seja para ouvir mais um pouco do gostoso forró pé de serra ou, ainda, seja para comprar um souvenir para aqueles que não puderam desfrutar dessa cidade tão gostosa. Como fica próximo do Açude Velho, para quem tem coragem e pouca mala sugiro andar até próximo do Museu do Algodão (Estação Velha) e pegar um ônibus (245 A ou B) que leva até a rodoviária para lá pegar seu ônibus, para quem não, vale pedir um táxi usando um dos aplicativos como 99taxis e easy taxi; sugestão: COMPRAR PASSAGEM COM ANTECEDÊNCIA pois na época de São João, principalmente, é mais propenso aos ônibus estarem todos cheios, especialmente os convencionais que são mais baratos nos ônibus da Progresso (que seguem caminho direto para Recife por um preço mais caro do que se for por Jampa) e mesmo nos ônibus da Real Bus para o pessoal que escolher voltar por João Pessoa novamente. Acesse o caminho para usar no gps aqui ou abra direto aqui abaixo . Links úteis CittaMobi: www.cittamobi.com.br/ Viação Progresso: https://www.progressoonline.com.br/ Viação Total: http://www.viajetotal.com.br/ Real Bus:https://www.realbus.com.br/ Rodoviária Nova Campina Grande: Museu Três Pandeiros: Bar do Cuscuz:https://www.instagram.com/bardocuscuzcg/?hl=pt-br https://www.ifood.com.br/delivery/campina-grande-pb/bar-do-cuscuz-centro/7371341d-d145-4606-b16e-6ee2fffd29f7 Espaço Zabumba (hoje Espaço Criativo): Museu do Algodão:https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g793400-d4376101-Reviews-Cotton_Museum-Campina_Grande_State_of_Paraiba.html Sítio São Joãohttps://saojoaodecampina.com.br/sitiosaojoao/ Vila do Artesão:https://saojoaodecampina.com.br/viladoartesao/ Fazenda Santana:https://pt-br.facebook.com/pages/Fazenda-Santana-Galante-PB/170854629713953 https://www.instagram.com/fazenda_santana/?hl=pt-br
  9. Resumo: Itinerário: Salvador a Recife Distância Aproximada Entre Origem e Destino (Google Maps): 784 km Distância Aproximada Percorrida Incluindo Passeios: 1.100 km Período: 24/07/2019 a 01/09/2019 (39 dias) Gasto Total: R$ 2.293,33 Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 1.779,43 - Média Diária: R$ 45,63 Ida: Voo de São Paulo (Congonhas) a Salvador pela Latam por R$ 212,95, sendo R$ 180,00 de passagem e R$ 32,95 de taxa de embarque. Volta: Voo de Recife a São Paulo (Guarulhos) pela Latam por R$ 300,95, sendo R$ 268,00 de passagem e R$ 32,95 de taxa de embarque. Paradas: 1- Salvador (Santo Antônio, próximo do Pelourinho): 1 dia 2- Salvador (Itapuã): 2 dias 3- Arembepe: 1 dia 4- Praia do Forte: 2 dias 5- Imbassaí: 1 dia 6- Subaúma: 1 dia 7- Baixio: 1 dia 8: Sítio do Conde: 1 dia 9: Costa Azul: 1 dia 10: Coqueiro - BA: 1 dia 11: Estância - SE: 1 dia 12: Aracaju: 3 dias 13: Pirambu: 1 dia 14: Ponta dos Mangues: 1 dia 15: Saramém - SE: 1 dia 16: Pontal do Peba - AL: 1 dia 17: Coruripe: 1 dia 18: Jequiá da Praia: 1 dia 19: Barra de São Miguel: 1 dia 20: Maceió: 3 dias 21: Paripueira: 1 dia 22: Barra do Camaragibe: 1 dia 23: Porto de Pedra: 1 dia 24: Maragogi - AL: 2 dias 25: Tamandaré - PE: 1 dia 26 Porto de Galinhas: 3 dias 27: Cabo de Santo Agostinho: 2 dias 28: Recife: 1 dia Considerações Gerais Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, rios a atravessar, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em boa parte da viagem houve bastante sol e pancadas de chuva breves, geralmente fraca ou só garoa. Dias com chuva prolongada foram poucos (acho que só uns 3). Não houve raios. A chuva, quando me pegava nas praias, apesar de não ser tão forte, tornava-se mais sensível devido ao vento forte. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 20 C a 30 C. A sensação térmica às vezes era mais baixa por causa da chuva ou mais alta por causa do asfalto ou da areia. As praias, o mar, as lagoas, a vegetação, as paisagens rurais, os mirantes, as construções históricas e típicas e as igrejas agradaram-me muito . Em alguns trechos de mar aberto, o mar estava muito bravo, com ondas fortes e enormes, com muita correnteza, algumas vezes com direções conflitantes. Derrubou-me várias vezes. Em Sergipe o mar tinha cor escura, barrenta. Dava aparência de poluição ou sujeira para um leigo como eu, mas provavelmente eram sedimentos vindos de rios (talvez o São Francisco e o Real principalmente) e da chuva. Nos outros locais, principalmente em Alagoas, o mar tinha uma cor verde linda . Peguei 4 cocos na praia e 1 banana no chão em um caminho. Encontrei muito lixo nas praias, principalmente plástico. Encontrei também algumas tartarugas e peixes mortos. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil. Em Baixio a Pousada Espaço Litoral aparentemente não quis me hospedar devido à minha aparência (de mochileiro andarilho), mas foi um episódio isolado. Foi impressionante a generosidade dos donos de acomodações e comerciantes, sendo que vários ofereciam cafés da manhã que eu não havia contratado ou produtos adicionais nas minhas compras . Procurei ser o mais educado possível e recusei quase todos para não abusar da hospitalidade. Em áreas remotas de Sergipe houve alguns trechos em que foi difícil conseguir acomodação para pernoitar. Em muitas localidades pequenas o comércio e a recepção das pousadas fechava cedo, o primeiro entre 17h e 19h e a segunda perto de 20h. A caminhada no geral foi tranquila. Os maiores problemas foram os rios a atravessar. Mas acabei conseguindo as travessias em quase todos. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) nas praias nem nas estradas nem nas cidades. Precisei desviar de um trecho em Barreiras (Alagoas), em que havia um rio a atravessar para chegar no Pontal de Coruripe, devido ao domínio da área por traficantes (Boca de Fumo). Vários disseram-me para não passar ali e eu resolvi atendê-los e ir este trecho pela estrada. Muitos aceitaram cartão de crédito, mas vários com acréscimo. Um número maior aceitava cartão de débito, poucos com acréscimo. Meus gastos foram R$ 299,73 com alimentação, R$ 1.378,00 com hospedagem, R$ 101,70 com transporte durante a viagem, R$ 65,90 com taxas de embarque de ida e volta e R$ 448,00 com as passagens aéreas de ida e volta. Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de SP (Aeroporto de Congonhas) a Salvador na 4.a feira 24/07/2019 pela Latam (https://www.latam.com). O voo saía às 10h30 e estava previsto para chegar às 12h55. Paguei em 4 parcelas com cartão de crédito. Não pude escolher o lugar gratuitamente e não fiquei na janela. Durante o voo conversei com uma analista ambiental sobre a situação do meio ambiente em SP e no Brasil. Ganhei um cappuccino 3 Corações de chocolate de cortesia da Latam e da 3 Corações. Ao chegar, saquei dinheiro e peguei o ônibus do aeroporto até o metrô e depois o trem até a estação Campo de Pólvora, perto do Pelourinho, por R$ 3,70 pagos em dinheiro. Fiquei na Casa 37 Guesthouse (https://www.facebook.com/Casa37Guesthouse), que havia reservado pelo Booking (https://www.booking.com). No caminho da estação até lá, passei por parte do centro e fui apreciando a cidade. Paguei R$ 18,00 a diária, em dinheiro, sem direito a café da manhã. A proprietária Gisélia estava com o pé machucado, tinha desabilitado novas reservas e só esperava a mim naquele dia. Fiquei só numa cama num quarto compartilhado, com banheiro dentro. Depois de me acomodar aproveitei a tarde para ir visitar as obras da Irmã Dulce (https://www.irmadulce.org.br). Fui bem atendido e o recepcionista abriu uma exceção para eu conhecer o santuário, que estava em reforma, acompanhando-me. Gostei bastante dos vários itens, incluindo memorial, capela e santuário, tudo mostrando a vida simples e dedicada dela. Na volta passei pelo mirante em Santo Antônio com vista para a Baía de Todos os Santos. Visitei também algumas igrejas no centro, perto do hostel e no caminho para as obras de Irmã Dulce. No fim da tarde e começo da noite fui visitar o Terreiro de Jesus, que havia sido revitalizado, com sua bela fonte e passei pela escadaria em que foi filmada a primeira versão de “O Pagador de Promessas”. Não encontrei espetáculos no Pelourinho. Jantei sanduíches e banana que tinha trazido de casa. Conversei com moças de Fortaleza que estavam no hostel e haviam vindo de ônibus e estavam trabalhando em casas de confecção. Elas falavam do frio e chuva de Salvador, diferente de Fortaleza naquela época do ano. Para as atrações de Salvador veja http://salvador-turismo.com, http://www.salvadorbahiabrasil.com/atracoes-salvador.htm e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/salvador-7. Gosto bastante da cidade, mas já tinha estado nela antes. Meu objetivo nesta viagem não era conhecer muitos de seus atrativos, somente alguns que eu não conhecia e estavam perto dos meus pontos de parada. Na 5.a feira 25/07 tomei café da manhã com sanduíches que havia levado de casa, conversei com portuguesa hospedada no hostel e fui pegar o ferry boat para Bom Despacho por R$ 10,00 no cartão de crédito (ida e volta). Eu tinha levado parte das cinzas do meu pai para jogar na Baía de Todos os Santos e achei que a melhor opção era aquela. Peguei o barco das 8 horas. Falei com o Imediato Caetano e ele disse que eu poderia jogar sem problemas. Após o barco afastar-se razoavelmente do porto, joguei-as, de punhado em punhado. Pouco depois ele me encontrou na parte superior e perguntou se já tinha jogado. Disse-me que havia comunicado ao capitão e este perguntou se eu queria que ele parasse o barco um pouco para que eu jogasse (o barco tinha provavelmente mais de 100 passageiros). Dei um rápido passeio em Bom Despacho e voltei no barco das 10 horas. Cheguei de volta ao hostel pouco antes de meio dia e perguntei a Gisélia, que já estava melhor do pé, se poderia ficar um pouco a mais, para poder visitar o Centro de Convivência Irmã Dulce, que era ao lado. Ela disse que isso poderia abrir um precedente. Para guardar a mochila ela cobrava R$ 10,00, com direito a uso do banheiro e demais instalações até a noite. Preferi sair na hora então e fui visitar o Centro de Convivência carregando a mochila. Muito interessante o trabalho que eles faziam com atividades gratuitas para toda a comunidade. Depois de lá rumei a pé para Itapuã. Foram cerca de 18 km. Não tive nenhum problema de segurança e acertei o caminho, com nomes de ruas e indicações no papel e pedindo muitas informações. Muitos deram-me sugestões, às vezes querendo mudar o caminho base que eu tinha traçado, o que eu não fiz. No trecho final fui pela orla, admirando a praia e o mar a partir do calçadão. No caminho comprei pães normais por R$ 1,00 e um pão de queijo por R$ 1,00 pagos em dinheiro. Fiquei no Hostel Sal Bahia (https://www.facebook.com/hostelsalbahia), da proprietária Dil, que era paulista, por R$ 28,50 em dinheiro a diária, com direito a café da manhã. Lá estava uma família de Niterói, 1 rapaz de Sergipe sendo treinado em telefonia por outro de Recife (um deles se chamava Carlos) e uma dupla de profissionais de escolta armada, sendo que um era de Recife e torcia para o Náutico. À noite comprei pães por R$ 3,00 e vegetais (pepino, chuchu, batata, mandioca, tomate e laranja) por R$ 4,40 e fiz sanduíches para o jantar. Antes fui dar uma volta na orla e comi abará e tapioca com açúcar e canela por R$ 8,00. Todos os alimentos foram pagos em dinheiro. Na 6.a feira 26/07 tomei o café oferecido pelo hostel (2 pães, margarina, café, leite e abacaxi). Depois fui à Lagoa do Abaeté. Havia muitos seguranças. Haviam dito que poderia ser perigoso o local, em termos de assaltos, mas achei tranquilo. Porém não entrei nas trilhas no meio do mato. Achei as vistas da lagoa e da vegetação no entorno muito bonitas. Fiz 3 travessias pequenas e achei a água deliciosa. Voltei, almocei sanduíches e fui caminhar na praia. Comecei indo conhecer os monumentos às Sereias de Itapuã e a Vinicius de Moraes. Pela manhã, quando havia passado rapidamente para ver as Sereias, um morador local veio cumprimentar-me e falar comigo, imagino que para conhecer um viajante de fora dali. Depois fui até o Farol de Itapuã e depois parti rumo ao Sul, indo até o Jardim dos Namorados, já perto de Pituba. Depois, quando retornando ao hostel ainda tive tempo de visitar o Parque de Pituaçu, com seus lindos lagos, área verde e vistas. Um homem que estava sentado num banco com roupa social, a quem eu havia pedido informações sobre o parque, pediu para falar comigo sobre Jesus. Ficamos conversando alguns minutos. Voltei pela praia, admirando as lindas vistas do mar e da orla, de dia e após escurecer. Jantei um mini acarajé por R$ 1,00, um acarajé por R$ 5,00 (ambos em dinheiro) e salada (batata, mandioca, chuchu, pepino, tomate e cenoura – esta última tinha trazido de SP), com laranja de sobremesa comprados no dia anterior. Durante o jantar conversei com Bruno, sobrinho da Dil, e pessoal da escolta armada. Levei um acarajé da Dry (dona do ponto) para a Dil numa vasilha plástica, conforme ela havia pedido. No sábado 27/07 tomei o café da manhã oferecido pelo hostel (2 pães, margarina, café, leite, 2 pedaços de melão), despedi-me de todos (Dil levou-me ao portão) e parti rumo a Arembepe. Antes de entrar na areia da praia comprei 5 pães por R$ 1,00 em dinheiro. Entrei na praia na altura do Monumento às Sereias de Itapuã. O tempo estava bom pela manhã e a praia estava cheia. As paisagens pareceram-me lindas, embora as praias fossem bem urbanizadas, com muitos condomínios. Atravessei o Rio Joanes andando, orientado por salva-vidas e por praticantes e instrutores de kitesurf, que estavam dentro dele. Segui bancos de areia, mas no trecho final havia um canal que por um instante não deu pé, o que molhou levemente o fundo da mochila, mas a água não entrou. Havia várias pessoas praticando kitesurf na barra, conforme foto abaixo. Ocorreu uma rápida pancada de chuva no meio da tarde e eu me abriguei atrás de um coqueiro, posto que a chuva era lateral, devido ao vento. O mar estava bravo e o vento forte. Havia algumas bonitas paisagens com áreas de remanso criadas por barreiras de pedra um pouco distantes da praia nas quais o mar batia forte. Quando veio outra pancada de chuva, entrei embaixo de um quiosque e um segurança falou-me que eu não poderia abrigar-me naquela área privada, mas passou via rádio informação aos da frente para que me dessem abrigo. Pouco à frente fiquei debaixo de um coberto de madeira, atrás de uma tora. Quando a chuva amainou outro segurança veio conferir as informações, perguntar-me se eu ainda precisava de abrigo e me dar informações sobre como achar hostels ou hospedagem barata em Arembepe. Logo em seguida cheguei a Arembepe e fiquei no Hostel da Fá (https://www.facebook.com/hosteldafa), em cama de quarto compartilhado por R$ 25,00 em dinheiro, sem café da manhã, onde fui atendido originalmente por Benedita, mãe da Fá. O quarto estava vazio, então fiquei só. Uma pessoa havia dado uma referência negativa do hostel, mas eu fui muito bem atendido e fiquei satisfeito. Era simples, mas supriu tudo de que eu precisava. Comprei pães por R$ 3,00, chuchu e pepino por R$ 1,00 e abobrinha e laranja por R$ 1,22, tudo pago com cartão de crédito. Jantei sanduíches, com laranja e pão com goiabada de sobremesa. Houve várias pancadas de chuva depois que cheguei ao hostel, principalmente depois de escurecer. Fá ofereceu-me café e suco de jenipapo de cortesia, que eu educadamente recusei. Seu filho interessou-se pelo meu celular velho. Havia entrado um pequeno espinho ou objeto estranho no meu pé direito e eu o cavoquei para tirá-lo, deixando uma pequena parte do pé em carne viva , o que se mostrou desastroso alguns dias à frente. No meio da noite chegou um casal e ficou na área anexa ao quarto. Eu acordei com o barulho da chegada deles e fui tirar a mesa que havia colocado para escorar a porta do corredor que abria com o vento. No domingo 28/07 inicialmente dei um passeio pelo povoado, saquei dinheiro, comprei pães por R$ 3,00 com cartão de crédito e tomei café da manhã com sanduíches. Começou a chover com moderada intensidade e eu esperei passar para sair. Saí perto de 8h10, passei por uma área à beira-mar destruída pelas tempestades recentes e fui conhecer a Aldeia Hippie. Gostei bastante, principalmente do Centro de Artesanato, da lagoa e do rio. O morador Oz pediu-me uma força de R$ 5,00 em troca de um artesanato em clave de sol. Ao invés disso, ofereci a eles pães de milho, que não quiseram. Achei bela a vista do alto das dunas em que ficava parte da aldeia, estando de um lago a lagoa, o rio e a vegetação e de outro o mar. Havia uma pequena base do Projeto Tamar, cuja visita era paga. Não a visitei, pois pretendia ir para a Praia do Forte. Uma foto de uma praia em Arembepe está a