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Viver não é relatável, como já dizia Clarice Lispector, mas vou tentar contar um pouco do que vivemos! O relato que vem a seguir são as minhas impressões, opiniões. Vc pode concordar comigo e fazer parecido, ou discordar de mim e fazer diferente! Eu escrevo tudo, mas tuuuudo que lembro. Gosto de ler relatos assim, portanto escrevo assim tb. Se vc quiser só ver as dicas, pule a introdução, no fim de cada cidade eu faço um resumo! ESTRELANDO... Eu, marido Gui, filho João (9) e amigo e compadre Lio, padrinho do João. Olha, a gente viaja andando! A gente anda das sete da manhã as sete da noite e mais se precisar. Não temos foco na balada pq viajamos com criança, mas vivemos INTENSAMENTE cada segundo, até mesmo no bar se precisar tb. Doente, com sono, com fome, com jetlag... sempre estaremos na rua. PORQUE EMIRADOS ÁRABES UNIDOS? Não fomos por acaso pros EAU, foi de propósito. Desde que comecei a programar a viagem pro Japão só cotei passagens pela Emirates pq tínhamos decidido visitar o país. Apesar de já ter visitado país islâmico e ter gostado muito, confesso que no começo tinha preconceito da cidade (emirado) de Dubai... muita ostentação, muito urbano, coisas que geralmente não gostamos, mas depois de ler alguns relatos (valeu Tanaguchi!!) e conversar com uma amiga que mora lá decidimos que precisávamos muito conhecer Dubai e Abu Dhabi! E não nos arrependemos! PORQUE JAPÃO? Japão sempre esteve na minha interminável lista de lugares a conhecer. Sempre estive próxima da cultura por meio de amigos, alguns jogos e desenhos! Marido e filho sempre na parceria e o Lio já tinha manifestado interesse em participar tb, então nem precisamos convencer! Ano passado começamos a nos organizar pra desbravar o oriente. Há um ano o desenho da viagem já estava pronto e nós já sabíamos por onde começar... preciso de bastante tempo pra planejar viagens deste porte. #pobre DEFININDO DATA E ROTEIRO No começo eu tinha em mente ficar só uns 3 dias em Dubai e umas 2 semanas e meia no Japão, pra conhecê-lo de Tokyo pra baixo (pois no inverno é complicado ir pro Norte), mas depois fui mudando um pouco de ideia. Primeiro pq achei coisas legais demais pra fazer em só 3 dias em Dubai, queria mais. E segundo pq o deslocamento entre cidades no Japão é MUITO caro. Tipo muito HARD! Os trens são eficientes, mas bem caros... o JR Express que me serviria teria que ser o de 14 dias e meo, caro demais comprar 3 destes! Decidimos então ficar um tempo maior nos EAU e focar no centro do Japão, com cidades base de Tokyo, Kyoto e Osaka. Afinal o mundo sempre estará lá... podemos voltar. As datas tb tiveram que ser alteradas para acomodar as férias dos três adultos, João teve que matar as últimas semanas de aula... quase não gostou, rs. E tb sobre datas, nós gostamos de frio e gostamos de viajar sempre no frio! Os EAU são ótimos de se visitar no inverno tb, onde tpt chega a 32-34ºC e faz friozinho a noite. No verão é loucura, chega a 50ºC e não se anda na rua! Ficou assim: viagem entre 25 de Novembro e 15 de Dezembro na seguinte sequência – Londrina > São Paulo > Dubai (e Abu Dhabi) > Osaka > Kyoto (e Nara) > Tokyo > São Paulo > Londrina. Com isso definido pude começar a cotar passagens. MONITORAMENTO DO CLIMA E PREÇOS DE PASSAGENS Já em dezembro de 2016 eu ficava especulando passagens, rs, ansiosa ou não? Ainda não era possível cotar as minhas datas, então eu ficava fazendo exercícios pra ter ideia de preços. Vc pode ir pro Japão pela Europa (KLM e etc), Ásia (Emirados ou Qatar) ou América do Norte ou Central (México ,EUA e Canadá). Geralmente a rota das américas é mais barata, se vc já tiver visto americano é uma boa, mas pelos motivos que já expliquei, e pelo fato de não ter e não querer por hora o visto americano, foquei na Emirates. Sobre o clima, adicionei as cidades base no meu aplicativo de previsão do tempo e fiquei me divertindo vendo como seria frio quando eu fosse. Vi que poderia chover e até nevar em Kyoto... não é tão importante ficar fazendo isto, eu faço por diversão. kkkk COMPRA DAS PASSAGENS Através das pesquisas que fiz, achei que em média 4000 reais pra cada um seria o preço médio das passagens que eu queria, multidestinos, e quando chegasse neste valor eu compraria. Percebi tb que as passagens ficam no melhor preço com até 4-5 meses antes, tinha esta data como data limite em mente. Tenho datas bem amarradas, por isso uso esta estratégia e não me dou ao luxo (#inveja) de ficar esperando as mega promo! Mas lembra da ansiedade que não cabe? Não tem cura isso, kkkk... Faltando nove meses pra viagem, no fim de fevereiro, as tarifas bateram 10.500 (pra nós 3 aqui em casa)... abaixo do preço que considerei médio (~12.000 pra nós 3). O dólar tava super baixo e com dólar não se brinca... comprei! Via de regra dá pra esperar mais, eu via que datas mais próximas custavam cerca de 1000 reais a menos, mas todo mundo pirou que tinha que comprar e enfim, compramos, kk. No fim das contas foi uma boa... com a política e seu caos o dólar acabou subindo muito no meio do ano e ainda peguei as franquias de bagagem grátis! Monitorei pelo resto do ano – pq gosto de sofrer – e fiquei feliz em saber que fiz uma boa compra... só subiu. As passagens que compramos eram saindo e chegando de São Paulo, o trecho doméstico foi um caso a parte. Mas se puder, não faça isso, emita as passagens saindo da sua cidade... a franquia de malas é diferente e em caso de atrasos a responsa é da empresa. MOEDA Para os EAU eu levei dólares pra trocar lá por Dirhans. Pro Japão eu já levei Ienes mesmo. Somente hospedagens e trechos aéreos foram adquiridos com antecedência, o resto foi tudo na hora. Cartão de crédito levei para emergência. E quanto levei? Valores abaixo para três pessoas (2 adultos e 1 criança) 1.500 dólares (~5.200 reais) para 5 dias completos: média de 300 dólares por dia (~1.040 reais) – hospedagens e carro não incluso, pagamos antes. SOBROU, e poderia ter sobrado muito mais. 350.000 ienes (~10.850 reais) para 13 dias completos: média de 27.000 ienes por dia (~837 reais) – hospedagem não inclusa, pagamos antes. DEU, mas a gente torrou dinheiro, poderia ter sobrado. Mais detalhes de grana durante o relato. DEFINIÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTES Nos Emirados alugamos carro antes da viagem pela rentalcars (tipo um decolar de carros) pela empresa Thrifty, que tem guichê no terminal 3, por onde chegamos. Isso é realmente importante, poder pegar o carro no mesmo terminal que se chega, pois o aeroporto de Dubai é imeeeeensoooo. Conto da aventura de dirigir em Dubai no relato específico, mas se vc é afim, providencie a PID (= permissão internacional de direção - nos EAU é obrigatória). Optamos pelo carro pq achei que seria mais funcional. Foi a primeira vez que alugamos carro na gringa!!! Funcionou! O custo de 5 diárias do carro (um versa automático pq não existe nenhum carro manual lá) ficou 215 dólares na hora de locar, mais aquele monte de taxa que eles inventam de última hora. No total acho que deu uns 1000 reais, e mesmo assim achamos uma boa relação custo benefício. Este era o segundo carro mais barato pra alugar, atrás apenas de um pequeno demais! No Japão todos os deslocamentos entre cidades foram feitos de trem. As passagens foram compradas no dia ou no máximo no dia anterior, nas estações de trem mesmo. E dentro das cidades, dá-lhe perna e metrô. RESERVA DE HOSPEDAGENS Depois do roteiro já finamente detalhado, rs, e definidos quantos dias em cada lugar, foi hora de achar tetos para dormir. Pesquisei booking e airbnb pra ter ideia. Sempre dou prioridade pro airbnb, principalmente viajando em quatro pessoas, e no fim pegamos airbnb pra tudo. Então ficou assim: Dubai: https://www.airbnb.com.br/rooms/17551027 6 diárias 4 quatro pessoas: 1600 reais (400 para cada) Osaka: https://www.airbnb.com.br/rooms/7808510 3 diárias para 4 pessoas: 400 reais (100 para cada)* estava com crédito de viagem tive desconto de 500 reais. Kyoto: https://www.airbnb.com.br/rooms/13212939 5 diárias para 4 pessoas: 1200 reais (300 para cada) Tokyo: https://www.airbnb.com.br/rooms/8429102 5 diárias para 4 pessoas: 2000 reais (500 para cada) Como dá pra ver, gastamos cerca de 1300 reais por pessoa para passar 3 semanas em destinos carésimos! Todos os locais foram bons e o relato detalhado estará descrito em cada cidade! Mas airbnb é vida, adoro e não troco por nada. Se vc ficou interessado, faça o cadastro no site usando o link abaixo que eu e vc ganhamos crédito de viagem! www.airbnb.com.br/c/jcarneiro3 SEGURO VIAGEM Tivemos que dividir as passagens entre dois cartões e por pressa acabamos perdendo o direito ao seguro viagem do Platinum... Tivemos que contratar. Foi pela Porto Seguro e custou 350,00 para cada um, totalizando 1.050,00 reais. Não precisamos usar! VISTOS Tanto os EAU quanto o Japão exigem vistos de brasileiros. Visto Emiradense O dos EAU tiramos pelo próprio site da Emirates, depois de compradas as passagens. Dá pra tirar este visto de outras formas caso vc não compre as passagens pela Emirates, mas me pareceu meio burocrático. Eles têm alguns tipos de visto, começando pelo de 96 horas, que era o mais barato. Mas para nós não servia, pagamos 95 dólares por pessoa pelo visto de 30 dias. Achei caro. É um pouco chatinho tirar este visto, cheio das regras. Você só pode solicitar este tipo de visto (30 dias) faltando 57 dias da viagem, isso pq ele vale por 60 dias apenas. Apesar do visto ter data certa pra sair, você tem que ter passaporte válido por 6 meses, igual em outros locais. Vai precisar apresentar pelo menos a primeira e a última página do passaporte em formato jpg com no máximo 200k. A foto eles dizem que tem que ser formato passaporte, mas não é. Tem que ter no máximo 40k e no máximo 300x369pixels. Tirei do celular mesmo. Pode-se apresentar outros documentos, eu apresentei só entradas “schengen” anteriores e comprovante de residência. Depois que preenche formulários e faz o upload dos documentos, alguns e-mails vão chegando. Um de admissão do pedido, um de pagamento, um de “estamos processando” e um com o visto, que você deve imprimir e levar. Nem todos os e-mails chegaram, para meu desespero. Cheguei a escrever pro serviço de emissão... mas depois deu tudo certo. Dois dias depois da solicitação chegou o do meu filho e meu, e dias depois (já estava em pânico, kkk) o do marido. Já estava achando o que eu tinha feito de errado no dele... se é pq a foto tava sorrindo, se é pq ele ficou com cara de terrorista, hahahahahauaha, mas deu tudo certo. Do Lio solicitamos depois e chegou super rápido! Visto japonês O do Japão já consegue ser um pouco mais chato ainda pq tem que ir no consulado tirar. Não precisa ir todo mundo, pode ir um só com procuração dos demais caso tenha alguém que não seja da família (pai, mãe, filhos, etc). Eu até verifiquei a possibilidade do meu irmão tirar nossos vistos no Rio de Janeiro, mas como sou do Paraná, obrigatoriamente tinha que tirar por Curitiba. Verifiquei tb se compensava tirar por agência, mas de 97 reais (que era a taxa de visto) iam me cobrar 400 por pessoa, hahahauaha, dava pra eu ir de taxi pra Curitiba com 1600 reais, kkk. Reunida toda a papelada, fui pra Curitiba tirar os nossos vistos em outubro. Os sites dos consulados são bem organizados e os atendentes muito educados, lá tem toda a informação que vc precisa! Então não vou ficar aqui me estendendo e colocando toda a documentação necessária. Mas... nem tudo são flores, vejam o perrengue! #perrengue – depois a gente ri mas na hora... (pule esta parte se não quiser rir, é longa) Eu sou a louca da lista, a louca da planilha, psicoticamente organizada. Eu reuni toda a papelada (pq é muuuita coisa) e conferi mil vezes, afinal, tive que ir pra Curitiba só pra isso! O consulado do Japão, que funciona no prédio do Shopping Itália, no centro de Curitiba, funciona das 9-11h para a solicitação de visto e das 14-17h para a retirada do visto (sempre um dia depois). Eu tenho família em Curitiba e estava na casa de um tio, minha prima me deu carona até o consultado! Cheguei umas 9:15 de uma quinta-feira e só tinha uma pessoa na minha frente, lindo. Logo uma japa mega fofa me chamou e entreguei os kilos de papel. Cerca de 10 minutos ela volta e diz “sra Juliana, não posso aceitar sua solicitação... os formulários de pedido do sr. Guilherme (marido) e sr. João Guilherme (filho) não estão assinados! PÁRA TUDO – MEU MUNDO CAIU. Claro que pra tudo dá-se um jeito mas e o preju de ter ido até lá e não conseguir tirar a porra do visto? Eu não tinha conferido isso! A japa fofa vendo minha cara de pânico me perguntou... vc não é daqui? E eu disse quase chorando, não... sou de 400km daqui, vim só pra isso... e ela disse, péra, vamos ver o que dá pra fazer. Vai lá pra dentro e volta 10 min depois: vc pode pedir pro seu marido e filho assinar as vias e me mandar escaneado por email (e eu, SIM, SIM, agora!!), mas amanhã, na hora de retirar, vc tem que me trazer os originais... dei uma brochada, ela tentou ver se precisava mesmo com os chefões lá dentro e sim, precisava... pensei no sedex 10 e transportes rodoviários, eu ia dar um jeito. Falei com ela que blz, que eu ia ligar pro meu marido e pedir pra enviar os docs... e ela disse... tem que ser até as 11h da manhã pra eu te emitir o protocolo, senão fica pra amanhã! Não podia ficar pra amanhã... eu estava com passagem emitida pra sexta-feira as 17:30, se não desse certo só poderia ir embora na segunda e isso ia ferrar muito minha vida e meu bolso. Fui pegar meu celular pra ligar pro Gui e cade... cade a poooorraaaaa do celular... tava no carro da minha prima, deixei no console do carro! Minha