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Oi gente! Estou programando uma viagem pra Europa pra agosto. A princípio, chego pela Espanha, fico uns 5 dias por lá pra visitar uma galera e depois parto para a Holanda. Depois de lá, volto pra Espanha pra ficar mais 4 dias e voltar pro BR. Minha previsão pra Holanda são 13 dias e quero sugestões de cidades pra visitar. Dei uma pesquisada e selecionei algumas que quero ir com certeza e outras que não sei o quanto valeria a pena. Também gostaria de uma ajuda de quantas cidades caberiam nesse período de dias. As quero ir com certeza: - Amsterdã (5 dias); - Giethoorn; - Haia; - Roterdam; - Molenwaard (para visitar Kinderdijk). As que não sei quais incluir: - Haarlem; - Volendam; - Leiden; - Delft; - Zundert (cidade de nascimento de Van Gogh, o que me despertou certo interesse, mas não sei quanto valeria a pena). Agradeço desde já as ajudas que chegarem 🙂
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Em 2019, realizei a maior viagem da minha vida e agora, finalmente decidi compartilhar um pouco dela aqui espero que gostem! Capítulo 1: Preparação e França Em setembro de 2018, decidi largar a faculdade e juntar dinheiro para me jogar em uma aventura na Europa. Estava trabalhando em uma ONG de intercâmbio voluntário e fechei um pacote para passar 45 dias na Croácia por R$400 reais. Muito barato! Pelo menos tinha a hospedagem garantida. (Só vim saber exatamente onde ia dormir quando cheguei na Croácia, mas essa parte fica para outro momento) Tinha pouquíssimo tempo e pouquíssimo dinheiro (somente R$1000 guardados) pois planejava passar o ano novo em Paris (já que as passagens no inverno são mais baratas). Vendi praticamente TUDO o que eu tinha, roupas, livros, e vendia comida na rua (principalmente bolo vegano)! Contava a história de que estava indo realizar meu sonho de mochilar, e muitas pessoas me davam dinheiro sem nem pegar a fatia, para que eu vendesse para outra pessoa. Lembro-me de um dia em que ofereci o bolo para dois senhores em um restaurante chique: Um me deu uma nota de R$50 e outro, de R$20. Quase engasguei de surpresa hahaha 😅 depois de vender muito bolo, pastel e etc, consegui juntar R$2500, que somando com o que eu tinha guardado, foi o preço da passagem de ida e volta! Poderia ter pago bem mais barato se tivesse comprado com mais antecedência, então essa é a primeira dica: Se você for fazer na loucura que nem eu, presta atenção nas promoções e procure as datas mais baratas (usei o Skyscanner para isso) mas se você tem mais tempo, compre com antecedência, pois isso pode te fazer economizar uma boa grana! Outra dica: se você vai vender na rua para juntar grana e viajar, não seja seletivo. Eu era um pouco mais tímida, e só oferecia para pessoas que não estavam em grandes grupos e ainda era seletiva, escolhia na rua para quem ia oferecer. OFEREÇA PRA GERAL! HAHA Sério! Fiz vaquinha, continuei vendendo e tive também uma ajuda dos meus pais. Acabei indo com cerca de 800/900 euros (ou seja, eu iria me virar com uma média de 100 euros por mês). Na época, isso seria mais ou menos R$4000. Cheguei em Paris e nem podia acreditar que estava ali. Eu nunca nem havia saído do nordeste! Estava fazendo 7 graus, e eu estava com um agasalho de inverno. Porém quando eu digo inverno, é inverno nordestino, ou seja, não servia para quase nada me lasquei de frio, então outra dica: Não seja mão-de-vaca como eu fui na hora de investir em roupa de inverno. Porquê meu pensamento foi "São menos de três meses de frio, eu vou sobreviver". NÃO PENSEM ASSIM, PELO AMOR DA BICICLETINHA! Fiquei uma semana em Paris e dei um bate e volta em Versailles com uma amiga peruana que fiz através do Couchsurfing. Fui no museu do Louvre de graça (o Louvre é gratuito nos sábados à noite, na baixa temporada! Outro motivo de querer ir pra Paris no ano novo). Fui na Sacred Coeur, Notre Dame (não entrei porquê era pago) e bati bastante perna! Os franceses a quem pedi informação foram gentis e prestativos. O segredo é começar com "Bonjour/Bonsoir! Excusez-moi parlez-vous anglais?" (Bom dia/boa noite! Com licença, você fala inglês?) A ideia era pagar pelo transporte (e ainda paguei algumas vezes) mas os próprios parisienses me ensinaram como burlar o metrô 🤷♀️ quase não paguei transporte público nesse mochilão. Não estou dizendo que é certo, mas era a forma que eu tinha de economizar. Se você puder pagar, pague, pois se você for pego, paga uma multa de em média 100 euros! Duas vezes pedi informação sobre como comprar um ticket de metrô pois estava toda enrolada, nas duas vezes, as pessoas tentaram me explicar, mas resolveram pagar pra mim. Gentileza que você não espera! Fiquei na casa de duas pessoas do Couchsurfing. Me senti muito desconfortável na casa do meu primeiro host, era um francês que morava sozinho e era uma pessoa inconveniente, mas no da segunda, foi ótimo ❤️ uma paquistanesa super gente fina, que morava com o namorado francês e tinha um gatinho, o Pablito. Eles foram ótimos! A paquistanesa falava seis idiomas, incluindo português (se eu não soubesse que ela era do Paquistão, diria que era paulista pelo sotaque!) Maas, na noite de ano novo, acabei dormindo no hostel onde a minha amiga do Peru estava se hospedando. O metrô estava fechado (eram 3h da manhã) e eu teria que esperar até às 7h. Tinha uma cama vazia no quarto que ela estava: Ela parou um pouco, pensou e disse baixinho: "Fica aí até às 7h, antes de checarem os quartos para limpeza"! Dei um cochilo, às 7h acordei e meti o pé. Passei pela recepção sem olhar para trás, mas a pessoa que estava na recepção nem disse nada. Provavelmente é difícil saber quem é hóspede ou não em uma época tão festiva. Voltei para a casa do meu host com o c* na mão, pois quando cheguei na estação da zona que ele mora, eram 8h da manhã e ainda estava escuro - e não tinha ninguém na rua. Porém em um determinado momento passei por uma menina que estava andando e mexendo no celular tranquilamente e fiquei um pouco mais tranquila. A pessoa só faria isso em um lugar minimamente seguro, não é? Mas ainda fiquei em alerta até chegar na casa do meu host. Depois da França, peguei um voo para a Croácia (que estava incluso naqueles R$3500). Cheguei em Zagreb e peguei uma van até Rijeka, a cidade onde ficaria por 45 dias (acabei ficando 50 dias). 20190102_161214.mp4 20190103_132615.mp4
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Olá pessoal! Deixo aqui o relato da viagem que fiz com minha mãe em fevereiro de 2019. É o primeiro relato de viagem que escrevo, então já peço desculpas se algo ficar repetivivo ou não tiver detalhes. Vou escrever por partes, conforme a sequência da viagem. Let's go. Dia 1: apresentação e embarque Certo dia minha mãe (mamis) me revelou que tinha vontade de conhecer Paris e Roma. Ela não sabia explicar o porquê dessas duas cidades e não outras. Com bom viajante, compreendo perfeitamente essa vontade, imagino que vocês tb já quiseram visitar um lugar sem saber por que, apenas ir e pronto! Como ela não tem condições físicas nem financeiras de ir sozinha, decidi que a levaria para sua primeira viagem internacional e longa. Com essas duas cidades em mente, a primeira coisa que eu fiz foi comprar a passagem aérea (não recomendo fazer isso rsrs, mas eu tenho uma enorme dificuldade em planejar uma viagem, se não tiver as passagens compradas era como se não tivesse certeza de que ia viajar, aí imagino que estaria planejando a toa, aí não planejaria nada e acabaria não viajando). Com várias dúvidas ainda, recorri ao mochileiros, blogs de viagens, youtube etc. Coisas como onde se hospedar, o que ver e fazer, como se locomover, quanto tempo ficar etc. Como eu queria que mamis tivesse uma boa experiência ainda no voo de ida, optei pelas cias mais tradicionais, com boa avaliação dos usuários e que não tivessem históricos de transtornos, como perda de bagagens, atrasos etc. Nesse sentido, a melhor opção seria voar AirFrance, com a vantagem do voo direto até Paris. Comprei a passagem de SP até Roma com stopover de uma semana em Paris. Pra felicidade geral da nação, a KLM faz parte do mesmo grupo da AirFrance, então na volta podemos aproveitar outro stopover, desta vez em Amsterdam. Financeiramente a passagem saiu mais cara do que se fossêmos por outra cia, mas nessa hora o emocional ganhou do racional e comprei mesmo assim. A vantagem foi que os voos internos (de Paris a Roma e de Roma a Amsterdam) estavam inclusos e com bagagem, assim não precisei me preocupar em pesquisar voos com as low cost e gastar ainda mais pra incluir bagagem (uso isso como conforto mental pra justificar pagar a mais rs). Se eu fosse sozinho provavelmente não faria isso, mas como queria que mamis tivesse uma boa experiência valeu a pena. Outra coisa que pesou na escolha da cia foi o fato de ser a primeira viagem internacional de mamis, e também a primeira viagem longa de avião. Confesso que fiquei preocupado quanto a isso, pois o máximo que ela tinha voado antes eram 3h, e pegar um voo de quase 11h assim pode assustar um pouco. Graças a Deus ela não teve nenhum medo nem receio. Dona Sonia (mamis) no Aeroporto de Guarulhos, momentos antes de embarcar no Boeing 777-200 da AirFrance (ao fundo), rumo a Paris. Também foi a primeira vez dela em um avião grande, e a primeira palavra dela ao entrar no avião: "- Que lindo!". Imaginem a minha emoção rs! O voo trancorreu sem problemas. Pegamos turbulência na travessia do Atlântico, mas nada que assustasse. Mamis conseguiu dormir bem. A AirFrance não foge do padrão da econômica (serviço de bordo, sistema de entretenimento, espaço para as pernas e reclinação das poltronas, além dos clássicos travesseiros, cobertores e fone de ouvido), mas tem alguns "mimos" que poucas cias oferecem, como máscara de dormir e lenço umedecido para higienizar a mão antes da refeição. O grande destaque fica para a cordialidade das comissárias e, claro, o champagne que é servido como welcome drink, mesmo na econômica. Champagne servido no voo da AirFrance. Pelas passagens, paguei R$ 3.189,58 por pessoa, comprada em junho/2018 para embarque no dia 01/fevereiro/2019. Em dólares, saiu por U$ 717,00. Em julho fechei o seguro viagem com a Mondial/Allianz, que custou R$ 302,24 por pessoa (era mais caro, lembro que usei um cupon de desconto). Graças a Deus não precisamos de atendimento na Europa, então não tem como avaliar o seguro.
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Resumo: Itinerário: Amsterdã (Holanda) → Cairo → Alexandria → Assuã → Luxor → Santa Catarina → Sharm El Sheikh → Cairo → Amsterdã (Holanda) Período: 02/08/1998 a 14/08/1998 03/08: Amsterdã (Holanda) 04/08: Cairo (Egito) 06: Alexandria 07: Assuã 09: Luxor 11: Santa Catarina 12: Sharm El Sheikh 13: Cairo (Egito) 14: Amsterdã (Holanda) 14: São Paulo Ida: Voo de São Paulo ao Cairo pela KLM (que se fundiu com a Air France posteriormente), com parada de algumas horas em Amsterdã, o que me permitiu dar um passeio pela cidade. Volta: Voo do Cairo a São Paulo pela KLM, com conexão em Amsterdã. Nesta conexão não saí do aeroporto. O preço de ida e volta foi cerca de US$ 1,200.00. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então albergues, pousadas, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em toda a viagem só houve sol. E que sol ☀️. No Cairo, em Assuã e em Luxor disseram-me que os termômetros chegaram a cerca de 55C à sombra (foi o que disseram, mas não sei se era real). Temperatura um pouco mais baixa, cerca de 15C, só de madrugada em cima do Monte Sinai. Chamou-me muita atenção o deserto. Achei um ambiente lindo, mas extremamente hostil à vida. Inclusive tive um episódio de dificuldade com ele. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Fui muito bem tratado em toda a viagem, com raras exceções. Porém houve muitas pessoas ligadas ao turismo que desejavam vender produtos ou serviços a qualquer custo, acompanhando-me por vários minutos fazendo ofertas. Muitos outros atendentes de locais turísticos reiteradamente pediam gorjetas. Alguns hotéis pediram para ficar com o passaporte, o que não me agradou, dado que era meu documento de identificação. Diziam para eu andar com um cartão do hotel, caso fosse perguntado. Tive grandes dificuldades com a língua, pois a população em geral não falava inglês. Por isso precisei comunicar-me muito com as mãos, fazendo gestos. As paisagens e itens ao longo da viagem agradaram-me muito, com templos, pirâmides, santuários, palácios, museus, monumentos, montanhas, rios, praias, ilhas, áreas naturais e outros . Especialmente gostei da experiência no Monte Sinai, do Rio Nilo, do Mar Vermelho, do Deserto do Saara e do Templo de Karnak. Andei de carro alugado com motorista a maior parte do tempo. Para ir ao Sul peguei um trem. Fiz um cruzeiro pelo Rio Nilo por sugestão de uma amiga. Achei as estradas bem razoáveis. O trânsito foi um capítulo à parte. Completamente caótico para o meu padrão, principalmente no Cairo e em Alexandria, com muitos veículos e com pedestres, que não pareciam se preocupar com sua segurança. Mas eu ainda não tinha visto nada. Na Índia conheceria um trânsito muito mais caótico. A viagem teve alguns episódios complicados, mas nada que me parecesse realmente ter ameaçado minha segurança. Em Luxor, um guia local disse-me que se fosse fazer um passeio por conta própria, poderia ser alvo de terroristas. Gostei da comida local, mas também fui a locais de comida rápida, como McDonald's. Os preços no Egito eram um pouco mais baixos do que no Brasil, mas como eu achei que tinha pouco tempo, e dada a minha inexperiência, acabei comprando uma excursão, o que fez com que a viagem custasse mais do que poderia. Uma amiga, que já havia estado lá, deu-me várias sugestões de locais a conhecer e falou de eventos pelos quais tinha passado na sua viagem. Isso facilitou um pouco a viagem para mim. Eu planejei esta viagem de apenas 2 semanas porque estava saindo do meu emprego (dei cerca de 3 meses de aviso prévio, até entregar o projeto em que estava e mais vários pacotes adicionais) e tinha entendido que tinha sido contratado por uma consultoria, e achei que não esperariam por tanto tempo. Quando voltei, descobri que tinha havido algum mal-entendido ou eles tinham mudado de ideia e eu estava desempregado. Aprendi a não mais restringir minhas viagens por uma razão como estas. A Viagem: Fui de SP a Amsterdã no domingo 02/08/1998. Cheguei lá na 2.a feira 03/08/1998 no início da tarde. No avião vi uma propaganda sobre city tour em Amsterdã para paradas a partir de 3h, se bem me lembro. Minha parada era de cerca de 6h, então pensei na possibilidade de fazê-lo. Durante o voo fui conversando com um homem holandês de uns 70 ou 80 anos, que falava fluentemente português. Se bem me recordo, acho que morava em Holambra. Quando avistamos terra, ele apontou e me disse que era Portugal. Deu-me várias informações sobre a Holanda e falou que quase todos falavam inglês. Ao chegarmos, pareceu-me falar com orgulho do Aeroporto Schiphol, mostrando-me as obras sendo feitas e dizendo que estavam sempre melhorando. Amsterdã: Ao chegar ao aeroporto, em minha primeira viagem fora da América do Sul e em um país que não falava nem português nem espanhol, fiquei com um misto de receio e vergonha de me dirigir ao atendimento. Mas fui em frente. Após perguntar à atendente se ela falava português ou espanhol e ela dizer que só inglês, consegui descobrir informações sobre confirmação de conexões, horários e portões. Chamou-me a atenção como as holandesas eram bonitas 👩🦰. Geralmente meu padrão de beleza favorito é latino, mas realmente elas, apesar de terem cabelos e olhos claros, pareceram-me muito belas. Fui até a agência de turismo do anúncio no avião e perguntei sobre o city tour. Dava para fazer no tempo que eu tinha e iria sair em breve. Custava 35 florins, que eu disse para o atendente que era bastante caro, o que me pareceu desagradá-lo, quando respondeu confirmando que sabia disso. Dava cerca de uns US$ 20.00. Paguei e saímos logo a seguir. Fui acompanhado por um casal de irlandeses, se bem me recordo (britânicos eram). Para as atrações de Amsterdã veja https://guia.melhoresdestinos.com.br/o-que-fazer-amsterda-59-334-p.html e https://wikitravel.org/en/Amsterdam. Achei a cidade muito bela, na rápida visita que foi possível. Os canais no meio das ruas, que o guia disse serem de água doce, as construções típicas, a área verde do aeroporto até a região mais povoada etc. Não entrei, mas vi de longe a fila para entrar na Casa de Anne Frank. Passamos pela área central de cafés e pontos de diversão, em que profissionais do sexo ficavam dentro de vitrines esperando por clientes. Passamos também pela praça central (acho que era a Praça Dam). No fim, paramos em uma espécie de fazenda, em que nos mostraram o processo de criação das vacas e fabricação de queijo. Havia uma loja, onde apreciamos os produtos, mas nenhum de nós comprou nada. Acho que isso aborreceu um pouco o guia, que no retorno nos relatou estar com dor de cabeça. As ruas, estradas e o carro do city tour eram muito bons. Tive alguma dificuldade com o inglês em algumas ocasiões, mas no geral foi possível entender e ser entendido. Após chegar ao aeroporto, embarquei numa subsidiária da KLM para o norte da África, a Martinair. Saímos por volta de 20h. O voo foi tranquilo, mas estava cheio. Havia duas mulheres com trajes típicos árabes nos bancos à minha frente. Quando chegamos, perto de 1h da 3.a feira 04/08, uma delas, que carregava 2 bebês, um em cada braço, aparentemente começou a passar mal. Estava sentada, girava os braços com os bebês de um lado para o outro e tinha fisionomia de quem parecia que estava em delírio. A outra estava dando risada ao lado. Eu fui abrir o compartimento de bagagem para pegar minha mochila e caiu uma caneta no chão, perto delas. A outra deu mais risada ainda. Eu fechei imediatamente. Esperei um pouco e abri novamente e caiu algum outro objeto pequeno. Desta vez ela me olhou com repreensão. Concordei com ela e fechei o compartimento, até que a porta fosse aberta, a sua amiga voltasse a si e não houvesse risco aos bebês. Egito: O processo de imigração foi um pouco lento e com alguma rispidez. Acho que o idioma influiu nisso, pois eu não falava muito bem inglês e também não era a língua deles. Concluído o processo de entrada eu saí da área reservada e fui para o saguão de desembarque do aeroporto. Logo veio um rapaz oferecer-me serviços turísticos, mas em princípio eu recusei. Tentei usar meu cartão Visa Electron, diretamente ligado à minha conta no Brasil, para sacar o dinheiro inicial para a viagem. A máquina parecia meio antiga, se comparada às existentes no Brasil. Coloquei o cartão, mas ela parecia não aceitar bem. Empurrei com um pouco mais de força. Ela aceitou, mas travou o cartão e o engoliu. Eu quase não tinha levado dinheiro em espécie. Apareceram rapidamente duas pessoas locais que estavam no saguão e ficaram ao redor da máquina. O rapaz que havia oferecido apoio pediu a eles que não fizessem isso e disse que meu problema era seu problema e que iria me ajudar. Foi procurar o responsável pela máquina. Eu estava preocupado com a situação. Após algum tempo, veio um homem, aparentemente de pijama (estava de gorro com bolinha pendurada por um fio em cima), com uma chave abriu a máquina, devolveu-me o cartão, fechou-a e a religou 😃. Eu agradeci muito. Paralelamente chegou um agente de turismo, acho que seu nome era Ahmed, provavelmente chamado pelo rapaz que havia me oferecido apoio e me ajudou com o cartão, e começamos a conversar. Dada a dificuldade da entrada e percebendo a dificuldade na comunicação devido à língua, comecei a cotar com ele o preço de uma excursão. Falei da quantidade de dias e do interesse num possível cruzeiro no Rio Nilo, que uma amiga havia sugerido. Ele fez uma sugestão de roteiro com Cairo e arredores, Alexandria e um cruzeiro pelo Rio Nilo passando por Assuã, Luxor e arredores. Eu gostei, mas disse a ele que desejava conhecer o Monte Sinai e o Mar Vermelho. Ele se surpreendeu e disse um pouco exaltado “Are you crazy my friend? Do you know where Sinai Mountain is? - Você está louco meu amigo? Você sabe onde fica o Monte Sinai?” 😃. Eu calmamente abri minha mochila, peguei uma revista Geográfica Universal (que localizei e está a meu lado agora, enquanto escrevo), folheei algumas páginas e mostrei para ele uma foto do Mosteiro de Santa Catarina aos pés do Monte Sinai. Ele fez uma expressão de decepção, deu uma pausa e me perguntou depois qual era meu objetivo. Eu respondi que meu interesse era espiritual e místico. Ele pensou, se me recordo que deu um telefonema, e depois me propôs que fossem reduzidos alguns dias dos outros trechos e que eu viajasse para o Monte Sinai para chegar ao entardecer, dormisse no Mosteiro, subisse durante a madrugada e visse o nascer do sol do pico. Eu adorei a ideia 👍. Na mesma revista, ele me mostrou a foto de Sharm El Sheikh, banhada pelo Mar Vermelho. Perguntou-me porque eu queria ir até lá e eu respondi que adorava praias e só desejava molhar as canelas. Ele riu e me disse que para molhar as canelas eu teria que andar muito, mas como já tinha concordado com a ida ao Sinai e o Mar Vermelho era um pouco à frente, não ficou muito incomodado e viabilizou 1 dia no Mar Vermelho. Depois de tudo combinado, ele me disse que queria seu dinheiro. Não me lembro do valor com exatidão, mas creio que foi um pouco mais de US$ 1,000.00. Eu expliquei o problema que havia ocorrido com a máquina, mas como ela tinha voltado a funcionar, fui dar uma olhada nela. Resolvi tentar, desta vez com a maior delicadeza possível e bem devagar. A máquina aceitou o cartão, processou-o, deixou-me navegar nas transações e me liberou o dinheiro e o cartão 🙏. A seguir, o agente direcionou-me para um motorista que me levou ao hotel que ele havia indicado, sem problemas. Acho que o hotel chamava-se Faraó ou Concorde ou algo semelhante. Para as atrações do Cairo veja https://www.lonelyplanet.com/egypt/cairo/attractions, https://wikitravel.org/en/Cairo e https://visitafrica.site/visit-cairo.html. Os pontos de que mais gostei foram o Complexo das Pirâmides, o Deserto do Saara, o Museu Egípcio, o Rio Nilo, A Mesquita de Citadel, o Mercado Khan El Khalili, a área de Giza, a área de Memphis, mesquitas populares, galerias de arte local e a cidade como um todo . Na 3.a feira 04/08 pela manhã, após dormir um pouco, tomei café da manhã. O guia e o motorista vieram até o hotel para sairmos para conhecer a cidade, o que repetimos na 4.a feira dia 05/08. Numa das manhãs fomos ao Museu do Egito , que me pareceu muito interessante, com muitos monumentos e objetos típicos do Antigo Egito. Na outra manhã fomos ao Complexo de Citadel , que possuía uma enorme mesquita, mas não frequentada, acho que apenas para visitação de turistas. Numa das tardes fomos visitar o Complexo das Pirâmides, em Giza . Nesse dia aproveitei e entrei numa delas, na de Quéfren, a intermediária. O interior estava vazio, mas foi interessante ver como as pessoas precisavam curvar-se para poder entrar nas passagens. Na saída acabei andando de camelo, mesmo sem querer, que pensei que estava incluído, mas depois veio o cuidador cobrar o passeio. Havia conjuntos habitacionais no entorno das pirâmides, o que tirava bastante daquele ambiente histórico delas no meio do deserto, que eu tinha imaginado. Depois de conhecer as pirâmides e a Esfinge, tive uma ideia brilhante 😃. Resolvi dar um passeio a pé no deserto, por conta própria, sem equipamento nenhum nem água. A temperatura estava por volta de 50C à sombra (foi o que disseram, mas não sei se era real). Era o meio da tarde. Andei cerca de 15 ou 20 minutos, até perder as pirâmides de vista, pois ficaram encobertas pelas dunas. Olhei para o deserto à frente, só com dunas e areia. Pensei em andar um pouco mais, talvez mais uns 15 ou 20 minutos. Mas pensei melhor e resolvi voltar 🙏. Foi a minha sorte. No meio do caminho de volta, já estava com muita sede, provavelmente com princípio de desidratação. Quando cheguei de volta às pirâmides, estava morto de sede. Entrei numa loja do KFC ou McDonald's (acho que era KFC), em busca de algo para beber, mas o guia me viu e disse para irmos, que eu poderia beber no caminho. Levou-me então a lojas de itens de ouro e joias e lojas de tecidos e tapetes para eu conhecer. Eu peguntei ao dono onde havia algo que pudesse comprar para beber. Seu empregado me trouxe uma garrafa de coca cola padrão de cerca de 300 ml. Eu bebi quase num gole só 😃. Percebi que ele ficou