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Fala Aventureiros, Estava em busca de uma viagem de aventura e acabei fechando a Amazônia. Sonho antigo de visitar uma tribo indígena, boi bumba e descer o Rio Amazonas de barco até a foz. Sou um viajante solo, tenho 44 anos e sou deficiente físico, e criei um roteiro de 4 dias em Manaus, 5 dias em Presidente Figueiredo, desço o rio até Santarém para conhecer o caribe amazonense lá em Alter do Chão, volto para Parintins para vivenciar a maior festa folclórica da região Norte, por fim descendo até Belém e finalizando ns Ilha de Marajó. Creio que em ate 30 dias, consiga fazer tudo que pesquisei com folga e que todo o planejamento siga conforme a dança. Conforme a viagem for acontecendo vou postando mais conteúdo e atualizando aqui no site. Ou da uma moral e segue la no Instagram @penaestradacervejeiro Abaixo segue uma breve do roteiro, quem quiser dar umas dicas... sempre bem vindo: Manaus 1 dia Taxi para o aeroporto $20. Aeroporto passagem só de ida $535, uber até o museu $30, no Museu Musa ($gratuito para deficiente, Agendamento por email), uber para o hostel $34.90, hospedagem no Hostel Manaus quarto compartilhado $55 diária, paguei 3 diárias $165. Jantar no tacaca da Gisele bem em frente ao teatro $22 e sorvete de tucumã 1 bola e meia $4 em frente ao tacaca da Gisele. 2 dia Café na padaria $6,25 Passeio de 1 dia (ALL DAY) paguei $90 direto no porto. visitamos: - Mergulho com boto rosa custa $ 10 para tirar foto ou $ 20 para mergulhar com o boto - Pesca de Pirarucu pesca custa 10 reias com 3 iscas, churrasquinho de Pirarucu custa $10 com farinha de mandioca, farofa e molho de tucupi - Almoço com trilha para ver a Vitoria Regia, água com gás custa $8 e suco de frutas regionais custa $13 - Tribo indígena $5 a pintura $10 para tirar fotos com os animais - Encontro das Águas Retorno 15:30h Caminhada até a Bahserikowi - Centro de Medicina Indígena $0800, Praça da Polícia (Praça Don Pedro II), Museu da Cidade de Manaus $0800, Praça XV de Novembro onde fica a Catedral Ns. da Conceição. Passei no Pier dos Navios para verificar valor do barco para Santarém $180. Voltei passei no mercado e comprei insumos para o café da manhã $56,48 3 dia Onibus para praia da ponta negra $0 ♿️ Almoço PF de Costela de Tambaqui $17 Banheiro $1 Barco da Marina do Davi para o museu do Seringal $20 Entrada museu $10 Barco para Praia da Lua $12 Barco para a Marina $10 Onibus para o hostel Manaus $0 ♿️ Ida a pé até a cervejaria Mahy Volta de uber $9.99 Ida a pé ao localhostel carimbar o passaporte com o visto da Amazônia. E degustar a Cerveja artesanal Rio Negro Amber Ale $22 Jantar no Tambaqui de Banda com o prato de Jaraqui frito $27 e de bebida Soda Amazonense de Cupuaçu $16 (total do jantar com 10% $47,30) Finalizando o dia com sorvete de Cupuaçu na sorveteira African House no Largo São Sebastião. $3,80 4 dia Fui no Mercado Manaus Moderna tomei Suco de tapereba $2, comi Açaí $3 copo com muito açúcar. Mercado Adolpho Lisboa tomei Suco de Graviola $8 e comi um X-caboquinho $15 (tapioca, tucumã, banana, queijo quali) Teatro $0 ♿️ tomei um Sorvete na sorveteria barbarellas tapereba $3.90. Uber para ir buscar o carro no Plaza shopping $12,91 Aluguei carro ($75 unidas rent a car) mais $22 da lavagem e $700 de calção (a estornar), na estrada fiz compras no mercado Açaí $65.58 e ir para a cidade de Presidente Figueiredo, na Mana sorveteria no centro perto da rodoviária na chegada tomei sorvete de graviola $3, complemento para a janta $10,15 ficar no camping $35 Cachoeira Berro D'água sensacional. Dia 05 Suco de Muriti $4 depois Cachoeira dos passaros entrada $10 tirolesa $10, cachoeira do Mutum $15, cachoeira Pedra Furada $10, Cachoeira das Orquídeas $0800 na Mana sorveteria no centro perto da rodoviária tomei sorvete de tapioca $3,45 e Cachoeira Berro dagua $10. Camping $35. Dia 06 Gruta da Judeia e Cachoeira da Maraogá $30 dividido no grupo, almoço no restaurante do Mirandinha em Balbina, PF + suco de Cupuaçu + wifi total $29, gasolina $100, camping Lagoa Azul do Marcelo $45 cerveja $12 Dia 07 Fervedouro do Maranhão $15 Cachoeira de Iracema $10 Mercado $24,50 Sorvete de Cupuaçu $4,12 Camping na Fazenda Santa Marta $20 Dia 8 Cachoeira Asframa $10 Gasolina $206,83 Indo para a cidade de Novo Airão Lanche $9 Hospedagem $0800 Dia 09 Lanche $10 Visita a cervejaria Sarapó e pontos turísticos na cidade. Hospedagem $0800 Dia 10 Volta para Manaus parada no Café Tradicional da Priscila comi tapioca de queijo e café $32, entregar o carro, abasteci por $173,50, peguei uber para o Porto de Manaus $11,33, paguei $5 para entrar no porto e $180 a viagem no Navio Amazon Star com saída 12h, já no navio paguei a janta $20 e água com gás $5 dia 11 Descendo o rio para Santarém - PA com pré visão de chegada as 16h café da manhã $10 almoço self-service $25 Chegando em Santarem Pousada $85 Dia 12 Chegando em Santarém, moto taxi ate a pousada $10 hospedagem $65 na pousada Guarana da Claudia fiquei 2 diarias $130, ver o por do sol da orla do tapajós e a noite fui conhecer o terminal fluvial turístico jantei e tomei 2 chopps Pilsen artesanais da Cervejaria Sovalen $59.40 e de sobremesa tomei um Sorvete de jabuticaba $3,84. Obs: segue o link do cardápio do Terminal Fluvial Turístico: https://www.hubt.com.br/massabor-trapiche/ Dia 13 Fui de onibus para o Mercado 2000 $♿️ sai dá-lo e na orla comprei uma brahma com o rotulo do festival de Parintins $2.99 fui andando ate o mercado modelo, comprei um copo do Guaraná Tradicional $10 e sai para comprar uma rede $60, almocei uma quentinha $10 rodei por praças e igrejas e fui até o mirante na orla perto do terminal e comprei água e guarana Jesus $7,10 depois voltei de onibus $♿️, a noite voltei de onibus $♿️ ao terminal para jantar $46,20, comprei uma coca cola na volta para a pousada de 1L por $5.99. Dia 14 Pegei ônibus $ ♿️ para ver os botos no mercado do peixe, paguei $5 para o menino que fica atraindo os botos, almocei mo mercadão 2000 $20 e fui andando ate o cristo rei - centro de artesanato do tapajós, peguei onibus sentido Alter do Chão $ ♿️ parei na cervejaria Tapajós para conhecer, peguei outro ônibus $ ♿️ para ir para Alter do Chão, hospedagem em camping $35 paguei 5 diárias $175, cerveja artesanal VagaMundos $10, Mercado $6,25. Dia 15 Mercado para o Café da manhã $18 , travessia de catraca (barco) para a ilha do amor $10, trilha até a serra da piroca, já na praia bebi 2 águas com gás $12, volta de lancha rápida $10, a tarde peguei o ônibus $ ♿️ para ir até o restaurante caranazal e ter acesso às canoas para ir a floresta Encantada, paguei $20 dividindo o barco (valor do barco $50), voltei de onibus para Alter do Chão $ ♿️, mercado complemento jantar $27,50 Dia 16 Passeio para a Trilha do Pequiá $180, guia local $150 mas como estávamos em 3 pessoas ficou $50 para cada. Dia 17 Mercado complemento almoço e jantar $26 Dia 18 Lembrança para a esposa $50 e para o filho $10, sorvete final de tarde $16 maracujá com pimenta e Cupuaçu com jambú. Dia 19 Onibus para Santarem $ ♿️ navio subindo o rio $ ♿️ para chegar em Parintins, hospedagem em redario $100 com café, Dia 20, 21 e 22 Em Parintins não fiz uma relação de consumo, mas gastei um total de aproximadamente $250 Hospedagem $0800 Cerveja litrao $10 total $100 Água 500ml na rua $5 total não lembro +- $15 - ganhei muitas da igreja Batista. Água 2L no mercado $5 entrada do festival $fila 0800. Água no bumbódromo $7 cada total $21 Flal "sacolé" $2 total $10 Almoço $10 total $40 Sanduíche $13 Camiseta $30 Churrasquinho completo $7 Padaria $19 + $7 Torre da Catedral $5 Moto taxi e bicicleta taxi $30 (3 viagens) Cachorro quente $5 Dia 23 Navio de volta para Santarém $♿️ Café no barco $2 - 2 und Dias 24 e 25 Navio para Belém $♿️ 3 Refeições $ 60 Uber $14,96 Hostel Amazonas $30 = 5 diárias $150 sabonete $3 Mercado $43,19 + $3,88 + $17,74 Farmácia $25,38 Dia 26 Museu artes Sacras $♿️ entrada $6 Forte do Presépio $♿️ entrada $4 Casa das 11 janelas $♿️ entrada $4 Almoço no mercado ver-o-peso $20 comi Açaí com farinha e peixe Dia 27 Theatro da Paz $♿️ Mangal das Garças $♿️ passaporte $20 Museu do Ciro $♿️ entrada $6 Sucos e refrigerante $20 + $3 dia 28 Ônibus para trapiche de Icoraci $♿️ Barco para Ilha de Cotijuba $10 Cerveja na praia do forte 600ml $10 Água com gás na praia vai quem quer $5 Chope (sacole) $2 Bolo e suco $8 Bondinho para o pier $5 Barca de volta a Icoraci $♿️ farmácia $20 Ônibus volta ao hostel $♿️ Mercado $16,45 Dia 29 Museu das Gemas do Pará $0800 Água de 2 litros $3,50 Uber para aquário do Museu Goeldi $12,96 Entrada Museu Goeldi $♿️ Onibus para as docas $ ♿️ Cerveja Ipa e dadinhos de tapioca $38,72 Ingresso Theatro da Paz $♿️ Mercado $ 9,13 Dia 30 Barca para Ilha de Marajó $♿️ Café no Terminal Hidroviario $2 van para salvaterra $12 hospedagem em camping do boto $30 = 2 diárias $60 Dia 31 Camping na Pousada Boto $60 Jantar $45 Água e coco gelado $7 Almoço Torta de Caranguejo $25 Mercado $14,28 Dia 32 Barco travessia Salvaterra X Soure $6 2 copos de suco bacuri $5 2 Águas de coco $8 Andar no búfalo $10 Almoço $101,20 Água de 1.5L $2,50 Jantar $62 Guia $60 + 140 Dia 33 Água 1.5L e 5 balas $3 Mercado $15,71 Dia 34 Almoço $20 Doce de leite $12 Queijo de Marajó e coca cola 14,50 Dia 35 Camping na Pousada Boto $60 Q-Sorvete Marajó Souer $15 Barco retorno Salvaterra $6 Van retorno Porto de Camará $15 Balsa Camará X Icoraci $♿️ Ônibus para o hostel $♿️ Hot-dog $8 Dia 36 3 sucos $15 2 chaveiros de Muiraquitã $10 1 colar de Muiraquitã $5 Bombons $40 Café da manhã $10 Almoço $16,90 Cerveja $7,90 Cinema $♿️ Bar da praça $22 Hostel Amazônia Belém $60 Dia 37 Passagem de volta $812,57 Belém X Rio Café da manhã $8,40 Farmácia $68,05 Almoço $8,19 Guarana no aeroporto $7 Uber retorno aeroporto X casa $34,98 Siga nossas Redes Sociais Veja fotos e vídeos: @penaestradacervejeiro VEJA TAMBÉM O RELATO COM FOTOS Link abaixo:
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Salve, galera! Esse é o resumo de um mochilão radical que fiz há alguns meses, espero que gostem. Caso queiram mais informações, podem acessar meu blog Rediscovering the World ou o livro que acabei de lançar (Trekking Extremo no Himalaia: Acampamento Base do Everest + Gokyo). Dia 1 Em 17 de março de 2019, ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, tomei uma sequência de voos pela Air China, cujo destino final seria Mumbai, na Índia. Compradas quase 5 meses antes, as passagens de ida e volta custaram 734 dólares. Dia 2 Após breve conexão em Madri, o avião grande seguiu até Pequim. Ambos voos foram bem-sucedidos. Como a espera até o voo final levaria o dia todo, decidi aproveitar que o visto não é necessário para permanecer até 144 horas na capital chinesa. Dessa forma, passei pela fila da imigração em uma hora, saquei yuans (1 real = 1,75 yuans) num dos caixas automáticos e deixei o aeroporto no metrô que me levou até o centro da cidade. O trajeto de meia hora custou 25 yuans. Deixei a linha do aeroporto para pegar outra, ao custo de 4 yuans. Logo me impressionei pelo desenvolvimento e pela limpeza de Pequim, tirando a névoa permanente que quase esconde o sol. Só a falta de educação dos chineses que seguiu conforme o esperado. O primeiro monumento visitado foi o do conjunto Templo do Céu (28 yuans). Numa área grande, fica um parque com as estruturas erguidas em 1420 para orar em busca de uma boa colheita. A construção principal é o maior templo redondo de madeira da China. Depois de uma boa caminhada, comprei 4 bolinhos (dumpling) de carne por 2,5 yuans cada, mesmo sem saber antecipadamente o que viria dentro. Segui então caminhando até chegar à sequência de postos de controle policial de onde ficam as principais atrações de Pequim. Primeiramente, o museu nacional. É em sua maioria gratuito, num prédio bastante amplo, mas com conteúdo quase todo em mandarim e poucas exposições realmente interessantes. Entre essas, os presentes recebidos pela China de todo o mundo. Em seguida, caminhei ao redor da Praça Tian'nanmen, a Praça Celestial. É famosa por um massacre que aqui ocorreu durante protesto da população. Também não se paga e há espaço de sobra, com um memorial a Mao Tse-tung e um monumento aos heróis chineses. Por fim, entrei na Cidade Proibida. Como estava faminto e o corpo já se entregando de cansaço, tive que almoçar ali mesmo, pagando 32 yuans num prato raso. Mais uma atração enorme: são dezenas de palácios, muralhas e portais. Para visitar em baixa temporada (agora), custou 40 yuans. Mesmo assim, é difícil conseguir uma foto boa, tamanha a quantidade de chineses que visitam o complexo. Na saída, tentaram me aplicar o golpe de bater um papo num bar e ser extorquido, mas como eu já sabia dessa, escapei. Esgotado, retornei ao aeroporto no final da tarde. À noite, voei num avião menos novo pra Mumbai, tirando um belo cochilo a bordo. Dia 3 Desembarquei já na madrugada seguinte. Passei pela imigração com o eVisa feito antecipadamente na internet e troquei dólares por rúpias (1 dólar = 66 rúpias) logo após a imigração. Por fim, pedi pra chamarem um Uber pra mim, pois o táxi até o hotel próximo custava 500 rúpias, enquanto o Uber saiu por 210. O problema foi achar o danado, escondido numa viela. Somente às 3 e meia eu entrei no Ahlan Dormitory. Pra ficar num quarto coletivo, gastei 250 rúpias por noite. Só que o lugar não era muito agradável, pois era barulhento, fedia, estava sujo e quase sem água. Algo me picou na cama e me deixou com marcas por semanas. Pelo menos o wi-fi, o ar e o guarda-volumes funcionavam. Pra piorar, fui acordado antes das 8h pelos hóspedes e funcionários, não conseguindo mais dormir - o que já tinha dado bastante trabalho antes, vide o jet lag. Levantei, tomei o “chai” (na Índia, o chá é misturado com leite) e parti pra luta. Caminhando um pouco já notei a diferença colossal na (falta de) limpeza, em relação a Pequim. Peguei o metrô recém inaugurado, com ar condicionado, a partir de 10 rúpias. Para começar a preparar meu estômago, tomei um suco natural por 40. Em seguida, entrei na estação de trem suburbano. Que caos! Gente correndo e se empurrando por tudo que é lado, pendurada nas portas dos vagões como nos filmes, e tal. Para vivenciar um pouco disso, e porque eu queria economizar, comprei um bilhete da 2ª classe de Andheri a Churchgate. Apenas 10 rúpias até ponto final, 22 km adiante! Ainda que estivesse bem quente, os indianos vestiam quase todos roupa social, nenhum (além de mim) de bermuda. Da estação, fui até o principal museu da cidade, de nome complicado: Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya. Construído pra homenagear o príncipe do País de Gales, hospeda hoje num edifício de arquitetura indo-sarracena uma porção de artefatos relacionados a Índia e além, contando sua história. Pena que o ingresso seja meio salgado: 500 rúpias + 100 pra usar câmera. Nessa hora, começaram a pedir pra tirar foto comigo, como se eu fosse famoso. O almoço foi no renomado Delhi Darbar. Fiquei com um picante mas apreciável prato de “angara chicken” por 550 rúpias. Saí cheio. Acabei optando por fazer um city tour de 3h por 3500 rúpias, bem mais do que eu deveria pagar. Nele, passei por vários locais interessantes, como uma lavanderia a céu aberto, diversos prédios públicos e privados com arquitetura colonial britânica, o museu-casa do Gandhi (Mani Bhavan), a orla de Marine Drive, a colina de alto padrão Malabar e o templo da religião jainismo. Depois, fiquei no mercado de rua, onde não consegui caminhar em paz, indo então de volta pro hotel através de outra linha de trem da estação central. Retornei pendurado na porta aberta do trem. Comi um negócio, antes de conhecer dois jovens ucranianos no dormitório. Fiquei papeando e dei uma volta com eles, pra conferir o movimento das ruas poluídas. Aproveitei para provar a sobremesa quase sem gosto chamada “falooda” (40 rúpias) e levar umas bananas (6 por 1 real). Dia 4 Com o feriado do Holi, o qual me gerou uma pintura facial, o transporte público ficou bem menos cheio, ainda que sua frequência também tenha diminuído. Peguei os mesmos 2 transportes da manhã anterior, mas quando cheguei à estação final, pedi um Uber até o monumento Gateway of India, de onde partem os barcos até Elephanta Island, por 200 rúpias ida e volta. A baía até a ilhota é entulhada de estruturas. O translado leva cerca de uma hora; no total da minha hospedagem até a ilha eu levei quase 4 horas de deslocamento! Ao chegar, peguei um trenzinho da alegria (10 rúpias). Almocei no restaurante Elephanta Port, escolhendo um prato de “biryani” por 275 rúpias. O “biryani” de frango viria a se tornar meu prato preferido no país. Depois, subi o morro em meio a inúmeras barracas de souvenires. Para acessar as cavernas de Elephanta, patrimônio da UNESCO, paga-se atualmente 600 rúpias. São 5 delas, entalhadas diretamente na rocha durante 1300 anos do século 6 até a invasão e destruição parcial pelos portugueses. Há colunas, santuários e muitas estátuas em homenagem à deusa Shiva. Pena que com a quantidade de visitantes, praticamente todos indianos, fica difícil sacar boas fotos. O guia local Krishna me encheu tanto o saco que acabei aceitando uma explicação de meia hora por 500 rúpias. Quando ele me chamou pra ir num bar depois, meu sensor de golpe apitou. E eu estava correto, pois ele tentou fazer com que eu pagasse a cerveja dele e ainda tomar meu dinheiro com a desculpa de que iria pagar minha parte, mas não teve sucesso quando eu o peguei fugindo… Essa cerveja Kingfisher, a mais popular da Índia, não é boa. Só poderia ser assim, já que leva açúcar e xarope de arroz e milho na fórmula. Depois desse fato lastimável, subi as escadarias até o topo do morro, com vista para o mar e cheio de macacos fofos (Macaca radiata) - até eles roubarem sua comida. Ali fiquei famoso de novo, visto a quantidade de gente que pediu foto comigo. Retornei à hospedagem, chegando após escurecer. Só comi algo salgado e repousei. Dia 5 Acordei cedo pra pegar uma condução até o terminal 1 do aeroporto (110 rúpias), onde voei de SpiceJet até Bangalore. Que bom que mesmo as companhias de baixo custo da Índia permitem despachar até 15 kg gratuitamente, já que meu mochilão cheio dificilmente passaria por bagagem de mão. Em Bangalore, embarquei logo num segundo voo da GoAir até Port Blair, a capital maior cidade do arquipélago isolado de Andaman e Nicobar. Como se já não estivesse quente o suficiente em Mumbai, a temperatura de Port Blair na chegada estava em escaldantes 34 graus. Peguei um tuk-tuk (100 rúpias) até a estação de ônibus principal. Como perdi o ônibus das 15h e o próximo partiria quase 2 horas depois (somente mais tarde eu descobri que havia mais ônibus no outro terminal chamado Aberdeen), aproveitei pra fazer um lanche ali e comprar mantimentos no supermercado Mubarak. O ônibus saiu cheio. Levou cerca de uma hora e 24 rúpias para chegar ao vilarejo de Wandoor. Lá me hospedei no Anugama Resort, numa suíte privada bem razoável. Só que de resort o lugar não tem nada, nem sequer uma piscina, bar ou internet funcionando. Ao menos, os funcionários são gentis. Na hora do jantar, em que fiquei com um curry de peixe (190 rúpias) no restaurante da hospedagem, conheci uma família de belgas e holandês, com quem bati um bom papo. Dia 6 Acordei várias vezes durante a noite e levantei pelas 6, sendo que já havia sol um bom tempo antes. Eu e um dos companheiros da noite anterior fomos a pé cedo ao escritório do Parque Nacional Marinho Mahatma Gandhi para tentar conseguir a permissão para adentrá-lo, mais especificamente na ilhota de Jolly Buoy. Lá, descobrimos que os barcos já estavam cheios, e que precisaríamos tanto agendar o passeio quanto conseguir a permissão no escritório de turismo em Port Blair. Sendo assim, barganhamos um táxi para nos levar, esperar e trazer de volta por 2 mil rúpias. Emiti a permissão (mil rúpias) e o bilhete do barco para Jolly Buoy (885 rúpias) na mesma hora. Detalhe é que é necessária uma fotocópia do passaporte - mas há um xerox próximo que o faz por míseras 2 rúpias! Depois, fomos ao píer de Phoenix Bay, fechado aos domingos, para comprar nossas passagens à ilha Neil (510 rúpias). Regressamos a Wandoor e eu almocei no próprio hotel. Meu prato de “biryani” de frango (240 rúpias) demorou pra ficar pronto, mas foi uma baita refeição. Em seguida, caminhei até a praia. No caminho, topei com algumas aves, como o martim-pescador. A praia de Wandoor é peculiar por um motivo ruim; não é permitido entrar na água devido à presença esporádica do crocodilo de água salgada (Crocodylus porosus), o maior do mundo. Há inclusive uma tela de proteção. Alguns quiosques vendem souvenires, alimentos e bebidas. Fiquei ali com o pessoal por umas horas, até que eles partiram enquanto eu esperava o pôr do sol. Logo depois, caminhei os poucos quilômetros de volta ao Anugama Resort. Banho, janta e cama. Dia 7 Às 7 e meia embarquei rumo a Jolly Buoy, no Parque Nacional Marinho Mahatma Gandhi. A duração do translado foi de pouco mais de uma hora, em meio a ilhotas desabitadas com floresta nativa intocada. Chegando em Jolly Buoy, tive um grande desapontamento. Não é mais permitido praticar snorkeling! Dá pra acreditar nisso? Se tivessem dito antes eu já estaria a caminho da ilha Neil, e não num lugar minúsculo onde você só pode se banhar num cercado minúsculo. Fiquei lá conversando com a única outra gringa do barco, uma húngara. A única atividade extra é um passeio de 1h num barco sujo e desconfortável, com vidro no fundo para ver os corais e peixes, a um custo extra de mil rúpias… Ao regressar pelas 13h, almocei e parti para Port Blair num ônibus musical. Ao chegar, fui atrás de algum hotel, já que minha reserva para essa noite seria para a outra ilha. Usando a internet de uma acomodação já cheia, encontrei um tal de Lalaji Bayview, com um quarto individual por 800 rúpias. Então fui até lá caminhando, pelo meio de uma comunidade. A internet é paga (60 a hora), mas ao menos existente. Já a suíte é a mais básica possível, enquanto que o restaurante no topo da edificação é bacana. Jantei um enroladão de camarão (250 rúpias) e fui pra cama. Dia 8 Seguindo a tradição de acordar cada vez mais cedo, peguei a balsa das 6:30h para a ilha Neil. Duas horas depois, aportei. Deixei a mochila na acomodação Kingfisher Hotel e fui caminhando até a praia do norte, chamada Bharatpur. Com um bocado de gente, um tanto suja e cheio de barracas vendendo conchas, passeio aquáticos e etc, não é bem o que eu pensava. Atravessei e tive que nadar certo tempo até localizar os recifes de coral. Aqui vi alguma qualidade, até mesmo havia corais que nunca havia observado antes. O ruim foi voltar desviando dos barcos e motos aquáticas. Para almoçar, tentei achar um restaurante que fosse um meio termo entre os dos hotéis chiques e os pés sujos. Acabei parando no Port Canteen, onde fiquei com um arroz frito com camarão (220 rúpias). Com o dinheiro acabando, precisei sacar no único ATM da ilha, que para variar estava indisponível no momento. Contando com que a máquina estaria operando novamente dentro de algumas horas, o próprio funcionário do banco me emprestou seu dinheiro para que eu pudesse pagar o depósito do aluguel da bicicleta! A respeito