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  1. Travessia realizada em 17/08/2019. Todas as fotos da travessia estão em: https://photos.app.goo.gl/iALbK8QSahnj7Lku6 - Introdução - Fazia algum tempo que não batia perna na região de Paranapiacaba, ainda mais por conta da proibição e o aperto da fiscalização nas tradicionais trilhas do entorno da vila, como a da Fumaça e Cristal. Então, para evitar problemas, tenho optado por ir para outros lugares, como na Serra do Mursa, Itapety e Mogi, entre outros. Já tendo feito um batevolta na pouco conhecida Pedra Grande do Quatinga em 2013, es que me surge a ideia de retornar a mesma, mas não mais como um simples batevolta, mas sim, como travessia com 1 pernoite. Chamei várias pessoas, mas dado a logística e ter que acampar, apenas 5 toparam ir comigo na empreitada. Passava das 9:00 da manhã qdo saltei do metrô da linha 2 (verde) na estação de Tamanduateí, local previamente marcado com parte da turma. Lá encontrei o Marcio, Janaína e a Suzana que já me aguardavam no local. Sem perder tempo, logo embarcamos no trem da linha 10 da CPTM sentido Rio Grande da Serra, onde encontraríamos a 5º integrante da trupe, a Monike que é do ABC e que iria nos encontrar diretamente lá. Na Estação de Rio Grande da Serra esperando a ultima integrante da trupe, a Monike. Com toda a trupe reunida e após um breve café da manhã reforçado, embarcamos no latão rumo a Paranapiacaba que por sorte, estava com problemas na catraca e por isso, não houve cobrança da passagem, para a alegria de todos. 1º Dia - Da Vila de Paranapiacaba ao Topo da Pedra Grande do Quatinga. Desembarcamos do ônibus em uma Paranapiacaba incrivelmente ensolarada e de céu estupidamente azul, coisa rara e que poucas vezes se vê por lá, com a ausência total do famoso "Fog" tradicional da vila inglesa. Para quem não sabe, o tradicional nevoeiro e os dias sem visual algum faz parte da vila inglesa, construída no Século XIX. O Relógio marcava pouco depois das 11:30 e precisaríamos apertar o passo afim de chegarmos até o topo da Pedra Grande a tempo de ver o por-do-sol. Após alguns clicks de praxe da vila inglesa e a tradicional foto clássica da trupe em frente a igreja, iniciamos a caminhada descendo a ladeira que liga a parte alta a baixa da vila. A turma na tradicional foto antes de começar a caminhada. Durante a caminhada na vila de Paranapiacaba, notei que muita coisa mudou desde a ultima vez que lá estive, anos atrás: O Bar da Zilda parecia um bar de balada, os quiosques do lado da passarela já não existiam mais e por fim o baixo movimento da vila para um Sábado ensolarado, reflexo da decadência que se tornou o local, que teve inicio após a proibição abusiva de acesso ao que foi um dos principais atrativos da vila: As trilhas que levam a várias cachoeiras da região. Pelo menos restauraram o velha replica do big ben de Londres da vila. Percebi tb que os moradores tiveram que ser criativos para atrair novos turistas para a região, que estavam espalhados pela vila, mas de nada lembrava a epoca boa de quando aquilo lá bombava. Acredito que, o que deve estar mantendo a vila de Paranapicaba em pé são os artesanatos, os vários festivais que são realizados ao longo do ano e que atraem centenas de milhares de turistas, como o tradicional festival de inverno. O novo "Big Ben" restaurado Com pouco tempo disponível, nem tiramos muitas fotos, pois tinhamos pela frente, vários quilômetros de caminhada até a Pedra Grande. As 12:15, deixamos Paranapiacaba e adentramos a pacata e tranquila estrada de terra do Taquarussu, palco inicial de várias outras trilhas feitas anteriormente. Essa estrada também liga o Bairro de Mogi a vila de Paranapiacaba. O trajeto começa logo de cara com uma subida que parecia assustar, mas como estavamos em um pequeno vale, esse trecho inicial de subida não foi um problema, pois aqui há enormes árvores que nos brindaram com uma refrescante sombra, o que foi um alívio para todos. Passamos por uma portaria e uma placa indicando que ali pertence ao parque natural nascentes de Paranapiacaba e que o acesso as trilhas requer a contratação de um guia, o que ignoramos é claro. Afinal, nosso destino estava bem distante dali, numa trilha em outro municipio. Algumas placas pelo caminho sugerem que essa mesma estradinha também faz parte do conhecido "caminho do sal". 30 minutos de caminhada desde a vila de Paranapiacaba, passamos pela conhecida entrada da trilha que leva a cachoeira da Agua fria, onde havia um pessoal parado na beira da estrada e que parece ter ido a cachoeira. Minha vontade de adentrar na trilha para rever a cachoeira foi reprimida pela obrigatoriedade de acompanhamento de um monitor, já que a trilha faz parte do pseudo parque natural de Paranapiacaba. Então, passamos batido por ela. Mais 15 minutos e passamos pelo marco divisor que divide os municipios de Sto André e Mogi das Cruzes, localizado no ponto mais alto da estradinha. A partir dai, inicia-se uma grande descida até o pitoresco vale do Taquarussu, pequeno vilarejo com meia duzia de casinhas simples. O Marco divisor fica do lado dessa placa, fincado da terra. Durante a descida, cruzamos com vários bikers e chegamos na pitoresca vila de Taquarussu as 13:20hs, mas nos limitamos a apenas algumas fotos, já que ainda tinhamos muito chão pela frente. Deixamos Taquarussu por volta das 13:30h e a partir dai, iniciamos um trecho pela mesma estrada de terra ainda mais deserta e em meio a um enorme vale. Aqui, as árvores são mais espaçadas e o sol passou a nos cozinhar, literalmente. 2 horas de caminhada desde a vila de Paranapiacaba, resolvemos fazer um pit-stop para forrar o estomago e molhar a goela seca em um pequeno descampado ao lado da estrada. A Pitoresca Vila do Taquarussu, por ser uma propriedade particular, agora é toda cercada e fechada Descansados e saciados, voltamos a caminhada e as 14:20hs, chegamos a uma bifurcação, com uma placa indicando o camping simplão de tudo a direita, mas o caminho correto a seguir é a esquerda, em linha reta em direção ao pesqueiro trutas pedrinhas. Mais 10 minutos e chegamos em uma trifurcação, sendo que a esquerda vai para o Bairro de Quatinga sem passar pela Pedra Grande e a direita segue para o camping simplão de tudo. Mas o caminho correto é seguir em frente, em linha reta. Chegando nesse ponto, siga em frente ignorando os caminhos a esquerda e a direita Depois da trifurcação, passamos pelo 2º ponto de água, um enorme poção de água potavel que em um dia de calor de verão poderia ser a deixa para um convidativo tchibum. Aproveitamos para pegar água para o restante do dia e o seguinte. Como não lembrava de mais nenhum novo ponto confiável de agua a frente, sugeri a turma que coletasse toda a agua que fosse precisar a partir dali. O Poção e 2ºponto de água. O primeiro ponto é no acesso a cachoeira da Agua Fria, antes da vila de Taquarussu Recarregados com o precioso líquido, continuamos a caminhada e as 15:00hs, finalmente alcançamos o tal pesqueiro trutas pedrinhas. Mais uns 100 metros após o pesqueiro, chegamos a uma bifurcação, onde o caminho a seguir é para a direita. A partir desse ponto, passamos a caminhar por uma estrada mais estreita e precária, com a visão da face oeste da Pedra Grande agora visivel a maior parte do tempo. Passamos por alguns sitios e um lago a direita, enquanto a estradinha vai dando voltas pelo vale em direção a base da Pedra Grande e após passarmos por um grande vale, inicia-se uma sequencia de pequenas subidas. Pouco depois do pesqueiro, vire a direita. A Estrada correta vai levar diretamente a base da Pedra Grande, esse pico com a face careca logo acima na foto Face oeste da Pedra Grande visivel a maior parte do tempo Em uma curva a esquerda, já quase na base da Pedra Grande, uma trilha a direita serve de atalho e nela, havia uma placa indicando que ali é a continuação do conhecido "caminhos do sal." Adentramos a trilha e começamos uma das primeiras subidas em direção ao topo em uma trilha cheio de erosões e bem escorregadia, devido a constante passagem de motos. Muito cuidado nesse trecho. Durante a subida, passamos por mais um ponto de água, o último antes de chegar a base. Pegue toda a agua que for precisar desse ponto, que é o último. No topo e durante o restante da subida, não encontramos mais nenhum outro ponto de água. O acesso da trilha atalho: notem a placa no tronco indicando que ali é o caminhos do sal Trilha enlamenada, erodita e escorregadia por conta da passagem constante de motos Enfim, finalmente chegamos a entrada da trilha as 15:50hs. No meio das arvores ao lado da trilha, era possível ver o topo da Pedra Grande com seu topo bem visível dali. Agora iria começar a parte mais puxada desse primeiro dia, depois de quase 4 horas e 14 km de caminhada, que é subir até o topo, ainda mais com cargueira nas costas. A trilha é bem aberta e seu trecho inicial é composto por uma leve subida, sem grandes dificuldades. Caminhamos por cerca de 350 metros e chegamos a uma bifurcação, onde o caminho correto a seguir é para a esquerda, marcada por uma fita vermelha presa no tronco de uma árvore. Trecho inicial da trilha A partir desse ponto, a moleza acaba e a trilha inicia uma das várias subidas fortes em direção ao topo. Como acontece nos picos em geral, a medida que avançavamos, a subida ia ficando mais ingreme e o auxílio das mãos passou a ser constantemente necessários para impulso nos troncos, rochas e pedras. A subida é ardua, e com o peso da cargueira e o cansaço da longa caminhada até aqui, vou parando algumas vezes para retomar o fôlego. A Janaína e a Monike esboçavam sinais de estarem nas últimas e foram subindo em ritmo de tartaruga manca com muletas, mas não tinham escolha, pois subir era preciso! Felizmente, os trechos mais íngremes não duram muito tempo e logo adentramos a um trecho de ombro, com a subida mais forte dando uma trégua. 20 minutos desde a estradinha lá embaixo, eu e a Suzana emergimos da mata fechada e passamos a subir na parte descampada do topo, que era o trecho final da subida, mas que voltou a ficar bem íngreme e dessa vez com o sol forte na cachola. Finalmente, com pouco mais de 30 minutos de subida desde o inicio da trilha lá embaixo, chegamos ao topo dos 1.155 metros de altitude da Pedra Granda do Quatinga as 16:32hs, encerrando a caminhada desse 1ºdia de travessia. Não havia ninguém no topo e é claro que fomos donos absolutos do lugar, para a alegria da Suzana que passou a se fartar de fotos do topo. O cume tem um visual de 360 graus e lá do topo, consegue-se visualizar todas as cidades do entorno, como Mogi das Cruzes, Suzano e até Mauá bem distante. Sem perder tempo, fui logo procurando um lugar plano e protegido para montar a barraca. Qdo estava montando a barraca, Marcio, Janaina e a Monike chegaram ao topo, uns 15 minutos depois. Com a trupe reunida novamente, montamos rapidamente as barracas e ficamos só de boa só aguardando o Astro-rei repousar no horizonte que mais uma vez, foi um espetáculo a parte. A noite, a bola da vez foi as luzes das cidades do entorno todas iluminadas. Depois cada um foi preparar a sua janta e ficamos só jogando conversa fora e vendo as estrelas com um plus a mais: O nascer da lua as 19:20hs toda avermelhada que foi um espetáculo único a parte. Mas com o vento frio e o sono vindo, nem fiquei muito tempo fora da barraca e fui dormir por volta das 21:30hs. 2º Dia - Do Topo da Pedra Grande ao Bairro do Quatinga em Mogi Nascer do Sol O domingo amanheceu sem vestígio de nuvem alguma e apenas uma leve nevoa nos vales. Como de praxe, todos ficamos aguardando o surgimento do Astro-rei e após os clicks, fomos preparar o café da manhã. O meu foi com pão e um café bem quentinho para espantar o frio da manhã. Barraca desmontada e mochila nas costas, iniciamos a descida por volta das 8:30 com o belo visual da cadeia de morros e vales do alto da Serra do mar bem a nossa frente ainda encoberto por uma fina camada de névoa, o que foi mais um atrativo a parte. Descemos por uma trilha alternativa que faz algumas curvas para diminuir o desnível de quem sobe, evitando a pirambeira que sobe direto. Mas no restante da trilha, e as meninas sofreram um pouco, principalmente a Janaina que estava só com uma mochila comum carregando a barraca e isolante térmico nas mãos (que coragem). Vales tomados pela nevoa Com a descida muito íngreme, os escorregões dela foram inevitáveis, o que me deixou um pouco preocupado, dado o fato que poderia se machucar gravemente e ter que chamar o resgate. Mas felizmente o Marcio deu um auxilio nos trechos mais pirambeiros e a descida foi tranquila. Pouco depois das 9:00hs já estavamos todos de volta ao inicio da trilha e a partir dai, passamos a seguir pela continuação da estrada de terra da trilha atalho em que viemos no primeiro dia. 20 minutos após sair da trilha da Pedra Grande, a estrada começa uma longa, mas sinuosa descida até um grande vale, para depois virar a direira, subir um pouco e novamente descer. As 9:32, chegamos ao primeiro ponto de água desse trecho, que é um riozinho que corre paralelo a estrada e depois cruza ela um pouco a frente. A turma aproveitou para recarregar seus cantis pq segundo infos, seria o unico ponto de agua limpa e confiavel de todo o trecho. Como eu tinha 1 litro de suco e 500ml de agua de coco que eram mais que suficientes para mim para o trecho final, nem me preocupei. Após o trecho do rio, a estrada de terra passa a ficar mais movimentada, aparecem os primeiros sitios e casas e junto com eles, os carros, que nos fazem comer poeira. Mais 1 hora de caminhada tediosa pela estradinha, passamos por uma bifurcação com uma placa indicando que a esquerda, segue para o sítio Itaguassu e aproveitamos para fazer um rapido pit-stop nesse ponto para um lanche e molhar a goela seca. E enfim, após 2 horas desde o topo da Pedra Grande, alcançamos o bairro de Quatinga bem a tempo do próximo ônibus para Mogi . Após uma viagem de quase 1 hora, saltamos na estação central de Mogi das cruzes, onde pegamos o trem de volta para SP, chegando em casa por volta das 14:30h, cansado, mas feliz. Dicas: --> Durante toda a travessia, existem poucos pontos de água, mas bem distribuidos, não sendo necessário sair carregado de agua da vila ou de casa. O 1º ponto está na base da cachoeira da agua fria, após a trifurcação no poção e no inicio da trilha atalho. No segundo dia, o unico ponto de agua está bem na metade do caminho. --> Se for acampar, pegue toda a agua que precisar no ultimo ponto, pois na trilha e no topo não há água. Eu carreguei comigo 1 litro de agua e outro de suco que foram mais do que suficientes pra mim. --> No topo não há areas protegidas dos ventos, somente adentrando na trilha a esquerda que parte na direção sul. Lá há uns pequenos descampados para 1 ou 2 barracas em cada trecho e que são uma boa opção de area protegida. É só descer uns minutos pela trilha para achar os pequenos descampados planos e protegidos no meio da mata. --> As linhas de ônibus para o terminal Central de Mogi são: C192 Quatinga via Tomoki hiramoto e C193 Quatinga via Barroso. A Linha C192 tem poucos horários, mas a C193 tem vários horários, mesmo aos domingos. Ambos as linhas são municipais e a tarifa é de R$ 4,50 (Ref.Agosto/19) Maiores informações podem ser obtidas no site www2.transportes.pmmc.com.br ou pelo telefone 0800-195755.
  2. Pretendo detalhar as trilhas, viagens e locais interessantes de se conhecer por meio de um simples "diário de bordo", quem quiser tirar dúvidas será um prazer. 😁✌️ Pra acompanhar, ver mais fotos, dar apoio e compartilhar informações segue lá no Instagram ➡️ @guiint ________________________________ Pico do Urubu - Mogi das Cruzes. Como um dos representantes dos sedentários que odeiam correr em esteira de academia, combinei com dois colegas de ver beem do alto a cidade de Mogi das Cruzes e o Mares de Morros da área pelo Pico do Urubu. O trajeto é fácil, seguimos o relato detalhado do http://trekkingetravel.com.br/trilha-pico-do-urubu-mogi-das-cruzes/ e não tivemos erro. Chegando no ponto culminante da Serra do Itapeti é possível ter uma vista de 360° da região: vemos com quase totalidade a cidade de Mogi, as fazendas e chácaras, beeem ao fundo a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar. Ao pôr do Sol, até mesmo uma pequena boiada subiu ao pico, assim que acabaram de jantar na pastagem, pra apreciar a vista enquanto a comida assentava no estômago.🐂 Ah! Existe também a possibilidade de pular de paraglider com a MCVL, mas essa missão vai ficar para uma próxima vez... ⚠️ Recolham o maldito lixo que deixarem ou até mesmo os que encontrarem. É indignante ver um lugar lindo desses depredado.
