Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Mostrando resultados para as tags ''naoshima''.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Faça perguntas
    • Perguntas Rápidas
    • Perguntas e Respostas & Roteiros
  • Envie e leia Relatos de Viagem
    • Relatos de Viagem
  • Compartilhe dicas de Roteiros Gastronômicos
    • Roteiros gastronômicos
  • Encontre Companhia para Viajar
    • Companhia para Viajar
  • Encontre companhia, faça perguntas e relate experiências em Trilhas
    • Trilhas
  • Tire dúvidas e avalie Equipamentos
    • Equipamentos
  • Outros Fóruns
    • Demais Fóruns
    • Saúde do Viajante
    • Notícias e Eventos
  • Serviços com Desconto
    • Seguro Viagem
    • Reservar Hospedagem
    • Cupom de Desconto

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que contenham...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


Sobre mim


Ocupação


Próximo Destino

Encontrado 1 registro

  1. Kon'nichiwa, pessoal! 🏯 Esse relato tem um toque muito especial, porque foi uma viagem amplamente esperada durante a pandemia e que foi adiada por diversas vezes, apenas esperando o Japão reabrir. E o mais legal: Foi feita junto com meu pai, onde passamos maravilhosos 14 dias no Japão. E ainda houve um bônus: Depois de voltar do Japão, fiz um stop-over em Nova York, passei 4 dias por lá. Esse relato será apenas do Japão, faço um de NY em outro texto, e coloco o texto aqui para quem quiser! E o mais legal, essa viagem tem uma história ótima por trás. Era meados de 2020, meio da pandemia, e eu era professor universitário. Sempre segui esses sites de passagens, e vi no Melhores Destinos uma promoção da Qatar Airways do dia mundial dos professores. A promo era espetacular: Bastando ser professor, você poderia concorrer à uma passagem da Qatar para qualquer lugar do mundo. E mais: Ganhava também uma passagem com 50% de desconto para o mesmo lugar para um acompanhante. Acabei sendo sorteado! E a primeira coisa a se pensar foi o lugar...e me questionei: Qual o lugar mais longe que eu posso ir? Resposta: Japão. E quem seria a companhia ideal para conhecer o Japão? Meu pai, que sempre gostou do oriente e tinha muita vontade de ir pra lá. O que não esperávamos era que o Japão fosse um dos últimos países do mundo a reabrir as fronteiras na pandemia. Então a viagem só aconteceu em março e abril de 2023! Tive que trocar minha passagem para a United, mas meu pai foi via Qatar. A viagem faz um tempinho já, mas só agora que estava revisitando umas fotos resolvi escrever aqui. Sempre bom relembrar os bons momentos 😁 Boa leitura e se encante com essa trip que foi uma das melhores viagens da minha vida! 🗾 1) Roteiro O roteiro foi o seguinte: Saímos no dia 22 de março de 2023, para chegada no Japão no dia 24 de março. Daí passamos duas semanas, para sair do Japão na quarta-feira dia 5 de abril. E aí nos separamos: Meu pai voltou para o Brasil e eu fiz um stop over em Nova York, para voltar ao Brasil apenas no dia 9 de abril de 2023. Dia 1: Saída Brasil (voo às 21h) Dia 2: Chegada em NY e escala para Tokyo Dia 3: Chegada Tokyo Dia 4: Ida para Kyoto Dia 5: Kyoto Dia 6: Kyoto Dia 7: Kyoto Dia 8: Ida para Hiroshima Dia 9: Manhã em Hiroshima e a tarde ida para Ilha de Naoshima Dia 10: Naoshima Dia 11: Saída Naoshima e chegada em Tokyo Dia 12: Tokyo Dia 13: Tokyo Dia 14: Bate-volta para o Monte Fuji Dia 15: Tokyo Dia 16: Manhã em Tokyo e ida para NY. Dia 17: NY Dia 18: NY Dia 19: Manhã em NY e volta Brasil. 2) Gastos Pode parecer estranho...mas, em 2023 e agora também em 2025 (quando estou escrevendo), o Japão não está caro. Muito disso por conta do JPY, que está historicamente depreciado. Agora a inflação está um pouco mais alta, mas em 2023 tínhamos a soma de moeda desvalorizada e uma inflação ainda quase zero. Para vocês terem ideia, gastei mais em 4 dias de NY do que em duas semanas de Japão. Gastos seguem abaixo da parte de Japão, excluindo claro passagem e os gastos com comida e tranqueiras. Pode adicionar cerca de 150 dólares por dia para isso. Já considerando pequenos luxos (restaurantes mais caros, bugigangas, etc). Perceba que não ficou caro! Uma viagem para a Europa hoje gasta-se muito mais! 3) Praticidades para levar em conta ao viajar para o Japão Coisas que foram muito úteis para mim foi o JR Pass e o Pocket Wifi, coisas bem específicas de uma viagem para o Japão. Na época, o JR Pass tinha um preço muito bom, coisa de 1500 reais para cada, por 10 dias de passe. Sei que agora está bem mais caro. mas podíamos usas o Shinkansen para qualquer lugar e hora, sem reservar. Foi bastante prático, já que fizemos alguns bate-e-voltas, incluindo uma ida para Kawaguchiko para ver o Monte Fuji. O Pocket Wifi foi outra mão na roda. Cotei na época preços de chip de celular antes da viagem, e o que todo mundo indicava era o Pocket Wifi. Como estávamos em 2, funcionou muito bem, dividimos o valor e foi ótimo. Andávamos o tempo todo com ele. E mesmo quando nos separávamos, o Japão é um país muito bem servido de wifi público. Não sei como está o esquema agora em 2025, mas na época valeu muito a pena. E ah, a retirada é bem prática. Como compramos ele no Brasil, agendamos o envio para o nosso hotel. Então quando fizemos o check-in em Tokyo, nosso pocket wifi já estava lá na recepção esperando a gente pegar. Foi bem prático. A devolução é pelo correio, e eles dão todos os guidelines para isso. Uma outra praticidade que usamos e foi ótimo foi o serviço de despache de mala entre hotéis. Fizemos isso em Kyoto, antes de ir para Hiroshima e, como passaríamos os próximos 3 dias em deslocamento antes de voltar para Tokyo, mandamos as bagagens para nosso hotel de Tokyo. O preço do serviço não foi caro, e foi super prático. Super seguro e recomendo! E claro, por fim, assim que pisar no Japão, já compre seu cartão com tecnologia IC. Eles são os cartões pré-pagos que funcionam em tudo qualquer lugar, seja no transporte público, seja nos restaurantes ou supermercados. Lá basicamente eles usam isso como meio de pagamento, além de moedas. Tinha levado meu Wise, mas poucos lugares aceitavam. O esquema mesmo era o IC Card e a moedinha. Então por isso level também um porta-moedas, que você não vai se arrepender! 