disso, escolhi uma magrela para me deslocar por essa pequena ilha. A velha bike era pequena demais pra mim, mas por apenas 100 rúpias a diária eu não podia querer muito. Uma scooter custava um pouco a mais (400 rúpias + combustível). Pedalando, cruzei o interior cultivável de Neil até a bonita praia Sitapur, famosa pelo nascer do sol. Ali eu mergulhei novamente, mas no ponto onde fui a visibilidade estava ruim, devido às ondas. Vi menos do que no snorkeling anterior. Consegui sacar grana ao retornar. Assim, segui para outra beleza natural, um arco de rocha que fica no oeste da ilha. Cheio de turistas indianos, para se chegar nele há de passar por cima de poças de maré. Vi o sol se pôr neste lugar e retornei. Peguei dois dos salgados fritos picantes “samosas” (20 pila) e um caldo de cana (30) na parte mais central, onde havia movimento naquela hora. De volta ao hotel, meio velho e sem internet, para dormir. Dia 9 Mesmo que quisesse, não poderia demorar muito a acordar, pois o check-out é às 7:30h! E esse parece ser um horário normal dos hotéis das ilhas Andamã. Definitivamente, não entendem de turismo para estrangeiros. Ainda com a bicicleta, toquei para a praia Lakshmanpur, onde também mergulhei. Só que nessa praia só havia dois pescadores, que logo foram embora, e mais ninguém. Fiquei quase 2 horas e meia me deliciando com a vida nos corais. De especial, vi o maior peixe não cartilaginoso que já presenciei na vida. O peixe-papagaio (Bolbometopon muricatum) era tão grande que pude até tocá-lo. Na volta, fui comprar o bilhete da balsa a Havelock, vendido só no mesmo dia e de forma presencial, tudo para dificultar sua vida. Almocei o prato típico indiano thali (180 rúpias) e peguei a balsa. Em Havelock, pensei em andar apenas de ônibus, mas a frequência é tão baixa (1 a 1:30h cada) que decidi alugar uma scooter (500 rúpias a diária) pela segunda vez na vida. Meio cambaleando, fui até o Emerald Gecko, hospedagem na praia nº5 onde eu fiquei. Paguei 1600 rúpias numa cabana rústica de frente pra praia. Aqui finalmente tive contato com vários estrangeiros, todos europeus. Saí para dar uma corrida na praia, de maré baixa durante o pôr do sol. Só que essa praia não é boa pra nadar. Jantei no restaurante da própria acomodação, um pouco mais caro do que estava pagando. Então fiquei com uma pizza de frutos do mar (300 rúpias). Para variar, a internet não estava funcionando, então depois de um papo fui dormir, em mais um colchão finíssimo padrão Andamã. Dia 10 Tive que esperar o café da manhã incluído pra depois pegar a estrada. Dirigi até o começo da trilha para a praia Elephant, assim nomeada devido aos bichões acorrentados na praia para satisfazer a vontade de turistas que querem passear neles. Só que não foi dessa vez que a conheci, pois ela estava fechada devido a um óbito no dia anterior! Assim sendo, continuei na estrada até a praia Radhanagar. Seguindo a dica de um indiano, parei em frente ao Hotel Taj, onde ficaria um belo ponto de mergulho. Com o tempo fechado, não havia ninguém na praia quando cheguei pelas 8 e meia. Caí na água calma e clara, sobre um fundo exclusivamente arenoso. Nadei mais de 200 metros, sem ver nada. Eis que quando pensava em mudar a localização, comecei a vislumbrar uma maravilha atrás da outra. Cansei de ir atrás de arraias, de contar quantos cardumes e corais enormes diferentes apareciam, assim como polvos e muitas outras criaturas. No final, ainda tive o prazer de ver algumas tartarugas-marinhas e de sofrer comensalismo por uma rêmora! No total, fiquei nadando por 3 horas! Parei na entrada principal da praia, cheia de indianos, para almoçar num dos diversos restaurantes. Fiquei com um “thali” de camarão a conta gotas, por 300 rúpias. Depois, caminhei pela praia no sentido contrário ao anterior, encontrando nesse caminho separadamente os dois casais que eu havia conhecido nessa ilha. Ê mundo pequeno. Com a chuva, a pista estreita ficou um sabão só. Voltei devagar pra não deslizar na moto como um cara que estava à minha frente. Guiei até Kalapathar, a praia mais ao sul acessível por estrada. Legal ela, mas nada de excepcional. Regressei e parei no restaurante Golden Spoon, para comer um prato de peixe e usar a internet. Depois disso, voltei a minha hospedagem. Dia 11 Um bando de infelizes começou a bater panela pelas 5 e pouco. Dormi mais uma hora, tomei o café e segui pro início da trilha da praia Elephant - que ainda estava fechada… Só me restou voltar ao ponto de mergulho do dia anterior. Só que dessa vez não vi nada de novo, além de estar me borrando de medo, agora que eu estava ciente que ali é território do maior crocodilo do mundo. Almocei em Vijay Nagar, no restaurante vegetariano Biswas. Pedi um “paneer butter masala” por 200 rúpias. “Paneer” é o tradicional queijo coalho indiano, enquanto que “masala” é uma mistura de temperos. Depois, devolvi a moto e fiquei matando tempo até a saída do barco para Port Blair. Acabei embarcando no navio errado, e só me dei conta quando ele tinha partido - ainda bem que o destino de ambos era o mesmo. Só que esse estava infestado de baratas. Ao desembarcar já era noite, então só me restou ir pro hotel Sunnyvale, pedir uma janta a tele-entrega, lavar minhas coisas e dormir. Exceto pela barata no banheiro, foi a melhor suíte até então. Dia 12 Café da manhã, seguido pelo voo da IndiGo a Chennai. O voo atrasou, então pude conferir todas as atrações do aeroporto: banheiro, bebedouro, caixa eletrônico, lanchonetes e 3 checagens de segurança obrigatórias. Fazia um inferno de 36 graus quando aterrissei. Do alto e pelas ruas se vê que o forte aqui é a arquitetura. Além de muitos prédios em estilo colonial britânico, as moradias são coloridas com diferentes cores, e há uma infinidade de templos de hinduísmo. Mas também se vê muita sujeira e pobreza no meio. Peguei o metrô até a estação central (50 rúpias). Já na estação de trem, provei o suco de um fruto novo pra mim, o marrom arredondado sapoti. Depois, embarquei no trem (5 rúpias!) para o famoso templo hinduísta Kapaleeswarar, cultuado a Shiva. Não se paga nada pra entrar, mas além de uma torre cheia de ídolos do hinduísmo, não há mais muito o que ver. Na saída do templo, um motorista me abordou com o intuito do famoso golpe do tour barato de tuk-tuk, conhecido em Bangkok. Aceitei a carona de 100 rúpias que me levou primeiro à Basílica de São Tomé, uma das 3 únicas no mundo erguidas sobre a tumba de um dos apóstolos de Jesus. Depois ele me levou a duas lojas caríssimas onde ele ganharia combustível grátis por me levar. Obviamente eu não comprei nada. Por fim, me deixou na Marina Beach, a maior e mais movimentada de Chennai, onde eu caminhei um pouco e tomei um caldo de cana (20 rúpias) naquele final de tarde. A seguir, tomei outro trem e tuk-tuk para chegar ao albergue Elliot's 11 Beach. Um leito no dormitório coletivo me custou 610 rúpias incluindo café da manhã. Dei uma volta na rua cheia que leva à praia. Curiosamente, estava ocorrendo uma missa católica em tâmil (idioma do estado) a céu aberto. Parei para jantar num restaurante barato, Classy - de classe não tinha nada. Provei o tal de frango “tandoori”, assado, marinado, apimentado e avermelhado (160 rúpias). Caminhada noturna breve no calçadão da praia. Ali me desfiz dos meus chinelos que não tinham mais conserto e comprei um par por 150 rúpias. Depois fui pro albergue relaxar. Dia 13 Acordei pro café e o recepcionista estava vestindo uma camiseta de Floripa! Dá pra acreditar que o indiano já morou em minha terra, e adorou? Uber até o terminal, e lá próximo peguei o ônibus #588 até Mamallapuram (43 rúpias), onde fica o conjunto monumental de Mahabalipuram, que é um Patrimônio da Humanidade. Aqui eu finalmente vi turistas estrangeiros. Me esquivei dos guias e vendedores e entrei no complexo, sob um sol de rachar. São diversos monumentos com motivos hinduístas entalhados em granito, como baixos relevos, cavernas, mirantes e templos. Almocei no Moonrakers uma porção de lulas fritas (350 rúpias) e um camarão-tigre (300 rúpias) que foi desnecessário, como eu já estava satisfeito. Saí de lá explodindo - e acho que foi esse almoço que me deixou mal depois. Caminhei até os dois templos pagos, sob um único bilhete de 600 rúpias. O que fica na praia se chama Shore Temple, enquanto o outro é o Five Rathas. Ambos interessantes. Prossegui pelo Sea Shell Museum, uma coleção de 40 mil conchas! Há de diversas espécies, formas, tamanhos e cores de várias partes do mundo. Pelo ingresso que combina uma seção especial das pérolas e outra com aquários (alguns pequenos demais pros peixes que os habitam), paguei 150. Continuando, vi o restante das ruínas na colina cheia de rochas do conjunto central de Mahabalipuram. Cansado, retornei de ônibus no final da tarde. Tomei um milk shake premium no Shakos e me retirei ao albergue. Dia 14 Já estava me acostumando com o tumulto na Índia, mas se tem uma coisa que me tira do sério é a falta de educação deles, tanto a respeito de jogarem lixo no chão e na água, dirigirem como loucos, atravessando em qualquer lugar e buzinando o tempo todo, e também furarem filas descaradamente. Voos de turbo-hélice da SpiceJet a Kochi e de lá a Malé, capital do arquipélago das Maldivas. Estavam me negando o embarque internacional porque eu não tinha como mostrar as reservas dos hotéis de cada dia que eu ficasse nas Maldivas. Só fui salvo porque um funcionário compartilhou sua conexão, já que meu chip estava sem sinal. Imigração tranquila, troquei a grana na parte de fora do aeroporto (15 rufias por dólar), bati um rango superfaturado e peguei o ônibus (10 rufias) que passa pela nova ponte que liga à ilha de Malé. Do ponto final, caminhei meio km até o terminal de balsas de Villingili, onde comprei meu bilhete pra Rasdhoo (53 rufias). De lá, caminhei mais meio km até a hospedagem Nap Corner. Paguei 28 dólares para dormir numa cápsula tecnológica futurista! Como estava me sentindo meio enjoado, não saí mais. Dia 15 Às 9h encontrei meu amigo Vinícius no terminal de balsas. Junto com outros poucos gringos, pegamos a barulhenta até Rasdhoo. Como leva 3 horas e ela foi quase vazia (assim como as seguintes), tiramos um cochilo no caminho até o atol. Fomos recebidos por um representante do Ras Village, hotel onde ficamos. Logo saímos para almoçar no Coffee Ole. Pedimos miojo de frango (fried chicken noodles), o prato mais em conta (55 rufias). À tarde, mergulhamos na praia ao sul da ilhota, destinada aos turistas. Só ali é permitido usar roupa de praia, já que Maldivas é um país islâmico e Rasdhoo é habitada. Com a maré baixa, tivemos certa dificuldade em atravessar o recife interno muito raso, até chegar ao externo, onde a beleza se fez presente. Não tanto pelos corais, pois eles estavam um tanto descoloridos, mas os peixes que os cercavam eram abundantes. Além de grandes cardumes, vimos alguns tubarões-de-ponta-negra-do-recife, uma arraia-chita, uma lula, dois peixes-leão e mais uns extras. Deixamos a água quase 3 horas depois, quando o sol já se punha. Uma pena que, saindo do lado oposto, descobrimos um depósito de lixo que termina no mar, bem desagradável. Vimos o belo pôr do sol no Oceano Índico. Depois, caímos na água novamente pra um mergulho noturno, coisa que nunca havia feito antes. Com lanternas à prova d'água, mergulhamos na escuridão completa. Dá um certo medo, pois é nessa hora que os tubarões saem pra caçar - e nós vimos vários deles! Para completar, também avistamos uma tartaruga e uma sépia, que evadiu com um poderoso jato de tinta. Os lírios do mar também ficam mais bonitos à noite, pois se abrem totalmente para captar os nutrientes. Uma das vantagens de se mergulhar à noite é que, letárgicos pelo sono ou ofuscados pela lanterna, os peixes te deixam chegar bem mais próximo que durante o dia. Curti a experiência. Finalmente, jantamos no mesmo lugar, que tocava umas músicas de reggaeton animadas. Mas nada de álcool, já que fora das ilhas privadas dos resorts é proibido. Dia 16 Após café da manhã razoável, meu amigo foi fazer um passeio de 30 dólares para um banco de areia próximo, enquanto eu fui nadar até o recife Giri, mais afastado do que do dia anterior. O caminho até lá são 300 metros de profundidade inalcançável. De novo, vi os tubarões-de-ponta-branca-do-recife. Também avistei um cardume de peixes-anjo. Almoçamos em outro restaurante, o Lemon Drop. O cardápio é parecido com o anterior, sendo alguns itens mais caros e outros mais baratos. Aqui não tem som, mas há um terraço pra compensar. À tarde, praticamos mais snorkeling ao redor do lado sudoeste de Rasdhoo. Uma arraia diferente, alguns tubarões, cardumes e um peixe-leão no raso foi o que vimos. De vez em quando se misturavam correntes extremamente quentes com as um pouco frias, gerando turbulência na visibilidade. Após, assistimos o pôr do sol, com peixes saltando e morcegos sobrevoando a área. Depois da janta, meu mal estar provavelmente adquirido na Índia revelou-se uma diarreia. Duas semanas de comidas típicas super condimentadas e pouco higiênicas não tiveram um bom resultado. Ainda bem que não durou mais de um dia, talvez devido às leveduras (Floratil) que tomei. Dia 17 Na manhã seguinte, tomamos a balsa de uma hora de duração para a ilha de Ukulhas (22 rufias). Ukulhas é mais limpa e sua praia tem uma areia tão branca que ofusca a vista e o mar tão claro que a visibilidade atinge dezenas de metros! Logo ao cairmos na água, percebemos o quanto esse lugar é especial. O recife externo, junto com o da ilha seguinte, é o melhor que presenciei nessa viagem. Cardumes variados, corais em melhor estado, tubarões, arraia e 3 tartarugas dóceis, das espécies de pente e verde. Nem se preocuparam conosco enquanto comiam as algas dos recifes. Mas como já estava com o sol a pino, fomos nos abrigar. Almoçamos na hospedagem em que dormiríamos, a Olhumati View Inn (55 dólares), com a suíte mais bacana. Para comer, escolhi um espaguete com peixe em estilo das Maldivas (6 dólares) e um suco natural de maracujá (2 dólares). Tirei umas fotos da praia enquanto o Vinícius dormia. Às 3h, mergulhamos uma vez mais, pelo resto da extensão do recife externo da ilha. Os corais na direção noroeste estão em melhor estado. Cansamos de ver tartarugas por lá. Trinta-réis pescavam os infinitos peixinhos que abundam. De espécies novas, vimos uma ou outra. Pena que o lado menos frequentado por turistas tenha sua parcela de lixo. Depois do pôr do sol, partimos pro terceiro snorkeling do dia, ou melhor, já era noite. Só que dessa vez foi curto, pois minha lanterna entrou em colapso, então ficamos usando só a do meu amigo. O mais interessante que vimos foram diversos tipos de plâncton. Quando desligamos as luzes, descobrimos que eram aqueles tais bioluminescentes, que brilhavam ao nosso toque! Um tempo depois, fomos jantar no SeaLaVie, restaurante um pouco menos em conta, mas com um som legal. Pagamos 8 dólares cada num prato razoável. Dia 18 Após o café de panquecas e suco, seguimos ao último mergulho nessa ilha. Na tentativa de vermos as gigantescas arraias-jamanta, voltamos ao ponto da manhã anterior. Não conseguimos, mas em compensação, vimos o dócil tubarão-enfermeiro-fulvo tirando um cochilo sob um recife. Escolhi um prato da comida típica “kotthu roshi” (6 dólares) de almoço, feito com pedaços de chapati. Em seguida, por 22 rufias, subimos na balsa até Rasdhoo e até Thoddoo, a ilha final. Essa é caracterizada por produzir a maior parte dos vegetais do país, principalmente mamão. Só a faixa central é ocupada pela área urbana. Fomos caminhando à praia do pôr do sol, para em meio a muitos turistas russos, observar o fenômeno. No caminho vimos as plantações e alguns dos animais nativos, como os morcegos gigantes, os lagartinhos coloridos e as aves terrestres. Há uma mesquita no centro que fica bonita iluminada à noite. Jantamos próximo a ela, no Maracuya. Mas não recomendo, pois os preços não são os melhores, não há música, a iluminação é fraca e eles ainda tentaram nos passar a perna na hora de pagar a conta. Antes de voltarmos ao hotel, demos uma volta para tirar fotos. Dormimos no Amazing View Guesthouse, um nível abaixo dos outros. Mas ao menos também conta com wi-fi e ar condicionado. Dia 19 Tomamos o café da manhã e saímos a mergulhar na praia do nascer do sol. Em Thoddoo o recife externo é mais distante, então é preciso nadar um pouco mais para atingi-lo. Mas vale a pena, pois os corais aqui são os melhores que vimos nas Maldivas. Começando por um pequeno nudibrânquio, atravessamos cardumes enormes de peixes-papagaio, um polvo, um grupo de arraias-chita, além do que já havíamos visto antes. Não tivemos sorte em encontrar um lugar aberto pra almoçar. Depois de uma bela pernada, é que sacamos que era sexta-feira, o dia sagrado do islã, então os restaurantes só abririam depois das 13:30h. Ficamos pelo Coffee Moon, onde nos deixaram assistindo TV trancados no restaurante, enquanto os atendentes iam rezar. Na hora marcada, pedimos o rango, aqui mais barato. Cinquenta mangos por um pratão de miojo com frango e a partir de 20 pelo suco natural. Só que não tenha pressa, porque aqui o negócio é meio devagar. À tarde, largamos do mesmo ponto inicial, mas seguimos mergulhando no sentido inverso. Só que não foi proveitoso, pois já fomos um tanto tarde e um temporal estragou o mar. Para compensar, vimos o melhor pôr do sol. Surgindo entre as nuvens, o círculo desceu até ser absorvido pelo mar. Jantamos no restaurante e café Seli Poeli, bem próximo da hospedagem. Com luzinhas de natal, toca um som legal, mas os preços não são tão bons - apesar de não cobrarem os impostos que chegam a 16% (e você só sabe se são cobrados na hora que vai pagar a conta). Dia 20 Ficamos boiando na linda praia pela manhã. Para o almoço, escolhemos outro restaurante, o Mint Garden. O ambiente é agradável e os preços também, mas (sempre tem um mas) os peixes que pedimos levaram mais de uma hora para ficarem prontos! À tarde, fizemos o último mergulho. Contando os que fiz nas Ilhas Andamã, totalizei 16 mergulhos! Dessa vez, fomos ao lado oeste de Thoddoo. Tivemos que nadar por quase meia hora para chegar ao fim do recife externo. Nesse caminho, vimos coisas novas, como camarões, outras espécies de arraias, além de espécies incomuns, como moreias marrons e poliquetas. Foi bem proveitoso, mas teve que se encerrar com o sol se pondo. À noite, voltamos ao Seli Poeli pra rangar. Depois, finalmente encontramos a loja de souvenir Ufaa aberta, já que os horários são meio bizarros nessas ilhas - essa fica disponível só das 20 às 21:30h! Dia 21 Acordamos bem cedo pra pegar a balsa das 6 e meia para Rasdhoo. A hospedagem nos fez a gentileza de adiantar o café da manhã e nos conseguir uma carona até o porto. Tivemos que aguardar umas horas até a seguinte de volta a Malé. Ficamos no café e restaurante Palm Shadow. Ao chegar à capital, almoçamos na praça de alimentação que fica bem em frente ao terminal de balsas. Em seguida, pegamos um ônibus até o aeroporto (10 rufias) e outro até Hulhumalé (20 rufias). Para pegar um ônibus direto custaria 20 pelo cartão não retornável + 20 pelo transporte (e não poderia levar bagagem). Hulhumalé é uma ilha mais nova onde mora a população de Malé - há inúmeros blocos de condomínio padrão. Demos uma volta por lá, incluindo o parque central, mas não vimos nada de tão interessante para turistas. Antes de ir para o hotel, tomamos um suco no Juice Corner (a partir de 20 rufias) e uns salgados. Nos hospedamos no Loona Hotel, em frente à praia urbana. Pagamos 50 dólares por um quarto com café e ficamos vendo TV. Tomamos o pequeno-almoço na correria e dividimos um táxi (100 rufias) com um indiano até o aeroporto. Vinícius trocou suas rufias restantes na mesma cotação da compra (15 por dólar). Voamos com a IndiGo até Bangalore, onde tivemos que aguardar mais umas tantas horas para o voo consequente de AirAsia a Jaipur. De volta à burrocracia indiana. Mesmo com o visto dentro do prazo de validade, vou precisar pedir um novo pra minha terceira entrada na Índia, ainda que seja pra ficar menos de 1 dia e não sair do aeroporto. Outra coisa, em Bangalore (e possivelmente nos demais aeroportos) não é possível sair depois que entrar nele, mesmo sendo no saguão do check-in. Meia hora, muita desinformação e uma permissão especial depois, conseguimos nos ver livres; caso contrário, passaríamos fome, já que havia onde almoçar lá dentro… Depois desse rolo, almoçamos na praça que fica bem na saída da área coberta do aeroporto. Escolhemos o Wok Shop Para a refeição principal e o Frozen Bottle para a sobremesa (249 rúpias por meio litro de milk shake). Depois de certa turbulência, descemos em Jaipur já com a noite surgindo. Seguimos diretamente ao albergue Jaipur Jantar Hostel de Uber por 190 rúpias, devido ao trânsito. No Uber daqui há opção até de moto ou tuk-tuk. No caminho, vi o quarto acidente de moto na Índia em 10 dias. O albergue é bacana, num prédio de arquitetura interessante. Largamos a mochila no guarda-volume do dormitório com triliches e fomos diretamente ao restaurante da hospedagem comer um prato variado de “thali”. Dia 22 Por 250 contos comemos e bebemos à vontade no café da manhã; valeu a pena. Depois, seguimos de Uber (190 rúpias) ao Forte de Amber, nas colinas áridas ao norte da cidade. A entrada individual para estrangeiro adulto é de 500 rúpias, mas escolhemos o ingresso combinado de 1000 para incluir outras atrações. É um baita complexo palaciano, cercado de muralhas longínquas que mais parecem as da China. No interior, pátios, mirantes e cômodos. Altamente turístico. Ao retornar de tuk-tuk, seguimos ao Museu Albert Hall. É um prédio de 2 andares em estilo indo-sarraceno, com arte indiana nas mais variadas formas, como estátuas, pinturas, moedas e armas. Almoçamos num lugar meio caído, o restaurante Ganesh, já dentro dos portões da rosada cidade velha. Pedi um “paneer butter masala” (190 rúpias) e um “onion naan” (95 rúpias). Continuando, caminhamos no sol infernal até o palácio Hawa Mahal. Famoso por sua fachada, também é permitida a visita em seu edifício de 5 andares. Em sequência, Jantar Mantar. Patrimônio da UNESCO, é uma série de instrumentos astronômicos antigos e grandes, incluindo o maior relógio de sol do mundo. Às 18h, na avenida do portão Tripoli, começou o desfile do Festival Gangaur, que tivemos sorte em presenciar com vista panorâmica da laje de uma loja. O desfile religioso foi composto por pessoas fantasiadas tocando instrumentos e dançando, bem como animais, incluindo um elefante. No caminho de volta, tomei na rua o caldo de cana mais barato do universo (10 rúpias, ou seja, 55 centavos de real!). À noite, jantei e fiquei conhecendo gente no albergue. Dia 23 Nos levantamos tranquilamente para pegar o trem das 11h. Compramos os bilhetes (75 rúpias cada) alguns minutos antes na confusa estação, e nos empurramos pra dentro do vagão do Ranthambore Express na hora em que ele chegou. Cerca de duas horas depois, descemos em Sawai Madhopur. Pegamos um tuk-tuk (150 rúpias) até a C. L. Saini Guesthouse, mas acabamos sendo despachados pra outra hospedagem, a Paridhi Niwas. Neste lugar, ficamos num quarto sem ar condicionado e com internet intermitente. Almoçamos lá