prima trabalha a 1,5km de onde eu estava!! E eu nem podia ligar pra ela, primeiro pq não tinha celular e segundo pq só sei o número do meu marido! Tb não podia pegar um Uber (porque estava sem telefone) e não sabia se ia achar taxi na rua... Pedi o celular de um cara emprestado pra ligar a cobrar pro meu marido ir adiantando as coisas e ele fez cara de cú... sorte que um outro cara que tava na sala (uma hora destas já tinha chegado umas 5 pessoas) me disse que eu podia ligar e que nem precisava ser a cobrar. Fofo! Liguei pro Gui e estava dizendo que ele precisava urgente providenciar isso... ele estava na cidade vizinha da nossa mas disse que ia correr com tudo... e tinha que correr, o limite era as 11h... e antes que eu pudesse dizer pra que email ele tinha que mandar as coisas fui interrompida por um funcionário que me disse que era proibido (óbvio, tinha várias placas) falar no celular lá dentro... Morri de vergonha, pedi desculpas e devolvi o celular pro moço que me ajudou. Eu definitivamente PRECISAVA do meu, precisava falar pro Gui onde estavam os documentos, pra que email mandar, enfim! Decidi ir até o trabalho na minha prima a pé, afinal 1,5km não é nada de outro mundo. Com pressa e desesperada saí pelas calçadas de paralelepípedo da Rua João Negrão e depois de alguns tropeços é claro que eu levei maior tombo e arrebentei minha sandália! Meeeeooooo, que faaaase! Com as mãos doendo e com as canelas com câimbra, levantei cheia de orgulho, sem olhar pros lados, e segui minha jornada... acho que em 10 min cheguei na minha prima! Contei em 5 segundos meu drama, e ela disse que o carro dela estava estacionado há duas quadras dali (Puuutz) e que eu devia ir lá buscar meu celular... tb me disse que era pra eu voltar pro shopping/consulado com o carro dela... só que deixa eu contar: eu tenho um UNO... UNOOOO, e normalmente tb dirijo um Mobi e um Onix no trabalho... e ela tem um SUV Mitsubishi automático. Eu nunca dirigi carro automático, nunca dirigi carro grande e não sei andar em Curitiba! Estava decidida a ir no estacionamento e seguir a pé, mas chegando lá já era 10:30... não ia dar tempo! Liguei pro Gui, passei a senha do drive pra ele imprimir as coisas (pq chega mensagem no celular pra eu acessar). Nisto ele já tinha ligado pra minha mãe, que estava com meu filho, e pedido pra ela levar o baby pro trabalho dele pra dar tempo dele mandar até as 11... João tb tinha que assinar o papel! Olhei praquele carrão e pensei, vou ter que encarar ‘saporra! A voz da minha prima dizendo “relaxa que se bater o seguro paga” ecoavam na minha cabeça. Subi no carro, perguntei pro moço como ligava e como saía e lá fui eu dirigir um SUV automático no centro de uma cidade grande que não conheço. Tirando uma freada brusca deu tudo certo. Tb tive que ligar pra prima pra perguntar como dava ré pra estacionar o monstrão numa vaga de shopping e sem espelho, pq eu não sabia como arrumar os espelhos... ESTACIONEI! Kkkkk Subi correndo e suando no consulado e avisei que meu marido estava por mandar os docs... o que ocorreu uns 5 minutos depois. A japa fofa veio, me confirmou o recebimento e me deu o protocolo, reiterando a necessidade de apresentar os originais no outro dia (o Gui despachou por sedex 10). Voltei pro estacionamento que a minha prima deixa o carro e felizmente não bati o carro dela, kkkk... enquanto isso minha mãe contava que saiu dirigindo as pressas pra levar João no trampo do meu marido e que deu uma fechada numa moça, que a xingou de tudo que é nome! Kkkkkkkk No dia seguinte os docs chegaram pontualmente às 10 da manhã, e a tarde fui buscar os vistos... quando a japa veio sorrindo e disse vistos concedidos... aaaaffffeeee, que alívio, kk! Minha família inteira mais meio estado do Paraná ficou sabendo desta minha aventura e fui muito zuada! Mas continuemos com os preparos! POCKET WIFI Nos EAU alugamos um pocket, que é um modem portátil que vc carrega pra onde vai alimentando os celulares com internet, ainda no aeroporto, não lembro ao certo o valor mas não era baratinho não. Pegamos um pacote de 5MG e usamos tudo, foi importante pq não tínhamos GPS, então usávamos outros navegadores. Usei bastante tb pra me encontrar com a minha amiga de lá. No Japão, em Tokyo e Osaka as hospedagens disponibilizaram pocket wifi. Achei FUNDAMENTAL ter isso pra se virar, pois o japanenglish dos japa é tenso, hahauahauaha... se sua hospedagem não disponibilizar o pocket wifi tem várias formas de alugar! Em Kyoto a gente se virou com redes abertas de wifi, tem bastante. ARRUMANDO MALAS Em 2015 tínhamos viajado por um mês no inverno e levamos bastante coisa. Desta vez coloquei em prática o que aprendi na viagem à Europa e levei pouquíssima coisa, pois com 3 semanas teria que lavar roupa pelo caminho mesmo (airbnb com máquina de lavar). Viajamos de calça e levamos mais uma só. Um casaco mais forte, um calçado de inverno, um chinelo. Malhas, calcinha, cueca e meia levamos um pouco mais, umas 7-9 pra cada. Um gorro, luva e alguns lenços e cachecóis pra mudar a cor da foto, kkkkk, e pronto. Tb levei umas roupinhas mais leves pros Emirados, pq lá é sempre 40 graus! Nós aqui de casa viajamos com 2 malas de 23 kilos, mas um pouco vazias, e levei uma mala dentro da outra, então no total eu tinha 3 malas. Nossa franquia era de 2 malas pra cada um, então estávamos tranquilos. E na bagagem de mão uma mochila cada com uma troca de roupa, documentos e estas coisas. CHEGOU A HORA Ansiedade batendo a mil, no sábado, dia 25 de novembro de 2017, partimos de Londrina com direção a São Paulo, mas chegamos em Congonhas (cerca de 10 da manhã, passagem emitida com milhas) e fomos encontrar uma amiga pq nosso voo era só na madruga! Ficamos o dia todo zanzando com ela, tomamos um banho e da casa da Ari fomos pra GRU. Pontualmente à 01:25 do dia 26 de novembro, decolamos de A380 pra Dubai... No próximo post: Emirados Árabes Unidos! Chegada, aluguel do carro e a inacreditável terra dos Khalifas!
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Kon'nichiwa, pessoal! 🏯 Esse relato tem um toque muito especial, porque foi uma viagem amplamente esperada durante a pandemia e que foi adiada por diversas vezes, apenas esperando o Japão reabrir. E o mais legal: Foi feita junto com meu pai, onde passamos maravilhosos 14 dias no Japão. E ainda houve um bônus: Depois de voltar do Japão, fiz um stop-over em Nova York, passei 4 dias por lá. Esse relato será apenas do Japão, faço um de NY em outro texto, e coloco o texto aqui para quem quiser! E o mais legal, essa viagem tem uma história ótima por trás. Era meados de 2020, meio da pandemia, e eu era professor universitário. Sempre segui esses sites de passagens, e vi no Melhores Destinos uma promoção da Qatar Airways do dia mundial dos professores. A promo era espetacular: Bastando ser professor, você poderia concorrer à uma passagem da Qatar para qualquer lugar do mundo. E mais: Ganhava também uma passagem com 50% de desconto para o mesmo lugar para um acompanhante. Acabei sendo sorteado! E a primeira coisa a se pensar foi o lugar...e me questionei: Qual o lugar mais longe que eu posso ir? Resposta: Japão. E quem seria a companhia ideal para conhecer o Japão? Meu pai, que sempre gostou do oriente e tinha muita vontade de ir pra lá. O que não esperávamos era que o Japão fosse um dos últimos países do mundo a reabrir as fronteiras na pandemia. Então a viagem só aconteceu em março e abril de 2023! Tive que trocar minha passagem para a United, mas meu pai foi via Qatar. A viagem faz um tempinho já, mas só agora que estava revisitando umas fotos resolvi escrever aqui. Sempre bom relembrar os bons momentos 😁 Boa leitura e se encante com essa trip que foi uma das melhores viagens da minha vida! 🗾 1) Roteiro O roteiro foi o seguinte: Saímos no dia 22 de março de 2023, para chegada no Japão no dia 24 de março. Daí passamos duas semanas, para sair do Japão na quarta-feira dia 5 de abril. E aí nos separamos: Meu pai voltou para o Brasil e eu fiz um stop over em Nova York, para voltar ao Brasil apenas no dia 9 de abril de 2023. Dia 1: Saída Brasil (voo às 21h) Dia 2: Chegada em NY e escala para Tokyo Dia 3: Chegada Tokyo Dia 4: Ida para Kyoto Dia 5: Kyoto Dia 6: Kyoto Dia 7: Kyoto Dia 8: Ida para Hiroshima Dia 9: Manhã em Hiroshima e a tarde ida para Ilha de Naoshima Dia 10: Naoshima Dia 11: Saída Naoshima e chegada em Tokyo Dia 12: Tokyo Dia 13: Tokyo Dia 14: Bate-volta para o Monte Fuji Dia 15: Tokyo Dia 16: Manhã em Tokyo e ida para NY. Dia 17: NY Dia 18: NY Dia 19: Manhã em NY e volta Brasil. 2) Gastos Pode parecer estranho...mas, em 2023 e agora também em 2025 (quando estou escrevendo), o Japão não está caro. Muito disso por conta do JPY, que está historicamente depreciado. Agora a inflação está um pouco mais alta, mas em 2023 tínhamos a soma de moeda desvalorizada e uma inflação ainda quase zero. Para vocês terem ideia, gastei mais em 4 dias de NY do que em duas semanas de Japão. Gastos seguem abaixo da parte de Japão, excluindo claro passagem e os gastos com comida e tranqueiras. Pode adicionar cerca de 150 dólares por dia para isso. Já considerando pequenos luxos (restaurantes mais caros, bugigangas, etc). Perceba que não ficou caro! Uma viagem para a Europa hoje gasta-se muito mais! 3) Praticidades para levar em conta ao viajar para o Japão Coisas que foram muito úteis para mim foi o JR Pass e o Pocket Wifi, coisas bem específicas de uma viagem para o Japão. Na época, o JR Pass tinha um preço muito bom, coisa de 1500 reais para cada, por 10 dias de passe. Sei que agora está bem mais caro. mas podíamos usas o Shinkansen para qualquer lugar e hora, sem reservar. Foi bastante prático, já que fizemos alguns bate-e-voltas, incluindo uma ida para Kawaguchiko para ver o Monte Fuji. O Pocket Wifi foi outra mão na roda. Cotei na época preços de chip de celular antes da viagem, e o que todo mundo indicava era o Pocket Wifi. Como estávamos em 2, funcionou muito bem, dividimos o valor e foi ótimo. Andávamos o tempo todo com ele. E mesmo quando nos separávamos, o Japão é um país muito bem servido de wifi público. Não sei como está o esquema agora em 2025, mas na época valeu muito a pena. E ah, a retirada é bem prática. Como compramos ele no Brasil, agendamos o envio para o nosso hotel. Então quando fizemos o check-in em Tokyo, nosso pocket wifi já estava lá na recepção esperando a gente pegar. Foi bem prático. A devolução é pelo correio, e eles dão todos os guidelines para isso. Uma outra praticidade que usamos e foi ótimo foi o serviço de despache de mala entre hotéis. Fizemos isso em Kyoto, antes de ir para Hiroshima e, como passaríamos os próximos 3 dias em deslocamento antes de voltar para Tokyo, mandamos as bagagens para nosso hotel de Tokyo. O preço do serviço não foi caro, e foi super prático. Super seguro e recomendo! E claro, por fim, assim que pisar no Japão, já compre seu cartão com tecnologia IC. Eles são os cartões pré-pagos que funcionam em tudo qualquer lugar, seja no transporte público, seja nos restaurantes ou supermercados. Lá basicamente eles usam isso como meio de pagamento, além de moedas. Tinha levado meu Wise, mas poucos lugares aceitavam. O esquema mesmo era o IC Card e a moedinha. Então por isso level também um porta-moedas, que você não vai se arrepender! 4) Relato dia a dia Dia 1: Saída São Paulo, voo United via Nova York Voo para Nova Iorque foi às 20h30, numa quarta-feira, dia 22/mar. E que voo bom! Gosto muito da cia, e o voo foi rapidinho. Pousei em Newark às 5h20am do dia 23, onde peguei uma área vip, tomei um banho, e fiquei esperando o voo para Tokyo às 14h. Uma coisa que me perguntam: Por que eu não fiz stop-over na ida? Bom, deveria ter feito! Acabei ficando beem cansado. E ainda, o fuso-horário acabou ferrando com meu intestino também! Até me adaptar, demorou alguns dias. Fiz stop-over na volta e valeu muito a pena. Esse negócio de fuso-horario é coisa séria! Dia 2: Voo United até Tokyo-Haneda e chegada no Japão Cheguei no Japão via Tokyo-Haneda. Tokyo tem dois aeroportos internacionais: Tokyo-Haneda, que é mais centralizado, perto do centro da cidade, e Tokyo-Narita, aeroporto afastado, que fica a cerca de 1h-1h30 do centro. Chegamos no dia 24 de março, e uma curiosidade legal foi que era meu aniversário! 