surpreso. Ele pacientemente apresentava-me os itens, que achava que eu poderia comprar, mas eu não quis nenhum. Perguntei novamente onde poderia comprar algo para beber. Depois de algum tempo, seu empregado me trouxe outra coca cola, Bebi com mais calma, mas, ainda assim, com grande ímpeto. Já bem melhor, deixei claro meu interesse por comprar algum líquido para beber e que não pretendia comprar nada mais, apenas desejava levar lembranças no coração. Ele acabou sua explicação, ficou decepcionado por eu não ter comprado nada e disse que não haviam mais coca colas. Eu agradeci e perguntei quanto era, mas ele disse que não era nada e fazia parte da hospitalidade egípcia. Na loja de tecidos e tapetes, comigo já bem mais hidratado, pacientemente ouvi o atendente explicar sobre os itens, mas repeti que apenas desejava levar lembranças no coração. Numa outra ocasião fomos a Memphis, onde me impressionou o Colosso de Ramsés II. Em uma das ocasiões, vi moedas da época de Alexandre Magno no museu. Depois, na rua, o guia mostrou-me um homem vendendo moedas idênticas (até o desgaste pelo tempo era igual). Se eram falsificações, eram muito bem feitas. Acho que eram autênticas, o que me deu um sentimento de melancolia, pois mostra que nossa civilização quase não dá importância às civilizações antigas. Em outra ocasião um atendente de uma loja de papiros contou-me a história do mito de Ísis e Osíris (https://www.muitocurioso.pt/o-mito-de-isis-e-osiris-a-historia-completa). Numa visita a uma loja (acho que o guia ganhava comissões por me levar a elas), ofereceram-me hibisco para beber. Eu aceitei e elogiei, dizendo que estava delicioso. O homem que me ofereceu olhou-me seriamente e disse para o guia, como que em tom de estranhamento "Ele disse que é delicioso". Quando saímos de lá, perguntei ao guia se costumavam beber hibisco. Ele me disse que não, que era um costume muito negativo aos olhos deles. Como o hibisco não é alcoólico, não sei se entendi bem a situação (posto que bebida alcoólica é reprovada no Islamismo). Numa das tardes, em que havíamos chegado cedo, perguntei ao motorista Iasser (acho que era este o nome) se poderia levar-me ao Mercado Khan El Khalili, que não estava no roteiro. Disse que sim e combinamos o preço. Ele não falava inglês, mas conseguimos nos entender razoavelmente. Achei o mercado bem interessante, com tanta variedade de produtos típicos. Pareceu-me enorme. Dentro, pude conhecer uma mesquita não turística, que era lotada. Entrei com cautela e explorei seus vários pontos. Nesta e em outras ocasiões, Iasser ajudou-me a aprender algumas palavras em árabe e sempre procurou ajudar-me em tudo o que podia. Ele era bem jovem. Imagino que tivesse uns 20 anos. Numa das tardes, após chegar dos passeios, resolvi sair por conta própria para andar. Achei bem interessante os arredores do hotel e a área nas margens do Rio Nilo. Entrei numa pequena vila onde havia uma loja de artes (papiros etc). Perguntei se poderia entrar para ver os itens e os donos concordaram. Mas eles queriam vender-me de qualquer modo. Após conversarmos bastante e eles fazerem muitas ofertas, disse amistosamente que iria embora. Um deles me disse que gostaria que eu comprasse algo com o dinheiro que tinha na minha carteira, apontando para o meu bolso, num gesto demonstrando um pouco de insatisfação. Fiquei meio preocupado com o ocorrido, despedi-me e saí. Após andar um pouco em direção à saída da vila, vi 2 homens andando rápido em minha direção. Eles gesticulavam e falavam alto. Eu acelerei o passo e eles também. Pensei que tinha cometido algum tipo de ofensa e acelerei mais ainda, quase correndo. Eles aceleraram também e começaram a gritar. Ao chegar ao fim da vila, que saía numa enorme avenida, tentei passar no meio de dois carros estacionados, para ver se me livrava da situação, mas acabei ficando entalado. Pensei que estava encrencado e que poderia sofrer algum tipo de violência. Eles vieram em minha direção, desviaram dos carros e foram em frente. Eles estavam gritando para o motorista do ônibus que pretendiam pegar. Por isso estavam correndo também 😃. Depois de ficar uns 2 minutos rindo da minha ignorância, eu me desentalei e voltei ao hotel. No caminho um homem veio até mim e me fez uma pergunta em árabe apontando para seu relógio (acho que procurava alguém para consertar ou queria saber algo sobre a hora). Eu respondi em inglês, ele sorriu e me disse que pensou que eu fosse egípcio. Posto que eu era estrangeiro, convidou-me para ir a sua loja, pois tinha vários itens à venda 😃. Numa das noites, fui jantar num McDonald's. O atendente pareceu entender meu pedido, mas começou a fazer gestos que eu não entendi. Depois de repetir algumas vezes, sem que eu tivesse entendido, uma mulher que estava à minha frente, com trajes típicos árabes, virou-se para mim e me disse em inglês, bem claro, que ele estava me perguntando se eu queria comer no restaurante ou era para viagem 😃. Vi o guia fazer orações ao longo do dia, conforme recomenda o Islamismo, ajoelhando-se e voltado para Meca. Chamou-me atenção as mesquitas também chamarem pelos alto-falantes as pessoas para rezar nos vários horários indicados. Nestes passeios, pude ver como era caótico o trânsito do Cairo, bem mais complicado que o de São Paulo e do Rio de Janeiro, na minha opinião. Atravessar vias movimentadas não foi uma tarefa fácil para mim. Na 5.a feira 06/08, fomos até Alexandria. Saímos bem de manhã e voltamos no fim do dia, pois eu embarcaria para Assuã num trem que viajaria durante a noite. Para as atrações de Alexandria veja https://wikitravel.org/en/Alexandria, https://visitafrica.site/visit-alexandria.html e https://www.lonelyplanet.com/egypt/mediterranean-coast/alexandria. Os pontos de que mais gostei foram o Mar Mediterrâneo, as catacumbas, o anfiteatro romano, as áreas naturais, os monumentos e a cidade como um todo . Estava um dia bem quente, mas não tanto quanto no Cairo. Talvez uns 35C. O trânsito também parecia ligeiramente mais leve do que no Cairo, embora tenhamos presenciado um acidente ao longo do dia. Passamos pela praia, onde descemos e fui dar a volta numa espécie de construção antiga, aparentemente sem uso, onde havia apenas pescadores ou pessoas em situação de rua ou sob efeito de álcool ou alguma outra substância. Um deles inclusive pediu-me dinheiro. A vista do Mar Mediterrâneo pareceu-me linda. Interessante como nesta região os egípcios locais entram na água de roupa comum mesmo ou com roupas que cobrem todo o corpo. E, mesmo com o enorme calor, achei que havia muito poucas pessoas na praia, principalmente na água, comparado com o que seria no Brasil. O guia explicou-me que na cultura islâmica, ir à praia com roupa de banho é considerado muito negativo moralmente. O guia falou também da direção e da distância para a localidade em que os nazistas foram derrotados na 2a Guerra Mundial (acho que era El Alamein). Fiquei tentando descobrir onde teria sido a famosa Biblioteca de Alexandria. Ainda não existia a nova, que foi inaugurada alguns anos depois. O Farol de Alexandria vim a saber depois que tinha sido onde atualmente é a Cidadela de Qaitbay. Fomos visitar uma catacumba. No caminho encontramos uma mulher vestida inteiramente de preto, que provavelmente tinha ido visitar onde seu marido estava enterrado. O guia explicou-me que muitas viúvas vestem-se assim por vários anos. Disse-me que sua mãe havia usado preto por bastante tempo depois que seu pai tinha morrido. Achei muito interessantes as catacumbas e imediatamente lembrei-me que os primeiros cristãos reuniam-se nelas em Roma para fazer suas celebrações, inclusive como forma de fugir das perseguições. A temperatura lá dentro era bem mais amena, uns 10C a menos do que lá fora, provavelmente por causa das paredes de barro. Foi um alívio ficar lá por algum tempo. Passamos por um anfiteatro romano, muito bem conservado. Achei-o bem interessante. Passamos também por alguns outros monumentos e construções antigas. Almoçamos num restaurante local. O guia perguntou-me se eu queria feijão. Eu disse que sim, esperando que viesse um prato com vários itens, incluindo feijão. Depois de algum tempo veio um prato somente com feijão 😃. Ele sorriu e disse “Feijão”. Eu sorri levemente, mas um poco decepcionado e surpreso. Depois chegaram para acompanhar bolinhos de carne e pão árabe, se me recordo. À tarde fomos a uma região com hotéis, palmeiras, área verde e similares. Pareceu-me uma área bem agradável, com belas paisagens. O guia me disse que ali estavam hotéis muito caros, com diárias de centenas de dólares, que em outros países seriam várias vezes mais caros. No fim do dia voltamos para o Cairo. No carro tocava uma música que repetia muito a expressão “ia habib”. Havia também uma propaganda no Brasil em que uma música usava esta expressão. Eu perguntei ao guia o que significava “ia habib”. Ele pareceu surpreso e perguntou “o que?”. Eu repeti a pergunta, bem devagar. Aí ele riu, percebeu que eu estava ouvindo a música, e disse que significava “meu amor” e era para eu dizer para minha namorada. O guia me disse que era costume haver pagamento de uma gorjeta pelos serviços dos guias. Eu não imaginava e nem esperava. Achei que já estava tudo no preço do pacote. Se bem me recordo, dei-lhe cerca do equivalente a R$ 15,00 atuais. Ele comentou que era uma gorjeta muito baixa. Eu dei mais R$ 15,00 então. Acho que ele se ofendeu. Começou a me tratar com gritos. Precisávamos atravessar uma rua para comprar a passagem do trem ou obter algum tipo de documento e, fora das zonas de travessia, pareceu-me perigoso e resolvi esperar, mas ele disse que eu tinha que ir e eu, com algum cuidado, fui. Ele quase foi atropelado. Acho que tinha ficado transtornado porque esperava uma gorjeta muito maior. Ele foi me embarcar, levou-me até meu assento, deu-me orientações e se despediu. Eu me despedi, mas coloquei no bolso da camisa dele, antes de partir, o equivalente a R$ 150,00 atuais, se bem me lembro. Depois de algum tempo, o motorista, que tinha ficado triste com a situação, veio até a minha janela feliz, dizendo que o guia iria voltar a falar comigo. Em pouco tempo ele chegou, voltou a me tratar cordialmente, deu-me seu cartão, caso eu precisasse de algo, despediu-se novamente e, depois, ficou na janela até o trem partir. Viajei durante a noite e cheguei em Assuã pela manhã. Os relatos que eu havia lido antes de viajar diziam que os ataques dos grupos terroristas a turistas costumavam ocorrer no sul do país. Nove meses antes, um ataque no Templo de Hatshepsut tinha matado 58 turistas e 4 egípcios. A viagem foi tranquila. Pena que por ser à noite, não deu para apreciar a paisagem plenamente. Cheguei na 6.a feira 07/08 e fui procurar o barco do cruzeiro que havia comprado. Pareceu-me um bom barco 🛥️. Fiz os procedimentos de entrada e fui para o primeiro passeio. Como meu pacote era o mais básico, só tinha direito a motorista, sem guia. Logo que entrei no carro o motorista mostrou-me um crucifixo, dizendo que era cristão. Por ser uma 6.a feira, dia dedicado a Alá, creio que os motoristas muçulmanos não estavam trabalhando. O cruzeiro durou 3 noites e 4 dias, acabando na 2.a feira de manhã. Fomos de Assuã a Luxor, passando por ilhas e pequenas vilas às margens do Nilo. Em alguns locais havia apoio para passeios em terra. Acabei ficando na mesa com 2 italianas (acho que eram Ida e Ana Paula) e seu guia egípcio. O guia deu-me muitas sugestões sobre o que conhecer ao longo da viagem. Conversamos bastante sobre o Brasil, a Itália e a vida em geral. Um dos garçons, certa vez, comentou como eu tomava coca cola. Minha camisa tinha a marca da Coca-Cola também. Acho que foi uma das últimas ocasiões em que tomei coca colas, pelo que me lembro. Quando eu estava sozinho me servindo nas refeições, os cozinheiros disseram-me para descansar no primeiro dia e me alimentar bem, pois eu precisaria de muita energia para namorar as 2. Como eu não tinha esta pretensão, só dei risada 😃. Para as atrações de Assuã e arredores veja https://wikitravel.org/en/Aswan, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/aswan/ e https://www.lonelyplanet.com/egypt/nile-valley/aswan. Os pontos de que mais gostei foram a represa, o Rio Nilo, a Ilha de Philae, a Ilha Elefantina, os monumentos do antigo Egito e os núbios . Gostei também das paradas de Kom Ombo e Edfu e seus templos e monumentos. E gostei da navegação pelo Rio Nilo . Para as atrações de Luxor e arredores veja https://wikitravel.org/en/Luxor, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/luxor/ e https://www.lonelyplanet.com/egypt/nile-valley/luxor. Os pontos de que mais gostei foram o Templo de Karnak, o Vale dos Reis, o Templo de Hatshepsut, os monumentos do antigo Egito e o Rio Nilo . O sol aqui era inclemente ☀️. A temperatura nas horas mais quentes disseram-me que ficava entre 50C e 55C (foi o que disseram, mas não sei se era real). Num dos dias cheguei a tomar cerca de 8 garrafas de 1,5 litro de água, o que perfaz 12 litros. Isso sem contar o que bebi no café da manhã e no jantar. Quase não fui ao banheiro urinar. Suei quase tudo. O sol era tão forte, que a sensação não era de que queimava, mas sim de que estava cortando. Nesta etapa havia muitos vendedores nas localidades, que me acompanharam por bastante tempo e metros, oferecendo produtos,. Não desistiam. Depois de muitas ocorrências destas, falei em português e percebi que desistiram bem mais rapidamente. Embora um pouco grosseira, foi uma estratégia que acabei usando algumas vezes depois. Numa ocasião, um vendedor de água fez um preço mais baixo para mim. Eu comprei. Logo após apareceram europeus pedindo água ao longe. Ele olhou para mim um pouco tenso e disse para eu não dizer o preço que havia pago. Numa ida a uma das ilhas, acho que era Elefantina, havia um grupo de ingleses em um barco e me convidaram para ir junto. Eu disse que gostaria, mas um dos barqueiros disse que eu precisaria ir só e pagar o preço do aluguel completo. O inglês disse que eu poderia ir com eles se quisesse e poderia somente pagar uma parte do rateio, mas, logo em seguida, rindo, disse-me que eu era muito rico e poderia ir num barco só, se preferisse 😃. Acabei indo com eles. Eles eram pesquisadores ou professores das áreas de História, Geografia e afins. Uma das inglesas já havia estado no Brasil e falou da sua visita a Ouro Preto, ressaltando os aspectos econômicos da História. Acho que foi nesta visita que num dado momento ficamos um pouco distante dos outros, eu e um casal de ingleses, e dois atendentes egípcios vieram nos mostrar medidores do Nilo e aproveitaram para pedir gorjetas, que o inglês deu. Achei a Ilha de Philae linda e grandiosa com seus monumentos e templos. Kom Ombo e Edfu também achei muito belos. Como nós fomos geralmente no início da tarde, o sol estava muito quente e eu procurava me esconder atrás dos pilares para obter sombra. Dentre tudo que conheci na viagem, o Templo de Karnak foi um dos pontos que mais me agradou . Achei-o espetacular, com sua enorme quantidade de monumentos, de várias épocas, construídos em vários governos e de vários estilos. No Vale dos Reis, segui a sugestão do guia das italianas e fui conhecer as 3 tumbas que ele indicou. Pelo ingresso pago, só se podia conhecer 3, com livre escolha, exceto Tutankamon, que era à parte e em que eu fui depois. Achei o Templo de Hatshepsut diferente e bem interessante, bem como a história dela e suas representações em forma de homem. Ali tinha sido o atentado aos turistas alguns meses antes, então eu procurei ficar atento também. Houve uma vez em que fiquei bastante tempo no fundo do barco admirando o rio. Num dos dias, quando acordei, percebi que o barco já estava se movendo. Fiquei meio decepcionado por ter perdido parte do deslocamento, mas logo fui para cima para admirar a paisagem. O guia egípcio brincou comigo, dizendo que eu parecia o guarda do motor 😃. Em várias ocasiões perguntaram se eu era francês, pois eu estava viajando com uma camisa que havia ganho numa promoção de um posto de gasolina no Brasil, que tinha 3 desenhos da Torre Eiffel com as cores do Brasil, devido à Copa da França. Vários franceses que me encontraram ao longo deste trecho da viagem gozaram a minha cara devido ao massacre que o Brasil tinha sofrido da França um mês antes na final da Copa do Mundo da França 😃. Numa das tardes em que o barco se deslocava, fizeram uma espécie de festa, com crepes, bebidas e música suave. Achei muito boa. No último dia do cruzeiro houve uma festa de despedida, com vários jogos, como se fosse uma gincana. Foram divididas as pessoas em grupos. Eu e as italianas ficamos no grupo com espanhóis. Havia várias provas. Eu me lembro de uma de cantar uma música, de outra de pronunciar algumas palavras em árabe, de outra de uma mulher se vestir e se comportar como um homem e de outra de um homem se vestir e se comportar coma uma mulher. Uma das italianas (Ida) ficou com a prova de falar as palavras em árabe e conseguiu êxito. A outra italiana ficou com a de cantar. Ela cantava muito bem e ganhou bonificação na pontuação. Se me recordo, cantou “Paroles ”, em italiano. Eu fiquei com a tarefa de me vestir e me comportar como uma mulher. As italianas me vestiram e me pintaram. Acho que fizeram um bom trabalho, porque quem passava por mim fazia uma expressão de admiração “Ooh!” Coloquei algo como laranjas no peito e usei um salto. Caí do salto muitas vezes 😃. Desfilei alguns segundos e depois, fui, bem devagar, para não chegar, em direção ao mestre de cerimônias, aos garçons e aos trabalhadores, para dar um possível beijo neles. Mas todos sumiram. E eu acabei minha performance. Ganhei bonificação extra também 😃. As italianas me elogiaram bastante, principalmente Ida. O guia egípcio delas caçoou de mim, dizendo que no dia seguinte estariam as fotos na primeira página dos jornais brasileiros. Ida perguntou se eu queria ir até a “supa” ou algo parecido. Eu não entendi. Disse que sim. No dia seguinte vim a saber que era para ir até o terraço do barco. Antes de dormir ainda fui para a piscina, onde chegou depois uma das espanholas e outros depois. No dia seguinte, na hora do café, vários participantes vieram até nós e cumprimentaram a italiana por seu desempenho, dizendo que ela poderia seguir carreira. Depois, olhavam para mim e diziam gargalhando que eu também poderia seguir carreira. A ida parecia meio chateada e me perguntou porque eu não tinha ido ao terraço como tínhamos combinado. Aí que eu entendi. Disse que não tinha entendido, que “supa” para mim era sopa. Ela não gostou muito e fez algumas piadas em relação a isso. O guia egípcio delas me sugeriu um programa para o dia, alugando uma bicicleta e dando uma volta pelo Vale das Rainhas, se me recordo. Quando fui me despedir de Ida, ela parecia bem mais distante. Acho que ficou decepcionada com o ocorrido no dia anterior. Fiz a saída do barco e fui dar uma volta pela cidade. Resolvi fazer o que o guia tinha sugerido. Atravessei o rio, mas quando cheguei, rapidamente vieram vários guias me oferecerem seus serviços. Recusei todos, mas um deles começou a me acompanhar e insistir bastante. Eu disse que faria por conta própria, mas ele insistia em argumentar sobre as vantagens de ir com seu parente (acho que era seu cunhado). Depois de muita conversa, sem conseguir me convencer, ele disse que não seria viável eu ir por conta própria, pois terroristas poderiam atirar em mim. Eu não fiquei exatamente com medo dos terroristas, mas de que ele pudesse ter alguns conhecidos que viessem querer me atacar ou roubar. Então decidi realmente fazer o passeio de carro com seu cunhado. O passeio transcorreu bem, mas os itens a conhecer não eram tão espetaculares quanto os dos dias anteriores. De qualquer forma, não deixou de ser uma experiência interessante ver esta parte do país também. Depois do almoço, atravessei o rio de volta e fiquei andando pela cidade, enquanto esperava o horário do trem, que saía à noite para o Cairo. Enquanto margeava o rio, um rapaz de dentro de um barco chamou-me. Eu não entendi bem, mas como ele reiterou o chamado, fui até ele. Ele queria que eu lesse uma carta que uma ex-cliente e amiga sua (acho que belga ou holandesa) tinha enviado . Ele não sabia ler inglês. Eu li. Era uma carta de agradecimento amistoso. Ele então pediu-me para escrever uma resposta para ela. Eu escrevi o que ele ditou. No fim, ele pediu para eu colocar alguma coisa da minha cabeça, mas eu achei indevido, pois era uma carta pessoal. Como ele insistiu, eu sugeri algo amoroso, mas ele disse que não desejava fazer sexo com ela, que ela era só sua amiga. Mudei para algo fraterno, ele pareceu gostar, fechou a carta, ofereceu-me chá, eu recusei, mas ele insistiu novamente, para não deixá-lo constrangido por ter feito um serviço de graça, aceitei um pouco de chá e fui embora. Depois disso continuei a passear pelas margens do rio e entrei numa loja para conhecer os produtos, avisando que não desejava comprar. O dono pediu-me para ajudá-lo a traduzir termos em inglês para espanhol, pois via muitos clientes de língua espanhola e queria negociar em sua língua. Novamente uma situação inusitada 😃. Eu nem falava espanhol direito, mas tentei fazer o melhor que pude. Enquanto estávamos fazendo a tradução de algumas frases clássicas de negociação, como “Preço Justo”, chegaram algumas moças com aparência latina. Perguntei de onde eram e disseram que eram brasileiras. Começamos a conversar. Disseram que vinham de um evento em Hurghada, no litoral. Falamos sobre nossas experiências de viagens. Elas mencionaram o forte assédio que sofreram (provavelmente dos vendedores). À noite fui pegar o trem para o Cairo. Após embarcar, notei que havia uma diferença entre o nome impresso no meu bilhete e o nome do trem. Perguntei a algumas pessoas, incluindo passageiros, mas elas aparentemente não entenderam ou não souberam me explicar, posto que não falavam inglês. Quando chegou o comissário, ele me disse que estava tudo certo, o trem era aquele mesmo, pegou uma caneta e fez um pequeno traço em uma das letras, dizendo que provavelmente havia ocorrido uma falha na impressão do caractere 😃. Ficou claríssimo para mim como é duro ser analfabeto. Não saber ler limita profundamente a independência e dificulta fazer coisas básicas do dia a dia. Cheguei na 3.a feira 11/08 de manhã no Cairo. Devido ao que havia ocorrido na despedida, antes de pegar o trem para o sul, nem contava mais com o carro para ir ao Sinai e ao Mar Vermelho. Mas o motorista Iasser estava lá esperando-me atenciosamente e fomos. Fomos em direção a Santa Catarina, Mosteiro na Base do Monte Sinai. Chegamos lá no meio da tarde. Para as atrações de Santa Catarina veja https://www.descobriregipto.com/monte-de-santa-catarina-santa/, https://wikitravel.org/en/Mount_Sinai e https://en.wikipedia.org/wiki/Saint_Catherine,_Egypt. Os pontos de que mais gostei foram o Monte Sinai, o mosteiro e a vila em si . Após chegar e me estabelecer em um quarto que o mosteiro alugava, fui dar uma volta para conhecer o mosteiro e os arredores. Achei bem interessante a vida simples naquele local no meio do deserto. Durante o meu passeio vi uma moça, aparentemente acompanhando um rebanho de cabras (eu acho). Ela estava totalmente coberta pela roupa, só com o nariz e os olhos de fora. Percebi, pelos seus olhos, que ela riu. Acho que não estava acostumada a ver ocidentais fora dos limites do mosteiro. Conheci uma francesa (acho que chamava Daniele). Ela me disse que tinha 2 opções interessantes para ir até o topo do Monte Sinai. Uma era subir à tarde e ver o pôr do sol. Outra era subir na madrugada e ver o nascer do sol. As duas seria difícil fazer em sequência, pois a subida era dura e eu não aguentaria. Poderia passar a noite no topo também e ver o pôr do sol e o nascer do sol. Optei por subir durante a madrugada e ver o nascer do sol. Ela me disse que provavelmente minha noite não seria muito boa, pois havia muitos mosquitos ali 🦟. Realmente ela tinha razão. Depois do jantar, fui dormir, mas tive grande dificuldade devido aos mosquitos. Fui dormir 22h e pedi para me acordarem por volta de 2h. Mas os mosquitos (acho que eram pernilongos) deixaram-me dormir muito pouco. Acordei às 2h da 4,a feira 12/08 e fui dar uma olhada nos arredores. Havia bastante movimentação. Acho que muitos grupos pretendiam subir durante a madrugada. Eu me lembro de ter visto um grupo que aparentava ser de judeus. Resolvi ir para começar a subida então. No início do caminho de subida havia alguns homens com trajes de habitantes do