seguir. Ao longo do caminho achei as praias belas. Tomei um banho de mar, que estava tão bravo e com correntes erráticas, que me levou para um buraco. Chegando à Barra do Jacuípe, um barqueiro atravessou-me por R$ 2,00 em dinheiro. Uma foto de lá segue abaixo. Caminhei de lá até a Barra do Pojuca, passando por praias que achei bonitas. Não consegui atravessar andando a Barra do Pojuca. Tentei sem a mochila, mas a forte correnteza me fez crer que com a mochila não conseguiria. Não havia mais barqueiros, pois era perto de 17h. Peguei a estrada então e fui até a cidade, mas não encontrei pousadas baratas. Resolvi pegar o ônibus para a Praia do Forte, onde sabia que tinha um hostel. Paguei R$ 3,00 em dinheiro pelo ônibus. No ônibus começou uma conversa exacerbada entre amigos sobre política, com um dizendo que o Brasil era socialista e por isso estava nesta situação e outro falando contra o presidente, o que confirmou a polarização existente atualmente. Fiquei no Praia do Forte Hostel (https://www.albergue.com.br), pagando R$ 70,00 em dinheiro por uma cama em quarto compartilhado, com direito a bufê de café da manhã. Comprei espaguete por R$ 2,40, legumes (chuchu, pepino) e laranja por R$ 1,91, tudo com cartão de crédito, cozinhei o espaguete e os jantei. De sobremesa comi biscoitos de maisena cortesia do hostel. Fiquei sabendo que meu primo havia sofrido um ataque cardíaco e partido inesperadamente deste mundo por volta de 11h da manhã. Na 2.a feira 29/07 comecei o dia tomando o excelente café da manhã oferecido em forma de bufê, com pães, ovo, banana assada, frutas, bolos, sucos (umbu, laranja), etc. Choveu bem cedo e depois a chuva retornou após as 13h30, parou perto de 15h e voltou no fim da tarde. Fui visitar o Projeto Tamar (https://www.tamar.org.br). Achei espetacular . Havia tartarugas de 4 espécies, tartarugas albinas, tubarões, arraias, vários tipos de peixes, tartarugas pequeninas recém-nascidas, esqueleto pré-histórico, carapaças, cinema referente ao projeto, exposições etc. Havia também momentos em que os tratadores iam alimentar os animais com a presença do público. Havia muita gente visitando, incluindo muitos estrangeiros e muitas crianças. O ingresso custava R$ 26,00, mas hóspedes do hostel tinham entrada gratuita a qualquer hora e dia em que estivesse aberto. Era permitido passar a mão nas arraias. Após conhecer boa parte e fazer a visita guiada pela manhã, fui à foz do Rio Pojuca, que não tinha conseguido atravessar. Pela praia era bem mais perto. Tomei um banho no mar bravo. Voltei para completar a visita ao Tamar e ver as alimentações da tarde, incluindo a dos tubarões. A vista do mar a partir dos fundos do Projeto Tamar também me pareceu muito boa. Havia também um farol para navegação e uma igreja antiga nas imediações. No hostel conheci franceses e brasilienses. Jantei espaguete com um pouquinho de arroz (peguei das comidas compartilhadas), pepino, chuchu, laranja e biscoitos de maisena. Na 3.a feira 30/07 depois do bufê no café da manhã, fui explorar outros pontos da região. Peguei a trilha do Parque Klaus Peters, com vegetação da restinga, com várias informações, de que muito gostei. Voltei pela avenida e fui visitar o Projeto Baleia Jubarte (http://baleiajubarte.org.br). A entrada custava R$ 10,00, mas também era gratuita para hóspedes do hostel. Gostei do projeto, embora não o tenha achado tão espetacular quanto o Tamar, pela falta de animais vivos. Mas havia muitas informações, exposições, cinema e um esqueleto de baleia. Depois de lá peguei a trilha para o castelo. Achei bonita a vista da lagoa urbana. Não entrei no castelo, que era pago (R$ 15,00, com 50% de desconto para hóspedes do hostel). Na volta, depois de fazer a saída do hostel, ainda passei no Projeto Tamar para rever alguns itens de que tinha gostado e tirei fotos das tartarugas albinas e de um dos tubarões lixa Após isso rumei para Imbassaí, que não era muito longe e onde havia outro hostel mais barato, até onde eu sabia. Comecei a caminhar perto de 15h e cheguei lá perto de 17h. Achei muito bonitas as praias do caminho. Tomei 2 banhos de mar. Elas pareciam ter pedras ou corais no fundo. O mar novamente era bravo e uma onda me pegou no raso e me fez dar um giro involuntário de 360 graus. Fiquei hospedado no Eco Hostel Lujimba (https://www.imbassaihostel.com.br/?lang=pt), por R$ 35,00 em dinheiro a cama em quarto compartilhado, sem café da manhã. O dono era o argentino Roberto, mas já bastante aclimatado ao Brasil. Lá fiquei no quarto com um casal que morava na Escócia, em Edimburgo, um deles brasileiro e o outro escocês, que estava ali fazendo trabalho voluntário no hostel. Havia também um húngaro que falava fluentemente português. O hostel era numa estrada de terra e tinha um bosque dentro de suas dependências. Tinha um espaço num andar superior com símbolos de várias religiões, principalmente orientais, e ambiente para ioga, meditação e descanso. Comprei espaguete por R$ 1,85 e vegetais (abobrinha, mandioca, limão e laranja) por R$ 2,73, ambos com cartão de crédito, cozinhei o espaguete e comi no jantar com os vegetais. Na 4.a feira 31/07 comi a laranja no café da manhã. Roberto contou 2 histórias. Disse que um rapaz estava caminhando por uma estrada, um carro passou por ele e percebeu que nos próximos 100 km não havia vestígios de civilização. O caminhante tinha barba e cabelo parecidos com os de Jesus. O homem do carro voltou os 100 km e deu carona para o caminhante até passar por aquele trecho deserto. Com isso ele andou 200 km a mais do que precisaria. A outra história foi de uma mulher negra de cerca de 60 anos que ele viu andando nua na estrada, equilibrando uma bandeja na cabeça. Ele falou que ela tinha a postura de uma rainha. Parecia um orixá. Depois do café fui conhecer o bosque interno e a área de meditação e ioga. Despedi-me deles e parti. Depois que saí comprei pães, comi 4 para complementar o café e guardei 5 para o decorrer do dia. Paguei R$ 3,00 com cartão de crédito por eles. O dia inteiro foi de sol e achei as praias muito bonitas. Passei pela Costa do Sauípe, com suas acomodações luxuosas. Sua praia estava cheia de pessoas. Quando cheguei ao canal para atravessar para Porto Sauípe, percebi que não dava para atravessar andando. Vi um homem do outro lado e gritei para ele, mas ele ou eu não conseguimos nos ouvir. Resolvi então atravessar a nado para poder conversar com ele. Ele era Jorge, dono de barraca da praia e de um barco. Perguntei se ele poderia me atravessar com o barco, mas ele me disse que o barco estava fundeado e que devido às chuvas, seria problemático liberá-lo e depois ancorá-lo novamente. Perguntei se tinha uma tábua ou algo parecido e ele me disse que cuidava das pranchas dos salva-vidas e que eu poderia usar uma. Achei a solução perfeita. Mas fazia muito tempo que eu não usava uma prancha e estava completamente sem experiência. De qualquer modo, peguei a prancha e atravessei em cima dela, com facilidade. Ele me alertou que ela estava de ponta cabeça, pois o leme estava aparente. Coloquei a mochila nas costas, virei a prancha e fui bem para a ponta perto do mar, onde ele recomendou, para aproveitar a corrente. Mas eu não parei para analisar direito a situação e segui o que ele falou sem pensar mais profundamente. A travessia ia indo bem, até que quase no fim eu vi o barco ancorado e vi que tinha que desviar dele e de suas cordas. Rapidamente tentei fazer isso antes de bater, mas as cordas pegaram no leme da prancha e ela quase virou. Eu, com minha falta de experiência com pranchas, estava muito à frente, o que dificultou ainda mais o equilíbrio. Depois de bater nas cordas e a prancha quase virar, consegui me reequilibrar e remei com as mãos para desviar das outras cordas e consegui chegar à margem. Jorge havia pulado na água, achando que eu não iria conseguir. Gritei para ele não fazer aquilo, mas acho que ele ficou preocupado. Depois de sair da água, agradeci, pedi desculpas pelo incômodo dele ter-se molhado e guardei a prancha onde a tinha pego. Quando a prancha quase virou, a mochila forçou minhas costelas e elas ficaram doloridas. Essa dor arrastou-se por vários dias. Segui pelas praias, que continuei achando muito bonitas. Peguei 3 cocos que estavam no chão, 2 com muita água e massa e o 3.o eu levei na mochila, após desbastar a parte externa. Passei por uma praia de nudismo, mas como estava deserta, pude ficar vestido. No entardecer tirei esta foto, já perto da chegada à cidade de Subaúma. Ao chegar, encontrei J Jr na praia e ele me recomendou ir à Pousada da Didi (http://pousadadadidi.com), que achava ser a mais barata da cidade. Fui até lá e apesar do preço regular ser R$ 60,00, ela me cobrou R$ 30,00 em dinheiro por quarto privativo, com banheiro interno e com café da manhã. Ainda me ofereceu o jantar, mas eu achei que era demais e somente comi um pouco do cozido que ela havia feito para não a deixar chateada. Douglas e Valdo foram os funcionários (afilhados) que me atenderam. Valdo abriu o coco para mim. Fui comprar banana e chuchu por R$ 0,85 em dinheiro para juntar com o resto do espaguete que eu tinha. Cozinhei o espaguete no fogão dela, misturei com o chuchu, banana e coco, e peguei um pouquinho do cozido de legumes que ela tinha feito. Ao ir fazer compras conheci um artista de Salvador que morava lá e pretendia pintar a partir de uma foto aérea da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim de Salvador. Douglas assistiu comigo o jogo do Flamengo com o Emelec pela Libertadores à noite. Ele era flamenguista e ficou feliz com a vitória nos pênaltis, apesar de ter sofrido um pouco, embora parecesse bastante confiante. Na 5.a feira 01/08 senti a dor nas costelas bem maior ao acordar. Tomei o café da manhã ofertado por Didi (5 pães com margarina e queijo tostados, cuscuz, café e leite em pó). Ela me contou que o médico disse que ela tinha 2 anos de vida, estava com cirrose hepática e anemia e não podia fazer transplante por ter 80 anos. Ela era diabética e tomava insulina. A situação me comoveu, mas faz parte da vida. Talvez a visita de um “nem tão jovem” estranho tenha alegrado um pouco aqueles momentos e a feito lembrar de seus filhos. Até por isso talvez ela tenha querido ser tão gentil e generosa. Saí perto de 8h30. Antes de começar a caminhada visitei a Igreja do Bonfim, simples, antiga e bonita. Encontrei o rio próximo na maré vazante, mas ainda bem cheio. Fiz um teste de travessia sem a mochila e consegui passar com água quase no pescoço. Fui então com a mochila na cabeça, tateando o chão com os pés e consegui passar sem molhar a mochila. Achei as praias do percurso muito extensas e bonitas. A foto de uma delas está a seguir. Começou a aparecer uma bolha no local do pé que eu havia cavocado e que tinha ficado com a carne exposta. Cheguei perto de 13h, pois a próxima parada era distante e achei que não valia a pena continuar. A Pousada Litoral, da proprietária Nete, aparentemente não quis me hospedar, provavelmente pela minha aparência de andarilho. Sua conhecida da Associação de Artesãos havia ligado para ela e ela disse que havia vaga a R$ 50,00 a diária. Mas quando cheguei lá, notei a cara de espanto da funcionária ao me ver, que disse que ela não estava, depois disse que não estava conseguindo falar com ela e por fim, o homem que estava na área da entrada subiu até onde ela estava e voltou dizendo que não estavam hospedando ninguém porque estavam em reforma. Propus-me a mostrar meus documentos, mas eles repetiram que estavam em reforma e eu me fui. Fiquei na Pousada Destaque (https://www.facebook.com/pousadadestaquebaixio) de Paulo, pagando R$ 60,00 com cartão de débito em quarto privado, sem direito a café da manhã. Depois de me acomodar saí para dar um passeio nas imediações, conheci a Associação dos Artesãos e fui andar na praia. Entrei levemente no mar, que estava muito bravo e depois nadei numa lagoa próxima. Vi o pôr do sol a partir da barra do rio que ficava após a cidade. Comprei chuchu e pepino por R$ 1,41 com cartão de crédito. Paulo deixou-me usar a cozinha e eu cozinhei espaguete e jantei com os legumes comprados. Conversei com ele sobre seu antigo trabalho de motorista de carreta, suas atividades atuais como mecânico e outras. Ele tinha 70 anos e estava aposentado há 22, mas achei que aparentava bem menos, com sua enorme vitalidade. Na 6.a feira 02/08 Paulo ofereceu-me café da manhã sem estar na diária. Perguntei-lhe se não iria dar prejuízo, mas ele fez questão. Comi ovo frito e cuscuz. Ele me ofereceu também pães e leite, mas eu procurei não abusar e fiquei só nos dois primeiros. Conversamos sobre minha viagem e ele falou das dificuldades com os rios e as travessias que eu iria encontrar à frente. Comprei pães por R$ 2,80 em dinheiro para complementar o café e usar ao longo do dia. Comecei a caminhada e logo de saída era necessário atravessar a barra do rio. Um morador local e pescadores orientaram-me sobre por onde ir. Fiz o teste sem a mochila, mas achei que não conseguiria, pois a água parecia que iria me encobrir, além da correnteza que poderia me desequilibrar. Voltei para margem no momento em que por coincidência chegavam pescadores que iriam atravessar o rio. Eles me deram carona em seu barco e me deixaram do outro lado, onde ficariam. Conversei com o filho de um deles de 13 anos, que parecia meio desmotivado com a escola, mas gostava de pescar. O pai desejava que ele estudasse. As praias do caminho eram longas e desertas e me pareceram belas. Quando cheguei na Barra do Itariri gritei para pessoas do outro lado para perguntar como atravessaria. Elas foram chamar o dono de um estabelecimento que me orientou onde eram os melhores pontos. Fiz teste sem a mochila por onde ele indicou, peguei bancos de areia e consegui, mas machuquei levemente minha perna numa pedra. Depois, com a mochila, consegui pegar um caminho um pouco melhor, sem pedras, e a travessia foi mais fácil. Parecia haver areia movediça no fundo em alguns trechos. Ao longo do dia tomei 2 banhos de mar, que continuava bravo. No segundo banho, com a maré subindo, o mar derrubou-me novamente, com a força das ondas e as correntezas sem direção definida. Peguei um coco na praia, que tinha água e um pouco de massa. Cheguei a Sítio do Conde perto de 16h. Fiquei na Pousada Santa Maria (https://www.cylex.com.br/conde/pousada-santa-maria-11111375.html) por R$ 30,00 em dinheiro, da proprietária Dulce e sua filha Márcia. O filho de Dulce tinha algum problema de deficiência mental e me perguntou repetidamente se eu era da Polícia Federal ou da Receita Federal ou da CIA. Tentei ainda sacar dinheiro num correspondente bancário do Bradesco indicado por Márcia, mas já havia fechado. Dei um passeio pela pracinha para conhecê-la. Jantei acarajé na mão por R$ 4,00 com cartão de crédito e 3 pães doces por R$ 1,00 em dinheiro. Quando fui entrar a porta estava trancada com um trinco por dentro e minha chave de nada adiantava. A atendente do restaurante foi chamar Dulce batendo em sua janela. Ela veio abrir a porta para mim e disse que pensou que eu já estava no quarto e por isso fechou o trinco. No sábado 03/08 logo cedo comprei pães para servir de café da manhã e peguei um táxi lotação para Conde para sacar dinheiro. Encontrei Márcia e possivelmente a atendente do restaurante anexo à pousada onde eu havia comido os pães na noite anterior, que estavam no ponto de ida também. Aproveitei que lá estava e fui à feira, comprei cerca de 2 kg de tomates por R$ 2,00 em dinheiro. Passeei pela praça e vi a igreja por fora. Peguei táxi lotação de volta, pagando R$ 8,00 em dinheiro por ida e volta. Comprei mais pães para levar para a viagem, somando R$ 5,00 em dinheiro com os comprados logo pela manhã. Deixei chave e papel higiênico com atendente do restaurante, pois Dulce não estava. Saí perto de 9h, mas parei logo a seguir para esperar uma pancada de chuva parar, abrigado numa barraca de praia que estava sem atendimento. Achei as praias bonitas e longas. Tomei vários banhos de mar e 1 banho de rio. Quando cheguei à Barra do Siribinha, um turista carioca, que havia contratado um barqueiro, estava saindo para uma sessão de fotos e depois ir pegar seu carro. Ele concordou em me atravessar e não quis que eu pagasse. O banho de rio foi depois da travessia e a água estava deliciosa e calma para nadar, mas o fundo parecia movediço. Cheguei na Costa Azul perto de 15h30. Era um local isolado, com casas de veranistas, em que as pessoas locais pareciam não estar acostumadas nem confortáveis com pessoas de fora. Geraldo, dono da única pousada aberta, tinha saído para o Conde e eu precisava falar com ele para