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  1. O protocolo de entrada de pessoas em Fernando de Noronha tem mudança a partir da sexta-feira (15), quando deixa de ser necessária a apresentação do resultado de teste para Covid-19 antes do embarque para a ilha. A alteração foi divulgada pela Administração da Ilha nesta quarta-feira (13). O governo do estado informou, ainda, que continua sendo obrigatória a apresentação da carteira digital de vacinação com, pelo menos, duas doses da vacina. Para pessoas com 55 anos ou mais, também é necessária a comprovação da dose de reforço do imunizante. Outra mudança no atual protocolo de entrada na ilha é a exigência de, pelo menos, uma dose da vacina para adolescentes de 12 a 17 anos. Crianças até 11 anos não precisam apresentar carteira de vacinação contra a Covid-19. Fonte: https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/pe/pernambuco/blog/viver-noronha/post/2022/04/13/fernando-de-noronha-dispensa-apresentacao-de-teste-para-a-covid-19-antes-do-embarque-para-a-ilha.ghtml
  2. Viagem feita em janeiro de 2020 em casal. Escrevi esse relato porque achei Noronha um lugar muito surreal: de lindo, de fantástico e de caro. Eu quero muito voltar em Noronha e quero ajudar quem quer viajar e deseja mais autonomia e economia financeira. Este relato está dividido da seguinte forma: Dicas e informações gerais Tabela de gastos Roteiro resumido Mapa Roteiro detalhado Restaurantes 1. DICAS E INFORMAÇÕES Preços de Noronha: é tudo surreal de caro. Eu entendo que é uma ilha longe, de difícil acesso o que encarece a chegada de alimentos e materiais por ter que incluir o frete nisso. Também entendo que devemos preservar a natureza e devemos investir dinheiro nisso. Mas não vamos ser ingênuos, não é só por isso que é caro. Esse lugar é uma máquina de fazer dinheiro tanto para o governo quanto para muitas pessoas. Só acho que essa grana tem que ser retornada em benefícios para o meio ambiente e para a população. Principais conselhos antes de viajar: Fique rico ou não seja fresco! Se não der para ficar rico, não seja fresco. É tudo bem caro! Mas sem frescura dá para economizar e viajar de boas. Seja independente! Faça os passeios sozinhos. Leia sobre o local e vá às praias sozinho. Não precisa de guia para a maior parte das coisas. Leve água e comida. Nós levamos uma bagagem inteira, 23kg, só de mantimentos. Levamos água mineral, Gatorade, Vinhos, queijos e demais coisas para lanchar e fazer café da manhã (nossa hospedagem não tinha café). Isso não foi suficiente, faz muito calor e bebemos muita água. Mas deu uma ajudinha. Repelente. tem muito mosquito, MUITO! Tênis velho ou aqueles sapatos próprios para molhar. Tem muitas trilhas por matas e por pedras, é muito desconfortável fazer com chinelo. Nós levamos chinelo e tênis todos os dias. Leve uma mochila grande para levar para a praia. Tamanho de Noronha - a ilha tem 23km2 e 3 mil moradores. Ou seja, é um ovo! Para ter noção, Ilha Grande-RJ tem 190km2. O que quero dizer é que é perfeitamente possível fazer tudo andando. É tudo muito perto! É claro que para otimizar o tempo e fugir do sol, é bom pegar ônibus as vezes. Mas, chegando lá, vocês vão ter a dimensão de quão pequena é. Passagem aérea - quando você olhar nossa tabela de gastos vai ver que o preço da passagem saiu bem barato (uns 650 para cada). Saiu esse preço porque ganhamos uma passagem grátis da Gol. Quem é Cliente Diamante da Smiles tem direito a uma passagem grátis por ano para qualquer lugar do Brasil. Na verdade, você compra uma passagem ida e volta e ganha um acompanhante de graça. O preço estava uns 1300 reais por pessoa, o que já é um preço bom, mas saiu pela metade disso ao ganhar a passagem grátis. Esse negócio de ser cliente Diamante é muito bom!!! Além da passagem grátis, tem acesso a sala vip com acompanhante nos aeroportos quando está voando de gol ou companhias aéreas parceiras. Eu não tenho maturidade para sala vip e sempre saio cheia dos drinks. Outro benefício é poder despachar 3 bagagens gratuitamente sempre, poder sentar nas cadeiras confortos e ter embarque prioritário. Por tudo isso, a gente sempre transfere as milhas