deserto oferecendo aluguel de camelos🐪. Eu não quis. Moisés tinha subido a pé com mais de 80 anos, então acreditei que eu poderia também. Eles me disseram que a subida seria tranquila e eu não me perderia, pois estava com sorte de ser noite de lua cheia. Após andar um pouco, encontrei um grupo de holandeses, em sua maioria mulheres. Acho que tinham um guia. Perguntei se achariam interessante irmos juntos e elas disseram que sim. Mas elas tinham um pouco de sobrepeso e iam muito devagar, parando para tomar água após andar pouca distância. Depois de algumas paradas, eu comecei a ficar com medo de não chegar a tempo do nascer do sol (eu estava sem relógio). Educadamente disse para elas que iria na frente e as encontraria no topo. Elas sorriram e para minha surpresa agradeceram o trecho que fomos juntos. Já perto do topo, houve um trecho mais íngreme, em que foi necessário dar impulso com as mãos para colocar os pés depois. Mas nada que fosse de grande dificuldade. Cheguei no topo e já havia bastante gente. Inclusive parecia haver pessoas que haviam passado a noite lá e estavam dormindo em seus sacos de dormir. Creio que a subida durou cerca de 1h30 a 2 horas. Cerca de meia hora depois que eu cheguei, as holandesas chegaram. Lá em cima estava um pouco frio, talvez uns 15C ou 13C, bem diferente do solo lá em baixo. Fiquei esperando o nascer do sol. Enquanto isso aproveitei para fazer meditação e contemplar o Deserto do Sinai no escuro. Magnífico . Depois de algum tempo, comecei a ficar com um pouco de frio e sono, mas nada muito forte. Cerca de 4h30 ou 5h o céu começou a clarear, A cena pareceu-me espetacular, iluminando o deserto gradualmente . Então, depois de algum tempo, apareceu o sol, lá longe, saindo de trás das montanhas. Era possível ver uma ampla área do deserto e contemplar a sua magnitude . Apesar de cansado, foi uma experiência que adorei. Meditei mais um pouco e contemplei mais um pouco também, antes do sol esquentar a temperatura. Depois fui dar uma volta no topo, para ter uma visão completa de 360 graus. Descobri que havia uma capela lá, a Capela da Santíssima Trindade. Se bem me recordo estava fechada, mas pude apreciá-la por fora, na sua simplicidade e solidez. Fiquei bastante tempo olhando sob diferentes perspectivas a paisagem lá de cima, do lado do deserto, do lado do mosteiro e da cidade e do outro lado do deserto . Acho que por volta de 8h comecei a descer. Fui explorar um caminho que havia por trás da capela. Como já havia andado bastante nele, resolvi descer por ele. Acho que me perdi um pouco e demorei mais do que previsto, mas cheguei lá embaixo. Acho que era por volta de 10h ou 10h30. A temperatura tinha subido bastante. Comi alguma coisa como café da manhã e fui visitar os pontos que faltavam do mosteiro. Dei uma volta por dentro do mosteiro, vi suas instalações abertas ao público. Vi um local com vários crânios, que imagino que eram dos antigos habitantes do mosteiro. Perguntei a um visitante quem eram e ele me respondeu que estavam mortos. Seu amigo gargalhou ao ouvir a resposta 😃. Daniele perguntou-me se poderia dar uma carona para ela até Sharm El Sheikh, no Mar Vermelho. Eu disse que sim. Um pouco antes de sairmos, apareceram 2 americanos e me perguntaram se poderia dar uma carona para eles também. Eu concordei. Saímos perto do meio dia. Estava bem quente. O motorista Iasser pediu um pouco da coca cola ou água que estava numa garrafa no chão e, quando bebeu, cuspiu, dizendo que estava quente. Eu estava bem cansado, pela noite mal dormida, com poucas horas de sono (no trem na noite anterior já não tinha dormido muito bem) e pela subida e descida. Fiquei cambaleando boa parte da viagem e abrindo e fechando os olhos. Chegamos a Sharm El Sheikh no meio da tarde. Deixamos os americanos no hotel em que pediram. Fui até o hotel que o pacote havia designado para mim. Daniele perguntou se poderia ficar lá também e eu concordei. Chegando lá foram nos apresentar os quartos. Se me recordo, o atendente apresentou-me uns de que não gostei (naquela época eu ainda fazia questão de banheiro dentro do quarto). Falei para o dono do hotel que não estava bom, mas ele disse que aquele era só um dos quartos e que iria me apresentar outros melhores. O atendente apresentou-me um que achei bem razoável. No fim da apresentação disse que a água ficava fechada e, se eu precisasse usar, deveria avisar para que eles ligassem. Ao ver minha cara de espanto, ele me disse “Para que desperdiçar?”. Naquela época eu ainda não estava acostumado aos racionamentos de água em São Paulo e achei a proposta inaceitável, mesmo estando num país desértico. Falei para o dono que não estava bom e eu iria para outro hotel. Imagino que era seu melhor quarto. Ele se irritou e falou algum tipo de xingamento e me disse para ir para outro hotel. O motorista Iasser entendeu o xingamento e disse que era melhor nós irmos para outro local mesmo. Sugeriu um de que os americanos haviam falado (não me recordo se era onde haviam ficado). Daniele também não quis ficar lá, dizendo que os quartos eram sujos. Fomos nós 3 procurar por outro hotel. Chegando lá, atenderam-nos muito bem, tinham bons quartos, por preços bem aceitáveis (acho até que era mais barato que o outro oferecido pelo pacote). Mesmo tendo que pagar à parte (fora do pacote comprado), achei que era melhor ficar ali. Daniele, até onde eu lembro, também gostou e ficou lá. O agente de turismo do pacote não havia pago hospedagem para o motorista Iasser. Ele iria dormir no carro. Eu paguei à parte a hospedagem para ele. Daniele convidou-me para jantar, num dos trechos do trajeto. Eu estava morto de cansaço, agradeci, mas da maneira mais educada que pude, recusei. Talvez um passeio no dia seguinte, depois de uma noite de sono. Mas acabamos nos desencontrando. Eu jantei e dormi profundamente, até quase perder a hora no dia seguinte. Na 5.a feira 13/08, fui dar uma volta na praia e conhecer o Mar Vermelho 🌊. Não reencontrei Daniele. Não sei se ela ficou chateada por causa do jantar. Saí para caminhar pela orla calçada e depois fui para a areia. No Egito as praias eram privadas. Então não se podia ficar estabelecido na areia em qualquer local. Podia-se caminhar na beira do mar, mas mesmo para entrar no mar era necessário pedir permissão ao proprietário, que, naquele local, geralmente eram hotéis. A praia ali era bem diferente da que tinha visto em Alexandria, pois era basicamente frequentada por estrangeiros, acho que na maioria europeus. Usavam roupa de banho como nós. Havia até algumas mulheres fazendo topless, algumas das quais acho que ficaram um pouco incomodadas por eu passar pela beira da praia. Em alguns hotéis, perguntei se poderia nadar. Após me perguntarem se era só nadar, todos permitiram. Havia anúncios sobre prática de mergulho, esta sim acho que era cobrada (não sei se era o curso, o aluguel de equipamentos ou a simples prática). Indicaram-me uma praia pública a 20 minutos de caminhada aproximadamente. Depois de andar bastante na orla nas praias dos hotéis, resolvi ir para esta, para sentar um pouco. Chegando lá, vi que era uma pequena faixa de areia, espremida entre praias particulares. Mas o suficiente para sentar e ficar apreciando o mar e a orla. Entrei um pouco no mar, para nadar e me refrescar, visto que o calor continuava enorme. Falei com um egípcio que estava nadando, comentando sobre o calor e ele me disse que em agosto era assim mesmo. Depois de ter nadado bastante nas praias privadas e públicas e ter ficado contemplando o mar e a orla, resolvi voltar, pois precisávamos chegar no Cairo no fim do dia, visto que o avião saía no início da madrugada. Reencontrei o motorista Iasser, que parecia ter descansado bem. Peguei minha mochila e saímos com destino ao Cairo. Não me recordo se foi na vinda ou agora na volta, que quando passamos pelo Canal de Suez, ele falou brincando para os guardas que eu era irmão do Leonardo (jogador que foi da Seleção Brasileira, Flamengo, São Paulo e estava no Milan naquela época). Achei a estrada muito boa, tanto o asfalto como a infraestrutura. Num dado ponto, parecia haver um caminhão capotado na lateral da estrada. Iasser pediu para parar e foi levar uma garrafa de água para o local. Não sei se foi um acidente. Pelo que entendi dele, tinha sido, mas as pessoas estavam bem. Chegamos no Cairo já à noite. Ele disse que a companhia de turismo oferecia-me uma noite num hotel até a saída do avião, mas eu não quis. Achei que não era necessário e que a qualidade dos serviços da companhia não tinha sido muito boa. Ele me perguntou o que eu tinha achado da viagem. Respondi que tinha gostado do Egito, gostado dos serviços dele, mas gostado parcialmente da companhia de turismo. Ele pareceu ficar decepcionado pelo fato de eu não ter elogiado a companhia, do mesmo modo que fiz com o Egito e com ele. Desejei a ele felicidades e que conseguisse caminhar na direção de se tornar um profissional cada vez mais completo. No aeroporto pedi ao atendente que me acordasse um pouco antes do check in e deitei no banco para tentar descansar um pouco. Fiz o câmbio de volta e usei a pontuação (milhar e separador decimal) do Brasil. O atendente me disse que estava errado, pois era diferente da dos EUA, que provavelmente eles tinham como padrão. Ele já tinha ficado chateado porque havia dito que era para fazer o câmbio dentro da área de embarque, o que eu não entendi direito. Fui ao banheiro do aeroporto e os letreiros para definir qual era o masculino e o feminino estavam em árabe 😃. Entrar num banheiro feminino num país muçulmano poderia ser altamente problemático. Fiquei esperando alguém passar, mas não aparecia ninguém. Precisando ir ao banheiro, decidi optar pelo que tinha o chão do caminho para ele mais sujo. Acertei. Era o banheiro masculino. Provavelmente, pela quantidade de homens muito maior, havia mais sujeira. Embarquei e cheguei a Amsterdã no começo da manhã. O voo foi tranquilo. Durante o voo vi na TV a notícia de que haviam explodido bombas nas embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia em 07 de agosto, justamente quando eu tinha chegado ao sul do Egito. Em Amsterdã não saí do aeroporto. Comprei um pequeno queijo holandês e embarquei para São Paulo. No voo fiquei ao lado de uma moça que havia ido assistir os Jogos Gay. Ela parecia bem simples e não falava inglês, tanto que tentei ajudá-la com as aeromoças. No Brasil fizemos escala no Aeroporto do Galeão. Pude apreciar um lindo pôr do sol 🌅, enquanto esperávamos o avião para São Paulo. Cheguei em São Paulo sem problemas no fim do dia. Esta viagem me fez ganhar pontos suficientes para poder resgatar gratuitamente uma passagem da KLM para Buenos Aires, 3 anos depois.
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Se você está planejando a sua primeira visita a Utrecht, saiba que você terá um passeio encantador no centro da Holanda medieval. A cidade desempenhou um papel importante na história do país, e muito disso ainda pode ser visto hoje nos incríveis marcos de Utrecht já que esse local costumava ser o principal centro político, econômico e cultural da Holanda. Como o turismo é uma das principais indústrias aqui, as melhores coisas para fazer em Utrecht envolvem muitas caminhadas, passeios turísticos, comer e beber, e apenas apreciar a beleza encantadora desta cidade pitoresca, especialmente na Cidade Velha, onde você pode encontrar uma série de edifícios históricos. Há muitas coisas para fazer e desfrutar aqui, mas se você está limitado a fazer apenas algumas, aqui estão as que eu mais recomendo. Continue lendo em: 6 Melhores Coisas para Fazer em Utrecht, uma das Principais Cidades Holandesas
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Olá pessoal! Estou indo para londres e farei uma conexão longa em Amsterdam (8h) pela KLM e gostaria de conhecer rapidamente a cidade (somente os principais pontos, sem entrar em nenhum museu). Chego 12:30 e meu vôo para londres sai às 20:30. Sei que passarei pela imigração tanto em amsterdam como em londres, mas no desembarque em amsterdam eu vou sentido "conexão" ou vou para saída normal, como se estivesse já no meu destino? terei que pegar as malas despachadas ou elas irão direto para londres? Como devo responder na imigração? Digo que estou em conexão mas gostaria de deixar o aeroporto para conhecer a cidade? quais documentos vocês consideram importantes p/ apresentar? Sei que são muitas dúvidas mas to mega perdida (e com medo de ficar perdida lá tbm kkkkkk) Consigo sair do aeroporto de metrô? Alguém tem dicas de roteiro nos pontos principais da cidade? Pensei em fazer tudo de bike, mas nem sei como funciona pra alugar e nem se é um meio rápido de se locomover. VALEU GALERIS❤️
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Colecionando bandeirinhas: gaúchos na Europa 🇵🇹 🇪🇸 🇫🇷 🇧🇪 🇱🇺 🇨🇭 🇩🇪 Foram 24 dias de roadtrip pela Europa, passando por sete países: Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Suíça. De quebra tivemos mais dois dias de conexão no Marrocos. Foi uma “baita curtida”, neste relato trazemos detalhes da trip e alguns passeios que fizemos. RESUMO DA VIAGEM Data Local Data Local 25/11 Rio Grande, Porto Alegre - Brasil 10/12 Colônia – Alemanha 26/11 São Paulo – Brasil 11/12 Colônia – Alemanha 27/11 Casablanca – Marrocos 12/12 Frankfurt – Alemanha 28/11 Lisboa – Portugal 13/12 Frankfurt – Alemanha 29/11 Sintra, Coimbra, Aveiro – Portugal 14/12 Genebra – Suíça 30/11 Porto – Portugal 15/12 Genebra – Suíça 01/12 Burgos – Espanha 16/12 Barcelona – Espanha 02/12 Bordéus – França 17/12 Barcelona – Espanha 03/12 Paris – França 18/12 Madri – Espanha 04/12 Paris – França 19/12 Madri – Espanha 05/12 Paris – França 20/12 Serra da Estrela, Covilhã – Portugal 06/12 Bruxelas – Bélgica 21/12 Lisboa – Portugal 07/12 Bruges – Bélgica 22/12 Casablanca – Marrocos 08/12 Roterdã, Amsterdã – Holanda 23/12 São Paulo – Brasil 09/12 Amsterdã – Holanda 24/12 Porto Alegre, Rio Grande – Brasil SAINDO DO RIO GRANDE DO SUL 🇧🇷 Iniciamos nossa trip no dia 25 de novembro saindo da cidade do Rio Grande, no extremo Sul do Rio Grande do Sul, em direção a Porto Alegre. Percorremos 369 Km de ônibus, para embarcarmos em Porto Alegre rumo a São Paulo, sobrevoando a distância de 866 Km. Em São Paulo, de fato demos início a nossa trip internacional, embarcando no voo da companhia área Royal Air Maroc com destino a Lisboa, Portugal. Nesse voo sobrevoamos 7544 Km, com duração de 12 horas e 35 minutos, até chegarmos em Casablanca no Marrocos, local onde tivemos uma conexão de 24 horas. O que nos possibilitou conhecermos um pouco dessa cidade que foi cenário de um clássico dos cinemas nos anos de 1942, Casablanca. No dia seguinte, voamos cerca de 642 Km ruma a Lisboa. CONHECENDO CASABLANCA 🇲🇦 Ficamos hospedados no Relax Hotel (hotel de trânsito da companhia área Royal Air Maroc), próximo ao aeroporto Mohammed V, cerca de 34 Km do centro de Casablanca. Contratamos um táxi e visitamos os principais pontos turísticos da cidade: Mesquita Hassan II, Medina de Casablanca, Rick’s Café. Uma das características mais marcantes do povo árabe do Marrocos é a barganha, tanto ao fazer uma compra nas lojas da Medina de Casablanca, quanto ao pedir uma simples informação no aeroporto. Tudo se transforma numa árdua “peleia”, a qual se vence pelo cansaço. Os idiomas falados no Marrocos são árabe e o francês, o inglês não é o forte deles. E a moeda é o dirrã marroquino. ENFIM CHEGAMOS AO VELHO CONTINENTE EUROPEU Na chegada do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa alugamos um carro, o qual já havíamos efetuado a reserva pela internet com a empresa Sixt Rent a Car. Alugamos um Renault Clio ano 2017 (1.6 SW europeu a diesel), no valor de R$ 1422. A partir da chegada em Portugal, realizamos todas as viagens entre as diferentes cidades e países de carro. Foram cerca de 7237 Km percorridos entre Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Suíça. Dentro das cidades optamos por realizar os passeios caminhando, com o nosso companheiro de todas as horas, o chimarrão. Além de economizarmos no transporte e praticarmos uma atividade física, ainda podemos conhecer lugares que certamente passariam despercebidos se estivéssemos dentro de algum automóvel. Portugal 🇵🇹 Em Portugal visitamos as cidades de Lisboa, Sintra, Coimbra, Aveiro, Porto e Covilhã (região de Serra da Estrela). Particularmente de todos os 7 países visitados, o que mais gostamos foi Portugal. Além da facilidade com idioma e da comida, o povo português é muito hospitaleiro e as cidades oferecem tanto o agito, quanto o descanso. O pôr do sol regado a música de artistas de rua na Ribeira das Naus foi de tirar o fôlego, assim como comer os famosos pastéis de Belém na fábrica que existe desde 1837, em Lisboa. A subida caminhando até a Quinta da Regaleira em Sintra, foi compensada com o visual do Palácio da Regaleira, da cachoeira e do Poço Iniciático. Em Coimbra, depois de visitar a Sé Velha e o centro histórico, não podíamos deixar de degustar os pastéis de Santa Clara. Além disso, tomamos o nosso chimarrão na beira da Ria de Aveiro (Foz do Rio Vouga) e comemos os deliciosos ovos moles. Em Porto, com o nosso chimarrão, passeamos pela Ribeira do Rio Douro e degustamos o famoso bacalhau à Brás. A adrenalina de subir 1993 metros de altitude em Serra da Estrela e comer o famoso queijo feito com leite de ovelha, foi para fechar com tudo nossa roadtrip em Portugal. Espanha 🇪🇸 Na Espanha conhecemos Burgos, Barcelona e Madri. Em Burgos deu para “encarangar de frio”, chegamos na cidade a baixo de neve com temperatura de -5 °C, mas isso não foi impedimento para conhecermos o Arco de Santa Maria, a Catedral de Santa Maria de Burgos, a Plazza del Rey San Fernando, e também comermos os deliciosos tapas (petiscos) acompanhados de cervejas Estrela Galicia. Em Barcelona e Madri adoramos chimarrear no Parc de la Ciutadella, no Jardins do Retiro e no Templo de Debod, situado no Parque del Oeste, e comermos os famosos torrones espanhóis. Uma curiosidade sobre o povo espanhol, é que eles não gostam muito dos portugueses e dos brasileiros. Apesar do idioma espanhol ter aproximações com o português, os espanhóis com quem tivemos contato, se negavam a tentar nos compreender, sendo que nós conseguimos compreendê-los. França 🇫🇷 Se Portugal foi o país que mais gostamos, a França foi o que menos gostamos. Além de ser um país caro, também é atribuído muito status a cidades como Paris. Fora a parte central desta cidade, os bairros mais periféricos são sujos, com um trânsito caótico. Há uma discrepância entre o luxo da Champs Élysées e o restante da cidade. Mas como turistas, achamos linda a vista da Torre Eiffel, principalmente a noite quando começa a brilhar, o Museu do Louvre e a Catedral de Notre Dame. Em Paris também nos deliciamos com os famosos croissants, com os macarons e com a legítima champagne francesa (bem gaseificada), diga-se de passagem, uma fortuna mas valeu o investimento. Bélgica 🇧🇪 A Bélgica foi outro país que gostamos muito. As cervejas e os chocolates são os melhores do mundo, ganham até mesmo dos chocolates suíços. Em Bruxelas o tamanho do Manneken pis decepciona um a pouco, mas as luzes Grand Place superam qualquer expectativa. Uma parada obrigatória para quem vai a Bruxelas, e assim como nós ama cerveja, é ir no Delirium Café. Lá tomamos muitas cervejas (Delirium, Waterloo, Trappistes, La chouffe e Westvleteren), com tantos estilos diferentes de cervejas deu até para ficarmos levemente alterados. Outra parada, deve ser para comer fritas com molho samurai em algum mercadinho de natal. Em Bruges, depois de um passeio pelas construções medievais e os canais, comer waffles de creme de avelã transformam a cidade em um verdadeiro doce cenário romântico. Os idiomas falados na Bélgica variam bastante, sendo o francês, o alemão e o holandês (neerlandês). Holanda 🇱🇺 A Holanda é uma loucura. Roterdã tem edifícios fantásticos como as Casas Cubo e o Market Hall. Famosa pelas bicicletas e pelos canais, com seus coffeeshops e as vitrines com as profissionais do sexo, Amsterdã de forma organizada vem quebrando tabus. O Brasil ainda tem muito que aprender. Na Red Light District vale a pena fazer uma parada para tomar as cervejas típicas de Amsterdã, Heineken e Amstel. O idioma falado lá é o holandês (neerlandês). Alemanha 🇩🇪 Na Alemanha visitamos os melhores mercados natal, tomamos muito chopp e cervejas (Munchener, Dunkel, Vienna, Pils, Marzen, Kolsch), também comemos muito nürnberger würstchen (pão com linguiça alemã). Em Colônia nos encantamos com a Kölner Dom e com a sua história na Segunda Guerra Mundial. Já em Frankfurt vimos o entardecer tomando um chimarrão a margem do Rio Reno e quase comemos mett (carne crua de porco com temperos e pão), mas fomos salvos por uns senhores alemães que sensibilizaram com a nossa dificuldade com o idioma alemão. Em nossa roadtrip pela Alemanha foi bem difícil compreender este idioma, parecia que estávamos sempre sendo xingados. Suíça 🇨🇭 Na Suíça visitamos a cidade de Genebra. Assim como Paris esta cidade tem o custo de vida alto e o idioma falado é o francês. Os chocolates suíços são deliciosos, mas o destaque fica por conta do famoso queijo suíço, gruyère. A vista do Jet d”Eau, contemplada com um arco íris e o L’horloge fleurie formado com flores da época tornam a paisagem ainda mais bonita. Sobre a companhia aérea Royal Air Maroc Antes de comprarmos as passagens aéreas para Europa, realizamos pesquisas na internet para saber o país de entrada e a companhia aérea que ofereciam os melhores valores. Compramos as passagens pela companhia Royal Air Maroc, pela metade do preço que pagaríamos em outras companhias, pagamos R$ 2736,45 (ida e volta por pessoa). Nas nossas pesquisas encontramos diversas críticas sobre esta companhia, mas para nossa felicidade todas foram desmistificadas. Os serviços de voo foram de primeira classe. As refeições foram compostas por iogurte, pão, cookies, bolinhos, chocolates, carne, arroz, sopa, água, refrigerante, café, chá, vinho, cerveja, e muito mais. “Tchê tá louco”, o que mais fizemos neste voo foi comer, a todo momento os comissários de bordo se apresentavam nos corredores, carregando trolleys repletos de comidas gostosas. Durante o voo ainda podemos desfrutar de uma playlist com músicas marroquinas e assistir alguns filmes. Para os que preferem passar o tempo dormindo, foram distribuídos kits contendo: meias, vendas para os olhos, mantas e travesseiros. Um luxo só! Esta companhia também oferece para voos com conexão de 4 horas ou mais no Marrocos, alimentação e hospedagem gratuita nos hotéis da própria companhia. Após efetuar o desembarque no Marrocos, é preciso procurar o guichê da companhia Royal Air Maroc, que fica situado do lado de fora da área de embarque e realizar a reserva do hotel. Na área externa do aeroporto ficam as vans que fazem o translado do aeroporto Mohammed V ao hotel e vice-versa. Sobre a viagem de carro O carro que alugamos deu conta dos 7237 Km rodados, consumindo em média 19 Km/L de diesel. As estradas eram com pista no mínimo dupla, com trajetos com pedágios entre 3 e 13 euros, com exceção da França que pagamos os pedágios mais caros, com valores de 32 e 35 euros. Para compensar na Alemanha andamos em autobahn (vias sem limite de velocidade), sem precisar pagar nenhum pedágio. É isso mesmo, a Alemanha tem estradas maravilhosas e sem possuir nenhum pedágio. Documentação Além dos passaportes, da carteira internacional de vacinação, da carteira Nacional de Habilitação e da Permissão Internacional para Dirigir, ainda montamos um dossiê com a cópia de todos documentos: seguro viagem contratado com a empresa Real Seguro Viagem (R$ 476,88), hospedagens reservadas no airbnb e no booking, comprovantes financeiros, cópia da reserva da passagem de volta para Brasil e comprovantes de residência no Brasil. Acreditem vocês, que com exceção da apresentação dos passaportes nos embarques e desembarques nos aeroportos do Brasil, Marrocos e Portugal, não precisamos apresentar mais nenhum documento. Nem a Permissão Internacional para Dirigir foi exigida para alugar o carro. Nas fronteiras entre os países, só fomos parados na Suíça, mas era para adquirirmos o vignettes (espécie de adesivo fixado no vidro do carro, que permite trafegar nas estradas da Suíça), uma vez que a Suíça não faz parte do acordo entre países da União Européia. O vignettes tem o valor de 37 euros e são válidos por 1 ano. Foi melhor prevenir levando toda esta documentação do que passar por algum “entrevero”. Partiu próximo destino?