🎂 Fiz 30 anos em Tokyo, mesmo que por algumas horas, já que cheguei lá pelas 18h da noite. E chegando já comprei o Pasmo, um dos cartões pré-pagos do sistema IC que é super útil no Japão. O Pasmo é análogo ao Suica, e é usado em diversos estabelecimentos por lá, em qualquer cidade do Japão. Isto é, se você comprou um Pasmo/Suica, você pode usá-lo também em Kyoto, Hiroshima, qualquer cidade que aceite o sistema IC. Isso inclui vending machines, 7-Elevens..tudo! Peguei o Pasmo porque era o que vendia em Haneda. De lá já peguei o metrô para Shibuya, bairro que ficamos em Tokyo agora e na volta para a cidade! E na chegada, já tive o primeiro contato com a Shibuya cross, aquele cruzamento insaano de Tokyo. Foi uma loucura estar garoando, com mala, vendo a Shibuya cross lotadaaa em plena sexta-feira a noite. Melhor forma de fazer 30 anos Vista do nosso hotel no primeiro dia! Dia 3: Ida para Kyoto Dia 2 foi começou com burocracias e terminou com a gente em Kyoto! Primeiro passamos no escritório da JR em Shibuya para retirar nosso JR Pass. Compramos ele no Brasil, mas é necessário pegar o passe fisicamente. Nisso deu para dar uma passeada rápida por Shibuya, que voltaríamos alguns dias depois, e já ficamos encantados com o bairro! Fomos até o topo do nosso hotel para ver a cidade, que tem uma bela vista panorâmica! Shibuya cross de dia! JR Pass Vista de Tokyo do nosso hotel em Shibuya De lá, pegamos o passe e já fomos direto para a estação de Shinjuku para pegar o Shinkansen para Kyoto. Nossa plano era voltar para Tokyo na parte final da viagem, com o intuito de já estar por lá e evitar qualquer imprevisto na saída do Japão. O trem é muito bacana! Foi minha primeira experiência com trem bala. Achei bem diferente dos trens de alta velocidade na Europa, por exemplo. No Japão é muito mais rápido! Fizemos Tokyo-Kyoto em menos de 4 horas, e chegamos a tempo de ver um belo fim de tarde no principal rio da cidade. Primeira impressão de Kyoto foi excelente! E demos uma baita sorte pelo período que escolhemos ir! As Sakuras (cerejeiras) estavam começando a florir. Então durante as duas semanas que ficamos no Japão, pegamos as árvores sempre coloridas e cheias! Uma chance única ter visto o ciclo inteiro, que é muito particular do Japão. Então caso você esteja planejando uma viagem para lá, escolha a época com carinho. A primavera lá é grande, então não é sempre que as cerejeiras batem com a data da sua viagem. Nesse ano ela foi mais cedo...então conseguimos ver tudo! Chegando o fim do dia, o objetivo era achar um bom Izakaya para comer em Kyoto. Estava ansioso por isso! E o melhor lugar para achar um bom restaurante é na Nakagyo Ward, ruela que beira o rio na cidade e tem ótimos restaurantes. Jantamos um belo Guykatsu Kare no Gyukatsu Kyoto Katsygyu. Recomendo fortemente! Depois do belo jantar e do primeiro Gyukatsu, andamos até o hotel pelas belas ruas de Kyoto floridas de cerejeiras a noite. Eles deixam as luzes entre as árvores para dar um efeito bem bacana. Kyoto é espetacular! Centro de Kyoto Kyoto Gyukatsu! Dia 4: Kyoto, Templos, Caminho do Filósofo e Gion. Dia começou com um café da manhã do lado do hotel e uma visita ao Sanjo Meitengai, shopping aberto de Kyoto que é um lugar muito agradável de se caminhar! Cheio de lojinhas de souvenir, cafés, lojas de música...tem até um cinema! Caminhada por lá durou a manhã inteira. No almoço visitamos o Nishiki Market, mercadão de Kyoto que é uma loucura! Extremamente lotado, mas bem divertido. E lá comemos um bom Lamén, o primeiro da viagem! A tarde, o primeiro santuário/templo dos muitos visitados em Kyoto, o santuário shintoísta Heian Jingu Shrine. Uma coisa legal dos templos/santuários de Kyoto é que eles respeitam bastante as visitas da galera religiosa. É bem dividido entre quem é turista e realmente segue a religião. Não existe desrespeito (acho muito diferente por exemplo das igrejas católicas na Europa...os turistas muitas vezes fazem alguma arruaça dentro dos templos, o que acaba atrapalhando os fiéis). De lá, pegamos um taxi até o famoso Caminho do Filósofo. Ele é uma trilha que beira um canal em Kyoto em que o professor de filosofia Nishida Kitaro usava como rota para meditação diária. É um cenário bem bucólico, já que é tomado pelas cerejeiras, que estavam bem floridas. O caminho é sinuoso e perfeito para um passeio contemplativo. Passamos algum tempo lá apreciando e valeu muito a pena, mesmo com a chuva hehe. Anoitecendo, meu pai voltou par ao hotel, enquanto eu fui dar mais uma volta pelo centro de Kyoto a noite. Meu objetivo era ver um pouco de Gion, o bairro "boêmio" da cidade, e onde há vários botecos e restaurantes pela noite. É onde também ficam as gueixas, e de vez em quando é possível ver uma ou outra por ali. Não confundir com os turistas que se vestem de roupas típicas! Gueixas ainda existem e é um trabalho sério e milenar no Japão. Foi muito bacana caminhar pelo bairro, e deu inclusive para comer um Takoyaki no Yasaka Shrine, santuario shintoísta que fica logo ao lado de Gion. Bom demais! E assim terminamos o dia 4! Nishiki Market Heian Jingu Shrine Caminho do Filósofo Caminho do Filósofo Noite em Gion Gion Gion a noite Takoyaki! Dia 5: Kyoto, Fushimi Inari, Kiyomizu-dera e Gion de dia E chegamos ao meu dia preferido de Kyoto! Começamos o dia visitando o Fushimi Inari, a montanha ao sul de Kyoto que é conhecida pelos milhares de toris que sobem a colina acima. Lugar é muito bonito, mas é uma caminhada braba! Quis chegar até o topo, mas é bastaante escadaria. O santuário é bem antigo, e é um ponto bem característico da cidade. De lá, pegamos o metrô para irmos para o meu templo preferido em Kyoto: O Kiyomizu-dera. Gostei dele por dois motivos: i) Primeiro porque ele fica em cima de uma colina, e temos uma bela vista do centro de Kyoto. E ii) porque ele realmente é belíssimo, o que inclui torres impressionantes. Ah, o templo dessa vez é budista, e mesmo que se assemelhe aos santuários shintoístas, as cerimônias são bem diferentes. E você consegue ver isso na própria conduta de entrada. Mas em ambas religiões existem um respeito aos fiéis e turistas. Ninguém incomoda ninguém, e é um ambiente bem agregador, como todo Japão. Uma coisa legal do Kiyomizu-dera é que ele é colado em Gion. Então a saída do santuário é um show...você cai direto nas ruazinhas do bairro, e vai parando nas lojinhas e nas vendinhas de comida. E no meio do bairro, estava rolando uma feirinha numa praça em Gion que era extremamente agradável. Pegamos uma cerveja, compramos um Udon e tivemos um belo almoço cercado por cerejeiras. Uma das melhores memórias que tenho dessa viagem foi nesse dia . Restante do dia foi uma caminhada pelo resto de Gion, apreciar as cerejeiras e curtir mais um pouco dessa cidade. Kyoto é simplesmente espetacular! Fushimi Inari Toris em Fushimi Inari Caminhada em Fushimi Inari O templo mais bonito de Kyoto: Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Vista de Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera fica pertinho de Gion, e a caminhada descendo de lá é muito agradável Gion lotada! Dia 6: Kyoto, Castelo de Nijo, Kinkaku-ji (templo dourado), Vila de Arashiyama e Estação Central de Kyoto O sexto dia foi um dia muito bonito, onde reservamos para conhecer a parte norte da cidade. Começamos primeiro indo para o Palácio Imperial de Kyoto, que foi a capital do império japonês até o século XIX, antes da Restauração Meiji, antes da mudança para Tokyo. O acesso é gratuito para os jardins e aos pavilhões do palácio, e o ambiente é muito agradável. A visita em si às partes internas do castelo só acontece poucas vezes ao ano. Mas o acesso aos jardins são livres o ano inteiro. Estava um dia bem bonito, então tinha bastante gente por lá, o que inclui atividades que remetiam à época feudal no Japão, como por exemplo a pratica do Temari, esporte-arte folclórico japonês que é um dos percursores da altinha, tão famosa aqui no Brasil. Sem contar que tinha bastante atividade gratuita para o pessoal, foi bem divertido! Palácio Imperial de Kyoto Kemari no Palácio Imperial de Kyoto Palácio Imperial de Kyoto Saindo do Palácio Imperial, pegamos um ônibus rumo à parte norte da cidade. Primeira parada foi o templo budista Kinkaku-ji, o conhecido "templo dourado" de Kyoto. E que lugar bonito! Como estava bem ensolarado, as luzes refletiam no templo, que dava um caráter de ouro no prédio! Não é possível entrar no templo, mas o lugar é bem agradável. O templo fica cercado por um lago, e você tem acesso ao jardim também. Por mais que o Kinkaku-il fique numa parte isolada da cidade, a visita vale muito a pena. O lugar é bem fotogênico. Kinkaku-ji, o templo dourado Kinkaku-ji O plano inicial era conhecer os outros templos/santuários do norte de Kyoto, mas como passamos mais tempo que o esperado no Palácio Imperial, acabamos tocando direto para a vila de Arashiyama. Esse era um lugar que estava bastante animado para conhecer. Arashiyama é um distrito de Kyoto que fica na parte noroeste da cidade. É afastado, então é necessário guardar um tempo para deslocamento. Fomos de ônibus e trem (sempre usando o Pasmo/Suica/JR Pass) saindo do templo de Kinkaku-ji, para chegar na hora do almoço em Arashiyama. A atração principal de Arashiyama é a floresta da bambu do vilarejo. E aqui vai uma dica de ouro: Como a floresta é altamente instagramável, o lugar costuma lotar. Então o esquema é ou ir muito cedo ou ir já no fim da tarde. Optamos pelo segundo. Aproveitamos o tempo em Arashiyama para passear pelo centro da cidade, que têm várias lojinhas/comidas de rua, e também para almoçar. Aqui vai outra recomendação: O restaurante Kijurou. Estávamos a procura de um bom restaurante de carnes para comer um bife de Wagyu, e esse foi encontrado no Google. Achei excelente, com ótimos preços e um próprio jardim de pedra para a espera. Passeamos também pelas margens do rio Katsura, que banha a cidade, e tem um visual bem bonito. Queríamos também visitar o Arashiyama Monkey Park, parque que você pode contemplar os famosos macacos japoneses, mas infelizmente ele fechava às 17h. Dito isso, depois de passear pela cidade, finalmente fomos ao bosque de bambus bem mais vazio! E conseguimos aproveitar bem lá sem tanta lotação . Floresta de bambu de Arashiyama Wagyu em Arashiyama Ruas de Arashiyama Arashiyama Saindo de Arashiyama, pegamos um trem para a estação central de Kyoto, e fomos surpreendidos pela beleza que é aquela estação! Uma obra da engenharia! Tínhamos até lido que a estação era bonita, mas foi muito mais do que a gente esperava! Gostamos tanto que passamos umas 2 horas passeando e conhecendo as passarelas, escadas rolantes, o terraço (que tem uma bela vista de Kyoto), além de lojas e um shopping center. Outra coisa que é importante mencionar: Todas as estações das grandes cidades são centros gastronômicos! Jantamos na estação de Kyoto um belo kare (o primeiro do Japão! Amo!), e foi uma noite bem agradável. Sem contar que vimos o pôr-do-sol do terraço da estação. Foi uma forma bem legal de terminar o tempo em Kyoto. Escadas rolantes na estação central de Kyoto Vista da estação central de Kyoto Terraço na Estação Central de Kyoto Primeiro Kare no Japão! Dia 7: Hiroshima, Museu da Bomba Atômica, Praça da Paz e Okonomyaki! Na manhã do sétimo dia de Japão nós saímos de Kyoto em direção à Hiroshima. Quando estávamos planejando a viagem, sabíamos que obrigatoriamente teríamos que visitar dois lugares: i) Tokyo e ii) Hiroshima. Eu e meu pai somos fãs da história da Segunda Guerra Mundial, e tínhamos bastante curiosidade para conhecer o Museu da Bomba Atômica. Então mesmo que Hiroshima fique no outro lado do país, era uma prioridade. Mas antes, aqui vai outra praticidade muito bacana do Japão: O despache de malas entre hotéis. Como os Shinkansen têm restrições em relação à bagagem, e passaríamos os próximos 3 dias em deslocamento, optamos por enviar nossas malas de Kyoto para nosso hotel que ficaríamos em Tokyo no fim da viagem. O serviço é super prático e com bons preços. Na hora do check-out em Kyoto, mandamos nossas duas malas para nosso hotel de Tokyo, que pegaríamos quando fizéssemos o check-in 3 dias depois. Show de bola Adeus malas! Nos vemos em Tokyo! Shinkansen para Hiroshima Chegando em Hiroshima, deixamos nossas malas no hotel, que ficava colado na estação de trem, e fomos direto para o Museu da Bomba Atômica. O museu fica na região do marco zero da bomba atômica, e toda a praça é cercada de monumentos e lembranças da destruição. E aqui vou gastar um tempinho falando sobre a experiência do museu em si. Não quis e nem fiz questão de tirar fotos, porque não era o foco. O museu é uma coisa impressionante. Há relatos, objetos, imagens, toda uma história sobre não só da bomba, mas também dos efeitos que aquilo causou na cidade. É bem forte. Não era incomum você ouvir pessoas soluçando de choro durante a visita, eu mesmo me emocionei em certas partes. E muitos japoneses visitando, uma coisa que me chamou atenção. O sentimento é muito parecido com o que senti quando visitei Berlim e o museu da ditadura militar em Santiago...de que existe um senso de educação positiva em relação à bomba atômica e a intenção de ver a história para aquilo nunca mais se repetir. Essa é a principal mensagem que o museu passa. E é uma experiência que todo mundo que visitar o Japão deveria ter, porque é algo impressionante. No restante da praça, há diversos monumentos e memoriais. O que mais chama atenção é o Memorial das Crianças, que tem a imagem da Sadako Sasaki, que foi uma das vítimas que morreram por consequência da bomba atômica de Hiroshima. Ela até sobreviveu à bomba em si, mas morreu anos mais tarde por uma leucemia causada pela exposição à radiação. E ela tinha a crença de que, se dobrasse 1000 tsurus (aqueles origamis de pássaros japoneses) ela se curaria. Infelizmente ela acabou falecendo mas, hoje o tsuru virou símbolo de perseverança e paz, e por isso diversos visitantes do memorial levam tsurus dobrados para o monumento. É um sentimento bem legal! Saindo de lá, ainda passamos pelo Domo de Hiroshima, que é um dos poucos prédios que permaneceu de pé depois da explosão da bomba. Ele virou uma espécie de símbolo de resistência e reerguimento da cidade, e por isso foi mantido e restaurado até hoje. O lugar era uma filial da prefeitura de Hiroshima, que fica bem próximo do marco zero da explosão. Museu da Bomba Atômica Momumento das Crianças Tsurus Domo de Hiroshima Saindo da Praça da Paz, fomos em direção ao Castelo de Hiroshima, lugar bem bonito e que resgata a história medieval da cidade. É possível subir até o topo, e todo o castelo tem exposições de objetos, roupas e equipamentos que rementem ao Japão feudal dos samurais, é bem interessante. Vale a visita, dura uns 40min tudo. E saindo de lá, voltamos para o hotel fazer o check-in e dar uma descansada. A noite, ainda fui dar uma volta pelo centro de Hiroshima, que é bem ativo, cheio de comércio e restaurantes, mas meu foco era um só: Achar o melhor Okonomiyaki do mundo. Para quem não conhece, Okonomiyaki é a chamada "panqueca japonesa". Ela é uma massa feita com repolho, noodles, ovo