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Em 2019, voltei à Manaus para trabalhar por uma semana e consegui esticar o fim de semana e então me aventurei à fazer as Anavilhanas por minha conta, escapando dos hotéis de selva (como o Anavilhanas Lodge e o Mirante do Gavião). Afinal, quase quatro mil para um pacote individual está longe léguas do meu orçamento. Então minha viagem foi no modelo econômico. O Parque Nacional de Anavilhanas foi criado em 2008, antes a área era classificada como unidade de conservação por um decreto de 1981. 70% do parque está localizado em sua maioria em Novo Airão, distante aproximadamente 180 Km de Manaus, foi criado com o objetivo de preservação do arquipélago fluvial, um dos maiores do mundo, com mais de 400 ilhas e 60 lagos, em uma área de mais de 3.500Km2. No início de novembro, o rio ainda estava na seca, ou baixa, que vai de setembro a fevereiro. Foi minha primeira vez na amazônia nesse período: anteriormente eu havia ido em 2005 em abril e em 2017 em junho, ambas na cheia , que vai de março a agosto. São paisagens distintas e dessa vez as praias tiveram seu charme. Mas, pensando bem, ainda prefiro a cheia, com seus igapós e pode ser impressão, mas a luz é mais interessante, além dos espelhos d'água tornarem a paisagem um tanto mais atraentes que na seca. Então vamos à logística... Para chegar à Novo Airão você tem algumas opções: ônibus que sai do terminal rodoviário de Manaus cujo trajeto leva 6 horas (acho que vai parando em todas as cidadezinhas do caminho), alugar um carro (não viável no meu caso, porque o custo x benefício era alto já que eu estava sozinha), pagar um transfer pela pousada (também não viável pelo preço de 360 pratas cada trecho) ou encarar o taxi lotação, que foi o meu caso, que custou R$60/trecho e eu tive a maior sorte, ao chegar no ponto estava saindo um carro e tinha uma vaga. Nessa modalidade são duas horas e meia. O ponto fica na Avenida Cirilo Neves (acesso à Ponte Rio Negro), do outro lado do Supermercado CO, tem um placa indicando Sindicato de Taxi de Novo Airão (tel.: 92 99428-0595). Os carros vão saindo conforme fecham as quatro vagas. Eu fui com um motorista muito fofucho chamado Roney, que me deixou na porta da pousada. Na volta, marcamos um horário e ele já esquematizou um horário e um outro motorista também foi me buscar. Fiquei hospedada na Pousada Bela Vista, que reservei pelo whatsapp (92 99229-6667), que é super bem localizada na beira do rio, em uma área um pouco mais alta, mas com acesso direto ao rio negro (e como estava na baixa, à praia). Os quartos são simples, mas são limpos, tem ar condicionado, frigobar, chuveiro forte e uma café da manhã bem gostoso. A piscina é bem legal também (e eu raramente uso), mas é uma excelente opção para o fim da tarde, acompanhada de uma cervejinha e o bar tem uma opção variada delas. A própria pousada disponibiliza os passeios em parceria com um agência, que são caros caso não consiga dar a sorte de entrar em algum grupo, que normalmente são formados de casais e cada barco tem capacidade para quatro pessoas. Eu dei sorte, porque no dia que cheguei havia um casal na recepção fechando o passeio do dia seguinte com um filho de 12 anos e eu consegui me encaixar como o quarto integrante. Para uma pessoa sozinha pagar R$1.300 pelo passeio inteiro, sai super caro. Fizemos o passeio completo, com parada para banho em um praia de areias clarinhas no meio do rio, visitando as Grutas do Madadá com caminhada na mata com um guia local que foi mostrando esconderijos das taturanas, o segredo das plantas medicinais utilizadas pela população, depois seguimos para as ruínas de Airão Velho (e ao sair pegamos um senhor temporal com raios cruzando o céu em uma quantidade de meter medo). Em seguida fomos até o Parque Nacional do Jaú, onde ficamos na base esperando o temporal passar. No caminho de volta paramos em um local que só é possível na baixa, para ver os petróglifos (gravuras rupestres gravadas em