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Kon'nichiwa, pessoal! 🏯 Esse relato tem um toque muito especial, porque foi uma viagem amplamente esperada durante a pandemia e que foi adiada por diversas vezes, apenas esperando o Japão reabrir. E o mais legal: Foi feita junto com meu pai, onde passamos maravilhosos 14 dias no Japão. E ainda houve um bônus: Depois de voltar do Japão, fiz um stop-over em Nova York, passei 4 dias por lá. Esse relato será apenas do Japão, faço um de NY em outro texto, e coloco o texto aqui para quem quiser! E o mais legal, essa viagem tem uma história ótima por trás. Era meados de 2020, meio da pandemia, e eu era professor universitário. Sempre segui esses sites de passagens, e vi no Melhores Destinos uma promoção da Qatar Airways do dia mundial dos professores. A promo era espetacular: Bastando ser professor, você poderia concorrer à uma passagem da Qatar para qualquer lugar do mundo. E mais: Ganhava também uma passagem com 50% de desconto para o mesmo lugar para um acompanhante. Acabei sendo sorteado! E a primeira coisa a se pensar foi o lugar...e me questionei: Qual o lugar mais longe que eu posso ir? Resposta: Japão. E quem seria a companhia ideal para conhecer o Japão? Meu pai, que sempre gostou do oriente e tinha muita vontade de ir pra lá. O que não esperávamos era que o Japão fosse um dos últimos países do mundo a reabrir as fronteiras na pandemia. Então a viagem só aconteceu em março e abril de 2023! Tive que trocar minha passagem para a United, mas meu pai foi via Qatar. A viagem faz um tempinho já, mas só agora que estava revisitando umas fotos resolvi escrever aqui. Sempre bom relembrar os bons momentos 😁 Boa leitura e se encante com essa trip que foi uma das melhores viagens da minha vida! 🗾 1) Roteiro O roteiro foi o seguinte: Saímos no dia 22 de março de 2023, para chegada no Japão no dia 24 de março. Daí passamos duas semanas, para sair do Japão na quarta-feira dia 5 de abril. E aí nos separamos: Meu pai voltou para o Brasil e eu fiz um stop over em Nova York, para voltar ao Brasil apenas no dia 9 de abril de 2023. Dia 1: Saída Brasil (voo às 21h) Dia 2: Chegada em NY e escala para Tokyo Dia 3: Chegada Tokyo Dia 4: Ida para Kyoto Dia 5: Kyoto Dia 6: Kyoto Dia 7: Kyoto Dia 8: Ida para Hiroshima Dia 9: Manhã em Hiroshima e a tarde ida para Ilha de Naoshima Dia 10: Naoshima Dia 11: Saída Naoshima e chegada em Tokyo Dia 12: Tokyo Dia 13: Tokyo Dia 14: Bate-volta para o Monte Fuji Dia 15: Tokyo Dia 16: Manhã em Tokyo e ida para NY. Dia 17: NY Dia 18: NY Dia 19: Manhã em NY e volta Brasil. 2) Gastos Pode parecer estranho...mas, em 2023 e agora também em 2025 (quando estou escrevendo), o Japão não está caro. Muito disso por conta do JPY, que está historicamente depreciado. Agora a inflação está um pouco mais alta, mas em 2023 tínhamos a soma de moeda desvalorizada e uma inflação ainda quase zero. Para vocês terem ideia, gastei mais em 4 dias de NY do que em duas semanas de Japão. Gastos seguem abaixo da parte de Japão, excluindo claro passagem e os gastos com comida e tranqueiras. Pode adicionar cerca de 150 dólares por dia para isso. Já considerando pequenos luxos (restaurantes mais caros, bugigangas, etc). Perceba que não ficou caro! Uma viagem para a Europa hoje gasta-se muito mais! 3) Praticidades para levar em conta ao viajar para o Japão Coisas que foram muito úteis para mim foi o JR Pass e o Pocket Wifi, coisas bem específicas de uma viagem para o Japão. Na época, o JR Pass tinha um preço muito bom, coisa de 1500 reais para cada, por 10 dias de passe. Sei que agora está bem mais caro. mas podíamos usas o Shinkansen para qualquer lugar e hora, sem reservar. Foi bastante prático, já que fizemos alguns bate-e-voltas, incluindo uma ida para Kawaguchiko para ver o Monte Fuji. O Pocket Wifi foi outra mão na roda. Cotei na época preços de chip de celular antes da viagem, e o que todo mundo indicava era o Pocket Wifi. Como estávamos em 2, funcionou muito bem, dividimos o valor e foi ótimo. Andávamos o tempo todo com ele. E mesmo quando nos separávamos, o Japão é um país muito bem servido de wifi público. Não sei como está o esquema agora em 2025, mas na época valeu muito a pena. E ah, a retirada é bem prática. Como compramos ele no Brasil, agendamos o envio para o nosso hotel. Então quando fizemos o check-in em Tokyo, nosso pocket wifi já estava lá na recepção esperando a gente pegar. Foi bem prático. A devolução é pelo correio, e eles dão todos os guidelines para isso. Uma outra praticidade que usamos e foi ótimo foi o serviço de despache de mala entre hotéis. Fizemos isso em Kyoto, antes de ir para Hiroshima e, como passaríamos os próximos 3 dias em deslocamento antes de voltar para Tokyo, mandamos as bagagens para nosso hotel de Tokyo. O preço do serviço não foi caro, e foi super prático. Super seguro e recomendo! E claro, por fim, assim que pisar no Japão, já compre seu cartão com tecnologia IC. Eles são os cartões pré-pagos que funcionam em tudo qualquer lugar, seja no transporte público, seja nos restaurantes ou supermercados. Lá basicamente eles usam isso como meio de pagamento, além de moedas. Tinha levado meu Wise, mas poucos lugares aceitavam. O esquema mesmo era o IC Card e a moedinha. Então por isso level também um porta-moedas, que você não vai se arrepender! 4) Relato dia a dia Dia 1: Saída São Paulo, voo United via Nova York Voo para Nova Iorque foi às 20h30, numa quarta-feira, dia 22/mar. E que voo bom! Gosto muito da cia, e o voo foi rapidinho. Pousei em Newark às 5h20am do dia 23, onde peguei uma área vip, tomei um banho, e fiquei esperando o voo para Tokyo às 14h. Uma coisa que me perguntam: Por que eu não fiz stop-over na ida? Bom, deveria ter feito! Acabei ficando beem cansado. E ainda, o fuso-horário acabou ferrando com meu intestino também! Até me adaptar, demorou alguns dias. Fiz stop-over na volta e valeu muito a pena. Esse negócio de fuso-horario é coisa séria! Dia 2: Voo United até Tokyo-Haneda e chegada no Japão Cheguei no Japão via Tokyo-Haneda. Tokyo tem dois aeroportos internacionais: Tokyo-Haneda, que é mais centralizado, perto do centro da cidade, e Tokyo-Narita, aeroporto afastado, que fica a cerca de 1h-1h30 do centro. Chegamos no dia 24 de março, e uma curiosidade legal foi que era meu aniversário! 🎂 Fiz 30 anos em Tokyo, mesmo que por algumas horas, já que cheguei lá pelas 18h da noite. E chegando já comprei o Pasmo, um dos cartões pré-pagos do sistema IC que é super útil no Japão. O Pasmo é análogo ao Suica, e é usado em diversos estabelecimentos por lá, em qualquer cidade do Japão. Isto é, se você comprou um Pasmo/Suica, você pode usá-lo também em Kyoto, Hiroshima, qualquer cidade que aceite o sistema IC. Isso inclui vending machines, 7-Elevens..tudo! Peguei o Pasmo porque era o que vendia em Haneda. De lá já peguei o metrô para Shibuya, bairro que ficamos em Tokyo agora e na volta para a cidade! E na chegada, já tive o primeiro contato com a Shibuya cross, aquele cruzamento insaano de Tokyo. Foi uma loucura estar garoando, com mala, vendo a Shibuya cross lotadaaa em plena sexta-feira a noite. Melhor forma de fazer 30 anos Vista do nosso hotel no primeiro dia! Dia 3: Ida para Kyoto Dia 2 foi começou com burocracias e terminou com a gente em Kyoto! Primeiro passamos no escritório da JR em Shibuya para retirar nosso JR Pass. Compramos ele no Brasil, mas é necessário pegar o passe fisicamente. Nisso deu para dar uma passeada rápida por Shibuya, que voltaríamos alguns dias depois, e já ficamos encantados com o bairro! Fomos até o topo do nosso hotel para ver a cidade, que tem uma bela vista panorâmica! Shibuya cross de dia! JR Pass Vista de Tokyo do nosso hotel em Shibuya De lá, pegamos o passe e já fomos direto para a estação de Shinjuku para pegar o Shinkansen para Kyoto. Nossa plano era voltar para Tokyo na parte final da viagem, com o intuito de já estar por lá e evitar qualquer imprevisto na saída do Japão. O trem é muito bacana! Foi minha primeira experiência com trem bala. Achei bem diferente dos trens de alta velocidade na Europa, por exemplo. No Japão é muito mais rápido! Fizemos Tokyo-Kyoto em menos de 4 horas, e chegamos a tempo de ver um belo fim de tarde no principal rio da cidade. Primeira impressão de Kyoto foi excelente! E demos uma baita sorte pelo período que escolhemos ir! As Sakuras (cerejeiras) estavam começando a florir. Então durante as duas semanas que ficamos no Japão, pegamos as árvores sempre coloridas e cheias! Uma chance única ter visto o ciclo inteiro, que é muito particular do Japão. Então caso você esteja planejando uma viagem para lá, escolha a época com carinho. A primavera lá é grande, então não é sempre que as cerejeiras batem com a data da sua viagem. Nesse ano ela foi mais cedo...então conseguimos ver tudo! Chegando o fim do dia, o objetivo era achar um bom Izakaya para comer em Kyoto. Estava ansioso por isso! E o melhor lugar para achar um bom restaurante é na Nakagyo Ward, ruela que beira o rio na cidade e tem ótimos restaurantes. Jantamos um belo Guykatsu Kare no Gyukatsu Kyoto Katsygyu. Recomendo fortemente! Depois do belo jantar e do primeiro Gyukatsu, andamos até o hotel pelas belas ruas de Kyoto floridas de cerejeiras a noite. Eles deixam as luzes entre as árvores para dar um efeito bem bacana. Kyoto é espetacular! Centro de Kyoto Kyoto Gyukatsu! Dia 4: Kyoto, Templos, Caminho do Filósofo e Gion. Dia começou com um café da manhã do lado do hotel e uma visita ao Sanjo Meitengai, shopping aberto de Kyoto que é um lugar muito agradável de se caminhar! Cheio de lojinhas de souvenir, cafés, lojas de música...tem até um cinema! Caminhada por lá durou a manhã inteira. No almoço visitamos o Nishiki Market, mercadão de Kyoto que é uma loucura! Extremamente lotado, mas bem divertido. E lá comemos um bom Lamén, o primeiro da viagem! A tarde, o primeiro santuário/templo dos muitos visitados em Kyoto, o santuário shintoísta Heian Jingu Shrine. Uma coisa legal dos templos/santuários de Kyoto é que eles respeitam bastante as visitas da galera religiosa. É bem dividido entre quem é turista e realmente segue a religião. Não existe desrespeito (acho muito diferente por exemplo das igrejas católicas na Europa...os turistas muitas vezes fazem alguma arruaça dentro dos templos, o que acaba atrapalhando os fiéis). De lá, pegamos um taxi até o famoso Caminho do Filósofo. Ele é uma trilha que beira um canal em Kyoto em que o professor de filosofia Nishida Kitaro usava como rota para meditação diária. É um cenário bem bucólico, já que é tomado pelas cerejeiras, que estavam bem floridas. O caminho é sinuoso e perfeito para um passeio contemplativo. Passamos algum tempo lá apreciando e valeu muito a pena, mesmo com a chuva hehe. Anoitecendo, meu pai voltou par ao hotel, enquanto eu fui dar mais uma volta pelo centro de Kyoto a noite. Meu objetivo era ver um pouco de Gion, o bairro "boêmio" da cidade, e onde há vários botecos e restaurantes pela noite. É onde também ficam as gueixas, e de vez em quando é possível ver uma ou outra por ali. Não confundir com os turistas que se vestem de roupas típicas! Gueixas ainda existem e é um trabalho sério e milenar no Japão. Foi muito bacana caminhar pelo bairro, e deu inclusive para comer um Takoyaki no Yasaka Shrine, santuario shintoísta que fica logo ao lado de Gion. Bom demais! E assim terminamos o dia 4! Nishiki Market Heian Jingu Shrine Caminho do Filósofo Caminho do Filósofo Noite em Gion Gion Gion a noite Takoyaki! Dia 5: Kyoto, Fushimi Inari, Kiyomizu-dera e Gion de dia E chegamos ao meu dia preferido de Kyoto! Começamos o dia visitando o Fushimi Inari, a montanha ao sul de Kyoto que é conhecida pelos milhares de toris que sobem a colina acima. Lugar é muito bonito, mas é uma caminhada braba! Quis chegar até o topo, mas é bastaante escadaria. O santuário é bem antigo, e é um ponto bem característico da cidade. De lá, pegamos o metrô para irmos para o meu templo preferido em Kyoto: O Kiyomizu-dera. Gostei dele por dois motivos: i) Primeiro porque ele fica em cima de uma colina, e temos uma bela vista do centro de Kyoto. E ii) porque ele realmente é belíssimo, o que inclui torres impressionantes. Ah, o templo dessa vez é budista, e mesmo que se assemelhe aos santuários shintoístas, as cerimônias são bem diferentes. E você consegue ver isso na própria conduta de entrada. Mas em ambas religiões existem um respeito aos fiéis e turistas. Ninguém incomoda ninguém, e é um ambiente bem agregador, como todo Japão. Uma coisa legal do Kiyomizu-dera é que ele é colado em Gion. Então a saída do santuário é um show...você cai direto nas ruazinhas do bairro, e vai parando nas lojinhas e nas vendinhas de comida. E no meio do bairro, estava rolando uma feirinha numa praça em Gion que era extremamente agradável. Pegamos uma cerveja, compramos um Udon e tivemos um belo almoço cercado por cerejeiras. Uma das melhores memórias que tenho dessa viagem foi nesse dia . Restante do dia foi uma caminhada pelo resto de Gion, apreciar as cerejeiras e curtir mais um pouco dessa cidade. Kyoto é simplesmente espetacular! Fushimi Inari Toris em Fushimi Inari Caminhada em Fushimi Inari O templo mais bonito de Kyoto: Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Vista de Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera Kiyomizu-dera fica pertinho de Gion, e a caminhada descendo de lá é muito agradável Gion lotada! Dia 6: Kyoto, Castelo de Nijo, Kinkaku-ji (templo dourado), Vila de Arashiyama e Estação Central de Kyoto O sexto dia foi um dia muito bonito, onde reservamos para conhecer a parte norte da cidade. Começamos primeiro indo para o Palácio Imperial de Kyoto, que foi a capital do império japonês até o século XIX, antes da Restauração Meiji, antes da mudança para Tokyo. O acesso é gratuito para os jardins e aos pavilhões do palácio, e o ambiente é muito agradável. A visita em si às partes internas do castelo só acontece poucas vezes ao ano. Mas o acesso aos jardins são livres o ano inteiro. Estava um dia bem bonito, então tinha bastante gente por lá, o que inclui atividades que remetiam à época feudal no Japão, como por exemplo a pratica do Temari, esporte-arte folclórico japonês que é um dos percursores da altinha, tão famosa aqui no Brasil. Sem contar que tinha bastante atividade gratuita para o pessoal, foi bem divertido! Palácio Imperial de Kyoto Kemari no Palácio Imperial de Kyoto Palácio Imperial de Kyoto Saindo do Palácio Imperial, pegamos um ônibus rumo à parte norte da cidade. Primeira parada foi o templo budista Kinkaku-ji, o conhecido "templo dourado" de Kyoto. E que lugar bonito! Como estava bem ensolarado, as luzes refletiam no templo, que dava um caráter de ouro no prédio! Não é possível