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  1. Meus amigos, estou de volta com mais um relatinho de viagem, feito no dia 30.03.2013, no Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha. Esse é um dos parques menos conhecidos no estado, é pouco frequentado perante outros mais "famosos", mas tem diversos atrativos, principalmente as variadas trilhas que o parque abriga, com extensões curtas (750 m) e 13 km (Ovo da Pata). Para chegar ao parque, é bastante simples. Pegamos a rodovia Fernão Dias e seguimos até Mairiporã. Logo que passar o pedágio, entre à direita, contorne uma rotatória para a sua esquerda e entre à direita, passando por baixo da Fernão Dias. Em seguida, contorne uma pequena praça e entre na segunda rua à direita e, novamente, à direita, passando por dentro da cidade e seguindo em direção à estrada que leva a Franco da Rocha (Rodovia Prefeito Luiz Chamma). É tudo muito bem sinalizado, a estrada está em ótimas condições. Você segue até uma rotatória, onde há uma placa indicando a entrada do Parque à sua esquerda, no sentido de volta a Mairiporã. Após fazer esse retorno, o parque está logo à sua direita. Uns 100 metros de estrada de terra e estará em frente ao portão de entrada. O parque abre às 8 horas da manhã, ficando aberto até as 17 horas. A entrada é gratuita, há uma área grande e muito boa para estacionar os carros.. Dentro do parque, há à sua esquerda uma parte do local onde ficavam abrigados os internos do antigo hospício. Em mau estado de conservação, esse trecho nos pareceu sombrio e de energias muito negativas. Logo à frente, fica a administração do parque, um parque infantil e banheiros. São várias trilhas que o parque oferece: trilha do Yu Keri, que começa próximo ao parque infantil e termina na trilha que direciona às demais. Nós a chamamos de "Trilha das Aranhas", por causa das inúmeras teias que encontramos pelo caminho. Iniciamos pela trilha dos Lagos, muito tranquila e fácil de se fazer... Após passarmos pelo grande lago, encontramos uma "escada" feita por pneus velhos, que leva até uma antiga pista de pouso de aviões de pequeno porte... A área de pouso é de chão bem vermelho e toma uma área muito extensa realmente...de lá, há a saída pras trilhas da Árvore Solitária (que fizemos ) e a do Ovo da Pata (que tem 13 km de extensão, mas não temos certeza se são 13 km contando ida e volta ou se são 13 até lá chegar). Voltaremos em outra ocasião para desvendar esse mistério, rsrsrrs. No caminho para as trilhas da Árvore Solitária e do Ovo da Pata, há um local de lazer, com quiosques, banheiros (muito bons e limpos!!!) e até um campo de futebol com "piso de saibro"!!!! Com traves em tamanho oficial!!! E no banheiro masculino , tinha até perereca grátis!!!! Vejam a foto!!! Dentro do parque há pelo menos duas torres de vigilância, de onde os guardas do parque podem visualizar possíveis focos de incêndio. São totalmente acessíveis até o terceiro pavimento, logo abaixo das cabines desses guardas. De lá, seguimos para a trilha da Árvore Solitária (que não é tão solitária, assim, não, tem bastante vegetação próxima...). Nesse ponto, há uma bifurcação, que leva até a trilha do Ovo da Pata, que fizemos apenas uma parte, por causa da dúvida da distância real... O parque é realmente muito agradável, espero que, com este relato, possa ajudar a fomentar um pouco o fluxo de turistas e de trilheiros no local. Pra quem gosta de contato com a natureza é um prato cheio!!!! Abração , galera!!!!!
  2. http://www.ipernity.com/doc/275479/album/305615 A PROIBIDONA DO PARQUE ESTADUAL JUQUERY Algo q mais me chamou a atenção numa das gdes surpresas naturebas de Sampa, o PE Juquery, é alvo deste relato. Não me refiro aos largos horizontes e nem ao rico bioma de cerrado desta unidade de conservação encravada a apenas 30km da Metrópole. Me refiro sim a gde qtidade de placas anunciando "acesso proibido", das quais sempre me indaguei o motivo. Pois bem, comento aqui então outra caminhada breve, tranqüila e desimpedida, porém vetada aos meros mortais, infelizmente. E com certa razão, além da costumeira justificativa de “pesquisa ambiental”. Trata-se duma