negociar o preço, que era de R$ 120,00 a diária com café da manhã. Um cachorro seguiu-me até lá. Falei com Reginaldo da barraca, que se dispôs a me ajudar, mas achou problemático eu dormir no banheiro da barraca, pois os clientes poderiam se assustar. Conheci Gílson na praia, que me deu informações sobre a área e outras possíveis pousadas. Ele cuidou da minha mochila enquanto eu nadava e depois me falou que ficou surpreso em como fui longe naquele mar bravo, que novamente me derrubou na saída . Procurei pelas pousadas de que ele falou, mas nenhuma estava funcionando além da que eu já conhecia. Quando saí da Pousada Costa Azul e Geraldo ainda não havia chegado, Gílson convidou-me para ficar em um quarto de hóspedes na sua casa, sem pagar. Não queria abusar da hospitalidade e lhe disse que iria esperar Geraldo mais um pouco. Como ele não chegou e já estava começando a escurecer, resolvi aceitar o convite de Gílson. Informei Reginaldo e o hóspede soteropolitano da Pousada Costa Azul que tinha tentado me ajudar. Fiquei bem hospedado, num quarto nos fundos no 1.o andar com cama, colchão e banheiro anexo no térreo 🙏. Ele ainda me deu água potável. Ofereceu-me suco de goiaba, que experimentei e me emprestou um prato e uma faca para eu jantar sanduíches. Eu comprei pães por R$ 3,00 em dinheiro e juntei com os tomates. Assistimos televisão juntos e conversamos sobre a vida. Ele estava cuidando de alguns problemas de saúde. Sua mulher e parte da sua família moravam em Rio Real. Mostrou-me várias camisas de eventos de que tinha participado. Falou-me de uma baleia jubarte que havia encalhado e de como procederam. O céu noturno estrelado, com a pouca luminosidade do local, pareceu-me lindo. No domingo 04/08 apreciei a paisagem pouco após o nascer do sol, que me pareceu muito bonita vista do 1.o andar. Tomei café da manhã junto com Gílson com sanduíches de pães e tomates. Continuamos conversando sobre vários assuntos. Ao despedir-me ofereci pagar o que estava pagando nas pousadas mais baratas anteriores, mas Gílson não aceitou. Agradeci e parti. Não havia pães para vender, então não pude levá-los para comer ao longo do dia. As praias eram bem longas e retas, e as achei bonitas. Tomei 2 banhos de mar e achei o mar mais calmo em alguns trechos com maré baixa. Uma caminhonete passou correndo do meu lado e me assustou, pois eu só percebi quando ela estava quase a meu lado. Parei no Povoado do Coqueiro, pois sabia que Mangue Seco, logo à frente, provavelmente não teria opções baratas de hospedagem. Pareceu-me que as pessoas dali estavam bem mais acostumadas a viajantes e estranhos. O andarilho Fernando, meu xará, perguntou-me se eu era homem ou mulher. Respondi que era homem, mas tinha virado monge, porém não tinha qualquer tipo de discriminação contra homossexuais. Ele disse que também fazia caminhadas como andarilho e me ofereceu uma blusa de frio, que agradeci mas recusei, pois já tinha uma. Aurora, dona de restaurante e pousada, disse que estava com acomodações ocupadas, mas me ofereceu rede, galpão e banheiro para passar a noite. Ela recordou que seu filho havia ido ao Rio de Janeiro e tinha sido ajudado quando precisou. Eu agradeci, mas fui tentar achar uma pousada. E encontrei. Fiquei na Pousada do Mássimo, o gringo, um italiano de Milão que estava no Brasil há mais de 30 anos. Após ouvir a história da minha caminhada, ele me perguntou quanto eu estava disposto a pagar e eu não respondi, só mencionei quanto tinha pago nas paradas anteriores. Então ele me propôs R$ 30,00 em dinheiro a diária sem café da manhã e eu aceitei. Paguei em dinheiro. Ele me atendeu muito bem. Fui passear na praia e tomei mais um banho de mar. Achei belo o ambiente rural com gado, galinhas, árvores, vegetação, cabras, o caminho etc existente no povoado. Depois fui ao Rio Real, que era divisa entre Bahia e Sergipe. Achei muito bonito o mangue exposto (seco) com maré baixa visto a partir do trapiche sobre o mangue que ia até o rio. A vista a partir do calçadão e do local de embarque também agradou-me, principalmente do rio. Vi o pôr do sol a partir do rio. Começou a chover e eu me abriguei embaixo de uma árvore. Comprei pães por R$ 3,00 em dinheiro. Jantei sanduíches de tomate e pães doces, sendo que achei o pão de coco delicioso . Apareceram mais bolhas no pé direito. Ainda assisti o fim do jogo do campeonato brasileiro. Mássimo foi dormir cedo porque no dia seguinte iria pegar o barco às 4h ou 5h para ir à cidade buscar seu tablet. Dormi mal por causa dos pernilongos, sendo que esqueci de pedir um ventilador para espantá-los. Na segunda-feira 05/08 tomei café da manhã com 8 pães que comprei por R$ 2,00 em dinheiro. Como Mássimo havia saído cedo, deixei tudo como ele tinha pedido e fui embora. Houve chuva rápida na trilha para a praia e eu me escondi embaixo de um coqueiro. O percurso até Mangue Seco era curto. Achei a praia bonita, principalmente as dunas. Passei por pequenas áreas com água rasa e no final atravessei um canal com água pela cintura. Peguei um pouco de chuva quando dava volta no mangue e me abriguei nos arbustos. Achei bonitas as vistas de Sergipe e da foz do Rio Real a partir da curva de Mangue Seco e de cima das dunas. Também gostei da vista dos canais internos do rio e das praias a partir do alto das dunas. Uma foto destas áreas pode ser vista a seguir. Depois de chegar no povoado, apreciar a vista das dunas e a partir delas, tentei conseguir transporte para a Praia do Saco, do outro lado do rio em Sergipe, com frete de retorno de algum barco. Um grupo concordou, mas acabei indo com outro que voltaria antes, com o barqueiro Merreco e 2 paulistanas. Paguei R$ 20,00 em dinheiro pela travessia. Quando falava com o barqueiro do primeiro grupo, vimos botos 🐬 nadando perto da praia. O cruzamento foi com a maré subindo e o mar um pouco agitado, com a lancha batendo nas ondas. Foi desconfortável para mim, que estava no primeiro banco, bati várias vezes a costela e a dor, que estava quase desaparecendo, voltou . Depois de chegar na Praia do Saco, tentei achar uma hospedagem barata, mas não consegui. Peguei então a estrada pelo meio da vegetação de restinga, pois havia um trecho sem praia. Achei muito bela a vegetação e espetaculares as dunas. Num dado momento, saí da estrada e subi em algumas dunas altas para ter uma vista global. Gostei bastante da vista da costa e do rio. Mais para frente consegui voltar para a praia e segui em frente. Tomei um banho de mar, que parecia muito calmo, porém com uma coloração escura, que pensei que poderia ser poluição, mas que provavelmente era devido aos sedimentos, aumentados por causa das chuvas. Ocorreu nova chuva e fiquei abrigado atrás de um coqueiro. Cheguei até a Praia do Abaís, mas não consegui hospedagem barata lá. Comprei pães por R$ 2,00 em dinheiro e comi como lanche. Resolvi então pegar o último ônibus (18h) até Estância por R$ 7,00 em dinheiro e me hospedar lá. O motorista tinha morado em SP e trabalhado como carreteiro em vários estados e países além de ter sido motorista da Viação Cometa em SP, Rio e Curitiba. Deu-me orientações de em que pousada ficar e como chegar lá. Fiquei na Pousada XPTO (https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g2344226-d8171017-Reviews-Restaurante_E_Hotel_Xpto-Estancia_State_of_Sergipe.html) por R$ 40,00 com cartão de crédito. Eles também trabalhavam com mecânica de bugues e pude ver algumas carcaças. Comprei pães e vegetais (limão, pepino, banana) por R$ 3,68 com cartão de crédito, juntei com tomates que ainda tinha e jantei sanduíches. As bolhas no pé direito tinham aumentado. Na 3.a feira 06/08 após pagar a diária fui comprar o café da manhã na Padaria Esquina do Pão com pães e queijadas por R$ 4,50 em dinheiro. Adorei a queijada, que era de coco e me lembrou as queijadinhas que comia na infância na Praia Grande em SP. Acrescido de pepino e banana comi os pães como sanduíches na mini rodoviária. Peguei o ônibus para a Praia do Abaís por R$ 7,00 em dinheiro, para continuar do ponto de onde havia parado. Comecei a caminhar cerca de 10h20. Achei as praias extensas e bonitas, em grande parte desertas. A água era escura, cor de terra, e me deixou confuso, pois quando a água é escura em SP eu sempre desconfio de poluição. Mas me explicaram que não era o caso e que eram sedimentos, acentuados pelas chuvas. O mar parecia mais calmo do que no norte na Bahia, mas eu não tomei banho de mar. Alguns bodes começaram a me seguir, mas eu procurei me esquivar, pois se eles se perdessem ou fossem para áreas urbanas achei que poderiam ser mortos ou sofrer algum problema. Cheguei à Praia de Caueira perto de 13h30. Aí era necessário pegar a estrada e passar pela ponte, pois havia o Rio Vaza-Barris, que era enorme e não havia como atravessar pela praia. Achei bonitas as paisagens rurais e a vegetação. Segue uma foto do caminho. Houve chuva em algumas ocasiões e eu me abriguei sob arbustos em duas delas. Encontrei homem com uma bicicleta e vários itens de uma casa, parado no acostamento e abrigado da chuva sob uma lona. Logo à frente, após a chuva parar, ele me passou. Vi araras e 2 arco-íris 🌈 no caminho. A bolha do pé em que havia entrado o estrepe, que eu havia desbastado, incomodou-me bastante , tanto que reduzi minha velocidade, principalmente após pegar a estrada. Achei espetacular a vista a partir da ponte, que cruzei já perto de 17 horas. Decidi então tomar um ônibus para a Praia do Atalaia. Um homem e um policial indicaram-me onde deveria pegá-lo. Para minha sorte vinha vindo um ônibus e mais alguns aparentes trabalhadores rurais ou de construção iriam pegar. Eles deram sinal mesmo fora do ponto e o motorista parou. Paguei R$ 4,00 em dinheiro pela passagem. A cobradora ajudou-me a saber onde descer. Após pesquisar alguns hostels, que me deram informações sobre localização de concorrentes, fiquei no Aracaju Hostel (https://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g303638-d15584411-Reviews-Aracaju_Hostel-Aracaju_State_of_Sergipe.html), por R$ 35,00 a diária paga com cartão de crédito, sem café da manhã. Comprei legumes e frutas por R$ 4,62 e pães por R$ 4,22 com cartão de crédito e jantei sanduíches. Houve bastante chuva à noite quando eu já estava abrigado. Decidi estourar as bolhas do pé à noite, o que acho que deveria ter feito antes. Para as atrações de Aracaju veja http://visitearacaju.com.br/leitura/20, http://www.conhecasergipe.com.br/aracaju_pontos_turisticos.asp e https://www.feriasbrasil.com.br/se/aracaju/oqueverefazer.cfm. Os pontos de que mais gostei foram as construções e monumentos históricos e folclóricos, o estádio, os faróis, os parques, as praias, os rios e as histórias do Zé do Peixe e de Marcelo Deda. Na 4.a feira 07/08 tomei café da manhã com sanduíches. Choveu bastante de manhã. Fui conhecer a cidade. Peguei mapa gratuito em agência de turismo. Comecei caminhando pela orla e conhecendo suas atrações. Encontrei uma capivara numa pequena vegetação perto da praia. Visitei monumentos, áreas naturais, igrejas, museus, casas de cultura e arte, centros de artesanato, mercados regionais, Estádio Batistão, memoriais, mirante, faróis, Passarela do Caranguejo, Museu da Gente Sergipana (estava fechado e só vi os painéis de fora), Largo da Gente Sergipana e Espaço Zé do Peixe (já estava fechado, mas a atendente deixou-me visitar ao ver meu interesse). Gostei muito de conhecer a história de Zé do Peixe (https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Peixe) 💙, que me pareceu um exemplo típico de brasileiro simples e generoso, que tinha habilidades destacadas e especiais. Participei de visita monitorada no Palácio Museu Olímpio Campos, antigo palácio do governo. Seguem fotos do Largo da Gente Sergipana. Almocei acarajé por R$ 5,00 em dinheiro. Passei pelo Projeto TAMAR mas não fiz a visita, pois era semelhante ao da Praia do Forte e eu já estava satisfeito com ele. Choveu levemente no fim da tarde. Voltei a pé pela avenida lateral ao mangue. Comprei leite e laranja por R$ 3,83 num supermercado no caminho de volta e pão, queijo coalho e tomate no mercado próximo do hostel por R$ 10,00, ambos com cartão de crédito. Jantei sanduíches de pão, queijo coalho, tomate e mamão, com laranja de sobremesa. Chegou ao hostel um grupo de pessoas de uma empresa terceirizada da Petrobras para monitoramento ambiental de encalhe de animais nas praias do norte da Bahia ao sul de Alagoas. Eles me deram bastante informações sobre as próximas etapas, a maior parte delas bastante precisas e úteis, que me ajudaram bastante. Carlinhos, que havia sido da equipe de operações especiais das Forças Armadas e era responsável pela área do sul de Alagoas, disse-me que em Alagoas minha caminhada iria ficar mais difícil e perigosa. Na 5.a feira 08/08 tomei café da manhã com sanduíches de pão, queijo coalho, tomate, mamão e laranja. Conversei com mulher de 70 anos que saiu do Rio por causa da violência, mudou para Cabo Frio e agora, pela mesma razão, estava mudando para Aracaju. Ela caçoou de mim que estava preocupada, pois todas as vezes que me via eu estava comendo (o café da manhã ou jantar). Fui inicialmente visitar o Farol Cotinguiba e os Parques do Cajueiro e Sementeira. O farol era grande, mas estava pichado. Porém mesmo assim achei-o interessante. O Parque do Cajueiro era pequeno, mas gostei de sua área verde e da vista do rio que o margeava. Um guarda da polícia ambiental veio falar comigo sobre eu estar com calção de banho no parque, que algum pai com criança poderia reclamar e que não era adequado naquele ambiente. Disse-me também para tomar cuidado à noite naquele local. Eu estava de calção de banho porque pretendia ir à praia depois. Gostei do Parque da Sementeira, com sua ampla área, trilhas, lago e seus vários ambientes. Achei interessante o plantio das várias sementes para o futuro por várias pessoas de vários perfis diferentes. Gostei também das homenagens a Marcelo Deda ☝️, cuja história não conhecia bem. Quando saí de lá, dei sinal para 3 ônibus e nenhum parou para mim (tentei mudar a aparência com a camisa dentro e fora do calção, encobrindo-o). Até perguntei para a recepcionista de uma empresa próxima se era por causa da minha aparência com calção de banho, mas ela respondeu que não, que deveria ser alguma coincidência. Decidi ir andando então até o terminal para pegar um ônibus até a praia mais distante, perto do rio, onde 2 dias antes eu havia pego o ônibus para chegar na Praia do Atalaia. No caminho, num ponto mais movimentado havia uma moça esperando o mesmo ônibus que eu pretendia pegar para chegar ao terminal. Aí decidi esperar com ela e o ônibus parou para o sinal dela. Ela ofereceu-se para pagar a minha passagem e antes que eu agradecesse e recusasse, passou o cartão para mim. Fiz baldeação no terminal e pedi para o motorista me deixar no ponto mais distante da praia pelo qual ele iria passar. Deixou-me na Praia do Mosqueiro. De lá fui até a Foz do Rio Vaza-Barris e vi a ponte que eu havia atravessado, numa bela imagem. Havia um farol perto da foz e foi possível ver caranguejos e peixes. Tomei um banho na junção do rio com o mar, num local bem manso, e comecei a caminhar de volta pela praia. Demorei cerca de 3h30 da foz até a Praia do Atalaia. A praia era bem comprida e a água continuava escura, mas mesmo assim tomei banho de mar. Cheguei perto do pôr do sol e um manauara que lá morava, indicou-me o ponto de saída para chegar na rua que levava ao hostel. Comi acarajé num ponto que o vendia lá perto por R$ 5,00 em dinheiro e depois comprei pão, queijo coalho e banana por R$ 8,44 com cartão de crédito. Jantei sanduíches de pão, queijo, tomate, banana e mamão. Havia chegado um pernambucano chamado João, que iria embora de madrugada. Boa parte do pessoal do monitoramento ambiental já havia ido embora, só tendo ficado Carlinhos e outro rapaz da Bahia, que eram dos pontos mais distantes. Com isso alguns detalhes dos trechos futuros eu acabei perdendo. Não houve chuva neste dia. Na 6.a feira 09/08 tomei café com sanduíches, leite, mamão e bananas. Levei 3 sanduíches e 1 banana para almoçar no caminho. Saí pouco antes das 8h. Fui beirando a costa. Passei em trechos com barro, que sujou os pés, grudou no chinelo e dificultou a caminhada. Mas logo consegui limpá-lo em poças de água de chuva. Vi trechos da cidade que não havia visto antes, como parte da orla após a área turística. Vi chuva forte à minha frente e moderada atrás, mas não houve chuva em cima de mim ao longo do dia. Levei um susto quando repentinamente um homem saiu de dentro do mangue no momento em que eu iria tirar uma foto da ponte sobre o Rio Sergipe, mas aparentemente