  3. Eis o primeiro relato que compartilho com vocês de um bate-volta que fiz ontem (dia 24 de julho de 2010). Não só é o meu primeiro relato como também é a primeira viagem desse tipo que faço. Aqui irei dar referência para facilitar caso alguém resolva subir essa trilha saindo do mesmo ponto de partida que eu (Campinas) ou saindo da estação Estudantes em Mogi das Cruzes, pois sei que embora parte da diversão seja encontrar as coisas, ter informações extras pode servir de incentivo para algumas pessoas tirarem os planos do papel. Chegando lá Pois bem, saí de Campinas em direção a Jundiaí às 6:45 (graças a um atraso do ônibus que "parou para abastecer" por 15 minutos) e cheguei ao meu primeiro destino lá pelas 7:35. De lá, fui em busca de meios para chegar à estação de trem e em menos de 10 minutos estava dentro do ônibus (para o Terminal Arens, que passa no ponto em frente à rodoviária) que me levou até o terminal rodoviário colado com a estação que me levaria até Mogi das Cruzes. Já na estação, perto das 8 da manhã ainda, fiquei esperando o trem chegar para me levar até Francisco Morato, onde faria uma baldeação gratuita até a estação Luz já em São Paulo. De lá, teria de fazer mais uma baldeação para pegar um trem até Guaianazes e, por fim, uma última baldeação até Estudantes (a última estação da linha, que fica em Mogi das Cruzes mesmo). A viagem é bem tranquila, principalmente porque você tem que ficar nos trens até chegarem na estação final, ou seja, não precisa ficar de olho para descer na estação certa e fazer as baldeações também não tem muito segredo, a grande maioria é descer do trem e pegar o trem que parar na plataforma logo em frente. Bem simples mesmo. Mas embora seja bem tranquila, é consideravelmente demorada pois cheguei na estação Estudantes lá pelas 11 da manhã, ou seja, praticamente 4 horas e meia depois de ter saído de Campinas. Estando lá Saindo da estação de trem dá-se de cara com a rodoviária da cidade. Logo ao fundo da rodoviária é possível ver um Habib's numa rotatória e vários morros mais ao fundo ainda. Daqui, basta seguir a rua ao lado do Habib's que vai em direção aos morros até chegar numa segunda rotatória onde se pega a primeira rua da direita (que vai até os morros). Depois de passar por uma pequena ponte, um monte de oficinas de carros e uma única vendinha (que vende de tudo, comida, produtos de papelaria, produtos de limpeza, brinquedos e sabe-lá o que mais) a rua termina com duas ruas cortando-a perpendicularmente. Após atravessar ambas, encontra-se uma rua extremamente íngrime (a lá ladeiras de sampa) que vai servir para colocar no clima da pernada Ao fim dessa rua íngrime temos uma bifurcação com placas indicando "Perimetral" para a esquerda e "Pico do Urubu" para a direita. Bem, como dar uma volta pelo perímetro de Mogi das Cruzes não me interessava resolvi pegar o caminho da direita pois, além de começar a estrada de terra, me levaria para um pico de 1160m de altura. A partir daqui a estrada é um misto de estrada de terra batida, estrada de terra, pseudo-asfalto e estrada de pedra. O primeiro trecho é bem simples e aberto, com pouca vegetação nas laterias para dar sombra e, infelizmente, tem muito lixo e um cheiro bem desagradável. Ainda nesse trecho inicial, se encontra uma entrada à esquerda com uma placa dizendo que é proibido jogar lixo no local sendo que o ato é passível de multa e tal (coisa que muitos não respeitam, afinal, quem vai multar?) e uma escada esculpida. Subindo essa escada chega-se num local plano onde é possível subir um pouco mais para dar num campo de futebol, nada de muito atraente, embora a vista desse ponto já seja bem bonito. Como esse não é o destino final, fazer esse pequeno desvio é opcional e pode ser feito na volta (como eu fiz). Após entrar na parte da trilha na com mata mais fechada a coisa melhora um pouco, o lixo diminui bastante e o cheiro passa a ser de natureza mesmo. A subida em si é bem "tranquilo", nas bifurcações (são 3 no total) há placas indicando o caminho para o pico. Infelizmente há várias chácaras no caminho então é possível que você se depare com música alta e gritarias no percurso por causa dessas habitações de fim de semana, mas conforme você vai subindo, elas vão minguando. Existem trechos onde a inclinação é realmente grande e em muitos desses trechos o chão é de pedra então se estiver muito úmido (o que é bem comum por causa da mata densa que cerca a trilha) o chão fica bem escorregadio então aconselho a irem com calçados bem aderentes. Depois de aproximadamente uma hora e meia de subida, consegui chegar, às 13:00, ao famoso pico onde é possível ver Mogi das Cruzes inteiro e, em dias com poucas nuvens, até o Pico do Jaraguá. Uma vista realmente bonita e que deve ser um ótimo palco para o nascer ou o pôr-do-sol. Quando cheguei, haviam três pessoas esperando um bom momento para saltar de paraglide (ou parapente, se preferir) e mais algumas pessoas para assistir o salto. Bem legal chegar lá e poder ver isso. Muitas pessoas vão ao topo do pico de carro ou de moto. Menos pessoas vão de bicicleta e parece que não muitas vão a pé, embora eu esteja afirmando isso de acordo com o que eu vi em apenas algumas horas de um único dia (quando fui, pelo menos uns 10 carros passaram por mim, umas 3 motos e pelos menos 6 pessoas de bike estavam lá e apenas eu e mais um grupo de umas 4 pessoas a pé). Uma pausa de quarenta minutos para recuperar o fôlego e apreciar a paisagem e rumo à Mogi das Cruzes, numa descida destruidora de joelhos. Não sei quem disse que para baixo todo santo ajuda, mas meus joelhos não acreditam nessa afirmação não. De qualquer forma, enquanto retornava resolvi pegar o caminho que levava ao parque municipal para ver o que tinha de bom. Esse caminho é o caminho para a direita na bifurcação logo após a ABECAR. Como não conhecia e nem sabia do que se tratava esse parque e por ter bastante tempo ainda, fui lá ver o que tinha de bom nesse parque mas infelizmente as portas estavam fechadas quando cheguei e não parecia ter alguém por perto para me dar informações então dei meia-volta e retornei (depois descobri que é preciso agendar a visita ao parque com antecedência e blá blá blá, processos burocráticos). Desvios e explorações concluídas, cheguei na estação Estudandes novamente às 16:30 aproximadamente e lá fui eu rumar de volta para casa em trens que iriam lotar pra caramba...calamidade ficar de pé da estação Guaianazes até a estação Franco da Rocha de pé após essa pernada. Gastos Agora falar sobre os gastos que não excederam R$50! Passagens na ida: Campinas×Jundiaí: R$9,40 Ônibus dentro de Jundiaí:R$2,65 Jundiaí×Mogi das Cruzes:R$2,65 Passagens na volta: Mogi das Cruzes×Jundiaí:R$2,65 Ônibus dentro de Jundiaí:R$2,65 Jundiaí×Campinas:R$9,45 Outros gastos: Gatorade em Mogi das Cruzes:R$3,30 (facaaaada!) Pedaço de torta de frango em Jundiaí:R$3 Total:R$35,75 Pois é, com R$35,75 consegui viajar aí uns 300km! Claro que cortei gastos levando comida de casa, mas dá para fazer essa viagem e comer em algum lugar sem gastar mais do que R$50. Observações finais: Essa trilha é bem conhecida e, como falei, muita gente faz ela de carro mesmo, leva a família lá no pico para ver a paisagem e tal ou vai para ficar em uma das chácaras no meio do caminho. Isso tudo fez com que essa trilha me parecesse meio "urbana" demais, embora tenha sido interessante mesmo assim. Dá para subir com um tênis comum mesmo, apenas vá com um que a sola não esteja lisa por causa do chão de pedra em algumas partes. E como a mata é bem alta bem boa parte do caminho a umidade é bem alta e a temperatura é bem amena. Dá para pegar um resfriado por causa disso porque a subida cansa bastante, dá para suar, mas como o ambiente é mais frio você acaba ficando mais vulnerável. Levar uma camiseta extra pode ser uma boa opção também. Fotos eu não tenho pois não levei a camera e meu celular tira fotos de qualidade horrível, sinto muito. Isso aí, agora é hora de planejar novas viagens para poder curtir o que há para curtir e compartilhar o que há para compartilhar.
  4. Pretendo detalhar as trilhas, viagens e locais interessantes de se conhecer por meio de um simples "diário de bordo", quem quiser tirar dúvidas será um prazer. 😁✌️Pra acompanhar, ver mais fotos, dar apoio e compartilhar informações segue lá no Instagram ➡️ @guiint Pedra do Lagarto - Mogi das Cruzes - SP..Domingão ensolarado, dia ideal para conhecer uma nova trilha da nossa querida SP. Primeira trilha com o grande Ward da @aventureirosanonimos e os parças @diguedes12 e @Jadsonlipee para a Pedra do Lagarto em Mogi das Cruzes..Fomos de transporte público e fizemos o maior percurso da CPTM com certa rapidez. Saímos da Luz até Guaianazes mudando de vagão para a Estação Estudantes, extremos da Linha Coral..Já com a galera reunida na estação final, conferimos se todos estavam equipados para a subida e com lanternas para a volta durante a noite e se estávamos abastecidos de comida e bebida pra essa mini maratona de 10km. .Atravessamos o bairro pacato e muito bem planejado em Mogi caindo diretamente em uma estrada de terra batida. Ao passo que avançávamos, a vegetação ia estreitando a trilha mais e mais até o momento em que somente havia espaço para uma pessoa por vez passar em fila indiana. Quem for não pode esquecer de maneira alguma de colocar o repelente na machila. Pessoas mais magrinhas são levadas facilmente pelos mosquitos hahaha..A subida ficava mais difícil a cada trecho de terra e pedras que formavam as escadas naturais para chegarmos ao topo do monte. Tudo ocorreu como o esperado e enfim estamos lá... Pedra do Lagarto..A estrutura em granito que se sobressaia formava um platô com bordas de 90° na qual podíamos descansar e admirar o mais belo pôr do sol que já havia visto 😍..Energia renovada é hora de arrumarmos nossas coisas, ligarmos as lanternas e iniciarmos a descida com cautela na escuridão total. Como em toda descida, o Santo ajudou como de costume e quase nem notamos que já havíamos chegado a base da montanha se não fossem pelas luzes da cidade e a velha estrada de terra batida...Oh! saudade 🏞️
  5. Foram duas tentativas frustrada. - na primeira, éramos um trio, que sabia apenas a direção em que se encontrava a parte das grandiosas cachoeiras que aquele vale possui. Essa investida resultou na descoberta de um caminho que possivelmente nos levaria ao objetivo, mas devido ao curto tempo que tínhamos para explorar, tivemos que retornar. E foi nesse retorno, num emaranhado de bambus, que perdemos os resquícios da trilha, e nos perdemos por quase 4 hrs, rodando aleatoriamente sem paradeiro nenhum. Foi um sufoco e tanto, sair dali por conta própria. - na segunda tentativa éramos apenas uma dupla (Adilson Silva e Eu), mais precavidos, seguindo pelo mesmo trajeto das vez anterior. Íamos amarrando pedaços de fita zebrada nas árvores, no trecho mais fechado onde nos perdemos noutrora. Pois se tivéssemos que voltar pelo mesmo lugar, não faríamos confusão em meio ao bambuzal, por onde nos perdemos noutra vez. Pois uma chuva forte no final daquela tarde nos obrigou a abortar a missão e adiar os planos para uma possível terceira chance. ____________________________________________________________________________________________________________ Relato Sou do tipo que não tem medo de muitas coisas, mas quando se trata de raios e trovões... ...sexta feira, 20h do dia 4/3/2016, e eu já me adiantava com a janta para não ter que sair de casa em meio a uma tempestade anunciada pelos barulhos aterrorizantes que vinham do céu (mas não teve jeito). Com lágrimas nos olhos, minha esposa perguntava se eu realmente iria sair debaixo do toro que estava por vir. E eu, lógico, como o teimoso que sou, respondi que sim! Mas, se fosse necessário, iríamos abandonar os planos antes de executá- los se o dilúvio viesse a oferecer perigo extremo. Pisei os pés fora de casa, andei cerca de 200 mts, e os raios começaram a cair, cada vez mais próximo da região onde moro. Com pouco mais de 300 mts da caminhada e os raios pareciam explodir do meu lado, e a cada clarão que se abria no céu, em fração de segundos, transformava a noite em dia. Comecei a correr em direção ao ponto de ônibus, como um rato foge de um gato, com um medo danado, Ali fiquei sozinho por 15 min esperando o busão. Fiz posição preventiva contra raios (agachado, com as mãos na cabeça). Pouco me importava o vexame rsrs, eu queria é estar o mais seguro, e distante dali, se possível. E para o meu alívio, quando a chuva começou a desabar repentinamente e com força total, não deu nem 3 min, o tão desejado busão chegou. Só a partir daí que eu me senti mais avontê rs. Embarquei no trem, sentido Estação Estudantes, encontrei o Rafa, e fui contando a ele como já começava minha sessão de adrenalina e medo, referente a jornada que iniciávamos. rs. Chegamos na estação, Vinícius já estava lá. No trem seguinte chegou o Adilson, e para dar mais tempo de entrosamento do grupo, o Paulo chegou uns 6 ou 7 trens depois do nosso. rsrs Pegamos o ônibus que segue até o bairro de Manoel Ferreira, onde desembarcamos uma hora depois, e na sequência, meia noite e dez, iniciamos a trilha que nos levaria em direção ao primeiro pernoite dessa aventura. Se tudo corresse nos conformes, estaríamos na área de acampamento, no máximo 1h30 depois. Mas como sempre há imprevistos, chegamos lá às 2h2O da madruga. A trilha segue em fácil navegação, apenas uma bifurcação a se atentar, mas houve um desmoronamento de terra que encobria a via no meio do caminho. Isso gerou uma certa confusão na cachola, cheguei a citar que estávamos no caminho errado, que não havia aquela curva em todo o trajeto, coisa e tal. Com isso, só perdemos tempo procurando pela continuação da mesma nos arredores. Mas de acordo com o risco que desenhei no mapa, olhando pelo GPS do Vinícius, era nítido que estávamos no rumo certo. E juntando a crença do Adilson, que jurava estarmos na trilha das caminhadas anteriores, seguimos até chegar na primeira "ponte," que na verdade é um tronco fino de árvore, estirado de uma margem à outra do riacho que cruza com a trilha. Como não há possibilidades de ir por cima, descemos até o fluxo de água, saltitando sobre as pedras, e atravessamos. * o que não daria para imaginar, era que essa travessia seria um teste de sobrevivência na volta. Leia mais adiante. Agora eu estava mais tranquilo em relação a nossa localização. Tinha a certeza de que em 15 minutos estaríamos arrastando o "fiofó" em um grosso tronco de árvore, que serve como ponte de nível alto, entre as margens do rio que é mais fundo do que o anterior, e mais trabalhoso a ser atravessado a nado, andando e/ou com cargueiras. Acabado o esfrega esfrega, 10 metros a direita já estava a boa área de acampamento (morada dos borrachudos), que nos aguardava para o tão merecido descanso. rsrs No dia seguinte, depois do desjejum, entre a longa caminhada que margeia o ombro da Serra, resumidamente após cruzar com outras pontes (pinguelas), entrar numa bifurcação a esquerda, e uma picada a direita, a gente chegou no largo e íngreme afluente do Jacuaru, que abastece o Rio Itatinga, uma hora e meia depois do acampamento. Ali, sim, começaria a brincadeira pra queles que gostam de aventura regada a obstáculos. Depois de uma pausa demorada, por conta da mochila do Rafa ter estourado as alças da mochila, e necessitar de costuras, começamos a descer pelo inclinado trepa pedras do primeiro afluente da encosta esquerda. Por hora, o desnível não eram tão forte. Porém, quanto mais avançamos, mais e mais o fluxo de água se colocava na verticalidade nos obrigando a seguir a passos lentos e cautelosos, correndo o risco de sofrer uma queda fatal se a escolha fosse prosseguir pela água. Com 1h encosta abaixo, chegamos no primeiro ponto que nos obrigou a adentrar na mata, seguir por um vara mato relativamente fácil de transpor, mas com uma certa dificuldade de retorno ao leito. Onde se estimava ver o fluxo, só penhasco se via. Só foi possível sair da mata quando chegamos a uma canaleta seca que despenca rumo ao afluente. A decida teve de ser minuciosa. A cada metro uma pedra solta rolava morro abaixo, fazendo a lentidão ser questão de segurança. Descemos um de cada vez. Como era dia de calor, nada melhor do que conseguir se manter num caminho refrescante. E após o tempo perdido para vencer aquela piramba, tocamos revezando entre o leito e a mata da margem esquerda. Logo chegamos ao ponto de parada da investida anterior, onde eu e o Adilson acampamos. Eu julgava que a partir daquele ponto, no "olhômetro"mais 150 mts de avanço seriam o suficiente para dar com os pés nas águas do Itatinga. Mas, vendo o aparelho GPS do Mzk, os números eram bem maiores: 300 mts de forte desnível até lá. Minha inocência me fez acreditar que seria uma descida relativamente tranquila como tinha sido até ali. Mas, na verdade, toda dificuldade do trajeto estaria por dar as caras nas próximas horas. Cachoeiras iam surgindo pelo caminho, e essas mesmas cachoeiras se fizeram nossos caminhos. Nelas, a habilidade de contorcionistas amadores foi indispensável, a aderência de Petter Parker presente em nas mãos cada um teve que vir a tona, e ser posta em prática. Até por que, era nas extremidades das mãos e na aderência das solas dos pisantes que dependiam a segurança de cada membro. Um queda, um acidente mais grave, naquelas bandas seria um caso sério a se resolver. Apesar da confiança coletiva do grupo, a situação não era tão positiva em relação a conclusão do circuito. Quando paramos para ver de que forma o nosso objetivo vinha despencando Serra abaixo, ao olhar no GPS, os paredões gigantescos que se mostravam nas curvas de nível. A empolgação murchou de imediato. O Miyazaki deixou claro sua vontade de dar meia volta se fosse algo absurdo que tivéssemos que subir até alcançar o planalto novamente. Estava disposto a deixar o aparelho de navegação conosco, para podermos prosseguir com o plano, e voltaria pelo mesmo caminho. Mas não era essa a intenção: desmembrar o bando e correr novos riscos estava fora de