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  1. Depois de meses enrolando para postar meu relato, finalmente tomei vergonha na cara e me sentei para escrever sobre minha viagem ao Peru. Bom, decidi há uns cinco anos atrás que precisava conhecer Machu Picchu e imediatamente comecei a pesquisar tudo que poderia saber sobre como chegar, quanto era, o que fazer e por aí vai. Para minha surpresa (e vergonha por não conhecer), o “país de Machu Picchu” tem muito mais coisas além do sítio arqueológico. Então foi bem difícil definir um roteiro para 15 dias que incluísse o máximo de lugares possíveis. Essa foi minha primeira viagem internacional e sozinha, incluindo a primeira vez andando de avião. Então foram meses de muita pesquisa, ansiedade, frio na barriga e 15 dias de muitas primeiras vezes. Muitos relatos daqui do site me ajudaram a montar meu roteiro, e embora quisesse passar dois meses conhecendo o país todo, tive que decidir onde ir e meu roteiro ficou: 5 dias – Lima e Ica 10 dias – Cusco Decidi ficar a maior parte do tempo em Cusco pois amo história e queria muito conhecer o máximo de lugares possíveis por lá. Comprei as passagens um mês antes, e paguei aproximadamente 2500 nos 3 trechos: SP-LIMA/LIMA-CUSCO/CUSCO-SP Realizei o sonho de entrar na decathlon e poder comprar um monte de coisas hahahaha E depois de preparar a mala para frio e calor (confesso que exagerei um pouco na quantidade), comprar uma bota de trilha e pesquisar mais um pouco, o grande dia chegou. Vou deixar meu insta aqui, que lá tem uns destaques com mais coisas da viagem (@ale_tiengo) e caso precisem de ajuda, indicação de restaurantes, etc. 1º dia Cheguei em lima por volta das 11h (super confusa com o fuso horário) e caçando um wifi pois havia avisado todo mundo que chegaria 11h mas esqueci o detalhe do fuso kkkkkkkkkk Eu já havia reservado com o hostel um transfer do aeroporto para lá. O aeroporto de lima fica há uns 50 minutos de distância do centro de lima então, se programe para pegar um uber ou reserve um táxi. Na porta do aeroporto é um caos, vários taxistas oferecendo corrida em espanhol, então é uma confusão para sair de lá mas achei meu transfer. Me hospedei no Kokopelli que fica no bairro Barranco, este é um bairro menor e mais voltado para vida noturna e fica há alguns minutos da praia. O hostel é maravilhoso, tem uma arquitetura linda e com certeza foi uma das melhores experiências. Embora seja um bairro ótimo e muito bom para trocar dinheiro, o centro comercial fica em Miraflores, então após chegar no hostel pedi um uber para Miraflores pois precisava comprar um chip de internet. Um uber de Barranco para Miraflores custa por volta de 8 a 10 soles, e dá para ir de ônibus por 2 soles. Comprei o chip na operadora Bitel (uma loja amarela que tem em todo canto), escolhi um plano de 40 soles por 20 gb por 30 dias e durou a viagem toda usando tranquilamente todas as redes sociais, funcionando praticamente em todos os lugares. Depois de garantir meu chip e finalmente voltar a ter internet, aproveitei para conhecer o bairro de Miraflores. Esse bairro é mais luxuoso e cheio, com muitas lojas e restaurantes. Fui até a famosa Praça Kennedy onde vivem muito gatinhos soltos e tem algumas esculturas da cultura peruana. A praça é linda, possui uma catedral ao lado e é ótimo para aproveitar o dia passeando. Para almoçar, achei uma galeria cheia de food trucks com diversos tipos de comidas, e provei o famoso Lomo Saltado. Uma delícia, muito bem servido e um preço ok (30 soles). Conheci também o Shopping Larcomar, um shopping a céu aberto construído em cima do penhasco de lima, a vista é maravilhosa, porém nesse dia a neblina estava por todo lado. Pesquisando alguns museus descobri que no dia que chegaria em Lima o Museu de Arte de Lima tinha entrada gratuita e aproveitei para conhecer. O museu tem uma arquitetura lindíssima e diversas exposições de artistas peruanos (normalmente a entrada custa 30 soles e é gratuita as quintas). Voltando ao hostel, realizei o check in e no Kokopelli oferecem walking tour gratuito com os meninos do Lima Experience. Eles oferecem um tour histórico e um gastronômico, você consegue fazer os dois no mesmo dia começando as 8h no kokopelli e voltando 18h. Decidi fazer os dois no segundo dia. E aproveitei a noite no bar do hostel tomando algumas cervejas. 2º dia Depois do café da manhã todos que iriam fazer o walking tour se reuniram na entrada do hostel para aguardar o guia. Todo o passeio é feito usando transporte público e andando. Escolhi fazer o tour em inglês porque o espanhol não é meu forte e estava apanhando para entender e responder os peruanos hahaha Nossos guias foram o Yoced e o Alex, do hostel eles nos levam até uma parada de ônibus até o centro de Lima, de onde se inicia o tour. O grupo contava com 10 pessoas, a maioria de um país diferente e todos muito gente boa. O primeiro tour que fizemos foi o gastronômico. Aqui vou falhar com vocês porque passamos por muitos lugares e paramos em alguns para comer então não me recordo exatamente de cada parte do tour mas provamos primeiro a Maca, um suco com leite e a fruta maca que possui nutrientes energizante e é o equivalente ao cafezinho para os peruanos. Depois fomos andando pelo centro de lima, sempre parando em algumas barracas conhecidas pelo guia para comer alguma comida típica. Eles explicavam a origem de cada prato e como eram feitos, as comidas geralmente são divididas entre o grupo assim não fica caro e todos provam (gasto de 1 sol no máximo por comida). O tour é muito bom, vale muito a pena e é uma ótima oportunidade de conhecer a cidade para quem tem pouco tempo. Fomos também ao Mercado Central de Lima, onde eles compraram diversas frutas para provarmos. Nesse tour fiz amizade com alguns gringos super simpáticos: Simon, Natalie e Tamar. Os três também estavam começando a viagem no Peru e viajavam sozinhos também. Embora cada um seja de um país diferente, nos damos bem logo de cara e todos decidiram ficar para o próximo tour, então os guias nos deixaram no ponto de encontro para o próximo passeio que seria em 1h. Aproveitamos para tomar alguma coisa antes do próximo passeio, já que estávamos cheios de provar tanta comida. Dividimos uma jarra de chicha morada, uma bebida feita de um milho roxo do peru, que é muito boa para refrescar. Nos juntamos ao próximo grupo para o tour histórico, onde conhecemos mais algumas pessoas. Neste tour fomos aos principais museus da região de Miraflores e do Centro onde os guias explicavam sobre a história de cada lugar, a entrada dos museus é por conta de cada turista. No final do tour damos uma gorjeta no valor que desejar como forma de pagamento aos guias. Eles também nos levaram para um local famoso pelo Pisco Sour onde provamos essa bebida típica do Peru. Recomendo demais os passeios com o Lima Experience, os guias Yoced e Alex são muito simpáticos, Yoced fala bem inglês e entende um pouquinho de português. Durante a noite, sai para jantar com Natalie e Tamar, fomos na Barranco Beer Company, onde provei o anticuchos (espetinho feito com coração de boi, temperado, acompanhado de batata e milho), e voltamos ao hostel onde havíamos combinado de encontrar o grupo de americanos do tour histório e os guias, para irmos comemorar o aniversário do guia Alex em uma balada próxima ao hostel. O local parecia muito com uma balada br e foi ótimo para socializar e tomar vários free shots kkkkkkkk 3º dia Depois de um dia agitado, no terceiro dia acordei cedo para pegar um ônibus para Ica. E por coincidência (ou nem tanto), após conversar com meus novos 3 amigos, descobrimos que todos iriamos para Ica no mesmo dia, porém cada um iria de uma forma e combinamos de nos encontrar no hostel de Huacachina. Eu já havia comprado as passagens através da Cruz del Sur pelo site deles. As passagens de Lima para Ica custam entre 19 a 50 soles dependendo do dia e tipo de ônibus. Deixei minha mala maior no hostel e levei só o básico pois ficaria dois dias apenas em Ica. A rodoviária da Cruz del Sur é muito organizada e fica próximo ao Centro de Lima, lá você precisa despachar sua mala e fica apenas com uma mochila pequena no ônibus. São 4h de viagem de Lima para Ica, e é maravilhoso ver a mudança de cenário da cidade litorânea para terrenos áridos e plantações de uva. Chegando em Ica peguei um táxi direto para Huacachina, o motorista era muito simpático e que me ofereceu mil passeios kkkkkk. Huacachina é um pequeno distrito/bairro de Ica, onde está um oásis rodeado de dunas. Esse lugar com certeza foi um dos mais lindos da viagem, as dunas, o oásis é surreal. Me hospedei no Banana’s Adventures, um hostel lindo e muito confortável. No mesmo dia que cheguei consegui agendar um passeio de buggy nas dunas para mim, Simon e Tamar que chegariam um pouco depois de mim. O passeio custou 60 soles e agendei direto com o hostel. Saem passeios nas dunas durante todo o dia, mas o melhor é o passeio das 16h onde podemos ver o pôr do sol no deserto. O passeio é uma aventura, descendo de buggy de dunas enormes e fazendo sandboarding, se prepare para ter areia nas roupas até o último dia de viagem (eu ainda tinha quando voltei para o brasil) kkkkkkkkkk E para ajudar, nosso motorista brincalhão nos deixou no pé de uma duna, fazendo a gente se matar para escalar e chegar na cidade. Depois da loucura que foi essa chegada na cidade, me reuni com Simon, Tamar e Natalie e mais duas moças do hostel e fomos procurar um lugar para jantar. Huacachina é extremamente pequena, em 1 hora você da a volta em todo o bairro, então não demoramos para achar um lugar legal. E nesse lugar calmo e em clima de praia que DO NADA rolou um terremoto, SIM, UM TERREMOTO. Foi tudo muito rápido, mas bem assustador. Estavámos sentados escolhendo o que pedir, quando tudo começou a tremer e todo mundo do bar correu para a rua. O Peru é conhecido por sofrer com terremotos, porém o local em que estávamos não é comum sentir tanto e até os peruanos ficaram surpresos. Uns 5 minutos depois voltamos para o bar, depois que os garçons convenceram todos que estava tudo bem ahahaha. Depois desse susto e dessa primeira vez (e última, se deus quiser) pedimos alguns drinks e comidas. Como todo mundo estava exausto, voltamos para o hostel, tomamos mais uma cerveja antes de dormir. 4º dia Para o quarto dia eu e a holandesa, Tamar, reservamos um passeio para Paracas (80 soles). Paracas é uma cidade litorânea próxima a Ica, é uma boa alternativa para quem não quer ficar em Ica. Nós reservamos o passeio para as Ilhas Balestas e para a Reserva Nacional de Paracas. O passeio começa cedo, saindo direto do hostel para o píer de Paracas onde pegamos um barco (enorme) a caminho do famoso Candelabro e das Ilhas Balestas. O barco é bem grande e um guia vai explicando sobre a história local. É um passeio lindo, o candelabro é surreal e as ilhas são de tirar o folego. Nas ilhas vivem diversas espécies de pássaros e pinguins e leões marinhos. O passeio de barco dura mais ou menos 1h30, em seguida voltamos para a van e vamos para a Reserva Nacional de Paracas, uma reserva protegida onde é possível ver um pouco de deserto e oceano se encontrando. Lá paramos em algumas praias (algumas é possível mergulhar) e mirantes com vista maravilhosas, parecem até fundo de tela do Windows. Dentro da reserva há um local com 3 restaurantes, onde cada guia leva seu grupo no restaurante que conhece, lá aproveitei para comer um ceviche e em seguida pegamos o caminho para Ica novamente. O passeio dura quase o dia todo, chegamos em Huacachina um pouco antes do pôr do sol e de novo, esse lugar me deixou apaixonada pelo por do sol no deserto. Durante a noite, mais gente se juntou ao grupo que eu estava e comemos no hostel mesmo. A galera foi para uma festa em outro hostel e eu fui dormir pois meu ônibus sairia para Lima às 4h (deveria ter ido para a farra kkkk). 5º dia Antes de sair do hostel ainda deu tempo de dar xau para a Natalie que estava voltando da festa ahahahah Me arrumei para ir para a rodoviária da Cruz del Sur de Ica às 4h e por pouco não fiquei sem ônibus, aparentemente o ônibus que eu havia comprado estava atrasado e me colocaram em outro que estava saindo no mesmo horário. Cheguei em lima por volta das 8h e fui direto para o hostel, eu teria um dia em lima antes do meu voo para Cusco e tinha planejado passar o dia fazendo nada descansando, porém o sol apareceu e fui andar pela cidade. Nos dois dias em Lima, o tempo estava nublado e bem feio, porém Lima ensolarada é outra cidade com muito mais vida. Caminhei até alguns mirantes próximo ao hostel e combinei com uma brasileira (que conheci através daqui do blog) de nos encontrarmos para ver o pôr do sol no Shopping Larcomar. Isso é um evento que você deve colocar na sua lista do que fazer em lima. Foi um dia lindíssimo para me despedir de Lima da melhor forma. Roteiro de Viagem.xlsx
  2. Olhando de longe, parece ser Machu Picchu, olhando de perto, é Ollantaytambo. Esse lugar ocupa o meu segundo lugar no pódio “Lugares para deixar o queixo caído”. Me surpreendi com a beleza e com a delicadeza desse local. Dominada por duas grandes ruínas incas, a pitoresca aldeia de Ollantaytambo (chamada de Ollanta pelos moradores) é o melhor exemplo da genialidade do planejamento urbano inca, com ruas estreitas, em forma de paralelepípedos, e habitadas desde o século XIII. Um dos pontos de partida para Machu Picchu, Ollanta é adorável, ótima para vagar pelas ruelas estreitas, labirínticas, passando por casas de pedra e canais de irrigação, como se estivessemos voltando no tempo. Saímos das Salinas (terá um post sobre) em direção a Ollantaytambo. Paisagens e estradas capazes de deixar qualquer brasileiro com a boca aberta. Nunca tinha visto algo tão bonito. Andes, belas montanhas, e mais Andes! Belíssimos picos nevados, céu azulado e campos de cultivo em tons de verde e amarelo. Chegando em Ollantaytambo imediatamente me apaixonei. É um sítio arqueológico enorme (a área total do complexo é de 600 hectares), com a única vila inca, ainda habitada no Peru, e que ainda usam os mesmos antigos e modernos aquedutos para abastecer de água sua população. Aqui a gente vê monumentos militares, religiosos, agrícolas, astronômicos. Frequentes combis e coletivos ligam Urubamba a Ollantaytambo. Duas empresas oferecem trem entre Cusco, Ollantaytambo e Aguas Calientes; a Peru Rail e a Inca Rail. Em Cusco, várias empresas oferecem o passeio do Vale Sagrado, que percorre todos os locais do encantador Vale Sagrado Inca. Fizemos o passeio com uma empresa de turismo, contratamos o serviço na Plaza de Armas, em Cusco. Gostamos do atendimento e fechamos todos os outros passeios com a empresa. Confesso que é bem cansativo. A van passou no nosso hotel por volta das 4h da manhã, muito cedo para tomarmos café no hotel. A empresa oferece o café da manhã. Saímos de Ollantaytambo e fomos para Písac. Chegamos no centro de Cusco em torno das 21h, exaustos, com um frio de -2°C, que não estamos acostumados, mas chegamos com as malas cheias de belas recordações, e feliz por ter conhecido esse lugar encantador. Apesar de cansativo, o tempo passou voando. Foi difícil dormir, as belas paisagens não saíam da minha mente. Se tivéssemos com mais tempo, teríamos feito em dois dias o Vale Sagrado, até recomendo. São muitos lugares espetaculares para fazer apenas em um dia. A subida até o topo do Santuário Arqueológico, apesar de parecer fácil, é bastante difícil. Cada degrau deixado para trás era uma vitória. É difícil encontrar ar nos pulmões, você senta no meio do caminho para conhecer a história do local, e quando se dar conta está lá no topo, observando a charmosa vila de Ollantaytambo, com seus becos, vielas, aquedutos, e toda a cultura mágica do povo inca. Para mim, de todo o Vale Sagrado, Ollantaytambo foi o segundo lugar que mais me surpreendeu, e que mais me aproximou do meu eu. Ao sentar nas colunas sagradas do lugar, por várias vezes pensei: “Meu Deus, não estou acreditando que estou aqui”, Conheça esse lugar e aproxime-se de você mesmo.