e diferentes ingredientes que eu já tinha comido aqui na Liberdade mas, tinha muita curiosidade para comer o verdadeiro Okonomiyaki, que é um dos pratos típicos de Hiroshima. E não havia melhor lugar para isso do que o Okonomimura: Um prédio de 5 andares em que só se vende Okonomiyaki, em todos os restaurantes. É o paraíso para fãs de comida japonesa quente como eu! E que coisa maravilhosa, a tiazinha que cozinhava fazia a comida na sua frente, num balcãozinho com uma chapa quente bem ali. Experiência incrível! E assim terminamos o primeiro e último dia de Hiroshima, uma surpresa extremamente agradável! Castelo de Hiroshima Castelo de Hiroshima Okonomimura: O paraíso do Okonomiyaki de Hiroshima A tiazinha do Okonomiyaki é uma lenda Na paz depois do meu Okonomiyaki! Dia 8: Ilha de Miyajima e deslocamento até a Ilha de Naoshima Guardamos a manhã do dia 8 para conhecer a ilha de Miyiajima, ilha perto de Hiroshima que tem como principal atração o santuário shintoísta de Itsukushima. A ilha tem outros destaques como por exemplo os veados, que ficam soltos pela ilha e você pode alimentá-los, além do centrinho cheio de comidas de rua e lojinhas...mas a ida de lá vale a pena principalmente se você quer ver o visual do tori de Itsukushima, que tem um efeito bem legal durante a maré alta! Parece que que o tori está "flutuando" na água, e com o reflexo, fica um visual bem bonito. Então se planeje para ir durante a maré cheia. A ida até Miyajima é simples, basta pegar um trem regional para a cidade de Miyajimaguchi, e de lá pegar o ferry até a ilha. Usamos sempre o Pasmo/Suica/JR Pass para esses deslocamentos. E foi legal ter a primeira experiência com o mar no Japão, mesmo sendo um ferry! A ilha é bem legal, mas basta uma manhã pra visitar tudo. Tori flutuante em Miyajima Veados de Miyajima Miyajima Centrinho de Miyajima Saímos de lá e começamos o nosso deslocamento para a Ilha de Naoshima, a ilha de arte do Japão. Esse era um destino que estava bastante animado para conhecer! Naoshima é um reduto artístico, com museus de arte moderna repleto de obras como Monet, Manet, Andy Wahrol, além de claro, ser a ilha que contém as duas abóboras de Kusama Yayoi, tão famosa no mundo artístico. Descobri a ilha por recomendação de um amigo de faculdade que tinha ido para lá em 2019 e em uma conversa sobre o Japão, ele disse: "Vitinho, você PRECISA conhecer a ilha de Naoshima, você vai adorar!" Dito e feito, foi um dos highlights da viagem. Falo melhor de cada atração jajá, mas antes vamos falar do deslocamento, porque ir para Naoshima não é tão simples quanto pro exemplo ir para Miyajima, e requer um pouco mais de atenção. Nós pegamos o ferry de volta de Miyajima e o trem regional até Hiroshima, onde pegamos o Shinkansen para a cidade de Okayama, que fica entre Hiroshima e Kyoto. De lá, descemos e pegamos outro trem regional em direção à Uno, cidade costeira onde se pega o ferry para a ilha de Naoshima. Tudo deu certo, mas vale prestar atenção nos horários porque os ferrys não navegam de noite, então é bom chegar lá durante a tarde. Desembarcando em Naoshima, você se depara já com a abóbora vermelha de Kusama Yayoi na estação do ferry, que já da uma vibe bem bacana do que está por vir! Andamos até o nosso hotel, fizemos o check-in, e subimos até o terraço do hotel que tinha uma vista espetacular da Ilha e da Baía de Naoshima. E aqui foi um dos momentos mais especiais da viagem. Eu e meu pai pedimos uma cerveja cada e contemplamos o pôr-do-sol lá de cima, vendo o mar, e foi um momento bem bacana já que, naquele momento, estávamos já na metade da viagem, e foi a primeira vez que parávamos depois de dias muito ativos nos grandes centros de Tokyo, Kyoto e Hiroshima. Trocamos boas ideias lá de cima e percebi o quão era única aquela viagem junto com meu pai. É um momento que recordarei para sempre 🥲. Depois disso e uma pizza, fomos descansar porque o dia seguinte seria longo! Trem regional até Uno Ferry para Naoshima Momento muito especial com uma cerveja vendo o pôr-do-sol com meu pai na ilha de Naoshima Abóbora vermelha de Kusama Yayoi Naoshima Dia 9: Ilha de Naoshima, abóboras, arte, praia e retorno à Tokyo Esse dia foi bem divertido. Meu pai voltou de manhã para Tokyo sozinho (lá é bem fácil andar de shinkansen, caso vocês estejam se perguntando!), enquanto eu fiquei na ilha durante o dia para explorar os museus e as Art Projects de Naoshima. É possível fazer a ilha de duas formas: i) De busão/a pé, como eu fiz ou de ii) Bike. Optei pelo primeiro já que não valeria muito a pena fazer tudo de bike já que ficaria apenas aquele dia, e os aluguéis lá valem a pena para 2 dias de visita. Mas a linha de ônibus que leva para o outro lado da ilha funciona muito bem! Você pega primeiro um ônibus ali da região do cais, que te leva para o outro lado de Naoshima, onde há um vilarejo com as bilheterias para os museus e as Art Projects. Essas últimas, são exposições de artistas independentes pelo centrinho de Naoshima, e é possível fazer a visita à todas elas. Inclusive, você pode carimbar sua visita na caderneta que eles te dão, e é bem divertido. Passei a manhã nisso. Do centrinho, peguei um ônibus para a parte sul da ilha, onde se tem as principais atrações e o que estava mais animado. Minha primeira parada foi a região do cais sul, onde se tem a famosa abóbora amarela de Kusama Yayoi. Você deve conhecê-la das estampas das marcas de luxo e das exposições que viraram febre recentemente no ocidente, tudo em função das homenagens que a artista, que está já velhinha, tem recebido mundo afora. É bem bonito a abóbora, mas não é a parte mais legal da experiência de Naoshima! Estava animado mesmo com os três museus que visitaria ainda: O Benesse House Museum, o Chichu Art Museum e o Lee Ufan Museum, que contém todos um acervo enorme de arte moderna e contemporânea. Especificamente, estava bastante empolgado para o Chichu Art, que é um museu que tem um jardim inspirado nos lírios de Monet, inclusive com um painel enorme deles como principal obra. Para quem curte esse tipo de rolê, é um show a parte! Passei a tarde visitando os museus, almocei com a vista panorâmica do oceano de lá, e foi um dia extremamente proveitoso. Como estava se aproximando do fim do dia, ainda dei uma caminhada e pelo sul da ilha e voltei andando até a região do cais, onde peguei as minhas coisas do hotel e fui comprar o meu ferry de volta à Uno. Naoshima se tornou um lugar muito especial, e com certeza na próxima vez que voltar ao Japão, vou visitar para ficar mais dias. Não só em Naoshima, como nas ilhas ao redor, que também tem bastante acervo artístico. Foi muito bacana conhecer essa parte bucólica e cultural do Japão, um dos highlights da viagem. Uma das Art Projects em Naoshima Explorando o vilarejo artístico da ilha A famosa abóbora amarela de Kusama Yayoi Vista do Chichu Art Museum Chegando ali na parte do cais, começamos a viagem de volta para Tokyo. Mesmo esquema da vinda: Ferry até Uno, trem regional até Okayama e trem bala até Tokyo. Viagem toda durou umas 4,5h. Em Tokyo, encontrei meu pai no hotel, que também ficava em Shibuya, mas dessa vez era beeem pequeneninho. Inclusive esse um alerta: Como hospedagem no Japão é caríssima, os hotéis, principalmente nos grandes centros, são bem pequenos. E essa era o nosso caso em Tokyo. No primeiro hotel que ficamos, lá na chegada da viagem, como era meu aniversário, acabei pegando um hotel mais confortável, e era apenas 1 noite. Mas como ficaríamos mais 4 dias na capital, o segundo hotel era realmente bem apertado. Então tenha isso em mente. E o restante da noite foi basicamente explorar a região de Shibuya a noite, a Shibuya cross, e descansar que o dia seguinte começava nossa aventura pela cidade mais legal do mundo! Dia 10: Tokyo, Shibuya, Ginza, Palácio Imperial de Tokyo e Shinjuku de noite! Dia 10 fizemos o clássicão dos grandes centros de Tokyo. Foi muito legal ter agora, de fato, a experiência de viver, o que depois conclui, um pouco da melhor cidade do mundo. E não estou brincando: Tokyo é espetacular. Só de lembrar eu fico arrepiado com o quão cosmopolita, urbana, arborizada e segura é aquela cidade. Sem contar com a cordialidade com os turistas. Começamos o dia explorando, dessa vez de dia, a região de Shibuya, mais uma vez atravessando o Shibuya cross, para depois pegar o metrô para a região de Ginza. A primeira parada foi o Palácio Imperial de Tokyo. Assim como em Kyoto, as visitas para a parte interna do Palácio Imperial são restritas. Porém, toda a estrutura do jardim você consegue visitar. E é belíssimo! O Palácio fica num parque bem arborizado, e você consegue visitar as ruínas do Castelo de Edo, é bem legal. Além de claro, tomar um café por lá. A região é bem agradável, e gastamos a manhã por lá. Ali do lado fica o bairro de Ginza, que é conhecido pelas lojas chiques de grife, assim como os cafés e restaurantes mais caros da cidade. Me lembrou muito a região da Faria Lima aqui de São Paulo, com a diferença que lá se tem um bairro mais andável e também bastante centro comercial de lojas e restaurantes. Era sábado, então a rua estava fechada, e foi muito agradável passear por lá. Saindo do parque, você já se depara com a estátua do Godzilla de Ginza, que contém dentro dela o primeiro roteiro original dos filmes. Seguindo, você explora a Chuo-dori Avenue, que tem infinitas lojas de grife, incluindo a maior Uniqlo do mundo! Foi bem legal entrar e explorar a loja, fiz várias compras hehe. Como o JPY estava barato, deu pra comprar bastante coisa legal por lá. A Uniqlo é como se fosse a C&A deles, então muita coisa de boa qualidade e em conta. Meu maior objetivo era achar coisas do merchandising do Roger Federer, como um bom fã e atleta social de tênis, e não decepcionou! Dentro da loja tem uma parte exclusiva do Federer e do Nishikori (atleta japonês patrocinado pela Uniqlo também hehe). Foi bem divertido. 🎾 Shibuya Cross de dia Região de Ginza, muito chique! Almoçamos por lá, passeamos mais, entramos na maior papelaria do mundo, e depois voltamos para o centro para visitar Shinjuku a noite. Shinjuku é, junto com Shibuya, a região mais famosa de Tokyo, e você deve lembrar da rua principal por conta dos vários filmes e séries que retraram essa parte luminosa da cidade. O que me bem a cabeça é obviamente o filme Lost in Translation de Sophia Copolla, com Scarlett Johansson e Bill Murray. Caminhamos por lá um pouco, e depois que meu pai cansou, fiquei mais um pouco para comer na famosa ruazinha de Omoide Yokocho, que é uma ruelinha cheio de restaurantes de comidas típicas. Eu estava atrás de um bom Yakitori (o espetinho japonês) com alguma cerveja gelada, e encontrei exatamente o que precisava. Saindo de lá, ainda deu para passar em Shibuya a noite e conhecer a Tower Records, loja de vinis gigantesca que ficava pertinho do nosso hotel. Comprei dois discos que gostava (incluindo a edição japonesa do Is This It dos Strokes!), fiz mais umas comprinhas na Uniqlo de Shibuya para, enfim, voltar para o hotel e descansar. Primeiro dia completo em Tokyo foi simplesmente incrível. Ali eu já sabia que tudo o que falavam de Tokyo era verdade. Que cidade, meus amigos! Shinjuku Omoide Yokocho, a rua das comidas de Shinjuku! Dia 11: Tokyo, vista do Tokyo City Hall, Harajuku, Santuário Meiji Jingu e mais Shibuya O segundo dia completo em Tokyo começou com nossa visita ao Tokyo City Hall. Essa é outra ótima dica: Existem diversas formas de ver a cidade de cima, coisa que é indispensável em uma visita à capital do Japão. O que poucos sabem é que a forma mais barata de se fazer isso é...de graça! É possível subir até o mirante da Prefeitura de Tokyo e ver todo o esplendor da cidade lá de cima. Começamos então nosso dia subindo até lá para ter a vista panorâmica, e valeu muito a pena. Infelizmente o dia estava nublado, então não conseguimos ver por exemplo, o Monte Fuji, mas todo o restante da cidade foi possível avistar de lá. Valeu muito a pena! Saímos de lá e fomos em direção à Harajuku, que é um bairro que estava animado para conhecer por ser conhecido como bairro "jovem" do momento. Lá tem vários cafés, lojas, entre outros atrativos que atraem uma multidão de adolescentes/jovens adultos, o que inclui por exemplo aqueles cafés com gatinhos (ou até porquinhos, capivaras, hehe). Porém, o que não esperávamos é que estaria tão cheio! Era um domingo, então o bairro estava abarrotado...bem mais cheio que a Liberdade de final de semana aqui em São Paulo. Isso atrapalhou um pouco nossa experiência, então nem ficamos muito tempo pela rua principal. Nosso foco foi achar um lugar para comer, onde encontramos um belo restaurante de kare. Almoçamos e passeamos pelo bairro até chegar no Meiji Jingu, um santuário shintoísta no meio da cidade, ali pertinho de Harajuku. O passeio foi bem legal, já que o santuário é bem no meio de um bosque, então toda a visita é muito bonita. Sem contar que há um belo café para descansar ali. O que foi ótimo depois de se esparramar no curry de Harajuku hehe. Saindo de lá, caminhamos de Harajuku até Shibuya, passando pela famosa Penny Lane e pela Cat St, uma ruazinha bem simpática que liga os dois bairros e com diversas lojinhas bacanas. Essa foi uma das melhores caminhadas que fizemos em Tokyo, e todo o caminho era extremamente agradável. Fomos parando de lojinha em lojinha, e foi muito legal ver como os bairros mudam até chegar em Shibuya. Nisso, chegamos no hotel, demos uma descansada e depois saímos para jantar. Nesse dia, estava com uma lombriga da comida ocidental hehe, e acabei encontrando um pub para comer um belo hamburguer e uma boa cerveja, o que valeu a pena! Uma pausa necessário depois de tanto curry, molho