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  1. Motociclistas e Mochileiros, Beleza? Depois de muito utilizar o Mochileiros.com para me auxiliar nas trips pelo mundo, chegou a hora de retribuir e escrever meu primeiro relato por aqui 👏. Em 26/12, eu e minha noiva embarcamos na nossa primeira viagem de moto mais longa. Já fizemos algumas viagens e mochilões pela Europa e América do Sul e também algumas viagens curtas de moto, mas essa foi nossa primeira ridetrip de média duração (total de 12 dias e 3.724km). Para começar, escolhemos o Uruguai, país que muito nos agrada, já conhecíamos, e que fica razoavelmente perto de Curitiba, nossa cidade de partida. Fomos com um BMW F800GS Adventure que dispensa comentários. Moto perfeita para ridetrips. Nosso roteiro foi o seguinte: (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada) 26/12: saída de Curitiba/PR com pernoite em Porto Alegre/RS 27/12: Dia livre em Porto Alegre/RS 28/12: Saída para Punta del Diablo/UY 29, 30 e 31/12: Dias livres em Punta del Diablo/UY 01/01: Saída para Piriápolis/UY 02/01: Dia livre em Piriápolis/UY 03/01: Saída para Colônia do Sacramento/UY com passagem para almoço em Montevideo/UY. 04/01: Dia livre em Colônia do Sacramento/UY 05/01: Saída de Colônia do Sacramento/UY com pernoite em Santa Maria/RS 06/01: Retorno para Curitiba/PR com passagem por Bento Gonçalves/RS ----- PREPARAÇÃO ----- Antes de começar as informações dos trechos, aqui vão algumas informações iniciais do planejamento. Como já conhecia vários dos lugares que passamos, em um mochilão feito em 2016, já tinha uma ideia de como eram os locais e as necessidades de hospedagem, dinheiro, câmbio etc. Optamos por fazer as reservas de hostel antecipadamente, porque época de final de ano, sobretudo em Punta del Diablo e Colônia que ficam muito cheias, principalmente de turistas brasileiros. Com a moto, como ela está bem cuidada, fiz apenas uma revisão preventiva, troca de óleo, filtro e pastilha traseira. Para quem for de Curitiba, recomendo a Touring Motos, adiante do Parque Barigui. Pneu traseiro estava praticamente novo. Pneus dianteiro já estava meia vida, mas resolvi encarar (talvez uma decisão errada rsrsrs). Estamos sem top case e bauletos laterais. Utilizamos uma soft bag da BMW de 65 litros emprestada de um tio meu e, para evitar problemas com espaço, comprei um saco estanque da Guepardo de 20 litros. Só 55 reais na Canyon Adventure, em Curitiba, e coube um monte de coisa. O saco era preso sobre a soft bag com extensor. Não tivemos problemas. Levei apenas o kit de ferramentas da moto e um frasco de spray Motul para lubrificar a corrente. Nada mais, nem kit de reparo de pneu. No Uruguai tem bastante auxílio, caso fosse necessário. Emiti a carta verde pelo site da Porto Seguro, inclusive imprimi em papel verde como havia recomendando alguns blogs. Achei exagerado, mas preferi evitar problemas. Fomos com passaporte, mesmo sendo permitido entrar com RG. Tenho pra mim que o único documento internacional é o passaporte, então preferível sempre estar com ele fora do país. Aqui foi uma vantagem. Na fronteira do Chuy, a agente de imigração disse que com passaporte tudo fica mais fácil e rápido e não precisa preencher aqueles formulários de imigração. Ponto pro passaporte rsrsrs! O planejamento não teve nada de especial. Apenas criei uma planilha com o roteiro, distância entre as cidades, descrição de pontos de referência para orientar na estrada (viajamos sem GPS) e tempo, conforme o Google Maps, entre os destinos. Dia 1 (26/12) – Curitiba a Porto Alegre – 744km No dia anterior já prendi a soft bag na moto e o saco estanque, assim economizava tempo para a partida. Pneus calibrados e tanque cheio. Às 6:00 saímos de Curitiba com destino a Porto Alegre. Fomos pela BR-101 a qual conheço bem até a região de Laguna/SC. Depois era tudo novidade. Neste trecho tem pagamento de pedágio, não é caro, até chegar no RS. Estrada boa, mas bem movimentada. Evite abastecer próximo a Balneário Camboriú e Florianópolis, o preço vai lá em cima nessas regiões. Depois de Laguna a estrada continua boa, só um