  3. Vamos então a um relato da minha passagem pelo Peru entre 03/05 a 14/05 de 2024. Pra quem não me conhece, essa é a minha quarta viagem internacional e estava 1x2 para rolês não concluidos. Minha primeira foi em 2018 para Santiago no Chile e foi um sucesso, fomos em 2020 pra Argentina e ao Uruguai em março (sim, quando a pandemia explodiu) e, em 2022 fomos pro Peru mesmo, mas a Lima com destino final Arequipa. Nessa ocasião, os protestos pararam o país inteiro e não conseguimos sair da capital. Felizmente, esse retorno ao país, indo desta vez unicamente a Cusco foi incrível e inesquecível, empatando o jogo; #Dia 1 - Partida do Brasil e chegada em Cusco Nosso voo partiria dia 03 de maio às 03h30 da manhã, gosto de chegar nos países o mais cedo possível. Expectativa? Estar 10h05m em Cusco… Mas não foi assim. Segundo o piloto da aeronave, houve um problema com o computador e eles estavam o substituindo, a princípio pediu 30min, depois mais 30min, outros 30min e posteriormente mais 15min mas que desta vez iríamos, e de fato fomos. Claro que não eram exatos 30min, então tivemos um atraso aproximado de 135 minutos mas finalmente saímos de Guarulhos com destino a Lima. Ao chegarmos no aeroporto, claro, estava um caos. Havia uma muvuca de gente pra todo lado, as malas que os passageiros despacharam não funcionavam no auto atendimento, fazendo com que todo mundo tivesse que pegar uma fila e despachar manualmente, imigração, checagem das passagens… Só sei que quando nos vimos prontos pra embarcar, faltavam apenas 20min pro portão fechar. Lembrando que eu era muito familiar ao aeroporto de Lima (pela experiência anterior) e algumas pessoas até me seguiram pois estavam na mesma situação. Óbvio que o voo atrasou também, mas chegamos em Cusco com 2h de atraso total. Creio que por mais caótico que tenha sido, nossa conexão “normal” seria de mais tempo do que foi feito nessa situação, logo, tiramos uns minutinhos do atraso e ok, estávamos em Cusco. Nossa mala chegou quebrada, fomos ao guichê da LATAM e resolvemos lá mesmo (me ofereceram se eu não me engano 50 dolares) e saímos da área, o que logo fez um milhão de taxistas aparecerem de todos os cantos pra perturbar e sim, eles tentam aplicar um golpe em turista se você não ficar esperto. Jamais podemos subestimar esses momentos, achando "sou ligeiro, caio nessas não", meu caro, você pode cair sim, o ideal é irmos preparados para tal, afinal, chegamos exaustos no destino e por vezes "queremos apenas resolver logo" e é ai que a oportunidade deles aparece. Havia lido que os primeiros taxistas cobrariam bem mais caro do que alguns outros que ficam mais afastados (segundo o relato, facilmente 3x a menos) então, como havia visitado Lima em 2022, nem troquei dinheiro nenhum e levei 20 soles da viagem anterior em fácil acesso e quando o cara grudou na gente se oferecendo e cobrando $40, repeti diversas vezes que "só tenho 20 soles", ele foi baixando pra 35, 30... Até que aceitou os 20, era cerca de 5km de lá para nossa estadia. Mas enfim, pegou nossas malas, colocou no carro e iniciamos a viagem. Ao dar partida no veiculo, ele pediu 5 soles pra pagar o estacionamento (sim, sabia que a sacanagem começava ali) mas não se esqueça: Só tenho 20 soles; Eu confesso que sou uma pessoa que gosta da previsibilidade, estudo tudo que vamos fazer, principalmente em fases criticas mas desta vez, sei lá porque optei pela imprevisibilidade pois queria ver onde aquilo ia dar. Paguei a saída e misteriosamente os outros 5 soles sumiram, me devolvendo apenas 10. Ao invés de me levar pro endereço que queria, disse que me levaria a uma agencia conhecida, bem mediana por sinal (havia comentários na Internet de passeios ok mas outros desastrosos, do tipo “perdi o tour”, 3.2 estrelas), fui simpático, peguei alguns valores, simulei uns e bora pra casa. Quando finalmente chegamos no local onde iamos ficar e entreguei pra eles os 10 soles, retrucou "a gente combinou 20", disse "mas eu tinha os 20" e entreguei os 10. Ele ficou com uma cara muito feia mas foi embora. Ao chegarmos, fomos muito bem atendidos pela nossa host, nos deu folhas de coca, pegou um mapa em 3D de Cusco, apontou nossa localização e começou a fazer marcações de locais importantes, desde mercados, feiras, pontos turisticos importantes proximos, chip de celular, restaurantes... Tudo que iamos precisar. Nos entregou o mapa e nos direcionou ao quarto. Chegamos, tiramos o excesso de peso e já saímos pra resolver as coisas. Percebemos a altitude, eu e minha irmã nos cansavamos mais rápido, ela ficou um pouco enjoada, tomou um chá de coca e melhorou um pouco e depois um remédio de enjoo, mas tudo ok e dentro do esperado. Eu não sei se tive alguma coisa, pois como fiquei dormindo e acordando no voo e isso sempre me deixa com dor de cabeça, tomei um remédio pra isso (ainda indo para Lima) e não tive mais nada. Pelo cansaço, fomos apenas a praça de Armas, tiramos umas fotos, trocamos dinheiro, conseguimos um chip de celular, comemos alguma coisa e voltamos pra descansar. A grande base de crédito que usamos foi o cartão global da Inter, maravilha do senhor jesuis. Posso adiantar? Venha com dinheiro, mas você pode majoritariamente usar seu cartão global que é muito mais prático e na pior das hipóteses, sai igual a perda na melhor casa de câmbio que você encontrar. Fica a dica; #Dia 2 - O normal, apenas conhecemos os principais pontos da cidade, já notando uma queda considerável nas vezes que precisávamos parar numa subida por conta da aclimatação. Até aqui, nada de enjoo, dor de cabeça, cansaço, nenhum sintoma. Minha irmã estava ok também hoje; #Dia 3 - Inicialmente, iriamos fazer um bate volta até Arequipa mas, durante os ultimos momentos de planejamento (além de pesquisas e perguntas, inclusive aqui mesmo no fórum) optamos por não irmos e trocamos pelo nosso primeiro tour nas montanhas. Tinhamos consciência que não era ideal e que estava cedo demais, quando contamos pra host do nosso ap que fomos lá ela ficou "mas vocês foram muito rápido", mas não havia outra opção pois parte do roteiro, principalmente Machu Picchu, já estava decidido e não haveria outra janela. Fomos de van até Pacchanta, onde tomamos café, nos aquecemos, recebemos o briefing e iniciamos. A principio, eu achei que acompanharia o grupo, pois estava indo no mesmo ritmo mas ficava pra não deixar minha irmã a uma distancia muito grande, mas eventualmente eu me equiparei ao ritmo dela e ficamos bem pra trás, BEM pra trás, deixamos o grupo ir e acabamos quase no final da ultima galera. É interessante salientar que em nenhum momento tivemos grandes problemas, trabalhávamos com uma alta margem de segurança e não estivemos em risco em nenhum momento, só parávamos por um ou dois minutos e seguiamos. Quando chegamos a primeira laguna, o grupo já estava lá espalhado e diria que tivemos até pouco tempo, mas a partir dali não ficamos tão pra trás, pois paramos um pouco e deu pra se recuperar bastante. O visual é impressionante, principalmente do entorno, você fica morrendo de vontade de ir ali sozinho só pra ficar o quanto quiser, mas infelizmente não é assim que funciona. Continuamos pela trilha seguindo um grupo que estava embaralhado por ali e só lá no finalzinho que fizemos uma parada pra comer algo, beber agua e tirar umas fotos com as lhamas (ou eram Alpacas?) e dai ficamos um pouco pra trás, mas não tanto. No final, não sei se nos empolgamos com a descida e aumentamos mais o passo ou eram os efeitos altitude, mas quando chegamos e paramos na cidadezinha me veio uma dor de cabeça que nunca havia sentido antes: Ela começava forte, incomodava bastante e simplesmente desaparecia poucos minutos depois e posteriormente retornava como se nunca houvesse sumido, almocei e tomei um remedinho e logo passou. Minha irmã foi um pouco mais grave, teve enjoo, o apetite foi embora, nem saiu muito lugar pra conhecer os arredores afim de se recuperar. Novamente, depois de tomar o comprimido de enjoo, bastou uns 20 minutos e antes da van partir já estavamos bem. O lugar é lindo e recomendo muito que vocês separem um dia para tal, ao mesmo tempo que sugiro deixar para depois, quando estiveres bem aclimatado. O local parece ser bem plano mas há pontos de subida consideráveis então não é moleza, principalmente se você chegou na cidade há pouco. Todo o caminho é incrível, não só a parte da trilha mas inclusive nas rodovias.
  4. Em maio deste ano fizemos uma viagem de 13 dias para o Peru, sendo 04 noites em Lima, incluindo um bate e volta a Paracas e Ica, 07 noites em Cusco e 02 em Águas Calientes. Na parte de Cusco, a cronologia do roteiro é muito importante. Montamos o nosso, pensando na aclimatação a altitude, e evitar passeios muito pesados em dias seguidos. Nosso gasto total por casal, incluindo todas as despesas, até mesmo estacionamento no aeroporto no Brasil, foi de pouco menos de R$7.000,00 mais 72.000 milhas Múltiplos com passagens. Abaixo iremos resumir cada dia de nossa viagem, e tentar deixar algumas dicas úteis de cada lugar. Para isto, é importante deixar claro nosso estilo de viagem. Sempre viajamos mais no estilo “mochilão”, nos hospedamos em lugares simples, procuramos comer em lugares em que os locais comem e tentamos vivenciar ao máximo a cultura do lugar. Também gostamos bastante de aventuras, principalmente trilhas, em muitos locais para nós o percurso é tão importante quanto conhecer o lugar. · Dia 01 – Lima – Huaca Pucllana e Parque de La Reserva: Nosso voo chegou em Lima as 0:30, e como já havíamos reservado transfer pelo hostel devido ao horário de chegada, antes das 02:00 estávamos na hospedagem. Na manhã seguinte, em Miraflores, fizemos cambio, compramos chip de celular (vide dicas gerais) e fomos ao sítio arqueológico Huaca Pucllana. Huaca Pucllana é um sítio arqueológico pré-inca localizada bem no meio da cidade. A parte principal é uma pirâmide gigantesca, construída com tijolos de barro, estima-se que sua construção se iniciou por volta de 200 DC. A entrada no sítio com visita guiada custa 15 soles (estudante paga meia). Vale muito a visita, o sítio é bem diferente dos tantos outros que fomos no decorrer da viagem. (Info: http://huacapucllanamiraflores.pe/ Saindo do sítio fomos almoçar no restaurante Punto Azul em Miraflores, onde comemos nosso primeiro ceviche maravilhoso a um preço razoável. Após o almoço, fomos a praça no entorno no shopping Lacomar onde curtimos o pôr-do-sol na deslumbrante paisagem à beira-mar deste local. Deste mesmo local pegamos um Uber e fomos ao Parque de La Reserva (Circuito Mágico das águas). Se trata de um parque muito grande com inúmeras fontes de água. Este local certamente foi umas das melhores surpresas de Lima, ultrapassando nossas expectativas. Dentre as várias atrações do local, a principal e mais bela é a apresentação que é realizada em 03 horários: 19:15, 20:15 e 21:30. É um espetáculo de luz e imagens refletidas na cortina de água que dura 15 minutos e mostra um resumo da história peruana. Vale a pena chegar ao local com antecedência para garantir um bom local. A entrada para o parque custa apenas 4 soles. (https://www.circuitomagicodelagua.com.pe/) Dicas e Infos: 1) Hospedagem: Nos hospedamos em Miraflores, entre o parque Kenedy e o shopping Lacomar. Excelente local para ficar. Nossa hospedagem foi o Miraflores Guest House, local simples, porém com ótimo custo benefício. Tenha em mente que em Miraflores, apesar de ser o lugar mais recomendado para se hospedar, por lá tudo é mais caro (restaurantes, supermercados, etc). 2) O percurso do aeroporto a Miraflores dura em torno de 50 minutos sem transito. O translado por lá é relativamente barato, pagamos 50 soles reservando com antecedência. Porém com Uber sai ainda mais em conta. 3) Cambio: A maioria das casas de câmbio fica na Av. José Larco, av. que liga o parque Kenedy ao Lacomar. Além das casas de câmbio, há várias pessoas na rua que fazem cambio. Apesar de ser estranho fazer cambio com alguém na rua, estas pessoas são devidamente identificadas com colete e são legalizados, cada um tem um número de identificação, para que possa reclamar caso tenha qualquer problema. Cuidado para não pegar nota rasgada, mesmo que seja mínimo. Em Cusco não aceitaram uma nota minha devido a um rasgado de milímetro, e não faltava nenhum pedaço. 4) Celular: Comprei um chip na loja da Claro na Av. José Larco. O Chip com plano de 3GB para 30 dias custou 35 Soles, e funcionou muito bem em todos os lugares durante a viagem. 5) Taxi: Em Lima o que não falta é taxi. Basta sair caminhando na calçada que algum taxista já vai buzinar perto de você oferecendo corrida. Nos taxis não existe taxímetro e tem que negociar o preço antes da corrida. Devido a isto, preferimos usar o UBER, o que funcionou muito bem. Para economizar, utilizamos algumas vezes o UBER compartilhado (Uberpool), e não tivemos problemas. 6) Trânsito: O transito no Peru é um caos, em Lima, ainda pior que em outros lugares. Então alugar carro definitivamente não é uma boa opção · Dia 2 - Paracas e Ica: Queríamos muito conhecer esta região, porém como o tempo estava curto, pensamos que não seria não seria possível, até que descobrimos a opção de fazer o passeio bate e volta de Lima. O ponto de partida do passeio foi em frente ao Shopping Lacomar as 05:00. De lá viajamos de micro-ônibus até Paracas (3 a 4 horas) para fazer o tour das Ilhas Ballestas. Este tour é feito em barco de 40 pessoas, passa pelo famoso candelabro, um geoglifo a beira-mar muito misterioso de 40 metros feito a cerca de 2500 anos, algo diferente e bem interessante, principalmente para quem não vai visitar as linhas Nazcas. Após a parada para apreciar o candelabro seguimos para as Ilhas Ballestas, estas ilhas são um santuário ecológico, com muitos leões marinhos, pinguins e milhares de pássaros. O passeio é apenas panorâmico, por ser área de proteção não pode descer ou nadar no local. Por cerca de 40 minutos, o barco circunda as ilhas, com vistas de milhares de pássaros e centenas de leões marinhos. Belas paisagens. Após o retorno das ilhas, tem um tempo livre para almoço na própria vila onde se desembarca. O almoço não está incluso no passeio, e há vários restaurantes no local para escolha. Finalizado o almoço retornamos ao ônibus para mais aproximadamente 30 minutos de viagem até Huacachina. O Oasis de Huacachina é um mini vilarejo pertencente a cidade de Ica. Porém o grande destaque deste lugar é que ele tem um grande lago central cercado por vegetação, e isto bem em meio do deserto, formando realmente um verdadeiro Oasis entre dunas. Chegando ao local, conhecemos a vila e fomos fazer o passeio com os tubulares nas dunas. Este passeio é bem radical. Cada carro leva em torno de 12 pessoas, e o mesmo vai em alta velocidade nos sobe e desce das dunas, é praticamente uma montanha russa nas areias. No meio do passeio, o carro para fazer o sandboarding. Sandbording é a descida nas dunas escorregando deitado sobre uma prancha. Pode se fazer duas descidas (2 dunas), e após isto o carro pega as pessoas no final da segunda descida, para mais um pouco de adrenalina no retorno ao Oasis. Este passeio (incluso no Tour) foi certamente um dos pontos altos do dia. O último destino do tour, foi em uma vinícola, para provarmos os vinhos e vários tipos de Piscos. Sinceramente não gostei muito das bebidas deste local, mas valeu a experiência. Em resumo, este tour vale a pena para quem está em Lima e não tem tempo suficiente para passar mais de um dia na região de Ica. Certamente este dia foi o ponto alto dos 04 dias que permanecemos em Lima. Dicas e Infos: 1) Agência Picaflor Viajes, foi a que encontrei melhor custo benefício para o Tour, pagamos 165 soles na opção completa do passeio. Site: http://www.viajespicaflorperu.net/. Caso fechar com esta agência, o pagamento deve ser antecipado, então a maneira mais fácil e barata de transferir a grana, é via Wetern Union. Caso não conheça este sistema, a agência passa todas as informações por whatsapp. 