teryaki e outras comidas típicas japonesas. Dia foi bem divertido, que terminou com uma boa descansada depois de conhecer mais a região de Harajuku e de Shibuya. Vista do Tokyo City Hall, mirante na faixa! Harajuku e superlotação de um domingo em Tokyo Bosque do Santuário Meiji Jingu Dia 12: Monte Fuji, bate-volta para Kawaguchiko e vista do Tokyo City Hall de noite Esse dia foi outro dia bem legal da viagem. Quando estávamos planejando, sabíamos que resevaríamos um dia para conhecer o Monte Fuji de perto. Por mais que seja possível vê-lo de Tokyo em lugares como o City Hall, isso só aconteceria se o dia estivesse bem claro, e como março/abril é um período ainda com bastante chuva, não era garantido. Então chegando no Japão, já vi quais dias estariam com o dia claro e ensolarado na previsão do tempo, e reservei esse dia para conhecer algum vilarejo perto do Monte Fuji. Pesquisa vai, pesquisa vem, e descobri que uma das formas mais legais de conhecer é via Kawaguchiko, uma cidadezinha há 1h30 de Tokyo que tem como principal atração o Lago Kawaguchiko, que fica à beira da montanha e tem um visual espetacular. É lá que fica também o Chureito Pagoda, castelo que é também extremamente fotogênico, e sempre está nos cartões postais do Japão. A ideia inicial era visitar o Pagoda e depois ir para a cidade de Kawaguchiko, mas como o tempo ficou apertado, resolvemos guardar o dia inteiro em Kawaguchiko e no entorno do lago. Há duas formas de você visitar o vilarejo. Um é via trem, e outro via ônibus. Como não tínhamos mais o JR Pass, já que fechamos por apenas 7 dias, então acabou compensando para nós a viagem de ônibus. Porém atenção: As passagens acabam rápido, com dias de antecedência, então no nosso primeiro dia de Tokyo nessa volta depois de Naoshima, paramos na estação de Shinjuku e compramos as passagens para o dia 12, ida e volta. Como descrevi ali em cima, escolhemos o dia em que a previsão estaria boa segundo a previsão do tempo, já que queríamos ter uma visão completa do Monte Fuji lá do vilarejo. E tudo deu certo, foi ótimo! Pegamos o ônibus de Shinjuku e chegamos de manhã em Kawaguchiko. De lá, se pega um ônibus municipal que dá a volta no lago. É possível comprar o passe para o dia. Mas antes, um relato divertido: Chegando na estação de Kawaguchiko, depois de comprar o passe diário do ônibus para o lago, percebi que meus dois passaportes não estavam comigo. Era onde eu guardava o Pasmo/Suica, além do meu JR Pass, então entrei em desespero. Mas a gente fica tão desacostumado de estar no Japão que já acha que tudo pode dar errado. E não deu outra, bati no balcão de atendimento da estação e lá estava meu porta-passaporte, com tudo dentro, inclusive uns dólares que tinha comprado para a viagem para NY logo depois, e ainda um bilhetinho com o horário que foi achado o item no chão. O Japão realmente é sacanagem hehe, nunca decepciona! Bom, passado o susto, pegamos o ônibus e fomos até o outro lado do lago, onde se tem a vista do Monte Fuji. E ele estava esbelto! Sem nenhuma nuvem! Todo para nós! Há vários mirantes pelo lago, cafés, livings, food trucks, onde você pode passear pelo parque e contemplar a vista da montanha. É maravilhoso! Acabamos almoçando por lá e tomando um café apreciando a beleza que era aquele lugar. E uma coisa mais legal ainda: O visual ficava ainda mais bonito com o tanto de cerejeira que tinha na paisagem. Deu um toque especial. Sabe aquela foto clássica do Monte Fuji com as cerejeiras rosas? Era exatamente o que estávamos apreciando ali. Tenho ótimas memórias desse dia. 💮 Depois de passar a tarde passeando por lá, pegamos o ônibus de volta até a estação de Kawaguchiko para, assim, pegar o ônibus de volta para Tokyo. Tenho vontade de voltar para o vilarejo e ficar um dia lá, porque tem bastante coisa para fazer, incluindo hikes pelo Monte Fuji e atividades no lago Kawaguchiko, e a região também é conhecida por ter vários Ryokan, aqueles hoteis japoneses em que se tem uma imersão à cultura milenar, com cerimônia do chá, kimonos, etc...mas fica pra próxima . Chegando em Tokyo de noite, ainda passamos outra vez na prefeitura de Tokyo para apreciar a cidade de cima mais uma vez. Dessa vez de noite. E valeu super a pena. Eu achei a vista mais bonita de noite do que de dia, então reserve também um momento para ver o Tokyo City Hall com as luzes da cidade. Foi bem legal! Terminado o dia, voltamos para Shibuya e descansar para o que seria o último dia completo no Japão! Primeira vista do Monte Fuji em Kawaguchiko! Monte Fuji e cerejeiras: Um dos lugares mais bonitos que já vi Calçadão do Lago Kawaguchiko Vista noturna do Tokyo City Hall Dia 13: Odaiba, Mercado Toyosu, Ueno, Museu Nacional de Tokyo e Akihabara Esse foi o último dia inteiro que tivemos no Japão. E começamos com a manhã no bairro de Odaiba, nosso primeiro contato com a área portuária de Tokyo. Odaiba é onde tem o mercado de peixes de Tokyo, e é possível visitá-lo de manhãzinha para acompanhar os leilões de atum de lá. Essa a priori era a intenção, mas os leilões são muuito cedo, então visitamos a parte moderna de Odaiba, onde se tem uma vista bem bonita da Baía de Tokyo, além de almoçar no mercado de Toyosu. Mas a visita à Odaiba já tem atrativos no próprio caminho até lá. Para chegar na região portuária, é necessário pegar a linha Rinkai, que é um show a parte! Pega-se um metrô até a estação Shiodome e de lá anda-se no trem aéreo até a região da Odaiba. Dica de ouro: Pegue o primeiro vagão, onde você vai ter uma experiência bem bacana da vista aérea, o que inclui passar pela Rainbow Bridge, que é aquela ponte famosa de dois andares de Tokyo. É simplesmente espetacular passar com o trem por lá, uma coisa tão rotineira para eles mas que para nós é tipo, ultra moderno. Foi muito legal e quando li essa dica, não dei muita bola, mas foi um dos auges do dia! Chegando ali na região de Odaiba, descemos na estação Daiba e já demos uma volta pelo parque, que tem uma vista bem legal da cidade. Existe até uma estátua da liberdade de lá. Além de claro, da estátua do Gundam, que é um outro atrativo do bairro. A região de Odaiba é bem bonita, e é um lugar muito legal de visitar com o dia ensolarado como a gente fez. Ainda deu para passear um pouco no parque de Akatsuki, para depois almoçar no mercado de Toyosu. Lá no mercado de Toyosu foi onde comemos o primeiro e único restaurante de sushi no Japão! Surpresos? Sim, adoramos sushi, mas gostamos tanto das comidas de rua/quentes do Japão que nem foi nossa prioridade quando visitamos o Japão. E guardamos para comer um bom sushi no lugar onde se tem o melhor sushi...no mercado de peixes! O Toyosu é cheio de ótimos restaurantes que servem não só peças separadas, mas também menus omakase. Optamos por um desses e foi excelente. E olha que meu pai nem é o maior fã de sushi, mas até ele gostou. Eu já sou viciado em comida japonesa no Brasil, e o sushi que comemos no Toyosu é melhor qualquer omakase de São Paulo! Vale demais. 🍣 Vista de Odaiba Gundam Base de Tokyo Omakase no mercado de Toyosu Pegando a Rainbown Bridge no primeiro vagão do metrô rumo a Odaiba Saindo de Odaiba, pegamos mais uma vez o aerotrem (RIP Levy Fidelix) para voltar à parte continental de Tokyo e seguimos para o bairro de Ueno, que é parque mais famoso da cidade, e onde fica o Museu Nacional de Tokyo. Eu e meu pai nos amarramos num museu, e não tínhamos pesquisado nada do conteúdo de lá, e foi uma baita surpresa boa! Não tivemos muito tempo, já que o museu fechava cedo, mas a visita é muito completa, com itens, arte, entre diversos objetos objetos que remetem não só a história do Japão, mas de toda Ásia. É uma visita que vale super a pena, e gastaria mais tempo lá. Saindo do museu, ainda demos uma volta pelo parque de Ueno, comemos em uns food trucks ali mesmo do parque e depois e, mesmo cansados, demos uma passada no bairro de Akihabara, que ficava no meio do caminho de Ueno para Shibuya. Akihabara é o bairro dos games, cosplays e mangás. Além do reduto de eletrônicos de Tokyo. Gastamos um tempo ali nas lojas e nos shopping, mas estava tão cansado, que voltei antes para o hotel, com a promessa de voltar para lá no dia seguinte. Meu pai ficou mais um pouco. Então o relato de Akihabara fica para o próximo dia. Cheguei no hotel e descansei...porque o próximo dia seria nosso último dia de Japão e a viagem de volta para o ocidente. Museu Nacional de Tokyo Pôr-do-sol em Ueno Ueno Akihabara Dia 14: Akihabara de manhã e ida para o aeroporto Tokyo-Narita, fim de Japão! E assim chegamos ao último dia de Japão! Foi um dia rápido, já que guardamos a manhã para voltar à Akihabara para ver uns eletrônicos, mas a vibe do bairro é bem diferente de manhã do que a noite, como vimos no dia anterior. Guardaria numa próxima um tempo maior para curtir o bairro, já que gosto bastante de games e eletrônicos, seria legal passar mais horas por lá! Fizemos algumas comprinhas antes de começar o deslocamento para o aeroporto, então valeu a pena! Na hora do almoço, voltei para o hotel para pegar as minhas malas e peguei o Narita Express, o trem que sai ali de Shibuya e vai direto para o aeroporto. Reparem que esse aeroporto é o mais afastado, diferente do Tokyo-Haneda, que foi o aeroporto centralizado que eu cheguei. Foi legal ter as duas experiências de aeroportos, pois agora posso falar se vale a pena um ou outro. O resumo: Tanto faz! Em ambos o acesso é muito fácil, a única dica que eu dou é: Sempre vá e volte do aeroporto de trem/metrô, nunca de taxi/uber! Lá o transporte por aplicativo é extremamente caro, e como Narita é bem afastado da cidade, se você quiser um pouco mais de conforto, pegue como eu o Narita Express, que te leva sem paradas até os terminais. É possível também ir de trem regional, mas como estava com pouco tempo, fui no expresso mesmo. Custou cerca de 30 dólares. Para comparação uma viagem de taxi/uber de Narita para Shibuya dá mais de 1000 reais! Chegando no aeroporto, fiz meu check-in e fui esperar a hora do voo na área vip. Já tinha despedido do meu pai ainda em Tokyo, já que o voo dele era via Qatar. E passei as últimas horas de Japão refletindo o quão legal tinha sido aquela viagem e, principalmente, conhecer um lugar tão bacana na companhia do meu pai. Fazer essa viagem com ele foi um dos grandes acertos que eu fiz na vida, e vou lembrar nosso tempo lá com muito carinho. Realmente inesquecível. Akihabara 5) Conclusão Como esse relato é de Japão e não Nova York, eu vou terminar esse relato aqui. Farei um outro de Nova York em outro post. E depois edito no link daqui caso tenham curiosidade. Mas queria fazer umas reflexões sobre o Japão e sobre essa viagem antes de terminar o texto. Primeiramente, sempre me perguntam o que eu mais gostei no Japão. E eu nunca hesito: O que eu mais gostei do Japão foram os japoneses. É impressionante a cordialidade desse povo e como eles tratam bem o turista. Sempre que precisamos da ajuda deles, mesmo eles não falando inglês ou a nossa língua, não houve nenhum empecilho que atrapalhasse nossa comunicação. É um povo acolhedor e receptivo, muito diferente do que eu imaginava. Claro que para imigrantes, o relato provavelmente seria outro, mas aos olhos de um turista, o Japão é o país que melhor me recebeu. Outro ponto é a organização e segurança. Eu me senti extremamente seguro por lá. É meio impossível ser assaltado no Japão, e mesmo a gente fazendo algum esforço para perder alguma coisa (olá passaporte!), eles sempre dão um jeito de te ajudar. Fique bem tranquilo quanto a isso. E outra reflexão é como Tokyo, especificamente, é um espetáculo. Nós brasileiros somos bastante influenciados pela cultura americana. E eu sempre tinha na cabeça que o símbolo de civilização e modernidade seria Nova York. E pasmém: Logo depois quando pousei em NY, ao visitar a Times Square, eu fiquei decepcionado! Nada, nada se compara às luzes de Shibuya e Shinjuku. Sem contar que o povo é mais educado rsrs. A gente esquece que do outro lado do mundo existe uma mega-cidade que é o centro de influência cultural da Ásia inteira. E Tokyo preenche esse papel muito bem. Virou e ainda é a minha cidade preferida do mundo. E não vejo a hora de voltar. O Japão é um país que mesmo sendo longe, exerce muita influência aqui no Brasil, especialmente em São Paulo. E estar lá me fez ver que existe muita, mas muita coisa ainda para se conhecer da cultura japonesa. Fazer essa viagem, com meu pai, do jeito que fizemos, foi uma das melhores memórias que eu já criei na minha cabeça. Dito isso, só digo: Japão, até logo! Foi especial demais! 🎎✌️
