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  1. Fala galera, vim aqui compartilhar como foi minha experiência de 9 dias na cidade do rio de janeiro, indo e voltando de onibus (partindo de sp), com pouco dinheiro, ficando 5 dias em um hostel em copacabana e 5 dias na casa de uma conhecida. Estava combinado de irmos embora dia 10 às 11 a.m, entretanto meu amigo pegou uma intoxicação alimentar na sexta feira (dia 8 ) e passou a madrugada inteira no hospital muito mal, então resolvemos vir embora no dia 9 de madrugada, o que não fez muita diferença também. Recomendo muito viajar de madrugada, para mochileiros é bom porque não perdemos o dia no ônibus. É cansativo dormir sentado, mas fazendo um esforço o corpo aguenta o primeiro dia de boa (logicamente se não for uma atividade muito hard). Como disse, eu e meu melhor amigo somos estudantes e gostamos de conhecer os lugares com a maior veracidade que conseguimos, por isso sempre optamos por acampar (prefiro mais do que hostel), mas como muita gente nos assustou com a violência do rio, resolvemos ficar no hostel. No final das contas a violência não é como dizem, só não pode vacilar... Eu preferiria ter ficado em um camping mesmo... Gastamos 300$ no hostel (5 dias); 200$ no ônibus ida/volta SP-RJ; e eu gastei cerca de 600 reais nos 10 dias incluindo alimentação, passeios e presentinhos. Achei uma quantia aceitável para a quantidade de dias, fiquei feliz porque finalmente consegui "controlar" meu orçamento. (geralmente eu sou daquelas que gasta tudo nos 3 primeiros dias). Tivemos que filtrar o que realmente queriamos fazer, então deixamos de fora alguns lugares que também queriamos ir mas que eram mais tranquilos: morro da urca, cachoeira dos primatas, trilha para o cristo redentor, jardim botânico. Não queriamos gastar 44 reais para subir o pão de açucar tampouco 77 para ir para o cristo de bondinho. O intuito da nossa viagem era outro, fica pra próxima. ================================================================================================================================ Dia 1 Saimos de SP às 23h30 e chegamos na rodoviária novo rio em torno das 6h. Pagamos 107 reais na passagem, pela expresso do sul. A rodoviária fica no centro da cidade, então ir para qualquer zona, de uber, não da mais de 30 reais. Vale muito a pena, pois encarar o transporte público carioca, de primeira, com malas, eu não recomendo. A cada da nossa conhecida ficava na zona norte do rio, perto da estação de metro "engenho da rainha" e após nos arrumarmos lá, já fomos em busca de conhecer o local. Nosso primeiro destino foi "A pedra bonita", em são conrado. Para chegar até lá, pegamos o metrô até a estação São Conrado, depois um ônibus "maracai" que sobe o morro e nos deixa na entrada da trilha. Primeiramente, para quem vai utilizar o transporte público, dou a dica de ir atras do "rio card" que é um bilhete único que vale para ônibus, metrôs, trens e brt (um tipo de ônibus que tem uma faixa exclusiva para ele, logo, nao pega trânsito.). Minha namorada tinha me dado o rio card dela, então eu sai na frente; já meu amigo, adquiriu o "giro", cartão que só funciona para o metrô, a acabou colocando dinheiro no meu cartão para os outros meios de transporte. No rio, não existe a possibilidade de comprar um passe de metro que nem em são paulo, ou pagar e simplesmente entrar. Tudo lá funciona com esses cartões que eu citei e mal tem funcionário trabalhando nas bilheterias, pois estão substituindo tudo por máquinas. Salvo o ônibus, que é o unico local no qual o motorista aceita o pagamento em dinheiro. Pois bem, fizemos a trilha para a pedra bonita e foi lindo! (Queria postar as fotos aqui, mas dessa vez ficarei devendo). Se vocês curtirem essa vibe de trilheiros, vai aí algumas dicas também: tentem sempre chegar no começo da trilha antes das 10 a.m, para sofrerem menos com o sol carioca e aproveitarem mais a vista, o mais cedo possivel, melhor. E também tentem sempre ir de dia de semana, pois se não algumas trilhas lotam e o que era pra ser lindo fica levemente estressante. Levem frutas, barrinhas de cereal e sempre no mínimo 2L de água. Lá existe a possibilidade para saltar de asa delta, o que custa 500 reais, então não fizemos infelizmente. Depois descemos de carona o morro e passamos o resto do dia na praia de São Conrado. É linda, vazia, mas um pouco cara e o mar é bem de tombo, então é perigoso. Dia 2 Fomos passar o dia na praia do Leblon (a minha favorita). Descendo na estação "Arquero de Quental", a praia fica a 5 min caminhando. Lá é ótimo porque: o mar é tranquilo, é uma praia mais cheia então não é preciso tanta preocupação com a violência, o aluguel de cadeiras e