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  1. Fala Viageiros! Fui agora em Setembro para a Chapada Diamantina e vou contar aqui um pouco das histórias, deixar umas dicas e o principal, mostrar umas fotos daquele lugar espetacular que passei! Lá no meu blog tem mais fotos e detalhes. Podem conferir: www.profissaoviageiro.com Vai ter bastante foto também no meu Instagram: @profissaoviageiro Não esqueçam de seguir lá! Obrigado! E dessa vez no YouTube do Profissão Viageiro vai sair mesmo o vídeo da viagem! Quem puder dar uma força lá, agradeço! Começando a página do zero! Bom, essa viagem foi adiada 3 vezes por conta da pandemia e foi um terror conseguir remarcá-la. Mas finalmente conseguimos embarcar e deu tudo certo. Foram 8 dias de viagem e o roteiro ficou assim: SP – Salvador de avião e aluguel de carro em Salvador; Daí foi de carro: Salvador – Palmeiras – Lençóis – Igatú – Ibicoara – Salvador. E foi assim: Dia 1 Nosso voo saia cedo de São Paulo e na hora do almoço já estávamos em Salvador. Pegamos o carro na locadora do aeroporto mesmo e já caímos na estrada. Como não havíamos almoçado, paramos em um posto para comer alguma coisa só para aguentar até o final do dia. Daí pegamos a BR e viajamos a tarde inteira em direção à Palmeiras. Paramos só para um açaí mesmo, porque estava um calor forte por lá! A estrada é ruim, mesmo no trecho entre Salvador e Feira de Santana, apesar de ser uma estrada pedagiada. Depois de Feira ainda piora um pouco. Muito caminhão e muitos dos caminhoneiros não se preocupam muito com leis de trânsito. Dá para entender o tanto de acidentes que vemos na estrada. Chegamos já estava escuro e não tinha muito o que fazer. Por sorte nossa pousada servia uma pizza bem gostosa e ficamos por lá mesmo curtindo nossa primeira noite. Dia 2 Sem muita pressa tomamos nosso café da manhã na pousada. Tivemos que arrumar as coisas e já fazer o check out, pois era a única noite que passaríamos em Palmeiras. Seguimos então em direção à Cachoeira da Fumaça, que era nossa primeira atração do dia. Saindo de Palmeiras vamos na direção do Vale do Capão. Muita poeira na estrada de terra, mas ela estava ok. No caminho vimos um cara já mais velho pedindo carona e paramos. Ele era americano e estava no Brasil já há algum tempo. Não falava muito português. É engraçado ver esses gringos que se mudam para um lugar desses. Imagina a mudança de vida dele… Agora o cara anda com penas e colares! Acabamos perdendo a entrada da Cachoeira da Fumaça e chegando no Vale do Capão, ou, em “The Village”, como o gringo chamava! Estava rolando uma feirinha no centro do lugar. Várias barraquinhas. Bom, deixamos o nosso amigo lá e voltamos para achar a entrada da cachoeira. Ainda nos perdemos um pouco porque o Google não sabe onde fica a entrada, então ele queria nos mandar para um outro lado que não tinha nada a ver. Ainda bem que perguntamos. A entrada da Cachoeira da Fumaça fica em uma entradinha meio “disfarçada”. Parece mais a entrada para a casa de alguém do que a entrada para a principal atração da região. Para entrar na trilha, não existe uma cobrança obrigatória, mas eles pedem uma doação voluntária para ajudar com a preservação do lugar e no combate a incêndios. Não é obrigatório entrar com guia. Nós fomos sós e foi bem tranquilo. Bom, aí vem a trilha… O começo é uma subida sem fim que você já deixa 80% da sua energia do dia nela! Quando essa etapa é vencida, todo o resto da trilha é plana. É um passeio bem bonito. Quando se chega ao final, existem algumas opções para ver a cachoeira de lugares diferentes. Cruzamos o rio e fomos no lugar que é o mais famoso. Boa parte das pessoas que estavam fazendo a trilha nesse dia estava nesse lugar, que o pessoal aproveita para descansar e comer, enquanto tira as fotos. Acho que única vantagem de ter guia nessa trilha é que tem o cara para tirar suas fotos lá. Mas como eu levei meu tripé, consegui fazer umas fotos! A cachoeira estava quase seca. Foi uma época de muita seca na região. O mais legal disso é que a cachoeira “caia para cima”! Assim que a água começava a cair, o vento já a jogava para cima. Certamente quem estava lá em cima se molhava muito mais do que quem eventualmente estivesse lá embaixo. Lá é bem bonito, mas certamente estaria mais bonito ainda se a cachoeira estivesse mais carregada. Depois que tínhamos tirado todas as fotos que queríamos, fomos para o outro lado ver por um ângulo diferente. Acabamos nem indo até o final aonde o pessoal chegava. Depois de um tempinho ali já iniciamos a volta. Não esperava que fosse tão cansativo assim. Ainda bem que a paisagem ia nos distraindo. Mas quando chegou o trecho final, e meu joelho já não estava muito contente, aquela descida veio para dar uma castigada. Quando chegamos lá em baixo paramos em uma vendinha para tomar água de coco e comer um pastel de jaca. Como ainda estava claro, decidimos ir pegar o pôr do sol na Cachoeira do Riachinho. Aqui a entrada já é paga. Acho que foi R$ 12 por pessoa. Tinha até que bastante gente lá para ver o pôr do sol, que de fato foi muito bonito. Eu ainda me arrisquei no poço da cachoeira, mas tem muita pedra. Meio desconfortável andar por ali. Depois do espetáculo, seguimos para Lençóis. Chegamos em Lençóis já era meio tarde, mas conseguimos nos arrumar e ir jantar na cidade. Bem charmoso o lugar. Comemos uma carne e estava bem gostosa. E de barriga cheia, fomos descansar. Dia 3 Nesse dia o único lugar no roteiro era a Pratinha, mas como tínhamos bastante tempo, após conversar com o pessoal do lugar que estávamos, decidimos ir para a Gruta da Fumaça (ou Gruta da Fumacinha). A Gruta da Fumaça fica perto da estrada de acesso para a Fazenda da Pratinha, então era bem tranquilo. A entrada custou R$ 80 para os 2, mas fizemos questão de irmos apenas nós 2 com o guia. Queremos tranquilidade para ver as coisas e tirar as fotos. Demoramos umas 3 ou 4 vezes mais que o pessoal costumas demorar lá dentro e valeu muito a pena! No final o nosso guia ainda nos levou em uma parte para relaxar antes de sairmos. Apagamos a lanterna e ficamos sentados no meio daquela escuridão só curtindo o silêncio e os sons da caverna! Foi muito show!!!! De lá, seguimos para a Pratinha A Pratinha é sem dúvida o lugar com mais estrutura da região. E tudo é muito bonito por lá. A entrada estava R$ 60 por pessoa. Ainda pagamos mais R$ 60 para fazer a flutuação dentro da Gruta da Pratinha. Bom, a primeira coisa foi almoçar antes de seguir para os passeios. Tomamos depois um açaí na companhia dos micos da região! Fomos então para a Gruta Azul. No caminho para lá havia alguns guarda-sóis que depois que fomos entender que eram para a galera que fica na fila… Aquele lugar na temporada deve ferver de gente de um jeito insano, que o pessoal colocou até guarda sol para proteger o povo. A ideia foi ótima, mas eu tenho pena de quem fica em uma fila daquele tamanho para entrar na gruta. Chegamos e não tinha ninguém lá. Foi bom porque pude arrumar o circo para tirar umas fotos. Quando deu 2 horas a galera começou a chegar, porque é