cogitação. Depois de uma merecida pausa para descansar, comer e por as ideias em comunhão, continuamos a descida em maior parte pela mata esquerda, onde cada vez mais se notável o perigo que era andar por ali, beirando o penhasco que se estendia por dezenas de metros. Isso nos forçava a adentrar mais e mais na selva, subir cristas que não nos permitia descer em direção ao rio, só nos dava vias para subir outra crista, depois mais uma, e assim por diante, até que encontramos uma via (aparentemente) com menos obstáculos. E foi por ali que nos jogamos para ter algum sucesso. Quando a gentileza da floresta se fez favorável, novamente, com a gente, voltamos ao caminho das águas. E assim o Vale se abriu aos nossos olhos, com um buraco enorme, rodeado de paredões rochosos e de vegetação rasteira dependurada sendo pulverizada por um grande spray d'água que vinha por trás de uma rocha. Foi ali que tivemos a certeza que a nossa trupe alcançaria o tão desejado Vale do Rio Itatinga. Como eu ia sempre na frente, escolhendo os caminhos que pareciam mais fáceis para passar, quando olhava para trás, via meus companheiros, pequeninos, se retorcendo entre os vãos encachoeirados de cada aglomerado rochoso que era deixado para trás. O último deles era um buracão enorme, que quando acabei de descer, vi os meninos seguindo em um distância segura, e não me contive. A euforia de querer ver a enorme cachoeira que estava por trás daquele paredão verde, que nos permitia ver apenas o spray se lançar no cenário, foi a força motriz que me impulsionou com maior rapidez ao fundo do vale, que talvez, não recebia uma visita humana há décadas. E lá estava eu, surpreso com a beleza e imponência da Cachoeiras dos Meteoros descendo levemente sinuosa, imensamente furiosa, e causando temor com sua força. Quase 16 horas do dia estavam completas, e já que a decisão conjunta era de não prosseguir rio adentro, travando uma fatídica luta a elevação do vale, procuramos nos atentar a voltar pelo mesmo afluente, atingir o nível do topo da Cach dos Meteoros, e armar acampamento seguro, perto da água, para passarmos a noite. Na manhã seguinte, com o desjejum feito, acampamento recolhido e energia de sobra, ficou a meta de que iríamos varar mato até o Rio principal e explorar até onde o nosso tempo restante permitisse. Foram cerca de oitenta metros em meio a mata fechada, até encontrarmos a cabeceira que queríamos. Ali, no topo de da cachoeira que serve como um mirante esplêndido ao rio cortando o o enorme vale, deixamos nossas mochilas e partimos de encontro à próxima, e não distante, gigantesca cachoeira. Não tinha muito rio a ser vencido, só obstáculos impossibilitando o nosso avanço. Haviam apenas dois pontos de passagem, e esses dois pontos exigiam confronto a contra fluxo da água. Em um deles, onde fiz a primeira tentativa, o refluxo borbulhante não deixava ter uma visão prévia da profundidade. Mesmo assim, me arrisquei, sem sucesso. Não dava pé em alguns pontos, e com o peso dos tênis molhado, não consegui nadar. Quase afundei. Na sequência, não sei se por determinação, teimosia, ou seja lá o que for, analisei o outro ponto de passagem e cruzei o rio com menor dificuldade enquanto meus companheiros assistiam a tudo. Já na outra margem, percebendo que eles não teriam dificuldade para atravessar, fui me adiante trepando em grandes rochas, rastejando entre pequenos vãos, onde só cabia meu corpo, até dar de frente com outra cachoeira ES-PE-TA-CU-LAR (Cachoeira da Pedra Branca). Tão única, que a minha ingenuidade jamais me deixaria imaginar tal formação, com um piscinão enorme, naquela altitude da Serra do mar. SEN-SA-CIO-NAL. Enquanto meus amigos não chegavam, estudando o labirinto rochoso, aproveitei para tomar um banho nas pequenas quedas, refletir e agradecer, em particular, por tudo que eu estava vivendo naquele dia lindo e ensolarado. Claro que rolou um 'nudes' . Quando estávamos todos juntos, compartilhando da mesma alegria, tiramos fotos, contemplamos a majestosa queda, e pouco tempo depois já estávamos palmilhando em direção aos nossos pertences, e em seguida adentrar a mata e chegar novamente no Afluente do Jacuaru. Nosso caminho de volta. Mas, antes desse retorno acontecer, toda a dificuldade que tivemos para subir e alcançar o grande poço da cachoeira, veio com maior complicação na descida. Me lembro de tentar observar alguma forma de descer em segurança, mas abusei da sorte. Os meninos me avisaram de que nada dava para seguir por onde eu mirava nossa passagem. E eu disse: Não, sou vou dar uma olhadinha. Foi nessa hora que eu me agarrei numa rocha, completamente na vertical, apenas com as pontas dos dedos dos pés e das mãos como sustentação do meu corpo. Eu fui, mas não conseguia voltar. As fissuras na rocha estavam em outro ângulo, no sentido contrário e eu não conseguia alcançá-las. Travei! Fiquei paralisado, com medo, só me mexia para respirar e piscar os olhos, grudado feito uma lagartixa naquela parede de uns 4 metros de altura. Altura o suficiente para me arrebentar todo, caso eu caísse. E para piorar o meu estado medroso, o Paulo começa com suas previsões catastróficas. - mano, se você cair daí, vai cair de cabeça nas rochas. Vai se arrebentar todo. Você pode morrer... - tá, Paulo, eu sei disso! Mas você falando essas coisas não está me ajudando em nada. Só me deixando mais tenso. Depois desse momento “encorajador” do Paulo, os meninos conseguiram uma maneira de me estenderem as mãos, e me tirar daquela furada em que me meti. Foi osso! A partir dali a descida pelo rio decorreu de forma lenta, cautelosa, visando a segurança de todos. Já a ascensão, pelo Afluente do Jacuaru, oferta agarras por todo lugar que se passa, agiliza, e muito, o retorno ao Planalto Paulista. Na maioria das vezes estávamos ascendendo pelo leito, escalando rochas e cachoeiras. Mesmo nas vezes em que algum dos nossos quisesse varar mato, eu, que ia na dianteira do grupo, conseguia visualizar alguma via em meio as cachoeiras, que chegavam em seus 10, 15 e até 30 metros, nos mantendo no caminho mais rápido. Isso nos rendeu um ganho de tempo valiosíssimo, e foi uma das partes mais prazerosas dessa aventura. Claro que teve momentos em que a ajuda, de um para o outro, se fazia indispensável. Quando as mãos não alcançavam, para subir algum patamar, um círculo de fita de tecido, cerca de 1 metro, era enrolado nos punhos, servindo como alça de apoio, tanto para quem fosse subir, ou para quem fosse suspender a amigo. Assim, em poucas horas, chegamos no vão de saída do afluente. Onde escolhemos alguns minutinhos para descansar e beliscar alguma coisa e repor as energias. Repentinamente começou uma chuva inesperada, que nos fez sair dali o quanto antes, pois a subida até o bambuzal se tem através de uma piramba dos diabos, sem muitos lugares onde se segurar, com muito barro, que molhado, escorrega feito baba de quiabo, ou óleo sobre azulejo. Pegar aquele trecho já não é a sétima maravilha do mundo, com chuva então... aff. Conseguimos alcançar a trilha na melhor hora. Se ainda estivéssemos no afluente a gente tinha se lascado de cabo à rabo. Iria dar trabalho sair de lá. Foi uma chuva tão forte, mas tão forte, que mais parecia um dilúvio enviado para acabar com a raça humana. Num piscar de olhos a trilha estava coberta de água corrente cobrindo nossos tornozelos, formando mini cachoeiras onde houvesse degraus. Lógico, os tombos eram inevitáveis, o medo contido em cada um se mostrava algumas vezes no silêncio coletivo, ou num raio que caia perto da gente, fazendo um estardalhaço a ecoar pela selva. Nessas horas, creio que quem mais sentia medo era eu. Os pedidos de proteção divina foram inundando minha mente, pois a chuva não cessava, só ganhava força, e tinha resistência para durar mais de uma hora. Quando chegamos na área de acampamento, ela já estava fraca, quase parando, onde fizemos uma pausa para descansar e registrar um depoimento audiovisual. O rio que circunda o acampamento estava cheio, e em questão de minutos o nível aumentou consideravelmente. Tratamos de bater em retirada rapidinho, pois teríamos que cruzá-lo passando por cima de um tronco de árvore, como no dia anterior. Fora esse, há 10 min dali teríamos que atravessar um riacho que não nos permitia ir por cima do fino tronco. A travessia teria de ser feita à pé. E esse era o problema: não saber o quanto ele se elevou. Passados dez minutos de caminhada em ritmo forte, ao longe já dava para ouvir o escândalo que as águas faziam enquanto percorriam seu caminho. Se exagero nenhum, creio que há cinquenta metros já se ouvia o monstro rugir feito leão, estourando como trovão, e provocando medo em qualquer ser vivo que por ali estivesse. Se fosse um grupo menos preparado, com certeza, o pânico seria menor! rs Tínhamos pressa, vencer aquele desafio exigia, ao mesmo tempo, rapidez e coerência, pois já estávamos com os últimos raios de luz do dia, diante de um problema que poderia nos custar a vida de um dos nossos ao tentar resolvê-lo, ou então, a opção menos interessante seria passar mais uma noite na mata. Como não estávamos com essa intenção, passamos a tentar meios que nos tirasse dali o quanto antes, mas a cada minuto corrido a fúria do rio aumentava, e o nervosismo também. Em um lampejo de raciocínio falei: vamos derrubar uma árvore. A gente joga ela até a outra margem e passar por cima. A ideia parecia boa, o Rafa dispunha de um facão, já a execução não seria tão boa assim. Começamos o corte da primeira árvore, não muito grossa, que julgamos ser fácil lançá-la até o outro lado, mas a espessura, fina, não nos ajudaria com a travessia sobre a correnteza. Abandonamos o primeiro tronco e demos mais atenção a um tronco, bem mais grosso, que já estava no chão, cortado por caçadores ou palmiteiros, talvez. Começamos a ergue-lo com muito esforço, mas antes de elevar sua metade, já era notável que não conseguiríamos colocá-lo ereto e soltá-lo na margem oposta. E feito frangotes, que mal suportam o peso de suas calças, largamos o danado no chão. O peso era insuportável, mesmo estando em um grupo de cinco membros (frangotes rs). Enquanto isso, o rio esbravejava, o tempo passava, e a noite se aproximava cada vez mais. Nós, ainda nos encontrávamos na mesma situação: ilhados, sem ter caminhos para prosseguir e correndo o risco de passar a noite na mata. Não que fosse problema, mas não estava na "programação," e não seria vantajoso pra ninguém. A persistência seria a chave que abriria a porta certa. Começamos o corte de outra árvore, mesmo que não fosse tão grossa, suportando nosso peso já era o bastante. Em seguida, já com a pressa trabalhando a todo vapor, após alguns minutos de revezamento... MADEIRAAAAA. rsrs. Conseguimos erguer e lançar aquilo que seria nosso portal para voltarmos a civilização. Ainda estava muito perigoso atravessar sobre dois finos troncos que estavam a 30 cm separados um do outro. Mas teria que ser isso, ou estagnar o retorno. Às pressas, tivemos que analisar os meios e tomar nova iniciativa contra o tempo. Fui o "peão" na linha de frente, respirei fundo, soltei as cordas e disse: eu vou primeiro. O Vinicius, na tentativa de fazer nós que mantivessem preso à corda, estava sendo bombardeado por um ataque de vorazes "Mutucas," e não conseguia se concentrar. Passou o posto ao Potenza, que mesmo sendo vesgo, com baixa luminosidade, e o mais frangote de todos, passou confiança ao se mostrar um exímio fazedor de nós. Tranquei meu fiofó com muito medo, tive que começar a rastejar minhas pregas naquela ponte (se é que pode ser chamada assim), enquanto aquele Tsunami corria debaixo dos meus pés. Isso fazia parte do processo para encorajar o coletivo, que logo na sequência repetia o mesmo processo de esfregar o rabo no tronco (rs). Foi cerca de 1h no olho do furacão. Já com os pés em terra firma, novamente, o nosso ritmo forte foi retomado instintivamente. A ansiedade pelo fim da jornada era tanta, que a cansativa elevação do percurso na volta foi encarada como se estivéssemos numa reta plana interminável. O trecho final, que geralmente demora 1h30 para ser vencido, nos tomou apenas 1h de caminhada ininterrupta. E quando colocamos nossas caras para fora da mata, às 20h30, num engarrafamento a perder de vista, as pessoas olhavam perplexas com o que acabavam de ver: cinco marmanjos, com mochilas enormes e lanternas na cabeça, saindo da mata, às escuras, como se nada estivesse acontecido. Na verdade, muita coisa aconteceu! Mas essas pessoas que se surpreenderam com a aparição de um quinteto maltrapilho, em um lugar e horário inimaginável, jamais sabem o que realmente aconteceu!!! rsrs Ao chegar ponto de ônibus, onde há um boteco de beira de estrada, onde sempre trocamos nossas roupas esfarrapadas "pós trilha," comemoramos e bebemoramos as andanças pela região, conversando com um morador local, tivemos a informação de aquela foi a maior chuva dentre 20 anos. "Ele" afirmou nunca ter vista tanta chuva por aquelas bandas. Até o Rio Biritiba transbordou e invadiu a pista , causando todo aquele engarrafamento na rodovia. Confesso que foi uma surpresa! Pois entre as várias caminhadas e conversas com moradores da região, nunca ouvi falar de rio transbordar por ali. No ombro da Serra. Depois de tudo isso, só nos restou sentar e esperar os busão que nos colocaria no rumo de nossas casas. Onde começamos a chegar a partir das 00h30. Exceto o Vinicius, morador de Campinas, interior de SP, que teve que pernoitar, brevemente, na minha humilde residência e bater em retirada só na manhã seguinte.
  6. "Nem só de glórias vive o aventureiro" Dias antes... Cogitei de realizar um sonho, encarar a respeitável Rainha da Serra do Mar , mas esbarrei com um problema: um raro e belo feriadão de 4 dias. Quem iria querer me acompanhar numa aventura dessas, que pode ser realizada em dois dias e uma noite? (acorda Vagner), ninguém, é lógico. Muitos preferiram se deliciar de roteiros de exigem e fazem jus à tantos dias, ou até mesmo curtir uma longa passagem com a família. “Viajei.” Me vi novamente, de última hora, numa antevéspera, dominado pela ansiedade e a insônia, consultando os mapas e tentando calcular uma rota que se encaixasse com a minha disponibilidade e expectativa. A mente ainda pendia pros lados da Serra do Mar, mais precisamente entre Mogi/Bertioga (Serra do Garrafãozinho), pra poder explorar um lugar onde muitos já estiveram, mas que poucos conhecem, e onde eu estive pela primeira e única vez a dois anos atrás. O topo da Garganta do Gigante. O plano era de “invadir” o Rio Itatinga (invadir o rio?? (não entendi)). Sim, invadir o rio. Pois o mesmo está com seu acesso na margem esquerda totalmente cercado com arame farpado e placas de restrição, proibição de passagem a pessoas não autorizadas a partir dalí. A empresa, CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo), responsável pelos arredores, notou que muitos aventureiros surgiam de uma trilha que se inicia lá na SP-098, e terminava na Usina que capta água via aquedutos para abastecer a Vila Itatinga e parte da baixada. Através dessa trilha esses aventureiros aproveitavam o deleite duma bela represa, se impressionavam com o belo mirante para o litoral, arriscavam suas vidas na cabeceira da linda e gigante cachoeira, ou, ingressavam além da Usina, chegando a realizar a pouco frequentada travessia Mogi x Bertioga, via Funicular local (ainda ativa). Conclusão: para evitar maiores problemas (como em Paranapiacaba), a empresa meteu um belo de um bloqueio pra barrar “intrusos” como nós. kkk. “Pelo fato de acabar de realizar algo fantástico e inédito (Caminho dos Titãs), talvez eu tenha subestimado o vale do rio Itatinga, pensando que seria mamata chegar até ele e andar em seu leito.” Foi aí que ví que nem só de glórias vive o aventureiro. RELATO PRIMEIRO DIA - ALEGRIAS E FRUSTRAÇÕES Dispondo de pouco tempo pra tal aventura, Adilson Silva, Tony Eduardo (que não sabem recusar convites),e Eu, partimos na direção sul da rodovia, desembarcamos no tradicional ponto de encontro de trilheiros na região, e às 08:00 h do dia 18/04/2015, pusemos nossos pés no início da trilha mais próxima do km 77 penetrando a Serra do Garrafãozinho. Já que não temos um GPS decente, um Garmim por exemplo, fomos munidos apenas de uma bússola digital (lixo) e um mapa offline, e de quebra, dois aplicativos que o reconhecesse. Isso já nos ajudou algumas vezes, mas dessa vez os desgraçados não apresentaram nenhuma funcionalidade logo nos primeiros metros da trilha (não confie nesses malditos). Seguimos apenas com a cara e a coragem somadas à intuição e noção que tenho do lugar (FODEU rs). A longa caminhada de aproximadamente 8 quilômetros não chega a ser difícil, mas se torna uma pagação de promessa quando se tem uma cargueira nas costas e tendo que passar por todos os obstáculos que ela possa oferecer: lamaçal, pedras arredondadas e lisas, pinguelas/pontes feitas de troncos de árvores e afins. Após a segunda ponte, há uma trifurcação, à direita temos uma área de Camping + área de lazer, onde o pessoal se pendura na corda e se joga num lago igualmente no Lago Cristal. A trilha do meio, a que seguimos, leva ao Rio Itatinga, e a trilha da esquerda (não se esqueça dela), foi a trilha da misericórdia. Mais pra frente eu explico. Seguimos até a quarta ponte, pegamos a picada da esquerda, percebemos o engano e retornamos o caminho principal. Passando pelo “vale das bromélias,” com três horas desde que começamos a caminhada, chegamos onde a trilha despenca rumo a Represa Itatinga. Paramos pra comer algo, escondemos nossas mochilas e fomos até lá pra matar a vontade que o Tony tinha de conhecer a tal represa. Toda hora ele perguntava: vai dar pra ver a represa? passava dez minutos: vai dar pra ver a represa? mais dez minutos: vai dar pra ver a represa?Tava parecendo criança indo conhecer o Zoológico na primeira excursão escolar kkk. Vimos que tinha gente por lá, mesmo num feriadão, as roupas de funcionários penduradas no varal caguetavam isso. Pós fotos e vídeos, retornamos até onde deixamos as mochilas, pois naquele ponto