vento lateral na região da ponte de Laguna, muito bonita por sinal, que assustou um pouco. Em Osório/RS, pegamos a famosa freeway. Que monotonia rsrs. 90 km de quase uma reta infinita, sem subidas ou decida, sem posto, sem nada. E pior, estava um solzão de 34 graus marcando no painel da moto. Os quilômetros não passavam kkk. Chegamos em Porto Alegre por volta das 15h30. Viagem bem tranquila. Ficamos no Intercity Cidade Baixa. Peguei uma promoção no booking.com e o hotel saiu por um preço muito bom. Chegamos lá e o queixo caiu. Que baita hotel. Banho para recuperar as energias e fomos conhecer Porto Alegre (POA). Cidade agradável, bastante construções antigas e um pouco mal cuidadas. Mas o saldo foi positivo. Dia 2 (27/12) – Dia livre em POA – 0km de moto, muitos km’s a pé. Dia livre para conhecer POA. Visitamos o centro, Palácio Piratini (recomendo entrar e fazer a visita guiada - gratuito), Mercado Central, Hotel Majestic (casa do poeta Mario Quintana) e várias feiras de rua. Porto Alegre, embora um pouco mal cuidada, nos impressionou muito. Gostamos de lá. Próximo ao fim do dia fomos ao Gasômetro para ver o pôr do sol. Que lugar bonito e vibe legal. Vale a pena tirar uns minutos para relaxar e apreciar o visual. À noite, voltando para o hotel, paramos para comer em um lugar chamado Butcher Burger. Que surpresa boa. Lanche e lugar muito bom. Fica a dica. Dia 3 (28/12) – Porto Alegre a Punta del Diablo – 563km Saímos cedo, não tanto como queríamos, pois o café da manhã do hotel começava apenas as 6 horas, com destino a Punta del Diablo, Uruguai. A saída de POA foi um pouco complicada, bastante trânsito e mesmo com a ajuda do GPS do celular acabamos errando algumas saídas. Chegamos até a entrar errado na rodoviária da cidade (no lugar exclusivo de ônibus – que cagada 😆), mas depois de quase 1 hora conseguimos sair da cidade e rumamos sentido Pelotas. Estradas boas e pedágio gratuito para moto. Em Pelotas seguimos pela RSC-741, sentido Rio Grande e depois sentido Chuí. Aqui uma dica: a estrada que leva até a fronteira do Chuí é um retão de 100 km sem posto de gasolina. Bom ficar atento com o abastecimento do veículo. Fomos achar posto só perto de Santa Vitória do Palmar. Na fronteira com do Chuí, antes de ir para a imigração, paramos trocar alguns reais. A cotação estava boa. Pelo que me lembro, algo em torno de 8 pesos uruguaios por real. Dinheiro trocado, fomos para a fronteira fazer a imigração. Preenchemos aqueles formulários de entrada, porém quando chegamos no guichê a funcionária nos informou que como estávamos com passaporte não era necessário. Fila um tanto quanto grande para a fronteira. Era por volta das 14 horas. Imigração feita, seguimos para Punta del Diablo. Estrada uruguaia muito boa e, nesses primeiros quilômetros, cuidando com os limites de velocidade, pois ainda não sabia como era o controle por lá. Fato curioso: poucos quilômetros após a fronteira tem uma pista de pouso de aviões médios no meio da rodovia. É bem curioso, você passa sobre aquelas marcações na pista de pouso, além da largura da pista que chama a atenção. Por volta das 15h30 chegamos no nosso hostel em Punta del Diablo, Giramundos. Lugar bacana, vibe boa e preço bom. Recomendo. Check-in feito, fomos dar um pulo na praia de Punta. Primeiro a Playa de la Viuda, bonita mas a visitada no dia seguinte era mais. À noite uma cerveja e milanesa num lugar que não lembro o nome e estava muito bom. A conta ficou em torno de 1.100 pesos (cerveja grande e duas milanesas que também são grandes). Dica: pagar com cartão de crédito para receber a isenção do imposto. Atualmente está em 22%. Vale muito a pena. Dias 4, 5 e 6 (29, 30, 31/12) – Dias livres em Punta del Diablo Tiramos esses dias para descansar e aproveitar Punta del Diablo e região. Dia 29 tiramos para aproveitar a praia, dessa vez a Playa de los Pescadores, bem bonita, cheia e agradável. Nada como descansar e ler um livro na areia. Aproveitamos que tínhamos cozinha em nossa cabana e compramos um peixe fresco direto dos pescadores para o almoço. Que delícia 😋. Dia 30 aproveitamos para voltar até a