Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Mostrando resultados para as tags ''petrolina''.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Faça perguntas
    • Perguntas Rápidas
    • Perguntas e Respostas & Roteiros
  • Envie e leia Relatos de Viagem
    • Relatos de Viagem
  • Compartilhe dicas de Roteiros Gastronômicos
    • Roteiros gastronômicos
  • Encontre Companhia para Viajar
    • Companhia para Viajar
  • Encontre companhia, faça perguntas e relate experiências em Trilhas
    • Trilhas
  • Tire dúvidas e avalie Equipamentos
    • Equipamentos
  • Outros Fóruns
    • Demais Fóruns
    • Saúde do Viajante
    • Notícias e Eventos
  • Serviços com Desconto
    • Seguro Viagem
    • Reservar Hospedagem
    • Cupom de Desconto

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que contenham...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


Sobre mim


Ocupação


Próximo Destino

Encontrado 3 registros

  1. Eu estava procurando um destino com sol e praia em pleno inverno. Cheguei a olhar alguns pacotes para Porto Seguro, mas confesso que os preços não me atraíram. Além do mais, queria algo diferente, que fugisse um pouco do lugar comum. Vi uma publicação no Instagram sobre Petrolina e Juazeiro e comecei a pesquisar. Quanto mais lia e assistia vídeos sobre as duas cidades, maior foi ficando o interesse em conhecê-las. Petrolina fica em Pernambuco e Juazeiro na Bahia, separadas pelo Rio São Francisco. A travessia pode ser feita de barco ou pela ponte que une as duas cidades. Quando montei o roteiro, optei por economizar nos deslocamentos e investir mais nas hospedagens. Poderia ter pego um voo de Belo Horizonte (onde moro) para Petrolina, o que me custaria cerca de R$ 1.200, mas preferi voar até Salvador e de lá pegar um ônibus até Juazeiro. Além disso, escolhi voltar por Aracaju, já que ainda não conhecia a cidade. Então o deslocamento ficou assim, entre 01 e 12 de agosto/2024: BH x Salvador – avião – R$ 538 Azul Salvador x Juazeiro – ônibus (cerca de 09 horas de viagem) – R$ 69 Rota Transportes Juazeiro x Aracaju – ônibus (cerca de 15 horas de viagem) – R$ 112 Rota Transportes Aracaju x BH – avião – R$ 520 Latam Abaixo o roteiro detalhado com mais informações: Dia 01 – BH x Salvador: Aproveitei para matar a saudade da capital baiana. Cheguei por volta das 14h e pernoitei no Hostel Recanto da Paciência, na praia da Paciência. Aproveitei para conhecer a Casa de Iemanjá no Rio Vermelho, ver o pôr-do-sol no MAM, com vista pra praia da Gamboa e tomar uma cervejinha no Bar Ulisses em Santo Antônio Além do Carmo, meu cantinho preferido em Salvador. Por ser dia de semana, peguei o hostel vazio e dormi sozinha em um quarto compartilhado. Achei a estrutura excelente, com vários banheiros e tudo muito limpo. Paguei R$ 99 com café da manhã incluso, mas precisei fazer checkout antes do horário do café. Rio Vermelho Gamboa Igreja de Santo Antônio Além do Carmo Dia 02 – Salvador x Juazeiro: Peguei o ônibus das 07h na Rodoviária de Salvador. O carro era bem novo, semi leito e estava cheio. Fizemos uma parada de 15 minutos para lanche e outra de 20 minutos para almoço, além das paradas rápidas para embarque e desembarque de passageiros. Chegamos na Rodoviária de Juazeiro por volta das 16 horas. Fui direto para o Grande Hotel de Juazeiro, onde ficaria hospedada. Optei por este hotel pela localização central, pela piscina enorme e pelo fato de todos os quartos possuírem varanda com vista para o Rio São Francisco. Paguei R$ 194 em cada diária, com café da manhã incluso. O hotel é três estrelas mas precisa de uma renovação urgente. Parece que parou nos anos 90. O quarto e o banheiro eram enormes e a vista pro rio era incrível, porém o café da manhã era fraco e a piscina não era atrativa, já que boa parte tinha 3 metros de profundidade. Nos 06 dias que fiquei lá, não vi ninguém entrando na piscina. Geralmente as pessoas optam por se hospedar em Petrolina, cidade maior e com mais infraestrutura que Juazeiro, com preços de hospedagem semelhantes. Grande Hotel de Juazeiro: vista para a piscina e Rio São Francisco Varanda com vista em todos os quartos. Grande Hotel de Juazeiro. Dia 03 – Dia livre para conhecer Petrolina e Juazeiro. Fui aos principais pontos turísticos de Juazeiro a pé, como a Praça da Bandeira, a Igreja de Nossa Senhora das Grotas, a Orla do Rio São Francisco. Aproveitei para tomar um banho de piscina à tarde e encerrar o dia contemplando o pôr-do-sol tomando uma cervejinha em um dos bares da Orla II de Juazeiro, bem ao lado do hotel. Praça da Bandeira, Juazeiro Catedral de Nossa Senhora das Grotas Orla II, Juazeiro Dia 04 – Fiz o passeio do Vapor do Vinho, operado pela Vapor do São Francisco (/https://vapordosaofrancisco.com/). O passeio dura o dia inteiro e começa com o traslado do hotel até o local de embarque, em Petrolina. A primeira parte é feita de ônibus e o trajeto dura cerca de 01 hora até o lago de Sobradinho, de onde sai o barco. O lago de Sobradinho é o maior lago artificial da América Latina e pertence à Usina Hidrelétrica de Sobradinho. Cinco municípios foram alagados e se encontram submersos no lago, fato este retratado na música Sobradinho, de Sá e Guarabyra. Após 01 hora e meia de navegação, o barco para na Ilha do Amor por 01 hora para banho no lago. Em seguida, é servido o almoço, incluso no passeio (as bebidas são cobradas a parte). O barco retorna O barco retorna ao local de partida e novamente seguimos de ônibus por mais meia hora até a Vinícola Terranova. Ali é feita uma degustação de vinhos (foram 04 rótulos) e apresentação do processo produtivo. Neste roteiro não está prevista a visita ao parreiral mas, atendendo a um pedido dos visitantes, liberaram a nossa ida aos pés de uva. Confesso que esperava mais da visita na vinícola. O ponto alto do Vapor do Vinho fica por conta da navegação e banho no Lago de Sobradinho. Custou R$ 240. Vapor do Vinho Lago de Sobradinho Vinícola Terra Nova Dia 05 – Aluguei um carro por dois dias para ter mais liberdade para rodar e porque tinha a intenção de visitar a Ilha do Rodeadouro e as Dunas do Velho Chico. Fiz a cotação no Rental Cars e a opção mais barata foi na Movida do Aeroporto de Petrolina. As duas diárias do Mobi ficaram em R$ 379. Depois de retirar o veículo, fui até Rodeadouro, onde a intenção era fazer a travessia de barco até a Ilha, partindo do Pier do Juarez. Porém, por