o horário que o raio de sol começa a entrar melhor na gruta. Mas nessa hora a gente já estava quase acabando. Depois ficamos passeando um pouco por lá antes de descer para a Gruta da Pratinha para fazer nossa flutuação. Quando descemos para a Pratinha, ainda aproveitei para fazer umas fotos de lá. Aquele lugar é lindo. Na hora eu não tinha ficado muito feliz com o resultado das fotos, mas chegando em casa uma foto de lá que acabou sendo escolhida para imprimirmos em Fine Art um quadro de mais de 1 metro de largura! Algumas fotos de lá já foram selecionadas e vão estar à venda no meu site de fotografia! Tem cada foto show! Aí fomos para a flutuação. Achei bem legal! A caverna é grande e a gente vai nadando até ficar bem escuro. Vimos peixes grandes e pequenos, caramujos e muitas formações. Bem bonito! Depois ainda fui tirar umas fotos de um mirante, antes de darmos a volta para o outro lado do lago. Esse outro lado do lago também é lindo! Um visual deslumbrante do pôr do sol! Como nossos planos de ver o pôr do sol nesse dia no Morro do Pai Inácio já haviam ido pelo ralo, continuamos por lá e acabamos jantando por ali mesmo. Pedimos uma carne de sol e estava muito boa! Um dos proprietários foi lá conversar com a gente e ficou nos contando das coisas de lá. Bem legal. Inclusive conversamos que eu não havia encontrado o hotel que fica lá dentro nos sites que eu procurei hospedagem. Eles têm um hotel lá dentro da fazenda e deve ser bem bacana passar a noite! Ficou para a próxima. Dia 4 Já era o dia de deixar Lençóis. Vou falar que no final das contas, apesar de Lençóis ser a principal cidade da Chapada, eu achei que foi a mais dispensável de todas. Todas as principais atrações estão mais perto de alguma outra cidade. Lençóis tem a vida noturna mais agitada e mais opções de restaurantes, mas honestamente, é completamente possível fazer o rolê todo sem ficar lá. E eu fico pensando no pessoal que faz tudo saindo de lá… Que tempo mais mal gasto em estrada que vira o passeio dessas pessoas. Mas a cidade é bem bonitinha, sem dúvida. Gostamos bastante de lá. Nesse dia antes de partir ficamos andando pela cidade. Tudo muito bonitinho! Então já com as malas no carro partimos para o Poço Encantado. Preferi ir ao Poço Encantado antes do Poço Azul pois o horário do raio de Sol do Poço Encantado acaba antes do que no Poço Azul. Mas não adiantou… O raio de Sol parou de entrar na caverna 5 dias antes. No Poço Encantado ele só entra até meados de Setembro e eu cheguei uns dias atrasado. Esses eram os dois passeios do dia, antes de chegarmos em Igatú. Esses dois poços, e a Pratinha também, foram os passeios mais tranquilos que fui, e consequentemente, os mais lotados. Tinha muita excursão lá nesse dia. Demorou mais de 2 horas para chegar nossa vez de entrar no poço. Imagino o que deve ser esse lugar durante a temporada… Era uma galera que certamente não encontraríamos em uma trilha como a da Fumacinha, por exemplo. Muita selfie e pouca trilha! Acabamos encontrado um lugar mais silencioso e ficamos esperando nossa vez. Aproveitei e fiz umas fotos dos pássaros por ali. Finalmente chegou nossa vez! Tem uma pequena caminhada e uma entrada meio apertada na caverna. Lá dentro é um show! Aqui no Poço Encantado não é permitido entrar na água. Só podemos apreciar a beleza de longe. Valeu bastante o passeio! Partimos para o Poço Azul então! Pegamos umas dicas para ir por um caminho por dentro e cortar uma boa pernada de estrada. Achamos bem o caminho e paramos o carro na abeira do rio. Atravessamos o rio a pé e fomos comprar nosso ingresso. Mas lá tinha o mesmo problema… Era muita gente antes de nós e iria demorar muito. Eu vi que eu iria perder aqui também o raio de sol entrando na caverna, mas então fui falar com o pessoal lá. Pedi para descer apenas com minha câmera e fazer umas fotos antes do raio ir embora. O pessoal foi muito gente boa e liberou! Aliás, o tempo inteiro fomos muito bem tratados pelo pessoal de lá! Estão de parabéns! Depois das fotos eu voltei lá para cima para esperar minha vez de descer. Foi bom que deu tempo de almoçar e sair para fazer umas fotos. No Poço Azul podemos entrar na água e ficar lá uns 15 minutos fazendo flutuação naquele lugar lindo!!!! Na hora de ir embora ainda paramos para curtir o pôr do Sol na beira do rio. Partimos então para Igatú. Não tínhamos ideia de que Igatú era tão fora das vias principais. A cidadezinha tem dois acessos e com uma estrada bem complicada. Uma delas é inteira de pedra, e outra uma boa parte de pedra. Tem que andar muito devagar, se não é capaz do carro desmontar ali. E a última coisa que a gente precisa nessas viagens é um carro quebrado em um lugar isolado. Bom, chegamos já era meio tarde, mas ainda deu tempo de tomar um banho e sair para comer. Não tinha muita opção ali. Acabamos parando para comer em um lugar de açaí. Estava bem gostoso! Dia 5 Acordamos com calma, fui andar um pouquinho na pousada e depois tomar café. A primeira parada do dia era o Pantanal de Marimbus. Depois da viagem a 20km/h na estrada de pedra, pegamos a estrada principal e logo chegamos lá. Pagamos o ingresso logo na entrada e descemos até a beira do rio para encontrar nosso guia. Estava bem tranquilo esse dia. Tinha pouca gente ali. Encontramos o guia e fomos para a água! O lugar é bem bonito! É impressionante aquele tanto de água em um lugar tão seco! Depois de um tempo paramos em uma parte mais rasa para ficar curtindo e tomando banho no rio. Depois iniciamos a volta por um caminho um pouco diferente. E foi isso! Um passeio diferente. Lá não é tão bonito como outros mini pantanais que existem por aí (Como o Tanquã aqui em Piracicaba, por exemplo), mas mesmo assim valeu muito o passeio! Certamente voltaria. Na saída paramos para comer um pouco na vendinha que tem na entrada e pegamos as dicas de como chegar na Cachoeira do Roncador. Existia uma chance de atolar o carro nesse caminho e era necessário prestar muita atenção para não errar o caminho… Infelizmente algo não saiu como o planejado, e o carro atolou…………… Eu fiquei enfurecido na hora. A entrada para desviar da areia fofa não era tão clara e eu como estava prestando atenção no chão para não cair em um buraco, acabei não vendo a entrada e o carro imediatamente atolou. Foi treta essa hora. A gente já tinha andado bastante e não tinha muita opção a não ser voltar tudo aquilo até a estrada e tentar pedir alguma ajuda lá. Celular ali não pega nem em sonho. Depois de algumas tentativas frustradas de mover o carro, já estávamos nos arrumando para andar quando um cara com uma 4×4 passa por esse caminho que estávamos. O cara não queria muito parar para não correr o risco de atolar também, mas acabou parando. Ele acabou falando que iria tentar tirar o carro com uma corda que ele tinha e se não desse certo ele iria ver se nos dava uma carona até algum lugar para pedir ajuda. Na primeira tentativa a corda quebrou….. PQP!!!!!!! Mas o que sobrou ainda dava para mais uma tentativa… Arrumamos o nó direitinho em baixo do carro para ver se dessa vez não dava zica