bela pernada de menos de 3hrs q não somente galga o 2º pico mais alto do parque, beija os pés da torre leste e bordeja um braço da Represa de Mairiporã. Ela tb palmilha rente o Presidio Franco da Rocha, onde o risco de levar chumbo dos guardas penitenciários é real. Não foi muito pela necessidade de me poupar fisicamente pro feriado ou pela previsão de tempo instavel q terminou decidindo não me deslocar pra demasiado longe, no tradicional bate-volta dominical. Foi mesmo qdo a CPTM anunciou previamente q alguns trechos de suas linhas estariam interditados, em obras, q diluiu de vez qq pretensão de me mandar prs borda serrana de Mogi ou Paranapiacaba. Quem toma trem habitualmente sabe o transtorno q se tornam as viagens ferroviárias nestas condições, ainda mais se levarmos em consideração pruma trip q já é demorada normalmente. “Tô fora!”, pensei comigo mesmo. Sendo assim, voltei minha atenção novamente pro “Juca”, apelido carinhoso pelo qual é conhecido o P E Juquery, e uma trilha q particularente já havia me chamado a atenção durante duas incursões anteriores. Se trata duma picada q percorre o extremo leste do parque em formato de “U”, já no limite municipal com Mairiporã, q no caso corresponde à Represa Paulo P. de Castro. Proibida, a área abraçada por esta vereda é vigiada por uma torre de fiscalização similar ao “Mirante”, q é visível tanto deste como do alto do Ovo da Pata, pto culminante do parque. Resumidamente o “golpe” era o sgte: a idéia era dar uma de “João-sem-braço” , entrar na trilha com cara de paisagem e ver no q fosse dar! Pronto, é isso! E vamo q vamo! Mas como dizem por ai q “alegria de pobre dura pouco”, qual minha surpresa ao me deparar naquela manhã de domingo com a linha lilás da CPTM igualmente interditada no trecho Barra Funda até Perus!? Respirei fundo e, antes de cogitar voltar pra casa, olhei pro céu começando a abrir lentamente promentendo ao menos uma manhã ensolarada, e resolvi seguir em frente. Se servia de consolo, a viagem de trem demoraria além do normal, mas ainda assim seria mais ágil q se tivesse ido pra Mogi, sem dúvida! As coisas q a gente faz pra ter um quinhão de mato... A operação “baldeação”, nestes casos de obras nas linhas, é minimamente curiosa. Vc sai da estação do Metrô (no caso, Barra Funda) mas não sem antes pegar com o funcionário uma “senha p/ conexão” pro ônibus (gratuito) até Perus. Aqui o jeito foi seguir o fluxo humano pq realmente tava td bem mal-sinalizado e mais duma vez pedi informações prum guardinha q, cheio de má vontade, parecia estar me fazendo um favor. Uma vez perante o busão da conexão me deparo com duas filas: uma enorme e a outra nem tanto, sendo q a primeira era pros passageiros q desejavam ir sentados, e a segunda em pé. De modo a embarcar logo entrei na segunda opção (q avançava mais rápida) e num piscar de olhos tava me espremendo dentro do latão, rumo Perus. Aqui não me fiz de rogado e, junto com outros “manos” voltando da balada, sentamos nos degraus da escada do buso, numa boa, e assim fomos seguimos “confortavelmente” ate nosso destino. Após viagem relativamente demorada, finalmente saltamos em Perus onde embarcamos no trem sentido Francisco Morato. Mas claro, não sem antes devolver pro funcionário a tal “senha de conexão”. Vale salientar aqui uma falha no “sistema”, já q estava em posse de duas senhas. Mas como duas senhas? Explico: na Barra Funda, após pegar minha senha resolvi ir no sanitário. Ao sair novamente, um funcionário fez questão de me dar mais uma senha ao deixar a estação, q aceitei sem questionar. Pronto, era minha primeira “transgressão” do dia. Portanto fica a dica pra quem quiser viajar “de graça” nos busos de conexão durante dias de CPTM empipinada. O resto da viagem transcorreu como se fosse um dia normal. De Perus foram apenas duas estações ate saltar em Franco da Rocha, onde parei na lanchonete dum chinês afim de tomar meu desjejum. Mandei ver um pingado e um enorme pastel por apenas R$2 q me deixou mais q satisfeito. Na sequencia me prostei em frente do Supermercado Russi, onde tomei qq uma das varias linhas q passam na frente do “Juca”, no caso, um intermunicipal