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Meu primeiro mochilão pela Europa foi no longínquo ano de 2004 (mesma época em que entrei aqui no fórum). Acredito que a frase acima já lhe permita imaginar como minha viagem foi bastante diferente, levando em conta o quanto o mundo evoluiu em 15 anos. Sem mais delongas, vou citar abaixo 10 itens/coisas que levei em meu primeiro mochilão e que hoje poderia dispensar. As imagens são meramente ilustrativas. 1. Câmera Fotográfica Eu sei exatamente o que você está pensando: em 2004 câmeras digitais já eram (quase) populares. Sim, já eram. Inclusive levei uma delas comigo (daquelas fininhas point and shoot). O problema é que minha câmera digital usava pilhas palitos que se desgastavam rapidamente. Além disso, meu irmão tinha uma câmera analógica semiprofissional da Canon e eu a levei acreditando que as fotos ficariam muito melhores do que na outra. A Canon era pesada, com uma lente grande...e não era fácil de guardar em uma mochila. 2. Carregador de pilhas Mais barato do que comprar pilhas todos os dias para a minha câmera, eu comprei um carregador com 4 pilhas recarregáveis. 3. MP3 Player Nada como ouvir uma boa música enquanto você espera o trem chegar...ou antes de dormir, depois de andar quase uma maratona para conhecer o maior número de pontos turísticos na cidade que se visita. Aliás, cabe salientar que meu mp3 player também usava pilhas palito. 4. Despertador/relógio Levei dois relógios de pulso (um com o fuso do Brasil e o outro com o fuso local), mas descobri alguns dias antes da viagem que ambos tinham o som do alarme muito baixo (e eu o sono muito pesado). Diante deste problema, corri para uma loja de 1,99 e comprei um despertador (só pra garantir...sabe como é...). 5. Lanterna Quando você dorme em um quarto com 8 ou 10 pessoas que você não conhece, é sempre bom ter uma lanterna pra encontrar o caminho do banheiro ou algum item perdido na sua mochila bagunçada. 6. Dicionário Como já tinha certo conhecimento da língua inglesa, levei comigo um dicionário português/francês, pois passaria por 3 países francófonos. 7. Diário de viagem Para guardar boas lembranças, além de registrar informações importantes (que depois compartilhei aqui no fórum), levei um caderno ou diário de viagem. Tenho ele guardado até hoje. 8. Guia de viagem / mapas em papel /outros tantos papéis Levei um livro/guia de Amsterdã que emprestei de um amigo, além de várias páginas impressas com dicas que encontrei na rede (como ir da estação de trem/aeroporto até o hostel, principais pontos turísticos, onde comer gastando pouco, etc). Lembrando que o mochileiros.com tinha apenas 2 anos na época e a internet ainda não dipunha de tantas informações compartilhadas entre viajantes. Além disso, me utilizei de vários mapas em papel que ganhei ou comprei pelo caminho. Sem falar, é claro, nos tickets de trem/ônibus/avião que eu precisava guardar em minha mochila. Enfim...muitos papéis. 9. Roupas em excesso / Peso em excesso Ainda que o mochilão tenha ocorrido no inverno, calculo que levei quase o dobro de roupas que eu efetivamente usei. Lavei algumas peças nos hostels e outras nem cheguei a usar. Isso impactou principalmente no peso de minha mochila (e em dores nas costas). 10. Kit de costura Pensei muito se incluía ou não este item na lista, pois ele efetivamente salvou a minha vida (metaforicamente, é claro). Em razão do citado excesso de peso em minha mochila, somado ao fato desta não ser de uma qualidade muito boa, sofri um acidente quando aguardava meu trem na estação de Bonn, na Alemanha. Minha mochila simplesmente rasgou o fundo, despejando minhas coisas diante de uma plateia de alemães incrédulos com a cena. Embora inicialmente desesperado, vi o kit de costura no chão e o usei para costurar minha mochila. Entretanto, não foi tão fácil assim. As linhas do meu kit eram de má qualidade e quebravam quando eu tentava costurar um material tão duro quanto a mochila. Diante de tal infortúnio, não tive dúvidas: costurei com algo muito mais resistente, fio dental. A mochila ficou feia, mas aguentou o resto da viagem sem problemas. Pensando melhor...talvez seja bom manter o kit de costuras... Enfim, esta é a minha lista. É fácil perceber que o smartphone substituiu a maioria destes itens que citei, dentre outros que acabei não citando aqui (talvez em uma parte 2). E você? O que não levaria no seu próximo mochilão?
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Em 02/03 eu e minha esposa saímos para essa que foi o maior tempo seguido que ficamos fora do país. Foram 28 dias corridos de férias que consideramos fantásticas, superando em muito a nossa expectativa. O fato de termos ficado com carro alugado durante todo o período contribuiu bastante, já que facilitou muito a logística e permitiu que tivéssemos bastante flexibilidade no roteiro. Este ponto também nos ajudou a economizar bastante, já que o carro acabou virando nossa “segunda casa” e deixávamos sempre mantimentos nele (Como o clima estava bem frio, acabamos fazendo do carro a nossa geladeira, deixando ele sempre abastecido de bebidas e até frios para tomar café da manhã quando o mesmo não estava incluso na diária do Hotel). Um breve resumo de nossa viagem: · 8 países visitados: Alemanha, Áustria, Itália (Bônus), República Tcheca, Holanda, Bélgica, França, Luxemburgo (Bônus) · 5.438km percorridos com nosso veículo alugado. · Média de 11,3km por dia de caminhada (305km no total) · Utilizamos 39GB de dados em nossa viagem via 3/4G. Bom, vamos ao que interessa: Dia 0: 02/03, sábado de carnaval Saímos de casa para Guarulhos. Como o Uber de minha casa até o aeroporto sai em torno de 130 reais ou até mais na época de festas e para ter mais flexibilidade, aluguei um carro na Localiza perto de minha casa para entregar no aeroporto. O aluguel com a tarifa do clube porto ficou R$65,63. Me foi oferecido um Logan Expression c/ ar manual com quase 3mil km rodados, bem novo e limpo. O processo de entrega no aeroporto foi bem tranquilo e logo o transfer da Localiza nos deixou no terminal 3 de onde partiríamos para Frankfurt. Fizemos o check in e como ainda faltava 1 hora para iniciar o embarque, aproveitamos a sala vip da Mastercard Black (acesso gratuito devido ao benefício do cartão). Ela estava bastante cheia, mas deu para petiscar antes de embarcarmos. Nossa operadora foi a Latam (Vôo direto, passagem comprada com pontos multiplus ida e volta). O Voo saiu com atraso de quase duas horas devido a chuva, mas isso não atrapalhou em nada nossa programação, já que não havia nada agendado para o Domingo. O voo foi tranquilo e chegamos em Frankfurt por volta das 16hs. Dia 1: 03/03 Domingo A imigração foi bem tranquila. O aeroporto estava cheio e levamos em torno de 40 minutos para concluir todo o processo. Na imigração, o agente só nos perguntou quantos dias ficaríamos por lá e quando respondi 28 dias, ele me olhou espantado e disse: 28 dias? Muito bom! Tenham uma ótima viagem! O Aeroporto de Frankfurt muito bem sinalizado, mas é bem grande. Andamos bastante para chegar na Alamo e fazer o processo de retirada do veículo. Confesso que me decepcionei um pouco com o processo de check in. Foi bem demorado. Haviam duas pessoas na nossa frente e demoramos em torno de 1hr até sair com o carro. Nosso companheiro de viagem foi um RENAULT CAPTUR BRANCO AT, que já estava com a tarifa de inverno inclusa no preço pago ainda no Brasil. Lá no balcão, para retirar o carro apresentei a carteira de motorista, o PID (Foi solicitado) , cartão de crédito e passaporte. Tivemos que pagar EUR 61,50 referente a taxa de fronteira. Antes de sair do aeroporto, ativei o chip da Easysim4u que compramos aqui no Brasil (plano ilimitado de 30 dias). Funcionou muito bem durante praticamente toda viagem. Começou a “ratear” nos dois últimos dias, mas foi uma ótima escolha já sair com o chip do Brasil e em relação ao preço que vi na Alemanha durante a viagem, fizemos a escolha correta. Saindo do aeroporto, fomos direto para nosso Hotel em Aschaffenburg. Já nos primeiros quilômetros deu para sentir a qualidade das estradas alemãs. Asfalto e sinalização impecáveis. Em meia hora estávamos no Hotel que ficava há 59km do aeroporto. Aqui passamos um certo “sufoco”. Ao ligar meu smartphone em Frankfurt, saindo do aeroporto e utilizando o Google Maps, o GPS estava doido, sinalizando que eu estava há alguns KMs de distância de onde eu realmente estava e o smartphone da minha esposa sem bateria.. Estávamos “cegos” em uma estrada que não conhecíamos. A sorte é que o carro veio com sistema de navegação (gratuito) e foi o que nos salvou naquele momento. Acabamos usando o GPS do carro durante toda a viagem.... nos ajudou bastante. Estava bastante frio (7 graus) naquela noite e também estávamos bem Cansados da viagem. Comemos no McDonalds e fomos para o Hotel dormir cedo. Neste dia dormimos no Hotel Olive Inn, que é bem simples, mas com uma cama confortável. Dia 2 - 04/03 Segunda Acordamos cedo e fomos ao Schloss Johannisburg mit Schlossanlagen que ainda estava fechado quando chegamos (8hs) e fomos na Stiftsbasilika St. Peter und Alexander, que é uma igreja belíssima. Passamos no mercado (Lidl) para comprar alguns suprimentos e seguimos para Würzburg. Levamos menos de 1hr para chegar. Deixamos o carro em um estacionamento próximo ao centro e visitamos as principais atrações da cidade (Residenz de Würzburg, Catedral de Würzburg, Neumünster, Marienkapelle, Wallfahrtskirche Käppele, etc.). Passeamos as margens do rio Meno que é extremamente limpo e com uma intensa movimentação de barcos. É impressionante como ele é conservado e utilizado a favor da população. Com certeza é um exemplo para todo mundo. De lá partimos para Rothenburg ob der Tauber. Chegamos por volta das 16hs e fomos caminhar pela cidade. Que cidade linda! Caminhamos por cima da muralha e pelo centro da cidade. Jantamos no centro histórico e seguimos para o nosso Hotel que ficava ali perto, no lado externo da muralha, o Hotel Rappen Rothenburg ob der Tauber. Dia 3 - 05/03 Terça Tomamos café de manhã no Hotel e voltamos para terminar de conhecer o centro de Rothenburg ob der Tauber. Aqui ocorreu a primeira decepção da viagem: Fomos atrás do que seria o “melhor strudel de maçã do mundo”, mas a Konditorei Pretzel, café que fica na Marktplatz estava fechado tanto na segunda quanto na terça por causa do feriado de carnaval. Então ficamos só na vontade mesmo... Mas deu para conhecer a Kathe Wohlfahrt que é uma belíssima loja de enfeite de natal. A loja é imensa e do lado de fora não parece que é tão grande e tem tanta coisa para vender lá dentro... Depois seguimos viagem para Dinkelsbühl. Deixamos o carro no estacionamento P2 e caminhamos pela cidade. A cidade é linda e rende belas fotos. O centro é bem pequeno e aqui fica o destaque para a catedral de São Jorge. De lá seguimos para nosso hotel que ficava próximo a Baden Baden. O Hotel Kloster Maria Hilf Bühl que também é um convento, apesar de afastado do centro, é uma ótima escolha para quem está de carro. Preço bastante acessível em relação aos demais e com uma boa qualidade. Ainda deu tempo de passear um pouco a noite pelo centro de Baden Baden, que também é bem organizado. Dia 4 - 06/03 Quarta. Foi dia de passearmos pela Floresta Negra. Saímos cedo do Hotel (que tinha um café muito bom já incluso na diária) e seguimos para passear pela Floresta Negra. Nossa primeira parada foi em Herrenwieser See. Como ainda era bem cedo e havia nevado naquela noite, o caminho estava lindo, todo branquinho e as estradas estavam bem limpas. Você percebe a preocupação com a remoção do gelo para evitar acidentes. O problema é que para chegar no lago, você entra em uma estrada secundária, bem estreita e sem esta manutenção das estradas principais. Fomos subindo e a estrada estava com bastante neve. Como só havia nós ali naquele horário, chegou um ponto que tivemos que encostar o carro pois havia muita neve no chão e estava perigoso seguir (o carro estava derrapando). Então encostamos o carro próximo ao ponto de observação Blick zur Schwarzenbachtalsperre (que possui uma vista de tirar o folego do lago) e seguimos o caminho restante (em torno de 1,5km) a pé para contemplar o lago congelado (acreditávamos que seria o único lago congelado que iríamos ver, mas depois, ao longo da viagem, vimos vários outros). Engraçado que não seguimos a estrada com o carro pois a camada de neve estava fofa, mas muito alta (havia trechos que a neve quase bateu no meu joelho). Ao voltar do lago a pé, como a estrada é bastante estreita, manobrei com todo cuidado para voltar para a estrada principal. Dai veio um carro em nossa direção, com o senhor de uns 60 anos dirigindo. Ele falou 1 kg em alemão e eu só entendi 50 gramas... Peguei o celular para traduzir e só deu para entender que ele estava perguntando se precisávamos de ajuda. Agradeci, disse que não precisava de ajuda e avisei a ele que eu achava que não dava para passar com o carro mais a frente, já que havia uma camada de neve a frente que apesar de fofa, estava bastante alta. Ele sorriu, disse que iria em frente e nos desejou um bom dia... pegou seu carro e seguiu pelo caminho que fizemos a pé. Não sei se nós, que pela falta de experiencia, estávamos com mais receio do que o necessário, mas para ele parecia ser algo normal. Retornamos e fomos em direção a See Mummelsee para tirarmos umas fotos do lago Schwarzenbachtalsperre. Paramos no estacionamento e atravessamos represa, mas não havia nada aberto ali para podermos comprarmos um café. Então tiramos algumas fotos e seguimos viagem. Em menos de 1hr chegamos em Schiltach. Uma pequena cidade repleta de construções típicas alemãs. O rio que corta a cidade muito limpo. Posso dizer que ali encontramos a perfeita junção da natureza com a arquitetura alemã. A cidade muito bonita e vale a visita. Mais meia hora de estrada e seguimos para Triberg. Passeamos pelo centro da cidade, visitamos a loja Haus der 1000 Uhren que possui uma grande variedade de “relógios cucos” para venda e visitamos a Triberger Wasserfälle, que possui várias cachoeiras. Como já era meio da tarde, paramos para almoçar no único restaurante que encontramos aberto ali na avenida principal. Obs: Aqui em Triberg ocorreu a segunda decepção da viagem: Fomos no Cafe Schäferpara comer o que dizem ser a receita original do bolo Floresta Negra, mas estava fechado devido ao feriado de Carnaval. Saindo de Triberg seguimos para Friburg, onde dormimos. Foram mais 1hr de carro através de paisagens maravilhosas. Fomos direto para o centro da cidade, já era fim de dia, passeamos pelo centro da cidade e assistimos a uma missa na igreja Münster de Freiburg. Dormimos no Hotel Super 8 Freiburg, que apesar de se um pouco distante do centro, possui instalações novas e de boa qualidade. Não deixamos o carro no estacionamento do Hotel, deixamos na rua mesmo (havia algumas vagas livres para estacionar gratuitamente). Dia 5 - 07/03 Quinta Fomos direto para o Castelo de Neuschwanstein. Foram 3 horas de viagem, novamente por paisagens belíssimas. Subimos e descemos a pé já que não estava chovendo. Visitamos o castelo (31 EUR p/ 2) e andamos nos arredores. A Mariensbrücke estava fechada pois havia tido um deslizamento próximo a ela na noite anterior. Ao descer do castelo, almoçamos em um restaurante no caminho. Passamos a tarde no centro de Fussen e depois dormimos no Hotel Fantasia, um bom Hotel que fica bem próximo ao centro da cidade. Nesta noite jantamos em um restaurante italiano chamado Peperoncino Pizza e Cucina. Recomendo a quem for passar pela cidade. Comida de qualidade com um preço bastante justo. Dia 6 - 08/03 Sexta Saímos cedo do Hotel e seguimos para Oberammergau. Em 1hr chegamos na cidade e visitamos a casa de artesanatos Pilatushaus. Mas o destaque é para a cidade em si, repleta de afrescos por toda cidade, um mais belo que o outro. Parece uma disputa entre os moradores de quem é a fachada mais bonita. Fico me perguntando o custo da manutenção daquelas pinturas, já que a qualidade delas é muito boa. De lá fomos visitar o Palacio Linderhof em Ettal (Estava fechado e em obras), caminhamos por seus jardins e seguimos para a belíssima Abadia de Ettal. Saindo de Ettal, seguimos para Eibsee onde pegamos o bonde para Zugspitze (93 EUR p/ 2) Almoçamos lá em cima e ficamos até o fim da tarde lá. O tempo estava bom, mas de vez em quando fechava e vinha uma pancada de neve (foi nosso primeiro contato com a neve caindo). É impressionante a estrutura lá em cima, assim como a velocidade em que o tempo muda. Pegamos -14 graus no topo já próximo ao horário de descermos. Interessante que no top, tem uma parte que é a divisa entre a Alemanha e a Áustria. Apesar de não haver mais o controle de fronteira ali, você pode carimbar seu passaporte com os carimbos das regiões. Dali fomos para Innsbruck. No meio do caminho parei em um posto para comprar o Vignette de 10 dias (EUR 9,20). Após 1 hora de viagem, chegamos ao apartamento que alugamos pelo Airbnb. Um apartamento com uma anfitriã supersimpática, confortável e com uma bela vista. Para quem está de carro, vale muito a pena ficar nele (https://www.airbnb.com.br/rooms/16673155?guests=1&adults=1). Apesar de ainda ser somente o sexto dia da viagem, estávamos começando a sentir o cansaço das férias... Dia 7 e 8 - 9 e 10/03 Sábado e Domingo Ficamos em Inssbruck por 3 noites. Foi bom a pausa de viagens para descansarmos um pouco. Conhecemos a Hafelekar, que fica a 2.256m de altura e possui uma vista magnifica da cidade. Fomos também no Swarovski Crystal World Museum, que é bem interessante e vende produtos Swarovski a um preço mais em conta que nas lojas, além de visitar os pontos turísticos no centro histórico e caminhar bastante a beira do lindíssimo rio Inn. A cidade em sí é um espetáculo, cercada de montanhas... Bonita em todos os ângulos.. Em uma tarde que estávamos livres, fomos até o Outlet Center Brenner, na Itália. O Outlet fica a 40 minutos de Innsbruck e bem pertinho da fronteira dos países. Valeu a pena a ida, apesar do pedágio no caminho de quase 10 euros na ida e volta, pois encontramos no Outlet os menores preços de roupas da viagem. Dia 9 - 11/03 Segunda Aqui foi a grande mudança que fizemos no roteiro de última hora. Estávamos programados para 3 dias em Munique. Mas como teremos que fazer uma conexão em Munique nas próximas férias, resolvemos deixar a cidade para um Stop over futuro. Então cortamos Munique do roteiro. Com isto, seguimos para Dachstein-Gletscherbahn. Em 3 horas chegamos no destino e o tempo estava bastante fechado. Por teimosia nossa, subimos assim mesmo (EUR 78 p/ 2), mas infelizmente não deu para ver nada lá em cima. Estava nevando muito, mas muito mesmo... Nevava por todos os lados que vocês possam imaginar... Não dava para ver 2 palmos a frente. Fomos na Suspension Bridge, Ice Palace e Skywalk, mas sem conseguir apreciar praticamente nada, já que o frio era congelante e estava difícil até de respirar. Ficamos imaginando como seria lindo estar ali em um dia de tempo claro com bastante sol... infelizmente vai ficar para a próxima vez. De lá, fomos para o Lago Gosausse. Demoramos em torno de 1hr para chegar e valeu muito a pena. Era fim de tarde e o tempo estava muito claro, com um sol lindo... lago completamente congelado! Uma paisagem deslumbrante!!!! Saímos do Lago quando estava escurecendo e fomos para Hallstatt para ver a cidade a noite. Chegamos lá e não vimos uma viva alma na rua. Estava muito frio e não encontramos nenhum lugar aberto para jantarmos. Então retornamos para nosso Hotel. Dormimos no ótimo COOEE Alpin Hotel Dachstein, em Gosau. Hotel muito bem conservado e com um preço justo. O restaurante do Hotel serve uma comida de qualidade. Dia 10 - 12/03 Terça Tomamos café no Hotel e fomos Visitar Hallstatt. Ao chegar no estacionamento, o carro estava coberto por neve. Ainda bem que havia no carro uma pá de acrílico para remover a neve, foi o que ajudou bastante. Quando saímos do Hotel ainda estava nevando bastante. Todo caminho até Hallstatt foi com neve. Demoramos 20 minutos para chegar. Estacionamos no P1 e fomos conhecer a cidade. Chegamos na cidade com neve e durante a tarde estava com tempo claro e muito sol... A cidade é belíssima, seja com sol ou nevando! O lago de águas cristalinas dá um toque especial na cidade. Passamos o dia passeando pela cidade, compramos um monte de lembrancinhas (inclusive sal) e voltamos para o nosso Hotel em Gosau. Dia 11 - 13/03 