fronteira do Chuí para comprar algumas coisas no duty free e abastecer a moto no lado brasileiro. São apenas 60 km de Punta até a fronteira. Então valeu a pena voltar para abastecer lá. Os preços do duty free do Chuy uruguaio são bem bacanas. Vale a pena dar uma olhada. Aproveitamos para trocar mais um pouco de dinheiro. Desta vez em um supermercado mesmo. A melhor cotação da viagem. Pedi indicação de casa de câmbio e o atendente se dispôs a fazer o câmbio para mim. Foi quase 9 pesos por real. Voltamos para Punta, passeamos um pouco mais na praia e a noite voltamos ao centrinho para comer algo. Aproveitando para falar de Punta. O centrinho do balneário, especialmente por ser final de ano, é bem agitado e cheio. Muitos carros, motos, vans e motorhomes do Brasil e da Argentina. Várias opções de restaurantes e bastante mercadinhos pela cidade. No horário de almoço e, principalmente, perto do horário de fechar (cerca de 20h30) sempre ficavam cheios. O preço é mais alto que o habitual. Dia 31, virada de ano, aproveitamos para ir conhecer a Fortaleza de Santa Tereza. Fica cerca de 15 km de Punta e vale a pena a visita. A Fortaleza ainda é uma instalação militar e funciona como um pequeno museu. Vale a pena a visita. O Parque Nacional de Santa Tereza tem praias bem bonitas e muita gente acampando nessa época do ano. Na volta de Santa Teresa para Punta, paramos em um mercadinho e compramos um bom bife ancho uruguaio. Vamos aproveitar a cozinha que temos 🤪. 400 pesos por dois bons pedaços de carne e batatas. O almoço estava garantido. Ahhh a carne uruguaia. À noite, começos um peixe fresco feito na cabana do hostel mesmo e por volta da 22h00 descemos para a praia para quem sabe ver um queima de fogos. Olha ... surpreendeu. Teve uma boa queima de fogos. Bastante gente na areia e no centrinho confraternizando. CONTINUA ...
  2. Conseguimos promoção de milhas para o Uruguai para passar os 4 dias de Natal. Já visitamos o pais outras vezes, passamos um réveillon por lá. De modo que dessa vez a ideia era explorar novas regiões, sair do trio MVD-Punta-Colônia. A escolha foi percorrer o litoral uruguaio, trajeto a que os gaúchos viajantes devem estar até acostumados. Não era nosso foco curtir praia (sol, mar, etc.), era mais conhecer os lugares e curtir a vibe local. Seria também uma viagem muito rodoviária, quicando de lugar em lugar. A ideia dessa vez era alugar carro e percorrer o litoral. Disparar até Punta del Diablo e vir descendo de volta. Em princípio a ideia era não reservar acomodação e deixar rolar. Depois vi que isso seria má ideia, visto que é alta temporada. Risco de ter de ficar fazendo turismo hoteleiro (percorrendo pousadas e hotéis) e pagar mais caro. Optei por reservar antecipadamente, mas fiz isso somente a um mês da viagem. Foi difícil, e relativamente caro, acabamos pagando entre 50 e 65 USD pelas diárias. Nossa ida era na 6ª de noite, via São Paulo. Conexão era curta. De modo que, não de todo inesperado, o voo atrasou e fomos convidados a remarcar nosso voo. Fomos lá remarcar. Felizmente havia um direto saindo no dia seguinte de manhã. Havia somente duas pessoas na nossa frente, mas ainda assim levou mais de uma hora para resolver. Dentre outros motivos, porque pessoas furavam a fila -- e eram prontamente atendidas. Enfim, depois de algum stress, resolvido. (e o voo para Montevidéu atrasou mais do que o do Rio para São Paulo, ou seja, haveria tempo – mas sei que não se trabalha dessa forma) Chegamos no fim da manhã em Montevidéu, pegamos o carro e partimos. Pegamos algum trânsito, mas fomos numa boa. Pegamos sol, chuva, neblina e tudo o mais. E chegamos ao nosso primeiro destino, já no meio da tarde, a Fortaleza de Santa Teresa. Muito bacana, bem cuidada, bonita e organizada. Curtimos um tempo por lá. A Fortaleza fica pertinho de Punta del Diablo, nosso destino seguinte e ponto de parada. Dias antes conseguimos reservar uma pousada bem no centro (havíamos reservado uma anterior um pouco afastada – a mudança foi ótima!), e com alguma vista do mar. Delícia de lugar. Largamos as coisas e fomos curtir a vibe dessa outra Punta. O