mesmo, o melhor “thali” da viagem, por 250 rúpias. Depois, fomos conhecer o Forte de Ranthambore, que fica dentro do Parque Nacional Ranthambore, onde faríamos safáris no dia posterior. Pelo transporte até o forte, com a espera, tivemos que desembolsar mil rúpias. Só havia indianos lá, além de muitos macacos do tipo langur. Passamos mais tempo os fotografando do que as ruínas do forte em si, que em conjunto com os demais do estado de Rajastão, formam um Patrimônio da Humanidade. À noite fomos dormir cedo, pois teríamos que estar de pé às 5h da madruga! Dia 24 Apesar da reserva paga pela na internet (~1800 rúpias) afirmar a necessidade de se obter o bilhete no escritório do parque na noite anterior, ele fica fechado, então às 5 e meia já estávamos lá, os únicos estrangeiros entre várias dezenas de guias e motoristas, pois os turistas pagam pros hotéis fazerem essa função. Com mais 4 belgas de meia idade, fomos de jipe até a zona 10 do parque, bem distante. O caminho até lá exige uma máscara contra poeira. O ambiente é semidecidual, com morros e matas baixas, bastante seco nessa época. Vimos diversos langures, veados-sambar, veados-manchados, antílopes-azuis e aves, como pavões (nativos da Índia), no trajeto irregular. Estávamos chegando ao fim do safári de 3 horas e meia, quando atingimos o objetivo máximo, um tigre! Mais precisamente uma tigresa de 2 anos, estava deitada pegando um solzinho ardente. No máximo ela deu umas lambidas e fez umas caretas, mas mesmo assim foi muito legal ver. Almoçamos no próprio hotel mais um gostoso “thali”. A única coisa que não conseguimos comer/beber é a amarga coalhada. À tarde, mais um safári, das 3 às 6 e meia, desta vez na zona 4, mas em um veículo de 20 lugares. Essa zona possui paisagens mais belas que a outra. Quanto aos animais, vimos tanto quanto antes e até mais: chacais, outras aves, crocodilos. E no finzinho já com o sol se pondo, outra tigresa! Jantamos em nosso hotel. Depois, ficamos assistindo vídeo-clipes na MTV indiana até dormir. Dia 25 Café da manhã meio esquisito. Depois, seguimos à estação de trem. Para variar, só conseguimos comprar pra segunda classe (a pior), por 100 rúpias para um trecho de 4 horas e meia até Agra Fort. Como os compartimentos dessa classe estavam entupidos, seguimos caminhando em direção aos vagões posteriores, que são melhores. Passamos por vários com camas e ar condicionado, todas lotadas, até que chegamos à classe superior dos assentos, também sem uma vaga sequer. Como resultado, só nos restou ficar no limbo, no espaço apertado e fedido do banheiro entre vagões, numa mistura de ar quente de fora e frio de dentro. No fim, apareceu um fiscal querendo nos cobrar a diferença dos bilhetes, como se estivéssemos na classe 3AC, que custava 815 rúpias a mais cada! O cara não falava muito inglês, então foi bem difícil argumentar com ele. O melhor que conseguimos foi pagar metade desse valor cada, já que não estávamos em assentos adequados… Ao chegar em Agra, combinamos com um tuk-tuk para nos transportar até a hospedagem e de lá até o forte, depois ver o pôr do Taj Mahal e retornar, por 700 rúpias. O Forte de Agra, patrimônio UNESCO do século 16, ocupa uma área grande, só que há poucas construções no interior, pois os britânicos as destruíram. Mesmo assim, os detalhes e o tamanho da obra de arenito vermelho são impressionantes. Entrada de 600 rúpias. Alguns sikh pediram pra tirar foto, então aproveitei para aprender um pouco sobre essa religião. Para o pôr do sol, ficamos num jardim bem atrás do Taj Mahal, mas do outro lado do rio que corta a cidade. Há que se pagar 300 rúpias para essa vista, mas se você gosta de amoras e vier nessa época, dá pra recuperar a grana catando as infinitas frutas que estão nos pés do jardim. Jantamos no Bob Marley Café. É tão autêntico que, além da decoração e das músicas, a bebida deles vem aditivada com aquele ingrediente que vocês devem estar pensando. O Special Bob Marley Lassi ("lassi" é um tipo de iogurte indiano) custou 180 rúpias. Umas duas horas depois, começamos a sentir os efeitos da bebida. Foi uma comédia só. Dormimos no Yoga Guesthouse, só no ventilador e cercado de mosquitos, por 350 rúpias cada. O ambiente não é tão limpo, mas a pessoa que cuida não poderia ser mais solícita, visto que até levou os tênis do meu amigo para costurar sem cobrar. Dia 26 Taj Mahal pela manhã. Quanto mais cedo melhor, mas não fomos tanto. Pra chegar lá, só caminhando ou de riquixá. A entrada pra estrangeiros é abusiva: 1300 rúpias. Dentro, plantas, águas, mesquita, muita gente e o imponente mausoléu de mármore com a tumba da mulher preferida que foi presenteada pelo rei mugal. Na saída, compramos um souvenir, tomamos o café da manhã e corremos pro ônibus refrigerado da Ashok Travels, que nos levaria a Délhi por 400 rúpias cada. Três horas depois, desembarcamos na estação de metrô Akshardham, onde fica o maior templo hindu do país. Almoçamos umas misturas boas num restaurante da estação, seguindo então para a do albergue Backpackers@CityCenter, por 30 rúpias. Deixamos as coisas lá, e como já era tarde e as atrações estavam fechadas, fomos às compras. Primeiro descemos no shopping Moments Mall, entrando no hipermercado More Mega Store. Lá eu pude comprar barras de proteína pro trekking no Nepal e o meu amigo alimentos típicos indianos (como a "chana") pra levar pro Brasil. Em seguida, o shopping Pacific Mall, para acessar a Decathlon (onde comprei meu calçado pra trilha) e jantar na praça de alimentação. Ao retornar pra dormir no quarto coletivo refrigerado de 635 rúpias cada, tive a maior ré da viagem. Meu voo para o Nepal com a porcaria da Jet Airways havia sido cancelado há alguns dias (falência da companhia) e eu nem tinha sido notificado! Para piorar, todos os voos de outras cias para os dias seguintes estavam absurdamente caros e não havia vaga nos ônibus que levam mais de um dia pra chegar! Acabei tendo que pagar uma fortuna no voo da IndiGo, caso contrário meu trekking no Everest ficaria comprometido... Dia 27 Havia levado minhas roupas na noite anterior pra lavanderia, ao custo de 30 rúpias por peça. Quase que fiquei sem elas, pois ficaram prontas no momento em que eu estava saindo, ainda que a lavagem tenha sido bem mal-feita. Para ir ao aeroporto eu fui de metrô, na linha expressa que custa 50. Na hora do check-in, conheci dois brasileiros (Lucas e Amanda) que fariam o mesmo trajeto que eu no Everest. Ao chegar em Catmandu, preenchi o formulário eletrônico, paguei o visto para um mês (40 dólares), passei a imigração e fiz o câmbio na cotação de 1 dólar pra 107 rúpias nepalesas. Estava chovendo ao deixar o terminal, mas isso não impediu que eu viesse caminhando até o hotel Sunaulo Inn, onde fiquei num quarto meia-boca por 1200 rúpias (doravante nepalesas). Jantei no próprio lugar, escolhendo um "biryani" de ovo por 280 rúpias. Apesar de ser mais barato que a Índia, cobraram sobre esse valor 23% de taxas! Depois das últimas pesquisas na internet, arrumei o mochilão pro dia seguinte e fui dormir cedo. Dia 28 Fui empolgado ao aeroporto, só pra descobrir que meu voo não sairia tão cedo. Cheguei às 9h e esperei… esperei… esperei, até que às 17h finalmente os voos para Lukla foram cancelados pelo tempo adverso e por um acidente fatal no dia anterior! Um dia inteiro perdido coçando o saco no saguão… Ao menos no final do dia consegui conhecer o complexo do templo hinduísta de Pashupatinath (mil rúpias). A arquitetura é interessante, com várias estupas e teto dourado. Ao longo de um rio, aqui ocorrem rituais de cremação como em Varanasi, na Índia. Tive sorte de presenciar uma dessas cremações, que começam com a cobertura do defunto com flores e o som de uma banda ao vivo. Em seguida, cobre-se de madeira e material inflamável e acende-se uma fogueira, que transforma o corpo em cinzas, que vão parar no rio. Meio macabro. Jantei um "chowmein" de frango, que é um macarrão chinês (250 rúpias), e repousei no mesmo hotel sujinho da noite anterior. Dia 29 Achei que não iria de novo, mas depois de 3 horas de tráfego aéreo (pra desafogar os atrasos dos dias anteriores), nos enviaram pro aviãozinho que recém havia pousado. E pensar que eu quase troquei por um caro helicóptero, como alguns dos turistas fizeram. Logo estávamos no ar, chacoalhando entre montanhas e terraços agrícolas. Pousamos uns 45 minutos depois, na pista minúscula e assustadora do aeroporto de Lukla. Dali já se vê um monte nevado. Comecei a caminhada às 13:40h pela cidade de Lukla a 2900 metros de altitude, onde se pode obter o que lhe faltou, como o dinheiro, que consegui sacar (ao contrário do aeroporto de Katmandu). Paguei as 2 mil rúpias pra entrar no parque rural de Khumbu, primeira etapa da trilha para o acampamento base do Everest. No começo, há muitos vilarejos, muitos turistas e carregadores (sherpas). E descidas, ao contrário do que se imagina. Essa região segue o budismo tibetano, então há muitos monumentos, como estupas, rochas com mantras e rodas "mani", além de alguns monastérios. Parei após duas horas, na metade do caminho que faria no dia, para pegar água duma bica e descansar por uns 10 minutos. Depois, foi só subida e descida. Suei um bocado. Algumas pontes pênseis cruzam um rio glacial turquesa lindo. Uma dessas, fica em Phakding, vilarejo badalado onde repousaram os demais trilheiros que largaram comigo. Eu prossegui até Monjo, onde cheguei no final da tarde, 4 horas depois do começo, e um tanto cansado. Fiquei com um quarto com banheiro, chuveiro quente e wi-fi por 500 rúpias, no Monjo Guesthouse. Estava vazio, então só encontrei um senhor francês pra conversar, enquanto esperava a janta vegetariana de "dal bhat", o prato mais típico nepalês, que consiste em arroz, lentilha, curry de vegetais aleatórios e um pedaço de algo salgado. É muito bem-servido, pois se pode repetir (500 rúpias). Após, continuei na sala comum com calefação, ouvindo músicas nepalesas e tomando "raksi", uma bebida alcoólica caseira de arroz e maçã, que o pessoal da pousada me ofereceu. Dia 30 Dormi relativamente bem. Comi uma barra de proteína e parti. Logo fica a entrada do Parque Nacional Sagarmatha. Mais 3 mil rúpias de pagamento. Depois de uma breve descida em Jorsalle, cercada por florestas de coníferas e cachoeiras, começa uma subida violenta até Namche Bazaar. Não há nenhum vilarejo no caminho. Quase 3 horas mais tarde, cheguei cansado da ascensão de 600 metros. Ao menos o tempo até então estava bom, tanto que eu ainda usava roupa de corrida - exceto pelo calçado. Namche Bazaar é a última cidade da trilha. No seu semicírculo de construções cravadas na montanha, há uma infinidade de hospedagens, restaurantes e lojas, onde se encontra de tudo para compra, a um certo preço. Entrei em 3 pousadas até encontrar uma que não estivesse cheia ou que cobrasse até para respirar. Fiquei na Pumori Guesthouse, por 500 rúpias, com banheiro compartilhado, recarga de aparelhos gratuita, bem como a internet. Só o banho é cobrado, mas nesse dia tomei na pia mesmo. Almocei ali uma pizza broto de cogumelo (550 dinheiros) e saí pra reconhecer a área. Só foi eu botar o pé pra fora que começou a chover e não parou mais. Rolou um fenômeno climático incomum também, uma precipitação monstruosa de granizo com neve! Enquanto isso, passei um tempo no bar The Hungry Yak, onde são transmitidos documentários sobre a montanha. Assisti a impressionante primeira ascensão do Everest, no filme "The Wildest Dream". Enquanto isso, tomei uma Nepal Ice, cerveja forte nepalesa, mas que chega aqui num preço salgado: 600 rúpias pelo latão de meio litro. Em seguida, passei por quase todas ruas, pelo Monastério Gomba, e, já escuro, voltei pra hospedagem para jantar. Ao comer meu bife de iaque (750 com acompanhamentos), gostoso mas meio fibroso, conheci um russo que quase chegou ao final da trilha com duas crianças de 8 e 6 anos! Fui dormir sob temperatura negativa, o que se repetiria até o retorno a Namche. Dia 31 Comi um omelete com pão tibetano (sem graça) e parti pra rua, para aproveitar o lindo dia ensolarado que fazia. Para ajudar na aclimatação, subi a íngreme rota que leva ao mirante do Monte Everest, mais de 400 metros acima de Namche. Lá em cima, coincidentemente, encontrei um grupo de trilheiros de Floripa, que estavam sendo guiados por nada menos que Waldemar Niclevicz, o maior montanhista brasileiro! Fiquei um tempo apreciando a vista do vale de Khumbu, por onde eu vim e para onde irei. Também estavam visíveis alguns dos picos mais elevados, como Ama Dablam e Lhotse. Infelizmente o Everest estava coberto por nuvens constantes. A temperatura não estava tão baixa, mas o vento estava de matar, então tive que descer. Visitei o Sherpa Cultural Museum & Mount Everest Documentation Center (250 rúpias). Há um modelo de residência Sherpa com seus utensílios típicos. Também há uma galeria com fotos, equipamentos e jornais a respeito das expedições ao Everest e sobre o povo das montanhas. Almocei lá mesmo um "dal bhat" (600 rúpias). A seguir, conheci o gratuito centro de visitantes do Parque Nacional Sagarmatha, onde fica essa trilha que estou seguindo. No centro há diversas informações a respeito do meio ambiente do parque. No final da tarde, fui em outro bar (Everest Burger & Steakhouse) para assistir outro filme, dessa vez "Everest". Também aproveitei pra provar outro prato típico, o "thukpa", que é uma sopa de macarrão com vegetais (450 rúpias). Jantei "momos" (bolinhos de massa fritos ou cozidos com recheio de vegetais ou carne em formato de meia-lua) em minha acomodação, agora cheia de chineses. Tomei um banho quente (400 rúpias), carreguei meus eletrônicos e fui dormir. Dia 32 Noite boa de sono, sinal da aclimatação funcionando. Café da manhã pago básico. Me livrei de 1 kg de roupa que não usaria adiante, deixando na hospedagem para pegar na volta. Às 9 e meia, comecei a leve subida e o contorno plano do vale de Khumbu, com vista pro Everest, Lhotse e picos vizinhos. Até aí tudo bem, mas quando o caminho desceu num bosque até a altura do rio no povoado de Phunki Thanga, começou uma subida chata de 550 metros em 2,4 km até Tengboche, onde pernoitei. Do final da subida, dá para ver uma morena, que são os detritos deixados por uma geleira que retrocedeu pelo aquecimento global. Já no topo, fica o pequeno povoado, centrado em um monastério interessante, que visitei. Lá reencontrei o grupo de Floripa, e troquei umas ideias com o Waldemar Niclevicz, um cara bem simpático e inspirador. Passei por 3 hospedagens até achar uma boa opção, pois a mais popular estava lotada, a que conta com uma padaria queria cobrar 1000 rúpias, mas a "teahouse" Tashi Delek cobrou 500 e até que era bacana. Para a internet, eu comprei um tal de Everest Link (2500 rúpias), que lhe dá direito a 10 GB em todas as hospedagens do caminho - e daqui pra frente o sinal do celular não pega. Dei um rolê pra passar o dia durante uma leve nevasca, e no final da tarde quando iria jantar em minha acomodação, encontrei um trio de brasileiros (Danniel, Samir e Felipe) descendo a montanha. Passei o resto do dia conversando com eles. Dia 33 Tomei o café junto, e logo nos despedimos, seguindo para lados diferentes. Às 9 e meia, desci um pouco dos 3860 metros até os povoados seguintes, ao redor do rio glacial Imja Khola. Fazia um baita frio, e às vezes o vento castigava. Botei um pano na cara para resolver essa questão. Ao passar Pangboche, que possui o monastério mais antigo da região, comi uma barra de proteína e recarreguei de água em Shomare, o vilarejo onde a maioria dos grupos almoçava. Com a diminuição de oxigênio disponível, meu ritmo de caminhada também decaiu. Outra coisa que decaiu foram as árvores. Ao passar dos 4 mil metros de altitude, só restaram arbustos. Passei por alguns campos só com plantas herbáceas e arbustivas até a bifurcação Pheriche-Dingboche, bem em frente aos restos de rochas brancas de uma geleira não mais visível. Após um esforço final de subida, cheguei 3 horas e 45 minutos depois na entrada de Dingboche, a mais de 4300 metros de elevação. Esse povoado é maior do que eu esperava. Novamente, minha hospedagem pretendida estava lotada, então acabei ficando com a Tashi Delek. Só que ao contrário desse hotel no vilarejo anterior, aqui não havia nem vaso sanitário… Paguei 500 mangos num quartinho duplo. Ainda bem que era duplo, pois precisei dos dois colchões, cobertores e travesseiros. Escolhi um restaurante aleatório para almoçar, e acabei me dando bem, pois os preços do Himalayan Culture Home Lodge, também hotel, são comparáveis com os de Namche Bazaar, um quilômetro abaixo em altitude. Tomei um chá de limão com gengibre e comi "momos" vegetarianos por 580 no total. Posteriormente, caminhei por Dingboche, só pra ver os campos marrons de plantação serem adubados com fezes. Tomei um banho quente no Tashi Delek (500 rúpias) e fiquei relaxando, já que a rua estava fria, com um neblina que impedia a visão de qualquer montanha, além do cheiro da bosta usada na calefação dos interiores já estar forte. Ao sol se pôr, jantei em meu hotel o clássico "dal bhat". Por fim fiquei debaixo das cobertas lendo um pouco em meu Kindle. Dia 34 Depois do café da manhã de pão, ovo e chá, usei meu dia de folga/aclimatação para subir o primeiro pico da viagem, o mais alto da minha vida. Sobre Dingboche, reina o árido Nangkartshang, com 5083 metros. Saí às 9 e meia como usual. O tempo estava bom, com algumas nuvens, mas não se via o cume por causa de uma névoa. A parte inicial é uma estupa, seguida de um mirante, numa altitude ainda não tão elevada. Depois, a inclinação fica severa. Entre rochas, poucas plantas miúdas, musgos e líquens. O vento aumentou a força, mas não incomodou tanto porque batia nas costas protegidas. Mais além, a fadiga muscular começou a bater, mas não pior que a respiração, já que o oxigênio estava bastante escasso. Conforme o gelo surgia no caminho, eu ia quase cambaleando para chegar logo ao topo. Duas horas e 15 depois, finalmente conquistei o cume! Só que meio atordoado pela falta de ar, acabei atirando minha GoPro ladeira abaixo! Ela bateu numa pedra e foi parar num banco de gelo em outro nível. E agora, perder todo registro da viagem ou arriscar minha vida? Ponderei o risco, e desci em direção à câmera, conseguindo recuperá-la. Ufa! Fiquei um tempo em cima tirando fotos, mas a névoa não deu muita trégua, então desci, faminto e sedento. Parei no Café 4410, que permite a recarga gratuita de aparelhos eletrônicos. Pedi um hambúrguer vegetariano, fritas e milk shake por 1200 rúpias. Enquanto aguardava a recarga, reencontrei um grupo de colombianos que havia conhecido no cume. Passei o resto da tarde conversando com eles; foram tão gentis que até me pagaram um lanche. Quem diria que eu comeria torta de maçã num vilarejo remoto desses! À noite, jantei "thukpa" (450 rúpias) no hotel, e relaxei. Dia 35 Café da manhã repetido. Parti para Lobuche. O início é um vale desolado e ventoso, cercado pela montanha que escalei e por outra nevada. Quando chegara o momento de cruzar o Rio Lobuche e começar uma inclinação foda, parei pra um lanche. Acontece que quando fui trocar o cartão de memória da GoPro, que estava cheio, ele se partiu no meio! Perdi a maioria dos vídeos e fotos que havia feito com ela, pois não havia feito backup. Parece que o que ocorreu na montanha no dia anterior foi uma premonição. Que lástima! Meio abatido, subi o caminho pedregoso com o fôlego no limite. Em cima, fica o memorial para os alpinistas mortos no Everest. Há dezenas de monumentos. Logo depois, já é possível ver um campo coberto de gelo. Mais além, fica o pequeno vilarejo de Lobuche. Aqui o preço mínimo é 700 rúpias. Consegui um quarto duplo e banheiro com privada, mas nada de pia (nessa altitude já não há encanamento), no Above the Clouds Lodge. Começou a nevar bastante, então parei na padaria mais alta do mundo para fazer outro lanche (doce+chá=550 rúpias). Em seguida, fui ao ar livre fotografar o cenário lindo que se formou com a neve acumulada. Até passarinhos estavam por lá. Com o tempo, a neve cessou e a névoa dissipou. Com isso, subi um morro para ter uma vista ainda melhor do vilarejo e do Glaciar de Khumbu, do outro lado. Com o fim do dia, o tempo piorou novamente, então voltei pra hospedagem, onde fiquei esperando um tempão pelo jantar, "dal bhat" (800 rúpias). O bom é que o refil tava incluído, então fiquei satisfeito. Banho de lenço umedecido e cama. Dia 36 Levantei mais cedo e tomei o café da manhã (omelete e chá - 750). Em seguida, subi até Gorak Shep, o assentamento mais elevado do mundo (5100 metros). O caminho estava com bastante trânsito e não foi tão fácil quanto pensei, pois há subidas e descidas sobre rochas. Quase na chegada, se vê o Glaciar de Khumbu, o pico Kala Patthar e o acampamento base do Everest. Em Gorak Shep, tive ainda mais dificuldade em achar um lugar pra ficar. Precisei dividir um quarto no Snow Land Highest Inn (500 rúpias pra cada). Deixei minhas coisas e parti pro acampamento base. O caminho é rochoso e passa ao lado da geleira. Entre as atrações, vi um casal da ave terrestre chamada de galo da neve tibetano, além de uma avalanche na montanha do lado oposto da geleira. Parecia um trovão o estrondo. Peguei ainda um tráfego de iaques carregadores. Ao chegar, há um marco com bandeiras onde todo mundo comemora. Mais uma etapa concluída com sucesso. Desci até a parte interior, lotada de barracas, onde os alpinistas ficam até um mês se aclimatando. Pisei no gelo e retornei, já que o tempo começava a piorar. Bati um rango violento quando voltei. O "dal bhat" da hospedagem veio com repetição, então fiquei cheio até a hora de dormir, a ponto de me deixar meio mal. Enquanto tentava fazer a digestão, um pessoal da Venezuela e Espanha sentou ao meu lado. Comecei a falar com eles; acabamos jogando cartas até a hora de se retirar - sem banho novamente, já que aqui custa mil rúpias! Também tive que recarregar o celular por 400 rúpias pra uma hora... Dia 37 Dormi mais ou menos, mesmo usando o saco de dormir pela primeira vez. Às 7 me levantei com leves sintomas de Mal de Altitude, mas isso não me deteve. Fui escalar o monte Kala Patthar. O começo é sobre terra, bem inclinado, cansa bastante. Depois que se contorna essa parte, percebe-se que o cume na verdade é mais distante e alto do que o que parecia ser visto de Gorak Shep. Continuei lentamente, agora sobre neve e rochas. Uma hora e meia depois, cheguei ao topo do ponto mais alto em minha jornada: 5650 metros! A vista do topo é sensacional. Ali fica o melhor mirante do imponente Monte Everest, bem como do Glaciar de Khumbu e diversas outras montanhas altas da região. Havia umas 10 pessoas essa hora no cume. Desci, almocei "momos" e, um pouco depois, segui o caminho de volta. A parte repetida até a bifurcação em Dughla foi meio monótona. De diferente, apenas um grupo que seguia na direção inversa em bicicletas! Quando atravessei o campo de gelo do acampamento base do Lobuche, não cruzei com mais ninguém. O trecho até Dzonghla é meio arriscado, pois segue à beira do precipício na maior parte do tempo. De vista compensa, pois passa em frente à baita montanha Cholatse e seu lago parcialmente congelado. Também vi uns tantos passarinhos. Quase