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  1. Estou programando minha primeira viajem para São Thomé das Letras (sou louca para conhecer a cidade) e como iria sozinha bateu um pouco de bad rs. Procuro pessoas que queiram embarcar nessa comigo. Nas lendas de lá dizem que tem duendes, gnomos e fadas, bora ver umas fadas comigo rs ?. Sou da cidade do RJ e pretendo ir em Julho que é meu aniversario (vou me presentear hahaha). Se você não for do RJ sem problemas no encontramos lá, vamos? vamos? vamos? hahahaha
  2. Naturais de Patos de Minas, Fred e Lary viajam juntos há três anos de forma econômica. Hoje, eles compartilham as experiências nas redes sociais e dão dicas para futuros viajantes. https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2022/12/11/guia-dos-mochileiros-com-quase-30-paises-visitados-casal-da-dicas-para-conhecer-o-mundo-gastando-pouco-assista.ghtml
  3. Para quem se interessa e precisa de uma pesquisa acadêmica https://www.revistas.usp.br/rta/article/view/195780/188315
  4. Eai, galera!!!!! Estou em uma viagem de volta ao mundo com meu melhor amigo, o Luan. Somos amigos há mais de 15 anos. Estamos mostrando absolutamente tudo dessa aventura no: - Nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos - Nosso insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ - Nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/08/24/brasov-sinaia-romenia-precos-nossas-impressoes-e-dicas-2022/ Chegamos no interior da Romênia em 18/04/2022. Foi nosso 17º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Segue nosso resumão dessas duas cidades no interior da Romênia, incluindo Brasov, que pertence à famosa região da Transilvânia! Fomos de trem de Bucareste a Brasov. Passagem = 27,90 lei (aprox 6,10 dólares), em uma viagem de 3h de duração. No percurso pudemos observar neve fresquinha! Embora já estejamos na segunda metade de abril, nevou essa noite em algumas cidades desse trajeto. Nosso vídeo com todas as impressões e dicas do Interior da Romênia Brasov: Com quase 300 mil habitantes, Brașov é uma cidade localizada na famosa região da Transilvânia. A Transilvânia, por sua vez, é uma região situada no centro da Romênia, conhecida por cidades medievais, montanhosas nevadas e castelos – especialmente o Castelo de Bran, construído em 1212 e, por conta de sua semelhança ao que é descrito na Lenda do Drácula, hoje é considerado “O Castelo do Conde Drácula” . A primeira impressão da cidade foi: chegamos na Romênia kkk afinal, embora tenhamos passado 4 dias em Bucareste, sentimos que a capital não representa muito o que o país de fato é – metrópoles normalmente tem esse “defeitos”. Nosso hostel é extremamente bem localizado, bem próximo à praça principal. Excelente hostel, por sinal! Pena que é caro kkk aproximadamente 15 dólares por noite, por pessoa (quarto compartilhado). Foi difícil encontrar algo mais barato. Os que estavam mais baratos eram fora da cidade e, portanto, iríamos gastar com deslocamento. Onde comer? Fomos a um restaurante sob indicação da dona do hostel. Excelente!! Chama-se Sergiana e serve culinária típica romena à preços justos – pratos a partir de 15 lei (aprox 3,30 dólares). O que fazer na cidade? Muralhas e baluartes saxônicos medievais por toda parte! Você vai querer tirar várias fotos dessas construções de mais de 300 anos de história. A Black Church, de estilo gótico, e a Piaţa Sfatului (Praça do Conselho) também se fazem interessantes. Muitas construções coloridas e no estilo barroco presentes no centro histórico. A Casa Sfatului, uma antiga câmara municipal transformada num museu de história local e muitos acontecimentos históricos marcam a cidade. Um dos principais é a resistência imposta pelo Imperador Vlad III contra a invasão do Império Turco-Otomano à região em meados do século XV. O nome do imperador, aliás, frequentemente relacionado ao Drácula da fábula, se deu por conta do apelido de seu pai, Vlad Dracul (“Vlad, o Dragão” em romeno medieval), que o recebeu após se tornar membro da Ordem do Dragão. Dracula é a forma genitiva eslava de Dracul, que significa “[o filho] de Dracul (ou o Dragão)”. Sinaia: Cidade pequena e cheia de charme, vale a pena dormir ao menos uma noite! Ficamos hospedados na parte sul, próximo à Estação de Sinaia Sud, a 5 km do centro. Hospedagens BEEEM mais em conta por ali do que no centro. Centro, aliás, facilmente acessível a pé ou de ônibus. Castelo de Peles: Essa é a principal atração turística de Sinaia, juntamente aos seus picos nevados e estações de ski. Inaugurado em 1914, esse castelo é considerado o mais bonito da Romênia, pelos próprios romenos. E, de fato, é incrível! A entrada às instalações do castelo custam de 50 a 150 lei, a depender de sua escolha por tour com guia ou sem guia. Decidimos não entrar, afinal, 50 lei são 11 dólares, mas já valeu muito a pena o passeio por seus jardins e seus entornos, cheios de casarões e atrações. Preparamos, também, um post especial no blog mostrando como se locomover via terrestre (ônibus e trem) pelos países dos Balcãs, visto que sendo esses países menos visitados, não há muita informação sobre na Internet. A fim de ajudar futuros viajantes, segue nosso resumão de como foi nossa logística pelos países que visitamos!!
  5. Mochilar para muitas pessoas é uma experiência incrível, repleta de belas paisagens e culturas interessantes. Muitas pessoas fazem caminhadas de aventura ao longo do ano para ver lugares diferentes nas diferentes estações do ano. Durante o mochilão, é importante viajar o mais leve possível. Ao viajar a pé, você carrega tudo o que traz com você, literalmente. Por isso, é fundamental levar apenas os itens mais essenciais, principalmente no que diz respeito às roupas. Tipos de Roupas para Levar Para um mochileiro, em particular, a roupa é dividida nessas três categorias ou camadas, cada uma desempenhando um propósito único; 1. Uma camada de base Esta é a primeira camada usada perto da pele do aventureiro. Isso deve afastar o suor do corpo para manter a pele seca e evitar uma doença. O ideal é que seja uma camiseta de secagem rápida feita de poliéster ou lã merino. 2. Uma camada isolante Essa camada deve isolar contra as condições climáticas e reter o calor em bolsas de ar quente. Recomendamos levar várias roupas leves para esse fim. Isso é melhor do que usar uma única jaqueta volumosa que pode não funcionar para todas as situações. 3. Uma Camada Impermeável/À Prova de Vento (Shell) O objetivo principal de uma camada de casca é protegê-lo de condições climáticas adversas ao ar livre. Ele faz isso fornecendo uma barreira entre sua pele e os elementos. Como as condições climáticas externas podem mudar repentinamente, é sempre melhor se preparar para praticamente qualquer coisa. Uma camada de impermeável impede que a umidade se infiltre. Uma jaqueta desse modelo oferece a proteção ideal contra praticamente qualquer tipo de intempéries. Ele também fornece calor, pois alguns são isolados para aumentar o calor em condições de gelo, como geralmente acontece em altitudes maiores. Importância das camadas Como os trekkers tendem a ser expostos a condições climáticas adversas, suas roupas precisam responder de acordo. Portanto, as camadas são um conceito amplamente aceito no mundo dos mochileiros. As camadas fornecem isolamento e proteção contra o clima. As camadas são versáteis e podem ser usadas para diferentes atividades. Roupas Essenciais para Caminhadas Todo viajante aventureiro deve levar roupas essenciais para uma caminhada tranquila. Suas roupas devem ser confortáveis e duráveis, mas fáceis de lavar. Um bom conjunto de roupas de viagem pode ser facilmente embalado em uma pequena bolsa. Certifique-se de levar itens essenciais suficientes para durar toda a sua viagem. Continue lendo em: 13 Peças de Roupa Mais Importantes para Viajantes e Mochileiros Aventureiros
  6. Boa noite, amigos de mochila! Sou estudante de Gestão em Turismo e amante do segmento Mochilão! Estou fazendo uma matéria e um projeto que envolve mochileiros e preciso da ajuda de alguns colegas para responderem esse breve questionário, são poucas perguntas e bem rápido de responder! https://forms.gle/tjjtmGVu67JcHuUY8 Agradeço desde já a ajuda de todos!
  7. Estou viajando com meu amigo Luan pelo mundo desde novembro de 2021. Incluímos os Países dos Balcãs no roteiro no decorrer da viagem e acabou sendo EXCELENTE! A gente mostra tudo dessa viagem no nosso Insta e no nosso Canal do YouTube: Insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ Canal: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos Chegamos em Kotor em 27/03/2022. Montenegro foi nosso 13º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Segue resumão de tudo que vimos nessa cidade surpreendente, Kotor: A cidade é um importante polo turístico em Montenegro, especialmente no verão, quando suas muitas casas e condomínios de veraneio são preenchidos por turistas de toda a Europa. E, embora pequena, contando com apenas 15 mil habitantes, possui uma longa história. Não é possível determinar com exatidão desde quando essa região é povoada, mas sabe-se que os ilírios estiveram por aqui há mais de 2 mil anos! O registro mais antigo é de 168 aC – durante os tempos da Roma Antiga, quando ainda se chamava Acruvium e fazia parte da província romana da Dalmácia. O Forte de Kotor, presente até hoje, foi construído na Idade Média, quando o imperador Justiniano construiu uma fortaleza acima de Ascrivium em 535, depois de expulsar os ostrogodos. Comer no centro histórico (cidade murada) é bem mais caro do que “do lado de fora” dos muros. Literalmente a 1 quarteirão da entrada para a Cidade Antiga já encontramos restaurantes por preços mais acessíveis (a partir de 6 euros o almoço). Embora Montenegro adote o Euro como sua moeda, seus preços são bem mais baixos do que em países da Europa Central. Ficamos hospedados em um excelente hostel dentro da Cidade Murada pagando 9 euros/noite – em quarto compartilhado de 6 camas (B&B Montenegro Kotor). Há muitas trilhas pra se fazer por entre cadeia montanhosa atrás da cidade. Além disso, é um passeio a parte andar por Kotor: desde as da cidade murada à orla do Fiorde de Kotor (braço do Mar Adriático). Inclusive, é nessa parte da cidade aonde encontram-se os restaurantes e bares com as melhores vistas! A rodoviária fica a menos de 500 metros da entrada à Cidade Murada – super bem localizada! Passagens podem ser compradas somente com dinheiro em espécie. Aliás, muitos estabelecimentos não aceitam cartão! Então, tenha sempre um pouco de Euro na carteira (há ATMs em todo lugar na cidade para sacar). Como março ainda é baixa temporada, não podemos afirmar como é a cidade em seu ápice, mas em TODOS os lugares vimos a presença de Ar Condicionado, o que indica o forte calor que se faz entre Junho e Setembro!