foi indevido, pois não houve nenhuma abordagem. Passei pela mini orla do Bairro Industrial e peguei a ponte. Uma foto da ponte segue. Achei muito boa a vista a partir da ponte. Uma parte dela, referente à parte da cidade de Aracaju está a seguir. Após cruzar a ponte e caminhar pela estrada, cheguei na Praia da Costa em Barra dos Coqueiros cerca de 12h30. Havia uma estátua de um caranguejo próximo à entrada da praia, parecida com a da Passarela do Caranguejo em Aracaju. Achei a praia longa e bonita. A água do mar continuava escura, parecendo barrenta. Tomei um banho de mar. Havia várias plataformas de petróleo ao longo do caminho. Vi também uma revoada de garças. Passei pelo Porto de Sergipe e por geradores de energia eólica. Pretendia ir até Pirambu, mas como atrasei muito em Aracaju, no barro e observando pontos que não havia visto, decidi parar em Jatobá, pois já estava indo para o fim da tarde. Enquanto procurava local para ficar, o zíper principal da mochila quebrou. Fiquei na Pousada das Mangabeiras (http://www.findglocal.com/BR/Barra-dos-Coqueiros/768962416519459/Recanto-das-Mangabeiras) pagando R$ 50,00 em dinheiro por quarto com banheiro sem café da manhã. Choveu um pouco à noite. Comprei pães por R$ 3,00 com cartão de débito e bananas por R$ 2,50 em dinheiro e fiz sanduíches com eles para o jantar. No sábado 10/08 houve chuva pela manhã. A dona da pousada ofereceu-me uma xícara de café com leite e um pão com margarina como cortesia, que aceitei. Saí então para comprar pães e vegetais para reforço do café da manhã e para o almoço. Paguei R$ 2,00 pelos pães com cartão de débito e R$ 1,70 por tomates e limões em dinheiro. Ao invés de fazer todo o caminho de volta pela rodovia para a praia, peguei uma estrada de terra que passava por dentro de um sítio. O dono, que estava trabalhando na beira da rodovia com uma foice, permitiu-me, dizendo que era local de passagem usado pelos moradores locais. Achei a estrada bonita, com lagos, vegetação e pássaros. No caminho encontrei um pai com seus 2 filhos a cavalo 🐎. Após chegar na praia rumei para Pirambu. Foi interessante ver vacas 🐄 pastando com o porto à frente e os geradores eólicos ao fundo. Pareceu-me um retrato da enorme diversidade do Brasil, nos mais variados sentidos. Achei a praia bonita, longa e reta. O mar pareceu-me bravo, mas não tanto quanto no norte da Bahia. Também já não era tão escuro. Comecei a caminhar perto de 9h30, cheguei na ponte do porto, por onde havia passado no dia anterior perto de 10h30 e em Pirambu perto de 13h30. Achei bonita a foz do rio que margeava a cidade e bonita a vista da cidade a partir da ponte. Antes de pegar a ponte passei na Comunidade Quilombola Porto da Barra. Depois de chegar na cidade de Pirambu visitei a Igreja Nossa Senhora de Lourdes, que também achei bela, incluindo uma estátua na praça. A cidade era típica do interior, com bode na rua. Agora, do outro lado do rio, a vista da foz pareceu-me muito bonita, com lagos, conforme fotos a seguir. Fiquei na Pousada Praia Bela (https://www.facebook.com/pages/Pousada-Praia-Bela/183709241981804) pagando R$ 50,00 em dinheiro por quarto com banheiro. Comprei pães por R$ 4,00 com cartão de débito, e tomate e pepino por R$ 4,00 em dinheiro. Na padaria a máquina de cartões disse que a senha do meu cartão de crédito estava bloqueada, o que me deu um susto, mas se revelou falso na compra seguinte. Comprei também limões por R$ 1,02 pagos com cartão de crédito. Depois fui dar um passeio na praia e na foz do rio. Como o tempo estava com ameaça de chuva, que mais tarde veio, apareceram 2 arco-íris 🌈 muito bonitos sobre o mar. Achei o pôr do sol muito bonito com todo este cenário ao redor. Tomei 2 banhos de mar ao longo do dia. Dois jogos de futebol de praia pararam para eu passar andando. Quando percebi, fiquei um pouco constrangido, fui em direção ao mar e disse que podiam continuar. A sede do projeto TAMAR para visitantes estava fechada, pois havia sido transferida para Aracaju. Consertei a mochila com corda de pesca pega na praia e linha que o dono da pousada me deu. Jantei sanduíches com o que havia comprado. No domingo 11/08 tomei café da manhã com sanduíches e preparei sanduíches para o almoço. Houve muita chuva de manhã. Saí por volta de 8h30 da manhã. Passei pela sede do Projeto TAMAR e confirmei que estava fechada. Vi uma possível plataforma de petróleo no mar. Pouco depois de iniciar a caminhada começou uma chuva de moderada intensidade 🌧️. Usei a capa de chuva pela 1.a vez na viagem para proteger a mochila e a mim. Depois de algum tempo a chuva passou e eu e a mochila estávamos razoavelmente secos. A maior parte do caminho foi pela praia da Reserva Biológica Santa Isabel. Achei muito bonita a paisagem da praia e da vegetação. Passei pela Lagoa Redonda, que achei muito bela. Seguem fotos dela. Encontrei uma família logo depois olhando uma possível água-viva ou similar, diferente das a que eu estava acostumado. O filho estava perguntando se dava choque. O pai logo a seguir pegou um siri 🦀 do chão para lhe mostrar e depois jogou no mar. Depois da Lagoa Redonda não encontrei quase mais ninguém. Ao longo do caminho foi possível ver aves, peixes, siris, várias lagoas e uma ampla área preservada com dunas e vegetação. Tomei 3 banhos de mar. O mar era bravo, verde em vários tons. Quando cheguei ao fim da praia, havia uma área elevada que permitia a vista da praia e da barra do rio, de que gostei muito. Uma foto do local segue. Havia árvores com garças lá. Não achei local para pernoitar na Boca da Barra. Fui perguntando e ninguém alugava quarto nem conhecia pousadas próximas abertas. Fui andando até Ponta dos Mangues e me indicaram o Tinha, que alugava quartos. Ele não estava e fui tentar outras opções enquanto esperava que ele voltasse. Não consegui nenhuma, voltei até a casa dele onde ele já havia chegado e lá fiquei por R$ 30,00 em dinheiro, num quarto privativo da casa dele com banheiro dentro. Ele me permitiu usar a cozinha e eu comprei espaguete por R$ 2,50 em dinheiro e cozinhei para o jantar com o resto dos legumes que possuía. Conversei com o Tinha sobre o povoado, a vida lá no presente e passado, e informações sobre a próxima etapa da viagem. Ele contou que o asfalto havia chegado em 1996 e logo depois chegou a água encanada e a energia elétrica, o que mudou muito a vida deles. Contou que os partos antes eram feitos por parteiras que iam às casas e quando era à noite usavam lampiões durante o procedimento. Houve muita chuva à noite. Na 2.a feira 12/08 comprei pães por R$ 3,00 em dinheiro e tomei o café da manhã com sanduíches. Houve muita chuva ao amanhecer. Tinha falou-me que não dava para ir pela praia porque havia estourado uma barra no mangue (costinha), segundo seu irmão. Pouco depois seu irmão estava passando pela rua a cavalo e ele o indicou para mim. Fui até ele e ele confirmou. Despedi-me do Tinha e fui ao porto para confirmar uma última vez a informação e decidir se iria pela estrada ou arriscaria ir pela praia. No porto os barqueiros confirmaram e então decidi ir pela estrada rural, que passava pelo pantanal de Sergipe, que achei muito belo, onde havia pássaros (acho que até alguns tuiuiús), área de mata, pequenos povoados e propriedades rurais simples. Uma foto pode ser vista a seguir. Na estrada senti cheiro de flores, havia muitas poças de água por causa da chuva e gado em áreas alagadas das propriedades rurais. Saí perto de 8h e cheguei perto de 13h em Saramém. Edileusa, professora ou diretora da escola, permitiu-me ficar numa casa que ela alugava, mas que estava sem móveis dentro, nem cama tinha, e não quis cobrar nada 🙏. Ela me emprestou uma esteira para eu poder dormir em cima. Comprei legumes (chuchu, pepino, tomate, cebola, cenoura e limão) por R$ 4,25 e encomendei pães para a noite por R$ 5,00 na Mercearia da Jane, ambos pagos em dinheiro. Fui conhecer o porto e parte da orla do Rio São Francisco. Achei linda a vista da foz. Os habitantes locais orientaram-me sobre o caminho a seguir. Encontrei homem que criava camarões perto do fim da estrada pública e conversamos sobre a vida ali e o trabalho deles. Tomei banho no rio e achei a correnteza forte. À noite dormi na esteira no chão, em que tive dificuldade de achar uma posição confortável. Houve muitos mosquitos, posto que não havia ventilador. Provavelmente um cachorro arranhou fortemente a porta da casa durante a noite. O barulho e as músicas cessaram às 22h. Na 3.a feira 13/08 comprei pães por R$ 2,00 em dinheiro e tomei café da manhã com sanduíches. Arrumei a casa e devolvi a esteira e tudo mais para Edileusa que não quis aceitar pagamento nenhum. Ela me ofereceu lanche com batatas-doces cozidas, mas eu educadamente recusei. Fui então procurar uma forma de atravessar o Rio São Francisco. No dia anterior tinham-me dito que as vendedoras de cocada atravessavam o rio todas as manhãs e que eu poderia ir com elas. Mas antes apareceram algumas mulheres que iriam vender artesanato do outro lado e eu fui com uma delas e seu marido. Achei linda a foz do Rio São Francisco, vista do meio do rio. Dava também para ver o farol e o Povoado Cabeço, que o mar e o rio engoliram. O farol já estava bem rio adentro. O povoado tinha sido abandonado. Ainda bem que eu não fiz a caminhada pela praia no dia anterior, porque além da barra de mangue que havia estourado, eu não teria conseguido passar por ali. Paguei R$ 8,00 em dinheiro pela travessia, que era pouco mais da metade do que as vendedoras pagavam por ida e volta (R$ 15,00). Do outro lado da margem, já em Alagoas, achei a área linda, com coqueiros e lagoas. Seguem fotos de lá. Algumas pessoas esperavam turistas que viriam de barco para uma feira de artesanato. Houve uma chuva rápida e eu me abriguei num coqueiro. Depois caminhei em direção a Pontal do Peba. Achei lindo o trajeto pela praia, com dunas enormes em sequência, algumas somente de areia e outras com um pouco de vegetação. Encontrei uma tartaruga morta 🐢. Tomei banhos de mar. A água estava com aspecto verde-claro. Fiquei na Pousada O Samburá, de Dona Francisca, pagando R$ 60,00 em dinheiro por um quarto com banheiro interno e sem café da manhã. Assim que cheguei avisei Carlinhos, do monitoramento de animais, sobre a tartaruga morta, enviando-lhe a foto. Ele me falou para ir até a 1.a barraca da praia (Barraca Pôr do Sol) e encontrar Wellington quando estivesse chegando, mas eu respondi que já havia passado por lá e já estava instalado. De qualquer modo, perto do fim do dia passei por lá, não encontrei Wellington, mas deixei o recado com a barraca vizinha. Aproveitando que ainda era cedo, fui dar um passeio pelas dunas. Achei-o magnífico. Atravessei uma área na praia onde havia animais de criação e subi em uma delas. Depois andei por várias outras apreciando a paisagem do mar, da praia, de lagoas, das outras dunas, dos rebanhos bovino e caprino e do outro lado, em que havia uma plantação de coqueiros 🌴, além da vista que ia longe, mostrando bastante daquela região de Alagoas. A areia das dunas pareceu-me dura em vários pontos. Encontrei mais uma tartaruga morta e uma cobra do mar (ou peixe com formato de cobra) morta. Carlinhos disse-me que ali era uma área recordista em mortes de tartarugas marinhas. Comprei pães, queijada e legumes (tomate, cebola e banana) por R$ 9,66 com cartão de crédito para o jantar. Aproveitei e visitei a igreja. Interessante como a faixa de areia na maré baixa transformava-se em uma pista para motos, carros e até ônibus. Ao voltar para a pousada, conversei com o marido da Francisca, que estava insatisfeito com o Ibama e responsabilizava o povo pelas mudanças naturais que vinham ocorrendo. Jantei sanduíches. Na 4.a feira 14/08 tomei um banho de mar loga após acordar, pois a entrada da pousada era pela areia da praia. Tomei café da manhã com sanduíches. Comprei pães por R$ 2,00 com cartão de crédito. Parti rumo a Coruripe. Achei as praias muito bonitas, com muitos coqueiros. Tomei banho de mar. Havia várias pessoas pegando massunins (mariscos, moluscos) na beira do mar para comer. Houve chuva breve em alguns períodos pela manhã. A partir das 13h30 houve chuva contínua 🌧️, que engrossou em alguns momentos, o que se acentuou pelo vento. Num primeiro momento abriguei-me numa cabana de palha por algum tempo. Depois fui pela estrada a partir de Miai de Cima, porque várias pessoas locais, pescadores e moradores, disseram-me para não passar no mangue em Barreiras, pois havia um núcleo de tráfico de drogas e iriam incomodar-se com um estranho ou me assaltar. Ali havia um rio e eu precisaria cruzar o mangue para chegar à estrada. Achei bela a paisagem rural, tanto no pequeno caminho de terra como na rodovia principal. Havia canaviais e coqueirais intercalados. O mar tinha uma cor verde que achei linda. Achei bonitas as áreas verdes na periferia de Coruripe. A chuva persistiu no começo da noite. Fiquei na Pousada e Motel São João por R$ 30,00 com cartão de crédito, num quarto com banheiro privativo e TV. Comprei pães por R$ 2,00 em dinheiro, laranja, tomate e batata-doce por R$ 1,21 com cartão de crédito e chuchu por R$ 1,00 em dinheiro para o jantar e café da manhã. Não pude cozinhar espaguete nem batata-doce porque a cozinha estava com roupas estendidas para secar e a responsável me disse que iria passar o cheiro para elas se eu cozinhasse. O atendente da tarde havia mostrado a cozinha para mim, que estava sem as roupas, e dito que eu poderia usá-la sem problemas. Nesta situação acabei jantando sanduíches. Na 5.a feira 15/08 comprei pães regulares e 2 pães de queijo por R$ 3,00 em dinheiro e comi sanduíches no café da manhã acrescidos dos pães de queijo, que achei deliciosos . Saí para ir até o outro lado da barra do rio por onde não havia passado devido ao problema da criminalidade. No caminho visitei Mirante da Imaculada Conceição e sua igreja. Fui até a praia do pontal e caminhei até a barra do rio. Achei a vista muito bela. Pena que não pude andar o trecho completo do outro lado por causa da criminalidade. Havia várias pessoas coletando massunins (mariscos, moluscos) na praia e, quando perguntei, disseram que poderia ir sem problemas até a margem do rio, mas que não era para atravessar devido à criminalidade. Comecei minha caminhada rumo às Dunas de Marapé perto de 10h. Achei as praias muito bonitas, curvas, com mar verde e coqueiros. Segue a foto da Praia de Minha Deusa em Coruripe. Disseram-me que havia possibilidade de cachorros 🐺 bravos soltos em uma casa na praia, mas aparentemente o dono os havia prendido naquele dia. Havia muitas rochas em vários trechos do mar, algumas cobertas com algas. Tomei banho de mar na barra de um rio (acho que era o Rio Poxinzinho). Verifiquei a possibilidade de travessia com a mochila e achei que não dava. Aí vi um casal pegando siris e gritei para eles. Achei que eles não me haviam ouvido e atravessei o rio a nado para conversar com eles. Mas eles me haviam ouvido e o homem já estava vindo em direção à canoa para me atravessar. Atravessei de volta a nado e o homem veio com a canoa atrás. Então atravessei com ele de canoa. Ofereci-lhe pagamento, mas ele não quis. Prossegui a caminhada e cheguei na margem do Rio Jequiá. Continuei achando as paisagens lindas, especialmente a do encontro do rio com o mar. Nadei novamente na foz do rio, que estava muito calmo e delicioso. Um barraqueiro e uma operadora de travessia do rio deram-me informações sobre a área. Pretendia hospedar-me ali, mas os valores eram altos, então resolvi ir até a cidade de Jequiá da Praia, a cerca de 4 km. Fui pela estrada, em que achei belas as paisagens rurais também. Lá fiquei na Pousada Thieta (https://www.facebook.com/pousada.thietadoagreste/timeline?lst=100005659626174%3A100004063516724%3A1570293269), da Rosângela, por R$ 40,00 em dinheiro, num quarto com banheiro e TV. Comprei pães por R$ 3,00, vegetais (tomate, laranja e pepino) por R$ 2,50, mais pães e uma brasileirinha por R$ 2,00, tudo pago em dinheiro. Jantei sanduíches. Na 6.a feira 16/08 comprei pão por R$ 2,00 em dinheiro e comi sanduíches no café da manhã. Saí perto de 8h e comecei minha caminhada. Fui por uma estrada de terra enlameada, devido às chuvas recentes, até a praia. Achei bonitas as paisagens rurais, com pequenas propriedades nas laterais. Lembrou-me o livro e o filme São Bernardo, de Graciliano Ramos. Chegando na praia resolvi voltar até a barra do Rio Jequiá e as Dunas de Marapé, pois não havia passado por este trecho. O responsável pelo receptivo turístico existente no local deixou-me subir no mirante para apreciar a vista. Segue uma foto de lá. Saí rumo à Barra de São Miguel perto de 9h30. Ao