Quarta Saímos cedo do Hotel e fomos para Cesky Krumlov. Novamente nevou bastante e tive que remover a neve do carro. Quando saímos ainda estava nevando bastante em Gosau, mas as estradas sempre bem cuidadas, não foram um problema. Cruzamos a fronteira para a República Tcheca e paramos no primeiro posto para comprar o Vignette (10 dias p/ 12,50 EUR). Logo chegamos em nosso destino depois de 2:30hs de viagem. Deixamos o carro em um estacionamento privado próximo ao castelo (48°48’50.5″N 14°18’47.2″E). Passamos o dia visitando o centro histórico e o castelo da cidade. Aqui resolvemos não trocar euro por coroas tchecas. Fizemos um saque internacional no caixa eletrônico e o custo total menor que o custo total das casas de câmbio. Saímos de Cesky Krumlov no fim da tarde e seguimos rumo a Praga. Depois de 2 horas chegamos ao nosso destino: Hotel Habitat que possui um preço muito bom, é próximo a uma estação de metrô (+/- 1km), mas tem um problema: Não tem elevador. Nosso quarto era no terceiro andar e estávamos com muitas malas, então deixamos todas no carro e colocamos somente o que utilizaríamos na mochila para subir. O Hotel também não tem estacionamento e o carro ficou na rua, que por sinal é bem tranquila tinha vaga disponível. Não recomendo este Hotel caso esteja com muitas malas... a escada é cruel.... Dia 12 - 14/03 Quinta Deixamos o carro parado e fomos conhecer o centro de Praga de metrô. A estação próxima ao Hotel é a Střížkov. É muito fácil comprar as passagens nas máquinas (apenas com moedas) e utilizar o metrô. Não esqueça de validar o ticket. Ao descer no centro, fomos abordados pela fiscalização e foi tudo certo, apresentamos os tickets e ele apenas nos desejou boa viagem. Dedicamos o dia para conhecer o Planetário, a torre Petrin e o Castelo de Praga (todos belíssimos por sinal) e no fim da tarde passeamos pelo centro. Ficamos até anoitecer e retornamos para o Hotel também de metrô. Dia 13 - 15/03 Sexta Fizemos checkout no Hotel, deixamos o carro próximo a estação de metrô e voltamos para o centro de Praga. Fomos direto para Vysehrad pois queríamos conhecer a basílica. Após passear pela região fomos terminar de conhecer o centro da cidade. No fim da tarde pegamos o metrô de volta para a estação Střížkov, pegamos nosso carro e seguimos para Karlovy Vary. Pegamos um pouco de trânsito no caminho e demoramos 2hs para chegar ao nosso destino. Fomos direto para o centro conhecer a cidade a noite. Jantamos no Ristorante Pizzeria Venezia, que tem uma massa de primeira qualidade. Dormimos no Hotel Marttel , que apesar de antigo, é bem conservado e tem um café da manhã de primeira qualidade. Dia 14 - 16/03 Sábado Karlovy Vary: Que cidade linda! Uma das mais bonitas que visitei. Parece que o tempo não passa por ali.... As centenas de pessoas caminhando pelas ruas, bebendo água das fontes termais, sem pressa... Passeamos durante todo dia na cidade, compramos uma caneca tradicional da cidade e bebemos água de todas as fontes (Não sei como conseguem beber tanta água daquela... não gostei). Tomamos um café no Grandhotel Pupp (hotel onde foi filmado Casino Royale). A dica aqui é experimentar o Oblaten, que é um biscoito vendido vem vários locais na cidade.... Dia 15 - 17/03 Domingo Saímos cedo de Karlovy Vary e voltamos para Alemanha. Agora nosso destino era Dresden. Depois de 2hs de viagem, chegamos ao nosso destino. Deixamos o carro em um estacionamento publico a beira do rio Elba e fomos flanar pela cidade. O dia estava lindo, ensolarado! Combinando com a cidade. É impressionante como as pessoas aproveitam os parques para tomar sol. Eu diria que é um hábito continental, já que percebemos isto em todas as cidades em que passamos. Visitamos os principais pontos turísticos da cidade que possui muitas construções imponentes. A cidade por si só é um museu a céu aberto. Vale muito a pena a visita. Almoçamos no Ayers Rock e particularmente não gostei muito. Esperava mais devido ao valor dos pratos. Ao anoitecer, começou a chover. Pegamos nosso carro e seguimos para nosso próximo destino: Berlim. Mais 2:30hs de viagem e chegamos ao nosso hotel (Enjoy Hotel Berlin City Messe). Recomendo este Hotel, não só pelo preço justo e instalações de boa qualidade que ele oferece, mas também pelo fato de você poder deixar seu carro estacionado na rua em frente ao mesmo (grátis) e poder pegar o metrô para o centro de Berlin ali próximo. Dia 16 e 17 – 18 e 19/03 Segunda Nesses dois dias fomos ao centro de Berlin de metrô (também muito fácil de se locomover). Visitamos as principais atrações (Reichstag, Portão de Brandeburgo, Checkpoint Charlie, torre de TV, etc). A cidade é muito organizada, imponente, bonita, possui museus de qualidade... mas não criou aquela sensação de “UAU!” como várias outras cidades criaram durante essas férias... É uma bela cidade para se conhecer, mas não foi a nossa preferida como pensei que seria durante o nosso planejamento da viagem. Talvez o fato de haver obras por todo lado da cidade tenha contribuído para esta nossa percepção, tenha tirado um pouco do charme, mas sem dúvidas é uma cidade que deve estar no roteiro de quem passa pela Alemanha. No segundo dia pela manhã, pegamos o carro e fomos a Potsdam. Fomos em Sanssouci (que também estava em obras) e visitamos seu jardim. Depois passamos no Designer Outlet Berlin, fizemos algumas compras e seguimos novamente para o cetro de Berlin. Retornamos ao Hotel tarde da noite para descansar e se preparar para o dia com o maior número de KM a serem percorridos. Dia 18 - 20/03 Quarta Este foi o dia mais puxado da viagem. Saímos cedo do Hotel em direção a Amsterdã. Foram 8:00hs horas de viagem. Iríamos chegar em Amsterdã cedo, por volta das 15hs, então resolvemos ir para Zaanse Schans, que é uma belíssima aldeia holandesa, repleta de moinhos típicos e com uma fábrica de queijos SENSACIONAL (Catharina Hoeve). Foi mais uma escolha acertada que fizemos, já que se tivéssemos ido para o Hotel, com certeza iríamos dormir. Passeamos até anoitecer pela cidade e saímos de lá com várias bolsas de souvenir, além de muitas peças de queijo de vários tipos que trouxemos para o Brasil. Um fato que chamou atenção aqui foi que deixamos o carro no estacionamento do Zaans Museum. Ao retornarmos ao veículo para ir embora, não havia onde realizar o pagamento do ticket pois estava tudo fechado. Rodei tudo ali para fazer o pagamento e não encontrei nenhuma máquina, foi quando eu li atrás do ticket que após as 17hs, bastava passar o ticket pela cancela que ela abriria.... Já era noite quando seguimos para o New century hotel. Escolhemos este hotel pelo fato de ter estacionamento grátis e ter um preço acessível em relação aos Hoteis do centro. Mais uma escolha correta no nosso ponto de vista, já que foi muito fácil e barato ir para o Centro dali. Dia 19 - 21/03 Quinta Aqui é um exemplo de como o governo pode contribuir para desafogar o trânsito das grandes cidades com inteligência. Para economizarmos com o estacionamento contribuir com o trânsito da cidade, utilizamos o sistema de P+R (Park & Ride) que consiste em deixar seu veículo em um dos estacionamentos conveniados, ir de transporte público para o centro, voltar e pagar um valor baixo por isso. Então deixamos nosso carro no P+R Olympisch Stadion, onde por 5 euros compramos dois tickets para o bonde (ida e volta) para o centro e ao retornar para retirar o carro a noite, pagamos somente mais 1 euro (o carro ficou estacionado ali o dia todo!), ou seja, o custo total foi de por 6 euros para duas pessoas! Vale ressaltar que você precisa validar o ticket na entrada e na saída do transporte público para poder ter o desconto no estacionamento. Meu coração gelou quando coloquei o ticket de estacionamento na máquina para validar e apareceu mais de 50 euros a pagar... mas quando eu encostei o ticket validado do bonde, o valor caiu para 1 euro a pagar... Pensa na satisfação de ter feito tudo certinho... Obs: Eu havia programado para deixar o carro no P+R Amsterdam RAI, mas na data em que estávamos lá havia um evento no centro de convenções e ele estava fora o P+R estava fora de operação. Então fomos para o mais próximo que era o Olympisch Stadion. Amsterdã é uma cidade muito agradável para passear... flanamos muito pela cidade, fizemos o passeio de barco pelos canais, comemos croquetes e batata frita, se perdemos entre os canais, quase fomos atropelados por bicicletas várias vezes, comemos batata frita e croquetes, estanhamos as mulheres nas vitrines do Red Light District (haviam algumas ali que deveriam pagar e não receber dinheiro dos clientes...), comemos croquetes sem batata frita, visitamos museus, comemos uma torta de maçã na Winkel 43, não necessariamente nesta ordem... Enfim, “turistamos” bastante pela cidade que ficou marcada em nosso coração. Dia 20 - 22/03 Sexta A parte da manhã ficou reservada para visitar o parque Keukenhof. Levamos 30 minutos para chegar lá e ficamos impressionados com a organização, cuidado e limpeza do parque que é imenso e faz jus ao título de maior jardim de flores do mundo. Como era o início de temporada, muitas flores ainda estavam fechadas, mas ainda assim o parque é lindo! Acredito que a melhor época de se visitar o parque seja no meio de abril, quando todos os bolbos devem estar completamente abertos. Almoçamos no parque e como estava sol e já tínhamos visitado o parque todo, resolvemos ir a praia em Noordwijk para conhecer, já que era ali perto... andamos uns 20 minutos de carro, passando por várias plantações de tulipas... Ao chegar chegar próximo ao litoral, dava até medo, parecia que os “vagantes brancos estavam chegando”... uma neblina densa, que não dava para ver 5 metros a frente... É impressionante a diferença de clima entre dois lugares tão próximos... e mesmo assim várias pessoas caminhando pela areia, crianças encasacadas brincando na areia... Foi ali que eu experimentei o kibbeling, que é um bacalhau fresco empanado (e que bacalhau) com molho tártaro, que delícia!!! Deu vontade de voltar lá só de falar... Não deu para ver muita coisa na praia. Ficamos ali por umas 2hs e depois voltamos para o centro de Amsterdã. Novamente deixamos o carro no P+R e seguimos de bonde para o centro para completar o passeio pela cidade. Dia 21 - 23/03 Sábado Tomamos café no McDonalds ao lado do Hotel e seguimos para Bruges. Pegamos uma estrada interditada no meio do caminho e o GPS não nos deu outra rota... nos enrolamos um pouco para contornar a via fechada que não estava bem sinalizada, mas deu tudo certo... em 3 horas chegamos. Deixamos o carro na rua mesmo (mas tinha parquímetro e tivemos que pagar 6 euros), perto do centro histórico. Bruges é mais uma daquelas cidades “imperdíveis”. Linda em todos os ângulos. Além de bonita, em vários pontos é muito cheirosa... As fábricas/lojas e chocolates perfumam a região onde estão localizadas... são muitas, com chocolates de todos os tipos, formas e para todos os gostos... Passeamos bastante pela cidade, fomos ao Grote Markt, Campanário, passamos pela praça Burg, seguimos para Basílica do Sangue Sagrado, Igreja de Nossa Senhora, Ponte de São Bonifácio, etc... À noite, quando a fome bateu, jantamos no Restaurante Italiano La Bruschetta. Um restaurante de qualidade com preço justo. Neste dia dormimos em Bruges, na Guesthouse De Vijf Zuilen. Nos surpreendemos com a recepção calorosa, carinho e a vontade de servir da proprietária Ginette. Ela realmente gosta do que faz e gosta de pessoas... O estabelecimento é um charme, repleto de detalhes e muito confortável. Possui estacionamento privado e o café da manhã é fantástico. Tudo feito com muito carinho, pensando no bem-estar dos hóspedes. Recomendo muito o estabelecimento .... Dia 22 - 24/03 Domingo Saímos de Bruges e passamos na cidade de De Haan que fica no litoral para conhecer a praia. Depois seguimos para Gent, que fica há 40 minutos de carro, e passamos o dia lá. Deixamos o carro no Parking Sint-Michiels (P7) que ficar pertinho do centro. Subimos na torre do campanário (é legal ver como funciona os sinos, além da bela vista que você tem lá em cima), nos perdemos nas ruas da cidade... O tempo estava bom e foi um belo passeio de domingo. Fomos para o centro de Bruxelas ao anoitecer, deixamos o carro no estacionamento privado próximo a Grande Place e ficamos ao redor dali. Conhecemos alguns pontos turísticos da cidade, experimentamos as famosas batatas belgas e no fim do dia seguimos para Anderlecht, onde ficava nosso hotel. Nos hospedamos no Budget Flats Brussels, que tem um bom custo benefício. O problema foi ter saído de uma hospedagem tão calorosa para uma tão impessoal. O quarto é bem simples, mas confortável. Tem frigobar e o estacionamento é gratuito na rua, mas sempre havia vaga em frente ao hotel. Dia 23 - 25/03 Segunda Voltamos ao centro de Bruxelas para terminar de conhecer os pontos turísticos da cidade. Conseguimos fazer tudo em um dia. Acho que a ordem dos fatores aqui influenciou em nossa opinião. Depois de passar em Bruges e Gent, Bruxelas ficou meio “sem graça”. Não que a cidade não valha a visita, mas em nossa opinião ficou bem aquém das outras duas... Dia 24 - 26/03 Terça Na programação inicial ficaríamos esse dia em Bruxelas e a noite seguiríamos para Paris. Como já tínhamos feito o que queríamos em Bruxelas, mudamos o plano. Saímos cedo do Hotel e seguimos para a Disney Paris. Conseguimos chegar lá antes do parque abrir e estava bastante frio. Compramos o ingresso para visitar os dois parques no mesmo dia. Foi uma boa experiência e os parques estavam relativamente vazios, então conseguimos ir em todos os brinquedos que queríamos. Os parques são bem pequenos e se você chegar cedo, em época fora de férias, consegue fazer os dois sem maiores problemas. Agora, não vá pensando que são os parques de Orlando. Sentimos muita diferença no tratamento com as pessoas e até no cuidado com o Parque. O que achamos melhor que o de Orlando foi o show de encerramento, e só. Depois do encerramento do parque, seguimos para o apartamento que alugamos pelo Airbnb. Um Studio relativamente grande para duas pessoas, com cozinha, metrô próximo e o motivo de termos escolhido ele: Garagem privada já inclusa no preço. Dia 25 e 26 – 27 e 28/03 Quarta e Quinta Deixamos o carro na garagem do apartamento os dois dias já que andar de carro em Paris é uma loucura e nos locomovemos de metrô (A estação mais próxima era a Convention, que ficava a menos de 5 minutos de caminhada). Como já era a nossa segunda visita em Paris, nestes dois dias ficamos flanando pela cidade, passeando sem rumo, vivendo como verdadeiros parisienses. Foram dois dias perfeitos, de clima bom e muita andança. Infelizmente não conseguimos subir na Notredame, que seria consumida pelo fogo poucos dias após a nossa visita. Aqui, como já conhecíamos a cidade, constatamos como a situação dos imigrantes prejudicam as grandes cidades (Berlin e Bruxelas também sofrem com isto). A quantidade de pedintes nas ruas aumentou muito, em todos os pontos turísticos que fomos. Na saída do Louvre vimos 4 caras “tomando” os ingressos usados de um grupo de asiáticos que saia do museu (na saída da rua próximo a pirâmide). Ficamos pasmos com aquilo e falamos com o segurança e disse que não poderia fazer nada já que eles estavam na rua e o governo havia permitido que eles entrassem no país. É muito triste ver isto acontecer em plena luz do dia, em um local muito movimentado, sem ter policiamento. O pior é que eles utilizam aqueles ingressos usados para vender aos desinformados na fila da bilheteria do Louvre. Dia 27 - 29/03 Sexta Saímos cedo do apartamento e seguimos para Luxemburgo. Demoramos em torno de 4 horas para chegar ao destino e passamos o dia na Capital que tem o mesmo nome. Deixamos o carro em um dos estacionamentos da cidade (Monterey Parking) e seguimos a pé para conhecer a cidade, que é linda, apesar de ter obra por todos os lados. Passeamos pelo centro da cidade, fomos nas Bock Casemates, na Catedral de Notredame e outros pontos turísticos da cidade. É impressionante como ali, apesar de ser uma capital, não tem aquela correria de cidade grande. No início da noite, seguimos viagem para Bonn, na Alemanha. Dorminos no Dorint Venusberg Bonn que é um ótimo Hotel, com instalações modernas e confortáveis. Dia 28 - 30/03 Sábado Tomamos café e fizemos check out no Hotel cedo. Fomos conhecer a que seria a rua mais bonita do mundo (Rua Heerstrasse), mas infelizmente nos atrasamos alguns dias. As flores das cerejeiras já haviam caídos e a rua estava longe da beleza que vimos nas fotos. Depois fomos para o centro e depois visitamos o Castelo do Dragão em Königswinter. Após o Almoço seguimos para o Aeroporto de Frankfurt para pegar nosso voo de volta para o Brasil. Chegamos no aeroporto e o processo de devolução do veículo foi bem rápido de tranquilo. Usamos novamente o beneficio do cartão e acessamos a LuxxLounge. A sala estava bem vazia e de prato quente do Buffet eram as famosas salsichas alemãs com molho Heinz. A vantagem é que a sala oferecia serviço de ducha para quem quisesse tomar banho, o que foi uma vantagem para nós que saímos cedo do Hotel. As 19:45hs pegamos nosso voo de retorno para casa, sem atraso. Dia 29 - 31/03 Domingo O Voo foi tranquilo e chegamos no horário em Guarulhos. Fomos para a Localiza pegar o carro que alugamos para irmos para casa. O processo foi bem rápido e nos foi oferecido o Prisma LT 1.4 com a mesma tarifa da vinda (R$65,63). Saímos da Localiza quase as 5 da manhã. Fomos para cara extremamente cansado, mas muito felizes por que conseguido realizar mais um sonho e ter dado tudo certo na viagem! Devolvei o carro na localiza próxima a minha residência e assim terminaram nossas férias 2019. Algumas dicas gerais em relação a viagem: · Se for utilizar uma Autobahn, jamais dirija na esquerda e somente a utilize para realizar ultrapassagens. O povo alemão é muito disciplinado e durante toda viagem não vi eles ultrapassarem ninguém pela direita. Se você estiver andando mais lento e estiver na faixa da esquerda, eles ficam atrás, esperando você se “mancar” e sair da frente. · Os banheiros nas paradas das rodovias são pagos em sua maioria. Geralmente te devolvem todo valor ou parte dele para consumo. Uma forma de economizar é usar as paradas para caminhoneiros, lá o banheiro é limpo e grátis (todos que parei eram assim). Tem muitos pelo caminho, geralmente entre as paradas pagas. · Se for período de neve e o carro não tiver nenhum equipamento para remoção da mesma, compre no primeiro posto que você encontrar. Não dá para retirar a neve dos vidros sem a ajuda de uma pá ou algo similar. · Caso queira consumir algo quando for abastecer, após encher o tanque, vá no caixa, pague pelo combustível utilizado, volte na bomba, retire seu carro para liberar a mesma e estacione na área apropriada para isto. Não deixe seu carro na bomba e vá lanchar por exemplo.... · Nem toda Autobahn é sem limite de velocidade. Atenção a sinalização... Em vários trechos o limite de velocidade cai de repente, assim como aumenta do nada.... As vezes é um pequeno trecho de 1km com limite de 130km ou 90km entre dois trechos sem limite de velocidade. · Sempre que possível, se não estiver com pressa, utilize as vias internas ao invés da Autobahn. A paisagem compensa... · O trânsito nos países ao redor da Alemanha não é tão organizado quanto lá, apesar das pistas serem tão boas quanto. · Utilizei cartão de crédito em praticamente toda a viagem e não tive problema em nenhuma cidade por não aceitar o mesmo, mesmo no interior. · Estando de carro, vale muito a pena se hospedar em cidades próximas aos grandes centros. Você economiza uma boa grana com hospedagem e ainda fica em bons hotéis. · Vale muito a pena sair já com um chip internacional daqui. Evita todo transtorno de busca de loja e ativação. É plug and play... Mesmo sendo relativamente um pouco mais caro. · Se você mora em SP ou em alguma outra grande cidade do Brasil, ao retornar de uma Road Trip pela Alemanha, com certeza você irá precisar de um calmante para enfrentar o trânsito da sua cidade. A diferença é muito grande na forma de dirigir. Não digo isto pela quantidade de carros, engarrafamentos, etc. e sim pelo respeito ao próximo. Chega a ser revoltante... · Se você curte visitar igrejas como nós, saiba que em todas as cidades que passamos havia pelo menos uma igreja católica. Visitamos todas que encontramos, uma mais bonita que a outra... Agora é começar a planejar as férias de 2020.....