guarda sol foi o mais barato que eu encontrei no rio e tem uma vista linda para o morro dois irmãos. Pagamos 10 reais no guarda sol e 5 reais em cada cadeira de praia. Dia 3 Fomos fazer um freewalking tour pelo centro histórico (praça mauá, pier restaurado, pedra do sal, etc). Esse tour foi muito bacana, pois eles não tem um preço fixo, então você contribui com o que pode. E além disso eles fazem essa tour que fala sobre a versão africana da história, o que foi algo que muito nos interessava. http://www.riofreewalkingtour.com/?gclid=Cj0KCQiAvqDiBRDAARIsADWh5Telz6uSiMN5Ozwrk42PwL_XYiSesO_NW3FFA8vyUSS_sYuKGNMnVlgaAvUmEALw_wcB Depois almoçamos em um bar sujo por 15 reais (incluindo dois latões de antartica). É só perguntar para um taxista ou para alguém na rua aonde tem um restaurante bom e barato que a galera indica com prazer. Dia 4 Nesse dia, pegamos o metro ate o Arquero de Quental e fomos andando até a entrada do morro do vidigal (cerca de 1,2km; deu uns 30 min). Foi escolha nossa ir andando, da pra pegar um busão tranquilamente. Fomos fazer a famosa trilha do Morro Dois Irmãos. Chegando na entrada do vidigal, pagamos 5 reais/cada no mototáxi para eles nos deixarem na entrada da trilha. Fomos no domingo pra essa trilha, e começamos a subir a trilha em torno das 10h, o que foi um erro rude por 2 motivos: por ser mata fechada, o sol não bate direto, mas mesmo assim fica muito abafado o que diminui muito o nosso rendimento na trilha. Foram uns 40 min de subida, o que pra mim foi bem cansativo e ao chegar no pico, tinha mais de 15 pessoas tirando foto etc e tal o que foi um pouco decepcionante, porque perde a paz da vista. Depois aproveitamos o resto do dia no Leblon. Dia 5 Nesse dia tinhamos combinado de ir para a pedra do pontal. É bom deixar bem claro, se for pedir informações, que vc quer ir pra PEDRA DO PONTAL e nao para o PONTAL apenas, pois aparentemente são dois lugares diferentes e o segurança nos disse (quando chegamos no pontal errado) que quase todo mundo comete esse erro. A pedra do pontal fica no recreio, que é mais ou menos depois da barra da tijuca, então é bem longe pra quem está hospedado na zona norte. Pegamos o metro até o jardim oceanico (estação final) e depois começou a saga para chegarmos até lá... Do jardim oceânico há a integração para os onibus do BRT. Entretanto, a galera que trabalha lá é meio confusa ao passar informações, erramos o caminho diversas vezes e como estavamos com celular só para tirar foto, não tinhamos como olhar em aplicativo. O que eu indico é: baixem o aplicativo Moovit e sigam o que ele diz, por mais que as vezes demore mais que o esperado, da certo. De qualquer jeito, pegando qualquer BRT que vá até a alvorada (um dos pontos finais), é só pegar outro BRT e descer na estação gláucio gil (e não estação "pontal"). Aí depois é só andar uns 20 min e a pedra do pontal estará a sua frente. Como erramos o caminho, ficamos na praia da macumba, na qual pagamos cerca de 35 reais em duas cadeiras e guarda sol. Por ser uma praia mais vazia, não passam muitos ambulantes vendendo matte gelado, sacolé, esfiha, empada etc (que são a diversão da praia). Ah, esqueci de falar que quase sempre almoçavamos uma famosa "quentinha" por 10 reais: era o melhor negócio! comida gostosa, barata e em boa quantidade. Dia 6 Foi dia de irmos mais uma vez com o free walking tour, mas dessa vez para conhecer o centro, os arcos da lapa, o disco voador, a escadaria selarón etc Depois almoçamos em um pfzao por 8 reais com os gringos que conhecemos! No final do dia fomos para o hostel, em copacabana. "Hostel solar 4u" que alias é bem mediano, não recomendo, pois o preço para 5 diárias foi 300$. Com certeza devem haver hosteis melhores, por mais que esse fosse bem localizado. Não valeu a pena, pois o lugar tinha bastante pó (sei porque tenho alergia), o cheiro não era agradável, o café da manhã incluso foi bem meia boca e as pessoas nem foram acolhedoras, parecia que não estavamos lá. Como no verão o sol se põe às 20h, conseguimos assistir ao espetáculo que é o Pôr-do-sol na pedra do Arpoador, na praia de Ipanema. É um por do sol em coletivo, ou seja, a pedra fica LOTADA de pessoas, mas é tudo bem sinalizado e zero dificuldades para subi-la. Tem escadinha e tudo. Vale muito a pena. Depois ficamos assistindo uma roda de capoeira, porém decidimos ir embora porque já tinha ficado escuro e iamos andando até o posto 4 em copacabana. O que da mais ou menos uns 30 min de caminhada. Dia 7 DdDe manhã, resolvemos pegar um uber e ir até o "Museu do Inconsciente", no engenho velho. Somos muito fãs da Nise da Silveira e foi lindo ver todo o trabalho dela de perto e também os frutos que ela deixou. O