começaria o nosso vara mato na tentativa de atingir as profundezas daquele vale. O facão correia solto, fatiando o emaranhado que fechava nosso caminho. Fomos avançando com o rio sempre a nossa direita, tendo seu barulho como referência. As vezes dava pra ver entre as brechas na mata o dito cujo correndo branquinho, nos chamando ao seu encontro, e a gente não podendo atender seu chamado, rs. Depois de muita batalha, avistamos a cabeceira de uma cachoeira, e pelo tanto de tempo que gastamos e o quanto avançamos varando mato, julguei que já tínhamos passado Garganta do Gigante (julguei errado), e era hora de começar a descer a piramba. Quando chegamos as margens do rio, reconheci de imediato, percebi que eu já estive ali antes. Ou seja, quase duas horas se lascando entre espinhos, solo fofo, cipó segurando as pernas e provocando alguns capotes, pra não render porra nenhuma. Mesmo assim, instalamos a corda e decidimos descer pra analisar a situação. Foi alí que eu broxei, e broxei legal. Estávamos num dos mais bonitos mirantes que se tem na região, na cabeceira da tão desejada cachoeira, vendo toda a beleza a nossa frente, num lindo dia de sol e não podendo fazer parte de um dos seus cenários cabulosos. Ficamos alí o tempo suficiente, para tirar fotos, fazer vídeos e concluir que não poderíamos concluir nossa missão. Era suicídio tentar transpor os paredões no fundo do vale, mesmo com auxílio de cordas. A água pulverizada da cachoeira é levada pelo vento vale a dentro e deixa as rochas cheias de limo. Depois de ficarmos um tempo observando a paisagem, fomos vistos por uma pessoa que aparaceu no alto do morro, numa casinha próxima à Usina. Ela olhava, olhava, até que sumiu e repareceu com outra pessoa que apontava em nossa direção e na direção da trilha. Aos poucos foram aparecendo outras pessoas, e outras pessoas, até que chegamos a conclusão de que se tratava de um grupo de turistas que subiram pela Funicular, acompanhados de algum guia, vindos de Bertioga. Pra evitar maiores, saímos logo dalí. Pra mim o rolê tinha acabado alí. Era hora de engolir o orgulho, enfiar o rabinho entre as pernas e vazar. Se o pessoal decidisse voltar pra casa, eu toparia na hora. Mas após discutir as opiniões, decidimos voltar até aqueeela área de lazer + área de Camping que mencionei antes (lembra?), onde tem a trifurcação, e nos deliciar com o que tinha por ali, e quebrar o “cabaço dos meninos,” que nunca haviam pernoitado na mata. Brincamos muito por ali, cada um era dominado pelo espírito moleque, se pendurando na corda, se jogando na água e fazendo a farra. Tava tudo tão bom, que eu até havia deixado de lado a frustração de não ter conseguido alcançar o objetivo planejado e só queria aproveitar. Quando a noite veio dar o ar de sua graça, montamos acampamento, acendemos fogueira depois de muito sacrifício, preparamos o jantar e fomos dormir cedo (os três numa barraca pra dois (imagina o aperto)), na manhã seguinte teríamos muito que aproveitar naquele lago (*SQN). SEGUNDO DIA - NAS ARMADILHAS DO CURUPIRA Com a inquietação e curiosidade que tenho, propus aos meus amigos: - Oh, vamos aproveitar que já estamos aqui e vamos explorar aquela trilha que pegamos ontem por engano. A gente deixa a acampamento montado aqui, e seguimos só com uma mochila, bem leve, só com o necessário. Assim a gente já fica sabendo o que tem por lá e não precisamos voltar aqui noutro dia só pra explorar aquele trecho, e quem sabe não seja por ali o nosso caminho de acesso ao Itatinga. O que vocês acham ? - vamos, demorou. - é só isso que esses sabem responder kkkk. Era 08:30 h quando deixamos nosso abrigo para trás e fomos rumo ao desconhecido, pra horas e horas depois poder voltar com o peito cheio de esperança, alegria, medo, alívio, frustração, preocupação e uma certeza óbvia: Deus é pai, e não padrasto. Ele sempre ampara os filhos teus. ENTENDA O POR QUÊ No dia anterior, quando pegamos por engano aquela trilha a esquerda, com seiscentos metros de caminhada nós demos meia volta por que sabíamos que estávamos seguindo pelo caminho errado. Já dessa vez, seguiríamos até onde desse. E deu muuuita coisa. Meia hora depois de sairmos da área de Camping, já estávamos virando pra esquerda e adentrando tal picada, larga e bem aberta. Ela segue serpenteando um grande bosque de pinheiros e aos poucos vai de afastando do nosso objetivo. Por ora se fecha, por ora se abre novamente, quase a todo tempo em terreno plano, começa a descer em direção interessante, e muito depois de seu início, quando começa a subir um morro, apresenta mais uma bifurcação quase apagada. - E agora, pra onde vamos? Pela lógica, tínhamos que tocar pra direita, e assim fizemos. A caminhada segue agradável e sem dificuldades aparentes até começar a descer, descer e descer. A trilha volta a se fechar com maior frequência, abre as vezes e confunde quando passa por bambuzais a beira de riachos que precisamos atravessá-los mais a frente. Isso nos trouxe tantos problemas na volta. Barulhos de quedas dágua aparecem aos montes no decorrer do caminho, repentinamente, do nada a trilha acaba numa valeta seca, onde com certeza, já correu muita água em época de chuvas fortes, mas que por agora só deixava rochas cheias de limo pra que pudêssemos descer, não tínhamos outra opção, a não ser avançar. Essa valeta tem uma extensão média de cem metros, e nos pega de surpresa quando acaba na beira de um precipício de aproximadamente 35 mts de queda livre totalmente na vertical. Mesmo se estivéssemos com a corda, seria muito ariscado descer por alí. E se descêssemos, qual seria o grau de dificuldade e risco ao subir ? Descartamos rapidinho essa hipótese. Voltamos um pouco pela própria valeta e avistamos um possível acesso a nossa direita. Estudamos os riscos e possibilidades, e decidimos descer pelo caminho semi aberto que ia contornando e se esquivando do paredão. Na grande perca de altitude não tivemos muita dificuldade, a não ser pelo forte declive que parecia se agarrar em nossos pés e nos jogar ladeira abaixo juntos com as pedras que rolavam. O curioso foi que nessa etapa, achamos uma boca de balão perdida em meio a mata, corroída pela maresia que sobe do mar e pela neblina que abraça a serra diariamente. Pelo tamanho da boca, deu pra ter uma ideia de que o balão não era nem um pouquinho pequeno. Iríamos tirar uma foto na volta, mas esquecemos e passamos batidos. A medida que íamos descendo, o barulho forte de água correndo e despencando de rochas ia aumentando. Coisa que aumentava a suspeita de ser o Rio Itatinga, mas ao acabar o emaranhado da mata e o céu clarear mesmo com sua névoa matinal, vimos que se tratava do afluente que deságua no “procurado” não tão longe dalí. E se chegamos até lá, não seria em tal lugar o nosso ponto final. Decidimos descer mais um pouco, e mais um pouco e mais um pouco, até que as necessidades de avanço exigiam cordas, e a nossa havia ficado no acampamento. Descemos até onde deu, sem forçar a barra e sem por em risco nossas vidas. Quando uma cachoeira, consideravelmente alta, nos impediu de prosseguir, demos meia volta e tocamos o retorno exatamente às 11h, subindo tooooda aquela inclinação de volta. Mesmo estando uma temperatura agradável e até fresquinha, o suor pigando demais, a linguá pra fora quase batia no umbigo, as pausas então... huummm, várias. Nunca vi um aclive tão forte quanto aquele. O caminho foi refeito da mesma forma até um pouco depois da saída da canaleta, exatamente até o bambuzal. A partir dali que, sem percebermos, começava o nosso martírio... ...a neblina pairou soberana como acontece na Silent Hill paulistana. Em alguns trechos parecia começo de noite, a densidade era tanta, que em pouco tempo já estávamos molhados, encharcados como se tivéssemos tomado um banho de chuva. Seguindo como quem acredita estar no caminho certo, já com a neblina mais branda, chegamos numa parte onde a mata estava um pouco mais fechada do que quando descemos, continuamos, pois parecia o mesmo lugar de horas atrás. O terreno começou a ganhar altitude, e quando passamos por uma trilha que corta uma plantação de Taioba, saímos numa outra trilha na transversal, larga e que não lembrava em nada o percurso feito mais cedo. Bom, pensamos, vamos seguir pra esquerda que parece ser nossa direção. Seguimos. Passamos por outra trilha a esquerda que realmente nos trouxe a certeza de que aquela não era a nossa rota, pois bem na “esquina” havia uma marcação feita com uma tampa de Toddy, e não vimos nada disso por onde passamos anteriormente. Andamos mais um pouco, e chegamos a um acampamento abandonado por caçadores, seguimos mais um pouco e na dúvida resolvemos voltar e pegar a direção contrária a partir de onde saímos. Fomos por mais um longo período perambulando até constatarmos que por lá também não teríamos bons resultados. Voltamos até as Taiobas, retomamos o caminho que fizemos até o ponto que lembramos e “sabíamos” que estava certo, vasculhamos os arredores, e nada de outro caminho que apontasse uma outra direção. Andávamos um pouco, parando de vez em quando, explorávamos as proximidades na tentativa de encontrar nosso caminho, e nada, repetimos isso várias vezes, e nada. Subimos até aquela trilha transversal com a ideia de avançar bem mais do que a primeira vez, primeiro seguimos pra esquerda, passamos pela tampa de Toddy e pelo acampamento de caçador novamente, seguimos adiante por um bom tempo, e aos poucos só aumentava a confusão em nossas mentes, achando pontos de referência onde não tinha, alegando ter lembrado de tal obstáculo, de tal árvore que aparecia pela frente. Mas, na verdade, era pura ilusão, pois nunca tínhamos passado por ali antes. Quando cruzamos com um riacho, foi batata, era certeza absoluta de que não era por ali e que nunca pisamos ali antes. Havia uma caneca laranja pendurada numa árvore às margens dágua, e logo em seguida o caminho se abria mais e mais com tanta folha derrubada com os golpes de facão de alguém que passara por ali recentemente. As folhas ainda estavam frescas. Resolvemos voltar todo o caminho percorrido e seguir um bom tempo na direção oposta, até ver no que dava. Novamente nas Taiobas, marquei algumas árvores com a faca pra saber que não deveríamos encontra-las de novo. Andamos por muito tempo, agora pra direita, pra poder concluir que aquele também não era o nosso caminho. Voltamos às Taiobas, descemos até o bambuzal, procuramos pelo certo e nada encontramos. Era um sobe/descer de acabar com qualquer um, repetimos isso tantas vezes que o cansaço começou a bater, as pernas fraquejavam, a fadiga era quase dominante se não estivéssemos com o psicológico firme. Havia acabado nossa água, a alimentação já era a base de amendoim, castanhas e bolachas que ainda tinham aos montes. Ainda bem que apareciam riachos por todos os lados e o Clor-in vinha no kit de primeiros socorros dentro da mochila. Os pequenos afluentes que tinham pelo morro poderiam ser nossa válvula de escape, mas quando adentrávamos por eles, explorando e caçando nossas próprias pegadas, vinha a tona uma nova frustração. Em um deles, eu até explorei bastante, subi muito e para alegria dos meus amigos que me esperavam lá pra baixo, eu gritei: Achei, achei nossas pegadas, podem subir. Enquanto eles subiam, eu analisei com mais calma e vi que a ondulação do solo e as sombras das folhas me causaram uma ilusão de ótica, não eram pegadas (eu estava delirando). E já que estávamos ali decidimos continuar subindo. E adivinhem onde saímos ? Na plantação de Taiobas novamente/trilha transversal. CARAAAAALHO. Estávamos andando a horas, sem nem saber pra onde, parecendo baratas tontas. A única resistência que ainda nos movia era a psicológica, por que a física já estava comprometida a tempos. A qualquer tropeço bobo, um capote, a qualquer cipó enroscado nas pernas, outro capote. Tava muito foda. Ainda tivemos coragem pra descer, pela enésima vez, e tentar procurar uma saída a partir do ponto que lembrávamos já ter passado. E foi numa última tentativa, naquela baixada, onde entramos numa área mais fechada da mata pra caçar nossa libertação, que eu me vi mais desorientado do que nunca, vi que estávamos ariscando além do deveríamos e acabaríamos nos perdendo mais ainda. E minhas preocupações não se resumiam apenas e passar mais uma noite na mata e/ou o recente trampo que o Tony arranjou, isso era o de menos. O que realmente me trazia aflição, e até dava medo, era a possibilidade de pernoitar na mata com as roupas encharcadas. Sera que aguentaríamos a queda de temperatura na madrugada ? Uma hipotermia poderia ser fatal. Foi aí que veio a decisão... ...quando abaixei minha cabeça sobre o bastão de caminhada. Reinou um silêncio absoluto, que nem os pássaros cantaram, as árvores não chacoalharam com o vento, que também parou. Foi como se o tempo tivesse sido congelado. - o que foi Vagner, tá passando mal ? - perguntaram meus amigos. Quase sem forças, com a boca seca e uma voz que quase não saiu além dos lábios, respondi: - estou pensando. Só isso. Com a calma de um monge Tibetano, refiz mentalmente todo o caminho que percorremos pela manhã, cheguei a uma conclusão. Comuniquei meus parceiros que o nosso norte estava pra esquerda. - aê pessoal, seguinte: vamos subir esse morro de novo, pegar aquela trilha transversal e tocar pra esquerda, não importa onde vai dar, vamos seguir naquela direção até sei lá onde. Vambora, não podemos ficar aqui batendo cabeça no mesmo lugar. Se por acaso a gente sair numa cidadezinha vizinha, a gente abandona o acampamento e vem buscar amanhã, ou outro dia. O mais importante pra irmos embora já está aqui com a gente: celular, dinheiro e documentos. Vambora, vambora. E lá ia a gente, mais uma vez, morro acima até chegar na trilha transversal. Já não havia mais tempo pra muita coisa, então aproveitamos que a trilha era larga, com um solo bom pra caminhar, e começamos a andar, ou melhor, quase corre. A disparada que demos foi de tanta impulsão que parecia que estávamos andando mais rápido do que se anda no asfalto. Passamos pela tampa de toddy, pelo acampamento de caçador, pela caneca laranja e continuamos sem dar uma pausa. Os cortes na mata aumentava sua intensidade, parecia que alguém ia a nossa frente abrindo caminho, e o que nos restava era seguir esse caminho, que continuava bem aberto e de fácil navegação. Sentamo o pé!! A única coisa que fizemos nos próximos quilômetros, foi andar, andar e andar. E as vezes cair, rs. Passamos por mais um riacho, que dessa vez estava marcado com uma caneca azul pendurada numa árvore. Isso dava a esperança de que o caminho daria nalgum lugar, ou encontraríamos um senhor barbudo, com seu cachorro e seu facão roçando a mata, e seria nessa hora que iríamos pedir uma orientação, ajuda, sei lá. Até a possibilidade de que seríamos resgatados por um Águia da Polícia Militar passou pela minha cabeça. Outra saída seria tentar achar o sinal do celular e contatar os amigos que sabiam por onde estaríamos nos aventurando. Eu os deixei avisados, e isso seria uma chave mestra nas buscas desse trio perdido. Mas não, preferi me concentrar no caminho recém roçado e sair logo dali. A trilha começou a descer muito, fez curvas acentuadas e continuou livre até uma outra bifurcação (e agora ? fudeu!!). Exploramos primeiro a direita, vimos que não deu em nada, tocamos pra esquerda em ritmo mais acelerado, mas não por muito tempo. Uma hora e meia andando em alta velocidade nessa trilha, e a danada acaba num rio (fudeu de novo). Atravessamos esse rio a procura da continuação da mesma, e para nossa desilusão, ela não tinha continuação. Foi aí que desabamos. O desespero começou a dominar um dos nossos, era visível em seu rosto, a reação foi imediata quando propusemos voltar tudo aquilo e tentar um novo recomeço. Um deles sentou-se não chão, desolado, abatido e preocupado, dizendo que não arredaria o pé dali, e que não voltaria por aquele caminho de jeito nenhum e estava decidido a ficar parado ali. Mais uma vez, com uma calma de monge, contornei a situação, pois se via claramente que o desespero era o sentimento dominador naquele momento, e que o auto controle se fazia necessário. Os que estivessem mais fortes psicologicamente teriam que acalmar que fraquejasse. E assim se fez Minutos depois, já estávamos submersos da cintura pra baixo, e na outra margem do rio, preparados para voltar aquela longa caminhada, decidi explorar mais um pouco. Logo a frente estava a continuação da trilha, que não a vimos por conta de umas árvores tombadas e arbustos que encobriam nossa visão. Sentamo o pé novamente. Acabaram os sobe/desce, o terreno era plano e o rio corria sempre a nossa direita e a trilha ia se fechando, sumindo cada vez mais. Pouco mais de dez minutos, chegando perto de um longo e grosso tronco árvore que eu nem dei atenção, o Tony gritou: olha, onde estamos. Meu cérebro levou alguns segundos pra entender a situação, e quando me dei conta, já estávamos saindo no final da trilha, gritando, pulando de felicidade, pois essa trilha é EXATAMENTE aquela da esquerda na trifurcação ao lado do nosso acampamento. A euforia foi tamanha, que o Tony já pulou com roupa e tudo no lago gelado daquele rio, enquanto eu agradecia a Deus e abraçava meu companheiro Adilson. Mas não demorou muito, eu me joguei na água também. Estávamos exausto, fracos e com muuuita fome. Fomos até o acampamento, nossas coisa estavam intactas como as deixamos, e na hora de preparar um almoço (quase janta), vimos que os fósforos estavam encharcados também. Sem muita opção, comemos o que estava pronto, só pra enganar o estômago, desarmamos acampamento e sarpamos no mesmo ritmo em que chegamos. Quando bateu 17:45 h, chegávamos ao fim da trilha, exaustos, aos trapos, com alguns arranhões e carrapatos pelo corpo. Era o final de uma exploração que nos trouxe muitas emoções, uma aventura que chega a ser difícil de explicar como foi, mas que que trouxe vigor às nossas almas e uma certeza em nossas mentes: QUEREMOS VOLTAR NESSE LUGAR, pra poder tentar, por mais uma vez, atingir o utópico Vale do Rio Itatinga. Abraços.