ser segunda-feira e próximo ao horário de almoço, quando cheguei ao Pier estava fechado e não encontrei ninguém para pedir informações. Resolvi voltar pra Juazeiro e almoçar por lá mesmo. À tarde dei mais uma volta na cidade e fui até Petrolina de barco. Paguei R$ 2,50 na travessia, que dura menos de dez minutos e caminhei um pouco na Orla de Petrolina. Fiz o retorno para Juazeiro a pé, pela ponte Presidente Dutra, que tem 800 metros de extensão. Travessia de barco Juazeiro/BA x Petrolina/PE Petrolina Orla de Petrolina Catedral do Sagrado Coração de Jesus Cristo, Petrolina Dia 06 – Meu organismo não aguentou seis dias de comida baiana e precisei fazer uma pausa nesse dia pra me recuperar. Fiquei o dia todo no hotel, saindo apenas para ir à farmácia e ao supermercado, onde comprei Coca Cola, biscoito de polvilho e água de coco, o que viria a ser meu almoço e janta pelos próximos dois dias rsrs Dia 07 – Já recuperada, fui visitar as Dunas do Rio São Francisco, em Casa Nova/BA. Dirigi por 118 km até o local que mais parece uma praia. Pra mim, o lugar mais bonito que visitei na viagem, vale a pena demais. Como era quarta-feira, estava vazio, com poucas pessoas visitando. Como ainda estava me recuperando, não comi nada. Sentei em uma espreguiçadeira na beira do Rio e passei a manhã ali. Não precisei pagar nada, embora um garçom veio conversar comigo e me disse que cobram R$ 70 reais pela mesa com guarda-sol (caro né?). Precisava devolver o carro antes das 15h, então fiquei por ali até às 13h. Gastei R$ 160 em etanol pois precisava devolver com o tanque cheio. Rodei cerca de 300 km em três dias. À tarde fui conhecer o Museu Regional do São Francisco, em Juazeiro e depois fui caminhando até Petrolina, onde dei mais uma volta na orla e comprei umas lembrancinhas. Infelizmente não consegui visitar o Memorial Casa da Bossa Nova, pois deixei para ir no último dia e só funciona no período da manhã, diferente da informação que encontrei na internet. O local é uma homenagem a João Gilberto, que é juazeirense. Dunas do São Francisco em Casa Nova/BA: mar de água doce Dunas do São Francisco Rodovia das Dunas, Casa Nova/BA Museu Regional do São Francisco, Juazeiro. A entrada custa R$ 4. Museu Regional do São Francisco Dia 08 – Juazeiro x Aracaju: Levantei cedo nesse dia pois o ônibus saía às 07h da Rodoviária de Juazeiro. Viajei novamente com a Rota Transportes, em ônibus novo e semi leito. Quando comprei a passagem, já estava prevista uma baldeação na cidade de Capim Grosso/BA, que fica a 04 horas de distância de Juazeiro. Desci no ponto da Rota, no Centro de Capim Grosso e esperei por uma hora o ônibus que vinha de Irecê com destino à Aracaju. Esse carro também era semi leito, mas um pouco mais velho que o primeiro e estava sujo. A viagem parece interminável, com várias paradas em rodoviárias e beira de estrada para embarque e desembarque. Paramos para almoçar por 25 minutos e nunca vou me esquecer da última parada para lanche em Olindina/BA, a mais nojenta que já vi na vida. Chegamos na rodoviária de Aracaju às 22h15 e fui direto pro Simas Praia Hotel, onde fiquei hospedada. O hotel fica na Praia de Atalaia e conta com uma piscina no terraço com vista pra orla, bem bonito. O café da manhã era ok, melhor que o do Grande Hotel de Juazeiro e o quarto era pequeno, mas funcional. Paguei R$ 170 em cada diária. Simas Praia Hotel: piscina com vista pra praia de Atalaia Dias 09, 10 e 11 – Não quis fazer nenhum passeio próximo à Aracaju, como o da Croa do Goré e Cânions do Xingó, por exemplo. Estava cansada e queria mesmo era aproveitar a praia de Atalaia e a piscina do hotel (a melhor piscina que já nadei na vida). Nesses três dias, além de passar as manhãs na praia, visitei a Passarela do Caranguejo, o mercado municipal de Aracaju, o Palácio Museu Olímpio Campos, o Museu da Gente Sergipana (além da passarela em frente com os monumentos das manifestações culturais) e a Orla Pôr do Sol. Gostei bem da capital sergipana, embora o mar não seja dos mais bonitos e a cidade ainda conserve um clima de interior. Comi muito bem nesses dias, embora os preços dos restaurantes próximos à Passarela do Caranguejo (onde fiquei hospedada) fossem um tanto salgados. Eu ❤️ Aracaju Passarela do Caranguejo Praia de Atalaia Palácio Museu Olímpio Campos: gratuito, mas não pode tirar fotos no interior Largo da Gente Sergipana Museu da Gente Sergipana, entrada gratuita Orla Pôr do Sol, Aracaju Dia 12 – Aracaju x Belo Horizonte: Peguei o voo das 04h55 no aeroporto de Aracaju, com conexão de 1h55 em Brasília. Desembarquei em Confins por volta das 10h10 feliz e grata por ter feito mais uma viagem incrível! Essa que vos fala, na Praia de Atalaia
  2. Minha vida é andar por este país pra ver se um dia descanso feliz. Guardando as recordações das terras onde passei, andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei. - Luiz Gonzaga Compartilho esse relato aqui com vocês na esperança de inspirar novos e antigos viajantes, como vários relatos daqui já fizeram comigo. Passei 24 dias no Nordeste, essa região maravilhosa. Com sangue viajante nas veias, tive companhia do meu pai, com seus 54 anos, revivendo seu tempo de mochileiro. E, por 10 dos 24 dias, a companhia da minha irmã, de 18, descobrindo as sensações do seu primeiro mochilão. A rota escolhida foi o curso do Rio São Francisco, começando em Petrolina/Juazeiro/Sobradinho, descendo até a Foz do Rio, em Penedo/Piaçabuçu e o paradisíaco Pontal do Peba - AL, passando pelos Cânions do Xingó e cidades ribeirinhas, como Piranhas e Belém do São Francisco. Descemos pra Aracaju - SE, e de lá até Mangue Seco - BA, de beleza indescritível onde passaram as cenas da famosa novela da globo Tieta do Agreste. Relato de Viagem Avião de Guarulhos-SP pra Petrolina-PE com a GOL: 16 mil milhas no programa Smile. Petrolina - PE 02/01- Desembarcamos em Petrolina às 2h da manhã. Saindo do avião já nos pega de surpresa aquele calor de 32 ºC, em plena madrugada, já nos dando um gostinho do que o Sertão nos guardava. Como era tarde e o aeroporto fica fora da cidade, não conseguimos chamar um Uber (até porque o Uber é bem recente por lá), e caímos na mão de um taxista, bandeira 2. Resumindo, a viagem de 15 minutos até o hotel morreu em R$50,00. O hotel beira de estrada achado no booking não era dos melhores, mas pelo menos tinha ar condicionado e um café meia boca. Hotel Rio Doce: R$ 130,00 a diária. 