2) Não saia sem um bom café da manhã. O Box Lunch prometido no tour não passa de um pacote de biscoito similar a um Club Social e uma caixinha de suco de 200 ml, e a única parada no caminho é rápida e em local caro. 3) Para o passeio das Ilhas Balestas, tente pegar lugar do lado esquerdo do barco. Neste lado terão as melhores vistas · Dia 03: Centro Histórico e Barrancos: Neste dia fomos conhecer o centro histórico de Lima. Iniciamos nosso passeio na Plaza San Martin. Desta praça há um calçadão de uns 900 metros até a Plaza de Armas que é coração do centro histórico de Lima. No meio do trajeto há uma igreja bonitinha (Igresia de la Merced). A Plaza de Armas é bem bonita, contornada com seus charmosos casarões amarelos com as tradicionais sacadas de madeira, em frente fica a bela catedral de Lima e a esquerda o prédio do Palácio do Governo. No dia que visitamos a praça estava fechada devido a ter protestos previstos para este dia, os turistas podiam entrar na praça, somente para passar, se parasse algum guarda já chamava atenção. Por um lado, foi até legal, que conseguimos algumas fotos com a praça quase vazia. Depois fomos até a igreja São Francisco, que fica junto ao convento São Francisco. Nós visitamos apenas a igreja, porém é bem famosa a visita ao museu do convento e as catatumbas que ficam no subsolo da igreja, onde tem cerca de 70.000 ossadas de pessoas sepultadas lá. Na própria igreja há algumas grades no piso que se tem a visão dos tuneis subterrâneos e destas ossadas, o que já é bem sinistro. Para quem quiser informações da visita, segue site oficial: www.museocatacumbas.com. Pretendíamos visitar e almoçar no Mercado Central, porém o mesmo estava fechado, então pedimos dicas para um morador de local para almoçar. Esta pessoa nos indicou uma quadra onde teria vários restaurantes. Chegando lá havia realmente vários restaurantes, porém, todos muito simples. Como gostamos de provar a comida dos locais escolhemos um restaurante e fizemos o pedido. O preço era em torno de 12,00 soles com entrada, prato principal e bebida. Para nossa surpresa quando recebemos os pratos, os mesmos eram muito bem produzidos e a comida muuiiito boa, não perdeu em nada para o almoço do primeiro dia no restaurante em Miraflores que custou 3x mais. Após almoçar fomos até o famoso bairro de Barrancos. É o bairro mais boêmio de Lima. Após andar pelo bairro, descemos até a praia, que ao invés de areias tem pedras, porém com um bonito visual dos barrancos margeando as praias. De lá avistamos o Lacomar que parecia estar perto, então resolvemos voltar caminhando pela praia. Somente “parecia” estar perto, foi bem mais de uma hora de caminhada até chegarmos, mas valeu a pena. Algo que nos impressionou em Lima foi a quantidade de cassinos, em algumas partes de Miraflores tem praticamente um a cada quadra. Como nunca havíamos ido em Cassino, decidimos fazer isto neste dia a noite. A experiência no cassino foi bem diferente do que esperávamos. Escolhemos um dos maiores e mais bonitos, chamado Atlantic City. No interior a princípio ficamos admirados com o tamanho e estrutura do local, comparamos 10 soles de fichas e brincamos um pouco. Após isto, fomos caminhar pelo cassino, o qual era composto na maioria do espaço por caça niqueis. Começamos a observar o semblante das pessoas nestas maquinas, o que não era de diversão, mas sim pareciam robotizadas em frente as mesmas, muitas inclusive jantando sobre estas e jogando ao mesmo tempo, ou seja, vício total. Percebendo este ambiente, sentimos o lugar realmente muito pesado e procuramos sair de lá o mais rápido possível. Valeu muito pela experiência, e após está espero que nunca liberem os cassinos em nosso país. Dia 04: Miraflores e viagem a Cusco. Neste dia como tínhamos voo à tarde deixamos a manhã para passear por Miraflores. O Malecon, é um calçadão que margeia a falésia a à beira mar. Caminhando por ele você segue uma sequência de vários parques abertos sendo mais famoso destes o Parque Del Amor. Estes parques são muito bonitos e bem cuidados e tem maravilhosas vistas do mar. Fomos de manhã, porém imagino que no pôr do sol deva ser ainda mais bonito. Após a caminhada do malecón continuamos caminhando pelo bairro e fomos até dois pequenos mercados perto do Parque Kennedy, Inka Market e Índia Market, onde compramos alguns souvenirs. Após isto almoçamos e fomos para o aeroporto, pois as 16:00 tínhamos voo para Cusco. O UBER de Miraflores ao aeroporto custou 38 soles. No avião já começamos nossos preparativos para enfrentar o temido Soroche (mal da altitude). Ainda em Lima compramos as Soroche Pills, um remédio vendido em farmácia para combater o mal da atitude, e assim que embarcamos já tomamos uma pílula. Vendo pela composição, não passa de vários remédios para dor de cabeça juntos e cafeína, porém não recomendo irem sem ele, me salvou no mínimo em uma ocasião. Em Cusco, ainda na área de desembarque, já há um pote de folhas de coca para pegar e mascar, o que ajuda muito com os efeitos da altitude. Podem mascar sem medo (ou esperança, rs), pois a folha de coca não tem nenhum efeito alucinógeno. Do aeroporto fomos direto ao hostel, e depois saímos para jantar, e demos uma passada na maravilhosa Plaza de Armas de Cusco. Neste dia sempre procurando andar o mais devagar possível, e para o jantar pedimos apenas 02 entradas, tudo isto para mitigar os efeitos do soroche. Referente a altitude, neste primeiro dia sentimos apenas uma leve tontura, nada demais. Dicas e Infos: 1 – No voo de Lima a Cusco vale a pena pegar janela, pois tem belas paisagens das montanhas dos Andes; 2 – Para ir do aeroporto de Cusco ao centro, terá dezenas de taxistas oferendo corridas no desembarque. Vão pedir em torno de 25 soles, negociem que o preço chega fácil a 10 soles. Neste caso o UBER era mais caro; 3 – Para evitar o Soroche, recomenda-se no primeiro dia evitar qualquer esforço físico e comida pesada; 4 – Sobre local para hospedagem em Cusco, quanto mais próximo da Plaza de melhor, consequentemente mais caro. O ideal é encontrar um meio termo, de acordo com o que pretende gastar. Nos hospedamos no Sumayaq Hostel, que é um casarão bem antigo, com estrutura simples e antiga também, porém bom atendimento e limpeza. A localização foi muito boa, pois ficava a uns 500 metros da Plaza de Aramas e próximo ao Mercado San Pedro, e sem nenhuma subida forte para chegar; 5 – Tudo próximo da Plaza de Armas é bem mais caro, então caso for comprar qualquer coisa, não compre nesta região. Afastando poucas quadras você encontrara preços bem mais baixos. Dia 05 – City Tour Cusco Nosso primeiro dia inteiro em Cusco, procuramos programar algo mais leve pela questão da aclimatação na altitude. Neste dia levantamos e fomos a Plaza de Armas, compramos nosso boleto turístico e fomos visitar o Museu Histórico Regional. Este museu é bem interessante, pois mostra um resumo da história peruana desde a pré-história até a época atual, e como é de se esperar o maior foco é na era dos Incas e da “colonização” espanhola. Após isso fomos procurar uma agencia para fechar nossos passeios (mais detalhes vide dicas). Já agendamos para esse mesmo dia no período da tarde o City Tour. Este passeio leva aos principais sítios arqueológicos ao redor da cidade. Visitamos Qoriqancha, Sacsayhuaman, Qenqo, Tambomachay e Pukapukara. O destaque é Sacsayhuaman, um sítio arqueológico bem interessante. Na visita, após as explicações do local, a guia nos deu 30 minutos livres e sugeriu o seguinte: se quiséssemos uma foto panorâmica do local subisse o morro do lado esquerdo, ou se quisesse visitar os principais pontos do sítio subir morro a direita. Como eu sempre quero ir em todos os lugares fui nos dois, subi bem rápido as escadas, o que creio que foi a causa de uma dor de cabeça terrível que tive a noite, fui salvo pela Soroche Pills. Este tour é melhor maneira de conhecer todos esses lugares em meio período. A parte ruim fica por conta de tempo livre limitado em cada local, problema comum em Tours. Por volta das 18:30 estávamos de volta na cidade. Para quem tem pouco tempo na cidade é possível conciliar este tour com algum outro passeio, exemplo, Maras y Moray ou Vale der Sur. Dicas e infos: 1 - Boleto turístico: Certamente em Cusco você vai necessitar comprar o boleto turístico. O completo custa 130 soles e dá direito a entrada em 16 lugares com validade de 10 dias. Há versões de 70 soles com acesso a apenas alguns lugares e válido por menos tempo. Caso vá ficar pouco tempo na cidade vale a pena avaliar qual é mais viável. 2 - Todos os passeios em Cusco (exceto Machu Picchu) são bem baratos e tem dezenas de agências no local que oferece as mesmas opções. Então vale a pena deixar para fechar quando chegar lá, não há risco de ficar sem vagas. Antes de ir, seguindo dica do pessoal do www.uaivambora.com.br, conversei com a Luz da agência Surco Peru Adventure’s. Porém somente quando estava lá negociamos os valores e fechei todo o pacote passeios por um bom preço. A Luz nos prestou excelente atendimento, nos auxiliando com tudo que necessitamos antes e durante nossa viagem. Para quem se interessar o contato dela é o seguinte: +51 984848674 (WhatsApp). Dia 06 – Maras Y Moray. Seguindo a estratégia de fazer os passeios mais leves nos primeiros dias para uma boa alimentação, nesse dia fomos a Maras y Morais. Este tour sai da Plaza de Armas às 8:30 e aproximadamente às 15:00 já está de volta em Cusco. A primeira parada Tour é no povoado de Chinchero. Nesse local visitamos uma associação de moradores que produzem diversos produtos artesanais para comercialização, principalmente de tecelagem com lã de Alpaca. Uma pessoa faz apresentação mostrando como são feitos os principais produtos, utilizando técnicas da época dos Incas. O próximo destino é o sitio arqueológico de Moray, que segundo historiadores era um laboratório agrícola dos Incas. O sitio tem uma série de plataformas circulares que parecem anfiteatros. Como há uma diferença de temperatura em cada nível, os Incas poderiam fazer experimentos e definir os melhores locais para produção de cada tipo de plantação. Em seguida fomos a salineira de Maras. Esta salineira é composta por mais de 3000 poças para produção de sal utilizando a água de uma fonte da montanha que, segundo nosso guia, tem 7 vezes mais sal que a agua do mar. A Salineira é localizada numa grande ladeira e compõe uma paisagem espetacular. As poças são divididas por mais 300 famílias e é passada de geração em geração não podendo ser vendidas. Os métodos utilizados para produção do sal são totalmente artesanais. O lugar é único diferente de qualquer outra coisa que já que já tinha visto. Retornamos para Cusco as 15:00, almoçamos e visitamos o Museu de Koricancha e Museo de Arte Popular, ambos bem menores e mais simples que o visitado no dia anterior. Dicas e Infos: 1 – Neste Tour, leve algo para comer, pois o retorno é as 15:00 e não há parada para almoço. 2 – A entrada em Moray esta inclusa no boleto turísticos, porém em Maras é necessário pagar 10 soles. 3 – Vale a pena pegar lugar na janela no ônibus, pois no caminho há espetaculares paisagens das plantações com as montanhas nevadas ao fundo, principalmente nas proximidades de Maras. Dia 07 – Pisac: Nesse dia optamos por fazer o passeio por conta, sem Tour. Pisac é uma cidade nas proximidades de Cusco que fica a 2800 m de altitude, porém o sítio arqueológico de Pisac fica em uma montanha ao lado a 3400 m. Para nós, com exceção de Machu Picchu, este foi o mais lindo Sítio Arqueológico da região. De manhã, passamos um pequeno susto. Minha esposa acordou mal, muita falta de ar, tonturas, dor de cabeça e sangramento pelo nariz. Eu já estava ligando para o seguro para encontrar o hospital mais próximo, mas uma funcionária do hostel procurou nos aclamar afirmando que tudo aquilo era apenas efeito do soroche. Decidimos ir para o passeio e observar até a tarde para avaliar a necessidade de ir em um hospital. Ela estava certa, minha esposa foi melhorando no decorrer do dia, e se tivéssemos ido ao hospital teria grandes chances de estragar o restante da viagem. Seguimos com a programação do dia, do nosso Hostel caminhamos pouco mais de meia hora até o ponto onde saem as vans para Pisac, que fica a 35 km de Cusco. Chegando na cidade pegamos um táxi para o sítio arqueológico as 11:30 já estávamos na portaria do mesmo. O taxista já queria combinar o horário para nos buscar, preferimos não combinar para ficar com tempo livre no local, e foi a melhor escolha possível. O sítio arqueológico de Pisac é muito grande e os tours visitam apenas uma pequena parte dele, onde estão os principais monumentos. Porém partindo dessa parte há uma trilha que segue pela crista da montanha até o final do sítio arqueológico. A trilha a conta com várias sobe e desce, normalmente por escadarias bem rusticas, então deve estar minimamente preparado fisicamente. Mas fazendo devagar é tranquilo, e as paradas são obrigatórias pois sempre há uma paisagem maravilhosa, com vistas do Vale Sagrado, escadas incas, tuneis, etc. Quase no final da trilha você se depara com o Templo do Sol, para mim a parte mais linda do sítio. Até aí já havíamos caminhado por mais 3 horas, com as idas e vindas e vários pontos, e teríamos que retornar a entrada do parque para chamar o táxi e voltar para a cidade. Porém sabíamos que havia uma trilha que descia pela montanha até a cidade, então perguntamos para um guia no local qual o tempo para chegar na cidade por essa trilha, o qual nos informou que era cerca de 40 minutos. Não restou dúvidas seguimos pela trilha. Lógico que gastamos bem mais de 40 minutos pois além do cansaço a cada a poucos metros parávamos para tirar lindas fotos. A Trilha desce a montanha em meio a mais ruínas e lindas vistas das montanhas. Chegamos na cidade de Pisac por volta das 17:00 horas. Almoçamos e pegamos a van de volta Cusco. Foi um dia espetacular e foi uma excelente escolha ir por conta deste lugar. Dicas e infos: 1 – A van de Cusco a Pisac custa 4 soles, e o ponto de saída fica a cerca de 15/20 minutos da Plaza de Armas. Se preferir ir de Uber/táxi pagará no máximo 5 soles. 2 – De Pisac ao sitio dá para subir pela trilha ou de táxi, porem subir e descer pela montanha pode ser bem cansativo. Se for para escolher apenas um trecho melhor subir de táxi e descer pela montanha. O táxi lá é bem caro, 30 soles, uma sugestão para economizar é esperar alguém para dividir. Dia 08 – Laguna Humantay Este era realmente nosso primeiro desafio físico da viagem. Subir até a Laguna com altitude superior a 4200 metros, pela trilha com aproximadamente 7 km (ida e volta), sendo destes, uns 2 km em subida bem íngreme. Esta lagoa fica aos pés do Nevado de Salkantay, e está no início da famosa trilha de Salkantay que leva até Machu Picchu. A lagoa é formada pelo desgelo desta montanha, e tem águas cristalinas com tons azulados e esverdeados (dependendo do sol) e suas águas espelham o nevado atrás, formando uma paisagem surreal. Primeiro vamos falar do passeio. Pagamos 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço, e mais 10 soles de taxa de entrada na Laguna. Valor muito baixo pelo que é oferecido. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã é simples, porém muito bom. Depois seguimos por pouco mais de uma hora em estrada de terra e muitas curvas. Em torno das 09:00 chegamos ao ponto inicial da caminhada. Os primeiros 1,5 km são por uma estrada praticamente plana. Após este trecho começa realmente a subida. Há a opção de alugar cavalos para subir, para nós esta não era uma opção, pois tínhamos nos preparados muitos para estes desafios. Fomos subindo em nosso ritmo, devagar e sempre. Na trilha você não verá ninguém com expressão tranquila, exceto os locais, a altitude realmente pega todos. Compramos uma lata de oxigênio (vide dicas) por precaução, pois minha esposa tem bronquite. Não sei se foi devido a estarmos com o oxigênio, mas um menino que aluga os cavalos nos seguiu até mais da metade da trilha, ele acreditava que iriamos desistir, se deu mal. Apesar de cada grupo ter um guia, cada pessoa sobe no seu ritmo, então durante a trilha é por conta própria. Uma ressalva especial a nosso guia deste dia, o nome era Denis, e o cara era sensacional, muito simpático e sempre motivando a todos para conseguir. Após pouco menos de 2 horas do início da caminhada chegamos a Laguna, e neste momento qualquer cansaço simplesmente desaparece. Não queríamos perder nenhum segundo daquela vista surreal. Tínhamos 40 minutos de tempo lá em cima, mas ficamos por mais de uma hora, foi difícil o guia conseguir tirar todos daquele lugar. Durante a subida o tempo estava totalmente encoberto, imaginamos não íamos pegar sol na Laguna. Porem quando chegamos o tempo abriu parcialmente permitindo aproveitarmos os efeitos de cores da agua com o reflexo do sol. Assim que saímos o tempo fechou novamente, “Valeu São Pedro”. Em seguida descemos até as vans, e voltamos ao mesmo local do café da manhã para almoçarmos. Chegamos de volta em Cusco por volta das 18:30 da tarde. Dicas e infos: 1 – Procure não fazer este passeio nos primeiros dias de estadia em Cusco, faça boa aclimatação antes. Se se sentir melhor, leve uma lata de oxigênio que vendem em farmácias em Cusco. Para comprar o oxigênio, va a um apequena farmácia na calle Zetas, depois do templo de Qorinkancha, é a metade dos preços das farmácias mais próximas da Plaza de Armas. 2 – Leve água, 1 litro por pessoa é suficiente, e alimentos energéticos (chocolates, doces, etc.). Dia 09 – Viagem de Cusco a Aguas Calientes. Para visitar a Machu Picchu é necessário ir até Aguas Calientes, que é uma cidade criada apenas devido ao turismo neste local. Porém como não há estradas, o acesso a este local é somente por trem ou a pé. Sendo assim para fazer o percurso de Cusco a Aguas Calientes, se resume a 03 opções; -Trem, opção fácil, porém muito cara; -Trilhas, (cerca de 05 dias), opção também cara e necessário reserva com muita antecedência; -Van/caminhada, opção barata e com aventura. Quando inicie a pesquisa me assustei com os preços dos trens, que cobravam em torno de 70 dólares por trecho, cerca de 2 horas de viagem. Pesquisando outras opções encontrei as opções de van, que cobram em torno de 35 soles por trecho. Também recebi excelentes dicas do pessoal do blog www.uaivambora.com.br a respeito desta opção de transporte. No final de contas encontrei uma passagem promocional para o dia da volta de trem por 44 dólares, e para poder ganhar um dia no roteiro, visto que a opção da van toma praticamente um dia, optei por ir de van e voltar de trem. A van nos pegou no hostel as 07:30 da manhã, e saímos de Cusco umas 08:30, daí fomos até Ollantaytambo onde faz uma parada de uns 20 minutos para quem necessitar comprar algo ou comer. Neste momento estava tempo ruim e começou a chover, nos deixando um pouco preocupados, afinal teríamos que caminhar 15 km, o que com chuva poderia ser bem mais difícil. A partir deste ponto realmente começa a aventura, o próximo trecho é uma subida que parte de 2.800 até 4.400 metros em cerca de 40 KMs, (nem precisa dizer que é só curvas, né). Porém a paisagem na parte alta da montanha é muito bela, vale a pena pegar lugar na janela nesta viagem. Após isto desce pela montanha até nível de pouco mais de 1.000 metros, com mais curvas ainda, e mais paisagens lindas. Esta é a parte tranquila da viagem, porque após o vilarejo de Santa Maria, o caminho segue por estrada de terra estreita o tempo todo a beira de um precipício. O motorista da van vai buzinando nas curvas com o intuito de alertar caso venha algum carro na direção oposta. Este trecho tem por volta de 30 KM. Perto das 15:00, chegamos ao ponto final da Van, que é um restaurante que quem tinha o almoço incluso no translado iria almoçar. Próximo ao restaurante, uns 05 minutos de caminhada, tem uma cachoeira espetacular, bem alta, vale a pena ir. Neste momento a chuva havia parado (obrigado São Pedro 2), e já iniciamos nossa caminhada, pois estávamos preocupados em chegar antes de anoitecer. Chegando a estação de trem, vimos que muitas vans levavam os passageiros até lá, e no nosso caso já tínhamos caminhado quase 3 KM, incluindo a ida a cachoeira, por este motivo que nosso percurso deu 15 km, enquanto li vários relatos eram 12 km. Neste momento a fome apertou e percebemos que ir sem almoçar não seria boa ideia. Havia na estação alguns restaurantes bem simples, onde comemos um bom PF por 10 soles. A partir da estação deve caminhar por alguns metros na linha do trem e pega uma saída a direita com uma subida inclinada, mas com cerca de 300 metros apenas. Depois sai em nova linha de trem e segue pela mesma. A trilha não tem erro, é somente seguir a linha, e você nunca estará sozinho, muita gente faz este percurso. Chegando a Aguas Calientes, há uma saída a direita, caso chegue em um túnel, não atravesse, volte alguns metros porque você passou a saída. O percurso todo é entre montanhas muito íngremes de todo os lados, observando a geografia do local fica fácil perceber que os Incas queriam realmente esconder Machu Picchu. O trecho todo é quase plano, tranquilo de fazer. O que nos cansou no final da trilha foi o peso da mochila, pois por mais que reduzimos, iriamos passar 02 noites, como a previsão do tempo estava ruim tivemos que levar roupas para frio, e para caminhar mais de 03 horas cada quilo conta muito no final. O final da trilha foi a noite, mas como havia várias pessoas caminhando foi tranquilo. Chegando na cidade já compramos passagem do ônibus a Machu Picchu para próximo dia e fomos direto ao hostel para descansar, estávamos exaustos. Resumindo valeu muito a pena escolher esta opção. Para quem curte aventuras e considera que o percurso faz parte do passeio, esta com certeza será a melhor opção, e não é somente pela economia. As paisagens do percurso do trem são bonitas, mas nem se comparam com o percurso da van/trilha, e podemos afirmar isto, pois utilizamos as 2 opções. Dicas e infos: 1 – Leve alguns alimentos, pois somente poderá almoçar quando chegar ao ponto final da van, cerca de 15:00. 