entrar no templo, mas o lugar é bem agradável. O templo fica cercado por um lago, e você tem acesso ao jardim também. Por mais que o Kinkaku-il fique numa parte isolada da cidade, a visita vale muito a pena. O lugar é bem fotogênico. Kinkaku-ji, o templo dourado Kinkaku-ji O plano inicial era conhecer os outros templos/santuários do norte de Kyoto, mas como passamos mais tempo que o esperado no Palácio Imperial, acabamos tocando direto para a vila de Arashiyama. Esse era um lugar que estava bastante animado para conhecer. Arashiyama é um distrito de Kyoto que fica na parte noroeste da cidade. É afastado, então é necessário guardar um tempo para deslocamento. Fomos de ônibus e trem (sempre usando o Pasmo/Suica/JR Pass) saindo do templo de Kinkaku-ji, para chegar na hora do almoço em Arashiyama. A atração principal de Arashiyama é a floresta da bambu do vilarejo. E aqui vai uma dica de ouro: Como a floresta é altamente instagramável, o lugar costuma lotar. Então o esquema é ou ir muito cedo ou ir já no fim da tarde. Optamos pelo segundo. Aproveitamos o tempo em Arashiyama para passear pelo centro da cidade, que têm várias lojinhas/comidas de rua, e também para almoçar. Aqui vai outra recomendação: O restaurante Kijurou. Estávamos a procura de um bom restaurante de carnes para comer um bife de Wagyu, e esse foi encontrado no Google. Achei excelente, com ótimos preços e um próprio jardim de pedra para a espera. Passeamos também pelas margens do rio Katsura, que banha a cidade, e tem um visual bem bonito. Queríamos também visitar o Arashiyama Monkey Park, parque que você pode contemplar os famosos macacos japoneses, mas infelizmente ele fechava às 17h. Dito isso, depois de passear pela cidade, finalmente fomos ao bosque de bambus bem mais vazio! E conseguimos aproveitar bem lá sem tanta lotação . Floresta de bambu de Arashiyama Wagyu em Arashiyama Ruas de Arashiyama Arashiyama Saindo de Arashiyama, pegamos um trem para a estação central de Kyoto, e fomos surpreendidos pela beleza que é aquela estação! Uma obra da engenharia! Tínhamos até lido que a estação era bonita, mas foi muito mais do que a gente esperava! Gostamos tanto que passamos umas 2 horas passeando e conhecendo as passarelas, escadas rolantes, o terraço (que tem uma bela vista de Kyoto), além de lojas e um shopping center. Outra coisa que é importante mencionar: Todas as estações das grandes cidades são centros gastronômicos! Jantamos na estação de Kyoto um belo kare (o primeiro do Japão! Amo!), e foi uma noite bem agradável. Sem contar que vimos o pôr-do-sol do terraço da estação. Foi uma forma bem legal de terminar o tempo em Kyoto. Escadas rolantes na estação central de Kyoto Vista da estação central de Kyoto Terraço na Estação Central de Kyoto Primeiro Kare no Japão! Dia 7: Hiroshima, Museu da Bomba Atômica, Praça da Paz e Okonomyaki! Na manhã do sétimo dia de Japão nós saímos de Kyoto em direção à Hiroshima. Quando estávamos planejando a viagem, sabíamos que obrigatoriamente teríamos que visitar dois lugares: i) Tokyo e ii) Hiroshima. Eu e meu pai somos fãs da história da Segunda Guerra Mundial, e tínhamos bastante curiosidade para conhecer o Museu da Bomba Atômica. Então mesmo que Hiroshima fique no outro lado do país, era uma prioridade. Mas antes, aqui vai outra praticidade muito bacana do Japão: O despache de malas entre hotéis. Como os Shinkansen têm restrições em relação à bagagem, e passaríamos os próximos 3 dias em deslocamento, optamos por enviar nossas malas de Kyoto para nosso hotel que ficaríamos em Tokyo no fim da viagem. O serviço é super prático e com bons preços. Na hora do check-out em Kyoto, mandamos nossas duas malas para nosso hotel de Tokyo, que pegaríamos quando fizéssemos o check-in 3 dias depois. Show de bola Adeus malas! Nos vemos em Tokyo! Shinkansen para Hiroshima Chegando em Hiroshima, deixamos nossas malas no hotel, que ficava colado na estação de trem, e fomos direto para o Museu da Bomba Atômica. O museu fica na região do marco zero da bomba atômica, e toda a praça é cercada de monumentos e lembranças da destruição. E aqui vou gastar um tempinho falando sobre a experiência do museu em si. Não quis e nem fiz questão de tirar fotos, porque não era o foco. O museu é uma coisa impressionante. Há relatos, objetos, imagens, toda uma história sobre não só da bomba, mas também dos efeitos que aquilo causou na cidade. É bem forte. Não era incomum você ouvir pessoas soluçando de choro durante a visita, eu mesmo me emocionei em certas partes. E muitos japoneses visitando, uma coisa que me chamou atenção. O sentimento é muito parecido com o que senti quando visitei Berlim e o museu da ditadura militar em Santiago...de que existe um senso de educação positiva em relação à bomba atômica e a intenção de ver a história para aquilo nunca mais se repetir. Essa é a principal mensagem que o museu passa. E é uma experiência que todo mundo que visitar o Japão deveria ter, porque é algo impressionante. No restante da praça, há diversos monumentos e memoriais. O que mais chama atenção é o Memorial das Crianças, que tem a imagem da Sadako Sasaki, que foi uma das vítimas que morreram por consequência da bomba atômica de Hiroshima. Ela até sobreviveu à bomba em si, mas morreu anos mais tarde por uma leucemia causada pela exposição à radiação. E ela tinha a crença de que, se dobrasse 1000 tsurus (aqueles origamis de pássaros japoneses) ela se curaria. Infelizmente ela acabou falecendo mas, hoje o tsuru virou símbolo de perseverança e paz, e por isso diversos visitantes do memorial levam tsurus dobrados para o monumento. É um sentimento bem legal! Saindo de lá, ainda passamos pelo Domo de Hiroshima, que é um dos poucos prédios que permaneceu de pé depois da explosão da bomba. Ele virou uma espécie de símbolo de resistência e reerguimento da cidade, e por isso foi mantido e restaurado até hoje. O lugar era uma filial da prefeitura de Hiroshima, que fica bem próximo do marco zero da explosão. Museu da Bomba Atômica Momumento das Crianças Tsurus Domo de Hiroshima Saindo da Praça da Paz, fomos em direção ao Castelo de Hiroshima, lugar bem bonito e que resgata a história medieval da cidade. É possível subir até o topo, e todo o castelo tem exposições de objetos, roupas e equipamentos que rementem ao Japão feudal dos samurais, é bem interessante. Vale a visita, dura uns 40min tudo. E saindo de lá, voltamos para o hotel fazer o check-in e dar uma descansada. A noite, ainda fui dar uma volta pelo centro de Hiroshima, que é bem ativo, cheio de comércio e restaurantes, mas meu foco era um só: Achar o melhor Okonomiyaki do mundo. Para quem não conhece, Okonomiyaki é a chamada "panqueca japonesa". Ela é uma massa feita com repolho, noodles, ovo e diferentes ingredientes que eu já tinha comido aqui na Liberdade mas, tinha muita curiosidade para comer o verdadeiro Okonomiyaki, que é um dos pratos típicos de Hiroshima. E não havia melhor lugar para isso do que o Okonomimura: Um prédio de 5 andares em que só se vende Okonomiyaki, em todos os restaurantes. É o paraíso para fãs de comida japonesa quente como eu! E que coisa maravilhosa, a tiazinha que cozinhava fazia a comida na sua frente, num balcãozinho com uma chapa quente bem ali. Experiência incrível! E assim terminamos o primeiro e último dia de Hiroshima, uma surpresa extremamente agradável! Castelo de Hiroshima Castelo de Hiroshima Okonomimura: O paraíso do Okonomiyaki de Hiroshima A tiazinha do Okonomiyaki é uma lenda Na paz depois do meu Okonomiyaki! Dia 8: Ilha de Miyajima e deslocamento até a Ilha de Naoshima Guardamos a manhã do dia 8 para conhecer a ilha de Miyiajima, ilha perto de Hiroshima que tem como principal atração o santuário shintoísta de Itsukushima. A ilha tem outros destaques como por exemplo os veados, que ficam soltos pela ilha e você pode alimentá-los, além do centrinho cheio de comidas de rua e lojinhas...mas a ida de lá vale a pena principalmente se você quer ver o visual do tori de Itsukushima, que tem um efeito bem legal durante a maré alta! Parece que que o tori está "flutuando" na água, e com o reflexo, fica um visual bem bonito. Então se planeje para ir durante a maré cheia. A ida até Miyajima é simples, basta pegar um trem regional para a cidade de Miyajimaguchi, e de lá pegar o ferry até a ilha. Usamos sempre o Pasmo/Suica/JR Pass para esses deslocamentos. E foi legal ter a primeira experiência com o mar no Japão, mesmo sendo um ferry! A ilha é bem legal, mas basta uma manhã pra visitar tudo. Tori flutuante em Miyajima Veados de Miyajima Miyajima Centrinho de Miyajima Saímos de lá e começamos o nosso deslocamento para a Ilha de Naoshima, a ilha de arte do Japão. Esse era um destino que estava bastante animado para conhecer! Naoshima é um reduto artístico, com museus de arte moderna repleto de obras como Monet, Manet, Andy Wahrol, além de claro, ser a ilha que contém as duas abóboras de Kusama Yayoi, tão famosa no mundo artístico. Descobri a ilha por recomendação de um amigo de faculdade que tinha ido para lá em 2019 e em uma conversa sobre o Japão, ele disse: "Vitinho, você PRECISA conhecer a ilha de Naoshima, você vai adorar!" Dito e feito, foi um dos highlights da viagem. Falo melhor de cada atração jajá, mas antes vamos falar do deslocamento, porque ir para Naoshima não é tão simples quanto pro exemplo ir para Miyajima, e requer um pouco mais de atenção. Nós pegamos o ferry de volta de Miyajima e o trem regional até Hiroshima, onde pegamos o Shinkansen para a cidade de Okayama, que fica entre Hiroshima e Kyoto. De lá, descemos e pegamos outro trem regional em direção à Uno, cidade costeira onde se pega o ferry para a ilha de Naoshima. Tudo deu certo, mas vale prestar atenção nos horários porque os ferrys não navegam de noite, então é bom chegar lá durante a tarde. Desembarcando em Naoshima, você se depara já com a abóbora vermelha de Kusama Yayoi na estação do ferry, que já da uma vibe bem bacana do que está por vir! Andamos até o nosso hotel, fizemos o check-in, e subimos até o terraço do hotel que tinha uma vista espetacular da Ilha e da Baía de Naoshima. E aqui foi um dos momentos mais especiais da viagem. Eu e meu pai pedimos uma cerveja cada e contemplamos o pôr-do-sol lá de cima, vendo o mar, e foi um momento bem bacana já que, naquele momento, estávamos já na metade da viagem, e foi a primeira vez que parávamos depois de dias muito ativos nos grandes centros de Tokyo, Kyoto e Hiroshima. Trocamos boas ideias lá de cima e percebi o quão era única aquela viagem junto com meu pai. É um momento que recordarei para sempre 🥲. Depois disso e uma pizza, fomos descansar porque o dia seguinte seria longo! Trem regional até Uno Ferry para Naoshima Momento muito especial com uma cerveja vendo o pôr-do-sol com meu pai na ilha de Naoshima Abóbora vermelha de Kusama Yayoi Naoshima Dia 9: Ilha de Naoshima, abóboras, arte, praia e retorno à Tokyo Esse dia foi bem divertido. Meu pai voltou de manhã para Tokyo sozinho (lá é bem fácil andar de shinkansen, caso vocês estejam se perguntando!), enquanto eu fiquei na ilha durante o dia para explorar os museus e as Art Projects de Naoshima. É possível fazer a ilha de duas formas: i) De busão/a pé, como eu fiz ou de ii) Bike. Optei pelo primeiro já que não valeria muito a pena fazer tudo de bike já que ficaria apenas aquele dia, e os aluguéis lá valem a pena para 2 dias de visita. Mas a linha de ônibus que leva para o outro lado da ilha funciona muito bem! Você pega primeiro um ônibus ali da região do cais, que te leva para o outro lado de Naoshima, onde há um vilarejo com as bilheterias para os museus e as Art Projects. Essas últimas, são exposições de artistas independentes pelo centrinho de Naoshima, e é possível fazer a visita à todas elas. Inclusive, você pode carimbar sua visita na caderneta que eles te dão, e é bem divertido. Passei a manhã nisso. Do centrinho, peguei um ônibus para a parte sul da ilha, onde se tem as principais atrações e o que estava mais animado. Minha primeira parada foi a região do cais sul, onde se tem a famosa abóbora amarela de Kusama Yayoi. Você deve conhecê-la das estampas das marcas de luxo e das exposições que viraram febre recentemente no ocidente, tudo em função das homenagens que a artista, que está já velhinha, tem recebido mundo afora. É bem bonito a abóbora, mas não é a parte mais legal da experiência de Naoshima! Estava animado mesmo com os três museus que visitaria ainda: O Benesse House Museum, o Chichu Art Museum e o Lee Ufan Museum, que contém todos um acervo enorme de arte moderna e contemporânea. Especificamente, estava bastante empolgado para o Chichu Art, que é um museu que tem um jardim inspirado nos lírios de Monet, inclusive com um painel enorme deles como principal obra. Para quem curte esse tipo de rolê, é um show a parte! Passei a tarde visitando os museus, almocei com a vista panorâmica do oceano de lá, e foi um dia extremamente proveitoso. Como estava se aproximando do fim do dia, ainda dei uma caminhada e pelo sul da ilha e voltei andando até a região do cais, onde peguei as minhas coisas do hotel e fui comprar o meu ferry de volta à Uno. Naoshima se tornou um lugar muito especial, e com certeza na próxima vez que voltar ao Japão, vou visitar para ficar mais dias. Não só em Naoshima, como nas ilhas ao redor, que também tem bastante acervo artístico. Foi muito bacana conhecer essa parte bucólica e cultural do Japão, um dos highlights da viagem. Uma das Art Projects em Naoshima Explorando o vilarejo artístico da ilha A famosa abóbora amarela de Kusama Yayoi Vista do Chichu Art Museum Chegando ali na parte do cais, começamos a viagem de volta para Tokyo. Mesmo esquema da vinda: Ferry até Uno, trem regional até Okayama e trem bala até Tokyo. Viagem toda durou umas 4,5h. Em Tokyo, encontrei meu pai no hotel, que também ficava em Shibuya, mas dessa vez era beeem pequeneninho. Inclusive esse um alerta: Como hospedagem no Japão é caríssima, os hotéis, principalmente nos grandes centros, são bem pequenos. E essa era o nosso caso em Tokyo. No primeiro hotel que ficamos, lá na chegada da viagem, como era meu aniversário, acabei pegando um hotel mais confortável, e era apenas 1 noite. Mas como ficaríamos mais 4 dias na capital, o segundo hotel era realmente bem apertado. Então tenha isso em mente. E o restante da noite foi basicamente explorar a região de Shibuya a noite, a Shibuya cross, e descansar que o dia seguinte começava nossa aventura pela cidade mais legal do mundo! Dia 10: Tokyo, Shibuya, Ginza, Palácio Imperial de Tokyo e Shinjuku de noite! Dia 10 fizemos o clássicão dos grandes centros de Tokyo. Foi muito legal ter agora, de fato, a experiência de viver, o que depois conclui, um pouco da melhor cidade do mundo. E não estou brincando: Tokyo é espetacular. Só de lembrar eu fico arrepiado com o quão cosmopolita, urbana, arborizada e segura é aquela cidade. Sem contar com a cordialidade com os turistas. Começamos o dia explorando, dessa vez de dia, a região de Shibuya, mais uma vez atravessando o Shibuya cross, para depois pegar o metrô para a região de Ginza. A primeira parada foi o Palácio Imperial de Tokyo. Assim como em Kyoto, as visitas para a parte interna do Palácio Imperial são restritas. Porém, toda a estrutura do jardim você consegue visitar. E é belíssimo! O Palácio fica num parque bem arborizado, e você consegue visitar as ruínas do Castelo de Edo, é bem legal. Além de claro, tomar um café por lá. A região é bem agradável, e gastamos a manhã por lá. Ali do lado fica o bairro de Ginza, que é conhecido pelas lojas chiques de grife, assim como os cafés e restaurantes mais caros da cidade. Me lembrou muito a região da Faria Lima aqui de São Paulo, com a diferença que lá se tem um bairro mais andável e também bastante centro comercial de lojas e restaurantes. Era sábado, então a rua estava fechada, e foi muito agradável passear por lá. Saindo do parque, você já se depara com a estátua do Godzilla de Ginza, que contém dentro dela o primeiro roteiro original dos filmes. Seguindo, você explora a Chuo-dori Avenue, que tem infinitas lojas de grife, incluindo a maior Uniqlo do mundo! Foi bem legal entrar e explorar a loja, fiz várias compras hehe. Como o JPY estava barato, deu pra comprar bastante coisa legal por lá. A Uniqlo é como se fosse a C&A deles, então muita coisa de boa qualidade e em conta. Meu maior objetivo era achar coisas do merchandising do Roger Federer, como um bom fã e atleta social de tênis, e não decepcionou! Dentro da loja tem uma parte exclusiva do Federer e do Nishikori (atleta japonês patrocinado pela Uniqlo também hehe). Foi bem divertido. 