e fomos para a última tentativa… E inacreditavelmente o carro saiu!!!! Nossa senhora, foi um alívio que eu nem consigo explicar. Esse cara deve ter sido provavelmente a única pessoa que passou por aquele caminho no dia inteiro… Talvez em mais de um dia… Foi um negócio divino! Depois disso, já pelo caminho certo, decidimos continuar o rolê até o Roncador. Por esse caminho, temos que parar o carro 6km antes da cachoeira e seguir a pé, pois não tem como cruzar o rio de carro (Já bastava um atolamento no dia). Bom, lá vamos nós… Foi bem cansativo. Chegamos já pedindo arrego no restaurante que é a porta de entrada da cachoeira. Antes de seguirmos, decidimos almoçar ali. Eu estava só o pó. Bom, fomos então para a cachoeira! O lugar é bem legal. Vários poços se formam que dá para ficar curtindo igual uma jacuzzi natural. Tudo ali é muito escorregadio e não é tão simples ficar andando por ali, mas com cuidado dá para ver tudo! O sol já estava se pondo e, “pra variar”, fomos os últimos a ir embora! Só que aí vem aquela lembrança… São 6km de volta até o carro que nenhum de nós 2 estava a fim de andar. A Tati já logo lançou uma ideia nos caras do restaurante e arrumamos um cara de moto para nos levar até a margem do rio! Pqp, ela conseguiu e isso salvou o dia!!!!!! Eu fui primeiro e depois ele foi buscar a Tati. Ele cobrou R$ 70 para levar nós 2. Foi um ótimo negócio para nós 3!!!! Tocamos de volta para Igatú, ainda com medo do carro atolar, pq tem trecho que se bobear, carro comum atola, mesmo não sendo a parte que já é proibitiva. Teve uma hora que o carro embicou na areia que subiu areia até pelo teto do carro!!!! Hahahaha! Foi treta! Não sei como não deu nenhuma merda! Daí fizemos a estrada de pedra de noite. É legal como passeio! Tem muito animal na beira da estrada! Já na cidade fomos jantar em um restaurante bem legalzinho! Nós ficamos nas mesas do lado de fora e em um determinado momento a gente vê um reboliço em uma das mesas…… Era uma cobra que tinha passado por cima do pé de um dos clientes! Hahaha! 🐍 A galera começou a correr de lá, e eu correr para lá! Eu queria uma foto da cobra! E consegui!!! Depois da aventura eu só fica chamando o gato para ficar do meu lado lá!!! Aí depois o dono foi sentar lá conosco para conversar um pouco! Foi bem bacana e a comida estava ótima! Dia 6 Acabei acordando super cedo e fiquei esperando a hora do café tirando umas fotos no hotel. Era um lugar bem legal! Daí saímos para conhecer a cidade. Igatú é conhecida como a cidade de pedra e realmente foi uma ótima ideia ter conhecido a cidade. É diferente de tudo e muito charmosa! O nosso hotel era ótimo e tivemos tempo de andar por lá. Valeu mesmo! Então fechamos as malas e saímos em direção à Cachoeira do Buracão. De lá iríamos para Ibicoara, que é a cidade mais estruturada ali da região. No caminho paramos no Cemitério Bizantino de Mucugê. Depois que chegamos em Ibicoara, ainda pegamos um belo chão até a entrada do Parque Municipal onde fica a Cachoeira do Buracão. Mas no final estava certo o caminho, porque cheguei a duvidar disso. Muito isolado e sem absolutamente nenhuma indicação de placas ou qualquer coisa. Lá pagamos a taxa de entrada (R$ 15 por pessoa) e como não tínhamos guia, a menina da recepção chamou um para nós. O guia chegou e fomos estacionar o carro para iniciar a trilha. Ali tudo é muito bonito. É uma trilha muito legal. No caminho paramos para ver a cachoeira de cima! É bem bonito ali! Depois uma bela descida e mais uma caminhada até o ponto de deixar as coisas e cair na água. Temos que deixar todo o equipamento extra lá e ir até a cachoeira por dentro da água! É bem legal! O guia vai por fora se agarrando nas pedras com uma bolsa estanque levando máquina fotográfica e carteiras. Vamos nadando no meio daquele canyon maravilhoso! E no final, quando a cachoeira finalmente aparece, e um negócio irado!!!! Fomos até debaixo da cachoeira para recarregar todas as energias possíveis… Depois ficamos nas pedras apreciando aquela cachoeira linda, nos recuperando e tirando umas fotos. Na volta fomos pelas pedras também. Paramos então na Cachoeira das Orquídeas. Curtimos um pouco antes da última pernada até voltar para o estacionamento. Então tomamos mais um suco por lá e seguimos para nossa pousada. A pousada ficava em um lugar bem bonito, um pouco antes de chegar no asfalto. De noite fomos até a cidade. Não encontramos muitas opções e a cidade estava com umas obras gigantes e então estava até meio complicado de rodar por lá. Fomos em um restaurante mais arrumadinho que encontramos e tivemos uma janta muito boa! Como não encontramos mercado aberto, pegamos uma pizza para viagem que seria nosso almoço do dia seguinte. Passaríamos o dia inteiro na Cachoeira da Fumacinha e não tínhamos nada para comer. A pizza foi a melhor ideia! Dia 7 Acordamos de madrugada para a trilha mais pesada da viagem. O pessoal da pousada foi muito gente fina e colocou café da manhã só para nós muito cedo ainda! Nesse dia fomos acompanhados pelo guia Murilo (Bizil) e achamos ótimo. Chegamos cedo e começamos nossa caminhada… No nosso ritmo, tirando fotos, olhando a paisagem… Tudo bem tranquilo! Como é época de seca fizemos uma boa parte do caminho dentro do leito do rio. É tudo muito lindo por lá. No caminho vamos fazendo algumas pequenas paradas para recuperar o fôlego. Todo o tempo com novas aventuras! Inclusive uma parte temos que escalar uma parede de pedras para continuar. No caminho existe uma fonte de água mineral que com ajuda de algumas folhas podemos nos refrescar pelo caminho! E o caminho vai ficando cada vez mais lindo! E então passa por nós a primeira revoada de andorinhas, que na verdade se chamam Taperuçu de Coleira Branca (Streptoprocne zonaris). Nossa, foi muito bacana! Elas vivem na fenda da Cachoeira da Fumacinha, mas conforme as primeiras pessoas vão chegando lá, elas saem em bandos e passam o dia fora, voltando só no final da tarde. Elas passam por nós resgando! Fazendo aquele barulho de vento! É muito bonito assistir isso!!!!! Então caminhamos mais um pouco e chegamos na entrada da fenda onde fica a cachoeira. Que lugar!!! Para entrar aí sem ser nadando, tem que se agarrar nas pedras e ir fazendo um malabarismo ali… Complicadinho o negócio! Mas depois disso tudo, vem a recompensa! Uma das cachoeiras mais lindas que eu já vi em toda minha vida! Sem dúvida nenhuma! Depois de um tempo contemplando essa obra divina, a Tati criou coragem de entrar na água. Coragem porque é uma das águas mais geladas que eu já entrei. É muito fria mesmo!!! Depois foi minha vez de encarar. Eu acabei criando coragem e fui até de baixo da cachoeira. Que experiência maravilhosa!!! Na volta estava tão frio que cheguei a ficar preocupado… Mas foi tudo bem! Quando voltamos o Murilo havia feito um delicioso café para nós que foi a melhor coisa para esquentar! Ainda ficamos um bom tempo por lá e depois fomos tirar umas fotos instagramers na tradicional pedra que fica na frente da cachoeira. O Murilo é tão preparado que até uma escadinha para ajudar na subida da pedra