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As fotos estão em http://lrafael.multiply.com/photos/album/130/Pedra_Grande_de_Quatinga_Mogi_das_Cruzes-SP_-_fev12. O tracklog está aqui: Pedra Grande de Quatinga.gpx Dar o nome de Pedra Grande a uma montanha realmente não é algo que se pode chamar de original. Basta lembrar que próximo à capital paulista temos a Pedra Grande de Atibaia, na Serra da Mantiqueira temos a Pedra Grande do Gomeral e mesmo dentro dos limites da paulicéia temos a Pedra Grande da Cantareira. Já tendo pisado em todas as citadas, uma nova montanha homônima entrava para a minha lista, a tal Pedra Grande de Quatinga, sendo Quatinga um bairro de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo). Pois a lacuna foi preenchida num recente sábado de muito sol. Desembarquei do ônibus às 9h15 numa Paranapiacaba incrivelmente ensolarada e de céu limpo. Para quem não sabe, a forte neblina é parte da paisagem dessa vila, que pertence ao município de Santo André. Em outras ocasiões em que lá estive, não conseguia enxergar as casas e os galpões ferroviários a poucos metros. Mas desta vez, aproveitando o tempo aberto, me fartei de fotos dos arredores e do Mirante do Vale do Rio Mogi, onde instalaram uma plataforma de madeira da qual se avista toda a serra até o litoral. Só consegui dar início à caminhada propriamente dita às 10h15 tomando a Estrada do Taquarussu, a nordeste, logo passando pelo portal do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba e em seguida uma guarita com um vigia que controla o portão de acesso ao tanque que abastece de água a vila. Às 10h35 cheguei à entrada da Cachoeira da Água Fria à direita, onde funcionários da prefeitura recolhiam restos de um trabalho deixado ali, com roupas, velas e tudo mais. Minha discreta vontade de subir o riacho até a cachoeira foi reprimida pela obrigatoriedade de acompanhamento de um monitor já que o local é parte do Parque das Nascentes. Mais 10 minutos pela estrada cruzando com muitos grupos de orientais e passo pelo marco amarelo de concreto à esquerda que registra a divisa entre os municípios de Santo André e Mogi das Cruzes. Depois dele uma descida contínua até a simpática e minúscula vila de Taquarussu, aonde cheguei às 11h. O grande lago cercado por pinheiros é o principal atrativo do vilarejo e parece que todos os orientais, de todas as idades, foram fazer ali seu piquenique sabatino, com direito até a suave fundo musical de seu país de origem (desconfiei que fossem em sua maioria coreanos). Outro atrativo não menos interessante é a bonita Capela de Santa Luzia, muito bem conservada. Notei que muita gente abastece os cantis com a água das torneiras disponíveis por ali. Deixei Taquarussu às 11h30 e segui pela mesma estrada de terra batida ainda mais deserta, onde até o número de bikers diminuiu. Infelizmente a mata alta e fechada do começo deu lugar a árvores mais espaçadas e o sol passou a me cozinhar. Às 11h55 topei com uma bifurcação com placas no poste: à direita, o Camping Simplão de Tudo, e à esquerda, o Pesqueiro de Trutas Pedrinhas. Segui à esquerda por mais 350m e cheguei a um cruzamento de estradinhas com placas do pesqueiro me mandando seguir em frente (à esquerda iria para o bairro Quatinga sem passar pela Pedra Grande e à direita iria para o Simplão). Parte desse trecho de 350m é ladeado à direita por uma lagoa e na serra ao fundo já se tem a primeira visão da Pedra Grande, ainda sob a forma de um topo descampado, característico da sua face oeste. Seguindo em frente no cruzamento logo passo por um convidativo poção à esquerda da estradinha protegido pela sombra de altos pinheiros, um recanto bastante agradável, mas me limitei a algumas fotos apenas pois tinha muito chão ainda. Assim, às 12h40 alcancei o tal Pesqueiro Pedrinhas, onde bati palma mas ninguém apareceu. Por sorte, o morador de uma casa próxima me orientou quanto ao caminho. Cerca de 80m depois do pesqueiro deve-se entrar à direita numa estrada um pouco mais estreita e precária que termina diretamente numa casa com cachorros para alardear a presença de estranhos. A estrada termina mas, cruzado o riacho à direita da casa por uma tábua-pinguela, surge um caminho largo subindo. É o começo de uma subida constante em direção à Pedra Grande, que volta a aparecer cada vez mais próxima. Às 13h30, quando esse caminho largo já se reduziu a dois sulcos paralelos com grama e desenha-se uma suave curva à esquerda, uma trilha à direita serve de atalho. Mas, teimoso que sou, continuei pelo caminho mais largo à esquerda para