4) Relato dia a dia Dia 1: Saída São Paulo, voo United via Nova York Voo para Nova Iorque foi às 20h30, numa quarta-feira, dia 22/mar. E que voo bom! Gosto muito da cia, e o voo foi rapidinho. Pousei em Newark às 5h20am do dia 23, onde peguei uma área vip, tomei um banho, e fiquei esperando o voo para Tokyo às 14h. Uma coisa que me perguntam: Por que eu não fiz stop-over na ida? Bom, deveria ter feito! Acabei ficando beem cansado. E ainda, o fuso-horário acabou ferrando com meu intestino também! Até me adaptar, demorou alguns dias. Fiz stop-over na volta e valeu muito a pena. Esse negócio de fuso-horario é coisa séria! Dia 2: Voo United até Tokyo-Haneda e chegada no Japão Cheguei no Japão via Tokyo-Haneda. Tokyo tem dois aeroportos internacionais: Tokyo-Haneda, que é mais centralizado, perto do centro da cidade, e Tokyo-Narita, aeroporto afastado, que fica a cerca de 1h-1h30 do centro. Chegamos no dia 24 de março, e uma curiosidade legal foi que era meu aniversário! 🎂 Fiz 30 anos em Tokyo, mesmo que por algumas horas, já que cheguei lá pelas 18h da noite. E chegando já comprei o Pasmo, um dos cartões pré-pagos do sistema IC que é super útil no Japão. O Pasmo é análogo ao Suica, e é usado em diversos estabelecimentos por lá, em qualquer cidade do Japão. Isto é, se você comprou um Pasmo/Suica, você pode usá-lo também em Kyoto, Hiroshima, qualquer cidade que aceite o sistema IC. Isso inclui vending machines, 7-Elevens..tudo! Peguei o Pasmo porque era o que vendia em Haneda. De lá já peguei o metrô para Shibuya, bairro que ficamos em Tokyo agora e na volta para a cidade! E na chegada, já tive o primeiro contato com a Shibuya cross, aquele cruzamento insaano de Tokyo. Foi uma loucura estar garoando, com mala, vendo a Shibuya cross lotadaaa em plena sexta-feira a noite. Melhor forma de fazer 30 anos Vista do nosso hotel no primeiro dia! Dia 3: Ida para Kyoto Dia 2 foi começou com burocracias e terminou com a gente em Kyoto! Primeiro passamos no escritório da JR em Shibuya para retirar nosso JR Pass. Compramos ele no Brasil, mas é necessário pegar o passe fisicamente. Nisso deu para dar uma passeada rápida por Shibuya, que voltaríamos alguns dias depois, e já ficamos encantados com o bairro! Fomos até o topo do nosso hotel para ver a cidade, que tem uma bela vista panorâmica! Shibuya cross de dia! JR Pass Vista de Tokyo do nosso hotel em Shibuya De lá, pegamos o passe e já fomos direto para a estação de Shinjuku para pegar o Shinkansen para Kyoto. Nossa plano era voltar para Tokyo na parte final da viagem, com o intuito de já estar por lá e evitar qualquer imprevisto na saída do Japão. O trem é muito bacana! Foi minha primeira experiência com trem bala. Achei bem diferente dos trens de alta velocidade na Europa, por exemplo. No Japão é muito mais rápido! Fizemos Tokyo-Kyoto em menos de 4 horas, e chegamos a tempo de ver um belo fim de tarde no principal rio da cidade. Primeira impressão de Kyoto foi excelente! E demos uma baita sorte pelo período que escolhemos ir! As Sakuras (cerejeiras) estavam começando a florir. Então durante as duas semanas que ficamos no Japão, pegamos as árvores sempre coloridas e cheias! Uma chance única ter visto o ciclo inteiro, que é muito particular do Japão. Então caso você esteja planejando uma viagem para lá, escolha a época com carinho. A primavera lá é grande, então não é sempre que as cerejeiras batem com a data da sua viagem. Nesse ano ela foi mais cedo...então conseguimos ver tudo! Chegando o fim do dia, o objetivo era achar um bom Izakaya para comer em Kyoto. Estava ansioso por isso! E o melhor lugar para achar um bom restaurante é na Nakagyo Ward, ruela que beira o rio na cidade e tem ótimos restaurantes. Jantamos um belo Guykatsu Kare no Gyukatsu Kyoto Katsygyu. Recomendo fortemente! Depois do belo jantar e do primeiro Gyukatsu, andamos até o hotel pelas belas ruas de Kyoto floridas de cerejeiras a noite. Eles deixam as luzes entre as árvores para dar um efeito bem bacana. Kyoto é espetacular! Centro de Kyoto Kyoto Gyukatsu! Dia 4: Kyoto, Templos, Caminho do Filósofo e Gion. Dia começou com um café da manhã do lado do hotel e uma visita ao Sanjo Meitengai, shopping aberto de Kyoto que é um lugar muito agradável de se caminhar! Cheio de lojinhas de souvenir, cafés, lojas de música...tem até um cinema! Caminhada por lá durou a manhã inteira. No almoço visitamos o Nishiki Market, mercadão de Kyoto que é uma loucura! Extremamente lotado, mas bem divertido. E lá comemos um bom Lamén, o primeiro da viagem! A tarde, o primeiro santuário/templo dos muitos visitados em Kyoto, o santuário shintoísta Heian Jingu Shrine. Uma coisa legal dos templos/santuários de Kyoto é que eles respeitam bastante as visitas da galera religiosa. É bem dividido entre quem é turista e realmente segue a religião. Não existe desrespeito (acho muito diferente por exemplo das igrejas católicas na Europa...os turistas muitas vezes fazem alguma arruaça dentro dos templos, o que acaba atrapalhando os fiéis). De lá, pegamos um taxi até o famoso Caminho do Filósofo. Ele é uma trilha que beira um canal em Kyoto em que o professor de filosofia Nishida Kitaro usava como rota para meditação diária. É um cenário bem bucólico, já que é tomado pelas cerejeiras, que estavam bem floridas. O caminho é sinuoso e perfeito para um passeio contemplativo. Passamos algum tempo lá apreciando e valeu muito a pena, mesmo com a chuva hehe. Anoitecendo, meu pai voltou par ao hotel, enquanto eu fui dar mais uma volta pelo centro de Kyoto a noite. Meu objetivo era ver um pouco de Gion, o bairro "boêmio" da cidade, e onde há vários botecos e restaurantes pela noite. É onde também ficam as gueixas, e de vez em quando é possível ver uma ou outra por ali. Não confundir com os turistas que se vestem de roupas típicas! Gueixas ainda existem e é um trabalho sério e milenar no Japão. Foi muito bacana caminhar pelo bairro, e deu inclusive para comer um