  8. Já usei tanto esse Fórum para planejar viagens, que me sinto na obrigação de postar o máximo possível aqui tbm a fim de ajudar futuros viajantes. Estou viajando com meu amigo Luan pelo mundo desde novembro de 2021. Incluímos os Países dos Balcãs no roteiro no decorrer da viagem e acabou sendo EXCELENTE! Chegamos em Mostar em 25/03/2022. A Bósnia-Herzegovina foi nosso 12º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. A gente mostra tudo dessa viagem no nosso Insta e no nosso Canal do YouTube: Insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ Canal: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos Segue resumão de tudo que vimos nessa cidade surpreendente, Mostar: A 129 km de Sarajevo, viemos a Mostar para explorar um pouco do interior da Bósnia-Herzegovina. Old Bridge, no centro de Mostar A cidade é conhecida pelo seu centro histórico com arquitetura fascinante e pelo rio de águas azuis cristalinas que a divide no meio. O país se chama Bósnia-Herzegovina e não é a toa: são de fato duas regiões, sendo a “capital” da região Herzegovina a cidade de Mostar. Muita cultura e muita história por essas ruelas e pontes de mais de 400 anos. Fizemos um vídeo com todas nossas dicas e impressões dessa cidade incrível: De Sarajevo a Mostar de trem: Viemos de trem. Trajeto que deveria ter durado 1h30 acabou durando 3 horas. Pq? Porque o trem quebrou kkkk a vista que se tem desse trem é considerada uma das mais bonitas dos Balcãs, mas não conseguimos apreciá-la, pois escureceu antes de chegarmos às partes mais bonitas – devido à quebra do trem no meio do caminho. A passagem custou 12 markos (metade do valor que pagaríamos de ônibus). O trem partiu de Sarajevo às 16:40 – há outra opção às 07:15 da manhã. Assim que o trem quebrou, ouvimos bósnios reclamando e dizendo “toda vez isso acontece”, ou seja: é algo recorrente, então se você estiver com pressa, talvez o melhor seja pegar o ônibus. Resumão: Come-se muito bem aqui por 10 markos (aproximadamente 5,60 dólares). Pagamos 12 markos cada diária em um hostel a 500 metros do centro histórico (Dada Hostel, com café da manhã incluso). Ao atravessar a Ponte Velha e passar pela torre de Tara, logo já se depara com uma das ruas mais movimentadas do centro da cidade: aonde localiza-se o bazar Kujundžiluk. Este mercado a céu aberto é aonde encontram-se das mais tradicionais lojas de artesanato da cidade – além dos melhores restaurantes. Contextualizando, a Bósnia-Herzegovina foi dominada pelo Império Otomano por quase 500 anos e, justamente por conta disso, ainda há uma forte herança cultural por aqui. E isso fica ainda mais evidente nessa parte da cidade! Há muitas mesquitas espalhadas por toda a cidade. Os preços são ligeiramente mais baratos que Sarajevo, a capital. O nome dessa cidade provém de duas palavras. Most, que significa ponte, e pode ser traduzido como “O guardião da ponte”. Centro de Mostar: Seu mais famoso e importante cartão postal é justamente essa ponte que se vê ao nosso fundo (de noite e de dia). Essa ponte, chamada de Ponte Velha é feita em pedra e foi construída no século XVI, durante o reinado de Solimão, o Magnífico, quando a Bósnia Herzegovina ainda era parte do Império Otomano. A ponte é um exemplo máximo da arquitetura islâmica dos Balcãs. Com um belo arco, a ponte estende-se sobre o rio Neretva a uma altura de 24 metros. Tem 30m de comprimento e 4m de largura, com uma torre de pedra em ambas as pontas. A Ponte Velha ficou intocada por mais de 400 anos, até que em 1993, foi destruída durante a guerra na Bósnia. Dez anos após a guerra, a Ponte Velha foi completamente reconstruída no mesmo local e usando o mesmo método antigo que os construtores originais usaram há quase 500 anos – garantindo, assim, um espaço entre os Patrimônios da UNESCO. 2 dias e 2 noites são o suficiente para se explorar absolutamente tudo por aqui. A menos que você vá a algum passeio nas proximidades: há diversas cachoeiras e trilhas a serem feitas na região e todas devem ser visitadas acompanhado de guia, sendo assim, são passeios de longa duração e que custam a partir de 20 markos. Não fizemos nenhum desses passeios, mas quem os fazem dizem que vale bastante a pena. Hotéis e hostels estão predominante espalhados no centro! O que de fato se torna uma mão na roda, afinal, você estará a poucos minutos a pé das principais atrações da cidade. Tomar um café bósnio é uma das coisas obrigatórias a se fazer por aqui – a partir de 3 markos. Mostar nos pareceu ainda mais turístico do que Sarajevo – provavelmente pela proximidade com Dubrovinik (a cidade mais visitada da Croácia e dos Balcãs), o que se reflete na forte presença de turistas durante o dia e poucos à noite (muitos optam por fazer day tours por aqui). Post extraído do nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/07/11/guia-mochileiro-de-mostar-bosnia-herzegovina-precos-nossas-impressoes-e-dicas/
  9. Luan e eu somos amigos há mais de 15 anos e estamos realizando uma Viagem de Volta ao Mundo. Estamos mostrando absolutamente tudo em nosso Insta: @brotherspmundoo E, também, no nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos O post a seguir foi extraído de nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/04/09/madri/ Espero que gostem de todas as nossas dicas e impressões de Madri. Qualquer dúvida que restar, fiquem à vontade para mandar perguntas! A gente ama ajudar quem está planejando viagem. Ficamos em Madri um total de 5 dias e 5 noites: o suficiente! Conseguimos explorar bem tudo que há de melhor – e gratuito – na cidade. Embora nossa visita tenha sido em pleno inverno (mês de fevereiro), pegamos tardes que bateram os 18 graus! As noites foram mais frias, chegando a mínima de 6, mas, o clima esteve todos os dias bem convidativo para caminhar. Ficamos no Downtown Madri Hostel, o hostel mais barato que encontramos no booking com boas avaliações. Bom, nossa avaliação foi meio controversa nesse hostel, pois, embora sua localização seja excelente (maior ponto positivo desse hostel), sua estrutura deixa bastante a desejar! Seja pelas duchas todas juntas, seja pela área comum que não comporta a quantidade de pessoas hospedadas, ou seja pelo quarto com 18 camas (eles não informam a quantidade de camas no Booking e essa foi uma ingrata surpresa). Foi-nos cobrados 5 euros, cada um, para deixarmos nossas malas lá após o check-out e o pagamento (tanto das diárias, quanto desse extra) são aceitos somente em espécie. Enfim, o bom é que você está a poucos quarteirões das principais atrações da cidade e em frente a uma estação de metrô. Aliás, o metrô de Madri é excelente!!! Ele te deixa em absolutamente todos os lugares que você precisar! Todos!! Museus, praças, rodoviária, terminais de trem, aeroporto etc. Não por acaso que é um dos maiores do mundo. A Espanha é considerada um dos países mais baratos da Zona do Euro e realmente é! - Claro, considerando aquela máxima de que, ao estar gastando em Euro, deve-se pensar em euro, pois, se pensarmos em real, tudo fica absolutamente muito caro. Em Madri, é possível comer bem por menos de 10 euros em muitos dos restaurantes do centro. Sou vegetariano e, em praticamente todos os restaurantes há ao menos uma opção vegetariana - todas em torno de 10 euros, inclusive uma Paella Vegetariana, a qual experimentei e gostei bastante. Tudo ali nos entornos da Plaza del Sol. Visitamos dois dos maiores e mais importantes parques da cidade: O Parque Lineal Manzanares e o Parque El Retiro. E gostamos muito! Ambos muito próximos do centro e ambos muito tranquilos e agradáveis. Para quem tem um tempo livre e não tem muita grana para visitar as atrações pagas da cidade (como os museus), tá aí uma excelente dica!!! Inclusive, a Ponte Segovia, inaugurada em 1584, cruza o Parque Lineal.
  10. Motociclistas e Mochileiros, Beleza? Depois de muito utilizar o Mochileiros.com para me auxiliar nas trips pelo mundo, chegou a hora de retribuir e escrever meu primeiro relato por aqui 👏. Em 26/12, eu e minha noiva embarcamos na nossa primeira viagem de moto mais longa. Já fizemos algumas viagens e mochilões pela Europa e América do Sul e também algumas viagens curtas de moto, mas essa foi nossa primeira ridetrip de média duração (total de 12 dias e 3.724km). Para começar, escolhemos o Uruguai, país que muito nos agrada, já conhecíamos, e que fica razoavelmente perto de Curitiba, nossa cidade de partida. Fomos com um BMW F800GS Adventure que dispensa comentários. Moto perfeita para ridetrips. Nosso roteiro foi o seguinte: (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada) 26/12: saída de Curitiba/PR com pernoite em Porto Alegre/RS 27/12: Dia livre em Porto Alegre/RS 28/12: Saída para Punta del Diablo/UY 29, 30 e 31/12: Dias livres em Punta del Diablo/UY 01/01: Saída para Piriápolis/UY 02/01: Dia livre em Piriápolis/UY 03/01: Saída para Colônia do Sacramento/UY com passagem para almoço em Montevideo/UY. 04/01: Dia livre em Colônia do Sacramento/UY 05/01: Saída de Colônia do Sacramento/UY com pernoite em Santa Maria/RS 06/01: Retorno para Curitiba/PR com passagem por Bento Gonçalves/RS ----- PREPARAÇÃO ----- Antes de começar as informações dos trechos, aqui vão algumas informações iniciais do planejamento. Como já conhecia vários dos lugares que passamos, em um mochilão feito em 2016, já tinha uma ideia de como eram os locais e as necessidades de hospedagem, dinheiro, câmbio etc. Optamos por fazer as reservas de hostel antecipadamente, porque época de final de ano, sobretudo em Punta del Diablo e Colônia que ficam muito cheias, principalmente de turistas brasileiros. Com a moto, como ela está bem cuidada, fiz apenas uma revisão preventiva, troca de óleo, filtro e pastilha traseira. Para quem for de Curitiba, recomendo a Touring Motos, adiante do Parque Barigui. Pneu traseiro estava praticamente novo. Pneus dianteiro já estava meia vida, mas resolvi encarar (talvez uma decisão errada rsrsrs). Estamos sem top case e bauletos laterais. Utilizamos uma soft bag da BMW de 65 litros emprestada de um tio meu e, para evitar problemas com espaço, comprei um saco estanque da Guepardo de 20 litros. Só 55 reais na Canyon Adventure, em Curitiba, e coube um monte de coisa. O saco era preso sobre a soft bag com extensor. Não tivemos problemas. Levei apenas o kit de ferramentas da moto e um frasco de spray Motul para lubrificar a corrente. Nada mais, nem kit de reparo de pneu. No Uruguai tem bastante auxílio, caso fosse necessário. Emiti a carta verde pelo site da Porto Seguro, inclusive imprimi em papel verde como havia recomendando alguns blogs. Achei exagerado, mas preferi evitar problemas. Fomos com passaporte, mesmo sendo permitido entrar com RG. Tenho pra mim que o único documento internacional é o passaporte, então preferível sempre estar com ele fora do país. Aqui foi uma vantagem. Na fronteira do Chuy, a agente de imigração disse que com passaporte tudo fica mais fácil e rápido e não precisa preencher aqueles formulários de imigração. Ponto pro passaporte rsrsrs! O planejamento não teve nada de especial. Apenas criei uma planilha com o roteiro, distância entre as cidades, descrição de pontos de referência para orientar na estrada (viajamos sem GPS) e tempo, conforme o Google Maps, entre os destinos. Dia 1 (26/12) – Curitiba a Porto Alegre – 744km No dia anterior já prendi a soft bag na moto e o saco estanque, assim economizava tempo para a partida. Pneus calibrados e tanque cheio. Às 6:00 saímos de Curitiba com destino a Porto Alegre. Fomos pela BR-101 a qual conheço bem até a região de Laguna/SC. Depois era tudo novidade. Neste trecho tem pagamento de pedágio, não é caro, até chegar no RS. Estrada boa, mas bem movimentada. Evite abastecer próximo a Balneário Camboriú e Florianópolis, o preço vai lá em cima nessas regiões. Depois de Laguna a estrada continua boa, só um vento lateral na região da ponte de Laguna, muito bonita por sinal, que assustou um pouco. Em Osório/RS, pegamos a famosa freeway. Que monotonia rsrs. 90 km de quase uma reta infinita, sem subidas ou decida, sem posto, sem nada. E pior, estava um solzão de 34 graus marcando no painel da moto. Os quilômetros não passavam kkk. Chegamos em Porto Alegre por volta das 15h30. Viagem bem tranquila. Ficamos no Intercity Cidade Baixa. Peguei uma promoção no booking.com e o hotel saiu por um preço muito bom. Chegamos lá e o queixo caiu. Que baita hotel. Banho para recuperar as energias e fomos conhecer Porto Alegre (POA). Cidade agradável, bastante construções antigas e um pouco mal cuidadas. Mas o saldo foi positivo. Dia 2 (27/12) – Dia livre em POA – 0km de moto, muitos km’s a pé. Dia livre para conhecer POA. Visitamos o centro, Palácio Piratini (recomendo entrar e fazer a visita guiada - gratuito), Mercado Central, Hotel Majestic (casa do poeta Mario Quintana) e várias feiras de rua. Porto Alegre, embora um pouco mal cuidada, nos impressionou muito. Gostamos de lá. Próximo ao fim do dia fomos ao Gasômetro para ver o pôr do sol. Que lugar bonito e vibe legal. Vale a pena tirar uns minutos para relaxar e apreciar o visual. À noite, voltando para o hotel, paramos para comer em um lugar chamado Butcher Burger. Que surpresa boa. Lanche e lugar muito bom. Fica a dica. Dia 3 (28/12) – Porto Alegre a Punta del Diablo – 563km Saímos cedo, não tanto como queríamos, pois o café da manhã do hotel começava apenas as 6 horas, com destino a Punta del Diablo, Uruguai. A saída de POA foi um pouco complicada, bastante trânsito e mesmo com a ajuda do GPS do celular acabamos errando algumas saídas. Chegamos até a entrar errado na rodoviária da cidade (no lugar exclusivo de ônibus – que cagada 😆), mas depois de quase 1 hora conseguimos sair da cidade e rumamos sentido Pelotas. Estradas boas e pedágio gratuito para moto. Em Pelotas seguimos pela RSC-741, sentido Rio Grande e depois sentido Chuí. Aqui uma dica: a estrada que leva até a fronteira do Chuí é um retão de 100 km sem posto de gasolina. Bom ficar atento com o abastecimento do veículo. Fomos achar posto só perto de Santa Vitória do Palmar. Na fronteira com do Chuí, antes de ir para a imigração, paramos trocar alguns reais. A cotação estava boa. Pelo que me lembro, algo em torno de 8 pesos uruguaios por real. Dinheiro trocado, fomos para a fronteira fazer a imigração. Preenchemos aqueles formulários de entrada, porém quando chegamos no guichê a funcionária nos informou que como estávamos com passaporte não era necessário. Fila um tanto quanto grande para a fronteira. Era por volta das 14 horas. Imigração feita, seguimos para Punta del Diablo. Estrada uruguaia muito boa e, nesses primeiros quilômetros, cuidando com os limites de velocidade, pois ainda não sabia como era o controle por lá. Fato curioso: poucos quilômetros após a fronteira tem uma pista de pouso de aviões médios no meio da rodovia. É bem curioso, você passa sobre aquelas marcações na pista de pouso, além da largura da pista que chama a atenção. Por volta das 15h30 chegamos no nosso hostel em Punta del Diablo, Giramundos. Lugar bacana, vibe boa e preço bom. Recomendo. Check-in feito, fomos dar um pulo na praia de Punta. Primeiro a Playa de la Viuda, bonita mas a visitada no dia seguinte era mais. À noite uma cerveja e milanesa num lugar que não lembro o nome e estava muito bom. A conta ficou em torno de 1.100 pesos (cerveja grande e duas milanesas que também são grandes). Dica: pagar com cartão de crédito para receber a isenção do imposto. Atualmente está em 22%. Vale muito a pena. Dias 4, 5 e 6 (29, 30, 31/12) – Dias livres em Punta del Diablo Tiramos esses dias para descansar e aproveitar Punta del Diablo e região. Dia 29 tiramos para aproveitar a praia, dessa vez a Playa de los Pescadores, bem bonita, cheia e agradável. Nada como descansar e ler um livro na areia. Aproveitamos que tínhamos cozinha em nossa cabana e compramos um peixe fresco direto dos pescadores para o almoço. Que delícia 😋. Dia 30 aproveitamos para voltar até a fronteira do Chuí para comprar algumas coisas no duty free e abastecer a moto no lado brasileiro. São apenas 60 km de Punta até a fronteira. Então valeu a pena voltar para abastecer lá. Os preços do duty free do Chuy uruguaio são bem bacanas. Vale a pena dar uma olhada. Aproveitamos para trocar mais um pouco de dinheiro. Desta vez em um supermercado mesmo. A melhor cotação da viagem. Pedi indicação de casa de câmbio e o atendente se dispôs a fazer o câmbio para mim. Foi quase 9 pesos por real. Voltamos para Punta, passeamos um pouco mais na praia e a noite voltamos ao centrinho para comer algo. Aproveitando para falar de Punta. O centrinho do balneário, especialmente por ser final de ano, é bem agitado e cheio. Muitos carros, motos, vans e motorhomes do Brasil e da Argentina. Várias opções de restaurantes e bastante mercadinhos pela cidade. No horário de almoço e, principalmente, perto do horário de fechar (cerca de 20h30) sempre ficavam cheios. O preço é mais alto que o habitual. Dia 31, virada de ano, aproveitamos para ir conhecer a Fortaleza de Santa Tereza. Fica cerca de 15 km de Punta e vale a pena a visita. A Fortaleza ainda é uma instalação militar e funciona como um pequeno museu. Vale a pena a visita. O Parque Nacional de Santa Tereza tem praias bem bonitas e muita gente acampando nessa época do ano. Na volta de Santa Teresa para Punta, paramos em um mercadinho e compramos um bom bife ancho uruguaio. Vamos aproveitar a cozinha que temos 🤪. 400 pesos por dois bons pedaços de carne e batatas. O almoço estava garantido. Ahhh a carne uruguaia. À noite, começos um peixe fresco feito na cabana do hostel mesmo e por volta da 22h00 descemos para a praia para quem sabe ver um queima de fogos. Olha ... surpreendeu. Teve uma boa queima de fogos. Bastante gente na areia e no centrinho confraternizando. CONTINUA ...