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Olá, Mochileiros!!! Depois de Peru, Tailândia, Camboja+Vietnã+Laos e Filipinas, divido com vocês nossa viagem para o Japão. Confesso que não foi nada fácil entender esse país que parece pequeno, mas é uma imensidão de cultura e regiões muito distintas e diversas. O outro Felipe e a Pati são um casal de amigos que já estavam planejando a tempos ir para o Japão, e no início de 2017 convidaram a gente – sabe aquelas conversas de bar, que você topa mas sabe que será difícil de sair do papel? Então...no mês de Julho-17, eles nos enviaram um Whatsapp avisando que tinham acabado de comprar as passagens para o Japão, por um preço super bacana (por volta dor R$ 2,8k/pessoa). O Felipe (neste caso, meu marido) ficou muito animado, e depois de dar algumas espiadas, encontrou passagens por R$ 2,5k/pessoa em Agosto-17 – resultado: passagens compradas! Confesso que rolou um receio...primeiro, porque pela primeira vez na vida compramos as passagens quase 1 ano antes da viagem; segundo, porque seria a nossa primeira viagem com outras pessoas, além de nós dois. Seguimos de Setembro-17 a Abril-18 pesquisando e planejando nosso roteiro, e todo mundo deu pitaco; chegamos em um roteiro final bem bacana, mas que na prática, mostrou que o Japão é muito maior do que a gente imaginava! Confira aqui um resumo da nossa viagem - o relato completo já está disponível no nosso blog! Basta clicar aqui. Bora??? 20 a 22/05/2018 – Guarulhos > Cidade do México > Narita Nosso vôo saiu de Guarulhos pontualmente às 9:35am, operado pela Aeroméxico. O serviço de bordo foi bem fraco...não nos deixaram escolher a refeição (como se houvesse somente uma opção), e a comida era bem mais ou menos. O pior de tudo foi que ligamos na Aeroméxico para pedir refeição especial, já que o Felipe (meu marido) é alérgico a molho de tomate; além de não conseguirmos fazer isso antes do embarque, todas as opções de comida tinham molho de tomate...ou seja, ele mal comeu a bordo. O vôo durou 9 horas, e fazia um calor absurdo quando desembarcamos na Cidade do México. Nossa escala, que já era de 9 horas, aumentou para 14 horas com o atraso do vôo que nos levaria até o Japão. Fomos consultar o valor da sala VIP, e uma feliz descoberta: a gente tinha direito a pernoitar em um hotel, por conta da Aeroméxico! Tomamos uma cerveja no aeroporto, e pegamos o transfer para o Holiday Inn Dali, que fica a alguns minutos do aeroporto. O quarto era sensacional, e pudemos tomar banho – só a janta que não estava incluída no pacote. Durante o jantar, soou o alarme de terremoto, e tivemos inclusive que abandonar o prédio; foi bem estranho ouvir aquela sirene e ver aquele monte de carros parados com pisca alerta ligado. Voltamos para o quarto e dormimos em uma cama muito confortável. Acordamos às 4:30am para fazer o check-out e pegar a van das 5:00am. Tínhamos o voucher para o café-da-manhã no Wings do aeroporto, então saímos cedinho para dar tempo de comer. Este vôo, assim como o anterior, estava lotado mas um pouco pior pois tinha uma turma grande fazendo bastante barulho...pelo menos o Felipe conseguiu comer alguma coisa, pois neste trecho tinha algumas opções sem molho. Este vôo saiu às 07:00am, e pousou em Narita às 11:30am. 22/05/2018 – Narita > Tóquio > Osaka Chegamos em Narita às 11:30am. Foi bem tranquilo passar pela imigração, a única coisa chata é que eles selecionam algumas malas para inspecionar antes de você poder sair. Abrimos uma das nossas 4 malas, e logo fomos liberados. A primeira missão era encontrar o lugar onde a gente trocaria nosso voucher pelos nossos JR Pass (passaporte para o trem-bala). Vale muito a pena ter internet no Japão, principalmente se você vai usar o metrô: no mesmo trilho passam vários tipos de trens: Local – pára em todas as estações da linha, Rapid – pula algumas estações e que são menos utilizadas, Super Rapid – pára somente nas estações maiores e mais utilizadas. Além disso, no mesmo trilho é possível pegar trens para destinos diferentes...se você entrar em um trem que passa 3 minutos antes do trem correto, por exemplo, é possível que você vá parar do outro lado da cidade. O que fizemos para não nos perdermos para sempre? Google! O Google salvou nossas vidas. Basta digitar origem e destino, que ele mostra exatamente qual trem você precisa pegar, e em qual plataforma você deve esperar. Assim como no Brasil, o metrô é gerenciado pelo Governo. Algumas linhas de metrô e o trem-bala são privatizados, e funcionam sob gestão da JR – somente estes estão incluídos no JR Pass. É fácil identificar estas linhas, basta procurar pelos nomes que vêm acompanhados das letras JR. No nosso blog explicamos um pouco mais sobre o JR Pass, clique aqui se quiser conferir. Conectamos no wi-fi do aeroporto e descobrimos que o escritório da JR ficava no piso inferior do aeroporto. Caminhamos um pouquinho, e logo avistamos – enorme, no canto direito do andar. Além do voucher, você precisa preencher um formulário logo na entrada, para poder entrar na fila. A moça que nos atendeu nos ajudou a reservar os assentos no JR com destino a Osaka, que saía em 40 minutos. Compramos um pacote no site da JR que incluía o pocket wi-fi (internet móvel), porém o local de retirada era próximo ao desembarque, onde ficamos perdidos procurando o escritório da JR O trem partiu às 1:14pm e chegou em Shinagawa, em Tóquio, às 2:20pm. Em Shinagawa, o trem saiu às 2:40pm e chegou na estação de Osaka às 5:30pm, de onde pegamos um metrô local que percorreu 6 estações, e descemos na Namba, que era a mais próxima do apartamento que alugamos no Airbnb. Tivemos que pagar a parte, pois não fazia parte das linhas JR. Como viajamos em 4 pessoas, a opção mais barata era o Airbnb; hotéis eram bem mais caros e os hostels não compensavam a falta de comodidade. O apartamento de Osaka era um loft bem espaçoso, com paredes que isolavam somente os banheiros e lavanderia. Tínhamos disponível: 3 camas de casal (somente uma delas era um pouco maior), ar condicionado, frigobar, máquina de lavar, guarda-chuvas, toalhas pequenas e um wi-fi pocket limitado a 500MB por dia. 23/05/2018 – Hiroshima A gente optou por cidades-base para nossa hospedagem, exatamente para ter mais flexibilidade de mudar nosso roteiro, pois o trem-bala ajuda bastante a economizar tempo nas viagens de um dia. No dia anterior nós já tínhamos visto que o dia seria chuvoso; apesar disso, optamos por seguir o planejado já que a gente não tinha nenhuma folga no roteiro. Também chegamos à conclusão de que Hiroshima talvez fosse o lugar menos pior de se fazer com chuva. Na Osaka Station, nós pegamos o trem das 8:14am e por volta das 9am chegamos em Hiroshima – compramos nosso café-da-manhã no 7 Eleven e comemos na própria estação. Da Hiroshima Station andamos 2 km até o primeiro parque, onde está localizado o Castelo de Hiroshima. Ele estava em manutenção por fora, e acabamos não entrando nele por ter que pagar. Debaixo de uma chuva ingrata, seguimos para o Parque da Paz, para visitar: o Dome: estrutura mais próxima ao epicentro da bomba (150 metros), a resistir ao impacto; o Memorial da Paz; o Children´s Peace Memorial; e terminamos no Museu do Memorial da Paz. É tudo muito chocante, e dentro do museu você tem acesso a um simulador que mostra exatamente como tudo aconteceu, no dia em que a bomba levou Hiroshima abaixo. Já era hora de almoçar, e apesar da chuva, a cidade estava lotada de gente: excursões, escolas e turistas. Bem próximo do museu, encontramos o Okonomiyaki Nagata-ya, mas a fila estava imensa...a idéia era comer Okonomiyaki, pois é uma comida típica de Hiroshima, então caminhamos alguns poucos passos a frente, e encontramos na entrada de uma galeria um lugar bem típico escondido no piso superior de um prédio. O Okonomiyaki é uma panqueca japonesa combinada com vários ingredientes, como por exemplo: frutos do mar, frango, repolho, macarrão, ovos, entre outros. Para o meu paladar, salvo o molho adocicado que vai em cima, a panqueca foi aprovada! Caminhamos os 2 km de volta para a Hiroshima Station, e a idéia era ir até o Castelo de Himeji. Já era mais de 3:00pm, e descobrimos que o castelo fechava às 4:00pm. Para não arriscar andar quilômetros a toa, resolvemos deixar para o dia seguinte. Chegamos no apartamento super destruídos de tanto andar, com tênis e roupas molhados, então descansamos um pouco e saímos novamente só para jantar nas proximidades da Dotonburi – experimentamos nosso primeiro restaurante de sushi na esteira. 24/05/2018 – Miyajima A expectativa para este dia estava bem alta! A ilha de Miyajima não estava nos planos iniciais, mas depois de pesquisarmos mais sobre ela, não tinha como passar batido. Algumas pessoas fazem a ilha combinada com Hiroshima, mas nós reservamos um dia inteiro – e fomos retribuídos com um tempo lindo e com muito sol! Saímos às 6:00am, com o objetivo de pegar o trem-bala das 7:15am. Mas, como a gente gosta de errar bastante para ensinar vocês a errar menos, nós chegamos um pouco cedo e nos deparamos com o trem-bala das 6:59am que também passaria por Hiroshima. Após segundos de dilema, resolvemos entrar...infelizmente! Depois de entrarmos, notamos que era o trem-bala Kodama: linha local, que pára em todas as estações ao longo do caminho. Tomamos um pênalti de 30 minutos a mais de viagem, porque não seguimos a instrução do Google Sendo assim, quando pegar o trem-bala, dê preferência para o Hikari ou o Sakura, já que os trens Nozomi e Mizuho não podem ser utilizados pelos portadores do JR Pass – utilize o Kodama somente em último caso. Chegamos na Hiroshima Station e foi bem fácil encontrar a linha para Miyajima-guchi. O trecho demorou 30 minutos, e ao sair da estação, basta seguir em linha reta até o local de onde saem os ferrys. O percurso de ferry até a ilha demora 10 minutos e a ilha realmente é super fofa; caminhamos até o Torii, subimos até a 5-Storied Pagoda, e decidimos subir no Mount Misen, já que tínhamos bastante tempo na ilha. Tem um ônibus que te deixa na bilheteria, e de lá você vai pegar 2 bondinhos, que tem como destino o Shishiiwa Observatory – a partir deste ponto, você vai subir mais 100 metros (o topo fica a 535m do nível do mar) e aproximadamente 1km de subida até o observatório principal. Confesso que se eu soubesse a realidade, jamais teria subido! A subida é bem íngreme, parte em rampa e parte em degraus, e foi bastante cansativa. Só que a experiência foi bem bacana, passamos por templos bonitos, pequenos budas espalhados pelas pedras, e a vista do topo é sensacional! No Japão, você sempre vai encontrar carimbos no final dos pontos turísticos, portanto leve seu caderninho para colecioná-los; são todos muito lindos! De volta na cidadezinha, nós caminhamos pela feirinha, compramos alguns souvenirs e experimentamos o bolinho de Hiroshima (com recheio de chocolate, não rolou comer o de moti). O almoço ficou no esquecimento...pegamos o ferry de volta às 4:00pm e logo estávamos embarcando no trem-bala. Passou um rapaz inspecionando os bilhetes, e quando ele viu os nossos, explicou que não poderíamos estar ali. Adivinha? Só nessa hora que percebemos que tínhamos entrado no Nozomi (um dos trens que não está incluso no JR Pass)!!! Ele foi super bonzinho, e pediu só que nos atentássemos na próxima vez – ufa, sem multas! 25/05/2018 – Himeji e Kobe Este foi um dos dias que mudamos o que tínhamos planejado. A idéia inicial era seguir para Akame e conhecer o parque das 48 cascatas, mas como não conseguimos ir até Himeji no dia anterior, priorizamos Himeji e encaixamos Kobe no roteiro, por causa da estátua de Buda. Aqui vai mais um aprendizado...nos mercadinhos locais, que não são franquias como o 7 Eleven e o Family Mart, é um pouco difícil de identificar alguns produtos. Eu peguei meu oniguiri de sempre, que identifiquei pela cor que já tinha comprado no 7 Eleven, e para beber um suco de pêssego de lata. Depois dos 2 primeiros goles, eu senti que aquilo estava meio estranho...era uma lata, com um pêssego grande no centro; só podia ser um suco de pêssego...e por que eu estava me sentindo estranha? Pela primeira vez me senti uma analfabeta; aquela parada era uma lata de Champagne!!! E aquela sensação estranha era reflexo do álcool...eu estava bêbada, às 8:30am!!! Então, atentem-se ao símbolo da foto – toda bebida alcoólica tem um símbolo desse. Em meia hora chegamos na estação de Himeji, e de lá até o castelo é uma reta; mais ou menos 1,5km de caminhada. O castelo é enorme e muito bonito, só a vista de fora já vale a pena, mas compensa demais entrar pois é tudo muito estruturado e bem organizado. Voltamos para a estação, e seguimos para Kobe, que fica pertinho de Himeji, não mais que 15 minutos de Shinkansen. Quando chegamos lá, descobrimos que se tivéssemos pegado a JR Kobe line, teríamos demorado um pouquinho mais, mas conseguiríamos descer em uma estação até mais próxima ao Buda. Já era hora do almoço, então bem próximo da estação nós encontramos um restaurante local bem gostoso, e comemos lamen. A 600 metros dali, chegamos no Buda que era enorme, mas bem simples e estava vazio – é bem bonito, mas não achamos que vale a pena ir até Kobe só para isso. Eu estava a vários dias andando com um tênis zero confortável, então sentia muita dor nos pés e nas pernas. Então neste dia, retornamos para Osaka, e descansamos um pouco até a hora do jantar. Saímos para procurar um lugar para comer, e encontramos o que parecia ser a Korea town – cheia de restaurantes Koreanos. Demoramos bastante para decidir onde iríamos comer e os lugares já estavam fechando (eles fecham relativamente cedo), então entramos em um restaurante onde a comida era ok, mas saiu super caro. 26/05/2018 – Nara Neste dia saímos um pouco mais tarde, por volta das 8:00am. Por ser final de semana, nem todas as linhas estavam funcionando, então tivemos que fazer duas baldeações (Kashiwara e Oji), e depois de uma caminhada de 30 minutos, chegamos no Nara Park. Ele é enorme, e você fica basicamente dentro dele alimentando os veados, conhecendo os templos e os jardins. Em pouco tempo encontramos o Todai-ji, que estava lotado de gente. Nesta bilheteria eu tomei meu primeiro golpe depois de 5 anos viajando para a Ásia (preju de USD 50) que eu conto com maiores detalhes no blog – fiquem atentos! Depois de ver muita coisa no parque, saímos às 2:00pm e almoçamos em um restaurante local na rua principal, e estava bem gostoso. Eu e a Pati tomamos um sorvete delicioso nesta mesma rua, e voltamos para Osaka. Na volta, conseguimos pegar somente uma linha, sem nenhuma baldeação. Quando chegamos na nossa estação de Osaka, do outro lado da rua vimos um prédio bem grande chamada Mega. Logo que entramos, escutamos uma música super alta vinda do térreo, e seguimos um pouco a frente para ver. Era um cassino gigante, um Pachinko, que pode ser