ele tem! E aí, toma-lhe foto! E então chegou a hora triste do passeio… A hora de ir embora. Juntamos nossas coisas e partimos. Uma longa caminhada nos aguardava Logo que saímos da parte mais fechada do canyon, o Murilo já avistou uma linda moradora local… Seguimos então nosso caminho. Mas pouco tempo depois, a botinha da Timberland da Tati abriu inteira no meio da trilho. Era uma bota com pouquíssimo uso e simplesmente se abriu inteira. Como pode uma bota dessa que custa uma fortuna simplesmente perder a sola no meio de uma trilha dessas? Por sorte o Murilo tinha uma cola justamente para situações como essa e consertou a sola da bota dela. Foi muita sorte estarmos com ele, porque ainda faltavam muitos quilômetros e sem a sola da bota ela estaria em apuros num lugar como esse. Com a botinha reparada, seguimos nessa trilha incrível. Paramos então para um último banho de cachoeira na Cachoeira do Encontro. É um lugar lindo que fechou com chave de ouro essa trilha! Ficamos lá o quanto foi possível! E ainda ganhamos mais um café, que caiu muito bem com o resto da nossa pizza!!!!! Tínhamos que partir, mas não antes sem tirar uma última foto… E a foto acabou sendo uma das minhas fotos preferidas! Essa aí vai virar um enorme quadro em casa e na casa de quem mais quiser uma cópia! Já foi direto para minha galeria de Fine Art à venda. Nosso caminho de volta ainda foi acompanhado do cachorro que mora na região e que todos os dias vai até a cachoeira para ganhar umas guloseimas dos turistas! Ele já é velhinho, mas pelo que contam, não falha nenhum dia! Como éramos um dos últimos e ele já era conhecido do Murilo, ele foi nos acompanhando a volta inteira! Ainda fizemos uma última parada antes do sprint final! E no final das contas, fizemos o final da trilha no escuro. Não conseguimos chegar antes de anoitecer. Foi legal essa parte noturna do passeio, mas ainda bem que já era relativamente no final! Como prêmio ainda paramos na casa de um conhecido do Murilo bem na saída da trilha para tomar um caldo de cana e comer ovos caipiras cozidos! E foi isso. Não poderia ter sido melhor nosso último dia de passeios pela Chapada Diamantina! Dia 8 Era o dia de voltar para casa. Era um longo caminho até Salvador para pegarmos nosso voo. E foi isso, foram 1.700 km rodados de carro, mais uns quase 80 a pé!!! Aproveitamos muito e esperamos algum dia poder voltar para fazer os passeios que não couberam nesse tempo. E é isso! Se alguém tiver alguma dúvida e qualquer coisa que eu puder ajudar, é só falar! Não esqueçam de seguir lá no insta: @profissaoviageiro. Abraço viageiros!
  2. Fala galera, meu primeiro relato aqui. Sou de Salvador-BA e já fui na chapada diamantina diversas vezes, devido a proximidade (400 km) acaba por ser um destino bem repetido. Felizmente a chapada é enorme e tem muita coisa pra ser vista, eu não cheguei nem perto de conhecer tudo que quero. Dessa vez resolvi aproveitar os dias de carnaval e fazer um rolé diferente e por ser uma época de alta temporada e também já conhecer os lugares mais comuns. Fiz toda a viagem de moto, pois como tinha poucos dias, seria praticamente inviável depender de transporte para se locomover entre os pontos que queria, no total acabei rodando 1480 km. Saí de Salvador com destino a Itaetê, um interior que já faz parte da chapada e fica a 420 km da capital. Preferi fazer um caminho que já conheço e sei que a estrada é bem deserta, que é passando por Ipirá e logo mais chegando em Itaberaba, o portal da chapada diamantina. No primeiro dia apenas cheguei em Itaetê e saí pra tomar uma cerveja com uns amigos, afinal, já era 15 h. Acertei com o guia para sairmos às 6 h da manhã do dia seguinte e visitar a Cachoeira Encantada.. acabei adiando pra 7 h por causa de uma mini-ressaca kkk Fiquei numa pousada bem simples (bem simples mesmo) e fiz meu café no quarto mesmo, com o material de camping e algumas coisas que tinha comprado no dia anterior. Saímos as 7 e percorremos aproximadamente 30 km de estrada de barro até onde deixei a moto e iniciamos a trilha. Achei bem tranquila, a pior parte é no início que precisamos subir um pouco, mas no resto é praticamente tudo plano. Trilha fácil pra quem tem costume de andar no mato, poderia tranquilamente ter ido apenas pelo wikiloc. Não lembro muito bem de quanto gastei, recordo que o guia foi R$150 (dividido por dois 75 pra cada) Chegar na cachoeira e não ter ninguém foi uma das melhores coisas que aconteceu nesse dia.. muita paz! Cachoeira Encantada Segundo dia saímos de Itaetê por volta das 11 h rumo a Igatu, enfrentamos uma estrada de uns 40 km de offroad com a intenção de conhecer a cachoeira Califórnia. Após 1h pilotando em estrada de terra, chegamos no asfalto e entramos em Igatu. Assim como no offroad, não dá pra andar rápido por Igatu, afinal, a estrada que dá acesso ao miolo da cidade é toda de pedra e a pista é bem estreita. Chegamos por volta das 14 h, montamos a barraca e já seguimos para a trilha da Cachoeira Califórnia. O início da trilha é bem de boa, porém mesmo com o wikiloc acabei me perdendo em alguns pontos, o pior deles foi quando estávamos a menos de 50 m da cachoeira, dava pra ouvir o barulho mas não foi tão fácil achar o caminho para chegar até o cânion (o GPS fica bugado em locais fechados) e pra completar, minha bota acabou soltando o solado e tive que ficar descalço mesmo. Depois de muito insistir e tentar inúmeros caminhos, finalmente chegamos.. e para nossa surpresa, NÃO TINHA NINGUÉM. Tudo perfeito, visual sensacional, água na temperatura certa hahaha. Aproveitamos bastante e antes do sol cair fomos embora. Dessa vez muito mais tranquilo pois já sabíamos o caminho. Terceiro dia seguimos para Rio de Contas pra finalmente subir o pico do Itobira, e como saímos tarde, só iriamos subir no dia seguinte. Nossa rota foi sair de Igatu até o entroncamento de Ibicoara, viramos a direita com destino a Jussiape, mais 50 km de offroad subindo e descendo serra. Chegamos em Rio de Contas e tivemos uma surpresa em encontrar a cidade toda enfeitada pro carnaval, logo mais tarde descobrimos que é tradição de lá o carnaval ser bem movimentado.. achei muito tranquilo e organizado. Ficamos no camping do Tilú ($20/pessoa) e à noite compramos comida o suficiente pra fazer o café da manhã, almoço e janta. Quarto dia, finalmente chegou! Acordamos às 4:50 pra organizar as coisas, gastamos 1:30 h arrumando tudo e partimos em direção ao povoado de Caiambola pra enfrentar mais uns 45km de offroad. Quando saímos o tempo estava bastante nublado e no meio do caminho começou a cair a chuva, por sorte consegui pilotar até achar um abrigo onde fizemos nosso café da manhã e esperamos uma trégua. Seguimos passando por alguns povoados até chegar no estacionamento onde dá acesso ao início da trilha pra subir o pico. Novamente organizamos tudo (mochila, material de camping, comida, roupas e etc) e partimos em direção a trilha. O meu maior medo era chegar no pico e não ter lugar pra montar a barraca, afinal, no estacionamento já haviam dois carros e a área do camping lá