🎾 Shibuya Cross de dia Região de Ginza, muito chique! Almoçamos por lá, passeamos mais, entramos na maior papelaria do mundo, e depois voltamos para o centro para visitar Shinjuku a noite. Shinjuku é, junto com Shibuya, a região mais famosa de Tokyo, e você deve lembrar da rua principal por conta dos vários filmes e séries que retraram essa parte luminosa da cidade. O que me bem a cabeça é obviamente o filme Lost in Translation de Sophia Copolla, com Scarlett Johansson e Bill Murray. Caminhamos por lá um pouco, e depois que meu pai cansou, fiquei mais um pouco para comer na famosa ruazinha de Omoide Yokocho, que é uma ruelinha cheio de restaurantes de comidas típicas. Eu estava atrás de um bom Yakitori (o espetinho japonês) com alguma cerveja gelada, e encontrei exatamente o que precisava. Saindo de lá, ainda deu para passar em Shibuya a noite e conhecer a Tower Records, loja de vinis gigantesca que ficava pertinho do nosso hotel. Comprei dois discos que gostava (incluindo a edição japonesa do Is This It dos Strokes!), fiz mais umas comprinhas na Uniqlo de Shibuya para, enfim, voltar para o hotel e descansar. Primeiro dia completo em Tokyo foi simplesmente incrível. Ali eu já sabia que tudo o que falavam de Tokyo era verdade. Que cidade, meus amigos! Shinjuku Omoide Yokocho, a rua das comidas de Shinjuku! Dia 11: Tokyo, vista do Tokyo City Hall, Harajuku, Santuário Meiji Jingu e mais Shibuya O segundo dia completo em Tokyo começou com nossa visita ao Tokyo City Hall. Essa é outra ótima dica: Existem diversas formas de ver a cidade de cima, coisa que é indispensável em uma visita à capital do Japão. O que poucos sabem é que a forma mais barata de se fazer isso é...de graça! É possível subir até o mirante da Prefeitura de Tokyo e ver todo o esplendor da cidade lá de cima. Começamos então nosso dia subindo até lá para ter a vista panorâmica, e valeu muito a pena. Infelizmente o dia estava nublado, então não conseguimos ver por exemplo, o Monte Fuji, mas todo o restante da cidade foi possível avistar de lá. Valeu muito a pena! Saímos de lá e fomos em direção à Harajuku, que é um bairro que estava animado para conhecer por ser conhecido como bairro "jovem" do momento. Lá tem vários cafés, lojas, entre outros atrativos que atraem uma multidão de adolescentes/jovens adultos, o que inclui por exemplo aqueles cafés com gatinhos (ou até porquinhos, capivaras, hehe). Porém, o que não esperávamos é que estaria tão cheio! Era um domingo, então o bairro estava abarrotado...bem mais cheio que a Liberdade de final de semana aqui em São Paulo. Isso atrapalhou um pouco nossa experiência, então nem ficamos muito tempo pela rua principal. Nosso foco foi achar um lugar para comer, onde encontramos um belo restaurante de kare. Almoçamos e passeamos pelo bairro até chegar no Meiji Jingu, um santuário shintoísta no meio da cidade, ali pertinho de Harajuku. O passeio foi bem legal, já que o santuário é bem no meio de um bosque, então toda a visita é muito bonita. Sem contar que há um belo café para descansar ali. O que foi ótimo depois de se esparramar no curry de Harajuku hehe. Saindo de lá, caminhamos de Harajuku até Shibuya, passando pela famosa Penny Lane e pela Cat St, uma ruazinha bem simpática que liga os dois bairros e com diversas lojinhas bacanas. Essa foi uma das melhores caminhadas que fizemos em Tokyo, e todo o caminho era extremamente agradável. Fomos parando de lojinha em lojinha, e foi muito legal ver como os bairros mudam até chegar em Shibuya. Nisso, chegamos no hotel, demos uma descansada e depois saímos para jantar. Nesse dia, estava com uma lombriga da comida ocidental hehe, e acabei encontrando um pub para comer um belo hamburguer e uma boa cerveja, o que valeu a pena! Uma pausa necessário depois de tanto curry, molho teryaki e outras comidas típicas japonesas. Dia foi bem divertido, que terminou com uma boa descansada depois de conhecer mais a região de Harajuku e de Shibuya. Vista do Tokyo City Hall, mirante na faixa! Harajuku e superlotação de um domingo em Tokyo Bosque do Santuário Meiji Jingu Dia 12: Monte Fuji, bate-volta para Kawaguchiko e vista do Tokyo City Hall de noite Esse dia foi outro dia bem legal da viagem. Quando estávamos planejando, sabíamos que resevaríamos um dia para conhecer o Monte Fuji de perto. Por mais que seja possível vê-lo de Tokyo em lugares como o City Hall, isso só aconteceria se o dia estivesse bem claro, e como março/abril é um período ainda com bastante chuva, não era garantido. Então chegando no Japão, já vi quais dias estariam com o dia claro e ensolarado na previsão do tempo, e reservei esse dia para conhecer algum vilarejo perto do Monte Fuji. Pesquisa vai, pesquisa vem, e descobri que uma das formas mais legais de conhecer é via Kawaguchiko, uma cidadezinha há 1h30 de Tokyo que tem como principal atração o Lago Kawaguchiko, que fica à beira da montanha e tem um visual espetacular. É lá que fica também o Chureito Pagoda, castelo que é também extremamente fotogênico, e sempre está nos cartões postais do Japão. A ideia inicial era visitar o Pagoda e depois ir para a cidade de Kawaguchiko, mas como o tempo ficou apertado, resolvemos guardar o dia inteiro em Kawaguchiko e no entorno do lago. Há duas formas de você visitar o vilarejo. Um é via trem, e outro via ônibus. Como não tínhamos mais o JR Pass, já que fechamos por apenas 7 dias, então acabou compensando para nós a viagem de ônibus. Porém atenção: As passagens acabam rápido, com dias de antecedência, então no nosso primeiro dia de Tokyo nessa volta depois de Naoshima, paramos na estação de Shinjuku e compramos as passagens para o dia 12, ida e volta. Como descrevi ali em cima, escolhemos o dia em que a previsão estaria boa segundo a previsão do tempo, já que queríamos ter uma visão completa do Monte Fuji lá do vilarejo. E tudo deu certo, foi ótimo! Pegamos o ônibus de Shinjuku e chegamos de manhã em Kawaguchiko. De lá, se pega um ônibus municipal que dá a volta no lago. É possível comprar o passe para o dia. Mas antes, um relato divertido: Chegando na estação de Kawaguchiko, depois de comprar o passe diário do ônibus para o lago, percebi que meus dois passaportes não estavam comigo. Era onde eu guardava o Pasmo/Suica, além do meu JR Pass, então entrei em desespero. Mas a gente fica tão desacostumado de estar no Japão que já acha que tudo pode dar errado. E não deu outra, bati no balcão de atendimento da estação e lá estava meu porta-passaporte, com tudo dentro, inclusive uns dólares que tinha comprado para a viagem para NY logo depois, e ainda um bilhetinho com o horário que foi achado o item no chão. O Japão realmente é sacanagem hehe, nunca decepciona! Bom, passado o susto, pegamos o ônibus e fomos até o outro lado do lago, onde se tem a vista do Monte Fuji. E ele estava esbelto! Sem nenhuma nuvem! Todo para nós! Há vários mirantes pelo lago, cafés, livings, food trucks, onde você pode passear pelo parque e contemplar a vista da montanha. É maravilhoso! Acabamos almoçando por lá e tomando um café apreciando a beleza que era aquele lugar. E uma coisa mais legal ainda: O visual ficava ainda mais bonito com o tanto de cerejeira que tinha na paisagem. Deu um toque especial. Sabe aquela foto clássica do Monte Fuji com as cerejeiras rosas? Era exatamente o que estávamos apreciando ali. Tenho ótimas memórias desse dia. 💮 Depois de passar a tarde passeando por lá, pegamos o ônibus de volta até a estação de Kawaguchiko para, assim, pegar o ônibus de volta para Tokyo. Tenho vontade de voltar para o vilarejo e ficar um dia lá, porque tem bastante coisa para fazer, incluindo hikes pelo Monte Fuji e atividades no lago Kawaguchiko, e a região também é conhecida por ter vários Ryokan, aqueles hoteis japoneses em que se tem uma imersão à cultura milenar, com cerimônia do chá, kimonos, etc...mas fica pra próxima . Chegando em Tokyo de noite, ainda passamos outra vez na prefeitura de Tokyo para apreciar a cidade de cima mais uma vez. Dessa vez de noite. E valeu super a pena. Eu achei a vista mais bonita de noite do que de dia, então reserve também um momento para ver o Tokyo City Hall com as luzes da cidade. Foi bem legal! Terminado o dia, voltamos para Shibuya e descansar para o que seria o último dia completo no Japão! Primeira vista do Monte Fuji em Kawaguchiko! Monte Fuji e cerejeiras: Um dos lugares mais bonitos que já vi Calçadão do Lago Kawaguchiko Vista noturna do Tokyo City Hall Dia 13: Odaiba, Mercado Toyosu, Ueno, Museu Nacional de Tokyo e Akihabara Esse foi o último dia inteiro que tivemos no Japão. E começamos com a manhã no bairro de Odaiba, nosso primeiro contato com a área portuária de Tokyo. Odaiba é onde tem o mercado de peixes de Tokyo, e é possível visitá-lo de manhãzinha para acompanhar os leilões de atum de lá. Essa a priori era a intenção, mas os leilões são muuito cedo, então visitamos a parte moderna de Odaiba, onde se tem uma vista bem bonita da Baía de Tokyo, além de almoçar no mercado de Toyosu. Mas a visita à Odaiba já tem atrativos no próprio caminho até lá. Para chegar na região portuária, é necessário pegar a linha Rinkai, que é um show a parte! Pega-se um metrô até a estação Shiodome e de lá anda-se no trem aéreo até a região da Odaiba. Dica de ouro: Pegue o primeiro vagão, onde você vai ter uma experiência bem bacana da vista aérea, o que inclui passar pela Rainbow Bridge, que é aquela ponte famosa de dois andares de Tokyo. É simplesmente espetacular passar com o trem por lá, uma coisa tão rotineira para eles mas que para nós é tipo, ultra moderno. Foi muito legal e quando li essa dica, não dei muita bola, mas foi um dos auges do dia! Chegando ali na região de Odaiba, descemos na estação Daiba e já demos uma volta pelo parque, que tem uma vista bem legal da cidade. Existe até uma estátua da liberdade de lá. Além de claro, da estátua do Gundam, que é um outro atrativo do bairro. A região de Odaiba é bem bonita, e é um lugar muito legal de visitar com o dia ensolarado como a gente fez. Ainda deu para passear um pouco no parque de Akatsuki, para depois almoçar no mercado de Toyosu. Lá no mercado de Toyosu foi onde comemos o primeiro e único restaurante de sushi no Japão! Surpresos? Sim, adoramos sushi, mas gostamos tanto das comidas de rua/quentes do Japão que nem foi nossa prioridade quando visitamos o Japão. E guardamos para comer um bom sushi no lugar onde se tem o melhor sushi...no mercado de peixes! O Toyosu é cheio de ótimos restaurantes que servem não só peças separadas, mas também menus omakase. Optamos por um desses e foi excelente. E olha que meu pai nem é o maior fã de sushi, mas até ele gostou. Eu já sou viciado em comida japonesa no Brasil, e o sushi que comemos no Toyosu é melhor qualquer omakase de São Paulo! Vale demais. 