conhecer. A referência para esse ponto de início do atalho é uma casinha que se avista uns 150m à esquerda. Continuando então pelos sulcos paralelos passo pela citada casinha, depois um portão com muitas hortênsias floridas, um lago à direita e outra casa onde um cãozinho solitário late à minha chegada. Mas o caminho parecia terminar ali e não havia ninguém nas casas para eu perguntar. Avancei ainda um pouco mais mas não encontrei saída. Valeu pela água abundante da segunda casa que matou a minha sede e me deu uma reserva preciosa para as próximas horas. No começo do retorno à primeira casa é que percebi a continuação do caminho numa curva ascendente em cotovelo, algo que passou despercebido na ida pois a curva era para trás. Subi até um portão largo e reencontrei às 14h08 o atalho que havia desprezado. Ele vem lá de baixo à direita e continua subindo à esquerda, para onde continuei. Mas não deu nem 50m que topei com a trilha de subida da pedra (à direita), mais estreita que a trilha do atalho e junto a uma cerca de arame farpado. De uma porteira próxima ao início da trilha pode-se ver o topo da Pedra Grande e sua face rochosa norte. Agora ia começar a parte mais difícil, depois de 14km de caminhada. Entrei na trilha às 14h18 (916m de altitude). Após 300m de subida suave, há um pequeno lamaçal e em seguida uma bifurcação: a trilha continua reta mas os troncos e galhos jogados no chão sugerem que se suba pela encosta íngreme à esquerda. E foi o que fiz. Como acontece nos picos em geral, à medida que subia a trilha ia ficando mais íngreme e o auxílio das mãos era necessário para impulso nos troncos. A subida acontece em sua maior parte em mata fechada na qual se avista em alguns momentos através do arvoredo a parede rochosa da pedra. Mas passado um bambuzal, a trilha sai no aberto e um longo trecho íngreme de capim ainda precisa ser vencido, no meu caso com o sol forte castigando. Enfim, às 14h48, com 30min cravados de subida, chego ao topo da Pedra Grande de Quatinga, com o gps marcando 1155m de altitude. A visão é magnífica, alcançando desde a Serra do Mar ao sul até a Serra do Itapety ao norte com a cidade de Mogi das Cruzes a seus pés. Além disso, grande parte do trajeto já percorrido e o a percorrer ainda. Aproveitei para explorar uma trilha que sai do topo na direção sul mas como meu objetivo era terminar a caminhada em Quatinga, desci uns 700m apenas e voltei. Mas essa trilha continuava, e bem marcada, e segundo informações que obtive por lá ela dá na Fazenda Matarazzo, que é o outro acesso à Pedra Grande, porém de passagem proibida. Depois de mais algumas fotos do cume, comecei a descida às 16h08. Um pouco antes da bifurcação do lamaçal há uma trilha que sai para a direita e deve levar a uma casa com piscina, a mesma da porteira junto ao início da trilha, mas soube que o dono é um policial que fica bastante irritado quando encontra invasores em sua propriedade. A placa "Entrada proibida - não insista" na porteira já sugere isso. De volta ao início da trilha e à porteira às 16h44, notei que voltaria a caminhar por uma estradinha deserta e coberta de capim de tão pouca usada. Olhando para trás ainda vislumbrei a grande parede rochosa da pedra por algum tempo. Passado o Sítio Só Alegria, parei para conversar com alguns moradores e pude matar a sede na torneira da casa de um deles. Depois disso, ou seja, nos últimos 3km, a estradinha alargou e começou o movimento dos carros que me fizeram comer um pouco de poeira. Alcancei a rua principal de Quatinga às 18h36, bem na hora do ônibus para Mogi. Após uma viagem de quase uma hora, saltei no Terminal Central, junto à estação Mogi das Cruzes, mas podia ter descido próximo da estação Jundiapeba se quisesse chegar mais cedo em casa. Total da caminhada: 23,1km em 8h20min. Dicas: . Para chegar a Paranapiacaba deve-se pegar o trem da CPTM para Rio Grande da Serra na estação Brás e descer no final. Numa rua transversal toma-se o ônibus intermunicipal para Paranapiacaba (R$2,90). . As linhas do Terminal Central de Mogi para Quatinga são C192 - Quatinga via Tomoki Hiramoto e C193 - Quatinga via Barroso. Do Terminal Estudantes sai a linha E395 - Taiaçupeba via Quatinga. A passagem custa R$2,90 e os horários podem ser obtidos pelo site www2.transportes.pmmc.com.br ou pelo telefone 0800-195755. Rafael Santiago fevereiro/2012