na chegada, ultrapassei novamente o grupo de Cingapura cujo líder Saravanan foi até o EBC usando calçado minimalista. Na terceira tentativa, fiquei hospedado no Himalayan Lodge. Quinhentas rúpias pelo quarto duplo e banheiro com vaso, mas nada de pia. No mesmo lugar, ficaram os singapurenses e o espanhol Claudi, que eu havia conhecido em Gorak Shep. Jantei uma macarronada e passei o resto do tempo conversando com ambos. Todos foram dormir cedo para a travessia do dia seguinte. Dia 38 Pelas 5 da madruga os demais já estavam tomando café da manhã, enquanto eu pedi meu omelete e chá pras 6 e meia. Na primeira longuíssima subida, já passei um dos grupos. Tanto no dia anterior quanto nesse, alguns conhecidos tiveram que desistir da trilha pelos sintomas do Mal de Altitude. Um deles precisou até mesmo ser levado de helicóptero de volta. Estava com receio que tivesse que fazer essa travessia perigosa sozinho, já que a maioria vai cedo, mas acabei encontrando gente suficiente. Já cansou bastante a primeira elevação, que culminou em uma escalada entre rochas e neve. A paisagem, bem como as seguintes, fez valer a pena o esforço. O passo seguinte foi mais técnico do que cansativo - atravessar uma parede de neve sem proteção alguma contra o abismo que se seguia. Dei graças que Claudi me emprestou cravos para o tênis (crampons) na noite anterior, pois sem eles eu teria chance de despencar nessa etapa ou na seguinte. Passado o trecho sujeito a avalanches a nada menos que 5420 metros de altitude, veio a descida nesse meio escorregadio. Venci, chegando no vale seguinte, uma tundra alpina. Nova subida, seguida de nova descida, mais fáceis dessa vez. Por fim, seguindo o riacho originado numa dessas geleiras, cheguei no pequeno Dragnag, composto apenas de uns 7 alojamentos e nada mais. Desesperado por um banho, usei o próprio riacho para satisfazer meu desejo. Como eu estava aquecido da longa trilha de 6 horas, a temperatura não foi um grande problema. Aproveitei para lavar minhas roupas suadas também. Fiquei hospedado no Khumbi-la Hotel (500 rúpias). Tão básico quanto os demais. Almocei tardiamente "momos" fritos de batata (650 rúpias), botei minha GoPro para carregar (350 rúpias), e passei o resto da tarde entre conversas com os colegas e à toa. Jantei sopa, li um pouco e capotei. Antes, pedi quanto custava 1 mísero rolo de papel higiênico, já que o meu havia acabado: 550 contos! Dessa forma, peguei os guardanapos da sala de jantar pra resolver o problema... Dia 39 Comi e vazei em direção a Gokyo. O caminho é sobre a morena da maior geleira do Himalaia, a Ngozumpa, com 36 km! A caminhada dentro da geleira segue em ziguezague pra cima e pra baixo entre pedaços de rochas soltas, manchas de gelo e laguinhos congelados. Com uma subida final, chega-se a Gokyo. Meu corpo estava tão cansado que levei mais de duas horas para essa travessia, quando deveria levar menos. O povoado de Gokyo é único entre os da rota do trekking, pois fica na beira de um lago semicongelado lindo, cheio de aves e com montanhas nevadas próximas. Deixei minha mochila na Fitzroy Inn. São 500 rúpias, sendo que o banheiro possui vaso e pia, e o quarto é um pouco melhor. Comecei então a ascensão da última montanha da rota, a Gokyo Ri, com 5360 metros. Devido a meu estado precário, fui subindo a passos de tartaruga. Essa montanha é inclinada demais, pois possui 600 metros acima do lago, onde inicia. A paisagem do meio do caminho é sensacional, mas conforme eu subia o tempo ia fechando, pois já era o começo da tarde. De fato, fui o último a subir. Uma hora e 45 minutos depois, usando somente a força de vontade, cheguei ao cume. Lá em cima estavam uma argentina e meu colega Claudi. Descemos e fomos tomar um chá e conversar. Em seguida, jantei "dal bhat" em meu alojamento, com vista para o lago. Não estava me sentindo muito bem do estômago essa hora. Carreguei o celular (300 rúpias), comprei um rolo de papel higiênico (250 rúpias), um pão doce grande (600 rúpias), li um pouco e fui dormir cedo. Dia 40 Acordei com dor de garganta - também, todo esse tempo respirando ar frio e seco pela boca, só poderia acabar assim. Gastei minha última rúpia no check-out, mas pelo menos ganhei uns chocolates de brinde. Esse foi o dia mais longo de caminhada, pois tive que percorrer 24 km até Namche Bazaar. Ainda bem que em sua maioria, o trecho foi de descida. O começo foi passado ao lado dos lagos cênicos de Gokyo. Depois, acompanhando o rio glacial. Passei por alguns vilarejos, descansando, me hidratando e consumindo meus alimentos energéticos a cada cerca de 2 horas, sempre à beira de algum riacho. Encontrei meu colega Claudi nesse caminho, mas ele ficou em Dole, metade do trajeto que eu percorreria. Além desse povoado, as florestas começaram a ressurgir. Junto delas, uma parte lotada de cachoeiras. Já estava cansado, quando em frente a Phortse, uma elevação grande surgiu. Subi a passos lentos. Dali em diante, acelerei o possível no terreno irregular, quase torcendo meu tornozelo algumas vezes. Quase solitário, cheguei à bifurcação em Sanasa, quando entrei na trilha que já havia percorrido no quarto dia. Exausto, com dor nas costas, cheguei em Namche Bazaar às 16 horas, exatamente 8 horas depois de iniciar. Saquei dinheiro e fui pra hospedagem onde havia deixado uma pilha de roupas, a Pumori Guesthouse. Morrendo de fome, devorei uma macarronada (550 rúpias) enquanto carregava meus dispositivos. Por fim, apaguei. Dia 41 Acordei pior do que no dia anterior, dessa vez à dor de garganta, somou-se um resfriado. Não tive escolha; comi um omelete de queijo e tomate (400 rúpias) e vazei. O percurso inicial é de pura descida, mas isso não quer dizer que tenha sido rápido, já que há trânsito e o terreno é irregular. Em sequência, descidas e subidas intermináveis, enquanto atravessava de um lado do rio pro outro nas pontes pênseis. E o corpo reclamando. Mais além, passei pela vila de Phakding. Dali pra frente, foi o maior sofrimento: dor nas costas, nos ombros e nos pés. Eu ia cada vez mais devagar. O trecho final, majoritariamente de subida, foi um martírio, mas 6 horas e meia depois, cheguei ao portal de Lukla. Finalmente, 150 km de trilhas depois do começo, missão cumprida! Comemorei e fui pra alguma hospedagem, no caso a Alpine Lodge (500 rúpias). Tomei um banho (250 rúpias) e me joguei na cama, imprestável. Jantei outra macarronada e fui dormir. Dia 42 Comi uma panqueca com mel de manhã (400 rúpias) e fui cedo pro aeroporto. Precisei chegar lá às 7 e meia, mas não embarquei antes das 11… Me livrei dum dos aeroportos mais perigosos do mundo, descendo em Catmandu. Por 900 rúpias, tomei um táxi até o lar Laughing Buddha Home & Villa (5 dólares cada noite). No caminho pude constatar que o trânsito de Catmandu é do nível das cidades grandes indianas. E bem empoeirada. Desci pra conhecer as atrações recomendadas pela anfitriã, a começar pelo almoço na Army Canteen, lugar onde o exército vem rangar. Como o menu é em nepali, precisei apontar para o que havia na bancada: escolhi feijão, batata e cebola. Na hora de pagar a conta, fiquei de queixo caído… 50 rúpias (R$1,75)! O almoço mais barato da minha vida! Para a sobremesa, fui na padaria Best Choice. Realmente a melhor escolha, pois comi deliciosos doces a partir de 25 rúpias! Até levei uns pro café da manhã. Em seguida, entrei no museu de história natural (100 rúpias). É basicamente o depósito da seção biológica de uma universidade, contando centenas de animais empalhados, insetos, plantas e outros seres viventes no Nepal, com breves descrições. Prosseguindo, o templo do macaco (Swayambhunath). É um templo budista tibetano com algumas estupas, relíquias e muitos macacos sagrados. Entrei pela escadaria de acesso gratuito que os turistas desconhecem. Lá em cima há vendas de souvenires, mirante pra cidade toda e, na mata ao redor, bastante vida. Ao descer, mesmo sem muita fome, parei pra jantar no Chuden Shelzey. Optei por um "chowmein" de frango (120 rúpias). Para minha surpresa, um grupo de monges budistas estava ali jogando videogame! Retornei à tranquila hospedagem, onde fiquei à noite. Dia 43 Comecei o longo dia ingerindo meus doces da padaria. À continuação, pedi para que me chamassem um moto-táxi via Pathao, aplicativo tipo Uber. Até Bauddhanath custou apenas 170 rúpias. Já para a entrada desse Patrimônio da Humanidade, 400. Há uma grande estupa central, reconstruída após o terremoto de 2015, cercada de monastérios, templos, relíquias e lojas meio superfaturadas. Ao deixar o complexo budista que é o principal da capital, tomei um ônibus de 25 rúpias até Ratna Park, onde ficam as estações dos coletivos. Não quis pagar para entrar no parque, pois não me pareceu interessante, então segui até Ason, um bairro antigo central onde se vende de tudo a preços em conta. Aqui tentaram me aplicar o golpe do jovem aprendiz de inglês que quer treinar o idioma e o leva a um templo para benzê-lo e depois a uma loja de pinturas que só está aberta no dia do festival fictício que ocorria justamente naquele dia - não tiraram uma rúpia de mim. Almocei num muquifo um prato de "chowmein" vegetariano por somente 80 rúpias. Pensei em entrar na tradicional praça Durbar em seguida, mas o estado dos edifícios pós-terremoto e a exigência de que estrangeiros pagassem mil rúpias enquanto os nativos não pagavam nada, me fez mudar o rumo. Com o preço tão barato da comida, acabei tomando um caldo de cana por 30 rúpias e depois um "lassi" de banana por 100. Rapidamente adentrei o jardim Garden of Dreams, que cobra 200 pratas, mas é pequeno. Dessa forma, me embrenhei nas ruas apertadas e lotadas de comerciantes e turistas de Thamel. Procurava alguns equipamentos eletrônicos e pra trilhas, mas não encontrei nada de qualidade, já que aqui é quase tudo pirateado. Tomei um sorvete de Ferrero, que não era de Ferrero, e comprei em Ason dois souvenires (roda mani - 1500 rúpias e placa Namastê - 400). Me encontrei com Danniel, um dos brasileiros gente boa que conheci no caminho do Everest. Batemos um papo bom e tomamos um balde da cerveja artesanal Sherpa Red no bar Phat Khat. Depois jantamos "kebab" (225 cada) e eu peguei um táxi pra voltar à hospedagem (600 rúpias). Antes de dormir, conversei um pouco com o pessoal que se encontrava no Laughing Buddha. Dia 44 Acordei com os cães latindo e pessoas falando. Fui em direção aos museus, parando para ter um café da manhã no Vajra Café, já que o Chuden Shelzey não tinha nem ovo e nem vitamina naquela manhã. Acontece que esse café deixa bastante a desejar em comparação com a padaria de 2 dias atrás, além de estar cheio de moscas… Para meu desgosto, hoje era feriado do dia do trabalhador, então tanto o Military Museum quanto o National Museum estavam fechados! Não queria ir até a distante Bhaktapur, então caminhei até uma avenida onde pude pegar um ônibus à região central. Em Ason, fui às compras: relógio minimalista à prova d'água (3000 NPR=rúpias), carteira minimalista (375 NPR), boné minimalista c/ pescoceira (1000 NPR). Como os restaurantes turísticos de Thamel são meio caros, almocei numa birosca chamada Ravi Panipuri Chaat Shop. Fiquei com um tal de "papadi chaat" 70 NPR + "chicken egg roll" 100 NPR + Fanta amarela 40 NPR. Há uma infinidade de casas de câmbio em Thamel, mas como as raras que possuíam rial do Catar não tinham cotação boa, troquei o resto das minhas rúpias pelo famoso livro Into Thin Air na livraria Tibet Book Store (700 NPR). Enquanto procurava um transporte barato para retornar ao alojamento, tomei um suco de abacaxi grande (200 NPR). Depois, embarquei numa van (20 NPR). Me despedi e embarquei no voo da Nepal Airlines com destino a Doha. Havia lido que essa companhia era uma das piores do mundo, então fui sem expectativas, mas me surpreendi: avião grande e novo, entretenimento de bordo e alimentação decente - talvez eu tenha tido uma baita sorte, ou a companhia realmente melhorou. Dia 45 Com um pouco de atraso, desembarquei. A imigração sem visto foi ridiculamente rápida. Saquei dinheiro (1 rial do Catar = 1,07 reais), chamei um Uber até a hospedagem da vez (24 rials). O albergue Q Hostel, localizado num condomínio de casas de alto padrão, refrigerado, me custou 180 rials por 3 noites. Todos meus colegas de quarto eram de países islâmicos. Ao acordar, chamei um Uber pra me levar ao museu nacional (13 rials). A entrada individual custa 50 rials, mas o passe para 3 museus é 100, então o comprei no cartão de crédito. O Qatar National Museum já impressiona no exterior, inspirado na rosa do deserto. Por dentro, ainda mais. Com tecnologia de ponta, conta sobre a biodiversidade do país, bem como sua história, do passado remoto, passando pela conquista árabe, a era de ouro da coleta de pérolas e a atual do petróleo, que superdesenvolveu o Catar. Fiquei mais de 3 horas aqui. Almocei "chicken biryani" no Al Jazeera Kabab, bem em frente ao museu, por 12 rials. Há um ônibus gratuito rosa que passa uma vez a cada hora e leva aos dois outros museus. Peguei ele e desci no de arte islâmica. A construção é bem bacana também, mas por dentro não há tanto conteúdo. As obras de arte de várias localidades islâmicas são belas, mas nada excepcionais. Esperava um pouco mais. Uma hora depois, fui pro Mathaf, de arte moderna, que fica afastado dos demais. No caminho, pude notar as obras de infraestrutura e lazer pra Copa do Mundo de 2022. Havia apenas mais duas visitantes além de mim. Não consegui ficar nem uma hora vendo essas coisas estranhas que chamam de arte. Peguei o transporte de volta e fui passear pela Corniche, a avenida beira-mar. Ainda fazia calor pelas 5 e pouco, mas o sol já estava baixo no horizonte. Atravessei metade do semicírculo a lentos passos, admirando a arquitetura dos arranha-céus, que, assim como o resto da cidade, perdem pouco para Dubai. Tomei um "smoothie" meio caro de 25 rials no Costa Café, e segui por entre os prédios, que agora estavam com iluminação noturna variada. Entrei no shopping center City Center pra jantar (no Subway mesmo - 29 rials no Sabrina de 30 cm) e comprar mantimentos no completíssimo Carrefour, que só não tem cerveja com álcool. Gostei do preço do kiwi, 2,75 o kg. Voltei de ônibus #76 até o terminal de Al-Ghanim, onde pegaria outro busão até próximo da minha hospedagem. Um cartão para 2 viagens na cidade custa 10 rials e pode ser comprado com o próprio motorista. Pegaria, pois quando cheguei lá quase às 23h, já não havia mais linhas disponíveis para onde eu iria. Como não consegui sinal para chamar um Uber, convenci um táxi a aceitar a corrida por 15 rials. Dia 46 Como fui dormir tarde, acordei assim também. Tomei meu café da manhã de brownie + suco natural + frutas e tomei um Uber à estação de ônibus (12 rials). Chegando lá, fiquei sabendo que para embarcar no ônibus para fora de Doha, precisaria de um cartão ilimitado para 24 horas, ao custo de 20 rials. Então aproveitei para dar um rolê bom. Primeiro desci em Al Wakra. Como era o dia sagrado do islã, os "souqs" (mercados antigos) estavam fechados. Com isso, dei uma conferida na praia de água turquesa. Almocei logo no Alfanar Restaurant Yemeni Food, onde pedi um tal de "mandi chicken" por 25 rials, mesmo sem saber o que era - mas gostei. Caminhei mais um pouco e retornei à avenida, onde há uma estátua de ostra, uma mesquita bonita e um forte fechado ao público. A intenção era continuar pro sul até Mesaieed, mas eu acabei indo parar no ponto errado e só percebi quando o ônibus de volta estava passando, então decidi retornar ao centro. Fui então ao Souq Waqif, onde ficam as lojas tradicionais. Tentei comprar um souvenir decente, mas os feitos no Catar são caros demais. Ali também ocorria a feira internacional de tâmaras. Entrei e saí, pois eu nem gosto dessa fruta típica de países desérticos. Essa área revitalizada é a mais antiga da cidade. Visitei os museus Msheireb, que contam um pouco dessa história. Gratuitos, são 4 casarios antigos que também falam da escravidão na região e o desenvolvimento com a descoberta do petróleo. Fiquei algumas horas em seus interiores. Quando saí, já era noite. Fui à orla, um tanto escura, para admirar os arranha-céus coloridos do outro lado da baía. Ao retornar, parei num dos restaurantes/lanchonetes baratos ao lado da estação de ônibus para jantar. Comi um "biryani" de frango por somente 10 pilas no Taxi Land Restaurant. Depois, voltei à acomodação de ônibus. Doha tem um problema sério de trânsito no centro, mesmo a altas horas. Dia 47 Acordei uma vez às 4 e meia com o anúncio de Allah nos alto-falantes da mesquita mais próxima. Voltei a dormir. Fiz o check-out e deixei minha mochila na recepção enquanto passeava. Fui até a rodoviária, comprei outro cartão ilimitado e com o #104A através do deserto até Dukhan, o princípio da exploração petrolífera no país. O baita ônibus confortável é uma mudança e tanto pra caminhonete que levava os operários na caçamba. Em Zekreet, há umas formações geológicas tabulares interessantes. Pena eu não haver meio de explorá-las. Duas horas e meia depois, o ônibus parou na entrada de Dukhan, ao lado de uma refinaria. Almocei pizza na Domino's (29 rials pelo combo) enquanto aguardava o ônibus de retorno. Ao retornar, parei no Mall of Qatar, um shopping grandão e ligado à linha de metrô quase pronta. Aproveitei para a assistir o lançamento dos Vingadores. Acreditam que o ingresso mais barato pro cinema era de 45 reais o inteiro? Voltei com os ônibus. À noite, fui até o aeroporto, onde aguardei um bocado de horas até o voo das 4:40 com a IndiGo até Mumbai. Dia 48 Desembarquei sonolento, passei a imigração e peguei um Uber (180 rúpias) até a cápsula bacana onde eu passaria o dia, no Hotel Astropods Airport, por mil rúpias. De volta ao aeroporto, lanchei e embarquei na Air China para Pequim. Dia 49 Depois de umas 5 horas em voo, passei o resto do dia no aeroporto da capital chinesa, entre cochilos e eletrônicos. A comida é meio cara e há poucas opções de refeição, então fiquei à base de KFC e Costa Café. Dia 50 Na madrugada seguinte, fui com a mesma companhia para Frankfurt, onde desci para dar uma volta na cidade. Comprei um passe diário ilimitado pro transporte público (9,65 euros) e peguei o trem até a estação central. Como já conhecia a cidade, não mirei exatamente os pontos turísticos. Caminhei aleatoriamente, mas parei para fotografar a arquitetônica Römerplatz. Aproveitei o dia para ingerir algumas das delícias culinárias europeias, como queijos, cerveja, bagas e salsichão - a maioria comprado em supermercados. Fiz compras também: eletrônicos na Saturn, chocolates e outras comidas nos supermercados econômicos Penny e Aldi, e roupas na Primark. Final da tarde retornei e aguardei o bom voo da Lufthansa, que, junto com o trecho final da Gol até Floripa, concluiu a viagem, 3 dias depois!
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O Caminho dos Naufragados é uma trilha centenária localizada no extremo sul da ilha de Florianópolis. Seu percurso é de 2.300m e é considerada de nível fácil e de esforço moderado. Para chegar até lá, temos a opção de ônibus urbano (paga-se apenas uma passagem de R$4,50 - mar 22). Saindo do terminal do centro, o TICEN, pega-se o ônibus para o terminal TIRIO e, de lá, para Caieiras da Barra do Sul. Aos domingos as saídas são bem escassas, então é necessário planejar o dia para o passeio. Do terminal TIRIO seguimos até o ponto final da linha, o que leva quase 60 minutos. Saltamos em frente a um estacionamento. Descendo a principal, já encontramos a indicação para a trilha. Desça 50m para não entrar pelo estacionamento. A entrada correta é numa pequena rua mais abaixo. Esta acima é a entrada correta para a trilha. A melhor coisa é que nem precisamos muito esforço para chegar no começo e também para sair da trilha. O deslocamento de ônibus facilita muito, mas, se preferir ir de carro ou moto, o estacionamento cobra R$ 20,00 pelo período. A entrada é muito bem sinalizada. Só é uma pena que a placa informativa esteja bem desbotada e vandalizada. No dia que escolhi estava fazendo 30°C e a umidade estava bem alta (10/03/2022). Pelo menos o caminho é todo arborizado e estava um vento bem refrescante que ajudou muito. Eram 10:20h quando iniciei o percurso. Nos primeiros 7 minutos é só subida. O terreno é bem limpo e o caminho largo. Apesar do calor, resolvi ir equipado com botas, calças e camiseta de mangas compridas com proteção UV, além de um chapéu e mochila. Nesta, levava água, lanche, kit de primeiros socorros e equipamentos fotográficos, num total de 9 Kg. Levei 2 celulares também, ambos rodando o APP Alpine Quest com os mapas da região e da trilha. A marcação do tempo do percurso fiz no Strava. Os primeiros 8 minutos são bem puxados devido à inclinação acentuada. Porém, o terreno, apesar de ter chovido na noite anterior, proporcionava boa aderência. Acredito que daria para ir de tênis tranquilamente... mas... não costumo ariscar em trilha. Uma torção no tornozelo durante uma aventura pode tomar proporções dramáticas quando nos aventuramos sozinhos. Devemos ficar atentos ao caminho e, nas bifurcações, escolha SEMPRE o caminho da ESQUERDA! Acima, se fôssemos pela direita sairíamos lá no caminho do Farol. Durante o percurso, encontrei poucas pessoas na ida e muitas durante a volta. É uma região bem segura e muitos moradores utilizam o caminho para o deslocamento rotineiro. A região faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e é uma importante referência de conservação da Mata Atlântica. Nesta época de verão de intenso calor, os córregos e nascentes estavam praticamente secos. Este seria um dos pontos em que um pequeno córrego costuma atravessar a trilha. Ainda tinha alguns peixinhos no pequeno olho d´água restante. As poucas placas informativas da trilha estão muito destruídas, tanto pela ação do tempo quanto pela depredação humana. No terço final do caminho, encontramos um rio de águas bem claras e mornas, de onde os moradores locais fazem a captação para abastecerem suas casas. Por ser um caminho relativamente curto, em pouco mais de 40 minutos de movimentação chegamos ao final da trilha. E a recompensa pelo esforço... É uma praia simplesmente paradisíaca! Águas incrivelmente transparentes... mornas... Azuis! Parece até Cancún (estive por lá em 2020), até pelas areias branquinhas e finas... Ah, e o melhor de tudo... Sem a muvuca das praias mais badaladas! Para se chegar aqui, só pela trilha ou através de barcos. Inclusive, quem quiser retornar pelo mar tem várias ofertas no lugar. Temos até a opção de comer no local, com pequenos restaurantes improvisados servindo refeições e bebidas. Aceitam até cartão de crédito (acima de R$30,00 de gasto) e de débito, além de PIX. Daqui, pode-se passar boas horas curtindo o mar ou se aventurando pelas outras trilhas que partem deste lugar, como a que leva ao farol e canhões. Mas esses outros caminhos, contarei no próximo episódio! 🤠👍 Acompanhe o passeio na íntegra nesse vídeo que gravei para o Canal Trips & Flicks. Trips & Flicks: Caminhos dos Naufragados Espero que as informações lhe sejam úteis e que lhe inspirem a conhecer ou a retornar a este lugar tão especial. Ajude o canal curtindo, compartilhando e se inscrevendo. Um grande abraço e até breve!