em cima é bem limitada, cabem apenas 3 barracas! Outra preocupação era sobre a água, no wikiloc tava bem sinalizado onde dava pra conseguir mas nunca se sabe se os lagos estariam secos ou não.. pra nossa sorte não estavam. Subimos com 4,5 L no total e foi a conta certeira pra passar o tempo que havíamos estipulado. A trilha é praticamente o tempo todo subida, sendo que o pior momento realmente é nos últimos 200 m de ataque ao pico.. porém não é nada impossível, é difícil sim e exige bastante cuidado em alguns pontos. O tempo ajudou bastante, pois tinham várias nuvens bloqueando o sol e não sentimos dificuldade nesse quesito. Ao chegar, todo o cansaço parece ser ofuscado pela linda vista que tem lá e pelo sentimento de superação que sempre existe ao subir um pico. Dei um giro no lugar pra me ambientar e procurar a melhor posição de montar a barraca e assim o fiz. Lembrando que o local onde se acampa não é o ponto mais alto, até chegar no pico ainda tem uma pequena trilha, acabei não indo lá pois já estava satisfeito com o local do camping. O tempo estava bastante inconstante, tinham muitas nuvens carregadas que quando passavam pelo pico batia um frio sinistro, já sabia que à noite ia ser complicado Aqui vai o conselho que ouvi de um amigo e que foi bastante útil: LEVEM ROUPA DE FRIO! Fui com um kit de segunda pele (camisa, meia e calça), fleece, corta vento, touca, duas luvas, saco de dormir, isolante térmico E AINDA ASSIM SENTI FRIO. kkkkk Outra dica que pra mim foi um dos motivos de ir até lá, admirem o céu, é SURREAL. Ele estava completamente nublado às 19 h, praticamente não dava pra ver uma estrela e magicamente se abriu às 3h da manhã que foi o horário programado pra tirar essa foto. Acordamos por volta das 8 h no dia seguinte pra descer e depois de organizar tudo, saímos por volta das 10:30. A descida foi sofrida, não só pelas pancadas no joelho mas o calor estava INSUPORTÁVEL.. da próxima vez levarei uma camisa de manga longa com proteção UV e uma proteção para o pescoço. Chegamos em Rio de Contas por volta das 14 h, almoçamos e seguimos para Brumado-BA. A idéia era voltar pra Salvador por outro caminho, completando assim uma volta na Chapada. A estrada até Brumado, passando por Livramento é muito linda, uma descida gigante com um visual completamente diferente de tudo que já vi por aqui. Chegamos em Brumado já no final da tarde, pilotei sem pressa (como sempre) e ficamos num hotel (R$50 cada/ventilador e café) na entrada da cidade. Dia seguinte fizemos Brumado -> Salvador, caminho bastante longo e cansativo mas totalmente possível. Qualquer dúvida é só dar um alô. Mais fotos em: https://www.instagram.com/dihmorais Fiz 3 vídeos detalhando esse rolê:
  3. Antes tarde do que nunca, relataremos a seguir uma viagem de carro para curtir tranquilamente a Chapada Diamantina. Como já conhecíamos Lençóis e seus arredores, desta vez optamos por explorar outras paisagens e encontramos boas surpresas, como a vila de Igatu, um lugar encravado no meio das montanhas, com muitas trilhas e moradores cheios de histórias pra contar. A viagem durou 14 dias e começou em Brasília, no dia 13 outubro de 2012. Segue o relato, esperamos que ajude! Gastos prévios (todos os valores são para duas pessoas): - gasolina (32 litros) R$82,90 - lanche para estrada R$ 16,50 - lanches viagem R$52,30 Dia 1 - De Brasília a Ibotirama/BA Saímos de Brasília às 07hs30min, passamos por Posse/GO, Luiz Eduardo Magalhães/BA, Barreiras/BA e, depois de rodados pouco mais de 800km, chegamos em Ibotirama/BA, onde pernoitamos. Chegamos às 16hs e fomos direto para o Hotel Velho Chico (depois da ponte, à esquerda), pois tínhamos uma indicação de lá. O hotel é meio caído, o quarto estava sujo, mas valeu pela localização e saída direta para o Rio São Francisco: tomar uma cerveja gelada de frente para o rio e assistir ao espetáculo do pôr do sol não tem preço. Gastos do dia: - gasolina (27,47 litros) R$82,08 - 2 cervejas R$10 - isca de peixe R$23 Dia 2 - De Ibotirama ao Vale do Capão Pegamos a estrada às 7hs, rumo ao Vale do Capão. Passamos por pequenos vilarejos, à beira da estrada e em meio à paisagem árida, porém bonita. Mais bonito ainda é quando começamos a avistar os picos da Serra do Espinhaço, seus morros e chapadões. Depois de rodar pouco mais que 200km chegamos em Palmeiras, cidade que preserva algumas construções históricas e coloridas. Paramos, caminhamos um pouco e seguimos viagem. De Ibotirama até Palmeiras, a estrada estava toda asfaltada e em bom estado de conservação. De Palmeiras até a chamada Vila do Capão (ou Vila Caeté-Açú) são 28km de estrada de terra. Chegando na Vila do Capão fomos direto para a Pousada Pé no Mato, logo depois da ponte, na rua que dá acesso ao centrinho. A pousada é excelente: ótima localização, muito limpa e café da manhã farto. O local oferece diferentes tipos de acomodação: chalés individuais, suítes com varanda, suítes simples e quartos coletivos com banheiro compartilhado (tipo hostel). Optamos pelo chalé, com direito à rede na varanda e vista para a montanha. Tomamos uma cerveja no boteco da praça, experimentamos o delicioso pastel de palmito de jaca da Dona Dalva e jantamos um PF no restaurante da Dona Deli. Site Pé no Mato: http://www.penomato.com.br/ Gastos do dia: - hotel Velho Chico R$80 - gasolina (42L) R$124 - uma cerveja no boteco capão R$5 - 2 pastéis dona Dalva R$5 - 2 PF R$22 Dia 3 - Vale do Capão O café da manhã da Pé no Mato era servido a partir das 08hs, o que consideramos um ponto negativo. Mas vale a pena esperar, pois é muito bem servido: três tipos de suco, café, leite, frutas, granola, mel, queijo, pão quentinho, ovos mexidos, mingau de aveia, inhame cozido, banana da terra, beiju de tapioca, cuscuz de milho, tudo servido num ambiente super aconchegante. Partimos a pé para a trilha do Rio Preto e Cachoeira das Rodas, tínhamos algumas referências que encontramos no mochileiros. Caminhamos, caminhamos e eis que descobrimos que estávamos na trilha errada, quando encontramos um grupo que nos avisou que aquela era a trilha para a Serra do Candombá. Demos meia volta e pegamos a trilha “certa”. Após algumas subidas e descidas chegamos os poços do Rio Preto, que estavam bastante secos, devido à temporada de seca prolongada daquele ano. Demos um tempo e seguimos para a Cachoeira das Rodas. Chegamos num grande “escorregador” de pedra, pocinhos e banheiras naturais, mas com pouca água. À noite jantamos no café e restaurante natural O Galpão, na primeira rua à esquerda da rua da pousada (em direção ao centro). Comida saudável e gostosa, vale a pena. Gastos do dia: - cartão telefônico R$3,80 - restaurante O Galpão: suco, tagliarini e crepe R$24,50 Dia 4 - Vale do Capão Fomos de carro até a cachoeira Conceição dos Gatos, no povoado vizinho à Vila do Capão. Lá tem um poço gostoso, uma pequena queda d’água e bela vista para o vale. Na volta paramos para conversar com Zezão e Zenaide, que moram na entrada da trilha e cuidam do lugar. Batemos um bom papo regado a café, ambrosia e cocadas preparadas por Dona