2 – Caso goste de emoção, sente na janela do lado esquerdo van, ficara no lado do precipício na última etapa do caminho, foi minha opção; 3 – Reforçando, leve o mínimo de peso possível na mochila para facilitar na trilha. Dia 10 – Machu Pichu Eis que chega um dos 2 dias mais esperados da viagem, (o outro é o da Rainbown Montain), a visita a Machu Picchu, uma das 7 maravilhas do mundo. Havíamos comprado trem para voltar até Ollantaytambo neste mesmo dia a noite, mas 2 dias antes ficamos sabendo de uma paralização geral que ocorreria na região neste dia e iria fechar todas as ferrovias e rodovias. Fomos até a Inca Rail e troquei as passagens para o próximo dia pela manhã, sendo então necessário passar 2 noites em Aguas Calientes. Este fato acabou sendo até melhor devido ao cansaço do dia. De acordo com informações de pessoas que conhecemos na viagem, os dois dias anteriores foram só chuva e nuvens em Machu Picchu, e a previsão para nosso dia era ainda mais chuva. A noite sonhei algumas vezes com as condições climáticas do dia, tamanha era a ansiedade. Quando acordamos a primeira coisa que ouvimos foi o barulho da chuva. Porém “para nossa alegria”, ao abrir a janela vimos que o barulho era das quedas das corredeiras do rio que corta Aguas Calientes. Apesar de nublado não chovia. Para ir de Aguas Calientes a Machu Picchu há 2 opções: - Ônibus: 20 minutos, pelo “precinho” de 12 dólares o trecho. - Trilha: Em torno de 3 km, sendo que 1,5 km é subida forte, praticamente toda em uma escadaria de pedras. Optamos por subir de ônibus, pois queríamos estar bem fisicamente para aproveitar o máximo, e a volta decidiríamos na hora. Uma pausa no relato para um breve resumo das regras de visitação do sitio: As entradas são com hora marcada, estando lá dentro ninguém ira controlar seu horário de saída, porém você deve manter o percurso sempre no sentido indicado, ou seja, há segurança em alguns pontos, os quais não permitem que ninguém retorne. Há opção de comprar ao ingresso somente para o sítio, ou incluir uma das 02 montanhas, Wayna Picchu ou Machu Picchu, as quais também tem hora marcada para subir, e no caso de quem for subir a montanha tem o direito de entrar 02 vezes no sítio. No nosso caso eu iria subir a Wayna Picchu e minha esposa não, então estávamos meio perdidos para definir a logística do passeio. Nossa entrada era as 08:00 e eu teria que subir a montanha as 10:00. Quando chegamos no hostel na véspera, a pessoa que nos atendeu já se ofereceu para auxiliar com o passeio e nos deu excelente sugestões. Sugeriu que entrássemos juntos e fossemos até um local chamado a casa do guardião, onde se tira as melhores fotos panorâmicas, e de lá eu fosse direto para a montanha, enquanto eu estivesse na Wayna Picchu minha esposa visitaria a ponte Inca ou porta do sol, e quando descesse já saísse direto entrasse novamente no sitio e encontraria minha esposa no mesmo lugar onde separamos e seguiríamos com a visita. Um pouco confuso, né? Também achamos quando recebemos a explicação, mas fizemos desta forma e foi perfeito. Entramos no sítio umas 8:30, ficamos juntos na primeira parte até 9 e pouco, e eu segui para a montanha. A subida da Wayna Picchu é por uma escadaria da época Inca, bem inclinada e estreita, e sempre a beira do precipício. E é o mesmo caminho para quem sobe e quem desce, então ao cruzar com pessoas, é necessário parar em algum ponto com mais espaço e esperar passar. Mas subindo com calma e usando sempre o bom senso pode ir tranquilamente. As 9:40 já liberaram o acesso do grupo das 10:00, e como eu já estava na entrada da montanha fui o primeiro a subir. A partir do meio da subida começa e ter excelentes vistas de Machu Picchu. Quando cheguei ao topo da montanha, contrariando todas as previsões climáticas, não havia mais nem nuvens, tempo lindo, e como o local estava vazio pois eu fui o primeiro a subir, então foi possível tirar excelentes fotos. No topo tem muito pouco espaço, então caso tenha muita gente creio que fica bem complicado, porém se isto ocorrer não se preocupe, a vista um pouco para baixo do topo é igual ou ainda melhor. Subi e desci num bom ritmo e fiz tudo com 1:40. Após descer me dirigi direto para a saída, fechei com uma guia para termos todas as explicações do sitio, pagamos 30 soles por pessoa em um grupo de 4 pessoas. Entrei novamente no sitio, encontramos minha esposa no local combinado, e fizemos o tour completo. O sitio arqueológico de Machu Picchu realmente é fantástico, não dá para chamar de ruinas, porque devido ao mesmo não ter sido encontrado pelos espanhóis, as construções estão em perfeitas condições. Seguimos no tour, e quando chegamos próximo a última parte do sítio, a guia nos perguntou se já iriamos sair ou queríamos permanecer mais tempo no local, pois se quisemos sair seguiríamos com ela na parte final e sairíamos, e caso quisemos ficar mais, ela daria ali as explicações da última parte e ficaríamos livres naquela região o quanto quiséssemos, pois se seguimos mais passaríamos por um dos pontos que ficam os seguranças e não pode retornar. Optamos pela segunda opção, e ficamos mais um bom tempo nesta parte do sítio, curtindo o lugar e tirando fotos com as llamas. Falando das llamas, estas são uma atração à parte em Machu Picchu estão espalhadas por todo o sitio, e realmente é fácil entender porque tem tantas fotos legais com llamas, realmente parece que o bicho faz pose para as câmeras. Muito legal a interação com elas. Após isto visitamos parte faltante do sitio com bastante calma e saímos. Outro ponto que demos sorte também, foi que devido paralisação citada no início do texto, Machu Picchu estava bem mais vazio que o normal para a época do ano. Saímos do sítio próximo das 16:00. A decisão da volta, como já era esperado, foi pela trilha. Logo ao iniciarmos a descido começou a chover, São Pedro foi realmente muito generoso conosco mais uma vez. Gastamos pouco mais de uma hora do sitio até o hostel, caminhando tranquilamente. Ao chegar confirmamos como realmente foi melhor a mudança do dia do trem, pois como estava ante teríamos que esperar até as 21:00 cansados e sem banho para pegar o trem e chegar as 23:00 em Ollantaytambo. Foi um dia mágico Machu Picchu correspondeu a nossas expectativas, fazendo jus a ser uma das 7 maravilhas do mundo. Dicas e infos: 1 – Compre ingressos para Machu Picchu com antecedência, pois o número de visitantes é limitado. Se for subir na Wayna Picchu, compre com muita antecedência. Eu comprei com 3 meses de antecedência. Um mês depois minha esposa mudou de ideia e queira ir na montanha também, verificamos e não tinha mais ingressos. Dia 11 – Ollantaytambo Neste dia, como tivemos que dormir mais uma noite em Águas Calientes, acordamos cedo, descansados, tomamos o café e pegamos o trem as 08:00 para Ollantaytambo. A viagem de trem durou cerca de 1:40, a linha acompanha o rio Urubamba. As paisagens durante o percurso são bonitas, mas como citado anteriormente nem se comparam com o caminho da opção de van/caminhada. Chegamos na estação guardamos as malas, as empresas de trem têm serviços de armazenamento de bagagem grátis para cliente, e já fomos para o Sitio Arqueológico de Ollantaytambo. Fizemos a visita sem guia e no nosso ritmo. Este sitio também é muito bonito, a maioria das pessoas o considerem o mais belo depois de Machu Picchu, mas para nós Pisac esta na frente, desde que faça a visita completa no mesmo. Em Ollantaytambo fizemos o segundo maior circuito, que passa em praticamente todo o sitio. Na parte da manhã o local fica bem mais vazio, pois os tours normalmente chegam no período da tarde, o que proporcionou ainda mais tranquilidade na visita. Com 2 horas é possível visitar todo o local sem pressa. Mesmo com vários pontos importantes para se conhecer no sítio; como o templo do sol, o rosto na montanha, etc; o que mais me encantou foi uma charmosa casinha encravada na parede da montanha, que aparece na foto a seguir (porque? Será que já morei lá? rs). Saímos do Sitio em torno de 13:30 e fomos para o centro da cidade almoçar, onde comemos o melhor aji de galiña da viagem. Ollantaytambo é uma cidadezinha muito aconchegante, te faz realmente sentir alguns séculos atrás no tempo. Afinal a cidade nunca ficou inabitada, desde a época inca, e dentro da cidade ainda há varias restos de construções incas. As ruas da cidade estão cheias dos famosos tuk-tuk , e é claro que não iriamos perder a oportunidade de andar em um destes charmosos carrinhos. Da praça central, por 4 soles, pegamos um Tuk-tuk táxi até a estação para pegar nossa mala e a van para Cusco. As vans para Cusco saem da estação de trem de acordo com que forem lotando, o preço não lembro exato, mas é em torno de 10 soles. Por volta das 18:00 já estávamos em Cusco. Dia 12 – Rainbown Montain / Montaña de las 7 colores Este era o segundo dos dias mais esperados da viagem. Os motivos para isto eram a paisagem única do local e o desafio de fazer a trilha, chegando a 5.200 metros de altitude. Havíamos nos preparado bem para isto, desde da parte do condicionamento físico no Brasil, como também da aclimatação nos dias anteriores. Mas ainda estávamos preocupados, ainda mais pelo fato de minha esposa ter bronquite, o que neste nível de altitude podia aumentar as dificuldades. A Rainbow Montain é uma montanha formada por várias faixas coloridas que parecem ter sido pintadas a mão. O turismo no local se iniciou recentemente, segundo os locais a mesma antes permanecia quase o tempo todo coberto de neve. Interessante que esta montanha era para ter sido destruída, uma empresa de mineração canadense iria explorar o local, porém os locais perceberam o potencial turístico da mesma e com muita luta/protesto conseguiram vencer a batalha, em 2018 a empresa abdicou da exploração de minério no local. Segue um site caso queiram conhecer um pouco mais da história desta atração: https://www.bbc.com/portuguese/geral-44620957. Para chegar até a montanha é necessária fazer uma trilha de pouco mais de 3 km (só ida), você irá encontrar vários relatos que dizer ser 7/8 km, mas recentemente mudaram o ponto final dos transportes o que facilitou a o acesso diminuindo a distância. Há também a opção de visitar o Vale Rojo (Vale vermelho), o que desvia a trilha na volta aumentando o tempo em uns 40 minutos. Porém o grande problema são os mais de 5.000 metros de altitude, é normal no caminho encontrar pessoas passando mal e desistindo. Outro ponto também é a temperatura, na época que fomos, segundo o guia varia entre -5 a -10 ºC. Então deve ir muito bem agasalhado. Referente ao passeio, o mesmo é muito similar ao da Laguna Humantay, pagamos também 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço e mais 10 soles de taxa de entrada. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã. Depois seguimos por mais uma hora e pouco em estrada de terra e já com lindas paisagens dos campos a beira das montanhas com seus rebanhos de llamas Aqui também é necessário contar com a sorte, pois muitos dias a montanha fica coberta de neve impedindo logicamente que você veja o efeito de cores, e isto havia acontecido na véspera. E novamente São Pedro estava do nosso lado, fez um dia lindo e sem neve. Iniciamos a caminhada por volta da 09:00 da manhã. A paisagem durante todo o percurso é fantástica. Assim como na Laguna, há cavalo para locação, e como para nós o desafio é sempre parte do passeio, era opção era totalmente desconsiderada. A subida começa tranquila e vai ficando mais íngreme quando mais próxima do final. Na parte final a paisagem já começa a ficar colorida. Ao finalizar a última subida você chega bem no pé da montanha colorida, que estará a sua direita, e a esquerda há outra subida, formando um V com a montanha, que chamam de mirante. Muita gente se contenta de chegar no pé do mirante e devido ao cansaço não sobe. Recomendo que se tiver condições, vá até o topo do mirante, pois quanto mais sobe mais vivas ficam as cores da montanha. Além disto a Rainbown Mountain é só uma parte da extraordinária paisagem. Há o Nevado de Aunsgate, lindos vales de ambos os lados, e a Raiwnbow Montain com o Vale Rojo ao fundo, ou seja, é 360º de maravilhas. Quando chegamos ao topo foi um sentimento indescritível, um mix de alegria, admiração com a paisagem e sentimento de superação por termos chego ali. E alias chegamos muito bem fisicamente. Depois de admirar o local, decidíamos que iriamos também ao Vale Rojo. Encontramos nosso guia lá em cima, e dissemos que iríamos ao Vale Rojo, o mesmo não gostou muito, pois disse que ninguém do grupo iria e poderia atrasar o retorno. Afirmamos que estávamos bem e conseguiríamos cumprir o horário, e então partimos para lá. Descendo o primeiro morro abaixo da montanha, pega a esquerda e segue por outra subida. No meio do caminho descobrimos que teríamos que pagar mais 10 soles, o que não era nenhum problema. O interessante é que não tem nenhuma portaria, ou qualquer estrutura, somente 02 pessoas no meio do nada que recebe das pessoas na trilha. No final da subida, chega-se a um mirante com vista para o vale praticamente todo vermelho, mais uma linda paisagem. Após curtir o local tivemos que descer praticamente correndo para não atrasar o tour, e chegamos no ônibus em cima da hora. Em seguida retornamos, paramos para o almoço e chegamos em Cusco perto das 18:00. Dicas e infos: 1 – Va bem agasalhado, com roupas apropriadas para trilha. 2 – Leve alimentos para repor energia (chocolate é uma ótima opção) e agua. 3 – Suba no seu ritmo, sem se apressar. Dia 13 – Valle del Sur Nosso último dia em Cusco, nosso voo sairia as 19:00. Tínhamos planejado deixar este dia para curtir a cidade, comprar algo, etc. Mas mudamos de ideia e resolvemos “aproveitar até a última gota”, falei com a agencia se teriam algum tour que retornasse antes das 15:00. Me indicaram Valle del Sur. O passeio é aquele mesmo estilão dos tours “padrão”, micronibus, guia dando explicações no ônibus, tempo limitado, etc. O passeio se iniciou quase 09:00, depois de uma certa confusão para identificarmos nosso grupo, e fomos visitar os seguintes lugares: -Tipón: É mais um sitio arqueológico Inca, que tem várias terrassas, e um complexo sistema de irrigação ainda em funcionamento até hoje. O Lugar é mais simples e muito menor se comparamos com os sitios de Pisac ou Ollantaytambo, porém é bastante bonito. - Pikillaqta: É sitio arqueológico de uma civilização pré-inca chamada Wari, que viveram entre os séculos VI a IX. Então a arquitetura é bem diferente, e as construções também estão bem destruídas. O destaque é a organização urbanística da cidade, com ruas e avenidas perfeitamente alinhadas. Depois do sitio paramos em uma cidadezinha para provar um pão famoso por la, chamado “Chutas”, o interessante é que o guia disse que praticamente 100% das famílias da cidade sobrevive com a renda de fabricação e comercialização destes pães. -Andahuaylillas: A visita a esta cidade é especificamente para visitar a Igreja de São Pedro de Andahuaylillas. É uma igreja bem pequena e de fachada simples no exterior, porém devido a suas pinturas e decoração em ouro em todo o interior é conhecida como a Capela Sistina das Américas. A visita é rápida, pois a igreja é bem pequena. A entrada não esta inclusa no boleto turístico e custa 15 soles. Quem não quiser entrar na igreja há a opção de visitar um pequeno museu chamado Museu Ritos Andinos por 5 soles. Eu e minha esposa nos dividimos, eu fui na igreja e ela no museu. Na volta faz parada para almoço, não incluso no tour, em outro vilarejo que é especializado em chicharrones (carne de porco). Chegamos em Cusco as 15:00, tempo suficiente para tomarmos uma última Cusqueña (cerveja tradicional do Peru), pegar as malas no hostel e partir para o aeroporto. Resumo final: O Peru sempre esteve em minha lista dos lugares que eu queria conhecer, principalmente devido a Machupicchu. Porém este país superou muito nossas expectativas. Nos impressionou muito a riqueza cultural, histórica, natural e gastronômica do país. E também o país está investindo muito no turismo, é a receptividade dos locais com os turistas é ótima. Além disto se encontra preços ótimos para os passeios, alimentação e hospedagens, bem abaixo do praticado nas principais regiões turística brasileiras. Certamente irei retornar ao país, até mesmo porque ficou vários lugares que quero muito conhecer, como Huaraz, Puno e Arequipa. Espero que este relato possa auxiliar em algo quem estiver planejando ir para este fantástico país. Caso tenha qualquer dúvida fique à vontade para perguntar.