longo do dia houve chuva intermitente, com períodos de média intensidade, que parecia mais forte devido ao vento vindo do mar. Achei as paisagens bonitas até a Lagoa Azeda, com vegetação e mar verde. Daí em diante começaram falésias que achei espetaculares. Talvez tenham sido as paisagens de que mais gostei na viagem. Seguem algumas fotos de falésias deste trecho. Fiquei encantando com a diversidade de formas, muitas que a mente podia livremente associar ao que desejasse, com as cores múltiplas nas várias camadas, o tamanho e a extensão das falésias, que se estendiam por quilômetros. Com a chuva, a paisagem ficava ainda mais bela, pois em alguns pontos escorriam sedimentos, tornando a coloração dinâmica e misturada. É como se em alguns trechos fosse um bolo seco e em outros um bolo com calda multicolorida escorrendo. Em alguns pontos havia corredores de entrada e se podia ir ver mais de perto as estruturas das falésias, como se fossem clareiras. Em alguns pontos havia lagoas combinadas com as falésias, o que tornava a paisagem mais bela. Num determinado ponto, a chuva apertou 🌧️ e eu me abriguei num barracão de uma fazenda, na beira da praia, uma aparente construção sendo feita, que ficava num trecho entre duas cadeias de falésias. Abriguei-me por mais de meia hora, admirando a lagoa que ficava a seu lado. Após a chuva amainar, continuei e passei por um trecho em que havia um local elevado nas falésias, em que era possível subir para admirar a vista. Segue a foto de lá. Pouco mais para a frente, já perto da Praia do Gunga, cruzei com muitos quadriciclos com turistas fazendo passeios. Eles vinham pela estrada lateral e eu pela areia da praia, perto do mar. Cheguei à Praia do Gunga perto de 16h30. Achei-a bonita e também bela a vista do outro lado do enorme rio. Tomei um banho de mar em sua foz, pois ao longo do caminho havia muitas pedras no mar e eu não quis entrar. Não fui ao Mirante do Gunga, pois teria que pagar R$ 3,00 e eu já estava muito mais do que satisfeito com as paisagens espetaculares vistas ao longo do dia. Peguei a estrada para ir à Barra de São Miguel, pois o rio era enorme e era necessário pegar a ponte. Achei bonita a paisagem rural e pude ver o pôr do sol a partir da ponte, que me pareceu lindo. Caminhei um pouco no escuro, talvez perto de duas horas. Havia muito movimento na estrada, provavelmente para Maceió. A chuva voltou e apertou. Já bem adiantado, cruzei com algumas moças e lhes perguntei quanto faltava. Uma delas riu e disse que no meu “andandinho” demoraria 1 hora, mas que se acelerasse chegaria em meia hora. Fiquei no Natu’s Hostel (https://www.natushostel.com) por R$ 49,00 com cartão de débito, sem direito a café da manhã. Comprei legumes (tomate, beterraba, chuchu) para o jantar e o café da manhã e bolacha para o café da manhã por R$ 5,59 com cartão de crédito. Quando estava indo para o supermercado, numa rua escura, bati o pé numa estaca e caí. Só machuquei o dedo, pois me protegi da queda. Um carro que passava nem se importou com o ocorrido 😒. Jantei espaguete, batata-doce e legumes, sendo que os 2 primeiros já estavam a um bom tempo comigo, esperando a disponibilidade de um fogão. Conversei com Brasil, o dono do hostel, sobre minha viagem e locais de Alagoas e do Nordeste. Ele era vegano e fazia passeios personalizados exclusivos, por locais fora dos roteiros comuns. O hostel era voltado para preservação da natureza. Havia um cachorro 🐕 salsicha muito amoroso. Eu notei que perdi o pente, provavelmente o tinha esquecido na Pousada em Coruripe. No sábado 17/08 nadei na piscina do hostel logo após acordar. Depois tomei café da manhã com legumes e bolachas. Dei uma volta pelo hostel para conhecê-lo e saí perto de 9h. Comecei indo até a praia de onde se avistava a Praia do Gunga do outro lado do rio. Depois voltei e fui rumo a Maceió. Em vários pontos da caminhada havia trechos em que na maré baixa recifes ou rochas represavam o mar e quebravam a força das ondas, formando piscinas naturais. Achei as praias bonitas, com muita gente em alguns pontos, como na Praia do Francês. Comprei R$ 2,00 em pães para o almoço com dinheiro. Não consegui atravessar a 1.a lagoa andando. Tentei ir pelo mangue, mas na borda vi que não dava. Fui pela pista e pela ponte, da qual achei a vista muito bela. Tentei circundar a orla entre a 1.a e a 2.a lagoas, mas a maré alta impediu a partir de um certo ponto. Então fui pela avenida da orla e peguei a estrada para Maceió. No início o acostamento era na parte central da estrada. Achei interessante a paisagem com vegetação e áreas rurais, apesar do enorme movimento da estrada. Gostei muito da vista a partir da 2.a ponte, já na chegada a Maceió. Na avenida da orla de Maceió estava havendo uma corrida do exército, com muitos participantes e trânsito parcialmente interditado. Havia uma enorme instalação da Braskem na orla. Achei a orla bastante extensa. Fui em direção à Praia de Pajuçara. Lá perto um rapaz localizou pelo celular o hostel em que eu pretendia ficar. Fiquei no Paju Hostel (https://www.facebook.com/pajuhostel-107380930640086) pagando R$ 25,00 em dinheiro por cama em quarto compartilhado, com direito a café da manhã. No quarto estava um capixaba que fazia curso de cozinheiro embarcado, um paulistano que escrevia sobre pontos turísticos pouco conhecidos da cidade de São Paulo e mais um outro. Havia também uma família em outro quarto. Comprei vegetais (pepino, abobrinha, beterraba, chuchu, mandioca e banana) e macarrão por R$ 8,22, e pães por R$ 2,00, ambos com cartão de crédito. Jantei espaguete com legumes. banana e pães doces de sobremesa. Achei o efeito do ar-condicionado do quarto bem forte e a ventilação dele vinha diretamente em cima de mim, que estava na cama alta do beliche. Usei agasalho para dormir. Para as atrações de Maceió veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303216-Activities-Maceio_State_of_Alagoas.html e https://guia.melhoresdestinos.com.br/o-que-fazer-em-maceio-143-1505-p.html. Os pontos de que mais gostei foram as praias, os itens culturais, folclóricos e históricos, os mirantes e a orla. No domingo 18/08 tomei o café da manhã ofertado pelo hostel, que achei excelente pelo preço (macaxeira, cuscuz, tapioca de coco, ovos, pão com margarina e queijo, mamão, melancia, sucos de manga e abacaxi, e iogurte). Saí para passear, peguei mapa turístico gratuitamente no quiosque, visitei Memorial Teotônio Vilela, vi as estátuas (Paulo Gracindo etc) e passei pelas jangadas com suas velas estilizadas com vários temas. Seguem fotos de algumas delas. Seguindo, li e apreciei a história e os desenhos no muro sobre a personagem folclórica Jaraguá, que era um fantasma com caveira de cavalo, protetor da natureza. Em seguida fui andar pelas praias até o extremo sul, onde era o encontro da lagoa com o mar, de onde eu tinha vindo, mas por onde não tinha passado, pois havia pego a estrada. Achei as praias muito boas. Fui tentar visitar a Estação Ecológica da Braskem que havia visto no dia anterior, mas estava fechada. Depois da ponte as praias estavam quase desertas, com uns poucos banhistas e pescadores. Havia uma enorme área da Marinha abandonada. Achei a lagoa muito bonita, agora vista do outro lado. Pude ver o trecho pelo qual havia passado no dia anterior, o ponto antes da 1.a lagoa em que tinha tentado atravessar pelo mangue e as partes em que não tinha podido andar por causa da maré alta. A distância até o outro lado pelo mar era pequena, bem menor do que a que eu tinha andado pela estrada. Tomei um banho delicioso na lagoa, porém afastando-se da margem a correnteza tornava-se forte. Tomei também um banho de mar. Voltei pela praia e já perto da área mais central saí para visitar o Memorial à República, o Museu Antropológico e Folclórico Théo Brandão, capela e praças. O museu tinha muitas imagens e itens e achei bastante interessante ☝️. Ao longo do dia vi as estátuas (leão, sereia e boi) nos diversos pontos da orla. Visitei também a feira e o pavilhão de artesanato. O mar ficava com uma cor verde linda ao entardecer . À noite voltei para dar um passeio na orla e vê-la com iluminação noturna. Jantei espaguete com legumes e banana. Na 2.a feira 19/08 tomei o café da manhã ofertado pelo hostel (cuscuz, pão, margarina, queijo, leite, Nescau, mamão, melancia, sucos de goiaba e outro). A cozinheira estava de folga, então não havia tapioca nem ovo. Fui conhecer o bairro histórico do Jaraguá e o centro. Visitei Museu da Imagem e do Som, Museu do Antigo Palácio de Governo, igrejas, mirantes, praças e monumentos. No bairro do Jaraguá havia várias casas e construções antigas. Na Igreja do Rosário dos Pretos pediram para que eu saísse por causa do calção (que não era de banho), após o atendente da loja ter autorizado a entrada depois de eu pedir várias vezes. Nas outras igrejas deixaram-me entrar sem problemas. Achei interessante a Igreja do Bonfim, com parte de seu formato circular. Achei a vista a partir dos mirantes muito boa, da orla, da costa, da lagoa, da cidade, do estádio e da vegetação mais distante. Passei por murais com história de pessoas famosas nascidas em Alagoas, algumas das quais eu não sabia que eram alagoanas. À tarde caminhei na orla runo ao norte, até o fim da quilometragem marcada para ciclistas e pedestres em Jacarecica (8,2 km). No caminho passei por um farol que com maré alta ficava parcialmente dentro do mar, passei pela Praça Coqueiro Gogó da Ema, que tinha a foto do antigo coqueiro, passei por uma linda lagoa, onde crianças nadavam e mais adiante desviei um pouco para conhecer o Corredor de Artes, que tinha estátuas e esculturas relacionadas a alagoanos, com respectivas explicações. Achei o mar verde e lindo. No fim do caminho tomei um banho de mar. Na orla havia muitos prédios modernos, sofisticados e altos. Na volta esperei o pôr do sol para ver a orla à noite. Gostei da vista das várias partes da orla durante o dia, no pôr do sol e depois de escurecer. Jantei espaguete com legumes, banana e bolacha oferecida pelo hostel como sobremesa. Conversei com André, o capixaba que estava fazendo o curso para ser cozinheiro embarcado, sobre as condições e dificuldades de trabalho embarcado e a diferença de ganho em relação aos cozinheiros regulares de restaurantes. Como 2 hóspedes do hostel haviam ido embora, mudei de cama e o vento do ar-condicionado não vinha mais diretamente em mim, o que tornou a noite mais agradável. Na 3.a feira 20/08 tomei o café da manhã ofertado pelo hostel igual ao do 1.o dia (domingo), substituindo alguns itens por outros. Saí perto de 8h30 depois de me despedir de todos. Fui caminhando pela areia. Quando fui tirar fotos das jangadas ouvi comentários de alguns que lá estavam, talvez jangadeiros ou trabalhadores relacionados à praia, provavelmente invejando a minha vida, achando que era só fumar maconha. Quando tirei o celular da mochila também comentaram e pareceram achar que os andarilhos haviam entrado na era digital 😀. Achei a vista da praia e da orla muito boas. A cor verde do mar parecia linda. Passei por vários rios, todos com a água abaixo da coxa, a maioria na canela, pois a maré estava baixa. Vi várias estátuas no caminho, como a da sereia com golfinho, a de Netuno e a da sereia no recife. Segue uma foto da Praia do Mirante da Sereia. Uma cobra do mar que estava no caminho me deu um bote quando passei perto dela, mas não me atingiu. Perguntei mais tarde a um habitante local e ele me disse que não era venenosa. Havia várias armadilhas para peixes no mar. Quando cheguei a Paripueira, uma catarinense de Bombinhas, que estava acompanhando familiares em um grupo de mais idade, tomou conta da minha mochila enquanto eu tomava um banho de mar. Agnaldo, que estava recolhendo as cadeiras de praia, indicou-me a Pousada Pantanal como a mais barata do local. Aí pesquisei uma outra, mas realmente fiquei lá (https://www.facebook.com/pages/Pousada-Pantanal/712112815506454), por R$ 30,00 em dinheiro num quarto com banheiro e TV, sem café da manhã. Comprei pães, brasileirinha e bolo de milho por R$ 6,50, legumes (tomate, chuchu, berinjela e cenoura) por R$ 2,80, ambos com cartão de crédito, e mamão por R$ 1,00 em dinheiro. Fui até a praia após o entardecer para ver as estrelas e o mar noturno, que achei lindos. Visitei a igreja, que estava em restauração. Perguntei a um homem sobre ida a Barra de Camaragibe e ele me deu instruções. Pouco depois, quando andava numa rua escura lateral à praia, ele parou de moto a meu lado e me deu um susto . Perguntou se lembrava dele e aí eu o reconheci. Ofereceu-me R$ 20,00 para comprar comida durante o trajeto, eu agradeci e recusei. Andei um pouco pela orla e pela areia, mas o lugar estava deserto, sem movimento. Voltei para a pousada e jantei sanduíches, mamão, pães doces e a brasileirinha. Na 4.a feira 21/08 tomei café da manhã com sanduíches e pães doces. Saquei dinheiro do Bradesco e comecei a caminhada perto de 9h15. O dia inteiro foi de sol. Achei as praias belas. A cor da água do mar foi mudando de verde para azul e depois para escura. Encontrei um capoeirista e seu amigo caminhando pela praia. Um cachorro preto latiu para mim e ameaçou atacar-me, mas uma mulher que estava no mar pescando ou coletando seres marinhos, chamou-o aos gritos e ele obedeceu e foi até ela dentro do mar. Cruzei rio raso e depois peguei ponte em Barra de Santo Antônio. Achei a vista a partir da ponte muito bonita. Tomei 2 banhos de mar ao longo do caminho, o primeiro num local quase sem ondas de mar verde. Havia vários trechos com pedras. Havia também vários pontos com armadilhas para peixes no mar. Várias pessoas estavam na areia separando os peixes pegos. Vi várias vezes barcos sendo movidos com toras cilíndricas de madeira embaixo, o que já tinha visto em dias anteriores também. Na Praia do Carro Quebrado vi 2 fuscas e uma Kombi em decomposição. Cruzei a Barra do Camaragibe de barco com 2 paulistas, 1 catarinense e 2 alagoanos, pagando R$ 2,00 em dinheiro. Achei a vista durante a travessia muito bonita. Achei também a Barra do Camaragibe muito bonita. Mara ofereceu casa do seu filho para eu ficar por R$ 30,00, mas a casa não tinha luz nem descarga. Preferi então ficar na Tiriri Guest House (http://www.tiririguesthouse.com), pertencente ao João pagando R$ 50,00 em dinheiro por um quarto com banheiro privativo e TV a cabo e com direito a café da manhã. Comprei pães na padaria por R$ 4,00 em dinheiro e depois a dona ofereceu-me rocambole e torta de doce de leite, que não consegui recusar, pois quando levantei a cabeça após pegar o dinheiro da carteira ela já os tinha colocado num saco e me estava oferecendo. Até falei “não” agradecendo, mas ela fez uma cara de decepção e perguntou porque eu não aceitava, que resolvi aceitar. Comprei também tomate, chuchu e limão por R$ 2,75 com cartão de crédito. Jantei sanduíches. Apreciei a vista noturna a partir da sacada da pousada. Esqueci de apagar a luz do restaurante que João havia pedido antes de dormir. Na 5.a feira 22/08 tomei o café da manhã oferecido pela pousada com frutas (manga, abacaxi, banana, melão e mamão), pães, manteiga, geleia, requeijão e suco. Saí por volta de 8h45. Achei as praias bonitas. A cor do mar voltou a ser verde. Atravessei o Rio Tatuamunha andando. Fiz um teste sem a mochila que foi bem-sucedido e voltei nadando. Achei a água deliciosa. Atravessei pela 2.a vez com a mochila e desta vez estava bem mais raso, o que mostra como pouco tempo de maré baixando pode fazer grande diferença. No encontro do rio com o mar, a cor da água de um lado era verde e de outro era azul. Uma foto desta área pode ser vista a seguir. O tempo virou e ocorreu uma pancada de chuva quando eu passava por Porto de Pedras. Devido a isso, como eu queria aproveitar bem o trecho até Maragogi, resolvi ficar ali aquele dia. Fiquei na Pousada Águas Belas, do Eliel. Paguei R$ 50,00 em dinheiro por um quarto com banheiro privativo sem direito a café da manhã. Aproveitei a tarde então para conhecer o Mirante do Farol, a igreja matriz, a fonte masculina, a orla e a capela histórica. No farol, Dinho deu-me informações históricas e culturais sobre a área. Tomei um banho de mar no caminho e outro no povoado, achei o mar calmo e boiei. No entardecer a chuva voltou, com picos de maior intensidade, mas na média ficou leve e prosseguiu assim à noite. Vi 2 arco-íris no céu. Comprei pães nas padarias por R$ 4,00 em dinheiro. Jantei sanduíches e pães doces. À noite vi um jogo de futebol no campo local ⚽. Na 6.a feira 23/08 comprei pães por R$ 3,00, tomate e banana por R$ 1,75, todos pagos em dinheiro e tomei o café da manhã com sanduíches. Depois peguei