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Quando se viaja por mais de 6 meses, passando por mais de uma dezena de países, nem sempre se pode contar com a sorte. E nossa hora chegou. Após passarmos frio em Melbourne e Sydney, tudo o que queríamos era nos espreguiçar embaixo de um coqueiro no sol de Fiji. Mesmo viajando no inverno, considerada a melhor estação por ser seca, fomos surpreendidos pela chuva. Aqui vale um parênteses: na Austrália, estávamos decididos a ir de lá para Nova Zelândia; porém, alguns dias antes resolvemos ir para Fiji primeiro. Assim, visitaríamos uma região quente entre os dois países gelados. Como resolvemos em cima da hora, não tivemos muito tempo para pesquisar sobre o país. Fiji é um arquipélago contendo mais de 300 ilhas, uma diferente da outra. Não queríamos gastar muito, então aqueles resorts paradisíacos não estavam em nossos planos. Resolvemos nos hospedar em três lugares diferentes: primeiro em Bounty, que fica situado nas ilhas Mamanuca; depois em Savusavu, região turística da ilha Vanua Levu; e por último na praia de Wailoloa, ao lado do aeroporto internacional. Após pegarmos um avião, um táxi e um barco, finalmente chegamos na ilha de Bounty. O resort era lindo: tinha piscina, sinuca, ping-pong, equipamentos de mergulho (alugáveis) e se podia dar a volta inteira na ilha em apenas 30 minutos. Ou seja, ela era toda nossa (e dos outros poucos hóspedes, evidentemente). Só não contávamos com o tempo. Choveu durante três dias seguidos e a depressão bateu. No quarto dia, quando o sol saiu, não tivemos dúvidas: nos recriminamos por todas as vezes em que reclamamos do calor e fomos mergulhar de snorkel. Logo na frente do resort havia uma área excelente: os peixes, ao invés de fugirem, vinham em nossa direção. Se ficássemos parados, sem nadar, em poucos segundos desaparecíamos, encobertos pelos peixinhos. O único ponto negativo era a internet: além de ser paga, não pegava no quarto. De Bounty fomos para Savusavu. Pegamos um barco até o aeroporto de Nadi e de lá um teco-teco (um aviãozinho que mais parecia uma kombi com asas) que nos deixou em Vanua Levu, uma outra ilha. A viagem de cerca de 75 minutos mostrou como Fiji era maior do que pensávamos, com sua enorme cadeia de montanhas e muito verde entre as ilhas. Ficamos num quarto duplo bastante espaçoso, mas fomos reféns do tempo ruim novamente. Por isso, só aproveitamos mesmo o dia em que chegamos, quando assistimos a um lindo pôr do sol na marina enquanto almoçávamos. Dali em diante, ficamos trancados no quarto e na varanda, que nos presenteava com uma linda vista do Oceano Pacífico. Táxi. Teco-teco e chegamos em Nadi, onde nos hospedamos no albergue Bamboo Backpackers. Com piscina, bar e de frente para a praia como o resort em Bounty, a diferença aqui era basicamente numérica. Havia muito mais gente, mais atividades e mais barulho. Felizmente, o tempo firmou e pegamos sol em todos os dias em que nos hospedamos em Nadi. O que foi fundamental, pois pela manhã embarcamos para Christchurch, na Nova Zelândia. Em relação a Fiji, a temperatura despencou entre 20 e 30 graus. Adeus, sol. Alô, frio. Tivemos muitas dúvidas sobre onde nos hospedar e por isso ficamos em três lugares diferentes. Se estiver com um orçamento mais confortável, procure hospedagem nas ilhas Mamanucas ou Yasawa, com praias paradisíacas a poucos metros do hotel. Se tiver tempo, vá para Vanua Levu e Ilha Taveuni. A viagem de avião é cara, então não vale a pena fazê-la num período curto, como fizemos. Se estiver com orçamento apertado, fique perto do aeroporto de Nadi e faça passeios de um dia para as outras ilhas. É o que deveríamos ter feito. [media] [/media] Bounty Island Resort Endereço: Kadavulailai Island, Mamanucas, 0000, Fiji Preço: FJD$ 145 (R$ 236) Site: http://www.fiji-bounty.com/ Gecko Lodge Endereço: Lot 22, Daku, Savusavu, Northern Division , Fiji, Fiji Preço: FJD$ 130 (R$ 210) Site: http://www.geckolodgefiji.com/ Bamboo Backpackers Endereço: 33 Newtown Beach, Nadi Bay, Nadi, 00679, Fiji Preço: FJD$ 95 (R$ 154) Site: http://bambootravellers.com/