q rumava pra Mairiporã. E após essa aventura prévia de transporte pra chegar no parque, eis q finalmente desembarco as margens do asfalto da Rodovia Pref. Luiz S Chamma (SP-23), carinhosamente chamada pelos locais de “Estrada do Governador”. Eram apenas 8:30hrs e o sol já brilhava forte no firmamento, contrariando as previsões agourentas pro dia. Meu receio era de q o dia estivesse muito ruim e o parque estivesse fechado, uma vez logo na placa de entrada avisa com ênfase q “em dias de chuva não abrimos”. Perguntei pro guardinha da entrada o verdadeiro motivo dessa norma de “fechamento”, mas a desculpa não me pareceu suficientemente convincente. “É pq com chuva as estradas do parque ficam ruins e o pessoal já aproveita pra fazer a manutenção la dentro..”, justificou. Então tá. E após enfadonhos sete parágrafos de enrolação acima, eis q de fato inicio a pernada proposta da vez. Sozinho naquele horário, tinha o pque totalmente pra mim. Me pirulitei rapidamente pela estrada principal, pra então abandona-la em favor da entrada pra “Trilha dos Lagos”, tocando sempre pro sul, as 8:45hrs. Não tardou pra tropeçar na curva q ostenta, discretamente escondida em meio a espessa vegetação, uma entrada e uma placa onde mal se vê inscrito “Acesso proibido”. É ali. Abandono a trilha principal e mergulho no capim alto, munido devidamente com minha cota de óleo-de-peroba na mochila. Pronto, dava inicio então á minha segunda “transgressão” no dia. O começo da trilha é assim mesmo, repleto de mato alto q vc afasta com as mãos, mas depois de uns 5m o caminho limpa por completo, tocando pra sudeste. De cara surge uma bifurcação, uma saída pela direita q ignoramos e q nada mais é q um dos extremos da “Trilha Leste”, comentada no relato anterior referente ao “Juca”. A trilha então basicamente se torna uma estrada larga q começa a descer suavemente ate dar numa baixada tomada por uma florestinha, onde o som de água borbulhante logo se traduz num simpático correguinho q cruzamos por cima duma pequena ponte. Se não pegou seu cantil e encheu com o precioso liquido (como eu fiz), este é o ultimo pto de água decente do caminho. Na sequencia o caminho abandona a floresta e emerge no aberto, subindo forte o ingreme morro sgte. O suor começa a escorrer pela pta do nariz mas será por pouco tempo. Uma vez no alto, as vistas logo se ampliam e generosos horizontes se descortinam a nossa volta, no q será a paisagem recorrente durante o resto da pernada. Franco da Rocha é visível á noroeste, o Ovo da Pata desponta a sudoeste, enqto ao sul observo a trilha q sera palmilhada pelas próximas horas, percorrendo a crista dos morros sem gde variação de altitude. A oeste, pequenina, observo a torre leste de fiscalização coroando um morrote numa crista paralela á q estou, ciente de q quiçá já tenha sido observado por alguem de plantão. Marcas estreitas de pneus ainda frescas no chão levantam um pto de interrogação qto sua origem: seriam bikers igualmente marotos ou guardinhas de moto do parque, fazendo a ronda habitual? Preferi ficar com a primeira opção. A caminhada se mantem nivelada e desimpedida durante um bom tempo, sempre pela cumieira da morraria tocando pro sul, no aberto. Cruzo um pequeno capão de mata q me oferece um pouco de sombra, mas logo estou novamente nos descampados, tendo a brisa soprando meu rosto. Cupinzeiros, flores endêmicas e arbustos retorcidos são meus constantes companheiros de jornada, ornando ambas margens da trilha, ate q um belo vale descortina-se a minha direita. Pausa pra fotos, claro! A pernada tem seu compasso quebrado ao passar por baixo das linhas de torres de alta tensão, qdo o caminho desce numa segunda baixada pra depois começar a subi-la bem forte, aos ziguezagues, observado por urubus planando sobre mim. Visivelmente constatamos q o caminho sobe ao alto dum morro - guardado por enormes espadas-de-são-jorge - pra então começar a dar a volta e retornar pro norte, pela crista paralela á q estavamos. Não há nem necessidade de bússola pois a trilha é obvia, inconfundível e bem batida. No alto, as 9:45hrs, consulto a carta apenas pra ter a confirmação da rota e de q estou