encontrado em todo lugar, lotado de gente de todos os sexos e idades, jogando insanamente aquelas maquininhas de sorte. O outro Felipe até tentou tirar uma foto, mas levou uma bronca da mocinha que trabalhava lá. Antes de sair, a gente viu uma escada rolante, e decidiu subir – pronto! Descobrimos uma das maiores lojas de tranqueiras do Japão: Don Quijote; tinha desde roupas, até brinquedos, comidas e cosméticos. Compramos algumas coisas e voltamos para o apartamento. A Pati e o outro Felipe queriam ir até o Umeda Sky. Eu também queria muito, mas minhas pernas estavam um caco e sem condição alguma de caminhar – então, eu e o Felipe ficamos e jantamos uns combinadinhos que vendem no mercado. No final, foi bom não termos ido, porque a Pati e o outro Felipe não acharam que valeu a pena. 27/05/2018 – Kyoto Kyoto foi o lugar mais difícil de planejar. Tem bilhões de templos e lugares legais para ir, mas na prática, você não consegue combinar tanta coisa para fazer no mesmo dia; não que as coisas sejam longe, mas tem todo o tempo de acessar o metrô, se encontrar nas ruas, entrar nos templos, entre outras coisas. Tomamos café-da-manhã no Family Mart do lado da estação, e seguimos para o metrô no percurso Shin-Imamiya > Osaka > Kyoto (não pegamos Shinkansen). Começamos pelo Fushimi Inari-taisha, os túneis maravilhosos de toriis; aqui você tropeça para fora do metrô, e já cai dentro do terreno da atração...na frente da estação. Tem uma opção onde você sobe 4 km até o topo do monte, que obviamente não dava para fazer, graças ao meu calçado super inadequado, então ficamos nos 2 primeiros túneis, que já foram muito interessantes. Seguimos para a Floresta de bambu – que no início parecia bem nada a ver, mas no final ficou bastante bonita. Saindo dali, procuramos por um restaurante...mas foi um pouco desesperador, porque todos os restaurantes tinham fila e eram demais de caros. Os meninos resolveram entrar em uma rua paralela, e encontraram um restaurante com mesa livre e muito barato – essa tática sempre funciona! Comemos em uma mesa que tinha uma chapa no meio, e pedimos o yakissoba de frutos do mar. Estava uma delícia. Já estávamos voltando para a estação, caminhando pela rua, quando sentimos que algo estranho estava acontecendo ao nosso redor. Algumas pessoas estavam segurando objetos grandes na calçada, e estavam vestidas de um jeito diferente...fomos até a calçada, e um homem (que também estava vestido diferente) nos abordou, sem falar inglês, e entregou um panfleto que explicava que aquele, era o Festival Anual de Arashiyama! Ele acontece uma vez por ano, e tivemos a sorte de acompanhar o evento e até interagir com alguns dos participantes. Os participantes, todos usando uma roupa especial para o festival, carregam um santuário bem pesado pulando com ele nos ombros, com o objetivo de fazer o sino tocar, e assim se purificar. Este homem identificou que falávamos português, e chamou o filho dele, que veio conversar conosco!!! Ele pediu para praticar um pouco, e explicou que fazia aula de português na faculdade...sensacional! De lá, seguimos para o Kinkaku-ji (Templo Dourado) – ele fica muito longe do metrô, mas saindo pela catraca, tem várias instruções de como pegar o ônibus local que leva até o ponto que fica na frente do templo. Estava bem cheio de gente, mas ele é bem bonito. Em Osaka, fomos até a Dotonburi, mas é impossível de jantar ali...muito caro e muitos lugares com muita fila. Resolvemos voltar no restaurante que comemos no dia que chegamos em Osaka. 28/05/2018 – Kyoto A Pati e o outro Felipe estavam meio mal neste dia; o clima no Japão é muito muito muito seco, e deu crise de rinite neles. O clima é tão seco, que a gente lavava roupa a noite, e no dia seguinte de manhã já estava tudo seco. Saímos bem mais tarde dessa vez, já era 9:00am. Seguimos para nosso segundo dia em Kyoto, que tem uma infinidade de lugares para visitar. Paramos na estação Tofukuji para visitar o templo que estava a 900 metros de lá; no caminho de ida experimentei um sorvete de tofu – era bem gostoso. Seguimos a pé por mais 2km até o Sanjusangen-do (o templo das 1.000 estátuas de Buda) – foi um dos mais impressionantes que visitamos, não pelo templo, mas pelas estátuas que eram infinitas e muito diferentes; infelizmente é proibido tirar fotos ali. Ficamos um pouco no jardim do templo, e umas crianças super fofas vieram nos entrevistar...aparentemente as escolas propõe que as crianças façam entrevistas com estrangeiros, o que é bem bacana. Nós até ganhamos uns cartões que eles mesmos desenharam. A idéia era seguir até o Kiyomizu, o templo que fica no topo de uma montanha, mas ele ficava a mais 2km dali e quando pesquisamos na internet, apareceu que ele estava parcialmente em reforma até as Olimpíadas em 2020. Como era longe e a subida até o templo era bem puxada, nós acabamos desistindo e fomos para Potoncho. No caminho, paramos no Mercado de Nishiki que é enorme e você pode experimenta de tudo nas lojinhas. Encontramos m restaurante em uma rua próxima ao mercado, onde almoçamos pratos gigantes – tão grandes que até levei marmita. Passamos por Potoncho ainda era de dia, mas não comemos nada por lá. Em seguida conhecemos Gion, e por mais que a gente tenha esperado, não vimos nenhuma gueixa. Até vimos, só que elas eram claramente gringas fanstasiadas...e o mais engraçado era ver aquele monte de outros gringos tirando foto das gueixas de mentira! 29/05/2018 – Osaka > Hakone A viagem demorou mais ou menos 2 horas e 30 minutos para chegar em Odawara, e lá passamos um tempo tentando se entender com o mapa para comprar os tickets do metrô local. Se não fôssemos perguntar na cabine de ajuda, a gente ia demorar muito para chegar em Hakone, inclusive descobrimos que existe um free-pass que te dá acesso ilimitado a vários meios de transporte por 1 ou mais dias. Embarcamos em um metrô mais antigo, que nos levou até um trem que vai até Hakone. De lá, subimos 3 estações em um cable car, e em uma caminhada de 2 minutos, chegamos! Nosso destino era um ryokan: aquele hotel estilo casa japonesa, onde você usa quimono, dorme no tatame e faz as refeições como uma família japonesa. Logo de cara fomos recebidos com uma fonte de chocolate, e pegamos nossos quimonos assim que terminamos o check-in. O quarto era muito bacana, o jantar era diferente e gostoso, e ficamos na cadeira de massagem até o horário de usarmos o onsen particular. Dividimos o tempo por casal, porque o onsen é uma banheira de água super quente, onde você entra pelado! Tinha também um onsen público no hotel, onde você divide a piscina com os demais hóspedes, mas nesse, só os Felipes entraram. 30/05/2018 – Hakone > Tóquio O tempo estava bem nublado, no entanto ainda não estava chovendo; então seguimos para o ropeway (bondinho) e o lago. Todo o trecho estava incluso no free-pass, exceto o barco. A última estação do cable car te leva até o ropeway (bondinho), então é bem simples de achar. Passamos por uma parte da montanha de onde era extraído enxofre, e saía bastante fumaça. Logo chegamos no ponto de apoio, onde tinha uma loja, banheiro, e uma vista bem legal do Monte Fuji. Dali saímos em outro ônibus, que nos levou até o porto, para fazermos o tour de barco no lago Ashi; a vista do Monte Fuji dali é muito legal, porém é muito difícil de dar sorte e pegar um dia limpo...nós fizemos o passeio em um dia nublado com pouca visibilidade. O tempo estava meio chuvoso, então não descemos em nenhuma das duas paradas no lago. Foi uma ótima decisão, pois retornamos ao ryokan para pegar as malas, e assim que chegamos no ponto para pegar o cable car, começou a chover. Almoçamos no shinkansen que nos levou até Tóquio. Chegamos na estação Shikagawa, fomos para Shinjuku e de lá pegamos o metrô até a estação Okubo. O apartamento ficava a 10 minutos de caminhada dali. Jantamos em um restaurante de esteira, e descansamos para o próximo dia. 31/05/2018 – Tóquio Nossa primeira parada foi no mercado Tsukiji. Para acompanhar o leilão de peixes, onde é possível ver os atuns gigantes, precisa chegar muito cedo; no horário que chegamos, o leilão já tinha acontecido a muito tempo. Resolvemos caminhar pelo mercado, pois ele funciona o dia todo, com as barraquinhas de frutos do mar fresquinhos. Mas diferente dos relatos que li, essa foi uma das piores experiências que eu tive na minha vida. O mercado em si fica dentro de um prédio, mas nós fomos até o final em um galpão meio aberto, local onde acontece o leilão. Ainda tinha vários isopores com frutos do mar...conforme a gente ia andando, começaram a aparecer isopores com animais ainda vivos...caranguejos amarrados, peixes enormes em espaços minúsculos, lagosta...foi horrível ver aqueles animais vivos dentro de caixas tão pequenas, alguns deles amarrados mexendo só os olhinhos...só de lembrar me dá enjôo! Eu tive que sair dali correndo, e quando cheguei do lado de fora não conseguia parar de chorar. É algo que fica cada vez mais incontrolável e difícil de lidar. Fiquei muito mal em ver aquilo, então eu e o Felipe não entramos mais em lugar nenhum. Do lado de fora me distraí em barraquinhas de porcelana e outras coisas, enquanto a Pati e o outro Felipe terminaram de olhar o mercado. De lá seguimos para o Parque de Ueno, onde vimos os templos Kiyomizu e Shinobazunoike. Almoçamos em uma pracinha de alimentação próxima ao parque. Seguimos para Asakuza para ver: Kaminarimon Gate, Nakamise street e o famoso Senso-ji. Por último, fomos até Shibuya para ver a Estátua de Hachiko – é muito bizarro, fica uma fila enorme e eterna para tirar foto com ela, e o cruzamento mais famoso do mundo: cruzamento de Shibuya. Atravessamos ali e as pessoas ficam loucamente atravessando milhares de vezes tirando foto e filmando; a vista da Starbucks é muito bacana, vale a pena tentar subir lá. Decidimos fazer um jantar low cost, e descobrimos um mercado igualzinho ao de Osaka a 250 metros do apartamento! 01/06/2018 – Yokohama e Kamakura Nosso primeiro destino era Yokohama, uma dica que um amigo do outro Felipe. Conhecemos Rinko Park; parque que fica logo na saída do metrô. Avistamos uma roda gigante imensa e uma escultura na Queen´s Square Yokohama, na entrada de um shopping. Saindo dali, pegamos o metrô e descemos em Chinatown, e caminhamos um pouco pelas ruas do bairro; e nossa última parada foi no Museu do Ramen, que definitivamente não vale a pena. A decoração da época é bem interessante, mas não tem muita coisa para ver por lá. Seguimos viagem para Kamakura, e infelizmente chegamos lá já era 4:00pm. Almoçamos rapidinho na estação, e chegamos no Kotoku-in, para ver o Grande Buda, às 4:40pm – quase hora de fechar. Depois de lá, nós caminhamos pela Komachi Dori até chegar no templo Tsurugaoka Hachiman-gu. Tem uma escadaria bem alta, e lá em cima é bem bacana – o templo é tão grande que mal cabe na foto. Vale a pena dedicar mais tempo a Kamakura – fomos embora um pouco tristes por ter chegado tão tarde. 02/06/2018 – Nikko Descobrimos neste dia que a viagem até Nikko é bem longa, mas fomos mesmo assim. Foi um percurso de pouco mais de 2 horas, e chegamos lá por volta do meio-dia. Na própria estação é vendido um free-pass para os ônibus que te levam para os principais pontos turísticos de Nikko. É legal se planejar bem pois são 3 opções de ticket (distância x valor), dependendo de onde você quer ir. Eu e o Felipe compramos o ticket de 1 a 2 dias, pois ele incluía a cachoeira Kegon – considerada a terceira mais bonita do Japão, e o outro Felipe e a Pati optaram por ir somente até o primeiro parque com templos, e voltar mais cedo para descansar para a Disney Sea no dia seguinte. Antes da entrada passamos pela ponte sagrada. Já dentro do parque visitamos juntos o Toshugo, que é onde fica o templo dos macacos (o que não vê, o que não fala e o que não escuta). Nós subimos até o topo, onde tem um santuário; é uma subida puxada mas vale a pena conhecer. Voltamos para o centrinho para almoçarmos juntos. De lá, a Pati e o outro Felipe voltaram para Tóquio, e eu e o Felipe seguimos para a cachoeira. O ônibus levou 40 minutos para chegar até a entrada, e estava fazendo um pouco de frio até pela altura em que estávamos. Descemos 100 metros de elevador, e lá embaixo tem uma estrutura de frente para a cachoeira e na altura da base dela. Não dá para mergulhar, mas vale super a pena visitar o local. Ela tem 100 metros e é muito bonita. Saindo de lá, iniciamos a volta para Tóquio. Mas para nossa surpresa, quando chegamos na estação de Nikko, ela estava interditada. Não entendemos muito bem o motivo, mas no fim das contas, tivemos que voltar uma estação a pé (e era bem pertinho) só que não estava incluída no JR Pass. Descemos na primeira ou na segunda parada, e andamos 15 minutos para chegar na linha da JR. O trem chegou e seguimos viagem. Durante o caminho, o trem fez uma parada e ficamos 30 minutos esperando (também não sabemos o motivo), e isso fez com que a gente demorasse bem mais para chegar em Tóquio. Nessa demora toda, a bateria do nosso wi-fi pocket acabou...então quando chegamos em Tóquio, jantamos antes de ir para o apartamento, novamente no restaurante de esteirinha. Encontramos com a Pati no caminho (ela tinha saído para comprar Mc Donald´s de janta para eles dois), então acompanhamos ela e depois voltamos juntos para o apartamento. 