03/01- Na manhã seguinte já partimos, de Uber, pra um hotel bem melhor localizado, no centro da cidade, próximo à orla do Rio, ao centro histórico, museus e catedrais. Hotel Riviera R$100,00 a diária, sem café, com ar condicionado e recepção pelo Seu José, o senhor muito falante dono do hotel. A primeira visita foi ao Museu do Sertão (10 min a pé do hotel, de baixo de um sol de 40 ºC). O museu é bem interessante. Traz as culturas do povo sertanejo de forma bem rústica, a fauna, flora e até as pedras/fósseis do sertão. Conta um pouco da trajetória de Lampião e o Cangaço, e guarda um acervo enorme sobre a histórica cidade de Petrolina. Tudo isso acompanhado do muito simpático guia Jaílson. A entrada é grátis! Almoço no Restaurante Cheiro Mineiro R$49,90/kg. Preço acima da média. Comida boa. Por causa do calor absurdo e meu pai ainda cansado da viagem e da noite mal dormida anterior, optamos por dar uma descansada no hotel e sair mais pro final da tarde. La pelas 16h, a hora que o sol começa a baixar, saímos pra conhecer o centro, as catedrais e pegamos o pôr do sol na orla do Rio São Francisco, tudo a pé. De noite, meu pai queria conhecer o Bodódromo, um dos pontos turísticos da cidade, um conjunto de restaurantes que tem os pratos principais a base de carne de bode. A mim não apetece, pois não como carne, mas topei a visita. O lugar mais cheio era o "Bode Assado do Ângelo", com uma bandinha de forró ao vivo e cerveja gelada. Como previsto, as opções veganas eram restritas a arroz, feijão, macaxeira e salada. Mas deu pra curtir o role. Começa a encher lá pelas 19:30. Ida e volta de Uber. Os Ubers costumam ficar em torno de R$8,00. 04/01- Café da manhã na padaria quase na esquina do hotel: R$4,00 cafés+pães (muito barato) Nesse dia fomos conhecer a famosa Sobradinho, sempre presente nas músicas de Luiz Gonzaga. Na frente do cemitério do centro saem uns carros, como se fossem táxis clandestinos, por R$12,00/pessoa. Fomos com um senhor engraçado, que ia o tempo todo olhando o whatsapp conferindo com outros "taxistas" se não havia fiscalização na estrada. Uma moça com seu pai, nativos, foram também, nos contando as experiências de vida naquela região. Só a viagem, de uns 40 minutos, com os causos e aquela travessia da caatinga, já valeu a pena. *Dica: da frente da rodoviária e do cemitério saem vários carros clandestinos (vans, eles chamam de "Topics"), para todos os lugares, com preços e horários muito melhores que as empresas de ônibus tradicionais. Sobradinho - BA A cidade é uma decepção! Depois do tanto que ouvimos falar nas letras de forró e na literatura, de tudo que fantasiamos, chegamos lá e nos deparamos com uma minúscula cidade de apenas 1 rua principal asfaltada de menos de 1 km e algumas ruas acessórias de terra. Almoçamos em um dos dois restaurantes da cidade, por R$42,00 eu e meu pai. Fomos visitar então a Barragem de Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do mundo. Pegamos um ônibus por R$2,75/pessoa que ia pra Petrolina via barragem. A Usina é gigante, monstruosa. A estrada passa por cima da barragem. Pedimos pro motorista nos deixar no começo dela, e a atravessamos a pé, pro desespero do meu pai, 2 dos seus 3 km de extensão, de baixo daquele sol. As turbinas estavam todas fechadas devido a baixa quantidade de água, ou seja, sem geração de energia. Segundo os nativos, há mais de 5 anos que não chovia o suficiente. Dali se viam vários dos impactos ambientais e sociais consequentes da represa. Segundo o velhinho da carona, cidades inteiras ficaram submersas sob as águas da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco). Paramos na sombra da casinha de vigilância agrícola, e de lá pegamos uma carona com o Paulo, um caminhoneiro que levava goiabas, que nos levou até onde passava a "Topic" pra Juazeiro.Ganhamos até umas frutas. A van ficou R$8,00/pessoa. Juazeiro - BA Passamos rapidamente por Juazeiro. O cara da topic deu uma rodada com a gente pela cidade. Achamos que ele ia cobrar, mas no final nem cobrou nada a mais. Conhecemos o Mercado do Produtor, que na verdade é mais um camelô, com exceção da feirinha do lado de fora que tem muita fruta típica, castanhas muito baratas, etc. Visitamos também a Casa do Artesão, que fica próxima à orla, onde várias senhoras muito simpáticas te oferecem seus mais diversos artesanatos. Do lado, por sorte, no dia estava tendo Feira de Orgânicos. Porém, como já estava no final da tarde, tinha muito pouca coisa. Dali, meu pai pegou um Uber até o hotel e eu fiquei passeando pela orla. De Juazeiro pra Petrolina basta atravessar a ponte sobre o Rio São Francisco. Mas também tem algumas embarcações que fazem a travessia de passageiros por R$1,50. Fui nessa, e ainda rolou um show de mágica no trajeto. Petrolina - PE 05/01- Último dia em Petrolina, fomos atrás da "Petrolina Antiga", o centro histórico da cidade, que fica bem perto da orla do rio também. Infelizmente se resume à uma rua com umas 4 ou 5 casinhas antigas, mal preservadas, e com vários prédios sendo levantados ao redor. Ou seja, não dura muito mais. Pegamos um Uber até a Oficina do Artesão Mestre Quincas, um outro ponto turístico da cidade. O lugar é enorme, com os mais diversos tipos de artesanato em madeira (imburana, árvore da caatinga), argila, tecido, etc. Você pode entrar e conhecer a oficina em si, os artesãos são muito receptivos. Ficamos um tempão conversando com o Mestre Gago, figura. Na volta, pegamos um ônibus até o centro por volta de R$3,00/pessoa. Almoçamos no Restaurante Vegethare, um espaço vegetariano delicioso que encontramos no aplicativo HappyCow (recomendo muito para vegetarianos/veganos viajantes). R$37,90/kg. Amei. No final da tarde, pegamos um ônibus de linha para Belém do São Francisco. Viação Progresso. R$70,00/pessoa. Sai da rodoviária e dura cerca de 3h a viagem. Também tem a opção de pegar as "Topics" na frente da rodoviária, mais barato, mas que param em todas as cidades do caminho. Belém do São Francisco - PE Chegamos na cidade sem muitas expectativas. Meu pai queria ir direto pra Piranhas, mas eu senti que devia passar por ali, e então fomos. Logo na chegada, na rodoviária, um taxista já veio colocar um terror dizendo que tinham atirado numa dessas vans num assalto (claro, isso pra que a gente só andasse com ele). Como ele era o único, fomos com ele até o hotel, o que ficou uns R$15,00. Passamos por uns 3 hotéis avaliando, porque meu pai tem bronquite e problemas com mofo. Ficamos no Hotel Village por R$115,00 a diária. Um lugar bem legal, o quarto bem arrumadinho, com ar condicionado, café da manhã e uma vista panorâmica maravilhosa da laje no último andar. De noite, tem um movimento "grande" onde se concentram os bares e restaurantes. Comemos uma tapioca recheada por R$8,00 no "O Point". 