Zenaide. Jantamos na Pizzaria Integral Capão Grande, famosa por servir apenas dois sabores de pizza, um salgado e um doce. Local agradável e pizza gostosa. Gastos do dia: - 2 entradas cachoeira R$4 - doces R$10 - pizza e cerveja R$29 Dia 5 - Vale do Capão Fomos de carro até a comunidade do Bomba, de lá seguimos caminhando por uma trilha super agradável que leva ao Poço da Angélica e à Cachoeira da Purificação. Mais tarde lanchamos na Toca do Açaí, ao lado do restaurante O Galpão, lugar agradável e atendimento simpático. Comemos sanduíche natural e deliciosos pastéis assados recheados com palmito de jaca. Gastos do dia: - internet R$1 - cerveja R$3,20 - 3 pastéis e 1 sanduíche natural R$10 - cerveja R$5 - água 5L R$6,50 Dia 6 - Do Vale do Capão a Igatu Às 9hs45min deixamos a Vila do Capão, preferimos ir pela BR e não seguir por Guiné, pois o tempo estava meio chuvoso no vale. Passamos por Palmeiras, depois pelo Morro do Pai Inácio (estava bem nublado e já conhecíamos, por isso não subimos), pegamos trechos da BR 242 com intenso movimento de caminhões, seguimos por Andaraí e, finalmente, pegamos a estrada de pedra que leva a Igatu (6km). Estávamos ansiosos para conhecer Igatu e acabamos ficando lá por mais tempo do que o programado, mas menos tempo do que gostaríamos. A vila guarda histórias, gente e paisagens incríveis. Nos hospedamos na Pousada Flor de Açucena, bem na entrada da vila. A construção da pousada procurou preservar as características do local, de modo que grandes pedaços de rocha integram os quartos e demais ambientes. A pousada tem um lindo quintal, com muitas plantas e pássaros, sala de TV com aparelho de DVD, piscina, sauna, cozinha comunitária (os hóspedes podem cozinhar ali), área para barracas e acesso privativo ao Poço da Madalena. Recomendamos a Flor de Açucena! Fomos até o restaurante Água Boa e conhecemos o simpático Neo, que há oito anos administra o lugar. Experimentamos o godó de banana (prato regional) e comemos uma porção de carne de sol. Os preços das comidas não são muito amigáveis, mas o ambiente é agradável, o Neo é uma figura, a comida é boa e tem todo tipo de cachaça curtida em ervas e raízes. Conhecemos o Poço da Madalena e depois fomos até as ruínas da época do garimpo intenso em Igatu, passando pelo cemitério e pela igreja de São Sebastião, toda de pedra. Depois fomos à Galeria de Arte e Memória, próxima a igreja. As ruínas, o casario, as ruas de pedra, a comunidade, tudo faz de Igatu um cenário muito especial. Saímos caminhando pelas ruelas de Igatu em direção à praça central, vimos que o bar do Chiquinho estava aberto e fomos até lá. Chiquinho é um dos grandes personagens de Igatu e estávamos ansiosos para conhecê-lo. Durante as várias conversas que tivemos, Chiquinho nos contou que, alem de guia (“o mais famoso de Igatu”), ele é também raizeiro, grande conhecedor de plantas medicinais e seus usos, mestre de obras, “corretor” de imóveis, dono de bar, assistente de pesquisa (colaborou com vários pesquisadores que estudaram a região), caseiro, figurante de filme (aparece no filme O Homem que não Dormia)...enfim, muitas habilidades, mas sobretudo é trilheiro e montanhista! Seu bar fica na praça central de Igatu e abre apenas quando Chiquinho não está ocupado com seus outros afazeres ou quando dá na telha, pois ele não tem funcionários. Cachaças e infusões de ervas medicinais se misturam a objetos encontrados nas antigas “tocas” de garimpeiros espalhadas pela mata ao redor de Igatu, fotografias, livros, cartazes... Conversando com Chiquinho soubemos da grande queimada que deixou a Rampa do Caim em cinzas e que ele já havia combinado com outro casal de fazer a trilha da cachoeira da “Visagem”. Essa trilha tem partes que antigamente eram utilizadas pelos garimpeiros, mas estava fechada há muitos anos. Toda vez que avistava a Visagem, lá de longe, Chiquinho dizia: "ainda vou lá". Então conversou com um morador antigo da vila, pediu as referências e iniciou o processo de abertura e limpeza da trilha. Foram 31 dias de trabalho duro! Então lá fomos nós encarar essa “nova” empreitada. Site Pousada Flor de Açucena: https://sites.google.com/site/igatur/ Gastos do dia - 4 diárias da pousada no capão R$480 - taxa serviço pousada R$25 - gasolina (27L) R$77,55 - Restaurante Água Boa, almoço: 2 cervejas R$10; dose cachaça R$1; godó R$6; carne de sol R$16. lanche: 2 pasteis, caldo de feijão e cachaça R$10 - capuccino na galeria de arte R$5 - cerveja no bar do Chiquinho R$4 Dia 7 - Igatu Tomamos café da manhã na pousada, observando os pássaros que chegavam para comer as frutas nas árvores ao redor. O local onde é servido o café da manhã é muito agradável, dava vontade de passar horas ali. Conhecemos Alain e Juscilene, os donos da pousada, e logo depois chegou Chiquinho, com um ramo de arruda da serra, boa pra curar rinite e sinusite. Na noite anterior inalamos a infusão preparada por ele com a planta, mas nada se compara à sensação de cheirar a própria folha, após esmagada com os dedos e extraído o seu óleo: passados alguns instantes, os olhos ardem e lacrimejam muito, e ainda sentimos uma dormência se irradiar do topo da cabeça até a nuca. O efeito dura em torno de um minuto. *Trilha da Visagem Perto das 9hs iniciamos a “trilha da Visagem”. Valente, o cachorro do Chiquinho, também nos acompanhou. Iniciamos subindo a rua ao lado do bar do Chiquinho, passamos por algumas casas de pedra construídas e alugadas por ele. Logo saindo da vila já tem várias áreas reviradas em busca de diamante. Seguimos por meio de um dos canais de garimpagem até atingir a vertente da margem direita do Rio dos Pombos. No caminho, alguns pequenos poços, muitas bromélias, orquídeas, cactus e plantas medicinais que Chiquinho foi apresentando: “velame” é planta boa para curar infecção urinária; “pedestre” é bom para dores e “esquecimento”; “arruda da serra” é bom para rinite e sinusite, dentre outras. Também encontramos a “batata da serra”, que colhemos e trouxemos para comer. Nesse trajeto ainda há muitas tocas e nestas são encontrados utensílios utilizados antigamente nos garimpos. Continuamos subindo até chegar à toca do Chiquinho, onde descansamos, pois já estávamos caminhando por uma hora. Logo descemos para atravessar o rio e começar uma subida mais íngreme até contornar a primeira vertente na direção noroeste. Depois de subir e subir, ao atingir a passagem da vertente da margem esquerda, mais uma parada para descanso, onde já avistamos parte da baixada de Andaraí e logo continuamos mais a oeste, quando foi possível também ver um casal de águias. Mais adiante passamos por um lajedo e encontramos o que, segundo Chiquinho, seriam fezes de onça. Mais subidas íngremes, até chegar ao leito do rio, que estava completamente seco. Caminhamos por ele, contornamos um paredão, escalamos umas pedras ao lado do que seria a queda d'água da cachoeira seca (onde Chiquinho disse que ira colocar cordas, para garantir o acesso na época de chuvas), avistamos parte da “ladeira do império”, de um lado, e Marimbus e praias do Paraguaçu, para as