Takoyaki no Yasaka Shrine, santuario shintoísta que fica logo ao lado de Gion. Bom demais! E assim terminamos o dia 4! Nishiki Market Heian Jingu Shrine Caminho do Filósofo Caminho do Filósofo Noite em Gion Gion Gion a noite Takoyaki! Dia 5: Kyoto, Fushimi Inari, Kiyomizu-dera e Gion de dia E chegamos ao meu dia preferido de Kyoto! Começamos o dia visitando o Fushimi Inari, a montanha ao sul de Kyoto que é conhecida pelos milhares de toris que sobem a colina acima. Lugar é muito bonito, mas é uma caminhada braba! Quis chegar até o topo, mas é bastaante escadaria. O santuário é bem antigo, e é um ponto bem característico da cidade. De lá, pegamos o metrô para irmos para o meu templo preferido em Kyoto: O Kiyomizu-dera. Gostei dele por dois motivos: i) Primeiro porque ele fica em cima de uma colina, e temos uma bela vista do centro de Kyoto. E ii) porque ele realmente é belíssimo, o que inclui torres impressionantes. Ah, o templo dessa vez é budista, e mesmo que se assemelhe aos santuários shintoístas, as cerimônias são bem diferentes. E você consegue ver isso na própria conduta de entrada. Mas em ambas religiões existem um respeito aos fiéis e turistas. Ninguém incomoda ninguém, e é um ambiente bem agregador, como todo Japão. Uma coisa legal do Kiyomizu-dera é que ele é colado em Gion. Então a saída do santuário é um show...você cai direto nas ruazinhas do bairro, e vai parando nas lojinhas e nas vendinhas de comida. E no meio do bairro, estava rolando uma feirinha numa praça em Gion que era extremamente agradável. Pegamos uma cerveja, compramos um Udon e tivemos um belo almoço cercado por cerejeiras. Uma das melhores memórias que tenho dessa viagem foi nesse dia . Restante do dia foi uma caminhada pelo resto de Gion, apreciar as cerejeiras e curtir mais um pouco dessa cidade. Kyoto é simplesmente espetacular! Fushimi Inari Toris em Fushimi Inari Caminhada em Fushimi Inari O templo mais bonito de Kyoto: Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Vista de Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera fica pertinho de Gion, e a caminhada descendo de lá é muito agradável Gion lotada! Dia 6: Kyoto, Castelo de Nijo, Kinkaku-ji (templo dourado), Vila de Arashiyama e Estação Central de Kyoto O sexto dia foi um dia muito bonito, onde reservamos para conhecer a parte norte da cidade. Começamos primeiro indo para o Palácio Imperial de Kyoto, que foi a capital do império japonês até o século XIX, antes da Restauração Meiji, antes da mudança para Tokyo. O acesso é gratuito para os jardins e aos pavilhões do palácio, e o ambiente é muito agradável. A visita em si às partes internas do castelo só acontece poucas vezes ao ano. Mas o acesso aos jardins são livres o ano inteiro. Estava um dia bem bonito, então tinha bastante gente por lá, o que inclui atividades que remetiam à época feudal no Japão, como por exemplo a pratica do Temari, esporte-arte folclórico japonês que é um dos percursores da altinha, tão famosa aqui no Brasil. Sem contar que tinha bastante atividade gratuita para o pessoal, foi bem divertido! Palácio Imperial de Kyoto Kemari no Palácio Imperial de Kyoto Palácio Imperial de Kyoto Saindo do Palácio Imperial, pegamos um ônibus rumo à parte norte da cidade. Primeira parada foi o templo budista Kinkaku-ji, o conhecido "templo dourado" de Kyoto. E que lugar bonito! Como estava bem ensolarado, as luzes refletiam no templo, que dava um caráter de ouro no prédio! Não é possível entrar no templo, mas o lugar é bem agradável. O templo fica cercado por um lago, e você tem acesso ao jardim também. Por mais que o Kinkaku-il fique numa parte isolada da cidade, a visita vale muito a pena. O lugar é bem fotogênico. Kinkaku-ji, o templo dourado Kinkaku-ji O plano inicial era conhecer os outros templos/santuários do norte de Kyoto, mas como passamos mais tempo que o esperado no Palácio Imperial, acabamos tocando direto para a vila de Arashiyama. Esse era um lugar que estava bastante animado para conhecer. Arashiyama é um distrito de Kyoto que fica na parte noroeste da cidade. É afastado, então é necessário guardar um tempo para deslocamento. Fomos de ônibus e trem (sempre usando o Pasmo/Suica/JR Pass) saindo do templo de Kinkaku-ji, para chegar na hora do almoço em Arashiyama. A atração principal de Arashiyama é a floresta da bambu do vilarejo. E aqui vai uma dica de ouro: Como a floresta é altamente instagramável, o lugar costuma lotar. Então o esquema é ou ir muito cedo ou ir já no fim da tarde. Optamos pelo segundo. Aproveitamos o tempo em Arashiyama para passear pelo centro da cidade, que têm várias lojinhas/comidas de rua, e também para almoçar. Aqui vai outra recomendação: O restaurante Kijurou. Estávamos a procura de um bom restaurante de carnes para comer um bife de Wagyu, e esse foi encontrado no Google. Achei excelente, com ótimos preços e um próprio jardim de pedra para a espera. Passeamos também pelas margens do rio Katsura, que banha a cidade, e tem um visual bem bonito. Queríamos também visitar o Arashiyama Monkey Park, parque que você pode contemplar os famosos macacos japoneses, mas infelizmente ele fechava às 17h. Dito isso, depois de passear pela cidade, finalmente fomos ao bosque de bambus bem mais vazio! E conseguimos aproveitar bem lá sem tanta lotação . Floresta de bambu de Arashiyama Wagyu em Arashiyama Ruas de Arashiyama Arashiyama Saindo de Arashiyama, pegamos um trem para a estação central de Kyoto, e fomos surpreendidos pela beleza que é aquela estação! Uma obra da engenharia! Tínhamos até lido que a estação era bonita, mas foi muito mais do que a gente esperava! Gostamos tanto que passamos umas 2 horas passeando e conhecendo as passarelas, escadas rolantes, o terraço (que tem uma bela vista de Kyoto), além de lojas e um shopping center. Outra coisa que é importante mencionar: Todas as estações das grandes cidades são centros gastronômicos! Jantamos na estação de Kyoto um belo kare (o primeiro do Japão! Amo!), e foi uma noite bem agradável. Sem contar que vimos o pôr-do-sol do terraço da estação. Foi uma forma bem legal de