do cartão de crédito para o Smiles. Para ter sempre muitas milhas eu compro tudo no cartão de crédito, até um cachorro quente vai no crédito sempre! Taxa de preservação - Custa cerca de R$75 por dia. Você pode preencher o formulário e pagar na hora que chegar no aeroporto. Ou pode fazer tudo online, imprimir e só mostrar no aeroporto. (Obs: suuuuuuper ecológico ter que imprimir esses papéis!!!) O site para fazer online: http://www.noronha.pe.gov.br/turPreservacao.php Taxa de acesso ao parque - Teoricamente, não é obrigatório. Mas, a maioria das praias exige, logo você vai ter que pagar. Custa R$111, e você pode fazer pessoalmente ou pagar online, imprimir (!!!) e retirar a carteirinha lá em Noronha. O site deles: https://www.parnanoronha.com.br/ingressos Palestras no projeto Tamar - todos os dias às 20h. Às quartas é sobre golfinhos. Terças eu acho que é sobre tartarugas. São todas gratuitas e duram 1 hora. Alugar carro - tudo depende do quanto você quer gastar. Um aluguel de um Buggy custa em torno de 300 reais a diária e a gasolina custa 7,70 o litro. Tem opção de outros carros também, mas o Buggy é o mais comum. É claro que um carro oferece mais autonomia, mas é a opção mais cara e te inviabiliza de beber, pois tem blitz de tarde e de noite frequentemente. Inclusive, é imprescindível estar com a CNH. Usa o Ônibus - foi a opção que escolhi. O ônibus custa 5 reais e passa de 30 em 30 minutos. Ele te leva para todos os lugares da ilha, mas é claro que não vai te deixar na porta, você vai ter que andar um pouquinho, coisa de 2, 5 ou no máximo 10 minutos. Taxi - o táxi tem o preço tabelado e é bem caro. Varia de 20 a 50 reais no máximo. Se você fizer uns 5 deslocamentos por dia, ainda vai sair mais barato que alugar um carro. Pegamos taxi algumas vezes também. Deslocamento do aeroporto para a sua pousada - primeira dica: NÃO USE O TRANSFER GRATUITO! Use o taxi que custa 30 reais e vai demorar 5 minutos. A maioria das pousadas oferece um transfer gratuito. Na verdade, é uma empresa de turismo que oferece esse serviço. E o que eles ganham com isso? Reserva de passeios! Eles vão tentar fechar todos os passeios com você, te encher o saco! Fora que eles precisam esperar a van encher, então só vão sair do aeroporto depois que TODOS os passageiros desembarcarem. E você pode dar o azar de ter que esperar um outro voo pousar. Além disso, vai ser aquela peregrinação, passando de pousada em pousada, para deixar todos. Sério, em relação a tudo que você vai gastar durante sua hospedagem na ilha, invista 30 reais e fuja desse transfer free. Passeio Ilha Tour - custa uns 250 reais. É um passeio que dura o dia inteiro e te leva em quase todas as praias. É uma espécie de reconhecimento da ilha. Acho que só vale a pena para quem chega na ilha completamente perdido, sem ter lido nada. Eu entendo, nem todo mundo tem tempo para programar a viagem e tal. Mas, no geral, eu acho um desperdício de tempo e dinheiro. Para quê vai conhecer um pouquinho de cada lugar e depois vai voltar nós mesmos lugares nos dias seguintes? Fora que é bom ter autonomia de ficar o tempo que quiser em cada praia... Passeio de canoa - custa em torno de 180 reais. O passeio sai às 5h da manhã da praia do Porto para ver o amanhecer. Vão 12 pessoas remando por 2 horas. Depois de ver o nascer do sol, remamos para a Praia de Conceição para ver os golfinhos. Então, vou contar a minha experiência! Estava muito animada para este passeio. Na verdade, foi o único que fiz. Vi várias fotos e relatos lindos do passeio. Eu amo nascer e pôr do sol, então estava muito animada. Reservei com antecedência e no dia.... Choveu pra kct!!!! O pior foi que não choveu em mais nenhum outro momento da minha estadia em Noronha. Além de chover muito, tinha muita nuvem e não deu para ver o nascer do sol. Ok! Demos meia volta e fomos ver os golfinhos na região onde eles passam. Ficamos uma hora esperando mas eles deram um "bolo" na gente e não apareceram. Não tem como ficar pior? Tem sim! O mar estava mega agitado, balançando muito o que me deu um enjôo terrível! Imagina só... Você no meio do mar, não podendo voltar, com chuva na cabeça, enjoada... Algumas pessoas