06/01- De manhã, visitamos o Mercado Municipal e sua feira. Um prédio bastante antigo, com muitas barraquinhas de frutas, verduras, grãos e, pro meu desgosto, as carnes de sol penduradas no varal, junto com várias outras peças de animais que não conseguimos definir. Da frente do Mercado, pegamos dois mototáxis, por R$7,00 cada, que nos levaram até onde fazem a travessia do Rio, com balsas e barquinhos. O caminho entre a Caatinga novamente encantou. Na travessia, pegamos a balsa por R$2,00/pessoa. Do outro lado, um pequeno vilarejo bem arrumado, mas deserto. Só com um boteco aberto, e um restaurante que não tinha um cliente, só os donos fazendo um churrasco. Tomamos uma água de coco. Conversamos com um dos barqueiros que fazia a travessia de pedestres e motos pra fazer um passeio pelo rio. Depois de chorar um pouco fechamos um passeio de 30 minutos por R$40,00. Caro, mas já que estávamos por ali, e era nossa única opção: vambora! E valeu cada centavo. Que lugar maravilhoso. E que delícia poder tomar um banho no Rio São Francisco. Na volta, enquanto esperávamos a balça, chegaram uns caminhoneiros (sim, a balça também leva caminhões). Conseguimos uma carona até Belém com um deles, o Lula. Uma figura, e que o apreço ao PT e ao ex-presidente explicam o apelido. Almoçamos na Creusa, comida caseira muito boa, com suco de graviola. R$12,00/pessoa. No final da tarde, tomamos um caldinho de feijão com uma cachacinha e uma cerveja bem gelada na orla. Visual maravilhoso no por-do-sol. Até rolou um som ao vivo, mas nesse ponto já estávamos saturados de ouvir o "Brega", desde o começo da viagem com as mesma músicas. A tranquila e pequena cidade que não nos criou expectativas, no fim, nos surpreendeu com sua simplicidade e beleza natural. 07/01- Às 6h da manhã já estávamos pegando a Topic pra Paulo Afonso, por R$40,00. Uma viagem de umas 3h. Decidimos não parar em Paulo Afonso, então descemos na BR onde passam as vans direto pra Delmiro Gouveia. O moço da Van que nos levou até Delmiro Gouveia, Ronaldo, disse que ia até Piranhas e podia nos levar até lá, mas só depois do almoço. Almoçamos em Delmiro no Restaurante Sagrada Família por R$35,00/kg, e depois do almoço o Ronaldo nos levou até Piranhas, acho que por uns R$45,00 (desde a BR até Piranhas). Por mim teríamos parado pra conhecer e ficar uns dias em Paulo Afonso e Delmiro Gouveia, mas meu pai preferiu ir direto. Piranhas - AL Piranhas é dividida entre Piranhas de cima (a parte nova da cidade, mais residencial, mais barata), e Piranhas de baixo (a parte histórica, turística, bem mais cara). Nós decidimos procurar algum hotel mais barato na cidade de baixo mesmo. Caímos na mão de um taxista muito malandro que nos levou de hotel em hotel, que, percebemos depois de uns 3 hotéis, que ele ganhava comissão por levar novos hóspedes até lá. Ou seja, o preço com ele subia uns 30 reais. Por fim, chegamos no último hotel, que cobrava R$180,00 a diária. Com meia dúzia de palavras e um taxista cabreiro porque não ia ganhar sua comissão, fechamos em R$120,00. O táxi saiu R$20,00. O Hotel "O Canto" fica bem no final da rua, com vista para o campo de futebol da cidade e o vale do Rio São Francisco. No final, foi o melhor hotel que vimos e ficou o mais barato, com café da manhã muito bom e ar condicionado. A cidade é de uma elegância histórica indescritível, as casas e edifícios são muito bem preservadas. No centro da cidade (que já é bem pequena), visitamos o Museu do Cangaço, no prédio onde antes era a estação de trem. A guia Simone, muito simpática, nos deu uma aula sobre o Cangaço e Lampião. Foi na região da cidade que o Lampião, Maria Bonita e seu grupo foram mortos, e Piranhas foi o primeiro município que recebeu a exposição de suas cabeças. A cidade respira a história do Cangaço. Chegamos no domingo, então a orla do rio (a "Prainha") estava muito lotada, com carros de som (os "paredões) no último volume, o que nos incomodou. Mas caminhando um pouquinho pela orla já dá pra escapar da bagunça e dar um mergulho mais tranquilo no rio. Que lugar incrível. No final da tarde deu pra acompanhar de camarote o jogo que estava rolando no campo debaixo do nosso hotel. Era um dos dois times de Piranhas contra um visitante, a cidade toda estava lá pra torcer. De noite, jantamos na praça dos restaurantes, onde ficam vários restaurantes bem turísticos, muito caros e cheios. De sábado disseram que rola uma apresentação cultural de forró. No domingo estava rolando uma banda de mpb ao vivo. 08/01- Fomos fazer o famigerado passeio nos Cânions do Xingó. O barco sai de outra cidade, Canindé de São Francisco, então pegamos um táxi até lá por R$35,00. Ele te deixa no Restaurante Karrancas, que basicamente é o dono do mega-turismo local. O restaurante fica na barragem de Xingó, e mais parece um resort. Lá, os passeios são de catamarã, jet ski, e até helicóptero. O passeio de Catamarã custa R$100,00 por pessoa. O catamarã leva em torno de 200 pessoas. Sim, 200 pessoas. Pra dar uma ideia, por dia saem 5 catamarãs. O turismo é gigantesco e monopolizado. Fomos no passeio, durou em torno de 3h30m. Eu, que estava com o pé atrás ao ver aquele tanto de turista, fui superado nas expectativas. A paisagem é maravilhosa!!! O ambiente é bem agradável, no barco tocam músicas muito boas (forrós, desde Gonzaga a Falamansa). A máquina de fazer dinheiro continuava, te empurrando bebidas e aperitivos durante o passeio. Entramos nos cânions. O barco anda por 1h até chegar a uma base, onde ele ancora, e as pessoas podem nadar numa piscina cercada, e também tem a opção de pegar um barquinho, por mais R$10,00/pessoa, pra entrar numa das grutas esculpidas pela água. Incrível! Nos cânions também tem a opção de passeio com uns barquinhos menores. Mais baratos e bem mais flexíveis de horários e rotas. Tudo a combinar e negociar com o barqueiro. Só precisa procurar um pouco. Infelizmente, a maioria dos turistas que chega, como nós, já cai direto nas mãos do Karrancas. Na volta, você pode almoçar no Restaurante, por R$39,90 a vontade. Com bastante opção de comida. No passeio conhecemos a Eliete e a Morgana, mãe e filha, muito gente boas, que nos deram uma carona de volta até Piranhas. No caminho, paramos no Mirante da Pedra do Sino, lugar que rendeu uma das vistas mais espetaculares da minha vida e me encheu de uma alegria inexplicável. No mirante tem um restaurante e uma lojinha de artesanato. Uma escada de mil degraus desce até a cidade. O jantar foi de novo na praça dos restaurantes, no Casarão do Velho Chico, por R$39,90/kg. Mais barato que os demais. 