no topo dos 870m do segundo maior morro do “Juca”. A vista é maravilhosa e nos presenteia com generosa panorâmica do quadrante norte, a partir do alto daquele vértice serrano, uma junção de cristas. Começo a descer novamente por norte, inicialmente atraves duma encosta pra depois seguir pelo alto da cumieira serrana. Na paisagem q começa a se abrir o destaque é pro primeiro contato visual com o espelho dagua dum dos braços da represa de Mairiporã, brilhando a nordeste. Percebo uma discreta trilha (parcialmente coberta de mato) saindo da crista e indo em direção ao pé da serra, a minha direita, provavelmente indo de encontro as margens da represa. Sempre tocando por norte e mais próximo da torre leste, é numa baixada q percebo uma moto com dois ocupantes vindo em minha direção. É, tava bom demais pra ser verdade. Demorou até demais pra q me chamassem a atenção ali dentro. Cléber e Anderson são dois guardas do parque e um estava levando o outro pra entrada principal, e deixavam a torre leste apenas por um breve momento. “Você não leu a placa no começo da trilha?”, perguntou um deles. “Não, o mato tava cobrindo ela! Vi não!”, respondi. Quebrando assim as pernas da conversa, ambos foram bastante solícitos e prestativos em me passar as infos q precisava saber a respeito. Disseram q a maior parte da trilhas proibidas do parque são áreas de pesquisa ambiental do pessoal da Usp, justamente pra criar um plano de manejo decente futuramente. Mas ambos foram enfáticos de q aquela ali especificamente, ou seja, na qual estava naquele momento, era “mais proibida” q as outras por um segundo motivo. “Seguindo em frente, evita ir pela principal q vc vai dar nos pés do Presidio Franco da Rocha! Lá os guardas penitenciários atiram e perguntam depois! Com uma possante e certira calibre ‘doze’!!” , alertaram. “Pega uma das duas bifurcações q saem pela direita q vc vai dar na estrada. Mas não segue reto pela principal!”, emendaram. Me despedi deles agradecendo as dicas e prometendo nunca mais estar por ali. Alias, foi muito bom saber desse risco serio e real de levar chumbo a toa. Num piscar de olhos passei aos pés da torre leste, as 10:30hrs, q os guardinhas disseram se chamar de “Torre A de Fiscalização”. Dali pude reparar visivelmente o presidio encimado num morro forrado de eucalpitos, bem mais adiante, mas seguindo o conselho dos funcionários do “Juca”, tomei prudentemente a segunda saída q encontrei no caminho, q começou a descer a morraria pro norte. E bem afastada do presídio. Ali pude ver experimentos e medições dispostos as margens do caminho, confirmando q o pessoal biólogo da Usp bate cartão mesmo ali. A medida q avançava e perdia altitude comecei a ouvir o ruído de veículos, sinal q estava próximo da rodovia. Mas o melhor deste trecho final era a vista deslumbrante do espelho dagua da represa refletindo o maravilhoso céu azul q fazia naquele horário. A picada aparentemete terminou num ombro serrano, mas não tinha erro pois desci o q faltava atraves duma vala cimentada de escoamento de agua. E assim as 11:15hrs desemboquei novamente no asfalto da SP-23, mais precisamente no km 47. Como era ainda cedo, cruzei pro outro lado da rodovia e dei um breve e refrescante tchibum na represa, pra desgosto dos tiozinhos q ali pescavam sossegadamente. Desnecessario dizer q estava morrendo de sede, já q não havia carregado cantil nem garrafa alguma durante o rolê. Beber da represa tava fora de cogitação. E assim, movido mais pela garganta terrivelmente seca, andei ate o pto mais próximo de bus durante meia hora, onde tomei um coletivo q me deixou novamente em Franco da Rocha. La, quase as 12:30hrs, estacionei no mercado pra comprar latinhas do meu “precioso liquido” e começar o retorno pra casa, afim de tornar produtivo o restante do dia. Dureza mesmo foi refazer td trajeto de volta, na base da senha, conexão e viagem de busao demorada.. Paciência, ia fazer o q , ne? “É proibido o consumo de bebidas alcoólicas dentro das estações!” ecoa no alto-falante do Metrô da Linha Amarela, enqto bebericava minha latinha de cevada gelada ao aguardar o vagão. Discretamente e com cara de paisagem, escondo