🍣 Vista de Odaiba Gundam Base de Tokyo Omakase no mercado de Toyosu Pegando a Rainbown Bridge no primeiro vagão do metrô rumo a Odaiba Saindo de Odaiba, pegamos mais uma vez o aerotrem (RIP Levy Fidelix) para voltar à parte continental de Tokyo e seguimos para o bairro de Ueno, que é parque mais famoso da cidade, e onde fica o Museu Nacional de Tokyo. Eu e meu pai nos amarramos num museu, e não tínhamos pesquisado nada do conteúdo de lá, e foi uma baita surpresa boa! Não tivemos muito tempo, já que o museu fechava cedo, mas a visita é muito completa, com itens, arte, entre diversos objetos objetos que remetem não só a história do Japão, mas de toda Ásia. É uma visita que vale super a pena, e gastaria mais tempo lá. Saindo do museu, ainda demos uma volta pelo parque de Ueno, comemos em uns food trucks ali mesmo do parque e depois e, mesmo cansados, demos uma passada no bairro de Akihabara, que ficava no meio do caminho de Ueno para Shibuya. Akihabara é o bairro dos games, cosplays e mangás. Além do reduto de eletrônicos de Tokyo. Gastamos um tempo ali nas lojas e nos shopping, mas estava tão cansado, que voltei antes para o hotel, com a promessa de voltar para lá no dia seguinte. Meu pai ficou mais um pouco. Então o relato de Akihabara fica para o próximo dia. Cheguei no hotel e descansei...porque o próximo dia seria nosso último dia de Japão e a viagem de volta para o ocidente. Museu Nacional de Tokyo Pôr-do-sol em Ueno Ueno Akihabara Dia 14: Akihabara de manhã e ida para o aeroporto Tokyo-Narita, fim de Japão! E assim chegamos ao último dia de Japão! Foi um dia rápido, já que guardamos a manhã para voltar à Akihabara para ver uns eletrônicos, mas a vibe do bairro é bem diferente de manhã do que a noite, como vimos no dia anterior. Guardaria numa próxima um tempo maior para curtir o bairro, já que gosto bastante de games e eletrônicos, seria legal passar mais horas por lá! Fizemos algumas comprinhas antes de começar o deslocamento para o aeroporto, então valeu a pena! Na hora do almoço, voltei para o hotel para pegar as minhas malas e peguei o Narita Express, o trem que sai ali de Shibuya e vai direto para o aeroporto. Reparem que esse aeroporto é o mais afastado, diferente do Tokyo-Haneda, que foi o aeroporto centralizado que eu cheguei. Foi legal ter as duas experiências de aeroportos, pois agora posso falar se vale a pena um ou outro. O resumo: Tanto faz! Em ambos o acesso é muito fácil, a única dica que eu dou é: Sempre vá e volte do aeroporto de trem/metrô, nunca de taxi/uber! Lá o transporte por aplicativo é extremamente caro, e como Narita é bem afastado da cidade, se você quiser um pouco mais de conforto, pegue como eu o Narita Express, que te leva sem paradas até os terminais. É possível também ir de trem regional, mas como estava com pouco tempo, fui no expresso mesmo. Custou cerca de 30 dólares. Para comparação uma viagem de taxi/uber de Narita para Shibuya dá mais de 1000 reais! Chegando no aeroporto, fiz meu check-in e fui esperar a hora do voo na área vip. Já tinha despedido do meu pai ainda em Tokyo, já que o voo dele era via Qatar. E passei as últimas horas de Japão refletindo o quão legal tinha sido aquela viagem e, principalmente, conhecer um lugar tão bacana na companhia do meu pai. Fazer essa viagem com ele foi um dos grandes acertos que eu fiz na vida, e vou lembrar nosso tempo lá com muito carinho. Realmente inesquecível. Akihabara 5) Conclusão Como esse relato é de Japão e não Nova York, eu vou terminar esse relato aqui. Farei um outro de Nova York em outro post. E depois edito no link daqui caso tenham curiosidade. Mas queria fazer umas reflexões sobre o Japão e sobre essa viagem antes de terminar o texto. Primeiramente, sempre me perguntam o que eu mais gostei no Japão. E eu nunca hesito: O que eu mais gostei do Japão foram os japoneses. É impressionante a cordialidade desse povo e como eles tratam bem o turista. Sempre que precisamos da ajuda deles, mesmo eles não falando inglês ou a nossa língua, não houve nenhum empecilho que atrapalhasse nossa comunicação. É um povo acolhedor e receptivo, muito diferente do que eu imaginava. Claro que para imigrantes, o relato provavelmente seria outro, mas aos olhos de um turista, o Japão é o país que melhor me recebeu. Outro ponto é a organização e segurança. Eu me senti extremamente seguro por lá. É meio impossível ser assaltado no Japão, e mesmo a gente fazendo algum esforço para perder alguma coisa (olá passaporte!), eles sempre dão um jeito de te ajudar. Fique bem tranquilo quanto a isso. E outra reflexão é como Tokyo, especificamente, é um espetáculo. Nós brasileiros somos bastante influenciados pela cultura americana. E eu sempre tinha na cabeça que o símbolo de civilização e modernidade seria Nova York. E pasmém: Logo depois quando pousei em NY, ao visitar a Times Square, eu fiquei decepcionado! Nada, nada se compara às luzes de Shibuya e Shinjuku. Sem contar que o povo é mais educado rsrs. A gente esquece que do outro lado do mundo existe uma mega-cidade que é o centro de influência cultural da Ásia inteira. E Tokyo preenche esse papel muito bem. Virou e ainda é a minha cidade preferida do mundo. E não vejo a hora de voltar. O Japão é um país que mesmo sendo longe, exerce muita influência aqui no Brasil, especialmente em São Paulo. E estar lá me fez ver que existe muita, mas muita coisa ainda para se conhecer da cultura japonesa. Fazer essa viagem, com meu pai, do jeito que fizemos, foi uma das melhores memórias que eu já criei na minha cabeça. Dito isso, só digo: Japão, até logo! Foi especial demais! 🎎✌️
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INFORMAÇÕES GERAIS (2019) Visto: exigido (R$86); dura cerca de 05 dias para ser emitido Passaporte: documento válido Moeda: iene (¥) – cotação em 16.12.18: R$1,00 = 29,07¥ Idioma oficial: japonês Cod. telefone: +81 Padrão bivolt: 100V Tomadas: A, B Grutt Pass: ¥2200/R$76; cartão que dá acesso gratuito ou com desconto a cerca de 75 museus da capital japonesa. Japan Rail Pass: absolutamente indispensável para suas viagens no trem-bala. Ele é vendido por pacotes de dias (07, 14 ou 21) e não é vendido no Japão, pois é voltado apenas para turistas. Assim, você recebe em casa (não confie no prazo de 03 dias estipulado pelos sites). Para programar suas viagens de trem-bala, use o aplicativo Hyperdia. Dica 01: todos as hospedagens no Japão, sejam hotéis, albergues, capsulas, ryokans, dispõe de pijama, xampu, condicionador, sabonete e secador de cabelo; portanto, não leve nada disso. Dica 02: compre eventual trecho aéreo interno depois das 8h e antes das 19h, por conta do funcionamento do metrô, que começa às 5h e vai até cerca de 1h. As distâncias em Tóquio são muito grandes, por isso, é necessário tempo para deslocamento e táxi/uber não são opções porque são extremamente caros. Dica 03: não se preocupe em se hospedar próximo ao aeroporto nos dias de voo; isto porque esse percurso é realizado por trens super confortáveis e rápidos, e ficando perto dos aeroportos, você estará isolado de tudo e, ainda assim, não terá serviço de shuttle, por exemplo. O serviço de shuttle oferecido pelos hotéis, na verdade, não são deles; é necessário ir até uma estação de metrô mais próxima e pegar um ônibus em um ponto específico. Portanto, sempre será necessário o caminho até o trem/metrô; assim, fique sempre bem localizado. Dica 04: apesar de o Japão ser um país extremamente moderno e informatizado, por incrível que pareça, há sérios problemas de acessibilidade. Os metrôs e trens contam com escadarias enormes; apenas alguns dispõe de escadas-rolante e não são a maioria. Os elevadores ficam extremamente longe; a maior parte dos pontos turísticos dispõe de muitas subidas, mais e mais escadas. Portanto, não aconselhável para pessoas com problemas de mobilidade. Dica 05: se tiver interesse em ir para balada em Tóquio, hospede-se ao lado do local, pois como disse anteriormente, táxi é muito caro na cidade e o metrô só funciona até por volta da 1h da manhã; depois só volta a funcionar às 5h. Dica 06: para quem for na primavera, fuja da Golden Week (que acontece final de abril e início de maio), e corresponde a junção de quatro feriados nacionais, o que causa grande aglomeração em todos os lugares. NOSSO ITINERÁRIO Nossos dias foram adaptados a partir do roteiro proposto pela Patrícia, do site Bagagem de Memórias, o que nos ajudou muito. Ficou da seguinte forma: Hiroshima: 02 dias (um para descanso) Miyajima: 01 dia Quioto: 04 dias Nara: 01 dia (base em Quioto) Hakone: 02 dias Toquio: 09 dias Shirakawa-Go: 02 dias Okinawa: 03 dias HIROSHIMA (02 dias) Tempo de deslocamento Tóquio-Hiroshima: 4h no Shinkansen (trem-bala) Como se locomover na cidade: andando e ônibus Sightseeing (hip on hip off) Obs.: o ônibus turístico Sightseeing está incluso no JR Pass (por quanto dias o turista quiser; andamos por 02 dias nele) e sai da própria estação de trem, na região central de Hiroshima. Principais Pontos Turísticos Parque da Paz Memorial da Paz de Hiroshima Horário: 8:30-18h Preço: ¥200/R$7 Obs.: na mesma área está o cenotáfio, museu da bomba atômica, etc. Shukkeien Gardens – jardim japonês Horário: diariamente de 09-17h Preço: ¥260/R$9 Castelo de Hiroshima Horário: diariamente de 09-17h Preço: ¥370/R$13 Obs.: não vale a pena entrar; o castelo foi destruído com a bomba e em seu lugar fizeram um réplica, mas apenas exteriormente! Dentro não tem estrutura nenhuma de castelo. Taishaku Valley Horário: diariamente de 8:30-18h Atividades: caiaque (R$140 reservado com 02 dias); barco de passeio (R$55) ILHA DE MIYAJIMA (01 dia; bate e volta) Como chegar: na estação de trem de Hiroshima, pegue a Sanyo Line (incluido no JR PASS) e vá até a estação de Miyajima (os trens saem da plataforma 01 e qquer um deles para em Miyajima; trecho 30min). Lá você pega um ferry boat da JR (também incluído no JR PASS) e vai até a Ilha de Miyajima (trajeto dura 10min). O que comer: okonomiyaki. Monumento de Torii (dentro do Santuário de Itsukushima) Entrada gratuita Santuário de Itsukushima Horário: diariamente de 06:30-16:30h Preço: ¥500/R$18 (incluso no JR) Monte Misen (subir de teleférico) Horário: 9:00-16:30 Preço: ¥1000/R$35 (ida) ou ¥1800/R$65 (ida e volta) Templo de Daisho-in Horário: 8:00-17h Entrada gratuita QUIOTO (03 dias) Faça seu check-out em Hiroshima cedinho e pegue o shinkansen (trem-bala) para Kyoto. Tempo de deslocamento Hiroshima-Quioto: 2h no Shinkansen (trem-bala) Como se locomover na cidade: ônibus Vestir-se como gueixa: Studio Shoot Plan (¥13000/R$450) “Miyako Odori” 2019 (em abril somente): show de gueixas Horário: 12:30; 14:30; 16:30 Preço: ¥4000/R$145 Caminho do filósofo: alugue sua magrela (na estação de trem) e siga a rota do filósofo (1,5km). Esse percurso começa, termina e passa por outros interessantes templos e santuários (Miroku-In-in; Honen-in; Anraku-ji; Ootoyo-jinja; Koun-ji; Nyakuouji-jinja). Começa em Ginkaku-Ji e termina em Nanzen-Ji. Ao fim do caminho, você encontra o templo Eikan-do (maravilhoso). Templo Ginkaku-ji - pavilhão de prata Horário: 08:30-17h Preço: ¥500/R$16 Obs.: não pode entrar no templo. Parque Eikan-do ou Zenrin-ji Temple Horário: 9-16h Preço: ¥600/R$20 Fushimi Inari-taisha Horário: 24h Entrada gratuita Castelo de Kyoto ou Castelo Nijo Horário: 9-16h Preço: ¥1000/R$35 Nishiki market street (mercado de peixes) Horário: 9-18h Gratuito Bairro de Gion (bairro das gueixas) Templo Kinkaku-ji – pavilhão de ouro Horário: 09-17h Preço: ¥400/R$15 Obs.: não pode entrar no templo. Templo Ryoan-ji – jardim de pedras Horário: 08-16:30h Preço: ¥500/R$16 Templo Kiyomizu-dera Horário: 06-18h Preço: ¥800/R$29 Templo Daigoji Horário: 09-16:30h Preço: ¥1500/R$54 Distrito de Arashiyama (em Quioto): alugue uma bicicleta próximo à estação de trem da linha JR e pedale pela area rural: cruze a ponta Togetsukyo; caminhe pela via Saga-Toriimoto e visite os templos. Floresta de Bambu de Sagano Como chegar: da estação central de Quioto, basta pegar um dos trens da JR Sagano Line (também conhecida como JR Sanin Line) – que sai a cada 30 minutos – e saltar na Saga-Arashiyama Station Horário: 24h Preço: Gratuito Tenryu-ji Temple Horário: 8:30-17h Preço: ¥500/R$16 Okochi-Sanso Villa: é a mansão particular da estrela do cinema mudo japonês Denjiro Okochi (1898-1962), cujos jardins estão abertos para visitação. Horário: 9-17h Preço: ¥1000/R$35 Templo Otagi Nenbutsu-ji Horário: 8-17h Preço: ¥300/R$10 NARA Mantenha Quioto como base para visitar essas duas cidades. Logo pela manhã vá para Nara (Parque Nara; 45min de Quioto) e depois Osaka (40min de Quioto). Aproveite para jantar por lá, antes de voltar para Quioto. Se tiver com a agenda mais folgada, dedique mais um dia para Osaka. - Prato típico: buta jyu Obs.: na estação de Nara, no centro de informações, você pode comprar o Nara Day Pass (Preço: ¥500/R$16), que te permite viagens ilimitadas de ônibus pelos pontos turísticos. Eu, particularmente, não gostei de Nara. Templo Todaiji - maior Buda de bronze do mundo Horário: 9:30-16:30h Preço: ¥1000/R$34 Templo Kofuku-ji Horário: 9-17h Preço: ¥600/R$20 Templo Kasuga Horário: 6:30-17h Preço: ¥500/R$16 Parque Nara Horário: 8-16:30h Gratuito Isui-en Garden Horário: 9:30-16:30h Preço: ¥900/R$32 Obs.: absolutamente decepcionante e caro; apesar de estarmos na primavera, o jardim não estava florido; é extremamente pequeno e sem a beleza dos outros. OSAKA Castelo de Osaka Horário: 9-17h Preço: ¥600/R$20 Dotonbori & Shinsaibashi (bairro moderno de Osaka a noite) Tsutentaku Tower Horário: 10-18h Preço: ¥500/R$16 Umeda Sky Building Gratuito HAKONE O forte da região é ficar hospedado em um ryokan. Outra opção é já se hospedar em Tóquio, pois Hakone fica há menos de 1 hora de shinkansen da capital. Tempo de deslocamento Quioto-Odawara: 2h3min no Shinkansen (trem-bala). De Odawara, pega-se um trem para Hakone Tozan ou Hakone-Yumoto. Comprar o Hakone Free Pass: USD54 (02 dias) Hospede-se em Gora: Gora Hotel Paipuno Kemuri Plus (hotel ao lado da estação de trem e do teleférico). Odawara: uma velha cidade-castelo que serve de porta de entrada para a região de Hakone. Lago Ashi: o lago é famoso pelo reflexo invertido do Monte Fuji, que pode ser visto no lago em dias claros. Miyanoshita: constitui o mais florescente grupo de fontes termais. A uma altitude de aproximadamente 400 metros acima do nível do mar, tem um clima geralmente fresco, mesmo no verão. Chokoku-no-mori (Bosque das esculturas): parque destinado a exposições, inclusive ao ar livre, de esculturas de artistas modernos, tais como Rodin, Boudella, Moore e Zadkine. É o primeiro do gênero no Japão. Aowakudani (Vale Fumegante Menor): é uma popular estância de água e tem esse nome graças a uma fumaça de enxofre que vem de uma gruta da vizinhança. Jardim Kowakien Gora: o terminal de bonde Hakone Tozan Railway fica a uma altitude de 800 metros, na encosta leste do Monte Souzan e comanda uma extensa vista que inclui parte do Rio Hayakawa. As águas termais são trazidas através de tubos da fonte termal de Owakudani. Owakudani (Vale Fumengante Maior): desfiladeiro que solta fumaça sulfurosa Barreira Hakone: a barreira original foi estabelecida em 1618, pelo líder Tokugawa, para a defesa e manutenção da ordem na cidade de Edo. Santuário Hakone: localizado em uma colina na margem norte do lago, o santuário é notável pela vista do Festival do Lago ou Festival das Lanternas Flutuantes. Cedar Avenue Mishima Skywalk Horário: 9-17h Preço: ¥1000/R$34 TÓQUIO (09 dias) Tempo de deslocamento Odawara-Toquio: 2h Como se locomover na cidade: metrô (conheça Tóquio por regiões) Onde se hospedar: quem quiser aproveitar o lado mais antigo da cidade deve optar pelas áreas de Ueno e Asakusa. Mas, se você preferir o burburinho moderno, hospede-se nas áreas de Shibuya, Shinjuku, Akasaka ou Roppongi. Parque Fugi Q (é o melhor parque para quem gosta de aventuras) Horário: 9-17h Preço: ¥5500/R$190 Principais montanhas-russas: Fujiyama, Dodonpa, Eejanaika e Takabisha; Scary Labyrinth of Fear (terror); Fuji Airways (simulador de voo); Red Tower (torre); Panick Clock (pêndulo); Tonde-Mina. Como chegar (2h): Para quem está em Tokyo, uma das formas de chegar é pegar um trem na JR Shinjuku Station e seguir pela JR Chuo Main Line até a Otsuki Station (reserve assento; coberto pelo JR); depois pegar a Fuji Express Line até a Fuji-Q Highland Station (¥1680/R$61). Outra opção é pegar um dos ônibus que saem da Tokyo Station, Shinjuku Station, Yokohama Station, Shibuya Mark City ou Haneda Airport que vão para Fuji Five Lakes e passam pelo Fuji-Q Highlands no caminho. Campos de Shiba-Sakura - Festival de Primavera (Yamanashi) Horario: 8-17h Preço: ¥600/R$20 Como chegar: ir de Toquio para Otsuki (coberto pelo JR); e de Otsuki até a estação de Kawaguchiko ((¥1140/R$41). Durante o