09/01- De manhã, visitamos o Palácio D. Pedro II, atual prefeitura da cidade, prédio onde ficaram expostas as cabeças de Lampião e seu grupo. A dona Carmélia Formiga, uma das funcionárias da prefeitura, muito simpática e falante, nos deu uma boa contextualizada sobre a cidade. O almoço foi na Dona Madalena (ou Madá). Comida literalmente caseira, comemos dentro da casa dela rs. A comida muito barata e uma delícia, por R$12,00/pessoa. Fez até algumas opções vegetarianas de legumes pra mim. Um amor de pessoa. No final da tarde, fizemos uma caminhada pela vila, passando o campo de futebol, pra ver até onde ia. Caminhando alguns metros você encontra a verdadeira condição do morador local, por trás de todo aquele turismo. Casas muito simples, famílias pobres. A caminhada rendeu um belo por-do-sol. O jantar foi novamente na dona Madá, seguido de um sorvete de graviola na sorveteria da frente, junto com uma boa prosa com os donos, ouvimos os causos de quando a a represa liberou água demais e alagou a cidade, 20 anos atrás. Por ironia, no mesmo dia ouvimos no jornal da Globo que uma das comportas da barragem havia dado problema e liberado muita água, alagando alguns trechos do rio, dando prejuízo aos ribeirinhos. 10/01- Dia de ir embora de Piranhas. Pegamos uma van pra Arapiraca - AL. Um carro pegou pegou a gente na frente do hotel às 5h da manhã, e nos levou até Piranhas de cima, de onde saia a van. R$28,00/pessoa. A viagem durou 3h. Em Arapiraca, pegamos uma van pra Penedo - AL por R$15,00/pessoa, viagem de 1h30. Penedo - AL A cidade de Penedo respira história. O centro histórico é enorme, praticamente todos os edifícios são construções antigas. Chegando na foz do rio, a cidade era estratégica pra embarcações e pra Coroa Portuguesa. O próprio hotel que ficamos demonstra isso. Pousada Colonial, um dos primeiros prédios na avenida da orla. R$140,00 a diária. O prédio era realmente da época do império, com quartos bem grandes e decoração rústica. Almoçamos em um dos vários restaurantes da rua da orla. R$25,00/kg. De noite, a festa do Bom Jesus dos Navegantes tratou de agitar a cidade. O turismo da cidade gira muito em torno dessa data. Pessoas vêm dos mais diversos lugares pra festa. A cidade lota, os hotéis também, e os preços aumentam. Chegamos alguns dias antes do dia oficial da festa, domingo (14/01), quando tem as procissões e tudo o mais, mas dias antes o agito já começa. As atrações culturais são bem legais, com rodas de capoeiras, e apresentações típicas da região. *Dica: pegue um mapa do centro histórico, normalmente eles dão nos hotéis, que indica todos os pontos turísticos da cidade. 11/01- Visitamos a Casa do Penedo, um museu que é pouco divulgado (inclusive não está no mapa turístico), e que normalmente é bem vazio, mas que vale muito a pena conhecer. É bem diversificado entre as riquezas imperiais e a valorização de culturas de matriz africanas e indígenas, além de ter uma biblioteca cheia de material pra consulta. Entrada R$3,00/pessoa O Paço Imperial é um prédio bem no começo da orla, que no andar de baixo tem uma exposição gratuita sobre um antigo médico importante da cidade, e no andar de cima, por R$3,00 uma exposição de artefatos da coroa, já que aquele foi o local escolhido pra estadia de D. Pedro II em uma de suas visitas. Tem também o Convento Franciscano, gigante, cujo visitação custa R$2,00. O almoço foi num PF na orla por R$12,00. 12/01- Dia de partir pra foz do rio. O ônibus que vai pra Piaçabuçu passa a cada 20 min na rodoviária ou na frente do Restaurante Velho Chico, na orla, e custa R$6,00/pessoa. Você conversa com o motorista e ele te deixa na frente da agência que fazem os passeios até a foz. Piaçabuçu - AL Em Piaçabuçu, você pega os passeios até a foz do rio. Fizemos com a Agência Farol da Foz Ecoturismo, aparentemente a única mais estruturada. Lá você tem a opção de ir de barquinho ou lancha pelo rio, ou ir de buggy pelas dunas e entre a restinga. Fomos de barco, R$70,00 por pessoa. O passeio dura em torno de 3h e é maravilhoso! A ida dura cerca de 1h, o barquinho vai margeando os manguezais e algumas casinhas. Chegando na foz, o barqueiro te deixa nas infinitas dunas de areia, onde você pode ficar uns 30 min, nadar no rio e dar uma caminhada pelas dunas. Se você pedir, ele te leva até umas barraquinhas na praia (do rio) mesmo, onde vendem bebidas e uns espetinhos. Voltando do passeio, almoçamos em um restaurante do lado da agência, por R$25,00 o prato comercial, pra duas pessoas. Comida muito boa e o prato muito bem servido, com opções de legumes pra mim. A van pro Pontal do Peba passa na frente da agência de turismo. Pegamos ela ali mesmo, R$5,00/pessoa. Pontal do Peba - AL O Pontal do Peba é basicamente um vilarejo de pescadores, deslocado do mundo, de uma beleza natural indescritível. A vida tem outros significados, o tempo passa mais devagar, tudo é muito simples e, ao mesmo tempo, incrível. A praia paradisíaca, cercada por dunas e por uma reserva ambiental, te reserva um mar cristalino e cercado por recifes de corais que formam as piscinas naturais. Chegada a hora de acampar! No Pontal existem duas áreas camping: uma delas, que mal se pode chamar de camping, é junto ao Restaurante da Dona Ana. Sem nenhuma estrutura e a área de camping junto a criação de porcos e galinhas. Sem condições. O outro, com entrada pela areia da praia, o Camping da Maré, do figura James e sua mulher Bruna. Com estrutura de banheiro e cozinha c/ geladeira e fogão. Ficamos nele. R$30,00/pessoa a diária. Como referência, o camping fica próximo à Pousada Chez Julie (a mais chique da praia). Nº James: (82)9335-6109. A única reclamação que fica do local, pra mim, é o trânsito de todo tipo de veículo pela praia, moto, carro, van, ônibus. Isso, além de poluir visual, sonora e ambientalmente a praia, oferece um risco de atropelamento pra crianças e banhistas. Mas durante as marés baixas, quando a faixa de areia chega a algumas dezenas de metros, dá pra conviver tranquilamente. O jantar do dia foi no Restaurante da Dona Ana, aquele mesmo do "camping". O restaurante fica bem no começo do vilarejo, perto ao trevo. A comida caseira muito boa e barata. Não anotei o preço, mas lembro de não passar de R$30,00 pra duas pessoas. 