terminar o tempo em Kyoto. Escadas rolantes na estação central de Kyoto Vista da estação central de Kyoto Terraço na Estação Central de Kyoto Primeiro Kare no Japão! Dia 7: Hiroshima, Museu da Bomba Atômica, Praça da Paz e Okonomyaki! Na manhã do sétimo dia de Japão nós saímos de Kyoto em direção à Hiroshima. Quando estávamos planejando a viagem, sabíamos que obrigatoriamente teríamos que visitar dois lugares: i) Tokyo e ii) Hiroshima. Eu e meu pai somos fãs da história da Segunda Guerra Mundial, e tínhamos bastante curiosidade para conhecer o Museu da Bomba Atômica. Então mesmo que Hiroshima fique no outro lado do país, era uma prioridade. Mas antes, aqui vai outra praticidade muito bacana do Japão: O despache de malas entre hotéis. Como os Shinkansen têm restrições em relação à bagagem, e passaríamos os próximos 3 dias em deslocamento, optamos por enviar nossas malas de Kyoto para nosso hotel que ficaríamos em Tokyo no fim da viagem. O serviço é super prático e com bons preços. Na hora do check-out em Kyoto, mandamos nossas duas malas para nosso hotel de Tokyo, que pegaríamos quando fizéssemos o check-in 3 dias depois. Show de bola Adeus malas! Nos vemos em Tokyo! Shinkansen para Hiroshima Chegando em Hiroshima, deixamos nossas malas no hotel, que ficava colado na estação de trem, e fomos direto para o Museu da Bomba Atômica. O museu fica na região do marco zero da bomba atômica, e toda a praça é cercada de monumentos e lembranças da destruição. E aqui vou gastar um tempinho falando sobre a experiência do museu em si. Não quis e nem fiz questão de tirar fotos, porque não era o foco. O museu é uma coisa impressionante. Há relatos, objetos, imagens, toda uma história sobre não só da bomba, mas também dos efeitos que aquilo causou na cidade. É bem forte. Não era incomum você ouvir pessoas soluçando de choro durante a visita, eu mesmo me emocionei em certas partes. E muitos japoneses visitando, uma coisa que me chamou atenção. O sentimento é muito parecido com o que senti quando visitei Berlim e o museu da ditadura militar em Santiago...de que existe um senso de educação positiva em relação à bomba atômica e a intenção de ver a história para aquilo nunca mais se repetir. Essa é a principal mensagem que o museu passa. E é uma experiência que todo mundo que visitar o Japão deveria ter, porque é algo impressionante. No restante da praça, há diversos monumentos e memoriais. O que mais chama atenção é o Memorial das Crianças, que tem a imagem da Sadako Sasaki, que foi uma das vítimas que morreram por consequência da bomba atômica de Hiroshima. Ela até sobreviveu à bomba em si, mas morreu anos mais tarde por uma leucemia causada pela exposição à radiação. E ela tinha a crença de que, se dobrasse 1000 tsurus (aqueles origamis de pássaros japoneses) ela se curaria. Infelizmente ela acabou falecendo mas, hoje o tsuru virou símbolo de perseverança e paz, e por isso diversos visitantes do memorial levam tsurus dobrados para o monumento. É um sentimento bem legal! Saindo de lá, ainda passamos pelo Domo de Hiroshima, que é um dos poucos prédios que permaneceu de pé depois da explosão da bomba. Ele virou uma espécie de símbolo de resistência e reerguimento da cidade, e por isso foi mantido e restaurado até hoje. O lugar era uma filial da prefeitura de Hiroshima, que fica bem próximo do marco zero da explosão. Museu da Bomba Atômica Momumento das Crianças Tsurus Domo de Hiroshima Saindo da Praça da Paz, fomos em direção ao Castelo de Hiroshima, lugar bem bonito e que resgata a história medieval da cidade. É possível subir até o topo, e todo o castelo tem exposições de objetos, roupas e equipamentos que rementem ao Japão feudal dos samurais, é bem interessante. Vale a visita, dura uns 40min tudo. E saindo de lá, voltamos para o hotel fazer o check-in e dar uma descansada. A noite, ainda fui dar uma volta pelo centro de Hiroshima, que é bem ativo, cheio de comércio e restaurantes, mas meu foco era um só: Achar o melhor Okonomiyaki do mundo. Para quem não conhece, Okonomiyaki é a chamada "panqueca japonesa". Ela é uma massa feita com repolho, noodles, ovo e diferentes ingredientes que eu já tinha comido aqui na Liberdade mas, tinha muita curiosidade para comer o verdadeiro Okonomiyaki, que é um dos pratos típicos de Hiroshima. E não havia melhor lugar para isso do que o Okonomimura: Um prédio de 5 andares em que só se vende Okonomiyaki, em todos os restaurantes. É o paraíso para fãs de comida japonesa quente como eu! E que coisa maravilhosa, a tiazinha que cozinhava fazia a comida na sua frente, num balcãozinho com uma chapa quente bem ali. Experiência incrível! E assim terminamos o primeiro e último dia de Hiroshima, uma surpresa extremamente agradável! Castelo de Hiroshima Castelo de Hiroshima Okonomimura: O paraíso do Okonomiyaki de Hiroshima A tiazinha do Okonomiyaki é uma lenda Na paz depois do meu Okonomiyaki! Dia 8: Ilha de Miyajima e deslocamento até a Ilha de Naoshima Guardamos a manhã do dia 8 para conhecer a ilha de Miyiajima, ilha perto de Hiroshima que tem como principal atração o santuário shintoísta de Itsukushima. A ilha tem outros destaques como por exemplo os veados, que ficam soltos pela ilha e você pode alimentá-los, além do centrinho cheio de comidas de rua e lojinhas...mas a ida de lá vale a pena principalmente se você quer ver o visual do tori de Itsukushima, que tem um efeito bem legal durante a maré alta! Parece que que o tori está "flutuando" na água, e com o reflexo, fica um visual bem bonito. Então se planeje para ir durante a maré cheia. A ida até Miyajima é simples, basta pegar um trem regional para a cidade de Miyajimaguchi, e de lá pegar o ferry até a ilha. Usamos sempre o Pasmo/Suica/JR Pass para esses deslocamentos. E foi legal ter a primeira experiência com o mar no Japão, mesmo sendo um ferry! A ilha é bem legal, mas basta uma manhã pra visitar tudo. Tori flutuante em Miyajima Veados de Miyajima Miyajima Centrinho de Miyajima Saímos de lá e começamos o nosso deslocamento para a Ilha de Naoshima, a ilha de arte do Japão. Esse era um destino