período do festival, há um shuttle bus (Shibazakura Liner), que conecta a estação Kawaguchiko à entrada do festival e parte de 1 a 2 vezes por hora (último ônibus sai às 15h). O ticket não é barato (¥2000/R$71), mas inclui também a entrada ao festival. O percurso dura 1h. Os ônibus saem da plataforma 07 mas os tickets são vendidos na plataforma 01. Restaurantes temáticos em Tóquio: 1) Lock up (terror): em Shibuya 2) Vampire cafe: em Ginza 3) Ninja Akasaka: em Akasaka obs.: somente com reserva e preços a partir de 5700¥/R$206 Baladas em Toquio: 1) ID Bar: em Nagoya Horário: 19-01h Preço: ¥2000/R$68 2) Ageha: em Sin-kiba Horário: 23-6h Preço: ¥3000/R$109 3) Womb Horário: 22-4:30h Preço: ¥2000/R$68 4) Big Echo Karaoke: sao cabines de karaokê privativas, que podem ser reservadas pelo tempo que o cliente quiser. Principais Pontos Turísticos em Tóquio Happoen Garden Parque Japonês Hitachi – Hitachinaka Horário: 9:30-16:30h Preço: ¥450/R$16 Bairro de Shinjuku Jardins Shinkug Gyoen Horário: diariamente de 9-16h Preço: ¥200/R$7 Escultura do Amor Endereço: 6-5-1 Nishishinjuku Museu Nacional Horário: 9:30-17h, exceto às segundas Preço: ¥620/R$20 Incluso no Grutt Pass Bairro de Harajuku Bairro de Shibuya - Maior faixa de pedestres do mundo, em frente à Estação Shibuya Bairro de Ginza Teatro Kabuki Horário: matinée (por volta das 11h) e um programa vespertino (iniciando às 16h30) Preço: ¥3000/R$100 a 20.000/R$635 Bairro de Asakusa Templo Sensoji ou Asakusa Horário: diariamente de 6:30-17h Entrada gratuita Parque Ueno Horário: 10-18h Entrada gratuita Dentro do parque, existe o zoológico: 9:30-16h (fecha às segundas) por ¥600/R$20 Tokyo Sky Tree Horário: diariamente de 8-21h Preço: ¥2.060/R$73 Museu de Arte Metropolitana Horário: 9:30-17h Entrada gratuita Bairro de Shibakoen Tokyo Tower Horário: diariamente de 9-22:30h Preço: ¥2800/R$99 Bairro de Chiyoda-ku Palácio Imperial Horário: diariamente de 09-14:30, com reserva Entrada gratuita Ponte Nijubashi Bairro de Sumida-ku Ginásio Ryogoku Kokugikan – luta de sumo Horário: seg-sex de 9:30-17h Preço: ¥2.800/R$90 a ¥14.800/R$180 Museu Edo-Tokyo Horário: ter-dom de 9:30-17:30h e sáb de 9:30-19:30h Preço: ¥600/R$20 Incluso no Grutt Pass Bairro de Chuo-ku Jardins de Hama-Rikyu Horário: diariamente de 9-16:30h Preço: ¥300/R$10 Tsukiji Fish Market (mercado de peixes) Bairro de Odaiba (ilha futurista cheia de exposições e tecnologia) Digital Art Museum Horário: seg-qui, dom e feriados de 10-19h; sex-sab de 00:00-21h Preço: ¥3200/R$110 Como chegar: Aomi Station Obs.: comprar com antecedência Bairro de Akihabara (bairro dos eletrônicos) Onde comprar aparelhos eletrônicos: BIC CAMERA Ikebukuro East Outlet Store. OKINAWA (03 dias) Como se locomover na ilha: se você estiver em um resort, apenas de carro ou limousine bus (a ida até nosso resort custou ¥2200/R$80); antes de reservar o resort, certifique-se de que ele possui money exchange, mais de um restaurante a la carte e estabelecimentos ao redor. Para quem vai ficar no centro da ilha, há um trem que liga o aeroporto ao centro (monorail por ¥330/R$12, comprado no aeroporto em máquinas). Melhores ilhas: Ishigaki, Akajima Melhores praias: Okuma, Mibaru, Zampa, Sunset, Manza e Moon Castelo de Shuri - Shuri-jo Horário: 8-18:30h Preço: ¥820/R$28 Como chegar: Estação Shuri do Monorail. São 4 estações da Estação Omoromachi (custo trajeto é de ¥ 260/R$10). Após descer pela saída 1 da estação, caminhe 700 metros para direita na avenida Ryutan Dori e vire a esquerda. Basta seguir em linha reta até chegar ao Castelo. Churaumi Aquarium Horário: mar-set de 8:30-20 (última admissão as 19h); out-fev de 8:30-18:30 (17:30h) Preço: ¥1850/R$63 Former Navy Headquarters Underground Horário: 8:30-17h Preço: ¥440/R$15 Gyoku Sendo Horário: 9-17h Preço: ¥1650/R$56 Castelo Zakimi Fukushūen Tamaudun Horário: 9-18h Preço: ¥300/R$11 Busena Marina Park Horário: 9-17h Preço: ¥1030/R$35 Mergulho na Blue Cave (Empresa Cerulean ou Aloha Divers) Valor: ¥12000/R$407 VILA SHIRAKAWA-GO Como chegar: pegar um trem Tóquio-Kanazawa (2h30min); de Kanazawa, pegar um ônibus para Shirakawago-Gifu (1h25min), que custa cerca de ¥4000/R$156 (ida e volta), e deve ser reservado um mês antes da viagem. A vila mais famosa de Shirakawa-Go é Ogimachi. Hospedagens típicas: ryokans Wada House Horário: ter-dom de 9:30-17:30h e sáb de 9:30-19:30h Preço: ¥300/R$10 Mirante de Shiroyama Hospedagem Nodaniya House Preço: ¥9300/R$313 MERGULHO EM YONAGUNI Voo de Tóquio até Okinawa (3h de voo); avião de Okinawa para Yonaguni (1h30min) Operadora: Reef Encounters Publicado em: https://mspriscila1.wixsite.com/meusite/blog/roteiro-japão-2019-24-dias
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Olá, Mochileiros!!! Depois de Peru, Tailândia, Camboja+Vietnã+Laos e Filipinas, divido com vocês nossa viagem para o Japão. Confesso que não foi nada fácil entender esse país que parece pequeno, mas é uma imensidão de cultura e regiões muito distintas e diversas. O outro Felipe e a Pati são um casal de amigos que já estavam planejando a tempos ir para o Japão, e no início de 2017 convidaram a gente – sabe aquelas conversas de bar, que você topa mas sabe que será difícil de sair do papel? Então...no mês de Julho-17, eles nos enviaram um Whatsapp avisando que tinham acabado de comprar as passagens para o Japão, por um preço super bacana (por volta dor R$ 2,8k/pessoa). O Felipe (neste caso, meu marido) ficou muito animado, e depois de dar algumas espiadas, encontrou passagens por R$ 2,5k/pessoa em Agosto-17 – resultado: passagens compradas! Confesso que rolou um receio...primeiro, porque pela primeira vez na vida compramos as passagens quase 1 ano antes da viagem; segundo, porque seria a nossa primeira viagem com outras pessoas, além de nós dois. Seguimos de Setembro-17 a Abril-18 pesquisando e planejando nosso roteiro, e todo mundo deu pitaco; chegamos em um roteiro final bem bacana, mas que na prática, mostrou que o Japão é muito maior do que a gente imaginava! Confira aqui um resumo da nossa viagem - o relato completo já está disponível no nosso blog! Basta clicar aqui. Bora??? 20 a 22/05/2018 – Guarulhos > Cidade do México > Narita Nosso vôo saiu de Guarulhos pontualmente às 9:35am, operado pela Aeroméxico. O serviço de bordo foi bem fraco...não nos deixaram escolher a refeição (como se houvesse somente uma opção), e a comida era bem mais ou menos. O pior de tudo foi que ligamos na Aeroméxico para pedir refeição especial, já que o Felipe (meu marido) é alérgico a molho de tomate; além de não conseguirmos fazer isso antes do embarque, todas as opções de comida tinham molho de tomate...ou seja, ele mal comeu a bordo. O vôo durou 9 horas, e fazia um calor absurdo quando desembarcamos na Cidade do México. Nossa escala, que já era de 9 horas, aumentou para 14 horas com o atraso do vôo que nos levaria até o Japão. Fomos consultar o valor da sala VIP, e uma feliz descoberta: a gente tinha direito a pernoitar em um hotel, por conta da Aeroméxico! Tomamos uma cerveja no aeroporto, e pegamos o transfer para o Holiday Inn Dali, que fica a alguns minutos do aeroporto. O quarto era sensacional, e pudemos tomar banho – só a janta que não estava incluída no pacote. Durante o jantar, soou o alarme de terremoto, e tivemos inclusive que abandonar o prédio; foi bem estranho ouvir aquela sirene e ver aquele monte de carros parados com pisca alerta ligado. Voltamos para o quarto e dormimos em uma cama muito confortável. Acordamos às 4:30am para fazer o check-out e pegar a van das 5:00am. Tínhamos o voucher para o café-da-manhã no Wings do aeroporto, então saímos cedinho para dar tempo de comer. Este vôo, assim como o anterior, estava lotado mas um pouco pior pois tinha uma turma grande fazendo bastante barulho...pelo menos o Felipe conseguiu comer alguma coisa, pois neste trecho tinha algumas opções sem molho. Este vôo saiu às 07:00am, e pousou em Narita às 11:30am. 22/05/2018 – Narita > Tóquio > Osaka Chegamos em Narita às 11:30am. Foi bem tranquilo passar pela imigração, a única coisa chata é que eles selecionam algumas malas para inspecionar antes de você poder sair. Abrimos uma das nossas 4 malas, e logo fomos liberados. A primeira missão era encontrar o lugar onde a gente trocaria nosso voucher pelos nossos JR Pass (passaporte para o trem-bala). Vale muito a pena ter internet no Japão, principalmente se você vai usar o metrô: no mesmo trilho passam vários tipos de trens: Local – pára em todas as estações da linha, Rapid – pula algumas estações e que são menos utilizadas, Super Rapid – pára somente nas estações maiores e mais utilizadas. Além disso, no mesmo trilho é possível pegar trens para destinos diferentes...se você entrar em um trem que passa 3 minutos antes do trem correto, por exemplo, é possível que você vá parar do outro lado da cidade. O que fizemos para não nos perdermos para sempre? Google! O Google salvou nossas vidas. Basta digitar origem e destino, que ele mostra exatamente qual trem você precisa pegar, e em qual plataforma você deve esperar. Assim como no Brasil, o metrô é gerenciado pelo Governo. Algumas linhas de metrô e o trem-bala são privatizados, e funcionam sob gestão da JR – somente estes estão incluídos no JR Pass. É fácil identificar estas linhas, basta procurar pelos nomes que vêm acompanhados das letras JR. No nosso blog explicamos um pouco mais sobre o JR Pass, clique aqui se quiser conferir. Conectamos no wi-fi do aeroporto e descobrimos que o escritório da JR ficava no piso inferior do aeroporto. Caminhamos um pouquinho, e logo avistamos – enorme, no canto direito do andar. Além do voucher, você precisa preencher um formulário logo na entrada, para poder entrar na fila. A moça que nos atendeu nos ajudou a reservar os assentos no JR com destino a Osaka, que saía em 40 minutos. Compramos um pacote no site da JR que incluía o pocket wi-fi (internet móvel), porém o local de retirada era próximo ao desembarque, onde ficamos perdidos procurando o escritório da JR O trem partiu às 1:14pm e chegou em Shinagawa, em Tóquio, às 2:20pm. Em Shinagawa, o trem saiu às 2:40pm e chegou na estação de Osaka às 5:30pm, de onde pegamos um metrô local que percorreu 6 estações, e descemos na Namba, que era a mais próxima do apartamento que alugamos no Airbnb. Tivemos que pagar a parte, pois não fazia parte das linhas JR. Como viajamos em 4 pessoas, a opção mais barata era o Airbnb; hotéis eram bem mais caros e os hostels não compensavam a falta de comodidade. O apartamento de Osaka era um loft bem espaçoso, com paredes que isolavam somente os banheiros e lavanderia. Tínhamos disponível: 3 camas de casal (somente uma delas era um pouco maior), ar condicionado, frigobar, máquina de lavar, guarda-chuvas, toalhas pequenas e um wi-fi pocket limitado a 500MB por dia. 23/05/2018 – Hiroshima A gente optou por cidades-base para nossa hospedagem, exatamente para ter mais flexibilidade de mudar nosso roteiro, pois o trem-bala ajuda bastante a economizar tempo nas viagens de um dia. No dia anterior nós já tínhamos visto que o dia seria chuvoso; apesar disso, optamos por seguir o planejado já que a gente não tinha nenhuma folga no roteiro. Também chegamos à conclusão de que Hiroshima talvez fosse o lugar menos pior de se fazer com chuva. Na Osaka Station, nós pegamos o trem das 8:14am e por volta das 9am chegamos em Hiroshima – compramos nosso café-da-manhã no 7 Eleven e comemos na própria estação. Da Hiroshima Station andamos 2 km até o primeiro parque, onde está localizado o Castelo de Hiroshima. Ele estava em manutenção por fora, e acabamos não entrando nele por ter que pagar. Debaixo de uma chuva ingrata, seguimos para o Parque da Paz, para visitar: o Dome: estrutura mais próxima ao epicentro da bomba (150 metros), a resistir ao impacto; o Memorial da Paz; o Children´s Peace Memorial; e terminamos no Museu do Memorial da Paz. É tudo muito chocante, e dentro do museu você tem acesso a um simulador que mostra exatamente como tudo aconteceu, no dia em que a bomba levou Hiroshima abaixo. Já era hora de almoçar, e apesar da chuva, a cidade estava lotada de gente: excursões, escolas e turistas. Bem próximo do museu, encontramos o Okonomiyaki Nagata-ya, mas a fila estava imensa...a idéia era comer Okonomiyaki, pois é uma comida típica de Hiroshima, então caminhamos alguns poucos passos a frente, e encontramos na entrada de uma galeria um lugar bem típico escondido no piso superior de um prédio. O Okonomiyaki é uma panqueca japonesa combinada com vários ingredientes, como por exemplo: frutos do mar, frango, repolho, macarrão, ovos, entre outros. Para o meu paladar, salvo o molho adocicado que vai em cima, a panqueca foi aprovada! Caminhamos os 2 km de volta para a Hiroshima Station, e a idéia era ir até o Castelo de Himeji. Já era mais de 3:00pm, e descobrimos que o castelo fechava às 4:00pm. Para não arriscar andar quilômetros a toa, resolvemos deixar para o dia seguinte. Chegamos no apartamento super destruídos de tanto andar, com tênis e roupas molhados, então descansamos um pouco e saímos novamente só para jantar nas proximidades da Dotonburi – experimentamos nosso primeiro restaurante de sushi na esteira. 24/05/2018 – Miyajima A expectativa para este dia estava bem alta! A ilha de Miyajima não estava nos planos iniciais, mas depois de pesquisarmos mais sobre ela, não tinha como passar batido. Algumas pessoas fazem a ilha combinada com Hiroshima, mas nós reservamos um dia inteiro – e fomos retribuídos com um tempo lindo e com muito sol! Saímos às 6:00am, com o objetivo de pegar o trem-bala das 7:15am. Mas, como a gente gosta de errar bastante para ensinar vocês a errar menos, nós chegamos um pouco cedo e nos deparamos com o trem-bala das 6:59am que também passaria por Hiroshima. Após segundos de dilema, resolvemos entrar...infelizmente! Depois de entrarmos, notamos que era o trem-bala Kodama: linha local, que pára em todas as estações ao longo do caminho. Tomamos um pênalti de 30 minutos a mais de viagem, porque não seguimos a instrução do Google Sendo assim, quando pegar o trem-bala, dê preferência para o Hikari ou o Sakura, já que os trens Nozomi e Mizuho não podem ser utilizados pelos portadores do JR Pass – utilize o Kodama somente em último caso. Chegamos na Hiroshima Station e foi bem fácil encontrar a linha para Miyajima-guchi. O trecho demorou 30 minutos, e ao sair da estação, basta seguir em linha reta até o local de onde saem os ferrys. O percurso de ferry até a ilha demora 10 minutos e a ilha realmente é super fofa; caminhamos até o Torii, subimos até a 5-Storied Pagoda, e decidimos subir no Mount Misen, já que tínhamos bastante tempo na ilha. Tem um ônibus que te deixa na bilheteria, e de lá você vai pegar 2 bondinhos, que tem como destino o Shishiiwa Observatory – a partir deste ponto, você vai subir mais 100 metros (o topo fica a 535m do nível do mar) e aproximadamente 1km de subida até o observatório principal. Confesso que se eu soubesse a realidade, jamais teria subido! A subida é bem íngreme, parte em rampa e parte em degraus, e foi bastante cansativa. Só que a experiência foi bem bacana, passamos por templos bonitos, pequenos budas espalhados pelas pedras, e a vista do topo é sensacional! No Japão, você sempre vai encontrar carimbos no final dos pontos turísticos, portanto leve seu caderninho para colecioná-los; são todos muito lindos! De volta na cidadezinha, nós caminhamos pela feirinha, compramos alguns souvenirs e experimentamos o bolinho de Hiroshima (com recheio de chocolate, não rolou comer o de moti). O almoço ficou no esquecimento...pegamos o ferry de volta às 4:00pm e logo estávamos embarcando no trem-bala. Passou um rapaz inspecionando os bilhetes, e quando ele viu os nossos, explicou que não poderíamos estar ali. Adivinha? Só nessa hora que percebemos que tínhamos entrado no Nozomi (um dos trens que não está incluso no JR Pass)!!! Ele foi super bonzinho, e pediu só que nos atentássemos na próxima vez – ufa, sem multas! 