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ola galera... voltando aqui pra postar o meu segundo relato tendo total sucesso na nossa primeira trilha ao poço formoso fiquei tentada a voltar para a pequena vila e fazer outra o mais rapido possivel ^^ (circulo viciante) pesquisei a respeito do lago de cristal, porém optei por subir a pedra Grande mais uma vez influenciada pelos relatos do "Massa" rs então no feriado da consciência negra me encontrei com o meu parceiro de aventuras as 7:00 no ponto aqui perto de casa e la fomos nós a Paranapiacaba... chegando na vila, compramos mantimentos e antes de encarar a longa estrada de taquarussu subimos ao mirante do lado do cemitério... o tempo estava ótimo bem diferente do que a gente viu na primeira trilha o que nos deu mais coragem ainda pra pernada que nos aguardava, descemos então a ponte em direção a estrada não sem antes também tirar fotos da vila e da locobreque... locobreque mais alguns cliques, depois de passar no bar da Zilda pra tomar algo gelado e criar coragem, finalmente chegamos na estrada... as 10:00 seguimos então a estrada sem grandes mudanças de paisagem....cruzavamos vez ou outra com motos de trilha e ciclistas depois de muito andar, chegamos na vila de taquarussu onde comprovei o q o guarda metropolitano de paranapiacaba a quem pedimos algumas informações nos informou que na verdade era at muito pequena pra parecer uma vila com casinhas contadas a dedo, igreja e uma pequena represa...De dia naquele sol me parecia uma cidade fantasma de faroeste porém a noite imaginei como um cenário de jogo apocalipitico! até aqui tudo tranquilo foi depois de passar pelo pesqueiro que o perregue começou... depois de passado o pesqueiro truta nas pedrinhas entramos a direita como li no relato do "massa", passamos por uma propriedade com dois cachorros de caça , um deles bem exaltado tentando pegar os patos quase nos fez retroceder até eu perceber que ele estava preso por uma corda então continuamos depois dessa primeira propriedade tínhamos duas opções seguir reto ou uma bifurcação a direita onde entramos pensando ser a tal trilha até a pedra, errado! começamos no que parecia ser uma trilha que foi se fechando cada vez mais...embora inocentemente eu ainda achasse que era a certa... que nada... estávamos em mato fechado mais jurava que estava certa e teimosa como sou (preciso trabalhar nisso) não quis admitir o erro e como estava dando pra andar desviando dos obstáculos sempre em zigue e zague, achei que estavamos paralelos a trilha certa e que podíamos encontra-la em algum ponto...estava enganada. quanto mais andávamos mais agonia dava, o clima estava tenso e andávamos em silêncio, o único som era do "ai!" pq tinha muitos espinhos, tensa como eu estava e cheia de adrenalina nem estava me importando no momento, só queria chegar! fizemos um verdadeiro vara mato (só que sem a faca q seria muito útil por sinal), chegamos até uma parte onde tinha muito bambu e o Alex até se inspirou a querer bater fotos e quebrar um pouco o clima tenso porém estava mais preocupada em como chegaríamos, voltaríamos e a vegetação me deixou confusa oras aberta...oras fechada... aquilo com certeza não era uma trilha! depois de andar mais um bom bocado sem saber onde estávamos, passamos por mais uma propriedade que era um sitio que tinha uma placa bem grande dizendo proibida a passagem sem autorização, ouvimos barulho de cachorro e por via das duvidas a contornamos pela cerca por um caminho que se escorregasse era direto pro hospital pela queda ou por se cortar no arame farpado! continuamos pelo caminho árduo de espinhos, deslizamentos, troncos e etc...a essa altura já tinha total certeza que tomei o caminho errado em algum ponto distinto e já tínhamos andado muito, pelo menos eu achava, já que as arvores fechavam o céu acima de nós o q me deixava claustrofóbica e meio desorientada sobre onde estavamos em relação a pedra...a teimosia era maior e não me deixava retroceder, já tinha chegado até ali e iria até o final até pq tinha certeza de que já no topo acharia a trilha certa de volta. Alex até tentou me fazer voltar para trás sutilmente me dizendo que se eu não queria voltar pq estava machucada e estava preocupado, mais tentei transparecer a maior confiança do mundo de q iriamos chegar no objetivo...