que estava bastante animado para conhecer! Naoshima é um reduto artístico, com museus de arte moderna repleto de obras como Monet, Manet, Andy Wahrol, além de claro, ser a ilha que contém as duas abóboras de Kusama Yayoi, tão famosa no mundo artístico. Descobri a ilha por recomendação de um amigo de faculdade que tinha ido para lá em 2019 e em uma conversa sobre o Japão, ele disse: "Vitinho, você PRECISA conhecer a ilha de Naoshima, você vai adorar!" Dito e feito, foi um dos highlights da viagem. Falo melhor de cada atração jajá, mas antes vamos falar do deslocamento, porque ir para Naoshima não é tão simples quanto pro exemplo ir para Miyajima, e requer um pouco mais de atenção. Nós pegamos o ferry de volta de Miyajima e o trem regional até Hiroshima, onde pegamos o Shinkansen para a cidade de Okayama, que fica entre Hiroshima e Kyoto. De lá, descemos e pegamos outro trem regional em direção à Uno, cidade costeira onde se pega o ferry para a ilha de Naoshima. Tudo deu certo, mas vale prestar atenção nos horários porque os ferrys não navegam de noite, então é bom chegar lá durante a tarde. Desembarcando em Naoshima, você se depara já com a abóbora vermelha de Kusama Yayoi na estação do ferry, que já da uma vibe bem bacana do que está por vir! Andamos até o nosso hotel, fizemos o check-in, e subimos até o terraço do hotel que tinha uma vista espetacular da Ilha e da Baía de Naoshima. E aqui foi um dos momentos mais especiais da viagem. Eu e meu pai pedimos uma cerveja cada e contemplamos o pôr-do-sol lá de cima, vendo o mar, e foi um momento bem bacana já que, naquele momento, estávamos já na metade da viagem, e foi a primeira vez que parávamos depois de dias muito ativos nos grandes centros de Tokyo, Kyoto e Hiroshima. Trocamos boas ideias lá de cima e percebi o quão era única aquela viagem junto com meu pai. É um momento que recordarei para sempre 🥲. Depois disso e uma pizza, fomos descansar porque o dia seguinte seria longo! Trem regional até Uno Ferry para Naoshima Momento muito especial com uma cerveja vendo o pôr-do-sol com meu pai na ilha de Naoshima Abóbora vermelha de Kusama Yayoi Naoshima Dia 9: Ilha de Naoshima, abóboras, arte, praia e retorno à Tokyo Esse dia foi bem divertido. Meu pai voltou de manhã para Tokyo sozinho (lá é bem fácil andar de shinkansen, caso vocês estejam se perguntando!), enquanto eu fiquei na ilha durante o dia para explorar os museus e as Art Projects de Naoshima. É possível fazer a ilha de duas formas: i) De busão/a pé, como eu fiz ou de ii) Bike. Optei pelo primeiro já que não valeria muito a pena fazer tudo de bike já que ficaria apenas aquele dia, e os aluguéis lá valem a pena para 2 dias de visita. Mas a linha de ônibus que leva para o outro lado da ilha funciona muito bem! Você pega primeiro um ônibus ali da região do cais, que te leva para o outro lado de Naoshima, onde há um vilarejo com as bilheterias para os museus e as Art Projects. Essas últimas, são exposições de artistas independentes pelo centrinho de Naoshima, e é possível fazer a visita à todas elas. Inclusive, você pode carimbar sua visita na caderneta que eles te dão, e é bem divertido. Passei a manhã nisso. Do centrinho, peguei um ônibus para a parte sul da ilha, onde se tem as principais atrações e o que estava mais animado. Minha primeira parada foi a região do cais sul, onde se tem a famosa abóbora amarela de Kusama Yayoi. Você deve conhecê-la das estampas das marcas de luxo e das exposições que viraram febre recentemente no ocidente, tudo em função das homenagens que a artista, que está já velhinha, tem recebido mundo afora. É bem bonito a abóbora, mas não é a parte mais legal da experiência de Naoshima! Estava animado mesmo com os três museus que visitaria ainda: O Benesse House Museum, o Chichu Art Museum e o Lee Ufan Museum, que contém todos um acervo enorme de arte moderna e contemporânea. Especificamente, estava bastante empolgado para o Chichu Art, que é um museu que tem um jardim inspirado nos lírios de Monet, inclusive com um painel enorme deles como principal obra. Para quem curte esse tipo de rolê, é um show a parte! Passei a tarde visitando os museus, almocei com a vista panorâmica do oceano de lá, e foi um dia extremamente proveitoso. Como estava se aproximando do fim do dia, ainda dei uma caminhada e pelo sul da ilha e voltei andando até a região do cais, onde peguei as minhas coisas do hotel e fui comprar o meu ferry de volta à Uno. Naoshima se tornou um lugar muito especial, e com certeza na próxima vez que voltar ao Japão, vou visitar para ficar mais dias. Não só em Naoshima, como nas ilhas ao redor, que também tem bastante acervo artístico. Foi muito bacana conhecer essa parte bucólica e cultural do Japão, um dos highlights da viagem. Uma das Art Projects em Naoshima Explorando o vilarejo artístico da ilha A famosa abóbora amarela de Kusama Yayoi Vista do Chichu Art Museum Chegando ali na parte do cais, começamos a viagem de volta para Tokyo. Mesmo esquema da vinda: Ferry até Uno, trem regional até Okayama e trem bala até Tokyo. Viagem toda durou umas 4,5h. Em Tokyo, encontrei meu pai no hotel, que também ficava em Shibuya, mas dessa vez era beeem pequeneninho. Inclusive esse um alerta: Como hospedagem no Japão é caríssima, os hotéis, principalmente nos grandes centros, são bem pequenos. E essa era o nosso caso em Tokyo. No primeiro hotel que ficamos, lá na chegada da viagem, como era meu aniversário, acabei pegando um hotel mais confortável, e era apenas 1 noite. Mas como ficaríamos mais 4 dias na capital, o segundo hotel era realmente bem apertado. Então tenha isso em mente. E o restante da noite foi basicamente explorar a região de Shibuya a noite, a Shibuya cross, e descansar que o dia seguinte começava nossa aventura pela cidade mais legal do mundo! Dia 10: Tokyo, Shibuya, Ginza, Palácio Imperial de Tokyo e Shinjuku de noite! Dia 10 fizemos o clássicão dos grandes centros de Tokyo. Foi muito legal ter agora, de fato, a experiência de viver, o que depois conclui, um pouco da melhor cidade do mundo. E não estou brincando: Tokyo