25/05/2018 – Himeji e Kobe Este foi um dos dias que mudamos o que tínhamos planejado. A idéia inicial era seguir para Akame e conhecer o parque das 48 cascatas, mas como não conseguimos ir até Himeji no dia anterior, priorizamos Himeji e encaixamos Kobe no roteiro, por causa da estátua de Buda. Aqui vai mais um aprendizado...nos mercadinhos locais, que não são franquias como o 7 Eleven e o Family Mart, é um pouco difícil de identificar alguns produtos. Eu peguei meu oniguiri de sempre, que identifiquei pela cor que já tinha comprado no 7 Eleven, e para beber um suco de pêssego de lata. Depois dos 2 primeiros goles, eu senti que aquilo estava meio estranho...era uma lata, com um pêssego grande no centro; só podia ser um suco de pêssego...e por que eu estava me sentindo estranha? Pela primeira vez me senti uma analfabeta; aquela parada era uma lata de Champagne!!! E aquela sensação estranha era reflexo do álcool...eu estava bêbada, às 8:30am!!! Então, atentem-se ao símbolo da foto – toda bebida alcoólica tem um símbolo desse. Em meia hora chegamos na estação de Himeji, e de lá até o castelo é uma reta; mais ou menos 1,5km de caminhada. O castelo é enorme e muito bonito, só a vista de fora já vale a pena, mas compensa demais entrar pois é tudo muito estruturado e bem organizado. Voltamos para a estação, e seguimos para Kobe, que fica pertinho de Himeji, não mais que 15 minutos de Shinkansen. Quando chegamos lá, descobrimos que se tivéssemos pegado a JR Kobe line, teríamos demorado um pouquinho mais, mas conseguiríamos descer em uma estação até mais próxima ao Buda. Já era hora do almoço, então bem próximo da estação nós encontramos um restaurante local bem gostoso, e comemos lamen. A 600 metros dali, chegamos no Buda que era enorme, mas bem simples e estava vazio – é bem bonito, mas não achamos que vale a pena ir até Kobe só para isso. Eu estava a vários dias andando com um tênis zero confortável, então sentia muita dor nos pés e nas pernas. Então neste dia, retornamos para Osaka, e descansamos um pouco até a hora do jantar. Saímos para procurar um lugar para comer, e encontramos o que parecia ser a Korea town – cheia de restaurantes Koreanos. Demoramos bastante para decidir onde iríamos comer e os lugares já estavam fechando (eles fecham relativamente cedo), então entramos em um restaurante onde a comida era ok, mas saiu super caro. 26/05/2018 – Nara Neste dia saímos um pouco mais tarde, por volta das 8:00am. Por ser final de semana, nem todas as linhas estavam funcionando, então tivemos que fazer duas baldeações (Kashiwara e Oji), e depois de uma caminhada de 30 minutos, chegamos no Nara Park. Ele é enorme, e você fica basicamente dentro dele alimentando os veados, conhecendo os templos e os jardins. Em pouco tempo encontramos o Todai-ji, que estava lotado de gente. Nesta bilheteria eu tomei meu primeiro golpe depois de 5 anos viajando para a Ásia (preju de USD 50) que eu conto com maiores detalhes no blog – fiquem atentos! Depois de ver muita coisa no parque, saímos às 2:00pm e almoçamos em um restaurante local na rua principal, e estava bem gostoso. Eu e a Pati tomamos um sorvete delicioso nesta mesma rua, e voltamos para Osaka. Na volta, conseguimos pegar somente uma linha, sem nenhuma baldeação. Quando chegamos na nossa estação de Osaka, do outro lado da rua vimos um prédio bem grande chamada Mega. Logo que entramos, escutamos uma música super alta vinda do térreo, e seguimos um pouco a frente para ver. Era um cassino gigante, um Pachinko, que pode ser encontrado em todo lugar, lotado de gente de todos os sexos e idades, jogando insanamente aquelas maquininhas de sorte. O outro Felipe até tentou tirar uma foto, mas levou uma bronca da mocinha que trabalhava lá. Antes de sair, a gente viu uma escada rolante, e decidiu subir – pronto! Descobrimos uma das maiores lojas de tranqueiras do Japão: Don Quijote; tinha desde roupas, até brinquedos, comidas e cosméticos. Compramos algumas coisas e voltamos para o apartamento. A Pati e o outro Felipe queriam ir até o Umeda Sky. Eu também queria muito, mas minhas pernas estavam um caco e sem condição alguma de caminhar – então, eu e o Felipe ficamos e jantamos uns combinadinhos que vendem no mercado. No final, foi bom não termos ido, porque a Pati e o outro Felipe não acharam que valeu a pena. 27/05/2018 – Kyoto Kyoto foi o lugar mais difícil de planejar. Tem bilhões de templos e lugares legais para ir, mas na prática, você não consegue combinar tanta coisa para fazer no mesmo dia; não que as coisas sejam longe, mas tem todo o tempo de acessar o metrô, se encontrar nas ruas, entrar nos templos, entre outras coisas. Tomamos café-da-manhã no Family Mart do lado da estação, e seguimos para o metrô no percurso Shin-Imamiya > Osaka > Kyoto (não pegamos Shinkansen). Começamos pelo Fushimi Inari-taisha, os túneis maravilhosos de toriis; aqui você tropeça para fora do metrô, e já cai dentro do terreno da atração...na frente da estação. Tem uma opção onde você sobe 4 km até o topo do monte, que obviamente não dava para fazer, graças ao meu calçado super inadequado, então ficamos nos 2 primeiros túneis, que já foram muito interessantes. Seguimos para a Floresta de bambu – que no início parecia bem nada a ver, mas no final ficou bastante bonita. Saindo dali, procuramos por um restaurante...mas foi um pouco desesperador, porque todos os restaurantes tinham fila e eram demais de caros. Os meninos resolveram entrar em uma rua paralela, e encontraram um restaurante com mesa livre e muito barato – essa tática sempre funciona! Comemos em uma mesa que tinha uma chapa no meio, e pedimos o yakissoba de frutos do mar. Estava uma delícia. Já estávamos voltando para a estação, caminhando pela rua, quando sentimos que algo estranho estava acontecendo ao nosso redor. Algumas pessoas estavam segurando objetos grandes na calçada, e estavam vestidas de um jeito diferente...fomos até a calçada, e um homem (que também estava vestido diferente) nos abordou, sem falar inglês, e entregou um panfleto que explicava que aquele, era o Festival Anual de Arashiyama! Ele acontece uma vez por ano, e tivemos a sorte de acompanhar o evento e até interagir com alguns dos participantes. Os participantes, todos usando uma roupa especial para o festival, carregam um santuário bem pesado pulando com ele nos ombros, com o objetivo de fazer o sino tocar, e assim se purificar. Este homem identificou que falávamos português, e chamou o filho dele, que veio conversar conosco!!! Ele pediu para praticar um pouco, e explicou que fazia aula de português na faculdade...sensacional! De lá, seguimos para o Kinkaku-ji (Templo Dourado) – ele fica muito longe do metrô, mas saindo pela catraca, tem várias instruções de como pegar o ônibus local que leva até o ponto que fica na frente do templo. Estava bem cheio de gente, mas ele é bem bonito. Em Osaka, fomos até a Dotonburi, mas é impossível de jantar ali...muito caro e muitos lugares com muita fila. Resolvemos voltar no restaurante que comemos no dia que chegamos em Osaka. 28/05/2018 – Kyoto A Pati e o outro Felipe estavam meio mal neste dia; o clima no Japão é muito muito muito seco, e deu crise de rinite neles. O clima é tão seco, que a gente lavava roupa a noite, e no dia seguinte de manhã já estava tudo seco. Saímos bem mais tarde dessa vez, já era 9:00am. Seguimos para nosso segundo dia em Kyoto, que tem uma infinidade de lugares para visitar. Paramos na estação Tofukuji para visitar o templo que estava a 900 metros de lá; no caminho de ida experimentei um sorvete de tofu – era bem gostoso. Seguimos a pé por mais 2km até o Sanjusangen-do (o templo das 1.000 estátuas de Buda) – foi um dos mais impressionantes que visitamos, não pelo templo, mas pelas estátuas que eram infinitas e muito diferentes; infelizmente é proibido tirar fotos ali. Ficamos um pouco no jardim do templo, e umas crianças super fofas vieram nos entrevistar...aparentemente as escolas propõe que as crianças façam entrevistas com estrangeiros, o que é bem bacana. Nós até ganhamos uns cartões que eles mesmos desenharam. A idéia era seguir até o Kiyomizu, o templo que fica no topo de uma montanha, mas ele ficava a mais 2km dali e quando pesquisamos na internet, apareceu que ele estava parcialmente em reforma até as Olimpíadas em 2020. Como era longe e a subida até o templo era bem puxada, nós acabamos desistindo e fomos para Potoncho. No caminho, paramos no Mercado de Nishiki que é enorme e você pode experimenta de tudo nas lojinhas. Encontramos m restaurante em uma rua próxima ao mercado, onde almoçamos pratos gigantes – tão grandes que até levei marmita. Passamos por Potoncho ainda era de dia, mas não comemos nada por lá. Em seguida conhecemos Gion, e por mais que a gente tenha esperado, não vimos nenhuma gueixa. Até vimos, só que elas eram claramente gringas fanstasiadas...e o mais engraçado era ver aquele monte de outros gringos tirando foto das gueixas de mentira! 29/05/2018 – Osaka > Hakone A viagem demorou mais ou menos 2 horas e 30 minutos para chegar em Odawara, e lá passamos um tempo tentando se entender com o mapa para comprar os tickets do metrô local. Se não fôssemos perguntar na cabine de ajuda, a gente ia demorar muito para chegar em Hakone, inclusive descobrimos que existe um free-pass que te dá acesso ilimitado a vários meios de transporte por 1 ou mais dias. Embarcamos em um metrô mais antigo, que nos levou até um trem que vai até Hakone. De lá, subimos 3 estações em um cable car, e em uma caminhada de 2 minutos, chegamos! Nosso destino era um ryokan: aquele hotel estilo casa japonesa, onde você usa quimono, dorme no tatame e faz as refeições como uma família japonesa. Logo de cara fomos recebidos com uma fonte de chocolate, e pegamos nossos quimonos assim que terminamos o check-in. O quarto era muito bacana, o jantar era diferente e gostoso, e ficamos na cadeira de massagem até o horário de usarmos o onsen particular. Dividimos o tempo por casal, porque o onsen é uma banheira de água super quente, onde você entra pelado! Tinha também um onsen público no hotel, onde você divide a piscina com os demais hóspedes, mas nesse, só os Felipes entraram. 30/05/2018 – Hakone > Tóquio O tempo estava bem nublado, no entanto ainda não estava chovendo; então seguimos para o ropeway (bondinho) e o lago. Todo o trecho estava incluso no free-pass, exceto o barco. A última estação do cable car te leva até o ropeway (bondinho), então é bem simples de achar. Passamos por uma parte da montanha de onde era extraído enxofre, e saía bastante fumaça. Logo chegamos no ponto de apoio, onde tinha uma loja, banheiro, e uma vista bem legal do Monte Fuji. Dali saímos em outro ônibus, que nos levou até o porto, para fazermos o tour de barco no lago Ashi; a vista do Monte Fuji dali é muito legal, porém é muito difícil de dar sorte e pegar um dia limpo...nós fizemos o passeio em um dia nublado com pouca visibilidade. O tempo estava meio chuvoso, então não descemos em nenhuma das duas paradas no lago. Foi uma ótima decisão, pois retornamos ao ryokan para pegar as malas, e assim que chegamos no ponto para pegar o cable car, começou a chover. Almoçamos no shinkansen que nos levou até Tóquio. Chegamos na estação Shikagawa, fomos para Shinjuku e de lá pegamos o metrô até a estação Okubo. O apartamento ficava a 10 minutos de caminhada dali. Jantamos em um restaurante de esteira, e descansamos para o próximo dia. 31/05/2018 – Tóquio Nossa primeira parada foi no mercado Tsukiji. Para acompanhar o leilão de peixes, onde é possível ver os atuns gigantes, precisa chegar muito cedo; no horário que chegamos, o leilão já tinha acontecido a muito tempo. Resolvemos caminhar pelo mercado, pois ele funciona o dia todo, com as barraquinhas de frutos do mar fresquinhos. Mas diferente dos relatos que li, essa foi uma das piores experiências que eu tive na minha vida. O mercado em si fica dentro de um prédio, mas nós fomos até o final em um galpão meio aberto, local onde acontece o leilão. Ainda tinha vários isopores com frutos do mar...conforme a gente ia andando, começaram a aparecer isopores com animais ainda vivos...caranguejos amarrados, peixes enormes em espaços minúsculos, lagosta...foi horrível ver aqueles animais vivos dentro de caixas tão pequenas, alguns deles amarrados mexendo só os olhinhos...só de lembrar me dá enjôo! Eu tive que sair dali correndo, e quando cheguei do lado de fora não conseguia parar de chorar. É algo que fica cada vez mais incontrolável e difícil de lidar. Fiquei muito mal em ver aquilo, então eu e o Felipe não entramos mais em lugar nenhum. Do lado de fora me distraí em barraquinhas de porcelana e outras coisas, enquanto a Pati e o outro Felipe terminaram de olhar o mercado. De lá seguimos para o Parque de Ueno, onde vimos os templos Kiyomizu e Shinobazunoike. Almoçamos em uma pracinha de alimentação próxima ao parque. Seguimos para Asakuza para ver: Kaminarimon Gate, Nakamise street e o famoso Senso-ji. Por último, fomos até Shibuya para ver a Estátua de Hachiko – é muito bizarro, fica uma fila enorme e eterna para tirar foto com ela, e o cruzamento mais famoso do mundo: cruzamento de Shibuya. Atravessamos ali e as pessoas ficam loucamente atravessando milhares de vezes tirando foto e filmando; a vista da Starbucks é muito bacana, vale a pena tentar subir lá. Decidimos fazer um jantar low cost, e descobrimos um mercado igualzinho ao de Osaka a 250 metros do apartamento! 