minha breja na mochila e embarco a caminho de casa. Pronto, era minha terceira “transgressão” do dia. E prum domingo repleto delas, o dia tinha mais q valido a pena. Afinal foi mto bom ter os esclarecimentos do Juquery sanados “in loco”. Realmente os motivos de proibição de algumas trilhas no Pque Juquery são dignos e necessarios, razão pela qual não vou incitar nem sugerir refazer esta vereda. No caso, será por conta e risco. Mas é tb de se esperar q esta bela e maravilhosa picada não fique apenas restrita apenas a pesquisadores. Um plano de manejo é sim possivel, de modo a q ela tb seja liberada algum dia pro publico excursionista consciente. Afinal, não se pode valorizar aquilo q não se conhece, e mto menos se pode proteger aquilo q não se ama. E além do mais, um parque cuja visitação é parcialmente proibida já perde sua efetiva razão de ser.
  3. http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/306/Trilha-Leste-do-Juquery A TRILHA LESTE DO JUQUERY A apenas 38km da cidade e detentor da alcunha de “último remanescente do cerrado na região metropolitana de São Paulo, cá estou outra vez no PE Juquery palmilhando seus vastos e largos horizontes. E desta vez pra me embrenhar em áreas pouco (ou nada) visitadas desta enorme unidade de conservação. Noutras palavras: adentrando em setores “proibidos” atrás de antigas trilhas em desuso ou de picadas não-oficiais q resultem em circuitos diferenciados, interessantes e q fujam do tradicional arroz-e-feijão q o parque oferece. Este é o relato dum roteiro breve e simples q galga o alto do pto culminante (o Ovo da Pata) e retorna por uma picada q corta o parque perpendicularmente de norte a sul, mediante crista paralela aos sinuosos caminhos convencionais. Mal deu 3 meses após minha primeira (e tardia) incursão ao PE Juquery q cá estou novamente palmilhando seus vastos e largos horizontes, conforme prometera naquela ocasião. Aproveitei esta vez pra levar a Lau conhecer esta unidade de conservação q me surpreendeu bastante em tds os sentidos, além de deixar uma vontade lascada de bisbilhotar o q haveria por detrás das trocentas plaquinhas com os dizeres “acesso proibido”. Logicamente q o conhecimento prévio do lugar me ajudou a otimizar bastante o programa da vez, deixando de lado as trilhas menos interessantes e, cortando caminhos das outras mais “tchans”, fomos direto aos ptos de maior interesse logo de cara de modo a q sobrasse tempo suficiente pra meter as caras na “exploração” sgte, algo q seria novidade até pra mim. Em tempo, ainda q o lance seja “desbravação”, a melhor palavra no caso não deixa de ser “excursão” e não “exploração”, pois estamos falando dum parque claramente urbano. Sem falar q o segundo termo já pressupõe o primeiro, porém com finalidade cientifica. Não é o caso. De maneira totalmente despretensiosa, eu e a Lau saltamos as 9:15hrs do latão “Mairiporã” em frente ao posto de bombeiros q serve de referencia pra entrada do PE Juquery, as margens da Estrada do Governo ou, oficialmente, Rod. Prof. Luis S. Chamma (SP-23). Não vou descrever o trajeto da linha lilás da CPTM nem maiores detalhes de acesso pq os mesmos já foram dados no relato anterior, portanto vamos ao q de fato interessa. O fato era q embora o dia se apresentasse com perspectiva de bom tempo, o parque estava relativamente vazio, pra não dizer bastante deserto. Pois bem, após adentrar pelo pórtico q nos dá boas vindas á unidade de conservação, ladear as ruínas e as edificações q originalmente compunham o antigo Hospital Psiquatrico do Juquery, tocamos pela estradinha de terra p/ oeste e q vai de encontro as principais trilhas do lugar. No caminho, a Lau já faz seu primeiro pit-stop pra colher goiabas madurinhas direto do pé, sobrando pra carregar nas costas o farto estoque do fruto adivenhem pra quem? Humpf. Ignoramos a “Trilha do Yu-Kery” e a “Trilha do Rio Juquery”, mas adentramos sem pestanejar na “Trilha dos Lagos” onde logo de cara tropeçamos com uma bifurcação sinalizando pra direita. Preste atenção no outro ramo da esquerda, onde uma lacônica plaquinha “proibindo acesso” esta praticamente sendo engolida por altas voçorocas