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Vinte e quatro anos depois, retorno a Lavras do Sul/RS, "A Terra do Ouro". Minha primeira incursão por essas paragens foi quando tinha 15 anos de idade, a convite de um colega de aula natural de Lavras. Lembro pouca coisa: de demorar umas infindáveis 5 horas a viagem de ônibus desde Santa Maria; que era um inverno bastante frio, e fui apresentado ao vento minuano, e senti na pele, o sentido literal do proverbio gaúcho "frio de renguiá cusco". Um dos maiores frios que já passei, parecendo cortar a alma do vivente; lembro também de ter visitado um barzinho chamado Telúrica, comido umas boas batatas fritas. Fora isso Lavras volta e meia retomava meu imaginário, pelas lendas que meu pai contava, do tal Barão do Serro Formoso, Francisco Pereira de Macedo, que segundo meu pai, era um ancestral ilustre da família, por parte da família Macedo de minha avó. Que segundo a história conta certa feita o tal Barão hospedou D. Pedro II, em Lavras do Sul, no início da Guerra do Paraguai. E Amante da música teria recepcionando o imperador com uma banda composta por escravos, tocando o Hino Nacional. Consta que em 1884 teria alforriado todos seus escravos, se antecipando à Lei Áurea o que influenciou os fazendeiros da região a fazerem o mesmo. Figura interessante esse Francisco, mas nunca consegui comprovar esse parentesco. Realmente Lavras é uma cidade cheia de histórias, sendo também o único município do Estado surgido e formado em torno da mineração de Ouro. O que fez com que Lavras recebesse a fama de “Terra do Ouro” (mas até onde sei, não tem mais ouro lá). Voltando a vaca fria... No final de semana do Carnaval de 2018, consegui revisitar Lavras. E o reencontro não poderia ser melhor, a cidade estava linda, toda enfeitada para o Carnaval, com as ruas decoradas, as casinhas estilo colonial primorosamente bem cuidadas, um encanto! Realmente não tinha essa recordação em mente, mas confesso que fiquei muito bem surpreendido. Em minha modesta opinião Lavras é um dos destinos arquitetônico/histórico mais interessantes, e bem conservados do Rio Grande. O centro é repleto dessas casinhas estilo colonial, a maioria muito bem conservada, formando um belo cenário, muito convidativo a um turismo fotográfico. E assim caminhamos pelas ruas de Lavras em clima de preparativos de Carnaval. Carnaval este que segundo meus amigos, lavrenses, é o melhor do estado. Enfim... Não foi dessa vez que tirei a prova. Mais umas fotos na bela igreja da Paróquia Santo Antônio. E não é que achei a Telúrica, e tive que sentar para comer um pastel, momento nostalgia total. Ainda demos uma passada na praia do paredão, que estava atupetada de gente, e não deu nem para descer do carro para tirar fotos. E ao cair da noite seguir a estrada. Mas lavras ainda tem outros atrativos como: Casa de Cultura; Praça das Bandeiras; Gruta Nossa Senhora de Lourdes; Santuário de Santo Antonio. Outras Fotos: Rota: Fonte: https://rotasetrips.blogspot.com.br/