  11. Boa noite, pessoal! Meu melhor amigo e eu estamos mochilando e não temos data para voltar para casa. Resumindo: é um sonho antigo! Somos amigos desde 2007 e, desde 2017, temos conhecimento de que compartilhamos o mesmo sonho: rodar o mundo mochilando. De lá pra cá viemos nos organizando. Íamos em 2020, mas por conta da pandemia não foi possível. Então, agora, no pós vacina, demos a largada! Quanto ao roteiro, bom... ano passado tínhamos todo um roteiro em mente, entretanto, agora que vimos que nada está em nossas mãos, decidimos deixar em aberto o roteiro. Claro, temos alguns “países chave”, mas o roteiro em si estamos deixando mais para o Universo nos guiar. De qualquer forma, temos a pretensão de passar por 4 dos 6 continentes. E tudo estará sempre bem explicado em nosso blog e em nosso canal do Youtube. Fato é que: COMEÇAMOS PELA COLÔMBIA e é por isso que estou aqui! Irei escrever abaixo todas as dicas, impressões e curiosidades que temos para compartilhar do nosso primeiro destino: Cartagena de Índias. Esse mesmo post está disponível em nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2021/12/04/cartagena-todas-nossas-dicas/ Nesse blog, estamos mostrando nosso dia a dia, bem como diversas dicas de onde passamos. Acompanhe-nos O mesmo vale para o nosso canal do Youtube. Sobre Cartagena postamos este: Bom, vamos para o que interessa: TODAS NOSSAS DICAS DE CARTAGENA: Cidade de 1 milhão de habitantes, seu trânsito é insano! O ponto alto da cidade sem dúvidas é seu Centro Histórico, o qual chamam de Ciudad Amurallad. E não é a toa esse nome. Essa parte da cidade é toda cercada por um muro (ou muralha). Tudo devido ao império espanhol, o qual durante a colonização juntava tudo que explorava em terras colombianas em Cartagena. Então, para evitar saques de impérios inimigos, cercou toda cidade. Hoje a cidade vai muito além da Ciudad Amurallada, mas ainda assim esse centro não é pequeno: são muitas ruas que preservam aquele aspecto histórico, com ruas de paralelepípedo e construções da época. Nossa primeira dica é: hospede-se nesse bairro! Assim, você terá total liberdade para explorar quantas vezes bem entender aquelas ruinhas. Além de que há muitos bares, restaurantes, mercados (o melhor de todos é o Exito, com preço bom e com variedade de tudo), hotéis e hostels para todos os gostos. Há um bairro vizinho chamado Getsemani que localiza-se fora da Ciudad Amurallada, mas também mantém a arquitetura colonial. Vale muito a pena explorar esses dois bairros. Aliás, para explorar bem esses dois bairros vale a pena reservar dois dias inteiros (para visita-los de dia e de noite, afinal a vida noturna em ambos os bairros é bem agitada). O centro histórico é a aproximadamente 20 minutos de carro do aeroporto e a cerca de 35 da rodoviária (podendo ser mais por conta do trânsito pesado – a rodoviária se localiza na saída da cidade, em um bairro bem humilde). É possível ir à rodoviária e ao aeroporto de onibus, mas em nenhum dos casos conseguimos (na chegada nos informaram que era necessário um cartão para usar o transporte, o que depois descobrimos ser mentira – provavelmente nos disseram isso para que pagássemos um taxi – e na saída íamos para a rodoviária de ônibus, mas descobrimos que essa linha não funciona de sabado… então novamente recorremos ao táxi. Ok. A corrida foi 20 mil pesos (cerca de 35 reais). Valor que consideramos aquém do que poderia ser, pois é realmente longe! Não visitamos as ilhas presentes nos arredores de Cartagena, as quais todos dizem ser lindas, paradisíacas. Não as visitamos, pois são passeios caros e nosso propósito de viagem é outro, além do mais, visitaremos outras praias mais pra frente. Mas quem visita Cartagena e não tem outros planos na Colombia TEM QUE IR ÀS ILHAS! Isso é unânime! Todos dizem! Afinal, trata-se do mar do Caribe. Os passeios custam entre 150 e 200 mil pesos (aprox 300 reais na conversão atual). Duram das 8 da manhã às 16h e todos dizem que vale a pena. As praias urbanas que visitamos foram: Bocagrande e Marbella, sendo a primeira a mais famosa! A gente crê que essa fama se deve às grandes redes de hotéis que se estabeleceram ali (como Hyatt e Hilton). Só isso explica! Afinal, trata-se de uma praia bem feia kkk Quer dizer, uma praia urbana, em seu sentido mais literal: cheia de prédios, ambulantes, quiosques e lotada de pessoas (nativos e turistas). A segunda já gostamos mais, pois, apesar de também não ser linda ou paradisíaca, tem menos prédios em sua orla e há bem menos ambulantes! Isso muda completamente a experiência, né!? Mas é questão de gosto também! Pode ser que haja quem goste mais da Bocagrande. Coisa boa é que em ambas a água é quentinha (toda a costa da Colômbia conta com água quente no mar). E fato é que quem não tem muito tempo em Cartagena não deve despender um tempo para essas praias. Vale a pena somente para quem tem mais de 4 dias na cidade e já fez todos os passeios acima citados. O Mercado Bazurto é uma bagunça! Uma bagunça mesmo! Nos disseram que não recomendam a visita para turistas. Bom, fomos! Somos de São Paulo, então foi interessante vermos um lugar tão louco quanto a 25 de março kkk Ali vende-se de tudo! De frutas e verduras a panelas e eletrônicos. Muito interessante. Escrevemos esse post no ônibus em direção a Santa Marta. Esperamos que essa próxima cidade seja tão incrível quanto Cartagena, pois realmente amamos Cartagena! Até a próxima
  12. Aventura na Serra da Arrábida, Setúbal, Portugal. 1,5 Kms de adrenalina e superação até ao cume da Espantosa Serra da Arrábida! Seguindo a PR2 STB que é 5 estrelas a nível de sinalização! Sigam-nos em : Wikiloc: https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=4716837 Boas Caminhadas!
  13. Olá amigos da comunidade Mochileiros.com. Aqui é o Thiago e a Priscila. Nós moramos na cidade de Blumenau-SC. Em dezembro de 2018 fizemos nossa viagem de carro até San Pedro de Atacama no Chile. A comunidade mochileiros.com nos ajudou bastante, pois no site conseguimos várias dicas e conhecemos outras pessoas que também nos ajudaram com informações. Por esse motivo queremos compartilhar nossa experiência. E quem sabe poder ajudar ou até mesmo encorajar outras pessoas a saírem do sofá e encarar essa aventura. Para realizar esta viagem primeiro nós fizemos algumas pesquisas, como por exemplo: documentos necessários, seguros obrigatórios, melhor roteiro, condição das estradas, hotéis, pontos turísticos, custo com passeios, custo com alimentação, custo com gasolina, custo com pedágios, melhor câmbio, o que levar na bagagem, etc. Juntamos todas essas informações numa planilha e então começamos a trabalhar nela. Então no mês de Setembro/2018 começamos a fazer as contas e preparar tudo o que precisava para viajar. Nessa primeira parte vamos tentar abordar o máximo de informações com relação ao roteiro, situação das estradas, GPS, câmbio, aduanas, seguros, itens obrigatórios, pedágios e combustível. Na segunda parte vamos falar um pouco sobre San Pedro de Atacama e sobre os nossos passeios. Então vamos ao que interessa: Nessa viagem foram 04 pessoas: Eu (Thiago), minha esposa Priscila, meu Pai e a namorada do pai. Saída de Blumenau: 22/12/2018. Chegada em San Pedro de Atacama: 25/12/2018. Saída de San Pedro de Atacama: 31/12/2018. Chegada em Blumenau: 03/01/2019. Carro utilizado: Peugeot 207, ano 2012. Motor 1.4, c/ 04 portas. Roteiro/Condição das estradas/Pedágios: Dia 01 - Blumenau - SC x São Borja - RS. Total: 860 Km. Esse caminho é o mais curto, porém tem muitos trechos com pista ruim (buracos, desníveis, etc.), além disso tem muitos radares e lombadas eletrônicas. O motorista tem que ficar atento. Pedágios: Nenhum. Dia 02 - São Borja-RS x Presidência Roque Sáenz Peña - Argentina. Total: 620 Km. As estradas são boas, pelo menos são melhores que do que as do Brasil. Pedágio 01: logo que passa a Aduana, já tem um guichê de pedágio. Valor pago em moeda brasileira: R$ 50 para veículos de passeio. (na volta ao Brasil, o valor é R$ 65) Pedágio 02: RN-12 aprox. no Km 1262. Valor: 50 Pesos Argentinos. Pedágio 03: RN-16 aprox. no Km 05. Valor: 40 Pesos Argentinos. Pedágio 04: RN-16 aprox. no Km 60. Valor: 65 Pesos Argentinos. Dia 03 - Presidência Roque Sáenz Peña (Argentina) x Salta (Argentina). Total: 630 Km. As estradas também são muito boas. Observação: na RN-16, entre os KM 410 e 481 a estrada é "horrível". Tem muitos buracos. Buracos gigantes. Você vai perder tempo desviando deles. Pedágios: RN-09 chegando na cidade de Salta. Valor: 25 Pesos Argentinos. Dia 04 - Salta (Argentina) x San Pedro de Atacama (Chile). Total: 580 Km. As estradas também são muito boas. Observação: Nós usamos o caminho Paso de Jama, que é melhor, pois é todo asfaltado até San Pedro de Atacama. Pedágios: Nenhum. *Na volta pra casa fizemos o mesmo trajeto. Hospedagem: Dia 01 - Dormimos na casa de parentes. Não tivemos gastos com hospedagem nesse dia. Dia 02 - Ficamos hospedados no hotel de campo El Rebenque, que fica na cidade de Presidência Roque Sáenz Peña (Argentina). Dia 03 - Ficamos hospedados no hotel Pachá, que fica na cidade de Salta (Argentina). Dia 04 - Ficamos hospedados no hostal Casa Lascar, que fica em San Pedro de Atacama (Chile). Aqui dormimos dia 25, 26, 27, 28, 29 e 30 de dezembro/2018. *Na volta pra casa ficamos nos mesmos hotéis. Câmbio: Peso Argentino: nós trocamos todo o dinheiro brasileiro por Peso Argentino na aduana, que fica logo depois da Ponte internacional, saindo de São Borja-RS. Valeu muito a pena trocar o dinheiro na aduana, pois pagamos 0,10 por cada Peso Argentino. Já em Blumenau a melhor taxa que encontramos foi 0,15. Comparação de preços Blumenau x Aduana Argentina: R$ 1 Mil reais trocados em Blumenau valem: 6.666 Pesos Argentinos (sendo: 1000 / 0,15) R$ 1 Mil reais trocados na Aduana valem: 10.000 Pesos Argentinos (sendo: 1000 / 0,10) Peso Chileno: nós trocamos R$ 1 Mil (reais) em Pesos Chilenos aqui em Blumenau, para ter um pouco de dinheiro na chegada à San Pedro de Atacama. O restante do dinheiro brasileiro nós trocamos em San Pedro de Atacama. Trocar o dinheiro em San Pedro valeu muito a pena, pois recebemos 170 Pesos Chilenos por cada R$ 1,00 (Real). Já em Blumenau a melhor taxa que encontramos foi de 154 pesos Chilenos por cada R$ 1,00 (Real). Comparação de preços Blumenau x San Pedro de Atacama: R$ 1 Mil reais trocados em Blumenau valem: 154.000 Pesos Chilenos (sendo: 1000 x 154) R$ 1 Mil reais trocados em San Pedro de Atacama valem: 170.000 Pesos Chilenos (sendo: 1000 x 170) *Compare antes de trocar seu dinheiro. Combustível / Postos de abastecimento: Na Argentina tem dois tipos de gasolina: a Super (comum) e a Infinia (aditivada). Infinia: variava de 45 a 48 pesos. Super: variava de 41 a 44 pesos. *Abastecemos com gasolina Infinia nos Postos YPF. *No Chile não abastecemos, por isso não informamos os tipos e preços que existem. Na Argentina tem muitos postos de abastecimento durante o trajeto. O último posto fica bem próximo da Aduana, no Paso Jama (divisa entre Argentina e Chile). Depois da Aduana não tem mais posto durante o caminho. Vai ter um posto somente em San Pedro Atacama (distância entre Aduana e San Pedro Atacama: 160 KM aprox.) GPS: Nós utilizamos dois aplicativos de geolocalização: o Google Maps e o Maps.me. Levamos dois Smartphones, em um deles usamos o Maps.me e no outro com Google Maps. Antes de sair nós fazíamos os trajetos pela rede WiFi e depois saíamos para a estrada. Os dois aplicativos funcionaram muito bem no modo off-line. Dica: o aplicativo Maps.me funciona totalmente no modo off-line. Para isso é necessário baixar os mapas off-line da região que você vai passar. Exemplo: nós baixamos todos os mapas da Argentina, do Chile e também dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Seguros obrigatórios para seu carro: Na Argentina: seguro Carta Verde. Você pode fazer em qualquer corretora de seguros. Ele cobre danos a terceiros em caso de