a balsa gratuita para Japaratinga. Comecei a caminhada perto de 9h e cheguei em Maragogi perto de 13h. Antes de começar o caminho voltei até a margem do rio pela praia e andei um pouco nela, quase dando a volta e chegando onde havia desembarcado da balsa. Achei as praias muito bonitas, com mar verde. Atravessei 2 rios com maré baixa e água abaixo do joelho. Uma moça falou-me que um homem havia sido encontrado morto no mangue e eu decidi atravessar um dos rios para não cruzar o mangue em direção à ponte nem voltar um trecho para sair na rua que continuava para a ponte. Em Maragogi fiquei no Mandala Hostel (https://www.facebook.com/Mandalahostelmaragogi) pagando R$ 22,00 a diária em dinheiro por uma cama em quarto compartilhado, com direito a café da manhã. Lá conheci a argentina Jamilia, que estava indo para Porto de Galinhas, o baiano Rômulo, que viajava de moto, tinha sido da Marinha e morava em Campina Grande, a mineira Késsia, que viajava 2 semanas de férias pelo nordeste, a mineira aposentada Sílvia e um casal de chilenos, de férias no Brasil. Aproveitei que era cedo e fui visitar o Mirante do Cruzeiro. A melhor vista era a partir de uma pousada e era necessário pagar uma pequena taxa. Eu não tinha levado dinheiro e o atendente me disse que havia uma área atrás do muro de onde se podia ter uma boa vista. Fui lá e concordei com ele, achando a vista muito bela, das várias partes da costa ☝️. No caminho de subida, que fiz dando enorme volta pela estrada, pude ver paisagens de coqueiros, de que muito gostei também. Na volta descobri que havia um caminho alternativo descendo por uma rua de terra que era muito mais curto. Quando descia conversei com um homem que trabalhava na construção de sua casa e que havia mudado para lá. Ele tinha gostado de lá e me falou da região. Depois de descer ainda tomei um banho de mar, deixando as roupas com um casal de argentinos, e depois fui conhecer uma área de artesanato e andar pela orla. Apreciei o entardecer à beira-mar. Comprei espaguete, tomate, chuchu, pepino, abóbora, cenoura e mamão por R$ 7,98 com cartão de crédito e 1 brasileirinha por R$ 1,00 em dinheiro. Jantei espaguete com legumes, mamão e a brasileirinha. À noite eu, Rômulo e Késsia fomos passear na orla. Neste dia comecei a sentir dor em uma das pernas , na região da canela. Para as atrações de Maragogi veja http://www.maragogi.tur.br/ e https://maragogionline.com.br. Os pontos de que mais gostei foram as praias, o mar verde e a vista a partir do mirante. No sábado 24/08 tomei o café da manhã oferecido pelo hostel (cuscuz, ovo, pão, queijo, manteiga, banana assada, melão, mamão, abacaxi e 2 tipos de bolos) e fui caminhando até as praias do Antunes e do Xaréu. Atravessei o rio logo na saída do centro de Maragogi com água no peito, pois a maré estava alta. Em determinado trecho tive que ir pela rua, pois com maré alta não era possível passar. Mas após andar cerca de 15 minutos a meia hora voltei à praia. Acabei ficando sentado o maior tempo na Praia do Xaréu admirando o panorama. Segue uma foto dela. Alguns destes barcos na foto ficavam tocando músicas com som alto e provavelmente forneciam algum tipo de serviço, pois várias pessoas iam caminhando até eles. Ficavam um pouco distantes da praia, mas isso não intimidava os interessados. Tomei 2 banhos de mar e achei a água deliciosa. O mar continuava com a cor verde que eu achava linda. Voltei no entardecer e com a maré baixa foi possível fazer quase todo o caminho pela areia à beira-mar. O rio perto do centro atravessei com água perto da canela. Apreciei o entardecer a partir da praia. Jantei espaguete com legumes acrescido de arroz, que Jamilia havia deixado antes de ir embora, cravo e queijo ralado, que me deram no hostel. Para sobremesa comi mamão. Durante o jantar o chileno sofreu muito para abrir um coco com uma faca comum e concluiu que era melhor pagar R$ 5,00 do que fazer aquele esforço. Conversamos sobre a viagem deles, o Chile, o Brasil e várias coisas. À noite dei novamente um passeio na orla. Chegou Evelin de SP e um baiano. Rômulo e Késsia foram embora. Despedi-me da gerente Gerline, que não trabalharia no domingo, quando ela foi embora à noite. No domingo 25/08 tomei o café oferecido pelo hostel igual ao do dia anterior, sem a banana e sem um dos bolos, conversei com casal de Jundiaí (Mairon e mulher) sobre dicas de viagem e com Marcelo sobre Caminho de Santiago. Eles também haviam chegado para ficarem no hostel. Saí perto de 9h15. Atravessei o rio perto do centro com água na cintura. Reencontrei Mairon, mulher e Evelin na Praia do Antunes, onde ele disse que talvez fossem. Achei lindo o mar verde até o fim de Alagoas . Atravessei rio com água abaixo da cintura na divisa entre Alagoas e Pernambuco. Atravessei outro rio com água na cintura depois de São José da Coroa Grande. O mar continuava verde e eu continuava achando o mar e as praias lindos. Na barra do Rio Una fui até o Povoado do Abreu. No caminho havia uma ponte de tábuas de madeira com um buraco no meio, o que fazia que algumas meninas que provavelmente queriam ir para a praia estivessem com medo. Passei, disse-lhes que dava para passar com cuidado e elas foram. No povoado encontrei barqueiros que me poderiam levar para o outro lado do rio. Alecsandro levou-me até a 2.a barra do rio, pois disse que havia estourado uma barra, com a ajuda da própria população, devido às enchentes, e que se apenas atravessasse a 1.a barra eu ficaria preso entre as duas. A viagem de barco foi bela, com bonitas paisagens do mangue, da vegetação, do rio e das praias. Seguem fotos do trajeto. O barco encalhou 2 vezes em bancos de areia. Choveu um pouco durante o trajeto. Ele trabalhava com construção durante a semana e fazia passeios nos fins de semana. Quando chegamos vimos que a 2.a barra não estava tão grande e teria dado para eu atravessar. Mesmo assim foi prudente a decisão dele de me levar até lá. Paguei R$ 10,00 em dinheiro pela travessia. Prosseguindo caminhei pelas praias até Tamandaré, sendo que algumas tinham trechos com pedras, mas só uma vez tive que sair da areia para dar a volta por trás delas. Segue uma foto da Praia do Porto no caminho. Na ponta desta praia havia pedras enormes, onde alguns pescavam. Achei o mar bravo neste trecho. Já chegando em Tamandaré atravessei o Rio Mamucabinhas com água abaixo dos joelhos. Cheguei no entardecer (no litoral de Pernambuco escurece cedo) e fiquei na Pousada São João, do proprietário João, pagando R$ 40,00 em dinheiro por um quarto com banheiro privativo. Comprei pães, tomate, pepino e laranja por R$ 5,02 com cartão de crédito e os jantei. Encontrei um condicionador de cabelos provavelmente deixado por algum hóspede no banheiro e o utilizei, pois meu cabelo estava totalmente desalinhado devido à falta de pente. Entrou água da chuva no quarto à noite e molhou o travesseiro. Na 2.a feira 26/08 comprei pão por R$ 3,00 e tomate e banana por R$ 2,00, tudo pago em dinheiro. Tomei o café da manhã com isso. Saí perto de 8h. Houve algumas pancadas de chuva ao longo de todo o dia. Achei as praias muito bonitas ao longo de todo o caminho. Na Praia de Carneiros havia peixes coloridos e escuros 🐟. Uma foto desta praia segue. Visitei a igreja histórica e depois Édson atravessou-me de lancha, cobrando R$ 15,00 em dinheiro. Contou-me que antigos donos da fazenda onde atualmente é Carneiros estão enterrados na igreja histórica, que é do século 18. Achei muito bela a vista durante a travessia. Após a travessia encontrei trechos com pedras em que não consegui passar com maré alta. Subi pela encosta e peguei a estrada. Achei bonita a paisagem rural. Mais à frente voltei à praia e fui pela areia até a Barra do Sirinhaém. Continuei achando as praias lindas. Quando cheguei na barra peguei um barco de linha por R$ 2,00 em dinheiro para fazer a travessia. Na saída houve uma revoada de garças 🕊️ e gostei bastante da paisagem vista durante a travessia. Do outro lado o segurança disse-me para ir pela praia até onde conseguisse e depois pegar a rua dentro do condomínio à beira-mar. Quando saí da praia o segurança André acompanhou-me gentilmente pela rua do condomínio até a portaria e me disse que eu conseguiria voltar para a praia mais à frente, pedindo autorização para algum proprietário de sítio. A estrada pareceu-me ter uma bela paisagem rural. Pedi autorização a um caseiro, ele concedeu e passei por dentro de seu sítio para voltar à praia. Continuei achando as praias lindas. Passei por extensa área com água rasa. Cheguei à Barra do Maracaípe pouco antes do entardecer e ainda havia barcos fazendo a travessia. Mas perguntando a pescadores antes, disseram que poderia atravessar andando. Vi uma mulher num banco de areia no meio do mar e resolvi ir até onde ela estava. Ela não sabia se era possível atravessar para o outro lado, pois não era dali. Havia 2 pescadores por ali e perguntei para eles, que também não sabiam, pois também não eram dali. Mas eles disseram que iriam verificar, entraram no trecho e me disseram que dava para ir. Eu fui por onde eles indicaram e a água não passou do peito. Segue uma foto desta área. Quando já estava na estava Praia de Maracaípe, um cachorro invocou com um homem, mas acabou ficando só na ameaça e ele não atacou. Fiquei no Palawan Hostel (https://www.facebook.com/palawanhostel), de Hugo e Ayanna, com sua filhinha recém nascida e seu cachorro Chico. Paguei R$ 30,00 em dinheiro por cama em quarto compartilhado, com direito a café da manhã. Lá conheci o belga Joseph, que viajava pelo Brasil e iria para SP. Comprei pães por R$ 2,00 em dinheiro e espaguete, batata-doce, chuchu, pepino e banana por R$ 5,36 com cartão de crédito. Jantei espaguete com legumes, banana e pão doce. Esta praia era extensão de Porto de Galinhas. Na 3.a feira 27/08 tomei o café da manhã oferecido pelo hostel (cuscuz, ovo, melão, mamão, pão, margarina, leite com Nescau e bolachas). Saí às 8h30 para tentar ainda pegar maré baixa e ver peixes nas piscinas perto do centro de Porto de Galinhas. Havia muitos peixes (coloridos e escuros, pequenos e maiores) perto da praia, nas rochas ou recifes. Fui nadando até as piscinas 🏊‍♂️, pois a maré já havia subido um pouco, mas voltei porque estava sem chinelo, depois de perguntar a um barqueiro se era permitido e ele me responder que sim, mas me alertar quanto a usar chinelo naquela área devido aos ouriços. Resolvi então caminhar pelas praias no sentido norte. Andei por todas até o fim, incluindo um bom trecho da margem do rio que fazia a divisa com o Porto de Suape. Achei-as muito bonitas, cada qual a seu modo. A Praia de Muro Alto, a última antes do rio, represava a água do mar. Já a Praia de Cupe tinha mar bravo. Atravessei um trecho com água um pouco abaixo da cintura e me surpreendi com um sorveteiro que atravessava o mesmo trecho com seu carrinho. E ele teve sucesso. Achei bem interessante a vista do Porto de Suape e do rio que o separava das praias de Porto de Galinhas. Tomei banho de mar. Na volta havia uma água-viva na areia e algumas argentinas tentaram jogá-la no mar, para ver se sobrevivia. Elas não conheciam águas-vivas. Aproveitei para dar um passeio pelo centro de Porto de Galinhas e conhecer as praças, artesanato, obras de arte a céu aberto, capela e Projeto Eco das Tartarugas Marinhas por fora. Ocorreram pancadas de chuva no fim da tarde. Abriguei-me numa barraca numa das praças à beira-mar. Com isso acabei voltando no escuro pela praia para o hostel, um trajeto que durava cerca de meia hora. Comprei pães por R$ 2,00 em dinheiro. Jantei espaguete com legumes, banana e pão doce. Josepth foi embora de manhã. Casal de donos do hostel tinha passado a noite anterior em claro (até as 3h da manhã) porque filha de 2 meses precisou ir à Emergência por estar com cólicas. Pedi-lhes para que o café da manhã do dia seguinte fosse perto de 11h, pois pretendia acordar cedo para ir ver os peixes nas piscinas naturais do centro e queria estar de estômago quase vazio para nadar se fosse necessário. Eles agradeceram, pois poderiam dormir mais 😀. Na 4.a feira 28/08 comi 2 pães comprados no dia anterior e saí perto de 6h50 para ver as piscinas naturais na maré baixa. Chegando lá no centro, peguei uma pulseira com a equipe municipal de meio ambiente. Com a maré baixa era possível ir andando, com a água chegando ao peito. Na borda das piscinas subia-se numa elevação rochosa ou de recifes e aí havia uma área com rochas ao lado de piscinas de água do mar. Vi muitos peixes 🐠, dos mais diversos tipos e tamanhos, coloridos, azuis, listrados, vermelhos, escuros, minúsculos, pequenos e maiores, vi também ouriços e uma espécie de centopeia laranja. Havia uma piscina que tinha formato semelhante ao mapa do Brasil e uma outra em que era possível nadar junto com os peixes. A água estava um pouco fria, pois o dia estava nublado. Houve uma pancada de chuva após voltar das piscinas para a praia. Depois de ficar lá e nas imediações por mais de 2 horas voltei para o hostel para tomar café da manhã. O casal já estava acordado e parecia bem disposto. Sua filhinha estava melhor. O café oferecido foi ovo frito com tomate, mandioca, pães, margarina, manteiga, bolacha e leite com Nescau. Passei pelo Projeto Hipocampus, mas não entrei, só apreciei de fora. Fui visitar o Atelier do Carcará 👨‍🎨 e conversei com Gilberto Carcará sobre sua filosofia de trabalho, história e obras. Achei bonitas suas esculturas e interessante sua ideia de arte com sustentabilidade. Ele me falou que havia uma exposição de suas obras “galinhas” na Alameda das Sombrinhas, no centro, e mais tarde fui ver. Falou-me também de um farol sendo construído por um dono de restaurante que seria um ponto turístico servindo como mirante e também fui ver a construção. Achei bonito o caminho ao lado do lago para chegar no seu atelier. Após voltar ao centro, visitei e gostei também da capela, em que esperei para poder entrar devido ao horário. Pareceu-me linda, recente e simples ⛪. Havia uma pequena plataforma na areia da praia, talvez de uso de salva-vidas, e aproveitei para subir e apreciar a vista a partir dela, que me pareceu muito boa. Então fui até o Pontal do Maracaípe para ver o pôr do sol. Antes caminhei um pouco na margem do rio até onde o mangue me permitiu para apreciar sua paisagem. Achei bela a vista do rio, principalmente no entardecer, e bonito o pôr do sol, apesar da nebulosidade. Comprei batata-doce e pepino por R$ 1,40 e pães por R$ 1,00, tudo em dinheiro. Jantei batata-doce, pepino, chuchu e pães doces. Na 5.a feira 29/08 tomei o café oferecido pelo hostel com pão, queijo branco, batata-doce, melão, mamão, bolacha e leite com Nescau. Saí perto de 8h30, saquei dinheiro e fui rumo a Cabo de Santo Agostinho. Fui pela praia até o Atelier do Carcará. Antes de sair da praia tomei um banho de mar. Depois peguei a estrada, com o lago e o mangue de um lado e propriedades rurais e vegetação do outro, cuja vista continuei achando bela. Passei por um acidente em que havia uma mulher deitada no chão e uma moto caída e a mulher falava que estava doendo muito. Esta cena me fez chorar 😢. A polícia já estava lá isolando a área. Só fui cruzar com a viatura do SAMU, que imagino iria socorrê-la, mais de meia hora depois 😒. Passei por Ipojuca e aproveitei para visitar a Praça do Baobá, onde havia uma enorme árvore deste tipo, e também a Igreja Nossa Senhora do Ó. Depois de cruzar a cidade peguei a estrada normal e depois a pedagiada. Achei uma banana verde no chão da estrada e comi. Errei o caminho. O mapa que eu havia visto me indicava para virar à direita num trevo, mas provavelmente eu não poderia caminhar muito naquela direção se tivesse virado, pois vários me disseram que era a entrada do porto e não poderia prosseguir. Segui em frente então e mais à frente perguntei a um rapaz que vendia lanches. Ele viu no GPS o novo trajeto, deu-me 2 opções e eu segui a que achei em que não iria me perder. Virei à direita onde haviam indicado e numa bifurcação logo após perguntei a um homem que vinha caminhando. Ele me indicou o caminho contrário ao que eu acreditava ser correto e vendo minha dúvida perguntamos a Fia e seu amigo que vinham voltando do trabalho. Eles me disseram que iriam para muito perto de onde eu estava indo e se dispuseram a ir comigo. Eu os atrasei, pois estavam de bicicleta e eu não conseguia ir muito rápido devido à dor na perna, que ainda continuava. Em alguns trechos Fia levou minha mochila e seu amigo me levou sentado na bicicleta 🚲. Ele sofreu em algumas subidas. A paisagem me pareceu bonita. Pegamos uma trilha muito bela no meio da mata e Fia me deixou no povoado de Suape. Dali para