de capim-gordura. Será por ali q nossa jornada irá terminar, e é bom q seja assim pelos motivos q darei mais adiante. É mais facil sair por ali do q sair pelo outro extremo dela, por conta das varias confusas bifurcações q são encontradas no setor sul do parque. E quem conhece bem os bairros vizinhos sabe bem q tomar uma picada errada por lá pode levar a alguma quebrada barra-pesada nada recomendável. Vc pode até tentar (re)fazer o trajeto sugerido neste relato sentido contrario, mas acredito q apenas quem tenha bom senso de navegação e farejo de trilha consiga realmente conclui-lo. Continuando a pernada, adentramos nas ruínas q antecedem os lagos, na verdade uma antiga cocheira q data da época do Complexo Hospitalar do Juquery. Depois subimos a sequência de pneus, totalizando 220 de graus, q levam a um mirante com bela panorâmica dos cinco lagos do entorno. Daqui de cima, ao invés de retornar td novamente basta acompanhar o rastro onispresente de terra vermelha batida, pro leste, q vai dar num chapadão extenso q desemboca no caminho principal. Este trecho de terra vermelha na verdade foi outrora uma antiga pista de pouso (como atesta a carta tpografica) de pequenas aeronaves dos proprietários originais da Fazenda Juquery. Conforme previsto, num piscar de olhos caímos no caminho principal rumo o Ovo da Pata. No trajeto, aberto e descampado, passamos pelo “Quiosque da Seriema”, ultimo lugar pra abastecer os cantis e tirar uma “agua do joelho” da forma tradicional. A partir daqui em diante a trilha – q é praticamente uma estrada – toca pro sul de forma sinuosa, acompanhando as oscilações e ondulações da crista e da morraria ao redor. A vegetação, por sua vez, exibe os contornos típicos do cerrado confirmando a alcunha q o parque recebe; mato baixo e rústico com predominância de arvores pequenas com galhos e troncos retorcidos, de onde pudemos claramente avistar não apenas dois urubus, mas tb um belo par de vistosos carcarás descansando. O “Mirante”, uma torre de observação com 20m de altura, é o atrativo sgte e logo de cara percebemos q havia um guardinha no alto, observando e fiscalizando td ao redor com seus binóculos de longo alcance, o q me deixou de sobreaviso qto minhas pretensões de me enfiar em locais “proibidos”. No entanto, o mesmo - atraves de sonoro grito – permitiu q pudessemos subir ate o terceiro degrau do observatório, onde além de vislumbrar quase 90% do parque além de ptos turísticos da regiao. É, pelo visto so poderia tentar me meter na surdina nos 10% restantes do parque, longe da vista daqueles possantes binóculos. Pelo menos naquele dia, já q na minha visita anterior não havia ninguém no Mirante. Continuando pelo caminho, desviamos brevemente dele pra dar um pulo na “Árvore Solitária”, um belo exemplar de copaíba localizado em meio a um campo limpo de cerrado e passível de ser observado de diversos ptos do parque. Dali parte uma trilha “proibida” rumo noroeste q desce a crista e vai dar numa casinha, no fundo do vale. Da ilustre copaíba tocamos por uma trilha q deriva da principal e, como atalho, corta o morro pela encosta sul e desemboca na picada principal, após passar por baixo das torres de alta tensão. No caminho um pequeno susto: a Lau dá um salto assustada dizendo q passara uma enorme cobra a seus pés e q eu quase pisara nela, sem perceber nadicas. Foi ali q redobramos a atenção onde pisávamos, mesmo sendo trilha. A pernada prossegue no mesmo compasso e inipterrupta, ao mesmo tempo em q as dobras de serra descortinam ao sul a bela cumeada espichada do morro q atende pelo curioso nome de Ovo da Pata, e q destoa dos vastos campos ao redor. Daqui já é possivel avistar as duas picadas q sobem ao alto da serra: ambas nos extremos do morro, a oeste e leste. Minha idéia era a de bordejar o sopé da montanha rumo leste, subir ao topo pela vereda desta extremidade e descer pela outra, a oeste. Durante o trajeto (bem tranqüilo), o tempo q ate então apresentou-se imerso numa nebulosidade clara, quente e abafado, resolveu dar uma refrescadinha sob a forma de uma breve e fina garoa q fustigou nossos semblantes suados. Após bordejar a montanha, tocamos