13/01- Pela manhã fui com a máscara tentar ver uns peixinhos. O melhor horário para mergulho é bem cedinho, 6:30, 7 da manhã, quando a maré está seca. É possível combinar com algum dos pescadores pra que te levem até as piscinas mais afastadas da praia, bem no recife de corais mesmo. E esse é o horário que eles vem voltando do mar. O almoço foi no Restaurante Sabores do Mar. Você precisa caminhar um pouco pela praia pra chegar até ele, que fica junto a vários outros restaurantes, sorveterias, etc. É lá que fica o agito. De final de semana enche bastante, inclusive com aqueles carros chatos com música altíssima. O restaurante era o único self-service, por R$15,00/pessoa. 14/01- Cozinhamos o almoço no camping pra economizar uma grana. O fogão estava cheio de defeitos, mas deu pra se virar. No dia anterior o James me levou de moto até o centro numas vendinhas de frutas e legumes. De noite, no domingo, o vilarejo parecia desértico. Toda aquela bagunça durante o dia tinha desaparecido pra dar lugar a uma escuridão silenciosa. O céu recheado de estrelas é o atrativo da noite. O único lugar aberto e servindo comida era a tal da Pousada Chez Julie. Meu pai comeu um lanche por lá, e eu comi o que tinha sobrado do almoço no camping. 15/01- Dia de partir pra Aracaju. A viagem é longa e fragmentada. Às 8h da manhã, pegamos a van do Pontal de volta pra Penedo. Ela passa no trevo de entrada do vilarejo. R$8,00/pessoa. Em Penedo, é preciso atravessar o Rio São Francisco até Neópolis. O barco pega os passageiros na orla, é só pedir pro motorista da van te deixar lá. A travessia custa R$3,50 por pessoa e dura uns 15 minutos. O barco já te deixa no ponto em que passam os transportes pra Aracaju. O ônibus de Neópolis pra Aracaju custa R$18,00/pessoa, e te deixa na Rodoviária Nova. Da rodoviária, você já sai direto no terminal dos ônibus circulares. Pegamos o ônibus pra Atalaia, o bairro da orla, com mais hotéis, restaurantes e atrativos turísticos. R$3,50. Ficamos na Pousada Aracaju, muito bem localizada, uns dois quarteirões da orla da praia. R$120,00 a diária p/ 2 pessoas. Com ar condicionado e café da manhã bem completo. 16/01- Dia em que minha irmã chegou pra nos acompanhar na viagem. Pegamos ela no aeroporto. A viagem de Uber ficou R$7,50. O almoço foi no Restaurante Bioma Natural, que encontramos por acaso enquanto íamos comprar água. O restaurante, especialista em comida saudável, tem pratos bem elaborados e várias opções vegetarianas. A quantidade de comida deixou um pouco a desejar, pelo preço. R$22,00 o prato. A orla da praia de Aracaju é muito bonita, auto-intitulada de "a mais bonita do Brasil". Com um calçadão, monumentos, restaurantes e barraquinhas de sorvete, durante dia e noite é sempre muito movimentada, então se pode passear tranquilamente. Claro, sem ficar dando bobeira com celulares e câmeras, porque afinal, é uma capital com todos os seus problemas de cidade grande. Durante a alta temporada, tem vários atrativos turísticos como exposições, feiras, eventos culturais, etc. A praia não é muito atraente. De noite, fomos conhecer o Centro de Artes e Cultura J. Inácio. Na frente do edifício, uma baita feira de artesanatos, roupas, e comidas típicas. Dentro do prédio, mais exposições de artesanatos dos mais diversos tipos. O que mais me encantou, foi uma exposição de cultura africana, desde tecidos, máscaras, artesanatos e painéis explicativos trazendo um pouco da cultura de diferentes tribos. Na saída, conhecemos o Abubakar, um imigrante muito simpático, vindo de Burkina Faso, um país africano, que vendia umas peças artesanais maravilhosas que ele trazia da África. Começava bem naquele dia 16, e ia até o dia 28 de janeiro, a Feira de Sergipe, um evento que reúne dezenas de expositores dos mais variados tipos de artesanatos, culinária, e uma programação enorme de apresentações culturais/musicais, como forró, pífano, quadrilhas, etc. Não paga nada pra entrar. O jantar do dia foi no KB Kebab, o restaurante de uma francesa extremamente simpática, falante. Serve um kebab gigante, com opções vegetarianas. Se não me engano, algo em torno de R$12,00. 17/01- Fomos conhecer o Mercado Municipal de Aracaju. No terminal de ônibus do Atalaia, você pega o ônibus que te deixa na frente do Mercado, só se informar com os funcionários. R$3,50. O mercado é gigantesco. Dividido em partes, tem o prédio dos artesanatos, desde esculturas, roupas, redes, instrumentos; tem o prédio das castanhas de caju, do pará, queijos, tapiocas, pimentas, etc. E tem o mercadão das frutas, verduras, legumes, todo tipos de grãos, que engloba o mercado de peixes, camarões, caranguejos, etc. Dá pra perder um dia inteiro passeando e experimentando coisas. Depois, a pé mesmo, fomos no Palácio Museu Olímpio Campos, que funcionava antigamente como Palácio do Governo de Sergipe. A entrada é grátis, e a visita é guiada pelo simpático Eduardo. Vale muito a pena, principalmente pela maquete enorme da cidade que eles tem. O museu fica numa praça com vários outros edifícios históricos, e bem próximo à catedral. Outro atrativo imperdível é o Museu da Gente Sergipana. Ele mescla as raízes sergipanas e o tradicionalismo cultural, com muita modernidade e tecnologia. Lá você pode conhecer as tradições, culinária, fauna e flora sergipanas usando mesas digitais interativas, microfones, televisões, salas com livros eletrônicos, e um grande projetor que te leva dentro dos biomas do estado. É incrível!!! A entrada é grátis. Na orla do Atalaia, vale a pena também conhecer o o Projeto Tamar, o Oceanário. Apesar da entrada um pouco cara R$20,00 (R$10,00 a meia), você vê as principais espécies de tartarugas da região, e os projetos de conservação que fazem com elas, além de diversos aquários com peixes. A verdade é que o projeto é um grande "Greenwashing" da Petrobrás. 