acidentes. Nós fizemos o seguro com a Porto Seguro, com a cobertura de até 15 dias. Custo: R$ 125. Débito em conta corrente. No Chile: seguro SOAPEX. Você pode fazer este seguro com a HDI do chile. Só digitar no Google "HDI Chile". Ele cobre danos a terceiros em caso de acidentes. Nós fizemos o seguro direto no site da HDI Chile, com a cobertura de até 10 dias. Custo: R$ 40. Pagamento somente no cartão de crédito. *Veja se o seu cartão está liberado para realizar esta compra. Observação: em nenhum momento a polícia ou aduana nos cobrou esses documentos. Seguros para você: Nós optamos por não fazer nenhum seguro de vida ou de acidente. Mas as empresas de seguro oferecem inúmeras modalidades. Avalie a que melhor se enquadra com seu bolso. Itens obrigatórios para o carro: Na Argentina: Vários blogs e pessoas nos disseram que teríamos que levar um monte de coisas no carro. Então nós entramos em contato com o departamento de trânsito da Argentina e também com o consulado Argentino no Brasil que fica em Florianópolis. Segundo eles, os itens obrigatórios são: - 01 Extintor de incêndio (exceto em motos); - 02 triângulos de segurança; - Além dos demais exigidos no Brasil (pneu estepe, chave de rodas e macaco). E tem também os itens recomendados: (notem que são recomendados, não obrigatórios) - Kit de primeiros socorros; Portanto, não é obrigatório levar o tal do "cambão", que muitos blogs informam ser obrigatórios. No Chile: Considerar todos os itens obrigatórios citados acima. E no Chile todos os motoristas são obrigados a ter no carro um "colete refletivo". Caso o motorista precise sair do carro para alguma manutenção ou emergência ele precisa estar vestindo o colete. Isso é LEI NACIONAL. Na dúvida leve um colete também. Observação: Na Argentina fomos parados diversas vezes pela polícia. Em quase todas as cidades que passamos ao longo do caminho a polícia nos parava para solicitar algum documento. Algumas vezes eles pediam os documentos de identidade e do carro. Em outras eles faziam o teste de bafômetro. Mas em nenhum momento a polícia precisou revistar o nosso carro. No Chile não fomos abordados. Aduana Brasil x Argentina: Muito tranquilo. O atendente solicita os documentos do carro e identidades. Preenche um formulário no computador. Por último entrega um recibo (parecido com um cupom fiscal de mercado). Este recibo precisa ser bem guardado, pois ele será útil na Aduana Argentina x Chile. Não tem custo. Aduana Argentina x Chile: chato/demorado (pode ter fila e os atendentes são malas) A Aduana que nós passamos foi no Paso Jama. Tem 06 guichês. É necessário preencher um formulário em espanhol. Nesse formulário tem uma parte que fala se você está levando algum alimento que é "proibido". Após passar em todos os guichês eles entregam um recibo (parecido com um cupom fiscal de mercado). Este recibo precisa ser bem guardado, pois ele será útil na Aduana Chile x Argentina. Comidas não podem passar. Exemplo: frutas, verduras, carnes, lanches, etc. Tudo que é animal ou vegetal fica na Aduana. Alimentos processados passam. Alegação deles é que pode haver alimentos contaminados ou pragas. Se no formulário estiver a opção NÃO, mas na hora de revistarem o carro eles encontrarem alguma coisa, você leva uma multa. Após sair dos guichês vem um fiscal da vigilância sanitária e inspeciona o carro. Só depois de inspecionar o carro você está livre para seguir viagem. Não tem custo. *Na volta pra casa é necessário fazer tudo de novo, porém a vigilância sanitária não revistou o carro dessa vez. Espero que tenham gostado dessa primeira parte. Se tiverem algum comentário ou dúvidas por favor nos retorne. Um abraço.
  14. Olá estou realizando uma pesquisa para elaboração do meu tcc sobre mochileiros. São apenas 18 perguntas! Acessando o LINK você vai direto ao questionário para responder. Agradecemos muito sua contribuição em nosso projeto. No brasil não há um número alto de dados bibliográficos sobre esse segmento de viagem! Por favor ajude a nossa pesquisa a ter um alcance maior :)) ❤️ https://forms.gle/A6BcC1EaFwawKN9A8
  15. Olá estou realizando uma pesquisa para elaboração do meu tcc sobre mochileiros que são influenciadores nas mídias sociais. São apenas 15 perguntas! Acessando o LINK você vai direto ao questionário para responder. Agradecemos muito sua contribuição em nosso projeto. No brasil não há um número alto de dados bibliográficos sobre viajar nesse estilo, queremos mudar isso! Nos ajude respondendo :))) ❤️ https://forms.gle/TGsPxUp1v14XMX4X6
  16. Saudações, pessoal viajante, admiradores e curiosos! Venho aqui deixar o meu primeiro relato no Mochileiros sobre o mochilão de carona na estrada que acabei de realizar com meu namorado, Manuh, para o Sul do Brasil e Uruguai. Ao todo, foram 21 dias na estrada, 25 caronas e 28 cidades, entre as quais vivemos experiências imprevisíveis, conhecemos pessoas maravilhosas e, claro, passamos pelos perrengues imprescindíveis de uma boa aventura, hehe. Nesse relato, contarei resumidamente nossa experiência com cada carona, dando dicas sobre como gastar pouco, sobre as diferenças que sentimos entre viajar assim dentro do Brasil e dentro do Uruguai e algumas considerações finais sobre o que funcionou e o que não funcionou. Viajar de carona é tudo de bom! Vamos lá! Desde o início, a ideia era fazer uma viagem extremamente baixo custo, pedindo carona na estrada o máximo possível e levando equipamento de camping (barraca, saco de dormir, fogareiro portátil com mini cartucho de gás para cozinhar, 1 pacote de arroz, 1 pacote de lentilha). Quanto a estadia, além de contarmos com a possibilidade de acampar nos lugares, utilizamos o aplicativo Couchsurfing (que, para quem não conhece, é uma rede de hospedagem solidária e de trocas culturais) e nos prontificamos a pedir abrigo previamente para conhecidos das cidades que faziam parte do nosso esboço de roteiro. Dessa forma, o objetivo foi destinar nossas economias unicamente para alimentação, transporte público dentro das cidades e, apenas em caso extraordinário, estadia. Ao todo, gastamos cerca de 650 reais cada um, sendo que, se estivéssemos com um espírito totalmente roots e se evitássemos alguns perrengues e confortos (confira a seguir), ainda seria possível reduzir bem esse número (até porque, sempre tem quem se aventure por aí zerado, não é?). Tentei incluir, ao longo do relato, anotações dos gastos que ainda me lembro. Então, decidimos ir rumo ao Sul e, como sempre flertamos com nosso querido vizinho Uruguai, quando começamos a planejar o mochilão, mais ou menos um mês antes de sairmos, fizemos um rascunho do roteiro, que foi: São Paulo-SP > Curitiba-PR > Florianópolis-SC > Porto Alegre - RS, Pelotas-RS, Chuy na fronteira, litoral do Uruguai e Montevideo como destino final. Agora, por que eu chamo o roteiro de "rascunho"? Quem escolhe viajar de carona sabe que não dá para criar um roteiro engessado e nem se apegar muito a uma idealização de rota, afinal, nunca se sabe o que exatamente vem pela frente em termos de opções de destino. Tendo isso em mente, guardamos esse plano de caminho principalmente para conhecermos os pontos de referência e um pouco das rodoviais no Sul do país e no Uruguai, mas nos mantivemos sempre abertos a alterações (que, diga-se de passagem, aconteceram mesmo). Quem nunca viajou de carona ou nunca leu relatos sobre esse jeito de viajar, acaba pensando que é coisa de maluco. "Arriscar a vida assim?! Você não tem medo?" Que nada! A verdade é que quem dá a carona tem o mesmo medo que quem pede a carona, por isso, construímos relações de confiança mútua e isso é super legal! Sempre digo que viajar pegando carona é muito, mas muito mais tranquilo do que parece, desde que tomemos algumas precauções básicas (tanto para a nossa segurança, quanto para facilitar a nossa vida no caminho). Esse foi o meu segundo mochilão pegando carona e muito do que aprendi sobre viajar assim está resumido nesse post aqui do Mochileiros e em outros blogs de viajantes aventureiros por aí, então, não entrarei em detalhes sobre o método em si, mas sim, sobre o que aconteceu no caminho. Basicamente, acrescento que evitamos sempre pegar carona de noite e a maioria delas foi com caminhoneiros muito gente fina! VID_20190718_090353.mp4 Por fim, o passo a passo da viagem: (dia 1) começamos no dia 11 de julho. Como somos de Campinas-SP, para chegar ao nosso ponto de partida oficial ainda pela manhã (para aumentar as chances de carona longa), a maneira mais prática foi pegar um Blablacar para São Paulo-SP saindo da rodoviária às 5h40 (20 reais). Chegando em São Paulo-SP, depois de um metrô para a rodoviária (4,30 reais), chegamos no Terminal Rodoviário Tietê (onde compramos um item muito importante do mochileiro caroneiro: canetão/pincel atômico). De lá, para sair da zona metropolitana, que inviabiliza conseguir carona, pegamos um ônibus para Juquitiba-SP (12 reais) e pedimos para descer no Posto 68, na BR 116, antes de Juquitiba. Postos de gasolina grandes, na rodovia, são sempre uma ótima pedida para pedir carona. Chegamos lá quase 11h, comemos alguma coisinha que levamos e pedimos papelão na conveniência para fazer uma plaquinha com o nome do próximo destino. (Carona 1, com seu Wanderlei) Carona 1: de Juquitiba-SP até Curitiba-PR - com seu Vanderlei, caminhoneiro. Pouco tempo depois de irmos até a saída do posto com nossa plaquinha, parou um caminhão para nós, o do seu Vanderlei. Seu Vanderlei é natural de Gaspar-SC e estava voltando para casa depois de ficar 35 dias na estrada, o máximo que já passou fora. O caminhoneiro, que estava cheio de saudade de casa e da família, nos falou sobre a distância e a solidão serem a parte difícil da profissão de caminhoneiro. Seu Vanderlei, que já viajou o país todo e gosta muito de viajar, nunca havia dado carona na estrada antes (e, coincidentemente, foi a primeira carona do Manuh também!). Nos deixou na saída de Curitiba, em São José dos Pinhais, onde pegamos 2 ônibus (5 reais + 4,50 reais) para o centro de Curitiba para chegarmos até a casa de um amigo que topou nos dar abrigo por duas noites! (em frente ao prédio histórico da UFPR, em Curitiba) (dia 3) Carona 2: de São José dos Pinhais-PR para Joinville-SC - com casal da Kombi. Depois de pernoitar duas noites em Curitiba-PR, cidade que amamos demais e onde a comida é muito barata, pegamos de manhãzinha um ônibus intermunicipal sentido São José dos Pinhais-PR para pararmos no Posto Tio Zico II, na BR 376, que o seu Vanderlei havia nos indicado de antemão para seguirmos pegando carona. No posto Tio Zico, nem tivemos tempo de pedir carona: enquanto eu estava no banheiro, um casal de idosos logo abordou o Manuh para nos oferecer carona em sua Kombi "motor home". Dona Iva e seu Luís, que estão aos poucos customizando sua kombi para viajar com mais conforto, se dirigiam para São Francisco do Sul-SC para procurar o filho hippie que parou de dar notícias havia uma semana. O casal, muito simpático, nos deixou em um posto grande na BR 101, onde seguimos viagem. (Dona Iva e seu Luís com a gente em frente a kombi) Carona 3: de Joinville-SC para Itajaí-SC - com ônibus do Grupo Explosão. Depois de almoçarmos petiscos que trouxemos de cada (castanhas e polenguinho), fizemos uma plaquinha para "Floripa" e fomos para a saída do posto pedir carona. Poucos minutos depois, parou para nós o ônibus da banda "Grupo Explosão" que, seguindo sentido Brusque-SC, poderiam nos deixar em Itajaí-SC. Aceitamos a carona e, por mais curioso que tenha sido pegar carona com a banda em turnê, fica o aviso para o caroneiro inexperiente que quer chegar à Floripa: parar em Itajaí vai te deixar i-lha-do! hahah A dificuldade é que, além de sermos deixados em um posto pequeno meio dentro da cidade, definitivamente, Itajaí não é um ponto de parada para quem está descendo para Floripa: outros caminhoneiros, com quem conversamos depois, disseram que, inclusive, evitam parar ali e perto de