ainda pela trilha sentido norte/noroeste ate um belo laguinho, na verdade um antigo engenho. No trajeto ate ali nascem varias bifurcações e vao dar nas extremidades do parque e servem de entradas “clandestinas” ao mesmo por esse setor oeste. Tanto q um tiozinho q tava pescando no tal lago se escondeu ao nos ver, quiçá imaginando q fossemos fiscais do lugar, já q bem do lado a uma enorme placa proibindo o acesso ao mesmo. Pausa pra fotos e voltamos ao pé da montanha. Uma vez no extremo leste da montanha tocamos piramba acima atraves da trilha acima mencionada. E la fomos nós, eu na dianteira e a Lau, logo atrás. A subida é tranqüila mas td cuidado é pouco: a declividade é acentuada e o terreno bem irregular; não bastassem os degraus altos de pedra e terra, as pedrinhas e eventual chão liso-molhado fazem as botas derraparem ao menor descuido. Ainda assim, aascenção é sussa e desimpedida e não nos tomou mais do q menos de 10 minutos, sem pressa alguma. Ganhamos o topo da monhanha por volta das 12:10hrs e graças ao intenso e forte mormaço pós-chuva q tivemos nosso único pit-stop prolongado daquele agradavel bate-volta. Desabamos então no amplo gramado q toma conta do alto dos 942m de altitude q domina a cumieira e permite visu panorâmico das cidades vizinhas (Franco da Rocha, Caieiras e Mairiporã), do vale do Rio Juquery, da Serra da Cantareira e do PE do Jaraguá. Claro q alem de lanchar e tirar um breve cochilo, tivemos a agradavel cia de dois enormes urubuzinhos q não paravam de planar sobre a gente, quiçá na esperança de ter lanche fresco naquele inicio de tarde q, agora sim, comecava a dispersar totalmente as nuvens do firmamento e ameaçava ser mais quente q na ida. Em tempo, vir aqui com tempo aberto e ensolarado é algo tremendamente sofrido e desgastante pela ausência total de sombra. Provavelmente seja este motivo pelo qual neste setor distante não encontramos ninguém naquele dia. As 13hrs retomamos nossa pernada agora perambulando tranquilamente pela larga e abaulada crista da montanha, sentido leste. Cupinzeiros, diversas flores e até uma deliciosa frutinha as margens da trilha deram o tom da agradavel caminhada q se seguiu. “Olha lá! Se passarinho não come não é pra engolir qq fruta q se encontra!”, me alertava a Lau. Mas eu não tava nem ai e mandei ver umas deliciosas frutinhas laranjas q havia no caminho, q não faço idéia o nome mas cujo gosto lembrava facilmente a das carambolas, so q mais adocicadas e menos azedas. A descida pelo outro extremo da montanha foi mais facil q a subida, isto pq aqui a declividade não é tão acentuada e a trilha não percorre td de uma vez e se dá atraves de sucessivos ombros serranos. Uma vez no sopé da montanha, logo após o encontro com a picada principal, é preciso prestar atenção pq não voltaremos pelo mesmo caminho. Foi aqui e saquei a bússola e o trecho da carta topográfica de Guarulhos q arrola o parque, q me ajudou a tomar as decisões sgtes. Antes de começar a subida do morro seguinte, mais precisamente no largo selado q une as duas montanhas, é possivel avistar na margem do caminho um toco de madeira, na verdade, o q sobrou duma marcação original da kilometragem ate o Ovo da Pata (“4km”), plaquinha q pode ser encontrada no mato, caída no chão. Ao lado deste toco de madeira há vestígios duma trilha (pouco nítida) q desce o vale rumo sudeste. Foi por ela q nos pirulitamos vale abaixo, afastando o mato q invadia a trilha boa parte do trajeto, principalmente nas baixadas. Mas é possivel ver q a trilha ta ali, bem batida sob a vegetação q tende a cair sobre ela. Vestigios q vez ou outra alguem a utiliza são encontrados a td momento, seja na forma de embalagens de balas, gels e ate marcas de pneus de bike. A caminhada prossegue vale abaixo sempre sentido sudeste, em contraponto com as nascentes do ribeirão Criciuma, q estão do outro lado do morrote sgte. Visivelmente reparamos a picada desce um amplo e largo vale e q depois ganha as encostas do ombro serrano sgte, repleto de eucalptos enfileirados. É ate la q temos q ir. Antes disso, porém, a picada desemboca numa vereda aparentemente maior e mais aberta onde é preciso