é espetacular. Só de lembrar eu fico arrepiado com o quão cosmopolita, urbana, arborizada e segura é aquela cidade. Sem contar com a cordialidade com os turistas. Começamos o dia explorando, dessa vez de dia, a região de Shibuya, mais uma vez atravessando o Shibuya cross, para depois pegar o metrô para a região de Ginza. A primeira parada foi o Palácio Imperial de Tokyo. Assim como em Kyoto, as visitas para a parte interna do Palácio Imperial são restritas. Porém, toda a estrutura do jardim você consegue visitar. E é belíssimo! O Palácio fica num parque bem arborizado, e você consegue visitar as ruínas do Castelo de Edo, é bem legal. Além de claro, tomar um café por lá. A região é bem agradável, e gastamos a manhã por lá. Ali do lado fica o bairro de Ginza, que é conhecido pelas lojas chiques de grife, assim como os cafés e restaurantes mais caros da cidade. Me lembrou muito a região da Faria Lima aqui de São Paulo, com a diferença que lá se tem um bairro mais andável e também bastante centro comercial de lojas e restaurantes. Era sábado, então a rua estava fechada, e foi muito agradável passear por lá. Saindo do parque, você já se depara com a estátua do Godzilla de Ginza, que contém dentro dela o primeiro roteiro original dos filmes. Seguindo, você explora a Chuo-dori Avenue, que tem infinitas lojas de grife, incluindo a maior Uniqlo do mundo! Foi bem legal entrar e explorar a loja, fiz várias compras hehe. Como o JPY estava barato, deu pra comprar bastante coisa legal por lá. A Uniqlo é como se fosse a C&A deles, então muita coisa de boa qualidade e em conta. Meu maior objetivo era achar coisas do merchandising do Roger Federer, como um bom fã e atleta social de tênis, e não decepcionou! Dentro da loja tem uma parte exclusiva do Federer e do Nishikori (atleta japonês patrocinado pela Uniqlo também hehe). Foi bem divertido. 🎾 Shibuya Cross de dia Região de Ginza, muito chique! Almoçamos por lá, passeamos mais, entramos na maior papelaria do mundo, e depois voltamos para o centro para visitar Shinjuku a noite. Shinjuku é, junto com Shibuya, a região mais famosa de Tokyo, e você deve lembrar da rua principal por conta dos vários filmes e séries que retraram essa parte luminosa da cidade. O que me bem a cabeça é obviamente o filme Lost in Translation de Sophia Copolla, com Scarlett Johansson e Bill Murray. Caminhamos por lá um pouco, e depois que meu pai cansou, fiquei mais um pouco para comer na famosa ruazinha de Omoide Yokocho, que é uma ruelinha cheio de restaurantes de comidas típicas. Eu estava atrás de um bom Yakitori (o espetinho japonês) com alguma cerveja gelada, e encontrei exatamente o que precisava. Saindo de lá, ainda deu para passar em Shibuya a noite e conhecer a Tower Records, loja de vinis gigantesca que ficava pertinho do nosso hotel. Comprei dois discos que gostava (incluindo a edição japonesa do Is This It dos Strokes!), fiz mais umas comprinhas na Uniqlo de Shibuya para, enfim, voltar para o hotel e descansar. Primeiro dia completo em Tokyo foi simplesmente incrível. Ali eu já sabia que tudo o que falavam de Tokyo era verdade. Que cidade, meus amigos! Shinjuku Omoide Yokocho, a rua das comidas de Shinjuku! Dia 11: Tokyo, vista do Tokyo City Hall, Harajuku, Santuário Meiji Jingu e mais Shibuya O segundo dia completo em Tokyo começou com nossa visita ao Tokyo City Hall. Essa é outra ótima dica: Existem diversas formas de ver a cidade de cima, coisa que é indispensável em uma visita à capital do Japão. O que poucos sabem é que a forma mais barata de se fazer isso é...de graça! É possível subir até o mirante da Prefeitura de Tokyo e ver todo o esplendor da cidade lá de cima. Começamos então nosso dia subindo até lá para ter a vista panorâmica, e valeu muito a pena. Infelizmente o dia estava nublado, então não conseguimos ver por exemplo, o Monte Fuji, mas todo o restante da cidade foi possível avistar de lá. Valeu muito a pena! Saímos de lá e fomos em direção à Harajuku, que é um bairro que estava animado para conhecer por ser conhecido como bairro "jovem" do momento. Lá tem vários cafés, lojas, entre outros atrativos que atraem uma multidão de adolescentes/jovens adultos, o que inclui por exemplo aqueles cafés com gatinhos (ou até porquinhos, capivaras, hehe). Porém, o que não esperávamos é que estaria tão cheio! Era um domingo, então o bairro estava abarrotado...bem mais cheio que a Liberdade de final de semana aqui em São Paulo. Isso atrapalhou um pouco nossa experiência, então nem ficamos muito tempo pela rua principal. Nosso foco foi achar um lugar para comer, onde encontramos um belo restaurante de kare. Almoçamos e passeamos pelo bairro até chegar no Meiji Jingu, um santuário shintoísta no meio da cidade, ali pertinho de Harajuku. O passeio foi bem legal, já que o santuário é bem no meio de um bosque, então toda a visita é muito bonita. Sem contar que há um belo café para descansar ali. O que foi ótimo depois de se esparramar no curry de Harajuku hehe. Saindo de lá, caminhamos de Harajuku até Shibuya, passando pela famosa Penny Lane e pela Cat St, uma ruazinha bem simpática que liga os dois bairros e com diversas lojinhas bacanas. Essa foi uma das melhores caminhadas que fizemos em Tokyo, e todo o caminho era extremamente agradável. Fomos parando de lojinha em lojinha, e foi muito legal ver como os bairros mudam até chegar em Shibuya. Nisso, chegamos no hotel, demos uma descansada e depois saímos para jantar. Nesse dia, estava com uma lombriga da comida ocidental hehe, e acabei encontrando um pub para comer um belo hamburguer e uma boa cerveja, o que valeu a pena! Uma pausa necessário depois de tanto curry, molho teryaki e outras comidas típicas japonesas. Dia foi bem divertido, que terminou com uma boa descansada depois de conhecer mais a região de Harajuku e de Shibuya. Vista do Tokyo City Hall, mirante na faixa! Harajuku e superlotação de um domingo em Tokyo Bosque do Santuário Meiji Jingu Dia 12: Monte Fuji, bate-volta para Kawaguchiko e vista do Tokyo City Hall de noite Esse dia foi outro dia bem legal da viagem. Quando estávamos