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Olá galera, em setembro irei para a Holanda em minha primeira viagem internacional e ficarei hospedado na casa de uma tia. Pesquisando sobre viagens, descobri que, na imigração era necessário apresentar uma carta-convite feito por ela alegando que iria me hospedar. No entanto, estou com dúvidas sobre como essa carta deve ser feita, e separei algumas perguntas: 1. Ela deve ser impressa ou manuscrita? 2. Passarei pela imigração na Itália, portanto a carta-convite deverá estar em italiano, holandês ou no inglês? 3. Existe um modelo de carta-convite ou ela se baseia apenas em o dono da casa se identificar com documentos e endereço e afirmar que nos autoriza a ficar em sua casa? Espero ter sido claro e aguardo ajudas. Desde já agradeço.
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E quando se imagina ir pra Amsterdam o que vem na sua cabeça??!! Na minha era uma cidade linda e cheia de gente louca ! Vou falar que me surpreendi..a beleza realmente é real, a loucura também, mas é pra quem procura isso ! Se você quiser simplesmente sentir a atmosfera europeia, Amsterdam é o local certo ! Quando eu imaginava Europa, aquela de filmes, é justamente como vi em Amsterdam ! Friozinho (beeem friozinho), casas e ruas organizadas, árvores típicas, pessoas bem vestidas e educadas, transporte bom e seguro e por ai vai... Claro que se você quiser ficar louco e viver uma noite louca (ou dia) você também vai encontrar lá ! Mas então, pra começar nas dicas... Translado ! Apesar dos nomes estranhos que confundem nas ideias, se locomover em Amsterdam é bem fácil. No aeroporto Schiphol é só procurar as maquininhas amarelas e você mesmo comprar seu ticket de trem para a Estação Centraal. Ou se quiser pode comprar no guichê. O preço do bilhete é 4,10 €. Chegando na Estação Centraal é só pegar umtram (do lado de fora da estação) pro seu hostel, ou ônibus que também saem de lá ! Eu acabei me enrolando e errei o endereço do hostel.. Como fiquei na rede Stayokay, existem 3 em Amsterdam..com isso fui pro lado oposto.. acabei perdendo tempo e ficando p. da vida !! Mas chegando no meu hostel, o Stayokay Amsterdam Zeeburg eu fiquei feliz, porque mesmo um pouco distante do centro, a vizinhança é linda e o hostel tem uma estrutura incrível ! Keukenhof Quem tem a sorte, ou pode viajar pra Holanda na primavera, não pode deixar de conhecer o maior parque de flores do mundo !! O Parque de Tulipas de Keukenhofé fantástico e imperdível ! Confesso que foi uma das coisas mais bonitas que já vi na vida ! Não tem como não se apaixonar por todas aquelas flores..o parque é muito bem cuidado e impressiona pela tamanho e variedade de tulipas que não da pra imaginar... O cenário parece de conto de fadas e você vai se perder no tempo, não tenha duvidas ! O que incomoda um pouco, pra quem não esta acostumado, é o frio.. Vá bem agasalhado pra poder curtir com mais conforto ! O parque conta com restaurantes, cafés e lojinhas de souvenir ! Keukenhof fica situado em Lisse, entre Amsterdam e Haia. Você pode fazer um bate e volta tranquilamente, saindo do aeroporto de Schiphol. Endereço: Stationsweg 166A, 2161 Lisse aberto somente na primavera (consulte o site oficial para saber o período exato do próximo ano) de 8h às 19h30. Valor da entrada: 16 € e os ingressos podem ser comprados na bilheteria do local ou no site (http://www.keukenhof.nl/en/). Como chegar: Do aeroporto Schiphol procure o Arrivals 4 e de la saia na direção do bus station, então pegue o ônibus 858 da companhia Conexxion que sai de 15 em 15 minutos em direção a Lisse. A viagem dura cerca de 40 minutos. Canais Não há duvidas que os canais de Amsterdam são atrações turísticas incríveis, e sim são uma das principais da cidade, tanto que oscanais mais antigos estão na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. Os canais foram obras feitas pelo homem para ajudar no replanejamento da cidade devido seu crescimento, mas quem ganhou também fomos nós, porque são lindos e com certeza você vai tirar um montão de fotos como eu !! Zaanse Schans Se você quer a Holanda como se imagina, esse é o lugar !! Uma cidadezinha que mais parece um cenário de filme, bem pertinho de Amsterdam.. Lá a gente encontra os tão famosos moinhos de vento holandeses, casinhas de madeira, vaquinhas pastando, queijos e sapatos típicos ! Pra mim valeu super a pena fazer esse passeio ! Mas vá preparado para o frio.. devido a proximidade com o mar, o lugar congela.. Lá além o cenário em si você encontra: fabrica de sapatinhos de madeira, deliciosos queijos de cabra de tudo que é tipo, chocolate e lojinhas de souvenir. Endereço: Schansend 7 – 1509 AW Zaandam Como chegar: É bem simples ir de transporte público, de ônibus o número 391 da empresa Conexxion, que saem da parte de trás da Estação Centraal. A viagem dura cerca de 40 minutos e o ponto final é em Zaanse Schans, sem erro. A viagem pode ser feita de trem também, que sai da Estação Centraal e vai para Koog-Zaandijk. A viagem dura cerca de 17 minutos, mais você vai ter que caminhar uns 20 min até Zaanse Schans. Red Light District O mais famoso bairro da Holanda, o bairro da luz vermelha! Onde tem as meninas ficam expostas nas vitrines (a prostituição é considerada uma profissão e assim é legalizada na Holanda),vários sexy shops e famosos coffee shops (onde é permitido legalmente vender e utilizar drogas), tudo isso é atração turística nesse bairro ! Mas claro que não fica só por ai, o bairro tem diversos Pubs e restaurantes bacanas, pra curtir a noite e durante o dia também. A quantidade de turistas, de todos os tipos e idades, é enorme ! Mas uma dica, é proibido fotografar as moças mesmo que elas estejam sempre dançando e chamando os rapazes pelas vitrines ! Endereço: O bairro fica próximo ao centro da cidade, pertinho da estação Centraal, mas as principais ruas são a Oudezijds Achterburgwal e Oudezijds Voorburgwaal. Heineken Experience Quem ama cerveja levanta a mão !o/ O passeio é pra você gosta de cerveja e gosta da Heineken, ou acha interessante passeios em museus, ou também pra você que só quer conhecer esse ponto turístico da cidade ! Lá você vai conhecer a história da Heineken vendo fotos, propagandas antigas, logomarcas e claro, vaibeber cerveja !! Além disso, o tour passa por alguns ambientes, como o processo de fabricação de cerveja e você vai se sentir uma legitima Heineken simulador cinema 3D. Endereço: Stadhouderskade, 78. Aberto de 11h às 19h30 de segunda a quinta e de 11h às 20h30 de sexta a domingo. Valor da entrada: 18 € podendo ser comprado na bilheteria ou no site https://www.heineken.com Como chegar: Pegar os trans elétricos 16, 24 ou 25 e descer na parada Marie Heinekenplein. Begijnhof Um cantinho silencioso e repleto de paz em meio ao centro de Amsterdam.. Parece uma parte do interior.. casinhas parecidas, uma igreja e uma capela. Antigamente era um retiro de mulheres entre viúvas e solteiras que se dedicavam aos trabalhos de caridade na época antiga, hoje é como um refugio para quem quer tranquilidade numa cidade agitada. Endereço: Nieuwezijds Voorburgwal, 373. Aberto diariamente das 09h às 17h e não se paga para entrar. Como chegar: Pegar trans 1, 2 ou 5 para a Praça Spui e procure ar a American Book Center, pois você entra em Begijnhof por uma porta que fica do lado. Bloemenmarkt Mercado flutuante de flores que fica no canal Singel. Além de uma variedade de flores e sementes, é ótimo para comprar lembranças. Endereço: Canal Singel. Aberto diariamente de 09h às 17h. Como chegar: Pegue os trams 1,2 ou 5 e desça em Koningsplein, ou trams 4,9,14,16 ou 24 e desça em Muntplein. Dam Square A principal e mais antiga praça da cidade ! Ao redor da praça existem muitos restaurantes legais, lojas de souvenir e compras em geral, além do famoso museu de cera Madame Tussauds. Além de histórica, a praça é hoje palco de grandes eventos, feiras e artistas de rua. Endereço: Damrak Como chegar: Pegar os trams 1, 2, 4, 5, 9, 13, 14, 16, 17, 24 ou 25. Vondelpark O parque mais famoso de Amsterdam é parada obrigatória para quem quer descansar depois de uma longa caminhada, para curtir um pouco a natureza ou quem quer pedalar com tranquilidade sem correr o risco de ser atropelado por dezenas de ciclistas que andam como loucos apenas tocando uma buzina pela cidade. Como chegar: Próximo à Leidseplein e à Museumplein, pode pegar o tram 1 ou 2. Het Museumplein É a praça dos museus. É lá onde ficam os principais museus da cidade e também é nesta praça onde está o letreiro mais famoso da Europa: I AMSTERDAM. Museu Van Gogh – Com um acervo gigante de obras do artista, não teria como não atrair muitos turistas. Endereço: Paulus Portter straat, 7. Aberto de 10h às 18h (sexta feira até 22h) Valor da entrada: 17€ (Site oficial) Rijksmuseum - Um dos maiores e mais importantes museus de Amsterdam e um ponto turístico obrigatório, mesmo se você não for entrar, passar por ele já é legal ! Mas se você gostar de arte, recomendo fazer o tour ! Endereço: Jan Luijkenstraat, 1. Aberto de 9h às 17h. Valor da entrada: 17,5€ (Site oficial) Stedelijk Museum – Museu urbano de arte moderna. Endereço: Museumplein, 10. Aberto de 10h às 18h, exceto quinta feira que fecha às 22h. Valor da entrada: 15€ (Site oficial) Casa de Anne Frank A garotinha judia que viveu durante o período de perseguição nazista e contou sua história pro mundo ! Eu acabei não indo (terei que voltar), mas acredito que vale muito. Endereço: Prinsengracht, 267. Aberto de 9h às 19h (Julho e Agosto até às 22h) Valor da entrada: 9 € (Site oficial). É bom comprar o ingresso pelo site, e agendar horário para evitar filas. Como chegar: Pegue os trams 13, 14 ou 17, ou de ônibus 170, 172 ou 174 e desça na parada Westermarkt.
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Fala galera, belezinha? Bom, me chamo Rafael e estou tentando planejar uma viagem para Europa com um amigo, como nosso orçamento é um pouco curto, desistimos de tentar fazer um mochilão e focamos apenas em conhecer um país, que no caso seria a Holanda (ou Itália, porém vou fazer o mesmo post na sessão da Itália para ficar algo mais organizado). Temos em caixa algo em torno de R$7.000,00 e queríamos ficar pelo menos uns 15~20 dias. Bom, como disse antes, estamos limitados em relação ao dinheiro, então esses R$7.000,00 seriam para a viagem como um todo (passagens, hostel, deslocamentos, alimentação, etc). Planejamos ir em Março de 2020, é uma boa época para ir? Vi que é um mês de "baixa" temporada, então acredito que encontraremos preços mais em conta. Montei um roteirinho bem fuleira, só para organizar um pouco as ideias, mas estou aceitando sugestões caso seja necessário tirar, incrementar ou alterar alguma coisa. Amsterdam - 5 dias Keukenhof - 2 dias (Com algumas pesquisas, disseram que só vale a pena vir para cá da metade de Abril até meados de Maio, por conta do parque das tulipas, mas como vamos em Março, eu deveria tirar essa cidade do roteiro?) Rotterdam - 4 dias Kinderdijk - 2 dias Delft - 2 dias Qualquer opinião é muito bem vinda, até porque não conheço muito a Europa, não sei se a divisão de dias ficou muito boa, se há outras cidades que eu deveria incluir para colocar no lugar de alguma outra aí ou então se eu deveria tirar alguma por ter cidades demais, enfim, sou todo ouvidos. Desde já, agradeço imensamente!
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Já viu aquelas fotos de pessoas em uma praia com um avião passando a poucos metros acima de suas cabeças? Bom, aquela é a Maho Beach ou Praia Maho em St Maarten/St Martin onde os aviões passam bem encima de você, a poucos metros da sua cabeça, antes de pousar no aeroporto principal da ilha de St Maarten / St Martin. Da praia Maho, você terá a vista mais espetacular desses aviões pois o início da pista de aterrisagem fica junto da praia. Dá uma olhada nas fotos!!! Continue lendo: A Forma mais Barata para ir do Terminal de Cruzeiros à Maho Beach, a Ilha do Aeroporto e Aviões em St Maarten / Saint Martin no Caribe
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Ola Alguém poderia me ajudar termina meu roteiro em Amsterdã, ficarei la 4 dias completo e metade de 2 dias Até presente momento montei isso
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Olá! ☺️ Vou partir de São Paulo em 30/09 para um mochilão de 18 dias na Europa. Estou com as passagens compradas para conhecer França, Itália e Holanda. Minha dúvida no momento é se eu consigo sobreviver esses 18 dias com R$ 5.000,00 (cerca de 1.000 euros) sem contar as hospedagens. Saberiam dizer o custo médio por dia nesses países? Estou aceitando dicas dos principais pontos turísticos que eu não posso deixar de conhecer nesse roteiro e que não sejam tão caros. Obrigada! 😁
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Durante percurso de sete dias na terra dos moinhos de vento e das tulipas, os cicloturistas encontraram belas paisagens, curiosidades e até alguns contratempos, mas que só enriqueceram ainda mais essa experiência incrível! Michele da Costa A bicicleta sempre fez parte vida do jornalista brasileiro Amarildo Carnicel, desde a infância e adolescência, que passou em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. “Ia à escola de bicicleta. Pedalava à tarde e à noite com amigos. Como o futebol nunca foi meu forte, a bike era minha opção de esporte e brincadeira”, conta. Mas foi após completar 50 anos de idade que ele mergulhou de cabeça nesse universo do mountain bike e, aos 55, realizou sua mais recente façanha: integrou um grupo de casais amigos que percorreu 240 quilômetros na Holanda de bicicleta. * Veja mais fotos, vídeos e continue lendo em http://embarque40mais.com/2018/05/24/casais-brasileiros-pedalam-240-km-em-tour-pela-holanda/ Sobre o blog: O http://embarque40mais.com é dedicado a pessoas com mais de 40 anos de idade, mas o conteúdo é de interesse de todos que gostam de viajar, conhecer lugares e ter novas experiências. A autora é Michele da Costa, jornalista paulista que ama conhecer lugares e contar histórias. Nos posts sobre as viagens dela, dá dicas detalhadas para planejamento e muita inspiração! Esperamos vocês! Bj da Mi 😘
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Galera, estou precisando de uma ajudinha! Tinha um roteiro pronto onde sairia de Paris e passaria 02 noite em Ghent (14/08 a 16/08) e 02 noites em Bruxelas (16/08 a 18/08). Entretanto venho lendo muiiiiiiiiiiitos comentários negativos sobre a segurança de Bruxelas (principalmente em blogs internacionais) e estou seriamente decidido a anular esta cidade do meu roteiro, e aí vem o problema! 1 - As passagens de Paris-Ghent já estão compradas para o dia 14/08 e a hospedagem em Ghent está paga e não é reembolsável. 2 - A minha namorada retornará ao Brasil exatamente via Bruxelas em um voo que saí de lá as 10:45 a.m. dia 18/08, desta forma teremos que estar no aeroporto (BRU) na pior das hipóteses as 08:45 a.m. já que ela fará um voo domestico ate Madri. Então vem a pergunta: Alguma sugestão de Cidade na Bélgica ou redondezas em que fosse possível passar duas noites e no terceiro dia chegar ao aeroporto BRU as 08:45 a.m.? Já pensei em ficar somente Ghent e além do bate volta a Bruges que já esta planejado, fazer mais um até Antuérpia... Mas queria ver outras possibilidades. A proposito, tem como ir de Ghent diretamente ao aeroporto de Bruxelas (BRU)? Em quanto tempo?
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Bate volta de Amsterdam para Haia
Rafael_Salvador postou um tópico em Vídeo-relatos e documentários de viagem
Bom galera, frequento o mochileiros há muito tempo e outro dia me toquei que nunca havia publicado um relato de viagem. Vou tentar começar um série compartilhando minhas experiencias e espero que curtam bastante!! Hoje vou mostrar um pouco de uma cidade de adorei, Haia. Na verdade Den Haag, esse é o nome da cidade e será exibindo assim na maquininha da Centraal Station em que irá comprar sua passagem de trem para conhecer esta maravilha de lugar. Portanto acorde bem cedinho e dirija-se rumo a Estação central ... A viagem dura em torno de 50 min e custa por volta de 23 euros ida e volta, na segunda classe (Nada de sentar na primeira classe hein!! pode ter que pagar uma multa se rolar uma fiscalização... Certifique-se onde esta sentando...). A primeira atração que visitei na cidade foi o um antigo palácio onde viveu a Rainha Consorte Emma, e hoje é um museu muito legal dedicado ao "Mestre do Impossível", Escher. Nunca ouviu falar em Escher? Mas talvez já tenham visto algum de seus desenho que brincam com a nossa percepção de realidade... Com os miolos retorcidos e a percepção totalmente alterada (rs), resolvi dar um rolé pela cidade e conhecer a casa em que viveu Maurício de Nassau. Aquele mesmo da Companhia das Índias Ocidentais que tentou invadir a Bahia e depois se instalou em Pernambuco. Adivinha o que aconteceu com a casa do Maurício? Virou um museu chamado Mauritshuis! Bem ao estilo Holandês... Obviamente entrei para dar uma conferida e para a minha surpresa descobri um dos quadros mais perfeito que já vi na vida: Old Woman And A Boy With Candles de Peter Paul Rubens... simplesmente o efeito de iluminação da vela na face do Sr e do garoto são perfeitos, só vendo ao vivo para crer. Claro que não posso deixar de mostrar a masterpeace do museu: A menina do Brinco de Perola de Vermeer... Também tem The Laughing Man de Rembrandt e outras maravilhas... o museus é recheado de clássicos. Para quem curte artes é um prato cheio. Vou mostrar só mais uma telinha para estimular a curiosidade de vocês: Dirck van der Lisse, A Hunting Nymph, Asleep. É demais ou não é?? Depois do almoço era o momento de fazer a digestão batendo perna pelo centro da cidade, curtindo aquele clima de uma cidade tranquila e apreciando o jeito Nórdico de vier a vida... Binnenhof, ou o parlamento Holandês, já que a sede do Governo é aqui, foi para obrigatória. Rola até um sorvetinho de pistache... Para finalizar o dia tive uma grata surpresa ao retornar a praça central da cidade. Era meio da tarde, por volta das 17:00, o sol brilhava e os bares e restaurantes estavam completamente lotado de pessoas tomando cerveja e curtindo o sol... Happy Hour em Haia plena terça-feira de um ano qualquer! Pronto, me senti em casa... E assim foi mais um dia da série "Um dia volto ai..." Espero que tenham curtido!! -
Bike Trip Amsterdam Antuérpia Quis publicar essa experiência porque quando pensei em fazer essa viagem encontrei pouca informação a respeito. Então pensei que poderia ser útil para outros viajantes. Fiz a viagem em set/2017. Todos os valores estão em euros. Criei um blog onde coloquei esse mesmo relato com as fotos da viagem. Pra quem quiser conferir o endereço é: https://biodaltro.wixsite.com/merggulho O começo Essa é minha terceira visita a Amsterdam. Estar num lugar da Europa sempre sugere conhecer os arredores, tudo tão perto e tão acessível. Mas, até aqui, isso não tinha sido possível. Nessa temporada vim mais determinado. Imaginei uma viagem de bicicleta depois de pedalar a primeira vez pelas ruas de Amsterdam. A estrutura pro uso de bicicletas aqui é fantástica, revolucionária, instigante, e entrei de verdade no clima, e no espirito da cidade, somente depois desse dia. Uma onda, a melhor onda de Amsterdam. Tive a certeza de querer viajar pedalando depois que fui mais longe um pouco, e senti uma sensação de liberdade que só havia sentido antes nas caminhadas que faço. Ciclovias intermináveis. Primeiro busquei um site de viagens, que oferecia roteiro, bike, hospedagem, transporte da bagagem. 7 dias de Amsterdam a Bruges, por 800 euros. Considerei, mas pacotes não são bem meu estilo. Então aproveitei apenas o roteiro. Passei a imaginar a viagem seguindo o mesmo roteiro, mas alugando uma bike em Amsterdam, e reservando os locais para pernoitar por minha conta. Encontrei muitas opções, e o custo caiu. Alugar uma bicicleta para circular por Amsterdam e conhecer a cidade é muito fácil, você esbarra nas opções por todo lado. Mas alugar para uma viagem não é tão comum, nem tão mais barato como eu imaginava. Então comecei a pensar em comprar uma bike de segunda mão. Muitas pessoas daqui me sugeriram isso. Aqui eles tem um tipo de eBay holandês - www.markplaats.nl. Foi a indicação que me deram. Encontrei muitas bicicletas boas e baratas. Tive que garimpar, em holandês, usando um tradutor. 2 dias antes - segunda - 04/set - Amsterdam Depois de muito olhar comecei a separar as bicicletas que eu mais gostava, e foi assim que cheguei na loja Fietshokje, em Haarlem, que fica a mais de 20 km de Amsterdam. Fui de ônibus, em meia hora, viagem super tranquila e bonita. Na loja encontrei muitas bikes, de todos os tipos, preços e estados de conservação. Olhei, olhei e escolhi. Não foi tão barata como eu esperava, mas tinha cara de nova. Saí de Haarlem rumo a Amsterdam já pedalando. Emocionante essa possibilidade. Abri o mapa no celular e segui. O tempo todo andei por ciclovias. Atravessei lugares lindos, com muita vontade de sentar na varanda de um bar, tomar uma cerveja e curtir esse momento mágico. Mas decidi comemorar pedalando. A ciclovia acompanha as auto estradas, mas à distância. Geralmente você pedala bem próximo aos canais, em meio à vegetação. 