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Ir para Israel sempre foi um grande desejo nosso. Apesar de não sermos religiosos, aliás de não termos religião conhecer um lugar com tanta história religiosa, com crises políticas tão atuais nos deixava fascinados. Conseguimos uma grande promoção e voamos para Tel Aviv, na conexão em Nova York já percebemos o quanto seria diferente a nossa ida a Terra Santa. Já no terminal em Nova York, mesmo já temos feito todo o procedimento de segurança, como nosso voo iria pra Israel, existia dentro do gate mais um procedimento de segurança, com maquinas de raixo x e revistas pessoais. O novo procedimento para entrada em Israel mudou, não é mais necessário pedir para que não carimbem o passaporte, caso você pretenda viajar para algum país muçulmano futuramente. Hoje em dia a imigração nos entrega um papel a parte, evitando assim problemas futuros. A imigração em Tel Aviv foi muito tranquila, todos muito educados e solícitos. Dentro do aeroporto pegamos a estação de metrô para irmos para o apartamento que alugamos. Alugamos pelo airbnb.com um studio a uma quadra da praia, que saiu muito mais em conta do que ficar hospedado em um hotel. Após descermos do metrô precisávamos pegar um ônibus, e ai começaram os problemas. Absolutamente nada em Israel está escrito ou traduzido para o inglês, tudo está em hebraico. Sofremos e pegamos o ônibus errado e foi uma luta de sinais para eu explicar aonde queria ir e eles tentando me ensinar em hebraico como ir. Chegamos no nosso studio super arrumadinho e limpinho e de excelente localização, e ali começou meu amor por Israel e pelos israelenses. Na mesma noite saímos para jantar e tomarmos vinho em um restaurante super charmoso com uma comida maravilhosa. Porém, nada em Israel é barato, na verdade achei tudo muito caro. Por exemplo, um prato de massa custou uns USD 30 e uma garrafa de vinho mais barata era USD 40. Como já era tarde fomos dormir, porque o turismo começaria no dia seguinte. No dia seguinte decidimos fazer toda Tel Aviv a pé. E começamos pela orla e íamos entrando nos lugares. E foi assim que comi o primeiro de muitos falafels. E foi uma experiência única, num local tipicamente de locais e a gente fazendo mímica e ela respondendo apontando para as comidas. Dali seguimos para conhecer os pontos turísticos. A praia é bonita, limpa e bem organizada. Famílias inteiras passeando, gente correndo, muita gente andando de bicicleta. E como era meu aniversário, nada como parar em um lindo restaurante na beira da praia e beber uma garrafa de vinho branco apreciando a linda vista do mar Mediterâneo. Uma coisa me deixou impressionada na cidade, eles amam cachorros e tem muitos deles. Outra, eram os gatos lindos e bem tratados que vivam na rua e a população os alimentava. Eles também não jogam comida como os pães no lixo, eles deixam em cima do muro da porta de casa para que outros possam pegar e comer, tudo embaladinho. Continuando nosso passeio acabamos parando e passeando por um bairro muçulmano e descobrimos a vodka da maconha. Bom, até hoje não sei se tem algum cannabis na sua formula. A noite para comemorar meu aniversário, fomos jantar no Mexicana, um restaurante super bacana. E lá conhecemos duas pessoas fantásticas. Um israelense e outro era do Uzbequistão, passamos a noite bebendo e conversando com eles. Descobrindo um pouco da culturas local, bebendo mais ainda e ali nos despedimos. Como era cedo, fomos para um bar bem badalado e muito caro. Fiquei impressionada com o preço das bebidas. Como fizemos amizade e contei que era meu aniversário, eu ganhei muitos “Mazel Tov” do bar inteiro aos berros e de quebra meu presente foi bebida de graça a noite toda. Me diz, tem como não amar um povo assim, que te dá bebida de graça e passa a noite toda te desejando felicitações? Conhecemos muitas pessoas legais neste dia. No dia seguinte decidimos andar de bicicleta e fazer Tel Aviv de bike. Fizemos desta vez a parte norte. Vimos uma praia totalmente fechada que era exclusiva para judeus ultra ortodoxos. Somente eles podem entrar e não conseguimos ver o que se passa lá dentro. A noite fomos em um grande shopping da cidade. Na porta, havia seguranças revistando as pessoas, mas nós não fomos para a revista. Tel Aviv é moderna, com pessoas modernas e se você acabar indo para Israel durante o Shabat, tudo lá estará funcionado. Antes de irmos embora de Tel Aviv, decidimos fazer uma tattoo em hebraico para eternizar o momento. Escolhemos o estúdio Urban Ink, e tivemos uma incrível experiência de nos tatuarmos com um russo, que odeia religião e seu pai é da máfia russa. Foram muitas historias que ouvimos do tatuador. De lá seguimos para a rodoviária, e como era Shabat os ônibus iriam parar de funcionar as 17:00. Ao chegar na rodoviária as 16:30, nos deparamos com a rodoviária vazia e alguns membros do exército patrulhando o local. E ali tivemos uma experiência desagradável. Pedimos ajuda ao militar e como ele não falava inglês nos mandou ir conversar com dois judeus ultra ortodoxos que ali estavam pois aqueles falariam inglês. Ao pedir informação de onde pegaríamos o ônibus, eles fingiram que não falavam inglês. Fingiram, pois logo que ele se negou a nos dar informação, um israelense veio e nos informou em inglês onde seria o local. E então, os dois ultra ortodoxos, vieram indagar ao Rodrigo, em um inglês perfeito, se por um acaso ele era judeu. Rodrigo disse que não e falei pra nem dar trela e saímos andando deixando eles falando sozinhos. O problema aqui é que sou aversa a qualquer tipo de fanatismo, inclusive o religioso. Não consigo imaginar o por que de sermos ou não judeus implicaria em algo para recebermos uma informação. Eles olhavam de cara feia as tatuagens do Rodrigo e foi algo desagradável de se passar. Sou uma pessoa que gosta de aprender com o diferente, de respeitar aquilo que é diverso. E ainda no avião vi muitos ultra ortodoxos discutindo e sendo grosseiros com as comissárias e isso me incomodou. Vi muitos documentários sobre o comportamento dos judeus ultra ortodoxos e fiquei muito receosa. Documentários onde eles, muito extremistas, não aceitam o Estado de Israel, subjugam as mulheres, se recusam a andar na mesma calçada em que elas, um onde uma criança americana foi chamada de vadia por estar indo para escola de bermuda e coisas piores. Já no ônibus, o trajeto para Jerusalém durou uma hora e o buzão ainda tinha wifi de graça.