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O Japão é uma paixão antiga, presente e futura. Eu e a minha namorada já conhecíamos o país, depois de uma viagem em 2014 às cidades mais populares (Tokyo, Kyoto e Osaka), mas quando este ano a oportunidade se voltou a colocar nem pensámos duas vezes. O destino principal era a Coreia do Sul, mas por razões de poupança voámos para Shanghai, na China, em primeiro lugar. Era um plano ambicioso. Em 12 noites já íamos conhecer duas cidades, mas a paixão pelo Japão obrigou a mais uma paragem. Afinal estavamos perto e, apesar de representar uma escorregadela no orçamento, seria mais barato do que voltar lá a partir de Portugal. Visitámos a região de Hokkaido, a ilha mais a norte do Japão. Eu documento maioritariamente as minhas viagens em video, por isso optei por partilhar as nossas experiências nesse formato. Chegada ao Aeroporto de New Chitose (1º dia no Japão) O Aeroporto é relativamente pequeno e a chegada preenche-nos com um sentimento de familiaridade. Não por já conhecermos o país, mas pela forma como formos recebidos. Passámos por dezenas de pessoas que nos cumprimentaram, quase em fila. O aeroporto tem lojas do Pokémon e uma estátua do Doraemon em grande destaque. Apanhámos as malas e seguimos em direção a Hakodate, a primeira cidade que íamos conhecer. Chegada a Hakodate (1º,2º e 3º dias no Japão) 2 noites em Hakodate Super Hotel Hakodate 2 pessoas | 1 quarto = 260 reais por noite A viagem de comboio durou cerca de 3 horas e custou à volta de 230 reais. As viagens de comboio no Japão são relativamente caras. Chegámos a Hakodate por volta das 8 da noite. Fomos para o Hotel. Deixámos as malas e fomos jantar – sushi, claro. No dia a seguir acordámos e tomamos o pequeno almoço. Logo a seguir fomos para o mercado de peixe de Hakodate. É dos mais populares no Japão, conhecido entre os japoneses por ter peixe muito bom. Sabíamos o que queríamos. Apanhar uma lula para comer no momento e experimentar o Kaisendon, uma taça com base de arroz e peixe fresco no topo - ouriço do mar, salmão, lula, caranguejo e camarão. O sashimi de lula é muito bom, mas vale acima de tudo pela experiência. O Kaisendon já tinhamos adorado na primeira viagem a Tokyo. Este tinha maior variedade de peixe. Experimentámos ouriço do mar pela primeira vez. Tem um sabor forte. Eu gostei mas a minha namorada não. Já de barriga cheia fomos conhecer a cidade. Não é muito grande e o passeio faz-se bem a pé. Vale a pena experimentar o melão da zona, que dá inclusive origem a um Kit-Kat exclusivo de Hokkaido, e os gelados de leite. A subida ao Monte Hakodate é o ponto alto. Junta centenas de pessoas que querem ver o pôr-do-sol naquele sítio. Os habitantes adoram ver o pôr-do-sol aqui, mas há também centenas de turistas e muita confusão, claro. A subida faz-se de teleférico. Na prática só tivemos um dia inteiro em Hakodate. Chegámos já de noite no primeiro dia, passeámos durante o segundo dia e no terceiro pela manhã partimos. Chegada ao Lago Toya (3º e 4º dias) 1 noite no Lago Toya Toya Sun Palace 2 pessoas | 1 quarto = 600 reais Mais uma vez, viajámos de comboio. Entre a estação e a zona principal do lago há autocarros que partem frequentemente. O Lago Toya foi o principal motivo que nos levou a Hokkaido e valeu bem a pena. Muito bonito e romântico, como queríamos. O hotel era espetacular. Os banhos públicos no exterior durante o pôr-do- sol proporcionaram uma experiência única. A estadia não é barata. Como a região ainda não é muito popular entre os turistas, a oferta é mais curta e os preços disparam. Estava tudo esgotado. Durante os meses quentes, há fogos de artificio no Lago Toya durante a noite. Em teoria tem tudo para ser bonito, mas na prática ainda é mais impressionante. Chegada a Noboribetsu (4º e 5º dias) 1 noite em Noboribetsu Takimoto Inn 2 pessoas | 1 quarto = 500 reais É mais uma cidade popular na zona da Hokkaido. Noboribetsu é uma paragem obrigatória para quem viagem entre Sapporo, Hakodate ou Toya e o Aeroporto de New Chitose. O Hell Valley, ou Vale do Inferno, é caracterizado pela sua encosta escarpada e quente. Ao lado existe uma floresta verde que lhe faz contraste. Aqui vale também a pena aproveitar os banhos públicos, que ganham uma nova dimensão graças à água com enxofre. Mais uma vez, o preço do alojamento pode ser parte do problema. Uma dica: os melhores banhos públicos são da proriedade do mesmo grupo do hotel onde ficámos e de outro mais caro, que custa quase o dobro. Dormir no hotel mais fraco dá acesso aos banhos do mais caro. Gostámos imenso da cidade. À noite todas as pessoas passeavam nas ruas com as vestes típicas fornecidas no hotel. Em conclusão Adorámos redescobrir o Japão. 4 dias é pouco para visitar toda a região de Hokkaido e a parte mais a norte ficou por conhecer. Mas em nós ficou também a vontade de lá voltar. O Inverno na região é muito rigoroso. Fomos na Primavera, em que as Sakuras em flor e as flores que também caracterizam Hokkaido estão no seu melhor. Mas o Inverno deve ser uma estação muito bonita na região. Os banhos públicos no Japão são espetaculares e aqui ainda mais - são no exterior e podem ser utilizados durante a noite. No Inverno o contraste com o frio e a neve deve ser único. O Lago Toya foi sem dúvida o ponto alto da nossa viagem.