Nazaré, onde eu pretendia ficar, era bem próximo. Fui até lá e fiquei no Hostel Mujeres com Alas (https://www.facebook.com/mujeresconalasnazare) da Mary (ou Mere), pagando R$ 45,00 com cartão de crédito por uma cama em quarto compartilhado, sem café da manhã. Mas só havia eu no hostel como hóspede. Ela disse que aceitava homens após eu perguntar. Depois de me instalar ainda fui até o mirante atrás do farol apreciar a vista noturna. Apesar de um pouco escuro, ainda me pareceu bela, com destaque para as luzes dos povoados e navios 🚢. Então fui comprar mantimentos. Achei muito boa também a vista da descida de Nazaré para Suape, que acho que era do porto e de empresas vinculadas. Comprei espaguete, pães e leite por R$ 7,70 com cartão de crédito, tomate, cenoura, chuchu, pepino e mamão por R$ 9,50 em dinheiro e pães por R$ 3,00 em dinheiro. Jantei espaguete com legumes, mamão e pães doces. Conversei com Mary sobre sua origem boliviana, sua família, sua vida no Chile, Niterói e agora ali e suas experiências com hóspedes passados. Na 6.a feira 30/08 tomei café da manhã com sanduíches, mamão, pães doces e leite. Antes de eu sair pela manhã houve uma pancada de chuva e depois abriu o tempo. Aproveitei para passear por dentro do hostel e apreciar sua decoração interior, com fotos e itens de arte. Mary explicou-me sobre as trilhas e esboçou um mapa. Ela me levou pessoalmente para ver a entrada de 3 trilhas. Comecei conhecendo a igreja histórica, o convento e cemitério, vendo-os da porta. Fui ao farol atual e respectivo mirante. Achei a vista muito boa também durante o dia. Depois desci até o farol antigo e a Casa do Faroleiro. Gostei da vista também. Lá raspei a perna de leve. Depois vi ruínas da capela, Forte, Bica da Ferrugem e ruínas do quartel. Dois rapazes que estavam caminhando pelo forte explicaram-me o caminho para a Bica da Ferrugem e as ruínas do quartel. Dali fui à Praia do Paraíso, em que havia muitas pedras, quase sem faixa de areia. Subi a escada, passei pela ponte e fui à Praia do Suape, que achei boa, com mar bravo. Segui por ela até o rio ou canal que a separava do porto. Achei bonito o encontro do mar com o rio ou canal. Andei um pouco pela margem do rio ou canal e depois voltei, passei de novo pela praia e peguei a trilha para Nazaré de que a Mary tinha falado. No caminho havia outro mirante, com vista de que gostei, abrangendo a praia, o mar, o povoado e o porto. Chegando lá em cima peguei a trilha para a Praia de Calhetas que a Mary tinha mostrado. Achei bonita a trilha, com começo no meio da mata. No caminho encontrei Magda, que alugava kitnets no Vale da Lua. Ela deu-me explicações sobre a trilha e disse que era amiga da Mary. Achei linda a vista a partir da trilha, da orla, das praias, do mar e do povoado de Gaibu. Achei delicioso o mar em Calhetas . O mar era de tombo, mas sem correnteza, o que permitia um nado tranquilo em águas mais profundas, conforme o salva-vidas do local explicou-me. Depois de andar pela pequena orla e do banho de mar, fui para a Praia de Gaibu. A vista das paisagens durante o caminho continuaram belas. Lá, com a maré subindo, achei o mar bravo. Andei cerca de meia hora na areia da praia e depois acabei voltando pela pista. Passei pelo hostel, conheci a parte inicial do sítio que ficava nos fundos do hostel e suas árvores altas e largas, como a fruta-pão. Ainda deu tempo de ir ver o pôr do sol a partir do mirante que ia para a Praia do Paraíso. Seguem as fotos deste momento. De volta ao hostel, conheci a seu lado o Centro Cultural Esperantino, explicado pelo filho do homem que deu nome ao centro. Gostei e achei bonitas as várias trilhas feitas na mata ao longo do dia, a vegetação e relevo existentes ☝️. Comprei pães para café da manhã e sobremesa por R$ 3,00 em dinheiro e R$ 1,50 com cartão de crédito. Jantei espaguete com legumes, mamão e pães doces. No sábado 31/08 tomei café com sanduíches, mamão, pães doces e leite. Conversei com Mary sobre suas próximas hóspedes, que chegariam naquele dia, suas experiências de viagem, sua vida passada e minha viagem. Antes de sair ela pediu para tirar uma foto minha, que coloco a seguir. Saí perto de 9h30. Fui pela estrada até Gaibu e depois peguei a areia da praia. Achei as praias muito bonitas, porém a maioria bem mais urbanizada do que a média da viagem, posto que estava chegando a Recife. Havia muitas pedras em vários trechos. Após perguntar para várias pessoas sobre risco de ataque de tubarões 🦈 e todos dizerem que não havia, tomei um banho de mar. Depois de cerca de 500 m do local do banho vi a primeira placa de risco de ataque de tubarões. Se tivesse visto a placa antes não teria nadado. Desviei um pouco no caminho para conhecer a Ilha do Amor, fui até a curva e depois voltei para pegar a ponte, de onde a vista me pareceu muito bonita. Após a ponte houve um grande trecho com mato nas laterais da rua, que até me preocupou um pouco, apesar do movimento de carros, mas nada aconteceu. Voltei para a praia. Havia bastante gente, pois era sábado. No fim do dia começou a ameaçar chuva e já bem perto da chegada houve pancadas de chuva. Em Boa Viagem o mar estava bravo, chegando a espirrar água na calçada, após bater nos muros de contenção da praia. Fiquei no Hostel Estação do Mangue (https://www.estacaodomangue.com.br) por R$ 30,00 com cartão de crédito por uma cama em quarto compartilhado sem direito a café da manhã. Lá conheci mãe e filho que estavam a passeio e 2 transsexuais que tinham vindo trabalhar. Comprei pães por R$ 9,80 e bananas, abóbora, limão e chuchu por R$ 6,60, tudo com cartão de crédito. Jantei sanduíches, bananas e pães doces. No domingo 01/09 fui à praia antes de tomar café da manhã. Estava uma pequena garoa, mas nada que incomodasse. No caminho passei pela igreja ao lado do hostel e uma mulher disse que provavelmente não era permitido entrar naqueles trajes (camiseta regata e calção). Parecia tensa quando eu fui até a porta olhar. Já perto da praia, passei pela Igreja de Nossa Senhora de Boa Viagem, na Pracinha de Boa Viagem, e um homem disse que eu poderia entrar para visitar (“Claro que pode, é a casa de Deus”). A igreja já estava cheia para a missa e eu preferi ir só até a porta. Segui e fui dar um passeio pela orla. Um homem entrou no mar bravo, onde havia placas de risco de ataque de tubarão e eu até pensei que estivesse se suicidando. Mas depois perguntei e me disseram que era seu costume e ele já fazia parte do mar. Em seguida eu o vi nadando alguns metros depois da arrebentação. Entrei no mar uns 10 metros 🌊, somente para me despedir. Tomei café com sanduíches e fui andando até o aeroporto. Demorei 16 minutos do hostel até lá. Troquei de lugar no avião com um homem que preferia corredor para poder ficar na janela. Quando cheguei em Congonhas com o ônibus vindo de Guarulhos estava chovendo 🌧️ e tomei bastante chuva no caminho a pé para casa. Ainda bem que estava com a capa.
  10. Olá, estou em dúvida se viajo para Maceió ou Recife. Pretendo viajar com um bebê de 11 meses e queria uma cidade com mais opções de bares, barracas, quiosques que funcionacem a noite, porque não tenho como curtir baladas a noite com o bebê e opto por bares e quiosques a noite. Igual a Fortaleza que pode ficar com crianças até a no que não serena
  11. boa noite!!!! estou para ir do rio até recife de carro e gostaria de dicas de locais para dormir e comer. devo viajar durante 3 dias e parar 2 noite, ainda não sei irei pela br116 ou pela br101, se tiverem dica sobre qual também agradeço
  12. bom dia amigos. Sou novo aqui, e tenho uma dúvida! alguem já viajou de carro do rio a recife? ou algum trajeto parecido? queria informações como postos de gnv no caminho, lugares atrativos pra foto, alimentação, cuidados, recomendações, equipamentos (já q vamos dormir no carro por três dias) e valores de gastos no percurso
  13. Olá pessoal... estou indo em Novembro fazer o roteiro de Recife a Maceió... teremos 9 dias inteiros para aproveitar. Vamos alugar um carro. Quem já foi? O que acham? Segue roteiro e aceito pitacos 😁 Dia 1 São Paulo - Recife Chega muito tarde -só descansa Dia 2 Olinda pela manhã - Alto da Sé, igreja de 1537, almoçar com estilo no restaurante Oficina do Sabor. Convento de São Francisco, Igreja do Carmo, Igreja da Misericórdia e a Basílica de São Bento, Rua São Bento casa de Alceu Valença, ruas do Amparo e Bernardo Vieira de Melo (Artesanatos) Recife a tarde - 14:00 abrem as lojinhas e afins... Oficina Francisco Brennand, o Instituto Ricardo Brennand, Palácio do Campo das Princesas, Teatro de Santa Isabel, Palácio da Justiça, Liceu de Artes, Capela dourada, Mercados de São José, da Boa vista e Da Madalena, o Paço do Frevo, Marco Zero, Museu Cais do Sertão. As Galerias (nº 183 da Rua da Guia), Embaixada dos Bonecos Dia 1 Gigantes. Casa da Cultura em Santo Antônio. Rua Bom Jesus (Construções históricas), Embaixada dos Bonecos Gigantes. Praia de boa viagem e Caruaru. Dorme em Recife Dia 3 Segue cedinho para Porto de galinhas - Praia de Muro Alto, Maracaípe e a Praia do Cupe. Dia 4 dia todo em Porto de galinhas - Ipojuca - Dia 5 Cedinho segue para Praia de Carneiros - Almoça em Tamandaré - Ir para Maragogi (Dormir) Dia 6 Praia de Antunes - Ponta de mangue - dorme Maragogi Dia 7 segue cedinho para São Miguel dos Milagres - Porto de Pedras (Praia pataxó) e Japaratinga - dorme lá Dia 8 Cedinho sai de São Miguel e segue sentido Maceió - Barra de Camaragibe - Praia do Carro Quabrado Dia 9 Maceió Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca Dia 10 Praia do Gunga - Praia do Francês - Praia Ipiioca - Praia Paripueira Dia 11 Retorno pra casa - entregar o carro e pegar o vôo Gostaria de fazer a Foz do rio São Francisco saindo de Maceió, mas aí seria um dia inteiro... deixando de fazer alguma outra coisa... Me ajudem... hehe...
  14. Foram mais de 2.000 km, 4 estados, 7 cidades principais para pouso, 15 dias, mais de 3 mil fotos (ótimas fotos por sinal), muitas praias lindas, trocas de experiências, algumas (muitas) paradas em artesanatos, praias paradisíacas, muitos pães com mortadela, volto mais preta, mais pobre de dinheiro, mas com histórias para contar, recordações e transbordando de felicidade! Faço sempre meus controles, um pouco confusos, mas sempre dividindo por dois e quando considero mercado é pão, mortadela, vina, maionese e Nescau, rsrsrs Primeira parada é João Pessoa - PB chegada 23/06/2018 Alugamos um carro - R$650,00 dividido em duas pessoas, para retirada em Jampa e devolução em Maceió. Gasolina em João Pessoa - 75, 00 para cada. Hospedagem - R$113,35, ficamos através do airbnb, em Tambaú Brindes - R$29 Alimentação na feirinha - R$48,00 Totais de Jampa - Gasolina 50 / Jantar 19 / Lembranças 14 / Mercado 20 / Cerveja 36 e 14 = 25 / Mercado 16 = 152 ÷ 2 = 76,00 para cada um no primeiro dia. No segunda dia, os gastos foram - Lembrança 15 / gasolina 50 / passeio 50 areia vermelha / mercado 24 / forte 2 / mercado 16 / estacionamento 25 / gasolina 50, já separado por dois. Tem muita opção gastronômica, optamos por um rodízio de Pizza que custava R$ 20 (para mim isso é Barateza!!!) TOTAL GERAL JOÃO PESSOA - 266,00 Passeios realizados: Festa Campina Grande - bem legal, viagem MUITO cansativa, eu se fosse voltaria para posar, ñ tinha muito trânsito, até buscamos hospedagem, mas ñ deu certo, valores altíssimos. Praias Sul, são passeios que valem muito a pena, fácil de chegar de carro, achamos tudo muito tranquilo. Praias Norte, muito bonitas as praias mesmo, mas pegamos blitz no caminho, além disso vimos muitas, ou seja, beber e dirigir não!! A noite em João Pessoa, achei excelente, uma das melhores praias, feirinha (amo), comida boa e barata e me parece bem seguro na Orla. Recife - 26/06 Hospedagem - R$138,00 Brindes - 29,50 Alimentação - 70,00 Passeio - 22,00 Gasolina - 95 00 Estacionamento- 5,00 95 gasolina dividido / 16 brindes / Tapioca 16 / caldo de cana 4 / acaraje 10 20 guia / almoço 40 dois / cerveja 8 / brindes 12 / brinco 1,50 / entrada convento 2,00 / cerveja 10,00 / 10 Estacionamento Total - R$369,00 Jampa e Recife - 635,00 ÷ 5 = 127,00 Passeios Boa viagem, a feirinha acahamos excelente, praia bonita (mas ñ me arrisco para banho), Olinda, achei a cidadr estranha em um primeiro contato, os guias te cercam, mas francamente um me deu medo, hahahaha aí conhecemos um guia bem legal q nos levou em nosso carro alugado. Porto de galinhas 28/06 Hospedagem - R$80,00 Brindes - 44,00 Alimentação - 48,00 Mercado 18,00 / pedágio 7,30 / estacionamento 5,00 / caipiroska 10 / estacionamento 5,00 / caução 20,00 / 15 lanche com refri / Lembranças 44,00 / Carneiros sexta 50,00 / 15 comida / tictac 4 Mergulho 50 303,30 ÷ 2 = 151,65 Passeios Piscinas Naturais, fizemos mergulho de cilindro, eu particularmente não gosto, acho q lá estava muito mexido o mar, talvez melhor snorkel. Muro alto, foi a primeira praia, ficamos o dia todo lá, mas parece que não chega nunca, a maioria tudo propriedade particular, o segundo estacionamento é o mais barato, não pare no primeiro. Macaraipe, você pode fazera travessia de duas formas, uma delas entra em um terreno (o pessoal q cuida dos carros indica), escolhemos esse pois a maré estava bem alta, masbem tranquilo atravessar o rio, não pagamos jangada. (Tinha até crianças atravessando). Carneiros, fizemos com guia, mas noa arrependemos, você tem uma liberdade muito maior indo de carro, embora os estacionamentos sejam caros, mas a igrejinha é inesquecível!!! Porto de galinhas a noite é delicioso, ficamos próximo ao centro, tudo muito seguro e bonito, dá vontade de nem dormir e ficar no centrinho, nem q seja caminhando... Maragogi 01/07 Hospedagem - R$40,00 Brindes - 10,00 Alimentação - 22,50 Passeios Zoológico, fui em um zoológico interativo q possui na praia de Peroba, chegando em Maragogi ou dentro (sou péssima em localização) Piscinas Naturais, fizemos as piscinas na praia de Antunes, francamente eu fiquei ENCANTADA e babando pela praia. PARAÍSO. Antunes com toda certeza MELHOR PRAIA, mas a cidadede Maragogi nem nada tem estrutura... Com toda certeza voltaria!!!! 19 comida (tapioca, dog, refri), 10 copinho, 3,50 mercado / mercado 11,00 / kayak 50 /jantar 58,30 / balsa 15,00 / 50 gasolina / 50 lembranças 216,80 Maceió 02/07 Hospedagem - R$194,91 Brindes - 80,00 Alimentação - 82,30 Passeios São Miguel dos milagres, achei MARAVILHOSO, fizemos as piscinas naturais lá, super valeu a pena. Não concordo, mas o pessoal jogou salgadinho (fandangos) brotou mais peixes ainda, estava espetacular!!! Mas vale investir no pãozinho para a foto clássica alimentando os peixes. Patacho, achei a praia muito bonita, meio deserta, gosto de locais assim, sem muito movimento, aproveitamos a tarde, após as piscinas em São Miguel dos milagres. Praia francês, praia bem agitada, (aqui conseguimos valor mais barato para piscinas naturais, mas já tínhamos feito o passeio e a grana estava curta para mais um hahahaha), mas muito linda, vale a pena conhecer e ficar, principalmente se gosta de mais movimento. Gunga, achei extremamente comercial, começando pelo mirante (3,00), mas rende fotos espetaculares. Para entrar na praia paga valores diferentes para carro/moto, 67,30 mercado / 15 sorvete / 20 lembranças/ 10 lembranças/ 50 saída de praia / 25 entrada forró / 20 bebidas / 80 gasolina / 7,50 galinha / 50 lembranças/ 20 mercado / 15 Estacionamento/ 6 entrada mirante /12,50 lembranças/ coca 5 / 50 poscinas são miguel / jantar 48,63 / gasolina 20 Aracaju 05/07 Hospedagem - R$69,00 Brindes Alimentação Passeios São Francisco, fizemos o passeio que dura um dia inteiro, bem cansativo, mas vale a pena conhecer, queríamos ter feito outros, mas estávamos sem carro e é onde tem os passeios mais caros do Nordeste, tudo acima de 100,00 - nas outras cidades eram bem mais baratos...rsrs City tour, fizemos a orla a pé, foi bem gostoso e concordo é a orla mais Bonita do Brasil e achei super organizada, decorada. forró muito bom!!! Passagem 66 / uber 20,20 / Lembranças 20 / passeio são Francisco 115 / uber forró / acarajé e coca 20 / almoco 40 / aluguel carro = 650,00 Hosp = 635,26 Gasolina = 244,54 Estacionamento = 41,15 Passeios = 252,00 Mercado = 97,90 Lembranças = 309,00 Diversos = 239,63 Total = 2.469,48 1571 km 285 km Maceió até Aracaju 89 foz + 89 Total 2034 km insta @tqueel
  15. Opa, estou fazendo uma viagem para Maragogi em Dezembro. Irei chegar no aeroporto de Recife no dia 07/12; A maneira mais fácil para ir de Recife a Maragogi é com um transfer ou uber. E para não sair tão caro para mim, eu gostaria muito de dividir com algum grupo ou pessoas os valores, assim sairia barato para ambos. Alguém mais viajará nesta data?