  5. Olá pessoal, após a leitura de muitos relatos de viajantes que foram ao Peru de carro ou moto e não tiveram maiores problemas, decidimos encarar uma viagem de carro até lá. Foram alguns meses de preparativos até a definição do roteiro final (que alteramos pouca coisa no decorrer da viagem), no qual pretendíamos visitar os principais pontos turísticos acessíveis com o nosso veículo, procurando realizar uma viagem econômica mas sem passar apertos. Decidimos ir pelo norte da Argentina e norte do Chile, assim passamos novamente por locais já visitados na viagem que fizemos em 2012 ao Atacama http://www.mochileiros.com/atacama-de-carro-video-com-a-filmagem-completa-da-estrada-pelo-paso-de-jama-t75603.html. Dentre os principais objetivos da viagem estavam: Salta, Tilcara, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Iquique, Arequipa, Nasca, Lima, Cusco, Machu Picchu e Puno. Irei fazer um relato para cada dia da viagem, com fotos e gastos com hotéis e combustíveis. Filmei toda a viagem com uma câmera no parabrisa do carro, pretendo colocar em cada relato um video com o trecho percorrido. Nesse primeiro post vou colocar o mapa do trajeto percorrido, os documentos que levamos para cada país e algumas dicas. A planilha de gastos está disponível para baixar como anexo Documentos necessários: Argentina: Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro Carta Verde Chile - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes e seguro SOAPEX Peru - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro SOAT Dica: Não é obrigatório, mas recomendo levar a Carteira Internacional de Motorista (PID). Os policiais olham e já percebem que você está mais preparado. Recomendo levar também o passaporte, agiliza os trâmites na fronteira. Levamos também o manual do carro com o carimbo da última revisão para comprovar que revisamos antes da viagem e o CRLV do ano anterior para as abordagens policiais. Assim quando éramos parados entregávamos a PID e CRLV do ano anterior e deixamos o CRLV atual e a carteira de motorista guardadas para mostrar somente nas aduanas. Além dos documentos, levamos os seguintes equipamentos para o veículo: 2º triângulo, cambão e um kit de primeiros socorros. Nenhum desses itens foram solicitados (nessa e nas outras duas viagens que fizemos pela Argentina e Chile), mas como já tínhamos, levamos assim mesmo. Antes da viagem fizemos uma boa revisão no carro, trocamos o óleo, filtro de gasolina, óleo, ar condicionado, fizemos geometria, balanceamento e alinhamento das rodas e pedimos para dar uma olhada geral na suspensão e freios. Também compramos duas lâmpadas reservas para o farol baixo, já que é obrigatório circular com elas ligadas mesmo de dia nas estradas. O seguro Carta Verde adquirimos pela nossa seguradora, Porto Seguros sem custo adicional. Foi solicitado logo na entreda da Argentina, é possível fazer nas cidades fronteiriças também. Já o seguro SOAPEX para o Chile, emitimos online pelo site: http://www.magallanes.cl/magallaneswebneo/index.aspx?channel=8212 e o pagamento pode ser feito pelo Paypal e você escolhe o período de vigência. O seguro SOAT, obrigatório para o Peru, fizemos em Tacna (La Positiva no endereço Calle Apurímac 201 - 209), mas é possível fazer logo após a aduana de Santa Rosa, que faz fronteira com o Chile. Duzentos metros depois da aduana a direita há uma placa indicando o local onde é vendido o seguro. Por 30 dias pagamos o equivalente a 40 soles. É fundamental fazer esse seguro para não ter problemas nas estradas peruanas. No decorrer dos relatos vamos contando sobre as abordagens dos policiais nas estradas do Peru. O seguro do nosso carro só tem extensão de perímetro para os países do Mercosul e Chile, não conseguimos fazer a cobertura para o Peru, acabamos indo sem. Com relação ao dinheiro, preferimos levar dólares para trocar no Chile e Peru. Para a Argentina, levamos reais e fizemos o cambio na fronteira, a cotação estava AR$ 1,00 = R$ 0,27 ao passo que em Tilcara estava AR$ 1,00 = R$ 0,53. O ideal é trocar todo o dinheiro a ser usado na Argentina logo na fronteira. Para o Chile e o Peru íamos trocando conforme a necessidade. O real tem uma boa cotação am Arequipa, Lima, Cusco e Puno, nos demais locais a cotação estava péssima. Pagamos os hotéis em dólares e fazíamos as reservas pelo Booking durante o decorrer da viagem. No Chile e Peru ao efetuar o pagamento em dólares não é necessário pagar o imposto local os viajantes que ficam menos de 60 dias no país. Na Argentina, estava compensando pagar em pesos, por que na conversão ficava mais barato o hotel. Todos os hotéis que ficamos possuem estacionamento e no decorrer dos relatos vamos colocando o nome, localização e preço na data que ficamos. A viagem durou cerca de 30 dias e percorremos em torno de 11500km. Optamos por ir e voltar pelo Atacama e norte da Argentina por ser um trajeto conhecido e relativamente tranquilo, mas é cansativo ir e voltar pelo mesmo caminho. Segue abaixo os mapas com o trajeto da ida e da volta. Indice de postagens: Dia 01 - 25/12/2015 - Mais dicas importantes e primeiro dia da viagem Dia 02 - 26/12/2015 - De Curitiba a San ignacio[AR] Dia 03 - 27/12/2015 - De San ignacio a Salta Dia 04 - 28/12/2015 - De Salta a Tilcara Dia 05 - 29/12/2015 - De Tilcara[AR] a San Pedro de Atacama[CH] Como chegar ao posto Copec em San Pedro Dia 06 - 30/12/2015 - Passeios em San Pedro de Atacama Dia 07 - 31/12/2015 - Passeio nas Lagunas Antiplánicas Dia 08 - 01/01/2016 - De San Pedro de Atacama a Antofagasta Dia 09 - 02/01/2016 - De Antofagasta a Iquique Dia 10 - 03/01/2016 - De Iquique[CH] a Tacna[PE] Dia 11 - 04/01/2016 - De Tacna a Arequipa Dia 12 - 05/01/2016 - Passeios em Arequipa Dia 13 - 06/01/2016 - De Arequipa a Nasca Dia 14 - 07/01/2016 - De Nasca a Lima Dias 15,16 e 17 - 08-09-10/01/2016 - Passeios em Lima Dia 18 - 11/01/2016 - De Lima a Nasca Dia 19 - 12/01/2016 - De Nasca a Abancay Dia 20 - 13/01/2016 - De Abancay a Cusco Dia 21 - 14/01/2016 - Passeios em Cusco Dia 22 - 15/01/2016 - De Cusco a Ollantaytambo - Vale Sagrado Dia 23 - 16/01/2016 - Machu Picchu Dia 24 - 17/01/2016 - De Ollantaytambo a Puno Dia 25 - 18/01/2016 - Passeio as Ilhas de Uros e viagem de Puno a Tacna Dia 26 - 19/01/2016 - De Tacna[Peru] a Calama[Chile] Dia 27 - 20/01/2016 - De Calama[Chile] a General Guemes[Argentina] Dia 28 - 21/01/2016 - De General Guemes a Corrientes Dia 29 - 22/01/2016 - De Corrientes a Foz do Iguaçu Dia 30 - 23/01/2016 - Ida ao Paraguai e viagem de Foz do Iguaçu a Curitiba Trajeto da ida Trajeto da volta Vídeos das estradas percorridas na viagem, 12000km de filmagens: https://www.youtube.com/watch?v=YONvHjLMuvo https://www.youtube.com/watch?v=AQd5D_jPLTI https://www.youtube.com/watch?v=2_Rhrro_UxA https://www.youtube.com/watch?v=VyrmKHBqEyM https://www.youtube.com/watch?v=msWEf08eEK8 https://www.youtube.com/watch?v=SXT08k1E1MQ https://www.youtube.com/watch?v=Rr_F5LcxRuI https://www.youtube.com/watch?v=Bjxx2GfF4rw https://www.youtube.com/watch?v=_wt0e_PNv6g https://www.youtube.com/watch?v=sBM6Wdcmcr4 https://www.youtube.com/watch?v=O4e877RVuq8 https://www.youtube.com/watch?v=k969QIa3xTM https://www.youtube.com/watch?v=Th_ike28o7Q https://www.youtube.com/watch?v=AtL-UCZhvO8 https://www.youtube.com/watch?v=N1SJV43F1v0 https://www.youtube.com/watch?v=XQMlBuwxplw despesas.xls
  6. esse foi nosso roteiro, ordem dos passeios: · Cusco · Valle Sagrado (Pisac, Salinas de Maras, Moray, Chinchero, Ollantaytambo) · Valle Sul (Tipon e Pikillaqta, Andahuaylillas) · Macchu Pichu + Wayna Picchu · Banhos Termais de Colcamayo (Santa Teresa) · Laguna Humantay · Cerro Colorado/Montañas de Colores/Rainbow Mountain
  7. Em setembro de 2018, fizemos uma viagem ao Chile e Peru. Roteiro - 24 dias São Paulo > Santiago > Valparaíso > San Pedro do Atacama > Tacna > Arequipa > Cusco > Ollantaytambo > Aguas Calientes > Machu Picchu > Cusco > Lima. Começamos nossa jornada no Chile, em Santiago, Valparaíso e San Pedro do Atacama, cujos relatos seguem abaixo: No ônibus das 20:30, deixamos San Pedro do Atacama em direção a Arica, cidade chilena fronteira com o Peru. Seriam 8 horas de viagem, que à noite tínhamos esperança de sequer vermos passar. Com o coração apertado de deixar aquele lugar que tinha acordado tanto dentro de nós, nos despedimos do céu mais estrelado do mundo prometendo, para o Universo e uma para a outra, que voltaríamos logo, em breve, a tempo de não esquecermos toda a emoção que sentimos, nem de deixarmos a brutal rotina do acordar-trabalhar-dormir nos transformar em marionetes que fazem o uso da palavra "sabático" para justificar o tempo em que resolveram ser felizes. Logo nós, que tínhamos acabado de enxergar o não tamanho do mundo. Chegamos em Arica ainda escuro. Claudio (amigo que fizemos no Atacama, junto com seu fiel cão Lucky, artista plástico de Valparaíso que, cansado do mesmo todo-dia da vida e do consumo sentimental das relações obrigatórias, encontrou em San Pedro um porto. Breve e temporário.) tinha nos dito que, ao chegarmos, deveríamos atravessar a rua para a outra rodoviária, a internacional, onde poderíamos pegar um ônibus para o Peru. Foi uma ótima dica, ou teríamos ficado perdidas na escuridão da falta de informação e sinalização. Ao chegarmos na rodoviária internacional, que mais parecia o ponto final de uma linha de ônibus bem acabada em uma cidade quase fora do mapa, uma mulher sentada numa mesa nos informou que o ônibus para Tacna só sairia a partir das 8:30 da manhã. Eram 4:30 da madrugada. A outra opção, como ela sugeriu, era atravessar a fronteira com um dos muitos motoristas de carro que faziam ofertas de assentos pelo mesmo valor dos ônibus. Não, só se fôssemos loucas de aceitar. Assistimos demais "Presos no Estrangeiro" para arriscarmos uma prisão por tráfico de drogas com um estranho que diria que era tudo nosso, das gringas. Nunca. Resolvemos dar uma volta na rodoviária para despistar a mulher que nos alucinava com essa ideia, quando ouvimos sem muita certeza, o motorista de um ônibus gritar "Tacnabus, Tacnabus" e corremos para confirmar a informação. O ônibus ia para a Bolívia, mas primeiro pararia no Peru, em Tacna, para onde estávamos indo. Com o dinheiro guardado na calcinha, entramos no ônibus e seguimos para o nosso próximo destino. Na fronteira: sai do ônibus, carimba passaporte de entrada no Peru, passa as mochilas no raio X, tira o vinho da mochila, mostra que é vinho, guarda a garrafa, volta as mochilas para o bagageiro, sobe no ônibus. E em 40 minutos, chegávamos em Tacna. *ATENÇÃO! Ao desembarcar no aeroporto em Santiago do Chile, na entrada no país, além do passaporte carimbado, também entregam um papelzinho, aparentemente sem nenhum valor e sem nenhuma explicação. GUARDE-O DENTRO DO PASSAPORTE! Na travessia da fronteira, esse papel é exigido. TACNA Não esperávamos encontrar em Tacna a cidade charmosa e acolhedora que descobrimos. De habitantes tacanhamente tímidos, que nos olhavam surpresos e alegres ao perguntarmos seus nomes, essa cidadela conquistou nossos corações, receosos de não conseguirem mais se apaixonar depois de conhecer o Atacama. Mas Tacna é leve, florida, descompromissada, como que se viesse só para provar que é possível amar depois de amar. O sotaque, de tanta timidez, torna o espanhol mais difícil aos ouvidos. Os bancos das praças possuem tetos de flores para fazer sombra. Na Plaza de Armas - nome de todas as praças principais de todas as cidades do Peru - há fotógrafos velhinhos andando sob o sol, sorrindo e sugerindo um retrato para a posteridade, como um pedaço de tempo congelado entre as flores coloridas, as palmeiras altíssimas, a fonte imponente, o arco marcante da cidade e, sempre, a igreja. As lojas são todas setorizadas, de forma que os supostos concorrentes são colegas vizinhos, e você jamais vai conseguir tirar uma xerox se estiver próximo dos açougues ou dos consultórios ortodônticos, uma pequena obsessão tacniana. Por toda a rua principal, há galerias como camelódromos, com cabines de câmbio, tabacaria, lojas de joça e manicures enfileiradas em carteiras escolares oferecendo seus serviços. Em Tacna você vira a esquina e se depara com uma padaria a céu aberto no meio da rua! Carrinhos de pães perfumam o entardecer e nos transportam para uma imaginada infância peruana. Foi ali que também comemos o melhor hambúrguer de cordeiro da nossa vida. No "Cara Negra", uma sanduicheria especializada em cordeiro, que eles criam lá mesmo no sítio atrás do bar. É descolado e tem drinks deliciosos. Faz valer a visita na cidade. Por todos os lugares que passamos, sempre procuramos pelo Mercado Central, que é onde encontra-se a essência do local. O Mercado Central de Tacna é imperdível. Tem de tudo. Especiarias, ervas, carnes, queijos, farinhas, biscoitos, frutas, verduras, doces, produtos de limpeza e muitas, muitas casas de sucos. Na "Juguería Sra Rosita", uma simpática senhora de sorriso frouxo e vontade de conversar, tomamos maravilhosos sucos de melão e de morango, muitíssimo bem servidos, de ficar na memória. Conhecemos também Miguel, dono de uma barraca de remédios de plantas medicinais, que sabia a erva ideal para absolutamente todo tipo de enfermidade. Ao caminharmos de volta para o hotel, bem encantadas com a surpresa de Tacna, uma vendedora nos parou para oferecer azeite. Ao agradecermos e sorrirmos, ela trocou a oferta para um branqueador dental. Talvez por marketing, ou pela já citada fixação por dentes perfeitos dos habitantes da li. Tomara. Por fim, antes de partirmos, passamos por uma casa roxa, um centro de, como dizia a placa, "Magia y Diversión". Sem isso, qual seria mesmo o sentido de tudo? Com a delicadeza dessa mensagem tão sutil e necessária, seguimos nossa viagem em direção a Arequipa. - Onde ficamos: Ficamos no Nice Inn Tacna, no centro da cidade, com atendimento muito cordial. As pessoas são super simpáticas, o quarto era confortável, chuveiro quente e café da manhã bem simples. Nice Inn Tacna - Av Hipólito Unanue 147, Tacna 23001, Peru / Telefone: +51 52 280152 / booking.com/hotel/pe/nice-inn-tacna.es.html - Onde comemos: Cara Negra - Cnel. Bustios 298 / Telefone: +51 952 657 540 / @caranegraoficialtacna / facebook.com/caranegraranchosanantonio/ - Onde fomos: Mercado Central de Tacna - Calle Francisco Cornejo Cuadra 809, Tacna 23003, Peru Plaza de Armas - Paseo Cívico de Tacna, Tacna 23001, Peru Seguimos para Arequipa, Cuzco, Ollantaytambo, Aguas Calientes, Machu Picchu e Lima, que detalharemos em post separados. https://www.instagram.com/trip_se_/