18/01- Dia de vazar pra Mangue Seco. Pegamos um ônibus do terminal Atalaia até a Rodoviária Velha (que por sinal é bem velha mesmo). R$3,50. Lá, cada um vai querer "vender seu peixe" e te enfiar num ônibus diferente. Então estude bem antes a rota que você vai fazer pra não cair na mão dos 171. Nós resolvemos ir por Estância, uma cidadezinha no interior do Sergipe. Acho que também dá pra ir pelo litoral, pela Praia do Saco, mas aí é outro esquema. O micro-ônibus de Aracaju pra Estância saiu por R$12,00/pessoa. Em Estância, ficamos algumas horas até sair o próximo ônibus. Almoçamos no supermercado, tem um restaurante legal por kg. De Estância, pegamos um micro-ônibus até o Pontal, nas margens do Rio Sergipe. R$8,00/pessoa. Lá no Pontal, fizemos a travessia do rio com o Galego, um barqueiro muito gente fina. Nº (79)998699248. Ele cobrou R$30,00 a travessia, enquanto um outro cara com lancha queria cobrar R$120,00. O Galego nos explicou um pouco da máfia das lanchas. Se você procurar, as lanchas mais baratas saem por R$60,00. Mas a travessia de lancha é muito rápida, não dá nem pra curtir o visual, que é maravilhoso. Então fomos no barquinho do Galego mesmo, com emoção. Também tem a opção de chegar em Mangue Seco pelas dunas, indo pelo povoado de Coqueiros. Um dos motoristas de ônibus queria porque queria nos levar pra lá. Só que pra chegar de Coqueiro até Mangue Seco, é só com buggy, pelas dunas, e ai o passeio é bem mais caro. Mangue Seco - BA O cenário de Tieta do Agreste. Que lugar incrível. Fora uma ou outra pousada mais moderna, o vilarejo ainda mantém toda sua simplicidade nas ruas de areia, nas casas antigas e na igrejinha do centro. O calçadão na orla muito bonito mostra que o estado vem investindo no turismo dali. O vilarejo é muito vazio e tranquilo, até de finais de semana. As pousadas todas vazias, pois o preço muito caro faz os turistas optarem pelo bate e volta nas escunas. Escolhemos ficar no Mangue Seco Hostel. Um erro e um acerto. A começar, porque de hostel não tem nada, nem quarto compartilhado, nem preços acessíveis. O lugar é um hotel gourmet com decorações modernas, apesar de simples, da Europa. Mas é uma graça, muito aconchegante. O casal de donos são bem peculiares. A Camila é um amor de pessoa. Exímia cozinheira, nos conquistou com o café da manhã com vários pães e bolos artesanais veganos. O Túlio é uma incógnita. Se apresenta simpático, mas demonstra não ter muito tato com os clientes. Pagamos uma diária de R$300,00 para três pessoas. O restaurante deles é bem legal, mas muito caro, gourmet. No jantar, pra fazer um apreço, comemos uma pizza vegana por R$74,00. 19/01- Margeando a cidade, uma enorme duna de areia que, quando vencida, te dá uma visão panorâmica de tirar o fôlego. De um lado, os últimos metros do Rio Real, do outro, o interminável Oceano Atlântico. No meio disso, uma faixa de areia e o mangue que dá o nome do vilarejo, que enche ou esvazia uma grande piscina de acordo com a maré. Vista indescritível. Para dar uma economizada, comemos quase todos os dias no PF da Júlia, um restaurante na orla. O PF com carne ficou R$17,00 e o vegano R$12,00 com várias opções de legumes, diferenciadas a cada dia. O jantar foi no Restaurante Frutos do Mar, comida a la carte, um pouco caro. 20/01- Do vilarejo até a praia (do mar), dá uns 20 minutos de caminhada, entre as dunas pela restinga. A paisagem é incrível, vale muito a pena ir a pé. Mas também tem a opção de pegar um buggy por R$30,00 aí o passeio não dura nem 5 minutos. Na praia tem uma estrutura boa de quiosques com cadeiras e redes, onde enche muito nos finais de semana, porque tem as opções de barzinho, e chegam várias excursões de barco. O almoço foi de novo o PF na Júlia, que fez uma banana da terra deliciosa. O jantar foi um caldo de abóbora fenomenal no hostel por R$32,00 p/2 pessoas. 21/01- Um dos passeios mais fascinantes é dar uma volta pelo manguezal quando a maré abaixa. Você vai afundando a perna até o joelho na lama tentando desviar dos milhares de caranguejos. É uma terapia pro corpo e pra mente. No pontal de areia tem uma casinha de areia que serve como único refúgio do sol. No final da tarde, quando a maré enche de novo, é imperdível arrumar um caiaque e entrar no mangue junto com as garças, os sapos, grilos, e ver o sol se pôr atrás da grande duna de areia. É de arrepiar. O jantar foi no restaurante vizinho à Julia. Nos arrependemos, comida mais cara, pior e em menor quantidade. 22/01- Outra rota imperdível é a Curva da Bóia, o caminho que margeia o mangue pela praia do rio, e que vai dar nos quiosques da praia do mar. A caminhada dura cerca de 1h com as paradas pra apreciar a belíssima paisagem. No caminho se misturam mar, rio, areia, água, mangue, conchas, pra criar um ambiente digno de filme (ou novela da globo rs). O almoço e janta do dia foram na Júlis, o PF vegano caiu pra R$10,00. 23/01- Dia de deixar o paraíso. O Galego já estava nos esperando na porta da pousada antes do horário combinado. Por R$30,00 ele fez a nossa travessia de volta, e ainda descolou o almoço no Tim, um dos dois restaurantes do pier do Pontal. R$60,00 p/ 3 pessoas. Comida ótima, trilha sonora melhor ainda. Galego e o Tim são dois caras muito gente boas, recomendo. O ônibus pra Aracaju passa na rua do pier. R$16,00/pessoa Aracaju - SE Em Aracaju, achamos mais em conta ficar no Ibis Budget. R$150,00 p/ pessoas. O quarto é bem apertado, mal arejado, e o café da manhã R$18,00/pessoa. Então no final o barato saiu caro. Jantamos Yakisoba num restaurante chinês na avenida da orla, por R$22,00 e alimentou nós três. Demos uma passada na Feira de Sergipe que ainda estava rolando, pra prestigiar uma apresentação de quadrilha muito legal. 24/01- Fomos de novo no Mercado Municipal pra comprar algumas lembrancinhas pra trazer pra São Paulo. Almoçamos em no Restaurante Chico's, que fica no andar de cima do mercado, com uma vista legal pro rio. R$32,00/kg ou opções a la carte. De noite, fomos conhecer o famoso Cariri, um restaurante com de decoração típica e onde sempre rola bandas de forró. Vale muito a pena ir pra conhecer e dançar um forrózinho. A cerveja é bem gelada, a comida é cara e deixa a desejar. 25/01- Infelizmente, chegado o dia de (eu) voltar pra São Paulo. Meu pai e minha irmã seguiram viagem, iriam pra Maceió, onde encontrariam minha mãe pra ir pra São Miguel dos Milagres/Maragogi. Ai vocês cobram o relato deles rsrs. Antes de ir, eu passei pra almoçar num espaço na frente do aeroporto que chama Reciclaria. Um lugar incrível, que quem for pra Aracaju não pode deixar de conhecer. Lá funciona uma marcenaria que só trabalha com móveis reciclados. Então todas as construções lá tem algo de reciclado. E também funcionam vários restaurantes. No almoço, só fica um aberto, de comida vegetariana/vegano. Adorei. De noite, abrem as pizzarias, restaurante japonês, e rolam vários sons ao vivo, disseram que o lugar enche de jovem. Se não me engano paguei R$25,00 no prato vegano. Depois fiquei passando o tempo até o voo conversando na "casa da árvore" com os meninos da marcenaria. Avião de Aracaju - SE pra Guarulhos - SP: R$320,00. “A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, por isso, não há alegria maior do que ter um horizonte cambiante, cada dia com um novo e diferente sol” - Into the Wild
