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  1. Buenas galera! Me mudei pra Bolívia pra fazer intercâmbio de graduação. Tudo bem que é um fórum de mochileiros, mas bom, minha intenção é que minha viagem tenha mais essa dinâmica do que qualquer outra coisa. To morando aqui há dois meses e quero tentar escrever uns relatos regulares de como tá sendo ficar por aquí. Pretendo viajar bastante até dezembro, quando acaba o intercâmbio, e entre o natal e a metade de fevereiro quero dar um rolê mochileando por onde não pude conhecer até então na Bolívia e depois entrar no Peru. Cheguei aquí duas semanas antes de iniciarem as aulas, então a ideia era mochilear um pouco por Santa Cruz de la Sierra. Meu plano era ficar 5 dias em um couchsurfing conhecendo a cidade e vir pra Cochabamba com uma semana livre pra conhecer um pouco e fazer meus trâmites de visto e inscrições na universidade e tudo mais. Desembarquei em Santa Cruz na quinta dia 11 de agosto. Uma sensação maravilhosa pra mim é chegar num lugar completamente desconhecido, absolutamente sozinha, e me sentir completamente segura do que eu to fazendo mesmo que não tenha a menor ideia de pra onde to indo. Encontrei o trufi que me levava pro centro, no centro encontrei o outro trufi que me levava pra casa do meu hospedeiro e me fui, andando pros lados sem saber se tava indo certo mas sempre com a confiança de que ia chegar. E, claro, com o mapa da cidade baixado no google maps porque algumas coisas aprendi nas minhas primeiras viagens. Chegando lá, o que eram pra ser cinco dias se tornaram só dois. Ainda no Brasil, comecei a conversar com um boliviano que no semestre anterior tava na minha universidade. Ele me disse que no domingo dia 13 de agosto (2023) começava a festividad de la Virgen de Urkupiña, uma das maiores festas religiosas que tem por aqui, na cidade de Quillacollo, pertinho de Cochabamba. Decidi mudar meus planos e ir logo pra Cocha porque não podia perder uma festa tradicional já nos meus primeiros dias no país. Além disso, tive uma experiência desconfortável no Couchsurfing... Não estava me sentindo segura, o que foi uma merda porque botava muita fé na segurança dos relatos encontrados na plataforma e já tinha passado ótimas experiências em Buenos Aires. Sou meio trouxa e tenho dificuldade de me livrar de situações desconfortáveis (algo que preciso muito aprender viajando sozinha), então dei graças a todos os deuses andinos por ter uma boa desculpa pra ir embora. Assim me fui no sábado de manhã cedinho pra Cochabamba, depois de um dia em Santa Cruz. A festa em Quillacollo começava no domingo mas combinei com meu amigo de ir só na segunda, porque a viagem de Santa Cruz é longa e precisava de um dia pra descansar. Um pouquinho sobre a viagem, são 12 horas de ônibus. Escolhi viajar de manhã cedinho, pra poder ir todo o trajeto mirando a paisagem. Estudo biologia e sou botânica, então pra mim foi a coisa mais linda do mundo, ainda mais depois de ter passado meu único dia em Santa Cruz no Jardim Botânico me encantando com a vegetação boliviana. Posso contar essas partes outra hora também, enfim. Bueno, agora sobre a Virgem. A Festividad de la Virgen de Urkupiña dura quatro dias, rolou de domingo 12 até quarta dia 15, o dia oficial da Virgem quando tem a missa e tal. O que meu amigo me contou é que no primeiro dia é tipo uma abertura com uma missa na igreja no centro de Quillacollo; o segundo dia (que fui) é o mais legal (isso nas palavras dele hehe mas devo concordar) porque tem desfile das danças típicas durante todo o dia, até de madrugada; no terceiro dia tem o calvário até o santuário que fica meio afastado da cidade, quando todo mundo se encontra em Cochabamba e vai caminhando até lá (são uns 15km); e o quarto dia, com a missa no santuário da Virgem e o início das alasitas. Bueno, fui na segunda e foi simplesmente a melhor coisa que podia ver pra iniciar meu tempo na Bolívia. Estava com meu amigo, nativo boliviano, que conhecia todas as danças, seus significados e simbologias, um pouco da história, um pouco de kechua, sabia inclusive dançar por causa do colégio, onde ensinam as tradições aos bolivianinhos. Ficamos 5 horas sentados olhando aquela gente dançando na rua, um percurso de uns 4km até a entrada da igreja no centro da cidade. Eu não parava de sorrir um segundo, tava tão animada vendo aquelas danças lindas, roupas coloridas e maravilhosas, os músicos tocando, bailarines bailando, os brilhos, fogos, tambores, trompetes, flautas, maracas, tudo maravilhoso. Conheci as seguintes danças nesse dia: caporal, tinkus, tobas, pujllay, waca, diablada, morenada e kullawada. Beem resumidamente, caporal é uma dança bem luxuosa com roupas brilhantes e tal e tem a ver em sua história com o poder dos donos de escravos; tinkus é uma representação de peleias camponesas; tobas é um baile que veio das florestas dos yungas, tem os personagens com arcos e flechas e também velhos pulando como em uma representação de luta pra expulsar os colonizadores; pujllay eles usam sandálias que fazem barulhos ao caminhar ritmadamente enquanto tocam tambores e zampoñas; waca não sei direito a história mas tem gente vestida de vacas; diablada é sobre os arcanjos guiando os demônios pra não deixar eles invadirem a terra, tem alguns anjos brancos no início e no final e um monte de representações maléficas tipo os monstros, os ursos e as mulheres de máscaras e chifres; a morenada é a representação dos trabalhadores das minas e uma sátira com os senhores; e a kullawada sinceramente não lembro kkkk. Tudo lindo maravilhoso. Também comentei das alasitas. A moral da Virgem de Urkupiña é que tu ofereça uma pedra pra ela (que se quebra lá mesmo no santuário do chão) e peça o que tu quer, e aí na Feria de las Alasitas tu compra uma miniatura relacionada com o teu desejo e guarda ela contigo até a próxima festa da virgem, quando volta lá pra agradecer. Explico as miniaturas: são simplesmente miniaturas de tudo que tu possa imaginas, uma feira de uma rua inteira vendendo diplominhas, carrinhos, casinhas, comidinhas, ferramentinhas, joguinhos, dinheirinhos, pessoas se casandinho, sério, de tudo tudo tudo que se pode imaginar. Vendem também pratos com mini comidas, tipo umas batatinhas bem pequenas com pedacinhos de carne, cenourinhas, tudo muito muito lindo. Essa feira começa durante a festa e fica lá até umas duas semanas depois. Bueno, esse foi o início do meu rolê. Quero escrever em breve sobre como é ser vegetariano na Bolívia, algo que procurei bastante antes de viajar e não encontrei, e também sobre outros lugares que to podendo conhecer aqui. Sobre os perrengues também, sempre importante compartilhar. E um pouco também de como é ser uma quase bióloga botânica pirando na vegetação e formações geológicas daqui, porque é sempre lindo incentivar as pessoas a ver a beleza das coisas que tantas vezes não miramos. Se der pra editar o post depois agrego umas fotos, agora tô sem elas aqui agora Que les vayan bien!
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