  8. Olá galera!! Sabe aquela pessoa totalmente perdida ?! soy yo!! então, preciso de uma ajuda para fechar o meu roteiro para Cusco em Setembro. então, não vou passar muitos dias em Cusco, mas, por ser um sonho que estou prestes a realizar, queria muito aproveitar todos os passeios possíveis, vou chegar em Cusco no dia 13 de setembro e vou ficar até o dia 20, vou com uma amiga e estamos prestes a fechar com uma agência que se chama "What a Trip" porém não estamos achando muitas referências sobre essa agência e estamos com medo de fechar, apesar do preço ser, tecnicamente, convidativo. O grande medo é de deixar para fechar em Cusco e não conseguir fazer todos os passeios que gostaria de fazer. O roteiro ficou um seguinte: 1- Chegada em Cusco - Aclimação 2- Passeio pelo centro de Cusco 3- Passeio pelo vale sagrado, Pisac,Ollantaytambo + trem para Aguas Calientes (dormir em aguas calientes) 4 - Machu Picchu e retorno a Cusco de trem 5- Humantay 6- Quadriciclos em Moray e Maras 7- Montanha de cores 8- partida para Brasil O valor ficou em $U 360,00 por pessoa. Então, o que vocês acham desse roteiro e dessa agência, alguém já ouviu falar ? Obrigada, desde já. Besos
  9. Assista em Video no Youtube - Chinchero Vou comentar aqui sobre o Tour que fiz ao Vale Sagrado. O Vale Sagrado dos Incas, nos andes peruanos, tem esse nome porque está composto por numerosos rios que descem por pequenos vales e nele estão os vários monumentos arqueológicos e os povoados indígenas. Em relação ao pacote vendido pelas agências, existem o Vale Sagrado e a versão VIP que seria a mais completa. O comum engloba os seguintes sítios arqueológicos: Chinchero, Urubamba, que é onde fazem o almoço. Ollantaytambo e o Pisaq. A versão VIP, tem tudo isso que comentei anteriormente, adicionados os sitios de Moray e Salineras de Maras. E aqui em Chinchero seria a primeira parte da visita, antes eles nos levam a uma loja ou um centro artístico da cidade, para fomentar a cultura local. Mostram o processo de tingimento do pêlo de animais e os ingredientes ou produtos utilizados. Foi bem interessante. Vale lembrar que a grande receita do turismo no Peru é meio que monopolizado e dificilmente vai para a população local. Então a única forma de poder patrocinar o desenvolvimento da cidade, é adquirindo ou comprando esses artigos, souvenirs, artesanatos e roupas da região. Aproveite para fazer as compras nessas lojas. Eles possuam vários artigos interessantes. Gostei mais dos bonequinhos de lhamas, as crianças vão adorar. Na saída da loja, aproveite para comer o milho cozido com queijo. É uma delícia, recomendo experimentarem. Voltando sobre o passeio, leva dia todo, saem por volta das 7 horas da manhã e retornam às 7 horas da noite. E paguei em torno de 50 soles por pessoa que dá em torno de R$ 58,00. Mas isso porque consegui um desconto, por estar com mais pessoas. Na verdade é um pouco mais caro. Lembrando também que para realizar este tour, será necessário você adquirir o tal Boleto Turístico, conforme comentei no video de Cusco. Dê uma olhada lá, que terá as informações necessárias. Sobre Chinchero, ele está a 3.772 metros acima do nível do mar, então cansa um pouco você subir pelas escadarias. Foi um local em que tiveram vários conflitos entre os incas e os espanhóis. E no final do século XVI, o vice-rei construi uma fazenda e montou uma igreja no alto da cidade. É possível ver os terraços agrícolas, que seriam essas dobras na terra, que evitavam a erosão e permitiam o cultivo ou plantações de alimentos. Mais comum na época seriam as batatas. Depois vocês vão ver a igreja em que é possível ver a mistura da religião católica com a cultura indigena. Mas pena que não foram permitidas o registro de imagens dentro do local. Após isso estaremos visitando o próximo sítio arquiológico Moray. Fique com o restinho do video deste trajeto e aguarde os próximos episódios. Valeu! Por fim, curta, comente, compartilhe e se inscreva no canal. Valeu! * Links: - Andean Flicker Adventure (Pacote Vale Sagrado) Endereço: Calle Educandas, 375 - Cusco Whats (Yessica): +51 984 982 013 Tel: +51 084 599 832 E-Mail: andeanflickeradventuresperu@gmail.com https://www.facebook.com/flickeradven...
  10. A nossa viagem ao Peru foi em junho de 2019, um dos melhores meses para ir, pois não chove. O clima nesta época é bem frio pela manhã e à noite fazendo com que a gente se vista em camadas, vá tirando à medida que esquenta e colocando novamente ao final do dia (famoso efeito cebola). Este país é bem rico em atrações e precisaria pelo menos uns 30 dias para fazer um roteiro mais completo. O país tem muito mais do que Machu Pichu e é muito valorizado por turistas de todo o mundo, vê-se mochileiros e esportistas de aventura, como montanhistas, aos bandos. Em todas as cidades no atendimento aos turistas é mais comum a língua inglesa do que o espanhol. É comum encontrarmos turistas falando idiomas que não se consegue definir. Os povos antigos não foram só os incas, existiram outros que conviveram na mesma época e os pré-incas. Há ruínas por todo o país. Coloco o roteiro dia a dia, para ajudar no planejamento. Não fiz descrições dos lugares porque creio que quem planeja uma viagem além de Machu Pichu já terá lido bastante sobre outras opções. A natureza do local onde foi construído Machu Pichu por si só já valeria a ida até lá. Quanto às hospedagens, cito para ajudar quanto à localização, já que foram todas (com uma exceção) muito boas. Não foi para fazer propaganda. Em Lima a escolha dos Ibis foi por nossa exigência de ar-condicionado, mas não tinha o café da manhã, o que foi um problema porque nas redondezas foi super caro. Compramos todas as passagens aéreas e de ônibus on-line, além do ticket para Machu Pichu e as passagens de trem. É importante checar se há vagas para ingressar à Machu Pichu para a data prevista, e então começar por aí o planejamento comprando antes mesmo das passagens aéreas. É bom comprar previamente também as passagens de trem, se for o seu modo de transporte escolhido (abaixo, nas observações, explico porque escolhemos). Escolhemos ir de Arequipa a Lima via aérea pela distância (1000 km), além do que os preços são bons e tem vários horários. Voamos pela Sky. Cidades em nosso roteiro: Cusco, Ollantaytambo, Águas Calientes (Machu Pichu), Puno, Arequipa, Lima e Huaraz. 05/06 - São Paulo - Cusco – pernoite em Cusco: Cusco Bed and Breakfast Cusco e Machu Pichu -Em Cusco táxi do aeroporto combinado com o hotel 20 soles. O motorista vai esperar. -Câmbio: trocar $50 no aeroporto para o táxi. Depois na av. el Sol, tem várias casas de câmbio. Em todos os hotéis que ficamos a cotação para pagamento em dólares era mais favorável do que nas casas de câmbio. -Compre o seu Boleto Turístico na COSITUC fica na Avenida do Sol, 103, próximo à Plaza de Armas. Valor 70 soles 2 dias e 150 soles 3 ou mais dias. Nas atrações também tem, mas pode ser mais caro. -Contrate uma agência para o chamado “city tour”. Eles vão percorrer os principais pontos turísticos da cidade e da periferia de Cusco. É um passeio fundamental ao contrário de outros city tours pelo mundo. -1º dia (06/06): – –City Tour (20 soles). pernoite em Cusco: Cusco Bed and Breakfast -2º dia (07/06): -Tour Maras e Moray (25 soles) pernoite em Cusco: Cusco Bed and Breakfast -3º dia (08/06): -Tour Valle Sagrado 45 soles com almoço incluído. pernoite em Ollantaytambo: Hotel Munay Tika -4º dia (09/06): -Valle Sagrado pela manhã. Ida de Trem p/ Aguas Calientes embarque 13 horas saída 13h27m e ao chegar compramos passagem do ônibus para Machu Pichu. Compramos só a subida $ 12 por pessoa (é caro mesmo para 25 min.) descemos a pé, é bem tranquilo. Ao descer percebemos que não é tão caro assim. Pernoite em Aguas Calientes: Llaqta MachuPicchu Pueblo -5º dia (10/06): -Machu Pichu pela manhã e retorno à tarde de trem: embarque às 14h25m, saída 14h55m. pernoite em Cusco: Cusco Bed and Breakfast Puno -6º dia (11/06): viagem de Cusco à Puno pela manhã. Quando chegamos fomos procurar as agências para o passeio ilhas Uros e Taquile. Atenção, porque tem dois tipos de barcos o normal que é lento (o que fomos) e uma lancha rápida por 90 soles. pernoite em Puno: Hotel Hacienda Plaza de Armas -7º dia (12/06): - Passeio no lago Titicaca Ilhas flutuantes Uros e Taquile. Saí às 6h45, volta às 17h e custou 25 soles. O almoço na ilha foi 15 soles. Pernoite em Puno: Hotel Hacienda Plaza de Armas Arequipa -8º dia (13/06): - viajar durante o dia de Puno para Arequipa (6h) – Pernoite em Arequipa: Hotel Las Torres de Ugarte -9º dia (14/06): - O planejado era o Tour 2 dias Valle del Colca – hotel em Chivay (ver com o tour, mas não for possível devido a uma infecção intestinal. -10º dia (15/06): - hotel em Arequipa: Las Torres de Ugarte -11º dia (16/06): - Plaza de Armas; Monastério de Santa Catalina; Plaza San Francisco; Tour Campina Ariquipeña, que vale muito a pena. Viajar à noite 21 horas. - hotel em Lima: Ibis Larco Miraflores Lima 12ºdia (17/06): Dicas -No aeroporto guichê Green Táxi tem preço fixo: sendo até Miraflores 50 soles -Usar Uber - No Shopping Larcomar, aluguel de bicicletas empresa Mirabici. - Em Lima quase tudo abre depois das 10h30 -- não perca tempo saindo muito cedo do hotel; -Preços dos táxis 20 sole até o centro histórico -Explorar O bairro Miraflores, Barranco, Malecón de la Reserva até Parque Salazar, Parque do Amor - ruínas Huaca Pucllana, Miraflores. Das 9 às 17 horas – 15 soles -Plaza de Armas com Catedral de Lima, o Palácio do Governo (residência do presidente), o Palácio do Arcebispo e o Club de la Unión. A Igreja de Santo Domingo e a Igreja de São Francisco, uma de cada lado da Plaza de Armas. -viagem para Huaraz (8 h e 30m) sai às 22:00h chega as 6:00h (sem hotel) Huaraz -13º dia (18/06): - Aclimatação, compra de passeios - pernoite em Huaraz Mirador Andino -14º dia (19/06): Laguna Parón. – pernoite hostal em Huaraz Mirador Andino -15º dia (20/06): Glaciar Pastoururi, - pernoite hostal em Huaraz Mirador Andino -16º dia (21/06): Descanso devido à torção no pé - pernoite hostal em Huaraz -17º dia (22/06): Lagunas Llanganuco –pernoite hostal em Huaraz Mirador Andino -18º dia (23/06): Descanso - à noite retorno para Lima de ônibus (tempo de viagem de 8 h e 30m) sai às 22:00h chega as 6:00h (sem hotel) Lima Como estava muito gripado não foi possível fazer a programação. -19º dia (24/06): – pernoite em Lima: Ibis Lima Reducto Miraflores -20º dia (25/06): - dia livre – pernoite em Lima: Ibis Lima Reducto Miraflores (Este hotel não era bem localizado em função das atrações) Retorno Lima – São Paulo -21º dia (26/06): – Check-out hotel em Lima gffgdgsdf Nossas observações e outras generalidades - Aeroporto de Lima. A parte internacional é tudo caríssimo (9 soles uma água) e não tem nem bebedouros. Então se tiver de comer ou beber algo, faça antes ainda no setor doméstico que tem os preços semelhantes ao do Brasil (caros). - O tráfego em Lima é constantemente congestionado, então pergunte aos motoristas o tempo de retorno do seu hotel até o aeroporto no seu horário programado, em alguns horários pode levar mais de uma hora. - Lima apesar de não chover nunca, é isso mesmo, tem altíssima umidade do ar. Por oito meses não se vê o sol, nem mesmo se sabe a sua posição. Eu pessoalmente achei que bastante depressivo. Apesar de a cidade ser linda e ter vários atrativos, nós não gostamos por esse motivo. Então, avalie se for o seu caso. - O bairro Miraflores onde está a maioria dos hotéis e também vários atrativos, é muito caro para comer. Parece que ali tudo é em dólares (e muitos). Então se estiver só de passagem e não for ficar é melhor ver algo mais perto do aeroporto ou no centro histórico. - Sobre a folha de coca para diminuir o mal da altitude (soroche). Distribuem desde o aeroporto em Cusco e em todos os hotéis em Cusco, Puno, Arequipa e Huaraz. Colocam em um pratinho e todo mundo enfia os dedos (humm), até provei em chás (sachês) e folhas. Então soube que quem toma chimarrão não sofre muito (no caso argentinos) e como eu tomo, não tive problemas. Acontece que é um estimulante então café e guaraná, também funcionam. Tem até um remédio chamado Alti vital (coca, muña, guaraná e gengibre) que é só a base de estimulantes naturais. O principal é aclimatar, não fazer movimentos rápidos. Ah, e o sabor da coca não é horrível, mas não é bom, lembra o chá de carqueja. - Em Cusco, especialmente na Plaza de Armas e na Avenida El Sol verão umas bandeirolas que parecem muito com a LGBT, mas é o estandarte da cidade. - Chá de muña realmente é bom para dor de cabeça e pode ser tomado junto com chá de coca. -Para aliviar o soroche. Um perfume qualquer, ou mesmo desodorante. Basta colocar um pouco nas mãos, esfregá-las e cheirá-las. Vai ajudar muito a respirar. - Lavanderias em Cusco: as lavanderias que estão nas ruas Meloq e Santa Ana são as mais econômicas: custam 2 soles o quilo. Lavamos as roupas no hotel mesmo por 4,5 soles -Chip Claro + 3GB = 35 soles, na loja da Claro. Endereço: Av. Ayacucho, 227 (meio quarteirão da Av El Sol), mas não compramos. - A comida é barata, mas nem tanto. Os lugares “super” baratos tem higiene duvidosa. - Hospedagem barata, mas tem o que se paga. Então, hotéis ou hostels com custo-benefício similar aos do Brasil tem os preços maiores. Como fomos em junho queriamos ar condicionado ou aquecedor no quarto. Esta exigência custou-me bem mais caro, por ser incomum, mas valeu a pena. No caso do verão um simples ventilador já é luxo. Li que até água quente não é comum em hostels e hotéis mais em conta. - Todos os passeios em Huaraz gastam muito tempo. Para a laguna Parón saímos nove da manhã e voltamos as seis, ficando uma hora lá. A laguna Llanganuco saímos as 7:30 e voltamos as 8:00, também ficando uma hora lá. Desistimos da Laguna 69 devido a minha esposa ter torcido um pé, não fosse isso sairíamos as 3:30 da madrugada e voltaríamos as 9:00 da noite, não é à toa que tem gente passando mal, além da altitude tem o cansaço. Para piorar os motoristas em todos os passeios e em todos os lugares insistem em não ligar o ar-condicionado, é que mesmo no inverno à tarde um ônibus completamente fechado vira uma estufa. Se voltasse faria apenas o trekking da Cordilheira Branca de 4 dias e 3 noites, que se gasta tempo apenas para a ida e a volta. - Puno é muito longe de Cusco, são seis horas e meia. Viajamos de dia para não chegar de madrugada e também para ver a paisagem que é bonita, porem monótona. Tivemos que dormir duas noites (uma antes e outra depois) para um dia de passeio. - Arequipa é muito bonita, realmente é encantadora e também é longe. Levamos outras seis horas de Puno. Se for apenas para fazer o passeio de um dia ao Valle del Colca (procure ler mais sobre este) creio ser uma loucura ir até lá, porque vai cansar-se excessivamente. Ficamos todos nossos dias só na cidade e foi muito satisfatório. Avalie. - Quanto às agências para os passeios, em qualquer cidade tanto faz a escolha, porque todas vendem e juntam as pessoas para lotar um micro-ônibus cujo motorista e guia, são terceirizados e por sorteio vão para um destino ou outro. O se que tem é sorte ou azar nestes casos. Os preços são similares e bem baratos. - Em Cusco procure ficar não muito longe da Plaza de Armas e em área plana, leia nos relatos de outros viajantes no Booking, para poupar esforço enquanto aclimatiza. A área plana é mais ou menos seguindo os pontinhos neste mapa: https://goo.gl/maps/pTeW2ZXj8wjn5WGAA - Se for viajar de ônibus à noite, prefira embaixo não muito atrás (devido ao ruído do ar- condicionado) São poucos lugares e a