Floripa para evitar o trânsito da rodovia na região. Felizmente, conversando com um caminhoneiro de cada vez no posto em que paramos (e depois de um baita nervosismo vendo a noite chegar sem conseguirmos carona), achamos uma alma abençoada que aceitou nos dar carona para Balneário Camboriú-SC. Carona 4: de Itajaí-SC para Balneário Camboriú-SC - seu Paulo, caminhoneiro de mudanças. Já no fim da tarde, o seu. Paulo, que havia acabado de encontrar o irmão por coincidência no mesmo posto, topou nos levar a Camboriú. Nos contou que sempre faz o possível para ajudar os outros e já deu carona para outros viajantes. Nos contou que, certa vez, quando deu carona para uma moça chilena que viajava sozinha, ela havia lhe contado que os 3 últimos motoristas com os quais ela havia pego carona tentaram se engraçar com ela de alguma maneira e ele, ouvindo o relato da moça, fez de tudo para dizer que ela poderia ficar tranquila porque ele nunca faria nada a ela e, assim, rumo ao Rio de Janeiro, acabaram até pernoitando os dois na boleia do caminhão em uma relação de total confiança. Seu Paulo nos contou de sua noiva, com a qual namora a distância, e nos disse sobre o quão triste é o estereótipo que fazem dos caminhoneiros como homens que "tem várias mulheres", "que só querem saber de mulher" ou que "não se importam com família" e que não percebem o quanto esses trabalhadores, na verdade, tem uma vida sofrida. Carona 5: Balneário Camboriú-SC para Florianópolis-SC - Blablacar com Eloir. Chegamos no centro de Balneário Camboriú já muito no fim da tarde e, sem esperança de conseguir chegar a um posto de gasolina antes do anoitecer, avaliamos que o melhor custo benefício seria pegar um Blablacar para Florianópolis (20 reais), onde já tínhamos conhecidos esperando para nos receberem. Eloir é natural de Cascavel-PR e mora em Florianópolis, cidade que, segundo ele, não troca por nenhuma outra. Chegando na rodoviária de Floripa, pegamos dois ônibus para chegar a casa de nossos amigos (2x 4,40), no Campeche, onde pernoitamos por três noites para descansarmos da saga de caronas e conhecermos melhor o lugar, cheio de praias e belezas naturais. Ficamos chocados com o preço absurdo de todas as coisas e, ainda por cima, fora de temporada (ex: 1 pastel de queijo = 10 reais?!), mas, felizmente, estávamos bem equipados com nossos próprios alimentos. (fotos na praia do Campeche, Florianópolis) (dia 7) Carona 6: Palhoça-SC para pedágio na BR 101 - Gui, ex ator e diretor de teatro. Chegamos ao Posto Cambirela, na BR101, saída de Palhoça, depois de pegarmos dois ônibus saindo de Florianópolis (4,40 + 6,65 reais). No posto, fizemos nossa plaquinha de "Porto Alegre", quando Gui parou para nos oferecer carona. Gui estava indo ao seu sítio próximo a Paulo Lopes e contou que já viajou de carona pelo Brasil com sua antiga trupe de teatro - um de seus amigos, inclusive, ficou no Espírito Santo e nunca mais voltou. Contou que deixou o ofício para se "desurbanizar" e agora trabalha com a produção de brinquedos de madeira. Gui nos deixou em um pedágio, onde logo desistimos de ficar ao observarmos a ausência de acostamento para os carros/caminhões conseguirem parar em segurança. Assim, caminhamos um pouco mais de 2km e chegamos a um pequeno restaurante de beira de estrada. Carona 7: BR 101 (restaurante Três Barras) para Tubarão-SC - com Sandro, caminhoneiro. Sandro salvou a nossa pele no restaurante, de onde pensamos que seria quase impossível sairmos. Por sorte, ainda era hora do almoço e, apesar da plaquinha de "Porto Alegre", ficamos super gratos com a carona para Tubarão-SC. Sandro parou os estudos cedo e, por necessidade da família, trabalhou desde a infância com o seu pai na plantação de pinus. Os anos de trabalho pesado e precoce deixaram muitas marcas nos músculos de seu corpo. Sandro seguiria para Braço do Norte-SC e, apesar de nos ter dado a opção de seguirmos para a Serra Catarinense, decidimos continuar indo ao Sul e, assim, paramos em Tubarão-SC. (Carona 8, com Evandro) Carona 8: Tubarão-SC para Três Cachoeiras-RS - com seu Evandro, caminhoneiro. Paramos em Tubarão em um posto não muito grande na marginal da BR. Aparentemente, quanto mais ao Sul do país, menores são os postos de gasolina e é muito comum se localizarem na marginal da pista. Isso dificulta um pouco o processo de pedir carona, já que o fluxo do posto acaba sendo menor ou de moradores da própria cidade. Ficamos um tempo considerável tentando sair de Tubarão, falando com cada caminhoneiro que chegava, até que, já perto do fim da tarde, seu Evandro topa nos levar até Três Cachoeiras-RS. Lá, pernoitamos pela primeira vez em nossa barraca em um posto de gasolina bem grande e cheio de caminhoneiros, onde todos os frentistas foram extremamente solícitos e simpáticos. (dia 8 ) Carona 9: Três Cachoeiras-RS para Cachoeira do Sul-RS, com seu Roberto. Completando uma semana de viagem, chegou o momento de abandonarmos a plaquinha "Porto Alegre" e, enfim, alterarmos a rota planejada (como eu disse antes, era só o rascunho). Foi aí, também, que o universo começou a mostrar suas conexões cósmicas (os viajantes aventureiros entenderão do que se trata aqui). Acordamos bem cedo em Três Cachoeiras e logo partimos para a saída do posto, ainda com a antiga plaquinha. Momentos depois, um caminhão com um casal parou perto de nós: contaram que já haviam nos visto cerca de três vezes em outros pontos da estrada e que, portanto, decidiram finalmente parar para nos perguntarem o nosso destino. O casal seguia para oeste de porto alegre e, embora não tenham conseguido ajudar com a carona, pois não teriam como nos deixar em um ponto bom e seguro para seguirmos na estrada, nos ajudaram comentando sobre outras possíveis cidades de fronteira para entrar no Uruguai, como Santana do Livramento. Pouco depois, um outro caminhoneiro para e nos chama até seu caminhão, o seu Roberto. Seu Roberto passaria por Porto Alegre, no entanto, seguiria para Rosário do Sul, a cidade mais próxima da fronteira em Santana do Livramento, que nos havia sido apresentada pouquíssimo antes. Topamos, então, deixar PoA de lado e seguir para o destino final do seu Roberto, que tomou chimarrão conosco o trajeto todo e virou um grande amigo nosso! Ao pararmos para almoçar em Pantano Grande-RS, encontramos duas ciganas vendendo jaquetas de couro: umas delas, insistentemente, até mesmo ficou falando em ler o futuro do Manuh e, após esse encontro breve, o Manuh ficou meio atordoado com a forte presença das moças. Minutos depois, seu Roberto nos chamou para continuar viagem e nos comunicou que havia acabado de ser comunicado de uma alteração na sua rota e precisou nos deixar em Cachoeira do Sul-RS, no Posto Laranjeiras. Por um breve momento, o Manuh ficou encanadíssimo de ser mal olhado da cigana por ele não ter comprado a jaqueta, mas mal sabíamos o que aconteceria a seguir. (Carona 9, com seu Roberto) (Almoçando no caminhão do seu Roberto) Carona 10: Cachoeira do Sul-RS para Rosário do Sul-RS, com seu F, caminhoneiro medium. Por alguma razão, achei melhor ocultar o nome desse figura, que é realmente uma pessoa diferenciada em muitos sentidos. Poucos minutos depois de chegarmos ao Posto Laranjeiras, conversamos com seu F, que estava indo justamente para Rosário e topou nos levar, se não nos incomodássemos com a boleia um pouco apertada. Conversa vai, conversa vem, seu F. pergunta nossa religião e começamos a falar de espiritualidade quando ele diz ser espírita. Seu F. nos contou que é filho de pai indígena feiticeiro e cresceu junto de uma comunidade cigana da vizinhança, da qual conheceu a hierarquia. Seu F. nos explicou que é médium e é como um "receptor universal", que sente e percebe coisas quando olha nos olhos das pessoas. Além de nos contar histórias de coisas que já pressentiu, acabou nos dizendo uma série de coisas bastante pontuais e emocionantes sobre mim e sobre o Manuh, as quais, apesar de não revelar aqui, afirmo serem de uma precisão que deixa meu lado mais cético impressionado. Nos tornamos amigos e trocamos contato ao final da viagem, que, na verdade, sentimos como se fosse uma espécie de viagem astral. Seu F. disse que nos chamou até ele, o que é ainda mais curioso depois da série de combinações imprevistas que nos levaram a nos encontrarmos naquela tarde. Pernoitamos no posto em Rosário do Sul. (dia 9) Carona 11: Rosário do Sul-RS para Santana do Livramento-RS/Rivera-Uy, como sra. Janice e seu Jairo. Depois de um dia exaustivo, nos permitimos sair do modo roots e ter mais conforto, portanto, jantamos e tomamos café da manhã no posto (cerca de 40 reais para cada). Seguimos pela manhã de carona com um casal de Santa Maria-RS que ia até Santana. Disseram que pararam para nós não porque pensaram racionalmente, mas porque sentiram que precisavam ajudar. Nos deram a dica de não comprar comida do lado Uruguaio da fronteira porque é bem mais caro e logo isso ficou ba$tante evidente. Passamos o dia em Santana resolvendo questões mais "técnicas", como dar a entrada no Uruguai na aduana (nunca se esqueçam dessa parte), trocar o dinheiro por pesos e comprar chips uruguaios para o celular (um roubo no total de 40 reais cada, um gasto que eu preferiria ter evitado). Troquei 200 reais para pesos e a cotação estava 1 real = 9 pesos: você tem a falsa sensação de que seu dinheiro vale bastante mas, logo em seguida, descobre que tudo o que já te disseram sobre o Uruguai ser um país caríssimo era verdade. Passeamos em Santana/Rivera até o começo da noite, enquanto procurávamos lugar para ficar por ali: não encontramos hostels baratos, o albergue de Santana não estava aberto quando passamos por ele e ninguém nos respondia no Couchsurfing. Esse foi, talvez, o primeiro momento real de perrengue. Nossa próxima tentativa seria caminhar até o maior posto 24h na entrada da cidade, onde pediríamos para montar a barraca. Deixo aqui outra dica: sempre é uma opção, também, se apresentar e pedir abrigo para moradores locais - principalmente nas áreas mais periféricas da cidade -, no entanto, já havia anoitecido e não nos pareceu uma boa ideia naquela circunstância. Por sorte, quando estávamos já exaustos de andar sem rumo com as mochilas pesadas, uma alma bondosa aceitou nossa solicitação no Couchsurfing e, assim, ganhamos um abrigo e ótimos amigos: Emerson e Rodrigo, um casal incrível de Santana que usava o aplicativo pela primeira vez e pretende mochilar pela Europa em breve. (dia 10) Carona 12: Rivera-Uruguai para Tacuarembó-Uruguai, com Luís do grupo de rally de Tacuarembó. Depois de uma noite maravilhosa na casa dos anfitriões em Santana, pela manhã, Emerson nos deu carona até a saída de Rivera, onde paramos após uma grande rotatória para pedir carona com a plaquinha "Montevideo" na entrada da Ruta 5. Foi aí que, passados alguns minutos, conseguimos a carona mais amedrontadora da viagem: ao nosso lado, para uma caminhonete e o motorista diz que pode nos dar carona até Tacuarembó, mas que só tem lugar na caçamba. Lá fomos nós: nos segurando com as mochilas enormes na caçamba da caminhonete, tomando um vento desgraçado, enquanto o doido dirigia a uns 120km/h e ultrapassava todo mundo na pista. Acreditem ou não, meu maior medo na viagem toda foi sair voando daquela caçamba e me espatifar na estrada, o que, obviamente, não aconteceu. Na verdade, a sensação depois dessa carona foi uma adrenalina muito gostosa. Acontece que, em Tacuarembó, não tivemos a mesma sorte com caronas e, no início, não entendíamos o porque. A partir daqui, você saberá o que descobrimos, na prática, sobre como funciona viajar de carona no Uruguai. Em Tacuarembó, nos posicionamos em um posto de gasolina na saída da cidade para a continuação da Ruta 5 e esperamos alguém parar. Como todo caroneiro está sempre caçando pontos de redução de velocidade na rodovia, vale o comentário de que algo que ajuda a pedir carona nas Rutas uruguaias, por elas cortarem as cidades/pueblos