  7. http://www.ipernity.com/doc/275479/album/355893?view=1 O Vale das Pedras do Itapety Guardando a seus pés a cidade de Mogi das Cruzes, a Serra do Itapety reina soberana derramando-se majestosamente de leste a oeste, recortando o horizonte com sua silhueta recoberta de verdejante mata secundaria. Entretanto, logo atrás do “sentinela mogiano” existe uma pequena crista paralela secundária q, menos farta de verde q a principal, é basicamente composta por vegetação arbustiva e detentora dum gde complexo granítico de enormes rochas, extensas lajes e incontáveis aderências ao largo de td sua extensão. Este conjunto rochoso recebe o nome informal de Vale das Pedras e é facilmente acessível pela picada principal q corta a serra de norte a sul. Pra variar um pouco, neste domingo realizamos um circuitinho sussa de meros 17kms q atravessou o Vale das Pedras partindo da via normal, pra findar no outro extremo serrano, quase no Pico do Urubu. A manhã fria de outono lentamente dissipava suas brumas e abria generosas janelas azuis qdo eu e a Lee encontramos o Ricardo e a Elaine, na Estação Estudantes, por volta das 8:30hrs. Pra nossa surpresa teríamos companhia canina no rolê matinal, a Belinha, pet da mãe do Ricardo. Sem perda tempo e após rápidas apresentações, nos pirulitamos pela via logo atrás da Estação pra tocar em direção a Serra do Itapety, q exibia td sua escarpada silhueta dominando td panorama ao norte. O GPS do Ricardo acusa pontuais 730m de altitude. Sempre pela Av. Antonio Almeida, passamos pela ponte q atravessa um inacreditável Rio Tietê ainda cristalino, deixando praticamente o cinza de Mogi das Cruzes pra trás e adentrar num bairro residencial e, já nos finalmentes, a mesma estrada asfaltada terminar quase q ao pé da serra. Agora nossa jornada se daria pela Estrada Velha do Lambari, antiga via de ligação com o outro lado da serra. E tome subida. Inicialmente suave e sem gde desnível, a coisa apertou mesmo depois na piramba conhecida como “Paredão Boliviano”, alcunha dada por bikers por motivos óbvios. Até então a irrequieta Belinha nos acompanhava na coleira, mas bastou o Ricardo perceber q no mato ela não cometeria nenhuma estripulia q a pulguenta ficou td eufórica ao se ver livre dos seus grilhões. Por volta das 9:40hrs fizemos uma rápida paradinha no primeiro pto de água, uma simpática biquinha situada numa saída á direita da picada, cujo marulhar é audível conforme se aproxima dela. Enchemos os cantis apenas o suficiente pra matar a sede provisória, pois logo adiante a outro pto do precioso liquido, bem mais confiável. Nossa ascensão prosseguiu no mesmo compasso, íngreme e forte, em meio a um um belo bosque de eucaliptos. Mas logo desviamos da via q nos levaria á Pedra do Lagarto em nível pra tomar outra derivante, pela esquerda, q toca bem íngreme pro topo da serra. É a tal “Subida do Velho Banguela”, só não me pergunte o motivo pq senão ficaria um parágrafo inteiro explicando. Aqui, pode-se observar varias saídas e ramificações aqui e acolá neste emaranhado de veredas, mas tds de certa forma estão interligadas, servindo de atalho pra picadas maiores. A presença de motoqueiros se confirma não somente pelas pixações de setas no caminho, mas tb por trechos bastante erodidos e sulcados ao longo de td caminho. Após bordejar um fundo e verdejante vale á nossa esquerda, a picada pela encosta logo nos deixa no topo serrano, quase na cota dos 1070m. Uma trifurcação óbvia nos diz pra seguir reto e ignorar as vertentes laterais, pois uma nos levaria pela crista principal ate as torres, a oeste, e a outra desce pro outro lado da serra, já quase no Bairro Beija-Flor. Ao invés disso tocamos reto mas logo abandonamos a picada pra tocar outra menos utilizada, q na verdade serviria de atalho praquela deixada logo atrás. O q não contávamos era q a trilha de tão pouco usada tava coberta de mato, q deixou a Belinha ressabiada de prosseguir nos acompanhando. “Vai, pulguenta, ce não queria trilhar?”, esbravejou Ricardo, recolocando a coleira na temerosa cadelinha.A aventura de fato começava agora. Sem opções, começamos a perder altitude naquela vereda coberta de mato cautelosamente, tateando bem o terreno pisado e buscando evitar enfiar o pé nalgum buraco escondido no alto capinzal. Não bastasse, havia q desviar de mata arbustiva espinhenta, o q nos deixou com as primeiras marcas e arranhões no caminho. É, e isso q eu pensava q seria fácil, opinião certamente corroborada por uma assustada Belinha. Mas logo passar por um enorme cupinzeiro e um mega bambuzal, a vereda nos deixou numa trilha mais aberta e roçada, nos poupando algo de 1km de pernada caso tivéssemos tocado pela direita, na trifurcação anterior. Agora em caminho sussa e desimpedido pela encosta, bastou apenas acompanha-lo indefinidamente pro norte, ora por trilha estreita ora por enormes valas sulcada por motos, perdendo altitude imperceptivelmente. Após um trecho pedregoso chamado de “S do Senna”, desviar de motoqueiros no sentido inverso e remover trocentos carrapichos q a mata teimava em lançar na gente, eis q o som inconfundível de agua marulhando nalgum canto inundou nossos ouvidos, e num piscar de olhos cruzamos a origem do mesmo. Este correguinho corresponde ás nascentes do Rio Lambari. Sim, aquele q empresta o nome á estrada logo do inicio da ascenção e q bem mais adiante deságua no majestoso Rio Paraiba do Sul. Breve pausa pra encher novamente os cantis e pra Belinha se esbaldar no borbulhante liquido. Dando continuidade á caminhada numa picada q bordejava a encosta direita da serra, logo emergimos no aberto pra ter horizontes mais amplos e vistas generosas. Num passe de mágica a farta vegetação secundaria e de eucaliptos sumira, dando lugar a mata arbustiva e pedras, muitas pedras. Estávamos pisando finalmente no setor leste do Vale das Pedras, de onde praticamente se tinha vista de td quadrante norte, q privilegiava Guararema (leste), Sta Isabel (norte) e parte de São Paulo, de onde destoava o Pico do Jaraguá, a oeste. Mas olhando pra trás tb tínhamos visu dos contrafortes esmeraldas e abruptos da crista principal do Itapety, com destaque pra Pedra da Seriema, pedra pouco conhecida e quase vizinha ao Lagarto, escondido do outro lado da serra. Daqui abandonamos a vereda principal e fomos tocando pela encosta desta crista secundaria, engolindo teias de aranha enormes, alternando arbustos, lajes e pedras, até dar no sopé dum enorme paredão de declividade considerável q começamos a escalaminhar. Afinal, se queríamos atingir o topo daquela crista secundaria teríamos q subir a seqüência de lajes e aderências graniticas q se apresentava a nossa frente. E la fomos nos, arfando e avançando cautelosamente, avaliando bem a aderência e porosidade das pedras nas quais íamos pisando. Uma vez no alto, bastou acompanhar a beirada das enormes pedras e abismos, q se espichavam na direção oeste, descortinando belo panoramas praquele quadrante. E assim, as 11:20hrs, estacionamos nos exatos 1010m do topo legitimo do complexo conhecido como Vale das Pedras, onde descansamos, lanchamos e nos regateamos apreciando a bela paisagem q tínhamos emoldurada a nossa frente. Ai lembrei q já havia estado noutra ocasião ali, so q meu acesso se dera pelo contraforte norte da montanha, no vara-mato, em meio a muias bromélias endêmicas daquela serra. A Belinha, coitada, já não exibia td aquela disposição do inicio do dia e deveria estar se perguntando q diabos fazia ali, questões q não raramente até seres humanos se fazem qdo caem em roubadas. No ar, por sua vez, um trio de urubus planava nas térmicas sobre a gente, quiça na esperança de conseguir “carniça” fácil. Descansados e revigorados, retomamos a pernada por volta das 12:15hrs. Como retornar pelo mesmo caminho tava desde o incio fora de cogitação, estudamos a carta e resolvemos seguir pela crista mais um pouco. Mas ao perceber q logo entraríamos num matagal nervoso, azimutamos a rota certa e optamos por acompanhar um cercado q ao menos tinha uma área decente pra caminhar, sem muito problema. Mas logo o cercado tocou piramba abaixo (sul), forte e íngreme, nos forçando a perder altitude com cautela nos firmando no mato, arame da cerca e até arvoredo ao redor. Logicamente q o chão liso e escorregadio proporcionou alguns tombos, q foram devidamente amortecidos pelo “quinto apoio”. Uma vez no selado q serve de ligação entre as duas cristas, tocamos pela encosta pra oeste, ainda acompanhando o cercado, ouvindo o marulhar das cabeceiras do correguinho transposto horas antes, o do Rio Lambari. A rota enfim, após um “portal de pedras”, nos levou pro selado central q interliga quase tudo (contrafortes norte, sul e leste), onde nos deparamos com um enorme brejo q bastou chapinhar do jeito q fosse, ou tentar salta-lo atraves das pedras e tocos de madeira no caminho. Mas sempre acompanhando o cercado, ora dum lado ora doutro, onde a caminhada mostrava-se muito mais facilitada, mesmo q recoberta de brejo, íngreme ou parcialmente coberta de mato baixo nalguns trechos. Após o trecho de banhado e lama, e de galgar equivocadamente um contraforte ao sul, nossa rota tocou pra direção correta através duma encosta inclinada. E sempre acompanhado a cerca. Foi ai q a mesma fez uma curva fechada descendo forte pro norte, onde tivemos duvidas se nos levaria ao pto desejado, mas logo essas dúvidas se dissiparam qdo desembocamos noutro selado q me era familiar da ocasião anterior em q aliestivera. Daqui em diante bastou tocar pela íngreme encosta ao norte ate ganhar o topo dum significativo morrote florestado, visível inclusive do Vale das Pedras. Sempre acompanhando a cerca, diga-se de passagem. No alto tivemos mais um pit-stop pra recuperar o fôlego, pois a piramba havia exigido bastante das meninas, com trecho ate de escalada verticalizada. Do topo daquela montanha foi so tocar pra oeste, onde a rota foi desviando paulatinamente pra sul, indo no sentido desejado. E sempre acompanhando a cerca. Conforma se avança numa descida suave, as beiradas da cerca mostram-se mais e mais abertas, evidenciando recente roçada da vereda palmilhada. Sons de latidos próximos não so deixam a Belinha eufórica como tb evidenciam a proximidade dalgum sitio ou chácara, ou seja, civilização. Dito e feito, num piscar de olhos desembocamos logo no portal de entrada dum sitio, q outrora foi um pesqueiro. Eram pontualmente 13:45hrs e a trilha estava finalmente concluída. Trilha sim, mas não a jornada. Tocamos então pela interminável estrada de chão q percorre o restante da crista principal do Itapety, bordejando um punhado de torres de retransmissão até alcançar a bifurcação q leva ao Pico do Urubu, point carimbado da galera de paraglider e parapente. Dali pro centrão de Mogi das Cruzes foi um chão q pareceu não ter fim. Foi ai q o cansaço acumulado se fez sentir nas pernocas e nos joelhos de td mundo. A Lee, acostumada mais a voar de paraglider, q o diga. A Elaine ate pegou bumba pra economizar caminhada. Restou eu, Lee, Ricardo e Belinha, “dupla animal” da qual nos despedimos logo a seguir. Na seqüência, eu e a Lee chegamos finalmente na praça principal mogiana qdo o relógio bateu 16hrs, onde nos esbaldamos de cerveja gelada e salgados no boteco dum chinês mal-encarado. Tempo suficiente pra retornar pra paulicéia satisfeitos e com a sensação de dever cumprido. Resumindo, pra quem queria um roteiro relativamente simples e sussa de modo a se poupar por feriado prolongado iminente, até q a trip dominical pela Serra do Itapety saiu até bem melhor q a encomenda.
  8. Amigos haviam planejado essa expedição há tempos. A verdade é que eu não tinha muito ideia do local exato da expedição, tinha apenas uma leve noção que era próxima a Pedra do sapo / Pedra Furada. Iríamos realizar o grande feito no domingo anterior, mas por questão de logística abortamos. Sem desistir da missão, adiamos para o outro fim de semana. Realizaríamos a trip no domingo como havíamos planejado. Tudo certo, mas o clima não estava ajudando. Dias antes, o tempo virou, sexta, sábado e a madrugada de domingo choveu, imaginei q a expedição seria abortada novamente, mas para minha surpresa, essa hipótese nem foi cogitada pelos veteranos. Estavam todos animados, mas eu estava com certo receio, já fiz alguns trekkings, agora expedição era uma novidade singular. Mata fechada, previsão de chuva, nenhum integrante da trupe tinha experiência no local, se não por mapas, croquis, pesquisas e afins, alto índice de sermos surpreendidos por algum animal silvestre q habita o local, não havia “O guia”, mas sim quatro expedicionários, enfim isso evocava muitos riscos, não poderia ignora-los, por isso refleti bastante sobre minha presença nessa expedição. Inexplicavelmente queria ter essa experiência e topei. O grupo era composto por 4 loucos hehe. Em primeiríssimo o mestre Albino Cesar, mas conhecido como Carioca, um sábio bombeiro e veterano na arte de se embrenhar no mato, um legitimo contador de estórias e histórias e detentor de informações valiosíssimas sobre sobrevivência na selva, em seguida Marcus Vinicius, biólogo, dono de um humor comicamente ácido, responsável pela maioria das piadinhas feitas na trilha, Marcus tem uma habilidade impar de compartilhar seu conhecimento com os menos informados, uma excelente fonte para se sugar informações sobre comportamentos de animais e afins, logo em seguida Vanderlei Junior, mas conhecido como Bueno, o jovem bombeiro, cheio de complexos e medos, mas uma pessoa extremamente solicita, sempre pronta a ajudar e por fim, mas não menos anormal eu... uma estudante de psicologia, apaixonada por montanhas e trilhas, avida por aventuras e que ainda questionava a não importância da sua presença nessa expedição, mas enfim as 07 a.m me encontrei com a galera, meio atrasada e mancado pq havia esfolado meu calcanhar em uma trilha um domingo antes (nada q uma caixa de bandeides não resolva). Pegamos a estrada Mogi-Bertioga e fomos em direção a nossa aventura, agora mais aliviados pois a chuva já havia cessado e os singelos raios de sol lutavam entre as nuvens para dar o seu ar da graça naquele dia. Chegamos ao começo de tudo, Posto da Balança, estabelecimento localizado na Rod. SP- 98, deixamos o carro por lá, tomamos um café e começamos a pernada pelo acostamento da rodovia em direção a Biritiba Mirim, onde realmente começaríamos a tão esperada expedição. Como havíamos chegado cedo, mantemos um ritmo leve. Uma hora depois chegamos à entrada q daria para trilha, uma propriedade particular abandonada, conhecida como “Vereda do seu Geraldo” . O que bloqueia a entrada da propriedade é uma cancela de ferro, mas o acesso é muito fácil, sendo possível fazê-lo contornando o bloqueio, pulando ou dançando macarena, isso fica a critério do aventureiro, nós resolvemos contorná-lo. Por uma infelicidade do destino, após ultrapassarmos parcialmente o bloqueio, a barra de ferro desabou no pé do Carioca, eu estava atrás dele, ficamos todos preocupados, mancando o Carioca sentou se próximo ao bloqueio, agora já dentro da propriedade. Não sabíamos qual era o estrago que o impacto havia feito nos seus pés. Rápido nos juntamos p/ auxilia-lo, quando de repente um grito espontâneo ecoa “Caralho, uma abelha” era o biólogo, uma abelha o havia picado, automaticamente ignoramos este fato e voltamos a total atenção para o Carioca, q neste momento abria a mochila para pegar algo q aliviasse a dor, mas novamente outro grito e em seqüência outro, e por fim o golpe de misericórdia “ É um enxame, corre dessa porra!” Eu não faço ideia de como eu atravessei o bloqueio, mas corri metros pelo acostamento da rodovia, eram muitas abelhas, o barulho era irritante, ensurdecedor. A minha frente o Bueno corria como um desequilibrado, sacudindo as mãos em movimentos frenéticos acima da cabeça, largando a cargueira pelo caminho, tirando as blusas, eu corria desesperada fazendo movimentos brusco, o q me incomodava não era nem as picadas em si, mas aquele barulho insuportável q elas emitiam ao pé do meu ouvido, atrás de mim corria o Marcus. A cena era incomum e me fez rir, mesmo em meio ao caos. Corri praticamente a maratona são silvestre, e as abelhas já haviam parado de zumbizar no meu ouvido e de me agraciarem com seus ferrões, quando me lembrei do nosso companheiro q ficou caído, com uma possível fratura no pé, limitado, entregue aquelas malditas criaturinhas de Deus. Meu coração apertou, deixei um soldado ferido, de pressa comecei a retornar, de repente eis que a Fenix ressurgi em meio ao enxame, (um alivio enorme) Carioca corria em nossa direção, corria não, mancava, em suas mãos uma blusa de frio q era utilizada pelo msm para espantar as abelhas, girando incessantemente sobre sua cabeça, e para coroar essa cena, os movimentos dele eram acompanhados pela trilha sonora de buzinas do carros q passavam a mil por hora pela pista. (a cena era hilária hahaha) Depois q nos aproximamos do alvo das abelhas (Carioca) corremos mais alguns metros para longe do coitado... pois ele praticamente carregava o enxame de abelhas na cabeça. Quando estava em uma distância segura, gritei p/ os meninos pedindo ajuda, mas a resposta foi unanime “ O repelente esta nas cargueiras, largadas em algum lugar no acostamento da estrada” mil vezes merda, foi quando tive a "brilhante" ideia de espantar as abelhas com um desodorante spray q sobreviveu na mochila q eu carregava em meio aquela loucura. (Dica: Dias depois, li que em hipótese alguma deve se usar desodorantes ou spray contra as abelhas, fazer movimentos bruscos ou tentar afugentá-las, elas ficarão agitadas e consequentemente iram atacar com mais frequência, ou seja não faça o que fizemos!!, p/ mais dicas confira este link: http://www.abc.med.br/p/301385/picadas+ferroadas+de+abelhas+quais+sao+as+consequencias+como+se+proteger.htm, É evidente que raramente imaginamos ser atacados por um enxame de abelhas, mas escute meu conselho, as abelhas existem e estão por aí, e quando menos se espera elas atacam então é bom manter-se informado) Enfim eu não sabia nada disso, assim q comecei a perfumar as bonitinhas elas se afastaram (talvez não tenham gostado da fragrância). Novamente o Carioca nos alcança, dessa vez agimos como leais parceiros de equipe. Espantamos algumas abelhas q insistia em persegui-lo e verificamos se estava bem. Ele havia sido picado por muitas, mas inacreditavelmente manteve se calmo, e riu de si msm e da própria situação. Concluímos q acabávamos de presenciar um milagre, pois o pé dele havia sido curado instantaneamente. Nada como um bom enxame de abelhas p/ sanar qualquer fratura hahaha. Gracinhas à parte, graças a Deus nós não somos alérgicos, mas a dorzinha latente dos ferrões era inevitável. O Marcus estava equipado com remédios antialérgicos, adrenalina e etc, mas o uso não se fez necessário. Depois daquele “Bom dia” q recebemos da mãe natureza, retornamos para o inicio de tudo a Vereda do seu Geraldo. A pergunta parou no ar... abortar ou não? A resposta foi consensual, estávamos vivos e bens, então optamos por continuar a missão. Entretanto surgiu outro problema, não era possível utilizar a msm entrada novamente, a colmeia de abelhas estava muito próxima a cancela e as danadas estavam muito agitadas, tínhamos q arranjar outro método para entrarmos, e assim o Carioca o fez fizemos, descemos um morro ligeiramente íngreme a esquerda q dava acesso a propriedade e entramos. Nem tínhamos iniciado a trilha ainda e situações épicas já haviam ocorrido, mas aquele sentimento de chegar ao objetivo nos motivou a continuar a saga. A trip de inicio é muito aberta, é uma estradinha de pedras, não utilizada há tempos. Alguns minutos dentro da propriedade e encontramos pegadas frescas, supostamente feitas por uma suçuarana, segundo o biólogo. Tal acontecimento me amedrontou bem mais q o ataque das abelhas. Mas tínhamos uma missão q agora eu já sabia ao menos qual era hehe chegar a Represa dos Andes e depois do auê q passamos, me senti obrigada a cumpri-la. Se um ataque de abelhas não fez retrocedermos, não seria eu a causadora disso. “Entramos juntos e iremos sair juntos. Se alguém por qualquer motivo retornar, todos voltaremos” disse o Carioca com sua sabedoria e cabeça cheia de ferrões rs. Prontamente eu respondi “Claro q não, vamos continuar”. Precisava fazer jus a bandeira feminina já q eu era a unica representante da raça naquele momento. Sim, eu já estava com o coração na boca, “suçuarana, o q é isso, meu pai do céu? ” eu pensei. As pegadas eram grandes parecidas com as de uma onça, mas logo fui acalentada pelas informações do biólogo sobre o animal. (Para alguém q assim como eu, fez uma associação irracional errônea do nome suçuarana com alguma espécie de aranha (espero não ter sido a única a fazer essa relação. P.S. Esta associação foi feita antes de ver as pegadas na trilha) sinto informar, mas não tem nada a ver. A Suçuarana ou Puma Concolor, conhecido também como onça- parda, Jaguaruna, Leão da Montanha e outros, é o segundo maior felídeo neotropical, carnívoro, se alimenta de gados, carneiros, ovelhas, cervos, sendo capaz de digerir até roedores e insetos. Tem hábitos noturnos e tem o comportamento solitário, evita contatos com seres humanos, e é raro relatos de ataque a humanos) 543872_315545021890839_926215631_n.jpg[/attachment] 555294_315544398557568_2007424204_n (1).jpg[/attachment] Comemos carne enlatada com milho e legumes, carne esta q o Carioca fez propaganda o dia todo, eu não curti muito o gosto, mas me alimentei bem, afinal cavalo dado não se olha os dentes rsrs Todos plenamente satisfeitos, voltamos p/ o grande impasse, direita ou esquerda. Optamos pela esquerda, e neste sentido havia muitos rastros de trilhas alternativas feitas por animais silvestres, um forte cheiro de urina (fato q rendeu algumas piadinhas) percebemos q estávamos em um território demarcado, hora de zarpa dali e assim fizemos, voltamos p/ bifurcação e fomos todos p/ direita, andamos e andamos. Havíamos combinado de q se até 13h30min. não encontrássemos a Represa ou um sinal de q estávamos na direção certa, retornaríamos, pois o relógio super, blaster barométrico do Carioca, apontava q iria chover. Já era 14 h. e pouco, envolvidos na trilha nem tínhamos notado q já havia passado da hora de retornarmos. Sem saber p/ onde ir ou onde estávamos, com a probabilidade gigantesca de chuva forte na região resolvemos retornar. A volta foi bem tranquila e rápida, o retorno foi em outra vibe, me senti como se já fizesse parte daquele ambiente, totalmente diferente da ida, q cada passo era uma exploração. Confesso que no retorno me senti até meio idiota por ter ficado tão apreensiva quanto a minha presença naquele lugar. A vida naquele local é tão autônoma que entendo nossa presença naquele dia como algo indiferente aos dinamismo natural. Os únicos seres q fizeram questão de expor seu protesto quanto a nossa presença foram as abelhas, maribondo e borrachudos. Infelizmente não alcançamos o nosso objetivo, mas estamos com projetos e iremos retornar em breve p/ dar continuidade a essa grande experiência. Este contato real com a natureza sempre me motiva a laçar-me ao inesperado. Mesmo ciente dos riscos eu decido arriscar, pq intimamente eu sei q vai valer apena, sempre vale!