01/06/2018 – Yokohama e Kamakura Nosso primeiro destino era Yokohama, uma dica que um amigo do outro Felipe. Conhecemos Rinko Park; parque que fica logo na saída do metrô. Avistamos uma roda gigante imensa e uma escultura na Queen´s Square Yokohama, na entrada de um shopping. Saindo dali, pegamos o metrô e descemos em Chinatown, e caminhamos um pouco pelas ruas do bairro; e nossa última parada foi no Museu do Ramen, que definitivamente não vale a pena. A decoração da época é bem interessante, mas não tem muita coisa para ver por lá. Seguimos viagem para Kamakura, e infelizmente chegamos lá já era 4:00pm. Almoçamos rapidinho na estação, e chegamos no Kotoku-in, para ver o Grande Buda, às 4:40pm – quase hora de fechar. Depois de lá, nós caminhamos pela Komachi Dori até chegar no templo Tsurugaoka Hachiman-gu. Tem uma escadaria bem alta, e lá em cima é bem bacana – o templo é tão grande que mal cabe na foto. Vale a pena dedicar mais tempo a Kamakura – fomos embora um pouco tristes por ter chegado tão tarde. 02/06/2018 – Nikko Descobrimos neste dia que a viagem até Nikko é bem longa, mas fomos mesmo assim. Foi um percurso de pouco mais de 2 horas, e chegamos lá por volta do meio-dia. Na própria estação é vendido um free-pass para os ônibus que te levam para os principais pontos turísticos de Nikko. É legal se planejar bem pois são 3 opções de ticket (distância x valor), dependendo de onde você quer ir. Eu e o Felipe compramos o ticket de 1 a 2 dias, pois ele incluía a cachoeira Kegon – considerada a terceira mais bonita do Japão, e o outro Felipe e a Pati optaram por ir somente até o primeiro parque com templos, e voltar mais cedo para descansar para a Disney Sea no dia seguinte. Antes da entrada passamos pela ponte sagrada. Já dentro do parque visitamos juntos o Toshugo, que é onde fica o templo dos macacos (o que não vê, o que não fala e o que não escuta). Nós subimos até o topo, onde tem um santuário; é uma subida puxada mas vale a pena conhecer. Voltamos para o centrinho para almoçarmos juntos. De lá, a Pati e o outro Felipe voltaram para Tóquio, e eu e o Felipe seguimos para a cachoeira. O ônibus levou 40 minutos para chegar até a entrada, e estava fazendo um pouco de frio até pela altura em que estávamos. Descemos 100 metros de elevador, e lá embaixo tem uma estrutura de frente para a cachoeira e na altura da base dela. Não dá para mergulhar, mas vale super a pena visitar o local. Ela tem 100 metros e é muito bonita. Saindo de lá, iniciamos a volta para Tóquio. Mas para nossa surpresa, quando chegamos na estação de Nikko, ela estava interditada. Não entendemos muito bem o motivo, mas no fim das contas, tivemos que voltar uma estação a pé (e era bem pertinho) só que não estava incluída no JR Pass. Descemos na primeira ou na segunda parada, e andamos 15 minutos para chegar na linha da JR. O trem chegou e seguimos viagem. Durante o caminho, o trem fez uma parada e ficamos 30 minutos esperando (também não sabemos o motivo), e isso fez com que a gente demorasse bem mais para chegar em Tóquio. Nessa demora toda, a bateria do nosso wi-fi pocket acabou...então quando chegamos em Tóquio, jantamos antes de ir para o apartamento, novamente no restaurante de esteirinha. Encontramos com a Pati no caminho (ela tinha saído para comprar Mc Donald´s de janta para eles dois), então acompanhamos ela e depois voltamos juntos para o apartamento. 03/06/2018 – Tóquio Eu e o Felipe reservamos mais um dia para explorar Tóquio, enquanto o outro Felipe e a Pati foram para a Disney Sea. Nós seguimos para o Meiji Shrine, que fica um pouquinho longe do metrô, mas fica em um parque bem legal. Saindo de lá fomos para Harajuku, mas ficamos um pouco decepcionados pois não vimos nenhuma cosplay. Caminhamos pelos jardins do Palácio Imperial, e por volta da 1:00pm seguimos até Shimokitazawa, o bairro vintage. Encontramos um restaurante em uma rua paralela, e almoçamos por ali – era daquele tipo de restaurante onde você escolhe a comida na máquina, e entrega o ticket para eles fazerem. Já de noite, a Pati e o outro Felipe ainda não tinham chegado (a Disney Sea fica a mais ou menos 2 horas de Tóquio) então resolvemos sair e conhecer a noite em Shinjuku. Lá nós passamos pela Piss Alley, onde são vendidos vários espetinhos de tudo que você pode imaginar! São estabelecimentos minúsculos, onde as pessoas sentam no bar e ficam bebendo e comendo no happy hour. Seguimos até Kabukicho, o bairro do entretenimento noturno em Shinjuku. Lá nós vimos de tudo; desde jovens (ouso dizer crianças) bêbadas, até bares, restaurantes, karaokês e clubes noturnos bem coloridos e cheios de gente. Os estabelecimentos são gerenciados pela Yakuza (organização criminosa ou máfia japonesa), e existem várias recomendações para ter cautela na hora de escolher um lugar para entrar. Nós não presenciamos nada suspeito, mas tomamos o cuidado de escolher um restaurante mais afastado daquela bagunça toda...e adivinha? Era de esteirinha também. Caminhamos bastante pelas ruas, passamos pelo Hotel Gracery e avistamos a cabeça gigante bem de longe do Godzilla. Passamos também pelo Robot Restaurant, mas a entrada custa nada mais nada menos que 8.000 ienes (~USD 80), então nem consideramos entrar. Fomos abordados várias vezes por pessoas tentando nos convencer a entrar em restaurantes e bares, mas não demos muita bola e seguimos adiante. 04/06/2018 – Tóquio COMPRAS!!! Reservamos o último dia em Tóquio para fazer compras. Não queríamos nada de marca, mas sim souvenirs e a algumas comidinhas. Começamos pela nossa querida Don Quijote! Encontramos uma loja enorme de 7 andares em Shibuya, e ficamos a manhã toda ali. Compramos chocolate, um milhão de tipos de Kit Kat, alguns souvenirs e também algumas coisas para a casa. Encontramos uma caixinha da JBL super barata, que aqui no Brasil pagaríamos 200 reais a mais. A gente tinha milhares de sacolas nas mãos, então decidimos voltar para o apartamento antes de continuar. Almoçamos perto do apartamento, e a gente já estava azedo porque tomamos umas cervejas antes de sair. O almoço não estava muito bom não, mas continuamos a saga das compras. Descemos em Shinjuku e entramos na Bic Camera. O outro Felipe e a Pati ficaram um tempo por lá, mas a gente seguiu viagem e foi na Tokyo Hands, que é parecida com a Tok Stok do Brasil, só que quase desmaiamos quando vimos os preços das coisas – tudo muito caro. No mesmo shopping tinha uma loja de Kit Kat onde você pode pedir o seu chocolate personalizado; no final descobrimos que era um quiosque, e não tinha nada demais ali. Saindo de lá paramos na Daiso, em Harajuku, e compramos alguns souvenirs e coisas úteis para a casa. Eu e o Felipe jantamos em um sushi de esteira de novo, e compramos o café-da-manhã para comer no apartamento antes de ir para o aeroporto. 05/06/2018 – Tóquio > Narita > Guarulhos O nosso JR Pass era válido somente até dia 04/06, ou seja: a gente tinha que pagar o percurso Tóquio > Aeroporto de Narita à parte do passaporte. O ticket do shinkansen avulso é bem caro, assim como taxi e Uber também, então a alternativa foi ir até Narita de metrô local. Nosso vôo saía às 2:25pm de Narita, e considerando que o metrô local era mais lento que o shinkansen, a gente se planejou para sair bem cedo e evitar confusão no vôo da volta. Saímos do apartamento por volta das 09:00am – foi uma viagem de aproximadamente 2 horas, então tivemos tempo suficiente de despachar as malas, almoçar, gastar o resto do dinheiro com compras no aeroporto e embarcar tranquilamente. Nós quatro voamos juntos do Japão até o México, porém nosso vôo México > Brasil tinha 1 hora a menos de escala que o do outro Felipe e da Pati. Eles voltaram de Aeroméxico, e a gente de LATAM, e vou dizer que levamos todas as vantagens do mundo! O avião estava com a ocupação baixíssima, então conseguimos até deitar nos bancos que estava sobrando. A comida era muito melhor e sem molho de tomate, além de praticamente ter brasileiros no vôo.
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Pessoal, reparei que esta parte do forum anda um pouco parada, então não sei se o povo já não tem mais nenhuma dúvida sobre roteiros, ou se desistiram.. risos De qualquer maneira, vou compartilhar meu roteiro completo, depois de 7 meses de vivência no Japão. Num período de férias lá, peguei 10 dias pra andar com o trem bala/shinkansen pra cima e pra baixo. Em resumo, 10 dias é pouco para o Japão, sem sombra de dúvidas. Por outro lado, vejam a quantidade de coisas que é possível de se fazer pra quem só tem 10 dias! risos Passei por: - Tokyo - Osaka - Himeji - Nara - Kyoto - Hiroshima Se ajudar alguém: https://www.novocalculodarota.com.br/roteiro-pelo-japao-10-dias/ Abraço! bob.
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Japão: Hiroshima - um dia visitando a cidade
novoCalculoDaRota postou um tópico em Japão - Relatos de Viagem
Olá amigos Mochileiros, Replico aqui minha visita a cidade de Hiroshima, na minha segunda viagem ao Japão. O post completo fiz em: https://www.novocalculodarota.com.br/hiroshima-conhecendo-a-cidade/ Hiroshima (広 島) é mundialmente conhecida por um triste fato: em 6 de agosto de 1945 foi alvo da primeira bomba atômica. Lançada estrategicamente sobre a cidade – a princípio – como um teste. Afinal, nem os americanos criadores tinham noção exata do seu poder. Muitas pessoas relatam uma certa tristeza ao visitar a cidade. Porém, confesso que minha impressão foi totalmente diferente. Eu enxerguei: superação, reconstrução, dedicação e amor! Afinal, quem seria capaz de transformar Hiroshima no que é hoje, depois da bomba devastar quase dois quilômetros ao redor do seu epicentro? Os dedicados japoneses, é claro! Muitos relatos dizem que mesmo com as escolas destruídas, as aulas continuaram em Hiroshima ao ar livre um dia após o ataque! Educação sempre foi a base japonesa. Agora em 2017, vi estas pequenas indo pra escola numa das grandes avenidas de Hiroshima. Outro fato chocante para nós brasileiros: a segurança. As crianças pequenas vão em duplas para a escola (pelo menos). Sem a supervisão de um adulto. Uma cuida da outra. Pequenas estudantes indo para a escola em Hiroshima no Japão Os uniformes e chapéus ajudam a identificar mais facilmente os estudantes. Os menores carregam no pescoço um apito, e o tocam caso algum estranho faça uma aproximação má intencionada. Bomba atômica e a guerra: superação Esta não é uma história para ser esquecida. É para ser superada e aprendermos com ela para nunca MAIS repetirmos estes atos covardes. Durante a II Guerra Mundial os Estados Unidos desenvolveram o Projeto Manhattan: pesquisas para criação de um armamento poderoso sob a fissão do átomo. Muitos europeus de países que já tinham perdido a guerra, estavam também neste projeto que inicialmente tinha a Alemanha como alvo. Um primeiro teste desta bomba já havia sido realizado no deserto de Alamogordo no Novo México (EUA). Os Estados Unidos propuseram ao Japão uma rendição. O Japão não aceitou. E o resultado disto todos sabem. Nos jardins do Castelo de Hiroshima Em 6 de agosto de 1945 foi lançada a bomba atômica de urânio sob Hiroshima, que explodiu a 570 metros do chão. Uma imensa bola de fogo se formou no céu com uma temperatura maior do que 300.000 graus celsius que gerou a imensa nuvem no formato de cogumelo, esta nuvem alcançou mais de 18 km de altura. O resultado da bomba chamada de “little boy” lançada pelo bombardeiro B-29 apelidado de Enola Gay (que ninguém sabia o poderio até então) foi a devastação de mais de 2 km de área terrestre, causando a morte de 70.000 pessoas instantaneamente. O número total de vítimas com a radiação fez este número aumentar para mais de 200.000. Posteriormente também houve uma bomba lançada sobre Nagasaki, mais poderosa ainda. Porém, erros de cálculo para determinar o alvo a fizeram atingir uma área montanhosa (causando mesmo assim milhares de mortes). O Japão – através do seu Imperador – assinou a rendição em 2 de setembro de 1945. Irasshaimase! O que aprendemos com a Segunda Guerra Mundial? É difícil falar que houve algum aprendizado com um fato que dizimou milhares de pessoas em todo o mundo. Mas, podemos dizer que foi o último ato de destruição em massa. Com minha visita ao Japão, entendi que também se aprende com a dor. É incrível a devoção, dedicação e superação dos japoneses. Um povo que tinha de tudo para aderir ao coitadismo, e pelo contrário, tornaram-se uma potência mundial! É um povo que tem orgulho do que faz. Seja qual for a área, o japonês entra pra fazer o melhor! Desde o atendente de uma lojinha até o presidente de uma empresa. Você como cliente ou como turista percebe o prazer em ser bem recebido. Ao adentrar um comércio no Japão, você é recebido pela frase: “Irasshaimase” (いらっしゃいませ). Por TODOS os funcionários. TODOS! Em tradução livre, Irasshaimase significa “Bem vindo” ou “Prazer em recebê-lo.” Era nítida a satisfação em lhe atender bem no Japão. Apesar de óbvio, afinal, cliente feliz se torna fiel. Volta sempre, gasta mais e fica bom pra todo mundo. Num mercado cheguei até a ficar sem graça, porque todo funcionário que cruzava comigo cumprimentava-me com um Irasshaimase. E isso foi um choque, porque tinha acabado de vir do Brasil, onde a área de serviços em geral sofre. Alguns atendentes são trabalhadores temporários que estão esperando uma oportunidade para migrar para outra função. É lógico que existem exceções e já fui muito bem tratado aqui. Mas, confesso que é rara exceção. Já perdi a conta da quantidade de vezes no Brasil chego a uma caixa de supermercado, dou um boa noite e como resposta recebo uma bela cara emburrada ou ouço a pessoa se lamentando de quanto tempo falta pra encerrar seu expediente! No Japão há um orgulho. Estou aqui para fazer o meu melhor! Recebo o meu salário e vou fazer de tudo para tornar sua experiência na minha loja o melhor possível! E isso funciona! Eu AMO ouvir Irasshaimase toda vez que entro num comércio ou casa de lamen. Sua experiência começa boa desde a porta de entrada! Cidade de Hiroshima Bom, voltando ao assunto do tópico, vamos falar de Hiroshima! Uma cidade que tinha recebido o título de inabitável devido à radiação, hoje abriga mais de um milhão de habitantes. Desde a nossa chegada, achei a cidade organizada e encantadora! A reconstrução da cidade foi muito bem executada. É um lugar com muitos canais e várias pontes. Uma das principais pontes da cidade inclusive foi o alvo da bomba atômica, para cercar a população e seu exército. Alguns monumentos que haviam sido destruídos foram reconstruídos. Como é o caso do Castelo de Hiroshima que também visitamos. O bonde de Hiroshima Um meio de transporte muito comum para circular pela cidade é o bondinho, também chamado de tram. Símbolo da resignação, voltou à circulação 3 dias após o ataque