1 dia antes - terça - 05/set Amsterdam Como ja tinha planejado viajar por aqui, e acabava não rolando, dessa vez defini uma data, pra tentar fazer as coisas acontecerem. Bom, essa data era ontem, e já estou 2 dias atrasado. Mas contou aí a inexperiência, e a falta de intimidade com a cidade. Depois que comprei a bike, e comecei a pedalar, vi que coisas essenciais estavam faltando. De cara uma corrente contra roubo e uma campainha. Apesar de ser o lugar que é, Amsterdam tem um índice altíssimo de roubo de bicicletas. Numa das lojas que entrei, deixei a bicicleta sem tranca na porta e entrei pra me informar. O atendente se virou e disse: “Senhor, nunca, nunca, nunca, deixe sua bicicleta sem segurança na rua.” Uma campainha também é essencial quando o trânsito de bicicletas e pessoas é mais intenso. Evita freadas, e mesmo acidentes. O uso do GPS é fundamental. Não consigo me imaginar chegando a algum lugar por aqui sem o GPS, principalmente pedalando. Na volta de Haarlem parei mais de 30 vezes, tirava o celular da mochila, e conferia a rota. Logo percebi que um suporte pro celular no guidom ajudaria muito, e esse foi o terceiro acessório. Nesse mesmo percurso usei uma mochila leve e pequena, bem mais leve e menor do que a que preciso levar na viagem. Então, um bagageiro, e uma pequena caixa plástica presa nele foram a alternativa para encaixar a mochila, e livrar o peso e o calor nas costas, quarto e quinto acessórios. Uma bomba para encher os pneus foi o última e clássica aquisição. A bike estava pronta, ficou um espetáculo. Partida certa no dia 6/set, destino Gouda, a terra dos queijos. Mas ja sei que lá tem muito mais que isso. loja: Fietshokje bicicleta - 150,00 loja: Het Zwarte corrente - 55,00 loja: Tromm mao de obra - 15,00 protetor e suporte pro celular - 29,95 bagageiro - 35,95 caixa plastica 25L - 19,95 bomba - 11,49 extensor - 7,95 total - 325,29 Dia 1 - quarta - 06/set - Amsterdam - Gouda (57,5 km) Dei uma ultima reorganizada na mochila, tirei algumas coisas, coloquei outras, tentando conciliar peso com funcionalidade. Achei que ficou mais adequada, mas essa impressão vem realmente durante a viagem. De manhã o tempo estava nublado, bem nublado. Não muito frio. Vesti uma camiseta sintética de manga curta, e coloquei a mochila dentro de um saco (não trouxe a capa), e dentro da caixa. A caixa plástica acoplada ao bagageiro foi uma ótima solução pra transportar a bagagem, e no final do dia vi como viajar com a mochila nas costas teria me destruído. Iniciei a viagem às 10:00. Com uns 5 minutos de pedalada a chuva começou. Me abriguei, troquei a camisa pela de manga comprida, e protegi melhor a mochila. Esse foi tempo suficiente pra chuva parar, e retomei o caminho. Não me impressiono mais com a chuva por aqui, porque ela é bem passageira. O GPS tem sido fundamental pra conseguir me deslocar a longas distancias por aqui. Além de tudo plano, sem meus tradicionais pontos de referencia - montanhas, e canais parecidos por todos os lados, as ciclovias em muitos trechos tem mão única. Então, se você erra um caminho, não pode simplesmente dar meia volta e retornar ao ponto certo. Tem que fazer um retorno, como se estivesse dirigindo um carro. Mas não foi difícil sair de Amsterdam. Os visuais ainda dentro da cidade já são incríveis. A principio pareceu que uma bicicleta com 6 marchas seria um exagero, num lugar plano como a Holanda, mas o grande adversário por aqui é o vento. Nas retas descampadas senti a pressão, mesmo não sendo a época de ventos fortes. Tive que me adaptar também a pedalar com o volume e o peso da mochila, principalmente nas paradas e nos trechos com vento mais forte. Em Gouwsluis tive bastante dificuldade de seguir em frente. O GPS me conduziu pra uma rota em que a ciclovia estava interditada. Eu tinha atravessado um rio, e percorrido uma boa distancia pela margem direita, quando encontrei a interdição. De um lado, o rio, do outro, campos cultivados a perder de vista. Pedi orientação a uma pessoa que estava por ali, que me disse pra retornar, atravessar o rio e seguir pela ciclovia do outro lado. Mas já imaginava que isso não seria tão simples, porque observei do outro lado uma espécie de porto fluvial, com muitos containrs depositados. Retornei, atravessei o rio, e fiquei bastante tempo tentando encontrar o caminho. Refiz a rota algumas vezes no aplicativo. Mas apesar de estar na outra margem ele não alterava o itinerário, me direcionava pro mesmo trecho interditado, e girava como uma bússola doida quando eu não seguia na direção indicada. Na loja de acessórios para bicicleta vi uma pequena bússola que se adapta ao guidom, e me arrependo de não ter comprado. Finalmente encontrei alguém para pedir informação - era um lugar bem deserto de pessoas andando, e consegui encontrar a saida. Imagino que gastei cerca de uma hora nessa confusão. Passei a pedalar ao lado de um largo canal, ou rio, por onde circulavam grandes balsas transportando carga. Vi quea interdição do outro lado se tratava de uma manutenção na contenção das bordas. Ali eu já estava transitando pelos “paises baixos”, com a noção do rio fluindo acima da terra. Mais adiante, quando margeava alguns canais menores, o desnível entre o espelho d’água e os campos onde o gado pastava era maior ainda, talvez mais de uns 2 metros. Ainda me perdi mais algumas vezes. Num determinado ponto o GPS me indicava pra virar numa direção onde não havia como atravessar uma rodovia bem movimentada, sem acostamento, faixa para pedestres, nada. Noutro, ele me jogou mesmo pra rodovia. De repente me vi pedalando ao lado de carros e caminhões em alta velocidade. Não havia acostamento, e as buzinadas sucessivas me convenceram a entrar pro mato ao lado da estrada, descer da bicicleta, e voltar empurrando, pelo mato. Depois que sai da estrada ainda fiquei em idas e vindas sucessivas, com o GPS rodando doidão, até achar a direção correta. Nesse ponto devo ter gastado também mais uma hora. As rotas equivocadas e o esforço pra encontrar o caminho certo me cansaram mais que a pedalada em si. Olhava pra previsão de chegada do navegador, e contava os minutos pra chegar. Mais pelo êxito do que pelo descanso. Faltavam cerca de 15 minutos, ou até menos um pouco, quando a bateria do celular acabou. Por sorte trouxe uma bateria auxiliar. Ela carrega o celular, mas não o faz funcionar imediatamente. Precisei aguardar algum tempo ate que houvesse carga suficiente pra religar o navegador. Esse foi o último contratempo, e então finalmente cheguei, com 5 horas e meia de percurso, 3 horas a mais do que o inicialmente previsto. O hotel é muito bom, Campanile Hotel, melhor do que eu realmente precisava, mas foi basicamente a única opção, pelo preço e localização. Ainda assim eu estava ha 3,5 km do centro. Tomei um banho, ocupei o espaço, e aproveitei a estrutura pra lavar algumas roupas usadas no dia. E saí rumo ao centro, a pé. Não queria continuar pedalando, na essência sou um andarilho. Mas, os 3,5 km de ida, mais a volta, mais o reconhecimento do centro de Gouda, me consumiram bastante energia, a que tinha me sobrado, porque não cheguei tão cansado da pedalada, como cheguei da caminhada. O centro de Gouda me surpreendeu. O caminho até lá era bem convencional, menos atraente do que a região residencial de Amsterdam. Mas o centro, bem restrito a uma pequena área, possui muitas construções antigas, canais, pontes, pequenas vielas, tudo num clima muito pitoresco. Cheguei no final da tarde, por volta das 17:00. As ruas estavam bem vazias e tranquilas, o que dava a paisagem um ar ainda mais intimista. Muitos estabelecimentos ja estavam fechados. Infelizmente ja estava bem cansado, ansioso por voltar ao hotel e recuperar minhas energias, e não desfrutei da visita ao centro de Gouda como gostaria. O caminho de volta foi bem mais interessante. Percorri espaços muito bonitos, bucólicos. Pequenos canais, muita vegetação, e construções integradas a natureza. Tive a sensação de estar o tempo todo andando por um bosque habitado, com trilhas que exigem ser um local para não se perder. Ou um GPS. Cheguei de volta ao hotel depois das 20:00, e logo fui dormir. Hotel (Campanile) - 72,00 imposto - 1,51 Cafe da manha - 11,50 mercado (suco de laranja, vinho, queijo, pão) - 8,50 Dia 2 - quinta - 07/set - Gouda - Dordrecht - 40km O dia começou bem. Briguei um pouco à noite com o edredom - estranhamente não havia lençol de cobrir na cama, e o barulho da estrada em frente pareceu durar a noite inteira. Mas levantei refeito, cedo, e fui pro café da manhã, que valeu super a pena. Cappuccino, café expresso, suco de laranja, vitamina de frutas, frutas picadas com iogurte, salame, peito de peru fatiado, sucrilhos com leite, croissant, pão preto, pão de ciabata, queijo. Aproveitei pra, sem pressa de comer, ir escrevendo sobre o dia de ontem, e a comida me inspirou. Subi pro quarto por volta das 09:30, e consultei a previsão do tempo. Chuva prevista para as 14:00. Tempo de viagem até Dordrecht, 2 horas. Mas esse não é o tempo que estou gastando, como comprovei ontem, e novamente hoje. Ainda custei a sair, e as rodas da bike só começaram a girar mesmo às 10:55. Até agora me pergunto como demorei tanto pra sair. A saída de Gouda foi tranquila, e logo estava atravessando um vasto campo de pastos, cortado por muitos canais pequenos, com vacas, ovelhas, cavalos, patos, marrecos, gansos, cisnes, frangos d’água, e muitos pássaros. Um percurso silencioso e bucólico. No mapa, uma reta de mais de 6 km. Tentei não parar muito pra fotografar, e priorizar completar o caminho num tempo menor, preocupado com a previsão de chuva. Essa é uma região agrícola. Fazendas, talvez sítios na nossa concepção, com holandeses trabalhando no trato da terra e dos animais. Pareciam proprietários, colocando “a mão na massa”. Passei por casas à beira do caminho. A região é repleta de água, e os moradores exploram as condições naturais do local. Todas as casa utilizam os canais na decoração, com plantas, enfeites, estátuas de animais - patos, gansos, porcos. Transmitem felicidade, cuidado, bom gosto. Parecem viver em cartões postais, mas com simplicidade. Passei por uma casa em construção, e tive que parar. Me pareceu um lego gigante. Algumas partes já estavam montadas. Empilhadas ao lado, outras peças aguardavam para ser encaixadas. Dois homens trabalhando, e um contêiner que parecia funcionar como alojamento. Nenhum dos trabalhadores falava inglês, e não pude saber mais sobre o trabalho. Tudo ia bem, e eu seguia pedalando, até me deparar com outro trecho de ciclovia interditado. Naquele labirinto de campos, canais e caminhos, o aplicativo traçou uma nova rota, que eu comecei a seguir. Num determinado ponto, bem mais a frente, a pane começou. A rota sumiu, meu posicionamento foi lá pro outro lado da Holanda, e eu comecei a encerrar e reiniciar o aplicativo. E ia pra um lado, e voltava, e pegava outra direção, e nada. Por fim escolhi uma direção e segui. Bem mais a frente cheguei a uma rodovia, e um senhor que não sabia me informar o caminho, me indicou a direção onde ficava Dordrecht. No caminho eu deveria atravessar um rio, de balsa, e poderia me informar melhor. E foi o caminho que segui. Um pouco depois o aplicativo resolveu cooperar, e facilmente cheguei a Lekkerkerk, onde atravessei de barco o rio Lek. Me sentia feliz, achando que o destino estava certo e garantido, mas levei nova rasteira. Logo depois de começar a pedalar na outra margem, aplicativo doidão, me abandonou. Mesma situação, indicações desconexas, e uma vastidão deserta de pessoas. Encontrei um rapaz, numa fazenda, que mal falava inglês, mas conseguiu me apontar pra que lado seguir. E mais uma vez segui uma certa intuição, sei lá, talvez um pouco de bom senso também, e consegui sair daquele “branco no mapa”. Um pouco mais a frente o aplicativo voltou a cooperar, mas agora também a bateria do celular começou a jogar no time adversário. Faltava pouco, uns 10 km. Busquei todos os recursos que conseguia imaginar, placas, intuição, bom senso, e quando encontrava alguém, pedia informação. Boa prática de colocar a timidez de lado, e o pouco inglês que tenho pra fora. Finalmente cheguei em frente ao Bastion Hotel, novamente o melhor preço/localização, e novamente bem acima do que pretendia. Mas, avistar o hotel não encerrava essa jornada do dia. Ele estava do outro lado de uma rodovia muito movimentada, e como mencionei anteriormente, se eu estava de bicicleta precisava chegar até ele por uma ciclovia. Isso nem sempre é simples. E não foi. Primeiro tentei atravessar a avenida, e para isso precisei fazer uma grande volta, que me levou a um parque, que estava entre mim e o hotel, muito perto, quase podia tocá-lo, mas não foi possível chegar nele. Entre nós apareceu uma ferrovia, e depois um canal, e nenhuma passagem pro outro lado, que cada vez ia ficando mais distante. Volto a lembrar que aqui, se você está de bicicleta, não pode traçar uma reta de onde você está até onde quer chegar, e ir. As pessoas atravessam as ruas nas faixas. Não se atravessa uma linha de trem fora da passagem de nível, muito menos se estiver de bike. Então, tive que voltar um grande trecho que já havia percorrido, uma volta de 360 graus, pra chegar ao hotel que estava ao meu lado. Mas estou aprendendo. O hotel é, mais uma vez, muito mais do que eu esperava ou precisava. Mas foi o que se apresentou. Minha prática de ir decidindo e reservando conforme a viagem vai fluindo, está saindo cara aqui, e já estou tentando fazer diferente. Novamente, cheguei no hotel, ocupei o espaço, tomei um banho, e saí. Dordrecht é uma das cidades mais antigas da Holanda, e a parte mais antiga da cidade, um pequeno centro, possui mais de 1000 edificações históricas. Foi o que eu li, e estava doido pra ver de perto. Dessa vez não estava tão cansado, e mais perto do centro, 2,5 km. O caminho repetiu o que vi em Gouda, uma cidade mais moderna e convencional nos arredores, mas não sem suas peculiaridades, que vai ficando mais encantadora conforme vai-se aproximando do centro. Pelo pouco que conheci até agora da Holanda, me arriscaria dizer que há características comuns em todos os lugares por onde passei. Tranquilidade e proximidade com a natureza, bicicletas e aparência saudável das pessoas, seriam as primeiras. Parques, muitos parques por todos os lados, e pessoas desfrutando deles de uma forma que parece ser bem cotidiana. Também chama minha atenção o cuidado e o prazer no trato dos jardins, que não me parece algo estético, voltado pra quem vai ver de fora, mas um envolvimento do morador com o espaço em que ele vive. Bom, tudo isso vai me ocorrendo ao longo do caminho. A paisagem é instigante. Viagens, culturas, habitats, variações que vão agitando os pensamentos. O centro de Dordrecht tem muitos canais, e tive a sensação de uma viagem no tempo. As fotos falam melhor. Tive vontade de circular por todos os lugares, e entrar em cada beco, cada passagem estreita, através de prédios. Parei pra tomar uma cerveja, em frente a um canal, do lado de fora - a temperatura está bem agradável, e acho que estou aclimatado. Presenciei uma cena bastante comum por aqui. Alarme soando, cancelas baixando, trânsito parando, e a ponte sendo elevada para um barco seguir pelo canal. Voltando pro hotel, quando já estava escurecendo, passei em frente a um clube de escalada magnifico, envidraçado, paredes equivalentes a uns 4 andares de altura, instigante. Mais um dia de aventuras e emoções. travessia de barco - 0,90 hospedagem no Bastion - 84,00 cerveja (2) - 8,00 mercado (suco de laranja e pacote de cookies) - 3,50 café da manha - 14,00 Dia 3 - sexta - 08/set - Dordrecht - Willemstad - 33km 07:00 - O dia amanheceu horrível, tempo bem fechado, bastante vento, e chuva. A previsão não desmente isso, e também não acena com melhora antes do meio dia. O café da manha se repetiu uma boa escolha como a de ontem. Muitas opções, que me fizeram ficar bastante satisfeito pra encarar a jornada de hoje. 08:30 - o tempo melhorou um pouco. Da janela do salão do café vejo muitas bicicletas seguindo seus destinos, apesar do tempo ruim. 09:30, e o tempo piorou novamente. Chove e venta. Já vou considerando a possibilidade de pedalar desse jeito mesmo. Adversidades. 10:50 - A previsão indica tempo com chuva pra todo o dia. O período mais favorável é de agora até as 14:00. Então estou indo. Esperei bastante por um erro na previsão do tempo, mas ela está certa. A chuva melhora e piora, e de dentro do hotel parece estar ventando bastante. Enquanto saía, um grupo de umas 4 pessoas, com idades em torno dos 65 anos, parecia estar chegando. Um carro trazia bicicletas no bagageiro. Ficaram me olhando, enquanto me preparava para sair na chuva. Me pareceu que aquelas bicicletas não desceriam do bagageiro. Parti às 10:55. Mochila bem ensacada, vesti o anorak com capuz, e fui. Hoje pedalei direto, do início ao fim, sem nenhuma parada. Os adversários do dia foram a chuva e o vento, que atacaram o tempo todo, variando apenas a intensidade e a combinação dos dois. Exceto por um pequeno trecho no início, passei quase o tempo todo por áreas industriais, muitas empresas e galpões imensos. Vi muitos trens, de passageiros e de carga. Trens de carga circulando pra todo lado são um indício de desenvolvimento. O navegador não falhou hoje. Talvez uma trégua por conta da chuva e vento. Realmente não sei como seria se ocorresse uma pane daquelas dos outros dias. Mesmo assim, hoje foi um dia de desafio. Não que eu me sentisse desafiando a natureza, destemido contra a chuva e o vento. Pelo contrário, me senti entrando em contato com ela, e tentando me adequar. Levei 3 horas pra completar o percurso, e cheguei bem molhado. O terceiro hotel, Het Wapen van Willemstad, não fugiu à regra. É igualmente bem acima das minhas expectativas, de preço e padrão, e mesmo assim a melhor opção que se apresentava. Cheguei, lavei as roupas que estavam molhadas, e aproveite o aquecedor do quarto pra secar. 16:00 - O tempo piorou, chove mais do que quando cheguei, impossível de sair para conhecer a cidade. Tentei, mas me molhei, e só consegui duas ou três fotos sem que a lente da câmera ficasse respingada. O hotel é também restaurante, que está bastante cheio, em sua maioria pessoas da terceira idade, europeus aparentemente. Agora, um novo grupo, de umas 30 pessoas, muitos falantes, começou a ocupar os lugares de dentro do restaurante. A varanda já está cheia. Estão animados. São muitas risadas. A chuva me desanimou bastante. Pedalei todo o percurso na chuva, cheguei bem molhado, e continua chovendo. A cidade é pequena, muitas casas, poucas opções. Depois de comer, tomar uma cerveja, e escrever um pouco, voltei pro quarto. A animação das outras mesas não estava me contagiando. Pelo contrario, muitas vezes nessas situações me sinto ainda mais solitário. Momentos. Um dia de chuva como esse não estava nos meus planos. Fui dormir cedo. Poucos registros fotográficos nesse dia. hotel (Het Wapen) - 81,50 imposto - 1,20 almoço (ravioli) - 12,50 cerveja - 2,50 supermercado (pão, peito de peru, vinho) - 4,50 Dia 4 - sábado - 09/set - Willemstad - Hoogerheide - 37km Mudança de rumo. Meu roteiro, e paradas, foram ficando incompatíveis com meu bolso, ou com o que estou disposto a gastar nessa pedalada. Então, minha próxima parada foi definida pelo preço da hospedagem que consegui, e por isso retracei a rota, e estou indo para Hoogerheide. Isso não me surpreende. É mais ou menos como funcionam minhas viagens. Escolho um objetivo, uma direção, e eles vão se alterando conforme vou seguindo. Vou tentando perceber, e me orientar pelos sinais. É o que mais gosto nessas aventuras, e o que mais me surpreende. Mexe com minha cabeça, e muitas vezes só faz sentido mais na frente. Em Willemstad continua a chover, e a previsão é de continuar chovendo. Estou ansioso por deixar esse lugar, que era o que mais queria conhecer. Um pouco depois do café da manhã, que hoje foi bem reduzido, comecei a arrumar minha mochila. Quando olhei pela janela, o céu começava a ficar azul, e o sol aparecia. Com tudo arrumado, saí pra tentar as fotos que não consegui tirar ontem. A cidade é bem pequena, e logo registrei o que eu queria. Já estava realmente querendo partir. Encontrei nos fundos do hotel algumas ruínas, e descobri que se tratava de uma fortaleza ao redor do que hoje é a cidade, construída para defesa contra as invasões napoleônicas. História. A cidade é ilhada por um canal. Isso fica bem visível no mapa. Saí às 10:30 - o sino da igreja tocou, com céu bem aberto, não completamente, e sol. Estava gostoso pedalar. Mas isso não durou muito. Ainda resisti aos primeiro pingos, que foram aumentando, mas o céu bem carregado não deixava eu me iludir. Parei, ensaquei a mochila, coloquei e ajustei o anorak, e continuei. E continuei bem tranquilo, mais do que ontem, acho que mais preparado. Pedalei mais devagar, e então não suei tanto dentro do agasalho. Também percebi que estava olhando mais pra paisagem, e menos pro navegador. Estava mais relaxado, mesmo com a chuva. Depois de uma hora de pedalada a chuva parou. Ainda continuei com a mochila protegida, e com o anorak vestido. Por fim estava tudo seco, até mesmo o tênis, e faltavam poucos quilômetros. Tudo perfeito. Cheguei a parar para umas fotos em Steenbergen. Quase no final do percurso nuvens cinzentas surgiram de repente. Talvez já estivessem por ali, e eu me distraí. Mas, mesmo depois de vê-las, tentei não considerar. Então, como segundo aviso vieram as trovoadas. Olhei pro navegador, faltavam pouco mais de 10 km, uns 10 minutos. Pensei em procurar um abrigo, algo raro por aqui. Surgiu um galpão aberto, um pouco afastado da ciclovia, com pessoas por perto. Mas preferi apostar nas pernas e na velocidade. E perdi. Um temporal despencou, a menos de 2 km do hotel. E eu, que já estava completamente seco, fiquei completamente molhado novamente. Cheguei no hotel às 13:20. Simpatizei de cara com o hotel, Tasty World, e com a localização. O preço do quarto, e do café da manhã influenciaram. Mas não foi só isso. Depois de tomar um banho, e colocar minhas coisas pra secar, saí pra comprar um lanche. Em frente ao hotel tem um Albert Heijn, o mesmo supermercado de Amsterdam, muito bom. Comprei pão, presunto e suco de laranja. Voltei pro quarto pra comer. Depois, saí pra conhecer a cidade, hoje de bicicleta, e foi um prazer guiar sem peso. A cidade tem cerca de 3 km de uma ponta a outra, é bem pequena. Circulei um pouco, e escolhi um bar pra tomar uma cerveja, sentado sob o sol. Aproveitei pra escrever um pouco. O contexto é inspirador. Quando cheguei de volta ao hotel, que é restaurante também, estava lotado. O restaurante é bem grande, e deviam ter mais de 100 pessoas, num clima bem animado. Pedi um café, sentei num canto, e mais estórias. O sol devolveu meu ânimo, e a viagem segue. Já não é mais a viagem planejada, adquiriu contornos próprios, e os próximos quilômetros ainda são uma surpresa. Os canais estão abertos, e “la nave va". Decidi ficar mais um dia aqui, explorar os arredores, descansar, e decidir pra onde seguir. Bruges deve sair do roteiro. E a volta deve ser de trem. Mas nada é certo enquanto não é passado. Já estou gostando de pedalar na chuva. Isso é muito engraçado. Tasty World - 45,00 cafe da manha - 8,5 imposto - 1,50 mercado (pão, suco de laranja, peito de peru) - 5,00 2 cervejas - 5,80 2 cafés - cortesia Dia 5 - domingo - 10/set - Hoogerheide - 40 km Dormi a melhor noite desde que comecei a pedalar. Acordei cedo e tomei um super ontbijt (café da manhã). O dia estava lindo, sol, céu completamente azul. Fui conhecer uma vila que fica às margens do rio Escalda, o rio por onde os barcos chegam a Antuérpia. O nome da vila é Bath. Demorei um pouco a sair, 11:00, comendo muito. A ida à Bath foi fácil. Um caminho por entre fazendas. Campos extensos, com plantações e criações, geralmente de ovelhas. E aquelas casas que se tem vontade de morar. Pedalar sem peso foi muito bom. Levei uma hora pra chegar. No caminho muitas bicicletas, indo e vindo, algumas bem velozes. Fui encontrando pelo caminho cataventos gigantescos, geradores de energia. Temos muitos deles no nordeste. Aqui parecem mais integrados a paisagem. A vila de Bath é muito simples e pequena, não muito diferente do que tenho visto nas cidades por onde tenho passado, e não me demorei muito. Um quadro tipo de avisos, na cidade, exibia, dentre os anúncios, um jornal antigo com a foto de um cargueiro