(era só subir então se já estava ferrada mesmo pelo menos ia até o final!). ele me olhou como se estivesse prestes a me carregar pra casa se fosse necessário mais que também iria dar o voto de confiança que eu precisava de q ainda podíamos chegar la... passado esse drama continuamos a subir... já estava anestesiada a dor que os espinhos e outros obstáculos me causavam então tentei me concentrar em detalhes como pequenas clareiras de luz, as arvores abaixando, pedras enormes e o barulho do vento mostrando que pelo menos estávamos subindo... Avistei uma clareira logo depois da subida íngreme em que estávamos como se o terreno la estivesse plano não deu outra me apressei em chegar até ela escalando como se estivesse ficando sem ar... quando alcançamos a clareira estávamos bem ao lado esquerdo da pedra tínhamos duas opções ou subíamos por ali mesmo que não era tão 'íngreme" e estava coberto com capim dourado seco até o topo(porém uma tropeçada ou perda de equilibrio era morte na certa, pq não tinha nada pra se segurar na caída) ou encarava a mata fechada de novo! não pensamos duas vezes e decidimos ir conquistando pelo lado da pedra até o topo, a vista era linda mais nem olhei pra trás com medo de ter uma vertigem, perder o equilíbrio e descer a montanha rolando...fomos bem dizer escalando, forçando o peso do corpo pra baixo e com cuidado porém estava andando com uma certa pressa, aquela situação também estava me deixando agoniada, Alex foi na frente com as mochilas e eu logo atras, em todo o perrengue que passamos aquele foi o mais fácil de vencer porém foi o de maior risco... arranhões não era uma das opções ali! chegamos em fim ao centro do topo, fiquei super empolgada "we are the champions my friends" mais logo sentei como se estivesse andando a dias, puxei todo o ar que pude e fiquei algum tempo parada até me estabilizar, devido a fatores como adrenalina, cansaço e latitude fiquei super ofegante...enquanto isso Alex ligou o radio e constatou que chegamos ao topo exatamente as 14:00 contabilizando 4 horas de ida e ainda precisávamos descobrir como voltaríamos. demos alguma olhada ao redor e já fomos até a ponta da pedra montar o piquenique, agora que estava parada e o sangue esfriava começava a ver realmente os estragos: como muita fome e minhas pernas putz as duas cheias de vergões,arranhões e ralados que começavam a doer pra burro, mais ainda quando eu tive a brilhante ideia de jogar água pra limpar os machucados... depois de comer os dois sanduíches que o Alex preparou pra mim e passada a adrenalina conclui q até foi duro chegar ali, mais perrengue faz parte, erros ensinam e a vista era linda! então comecei a curtir o momento e tirar fotos... Convidado do piquenique curtimos mais um pouco ouvindo legião urbana e apreciando a vista até q chegou 3 rapazes mais um senhor que era o tio e trazia os meninos para uma excurssão a pedra, fizemos amizade e explicamos o perrengue q passamos, pedimos encarecidamente se podíamos voltar com eles e evitar mais arranhões e stress na volta...eles ficaram felizes em nos ajudar! os nossos recentes amigos tiraram a nossa ultima foto na pedra... começamos a descida que foi bem íngreme porém divertida, aberta e muito mais segura que a subida, estávamos na trilha certa! os nossos amigos nos guiaram no caminho sem muita dificuldade até chegarmos em outra propriedade aparentemente abandonada com piscina que vimos do alto da pedra, pulamos a porteira branca da entrada e depois nos despedimos do pessoal que ainda iria pegar as bikes que esconderam no mato, depois desse ponto tinha uma entrada a esquerda e outra a direita fomos orientados a seguir pela esquerda pra chegar onde tudo começou na propriedade do cachorro caçador de patos....passamos pelo caminho dos dutos e chegamos de onde saímos e percebi o meu erro, deveria ter seguido reto logo após a primeira propriedade ao invés de ir pela entrada a direita! sem mais delongas nos apressamos no caminho de volta pq ainda queríamos assistir o final do jogo do Corinthians, mais claro que parando para alguns rápidos cliques,tomar uma breja no pesqueiro e para lavar o rosto no riacho que vimos na ida... A mãozinha... chegando na vila, fomos ao bar da Zilda e vimos o Corinthians tomar o gol e logo em seguida virar o jogo depois de bebemorar o dia e a vitória do Corinthians rumamos ao ponto mais não antes de passar no mirante de novo e ver a vista de Cubatão linda com as luzes acessas...pena que foi ai que minha câmera me deixou na mão. fomos para o ponto e ja eram 20:30...aguardamos o que parecia uma eternidade e finalmente EMTU/Trem/Metrô/ônibus.....lanchonete...CASA! aprendi muito nessa segunda trilha e ja anseio voltar a pedra(do jeito certo claro!)rs, estou adorando viver essas aventuras e descreve-las aqui! agradecendo mais uma vez ao Alex que me apoiou quando foi necessário, mesmo me chamando de doida , aguentou firme e confiou em mim até o final! A vida é uma escalada...mas a vista é ótima.
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