escuridão é total. De dia, é claro, viaje em cima e desfrute da paisagem. Se tiver medo de altura, não vá bem na frente junto ao para-brisa, porque ali é assustador em alguns trechos. - A opção de ir de trem para Machu Pichu não é uma escolha sobre o meio de transporte, mas uma experiência fascinante. Escolhemos ir com a Peru Rail no trem Vista Dome, então fomos surpreendidos com a paisagem maravilhosa passando por picos nevados e a mudança repentina da vegetação para a floresta amazônica exuberante. É caro sim, mas vale cada centavo além das vantagens óbvias de não ser cansativo e de ser seguro. Pelas fotos este trem até parece com os outros modelos, mas a janela se estende mais para o teto e tem serviço de bordo, com um bom lanche. Custou 77 dólares cada trecho por pessoa. - Sugiro ao final do tour pelo Valle Sagrado pernoitar em Ollantaytambo aproveitar da única (e charmosíssima) cidadezinha da era Inca e ainda habitada. Caminhar sem rumo por suas ruelas, ver os primeiros raios de sol nas ruínas e montanhas em volta é único. Procure fotos no Google imagens e já ficará bem impressionado, ao vivo então... - Viajamos em nossos deslocamentos com a empresa Cruz del Sur que é a queridinha dos viajantes estrangeiros, mas não é a única boa. Relatado por quem conheceu tem a Oltursa, a Reyna, a Power, a Tepsa e várias outras destinadas a turistas que se diferenciam pelos serviços e preços daquelas para os peruanos. As empresas tem serviço de bordo e servem um lanche ou mesmo uma refeição maior como jantar, mas na dúvida coma o suficiente antes e só “complete”. - Barras de quinua, como as barrinhas de cereais, são uma ótima opção de lanchinho entre as refeições. Vai encontra-las facilmente, até em farmácias. - A referência turística nas cidades, com exceção de Lima, é a Plaza de Armas. Então procure hospedar-se não muito longe. Em Huaraz, ficamos a 700 metros, em Arequipa a 500 metros, em Cusco também a 500 metros e em Puno ficamos junto a Plaza. - A cerveja Cusqueña é ótima, não deixe de tomar a de trigo e a negra. Mas beba com moderação porque o álcool acentua os problemas com altitude. Outra coisa a ser evitada é o leite que leva ao enjoo. -Leve em consideração a época para visitar Machu Pichu, pois de outubro a fevereiro chove muito, o período realmente seco vai de maio a setembro. Só que em junho após o dia 20 tem a Festa do Sol, que são várias celebrações e é uma multidão. Em julho são as férias escolares na América Latina e em agosto são férias na Europa. Se quiser evitar gente demasiada e preços também fuja destas épocas. Escolhemos o início do mês de junho e foi perfeito. - Se você é daqueles que necessita de cafeína, leve café solúvel ou sachês de café (feitos com filtro de papel) porque o café de lá parece ter pouca cafeína e da forma que é feito você vai toma-lo frio. - Na maior parte do Peru na estação seca (maio a setembro) a umidade do ar é muito baixa e a gente passa com o nariz entupido e sangra fácilmente. Então Sorine ou similar é muito importante. - Nos hotéis aceitam pagamentos com dólar e tem uma taxa de conversão melhor do que as casas de câmbio. Porém cobram 3 a 5% de comissão. - Alguns restaurantes tem “Menu del día” à noite também. Dá para comer bem e pagando pouco. - Não existe a opção de adoçante, se quiser leve do Brasil. É melhor levar, pois só nos chás vai um montão. Visto que o açúcar local é pouco doce e tem que colocar pelo menos o dobro. - Quanto a cozinhar no hostel, não creio ser boa opção, pois os produtos nos supermercados não são baratos. Os preços são até um pouco maiores do que no Brasil. - O Glaciar Pastoruri está derretendo muito rápido. Até o fim de 2020 creio ser um bom passeio ainda, depois terá pouco gelo para ver. Uma pena porque que já foi um lugar que dava até para esquiar. Há várias fotos em um mural no local. - É bom certificar se a Laguna Parón está aberta para visitação, pois fecharam 1 dia após visitarmos. Várias explicações diferentes, mas não tinham previsão de quando e se seria aberta. - Se pode comer bem entre 15 e 25 soles. Comida típica peruana e em restaurantes bem bonitinhos. - Em Huaraz para não desperdiçar o tempo com deslocamentos demorados creio que a melhor opção é fazer o trekking da Cordilheira Branca de 4 dias e 3 noites. Informei-me e dão toda a estrutura, é tipo tudo incluído, não carrega peso, apenas uma mochila de ataque e não é caro. Além do que visitar a Laguna Llanganuco (belíssima) que é no caminho. - Ficaria mais em Cusco e conheceria a Laguna Huamantay ou a trilha Inca até Machu Pichu, que passa por ela. - Quanto aos passeios em Cusco não é preciso gravar um monte de nomes e criar uma confusão mental e de planejamento. Os “best-sellers” são: - o city tour vai no Templo Qorikancha e o Convento de Santo Domingo (cidade) e passa em vários sítios na periferia da cidade (1 tarde). - Maras y Morai e Salineras (sai pela manhã e volta no meio da tarde) é bom levar lanche, pois não tem parada para almoço. - Valle Sagrado. Passeio de 1 dia inteiro que finaliza em Ollantaytambo depois volta para Cusco. É uma opção para quem vai de trem para Machu Pichu porque ali tem uma estação. Nós optamos por dormir ali, desfrutar da encantadora cidadezinha e pegar o trem à tarde. - Tem outras atrações, é claro, como: museus, a Rainbow Mountain (ou Vinicunca ou Montanha Colorida – 1 dia). A trilha Inca, ou a Laguna Huamantay. Abaixo as fotos. Coloquei na ordem das cidades que visitamos. Há também um vídeo do trem para dar uma ideia, não é para ostentação. 20190609_133509.mp4
  11. Faaaaaaaaala, Mochileir@s! Mais uma trip na veia! Dessa vez, uma viagem de 15 dias na companhia de minha querida esposa, em JUNHO de 2019, ao "Umbigo do Mundo", a região de Cusco, no Peru. Segue o relato: 14/06 - Chegada à Cusco Desembarcamos às 11h em Cusco e nos guichês turísticos já tinham disponíveis folhas de coca. Fazia 16°, de boa. Táxi saiu por 10 soles até o centro histórico(negocie que eles baixam o preço). Comemos em um restaurante chamado Mamajama, comida muito boa, mas cara. Precisávamos comer bem, mas tinha que ser uma comida leve para evitar o sorote, então fomos de sopas de quinua regionais. Foram 2 sopas e 2 capuccinos, total de 66 soles. Umas 13h, fizemos o check-in na Mallku Guest House, onde Odwaldo nos recebeu muito bem e nos acomodou no quarto. Foi um quarto duplo, com duas camas de solteiro, pois não havia nesta data cama de casal disponível. Vi muito relato reclamando de água fria ou pouca nos hostals em Cusco. Lá a água era quente e maravilhosa. Foi uma benção depois de uma loooonga viagem. As camas super confortáveis, com edredons bem potentes. Também tinha TV, armário e chá de coca. Recomendo demais, principalmente para casais que não querem dividir quarto em hostel. A diária saiu por 28 dólares com café da manhã. Claro, tinha opções um pouco mais em conta. Mas essa época do ano, a segunda quinzena de junho, é a mais cara. Descansamos muuuuito… Sorote começou a bater. Uma dorzinha de cabeça chata em mim, uma enxaqueca na minha esposa. Quem tiver enxaqueca, leve seu remédio! Tinha uma farmácia bem do lado do hostel e ajudou muito essa localização da nossa hospedagem, perto de tudo, pontos de ônibus, centro histórico, mercadinhos, padaria. Sobre o SOROTE ou MAL DA ALTITUDE: devido à altitude elevada, a quantidade de oxigênio disponível no ar é menor. Isso ocasiona reações no corpo: dor de cabeça, falta de ar, cansaço, peso nas pernas, enjoos ou vômito. Varia muito de pessoa pra pessoa. Tem gente que não sente nada. Mas é comum sentir algo. Por isso, nos primeiros dias, é importante não fazer esforço físico extremo, nem fumar ou consumir álcool ou comida pesada. Também é importante ter algumas medicinas para diminuir o efeito do sorote: folha de coca (sempre), água florida (para inalar) e pílula para dor de cabeça/enjoo. Depois de alguns dias o corpo se acostuma. 15/06 - Rolê pela cidade No dia seguinte fomos trocar os dólares e comprar o boleto turístico na CONSETUR, por 130 soles cada. Passeamos pela Avenida El Sol, a principal do centro turístico, vimos o ensaio do Festival Inti Raymi, no jardim de Qorikancha, que aconteceria no dia 24/06. Aproveitamos e conhecemos o primeiro ponto do boleto, o Museu de Qorikancha. Depois fomos conhecer a Plaza de Armas, onde se concentram os principais pontos turísticos. Ali perto almoçamos, dessa vez achamos um "combo turistico" que valeu a pena, 28soles com entrada, prato principal, bebida e sobremesa.Vimos o Festival de Artes de Rua, compramos alguns lanches e regressamos ao hostel. A noite fomos a Plaza de Armas, onde havia um festival de música. Muita gente, música, frio, fogos de artifícios, foi muito massa! 16/06 - City tour Pela manhã, fomos à Plaza de armas, onde estava tendo um Desfile de Alegorias. A tarde saímos para o City Tour. Primeiro ponto: Qorikancha, que fica quase do lado do hostel. Encontramos nosso grupo e conhecemos a história inca naquele templo sagrado. É impressionante! Contudo, a visita foi bem rápida na nossa opinião, dava pra explorar muito mais, mas o tour ainda havia outros 4 lugares naquela tarde. Seguimos para a van e fomos a Sacsayhuaman. Um local muuuuito foda! Um dos mais incríveis! De lá se tem a vista de Cusco. Novamente, também não foi tempo suficiente para explorar tudo. Seguimos a Quenko, local de mumificação inca. É bem pequeno e logo seguimos a Puka Pukara, onde se tem uma vista sensacional, e muito frio. Por último fomos para Tambomachay, local de purificação dos sacerdotes incas com água. Muuuuito frio. Retornamos a Cusco por volta de 18:30. Sorote bateu pesado na minha esposa. O passeio custou 25 soles para cada pessoa (fora a entrada de 15 soles de Qorikancha). Não curtimos esse city tour por ser muito rápido e não ter a liberdade de ficar mais onde achamos mais interessante. Esse passeio era para durar o dia todo, mas todas as agências iniciam pela tarde. Então a dica é ir sem agência. Todos os locais tem guia na entrada, que é opcional. E sinceramente, se fôssemos de novo, apesar de todos os locais serem interessantes, iríamos apenas para dois: de manhã a pé para Qorikancha, e de tarde de bus (2 soles) para Sacsayhuaman e ainda iríamos ao monumento Cristo Blanco que fica no complexo de Sacsayhuaman. 17/06 - Valle Sagrado Saímos por volta de 9h na van em direção ao primeiro ponto: Pisac. Antes de chegar ao sítio arqueológico, paramos numas tendas que vendem artesanatos e roupas. Depois seguimos ao sítio. Simplesmente incrível aquele lugar encravado nas montanhas peruanas. Aqui tivemos tempo livre para explorar o local após as explicações do guia. Muitas escadarias. Depois seguimos para uma fábrica de prata, onde produzem a prata pura 950 e pedras semi preciosas da região. A grama da prata aqui custa cerca de 17 soles. Depois seguimos para o almoço em Urubamba. Buffet completo muito bom! Seguimos ao sitio arqueológico de Ollantaytambo. Que lugar sensional!!!! De lá seguimos para Chinchero, mas antes paramos num centro de tecelagem onde é demonstrado como é feito o tingimento da lã com plantas naturais e os significados dos desenhos! Finalmente, a noite, chegamos no sítio de Chinchero. Não deu pra ver muita coisa, estava um pouco escuro e frio. Ficamos uns 20 minutos e regressamos a Cusco às 19h. O passeio custou 50 soles cada pessoa. Esse passeio indicamos fazer com agência. Contudo, uma dica: o passeio original do Valle Sagrado vai primeiro pra Pisac, depois Ollantaytambo e depois Chinchero (esse a maioria das vezes se chega à noite). Então, se você for conhecer Moray e as Salineras de Maras, é melhor incluir Chincero nesse passeio, ao invés do Valle Sagrado, pois fica na mesma estrada. Com isso você conseguirá conhecer Chincero de dia, e no passeio do Valle Sagrado terá mais tempo pra conhecer as maravilhas do sítio de Ollantaytambo, pernoitando lá para ir para Machu Picchu no outro dia (de trem direto para águas calientes ou van para a hidrelétrica). Já é meio caminho andado. Muita gente faz isso. 18/06 - Moray e Salineras de Maras Saímos na van às 09h e pegamos a mesma estrada do Valle Sagrado. Paramos na mesma tenda onde se demonstra o tingimento de lã. Nós já tínhamos decorado até as brincadeiras que elas falavam. De lá partimos a Moray, sítio arqueológico inca de experimentação agrícola para evolução de sementes. Muito bonito e interessante! E muito sol! Fazia era calor por isso vá com roupas bem leves por baixo dos casacos! Depois fomos as Salineras de Maras, custa 10 soles, pois não está incluído no boleto. Muito sol e sal. Bem massa! Mas a estrada foi sinistra! Quem enjoar fácil, tome Dramin. O passeio custou 25 soles para cada pessoa (fora a entrada das Salineras). Descemos no meio do caminho, em Chinchero, para visitar o sítio de dia, mas com aquele sol na cabeça e muito cansaço, decidimos partir logo para Ollantaytambo. Poderíamos pegar um bus ou van (cerca de 15 soles pros dois), mas decidimos pegar um táxi, que saiu 30 soles. Chegamos umas 16h em Ollantaytambo e fomos ao Inti Wassi Hostal. Fica bem perto da praça e do mercado. É barato, café simples, cama mais ou menos, chuveiro quente não funcionou uma das noites. Saiu 42 soles a diária. Ollantaytambo é uma cidadezinha muito charmosa, bem pequenina, praticamente uma praça e várias ruazinhas. Adoramos o ar da cidade. Tudo é perto, inclusive o sítio arqueológico. Lá é mais baixo e um pouco menos frio que Cusco, mas venta mais. Acertamos em ficar duas noites lá! 19/06 - Ollantaytambo Amanhecemos nesse lugar abençoado e fomos para as ruínas de Pinkuylluna, que fica de frente ao sítio arqueológico. Muuuuito massa! Que visão se tem de lá! Dá pra ver todo o sítio arqueológico de Ollantaytambo, com uma montanha nevada ao fundo. Perfeito pra fotos e meditação. É grátis e é uma subida de 20 a 30 minutos em escadarias. Devagarinho se chega lá. Vale muito a pena. Descemos e almoçamos no restaurante Ausangate, delícia, recomendo. A ideia era de tarde ir a cascata Peronyalc, mas era preciso pegar um transporte até Pacha, depois outro até o povoado de Somaq, depois subir uma montanha. Estávamos cansados e desistimos. Então criamos nosso roteiro: na entrada da cidade tem um caminho que leva à uma ponte inca. Não está no roteiro turístico. Fomos até essa ponte sobre o Rio Urubamba e tiramos várias fotos lá e seguimos caminhando pela rua paralela ao Rio Urubamba e aos trilhos do trem. Que visual!!!!!! Muitos pássaros e montanhas, e poeira, hehehe. Seguimos andando até chegarmos na estação de trem de Ollantaytambo. Sentamos numa mureta em frente e aguardamos o pôr do sol. Não preciso nem comentar né. Depois saímos pela estação e fomos perambular pelas ruas da cidade. Pessoal, Ollantaytambo é muito hermosa. A maioria das pessoas só conhece o sítio arqueológico, no passeio do Vale Sagrado, e vai embora. Mas vale muuuuuito a pena ficar um outro dia inteiro nessa cidade. E é mais barato que Cusco e Águas Calientes. 