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Pessoal, estou fazendo uma viagem, aproveitando as férias da namorada. Vamos primeiro para São Luiz (22 - 27/01), onde tentaremos aproveitar 5 dias dos lençóis, apesar da chuva e as lagoas provavelmente secas. No dia 27/01, iremos para Belém, tentar aproveitar um pouco do Pará, onde iremos focar na Ilha de Marajó. Ficamos em Belém até o dia 02/02. Estou sabendo que janeiro é bastante propício às chuvas. Gostaria de dicas e sugestões sobre o que fazer, apesar da pluviosidade elevada neste mês. O que sugerem? 3 dias na Ilha de Marajó e 2 em Belém? O que fazer em Belém? O que fazer na lha? Grato, pessoal!
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Dia 1 Em janeiro de 2020, antes da pandemia assolar o mundo, parti para minha única viagem internacional no ano. Segui de ônibus de Floripa a Porto Alegre, embarcando no voo da Cabo Verde Airlines até a ilha do Sal (826 reais pela ida). A cia aérea deixou a desejar bastante, pois o avião não era grande, as telas de vídeo estavam desligadas, não havia tomadas, o jantar estava quase congelado e nem café da manhã foi servido. Dia 2 Ao desembarcar às 6 e meia, tirei o visto ao custo de 3400+2500 escudos cabo-verdianos (110 escudos = 1 euro). Tive o azar de ir antes da isenção do visto começar a valer. Fui até a via principal em frente ao aeroporto e parei a primeira picape cheia de gente em direção à distante cidade de Santa Maria. Esse meio de transporte me custou apenas 100 escudos, enquanto que um táxi sairia por 15 euros! Deixei a mochila no quarto compartilhado do albergue Xamedu Sal, que fica na borda da parte menos subdesenvolvida da cidade, e saí a caminhar pela parte arenosa a leste. Duas noites nessa hospedagem me custaram 3469 escudos. Uma das praias mais famosas no mundo para a prática de kitesurfe fica ali, tamanho o vento. Contei uns 70 equipamentos no mar ao mesmo tempo! Uma pena que haja lixo por todo lado. Voltei atravessando a salina que ainda opera e que dá nome à ilha do Sal. Na virada pra tarde, almocei a tradicional cachupa (feijão, milho, ovo e alguma carne) por 3 euros no Café del Mar. Água de meio litro por 150 escudos, salgado. Em seguida, segui pela praia principal, onde fica um píer e a maioria dos turistas brancos. As construções são mais bonitas por aqui e há diversas lojas de souvenires. Caminhei uma eternidade entre resorts até a praia de Ponta Negra. Bem bonita. Na volta à rua Pedonal, me deliciei com sorvete italiano na Gira Mundo: 3 bolas por 350 escudos. Mais além, fui ao restaurante d'Angela degustar mariscos. Entre os disponíveis, pasmem, cracas (500 escudos)! E não era ruim, apenas difícil de comer. Um caneco de cerveja (250 escudos) acompanhou a refeição do final da tarde, quando o vento já começava a resfriar. Conheci uma sueco-brasileira (Janine) no albergue. Juntos e com mais duas francesas, fomos tomar uma no Buddy Bar, onde rolava som ao vivo. Peguei uma caipirinha de grogue, o destilado local, por 400 escudos. Por fim, comemos um kebab no Camara Camara, por 300 escudos. Dia 3 Depois de pegar um bolo e um suco de baobá num mercadinho (quase sempre de posse chinesa), fui até a CV Bike, onde aluguei uma bicicleta decente por 16 euros a diária. Queria ter saído mais cedo, mas só consegui partir às 10 e meia. O começo é uma subida reta pelo asfalto, com vento lateral - e tudo seco à volta. Em Murdeira, há um condomínio bacana e uma praia linda. Vi uma águia-pescadora lá, enquanto admirava a vista das areias negras. Quase chegando ao aeroporto, desviei pela estrada de chão que passa pelo sertão até Palmeira. Foi um trecho complicado. Esse povoado é onde fica o porto da ilha. Almocei na Casa dos Pescadores uma cavala por 400 escudos e uma água de 1,5 l por 150. Atravessei as casinhas coloridas, antes de novamente pegar a estrada não asfaltada. Primeiro parei na baía azulada de Regona, antes do ponto mais distante que chegaria, Buracona. Por 3 euros, tive acesso ao olho azul (que já não estava mais azul devido à hora tardia), bem como atrações acessórias. Retornei por outro caminho, de areia quase fofa e pedras, até Terra Boa, o local de cultivo. Precisei passar por uma favela lotada de lixo pra atingir Espargos, a capital da ilha do Sal. Nem parei, prosseguindo pelo asfalto morro abaixo até Santa Maria, quase ininterruptamente, pois o sol já estava se pondo. Cheguei às 6 e meia, bem no horário em que a loja das bikes estava fechando. Também deu tempo de chegar no restaurante d'Angela antes do happy hour de frutos do mar acabar. Peguei o polvo (500 escudos). Depois do banho, me uni a uns colombianos e a outra brasileira (Andyara) para a janta no restaurante d'Fogo, onde comemos peixe por 350 escudos. Pedi uma cerveja grande; me trouxeram 1 litro por 350 escudos. Em seguida, curtimos brevemente no Ocean Bar, antes da balada fechar. A festa continuou no Buddy Bar, mas pela 1 e pouco, voltamos pra dormir. Dia 4 Acordei tarde, só a tempo de pegar minhas coisas, almoçar um espaguete (3 euros) no Café del Mar e pegar um transporte coletivo Hiace (van) pro aeroporto, por 100 escudos. Só sai quando lota, mas esse foi rápido. Lá, esperei até o embarque atrasado com a Binter CV para a ilha de São Vicente. Por sorte, não precisei enfrentar a bruma seca, que é o vento carregado de areia do Saara que atinge as ilhas nessa época, e que fez um casal de brasileiros precisar aguardar 4 dias a mais pra deixar essa ilha! Já em São Vicente, desci e aguardei na via principal por um aluguer (outra forma de chamar as vans), mas como demorou a passar, negociei com um taxista que já levava outra pessoa para que eu pagasse 300 escudos - o preço normal seria 1000. Ingressei no Basic Hotel, que fica numa baita ladeira um pouco fora do centro. Uma suíte privativa saiu por 2170 escudos. No Fortim do Rei, em ruínas, aparentemente fica a melhor vista de Mindelo, a capital da ilha. Dá para se ver o centro de construções portuguesas, a marina e o porto, a praia da Laginha e as casas coloridas no morro. Desci com o sol já baixo em direção ao centro e beira-mar. Logo tomei uma batida de frutas num quiosque por 260 escudos. Tentei caminhar mais, mas não me senti muito seguro por lá, então depois de atravessar umas quadras, parei num restaurante para jantar. A pizza vegetariana no Cocktail saiu por 450 escudos + caneco de cerveja por 200 escudos. Subi o morro de volta pro hotel e lá permaneci. Dia 5 Dei uma volta pelo centro durante a manhã, depois do pequeno almoço incluído no hotel. Ingressei no interessante Museu do Mar (200 escudos), que fica numa torre à beira-mar e conta a história marítima de São Vicente e Cabo Verde. Depois, almocei uma cachupa (280 escudos) no Dokas, ao lado do terminal de balsas. Enquanto aguardava a balsa pra ilha seguinte, relaxando na incrível praia da Laginha, um cara veio me incomodar pedindo dinheiro insistentemente, fato corriqueiro nesses meus dias em Cabo Verde… Subi na embarcação, que levou uma hora e custou 800 escudos por trecho. Balançou um bocado; uns quantos gorfaram. No desembarque na ilha montanhosa de Santo Antão, comprei uns pastéis baratíssimos (10 escudos cada!) de uma ambulante, e peguei um aluguer para Ribeira Grande (400 escudos). O trajeto longo pela costa é bem cênico. Enquanto o sol se punha, caminhei pelas vielas de Ribeira Grande, em busca do melhor mirante. Me hospedei no Residencial Luatur, onde uma suíte privada básica saiu por 4479 escudos para 2 noites. Jantei lá mesmo: lula com legumes (500 escudos) + suco natural de maracujá (150 escudos). Dia 6 O café incluído estava bom. Depois dele, esperei até às 10 e meia pelo aluguer para Cruzinha (300 escudos). O trajeto até lá é bem bonito, mas levou uma hora e meia. Por formações de paleodunas, comecei então a trilha de 14 km até a Ponta do Sol. O caminho é sobre areia inicialmente e calçada de pedras na maior parte do tempo. Sempre acompanhado pelo mar à esquerda, montanhas à direita e vento por todos os lados, é trabalhoso pelas inúmeras subidas e descidas. Passei pelas vilas de Formiguinhas, Corvo e Fontainhas, mas somente nos dois últimos encontrei uma fonte abundante de água, já que estava no período seco. Ali também ficam terraços agrícolas. Ultrapassei uns quantos franceses, a nacionalidade estrangeira não-lusófona mais presente nas ilhas. Quatro horas e meia depois de começar, entrei na cidade de Ponta do Sol. Fui direto pro restaurante bem-conceituado Caleta de Sol. Lá me deliciei com um filé de peixe marinado grelhado (500 escudos). Em seguida, tomei um aluguer para Ribeira Grande (100 escudos). Como não havia o que fazer, fui pro hotel. Mais além, jantei uma pizza grande por 400 escudos. Dia 7 O café da manhã demorou, mas tive que esperar até às 11 horas pelo aluguer para a Cova do Paúl, uma cratera vegetada onde eu começaria outra trilha. Duzentos e cinquenta escudos, uma hora e muitas paisagens cênicas depois, fui o último a deixar a van, sobre a cratera vulcânica. A reserva natural que a abrange é uma área importante, pois permanece verde mesmo durante a seca, ao contrário da maioria de Cabo Verde. Desci e contornei a cratera, onde há cultivos agrícolas. Após leve subida, veio um abismo em ziguezague, coberto de neblina. Um tempo depois essa dissipou, sendo possível ver os vilarejos abaixo. Ainda levei um tempo para atingi-los. Não havia aluguer algum na primeira vila após a trilha, então continuei descendo. Quando vi um ônibus com o letreiro do aluguer pendurado, o chamei. No entanto, era uma excursão privada de estudantes americanos. Apesar disso, me deram carona. Parei para almoçar com eles no Divin' Art em Ribeira Grande, um restaurante mais caro com música ao vivo - paguei mil contos num prato grande cheio de coisas + bebida + sobremesa. Com eles, também aproveitei a carona até o porto, onde pegamos a balsa de volta para São Vicente. Ao desembarcar, segui para o restaurante Caravelas, onde tomei uma cerveja tranquilamente (220 por 500 ml). Um tempo depois, comi um hambúrguer (250 escudos). Por fim, fiz o check-in no albergue Simabô Backpackers. Por um quarto privado, paguei 1745 escudos, só que o chuveiro gelado deixou a desejar. Fui dormir cedo. Dia 8 Às 6 e meia já estava de pé, dividindo um táxi com o senhor mochileiro português Raul até o aeroporto (1000 no total). Voaria em breve até Praia, numa conexão até a ilha do Fogo. O custo para os dois voos foi de 62 libras esterlinas. No aeroporto de Praia há uma casa de câmbio que cobra a cotação oficial de 110 escudos por euro, menos uma comissão que fica em no máximo 5%. Uma opção interessante, já que os bancos e a maioria dos comércios cobra 10%. Como não passam coletivos ali, eu e o portuga rachamos um táxi de 700 escudos ( o preço normal era 1000). Caminhei um bocadinho pelo centro, um pouco mais movimentado que o das outras ilhas. Entre os pontos interessantes, entrei no museu etnológico (200 escudos). Em seguida, comi 3 salgados de frango (70 escudos cada) na pastelaria Vilu. A sobremesa foi na sorveteria Nhamii, onde 3 bolas artesanais saíram por 260 escudos. Desci a escadaria até o Mercado Sucupira, onde ficam as vans, mas só consegui um táxi de volta ao aeroporto, por 500 escudos. Aguardei algumas horas até o embarque a São Filipe, capital da ilha do Fogo. Enquanto aguardava, eis que surgiu no aeroporto o casal de colombianos (Daniel e Ângela) que conheci em Sal. Ao descer do voo de somente 25 minutos de duração, dividimos um táxi de 400 escudos até a hospedagem, que coincidentemente era a mesma! Saímos para dar uma volta na cidade, naquele fim de dia. A cidade é pequena mas bonitinha, bem colorida. Aproveitamos para comprar produtos locais: pão (15), queijo de cabra (100), chouriço (100) e vinho (800). Os dois primeiros foram comprados dentro da casa de uma senhora; já o terceiro, numa loja de eletrodomésticos/bar/mini-mercado! Jantei um prato de peixe delicioso na Casa Anilda e Albino por 600 escudos. Lá, um quarto duplo grande com pequeno-almoço saiu por 2217 escudos. Passamos o resto da noite conversando e tomando o vinho. Dia 9 Café da manhã razoável. Após, nós 3 negociamos um táxi de ida, espera e volta para Chã das Caldeiras. O total foi de 7 mil escudos, mas como eu não retornaria com os colombianos, minha parte foi menor. O percurso levou quase uma hora e meia, passando por vilarejos e paisagens, até a entrada no Parque Natural do Fogo, quando primeiro avistamos o cone vulcânico principal, com 2829 metros acima do nível do mar. A estrada original foi soterrada pela lava vulcânica da erupção mais recente, em 2015! Enquanto os dois subiam no pico pequeno, cone formado nessa erupção, fiquei ao redor tirando fotos. Apesar da altitude de Chã das Caldeiras ser de 1800 metros, a temperatura durante o dia é quente, ao contrário da noite. Depois, vimos o vilarejo com as casas parcialmente cobertas pela lava, e as novas casas em construção. Numa dessas, compramos vinho (750 escudos). Em seguida, almoçamos na Casa de Marisa, a hospedagem e restaurante mais chique da cidade. Ali também são feitos passeios guiados, mas com preços bem salgados. O peixe de almoço me custou 900 escudos. Enquanto meus camaradas voltavam pra São Filipe, eu caminhei até o Parque Florestal de Monte Velha, mas não achei nada de mais lá. Depois do banho de chaleira, jantei os produtos típicos locais que eu havia comprado: pão, chouriço (linguiça), queijo de cabra e vinho. Sem internet na Casa de Ciza e Rose (3500 escudos para um quarto por 2 noites), fui dormir cedo. Dia 10 Tomei o café da manhã bom, enquanto o dia amanhecia pelas 7 h. Logo mais, parti rumo ao vulcão. Comecei a caminhada a cerca de 1750 m de altitude, atravessando o trecho inicial entre vinhedos. Ao dobrar 90 graus para a direita, começou a subida pra valer. Havia dois possíveis trajetos de ida; escolhi o mais reto, mas acabou sendo a opção errada, pois ao chegar à parte mais inclinada tempos depois, fiquei sem ter pra onde ir, pois havia um trecho de areia negra fofa bem difícil de subir. Dessa forma, tive que me reorientar pro outro caminho. Naquela altura, foi preciso escalar rochas com as mãos, por mais um longo pedaço. Passei um trio de Cabo Verde que estava subindo e alguns europeus com guia descendo, para enfim chegar à borda da cratera, fétida de enxofre. Continuei até o topo do pico, a 2829 metros, onde cheguei cerca de 3 horas após o início. Para descer, escolhi o caminho menos usual e mais íngreme que vai em direção ao pico da última erupção. Só que essa parte foi dificultosa, pois além de forçar os joelhos, as pedras estavam soltas demais. Certa hora, decidi descer quase deslizando pela areia fofa, o que fez com que eu acelerasse o passo de uma vez. Na borda do tal pico inferior, onde o calor ainda era sentido, coletei umas rochas de enxofre e depois segui pela areia dura até Chã das Caldeiras, chegando apenas 6 horas depois de começar. Faminto e desidratado, tomei um litro de água e comi dois pratos cheios de comida da hospedagem, que estavam deliciosos (o melhor da viagem). Setecentos escudos para tal. Posteriormente, fiquei relaxando por ali. De jantar, apenas frutas. Dia 11 Pelas 6 e meia o transporte coletivo bateu a porta. Hora de voltar pra São Filipe, por mil escudos. Ao chegar, fiquei vagando pelo centro para matar o tempo até meu voo do final da tarde para Praia. Antes de caminhar ao aeroporto, almocei no Sabor di Lena - o prato do dia custou apenas 250 escudos. Esperei então pelo voo. Ainda bem que todos os aeroportos que passei possuem wi-fi grátis. O voo custou 50,5 libras. Ao descer, peguei um táxi na rua até Achada Santo Antônio (700 escudos). A hospedagem para as 3 noites seguintes seria a Praiadise Hostel (5610 escudos para todo período). A recepção não foi tão boa, já que pedintes me abordaram com insistência, e me xingaram quando neguei a dar esmola. Procurei ao redor um lugar para jantar; acabei parando no bar Só Sabi, onde comi um prato de feijão por 400. Apesar dos muitos beliches, só havia eu e um senhor francês no dormitório, e ninguém na área comum, então fui dormir cedo. Dia 12 Tomei o café da manhã incluído. Em seguida, atravessei o que parecia ser uma favela para pegar o coletivo até a Cidade Velha (apenas 80 escudos!). Essa foi a primeira capital de Cabo Verde e a primeira cidade fundada por europeus nos trópicos, em 1462. Caminhei lentamente por suas ruas de pedra, observando as construções que em conjunto são um Patrimônio da Humanidade. As mais emblemáticas são o pelourinho, a catedral, o convento de São Francisco e a fortaleza de São Filipe. Essa última fica no alto de um morro, com vista pra toda cidade, e tem detalhes no interior, que custa 500 escudos pela visita. Num restaurante na orla (Praça do Mar), ingeri um prato de frango por 600 escudos. Uns tempos depois, peguei a volta pro bairro Plateau (centro) de Praia. Acabei parando sem querer numa van de missionários brasileiros. Tive que me segurar para não dizer que sou ateu. Tomei aquele sorvete e segui a sugestão dos colegas colombianos: visitei o Museu Amílcar Cabral (200 escudos). Esse cara foi o responsável pela independência não só de Cabo Verde, como também Guiné-Bissau! E lá estava em carne e osso a viúva dele! Voltei caminhando à Achada Santo Antônio. Fui à Pizzaria Terrazza Itália, onde pedi uma de tomate e rúcula (800 escudos) e um caneco de chope (250 escudos). A boa aqui é chegar até às 17:30 h, pois várias pizzas custam 650 escudos. Depois disso, anoiteci no albergue. Dia 13 Após o café, caminhei até a estação de coletivos do mercado Sucupira para pegar um até Tarrafal, extremo norte da ilha de Santiago. Demorou mais de uma hora para encher o veículo e uma e meia para chegar, por 500 escudos. Por muita coincidência, quem estava sentado esperando quando cheguei era Raul, o portuga. Descemos no campo de concentração, cujo apelido "carinhoso" é campo da morte lenta. Para lá foram enviados os portugueses que eram contra o regime fascista de Salazar, e também os estrangeiros que lutavam pela independência das colônias africanas. Paga-se 200 escudos para acessar o local. Caminhamos até o primeiro restaurante que vimos, onde tivemos um prato de peixe espinhento (chicharro) por 350 escudos. Em seguida, admiramos a orla, primeiro no ponto de mergulho Kingfisher, e depois na própria praia, ambos com um mar belo. Entramos na igreja da praça principal e regressamos ao final da tarde, passando pela bonita Serra da Malagueta ao pôr do sol. Jantei garoupa com legumes no Só Sabi (400 escudos), e me retirei ao albergue. Dia 14 Consegui dividir um táxi com mais 2 pro aeroporto; ainda bem, pois não tinha mais dinheiro para pegá-lo sozinho. Com atraso, voei de SATA por quase 4 horas até Ponta Delgada, a capital do arquipélago dos Açores. O entretenimento se resumiu a uma revista, mas ao menos a refeição foi substancial. Ao descer, presenciei um estado atmosférico que eu não via desde que saí do Brasil: chuva! Nem precisei abrir a boca na imigração. Ao atravessá-la, comprei o bilhete de ônibus (ANC AeroBus) do aeroporto ao centro de Ponta Delgada (6,5 euros para ida e volta). Caminhei admirando as ruas que possuem construções no mesmo estilo das mais antigas de Florianópolis, pois os açorianos foram os que primeiro povoaram a Ilha da Magia. Jantei carne de porco alentejano por 6 euros no Café Trianon, ao lado da Igreja Matriz. Depois disso, passei mais uma hora e tanto caminhando aleatoriamente pelas vielas de pedra. A arquitetura dessa cidade é deveras interessante. E a noite é uma tranquilidade só. Passei a noite no albergue Bruma Hostel, cujo dono é um simpático mineiro. Dezoito euros por um lugar adequado e com café da manhã. Dia 15 A refeição estava boa. Após ela, saí a vagar pelo centro histórico, agora podendo ver com mais detalhes as formas e cores preservadas das casas, igrejas, praças e edifícios governamentais. Almocei no Magia do Sabor. Durante a semana eles possuem um buffet por 7 euros, mas como era sábado, não rolou. Optei então por um prato de frango com salada e refri por 5,6 euros. Cheguei a uma conclusão: o português africano é fácil de entender, o de Portugal razoavelmente, mas o de São Miguel (Açores), impossível! Em sequência, peguei minha mochila e retornei ao aeroporto, para pegar a continuação do voo num turboélice da SATA para a ilha do Pico, com escala na ilha Terceira. Ao desembarcar, fui recepcionado pelo Terry Costa, diretor do Montanha Pico Festival, que me fez o convite para participar. Primeiro, me mostrou um pouco dos arredores, que são bem pouco desabitados, mas cheios de verde entre rochas vulcânicas. À noite, nos encontramos com os demais fotógrafos no Atlântico Teahouse, onde jantamos. Logo depois, visitamos a exposição onde estavam minhas fotos - foi bem bacana! Partimos enfim para uma expedição fotográfica noturna. Pena que o tempo não ajudou muito. Repousei numa casa separada para o evento, junto com Toma, um cineasta da Croácia, e Austeja, uma fotógrafa da Lituânia. Dia 16 Pela manhã, só dei uma volta a pé entre a paisagem protegida das parreiras cultivadas em currais vulcânicos, um Patrimônio da Humanidade. Almocei com Terry e Toma na Pastelaria Linu na cidade de Madalena, onde tive uma massa por 7 euros. À continuação, fomos em direção à Montanha do Pico, que estava coberta de nuvens e vento. Paramos na Casa da Montanha, onde eu apresentei a minha história ao público que participava do festival. Foi recompensador para mim, pois nunca havia dado uma palestra a um público internacional e grande. Após o chá com bolachas, o grupo percorreu uma trilha com o diretor do parque, que compartilhou seu conhecimento sobre a geologia da montanha. Passei no hipermercado SolMar de Madalena no retorno, onde comprei os cafés da manhã e jantares dos dias seguintes. Comi vendo TV e depois fui dormir. Dia 17 De manhã, fui com o Terry até Madalena, o maior povoado da ilha, para uma entrevista na Rádio Pico, a primeira de minha vida! Depois, comprei as passagens de barca para Faial, a 3,6 euros cada trecho. Fiquei passeando e fotografando os arredores até a hora do almoço. Esse foi no snack-bar Duas Maravilhas, um prato feito de 6 euros. Prossegui na orla em direção à Candelária, onde estava hospedado. Na altura de Criação Velho, fiquei surpreso com a paisagem das vinhas entre labirinto de rochas, combinada com um moinho e com a montanha que finalmente se revelava. Esse é um Patrimônio da Humanidade. Cheguei à casa já no final da tarde. Jantei e fiquei vendo TV. Enquanto isso, meus estranhos colegas de casa faziam um ritual espiritual com cacau. Dia 18 Peguei o ônibus da manhã (único) até Madalena (1,10 euros - tarifa varia de acordo com a distância), onde tomei a balsa das 8:15 h para Faial. Travessia confortável de meia hora até a cidade de Horta. Na chegada, fui recebido com um arco-íris. O maior centro urbano de Faial é pequeno. Suas edificações baixas e coloridas são lindas. Além disso, já igrejas e um verde profundo nos campos atrás. Pedi um sandes (sanduíche) de atum (1,45 euros) num dos vários cafés, antes de prosseguir para a praia de Porto Pim. De areia mais clara que a típica vulcânica, ali ficava um forte, uma estação baleeira e os cabos submarinos de telecomunicação entre Europa e América. Em um dos raros ônibus para fora de Horta, fui levado até a entrada do Vulcão dos Capelinhos, por 2,55 euros. Paguei outros 10 euros pelo ingresso no centro de interpretação. Esse local faz parte do geoparque dos Açores e possui uma história interessante, além da paisagem surreal. Até 1957, não havia nada além do farol que ali se encontra. Então, eis que surgiu no meio do mar um vulcão, que entrou em erupção continuamente por 13 meses, adicionando um bom pedaço de terra à ilha e provocando a emigração de quase metade dos seus habitantes. No meio da tarde, precisei voltar. Só que isso foi uma tarefa bem ingrata: sem autocarro (ônibus), fiquei mais de uma hora caminhando em direção à longínqua Horta até conseguir uma boleia que me deixou no aeroporto. De lá, peguei um táxi por 10 euros até a estação de balsa. Se não fizesse isso, ia acabar a perdendo… Preparei minhas coisas pro dia seguinte e fui dormir bem cedo. Dia 19 Às 6 e 45 já estava de pé. Logo depois, peguei uma carona com um dos funcionários da Casa da Montanha, para ir até lá. Tive que pagar 20 euros de ingresso. Assim que o relógio bateu 8 e meia, iniciei a subida, sob frio e nuvens. Fui