rochas). Eu, particularmente, achei o passeio meio cansativo e acho que teria gostado mais de fazer o de meio período, mas não sei se vão aos mesmo lugares. O que mais gostei foi da parada nas ruínas. Fotograficamente foi meio frustrante: aquele lugar merecia um espetacular pôr do sol. Eu passei duas noites lá e achei super suficiente. No dia da chegada eu jantei na pousada, cujo restaurante é bem bom. Na noite seguinte eu fui à uma hamburgueria bonitinha perto da pousada, chamada Saloon do Alex, que tinha uma comidinha boa, cerveja gelada e rock rolando no som ambiente. Na manhã seguinte, o dia do meu retorno, eu fui até o flutuante dos botos (aproximadamente uns 500 metro da pousada), mas estava fechado por um problema com a tempestade do dia anterior. Fiquei chateada, porque eu tinha que retornar à Manaus e não pude fotografar os lindos botos cor de rosa. Assim, da próxima vez que eu for à Manaus, vou ser obrigada a dar uma nova esticada à Novo Airão, espero que na cheia. Para ver o post completo e as fotos: https://www.flaviamoreirafotografia.com/manaus e no instagram: lugaresfotogenicos
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Pessoal, reservei o ultimo dos 6 dias da minha ida a Manaus para ver os botos em Novo Airão. A cidade de Novo Airão é bem pequena, porém arrumadinha, diferente de Manacapuru, cidade referência no meio do caminho de Manaus para Novo Airão e que tem um centro horroroso. Coloquei a minha viagem toda descrita em outro tópico pra quem quiser ver. Tem 2 ônibus diarios para Novo Airão, não sei bem o horário, acho que o 1o sai de Manaus às 6h e o último sai de Novo Airão às 13h. De ônibus leva cerca de 5 horas a viagem de 200kh + 40 min de balsa. O último ônibis retorna às 13h. Além dos botos tem lá um parque que dizem ser muito bom e o arquipelago de Anavilhas que também é muito bem falado mas nessa época fica em grande parte submerso pela cheia. Tinhamos que estar no aeroporto às 16h, mas como eu tenho o péssimo hábito de lutar com os ponteiros, não resisti o carro que tinha alugado no dia anterior para ir a Presidente Figueiredo ali olhando pra mim e toquei pra Novo Airão. O selvagem ao extremo não podia ir sem nadar com os botos né? As 7h estávamos atravessando a balsa. 40 min de travessia. Do outro lado paramos pra por uma câmera no pneu furado que não deu concerto e trocar a chave de roda. Outro pneu furado implicaria na perda do vôo. 9h estava eu pisando fundo pra chegar em Novo Airão às 11h. Passei reto na entrada da estrada pra Novo Airão e perdi quase 30min indo até o centro de Manacapuru. Pouco depois das 11h estava eu lá, nadando com os botos. Como eu sou um ser meio aquático me confundiram com um peixe e ganhei uma mordida de boto na mão hehe. Eu, fora da água, segurava um peixe com uma mão enquanto abanava a outra e ele pulou foi na mão que eu abanava. Fui premiado segundo o pessoal de lá. Disseram que, final de semana lá fica lotado de gente nadando lá, e nunca ninguém ganha uma mordida (mas tinha mais um que ganhou uma mordida lá, segundo ele era um boto novinho que tinha aparecido lá, ainda não acostumado). Nada demais.... Continuei nadando com eles, apenas meio receoso a cada fucinhada, com medo que a próxima mordida pudesse pegar um órgão mais importante hehe Fascinante a experiência!! Alimentando o boto Nadando com o boto Uma horinha por ali e pé na tábua. Perdi mais 15 minutos pra voltar pra pegar meu tênis que achei que tinha esquecido lá, mas estava debaixo do meu banco. Chegamos na hora que acabava de encher uma balsa e por 2 carros tivemos que esperar a próxima. Sem banho mesmo, sob risco de ter que aturar um xilique da namorada caso perdêssemos o vôo, juntei a bagagem e zarpei com o cara da locadora nos levou até o aeroporto. No caminho um movimento estudantil nos atrasou em uns 20 minuto e advinha??? Perdemos o vôo porque o checkin encerrou às 16:30h e chegamos às 16:34h. Nem sem a bagagem deixaram minha namorada embarcar... Mas quer saber? Valeu a pena!!!