no meio, é a existência de semáforos na própria rodovia, principalmente em rotatórias da entrada e saída, funcionando como pontos bons para pedir carona quando há acostamento. Esperamos alguma carona. Uma hora depois: nada. Começamos a nos questionar e lembramos que era sábado. Fica a dica para os caroneiros iniciantes: pedir carona é sempre mais fácil e rápido em dia de semana, pois o movimento das vias cai aos fins de semana e a maioria dos caminhoneiros fica parado para descarregar e carregar, só saindo novamente a partir de domingo de noite ou segunda-feira. Não é que não funcione viajar de carona nos fins de semana, apenas, pode ser mais demorado. Até aí, nada específico do Uruguai. Seguindo o conselho de dois moços uruguaios, decidimos caminhar até o próximo posto da Ruta 5, de onde costumam sair mais caminhões. Nos posicionamos nesse posto e, novamente, nada de carona. Não havia caminhoneiros saindo do posto e os carros que passavam indicavam estar entrando na própria cidade ou na próxima há poucos quilômetros. Caminhamos até um posto da Polícia Federal um pouco mais a frente. Conversando com os policiais - que foram extremamente hospitaleiros dizendo que poderíamos montar acampamento do lado do posto em segurança e, inclusive, usar o banheiro de lá - descobrimos que, apesar do movimento da Ruta estar baixo, não é muito maior nos dias de semana. Disseram, também, que não valeria a pena pegarmos carona para parar no meio da estrada nas próximas cidades já que, na verdade, elas são tão pequenas que não passam de "vilas" (e, aparentemente, a maioria das cidades do país se encaixa nessa descrição). Percebendo o quanto estávamos ilhados enquanto começava a anoitecer, achamos que seria inviável pedir carona de pueblo em pueblo (até por uma questão de tempo hábil para retornarmos ao Brasil) e, assim, julgamos que o mais prudente seria caminhar até a Rodoviária de Tacuarembó (cerca de 1h) e usar boa parte dos pesos que trocamos para pegar um ônibus da madrugada direto para Montevideo (448 pesos cada passagem + taxa por pessoa, algo como R$49,70). Assim fizemos e, partindo 00h15, chegamos as 5h em Montevideo. (dia 11) Ônibus Tacuarembó-Uruguai para Montevideo-Uruguai. Chegando em Montevideo, ainda antes de amanhecer, logo fomos informados de que não se pode passar muito tempo na rodoviária porque passam para conferir seu bilhete (se você não está de passagem, cai fora). Sendo assim, fomos ainda no escuro (literalmente) procurar um lugar barato para tomar café da manhã. Paramos em um local na praça em frente a rodoviária. Pedi duas empanadas, que nada mais são do que salgados assados de tamanho convencional (2x60 pesos, mais ou menos R$6,70 cada), e o Manuh pediu uma promoção de medialuna com café (100 pesos, aproximadamente R$11,10). Apesar de imaginarmos que não era um estabelecimento barato, por conta de sua localização, notamos depois que esses preços são a média da cidade. Agora já deu para ter uma noção do custo de vida, não? Mesmo preço de café da manhã em estabelecimento chique de São Paulo. Depois de comermos, saímos para explorar a cidade. Conhecemos várias praças, a feira de antiguidades da Ciudad Vieja (que indico fortemente) e quase toda Ciudad Vieja em si. Não tendo recebido respostas no Couchsurfing, decidimos procurar um Hostel mais em conta. Ficamos no Punto Berro Hostel, fechando a pernoite, depois de uma choradinha, por 300 pesos por pessoa no quarto compartilhado (algo como R$33,30). Compramos um vinho Faisan no mercado (150 pesos = R$16,70) e um pacote de lentilhas pequeno (200g por 37 pesos = R$4,10, mais do que pagamos por um de 500g no Brasil). Na manhã do dia seguinte, compramos duas medialunas (60 pesos cada = 2xR$6,70) e seguimos viagem. (dia 12) Pegamos um ônibus para um posto de gasolina grande na saída de Montevideo, na Ruta 8, e paramos lá com nossa plaquinha mais que otimista "Acegua o Chuy". Ainda não havíamos aprendido a lição sobre como pedir carona aos uruguaios. Uma hora depois: nada ainda. Todos os carros pareciam estar ficando pelas proximidades de Montevideo e não havia um ponto próximo mais a frente para pedirmos carona. "Será que pegar carona no Uruguai é tão difícil assim?" Lembrava-me de ter lido antes, em outros relatos de viagem, que pegar carona no Uruguai era fácil e que essa cultura era mais forte por lá do que no Brasil, no entanto, não somente não confirmamos isso, como percebemos, a medida que pedíamos informação para vários moradores locais e frentistas, que muitos deles são extremamente descrentes na viagem de carona e não parecem acostumados a ver mochileiros fazendo isso, diferente do que experimentamos no Brasil. É claro que muitas pessoas estranham a viagem de carona e sabemos disso, no entanto, enquanto no Brasil recebíamos incentivo de frentistas e de pessoas no caminho, no Uruguai, mesmo quando ajudavam com alguma informação, era comum acrescentarem algo como "creio que vai ser muito difícil, as pessoas tem medo de dar carona, mas podem até tentar, vai que...", opinião que não representa a realidade, mas sim, uma mentalidade. Continuamos esperando no posto, até que um moço veio até nós para avisar-nos que aquele ponto seria muito ruim para chegar até Montevideo porque, justo ali, fizeram um desvio de caminhões para reduzir o trânsito na Ruta. Nos contou que, em sua juventude, também precisou se locomover muito pedindo carona e que, por isso, sabia que depois da cidade de Pando, ainda na Ruta 8, conseguiríamos uma carona com muito mais facilidade. Sendo assim, pegamos ali mesmo um ônibus para Pando e, depois de atravessar essa cidade a pé, chegamos a uma rotatória na saída para a Ruta 8. Carona 13: Pando-Uruguai para mais a frente na Ruta 8 - com Hector, caminhoneiro. Depois de toda a dificuldade, aprendemos algo muito importante: parece muito mais fácil pegar carona no Uruguai com plaquinhas para destinos próximos, ainda que muito pequenos, porque não é comum que as pessoas viagem "longas" distâncias. Além de o combustível ser extremamente caro no país, nosso referencial de distâncias longas/pequenas é totalmente diferente do deles. Então, o que no início nos parecia perfeitamente factível e razoável, como tentar carona direto para Montevideo, para eles significa cruzar o país todo. Quando, por exemplo, eles falam de "150km" a frente, estão falando de um local distante e, para nós, soa o contrário. Não que seja impossível, afinal, há caminhões e empresas que fazem esses longos trajetos até a capital, mas é bem mais improvável do que ir pingando de cidade em cidade. Sendo assim, decidimos mudar nossa plaquinha para destinos mais realistas: "Minas o Treinta y Tres". Cinco minutos depois, Hector parou para nós, nos deixando alguns quilômetros adiante na rotatória de entroncamento para Atlântida. Dali caminhamos aproximadamente 3 km até chegar a um pedágio na Ruta. Paramos com nossa plaquinha no acostamento após o pedágio e, em poucos minutos, conseguimos nossa nova carona. (Carona 13, com Santiago) Carona 14: Pedágio Ruta 8 para rotatória na Ruta 8 - com Santiago, professor de dança. Um carro parou para nós: era Santiago, um moço muito animado que logo foi movendo os instrumentos de percussão que carregava consigo para o porta-malas, a fim de liberar espaço para nós no banco traseiro. Santiago nos ofereceu um pote cheio de flores de maconha, que plantou em sua casa, para o restante da viagem. Achamos a insistência do moço muito engraçada e até pensamos em aceitar, mas sabíamos que cruzaríamos a fronteira bem em breve. Além disso, ao contrário do que pensamos no início da viagem, nos mantivemos em estado de alerta o tempo todo e sequer nos sentimos a vontade para fumar no Uruguai. Santiago estava indo a Migues e nos deixou na rotatória para aquela saída da Ruta. Carona 15: rotatória na Ruta 8 para Minas-Uruguai - com Carlos, caminhoneiro. Logo que Santiago nos deixou na rotatória -que, aparentemente, não era um lugar tão bom assim para pedir carona, visto que os veículos não estavam reduzindo a velocidade -, avistamos, poucos metros adiante, um caminhoneiro parado no acostamento com seu caminhão. Antes mesmo de nos posicionarmos com nossa placa para continuar, o caminhoneiro nos chamou até ele. O Manuh correu para verificar o que era e, para nossa felicidade, ele nos ofereceu carona. Carlos estava indo a Minas e nos deixaria na entrada da cidade. Carlos havia parado no acostamento apenas para atender uma ligação, o que convergiu perfeitamente com o tempo em que chegamos lá com Santiago: viajar assim, de maneira imprevista, tem seus acontecimentos cósmicos mágicos. Carlos nos deixou em Minas, onde logo fomos procurar lugar para ficar. Como nem eu e nem o Manuh temos perfis verificados no Couchsurfing (o que é bem limitante, já que o aplicativo te dá somente direito de usar 10 solicitações de hospedagem por semana), não possuíamos mais solicitações para usar. Precisaríamos acampar e, assim, começamos a perguntar aos moradores locais onde havia um lugar relativamente seguro para armar nossa barraca. Nos indicaram um parque público aberto às margens de um rio, cortado por uma ponte. Ali, encontramos em seu lado mais arborizado um local aparentemente seguro para acampar, exceto pela placa em uma das árvores com os dizeres "prohibido acampar". Ficamos com medo de cometer uma infração e precisarmos pagar algum tipo de multa, por isso, antes de montar acampamento, ainda fomos caminhando até a delegacia no centro da cidade para pedir autorização à polícia. Explicamos a situação a um dos policiais, que foi muito bacana em nos compreender e dizer que fariam vista grossa. Compramos 10 alfajores de Minas por 110 pesos (mais ou menos R$1,20 cada). (Carona 16, com Javier) (dia 13) Carona 16: Minas-Uruguai para Aceguá (Uy/RS) - com Javier, caminhoneiro. Desmontamos acampamento ainda antes do dia amanhecer e consideramos que a melhor ideia para continuar com as caronas seria atravessar a cidade a pé para chegar em sua saída para a Ruta 8. Caminhamos por cerca de 1h30 e, quando finalmente chegamos a saída, nos deparamos com uma grande insegurança por causa do baixo movimento da Ruta. Além disso, estávamos congelando com o vento frio cortante daquela manhã. Mal conseguíamos ficar um momento sem luvas para olhar o mapa no celular. Estávamos já praticamente sem pesos para cogitar pegar algum ônibus dali para qualquer lugar. A saída era continuar pedindo carona e usar o que aprendemos sobre caronas no Uruguai ao longo do caminho. Fizemos uma nova plaquinha com as cidades próximas, "Treinta y Tres o Melo" e, mesmo desesperançosos, decidimos continuar ali por um tempo. Tentando nos fortalecer naquele momento, Manuh repetiu em voz alta o nosso mantra de caroneiros: "A carona certa virá na hora certa para o lugar certo". Eu, já com um tom de humor impaciente, retruquei que a hora certa era aquela mesma. Como num passe de mágica, nem um minuto depois, um caminhão encostou para nós. Era Javier, indo diretamente para o nosso sonhado destino "Acegua", na fronteira. Entramos as pressas no caminhão, eternamente gratos por sermos salvos por ele e, mais uma vez, por essas conexões do universo. Chegamos em Aceguá por volta das 17h, onde fizemos a saída do Uruguai na imigração e gastamos os últimos pesos em um mercadinho uruguaio antes de ir montar acampamento em um posto de gasolina na saída da cidade. Acontece que, em Aceguá, se iniciou o nosso momento de maior perrengue da viagem toda: enquanto montávamos nossa barraca no posto SIM, começou a chover cada vez mais forte, molhando todas as nossas coisas. O borracheiro do posto, que nos ajudou quando chegamos, sugeriu que dormíssemos em uma Ipanema abandonada ao invés de nos molharmos mais e passarmos mais frio na barraca. Assim fizemos. A Ipanema estava com os bancos abaixados, então, nos organizamos como possível com nossos sacos de dormir e mochilas lá dentro. Ao menos, tínhamos refrigerante e alfajores para