  9. http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/255/255 A TRAVESSIA DO BAIXO GUACÁ Com nascentes brotando entre Casa Grande e a Serra do Juqueriquerê, o Rio Guacá é composto por três setores bem definidos: o Alto Guacá, q é o trecho mais extenso e vai da beirada do planalto até suas nascentes; o Médio Guacá, q compreende a parte mais acidentada e vai do Poço das Antas até a Mogi-Bertioga; e o Baixo Guacá, o pedaço restante do ribeirão q, sendo o menor de tds, se estende da SP-98 até sua foz, no entroncamento com o Rio Sertãozinho, pra juntos formarem o majestuoso Rio Itapanhaú. Pois bem, o Alto Guacá é uma incógnita total q merece longa e planejada exploração. As cascatas e remansos do Médio Guacá já foram descortinados a pouco numa travessia respeitável. E enfim, neste último domingo matamos a curiosidade de palmilhar o tortuoso caminho de pedras q domina o Baixo Guacá, num circuito q incluiu tb parte da famosa “Trilha do Itapanhaú”. O q resultou disso foi mais um programa adrenado (e bem puxado) prum domingo de sol na região serrana de Mogi das Cruzes. Com a Cissa dando + atenção à sua pós e a Carol, à sua filhota, o quarteto originalmente envolvido na trip terminou subitamente numa dupla. Pronto, tinha q ser agora. A maledita descida de rio, adiada vezes sem conta por varias razões, desta vez não tinha desculpa pra não rolar principalmente pela ótima previsão alentada pela meteorologia p/ aquele domingo. Coincidentemente, meu único parceiro (e pau-pra-td-obra) era o Ricardo e q tb me acompanhara na exploração do Médio Guacá. Portanto, assim como eu, sua curiosidade em se embrenhar pelo resto do rio era tão gde qto sua voltade de desenferrujar as juntas. Eu q o diga, pois assim como ele jamais havia estado tão inativo e descondicionado fisicamente por tanto tempo. Mesmo q o “tanto tempo” em questão, no meu caso, se resuma a ficar duas semanas sem cair no mato. Dito e feito, desembarcamos do latão “Manuel Ferreira” exatamente as 8hrs no posto da Balança. Sim, 8hrs! Nunca havia chegado tão cedo ali, no exato km 77 da Mogi-Bertioga. Mas como a trip proposta era uma descida de rio cujo terreno (e obstáculos) a encontrar eram totalmente incertos, o mais sensato foi de fato levantar mais cedo pra garantir o retorno ainda naquele dia. Mal pisamos no lugar, arrumamos as coisas e nos pirulitamos rodovia abaixo, sob um firmamento totalmente isento de qq nuvem e q prometia ser bastante ensolarado, embora naquele horário fizesse um frio considerável q nos obrigou a trajar anorakes. A passos rápidos e ligeiros fomos vencendo a kilometragem do caminho, sempre atentos ao trânsito da rodovia, principalmente o de motoqueiros transloucados se exibindo com suas possantes maquinas de duas rodas. E foi somente na descida da serra, após o km 81 (q coincide na entrada da famosa “Trilha do Rio Itapanhaú”), q o sol começou a dar as caras lançando seus aconchegantes braços sobre as encostas verdejantes da serra, fazendo a pequenina cidade balneária de Bertioga reluzir, ao longe. Já desci (e subi) varias vezes esta rodovia e me chamou a atenção a menor qtidade de lixo a beira de estrada, o q ao menos não deixa de ser um bom sinal. Pois bem, mas foi somente após quase hora e meia de pernada q, numa curva fechada, descortinou-se diante nos aquele verdejante e profundo vale cavando a serra em “V”. Era o Guacá, cujas águas trovejantes eram já audíveis do asfalto e tornavam ainda mais instigante aquela aventurinha de fds onde desvenderiamos , enfim, parcialmente seus mistérios. O único q maculava paralelamente o verdejante contraforte serrano era o rasgo retilíneo e acizentado da SP-98, q a partir dali acompanha aquela enorme crista montanhosa sentido litoral, tocando pro sul. Finalmente a exatas 9:30hrs q alcançávamos a famosa ponte de concreto sobre o Rio Guacá, situada no km 84,5, num local sugestivamente chamado de “Curva da Onça”. Nos embrenhamos na mata encharcada pelo orvalho e num piscar de olhos já nos víamos sob o viaduto, na margem pedregosa do caudaloso rio, ignorando a misteriosa velha moradora-andarilha-mendiga q encontramos alojada no inicio da trilha e q provavelmente deve ser a autora das varias macumbas espalhadas pelo lugar. Foi aqui onde tropecei certa vez com a galera dos “Funiculeiros” acampada e q depois me torrou a paciência por somente mencionar o incidente num relato. Bem, o comecinho de descida é relativamente tranqüilo sob o viaduto, bastando apenas se manter sempre na margem esquerda e avançar desecalaminhando rochas sem gde dificuldade. Basta só atentar pisar cuidadosamente nas mesmas devido a enorme qtdade de limo esverdeado visguento depositado, o q as torna lisas feito sabão. Mas não dá nem 5min de descida q subitamente o vale se fecha, estreitando suas íngremes encostas nos dando poucas opções de rota. Não bastasse isso ele verticaliza consideravelmente, e logo as pequenas pedras q eram percorridas transformam-se em gigantescos blocos rochosos desmoronados impossíveis de (des)escalar na unha devido a altura envolvida. Não sem corda, ao menos. Logicamente q aqui a única saída e opção viável é seguir pela íngreme encosta, varando mato, onde pelo menos existe vegetação firme e forte pra se segurar. E la vamos nos, tocando em meio a vegetação arbustiva e arbórea de tamanho reduzido, avançando ate q sem gde dificuldade. Minto, o único porem deste trecho são as urtigas, existentes aos montes! A medida q perdemos altitude vamos estudando a possibilidade de descer rente o rio, chance esta q surge em poucos minutos. Novamente as margens do rio, prosseguimos desescalaminhando rochas numa boa, ate q outra vez nos deparamos com um enorme bloco de pedra no caminho. Curiosamente ali havia um automóvel (ou o q restou dele) td espremido e prensado entre as rochas, feito papel. Dali não nos restou opção senão bordejar a colossal pedra pela base, pra depois rastejar feito calando pela sua superfície porosa e aderente ate cair no patamar sgte, logo abaixo. A partir de então a descida prossegue aparentemente sem problemas, na base da simples desescalaminhada íngreme. No caminho, mtos poços e piscinões represados entre as pedras, lajes e ravinas do trajeto do Guacá, q aqui ainda mostra-se bem verticalizado. Mas não tarda a surgir nova alto patamar no caminho q nos obriga outra vez a desviar pelo mato da íngreme encosta, o q é repetido mais uma vez sem gde problema. Perdendo altitude e transpondo o obstáculo, da mata basta encontrar acesso novamente ao rio, q geralmente se dá ou pela vegetação mais firme (pra segurar) ou por algum caminho dágua transversal. Outra vez na margem pedregosa do Guacá basta tocar atraves dela a aprtir de agora, sempre pela esquerda. As cachoeiras aumentam em altura e número, o q nos obriga a varias pausas pra fotos e contemplação. A partir daqui o vale aparenta se abrir aos poucos, e o terreno consequentemente suaviza junto com ele, permitindo mais desenvoltura ao caminhar. Mais poços e pequenas quedas despertam atenção no caminho, assim como os restos tanto de estruturas de concreto repletas de ferro retorcido (ponte?) espalhadas e outro carro antigo mimetizado pela folhagem no barranco á esquerda, veiculo este q quicá tb resolveu matar sua sede no cristalino regato compelido pelo mesmo desejo nosso. Mas a cereja do bolo dos destaques deste trecho pertencem a duas pedras colossais lado a lado, a meio caminho, q parecem se equilibrar no rio de forma impar, desafiando as leis da fisica. A pernada agora mantem num ritmo mais ágil e compassado. É, parece q o trecho mais difícil e q separa “meninos de homens” havia já sido deixado pra trás, pq agora a caminhada transcorria dentro do previsto. Era caminhada misturada a lances de escalada, e eventualmente algum desvio curto pelo mato. E enqto cada vez mais íamos perdendo altitude, havia sempre uma parada estratégica pra clicar a paisagem q descortinava sempre uma surpresa a nossa frente, fosse na forma de uma cachu ou de um enorme piscinão. Pena q era quase inverno e a água tava gelada, impossibilitando tchibum. Mas ao menos nessa época a estiagem possibilita uma descida segura de rio, pq no verão esta trip seria impossível. E isso se reflete nas varias carcaças de bichos espalhadas pela margem do regato, relembrando o perigo real das súbitas trombas dágua q ocorrem em época de chuva. Um cânion se interpõe a nossa frente, bem no momento em q o Guacá faz uma curva pra esquerda. Logicamente q aqui cortamos ora pelo mato ora por algum leito seco de pedras q deriva do rio principal. Novamente no Guacá, agora cada vez mais aberto e largo, a perada nivela por um bom tempo. Pequenos afluentes despencam de ambas margens, aumentando aos poucos o volume de águas do referido regato. Mas de repente um imponente paredão ergue-se na margem palmilhada, nos obrigando a chapinhar pela água e cruzar pro outro lado, pra bem mais adiante retornar á margem esquerda outra vez, diluindo de vez nossa esperança de voltar pra casa com os pés secos. A descida prossegue então nesse ritmo imutável. Piscinas, mini-canions, ravinas e cachus são vencidos com facilidade neste trecho de terreno suave e bem convidativo. Os desvios pelo mato tornam-se cada vez mais raros, quase inexistentes. O som do rasante dos andorinhões e as pequenas pererecas saltando diante nossa passagem são o testemunho da vida pulsante deste rincão verde e borbulhante de nossa belíssima Serra do Mar. E após o rio fazer nova curva fechada pra direita, passar um enorme (outro, pra variar) piscinão congelante, acompanhar um delicioso toboágua, e tocar rumo sudoeste, a vista se abre de tal modo q é certo q nos encontramos ali num dos mais mirantes privilegiados de td curso do rio. Um enorme, senão interminável toboágua cuja declividade beirando os 45 graus despenca rio abaixo, pra depois culminar no trovejar de uma enorme cachoeira, esta invisível de onde nos encontramos. Uma coisa é certa: se escorregou no toboábua já era, razão pela qual nos mantemos a uma distancia segura do mesmo, cujas lajes se encontram lisas feito sabão. Td isso emoldurado pelo verde da mata e os contrafortes serranos. E ali, no topo daquele bucólico lugar nos prostramos pra descansar sob o sol do meio dia e meia. Sentados numa larga lajota seca e aderente, deixamos nossas meias e botas secando, descansamos um tanto, mastigamos sandubas recheados de sardinha e bebericamos sucos. Eu aproveito o momento pra espremer feito espinha uma pereba no joelho q já me incomodava há semanas e q, no esforço dos trepa-pedras, estava sangrando. E qual minha surpresa q do ferimento brotou uma enorme lasca de vidro q sabe-se-lá como foi parar! Bem, espero q agora não incomode mais.. Mas se isso não tava incomodando, havia outra coisa q incomodava ambos: moscas no sol e pernilongos na sombra! E não havia repelente q desse conta, motivo pelo qual nossa pausa não se estendeu alem das 13hrs. Retomamos a marcha pela mata as 13:15hrs, já q a forte declividade do tobogazão desaconselhava qq tentativa pelas pedras. Mas por incrível q pareça, a desescalaminhada pela mata foi bem mais facil q o previsto, bastando apenas perder altitude diagonalmente ao rio. A medida q perdíamos altitude era possível ouvir o rugido ensurdecedor do Guacá despencando furiosamente quiçá por enormes quedas bem ao nosso lado, porém ocultas pela mata. Mata, alias, q forrava o chão do caminho com folhas e raizes, as vezes ocultando fendas traiçoeiras em q mais de uma ocasião enfiei o pé. Com sorte, sem danos maiores ao tornozelo. A vontade de visualizar as cachus ao lado era gde mas nossa prioridade ate então era a descida, já q afinal não sabíamos o qto ainda tínhamos pela frente de pernada. Portanto, a exploração daquele trecho fechado e estreito do vale fica pruma próxima ocasião. Após ladear a pirambeira encosta, varar mato, cruzar com mais alguns afluentes do Guacá e perder altitude considerável, eis q as 13:40hrs desembocamos novamente as margens calmas do rio, mais precisamente dum mirante. Dali, na boca de um enorme cânion, pudemos divisar os paredões espremendo o rio numa imponente desfiladeiro rochoso, tal qual a famosa “Garganta do Diabo”. Com a diferença q no final havia uma cachu gigantesca enfiada num buracão q apenas vimos de longe! Essa era a ensurdecedora queda onde termina o tal mega-tobogã e cujas dimensões superavam a famosa “Cachu do Buracão”, no “Vale da Morte”; e mto maior q a “Cachu do Elefante”, mas q permanece desconhecida por ser totalmente “invisível” da rodovia. Acredito q seu acesso se dê pelo cânion, mediante trechos de nado, ou pela íngreme encosta, na base do escala-mato ou cordada. Vontade de conhecê-la não faltou mas, como mencionei antes, nosso cronograma era enxuto e quem sabe numa próxima ocasião a gente retorne lá somente pra dar nome a essa fantástica queda. Um rapel nessa cachoeira seria algo fantástico! Mas, claro, essa ai será uma nova aventura com logística totalmente diferenciada. Voltando à descida de rio, após um ultimo trecho com declividade desembocamos finalmente as margens placidas e quase horizontais do Guacá, por volta das 14:15hrs. O borburinho de gente escutado ao longe logo anunciou q nossa jornada havia terminado. E cinco minutos depois alcançamos a foz do Guacá, mais precisamente onde suas águas se juntam às do Rio Sertãozinho pra dali em diante formarem o famoso Rio Itapanhaú, q por sua vez deságua no mar. A travessia do rio ali foi bem tranqüila, à diferença da ultima vez q ali estive, evidenciando a estiagem da ultima semana. Na confluência dos rios encontramos uma galera q tava ali de bobeira, procurando a “Cachu do Elefante”, aquela bela queda q se vê da Mogi-Bertioga e palmilhada vezes sem conta. “Eu te conheço da net! Vc não é o Jorge Soto?”, disse um de seus integrantes pra mim, “Sabe onde fica a Cachu do Elefante?”. Acenei com a cabeça afirmativamente emendando q íamos pra lá, e q se quisesse sua galera poderia nos acompanhar. Logicamente q o pessoal topou a idéia na hora. Entretanto, ao perceber q uma de suas integrantes bem menos condicionada havia recém-torcido o pé e já sentia dores, aconselhei q esta nem sequer fosse na cachoeira e já emprendesse imediato retorno pra rodovia pois a subida seria longa e cansativa, e ela fatalmente atrasaria o ritmo do grupo deles. Disse q o acesso mais rápido seria pela “Trilha do Mirante”, mas eles insistiram em retornar pela “Trilha do Itapanhau”, q era por onde haviam vindo. Dessa forma, enqto uns seguiam trilha acima os demais me acompanharam pra “Cachu do Elefante”, onde fui la apenas pra bater ponto. A trilha continua em boas condições, apesar de algumas arvores novas tombadas no caminho, mas nada q atrapalhe o senso de direção. O q indigna mesmo é a enorme qtodade de lixo no caminho, assim como lonas e até barracas deixadas apoderecendo nas clareiras ao lado da trilha. Alias, no sentido contrario topamos com uma galera de quase 20 pessoas voltando da queda! Num piscar de olhos desembocamos na famosa cachoeira, q maravilhou seus novos visitantes. Eu e o Ricardo apenas batemos algumas fotos e emprendemos a volta. Antes, porém, perguntamos pro pessoal se eles saberiam retornar sozinhos (e q não demorassem mto ali pq logo escureceria) e diante da afirmativa deles nos mandamos. Iniciamos a longa e íngreme subida piramba acima exatamente as 15hrs, e foi a subida mais cansativa e interminável q tive ultimamente. Poderiamos ter retornado em menos de meia hora pro asfalto pela “Trilha do Mirante”, mas isso significava um retorno sacal de mais de 2hrs pela estrada ou desembolso de resgate numa lotação, o q tava fora de cogitação. E la fomos nos, subindo lentamente mesmo, com a primeira engatada. O Ricardo tb sentiu o tranco e parava a cada 10min. Eu não ficava atrás não, pq pela primeira vez senti uma subida cobrar seu tributo. Bastaram apenas duas semanas sem pernadas pro corpo já moído pelo Guacá quase entregar os pontos em mais de uma ocasião. Os joelhos q o digam. Pois é, o avanço inexorável da idade é implacavel com td mundo, incluindo este q vos agora escreve. Mas felizmente não havia pressa alguma naquele momento, razão pela qual fomos ganhando altitude lentamente, mesmo q devagar-quase-parando. Ainda bem q tivemos o bom senso de iniciar a trip mais cedo q o costumaz, do contrario seriamos pegos de supresa pela escuridão ainda na mata. Alcançamos, enfim, o Rio das Pedras a duras penas por volta das 16:40hrs, onde encontramos o pessoal q havia saido antes q a gente. A “moça do pé torcido” aquela altura reclamava de dor, sem contar em cãibras q a acometiam em ambas pernas. Se serivsse de consolo, disse q o pior já havia passado e q não faltava nada pro asfalto. Nos despedimos e seguimos nosa jornada, pois em breve escureceria. E do pessoal q ficou na “Cachu do Elefante”? Sem sinal deles, mas torcia pra eles estarem munidos de lanterna pq certamente pegariam a subida no escuro. As 17hrs caímos na SP-98 pra começar a fase mais tediosa de qq ida pra regiao serrana de Mogi: a longa jornada de volta pelos 3,5km de asfalto restantes! Se já estavamos totalmente detonados de cansaço imagine ter de encarar td essa distancia no escuro, com cuidado pra nenhum veiculo nos trombar de frente? E tome chão interminável. Mas como nada dura pra sempre, as 18:15hrs chegamos na Balança onde desabamos no chão. Totalmente fechada e sem sinal sequer de vida, não nos restou opção senão ficar ali esperando o coletivo ás escuras, jogados no chão. Não sei o q era pior aquela altura do campeonato: se era ter de esperar o busão ou ficar sem minha sagrada cerveja durante essa espera. O coletivo, por sua vez, passou por volta de meia hora depois e assim começou a via-sacra da longa jornada ate Mogi, pegar o trem e depois o blábláblá de sempre. Resultado: so cheguei no aconchego do lar por volta das 22hrs, moído e tremendamente cansado, mas ao mesmo tempo contente por percorrer mais um belo rincão da serra mogiana sem necessidade de se ver obrigado a pernoitar la. Portanto fica a dica desta curta, breve, porém puxada travessia de rio como alternativa radical à “Trilha do Itapanhaú”. Mas desde já sobreaviso da necessidade (obrigatoriedade) de começá-la bem cedo, afim de sanar qq atraso ou imprevisto, a menos q se pretenda pernoitar na “Cachu do Elefante”. Ou então seguir a sugestão dada alguns parágrafos acima: explorar melhor aquela gigantesca cachu q ta enfiada num buraco, mais precisamente entre o ultimo gde desfiladeiro e o mega-tobogã, uma majestuosa queda q não deve em nada as mais conhecidas e sequer referência ou nomenclatura tem. É quem sabe assim batizá-la com seu próprio nome, pois afinal essas são coisas q ainda é possível fazer dentre tds as maravilhas e segredos escondidos pela verdejante e encantadora Serra do Mar paulistana.