chinês que encalhou em frente a vila em 14/jul/2017, e atraiu muitos curiosos. Por pouco não vi. Dali continuei pedalando ao longo do rio na direção da fronteira com a Bélgica, que estava a menos de 5 km. A paisagem no horizonte era bem industrial. Encontrei um ponto de bombeamento da água de um canal pro mar. Pude perceber nitidamente a diferença de nível, o canal abaixo do nível do mar. No mar, a água despejada formava uma grande correnteza. E assim eles mantêm a Holanda abaixo do nível do mar. Coisas legais da engenhosidade humana. Não voltei pelo mesmo caminho. Segui por um canal, e conseguia ver mais à frente a ponte por onde tinha atravessado esse mesmo canal na ida. Quando cheguei em baixo da ponte não havia caminho para subir, apenas uma rampa não muito extensa, com um capim baixo. Teria que retornar um grande trecho pra fazer o caminho convencional. Não foi pela pressa, nem pelo cansaço, mas tracei uma reta rampa acima, e subi pelo meio do capim, me sentindo um pouco selvagem, e um pouco coerente. O dia estava legal. As vezes mais frio, as vezes o vento mais forte, nenhum peso no bagageiro. Tudo isso era um presente, depois das últimas pedaladas com chuva. A vida aqui parece ser tranquila e simples, e eu podia sentir isso. No caminho passei por um casal. Deviam ter uns 70 anos, ele pedalando, ela na cadeira motorizada. Iam na mesma direção que eu, e logo os ultrapassei. Bem mais na frente, e bem depois, eu os encontrei no supermercado. Tinham ido fazer compras, no modo holandês de ser. Comprei algumas coisas pra comer, e lanchei no quarto. Acabei dormindo um pouco. No hotel me falaram de uma floresta na saída sul da cidade, e fui lá pra conferir, no final da tarde. É uma grande área de mata que se estende além da fronteira com a Bélgica. Uma floresta bem menos densa do que as que eu conheço no Brasil, com muitas espécies de pinheiros. Fui pedalando e cheguei na fronteira com a Bélgica. Ao menos foi o que o navegador me disse. Não havia qualquer demarcação. Quando estava dentro dessa imensidão, o vento começou a ficar forte, e o céu carregado. Já passava das 18:00, e o horário, mais as nuvens, deixaram o ambiente bem escuro. Lembrei de “A Bruxa de Blair”. Pra siar, só com GPS, e muitos trechos das trilhas eram muito arenosos, impossíveis de pedalar. Tinha que descer da bike e empurrar. Voltei pro hotel, tomei um banho, desci pra uma cerveja, e fui dormir cedo. Pedalei 40km no dia. Tasty World - 45,00 cafe da manha - 8,5 imposto - 1,50 mercado (maçã, suco detox, vinho) - 8,00 cerveja - cortesia Dia 6 - segunda - 11/set - Hoogerheide - Antuérpia - 31 km Acordei cedo, mas ainda queria dormir mais. Essa noite não foi tão boa quanto a anterior. Mas levantei logo porque o café da manhã durante a semana é de 06:30 às 08:00. Tudo bem, queria mesmo seguir em frente. Café da manhã bem completo, me abasteceu plenamente. Café expresso, cappuccino, suco de laranja, pão preto, queijo, peito de peru defumado, nozes, amêndoas, iogurte, banana, morangos (sem agrotóxico). A manhã estava legal pra viajar, céu aberto, pouco vento. Parti as 09:30. Foi o dia que sai mais cedo. Os primeiros quilômetros eram bem familiares. Pedalei por eles algumas vezes nesse pouco tempo. Estava sentindo um pouco de frio, mas esperei o corpo esquentar com o movimento. Os trechos com sol eram bem gostosos. Depois de sair de Hoogerheide pedalei bastante tempo por dentro da floresta. A estrada e a ciclovia cortavam essa mata de pinheiros variados por mais de 7 quilômetros. Ar puro, silêncio, e verde. Vontade de mergulhar novamente nesse mar. Achei interessante que nas paradas de ônibus ao longo do caminho sempre havia um banco, e lugar para estacionar bicicletas. Uma realidade muito legal. Em Putte o Lebara me avisou que eu tinha entrado na Bélgica, sem que eu tivesse percebido. Não havia barreiras, placas, avisos. Talvez um dia vivamos assim, num mundo sem fronteiras. Passei por poucas cidades, e quando me toquei já estava na região metropolitana de Antuérpia. Fiz o percurso em 2 horas, 31 km, as pernas estão fortes. Algumas dores que sentia pelo corpo antes da viagem, sumiram. Endorfina. Também devo ter perdido algum peso. Não foi difícil chegar ao hotel, Hotel Antwerp Billard Palace, usando o navegador. Agora estamos nos entendendo. Pedalar na Bélgica foi diferente de pedalar na Holanda. Nem sempre há ciclovias, e a consciência não parece ser a mesma, dos pedestres, dos carros, e dos ciclistas. Há bem poucos locais adequados pra estacionar as bikes, que ficam presas na maioria dos postes existentes pelas ruas. Mas minha experiência foi bem restrita. Percorri apenas cerca de 20 km dentro do país, e só conheci uma cidade. Fiquei mesmo apaixonado por pedalar na Holanda, e esse andarilho está gostando de estar sobre duas rodas. Parei a bicicleta em frente ao hotel, com as trancas, mas não ficou presa a nada. Em frente, todos os postes estavam apinhados de bicicletas, presas umas por cima das outras. No final da tarde consegui um cantinho apertado dentro hotel pra guardá-la. O hotel fica numa praça. É bem mais caído que os outros, e mais barato também. Se acostumar com coisa boa é fácil. No térreo, ao lado da recepção, funciona um fast food, mais ou menos, e no primeiro andar uma espécie de bar, com muitas mesas de bilhar, e uma frequência bem estranha. Não entrei pra conferir. Na mesma praça está a estação central de trem, uma construção magnifica, não sem motivo conhecida como “Catedral do Trem”. Tem 4 andares de linhas chegando e saindo. Troquei minhas roupas, coloquei alguns destinos no navegador e fui. Primeiro fui a um parque bem próximo. Parques são um espaço especial por esses lados, e incorporei eles aos meus atrativos prediletos. Depois fui até a Catedral de Nossa Senhora, e circulei pelo centro. Muitos prédios e lugares interessantes. Por último, fui até as margens do rio Escalda, e passei em frente ao castelo lendário que envolve a origem do nome da cidade - um gigante, um romano que corta sua mão, e a arremessa no rio. De lá voltei, com medo da chuva, e com fome. Havia muitas opções de lugares pra comer. Escolhi uma pizzaria bem legal, moderna, e isso, junto com uma cerveja, me deixou ok. Na saída, chuva, e vento forte, daquele que dá medo de alguma coisa voar em cima. Quando a chuva parou procurei um lugar pra tomar um café, e fui parar na estação de trem, a “Catedral”, no Café Le Royal. Tomei um cappuccino, e uma De Koninck, cerveja local muito boa. Ano de fundação do café, 1830. Fiquei ali bastante tempo, degustando a bebida, o ambiente, e escrevendo umas linhas. Embarco amanha de volta pra Amsterdam, de trem. Passagem 53,40 euros, incluindo 13 euros pra transportar a bicicleta. Em 6 dias pedalei 239 quilômetros. 48,00 - Hotel Antwerp Billard Palace (com imposto) 10,10 - pizza e cerveja 1,60 - cafe expresso 10,10 - cappuccino e 2 cervejas na estação 7,00 - mercado (pão, peito de peru, suco de laranja) Dia 7 - terça - 12/set - Antuérpia - Amsterdam Legal Antuérpia, mas pra viajar pedalando acho que vou preferir não sair da Holanda da próxima vez. Depois de conhecer o melhor, o senso critico fica mais aguçado. Já estava acordado há bastante tempo, mas não quis levantar antes das 8:00. A noite foi longa. Com as paredes finas, um casal apaixonado no quarto ao lado agitou a noite. E foi muito amor. Tudo bem. Não rolou café da manha, comi o que tinha no quarto: pão, maçã, e suco de laranja. Minha cabeça já estava em Amsterdam, faltava levar o corpo. Minha bike ficou guardada no meio de uma escada espiral que descia pro porão do hotel. Tirar ela de lá foi a primeira coisa que fiz. Meio uma questão de cumplicidade. Depois fui comprar a passagem de trem. Primeira viagem de bike, primeira viagem de trem por minha conta, sozinho no velho continente, e carregando uma bicicleta. Fico tenso, mas gosto. Se sua bike for dobrável talvez você não pague um valor a mais por leva-la. Não foi meu caso. A passagem vem sem horário, você pode pegar o primeiro trem que chegar. Transitei normalmente pela estação com a bicicleta, elevadores, escadas rolantes. Primeiro me senti com uma melancia no pescoço, mas logo fui encontrado outras bicicletas, e fui vendo que aqui isso é comum. Cheguei a dar informação pra uma estrangeira que não sabia o fazer com a bike quando o trem chegasse. Eu sabia que não tinha como saber antes do trem chegar. Legal, me senti. Quando o trem chegou, descobri. O compartimento pra colocar a bike ficava no último vagão. Eu estava no extremo oposto, e o cara que me informou isso me disse: “corre”. Ainda voltei pra confirmar se aquele trem ia mesmo pra Amsterdam, e ele falou: “vai, mas acho melhor você correr, de verdade”. E eu corri. Consegui. Foram poucos segundos entre eu entrar no trem, e ele sair. No compartimento, você prende a bike, e pode ir escolher uma poltrona pra sentar. Se quiser também pode ficar fazendo companhia pra bike. Quase fiz isso. Coisas de brasileiro, que dorme sempre com um olho aberto. Mas aqui é bem diferente, e vale a pena tentar viver esse clima de tranquilidade. O trem “voa” e retornei em 01:50 o que levei 6 dias pra avançar. Em muitos pontos da viagem reconheci a paisagem. Conferia no mapa e via que estava certo. Muito legal isso. Muito bom chegar de volta a Amsterdam. Nessa viagem, como sempre, aprendi muitas coisas, compartilhei algumas aqui, outras ficaram na mente. Essa aventura acaba aqui, mas as estórias continuam em Amsterdam.
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Áhh a encantadora cidade das flores! Conhece? Holambra fica a 40 min de Campinas e é um destino charmosíssimo para um bate e volta à cidade colonizada pelos holandeses em 1948 após devastação causada pela 2° Guerra Mundial. Começamos o passeio pelo Portal da Cidade, construção com característica típica holandesa com tijolo a vista, telhado inclinado. Se quiser informações turísticas ali tem. Seguimos para o Memorial do Imigrante, casal que simboliza o esforço dos pioneiros. Continuamos para o Moinho dos Povos Unidos: cópia fiel dos moinhos holandeses. As pás são movidas pelo vento.. subimos até o último andar onde tem um mirante! Lá embaixo visite as exposições de artesanatos (os souvenires são mais baratos que no centro). Ainda no Moinho iniciamos o lindo passeio nos campos de flores de crisântemos e gérberas. Fizemos com a Real Receptivo e foi demais!! E ainda tem um city tour com história e curiosidades da cidade! (Contratamos previamente através do site,mas eles vendem na hora tbm). Hora de comer!!! Fomos para a rua turística do centro e experimentamos o croquete de frango típico e o Kasller (bisteca defumada), comidas holandesas. Passamos um tempo apreciando a charmosa rua. Fomos andando para o Museu Holambra: história dos imigrantes e da fundação da cidade, réplicas de casas mobiliadas ao estilo da época, maquinários antigos. Vale muito a pena!! Deixamos o carro e seguimos andando até o recinto da Expoflora, que coisa linda! A pé fomos até o Deck do Amor, cadeados presos no deck na beira do lago são um charme. Andamos mais um pouco entre as ruas e vimos as características das casas, a decoração dos jardins, os sobrenomes das famílias estampados na frente das casas! Finalizamos na rua turística com um delicioso café (e pq não mais um “docinho”?). Áhhh tbm não faltaram os souvenires comestíveis kkk: stroopwafel, pitnoten, torta de maçã. Informações: Moinho dos Povos Unidos: para subir R$ 10 (tem meia). Fds e feriados 9:30h-18h (de qua a sex não abre o mirante) Campo de Flores + City tour: Real Receptivo Holambra R$ 40. Museu Holambra: Área externa grátis, Foto Hall R$ 3 (estud. e idosos R$ 2). Fds e feriados 10:30-16:30h
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Essa foi nossa segunda vez em terras holandesas, e já que da primeira conhecemos só a capital Amsterdam, dessa vez decidimos explorar as cidadezinhas próximas também. Fizemos tudo de trem, o melhor custo benefício em relação a transporte pois as passagens são baratas e as cidades são bem perto umas das outras. Foram 4 cidades em 3 dias e apesar de parecer corrido, deu pra aproveitar tudo com calma! Foi a primeira vez que viajei meio sem roteiro, com dias livres para simplesmente andar sem rumo e descobrir o que cada lugar tinha a oferecer. Para comprar as passagens pesquisamos tudo no site do sistema de transportes nacional, o http://www.ns.nl, dá pra simular os valores e ver os horários dos trens. Mas atenção! Algumas cidade tem nomes diferentes do que conhecemos, se não estiver escrito corretamente em holandês, você não vai encontrar. Decidimos comprar na hora em cada lugar pois os trens tem intervalos bem curtos e assim podíamos ficar mais flexíveis. O sistema funciona muito bem! A maioria das estações são super modernas, tem lockers para deixar as malas e você pode comprar os bilhetes em máquinas ou nos balcões de venda. As informações de horários e plataformas são bem indicado nos painéis. Os trens são extremamente pontuais e tem wi-fi grátis! Dia 1 – Utrecht e Gouda Chegamos no aeroporto de Schiphol em Amsterdam e já pegamos o trem direto de lá para Utrecht, o trajeto dura pouco mais de meia hora. Saindo do trem você já está no centro e para chegar no centro não demora mais do que 5 minutos. Tudo pode ser feito a pé. A cidade é daquelas pequenininhas e super fofas! Sua maior atração é a torre gótica Domtoren, que pode ser vista de quase toda a cidade e (dizem) oferece uma linda vista. Alguns passos depois fica a catedral gótica Domkerk e ao lado, o Jardim monástico Pandhof, um dos lugares mais lindos de lá! Entre os diversos canais, o Oudegracht é um dos principais e fica abaixo do nível da rua, com alguns restaurantes charmosos beirando suas águas. Se quiser um lanche rápido experimente as batatas fritas no cone, já é bom por ser batata frita e eles ainda colocam uns molhos deliciosos! A cidade tem uma atmosfera bem vibrante, suas ruas são cheia de cafés, restaurantes e lojas que atraem uma boa quantidade de turistas. Ficamos meio dia por lá antes de partir novamente para a estação de trem. A outra metade do dia foi em Gouda, que como o nome sugere, é o berço do delicioso queijo, produzido por fazendeiros nos arredores da cidade. Às quintas-feiras acontece um tradicional mercado de queijos e no sábado uma feira livre com diversas bancas onde é possível pedir por peso, assim já dá pra sair comendo na hora. Difícil é escolher só uma das opções! Ainda falando de comida, Gouda também é famosa pelo Stroopwafel, um delicioso waflle prensado com recheio de caramelo. Não deixe de experimentar um feito na hora, sério! O ponto central é a Praça Markt, onde fica o maravilhoso prédio da prefeitura em estilo gótico e encantadoras janelinhas vermelhas. Lá também fica um museu que conta a história do queijo e diversos restaurantes com preços não muito convidativos. Não deixe para jantar muito tarde, muitos lugares encerram as atividades por volta das 22h. Fazer uma pequena caminhada beirando o canal principal é super agradável e no fim você ainda descobre um dos moinhos da cidade (nada mais holandês, né?). Obs. O nome da cidade em holandês é pronunciado “rráuda”, caso não fale desta maneira provavelmente você não será entendido. Dia 2 – Haia Haia, diferente de Utrecht e Gouda, tem também seu lado mais moderno. Embora conserve a atmosfera de cidade pequena, seu skyline tem prédios novos e diferentões. É lá que fica a sede do governo e monarquia holandeses e alguns museus fantásticos! O Mauritshuis está repleto de obras de grandes mestres holandeses como Rembrandt e Vermeer, autor do quadro “Moça com brinco de pérola” lá exposto. Além disso a luxuosa “casa” pertencia a Maurício de Nassau, um dos responsáveis pela colonização holandesa no Brasil. Outra atração super interessante é o Escher in et paleis, um museu sobre o incrível trabalho de M. C. Escher, que mostra desde as obras iniciais até as gravuras mais conhecidas com imagens surrealistas e ilusões de ótica. Os lustres de cada sala tem formatos diferentes como caveiras, vasos, pássaros… Uma dica pra fugir dos restaurantes da praça central é o Le Cafe, um simpático bistrô que serve comidinhas deliciosas por um preço justo. Pode pedir o vinho da casa sem medo! Dia 3 – Amsterdam É claro que Amsterdam merece mais de um dia, eu diria uns 3 pra curtir tudo com calma, mas como já conhecíamos a capital holandesa, resolvemos ficar só um dia, ver alguns pontos que não vimos da outra vez, como o Rijksmuseum, admirar os prédinhos holandeses tão típicos e lindos e caminhar um pouco sem rumo pra sentir a cidade. Veja aqui um roteiro com as principais atrações de Amsterdam: http://www.queroirla.com.br/pelos-canais-de-amsterdam/ ps. Em Haia e Amsterdam ficamos na rede de hostels StayOkay e com certeza recomendo! Tudo é bem limpo e organizado e o café da manhã incluso é bastante completo. Sobre os trens, aqui vai um resumo de valores (p/ 2 pessoas, com taxas) e durações aproximadas das viagens. Amterdam Schiphol – Utrecht: € 19,40 / 40 minutos Utrecht – Gouda: € 14,60 / 20 minutos Gouda – Haia (Den Haag): € 13,00 / 25 minutos Haia – Amsterdam Centraal: € 25,00 / 50 minutos *Valores de Junho/2016 Post original com fotos e links: http://www.queroirla.com.br/holanda-trem-roteiro-3-dias/
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Viajamos para Amsterdam nos primeiros dias do verão europeu, mas acho que esqueceram de avisar São Pedro, o frio estava congelante! Não que isso tenha estragado o fim de semana, a cidade das bikes é maravilhosa, chova ou faça sol, dá pra aproveitar! Aliás, é super comum ver as mães e pais carregando seus filhos pequenos na bicicleta mesmo em dias de chuva. Chegamos no fim da tarde meio perdidos e descemos do ônibus no ponto errado, que para nossa sorte era exatamente na Praça dos museus (ou Museumplein), onde fica o Museu nacional e a famosa escultura I Amsterdam. O lugar é lindo, até em dias cinzentos como aquele. O grande lago com algumas esculturas contemporâneas completa o charme. Decidimos ir direto ao Museu Van Gogh, que não é barato, mas é maravilhoso! Obrigatório para os amantes da arte. Logo ao chegarmos, uma banda começou a tocar no hall principal. Uma banda dentro de um museu, adorei! As obras estão dispostas em ordem cronológica, o que é muito interessante pra ir acompanhando as diversas fases da vida do pintor holandês. Além dos quadros há também desenhos, rascunhos e uma parte muito interessante onde é possível através de microscópios ver as espessas camadas de tintas utilizadas pelo artista. só tivemos 2 horas antes do museu fechar, mas dá pra “perder” horas lá dentro! Fomos a pé para o hostel admirando os canais, as floreiras nas pontes e toda a peculiar arquitetura dos prédinhos holandeses. Mas em pouco tempo de caminhada já deu pra perceber que quem manda na cidade são as bikes! Se você está a pé tem que prestar muita atenção pra não ser atropelado por uma delas. Sobre o hostel, a dica é: Não fique lá! A hospedagem em Amsterdam é bem cara e pelo que vi não há muitas opções (viáveis) interessantes. Na minha pesquisa pelo melhor custo-benefício (mais custo na verdade rs) encontrei o Hansbrinker, eles se auto-intitulam como o pior hotel do mundo e fazem campanhas bem-humoradas confirmando isso, mas, achei que era mais uma jogada de marketing, que não seria tão ruim assim e de qualquer forma, era um dos mais baratos mesmo, então ficamos com ele. Me arrependi! Na chegada nos deparamos com uma fila enorme para o check-in, uma multidão entrando e saindo sem o menor critério, barulho a noite toda e o atendimento era bem razoável. Talvez seja um sinal de que estou ficando velha, mas enfim, não recomendo! (ps. pelo menos a localização era boa!). À noite saímos sem rumo e acabamos na Rembrandtplein, seu nome homenageia o pintor Rembrandt, assim como uma grande estátua no centro da praça. Na frente dela há um conjunto escultural representando um de seus quadros, “A ronda noturna”. A grande praça é cercada por vários bares, restaurantes, casas noturnas e claro, coffe-shops. Amsterdam, apesar (ou exatamente por isso) de ser uma cidade liberal em relação às drogas (leves, é bom especificar) e sexualidade, funciona muito bem e é bastante segura. No dia seguinte começamos pela Casa de Anne Frank, enfrentamos uma enorme fila no frio e na chuva, mas valeu a pena! Li “O diário de Anne Frank” há muito tempo e foi algo que me marcou muito. Entrar nos pequenos aposentos onde se escondia toda uma família e ver as condições em que eles sobreviviam é realmente muito triste. No fim há um depoimento do pai dela, único sobrevivente da família e responsável por publicar o diário da filha após a guerra. É impossível não sair com lágrimas no olhos! Seguimos pela mais antiga praça da cidade, a Dam Square, onde entre outras coisas fica o obelisco em homenagem aos soldados mortos na 2ª guerra mundial e o famoso Madame Tussauds (e uma multidão de turistas e locais). A Fábrica da Heineken (ou Heineken experience) é parada obrigatória, mesmo pra quem não é tão apreciador de cerveja. Começa contando um pouco a história da marca com garrafas e rótulos antigos, depois uma breve explicação sobre os elementos principais e uma visita à sala dos enormes caldeirões. Há ainda uma criativa sala de cinema onde eles prometem te transformar em uma cerveja, e não é mentira Mas a parte mais legal é no fim, onde há a degustação de algumas rodadas de cerveja e uma sala interativa toda futurista. Vale a pena passar na lojinha, as coisas são caras mas as promoções são boas! Comprei um pack com 4 long necks com embalagens comemorativas por 5 euros! À noite fomos até o Red light district, estava curiosíssima pra conhecer essa tão falada região! A conclusão é que é exatamente como falam, vitrines ao longo de todo o canal e das ruas próximas com mulheres (das mais variadas belezas e feiuras) de lingerie ou biquini tentando atrair seus “clientes” e várias casas eróticas de shows de todo o tipo (segundo os cartazes, não me aventurei! Rsrsrs). Os neons nas fachadas criam o clima, mais ou menos como no baixo Augusta em São Paulo. Mas, apesar do “conteúdo adulto”, haviam muitas famílias, homens e mulheres de todas as idades, acho que hoje já se tornou mais um ponto turístico, algo que as pessoas tem curiosidade de ver. Ah, nem tente tirar fotos das moças, além de ser proibido, elas percebem mesmo de longe e se escondem. No último dia fomos até o Vondel Park, que é o mais famoso da cidade. Para nossa sorte, estava tendo uma apresentação musical meio alternativa e paramos um pouco pra ouvir, uma delícia! O legal foi ver no fim do show, todo mundo guardando as cadeiras em que estavam sentados. Sem tempo pra mais muita coisa, apelamos para o tradicional Mc Donald’s e seguimos para o aeroporto, com mais algumas lembranças na mala. Texto original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/pelos-canais-de-amsterdam/ =)