amenizar o mau humor pós chuva. A pior coisa é passar frio estando molhado. (dormindo dentro da Ipanema abandonada, no Posto SIM de Aceguá-RS) (dia 14) Carona 17: Aceguá-RS para Bagé-RS - com seu Luís, caminhoneiro. Acordamos em Aceguá, com muito frio, ainda úmidos e ainda estava garoando. Não sabíamos como fazer para pegar carona com aquele tempo. Conversamos com os frentistas do posto, super hospitaleiros, que nos aconselharam a tentar pegar um ônibus para Bagé. O problema é que, como não parava de chover, mal conseguiríamos chegar ao ponto de ônibus a apenas alguns metros dali. Decidimos esperar no posto para ver se a chuva pararia. A decisão foi a mais acertada porque, pouco depois, um frentista nos avisou que um dos caminhoneiros que havia acabado de abastecer estava seguindo para Bagé. Nos prontificamos a falar com o caminhoneiro, seu Luís, que topou nos dar carona para lá numa boa. Pensamos que nossos pesadelos acabariam por aí, no entanto, também estava chovendo e muito frio em Bagé, por volta de 10ºC e uma sensação térmica de menos. A chuva não parava por nada. Paramos em mercadinho, de atendimento péssimo, para comprar uns pães franceses e frios de café da manhã/almoço/lanche da tarde. Pegamos um ônibus para o centro de Bagé e, de lá, também não conseguimos fazer muita coisa. Ainda não tínhamos solicitações disponíveis no Couchsurfing e não encontrávamos hostels na cidade olhando e ligando nos telefones do google. Caminhamos até um hotel próximo, que nos deu a indicação do hostel de preço mais acessível. Não havia carros do Uber disponíveis na cidade e, portanto, tivemos que comprar um guarda chuva (uma sombrinha pequena por 12 reais e os outros eram caríssimos) e ir caminhando para esse tal hostel por cerca de 40 minutos. Chegamos no Hostel da Campanha ensopados. Nossos casacos molhados, sapatos molhados e mochilas molhadas (inclusive, as roupas de dentro). Pegamos a acomodação mais barata, R$50 por pessoa, em um quarto com beliche para duas pessoas. Apesar do preço ainda meio salgado, pagar aquela estadia foi absolutamente necessária, caso contrário, precisaríamos bater de porta em porta ou morreríamos de hipotermia. Além disso, o Hostel da Campanha é de longe o melhor hostel que já fiquei na vida: além de incluir um café da manhã muito bom e com várias opções, é extremamente limpo, extremamente novo e confortável, fora o atendimento impecável de todos da recepção (estou reforçando essa parte porque quem viaja gastante pouco sabe como pode ser o frustrante pagar estadia para se deparar com um lugar precário). Como eu havia levado um rolo de fio de nylon, improvisamos varais por todo quarto e penduramos nossas coisas. (Varais no quarto do Hostel, em Bagé) (dia 15) Escolhemos, para a infelicidade do nosso bolso e para a alegria de nossos pertences pessoais, ficar mais uma noite no hostel. Isso porque não seria possível seguir viagem com as coisas todas molhadas, ainda mais com o tempo tão frio e chuvoso. De dia, pedimos indicação de uma lavanderia na recepção, para onde mandamos todas as nossas roupas. Aproveitamos um breve momento sem chuva durante a tarde para passear e, a noite, deixamos nossos sapatos secando em frente a lareira da sala. O gasto com a estadia no hostel poderia ter sido evitado, mas consideramos que existem situações emergenciais em que é realmente muito difícil não abrir mão de algumas economias para garantir nossa segurança e bem estar. Acabou sendo uma parada extremamente estratégica para nos recompormos e repararmos os danos do tempo chuvoso. (dia 16) Carona 18: do meio da cidade em Bagé-RS para saída de Bagé-RS, com Fabrício. Enquanto caminhávamos para a saída da cidade, Fabrício nos avistou e ofereceu carona para o posto de gasolina ao qual nos dirigíamos. Essa foi a carona mais curta de todas, menos de 4km, e a única que pegamos em zona urbana. Carona 19: Bagé-RS para Hulha Negra-RS, com Hosana. Desistimos de tentar carona no posto de gasolina, que não parecia ainda tão "na saída" para a rodovia. Caminhamos cerca de 1h até chegarmos, de fato, a BR 293, em uma rotatória. Estávamos com a plaquinha "São Gabriel", contudo, ao observarmos o movimento da rotatória, sentimos uma forte intuição de que teríamos mais êxito se pedíssemos no sentido contrário, para "Pelotas ou Porto Alegre" - e essa foi nossa nova plaquinha. Em menos de 10 minutos, Hosana parou para nós. Disse que não está acostumada a dar carona para mochileiros, mas que sempre ajuda os policiais que pedem carona. Hosana nos deixou na entrada de Hulha Negra, quilômetros a frente. (Carona 19, com Hosana) Carona 20: Hulha Negra-RS para Pinheiro Machado-RS, com sr. Paulo. Novamente, menos de 10 minutos depois, sr. Paulo, natural de Candiota-RS, nos salvou de passar frio na estrada e nos levou até a entrada de Pinheiro Machado. Viajamos juntos ao som de clássicos da música caipira enquanto observávamos as paisagens de campos. (Carona 20, com sr. Paulo) Carona 21: Pinheiro Machado-RS para Pelotas-RS, com Rose e Wal. Poucos minutos depois de esperarmos novamente no frio congelante, Rose e Wal nos ofereceram carona. Fomos tomando chimarrão e conversando sobre o que achamos das cidades que conhecemos ao longo da viagem. Conversamos bastante sobre como as cidades no sul e no Uruguai são, de modo geral, mais seguras que em São Paulo. Rose nos falou sobre a praça do Mercado Municipal de Pelotas e topamos parar por ali mesmo. Chegamos em Pelotas por volta das 15h e decidimos pernoitar por lá. Mais uma vez, começou a saga de procurar lugar para pousar, enquanto conhecíamos o mercado e prédios históricos dos arredores. Na praça em frente ao mercado, abordamos um moço com um violão nas costas para perguntar se poderia nos indicar um lugar barato para comer. O moço, chamado Marcelo, foi h extremamente hospitaleiro e nos acompanhou por um tempo em nossa busca e trocamos contato antes de nos despedirmos. Naquela noite, conseguimos abrigo na casa de uma amiga do Manuh, no bairro Porto. Por termos gostado muito da cidade, decidimos passar mais um dia em Pelotas. Convidamos Marcelo para uma volta pelo centro da cidade e acabamos, no fim das contas, pedindo abrigo para ele na casa de sua família. Depois de uma tour por Pelotas, guiados por Marcelo, almoçamos com sua família e fomos recebidos com carinho. Não deixamos de experimentar os doces de Pelotas e conhecer a bancada de discos do James na feira em frente ao Mercado Municipal. (Carona 21, com Rose e Wal) (dia 18) Carona 22: Blablacar de Pelotas-RS para Eldorado do Sul-RS, com Ezequiel. A escolha de pegar um Blablacar, a essa altura da viagem, foi bastante estratégica. O objetivo era chegar até o Posto SIM, na saída de Eldorado do Sul, para encontrarmos lá o nosso amigo caminhoneiro seu Roberto, o mesmo que conhecemos na carona de número 9. Combinamos com seu Roberto que nos encontraríamos lá por volta da hora do almoço, para que pudéssemos, então, seguir com ele até Jaraguá do Sul-SC. Carona 23: Eldorado do Sul-RS para Jaraguá do Sul-SC, com seu Roberto. De fato, conseguimos encontrar nosso amigo seu Roberto no posto e seguimos viajando juntos até por volta das 22h. Paramos em um posto de gasolina próximo a Florianópolis para pernoitarmos e partimos novamente por volta das 3h. Chegamos a entrada para Jaraguá por volta das 5h e esperamos em um posto de gasolina até o dia amanhecer. (dia 19) Carona 24:Jaraguá do Sul-SC para Curitiba-PR, com seu Alberí, caminhoneiro. No mesmo posto em que ficamos em Jaraguá, fizemos uma plaquinha para "Curitiba" e, coisa de meia hora depois, seu Alberí parou para nós. Seu Alberí, um caminhoneiro com 35 anos de estrada, nos contou vários histórias sobre subornos policiais no Rio de Janeiro, sobre o problema com bloqueios eletrônicos dos caminhões - que "só servem pra deixar caminhoneiro estressado e matar caminhoneiro", sobre seguradoras que querem traçar rotas para os caminhoneiros sem, ao menos, conhecerem o dia a dia deles nas rodovias. Seu Alberí nos deixou na entrada para São José dos Pinhais-PR, mesmo local onde paramos no início da viagem e, assim, pegamos os mesmos ônibus novamente para o centro de Curitiba. Almoçamos no buffet livre (R$11,50) e pernoitamos novamente na casa de nosso conhecido. No dia seguinte, preferimos continuar descansando em Curitiba, onde almoçamos novamente em outro buffet livre (R$7,50) e aproveitamos a companhia do pessoal da república. (dia 20) Carona 25: de São José dos Pinhais-PR para Taboão da Serra-SP, com seu Edimilson. Para sairmos de Curitiba, pegamos um ônibus intermunicipal de volta para São José. Fomos pedir carona em um posto grande recomendado pelo seu Alberí, "Posto Aldo Locatelli". No posto, tentamos carona na saída com a plaquinha "São Paulo ou Campinas", não obtendo sucesso por cerca de 1h. Fizemos uma pausa para comer na conveniência e usar o wifi. Na saída da conveniência, fomos abordados pelo seu Edimilson, que perguntou nosso destino e nos ofereceu carona até sua cidade, Taboão da Serra, limítrofe de São Paulo capital. Edimilson nos contou sobre várias viagens que fez pelo globo motivado pelo seu hobby: o mergulho. Nos contou sobre as melhores experiências e perrengues mergulhando, assim como sobre vários outros pontos turísticos, como as pirâmides no Egito. Em Taboão da Serra-SP, encerramos a viagem pegando um ônibus e um metrô para o nosso marco zero, São Paulo-SP. Lá, jantamos na rodoviária e pegamos um blablacar para nossa casa em Campinas-SP. No fim das contas, depois de contar um pouco dessa maravilhosa odisseia, deixo algumas considerações para quem se sente inspirado a procurar o mesmo tipo de aventura. Já ouvi dizer por aí que "pressa não combina com viajar de carona" e isso é verdade! É possível, sim, viajar durante poucos dias de carona - até mesmo para fazer só um bate-volta em um fim de semana-, porém, a verdade é que, se você tem dia prazo para "estar de volta", você acaba se sentindo mais pressionado pelas circunstâncias imprevisíveis da aventura. Hoje tenho a percepção de que viajar pedindo carona é mais confortável quando se tem tempo de sobra, ou indeterminado, para ficar na estrada e poder aproveitar mais dias nos lugares em que, de fato, se quer parar. Outra consideração é que viajar de carona e de maneira econômica te proporciona uma visão muito menos idealizada do que aquela adotada em uma viagem convencional: não se conhece os lugares pelo olhar de turista - até porque, é muito comum acabar desviando de rotas turísticas -, mas sim, pelo olhar das pessoas que vivem diariamente a realidade dos lugares e das rotas que os cercam. Antes de viajar de carona, leia sobre o passo a passo a se seguir e o memorize bem. Procure os melhores pontos do trajeto para pedir carona e mantenha o pensamento sempre positivo. Se atente, também, aos dias da semana. Algumas rotas, como rodovias com postos de gasolina grandes, facilitam mais do que outras, como pistas estreitas e pouco movimentas, contudo, sempre dá pra conseguir uma condução! Cada lugar tem uma cultura diferente e isso também afeta no processo de pedir/conseguir carona, como comentamos sobre a experiência no Uruguai, mas essa questão se resume apenas em entender as particularidades do ambiente. No caso de quem vai pedir carona no Uruguai, principalmente no interior do país, meu conselho é o de fazer plaquinhas com destinos próximos, ainda que pareçam distâncias pequenas, ou, mais prático ainda, se valer apenas do número da Ruta desejada (ex: Ruta 8). O movimento das vias é muito menor do que no Brasil, mas, como dito antes, isso não é sinônimo de não conseguir carona. Se estiver indo para o Sul, dê atenção especial aos postos de gasolina da rede SIM, que tem boa estrutura e costumam ser maiores e frequentados pelos caminhoneiros. Dito tudo isso, desejo boa viagem aos que se inspiraram! Aos que não se inspiraram, espero que tenham feito boa viagem, ao menos, durante a leitura. Até breve, mochileiros e curiosos!