tirando as camadas conforme ascendia pelo fluxo de lava entre a vegetação verde arbustiva. Passei por uma das furnas, cones vulcânicos secundários. Horas depois, surgiu o sol. Continuei progredindo tranquilamente, ainda que o trajeto fosse íngreme. Sobre a camada de nuvens e encarando um vento considerável, cheguei à grandiosa cratera principal. Dali até o topo, chamado Piquinho, foi escalada com as mãos. Quatro horas depois de começar, cheguei ao ponto mais alto de Portugal, com 2351 m. A descida, por sua vez, levou pouco mais de 1 hora e meia. Só que meus tênis abriram um rasgo em ambas as solas. Com sorte, logo chegou uma dupla que me deu carona até Madalena. Lá fiquei à espera do ônibus para casa. À noite, tomei um vinho português e fiquei conversando com a colega. Dia 20 Peguei uma carona até Cachorro (nomeado devido a uma formação rochosa em tal formato). De lá, continuei pelo litoral norte até Lajido, onde há um grande escorrimento de lava do tipo pahoehoe. Nesse povoado também fica a Casa dos Vulcões e o Centro de interpretação da paisagem da cultura da vinha da Ilha do Pico. Comprei o ingresso combinado de 8 euros, visitando primeiro o museu interativo que trata da geologia. Há até mesmo um simulador de terremoto. Como no inverno ambos museus fecham para almoço, tive que ficar aguardando até o segundo centro abrir. E não havia um estabelecimento sequer aberto em menos de 2 km para que eu pudesse comer. No estabelecimento seguinte, li sobre o processo de produção e da designação da área como patrimônio, além de provar um vinho licoroso da ilha. Após a visita curta, caminhei até o aeroporto, onde comi um salgado e peguei o ônibus para Madalena (0,95 euros). Lá, visitei mais um museu, o do vinho. Como o sistema estava fora do ar, pude ver de graça. Embora algumas informações fossem repetidas, em relação ao museu anterior, esse é mais completo - só não há a degustação. E pra completar, há um bosque de dragoeiros, árvore endêmica da Macaronésia. Esperei o Terry, que levou eu e Toma para jantar num lugar meio chique em São Roque - ainda bem que ele pagou, pois o jantar de polvo e etc que eu pedi na Casa Âncora custou 20 e muitos euros. Dia 21 Fiz uma boquinha tranquilamente, indo em seguida à Galeria Costa, terreno onde ficam as obras de arte dos participantes do festival, em meio a jardins. Minha missão era a de fotografar de formas inusitadas. Missão cumprida, voltei à casa, preparei o almoço e aguardei a carona pro aeroporto. Voltei a Ponta Delgada com a SATA. Apenas passaria a noite lá. Dessa vez escolhi o albergue Azores Dreams, mais próximo, ao custo de 15 euros, incluso café da manhã. Dia 22 A continuação do voo foi de manhã cedo para Funchal, na ilha da Madeira (os dois voos juntos custaram só 38,7 euros). Retirei o carro da empresa Surprice, que saiu de graça pra mim, reservando com pontos na EasyRentCars. As primeiras coisas notadas ao chegar são a quantidade de turistas estrangeiros, bem maior que Açores, e o número grande de túneis. Através de alguns desses, cheguei na Ponta de São Lourenço. Essa é uma área protegida onde fica uma trilha popular, donde se vê uma península rica em formações geológicas, e de vegetação diversa do resto da ilha. Passei 2 horas e meia caminhando ali. Na saída, peguei um sanduba (3 euros) num dos furgões, e parti pro interior da Madeira. Em meio à floresta Laurissilva, Patrimônio da Humanidade, subi até outra trilha: vereda dos balcões. Essa é bem fácil; leva até um mirante de onde se vê as florestas, os penhascos, algumas vilas e aves (só vi tentilhões e bis-bis). Já escurecia, então segui a Santana. Primeiro, comprei uns produtos típicos da Madeira no hipermercado Continente: vinho e bolo de mel de cana. Continuando, vi as casas típicas de colmo. Depois, tive certa dificuldade em achar um lugar pra jantar. Acabei tendo pizza (8,5 euros pela média) no estabelecimento Malta Gira. Para me hospedar, fiquei com uma casinha joia alugada pelo AirBnb, em Santana mesmo, por 107,5 reais. Dia 23 Tomei meu iogurte com granola e piquei a mula. Primeira parada foi morro acima, no Parque Florestal de Queimadas, onde fazia 7 graus de temperatura. Visitei a casa típica de Santana mobiliada. Depois, caminhei um pouco nessa floresta Laurissilva, de verde infinitivo e água. O problema é que minhas meias ficaram encharcadas, graças aos buracos nos tênis. Em seguida, parada rápida nas ruínas de São Jorge (em reparos) e no miradouro da Vigia. Mesmo eu tendo comida no carro, precisava de alguma proteína salgada, então comi um tipo de sanduíche típico chamado "prego especial no bolo do caco", no Bar e restaurante Arco, por 4 euros. Vista pro mar. Continuei a contornar a ilha. Parada seguinte no miradouro Véu da Noiva - cascatas. Mais além, em Ribeira da Janela e em Porto Moniz. Esse último vilarejo possui uma orla turística, baseada em piscinas naturais. Cheguei a tempo de curtir o pôr do sol na Ponta do Pargo, o ponto mais a oeste da Madeira, onde fica um farol e minha hospedagem. Jantei no restaurante próprio, onde tive a sorte de ser servido por um chef e um garçom brasileiros, que me fizeram uma baita feijoada com caipirinha por 7 euros. Dormi no quarto privado do residencial, por 77 reais. Dia 24 Não sabia que havia café da manhã, então acabei comendo o que eu havia comprado. Mesmo assim, os solícitos brasileiros me prepararam um rango pra levar, que eu acabei comendo à noite. Ao sair, tentei ver algo no mirante da Garganta do Diabo, mas havia apenas um filete de água. Sendo assim, segui em direção a Funchal. Fiz uma parada antes, em dois mirantes: Cabo Girão e Pico dos Barcelos. Em sequência, comprei uns artigos necessários, como os tênis, na Decathlon. Pra achar um lugar pra almoçar foi duro, pois às 15 h já não se servia mais. Por isso, acabei comprando num supermercado mesmo e comi no carro. Após, visitei o Jardim Botânico da Madeira (6 euros). Num declive, ficam jardins temáticos, alguns deles bem interessantes, como o das suculentas e o geométrico, além das plantas nativas da Madeira. Para o pôr do sol, me dirigi ao Cristo Rei, uma estátua a la Cristo Redentor, num mirante. Depois de lá, dei entrada na Quinta das Malvas, um casarão do século 19. Paguei 21,7 euros pela suíte privada, com café da manhã mas sem TV. Terminei meu vinho da Madeira, licoroso. Dia 25 Deixei o carro na hospedagem, pois seria incômodo guiar nas vielas do centro, além de caro pra estacionar. Assim, desci a ladeira a pé. Há um bocado de construções antigas, como igrejas, palácios e fortes, bem como praças e museus. Na orla, dois transatlânticos alemães despejavam um monte de turistas europeus. Visitei dois dos museus. Um deles é dedicado ao madeirense mais famoso: Cristiano Ronaldo. Por 5 euros, se vê uma sala recheada de troféus de um dos melhores jogadores do mundo. O outro museu chama-se Madeira Story Centre. De uma forma bem didática, conta sobre a história e cultura da região. Entre esses museus, almocei o prato do dia com atum na Petisqueira Atlantic (5,5 euros). Passeei aleatoriamente por umas horas, apreciando a parte histórica. Por fim, peguei um ônibus (1,95 euros) de volta à hospedagem. Preparei minhas coisas, abasteci e devolvi o carro no aeroporto, para então aguardar o voo pra Lisboa pela easyJet (46,5 euros). Ao desembarcar, fui de metrô (50 centavos cartão + 1,5 euros passagem) até a hospedagem Urban Garden Hostel, onde passei duas noites num quarto compartilhado com café por um total de 25 euros. Dia 26 Em seguida ao café da manhã meio fraco, andei até o museu de história natural e ciência. O ingresso combinado com o jardim botânico saiu por 6 euros. Achei divertida a parte interativa, sobretudo a seção de física. Já o jardim, esse não é tão interessante. Almocei no indiano Bengal Tandoori por 6,9 euros. A sobremesa foi na sorveteria Amorino (4 bolas por 4,7 euros), localizada no calçadão central da rua Augusta. Continuei a caminhar pelo centro histórico, cheio de turistas e edifícios interessantes. O que não gostei foi do fato de me tentarem vender drogas a todo momento. Terminei a caminhada com o sol se pondo na orla. Voltei ao albergue, onde esperei meu colega português Rodrigo, que levou a mim e sua namorada para jantar no restaurante A Obra. O prato de comida refinada com vinho saiu por 19 euros por pessoa. Ao menos, pudemos tomar a aguardente caseira à vontade. Continuamos a festa em duas baladas: a primeira, Crew Hassan, gratuita e cheio de estrangeiros, a segunda, Desterro, meio oculta e ao custo de 5 euros. Dia 27 Acordei tarde. Fui até a estação final Cais do Sodré, onde tomei o trem até Belém (3,2 euros das passagens + outro cartão). Lá visitei o Museu Nacional de arqueologia e o Mosteiro dos Jerônimos (12 euros pelos dois). O museu possuía 3 exibições: Egípcios, Lusitânia romana e tesouros portugueses. Quanto ao mosteiro, ele lhe dá acesso ao claustro, ao andar superior da igreja e a uma linha do tempo. Ao sair de lá, a chuva estava forte. Como os restaurantes mais em conta estavam já fechados, fiquei com o Cais de Belém. Escolhi uma entremeada no carvão por 6,8 euros. Com a tarde chegando ao fim e eu molhado e com dores na coluna desde o dia anterior, regressei. Peguei minha mochila e toquei pro aeroporto. Às 21 h, fui de Vueling até Barcelona, onde passei a noite no aeroporto. Dia 28 Sem dormir direito, de manhã fui de Norwegian até San Francisco, com conexão em Londres-Gatwick. O segundo voo foi de 10 horas e meia de duração, sem comida ou sequer água pra beber, já que era um voo de baixo custo. Ainda bem que levei. Tive aquela recepção nada amigável dos agentes de imigração, que me mandaram pra sala de interrogatório e me deram um chá de cadeira de quase 3 horas! Desgastado, peguei o trem (BART) até o centro de San Francisco, por 10,2 dólares. Se eu fosse usar mais esse transporte, valeria comprar um cartão Clipper (3 dólares), para usufruir de tarifas menores. Desci próximo à hospedagem Found Hotel, onde eu ficaria num quarto compartilhado por uns 125 reais a diária. Antes disso, porém, parei pra comer no Burger King (2 sanduíches por 6 dólares), o primeiro lugar aberto que vi. Parecia um manicômio aquilo… Dia 29 Comecei o dia me assustando com a quantidade de sem-tetos e gente maluca no centro de San Francisco. Não lembro de ter visto igual em outro país de primeiro mundo! Comprei rango num mercado e saí a caminhar ao redor dos prédios altos. Parei na loja de roupas baratas Dress for Less, onde adquiri alguns itens, como tênis por 10 dólares. Almocei num Subway (30 cm por 8,1 dólares). Depois embarquei num ônibus para a área da ponte Golden Gate (4,5 dólares). Já havia estado aqui em 2011, mas essa vista ainda me deixa de boca aberta. Passei o resto da tarde por lá, entre a neblina que surgia e sumia constantemente. Antes de partir, entrei na Sports Basement, uma loja enorme de artigos esportivos. Retornei ao centro caminhando. Primeiro passei pelas casas bacanas em frente à marina. Em seguida, jantei biryani de frango (10,8 dólares) no indiano Naan Curry. Saí de lá explodindo e soprando fogo. Voltei o resto do caminho tortuoso e fui dormir. Dia 30 O jetlag de 8 fusos bateu no meio da noite. Quando decidi sair da cama, conheci o centro cívico e depois peguei um ônibus até a Ocean Beach (3 dólares). No supermercado Safeway, comprei uma marmita por 7 dólares e comi na beira da praia, só que o vento estava desagradável. Assim, entrei de uma vez no Golden Gate Park. Esse parque municipal maior que o Central Park de NY é repleto de atrações esportivas e naturais. Passei muitas horas ali, caminhando e fotografando. Quando o final da tarde se aproximava, encontrei um casal de brasileiros, que me deram uma carona de volta. Fiquei no shopping Westfield Centre. Lá eu jantei frango teryaki (10,1 dólares) numa lanchonete chinesa, que tenta enganar com o nome Sarku Japan. Dia 31 De manhã, fui no ponto retirar as diversas encomendas que havia feito com a Amazon. Foi um parto trazer todas aquelas caixas de volta ao hotel, 1,5 km distante. Consegui fazer tudo caber em duas mochilas, a tempo do check-out. Almocei comida coreana no quiosque Sorabol, no shopping. Escolhi bulgogi com kimchi, miojo, arroz e brócolis (10,8 dólares). Depois, fiquei zanzando pelos bairros a nordeste até escurecer. Passei pela Chinatown, pela rua sinuosa Lombard e pelos píers da orla, todas essas atrações imperdíveis. Jantei no chinês Panda Express (11,8 dólares). Então, parti pro aeroporto. Dia 32 De madrugada, peguei o primeiro vôo do dia, pela Avianca, até San Salvador (El Salvador). Que bom que tive a fileira inteira livre pra mim, então pude dormir. O segundo foi para Lima (Peru), enquanto que o terceiro chegou em Guarulhos na manhã seguinte, para então retornar a Floripa. Fim! Curtiu o relato resumido? Então confere o completo desses e mais de outros 100 países em meu blog de viagem Rediscovering the World
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Como esse destino se popularizou entre os brasileiros e ficou mais acessível ($) acho que algumas informações com base na minha experiência de viagem podem auxiliar, principalmente, quem não está acostumado com viagens internacionais. Vou então tentar detalhar um pouco os procedimentos de imigração também. Antes de ir fiz umas pesquisas e tive que acessar vários blogs e sites para definir o roteiro, saber quanto e qual moeda levar, etc. Algumas informações estavam bem desatualizadas, principalmente, quanto aos valores dos aluguéis de veículos. Ah, uma coisa importante é entrar em contato com seu banco para solicitar autorização do uso do cartão internacional no período da viagem, além de consultar como estão as taxas para saque e compras no exterior para evitar surpresas. Com passagens e hospedagem não me preocupei porque comprei com a Agência Aventureiros de Nova Iguaçu. O pacote foi para o período de 03 a 08/06/2017 com hospedagem na Hosteria Mar y Sol. Ficou em US$ 902,55 = R$ 2.960,35 para duas pessoas (passagem, traslado e hospedagem com café da manhã). O hotel é afastado do Centro, uns 35 minutos de carro, isso foi ruim (se for possível, sugiro ficar no Centro), mas era bonito, a cinco minutos da praia Los Chaquitos e tinha traslado gratuito com ida para o Centro de manhã e retorno no final da tarde. A comida também era bem gostosa. O voo do Rio de Janeiro a San Andrés durou cerca de 8h20, com conexão em Bogotá (vale lembrar que não precisou de passaporte, mas se a conexão fosse no Panamá precisaria). Bastou levar RG com menos de 10 anos de emissão e certificado internacional de vacina contra febre amarela (foi uma exigência quando viajei, precisava estar vacinado há pelo menos 15 dias, então é bom sempre verificar com antecedência). No avião você recebe um formulário para declarar alguns itens da bagagem e a quantidade de dinheiro que está levando (foto abaixo). Posteriormente você entrega esse formulário preenchido quando desembarca e também preenche uma “tarjeta de migración”, com nome, sobrenome, identidade e data de nascimento. Essa tarjeta é solicitada novamente no retorno, então tem que guardar com cuidado. Já no portão de embarque vendem a “tarjeta de turismo” exigida no desembarque em San Andres. Custou 105.000 pesos por pessoa, pode ser pago com cartão, em dólar ou em peso colombiano. Na saída da ilha também solicitam essa tarjeta, então também guarde com cuidado. Bom saber que em comparação com o horário de Brasília o fuso horário tem diferença de 2h. Em San Andres é mais cedo. Com relação à quanto e que moeda levar, sugiro levar dólares do Brasil e trocar por pesos colombianos no aeroporto de Bogotá – tem várias casas de câmbio no aeroporto, então vale uma pesquisa antes para comparar os preços, eram bem diferentes de uma casa para outra. Comprei na que tem logo quando você passa para área de embarque, Alcansa S.A., saiu a U$1 = 2.700 pesos. Outra dica é levar ou comprar snorkels (cerca de 20.000 pesos) e os sapatinhos flexíveis que se usa muito lá para entrar no mar (de 12.000 a 15.000 pesos). Nas lojinhas do Centro é fácil encontrar. É bom comprar uns lanches no mercado para os passeios, tem praias que não possuem muita infraestrutura. Também sugiro levar uma bolsa impermeável ou com material plástico, para usar nos passeios de lancha e fazer as travessias pelo mar, isso vai proteger melhor seus pertences. Quanta às reservas de passeio, na recepção do hotel que fiquei era possível reservar, exceto o voo de parasail. Os preços não variam muito na ilha, mas sempre dá para negociar e conseguir um desconto. Caso seu hotel não reserve, sugiro a lojinha Sun Island, na Av. Colombia Frente Hotel Tres Casitas – contatos: (57) 312 232 5050 / 318 759 3375 / 317 751 2212 (whatsapp) / e-mail: sunislandtourssanandres@gmail.com - lá que reservamos o voo de parasail e os funcionários são muito simpáticos. Agora, vamos ao roteiro. DIA 01 (SÁBADO) Chegada na ilha por volta de 17h20. Do aeroporto ao hotel que fiquei o táxi custou 35.000 pesos, mas tem hotéis no Centro que dá para ir andando do aeroporto. Chegamos no Hotel por volta de 18h, guardamos as coisas e pedimos um táxi para ir ao Centro. Custou 30.000 pesos a ida e 40.000 a volta. Essa era a média do preço cobrado pelo taxistas no trajeto hotel-centro-hotel. Por isso, achamos melhor alugar um transporte. Na ilha é comum o uso de motos, carrinhos de golfe e mules (um carrinho mais potente que o de golfe), os preços eram em média, 60.000, 120.000 e 160.000, respectivamente, para o aluguel das 8 às 18h. Lá as leis de trânsito ficam um pouco de lado, só vi policiais usando capacete e quando você aluga eles não te dão nenhum. Também é feita vista grossa se sua habilitação é pra moto ou carro. Então, dificilmente, alguém terá problema para alugar se quiser. Não vi acidentes, nem blitz, mas há muitos policiais circulando na ilha. Optamos por alugar uma moto no dia seguinte. Visitamos algumas lojinhas no Centro e compramos os sapatos flexíveis, snorkels, lanches. Achei as coisas baratas para um lugar turístico. A ideia inicial era irmos no Coco Loco, única boate da ilha. Mas ficamos muito cansados e só demos uma volta no Centro, que estava bem movimentado, com várias opções de bares e restaurantes. Paramos no Bocca de Oro – Av. New Ball, em frente a praça - que estava tendo reggae ao vivo, tem todas sextas e sábados. Comemos crema de lagosta, que é tipo um caldinho, e um prato chamado Trilogia Del Sabor, que vem com carnes vermelha, de frango e de porco na chapa acompanhadas de arroz de coco e legumes refogados. Tava bom, amei o arroz de coco, o mais gostoso que comi foi nesse restaurante. Bebemos umas Coronas e água. A conta deu cerca de 110.000 pesos. Para quem prefere não jantar, tem várias opções de lanches na ilha, sanduíches e cevicherias, que também sai mais em conta. As principais cervejas além da Corona, que é em média 8.000 pesos, são a Club Colômbia, no mesmo valor ou um pouco menos, e a Aguila, que varia de 4 a 5.000 pesos. Então não é caro se embebedar na ilha.rsrs DIA 02 (DOMINGO) Tomamos café no hotel e pegamos a van do hotel para o Centro às 8h30 para alugarmos a moto. Conseguimos por 140.000 pesos, pegando as 10h e entregando as 18h do dia seguinte. Reservamos o dia para dar uma volta na ilha. Paramos primeiro na praia Cocoplum de onde você pode ir andando até a ilhota Rocky Cay. A entrada é gratuita, mas o estacionamento foi 5.000 pesos. É possível levar alguns pertences da praia até a ilha se você não for muito baixinho(a), a água fica no máximo até o peito, pelo menos no horário que eu fui, por volta de 10h30, mas tem armários que podem ser alugados no restaurante a 5.000 pesos. Fomos andando com a bolsa até a ilha e lá ficamos mergulhando com snorkels por um tempo, comparado aos outros lugares, não tinha tantos peixes, mas foi bem legal o primeiro contato com o famoso mar de 7 cores de San Andres. Voltamos depois de 1h e pedimos um petisco de frutos do mar e algumas cervejas no bar da praia. Deu cerca de 75.000 pesos. Depois seguimos até San Luis que tem diversos trechos de praia, paramos em uma que água estava bem clarinha e tranquila. A infraestrutura nas praias de San Luis é menor e nem sempre os quiosques estão abertos, alguns servem apenas drinks e cervejas. Em seguida, fomos ao West View. A entrada foi 4.000 pesos para cada um e lá é possível mergulhar num mar azul lindo e com muitos peixes. Na entrada você ganha uns pães para os peixes ficarem próximos, mas nem precisa. Tem um toboágua e um trampolim para a piscina natural, mas o acesso também pode ser por uma escada. Oferecem mergulho com cilindro e outros serviços no local. Lá que experimentei o drink famoso da ilha, o Cocoloco, que é um monte de cachaça, vodka e outras coisas que resultam numa bebida vermelha docinha. Os drinks custam entre 10 e 18.000 pesos, dependendo do lugar e do sabor. Depois fomos rapidamente ao Hoyo Soplador, paramos em uma parte que o atendimento era ruim e não foi dessa vez que conhecemos bem o lugar, só tiramos umas fotos da vista para o mar e saímos meio sem entender porque pagava para entrar. Pagamos 5.000 pesos pelo estacionamento, mas se tivéssemos consumido os drinks do local, não precisaria ter pagado. Aproveitamos o final da tarde para dar uma volta no Centro e ver uma lojas do Free Shop da ilha, algumas coisas estavam mais em conta que nos Free Shops do aeroporto de Bogotá e do Brasil, principalmente, eletrônicos, já outras estavam no mesmo preço. Vale visitar várias lojas antes de comprar porque os preços variam um pouco. Pode-se pagar em dólar, peso ou cartão na maioria das lojas. Fomos para o hotel e saímos a noite para jantar no Centro. Fomos no restaurante Café Café que fica bem movimentado, tinha até fila. Mas demos uma volta e logo a fila já havia acabado. O cardápio tem várias opções, mas as massas tinham sido recomendadas por algumas pessoas então comemos uns croquetes de peixe e o macarrão com camarão e com lula. Os pratos são individuais. Também experimentei lá a famosa Limonada de Coco, bebida maravilhosa e refrescante, sem álcool. Viciante! A conta deu cerca de 110.000 pesos. Valeu à pena. Tudo uma delícia. Recomendo. DIA 03 (SEGUNDA) Tomamos café e fomos ao centro reservar o jantar no La Regatta, um restaurante super famoso da ilha. É fundamental fazer a reserva porque ele realmente lota. Reservamos para a noite seguinte. É necessário ser pontual. Depois fomos até a loja Sun Island e reservamos o voo de parasail, que saiu a 150.000 pesos para cada um. Queríamos agendar para as 12 ou 14h porque falaram que era o melhor horário, mas só conseguimos para 16h. Então fomos conhecer a La Piscinita antes do voo. Na La Piscina há uma piscina natural nos mesmos moldes que no West View, mas estava com menos pessoas e o restaurante não vende bebidas alcoólicas. Lá também havia muitos peixes e o pão foi desnecessário de novo, levei até uma mordida no dedo, mas não foi nada demais, só um arranhão ardido (kkkkk). Em seguida, voltamos para o Centro. No caminho paramos num restaurante simples e dois pratos individuais, cervejas e refrigerante saiu por 30.000 pesos. Antes da refeição ainda serviram uma sopa de legumes, o que é comum por lá, apesar do calor de quase 40 graus. Suei horrores e descobri que pechuga não é costela, e sim peito de frango. Falha na comunicação... (é bom treinar palavras básicas em espanhol antes de ir, não é tão parecido com o português como a gente pensa! kkkk) Depois de almoçar paramos um pouco na praia Sprat Bright, no Centro, que é bem movimentada, mergulhamos um pouco, não tinha muitos peixes, e seguimos para o local de saída do passeio. O lado positivo do horário das 16h é que o barco foi vazio, só a gente e mais um casal. Pode ter até 16 pessoas e o voo é sempre feito em dupla. Você deve informar a diferença de peso com relação a seu acompanhante, eles te colocam no equipamento, você senta no fundo do barco, eles aceleram e você voa sem muitos problemas. O passeio é fantástico, visual lindo demais e você ainda pode se molhar no mar durante os míseros 10 minutos que duram o voo. Ao final, eles te puxam de volta para o barco e você aterrissa em pé. Achei o preço salgado e o tempo curto, mas sem dúvida, foi o passeio que nos proporcionou a vista mais incrível do mar e suas diversas tonalidades de azul e verde. Amei e recomendo! Depois fomos devolver a moto e pegamos a van para o hotel na Praça do Centro (foto) às 18h30. Jantamos