planejando, sabíamos que resevaríamos um dia para conhecer o Monte Fuji de perto. Por mais que seja possível vê-lo de Tokyo em lugares como o City Hall, isso só aconteceria se o dia estivesse bem claro, e como março/abril é um período ainda com bastante chuva, não era garantido. Então chegando no Japão, já vi quais dias estariam com o dia claro e ensolarado na previsão do tempo, e reservei esse dia para conhecer algum vilarejo perto do Monte Fuji. Pesquisa vai, pesquisa vem, e descobri que uma das formas mais legais de conhecer é via Kawaguchiko, uma cidadezinha há 1h30 de Tokyo que tem como principal atração o Lago Kawaguchiko, que fica à beira da montanha e tem um visual espetacular. É lá que fica também o Chureito Pagoda, castelo que é também extremamente fotogênico, e sempre está nos cartões postais do Japão. A ideia inicial era visitar o Pagoda e depois ir para a cidade de Kawaguchiko, mas como o tempo ficou apertado, resolvemos guardar o dia inteiro em Kawaguchiko e no entorno do lago. Há duas formas de você visitar o vilarejo. Um é via trem, e outro via ônibus. Como não tínhamos mais o JR Pass, já que fechamos por apenas 7 dias, então acabou compensando para nós a viagem de ônibus. Porém atenção: As passagens acabam rápido, com dias de antecedência, então no nosso primeiro dia de Tokyo nessa volta depois de Naoshima, paramos na estação de Shinjuku e compramos as passagens para o dia 12, ida e volta. Como descrevi ali em cima, escolhemos o dia em que a previsão estaria boa segundo a previsão do tempo, já que queríamos ter uma visão completa do Monte Fuji lá do vilarejo. E tudo deu certo, foi ótimo! Pegamos o ônibus de Shinjuku e chegamos de manhã em Kawaguchiko. De lá, se pega um ônibus municipal que dá a volta no lago. É possível comprar o passe para o dia. Mas antes, um relato divertido: Chegando na estação de Kawaguchiko, depois de comprar o passe diário do ônibus para o lago, percebi que meus dois passaportes não estavam comigo. Era onde eu guardava o Pasmo/Suica, além do meu JR Pass, então entrei em desespero. Mas a gente fica tão desacostumado de estar no Japão que já acha que tudo pode dar errado. E não deu outra, bati no balcão de atendimento da estação e lá estava meu porta-passaporte, com tudo dentro, inclusive uns dólares que tinha comprado para a viagem para NY logo depois, e ainda um bilhetinho com o horário que foi achado o item no chão. O Japão realmente é sacanagem hehe, nunca decepciona! Bom, passado o susto, pegamos o ônibus e fomos até o outro lado do lago, onde se tem a vista do Monte Fuji. E ele estava esbelto! Sem nenhuma nuvem! Todo para nós! Há vários mirantes pelo lago, cafés, livings, food trucks, onde você pode passear pelo parque e contemplar a vista da montanha. É maravilhoso! Acabamos almoçando por lá e tomando um café apreciando a beleza que era aquele lugar. E uma coisa mais legal ainda: O visual ficava ainda mais bonito com o tanto de cerejeira que tinha na paisagem. Deu um toque especial. Sabe aquela foto clássica do Monte Fuji com as cerejeiras rosas? Era exatamente o que estávamos apreciando ali. Tenho ótimas memórias desse dia. 💮 Depois de passar a tarde passeando por lá, pegamos o ônibus de volta até a estação de Kawaguchiko para, assim, pegar o ônibus de volta para Tokyo. Tenho vontade de voltar para o vilarejo e ficar um dia lá, porque tem bastante coisa para fazer, incluindo hikes pelo Monte Fuji e atividades no lago Kawaguchiko, e a região também é conhecida por ter vários Ryokan, aqueles hoteis japoneses em que se tem uma imersão à cultura milenar, com cerimônia do chá, kimonos, etc...mas fica pra próxima . Chegando em Tokyo de noite, ainda passamos outra vez na prefeitura de Tokyo para apreciar a cidade de cima mais uma vez. Dessa vez de noite. E valeu super a pena. Eu achei a vista mais bonita de noite do que de dia, então reserve também um momento para ver o Tokyo City Hall com as luzes da cidade. Foi bem legal! Terminado o dia, voltamos para Shibuya e descansar para o que seria o último dia completo no Japão! Primeira vista do Monte Fuji em Kawaguchiko! Monte Fuji e cerejeiras: Um dos lugares mais bonitos que já vi Calçadão do Lago Kawaguchiko Vista noturna do Tokyo City Hall Dia 13: Odaiba, Mercado Toyosu, Ueno, Museu Nacional de Tokyo e Akihabara Esse foi o último dia inteiro que tivemos no Japão. E começamos com a manhã no bairro de Odaiba, nosso primeiro contato com a área portuária de Tokyo. Odaiba é onde tem o mercado de peixes de Tokyo, e é possível visitá-lo de manhãzinha para acompanhar os leilões de atum de lá. Essa a priori era a intenção, mas os leilões são muuito cedo, então visitamos a parte moderna de Odaiba, onde se tem uma vista bem bonita da Baía de Tokyo, além de almoçar no mercado de Toyosu. Mas a visita à Odaiba já tem atrativos no próprio caminho até lá. Para chegar na região portuária, é necessário pegar a linha Rinkai, que é um show a parte! Pega-se um metrô até a estação Shiodome e de lá anda-se no trem aéreo até a região da Odaiba. Dica de ouro: Pegue o primeiro vagão, onde você vai ter uma experiência bem bacana da vista aérea, o que inclui passar pela Rainbow Bridge, que é aquela ponte famosa de dois andares de Tokyo. É simplesmente espetacular passar com o trem por lá, uma coisa tão rotineira para eles mas que para nós é tipo, ultra moderno. Foi muito legal e quando li essa dica, não dei muita bola, mas foi um dos auges do dia! Chegando ali na região de Odaiba, descemos na estação Daiba e já demos uma volta pelo parque, que tem uma vista bem legal da cidade. Existe até uma estátua da liberdade de lá. Além de claro, da estátua do Gundam, que é um outro atrativo do bairro. A região de Odaiba é bem bonita, e é um lugar muito legal de visitar com o dia ensolarado como a gente fez. Ainda deu para passear um pouco no parque de Akatsuki, para depois almoçar no mercado de Toyosu. Lá no mercado de Toyosu foi onde comemos o primeiro e único restaurante de sushi no Japão! Surpresos? Sim, adoramos sushi, mas gostamos tanto das comidas de rua/quentes do Japão que nem foi nossa prioridade quando visitamos o Japão. E guardamos para comer um bom sushi no lugar onde se tem o melhor sushi...no mercado de peixes! O Toyosu é cheio de ótimos restaurantes que servem não só peças separadas, mas também menus omakase. Optamos por um desses e foi excelente. E olha que meu pai nem é o maior fã de sushi, mas até ele gostou. Eu já sou viciado em comida japonesa no Brasil, e o sushi que comemos no Toyosu é melhor qualquer omakase de São Paulo! Vale demais. 