  3. Sempre quis conhecer os cânions do Velho Chico. Vale cada centavo e cada minuto! Junto com meu namorado optamos por um trajeto 'roots', de ônibus, saindo de Petrolina e indo até Recife. Gostamos de pisar no chão que queremos conhecer. Eu tinha o desejo de conhecer as vinícolas de Petrolina e ele ainda não conhecia Recife. Também queríamos uns dias sem fazer nada numa praia sossegada. Então, assim fizemos: Dia 01: RIO DE JANEIRO - PETROLINA Chegamos em Petrolina na madrugada de um sábado para domingo e, pegamos um hotel central na cidade. Já logo na manhã do primeiro dia, as 08h pegamos o 'Vapor do Vinho', um trajeto que sai de ônibus de Petrolina com destino a Cidade Nova e de lá, da Hidrelétrica de Sobradinho. No caminho, paramos na vinícola Terra Nova, do grupo Miolo. Um dos melhores espumantes que conheço. Seguimos a partir dali com o vapor, que nos levou para algumas ilhas do São Francisco onde pudemos entrar no rio com segurança. O vapor serve um ótimo almoço, tem excelentes drinks, música agradável e estrutura. O custo foi de R$ 198,00 por pessoa em abril de 2022. Voltamos a Petrolina no final do dia e fomos para o hotel. Dia 02: PETROLINA (VINÍCOLAS) Mapeamos 03 vinícolas em Petrolina que valem muito a pena conhecer: Mandacaru, Bianchetti e Rio Sol (esta última do grupo Global Wines que também possui a Cabriz em Portugal). Foi o único momento em que alugamos um carro. Vinhos excelentes e passeio lindo! A noite, curtimos um barzinho com música local na beira do rio, na orla de Petrolina Dia 03: PETROLINA (PE) - PAULO AFONSO (BA) Antes de devolver o carro, cruzamos a famosa ponte de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), vimos a orla de Juazeiro com estátua do João Gilberto, ilustre natalino da cidade, assim como de Daniel Alves, jogador de futebol atualmente do SPFC também nato ali. A orla é linda e super bem cuidada. Dali, partimos para o Ateliê do Mestre Quincas, em Petrolina, já próximo de onde devolveríamos o carro. Famoso pelas carrancas, conseguimos conversar com um de seus maiores discípulos, o mestre Gago. Devolvemos o carro e fomos para a Rodoviária, onde pegamos um ônibus executivo, da empresa Progresso com destino a Paulo Afonso na Bahia. É de Paulo Afonso que sai o ônibus para Canindé do São Francisco, em Sergipe, cidade dos cânions. DIA 04: PAULO AFONSO (BA) - CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO (SE) Chegamos em Paulo Afonso tarde da noite, pegamos um hotel central e no dia seguinte já as 06h da manhã o ônibus para Canindé. São 02 horas de viagem e, a rodoviária de Canindé é na frente da Pousada que ficamos hospedados. Dali, já assim que chegamos, pegamos o barco para os cânions. O passeio é lindíssimo e dura cerca de -3h30. Com piscina natural. Em seguida, pedimos para o motorista que contratamos (lá tem que ser assim... as pousadas conhecem, não caiam no primeiro que se oferecer!), nos levar ao por do sol nos cânions dourados. Onde se vê de cima os cânions. É um negócio de lindo. DIA 05: CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO (SE) - PAULO AFONSO (BA) Já no dia seguinte, fomos a Piranhas (AL). Uma linda cidade histórica onde foi feita a emboscada a Lampião e Maria Bonita. Depois de uma voltinha no centro e na prefeitura onde ficaram expostas as cabeças dos cangaceiros, fomos até o restaurante Angicos, de lancha, onde além de um almoço incrível e de mergulhar mais umas vez nas águas do Velho Chico, pudemos fazer a Rota do Cangaço. Uma trilhazinha de 600m para a gruta onde Lampião e seu bando estavam quando foram tocaiados. Voltamos para Piranhas (AL) e de lá para Canindé (SE) para no fim da tarde pegar o ônibus de volta a Paulo Afonso (BA) e no dia seguinte seguir viagem para Maceió (AL) onde um motorista nos buscaria para nos levar à Praia do Patacho, na divisa dos Estados de Alagoas e Pernambuco. DIA 06: PAULO AFONSO (BA) - PATACHO (AL) Foram 05 horas de ônibus da Real Alagoas, esse sim o famoso 'pinga-pinga' para Maceió. No caminho, passamos na cidade onde nasceu a jogadora Marta, Dois Riachos (AL) e aonde nasceu Graciliano Ramos, Paineira dos Índios (AL). O motorista nos buscou e esse foi o único trecho mais 'playboy'. Mas valeu a pena. Pois de carro fomos contornando a costa e vendo as lindissimas praias do litoral norte alagoano. DIAS 07 A 10 - PATACHO (AL) Ficamos na charmosa pousada Quinta do Patacho, na praia do Patacho. Ali fizemos poucos além de ... nada! Lugar lindo, bucólico, fomos nas piscinas naturais onde vimos peixinhos tipo a Dori do Nemo, fomos a 03 excelentes restaurantes: SUR, do chef Serginho Jucá do Mestre do Sabor, Peixe na Telha e um cujo nome não me lembro, mas, fica na rua da pousada e comemos uma paella alagoana incrível. Tudo isso regado aos vinhos que estávamos carregando cuidadosamente desde Petrolina! No último dia, pegamos uma balsa até Japaratinga (PE), onde uma carona do Blá Blá Car nos buscou para irmos para Recife. DIAS 10 A 12 - RECIFE (PE) De volta a metrópole, ficamos no flat de uma amiga em Boa Viagem. Contamos com amigos locais para descobrir a boa de cada dia e noite, mas, basicamente, fomos ao Bar Central, um boteco próximo a zona norte, em uma rua com tantos outros, onde tem um excelente falafel. No dia seguinte, caminhamos pelo Marco zero e fomos ao Museu Cais do Sertão. Seguimos para Olinda, onde caminhamos pelos pontos turisticos e almoçamos no Oficina do Sabor. No dia seguinte, ultimo dia, optamos por ficar na praia mesmo até o momento de ir para o aeroporto. A viagem inteira, contando com passagens e hospedagens saiu menos de R$ 4K para cada um.
×
×
  • Criar Novo...