centrinho de Punta del Diablo é mais roots, é de rua de terra, pousadinhas e lojinhas, pescadores e peixarias, bares e restaurantes. Tem farol, tem pedras, areia e mar. Curtimos o clima relax do local. Compramos um vinho para curtir o entardecer na nossa varandinha com vista para o mar. O sol cai e o frio vem. Ao menos naquele dia. Tive de usar casaco pra sair e andar de noite, o vento era bem frio. Em pleno dezembro antes do Natal. E a lua estava cheia. Passeamos, jantamos, bebemos, curtimos, e fomos dormir. Tinha gente nas ruas, mas não muita. Talvez o frio espantasse, talvez a temporada. Talvez seja assim mesmo (são Puntas diferentes!). Gostamos. Domingo acordamos com uma ressaquinha das misturas da noite anterior, acabamos saindo um pouco mais tarde que o previsto. Talvez fôssemos no Parque que tem logo ao lado, mas decidimos partir direto para conhecer Cabo Polônio. Fazia um dia de céu estalando de azul. Consta que as jardineiras que transportam as pessoas do estacionamento até Cabo Polônio saem a cada hora e meia. Mas era verão e alta temporada, estavam saindo em série. Chegamos em cima da hora, mas houve tempo tranquilo. A jardineira saiu cheia, e logo já vinha outra. O estacionamento estava cheio também. Cabo Polônio tem também uma vibe diferente. Um pouco na linha de Punta del Diablo, mas com o diferencial de ser mais isolado. Só se anda a pé, na terra ou na areia. As construções são esparsas, uma aqui, outra ali. No centrinho elas estão mais próximas. Tudo muito roots. Curtimos o farol, e a caminhada até lá já é muito visual. Depois andamos pelas praias. Primeiro para um lado, o mais pobrezinho, ou o mais hippie. Fomos pela praia, voltamos por dentro, desviando dos charcos, poças e tudo o mais. E curtindo as casinhas que encontrávamos aqui e acolá. Imaginando como deve ser viver ali, ainda que algumas sejam pousadas e outras pareçam destinadas a temporadas. De volta ao centro, fomos conhecer o lado mais rico de Cabo, a outra praia (a rigor é a praia por onde passa a jardineira no trajeto de ida/volta). Foi a água mais clarinha que vimos na viagem, piscininha mesmo. Subindo pelo morro, fomos explorar os visuais dos penhascos e, de quebra, as casas – também esparsas, mas muito mais abastada que as do outro lado. Ali é região da elite local. Salvo engano, é a que chamam de Praia do Sul. Em ambas as praias vimos lobos marinhos mortos na areia. De tamanhos (e idades) diversos. Presumo que seja comum, li isso em outros relatos. De resto ficamos de relax, rodando para cá e para lá. Até pausarmos no Lo de Dany para comer alguma coisa (buñuelos de algas!) antes de partir de volta. Preços de dezembro de 2018: - Estacionamento: 190 URU - Transporte: 230 URU - Farol: 30 URU De volta ao estacionamento, seguimos nossa viagem ao sul. Paramos em La Pedrera, outro lugar bem legal. Paramos na Playa del barco e ficamos rodando a pé um pouco pela área. Belos visuais dos penhascos, galera curtindo praia, e aquele dia espetacular de sol e céu azul. Outro destino relativamente pacato, mas que certamente aumenta sua população nos meses de verão. E seguimos para nossa parada final, onde pernoitaríamos, La Paloma. Largamos as coisas na pousada e fomos curtir a pé. Lá tinha farol, então lá fomos curtir mais um! O dia ajudava qualquer visual. No mais, ficamos passeando pela praia curtindo as casas litorâneas. Fomos andando até La Balconada, onde apreciamos um espetacular pôr do sol. La Paloma pareceu um lugar também bem pacato (isso sempre em comparação com lugares mais conhecidos do Uruguai, como as badaladas Punta e Montevidéu), com praias amplas, um farol e uma larga avenida central, onde jantamos muito bem. Na 2ª feira, véspera de Natal, ainda fomos conhecer uma praia que eu havia mapeado em La Paloma. Galera chegando cedo na praia. Vimos uma menina chegando sozinha de bicicleta, deixando na areia junto com as coisas dela, e partindo para o mar. Coisas simples, ou que deveria ser simples, mas que não vemos nas praias do Rio de Janeiro (por motivos óbvios). Seguimos então em direção à ponte redonda, ou ponte circular, também chamada Puente