no hotel mesmo (bem bom!) e tiramos a noite para descansar. Reservamos o passeio para o Acuario no dia seguinte. DIA 04 (TERÇA) – 06/06/17 Tomamos café e às 8h30 saímos para o Acuario. Foi 20.000 pesos para cada e na hora cobram mais 5.000 pesos de entrada. A van nos levou ao local de embarque, pegamos um barco que nos levou até a ilha em uns 10 minutos. Chegando lá, há duas ilhotas, uma conhecida como Acuario, porque é mesmo um aquário natural, com muitos peixes de diferentes espécies, e a outra, Haynes Cay, que você atravessa caminhando pelo mar, e lá há vários restaurantes. Acabou que ficamos só no Acuario e só vimos a Haynes Cay de longe, foi um ato falho porque entendemos que tínhamos que ter comprado ingresso para ir nela também, mas foi só um mal entendido (falha na comunicação de novo!kkkk). Há armários para guardar as suas coisas enquanto mergulha, mas deixamos no chão atrás de um quiosque como muitos estavam fazendo e foi tranquilo. Para atravessar também é possível levar suas coisas na mão, então o armário é opcional, o aluguel estava 8.000 pesos. Serviam almoço nos quiosques, mas compramos só cervejas e comemos os biscoitos que tínhamos levado, então nem tenho noção dos preços. Retornamos por volta de 15h30, apesar deles terem avisado que nos pegariam as 13h. Então não confiem nos horários, essas idas e voltas são bem desorganizadas lá. Optamos por alugar a moto das 16h desse dia até as 8h30 do dia seguinte, para irmos em outra praia de San Luis e jantarmos no La Regatta. Então fomos no mesmo lugar que reservamos o voo e fizeram o aluguel por 80.000 pesos nesse período. Depois que curtimos a praia de San Luis de novo (dessa vez fomos na parte que tem um bar do Bob Marley com as cores do reggae, mas estava fechado), passamos novamente no Hoyo Soplador. Dessa vez foi bem legal e entendemos o nome do lugar. Realmente tem um olho soprador na pedra (rs). Com as ondas um buraco na pedra sopra um vento forte, é bem divertido, sua roupa voa e as vezes sai até água, tem que ter cuidado. Em seguida, voltamos para o hotel, reservamos o passeio para Ilha de Johnny Cay para o dia seguinte e nos arrumamos para ir ao La Regatta. O lugar é simples, mas tem uma ornamentação fofa e o pessoal vai mais arrumadinho, algumas mesas ficam no deck, e ficamos numa dessas. Tem luz de velas e o cardápio é uma tortura com tantas opções que parecem deliciosas. Escolhi o risoto de camarão e meu marido um peixe com purê. Os pratos são muito bem arrumados, de comer com os olhos, e bem servidos apesar de não parecer nas fotos. Bebemos cervejas e pedi outra limonada de coco (divina!). A conta deu uns 144.000 pesos. Achei que valeu muito a pena e me arrependi de não ter deixado outro espaço no roteiro para comer lá de novo. DIA 05 (QUARTA) Tomamos café, fomos entregar a moto e seguimos para o passeio à Ilha de Johnny Cay. Foi o mesmo valor do passeio ao Acuario e Haynes Cay, 20.000 pesos. E também é necessário pagar a entrada de 5.000 pesos antes de embarcar. É possível fazer esses dois passeios no mesmo dia por 35.000 pesos, mas me indicaram fazer separado porque ficava muito corrido, então se tiver menos dias ou quiser incluir outros passeios pode juntar. Essa ilha tem alguns restaurantes, passeio de banana a 10.000 pesos (uma volta bem rapidinha) e a água é mais agitada e com menos peixes, comparado aos outros lugares que fomos. O aluguel de tenda e espreguiçadeiras foi 35.000 pesos, e havia cadeiras e guarda-sol a 25.000, mas já estavam ocupadas. Depois vimos que vai fazendo sombra na areia em alguns pontos, então se quiser economizar é só jogar a canga e ser feliz. O almoço custou 25.000 pesos para cada e tinha algumas opções. Escolhemos robalo sem espinha com arroz de coco e bananas fritas. Bom. Voltamos da ilha por volta das 15h30 novamente, compramos algumas lembrancinhas e ficamos na Sprat Bright de novo até dar o horário da van que nos leva para o hotel. Recomendo o sorvete do quiosque no início da praia (lado próximo ao Cafe Cafe), é bem gostoso e tem sabores exóticos. Reservamos o jantar no hotel de novo para descansarmos e arrumarmos as malas. DIA 06 (QUINTA) Tomamos café e a ideia era ficarmos na piscina, mas colocaram produtos de limpeza e ficou interditada. Decidimos então caminhar até a praia mais próxima do hotel. Foram cerca de 10 minutos e chegamos na praia Los Chaquitos. A areia estava bem suja, andamos mais um pouco em direção a um quiosque e melhorou. Tinha vários peixinhos e a água era azul bem clarinho. Tomei um Coco Fresa, drink com vodka, um pouco parecido com o Coco Loco, achei mais gostoso, e voltamos para o hotel, pois o check out era as 13h. Almoçamos no hotel. O táxi chegou para nos levar ao aeroporto as 15h, nosso voo era 17h55. Despachamos as malas e fomos andar mais um pouco na orla da Sprat Bright, paramos num restaurante para beber umas cervejas, limonada de coco e beliscamos um camarão com arroz de coco. A gente tinha acabado de almoçar, mas era clima de despedida de todos esses sabores (saudade!). Voltamos para o aeroporto e depois de ficarmos mofando sem entender nada, como todos os outros passageiros, nos informaram que nosso voo ia atrasar e perderíamos o voo de Bogotá para o Rio de Janeiro. Só tinha outro voo para o Rio às 22h18 do dia seguinte, ou seja, tivemos que dormir uma noite em Bogotá. A Avianca se responsabilizou pela hospedagem, traslado ao hotel e alimentação nesse período. Falam que isso costuma acontecer com certa frequência então é bom não ter compromissos próximos à data de retorno. DIA 07 (SEXTA-FEIRA) – BOGOTÁ Tomamos café no hotel e apesar de alguns transtornos e compromissos ameaçados, aproveitamos para visitar uns pontos turísticos em Bogotá. Pedimos um UBER (o app que usamos no Brasil funcionou normalmente) do Hotel Movich Buró 26 para La Candelaria, deu cerca de U$4,52 no cartão, a cotação do dólar estava R$3,44 nesse período, então ficou por uns R$15. O motorista era muito atencioso e foi nos falando da cidade e de alguns museus, nos orientou a tomar cuidado e pedir informação apenas para policiais, pois a cidade andava violenta (logo eu? carioca kkkk). Acabamos soltando próximo ao Museu del Oro, o ingresso estava 4.000 pesos, não entramos, fomos apenas numa galeria de artesanatos que tem em frente. Decidimos ir andando até a Plaza de Bolívar, onde ficam a Catedral Primada de Colombia, Palacio de Justicia e o Congresso de La Republica. Achei estranho o povo brincando com os pombos na praça (tem muitos!!), vendem até milho para os turistas atraírem os bichinhos e tirarem fotos com eles nos corpos (de onde eu vim pombo é rato com asa kkkk). Próximo, ficam vários cafés e lojas. Fomos andando até o Museo Botero e a Casa da Moeda de Bogotá, uns 5 minutos da praça e a entrada foi gratuita. Bem legal lá e tem um jardim fofo também. Tínhamos almoço no hotel às 16h30 e decidimos voltar quando era umas 15h, mas foi bem na hora de um dilúvio, que só serviu para complicar nossa vida. Não consegui pedir o UBER sem internet, porque as zonas de WiFi ficavam na chuva e tivemos que pegar um táxi, o motorista falava enrolado e disse que sabia onde era o hotel mas estava tendo uma manifestação de professores e estava tudo engarrafado, ele nos deixou num lugar que não conhecíamos a umas 20 quadras do hotel e tivemos que ir andando porque o trânsito estava interrompido. Foi bem estressante, mas chegamos bem, almoçamos, descansamos e seguimos para casa. Bogotá tem seu charme, valeu o pequeno tour e os artesanatos que comprei (lindooos!). Então foi isso, pessoal! Espero ter contribuído. Mais roteiros e dicas no Instagram @viajagora e na minha página do facebook: Sobre Lugares e Destinos (@sobrelugaresedestinos)
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Ilha de Boipeba – Moreré. ▪ Como Chegar? Olá viajantes, tudo bem? O destino que vamos compartilhar com vocês fica situado na ilha de Boipeba conhecido como vilarejo de Moreré. A ilha margeia a região conhecida na Bahia como costa do dendê e é ponto turístico famoso, na ilha vizinha (Tinharé) é onde fica a conhecida e plural Morro de São Paulo. Com infraestrutura mais simples, Moreré se torna uma ótima opção para os viajantes que fogem dos altos preços cobrados em morro de São Paulo, e, no quesito beleza não deixa nada a desejar. Aliás, muitos passeios que partem de Morro de São Paulo como o passeio de volta a ilha, param nas piscinas naturais de Moreré, um verdadeiro paraíso a parte, como também na foz do Rio do Inferno onde fica o vilarejo conhecido como velha Boipeba. Não se assuste com o nome, de inferno lá não tem nada! Partindo do aeroporto internacional de Salvador, são 24 quilômetros até o terminal marítimo do Ferry Boat, onde o viajante atravessará de balsa até o terminal de Bom Despacho na Ilha de Itaparica. O visual da Baía de todos os santos é lindo e merece pausa para apreciar as belezas da maior Baía do país com seus 1233 Km². • Lancha Rápida para Boipeba. Para a ilha de Boipeba partem lanchas rápidas de outros três terminais marítimos: Valença, Graciosa e Torrinha. O viajante deve optar pelo destino que melhor lhe convier. Partindo do terminal de Bom Despacho até a cidade de Valença são 109 quilômetros de estrada boa e rodando mais 14 quilômetros chega-se ao porto de graciosa. Para ilustrar melhor, o preço da lancha rápida de Valença a Boipeba custa em torno de 42 Reais, já de graciosa R$35 e de Torrinha, onde a viagem de carro é mais longa, custa R$25. Nesta viagem optamos por Graciosa, onde o preço do estacionamento para moto foi mais módico e custou R$10 por dia. Recomendo o estacionamento do Nil logo na entrada da vila após a ponte e ao lado do porto. Aqui vamos dar uma dica crucial para não estragar sua viagem! Certifique-se do horário da sua chegada ao porto, em Graciosa! A última lancha para Boipeba parte às 17h00min e, não sabíamos disso, chegamos às 17h30min, fazendo com que perdêssemos a última lancha. Por sorte ou azar, um morador da Ilha que estava aguardando a filha que chegaria de viagem nos cobrou o mesmo valor da tarifa e nos deixou em Boipeba com sua lancha. Não sei ao certo se seria melhor ter esperado e dormido a noite em um hotel ali perto mesmo. As lanchas rápidas não tem farol à noite, e, pasmem(!), muitos barcos fazem a travessia a noite também sem farol. No percurso de ida quase batemos a lancha duas vezes com outras embarcações totalmente apagadas, o que seria um desastre, sem contar o fato de que o marinheiro poderia não ser experiente e se perder entre os manguezais que conduzem as ilhas. • Desembarcando na Ilha. Chegando a velha Boipeba, a vila é um charme só, construções simples com gente acolhedora, movimentada a noite, entretanto, ainda nos restava mais um período de trator ou quadriciclo até Moreré. Como já conhecíamos a velha Boipeba, partimos para o ponto de partida do trator, uma caminhada de 15 minutos onde o viajante toma informações com os moradores até chegar lá. O trator cobra R$10 por pessoa e tem que esperar o mínimo de 6 passageiros, o quadriciclo a tarifa é R$20 por pessoa, partindo quando o viajante quiser. Chegando a Moreré fomos à pousada Aldeia de Moreré do Fernando, pousada que adota a construção simples indígena Pataxó nos seus chalés com um toque de conforto com banheiros com água quente. Os chalés são construções de taipa aliando simplicidade e conforto, além do chuveiro quente se pode contar com frigobar, varanda com rede e uma ducha fria na área externa, muito útil quando se retorna da praia. Logo na chegada, à noite, podemos ver que o local oferecia sossego e tranquilidade, nada de som veicular dando um toque rústico ao local. Fomos direto para pousada, estávamos cansados da viagem e dos sustos na vinda com a lancha. Quando amanheceu, vimos o quanto era celestial aquele lugar, os chalés dentro da propriedade do Fernando, eram totalmente conectados com a natureza. Acordamos ao som de um casal de pica-paus que faziam a primeira refeição matinal. Tudo na propriedade preserva a natureza e nos faz conectar com ela, afinal não tinha outro jeito, o sinal de WI FI é ruim, só fica legal nas proximidades da construção principal, mas diante daquela natureza que nos rodeava realmente isso ficou em segundo plano, na verdade foi até bom para desintoxicar um pouco da vida urbana e dos problemas do dia a dia. • Onde comer? Como a pousada não oferecia café da manhã, fizemos uma busca no vilarejo até encontrar um local chamado de “lá tem pão”, lá tem pão caseiro e um delicioso café com ovos mexidos a moda da casa! O pão é artesanal feito no próprio estabelecimento combinado com uma geleia também produzida por eles de manga com gengibre - tudo preparado com um toque muito especial, o café foi uma surpresa bastante positiva! Uma das impressões que sentimos é que de fato o local precisa melhorar um pouco para atender as demandas do turista. Não sei se o fato de termos ido no período em que não é alta estação influenciou, mas tivemos dificuldade de encontrar um local que servisse um café da manhã continental, só havia dois ou três lugares que serviam café da manhã, por sorte no “lá tem pão” tinha pão bom! • O que fazer? Após o café da manhã fomos explorar a praia (aqui tenho que me empolgar um pouco mais, que lugar edênico!). A praia da vila é simplesmente paradisíaca, quando chegamos no período da manhã o tempo estava fechado, mas lindo para fazer fotos e capturar a beleza do lugar de forma diferente da habitual. Ao lado direito, o viajante pode contar com um pequeno mangue repleto de vida marinha preservada. Por esse lado também nos leva para praia de Bainema, outro espetáculo. Ao lado esquerdo contamos com as praias de Cueira, Tassimirim e depois a velha Boipeba. O viajante pode fazer esse percurso caminhando e conhecendo as maravilhas do lugar e chegando a boipeba pegar o trator de volta para Moreré, não fizemos esse passeio, mas nos informaram que devagar dura cerca de duas horas caminhando e apreciando as paisagens. Como estávamos à espera de outro casal que chegaria neste dia, resolvemos não fazer nenhum passeio contratado, apenas conhecer o local. Aproveitamos para experimentar o bolinho de polvo e lagosta com Aipim, especiaria da região, delicioso. Após o petisco, voltamos a parte próxima do manguezal e ficamos apreciando o local, a natureza é realmente preservada. Um garoto de seus 14 anos nos abordou na praia se oferecendo para ser nosso guia, falou das belezas do local e ainda teceu críticas sobre a construção de um resort na região e que isso acabaria com a preservação do lugar. Cobrou-nos então módicos 60 reais por pessoa para nos guiar para Bainema e praia de ponta de Castelhanos, sabido todo! O passeio que nos levaria de barco no dia seguinte, abrangendo as piscinas naturais de Moreré, Bainema, Ponta de Castelhanos e Cova da onça com retorno por dentro do manguezal custou R$90,00, logo, não compensava o passeio guiado pelo prestativo garoto, mesmo assim agradecemos a gentileza e nos despedimos. • Lagosta na Manteiga para almoço. Aproveitamos mais um pouco a praia do vilarejo e fomos andando no sentido da praia de Cueira. Com o adiantar da hora resolvemos almoçar em umas barracas que ficavam antes da citada praia. Lá apreciamos a famosa Lagosta na manteiga com legumes. Em verdade, a lagosta já é muito saborosa, independente do acompanhamento, mas, neste caso, sentimos um gosto forte de abacaxi e que acabou por mascarar o sabor da lagosta. Depois perguntamos o porquê do gosto e o pessoal do restaurante informou que o abacaxi é utilizado para amolecer o crustáceo, o que acabou por retirar um pouco do sabor prevalecendo o gosto do abacaxi. Se tivesse que dar nota na escala de 0 a 10, eles ficariam com um 7. • Amigos são sempre bem vindos. Por volta das 14h00min resolvemos retornar para a pousada e encontrar o casal de amigos que provavelmente já teria chegado. Em Moreré não há sinal de telefone - eis o motivo de não saber se já haviam chegado. Na pousada Fernando nos informaram que o casal não havia chegado, aproveitei para tomar banho e curtir a rede, mas, assim que deitei o pessoal chegou. Assim que todos se acomodaram e conheceram, resolvemos ir à praia a qual no turno da tarde já estava com a maré cheia, ideal para banho. As águas da Baía de todos os santos são em regra mornas, mas neste dia estava especialmente quente. O sol caiu a tarde e as aguas mornas nos fizeram apreciar a praia até o anoitecer. Decidimos então que assaríamos um peixe na fogueira aproveitando toda a rusticidade daquele local. Fomos até a casa do pescador da região saber se tinha um bom peixe para comprarmos. Entretanto, o mesmo falou que não tinha mais, que aquele período estava ruim de peixe, mas, que no dia seguinte ia sair para pescar de manhã e por volta das 07 se ainda quiséssemos poderíamos encontrar um bom peixe na mão dele. • Onde comer a noite? Voltamos então para pousada, tomamos banho e depois fomos a parte do vilarejo onde tinham supermercados. Compramos coisas essenciais para café da manhã e para um pequeno lanche, além de algumas cervejas, é claro! Tínhamos decidido preparar um café da manhã coletivo no dia seguinte, todavia, na volta passamos em frente a uma pizzaria e resolvemos entrar. Pizza muito boa e bom papo! À exceção da parte do cardápio que dizia que praticamente éramos obrigados a pagar 10% de gorjeta. Ora, o turista fica a vontade de contribuir com a gorjeta quando é bem atendido! No cardápio dizia que os 10% eram destinados à manutenção de banheiro, louças e toalhas novas (what?). Isso faz parte do custo do negócio! Enfim, não seriam aqueles 10% que estragaria minha noite. Para aquele dia já bastava, voltamos ao hotel sabendo que o melhor estava por vir. • Passeios para as Piscinas Naturais de Barco! Acordamos cedo e fomos tomar café da manhã no “lá tem pão” de novo. Ao voltarmos, um dos meninos que ofereciam passeios nos falou que tinha um marinheiro que poderia realizar o passeio de barco que queríamos. Era o filho do pescador da noite anterior. Acertamos então com ele o valor de R$90,00 por pessoa, marcamos a saída para as 09 horas. Atrasamos um pouco para chegar na praia e quando estávamos chegando ele já estava acertando com outro casal, mas quando nos viu parou a negociação. Não o culpamos, de fato marcamos as 09h e chegamos as 09h30min. O combinado seria que o passeio passaria pelas piscinas naturais de Moreré, iríamos as piscinas naturais de Bainema, depois ponta de castelhanos, faríamos uma pausa para lanche depois almoçaríamos na cova da onça e por fim retornaríamos a Moreré pelo mangue. Pessoal, outra dica importante, quando forem contratar este passeio se possível contratem com barcos maiores! Eu sabia disso, pois quando fui a morro de São Paulo vim até as piscinas naturais de Moreré, e acabei esquecendo dessa vez. O percurso desse passeio é em alto mar, quanto maior o barco melhor, menor o risco de virar, em alto mar as ondas são grandes! Partimos então em direção as piscinas naturais de Moreré. Sabe aquele frio na barriga e o coração batendo mais forte? Você já sentiu isso? Pessoal literalmente o barco rompe as onda de frente - quem tiver medo do mar não vá, passará por maus bocados! Já tinha esquecido dessa sensação, mas logo as primeiras ondas me fizeram lembrar... O casal que nos acompanhava, não sei se por inocência disse: “Bota pra torar” incentivando o marinheiro, quem é da Bahia sabe o que isso significa, e eu apenas rezava! Quando chegamos às piscinas naturais de Moreré, estas já estavam cheias de barcos que faziam o mesmo passeio. Aproveitei a oportunidade e conversei com o pessoal para não incentivar o marinheiro, seria melhor fazermos o passeio na paz e tranquilidade. Quando desci do barco procurei relaxar e aproveitar o lugar. Lá tem barcos que servem roskas, cervejas e alguns aperitivos em mesas flutuantes. Aproveitei para tomar uma “breja” e curtir. Comemos também ostras vivas servidas nas mesas flutuantes (outra iguaria que não deixem de experimentar). Ficamos cerca de 40 minutos e o marinheiro nos lembrou que ainda tínhamos outras piscinas naturais que na avaliação dele eram melhores que aquela. Partimos, não sem antes eu conversar com ele que queríamos o passeio na tranquilidade e a segurança em primeiro lugar. Fomos sucessivamente às piscinas naturais de Bainema e Ponta de Castelhanos. O visual é praticamente o mesmo, entretanto, nestas últimas como há uma quantidade de barcos bem menor, dá para aproveitar com mais tranquilidade e fazer o mergulho com snorkel, além de fotografar a vida marinha submersa. Uma desvantagem é que nestas duas últimas piscinas não tem o barco que serve bebidas e aperitivos, então se previnam caso precisem de cerveja ou água levando um cooler. Ao sairmos de Ponta de Castelhanos paramos na foz do rio onde tem barracas servindo almoço. O acertado seria o almoço no local chamado cova da onça, então resolvemos ali apenas tomar umas cervejas e petiscar os frutos do mar. O visual é lindo além de ser ideal para banho também. Partimos em direção a cova da onça, navegando mais ou menos mais quarenta minutos. Lá pedimos duas moquecas, uma de polvo e a outra de camarão. Duas moquecas foram suficientes para quatro pessoas comerem bem - aqui destaco que a moqueca de polvo estava muito mais saborosa que a de camarão (se soubéssemos pediríamos apenas de polvo, mas o que vale é a experiência!). Fizemos então uma pausa mais demorada por cerca de duas horas. Isa, nossa companheira, aproveitou e foi andando conhecer o local e encontrou várias conchas enormes que os garotos vendiam por R$20,00 cada. Mais à frente, na parte do rio, é possível encontrar aos montes com o olhar mais apurado. • Tour pelo Manguezal. Descansamos um pouco após o almoço e resolvemos chamar o marinheiro para voltar, fiquei com medo do retorno caso escurecesse. Retornamos e entramos na parte do mangue onde nos levaria de volta até Bainema. Pessoal se puderem façam esse passeio! Os manguezais são conhecidos como os berçários da vida marinha. O mangue é repleto de vida emergindo por todos os lados, é possível notar desde espécimes que desovam no mangue para criar seus filhotes até os predadores que lá vão se alimentar. Pudemos ver dois tipos de manguezais, o de raízes vermelhas conhecido com mangue vermelho e o de raízes brancas. Uma vantagem de termos feito o passeio no barco menor foi o fato de como a maré não estava totalmente cheia, pudemos ainda sim navegar por dentro do mangue. Caso fosse um barco maior não conseguiríamos. Saindo do mangue chegamos a Bainema e retornamos a Moreré. Chegamos por volta das 16h40min e aproveitamos as águas mornas até o anoitecer novamente. Por derradeiro, permanecemos três dias em Moreré, foram alguns dos melhores dias da minha vida e ficará registrado sem dúvida no álbum de recordações. O vilarejo alia a simplicidade com rusticidade o povo é acolhedor e visitantes são sempre bem vindos, a paisagem e o contato com a natureza tornam tudo ainda mais especial. Moreré têm opções para todos os bolsos, desde hospedagens com diárias entre R$100 até R$1.000,00, por exemplo. Se paga sempre um pouco a mais comparando com os preços de outros locais turísticos, em se tratando de uma ilha, tudo vem de barco o que acaba por encarecer preço dos produtos e serviços, mas nada que comprometa o turismo. Via de regra as refeições giravam em torno de R$80,00 e o café da manhã em torno de R$30,00, sempre considerando que servem duas pessoas. Sentimo-nos seguros em todos os locais do vilarejo apesar de não haver um policial sequer! Percebemos a simplicidade do local e que de fato trata-se de uma vila de pescadores começando a ser conhecida pelos turistas. Notamos que as pessoas querem tocar a vida de maneira simples e preservando a natureza, nada de muito agito! Faríamos sem dúvida o passeio pelas piscinas naturais novamente, dessa vez em um barco maior. Vale a pena conhecer todas as piscinas naturais, entretanto, caso queiram permanecer em uma só também é válido, as piscinas são parecidas, mas destacaria a de ponta de castelhanos pela história do lugar, lá naufragou uma caravela espanhola e os tripulantes que não morreram no naufrágio e conseguiram chegar à ilha foram mortos pelos índios da região. • A despedida Nos despedimos de Moreré aproveitando um lindo por do sol e sabendo que ali se escondia mais um paraíso da nossa querida Bahia. Gratidão por todos os momentos vividos naquele lugar era a sensação de todos.