  10. http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/310/Pedra-da-Seriema-e-da-Porteira-Preta A PEDRA DA SERIEMA E DA PORTEIRA PRETA Dos serrotes domésticos de Sampa, a Serra do Itapety é a mais próxima e acessível a qq andarilho (ou biker) q se preze. Com suas largas e altas encostas forradas de mata secundaria guardando a cidade de Mogi das Cruzes, o Itapety está recheado de trilhas pra tds os gostos, boa parte delas oriundas de antigas veredas de reflorestamentos desativados. Algumas foram alargadas e asfaltadas, enqto outras ainda se mantem de terra, bem estreitas; como, por exemplo, as q levam ao Pico do Urubu e Pedra do Lagarto, respectivamente. No entanto, existem ainda aquelas q por conta do desuso encontram-se parcialmente fechadas, mas q servem de elos de ligação pra atrativos menos conhecidos e pouco visados da notória serra. Eis um circuitinho curto, porém relativamente puxado, q contempla a Pedra da Seriema, passa pela “Trilha da Bica Encantada” e ascende á Pedra da Porteira Preta. Chegando tarde pra incursões na borda da serra da Mogi-Bertioga e relativamente cedo pra qq outra coisa, assim q pisei na Estação Estudantes, coisa das 8:30hrs, liguei pro Ricardo afim de bisbilhotar alguma coisa “nova” pela Serra do Itapety. “Nova” pq já não há o q descobrir ou explorar numa serra urbana como aquela, apenas “redescobrir” aquilo q era muito utilizado antigamente e, q por algum motivo qq, hj se encontra em desuso ou engolido pelo mato. E olha q há varias velhas picadas nestas condições, se levarmos em consideração q boa parte do Itapety consistia num emaranhado de vias de remoção de reflorestamentos de pinnus e eucaliptos, principalmente no seu setor extremo leste. Como as leis ambientais de um tempão pra cá proibiram qq espécie de desmatamento, estas antigas veredas (a exceção da “Estrada Velha do Lambari”, principal elo de ligação com o outro lado da serra) foram ficando cada vez menos pisadas, esporadicamente quiçá por jovens aventureiros locais. A idéia era ir atrás destas velhas veredas, algumas das quais já havia escutado alguma coisa. Claro q o mogiano Ricardo topou na hora, pois como bom conhecedor da região desde a tenra infancia sabia da existência de tds elas. E mais algumas. E eu q achava q ja tinha percorrido aquela serra de tds formas esgotaveis possiveis, me dei conta q tava bem enganado. Nos encontramos logo depois bem na frente da estação da CPTM , pra então nos pirulitarmos atrás da Rodoviaria, onde os bus e lotações costumam descer pra Bertioga. Dali já é possivel avistar td extensão da Serra de Itapety, tomando conta de td paisagem ao norte: uma enorme elevação esmeralda recortando o céu azul daquela manhã de domingo e guardando a cidade de Mogi a seus pés. Dali basta tomar as vias em direção ao Itapety intuitivamente, rumo nordeste. Em caso de duvidas pergunte pela “Estrada Velha do Lambari” q qq um saberá informar. No nosso caso, tocamos pela praça do Habib´s e passando por um parque bem freqüentado, onde as pessoas corriam ou faziam sua caminhada matinal. Enqto conversávamos e a silhueta da montanha aumentava diante de nos, mal percebemos qdo passamos pela ponte sobre o Rio Tietê e cruzamos mais alguns conjuntos habitacionais do caminho. Ricardo comentou q a especulação imobiliaraia lentamente avança sobre a serra, mesmo com trocentas leis (ambientais, inclusive) proibindo isso, e com bastante receio de futuramente as encostas verdes da serra ostentarem casas e condominios aqui e ali, descaracterizando a já combalida montanha. Uma linha de torres de alta tensão no trajeto parece descrever bem esta divisão bem clara q separa a civilidade da natureza local, onde as construções dum colorido condomínio contrastam claramente com o verde escuro da mata q surge logo ao lado. O asfalto deu lugar á terra qdo pisamos na “Estrada Velha do Lambari”, principal via de ligação com o outro lado da serra, principalmente com o Bairro Beija-Flor. Na verdade é a principal via antiga de ligação pois atualmente existem outras tantas, como a asfaltada “Estrada do Beija Flor”. E por ela tocamos morro acima, inicialmente sem gde declividade mas qdo surge a piramba apelidada de “Paredón Boliviano” (descrição dada por bikers) as pernas desacostumadas podem sofrer e o suor começa a escorrer faratmente pelo rosto. Td cuidado é pouco tb pois a estrada alem de bem erodida e irregular esta repleta de limo esverdeado, q a torna nalguns rechos lisa feito sabão. Num deles é possivel reparar alguns poucos vestígios asfaltados de outrora, lentamente sendo engolidos por valas enormes e trechos cascalhados desbarrancados. Ignorando as bifurcações (q ou levam a outros setores do Itapety ou servem de atalho) q surgem e nos mantendo sempre na principal, a vereda estreita e aparenta nivelar num setor envolto por reflorestamentos de eucaliptos. Numa discreta saída pela direita é possivel encontrar água correndo cristalina, porem sua origem é visivelmente um brejo logo ao lado. “Lá em cima tem outro ponto de água muito melhor, emergindo direto da pedra!”, garante o Ricardo. Ignorando outra saída pela esquerda (onde bikers costumam se aventurar) continuamos tocando reto acompanhando a estreita picada fazer suaves curvas e ganhar declividade no seu trecho final, antes de ganhar o alto as serra. O topo, pelo visto, estava próximo. As 9:50hrs ganhamos o topo áspero da rocha conhecida como Pedra do Lagarto, onde uma cumieira florestada cobre parcialmente a vista do quadrante norte. Como ali é roteiro tradicional passamos batido, ou quase isso. Buscamos uma trilha q logo dá acesso a sua base, onde outra rocha maior serve de apoio a primeira. Nas lajes da base do Lagarto tocamos pra nordeste, mergulhando na mata fechada atrás de vestígios da picada de aceso á Pedra da Seriema, próxima dali. E esses vestígios não tardam a aparecer na forma duma discreta picada em meio a um simpático bosque. Dali basta tocar no sentido da cumieira florestada meniconada acima, ou seja, aquela q ta na frente do Lagarto. Tocando sempre pela discreta picada e varando algum matinho qdo ela some, logo nos deparamos com uma enorme pedra coberta de bromélias e outros tantos tipos de vegetação, com destaque pruma árvore repleta dum pequeno fruto de cor alaranjada. Logo nos deparamos com duas enormes pedras q correspondem á Pedra da Seriema, mas com poucos apoios pra subir é preciso escalaminhar (como der) pra ganhar o topo das mesmas. Se firmando nas poucas agarras disponíveis e fazendo pêndulos sucessivos com o arvoredo ao redor é possivel subir ao alto das pedras. Como eu tava com um tênis liso e sem mta aderência tive q solicitar ajuda ao Ricardo, q estendeu o braço e me puxou num trecho, digamos, mais critico. Agora sei pq esta pedra é tão pouco visitada e conhecida. No alto da Pedra da Seriema, claro, tivemos nosso primeiro pit-stop pra descanso. O topo é menor e menos espaçoso q o Lagarto, porem é bem mais alto e com visual arrebatador mto melhor q a “Calango´s Stone”. Sem nada bloqueando a vista, a paisagem é larga e os horizontes do setor norte abrem-se totalmente: emoldurados por uma montanha esmeralda com detalhes cor-de-rosa dos ipês, avistamos a silhueta da Cantareira ao fundo, detalhes de Sta Isabel, Piracaia e, com esforço, a geometria difusa de S Jose dos Campos. Um gavião chia sobre a gente enqto uma andorinha plana nas térmicas q sopram naquela manhã quente e refrescam o rosto. Após beliscar e beber agua, tocamos pros arredores da pedra. Descer da mesma, incrivelmente, é bem mais facil do q subir, pois basta se pendurar num galho da arvore ao lado q ele mesmo se curva lentamente e nos deixa no solo. Entre as duas pedras há uma fenda chamada de “Buraco do Tatu”, um quebra-corpo por onde nos esprememos ate dar do outro lado da pedra, mais precisamente na frente dela, na base. Ali encontramos vestígios de bivake artesanal, assim como talheres, panela, isopor (!?) e varias latas de cerveja vazias moçados num canto da pedra. Alem duma ótima área plana e bem protegida pra acomodar uma barraca confortavelmente. Retornamos rapidamente a Pedra do Lagarto pelo mesmo caminho afim de prosseguir nosso rolezinho, onde encontramos uma agencia q fazia rapel na mesma. Ficaram surpresos ao nos ver emergir do mato e mais ainda qdo dissemos q havia ali perto uma pedra bem maior do q aquela pra rapelar. E assim prosseguimos pelo alto da serra, sempre pela principal, ou seja, a “Estrada Velha do Lambari”, subindo e descendo suavemente pela crista, acompanhando uma linha obvia de pinnus e eucaliptos perfilados pela direita, uivando ao vento q sopra no topo. Logo de cara nos deparamos com a “Trilha do Tobogã” (termo biker) por começar a descer bem forte uma piramba q depois suaviza. Na sequencia passamos por umas tralhas de madeira tomadas pelo mato, onde o Ricardo me coloca a par q aquilo ali fora uma “academia natural”, q outro mogiano (conhecido dele, o “mão-de-pata”) fizera ali no topo da serra, com “aparelhos” feitos de madeira. Infelizmente não duraram muito devido as inerentes atividades vandalisticas. É possivel encontrar mais tralhas desse mesmo cidadão q adotou a montanha faz tempo, mocadas entre as pedras ao largo da trilha, escondidas pra uso futuro. Dando continuidade a pernada pelo alto da serra, uma leve escapadela pela esquerda nos leva numa trilha q apenas acompanha toras de uma cerca sendo construída, passando por outra enorme pedra e um pequeno brejo esverdeado, ate dar numa piramba intransponível coberta de mato. Mas a gente se mantem sempre na principal, sentido leste/nordeste e passando por um cupinzeiro-gigante no caminho, ate q conseguimos avistar o “Lebre”, ultimo morro da crista antes de cruzar a Rodovia Beija-Flor. No entanto, antes dele abandonamos a trilha principal (q sobe o morro de desce depois) em favor duma outra vereda mais discreta, a nossa direita, q atende pelo nome de “Trilha da Bica Encantada”, por passar pela única fonte de agua aqui do alto da serra. E la vamos nós, tocando pela tal trilha q nada mais é outra vereda de manutenção de reflorestamento, so q bem mais fechada e quase nada usada, pelo q pudemos constatar. “Caraio, faz tempo q não vinha aqui mas parece q nem biker já mais passa por estas bandas!”, reclamava Ricardo enqto faconava trechos mais espessos obstruindo a trilha. E assim fomos avançando pela encosta serrana, descendo suavemente enqto contornávamos os contrafortes íngremes do sul do Itapety. De modo geral a trilha ta relativamente boa. Dureza são alguns poucos trechos onde o capim-navalha, capim-gordura, lírios-do-brejo e tds sorte de galharada seca vinda do alto tomam conta do caminho, obrigando a abrir caminho na raça e ate engatinhar agachado, o q nos deixou relativametne bem ralados. Cortes e perfurações, q por sinal, ardiam ao menor contato do suor correndo farto no calor daquela manha. Na boa, foi o trecho mais punk daquele bate-volta dominical. E a bendita água? Pois bem, eu duvidava q naquela mata ressequida houvesse ate um filete de agua ate q num trecho sombreado da encosta, mais precisamente numa das dobras da serra, pude ouvir o indefectível som de agua correndo, e em abundância! Assim, ao exato meio-dia paramos na tal “Bica Encantada”, na verdade uma pequena canaletinha por onde corria muita agua fresca e gelada, ideal praquele dia quente e ensolarado. Uma bica q provavelmente capta as nascentes do topo da serra e cuja qualidade é indiscutivelmente melhor q aqula la de baixo, a beira da estrada. Por isso so lamento q a trilha esteja fechando e fique em desuso pois agua ali na cumieira do Itapety é um bem raro, e pode satisfazer as goelas e cantis menos favorecidos num dia como aqueles. Na sequencia, pusemo-nos a andar e após passar por um enorme desbarrancado, q revelava as torres de alta tensão e um visu parcial do setor sul, a trilha nos levou as margens da Estrada do Beija-Flor, pontualmente as 12:30hrs. Andarilhamos um pouco, estrada acima, ate chegar no selado q une o “Lebre” com a montanha sgte, após a estrada. Este selado é chamado pelos locais de “Botujuru”, q em tupi-guarani significa “passagem dos ventos”, e qual nossa surpresa q o nome não poderia ser melhor pois era mto bom sentir a brisa fresca soprando o rosto naquela altura do campeonato. Do selado, deixamos a estarda e fomos atrás de outra trilha q partia dali morro acima, uma variante da “Trilha da Porteira Preta”. E la fomos nos, subindo forte no aberto sob sol escaldante. E tome piramba íngreme interminável, q ganha altitude num piscar de olhos, pasando inclusive por um marco de concreto no caminho. O suor volta a correr farto pela ponta do nariz. Dessa forma, as 12:50hrs ganhamos 1059m o topo da Pedra da Porteira Preta, q de pedra so tinha uma pequena rocha servindo de mirante. Ao lado, um largo descampado de campim se avizinhava com a continuidade da trilha, q descia sentido bairro Beija-Flor, visível de onde estavamos. Descansamos um pouco apreciando o largo visu q dali se tem, onde a paisagem revela contornos de td quadrante nordeste, complementando o visual da Pedra da Seriema. Claro q a agua da bica foi quase q td utilizada afim de molhar não somente a goela como tb nossos rostos suados. Nosso retorno se deu pela “Trilha da Porteira Preta” principal, ou seja, a variante q dali do alto toca pro sul. E tome descidão forte e interminável em meio a um bosque de pinnus e eucaliptos, atraves duma picada q é quase uma estrada de tão boas condições em q se encontra. As 13:20hrs finalmente desembocamos na tal “porteira preta” q empretou seu nome a vereda, mas q atualmente foi substituída por um portão de metal azulado. Dali nos vemos no comecinho da Estrada do Beija-Flor e resolvemos tocar por ela mesmo, pro sul. Dali são quase 6km ate Mogi. Carona q é bom, nada. Nem mesmo qdo alcançamos o asfalto da Av. Fco Rodriguez Filho (SP-66) conseguimos uma boa alma q nos levasse ate a cidade, e dali foi um chão interminável sob o sol inclemente daquele comecinho de tarde. Chegamos em Mogi por volta das 14:30hrs e imediatamente desabamos na primeira padaria q avistamos. Salgados, refris e uma Original estupidamente gelada era o prêmio mais q merecido praquela ocasião. O dia mal havia teminado e ainda teria responsas na capital paulistana, mas a pernada dominical estava concluída de bom e ótimo grado. Finalizando, há de se esperar pra q estas picadas visitadas tornem a ser constatemente pisadas outra vez com a devida divulgação consciente, de modo a evitar q fechem em definitivo e assim possibilitem q lugares como a “Pedra da Seriema” e a “Bica Encantada” mantenham seu acesso facilitado pra tds. Pra q assim possam satisfazer as necessidades imediatas dos andarilhos q por la resolvam se aventurar pelo Itapety num dia quente de sol. Seja pra regozija-los com largos e generosos visus, ou apenas com o refrescante e revigorante precioso liquido descendo goela abaixo.