aproveitaram para mergulhar no mar enquanto estávamos parados. Eu, obviamente, não mergulhei, fiquei com medo de estragar o mergulho deles vomitando na água. Fui firme e não vomitei. Eu nunca tinha remado na vida,acho que o ponto positivo foi aprender a remar em equipe. Bem, apesar da minha história não ter sido boa, eu tenho certeza que é um passeio de grande potencial. Mergulho de cilindro - eu ouvi que custa em torno de 500 reais. Acho que não vale muito a pena porque o mar de Noronha é muito claro, com ótima visibilidade. Diversas pessoas contaram que viram mais coisas e foi mais interessante o mergulho com snorkel em águas rasas. Fora que se você nunca mergulhou de cilindro na vida, é sempre bom avaliar. A pressão incomoda bastante e nem todo mundo se acostuma bem com a respiração. Eu não mergulhei, até porque achei que tinha mais coisas interessantes para ver em terra firme, nas praias, nas trilhas. Aluguel de equipamentos - levamos snorkel mas na maioria das praias eles alugam. Na praia do Sueste era 25 reais o kit (snorkel, nadadeira e colete). Deslocamento entre as praias - (olha para o mapa para você entender) você consegue ir andando da Praia Cacimba do Padre até a Praia da Conceição beirando a costa, andando pela areia e subindo as pedras. O que separa uma praia da outra são pedras. É tranquilo de passar na MARÉ BAIXA!!! Na maré alta não! É imprescindível olhar a tábua de marés para se guiar. Quando fomos, a maré baixa era na parte da tarde, o que se enquadrou bem no nosso roteiro. Massss, evite passar pelas pedras de chinelo porque escorrega, eu mesma levei um tombo. Também não vá descalço porque é muito quente, vai machucar seu pé e você pode pisar em algum bichinho. Se no percurso você gostar de uma praia e quiser terminar o dia nela, sem problemas, todas essas praias tem saída por trilha e são trilhas bem pequenas, super perto das estradas. O único trecho que não fiz porque parecia mais complexo é entre a Praia do Boldró e a Praia da Conceição. São cerca de 800 metros e leva 30 minutos para atravessar. Olha, eu não sou muito corajosa e só faço o que tenho bastante confiança e por isso não atravessei, mas muita gente vai achar tranquilo. Essa imagem acima é da Praia do Bode (inclusive, é daí que o pessoal fica para ver o pôr do sol lindíssimo), nessa parte fica uma piscininha natural. Essas pedras separam a Praia do Bode da Praia do Americano. É só para mostrar como são as pedras que separam uma praia da outra. Hospedagem - Esse é um ítem complexo. Lá é tudo caro e bem simples. É claro que tem umas pousadas chiques mais são absurdamente caras. É aquela lei básica: quanto mais você paga, melhor é a qualidade. Quanto a localização, é tudo bem pertinho. Não acho que esse seja um fator primordial. Nós optamos por ficar em uma suíte de uma casa de família. Não tinha café da manhã, a residência era humilde, mas os quartos têm uma vista para o mar incrível e que nos conquistou. Foi essa aqui: https://www.booking.com/hotel/br/suite-domiciliar-em-fernando-de-noronha.pt-br.html 2. TABELA DE GASTOS 2 pessoas 1 pessoa Passagem aérea 1270 635 Hospedagem 1600 800 Taxa ambiental 606 303 Parque 222 111 Táxi 170 85 Ônibus 120 60 Restaurante 820 410 Água 90 45 Cerveja 75 37 Passeio e equipamentos 410 205 TOTAL 5383 2691 2.1. TABELA DETALHADA DOS GASTOS Dia 1 2 pessoas 1 pessoa Táxi aeroporto 30 15 Ônibus 30 15 Cerveja 30 15 Jantar no Varanda 250 125 Táxi (volta do Varanda) 25 12 Dia 2 Táxi 85 42 Almoço no Bar das Gêmeas 150 75 Água 30 15 Ônibus 10 5 Dia 3 Ônibus 40 20 Aluguel de equipamentos 50 25 Almoço na Maezinha 60 30 Bebida 20 10 Jantar no Xica da Silva 220 110 Dia 4 Ônibus 40 20 Almoço no Emporio Sao Miguel 80 40 Cerveja 45 22 Dia 5 Passeio de Canoa 360 180 Almoço na Maezinha 60 30 Táxi aeroporto 30 15 Café no aeroporto 40 20 3. ROTEIRO RESUMIDO: Algumas coisas não saíram exatamente como eu tinha planejado, mas eu acho que o roteiro ideal e bem completinho é esse abaixo que eu vou mostrar: Dia 1: - chegada no aeroporto (16h) - malas na pousada - ida até a ICM Bio para pagar a taxa e para agendar o passeio do Pontal do Atalaia - pôr do sol na praia do Bode Dia 2: - Mirante dos