20/06 - Ida para Águas Calientes (ou Machu Picchu Pueblo) No outro dia, partimos às 09:30 para a Águas Calientes. Para isso, tomamos a van que vem de Cusco, passa em Ollantaytambo e segue para a Hidrelétrica. Custou 35 soles cada. São 4h30 de muita estrada sinuosa. Bom, era isso ou o trem caríssimo. Recomendável se prevenir do enjôo com remédio e folha de coca. Vistas deslumbrantes e vertiginosas. Chegamos na hidrelétrica por volta de 14h e seguimos caminho a pé pelo trilho. O caminho é praticamente plano, quase todo dentro da floresta seguindo o trilho. O dia estava nublado e muito gostoso para caminhar, mas depois de 1h andando começou a cair uma garoa fina. Capa de chuva! Na trilha é possível tirar muitas fotos, da pra descer no rio, e tem algumas barracas de comida. Tem até camping. Depois de muita caminhada (12km), chegamos na entrada de Águas Calientes (também chamada de Machu Picchu Pueblo). Andamos mais um pouco até o Hostel Killa Sumaq (U$25/dia). Chegamos beeeeeem cansados, sonhando com um chuveiro quente. Essa caminhada vale a pena pela aventura, fotos e economia, vá o mais leve possível com uma mochilinha pequena com o básico, roupas leves pois lá é ameno não necessita de casaco pesado nem muitas camadas de roupa. O hostel é perto da estação de trem, é bem simples, quartos novos, cama confortável, limpo, chuveiro quente, café da manhã simples. Único problema era o barulho dos hóspedes de outros quartos, da cozinha e da escada. Uma dica: quando chegar em Águas Calientes, compre logo seu ticket do bus (caso vc não queira chegar a Machu Picchu subindo por 2h escadarias até lá). O bus é beeeem caro (U$12/trecho), o ônibus mais caro do mundo. Mas pra gente valeu a pena, pois iríamos subir a Montanha Machu Picchu também. Para comprar os tickets do bus, é preciso apresentar passaporte ou RG. Sobre Águas Calientes: nos relatos que lemos, só havia observações de que é numa cidade apenas para dormir e ir embora, pois não tem o que fazer e tudo é mais caro. Pois nós achamos a cidadezinha muito massa!!! TUDO na cidade é detalhadamente decorada com simbologias incas: estátuas, bancos de praça, placas, pontes. Tem muita coisa legal pra ver. Vale a pena um rolê de pelo menos um turno, antes de pegar o trem. Como chegar em Águas Callientes - existem 4 maneiras: caminhando alguns dias pela Trilha Salkantay; caminhando alguns dias pela Trilha Inca; pegando um trem em Poroy ou Ollantaytambo; pegando a van até a hidrelétrica em Santa Teresa e caminhar 12km. 21/06 - Machu Picchu Chegou o grande dia: Machu Picchu! 21 de junho, Solstício, o ano novo andino. Um dia muito especial na nossa vida. O dia começou bem cedo. Às 4:30 acordamos e já fomos para a parada do bus para subir a Machu Picchu. E já tinha bastante gente. Estava frio. Mas depois que o sol aparece, esquenta. O hostel prepara no dia anterior uma sacolinha com lanches para você comer no caminho. O trajeto demorou uns 25 min até a entrada. Lá tem vários guias que você pode contratar (20 soles/pessoa) mas pode entrar sem guia. Abre as 6am e você entra de acordo com o seu ingresso (compre com no mínimo 3 meses de antecedência no site do governo!). Entramos e já nos encantamos com o local. Tiramos algumas fotos e já seguimos o trajeto para a Montanha Machu Picchu, a imponente montanha que batiza o local. Abre às 7am. É uma subida de muuuuuuuitos degraus, haja fôlego! São mais ou menos 2h de subida até os 3.061m de altitude. Se você pensa em subir a montanha, se prepare antes da viagem. Exige bom preparo físico. E muito joelho! Mas chegar lá em cima compensa todo o esforço. Não tem como descrever a vista de todo o sitio em 360°. Pode ficar lá em cima até às 12h. Descemos devagarinho, por 1h, e chegamos bem cansados lá embaixo. Agora era a hora de visitar a cidade de Machu Picchu. Saímos do parque (para comprar água e ir no banheiro, pois não tem lá dentro) e entramos novamente. Quem tem os tickets das montanhas pode sair e entrar novamente no parque uma vez. Entramos e pegamos um guia e seguimos pelas ruínas. Que história massa! Vale a pena o guia! O passeio guiado acabou umas 15:30, e aí se pode ficar de boa no parque até às 17h. Sobre os horários: quem vai pras montanhas (ou Montanha Machu Picchu ou Montanha Waynna Picchu) pode entrar bem cedo e sair às 17h. Quem tem boleto só para conhecer a cidade, ou fica pela manhã ou pela tarde. Não pode ficar o dia todo. Porém, nós não vimos nenhum controle sobre isso. Pegamos o bus de volta às 16h, comemos umas besteiras e dormimos (capotamos) até o outro dia. 22/06 - Retorno à Cusco. Às 10h da matina seguimos para a estação de trem que fica bem próxima ao hostel. Compramos as passagens 2 dias antes no site da IncaRail, numa "promoção" do vagão 360°, até a estação de Ollantaytambo. Saiu por U$68 cada. É beeeem caro! A nossa ideia era voltar de novo pela hidrelétrica e pegar a van de 6h de viagem até Cusco, mas estávamos bem cansados e ainda tínhamos 1 semana pela frente. Digo: valeu muito a pena! Não só pela comodidade e rapidez, mas pela experiência. O caminho do trem vai seguindo o rio Urubamba, um cenário de filme. Ainda mais nesse vagão 360°, que tem vista sensacional. Chegando em Ollantaytambo, já pegamos uma van (10 soles) até Cusco, pouco menos de 2h de viagem. Almoçamos assistindo ao jogo do Brasil x Peru (5x0!) pela Copa América. Curtimos um pouco mais do movimento da cidade. Nossa! São muitos desfiles e manifestações culturais. Cusco não pára em junho! A noite fomos ao bairro San Blas, conhecido por sua igreja e pela boemia noturna. Conhecemos um bar chamado ECO180, que tem uma vista de 180° de cima da cidade de Cusco, com música ao vivo e cerva gelada! Recomendamos demais! 23/06 - Dia de compras Fomos ao Mercado Artesanal de Cusco, que fica no final da Av. El Sol. Lá é um dos locais mais baratos para comprar artesanatos, presentes, etc. Almoçamos por lá e deixamos as coisas no hostel e fomos a uma loja com peças de designers locais (Isa Luna). Fim de tarde voltamos para o hostel. 24/06 - Inti Raymi Festival do Sol. O dia mais esperado do ano em Cusco. Muuuuuuuuuuuita gente na cidade! O festival começa às 09h no jardim de Qorikancha. Depois as pessoas todas seguem para a Plaza de Armas, e às 10:30 começa lá. Depois todos seguem para Sacsayauman, iniciando às 13h. Lá é o único local que tem que pagar ingressos (caríssimos), mas dá pra ver de grátis de cima do sítio. Nós não fomos. Em Qorikancha e na Plaza de Armas foi bem difícil de ver as encenações, pois havia muita gente. Os nativos alugam banquinhos (5 soles) para vc subir para (tentar) ver melhor. Estava muuuuuito lotado! Ficamos um pouco decepcionados com a falta de estrutura para acomodar a multidão. Mas se você for cedo para um dos dois locais e guardar um lugar legal, dá pra ver de boa, leve água, chapéu, protetor solar. Almoçamos e fomos visitar o Museu de Arte Popular e o Museu de Arte Regional (inclusos no boleto). Voltamos, pedimos uma pizza e descansamos para o outro dia: Montanha Colorida (Rainbow Montain). 25/06 - Montanha Colorida (Montana 7 Colores ou Rainbow Mountain) Às 04:45 a van passou no hostel. Nesse dia minha esposa não foi porque ficou bem gripada, e sabíamos que a Montanha era o lugar mais punk de todos. Assim, ela decidiu ficar para não perder os outros dias. A van pegou os outros passageiros e partimos em direção a um vilarejo para tomar café da manhã (incluso no pacote). Demorou 1h30 até lá. Então sugiro comer algo antes de pegar a estrada para não ir em jejum. Após o café, seguimos por mais 1h até o ponto de subida. Essa parte da estrada é de terra e bem sinuosa, estilo a estrada da hidrelétrica. Por volta de 9h chegamos no local para subida, a uma altitude de 4.200m. O guia fornece bastão para ajudar na subida e tem folhas de coca, água florida e oxigênio (para casos graves). A subida começa quase plana, mas já dá pra sentir um peso no corpo e o cansaço. Na metade do caminho começam as subidas íngremes. Essa parte é bem cansativa, começa a bater o sorote (é normal). Uma leve dor de cabeça, cansaço, pernas pesadas. A cada 10 passos uma parada. Tem que ir devagar, no seu ritmo. Muita gente fica pelo caminho, outros utilizam os cavalos para subir e/ou descer. Custa 50 soles o trecho ou 80 soles subir e descer até certo ponto. O cavalo não sobe até lá em cima. Na subida tem banheiros (1 soles), gente vendendo lanches/água. Depois de 1h subindo, cheguei no ponto onde a maioria das pessoas que conseguem subir ficam e tiram as famosas fotos. Ali são 5.000m!!! Um sentimento de superação! Mas dá pra subir mais! Quem quiser chega aos 5.036m! Parece pouca a diferença, mas nessas condições 1cm é muito, acredite. Ao chegar lá em cima a recompensa é a visão de 360° do Valle Rojo. Muitas montanhas coloridas, montanhas nevadas, águias, riachos, que visual!!! E que frio!!!! No topo venta muito, sensação de zero grau! Então vá preparado pro frio extremo: segunda pele, fleece, casaco corta-vento, gorro, luvas, cachecol, óculos. Esse é o passeio mais frio de todos. Fiquei cerca de meia hora lá em cima. Depois começamos a descer, que é muito mais fácil. Por volta de 13h partimos pro mesmo lugar do café da manhã para comermos um farto almoço (incluído no pacote). Após um breve descanso, regressamos à Cusco. Nesse retorno, a van deu problema no motor e tivemos que pegar um transporte de linha urbana, que parava em toda parada e estava lotado. Foi foda! Já estava bem cansado. Pelo menos a parada final da Topic era perto do meu hostel. Cheguei já de noite, beeeem cansado. O passeio completo custou 80 soles (transporte, guia, entrada, café da manhã e almoço). 26/06 - Rolê pela cidade Pela manhã fomos ao museu que ainda restava do boleto: Museu de Arte Contemporânea. Almoçamos muito bem no restaurante Chia (recomendo aos veganos!). Depois conhecemos a Catedral por dentro, pois havia uma missa acontecendo, a visita na catedral tem tours guiados pagos, mas quando está havendo missa pode entrar gratuitamente. Demos mais um rolê pela cidade, entramos em algumas lojinhas e retornamos ao hostel. Foi um dia light. Amanhã teria outro passeio puxado: Laguna Humantay. 27/06 - Laguna Humantay A van passou às 4:30 e seguimos para buscar os outros passageiros. 5h pegamos a estrada em um longo caminho até chegar em Mollepata, onde tomamos café da manhã às 8h. Fica a dica para comer algo antes ou levar pra comer no carro. As 08:30 saímos em direção a Soraypampa, início da caminhada. Lá tem vários acampamentos onde o pessoal que faz a trilha Salkantay fica. Iniciamos a subida por volta de 9h, a uma altitude de 3.900 metros. Começa plana e vai ficando íngreme, parecida com a da Montanha Colorida. Mas como a altitude é um pouco mais baixa, não é tão cansativo e nem frio quanto. Mas é puxado. Sobe e pára, sobe e pára. 1h de subida e a montanha Humantay vai se mostrando. A recompensa vem com a vista mais linda de toda a viagem: a Laguna Humantay. Que cenário de filme aquele. Valeu todo o esforço chegar aos 4.300m! Ficamos até 13h e voltamos pro mesmo ponto para almoçar. Às 14h partimos de regresso a Cusco. O passeio custou 95 soles por pessoa (incluído café da manhã, almoço, guia, transporte e entrada). 28/06 - Adios Cusco Nosso vôo era às 18h, então caféaproveitamos a última manhã para ir no Mercado San Pedro. Típico mercado popular, onde os nativos frequentam, tem muita opção de comida, artesanato, roupas, etc, aquela confusão massa, hehehe. Vale muito a pena comprar por lá e ver os costumes do povo local. Voltamos ao centro histórico e almoçamos no restaurante Avocado (especialista em Abacate, delícia!) e voltamos ao hostel, depois aeroporto. Bom, de acordo com nossa experiência nessa viagem, esse seria um roteiro que faríamos para otimizar tempo/dinheiro/esforço físico: Sugestão de roteiro de 14 dias: (PRINCIPALMENTE NA SEGUNDA QUINZENA DE JUNHO) Dia 1 - Aclimatação Dia 2 - Comprar boleto turístico, trocar dólares, rolê pela cidade (museus, praças, igrejas, lojas, mercado). Dia 3 - Qorikancha e Sacsayauman Dia 4 - Moray, Salineras de Maras e Chinchero Dia 5 - Valle Sagrado: Pisac e Ollantaytambo (pernoita lá) Dia 6 - Ollantaytambo Dia 7 - Ida de Ollantaytambo para Águas calientes de van pela Hidrelétrica Dia 8 - Machu Picchu Dia 9 - Águas Calientes e retorno de tarde de trem a Ollantaytambo ou Poroy, depois ida a Cusco. Dia 10 - Inti Raymi Dia 11 - Laguna Humantay Dia 12 - Rolê (museus, praças, igrejas, lojas, mercado etc) Dia 13 - Montanha Colorida Dia 14 – Rolê/Adios Cusco Frio/Altitude: Cusco > Ollantaytambo > Águas Calientes OBS: A temperatura varia entre 0° e 20°C nessa época, uma amplitude térmica bem grande. Por isso, tem que levar roupas de frio e de caminhada nos passeios, principalmente os mais longos. Nível de dificuldade: Montanha colorida > Montanha Machu Picchu > Laguna Humantay > Outros Locais inclusos no Boleto Turístico: Sacsayhuaman Q’enqo Puca Pucara Tambomachay Museu de Arte Contemporânea Museu Histórico Regional Museu de Arte Popular Museu de site Qoricancha Centro Qosqo de Arte Nativo Monumento ao Inca Pachacuteq Pikillaqta Tipon Pisac Ollantaytambo Chinchero Moray O que levar para os passeios: Roupa de frio, roupa de caminhar, bota ou tênis, chapéu ou boné, filtro solar, batom de cacau, óculos escuros, folha de coca, capa de chuva, mochila pequena com lanche e água. Sugestão de restaurantes (o TripAdvisor não falha!): Cusco: Yaku, Avocado, Chia. Ollantaytambo: Ausengate Dica para economizar comendo fora: muitos restaurantes têm o "menu do dia" ou o combo (entrada + prato principal + bebida + sobremesa), por volta de 25 soles. Onde comprar mais barato: Mercado San Pedro e Mercado Artesanal de Cusco. Site oficial Machu Picchu: https://www.machupicchu.gob.pe/ Sites das companhias de trem: https://incarail.com/ https://www.perurail.com Aplicativo Fiestas de Cusco 2019: Disponível na Playstore e App Store Documentos necessários para entrar no Peru: Passaporte ou RG (com data máx. de 10 anos de emissão). Não vale CNH ou CPF ou certidão de nascimento. Sobre cartões de crédito: nem todo lugar aceita todas as bandeiras. Muitos não aceitam Mastercard. O mais aceito é VISA. Então leve ao menos um dessa bandeira. Bom galera, essa foi nossa maravilhosa viagem à região de Cusco, no Peru. Foi uma trip banhada pela cultura peruana (pré-inca, inca e pós-inca) com muita história, arqueologia, arquitetura, dança, arte, misticismo, gastronomia e natureza. Depois enviaremos fotos e mapas! Hasta Luego! Sergio e Sabrina.
  12. Boa tarde pessoal, de antemão peço desculpas se estiver fazendo isso no local errado! Estou vendendo um bilhete de trem da PERURAIL entre OLLANTAYTAMBO <> MACHU PICCHU, ida no dia 11/08 às 12h55 e retorno dia 12/08 às 16h22 na categoria EXPEDITION. Tinha uma viagem programada para o Peru no mês de agosto/2019 mas por motivos profissionais precisei cancelar. Por sorte as minhas reservas no booking eram todas com cancelamento grátis e já estou na batalha com a Avianca para tentar remarcar meu bilhete. Infelizmente a passagem de trem não vou poder usufruir, por isso espero que alguém possa ir no meu lugar e depois me conte como foi (ou não, pq vou ficar com inveja hahaha). Obrigada a todos e boas viagens!
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