  17. Filme - South America, eyes on the mountains Gostaria de partilhar com vocês a nossa última grande viagem. Durante 1 mês, percorremos grande parte da cordilheira dos Andes, de mochila às costas. Desde o extremo Sul do continente Americano, passamos pelo frio da Patagónia Argentina e Chilena, pela terra árida da Bolívia e pela Selva do Peru. 4 países onde a cultura Andina está sempre presente e onde varia a cada quilómetro. Sentimos que foi uma viagem enriquecedora e inspiradora. Foi difícil, marcante e inesquecível e decidimos reportar em vídeo, em modo locução. Espero que sirva para relembrar muitos de vocês ou até servir de inspiração para embarcar nesta viagem. "percorrer a América do Sul mudou-me mais do que queria, eu já não sou eu, pelo menos já não sou o mesmo eu interior "Diário de uma motocicleta, Che Guevara
  18. Meu primeiro mochilão pela Europa foi no longínquo ano de 2004 (mesma época em que entrei aqui no fórum). Acredito que a frase acima já lhe permita imaginar como minha viagem foi bastante diferente, levando em conta o quanto o mundo evoluiu em 15 anos. Sem mais delongas, vou citar abaixo 10 itens/coisas que levei em meu primeiro mochilão e que hoje poderia dispensar. As imagens são meramente ilustrativas. 1. Câmera Fotográfica Eu sei exatamente o que você está pensando: em 2004 câmeras digitais já eram (quase) populares. Sim, já eram. Inclusive levei uma delas comigo (daquelas fininhas point and shoot). O problema é que minha câmera digital usava pilhas palitos que se desgastavam rapidamente. Além disso, meu irmão tinha uma câmera analógica semiprofissional da Canon e eu a levei acreditando que as fotos ficariam muito melhores do que na outra. A Canon era pesada, com uma lente grande...e não era fácil de guardar em uma mochila. 2. Carregador de pilhas Mais barato do que comprar pilhas todos os dias para a minha câmera, eu comprei um carregador com 4 pilhas recarregáveis. 3. MP3 Player Nada como ouvir uma boa música enquanto você espera o trem chegar...ou antes de dormir, depois de andar quase uma maratona para conhecer o maior número de pontos turísticos na cidade que se visita. Aliás, cabe salientar que meu mp3 player também usava pilhas palito. 4. Despertador/relógio Levei dois relógios de pulso (um com o fuso do Brasil e o outro com o fuso local), mas descobri alguns dias antes da viagem que ambos tinham o som do alarme muito baixo (e eu o sono muito pesado). Diante deste problema, corri para uma loja de 1,99 e comprei um despertador (só pra garantir...sabe como é...). 5. Lanterna Quando você dorme em um quarto com 8 ou 10 pessoas que você não conhece, é sempre bom ter uma lanterna pra encontrar o caminho do banheiro ou algum item perdido na sua mochila bagunçada. 6. Dicionário Como já tinha certo conhecimento da língua inglesa, levei comigo um dicionário português/francês, pois passaria por 3 países francófonos. 7. Diário de viagem Para guardar boas lembranças, além de registrar informações importantes (que depois compartilhei aqui no fórum), levei um caderno ou diário de viagem. Tenho ele guardado até hoje. 8. Guia de viagem / mapas em papel /outros tantos papéis Levei um livro/guia de Amsterdã que emprestei de um amigo, além de várias páginas impressas com dicas que encontrei na rede (como ir da estação de trem/aeroporto até o hostel, principais pontos turísticos, onde comer gastando pouco, etc). Lembrando que o mochileiros.com tinha apenas 2 anos na época e a internet ainda não dipunha de tantas informações compartilhadas entre viajantes. Além disso, me utilizei de vários mapas em papel que ganhei ou comprei pelo caminho. Sem falar, é claro, nos tickets de trem/ônibus/avião que eu precisava guardar em minha mochila. Enfim...muitos papéis. 9. Roupas em excesso / Peso em excesso Ainda que o mochilão tenha ocorrido no inverno, calculo que levei quase o dobro de roupas que eu efetivamente usei. Lavei algumas peças nos hostels e outras nem cheguei a usar. Isso impactou principalmente no peso de minha mochila (e em dores nas costas). 10. Kit de costura Pensei muito se incluía ou não este item na lista, pois ele efetivamente salvou a minha vida (metaforicamente, é claro). Em razão do citado excesso de peso em minha mochila, somado ao fato desta não ser de uma qualidade muito boa, sofri um acidente quando aguardava meu trem na estação de Bonn, na Alemanha. Minha mochila simplesmente rasgou o fundo, despejando minhas coisas diante de uma plateia de alemães incrédulos com a cena. Embora inicialmente desesperado, vi o kit de costura no chão e o usei para costurar minha mochila. Entretanto, não foi tão fácil assim. As linhas do meu kit eram de má qualidade e quebravam quando eu tentava costurar um material tão duro quanto a mochila. Diante de tal infortúnio, não tive dúvidas: costurei com algo muito mais resistente, fio dental. A mochila ficou feia, mas aguentou o resto da viagem sem problemas. Pensando melhor...talvez seja bom manter o kit de costuras... Enfim, esta é a minha lista. É fácil perceber que o smartphone substituiu a maioria destes itens que citei, dentre outros que acabei não citando aqui (talvez em uma parte 2). E você? O que não levaria no seu próximo mochilão?
  19. Texto abaixo Saber qual o regime de alimentação que mais se adéqua ao seu perfil talvez faça TODA a diferença em sua viagem. Pode representar uma grande economia ou uma grande TRAGÉDIA. Nesta “rezenha” eu vou tentar explicar os tipos de regime. Tipos de regime de alimentação: “CM” ou Café da manhã: Regime com café da manhã incluso. No café da manhã, há ainda duas diferenças que valem à pena o registro: Café da Manhã “Continental” e Café da Manhã “Buffet”. O Café da Manhã Continental algumas vezes é chamado de ‘café da manhã frio’, pois a maior parte dos alimentos são frios. É um café da manhã muito simples, com pouca variedade. Em algumas regiões ele pode ser tão somente um café com leite, pão e manteiga. Algumas vezes pode incluir uma fatia de queijo ou presunto, ovos fritos e um suco. Costumo apelidá-lo de “café com pão, bolacha não”. Não espere encontrar diversidade de pães, bolos e comidas quentes. O Café da Manhã Buffet (Bufê) é mais elaborado. Normalmente inclui frutas da época, grãos e cereais, variedade de queijos e outras espécies de frios, derivados de leite, geleias, gelatinas, sucos, ovos mexidos, salsichas cozidas com molhos, carnes secas, “waffles”, panquecas doces e salgadas, omeletes feitos com escolha de acompanhamentos na hora, papas, mingaus, cuscuz, inhame, macaxeira, batata doce e tapiocas feitas na hora (quem conhece o Nordeste sabe do que estou falando, uma delícia!). A quantidade de itens varia de acordo com a região. na Europa, por exemplo, estes bufês chegam até a terem saladas, conservas como picles, pastas, pães, torradas e pimentões, além do tradicional café, leite e chás. Não inclui água mineral engarrafada, somente se estiver servido em filtros ou jarras. “MAP”ou Meia-pensão: Regime com café da manhã e jantar. Este tipo de regime de alimentação é muito conveniente para para Hotéis e Resorts centrais, pois durante o dia os viajantes poderão explorar à vontade o turismo local, passando o dia inteiro fora do hotel, almoçando onde melhor lhes convier. Quando retornarem ao hotel, e como na volta bate um cansaçozinho, poderão jantar no próprio hotel, e, muitas vezes, até curtir um show/apresentação/atração oferecido pelo estabelecimento. Normalmente inclui bebidas não alcoólicas (água, suco e refrigerante), mas apenas durante os horários em que estejam sendo servidas as refeições. Alguns hotéis oferecem a possibilidade de Meia-Pensão com café da manhã e almoço, ao invés do jantar, mas não é regra. Aqui vale dizer que uma refeição não substitui a outra, isto é, não se pode ‘trocar’ o café da manhã pelo almoço, por exemplo. “FAP” ou Pensão Completa: Regime com café da manhã, almoço e jantar. A Pensão Completa é interessante para grandes Resorts, que ficam mais isolados do centro. Este regime é indicado para quem está viajando com a família ou para quem deseja curtir toda a estrutura do hotel. Estão incluídas as bebidas não alcoólicas (água, suco e refrigerante), também apenas durante os horários em que estejam sendo servidas as refeições. “All Inclusive” ou Tudo Incluído: Regime com café da manhã, almoço, jantar, lanche e serviços. Observem que a principal diferença deste regime para o Pensão Completa é a inclusão do lanche e dos serviços. Alguns hotéis incluem serviços como boliche, cavalgada, passeios de bicicleta, golfe, mergulhos etc. Este regime é geralmente adotado em alguns Resorts e Cruzeiros e possuem o que chamamos de ‘cardápio nomeado’, ou seja, o que não constar nos cardápios como liberados, saem por conta do viajante. Não estão incluídas ‘bebidas Premium’, como Whisky 12 anos, Vodcas e Vinhos de carta especial, além de serviços extras como SPA e salão de beleza. A questão mais fundamental na hora de escolher o seu regime de alimentação é entender o contexto da sua viagem. Faz sentido para uma família com crianças contratar um regime All Inclusive, assim como faz sentido você contratar apenas o café da manhã se o objetivo da viagem for Gastronômico. E aí, qual regime é o melhor para você, viajante? Boa viagem!
  20. Estou viajando e vendendo brigadeiros numa caixa de ferramentas que paguei 19€, são 04 anos na estrada , 28 países e muita criatividade e cara de pau. Quer viver seu sonho de viver viajando ? Eu te ensino como e o melhor de graça, sou grato por estar VIVENDO O MEU SONHO, e compartilho tudo em meus Stories no Instagram: @instacaionomundo Lá eu posto várias soluções criativas para você viver viajando de um jeito simples e grato. Criatividade & Cara de Pau, chega de desculpas em sua vida e vai viver seu sonho HOJE !!!
  21. Olá pessoal ! Eu moro na Noruega e eu estou pensando em fazer um trip para o Whistler/Canadá ou Niseko/Japão ,duração de 7 a dias 10. Eu já estive em nesses 2 lugares e achei top e agora estou pensando em ir novamente . Se alguém estiver afim de junto e só me avisar.
  22. Oláá!! Consegui uma promoção muito boa e então decidi ir pra Chapada dos Veadeiros novamente!! Estou a procura de parcerias para que a gente divida as despesas com aluguel de carro e acima de tudo façamos uma viagem incrível e inesquecível!! Já conheço lá, mas quero ir novamente em todos os lugares que já fui e fazer render muito mais a viagem indo nos tantos outros lugares que faltaram.. Chego dia 22/12 logo cedo e retorno dia 01/01 fim de tarde, se conseguíssemos alinhar as datas seria perfeito, aproveitaríamos muito!! A idéia também é ficar hospedado os dias suficientes para cada região, assim a gente aproveita muito melhor de cada uma e não perde tempo, passando por São João d'Aliança, Alto Paraíso, Cavalcante e o restante dos dias em São Jorge!! A quem interessar, fale comigo para que possamos conversar melhor no whatsapp, deixe seu contato garanto que astral e risadas não vão faltar!! Segue o roteiro que montei, claro que não vai dar pra fazer tuuudo, quem dera, mas dá pra ter uma base e aproveitar intensamente cada lugarzinho mágico da Chapada: ROTEIRO CHAPADA DOS VEADEIROS São João D'Aliança - 3 dias, 22 a 24/12 - Cachoeira do Label (maior da Chapada, saindo do aeroporto) - Cataratas dos Couros + Cachoeira da Muralha + Cachoeira do Papagaio - Bocaina do Farias (lugar incrível) - Cachoeira do Macacão + Cachoeira dos Macaquinhos - Cachoeira do Dragão (mais maravilhosa, vai um dia todo) Alto Paraíso - 2 dias, 25 e 26/12 - Cachoeiras Loquinhas + Cachoeira dos Anjos e Arcanjos - Cachoeira dos Cristais + Cachoeira Água Fria - Cachoeira do Sertão Zen (vai um dia todo, mirante incrível) Cavalcante - 2 dias, 27 e 28/12 - Cachoeira Poço Encantado (passadinha, beira da rodovia) - Cachoeira Ave Maria + Cachoeira Capivara + Cachoeira Santa Bárbara + Cachoeira Candaru - Cachoeiras do Prata (distantes, mas valem a pena) - Fazenda Veredas (Cachoeiras Veredas + Veredinhas + Véu da Noiva + Cobiçada + Toca da Onça + Poço Encantado + Cânion) São Jorge - 4 dias (tudo muito perto), 29/12 a 01/01 - Cachoeira São Bento + Cachoeiras Almécegas I e II - Morro da Baleia + Jardim de Maytrea + Cachoeira da Bailarina - Fazenda Volta da Serra (Cachoeiras Cordovil + Encontro + Rodeador + Poço das Esmeraldas) - Vale da Lua - Mirante da Janela + Cachoeira do Abismo - Cachoeira Morada do Sol + Cachoeira Raizama (pequenas, mas pertinho) - Cachoeira do Segredo (maravilhosa, vai um dia todo) - Águas Termais (perfeito pra relaxar anoitecendo) - Praia das Pedras + Encontro das Águas (distantes, não compensa) Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (São Jorge) - Cachoeira dos Saltos + Cachoeira do Garimpão + Corredeiras + Cachoeira do Carrossel - Cachoeira Carioquinhas + Cânions I e II - Cachoeira das 7 Quedas (travessia, vai um dia todo, fica pra próxima)
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