Laguna Garzon. Para chegar lá, pegamos um razoável trecho de terra no litoral com raras casas. Uruguai é tão pequeno, e ainda tem muito espaço. A ponte estava novinha, quase ninguém por lá. Paramos num clube de kyte que fica logo abaixo para fotografar – mas as fotos bacanas mesmo são do alto. E seguimos para José Ignácio, reduto já próximo de Punta del Este. Paramos o carro numa rua interna e ficamos um longo tempo andando por lá. Vendo casas, vendo visuais, galera na praia (tava cheia!), as praias, etc. O lugar é bacana. Vimos muitas, mas MUITAS placas de carros da Argentina. Salvo enganos, eram maioria. Lá tinha farol também, mas estava fechado por ser dia 24. Lá é praticamente uma península, de modo que circularmos ‘externa e internamente” pelas ruas. Curtimos bastante. Seguimos viagem para Punta. A ideia era ir no Museu do Mar. Chegamos lá e estava fechado. Vimos que naquele dia fechava às 15hs, excepcionalmente. Eram 15:07! Pena. Quanto mais perto de Punta chegávamos, mais gente e carros havia. Um razoável contraste com a outra Punta do começo da viagem, a do Diablo. No caminho nos deparamos com a sorveteria argentina Volta, em Manantiales. Demos meia volta e paramos para re-saborear aquele doce de leite sublime deles, que nos é parada obrigatória em Buenos Aires. Chegamos em Punta e largamos o carro no hotel. O que eu mais gostei de Punta, da única vez em que estivéramos lá, é a Península. É mais calma, acho mais bonita, e sobretudo é mais baixa. Melhor dizendo, as construções são mais baixas, não tem os espigões característicos da região. Mas não achamos hotéis a tarifas aceitáveis lá dentro, de modo que ficamos a perto de lá. Uma breve caminhada e lá estávamos passeando pela área. Passamos a tarde quase toda andando por lá. E fomos lá curtir o pôr do sol em Punta Ballena. Esperava por um trânsito intenso, mas nada. Talvez por ser véspera de Natal, havia pouca gente. Achamos um espaço – dessa vez não entramos no Casapueblo – e ficamos admirando e contemplando a beleza da natureza. E pensar que da outra vez tínhamos ido de bicicleta desde Punta! Na volta tentamos uma churrascaria tradicional – El Palenque – para nossa janta, mas estava fechada. Assim como vários outros restaurantes na véspera de Natal. Paramos numa rua com algumas opções abertas em Punta, já na península, e tivemos nossa “ceia”. Os preços em são caros de doer! Fizemos nossa janta de natal (não memorável) e fomos curtir um vinho com queijo que compramos no mercado para nossa ceia ‘oficial’ de Natal. Mas acabamos dormindo antes da meia noite, ahahahaha. Terça feira, dia 25, acordei cedo e fui fazer uma caminhada pela península. Mesmo bem cedo pela manhã, e do dia 25!, havia gente nos dedos para tirar fotos. Fui praticamente margeando a península a pé, em ritmo acelerado. Vi ainda um resto de night de Natal rolando ainda de manhã, vi grupos e pessoas esparsas alcoolizadas, e vi pessoas acordando cedo para passear com o cachorrinho, ou ir para a praia. Vida que segue! De volta ao hotel, tomamos café e partimos. Rodamos por Punta Colorada, com belos visuais (e as dunas invadindo a estrada!), depois Piriápolis. Subimo o Cerro San Antonio de carro, o teleférico não funciona há anos. Belo visual lá do alto, sobretudo com mais um belo dia de céu azul. Curtimos um tempo por lá. Tentamos conhecer dois castelos que eu havia listado, ainda que com mínima esperança de estarem abertos. Castillo de Francisco Piria e Castillo Pittamiglio. De fato, os dois estavam fechados. Admiramos a fachada, ao menos. Bem bacana, de ambos. Ainda passamos em La Aguila, que era um ponto que, no nosso roteiro original, curtiríamos logo na chegada (nossa primeira noite seria em Atlantida, não tivéssemos nossa ida cancelada pela Gol). La Aguila é uma construção um tanto exótica, de frente para o mar. Atrai a galera, é bacana. A praia fica lá embaixo, mas não atrai muito. Foi nossa última parada, partimos então direto para o aeroporto para nosso voo de volta no meio da tarde. E assim foi mais um feriado desbravando novos cantos pelo mundo!
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