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BERLENGAS, UMA ILHA ALI TÃO PERTO (PORTUGAL)
raquelmorgado postou um tópico em Portugal - Relatos de Viagem
BERLENGAS, UMA ILHA ALI TÃO PERTO (PORTUGAL) Anos e anos passados em Portugal e nenhum de nós se lembra de ter ido às Berlengas. Já tínhamos reserva feita para as galegas Cíes e não quisemos deixar o arquipélago português para trás. Bem mais fácil e rápido de lá chegar e preparar a visita. Bastou procurar uma empresa que fizesse a travessia, escolher o dia e fazer a viagem de pouco mais de uma hora de Lisboa a Peniche. A viagem de barco foi feita pela Viamar, mas também se pode ir pela AOMT. O arquipélago é reserva da biosfera da UNESCO desde 2011. É habitat natural de diversas espécies de aves e répteis, que não devem ser incomodados. Fomos em Agosto, num fim de semana de calor horroroso em qualquer ponto de Portugal, o que se revelou uma decisão inteligente. Estava muito mais fresco na ilha! Como chegar: Chegar a Peniche, estacionar gratuitamente no parque junto aos bombeiro e caminhar até ao cais. Na marina, vão à empresa onde reservaram antecipadamente, pagam e levantam os bilhetes. Se gostarem de arriscar e não tenham reservado, podem sempre procurar empresas que ainda tenham bilhetes disponíveis. A viagem de barco demora 40 minutos. No nosso dia o mar estava calmo, mas a fama e os sacos para vómito distribuídos no início da viagem são um pronúncio de que não é sempre tão fácil fazer os cerca de quinze quilómetros que separam as ilhas do continente. O que fazer: Praia: logo ao sair do cais há uma praia com um tamanho inversamente proporcional à afluência, agravado em maré cheia; Trilhos: estão bem assinalados e são acessíveis, não muito extensos nem íngremes (as estimativas de duração dos percursos estão folgadas): Trilho da Berlenga: 3km e 3h, permite passar pelo farol e pelo forte. Até ao forte consegue-se ir, mas o farol não é acessível; Trilho da Ilha Velha: 1,5km e 1h30, parte do bairro de pescadores, passa por Buzinas e pelo Carreiro dos Cações; Forte S. João Baptista: à chegada, basta subir seguindo pela esquerda, em direcção farol, e continuar o percurso, até ver o magnífico forte. Para quem não puder ou não quiser caminhar, também pode ir de barco; Visitar as grutas: há um passeio de barco pelas principais grutas (6€), não muito longo (1h). Existem diversas opções de barcos, alguns até com fundo de vidro; Desportos aquáticos: paddle, pesca, snorkeling, tudo pode ser feito. Onde dormir: Parque de campismo: chamar-lhe parque de campismo é talvez demasiado, porque é bastante simples, mas tem uma vista! Forte S. João Baptista: o forte está renovado e é possível dormir lá. Não vimos as condições, mas estava quase cheio. Mais um sítio com uma vista fantástica, literalmente em cima do mar; Pavilhão Mar e Sol: com um restaurante com o mesmo nome, este espaço tem alguns quartos pequeninos junto ao restaurante. Onde comer: Levar alguma coisa para comer é sempre mais barato, mas há alguns espaços que servem refeições: Restaurante Mar e Sol: consta que é caro, mas os pratos (principalmente a caldeirada) têm bom aspecto; Micromercado Castelinho. Notas: Não há multibanco (alguns sítios aceitam cartão); Só recebe 350 visitas/dia; É preciso seguir nos caminhos assinalados; O gerador é desligado às 23h; Deve-se trazer o lixo de volta, ou pelo menos até aos contentores no bairro dos pescadores; As gaivotas são territoriais junto aos ninhos, não atacam, mas não gostam de visitas junto das crias. A nossa opinião: Ir em Agosto, financeiramente falando, não é a melhor altura (bilhetes 7€ mais caros). É uma escapadela cara, mas continua a valer a visita. Pelo menos uma vez na vida devem ir, ver o verde translúcido das águas, o forte digno de cenário da Guerra dos Tronos, o farol, os trilhos, apreciar a vista e o domínio selvático das gaivotas, enfim, sentir um paraíso natural aqui tão perto. A água é fria, mas suportável. Talvez a praia fique demasiado cheia. Enquanto dormitámos ficámos demasiado encostados a malta que se sentou depois. Mas podem aventurar-se “praias” rochosas junto ao forte. Para quem vai para conhecer não achamos vantajoso dormir na ilha, porque não é grande, vê-se toda num só dia (6h entre as duas viagens de barco). Para quem gosta de campismo ou vai mesmo de férias já é outra história. E deve ter um céu estrelado excelente. O nosso conselho é ir a um dia de semana, em junho ou julho, para poupar, mas escolham uma altura de muito calor e sem vento. 365 dias no mundo estiveram 1 dia nas Berlengas, a 5 de agosto de 2018 -
Tudo o que você precisa saber para pegar o barco público da ilha de Saint Martin para o território Britânico de Anguilla, com horários, valores e mapas. Além disso, dou outras informações sobre Anguilla como transporte local, acomodação e atrações. Vale também se você estiver visitando Saint Martin com o seu cruzeiro! A ilha de Saint Martin é um dos principais destinos do Caribe, tanto para turistas que vêm de cruzeiros para passar um dia como aqueles que que acabam se hospedando na ilha por alguns dias. Saint Martin tem muitas atividades para fazer e atrações para conhecer, tanto no lado Francês, chamado de Saint-Martin, como no lado Holandês, chamado de Sint Maarten. Você pode achar uma lista de atividades e atrações em Saint Martin aqui no Get Your Guide. Na verdade, você pode comprar e reservar as atrações nesse mesmo site (ou você pode apenas ver quais são as opções de atrações disponíveis para se inspirar e fazer de uma forma independente). Continue lendo: Como Visitar a Ilha de Anguilla por Um Dia Saindo de Saint Martin
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Olá!!! Fiz um bate volta em Paraty e vim fazer um relato com minhas percepções para ajudar quem puder. Em menos de um dia consegui conhecer pelo menos os passeios principais e pretendo voltar o quanto antes para fazer outros passeios. Fui de ônibus, saí de São Paulo exatamente as 23h43 e cheguei lá exatamente as 5h50 da manhã. Seis horinhas de viagem, contando com uma parada que fizemos. Começamos o passeio com um city tour pelo Centro Histórico as 7h00, com guia turístico contando as histórias do lugar. Depois ficamos livres para comer, fazer compras e passear. - Sobre o City Tour: Não recomendo contratar pacote com guia pra isso. Vale muito mais a pena passear por conta e ir pesquisando as histórias no Google, você fica mais livre para conhecer o que quiser e economiza uma nota (em alguns lugares o city tour custa R$200 ). Faça o passeio bem cedo porque depois fica lotado de turista, principalmente no final de semana. - O Centro Histórico é realmente lindo, você se sente no passado e consegue tirar fotos ótimas. A única coisa desconfortável é o chão "pé-de-moleque", se estiver chovendo tem que tomar cuidado pra não tombar. - Tem vários restaurantes, lojinhas de artesanato e cachaçarias. Fui até o Armazém da Cachaça e recomendo pra quem gosta desse tipo de passeio! Tem vários tipos de cachaça, de todos os preços, e eles fazem degustação. Depois, escolhi fazer o famoso passeio de escuna, e achei bem legal! Infelizmente o tempo estava nublado, então a água do mar estava sendo refletida pelas árvores ao invés do céu azul, ficando esverdeada, o que não deixa de ser lindo. Porém, imagino que com sol fiquem ainda melhor. O passeio de escuna funciona da seguinte forma: Ela passa por diversas ilhas e praias, com parada em 4 delas: Praia Vermelha, Praia da Lula, Ilha Comprida e Lagoa Azul (algumas escunas podem fazer menos ou mais paradas, depende da agência). Nessas paradas você pode alugar snorkel para flutuação (paguei R$20). - O preço do passeio de escuna varia (o mais caro que encontrei foi de R$70). Isso depende do tamanho do barco, da quantidade de paradas etc. Fui até uma agência e reservei um passeio por R$45, PORÉM, detalhe: A guia me disse que esse era o valor e teria um pequeno valor a mais do couvert artístico (ela deu a entender que seria bem pouco mesmo) e do almoço, que é a parte. Só que o valor do courvet artístico foi de R$16 e as refeições ficavam entre R$35 e R$65. Sem contar as bebidas. Ou seja, cuidado na hora de escolher a escuna! As vezes você nem está economizando, só está pagando outras coisas a parte. - Pra quem gosta de tranquilidade, indico o passeio em escunas menores. No cais de Paraty tem várias pessoas vendendo o passeio por lá mesmo, imagino que sejam em escunas menores e mais baratas. Geralmente as escunas de agência comportam muita gente (algumas comportam mais de 100 pessoas) e tem música ao vivo, então você pode ficar frustrado se curtir algo mais relax. - As ilhas e praias são lindíssimas, só que estava tudo muito cheio. Imagino que em baixa temporada fique mais tranquilo!
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Somos de Campinas/SP e compramos as passagens de avião com os pontos da Azul. Os hotéis foram reservados através do Decolar e do Booking: Curitiba: Hotel Garden Curitiba Pontos positivos: ótima localização por estar no centro, a 4 quadras da praça Tiradentes e centro histórico. Fácil acesso a todos os pontos turísticos e restaurantes. Simples, porém limpo. Pessoal da recepção educado. Café da manhã com pouca variedade, porém o necessário. Pontos negativos: muitos usuários de drogas em volta do hotel. Não tivemos problemas com eles, porém é recomendável sair de táxi à noite. O box do banheiro é de cortina e você tem que ficar se esquivando pra não encostar rsrs. Pessoal da recepção não sabia dar muita informação de deslocamentos. Ilha do Mel: Pousada Marimar (Brasília) Ponto positivo: ótima localização e fácil acesso a todas as partes da ilha. Fica bem perto do trapiche. Pontos negativos: sujo, tinha barata, toalhas manchadas (não sei se manchadas ou sujas, só sei que não deu coragem de usar rsrs). Compramos um pão caseiro na ilha e pedimos emprestado um pouco de manteiga na pousada, tudo bem que cavalo dado não se olha os dentes, mas foi inevitável dar uma checada na validade rs e estava vencida desde junho/2013, preferi não ficar pensando na limpeza da cozinha rsrs. No nosso quarto tinha uma cama de casal e uma beliche e em cima da beliche tinha salgadinho. Enfim, não recomendamos. Nossas impressões: Curitiba: cidade linda, muito arborizada, muito limpa (sempre ouvimos falar e agora constatamos), sistema de transporte público muito bom, prédios históricos e pontos turísticos muito bem preservados e cuidados, pessoal cordial, alguns mais sérios, mas muito educados. Tem tudo de uma cidade grande, porém com ares de interior. Moraríamos lá com certeza. Obs: os ônibus tem integração quando vc desce em um tubo. Isso é ótimo. Ilha do Mel: lugar lindo, muito bem preservado, lindas paisagens, pessoal educado, trilhas limpas (tem muitas lixeiras nos caminhos), muitos estrangeiros. Acho que falta mais opções de comida, pois todos os restaurantes servem as mesmas coisas e tudo é fritura, não tem opções saudáveis, não tem frutas, sucos (só tem laranja e limão ou polpa), enfim falta um pouquinho de variedade com cara de ilha. Recomendamos uma passagem por lá, nem que seja bate e volta pra quem estiver no litoral do PR. 1° dia (4/01) - Sábado: Saímos 11h de Campinas e chegamos em Curitiba 12h. Do aeroporto pegamos o ônibus ligeirinho (R$ 2,70) que nos levou até o centro em aproximadamente 40 min. Fizemos o check in no hotel, um lanche numa padaria próxima e já saímos. De ônibus (R$ 2,70) fomos primeiro na Torre da Oi (R$ 5,00), visão 360° muito legal! Dá pra enxergar vários pontos turísticos de lá. Fomos para o ponto de ônibus e aguardamos quase 1h (sábado não tem muitos ônibus =/) para ir para o Memorial Ucraniano que fica no Parque Tingui. Super valeu a pena! É lindo, lindo! O memorial é fabuloso, o parque tingui cheira a eucalipto, uma delícia, o bairro do parque só tem mansões. Lá compramos uma Pessanka aqueles ovos coloridos com técnica ucraniana. Uma obra de arte. Pra quem quiser vale a pena comprar lá mesmo pq nas demais lojinhas da cidade são mais caros. O próximo destino era a Ópera de Arame, porém o tio da lojinha disse que não tinha como ir de ônibus de lá, ou então demoraria muito. Como realmente não vimos ônibus por ali resolvemos ir de táxi (+- 13,00). É muito bonito, porém não dava pra conhecer por dentro pois estava em reforma. Mesmo assim vale a pena, a construção e o ambiente que está localizado (uma pedreira desativada) é muito bonito. Voltamos para o Hotel de ônibus. De noite fomos num barzinho Espanhol ( basco/ catalão) na quadra de baixo do hotel, o Txapela. Lugar muito da hora, super decorado, garçons gente boa, comida óootima. 2° dia (5/01) - Domingo: 9h fomos para a Feira do Largo da Ordem, uma feira que acontece todos os domingos das 9-14h. Fica a uns 50m do hotel. A feira é enorme! Não demos conta de andar tudo e tem muita coisa legal, minha vontade era de passar a manhã lá rsrs. Tem muita coisa diferente, a mulherada pira, compramos coisinhas rsrsrs!! Na rua da feira tem a Mesquita, muito bonita, nos falaram que abre 10h mas não deu tempo de irmos. De lá fomos para a praça Tiradentes pegar o Ônibus Turismo. Este ônibus custa R$29,00 e passa pelos principais pontos turísticos de Curitiba, você tem direito de descer nos pontos que quiser desde que faça até 4 reembarques. Acho que vale a pena pela comodidade, além de que de domingo quase não tem ônibus. Neste site vc pode baixar o roteiro e horários http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/transporte/linha-turismo. Passamos pela Rua das Flores, Rua 24h, Museu Ferroviário, Teatro Paiol. Descemos no Jd Botânico. Acho que nunca vi uma construção e jardins tão belos! Renderam muitas fotos rsrs. De todos os pontos turísticos que fomos esse é o mais lindo, é de encher os olhos. Reembarcamos e passamos pela rodoferroviária, Mercado Municipal, Teatro Guaíra, UFPR (construção linda), Paço Liberdade, Passeio Público, Memorial Árabe, Centro Cívico, Museu Oscar Niemeyer (me arrependi de não ter descido, é muito diferente, é enorme), Memorial Polonês. Descemos no Bosque Alemão é bemm bonito, tem a trilha João e Maria com a história no meio da trilha e uma casinha encantada. Muito fofo. Tem o portal alemão que é muito legal. Vale a pena. Reembarcamos e passamos pela Unilivre (não deu pra descer, mas um lojista disse que é um ponto que não é muito visitado mas que é um dos lugares que ele acha mais bonito). Descemos no Parque Tanguá, parque bem bonito com uma queda dágua linda, muitos mirantes. Só tem um problema: as subidas são cruéis! Rsrss prepare-se. Reembarcamos e descemos no Parque Barigui. Parque lotadoooo, o curitibano gosta mesmo de parques. Parque bem cuidado, tem lago, tem uns barzinhos lá dentro, bem legal. Exaustos fomos para o hotel. Mais tarde fomos na Pizzaria Abaré, pizza deliciosa e atendimento muito bomm! 3° dia (6/01) - Segunda: Neste dia andamos pela Praça Tiradentes, Catedral, Centro histórico, Rua das flores, Paço Liberdade, demos uma olhadinha nas lojas. Para almoçar fomos para Santa Felicidade, famosa pelos restaurantes Italianos. Almoçamos no Madalosso, maior restaurante da América Latina, cabem mais de 4000 pessoas lá. O valor estava 33,00/ pessoa o rodízio. Só a entrada já serve como refeição, mas ainda tem o rodízio de massas, lá se come muitooo rs. O garçom que nos servia era muito gente boa, o Pompeu, ele nos apresentou a dona Flora, a dona de tudo aquilo, muito simpática. Depois fomos conhecer os salões do restaurante, parece um shopping. Muito legal. Depois, fomos na vinícola Durigan que fica bem perto do restaurante. Lá é bem temático, legal para tirar umas fotos. Além de vinhos eles tem queijos, chocolates e doces. Obs: verifique os horários dos pontos turísticos pois a maioria dos locais não abrem de segunda. Inclusive em Santa felicidade só o Madalosso estava aberto. 4° dia (7/01) - Terça: Fizemos o check out e 7:30h fomos para a Rodoferroviária pegar o trem da Serra do Mar (há mtos anos queria fazer esse passeio =D). As passagens compramos por email (pegamos no site) e retiramos na segunda-feira mas poderia ser retirada no dia mesmo. Pegamos o vagão turístico que tem guia e um lanchinho rs. O trem saiu 8:15h e vimos paisagens tão lindas que as fotos não conseguem retratar. A guia era muito simpática e ia dando dicas pra conseguirmos pegar os melhores flashs srrsrs. Dica: fizemos cadastro no site do Amantes da Ferrovia e por isso tivemos desconto na passagem. Chegamos em Morretes 13h pois deu uma atrasadinha pq em vários trechos o trem tinha que parar para os trens de carga passarem pois é uma via compartilhada. Em morretes comemos o tão famoso barreado. É uma carne desfiada com caldo, come-se com farinha, arroz, banana frita, uma delícia. Fomos no restaurante My house, mas tem várias opções. Neste estava 26,00/ pessoa. Só fui sentir fome de novo 9h da noite rsrs! Lá também são famosos os sorvetes de gengibre e banana. O de banana é mara! A cidade é bem bonitinha, se tiver tempo vale a pena dar uma passeadinha. Fomos para a rodoviária de Morretes pegar ônibus para Paranaguá, de onde saem balsas para Ilha do Mel. Queríamos ir pra Ilha de Pontal do Paraná mas de Morretes não tem ônibus pra lá. Então fomos pra Paranaguá, 1h de viagem em ônibus urbano comum (R$ 4,50), graças a Deus conseguimos ir sentados pq vai lotadooo. Da rodoviária de Paranaguá fomos para o lugar que sai a balsa, que lugarzinho esquisito, medooo! Pegamos a última balsa (18h) ufa! Deu medo de não conseguir. Fiquem atentos aos horários das balsas pois de Paranaguá saem poucos. De pontal sai a cada meia hora e tem até 20h, além disso a viagem é só de 30 min. São 2h de balsa até a Ilha (R$ 16,00), é meio cansativo. Chegando no trapiche de Brasília fomos direto pra pousada que fica bem perto. Fizemos check in e já fomos andar, só que estava escuro e não tem luz na trilha, só tem as luzes dos restaurantes. Descobri que as pessoas levam lanterna pra andar de noite lá, mas a luz do celular ajudou. =) Comemos no restaurante Pousadinha, comida boa e preço normal para ilha. 5° dia (8/01) - Quarta: Cedo fomos para Fortaleza, deu uns 5km de caminhada. Fomos pela praia com sol rachando, chegamos lá mortos pq foi o caminho que o cara da informação turística ensinou =/. Depois descobrimos que tem uma trilha com árvores e tal que chega lá também com mais ‘conforto’ rsrs. A fortaleza é bem legal, além da parte dos canhões que fica em cima tem os ambientes em baixo, bem bonito. Dica 1: tem uma biblioteca em frente com banheiro limpo. Dica 2: acho que vale a pena alugar bike para a fortaleza pq o caminho é reto e a areia é bem firme (não sei o valor). Atrás da Fortaleza tem a trilha que vai para o Morro da Baleia, subidinha bem mais ou menos mas o visu lá de cima compensa! Almoçamos no hotel perto da Fortaleza, muita comida mas sem muito sabor =/. Voltamos pela trilha dessa vez rs, foi bem mais agradável. Mais 5km. Umas 14h fomos pra Encantadas. Como seriam mais de 5km arregamos rsrs e fomos de barco táxi (R$ 8,00), em +- 15 min chega lá. Achamos Encantadas mais organizado que Brasília, mas Brasília tem mais coisas. O legal é que encantadas tem mercado e a água de 1,5L era R$ 4,00 sendo que nos hotéis/ restaurantes é R$ 3,00 a água de 500mL. Vale a pena fazer um estoquezinho rs. Fomo conhecer a Gruta das Encantadas. Caminho bem tranquilinho. É uma gruta nas rochas, legal. Ao lado da gruta tem dois montes para subir pra ver a paisagem mas não tínhamos mais forças rsrs. Na volta compramos um pão caseiro quentinhoooo de uma moradora da ilha, fomos comendo puro mesmo, delícia! De lá ficamos na praia perto do trapiche e 19h pegamos o último barco táxi de volta para Brasília (R$ 8,00). 6° dia (9/01) - Quinta: Cedo saímos para o Farol, 20 min de caminhada tranquila + subidinha de boa. O visual lá de cima é muito lindo, vários locais pra tirar foto. Descemos e ficamos na praia do Farol. Logo tivemos que voltar pra pousada pois o check out era 11h (tentamos mas não conseguimos late check out =/). Dica: ficar pelo menos 2 dias inteiros ou 3 pra poder fazer as coisas com calma. Pegamos a balsa para Pontal pois nosso ônibus para Curitiba sairia de lá. 30 min até Pontal (R$ 13,00). A passagem de ônibus (R$ 25,90) compramos da Graciosa no dia que fomos na Rodoferroviária. 14h saímos e chegamos em Curitiba 17h. Pegamos o ônibus ligeirinho e fomos para o Aeroporto. Fim da nossa viagem que foi muitooo boa!