bandas de Andaraí...se forçar bem a vista para o norte – diz ele – o que se vê é parte da crista da Cachoeira da Fumaça. Caminhamos um pouco mais e logo chegamos ao topo da Cachoeira da Visagem. A volta foi mais rápida, pois não paramos para descansar e já estava ficando tarde. O passeio durou o dia inteiro e terminou no poço das “cadeirinhas”, umas 17hs30, para um banho revigorante e um belo pôr do sol. Chiquinho nos contou que toda vez que percorria a Rampa do Caim avistava a Visagem e dizia que um dia iria até lá. Por ali, já passaram muitos garimpeiros e, no auge da exploração de diamante, comunidades viveram no que hoje são ruínas. Muitos caminhos antigos foram fechados pela mata densa e a idéia de Chiquinho é abrir e limpar alguns desses caminhos, fazer novas trilhas, mas para isso precisaria de mais apoio financeiro, inclusive dos donos de pousadas de Igatu, pois esse trabalho certamente estimularia o turismo no vilarejo. Fazer a trilha com Chiquinho é um privilégio! Pelas histórias, pelo conhecimento, pelo amor que ele tem pelas montanhas. Segundo Chiquinho, após a reabertura daquela trilha, apenas seis pessoas, contando com nós quatro, foram até lá com ele. Chiquinho é muito doido, se embrenha na mata, não tem medo de nada. Para acompanhá-lo é preciso disposição física e um bocado de cautela. O bom é que, na ida, ele vai parando, explicando tudo, mostrando as plantas, contando causos, sem pressa. No fim do dia, uma gelada no bar do Chiquinho e janta no restaurante da Edilurdes, o Xique-Xique, onde tem um PF bem servido, gostoso e com ótimo preço. Depois fomos conhecer o Seu Guina, outro “personagem”, dono do Bar Igatu, também na praça central, que funciona há 39 anos e onde vende-se de tudo um pouco. Gastos do dia: - guia R$50 - cerveja R$2 - 2 PF e 2 cervejas (lata) R$25 Dia 8 – Igatu O plano inicial era partir para Mucugê, mas era difícil deixar Igatu...Faltava conhecer outro grande personagem da vila: Amarildo dos Santos, que já foi professor, telefonista (quando Igatu tinha um posto telefônico), hoje trabalha no Centro de Atendimento ao Turista (quando está aberto), tem um pequeno comércio na sala de casa (ou “ponto do Amarildo”), é “fã número 1” da Xuxa e do Roberto Carlos e, sobretudo, é o guardião da memória de Igatu. Amarildo tem um verdadeiro arquivo público em sua casa. Fez, por conta própria, um censo da comunidade, que é atualizado constantemente ou conforme o transcorrer dos fatos em Igatu. Tem os dados exatos da população de Igatu: naquele dia 20 de outubro de 2012 moravam na vila 382 pessoas (até o dia anterior eram 386, mas 4 se mudaram para Mucugê). Os nomes de cada um dos moradores, sua idade e genealogia, estão registrados no caderno de Amarildo, e ele ainda classifica os moradores por gênero e se é nativo ou não-nativo. Há também o registro dos moradores temporários, dos carros e motos, dos turistas que visitam o seu “ponto” (são convidados a anotar o nome e a procedência em um dos cadernos). Amarildo também tem pastas organizadas por temas: pessoas famosas que visitaram Igatu, artistas que se apresentaram nos festivais de música de Igatu, meios de comunicação em que seu nome foi citado, dentre outros. Além disso, Amarildo é escritor, tem sete livros, que a cada ano recebem uma nova edição e são vendidos em seu “ponto”, todos manuscritos. As capas das edições de 2013 estavam expostas na parede e sobraram apenas dois exemplares de 2012 para vender, um sobre as atrações turísticas de Igatu e outro sobre a história de Amarildo. Compramos o segundo. Antes de deixarmos a sua casa, que fica bem próxima à praça, Amarildo ainda nos presenteou com dois lindos colares de semente de eucalipto, confeccionados por sua esposa. Passaríamos horas conversando com ele. Mais tarde encontramos Chiquinho na praça e ele abriu o bar para nós. Tomamos uma cerveja e conversamos um bocado. Chiquinho tem muitos causos pra contar sobre as trilhas, os amigos, os filmes dos quais participou, histórias de Igatu... Fazia muito calor e resolvemos tomar um banho no Poço da Madalena. O cenário estava lindo, com o sol batendo nas pedras e refletindo no poço. De lá fomos jantar novamente no restaurante Xique-Xique, na companhia de Valente, o cachorro trilheiro de Chiquinho – segundo ele, Valente “adora turistas”. Chegava a hora das despedidas...fomos até o bar do Seu Guina, trocamos idéia com ele, tomamos a última cerveja da geladeira, compramos um par de chinelos, um pacote de café e um requeijão de Jussiape. Voltamos ao bar do Chiquinho, compramos uma garrafa de infusão de Arruda da Serra e nos despedimos. Passamos no restaurante Água Boa, comemos mousse de limão e nos despedimos do simpático Neo. Em Igatu, as referências são as pessoas, as personalidades locais são as grandes riquezas daquele lugar. De alguma forma, Igatu nos fez lembrar de Remedios, em Cuba... Gastos do dia: - livro do Amarildo R$20 - 3 cervejas (lata) R$6 - 2 PF e uma lata R$22,50 - compras Bar Igatu: sandália R$10, café chapadinha R$3, requeijão R$15 e cerveja R$5 - infusão R$15 - mousse de limão R$4 Dia 9 - De Igatu a Mucugê Nos despedimos de Igatu. São 22km até Mucugê, 6 deles em estrada de terra. Lá chegando, nos instalamos na Pousada Pé de Serra e saímos para conhecer a cidade. Fomos até o Cemitério Bizantino, mas nem entramos, na verdade o que mais chamou nossa atenção foi a montanha que está atrás do cemitério, um belo paredão. Depois fomos até a Praça do Garimpeiro e ao Museu Histórico Municipal – o museu é bem pequenininho, mas gostamos de ver as fotos dos pioneiros, das pessoas que ajudaram a fazer a história da cidade e da região, boa parte delas descendente de escravos (quatro deles ainda estão vivos e com quase cem anos de idade). Almoçamos no restaurante da Dona Nena, uma simpática senhora, que serve deliciosa comida caseira no fogão à lenha da sua casa. Depois voltamos para a Pé de Serra e resolvemos subir no mirante, o acesso é privativo pelos fundos da pousada e a vista é linda! Foi muito impactante ver a fumaça provocada por uma grande queimada nas serras...muito fogo e a fumaça densa cobriu Mucugê naquela tarde. Caminhamos por Mucugê, que tem praças muito bem cuidadas, casario bem conservado e é emoldurada por lindas serras. Conhecemos a Pousada Refúgio da Serra e o Restaurante Cascalho, do simpático Zé Rubens. A pousada é muito bonita e os quartos parecem muito confortáveis, mas o preço não nos atraiu: R$160,00 (casal). Porem foi bom trocar uma idéia com o Zé, que nos contou um pouco sobre a história de Mucugê. Site Pousada Pé de Serra: http://www.pousadapedeserra.blogspot.com.br/ Gastos do dia - 3 diárias pousada R$300 - água 5L + refrigerante R$7,95 - restaurante Dona Nena (R$25/kg), duas refeições, cerveja e sobremesa R$33,50 - restaurante Sabor e Arte (R$34,90/kg) R$22,50 Dia 10 – Mucugê O café da manhã da Pé de Serra é servido num local aconchegante, com fogão à lenha e é muito gostoso: mandioca e batata doce cozidas, salsicha, cuscuz de milho, mingau de tapioca, ovos mexidos, pão, bolos, frutas, sucos, café e leite. A pousada