  11. http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/267/267 O MURALHÃO DE TAIAÇUPEBA Muito céu, ventos frescos e caminhadas (e escaladas) revigorantes. Altos paredões de rocha negra prontos pra rapel e escalada, e td isso em meio a verdejante mata secundária. Pedreira do Dib? Não, é outra faceta da velha e pacata Taiaçupeba, bairro afastado de Mogi das Cruzes. E foi essa pedreira pouco conhecida da maioria q não deve em nada à sua ilustre de Mairiporã q fomos bisbilhotar neste ultimo domingo. Por se tratar de um programa tranqüilo e relativamente curto, emendamos a travessia até Paranapiacaba através de um trecho da tb pouco conhecida Estrada da Mineração, situada no vale paralelo a Estrada da Vargem Gde. Eis mais um roteiro pauleira (pela gde distancia percorrida, algo de 25km ) q alterna estrada de chão, trilhas de reflorestamentos e, claro, um pouco de vara-mato. O sol mal iluminava a torre principal da Igreja Matriz da Pca Central e se restringia a brilhar sobre a cumieira da morraia ao redor qdo saltamos do busão, em Taiaçupeba, por volta das 7:30hrs. O pequeno bairro distrital mogiano recém despertava pra mais um domingo q se insinuava frio e preguiçoso, mas com promessas de céu limpo e claro. Imediatamente eu e o Ricardo pusemo-nos a caminhar, já previamente satisfeitos pelo desjejum tomado no terminal rodoviário de Mogi, na bem-vinda barraquinha de um ambulante. Sim, tínhamos saido bem cedo de Sampa pq a pernada proposta era extensa, e havia q otimizar ao Maximo o tempo de luz natural disponível. Munido devidamente dum pequeno papel com a transcrição da localização exata da tal pedreira, vou me fiando piamente das infos nele contidas ao mesmo tempo em q observo e comparo os detalhes do pacato bairro a minha volta, como se fosse o mais preciso (e improvisado) GPS. Embora q quem visse de fora o tal papel jurasse q ele tinha mais cara duma versão reduzida e surrada de “mapa do tesouro” q qq coisa assemelhada ao famoso aparelhinho de posicionamento global. Portanto fica aqui desde já registrado o agradecimento ao Nei (http://www.ecoculturalviagens.com) pelo sopro desta interessante dica duma pedreira q sequer sabia da existencia, semanas atrás. E olha q já perambulei aqui umas quatro vezes, sendo a quinta esta aqui. Ao passar pelo lado da Igreja Matriz de Taiaçupeba, abandonamos a via principal e entramos na primeira rua, à esquerda, subindo calmamente pela curta via. Uma vez no alto nos deparamos com uma bifurcação, mas a gente toma a via da direita e q segue pra oeste, devidamente sinalizada como “Rua das Flores”. A rua sobe mais um pouco, deixando a mostra uma vista bonita da cidade aos nossos pés, e os paralelepípedos q a forram logo dão lugar a terra batida, ao mesmo tempo em q a nossa volta some qq vestígio de civilização e logo nos vemos cercados de mato por ambos os lados. A via então começa a descer suavemente ate q cruzamos um punhado de casas, no q parece ser um pequeno bairro periférico de Taiaçupeba, pra então dexá-las pra trás e subir mais um morro forrado de eucaliptos, agora tendendo pra sudeste mas sempre nos mantendo na via principal. Mas subitamente a estrada descreve uma curva fechada e toca pra nordeste. Na curva, porem, vemos q brota uma trilha larga q em meio a mata e segue pro sul. Memorize-a pois ela será nosso caminho depois de visitada a pedreira, poupando-nos da necessidade de retornar á Taiaçupeba. Seguindo então pela estrada a pernada prossegue agradavel e tranqüila, mas aqui já começamos a prestar atenção a nossa esquerda, de onde deve surgir (pelas infos coletadas) uma picada obvia no meio da mata. E ela surge de fato um pouco depois q a estrada faz uma curva em “S”. Mergulhamos então no frescor da mata atraves da obvia vereda até q ela desemboca aparentemente em terreno aberto, mais precisamente num gde descampado forrado de capinzal onde aos poucos uma grandiosa vista descortina-se a nossa frente deixando a mostra boa parte do quadrante norte da carta de Mogi das Cruzes, incluindo o espelho dágua da Represa de Jundiai, com algum esforço. Ao começar a pisar na aspereza de largas lajotas é q nos damos conta q estamos mesmo é no topo da tal pedreira visada! Eram aproximadamente 8hrs e lá estavamos nos, enfim, no lugar almejado! Chegando próximo da beirada é q se tem uma noção da altura dali, algo de 40m verticais! Claro q não é nenhum Dib, mas não deixa de ser uma altura considerável pra região. Ainda por cima, a pedreira se situa na encosta nua de um enorme morro, o q dá uma sensação de declividade maior em relação ao entorno. A inexistência de grampos gera duvidas qto as ancoragens aqui feitas pelo pessoal q pratica esporadicametne rapel. Mas a resposta vem sob a forma de alguns ferros salientes na rocha, provavelmente datados da época da explosão da pedra. Ou quem sabe eles garantem sua segurança nos firmes troncos de palmeiras próximos? Após muitas fotos do alto começamos a estudar um meio de chegar na base da mesma, algo relativamente facil. Como o lado direito (de cima) da pedreira concentra a maior parte do paredão vertical frontal, observamos q pra esquerda já mostra-se menos íngreme, sendo possível desescalaminhar a pedra, com cuidado. Evitando trechos de limo e nos firmando no capim, arbustos, agarras e pequenas arvores a meio-caminho, conseguimos enfim alcançar a base da pedreira. Claro q fazer isto com chuva ou com a pedra úmida não é aconselhável. Na base é possível discernir uma trilha - na verdade, capim amassado – q percorre o sopé da pedreira e é ali onde se tem uma noção da imponência da pedreira. Vale destacar q aqui encontramos os restos de uma colméia e dois pequenos roedores mortos, quiçá q se valeram do belo local pra cometer suicídio. Alem do mais, mergulhando na mata proxima encontramos uma trilha bem batida q sobe ao alto da pedreira atraves de um trecho florestado, porém bem menos íngreme e mais seguro pelo qual nos descemos, q praticamente foi de rocha nua. Pra quem vem por cima, este trecho corresponderia ao mato q bordeja a pedreira, na sua extrema direita. Após um tempinho de contemplação e mais algumas fotos, escalamos td novamente (ignorando a picada segura) ate o topo da pedreira, damos uma ultima olhada no belo visual favorecido pelo tempo transparente e vamos embora, satisfeitos pela visita aquele pitoresco lugar, q certamente deve ser melhor aproveitado por quem é chegado numa boa e velha cordada. Refizemos então td caminho de volta na estrada, mais precisamente ate aquela curva fechada já mencionada anteriormente, e tomamos uma larga e evidente trilha q ia no sentido desejado por nos, isto é, sul/sudoeste! A picada mergulha na mata e passa a descer o morro suavmente, pra depois emergir no aberto e finalmente desembocar, as 9hrs, numa outra via maior q já conheço doutras ocasiões, a Estrada da Adutora, ou SP-943. Dali tocamos pra direta de forma desencanada ate q se alcança uma encruzilhada bem evidente: seguindo reto (oeste) chega-se a Quatinga, outro bairro periferico mogiano; tomando a direita (norte) damos em Taiaçupeba e; rumando pra esquerda (sul) vamos pro Pq das Neblinas, Sertão dos Freire, Sertãozinho da Capela e Paranapiacaba, q é nosso destino no momento. Passamos por baixo da tubulação q dá nome a estrada e dali em diante a pernada se dá por agradavel e tranqüila estrada de terra batida (SP-102), recomendável principalmente pra bikers. Uma bem-vinda bica na margem esquerda da mesma é motivo pra uma providencial pausa e refresco da goela seca aquela altura da manha. Pois bem, a caminhada prossegue inconfundivelmente pro sul atraves da simpática e bucólica estrada supracitada, tendo como paisagem a exuberante mata em volta assim como eventuais chácaras e sítios pipocando aqui e ali vez ou outra. Mas as 9:20hrs nosso caminho se bifurca: tocando pra direita temos a Estrada da Vargem Grande, via já palmilhada e descrita noutra ocasião; portanto tomamos o ramo da esquerda, q corresponde a Estrada da Mineração, via q desejava conhecer naquela manhã. A partir dali os horizontes se ampliam deixando a mostra a sequencia de morros forrados de reflorestamentos q serão contornados, estrada abaixo. E tome chão! Na verdade uma caminhada bastante agradável naquele meio da manhã ensolarado. O visu alterna reflorestamentos gigantescos de eucaliptos alternado com pequenos sítios no caminho, alguns bem chiques por sinal. Passado então o Sitio Moraes, o Recanto do Molina e o Sitio Texas, onde alguns gansos anunciam nossa presença melhor q cães de guarda, nos deparamos com uma via saindo da principal, pela esquerda. É o famoso Caminho dos Freire, devidamente sinalizado, q pelas infos coletadas vai dar lá em São Sebastião! Tai uma dica de exploração pralgum biker bem-disposto! A pernada prossegue então no mesmo compasso ate q surgem altos muros a nossa direita escondendo uma fazenda chiquerrima, o Sitio Filomena, as margens de um belo laguinho artificial. E é aqui q já começamos a estudar um meio de abandonar a estrada e galgar a morraria pra então rumar sentido oeste. Lembrar q nosso destino é Paranapiacaba e a Estrada da Mineração termina no Pque das Neblinas, bem mais ao sul. Mas logo após os tal muro do sitio ganhamos um carreiro q sobe uma pequena crista ascendente q vai no sentido desejado ate alcançar seu cume, onde há uma pequena roça. Sem mais trilha agora o jeito era azimutar pra oeste e tocar pela morraria no caminho! E simbora! E la vamos nos, varando o alto capinzal q doura a cumeiira daquela abaulada morraria e atravessando um simpático reflorestamento de eucaliptos, de modo a contornar o casarão do tal Sitio Filomena, onde nosso medo era a presença de cães anti-sociais. No morro sgte saltamos uma cerca rasgando algumas palmeiras no caminho e, vendo mais segurança, descemos a encosta ate ganhar uma bem-vinda picada, já passado o terreno da tal propriedade. Por sorte a picada ia no sentido desejado (oeste) e la fomos nos, de boa, ate q a vereda findou num local situado no meio da morraria marcado por um pequeno laguinho. Procurando pelas beiradas encontramos uma discreta trilha q ladeava o laguinho ate se enfiar em meio a morraria sgte. Dito e feito, foi por ela mesmo q nos pirulitamos, em meio a mata. Mas ao perceber q foi descrevendo uma curva demasiado pra sudeste q ficamos em duvida q tavamos na rota certa. Bem, de qq forma resolvemos investir nessa trilha ate onde desse; na pior das hipóteses retornaríamos um tanto e dali rasgaríamos mato no peito ate reencontrar a rota certa. Mas felizmente isto não foi necessário pq logo a picada desembocou no aberto, mais precisamente nas encostas de pasto de um pequeno serrote onde podíamos avistar nosso destino, o Vale do Rio Vargem Gde, aos pés da grandiosa Serra do Itaguacira, q se espichava no sentido norte-sul! Mesmo sabendo a direção a tomar, despudoradamente pedimos infos prum tiozinho q cavava um poço ali, no meio do nada e lugar nenhum, q apenas confirmou nossas suspeitas de rota. Descemos então prum selado entre vales e dali começamos a tocar montanha acima atraves de uma obvia picada q delimitava aparentemente uma propriedade, assinalada tb por eventuais marcos de concreto no chão. A picada sobe vigorosamente a montanha, sempre acompanhando a linha de eucaliptos q se estende pra oeste. Finalmente as 11:15hrs caímos numa simpática estrada de reflorestamento abandonada quase no alto da morraria. Abandonada pq o mato alto, a inexistência de pegadas (ou qq tipo de marca de pneus) e a cobertura de folhas em td sua extensão denuncia isso. Depois soubemos q essa via pertence a Fazenda Marcilio, constatação confirmada por uma placa, ao final. Após um descanso pra recuperada de fôlego nos pirulitamos por essa estrada mesmo, desipedidamente sentido oeste, já q ela praticamente bordejava a serra naquela direção sem maiores dificuldades. Primeiro em nível pra sudoeste, pra depois perder altitude num piscar de olhos pro norte. Ao meio-dia desembocamos na Estrada da Vargem Grande, situada ao largo do vale do mesmo nome e ao sopé da Serra do Itaguacira, q bastou acompanhá-la embicando pra sudoeste, sem problemas. O sobe e desce q se segue pode cansar as pernas desacostumadas mas a agradavel paisavem da verdejante serra ao nosso lado q nos serve de cia compensa o esforço. Da mesma forma q a Estrada da Mienração, aqui esta repleto de sítios e chácaras, porem em menor qtdade, e eles começam a rarear de fato a medida q avançamos estarda adentro. Do caminho já é possível avistar o destino de nossa rota: o abaulado selado a sudoeste onde convergem a Serra do Itaguacira e a linha de morros de reflorestamentos q vem do sul. Ao ter a proximidade do tal selado, por volta das 12:50hrs, constatamos q a estrada torna-se cada vez mais precária, os sítios sumirem de vez, alem da via começar a subir forte pra poder passar pro outro lado da serra. Mas antes disso a abandonamos por uma picada larga e erodida q deriva pela direita, conhecida como a “Trilha das Motos”. Erodida, enlameada e bastante precária podem definir esta vereda, defato com marcas de motocicleta e bikes durante td seu trajeto, por sinal sempre tocando pra sudoeste. A pernada aqui na verdade é tranqüila e desimpedida, sempre acompanhando as nascentes dos rios Taiaçupeba e Anhangabaú, em meio a extensos reflorestamentos de eucaliptos pertencentes a Faz. Matarazzo (na carta de Bertioga, Faz. Quilombo). Antes de deixar os portões da fazenda, as 14hrs, nos brindamos com uma rápida e providencial parada de descanso nas margens do borbulhante e manso Rio Taiaçupeba. Parada apenas pra descanso mesmo, pq a agua trincando de gelada impede qq tentativa de mergulho nos convidativos poços represados do regato. E foi num trecho deste rio q minha câmera fotográfica obedeceu seu impulso irresistível de mergulhar afim de se refrescar sem ao menos pedir permissão pro seu descuidado dono, q logicametne entrou em desespero ao ver a bichinha td molhada, sem ligar nem o visor. Felizmente ela hj ta sequinha e passa bem, funcionando perfeitamente outra vez. Descansados e revigorados, foi ai então q retomamos a árdua e maçante pernada q teríamos pela frente, algo q totalizava em torno de 8km ascendentes. Deixamos a Faz. Quilombo após coletar suculentos limões de um pé próximo aos portoes, passamos por uma barulheira tocando Ramones vinda do Camping do Simplão ate cair na estrada q nos levaria primeiro ao Taquarussu e, finalmente ate a famosa vila inglesa. Claro q qq esperança de carona foi descartada, embora esta fosse a ultima q morre. Essa caminhada final foi realizada, claro, a passo de lesma-paraplégica. Mas como td martírio não é eterno, eis q as 16:45hrs finalmetne pisamos em Paranapiacaba, q estava com gente saindo pelo ladrão por conta do tradicional XII Festival de Inverno, q praticamente quadriplica a população nos fds. Consultando por curiosidade o folder distribuído por la vejo q as atrações musicais vao desde Arnaldo Antunes, Tom Zé, Fafá de Belém, Kiko Zambianchi, 14 Bis, entre outros. Naquela noite haveria show do João Bosco, por exemplo. Mas eu e o Ricardo estamos pouco ligando pro calendário cultureba áquela altura do campeonato e nos dirigimos imediatametne ao Lgo dos Padeiros, onde desabamos num dos vários quiosques e mandamos ver algo pra forrar o bucho e, claro, bebemorar a longa caminhada ate ali. Zarpamos hora e meia depois, qdo o manto negro começou a cair sobre os ombros serranos da vila inglesa, trazendo a tiracolo o indefectível frio típico da região. Imaginei rever algum conhecido, mas q nada...so topei com a Carol, mas ja quase chegando em casa, na saida do Metrô. É verdade q o roteiro acima proposto pode ser melhor aproveitado por bikers e escaladores tanto pela característica do passeio como pela alta distancia percorrida. Entretanto, por se tratar de uma rápida e descompromissada “primeira exploração” na região, nada impede q tb possa ser feito a pé, pq não? A estrada ao lado da pedreira esta repleta de picadas q derivam dela em tds as direções, deixando o pto de interrogação: onde será q vão dar? Da mesma forma, a continuidade da Estrada da Mineração, sentido extremo sul, é uma total incógnita pra este q vos escreve mas decerto deve conter possibilidades de novas pernadas tanto pro Vale do Quilombo como novos acessos até a vila inglesa, a sudoeste. E até pro próprio Sertão dos Freires, ao sul. Mas claro q estas serão novas e vindouras futuras investidas á região, já devidamente anotadas. Mais um motivo pra ter a Serra do Mar como pedida ideal prum fds de tempo bom. E o melhor, sem direito a repeteco de passeio.
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