03/06/2018 – Tóquio Eu e o Felipe reservamos mais um dia para explorar Tóquio, enquanto o outro Felipe e a Pati foram para a Disney Sea. Nós seguimos para o Meiji Shrine, que fica um pouquinho longe do metrô, mas fica em um parque bem legal. Saindo de lá fomos para Harajuku, mas ficamos um pouco decepcionados pois não vimos nenhuma cosplay. Caminhamos pelos jardins do Palácio Imperial, e por volta da 1:00pm seguimos até Shimokitazawa, o bairro vintage. Encontramos um restaurante em uma rua paralela, e almoçamos por ali – era daquele tipo de restaurante onde você escolhe a comida na máquina, e entrega o ticket para eles fazerem. Já de noite, a Pati e o outro Felipe ainda não tinham chegado (a Disney Sea fica a mais ou menos 2 horas de Tóquio) então resolvemos sair e conhecer a noite em Shinjuku. Lá nós passamos pela Piss Alley, onde são vendidos vários espetinhos de tudo que você pode imaginar! São estabelecimentos minúsculos, onde as pessoas sentam no bar e ficam bebendo e comendo no happy hour. Seguimos até Kabukicho, o bairro do entretenimento noturno em Shinjuku. Lá nós vimos de tudo; desde jovens (ouso dizer crianças) bêbadas, até bares, restaurantes, karaokês e clubes noturnos bem coloridos e cheios de gente. Os estabelecimentos são gerenciados pela Yakuza (organização criminosa ou máfia japonesa), e existem várias recomendações para ter cautela na hora de escolher um lugar para entrar. Nós não presenciamos nada suspeito, mas tomamos o cuidado de escolher um restaurante mais afastado daquela bagunça toda...e adivinha? Era de esteirinha também. Caminhamos bastante pelas ruas, passamos pelo Hotel Gracery e avistamos a cabeça gigante bem de longe do Godzilla. Passamos também pelo Robot Restaurant, mas a entrada custa nada mais nada menos que 8.000 ienes (~USD 80), então nem consideramos entrar. Fomos abordados várias vezes por pessoas tentando nos convencer a entrar em restaurantes e bares, mas não demos muita bola e seguimos adiante. 04/06/2018 – Tóquio COMPRAS!!! Reservamos o último dia em Tóquio para fazer compras. Não queríamos nada de marca, mas sim souvenirs e a algumas comidinhas. Começamos pela nossa querida Don Quijote! Encontramos uma loja enorme de 7 andares em Shibuya, e ficamos a manhã toda ali. Compramos chocolate, um milhão de tipos de Kit Kat, alguns souvenirs e também algumas coisas para a casa. Encontramos uma caixinha da JBL super barata, que aqui no Brasil pagaríamos 200 reais a mais. A gente tinha milhares de sacolas nas mãos, então decidimos voltar para o apartamento antes de continuar. Almoçamos perto do apartamento, e a gente já estava azedo porque tomamos umas cervejas antes de sair. O almoço não estava muito bom não, mas continuamos a saga das compras. Descemos em Shinjuku e entramos na Bic Camera. O outro Felipe e a Pati ficaram um tempo por lá, mas a gente seguiu viagem e foi na Tokyo Hands, que é parecida com a Tok Stok do Brasil, só que quase desmaiamos quando vimos os preços das coisas – tudo muito caro. No mesmo shopping tinha uma loja de Kit Kat onde você pode pedir o seu chocolate personalizado; no final descobrimos que era um quiosque, e não tinha nada demais ali. Saindo de lá paramos na Daiso, em Harajuku, e compramos alguns souvenirs e coisas úteis para a casa. Eu e o Felipe jantamos em um sushi de esteira de novo, e compramos o café-da-manhã para comer no apartamento antes de ir para o aeroporto. 05/06/2018 – Tóquio > Narita > Guarulhos O nosso JR Pass era válido somente até dia 04/06, ou seja: a gente tinha que pagar o percurso Tóquio > Aeroporto de Narita à parte do passaporte. O ticket do shinkansen avulso é bem caro, assim como taxi e Uber também, então a alternativa foi ir até Narita de metrô local. Nosso vôo saía às 2:25pm de Narita, e considerando que o metrô local era mais lento que o shinkansen, a gente se planejou para sair bem cedo e evitar confusão no vôo da volta. Saímos do apartamento por volta das 09:00am – foi uma viagem de aproximadamente 2 horas, então tivemos tempo suficiente de despachar as malas, almoçar, gastar o resto do dinheiro com compras no aeroporto e embarcar tranquilamente. Nós quatro voamos juntos do Japão até o México, porém nosso vôo México > Brasil tinha 1 hora a menos de escala que o do outro Felipe e da Pati. Eles voltaram de Aeroméxico, e a gente de LATAM, e vou dizer que levamos todas as vantagens do mundo! O avião estava com a ocupação baixíssima, então conseguimos até deitar nos bancos que estava sobrando. A comida era muito melhor e sem molho de tomate, além de praticamente ter brasileiros no vôo.
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Oi gente! Queria saber duas coisas 1) Alguem que ja foi no chureito pagoda lembra de ter armários para guardar bagagem na estação de trem mais próxima? (Shimo Yoshida) 2) Saindo de Kawaguchiko, qual o melhor caminho para ir para kyoto de trem? Pelo que eu entendi tem que voltar até a estação Otsuki e de la até a estação Yokohama e então pegar o trem-bala. É isso mesmo? Obrigada
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(JAPÃO) (MONTE FUJI) (KAWAGUCHIKO) (FUJI Q HIGHLANDS) Galera tudo bomm? alguma de vcs ja foi ver o Monte Fuji de Kawaguchiko saindo de Tóquio? Preciso de dicas pq estou mega perdida com os trens e tudo. E depois vou sair de lá e ir para Kyoto e estou mais perdida ainda kkk então se algúem ja fez esse trajeto e ficou nessa região estou aceitando todas as dicas possíveis Além disso, alguém ja foi no Fuji q Highlands? to com muita vontade de ir porque amo montanha russa, mas eu perderia um dia Kawaguchiko e quero saber se vale mesmo a pena, além de ser bem carinho... Enfim, aceito dicas de tudo haha obrigada!!
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Pessoal, reparei que esta parte do forum anda um pouco parada, então não sei se o povo já não tem mais nenhuma dúvida sobre roteiros, ou se desistiram.. risos De qualquer maneira, vou compartilhar meu roteiro completo, depois de 7 meses de vivência no Japão. Num período de férias lá, peguei 10 dias pra andar com o trem bala/shinkansen pra cima e pra baixo. Em resumo, 10 dias é pouco para o Japão, sem sombra de dúvidas. Por outro lado, vejam a quantidade de coisas que é possível de se fazer pra quem só tem 10 dias! risos Passei por: - Tokyo - Osaka - Himeji - Nara - Kyoto - Hiroshima Se ajudar alguém: https://www.novocalculodarota.com.br/roteiro-pelo-japao-10-dias/ Abraço! bob.
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Adiei um tempo minha contribuição aqui no forum mas é aquela coisa: antes tarde do que nunca. Ao todo foram 28 dias de viagem. 24 no Japão, 2 dias em Dubai e 2 dias em trânsito. Roteiro São Paulo ⇒ Dubai (Conexão) Dubai ⇒ Tóquio Tóquio ⇒ Yokohama Yokohama ⇒ Fuji Fuji ⇒ Takayama Takayama ⇒ Kyoto Kyoto ⇒ Osaka Osaka ⇒ HIroshima Hiroshima ⇒ Tóquio Toquio ⇒ Dubai (stop over) Dubai ⇒ São Paulo Viajamos pela Emirates. Uma baita de uma Cia Aérea. Compramos as passagens numa promoção que eles lançaram em abril. Saiu uns 2.5k pra cada. Com taxas e tudo. Ou seja, um negoção.. Japão Internet Não dá pra cair na bobagem de ficar sem internet num país onde você não entende um “i” da lingua. Então um pocket wifi é um investimento obrigatório pra vc viver o Japão na sua plenitude. A internet é uma bala, ele é bem pequeninho e conecta até 10 aparelhos. Contratei a Japan-Wireless. Pedi para que eles enviassem o wifi para o meu hotel em Tóquio e devolvi enviando pelos correios no aeroporto de Narita no último dia de Japão. Dá pra resolver tudo em inglês. O site e o email vão aí embaixo. https://medium.com/japan-wireless cs@japan-wireless.com Grana “Show me the money.” É amigo mochileiro, amiga mochileira. No Japão, fazendo muito esforço, vc até usa cartão. Mas o negócio lá é dinheiro. grana. bufunfa. Então é trocar os realitos aqui no Brasil por yen e seguir viagem. Fui com toda grana numa doleira. Me cagando de medo, não tanto de ser roubado, mas de perder. Ia ser difícil pedir esmola em japonês. Comida Se você não se faz de rogado diante de um prato de comida, você é como eu. E você vai amar MUITO o Japão. No geral, muitos restaurantes tem cardápio em inglês. Mas na boa, é muito mais divertido pedir um troço que você não faz ideia do que seja. Na maioria das vezes eu olho o que a mesa do lado está comendo, se for com a cara do prato, peço a mesma coisa. Mas relaxa. Se vc é desses que não gosta de se aventurar pela mundo da gastronomia. O Japão também tem todas as grandes redes de fast food e restaurantes do mundo. Então vai tranquilo que vc não vai passar fome. Preços Em geral as coisas são bem mais caras. Comida, transporte e hospedagem vão sangrar bastante o seu orçamento. Mas nada como jantar um Cup Noodles um dia ou outro pra ajudar a equilibrar as finanças. Alguns preços: Garrafinha de Água - até ¥150 / R$4 Lata de cerveja - até ¥300 / R$7 Big Mac - até ¥400 / R$11 Bom Almoço - ¥1000 / R$30 Atrações - até ¥500/ R$15 Obviamente essa cotação varia. E os preços tão chutados para cima. Claro que da para encontrar esses itens por um preço mais barato. A dica é fazer sempre pequenas compras em supermercados. São sempre muito mais baratos que as konbinis e os restaurantes. Temperatura Fomos em outubro. Outono. Folhas vermelhas. Clima ótimo. Como rodamos muito pelo país, pegamos temperaturas variadas. Máxima de 30 e mínima de 9 graus. Lendo em alguns foruns, foi totalmente desaconselhado ir no verão. O calor é simplesmente insuportável. Pegamos alguns dias de muita chuva, mas nada demais. Japoneses Já falei que eles são educados? Já. Mas não custa repetir. Se vc perguntar qlq coisa a um japonês, ele vai fazer de tudo pra te atender. Mesmo não entendendo nada do que você diz. Em geral, eles trabalham MUITO. E não é difícil ver gente dormindo no metrô, em banco de praça e até caidão na calçada. Falando em metrô, tinha lido antes de viajar que os vagões costumam ser bem silenciosos. Mas eu nunca imaginaria que seria tanto. Ninguém fala nada. Todos os celulares estão em modo silenciosos. E todos fazem de tudo para não incomodar o a pessoa que está ao lado. Os próprios japoneses consideram as pessoas da região de Osaka os mais extrovertidos. E de fato são. Adoram bater papo e quando sabem que é brasileiro já mandam um Ronaldo, Pele, Neymar e cia. JR Pass Na internet tem um caminhão de informações sobre o JR Pass. Então vale dar uma lida e entender se ele é válido para vc. Como andamos milhares de quilômetros pelo pais. Saiu muito em conta. Compramos os bilhetes que eram válidos por 14 dias. Então enquanto estávamos em Tóquio e Yokohama, não validamos o nosso . Mas assim que fomos para Fuji, validamos num posto que fica dentro da Estação de Yokohama. Várias Cias. operam no metrô do Japão e o JR não vale para todas. Então eventualmente você vai ter que gastar com bilhetes e tickets de metrô. Principalmente dentro das cidade. Ah, e tb não dá para usar em todos os trem bala que operam. Comprei um na Tunibra, agência de turismo que fica na Liberdade http://www.tunibra.com.br/ e o outro nesse site: https://goo.gl/n25nxK [/b]Tóquio No começo assusta um pouco. Olhar praquele tanto de outdoor e letreiro luminoso e não entender puerra nenhuma dá uma aflição. Mas graças ao São Google. Tudo se arruma. Chegamos no aeroporto de Haneda às 3h da manhã. Uma horário de merda. Nas pesquisas, já vimos que taxi seria uma coisa inviável. Sério, é caro pra cacete. Só pra vc sentar o bumbuzinho na poltrona e dizer: konichiwa, você paga ¥700, uns 21 reais. E do aeroporto para o hotel, segundo o google, daria uns 400 reais. Então a única opção viável seria dormir no aeroporto e esperar amanhecer o metrô abrir. Mas então descobrimos o Bus Limousine. Um serviço de ônibus que passa por vários pontos importantes da cidade e que por pura sorte, passaria perto do hostel. https://www.limousinebus.co.jp/en/bus_services/haneda/index Em que região ficar? Ficamos em Asakusa. Por que? Como o transporte público abrange a cidade inteira. Decidimos ficar numa região não muito cara, mas que fosse relativamente próxima de alguns pontos turísticos interessantes. Asakusa é tudo isso. Bairro cheio de comércio. restaurantes, bares. Muita gente na rua o tempo inteiro. Recomendo muito. Ah, ficamos no Bunka Hostel. Um Hostel que também é um bar e restaurante. Novinho, com café da manhã e atendentes que falam inglês. Aqui aproveito pra fazer um comentário sobre isso. No Japão, muita gente fala inglês. Eles estudam na escola e etc. Mas acontece que eles “ajaponezam” o inglês e aí é quase impossível entender o que os caras estão tentando falar. Por sorte, eles são MEGA educados e pacientes. Então repetem mil vezes se preciso. Até você entender ou desistir. A cidade é foda. Tudo funciona. Apesar do corre-corre. Os japoneses são extremamente educados e atenciosos. Sempre que nos perdemos nas estações de metrô, sem que precisássemos pedir, alguém aparecia para ajudar. Ficamos 8 dias. Deu pra conhecer MUITA coisa. Cada bairro em Tóquio tem uma vida própria. E como a cidade é extremamente segura, dá para andar muito por lá. Tem assalto? Óbvio. Mas a gente que é formado na Escola Brasil, sente logo a diferença. Ah, e no Japão vale ir nos pontos turísticos. Eles vão estar sempre repletos de japoneses. Excursões das escolas e etc. Não tem "pega turistas". O japonês vive seu país plenamente. Museus, templos, torres, bares, restaurantes e etc. Sempre vão ter muuuuuitos japas. Ah, uma dica legal para fazer em Tóquio é alugar uma bike o dia inteiro e sair pedalando. Bunka Hostel https://goo.gl/vGr8Mv Algumas atrações que fomos: Akihabara Parque Ueno Senso-ji Temple Hoppy Street Tsukiji Fish Market 3h Palácio Imperial Shimbashi Area Ginza Area Disney World Shinjuku Station (Kabukicho) Shin-Okubo Koreatown Shinjuku Gyoen Meiji Shrine Zauo Restaurant Shinjuku Golden Gai Bar / Omoide Yokocho Harajuko Omotesando Avenue Shibuya Station Shibuya Crossing Hachiko Statue Center Gai / Grandfather's Odaiba (Miraikan Museum, DivertCity Tokyo Plaza) Tokyo Skytree Kabuki Theater Com o tempo vou postando fotos e dicas das outras cidades. Qualquer dúvida é só perguntar Abraço