🍣 Vista de Odaiba Gundam Base de Tokyo Omakase no mercado de Toyosu Pegando a Rainbown Bridge no primeiro vagão do metrô rumo a Odaiba Saindo de Odaiba, pegamos mais uma vez o aerotrem (RIP Levy Fidelix) para voltar à parte continental de Tokyo e seguimos para o bairro de Ueno, que é parque mais famoso da cidade, e onde fica o Museu Nacional de Tokyo. Eu e meu pai nos amarramos num museu, e não tínhamos pesquisado nada do conteúdo de lá, e foi uma baita surpresa boa! Não tivemos muito tempo, já que o museu fechava cedo, mas a visita é muito completa, com itens, arte, entre diversos objetos objetos que remetem não só a história do Japão, mas de toda Ásia. É uma visita que vale super a pena, e gastaria mais tempo lá. Saindo do museu, ainda demos uma volta pelo parque de Ueno, comemos em uns food trucks ali mesmo do parque e depois e, mesmo cansados, demos uma passada no bairro de Akihabara, que ficava no meio do caminho de Ueno para Shibuya. Akihabara é o bairro dos games, cosplays e mangás. Além do reduto de eletrônicos de Tokyo. Gastamos um tempo ali nas lojas e nos shopping, mas estava tão cansado, que voltei antes para o hotel, com a promessa de voltar para lá no dia seguinte. Meu pai ficou mais um pouco. Então o relato de Akihabara fica para o próximo dia. Cheguei no hotel e descansei...porque o próximo dia seria nosso último dia de Japão e a viagem de volta para o ocidente. Museu Nacional de Tokyo Pôr-do-sol em Ueno Ueno Akihabara Dia 14: Akihabara de manhã e ida para o aeroporto Tokyo-Narita, fim de Japão! E assim chegamos ao último dia de Japão! Foi um dia rápido, já que guardamos a manhã para voltar à Akihabara para ver uns eletrônicos, mas a vibe do bairro é bem diferente de manhã do que a noite, como vimos no dia anterior. Guardaria numa próxima um tempo maior para curtir o bairro, já que gosto bastante de games e eletrônicos, seria legal passar mais horas por lá! Fizemos algumas comprinhas antes de começar o deslocamento para o aeroporto, então valeu a pena! Na hora do almoço, voltei para o hotel para pegar as minhas malas e peguei o Narita Express, o trem que sai ali de Shibuya e vai direto para o aeroporto. Reparem que esse aeroporto é o mais afastado, diferente do Tokyo-Haneda, que foi o aeroporto centralizado que eu cheguei. Foi legal ter as duas experiências de aeroportos, pois agora posso falar se vale a pena um ou outro. O resumo: Tanto faz! Em ambos o acesso é muito fácil, a única dica que eu dou é: Sempre vá e volte do aeroporto de trem/metrô, nunca de taxi/uber! Lá o transporte por aplicativo é extremamente caro, e como Narita é bem afastado da cidade, se você quiser um pouco mais de conforto, pegue como eu o Narita Express, que te leva sem paradas até os terminais. É possível também ir de trem regional, mas como estava com pouco tempo, fui no expresso mesmo. Custou cerca de 30 dólares. Para comparação uma viagem de taxi/uber de Narita para Shibuya dá mais de 1000 reais! Chegando no aeroporto, fiz meu check-in e fui esperar a hora do voo na área vip. Já tinha despedido do meu pai ainda em Tokyo, já que o voo dele era via Qatar. E passei as últimas horas de Japão refletindo o quão legal tinha sido aquela viagem e, principalmente, conhecer um lugar tão bacana na companhia do meu pai. Fazer essa viagem com ele foi um dos grandes acertos que eu fiz na vida, e vou lembrar nosso tempo lá com muito carinho. Realmente inesquecível. Akihabara 5) Conclusão Como esse relato é de Japão e não Nova York, eu vou terminar esse relato aqui. Farei um outro de Nova York em outro post. E depois edito no link daqui caso tenham curiosidade. Mas queria fazer umas reflexões sobre o Japão e sobre essa viagem antes de terminar o texto. Primeiramente, sempre me perguntam o que eu mais gostei no Japão. E eu nunca hesito: O que eu mais gostei do Japão foram os japoneses. É impressionante a cordialidade desse povo e como eles tratam bem o turista. Sempre que precisamos da ajuda deles, mesmo eles não falando inglês ou a nossa língua, não houve nenhum empecilho que atrapalhasse nossa comunicação. É um povo acolhedor e receptivo, muito diferente do que eu imaginava. Claro que para imigrantes, o relato provavelmente seria outro, mas aos olhos de um turista, o Japão é o país que melhor me recebeu. Outro ponto é a organização e segurança. Eu me senti extremamente seguro por lá. É meio impossível ser assaltado no Japão, e mesmo a gente fazendo algum esforço para perder alguma coisa (olá passaporte!), eles sempre dão um jeito de te ajudar. Fique bem tranquilo quanto a isso. E outra reflexão é como Tokyo, especificamente, é um espetáculo. Nós brasileiros somos bastante influenciados pela cultura americana. E eu sempre tinha na cabeça que o símbolo de civilização e modernidade seria Nova York. E pasmém: Logo depois quando pousei em NY, ao visitar a Times Square, eu fiquei decepcionado! Nada, nada se compara às luzes de Shibuya e Shinjuku. Sem contar que o povo é mais educado rsrs. A gente esquece que do outro lado do mundo existe uma mega-cidade que é o centro de influência cultural da Ásia inteira. E Tokyo preenche esse papel muito bem. Virou e ainda é a minha cidade preferida do mundo. E não vejo a hora de voltar. O Japão é um país que mesmo sendo longe, exerce muita influência aqui no Brasil, especialmente em São Paulo. E estar lá me fez ver que existe muita, mas muita coisa ainda para se conhecer da cultura japonesa. Fazer essa viagem, com meu pai, do jeito que fizemos, foi uma das melhores memórias que eu já criei na minha cabeça. Dito isso, só digo: Japão, até logo! Foi especial demais! 🎎✌️
×
×
  • Criar Novo...