da bomba atômica! Até hoje a linha e os bondes cinza, verde, azul e marrom estão em circulação em Hiroshima, já são mais de 70 anos de história. Tram – Bondinho de Hiroshima em circulação a mais de 70 anos! E não é um transporte apenas turístico. Encontramos vários executivos indo ao trabalho nestes bondes! O baixo custo também ajuda a explicar esta adoração. Você sobe no bonde e desce em qualquer estação atendida por ele, por apenas ¥ 160 (o pagamento é na saída e existe uma máquina dentro que troca suas notas por moedas dentro do bonde). Outra opção é comprar o one-day pass que custa ¥ 600 e você pode usar livremente o dia inteiro. Na saída do nosso hotel inclusive, vimos um bonde todo estilizado e comemorativo: Bonde de Hiroshima Uma das nossas primeiras paradas com o bonde, foi o parque do Memorial da Paz. Parque Memorial da Paz de Hiroshima O Hiroshima Peace Memorial (広島平和記念碑 Hiroshima Heiwa Kinenhi) é um parque construído no local onde foi lançada a criminosa bomba atômica. Hoje em dia, dezenas de esculturas, edificações e obras que remetem à paz neste parque. É um passeio que pode levar horas e horas para refletir sobre o ocorrido. Uma das pontes que foi o alvo da bomba atômica O principal destaque é o A-Bomb Dome (原爆ドーム Genbaku Dōmu), a cúpula da bomba atômica. Em 1996 foi reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO (vejas outros que já visitamos). É a única construção que resistiu ao ataque no seu epicentro e até hoje está preservada. Muitos imaginam que ela era uma construção militar, mas na verdade era um edifício da Prefeitura de Hiroshima relacionado ao conglomerado das indústrias e construído em 1915. A-Bomb Dome em Hiroshima Todos os anos, em 6 de agosto, precisamente as 08:15 hs (momento exato da detonação) é realizada uma cerimônia com um minuto de silêncio em homenagem as vítimas da bomba atômica. Ao todo, mais de 200.000 vidas foram ceifadas – incluindo as vítimas da radiação. Detalhes da cúpula do Atomic Bomb Dome em Hiroshima O Japão faz um trabalho recorrente de manutenção para manter este edifício em pé, corrigindo infiltrações e fazendo tratamento com resina. É um importante símbolo da resistência. Na mesma praça, visitantes também são convidados para tocar o Sino da Paz. Chegamos no mesmo momento de uma excursão, e os estudantes balançaram juntos o grande pendulo que batia no sino, resultando num relaxante som: Sino da Paz em Hiroshima Ao circular pelo parque, encontramos vários senhores e voluntários que contavam a história da guerra em vários idiomas. O acesso ao parque é totalmente gratuito, apenas é cobrada entrada para visitar o museu da paz. Como chegar ao Parque do Memorial da Paz Utilize o bondinho e desça na estação Genbaku-Domu Mae. É uma viagem de 15 minutos a partir da Hiroshima Station. Dias e horário de funcionamento: Parque: todos os dias, 24 horas por dia Hiroshima Peace Memorial Museum: todos os dias, 08:30 hs a 18:00 hs Taxa de visitação: Parque: totalmente gratuito Hiroshima Peace Memorial Museum: ¥ 200 Hiroshima-jo: o Castelo de Hiroshima Caminhamos para as proximidades do Castelo de Hiroshima (広島城, Hiroshimajō) num lindíssimo dia de sol. O céu de Hiroshima é surreal e fantástico. Em todos os dias da minha visita fiquei impressionado. As nuvens são diferentes. É difícil achar uma palavra para descrever. Também conhecido como o Carp Castle: Castelo da Carpa, foi construído em 1589! Porém, foi destruído pela bomba atômica e posteriormente reconstruído. Logo na chegada conhecemos o Ninomaru, esta belíssima casa de guarda e segundo círculo de defesa. Todo o terreno é protegido por um fosso que rendeu este belo reflexo: Ninomaru – A casa de guarda do Castelo de Hiroshima Assim como foi comum em alguns lugares que visitamos no Japão, o lugar estava passando por pequenas reformas. Por este motivo, decidimos não entrar e seguir nossa viagem! O exterior do Castelo de Hiroshima já pagou a visita, é impressionante! O Castelo de Hiroshima Muito próximo ao castelo (10 minutos de caminhada) vale a pena conhecer o Shukkeien Garden, também conhecido por “shrunken-scenery garden”. Um jardim com montanhas e florestas em miniatura. Outro marco da cidade é o Mazda Museum, localizado até hoje no mesmo lugar da criação da empresa em 1920. Lá existe um museu com vários carros antigos, que infelizmente não visitamos porque já estávamos de partida para a incrível ilha de Miyajima. Saindo do Castelo de Hiroshima Como chegar ao Castelo de Hiroshima Caso esteja com o bondinho, desça na estação Kamiyacho-nishi ou Kamiyacho-higashi. O castelo também está a uma caminhada de dez minutos do Shukkeien ou do Parque da Paz. Dias e horário de funcionamento: Todos os dias 09:00 hs a 17:30 hs (de abril a setembro) 09:00 hs a 16:30 hs (outubro a março) Taxa de visitação: ¥ 370 (para entrar no castelo) O jardim e os arredores são totalmente gratuitos. Veja também o site oficial do Castelo de Hiroshima. A lenda dos 1000 tsurus Para entender a lenda dos tsurus (origamis), faço um resumo da história de Sadako Sassaki (que possui uma estátua em sua homenagem no Parque da Paz). Sadako era uma criança sobrevivente da bomba atômica que nunca perdeu sua ternura e não faltou nenhum dia na sua escola primária. Chegou a tornar-se atleta no ensino médio, mas viu sua saúde diminuir com uma leucemia aos 12 anos de idade. Seus amigos então, fizeram 1000 origamis/tsuru no formato de grou (uma grande ave). Os 1000 grous em papel colorido (um pássaro que se assemelha a uma cegonha ou uma garça) enfeitaram o quarto de Sadako e então lhe foi dita a lenda: “Se fizer 1000 grous de papel, seu desejo se tornará realidade” Cheia de esperança, ela começou a dobrar os origamis. Passava noites com dor e febre, dobrando seus tsuru na esperança de sobreviver. Muito fraca, infelizmente não teve forças para dobrar seus mil pássaros. Faleceu aos 12 anos, dez anos depois da explosão da bomba atômica. Seus amigos da escola dobraram os tsuru que faltavam para que fossem enterrados com ela. Desde então, é muito comum ver tsurus por todo o Japão e especialmente em Hiroshima. Aqui vimos esta homenagem na calçada de um famoso hotel nos arredores do parque: A lenda dos 1000 Tsurus de Hiroshima Ao invés de guerra, vimos momentos de muita paz e aprendizado na visita. É sabido que a guerra tira o discernimento da pessoas. O lado japonês também estava fora de controle, você conhece a história do americano que foi enjaulado no Zoo de Ueno? Como chegar na cidade de Hiroshima no Japão? Viemos diretamente de Tokyo com o Shinkansen Nozomi / Kodama (trem bala). A distância entre Tokyo e Hiroshima é de 810 km. Mas a viagem leva em torno de 5 horas por incríveis paisagens. Você pode utilizar o JR Pass para economizar nesta viagem, que vou explicarei num tópico a parte. Outras cidades próximas: – distância entre Hiroshima e Osaka: 330 km – distância entre Hiroshima e Kyoto: 360 km Confira também o mapa da região central da cidade. Obrigado Hiroshima, por tudo que nos ensinou! Vocês serão um exemplo que carregaremos para toda vida! Arigatou gozaimasu! Hiroshima! Arigatou gozaimasu! (obrigado) -
Adiei um tempo minha contribuição aqui no forum mas é aquela coisa: antes tarde do que nunca. Ao todo foram 28 dias de viagem. 24 no Japão, 2 dias em Dubai e 2 dias em trânsito. Roteiro São Paulo ⇒ Dubai (Conexão) Dubai ⇒ Tóquio Tóquio ⇒ Yokohama Yokohama ⇒ Fuji Fuji ⇒ Takayama Takayama ⇒ Kyoto Kyoto ⇒ Osaka Osaka ⇒ HIroshima Hiroshima ⇒ Tóquio Toquio ⇒ Dubai (stop over) Dubai ⇒ São Paulo Viajamos pela Emirates. Uma baita de uma Cia Aérea. Compramos as passagens numa promoção que eles lançaram em abril. Saiu uns 2.5k pra cada. Com taxas e tudo. Ou seja, um negoção.. Japão Internet Não dá pra cair na bobagem de ficar sem internet num país onde você não entende um “i” da lingua. Então um pocket wifi é um investimento obrigatório pra vc viver o Japão na sua plenitude. A internet é uma bala, ele é bem pequeninho e conecta até 10 aparelhos. Contratei a Japan-Wireless. Pedi para que eles enviassem o wifi para o meu hotel em Tóquio e devolvi enviando pelos correios no aeroporto de Narita no último dia de Japão. Dá pra resolver tudo em inglês. O site e o email vão aí embaixo. https://medium.com/japan-wireless cs@japan-wireless.com Grana “Show me the money.” É amigo mochileiro, amiga mochileira. No Japão, fazendo muito esforço, vc até usa cartão. Mas o negócio lá é dinheiro. grana. bufunfa. Então é trocar os realitos aqui no Brasil por yen e seguir viagem. Fui com toda grana numa doleira. Me cagando de medo, não tanto de ser roubado, mas de perder. Ia ser difícil pedir esmola em japonês. Comida Se você não se faz de rogado diante de um prato de comida, você é como eu. E você vai amar MUITO o Japão. No geral, muitos restaurantes tem cardápio em inglês. Mas na boa, é muito mais divertido pedir um troço que você não faz ideia do que seja. Na maioria das vezes eu olho o que a mesa do lado está comendo, se for com a cara do prato, peço a mesma coisa. Mas relaxa. Se vc é desses que não gosta de se aventurar pela mundo da gastronomia. O Japão também tem todas as grandes redes de fast food e restaurantes do mundo. Então vai tranquilo que vc não vai passar fome. Preços Em geral as coisas são bem mais caras. Comida, transporte e hospedagem vão sangrar bastante o seu orçamento. Mas nada como jantar um Cup Noodles um dia ou outro pra ajudar a equilibrar as finanças. Alguns preços: Garrafinha de Água - até ¥150 / R$4 Lata de cerveja - até ¥300 / R$7 Big Mac - até ¥400 / R$11 Bom Almoço - ¥1000 / R$30 Atrações - até ¥500/ R$15 Obviamente essa cotação varia. E os preços tão chutados para cima. Claro que da para encontrar esses itens por um preço mais barato. A dica é fazer sempre pequenas compras em supermercados. São sempre muito mais baratos que as konbinis e os restaurantes. Temperatura Fomos em outubro. Outono. Folhas vermelhas. Clima ótimo. Como rodamos muito pelo país, pegamos temperaturas variadas. Máxima de 30 e mínima de 9 graus. Lendo em alguns foruns, foi totalmente desaconselhado ir no verão. O calor é simplesmente insuportável. Pegamos alguns dias de muita chuva, mas nada demais. Japoneses Já falei que eles são educados? Já. Mas não custa repetir. Se vc perguntar qlq coisa a um japonês, ele vai fazer de tudo pra te atender. Mesmo não entendendo nada do que você diz. Em geral, eles trabalham MUITO. E não é difícil ver gente dormindo no metrô, em banco de praça e até caidão na calçada. Falando em metrô, tinha lido antes de viajar que os vagões costumam ser bem silenciosos. Mas eu nunca imaginaria que seria tanto. Ninguém fala nada. Todos os celulares estão em modo silenciosos. E todos fazem de tudo para não incomodar o a pessoa que está ao lado. Os próprios japoneses consideram as pessoas da região de Osaka os mais extrovertidos. E de fato são. Adoram bater papo e quando sabem que é brasileiro já mandam um Ronaldo, Pele, Neymar e cia. JR Pass Na internet tem um caminhão de informações sobre o JR Pass. Então vale dar uma lida e entender se ele é válido para vc. Como andamos milhares de quilômetros pelo pais. Saiu muito em conta. Compramos os bilhetes que eram válidos por 14 dias. Então enquanto estávamos em Tóquio e Yokohama, não validamos o nosso . Mas assim que fomos para Fuji, validamos num posto que fica dentro da Estação de Yokohama. Várias Cias. operam no metrô do Japão e o JR não vale para todas. Então eventualmente você vai ter que gastar com bilhetes e tickets de metrô. Principalmente dentro das cidade. Ah, e tb não dá para usar em todos os trem bala que operam. Comprei um na Tunibra, agência de turismo que fica na Liberdade http://www.tunibra.com.br/ e o outro nesse site: https://goo.gl/n25nxK [/b]Tóquio No começo assusta um pouco. Olhar praquele tanto de outdoor e letreiro luminoso e não entender puerra nenhuma dá uma aflição. Mas graças ao São Google. Tudo se arruma. Chegamos no aeroporto de Haneda às 3h da manhã. Uma horário de merda. Nas pesquisas, já vimos que taxi seria uma coisa inviável. Sério, é caro pra cacete. Só pra vc sentar o bumbuzinho na poltrona e dizer: konichiwa, você paga ¥700, uns 21 reais. E do aeroporto para o hotel, segundo o google, daria uns 400 reais. Então a única opção viável seria dormir no aeroporto e esperar amanhecer o metrô abrir. Mas então descobrimos o Bus Limousine. Um serviço de ônibus que passa por vários pontos importantes da cidade e que por pura sorte, passaria perto do hostel. https://www.limousinebus.co.jp/en/bus_services/haneda/index Em que região ficar? Ficamos em Asakusa. Por que? Como o transporte público abrange a cidade inteira. Decidimos ficar numa região não muito cara, mas que fosse relativamente próxima de alguns pontos turísticos interessantes. Asakusa é tudo isso. Bairro cheio de comércio. restaurantes, bares. Muita gente na rua o tempo inteiro. Recomendo muito. Ah, ficamos no Bunka Hostel. Um Hostel que também é um bar e restaurante. Novinho, com café da manhã e atendentes que falam inglês. Aqui aproveito pra fazer um comentário sobre isso. No Japão, muita gente fala inglês. Eles estudam na escola e etc. Mas acontece que eles “ajaponezam” o inglês e aí é quase impossível entender o que os caras estão tentando falar. Por sorte, eles são MEGA educados e pacientes. Então repetem mil vezes se preciso. Até você entender ou desistir. A cidade é foda. Tudo funciona. Apesar do corre-corre. Os japoneses são extremamente educados e atenciosos. Sempre que nos perdemos nas estações de metrô, sem que precisássemos pedir, alguém aparecia para ajudar. Ficamos 8 dias. Deu pra conhecer MUITA coisa. Cada bairro em Tóquio tem uma vida própria. E como a cidade é extremamente segura, dá para andar muito por lá. Tem assalto? Óbvio. Mas a gente que é formado na Escola Brasil, sente logo a diferença. Ah, e no Japão vale ir nos pontos turísticos. Eles vão estar sempre repletos de japoneses. Excursões das escolas e etc. Não tem "pega turistas". O japonês vive seu país plenamente. Museus, templos, torres, bares, restaurantes e etc. Sempre vão ter muuuuuitos japas. Ah, uma dica legal para fazer em Tóquio é alugar uma bike o dia inteiro e sair pedalando. Bunka Hostel https://goo.gl/vGr8Mv Algumas atrações que fomos: Akihabara Parque Ueno Senso-ji Temple Hoppy Street Tsukiji Fish Market 3h Palácio Imperial Shimbashi Area Ginza Area Disney World Shinjuku Station (Kabukicho) Shin-Okubo Koreatown Shinjuku Gyoen Meiji Shrine Zauo Restaurant Shinjuku Golden Gai Bar / Omoide Yokocho Harajuko Omotesando Avenue Shibuya Station Shibuya Crossing Hachiko Statue Center Gai / Grandfather's Odaiba (Miraikan Museum, DivertCity Tokyo Plaza) Tokyo Skytree Kabuki Theater Com o tempo vou postando fotos e dicas das outras cidades. Qualquer dúvida é só perguntar Abraço