museu é vivo, ou seja, os artistas pintam lá dentro e conversam, interagem conosco. É bem incrível e impressionante. Depois almoçamos em uma pensão lá do lado, que o segurança nos indicou por 15 reais e pegamos um ônibus para o centro para depois pegarmos o metrô. Passamos a tarde em Copacabana, que ficava a uns 5 min do hostel a pé. A praia é normal, comparada com as outras praias maravilhosas do rio. Na verdade chega até a ser um pouco suja, tem muitas pombas (o que eu odeio), mas todas as barracas aceitam credito, mesmo que seja mais caro para alugar guarda sol e cadeira. Lá cada cadeira é 10 e o guarda sol é 20. Conseguimos pechincha das cadeiras a 7 reais. Depois jantamos em um PF ótimo que encontramos lá e fomos andar na orla, é muito agradável pois tem muitos vendedores vendendo desde caipirinha até passeios turísticos e ao fundo temos as músicas ao vivo dos quiosques que vão desde samba a rock. Paramos em um quiosque, bebemos duas caipirinhas por 20 reais e depois voltamos para o hostel porque o dia seguinte seria o mais puxado. Dia 8 Acordamos cedo, compramos um cacho de banana, dois litros de água e pegamos o metrô até o jardim oceânico. Nossa próxima parada seria a barra de guaratiba, mais especificamente a pedra do telégrafo. Finalmente pegamos a condução certa, qualquer BRT até o terminal alvorada e depois o ônibus 12 "pingo d`agua" o ponto "ilha de guaratiba" (fica ainda depois da praia do pontal e do recreio). Descemos e eu, como já estava farta de pegar ônibus e demorar para chegar nos lugares, sugeri que fossemos de mototáxi até a entrada da trilha (ficou 30 reais para os dois). Foi uma pequena viagem de uns 25 min bem agradável e nada estressante, mesmo quando chegamos na parte de morro em que o motoqueiro falou para eu segurar nele ou a moto cairia hahaha no final deu tudo certo... Em guaratiba, além das praias selvagens (do perigoso, do meio e outra que eu não lembro agora), temos a pedra do telégrafo e a pedra da tartaruga. A pedra do telégrafo é famosa pelas fotos com ilusões óticas e a da tartaruga é conhecida porque a galera faz rapel lá. A trilha é tranquila e sinalizada até a bifurcação que tem para a esquerda as praias selvagens (3km) e para a direita a pedra do telégrafo (1km). Como queriamos ir primeiro para a pedra, fomos pela direita. Fizemos a escolha infeliz, todavia, de desviar para a próxima bifurcação a direita, que dizia "pedra da tartaruga", pois não queriamos uma trilha engarrafada como estava a do telégrafo. Aí o bagulho ficou sério, a trilha ficou imensa, cansativa, traiçoeira e muito mas muuuuuuuuito longa. Chegamos na pedra da tartaruga quase meio dia, mortos de fome e de cansaço (foi quando descobrimos que deveriamos ter trazido mais comida). Tiramos fotos, ficamos um pouco por lá e resolvemos voltar cerca de 1/3 da trilha para pegar a bifurcação para a praia do meio. Entretanto, a trilha era só de subida, algumas escaladinhas em pedras e eu simplesmente não aguentava mais, estava entrando em fadiga muscular, sol a pino no rosto, perdendo eletrólitos desde o começo da trilha... Conversamos com uns trilheiros que estavam voltando e eles disseram que ainda tinha cerca de 30 min de SUBIDA para chegar na praia do meio, para depois pegarmos outra trilha para ir pra pedra do telégrafo. Não aguentei e nem o meu amigo, resolvemos ativar o modo retirada e voltamos a trilha toooooooooooooda, exaustos. Finalmente chegamos na entrada da trilha, depois de quase 2h de subidas frenéticas, e ai descemos o morro e voltamos de ônibus até o BRT. O nosso erro foi não ter levado mais frutas, gatorade, barrinha de cereal etc e também não ter conversado com os nativos para entender como funcionavam as trilhas. Lá não tem nenhum mapa ou coisa do tipo e depois que você entrou na trilha, basicamente está por conta de deus, pois dificilmente há uma alma viva também. Fizemos o trajeto que geralmente as pessoas fazem para voltar, que é passar por todas as praias e depois pela pedra da tartaruga. Aí a galera vai pela trilha do telégrafo que é mais tranquila. Enfim, aceitamos o ocorrido e voltamos satisfeitos por ter aguentado e visto as praias de cima, lá na pedra da tartaruga. Depois desse dia desistimos de ir para a pedra da gávea, achamos melhor voltar em outro momento com a grana para alugar um guia (+/- 200/pessoa) e ir pela P4. E eu, sinceramente, não queria encarar a carrasqueira com a minha musculatura cansada de final de viagem. Dia 9 Acordamos tarde, almoçamos lá para as 15h no mesmo lugar de sempre e depois ficamos de boa, passeamos na orla e compramos algumas coisas. Nosso ônibus saiu as 23h da rodoviária novo rio.
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