saber q rumo seguir. Se tocar pra esquerda (descendo mais o vale, pro sul) encontrara o caminho além de alagado, tomado por espessa e densa vegetação, conforme constatei; portanto tomamos o ramo da direita, q sobe o morro sgte pro norte, q mesmo indo sentido contrario desejado, é a melhor forma de contornar este pequeno vale pra uma vez no alto, seguir pro sul pela crista seguinte. Sim, aquela dos eucaliptos perfilados. E assim foi. A subida da encosta sgte se dá de forma morosa, isto pq o sol resolve dar as caras com forca total e a Lau é forçada varias vezes a pausas pra tomar água. Como tocamos pro sul/sudeste, vamos contornando o Ovo da Pata pela direita, de onde temos uma vista diferenciada deste gde atrativo do parque. Lentamente, o terreno arrefece e aparenta nivelar, sinal q estamos na crista da serra outra vez. Uma vez no alto, o caminho (bem batido) comeca a fazer uma curva, indo enfim no sentido desejado, passa por um marco e nos leva ate uma nova (e discreta) bifurcação, esta sim bem mais importante: se seguir reto pela picada mais batida (da direita) a carta sugere q vamos dar nos cafundós do bairro de Morro Grande, ou seja, na junção leste de Caieiras e Mairiporã, a sudeste. Ao invés disso, tomamos o ramo da esquerda, menos nítido, q vai no sentido desejado, isto é, pro norte. E q coincide com a crista de eucaliptos perfilados!! Uma vez nesta trilha já não tem mais erro! A volta definitiva enfim se inicia aqui de forma tranqüila e desimpedida ate o final! O começo desta picada ta meio sujinho de vegetação tomando conta do caminho, principalmente qdo atravessa a cumieira de eucaliptos mencionada. Mas depois q passa este trecho florestado limpa completamente e torna-se tranqüila e desimpedida em sua maior parte. Este caminho é um achado pq toca pela crista da serra (ora largo, ora estreito) o tempo td, sem desnível nenhum, e vai inipterruptamente pro norte quase q em linha reta! Durante o trajeto é possivel rever o Ovo da Pata pela sua vertente leste ate a mesma ficar pra trás, após cruzada a linha de alta tensão q corta o parque pela metade. Outro destaque do caminho é a qtidade de lindas flores q orna esta vereda, provavelmente em virtude da pouca visitação da mesma, além dos varios instrumentos de medição (creio q pluviométrica) dispostos ao largo dela. Sem falar da gde proximidade com o outro mirante q domina o extremo leste do parque, similar ao q vigia as encostas mais conhecidas. Conforme o previsto, este trajeto pela crista aos poucos vai perdendo altitude suavemente e logo reconhecemos um morrote de terra vermelha a noroeste, bem próximo, q nada mais é o mirante da “Trilha dos Lagos”! Ou seja, a crista percorrida é a q afunila o vale q abriga as nascentes q abastecem o referido Lago. E assim, bem antes das 15hrs, desembocamos na bifurcação “proibida” mencionada nos parágrafos iniciais deste relato, sem problema ou empecilho nenhum, onde fomos recebidos por uma revoada de deslumbrantes borboletas. Uma breve e providencial parada nos sanitários do playground foi necessária pra remoção do mato trazido à tiracolo, pra na sequencia nos pirulitarmos pra Franco da Rocha no primeiro busão q passou atrás dum boteco o mais rápido possivel, já q o calor daquele horário estava insuportável e a necessidade de molhar a goela com breja estupidamente gelada era imediata, senão emergencial. E essa foi nossa segunda incursão a esta jóia rara em meio a Região Metropolitana de São Paulo chamada de PE Juquery, q decerto deve reservar novas incursões diante das varias outras picadas observadas (e outras ainda sequer “descobertas”) esperando pra ser novamente palmilhadas e bem pisadas. Seu setor extremo oeste, assim como seu similar a leste, é abraçado por vastas e enormes campinas q, se devidamente conectadas, sem duvida guardam gdes surpresas ao andarilho determinado em circuitos e pequenas travessias seja dentro do próprio parque como pra setores externos a ele, como pra Caieiras ou Mairiporã, já nas margens da Represa Paulo de Paiva de Castro. Basta meter as caras. Seja a pé, bike, ou quem sabe até canoa.
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