tem uma área externa agradável, mirante e quartos simples, mas aconchegantes. Fomos para o Parque Municipal Sempre Viva, que conta com uma pequena exposição sobre as sempre-vivas e a história do garimpo na região. O forte do lugar são os poços e cachoeiras: a primeira, chamada Piabinha, estava bem seca; já o Poço do Tiburtino estava delicioso para um bom banho e formando pequenas quedas d'água com água morna. O lugar é lindo, dá para passar o dia inteiro ali. De volta à cidade, compramos doces e sequilhos na Vovó Ilza, ao lado da Pousada Mucugê e em frente à agência Trilhas e Caminhos, do Roberto Sapucaia, que tem bons mapas da região (envia pelo correio). Jantamos pizza bem fininha e crocante, no simpático Café.com, em frente à praça central. Depois tomamos uma cerveja no Bar, Restaurante e Lanchonete Central, situado num sobrado tombado como patrimônio histórico nacional. Sentamos no balcão, observamos o movimento e trocamos umas idéias com Zeca, o proprietário do bar. Site Trilhas e Caminhos: http://www.trilhasecaminhos.com.br/ Gastos do dia - 2 entradas parque R$10 - doces e sequilhos R$15 - pizza grande R$25 - cerveja R$5 Dia 11 – De Mucugê a Ibicoara Saímos de Mucugê às 08hs30, até Ibicoara são menos de 100km de distância e a estrada é toda asfaltada. Seguindo a recomendação do Neo, assim quem entramos na cidade fomos direto na agência Bicho do Mato e contratamos um guia, pois não é permitido entrar no Parque Municipal do Rio Espalhado sem estar acompanhado de um guia local. Para chegar até o Parque, a estrada é de terra e a Pousada Casa da Roça fica no caminho, então aproveitamos para deixar nossas coisas no quarto que havíamos reservado. Depois levamos quase uma hora para chegar até a entrada do parque, pois fomos devagar, conversando com o guia William e observando a paisagem. Além dos R$60,00 do guia pagamos mais R$3,00 para entrar no parque (cada um). Logo após a guarita atravessamos um rio (estava bem seco e deu para passar de carro) e paramos no ponto aonde começa a trilha (quando o rio está cheio os carros param antes). A trilha para a Cachoeira do Buracão é bem tranquila: passamos por pequenos poços, cachoeiras secas e cânions. Lá é área de transição entre o Cerrado e a Caatinga e fazia muito calor. Antes de chegar no cânion do Buracão temos duas descidas íngremes pela frente, que são os únicos momentos de trilha mais “puxada”. De repente estamos entre pedras, raízes enormes e árvores maiores ainda, um cenário muito bonito. Caminhamos até o Poço da Gameleira e ali nos trocamos, deixamos nossas mochilas, vestimos o colete salva-vidas (obrigatório) e nos jogamos na água escura do rio que desce a cachoeira e atravessa o cânion. Há também a opção de atravessar por uma pinguela e ir se agarrando no paredão de pedra até o poço maior, de frente para a queda d'água. Fomos nadando, flutuando por entre os paredões do cânion, não tinha correnteza. E eis que nos deparamos com a magnífica Cachoeira do Buracão, com seus 80 metros de queda d'água. O cenário é deslumbrante, um dos lugares mais lindos que já conhecemos. Nadamos até debaixo da cachoeira e ficamos lá por alguns instantes, depois ficamos sentados numa pedra, simplesmente contemplando tamanha beleza. Fizemos o percurso de volta e, no fim da trilha, ainda paramos para tomar um banho rápido nas piscinas naturais formadas no lajedo do Rio Espalhado e apreciamos o pôr do sol. Deixamos o guia na cidade e voltamos para a Casa da Roça. A pousada é super agradável: chalés rústicos e muito aconchegantes, muita área verde, excelente café da manhã e ótimos anfitriões. No momento da reserva combinamos a janta daquela noite e valeu muito a pena! Comemos deliciosas milanesas e tortilhas servidas na cozinha da casa e trocamos ótimas idéias com Bárbara e Daniel, os donos da pousada. Site Pousada Casa da Roça: http://www.acasadaroca.com/ Gastos do dia - 2 diárias pousada Pé de Serra R$160 - 2 entradas parque R$6 - guia R$60 Dia 12 – De Ibicoara a Rio de Contas Bárbara e Daniel cuidam de tudo na pousada, são eles que preparam as refeições e fazem questão de compartilhar bons momentos com os hóspedes. O café da manhã foi um dos melhores da viagem, tudo preparado na hora e servido numa acolhedora casinha de madeira. Éramos os únicos hóspedes naquele dia e tudo era muito farto: café, leite, chá, suco, cuscuz, panqueca, doce de leite, bolo, pão caseiro, bolinho de chuva, presunto, queijo, geléia, frutas...tudo delicioso! Passamos um tempão comendo e conversando com os dois, eles tem muita história pra contar. Depois do café conhecemos um pouco mais da pousada: muitas frutíferas, um roçado e um delicioso poço do rio que passa ao fundo. Deu vontade de ficar, mas partimos para Rio de Contas no fim da manhã. O caminho que pegamos para Rio de Contas, passando por Jussiape, é quase todo de terra, passando por uma serra cheia de curvas e que requer atenção, porém é um belo trajeto e vale o empenho, pois chegar ao sul da Chapada Diamantina possibilita avistar a Serra das Almas e os maiores picos da região, como do Barbado, do Itobira e o Pico das Almas. Nos hospedamos na Pousada Rio de Contas, que tem excelente estrutura: piscina, muitas redes, quarto muito limpo e confortável, além da excelente localização. Foi uma ótima pedida pra terminar as férias no maior “relax”. A cidade é uma gracinha, muito bem preservada. Nesse primeiro dia, além de aproveitar a piscina da pousada, caminhamos sem rumo pelas ruas, admirando o casario, as praças e as montanhas que cercam a cidade. Site Pousada Rio de Contas: http://www.pousadariodecontas.com.br/ Gastos do dia - 1 diária pousada Casa da Roça R$80 - janta para duas pessoas R$40 - geléia, banana desidratada, tempero e café orgânico R$24 - 2 cervejas R$8 - carne de sol, feijão e mandioca R$14 Dia 13 – Rio de Contas O café da manhã foi a parte fraca da pousada: pouca variedade e nada caseiro. Conhecemos o Museu do Zofir Brasil, que reúne obras curiosas do artista plástico local Zofir Oliveira Brasil, que transformava sucatas em arte. Depois passamos o resto do dia caminhando, tomamos uma cervejinha, compramos presentes...nada de mais e a idéia era essa. Gastos do dia - Museu R$4 - 2 cervejas e porção de mandioca R$19 - Café Serra das Almas R$8 - 2 kits de cachaça Serra das Almas (c/ 2 garrafas de 300ml em cada) R$36 - Sorvetes R$3,90 - Havaianas R$9 - Água 5L R$6 - Sopas, torradas, chá e bolachas R$15 Dia 14 – De Rio de Contas a Brasília Chegara o último dia de viagem...Pegamos a BR por Brumado, Bom Jesus da Lapa, Correntina e Posse, fomos direto até Brasília, gastamos umas 12hs de viagem. Gastos do dia - 2 diárias Pousada Rio das Almas R$220 - gasolina (Ibitira/BA - 42 litros) R$122 - lanche R$10 TOTAL (p/duas pessoas) : 2.675,73 Assim terminamos o relato da nossa viagem à Chapada Diamantina, lugar especial e cheio de surpresas...talvez a maior delas, para nós, tenha sido Igatu, não apenas pelas paisagens, mas pela história peculiar e, sobretudo, pelas pessoas especiais que conhecemos lá.
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