  16. flay

    Recife

    Oi gente, vcs precisam conhecer o carnaval de olinda[}], gente é muito legal, principalmente para os solteiros e solteiras[)], muita gente bonita, quem puder se chegar vai chegando ok[d]
  17. 10 Porquês de Pernambuco Ser Tão Foda – Recife, Olinda, Nazaré da Mata, Itamaracá Introdução Olá, Meu nome é Lucas, meu parça é Marcelo. A última vez que escrevi um relato nesse site foi do mochilão em Cuba: http://www.mochileiros.com/cuba-mochilao-mulambo-ponta-ponta-havana-cienfuegos-trinidad-baracoa-santiago-cayo-guilhermo-vinales-t117960.html Naquele contexto éramos dois mulambos. As condições financeiras, tanto minha, quanto de Marcelo, melhoram muito desde então. Daí que essa trip pra Pernambuco não foi tãao rootzera quanto aquela pra Cuba. Pudemos viajar com mais conforto, se alimentar melhor e etc. Ainda assim, esse relato traz algumas dicas daquele que foi, disparado, O MELHOR CARNAVAL DE NOSSAS VIDAS. 10 Constatações: 1- É O MELHOR CARNAVAL DO MUNDO Simplesmente. Frevo, maracatu, afoxé, samba, marchas líricas, caboclinhos.... A lista de tradições carnavalescas de pernambuco parece não ter fim. Não tem nenhuma região no mundo que viva tão intensamente o carnaval. É uma energia incrível! É de arrepiar e faz a terra tremer. 2- ELES “BRINCAM” O CARNAVAL Brincar é comumente uma coisa associada a crianças, mas não para os pernambucanos. Crianças, adolescentes, adultos e senhores brincam o carnaval. Essa palavra maravilhosa: BRINCAR! Quem dera brincássemos mais, lamentaríamos menos. Vestiríamos mais cores e menos cinza. Mais urucum e menos gravata. 3- MEO DEOS DO CÉU OQ É O CARNAVAL DE NAZARÉ DA MATA? Essa talvez tenha sido o momento mais incrível da viagem. Pegamos um Uber e fomos pra essa cidade que fica a 1h30 de recife. Lá tem o maior encontro de maracatu de baque solto (maracatu rural) de Pernambuco. É muito difícil tentar usar palavras para descrever momentos que nos enchem os olhos só de lembrar. Meu amigo, minha amiga: NÃO DEIXE DE IR PARA NAZARÉ DA MATA! Os brincantes de todas cidades próximas vem para Nazaré pra esse grande encontro de maracatu. São senhores e senhoras que em grande parte trabalham no corte de cana-de-açúcar e que ralam o ano inteiro para que “um dia, afinal, tenham direito a uma alegria fugaz, uma ofegante epidemia, que se chama carnaval”. Enquanto os mestres fazem seus repentes, a cidade inteira escuta, compenetrada. Quando o mestre pausa, a banda retoma o baque e os caboclos de lança dão seu show. Incrivel. Fabuloso. Inesquecivel. Indescritivel. 4- DESFILAR POR UMA NAÇÃO DE MARACATU É MUITO MASSA Somos dois aficionados pelo maracatu de baque virado. Em São Paulo participamos das oficinas do Bloco de Pedra aos sábados (todas/os convidadas/os). Por aqui cantamos e tocamos as loas das nações do maracatu de Recife. Pois que se não admirá-las ao vivo foi muito emocionante. Como se não bastasse fomos convidados para desfilar pelas nações do maracatu Encanto do Pina e Porto Rico. Para coroar, Porto Rico se sagrou campeã do carnaval 2017. Demais! 5- FOI ÓTIMO FICAR NO BAIRRO DO PINA As duas nações de maracatu pelas quais desfilamos ficam no bairro do Pina. Mais precisamente na favela do Bode. Ficar nesse bairro nos facilitou para estarmos próximos das nações. Foi muito bacana conhecer a história e a reverência que os batuqueiros de recife têm pelos orixás, pelos ancestrais, pela história do maracatu, pelos reis, rainhas e mestres de suas nações. O Pina também é um bairro que tem acesso fácil para o recife antigo, em que tem os festejos tudo. Além disso é perto do shopping Riomar que dá bastante opção pra comer. E, por não ser uma região muito valorizada, o aluguel da casa ficou relativamente barato. É uma boa pedida. 6- HÁ GRANDE RIVALIDADE ENTRE AS NAÇÕES DE MARACATU Esteja atento para não cantarolar, inadvertidamente, uma toada do Estrela Brilhante quando você estiver em um ônibus do Porto Rico. Sim, eu fiz isso. Bem, me perdoaram, mas não curtiram não. O baguio é Corinthians x Palmeiras. Não brinque com isso. 7- O IDIOMA SERÁ NORDESTINENSE To até agora procurando no google: “como me livrar do sotaque recifense” É um jeito muito gostoso de falar Um diálogo convencional faz parecer um eterno recital de poesia. Caso um dia o nordeste se torne independente, realizando o sonho de Bráulio Tavares, o idioma será nordestinense, a bandeira de renda cearense e “Asa Branca" será o hino nacional. 8- BEBA AXÉ É uma cachacinha com canela, mel e mais umas ervas misteriosas que os rastafári vendem no carnaval. Não tenha medo de beber. É gostoso e dá um barato 9- NOITE DOS TAMBORES SILECIOSOS É MUITO EMOCIONANTE pqp chorei demais vei Não vou estragar a surpresa do que rola, mas pelamor não deixe de ir. É na segunda feira de carnaval #descubra 10- NÃO PERCA O GRUPO BONGAR NA COMUNIDADE XAMBÁ O grupo Bongar é o mais famoso grupo de coco do Brasil Se vc nunca sentiu a energia dos cara dá uma chegada nesse vídeo: Eles são provenientes da favela Xambá em Olinda e todo carnaval se apresentam num palco instalado lá. O trabalho que eles desenvolvem lá vai muito além da música e da dança. É todo um trabalho de desenvolvimento social, aliado a preservação do patrimônio cultural. Trabalho com crianças e tudo mais. Bem bacana. Vale demais conferir. Ocorre na quarta feira de cinzas. Day by Day *Os gastos mencionados são relativos a uma pessoa. *Os uber dividíamos em dois, salvo nas viagens para Nazaré da Mata e pras praias, que dividimos em quatro. Então qd vc ler “uber.. R$ 12” é pq o preço total da viagem é R$24. *Ida e volta de avião: R$ 900, de Avianca. *Alugamos uma casa com amigos, deu R$ 270 por dez dias. *R$ 250 com alimentação e outros R$ 300 entre cervejas, uber e passeios. *custo total: R$ 1820/pessoa – 11 dias Dia 1: CHEGADA – 22.02 “volteeeei recifee” Mentira. Não voltei pq nunca tinha ido. Mas já vai se acostumando com essa música pq ela vai tocar móinto em seu carnaval Ao chegar no aeroporto já fomos recebidos com caipirinha de Pitú e frevo. (emoji) Deixamos as malas na casa e saímos para um rolê no Recife Antigo chamado “Tambores de Ogum” Já deu pra sentir o gostinho Teve Afoxé, teve maracatu de baque virado e muita cerveja. uber do aeroporto até o bairro do pina: R$13 uber do pina ao recife antigo e volta: R$12 “três latão é dez”: R$20 Dia 2: TURISTAS + CABOCLINHOS + BAQUE MULHER – 23.02 Dia de caminhada para conhecer a cidade. O Paço do Frevo - Durante muitas décadas, o carnaval de recife e Olinda eram o frevo e o frevo era o carnaval. O “fervo”... A sombrinha que hoje usamos para dançar o frevo é apenas uma metáfora dos verdadeiros guarda-chuvas com os quais se dançava em outros tempos. O frevo nasceu da capoeira, até então proibida, e o guarda-chuva era uma verdadeira ferramenta de luta disfarçada. No Paço do Frevo você vê as fotografias, estandartes e relatos que trazem toda essa história. Além disso dê um bizoi na programação de lá porque sempre tem umas apresentações de frevo e musica erudita. Casa de Cultura – é um presídio abandonado que se tornou pólo de artesanato. É interessante brisar na arquitetura do local, as lojinhas são mais ou meno. Casa dos bonecos gigantes – a gente se divertiu pacas com os bonecos. Mas é um pico estilo “madame trousseau”, saca? Um role meio pra gringo ver. Se vc tiver com pouca grana dexa no gelo. É um espaço pequeno, com cerca de 100 bonecos gigantes das mais diferentes áreas – política, artes, folclore e etc.. Teatro Mamulengos – esse é mais interessante, mas é o mesmo estilo do anterior. É legal, mas só se vc tiver tranquilo de tempo e grana. É pequeno, mas tem representações de figuras clássicas do carnaval de Pernambuco – como a dama de passo, o caboclo de lança e etc. De noite fomos pra recife antigo porque tava tendo encontro de caboclinhos Caboclinhos é uma dança folclórica em que índios e grupos fantasiados de índios, com cocares, adornos de pena, colares, representam cenas de caça e combate. Foi muito massa. Durante o carnaval vêm grupos do estado inteiro para recife apresentar suas danças. Depois disso acompanhamos o “Baque Mulher”, um grupo de maracatu formado apenas por mulheres e que mandam benzão. Começou a chover forte e enquanto todos se abrigavam, eu e Marcelo jogávamos capoeira na chuva. uber do pina ao recife antigo: R$6 Paço do Frevo – R$ 4 (a meia) Casa de Cultura – regata R$ 10 Casa dos bonecos gigantes - R$ 10 Teatro Mamulengos - R$ 10 “três latão é dez”: R$20 Dia 3: COMEÇOU – 24.02 Nesse dia conhecemos as duas nações de maracatu do bairro do Pina e providenciamos todos os preparativos para o desfile de domingo. De noite no marco zero teve a abertura oficial do carnaval 2017, com mais de 600 batuqueiros de 13 nações de maracatu de baque virado. O homenageado foi Naná Vasconcelos que faleceu em 2016. Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador de oito prêmios Grammy (brasileiro com mais prêmio Grammy). Só. Olha o que esse homem e vê se ele não merece 600 batuqueiros: Lenine e Virgínia Rodrigues, acompanhados do Coral Voz Nagô, deram um show e a abertura do carnaval ficou tão grandiosa que mais parecia a noite da virada de ano. uber do pina ao recife antigo e volta: R$12 “três latão é dez”: R$30 Axé: R$ 10 Dia 4: OLINDA– 25.02 Enfim, o carnaval de Olinda. Muito frevo, muita ladeira, muita cerveja. Chegamos as 15h e saímos de madrugada. Muitos nos deram a dica de fugir pra Olinda durante o Galo da Madrugada em Recife. Isso porque Olinda fica intimista enquanto recife fica tumultuado demais. Seguimos a recomendação e não nos arrependemos. Vimos o Homem da Meia Noite, que é bastante tradicional e dançamos um forrózim de uma banda familiar. uber do pina e a Olinda e volta: R$24 “três latão é dez”: R$30 Caipirinha de pitu: R$ 8 Dia 5: DESFILE– 26.02 Passamos o dia ajudando às nações de maracatu do Pina a se preparar para o desfile da noite. Pela noite vestimos as fantasia e saímos pela passarela. Foi mágico. Nesse dia também foi muito emocionante assistir, dançar e cantar enquanto desfilavam outras nações como Estrela Brilhante de Recife, Leão da Cambinda e Aurora Africana. Ainda deu tempo pra dançar um forrózinho com a dupla Caju e Castanha. uber do pina ao recife antigo e volta: R$12 “três latão é dez”: R$30 Dia 6: NAZARÉ DA MATA + TAMBORES SILENCIOSOS – 27.02 Esse dia foi louco. Já contei como foi nos itens 3 e 10 das constatações. uber do pina a Nazaré da Mata: R$40 (total R$ 160) ônibus de Nazaré da Mata a recife antigo: R$ 11 “três latão é dez”: R$30 Dia 7: SHOWS – 28.02 Dormimos a tarde toda pq a viagem até aqui foi realmente muito intensa No fim da tarde fomos pro marco zero. Desfile das campeãs do carnaval de 2016: Sóbrios Show do Geraldo Azevedo: Altos Show do Lenine: Beubos Show da Elba Ramalho: Dormindo de boca aberta na cabine de uma pick-up estacionada na rua. uber do pina ao recife antigo e volta: R$12 “três latão é dez”: R$30 Axé: R$ 20 Ganjah: R$ 10 Dia 8: XAMBÁ – 01.03 Esse dia eu também já contei no item 10. uber do pina ao xambá: R$24 “três latão é dez”: R$30 Axé: R$ 15 Dia 9: COROA DO AVIÃO + PRAIA DO SOSSEGO + FESTA NA NAÇÃO – 02.03 Visitamos pouquíssimas praias nessa viagem. Mas, também, com o carnaval batendo forte em Recife, quem quer saber de praia? Quero voltar pra Pernambuco pra conhecer Porto de Galinhas, Carneiros e Cabo de Santo Agostinho. Conversamos com um motorista de Uber que fechou o dia pra nos levar a conhecer dois tesourosna ilha de Itamaracá. A praia do forte Orange é uma praia belíssima com uma relativa estrutura pra receber turistas. O destaque dessa praia é mesmo as ruínas de um forte construído pelos holandeses na época da colonização. Depois disso nosso motorista nos levou a Praia do Sossego que é uma praia quase deserta. Lindissima. Conhecemos o “mozão” e a “mozona” que mantém um barzinho lá e choramos de rir com as histórias deles. Voltando de lá recebemos a notícia de que Porto Rico tinha sido campeã. Fomos pra sede da nação, tava tendo open de cerveja. Bebemos, dançamos e bebemos mais ainda. Selok Pina às praias e volta – R$ 40 (R$ 160 no total) Dia 10: CINEMA SÃO LUIZ + BARES DA AURORA – 03.03 O cinema de Recife é muito foda. Pra quem ainda não manja, aí vai algumas recomendações: - Boi Neon, Amarelo Manga, A Febre do Rato, o Som ao Redor e Tatuagem. O cinema São Luiz é tradicionalzão em Recife, tombado como monumento histórico e tudo mais. Assistir um filme pernambucano (Redemoinho) naquele lugar foi muito massa. Depois fomos beber nos famosos bares da Aurora onde os “alternativos” da cidade se reúnem (Rua Mamede Simões). uber do bairro do pina até o são luiz: R$8 Heinekens: R$ 40 Dia 11: ATÉ BREVE – 04.03 uber do bairro do pina até o aeroporto: R$13 CONCLUSÃO Marcelo: Às vezes nós que moramos em outros Estados e regiões temos um contato muito distante com a cultura popular e o que esta representa. Quando a nós chega algo que faça referencia a ela logo caricaturamos e pensamos aquilo como algo pitoresco e folclórico, algo que ficou no passado e nada tem a ver com nossa vida. Porém quando pisar em Pernambuco propomos que você esteja disposto a romper com essa visão e mergulhar em toda a beleza e cor, infância e calor, todo sabor e grandiosidade desta cultura. Lá você irá se compreender e enxergar suas raízes e perceber que toda essa herança permanece até os dias de hoje! Vai se apaixonar pelo movimento sincero da dança dos caboclinhos, pelo baque forte dos batuqueiros de Maracatu, pela leveza e frenesi dos passos do frevo, pela expressão sincera e majestosamente colorida e bela dos Maracatu Rural, do sorriso negro estampado nas faces de cada pessoa do afoxé, pela alma sertaneja em cada nota tocada em uma rabeca, sanfona, triangulo e zabumba, pela alegria sincera dos blocos líricos. Com certeza depois desta experiência temos o desejo sincero de gritar para o mundo inteiro ouvir o quanto nos orgulhamos do nosso povo e o quanto hoje fazemos de nossas vidas também uma busca por conservar e espalhar as belezas que tanto são marginalizadas! O nome dos poetas populares. (Antônio Vieira) A nossa poesia é uma só Eu não vejo razão pra separar Todo o conhecimento que está cá Foi trazido dentro de um só mocó E ao chegar aqui abriram o nó E foi como se ela saísse do ovo A poesia recebeu sangue novo Elementos deveras salutares Os nomes dos poetas populares Deveriam estar na boca do povo Os livros que vieram para cá O Lunário e a Missão Abreviada A donzela Teodora e a fábula Obrigaram o sertão a estudar De repente começaram a rimar A criar um sistema todo novo O diabo deixou de ser um estorvo E o boi ocupou outros lugares Os nomes dos poetas populares Deveriam estar na boca do povo No contexto de uma sala de aula Não estarem esses nomes me dá pena A escola devia ensinar Pro aluno não me achar um bobo Sem saber que os nomes que eu louvo São vates de muitas qualidades O aluno devia bater palma Saber de cada um o nome todo Se sentir satisfeito e orgulhoso E falar deles para os de menor idade O nomes dos poetas populares. Lucas e Marcelo Lucas: (11) 993380033 https://www.facebook.com/Lukasmauro10?ref=bookmarks Marcelo: (11) 98899-2391https://www.facebook.com/marcelo.guglielmi?fref=ts
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