Golfinhos - Mirante Dois irmãos - Praia do Sancho - Praia da Cacimba do Padre - Baía dos Porcos - Praia do Bode - Praia do Americano - Praia do Boldró - Pôr do Sol no Mirante do Boldró Dia 3: - Praia do Leão - Praia do Sueste - Praia do Cachorro - Buraco do Galego - Praia do Meio - Praia da Conceição - Por do sol: bar do meio ou na praia da Conceição Dia 4: - Trilha no Atalaia - Mirador Air France/ Capela / Praia do Tubarão / Enseada das Caieras - Praia do Porto - pôr do sol: Forte de Nossa Senhora dos Remédios Dia 5: - Nascer do sol de canoa 5h - dormir até o check out da pousada - almoço - aeroporto 4. MAPA No mapa abaixo estão localizados todos os pontos turísticos e separados por cor cada dia. Os restaurantes estão na cor vermelha. E os locais de pôr do sol na cor amarela . https://drive.google.com/open?id=1EAiu0X-cIhENWWRJyTV_6ZLGJpI6Gzhg&usp=sharing 5. ROTEIRO COMENTADO Agora, vou explicar e comentar o roteiro. Dia 1: - chegada no aeroporto (16h) - pegamos o táxi por 30 reais. Já expliquei a furada do transfer free. - malas na pousada - ida até a ICM Bio/Projeto Tamar para pagar a taxa e para agendar o passeio do Pontal do Atalaia: pegamos o ônibus que deixa bem na porta da ICM Bio. Já tínhamos realizado o pagamento pela internet, levamos os comprovantes e retiramos as carteirinhas. Lá é onde são agendados os passeios/trilhas que possuem limite de pessoas. Queria muito fazer o Atalaia mas infelizmente estava tudo lotado pelos próximos 5 dias. Então, não consegui agendar. - pôr do sol na praia do Bode. Na verdade, nós passamos o primeiro pôr do sol no Mirante do Boldró, mas por uma questão de logística, é mais inteligente inverter. Tanto a praia do Bode quanto o Boldró ficam próximos da ICMBio e dá para ir a pé tranquilo. A praia do Bode possui umas pedras em que dá para ver um belíssimo pôr do sol. No dia que fomos tinha dois casais fazendo fotos com fotógrafo. A praia possuía apenas uma pequena barraca vendendo bebidas naquele preço padrão: Cerveja long neck: 15 reais Refrigerante lata ou garrafa de água: 10 reais. Na volta, é só andar até a ICMBio e pegar o ônibus. Ou esperar e assistir as palestras do projeto Tamar que ocorrem todos os dias às 20h. Pôr do sol na Praia do Bode Dia 2: - Mirante dos Golfinhos: o melhor horário para ver golfinhos é em torno das 7h da manhã. Mas tem gente que foi às 10h e conseguiu ver. Chegamos às 9h e não vimos nada. Lá fica uma monitora do parque e disse que eles não haviam aparecido nem mais cedo. Entretanto, segundo ela, a taxa de aparecimento de golfinhos é de 90%. Ou seja, bem alta. Nós que demos azar mesmo. Ela empresta binóculos para observação. Ficamos uns 30 minutos esperando e decidimos seguir nosso roteiro. A partir do Mirante dos Golfinhos tem uma trilha que beira a encosta e é linda. Essa trilha vai até o Mirante dois irmãos. - Mirante Dois irmãos: você pode ir na praia do Sancho antes de ir nesse Mirante. Optamos por ir no Mirante primeiro porque tínhamos que esperar dar o horário de descida. Esse é o Mirante mais lindo de todos! É daqueles que você chega e fala "uauuuu!!!!". É o cartão postal de Noronha. - Praia do Sancho: acho que é a praia mais famosa de Noronha, talvez do Brasil. Ficamos muito tempo admirando a praia do alto e vendo os tubarões! Gente, que agonia! Como a água é muito clarinha, eles ficam bem visíveis. E eles ficam na parte rasa, do lado de banhistas. Os monitores juram que eles não atacam banhistas porque são muito bem alimentados com os cardumes. Outra informação importante. O acesso à essa praia é bem ingrime e apertado. Eu achei tranquilo, mas eu nunca levaria uma criança ali. É bom avaliar suas condições físicas. Outro ponto é que existem horários específicos para subir e para descer. A praia é maravilhosaaaaa!!! Mas não possui nenhuma infra estrutura, não tem aluguel de barraca ou venda de bebidas, por exemplo. Horários de descida e subida da Praia do Sancho - Praia da Cacimba do Padre: andando, em 15 min você chega na Cacimba do Padre, uma praia bem linda também. Tem uma faixa de areia bem extensa. No dia que fui, o mar estava agitado, com muitas ondas. - Baía dos Porcos: pela Cacimba do Padre você acessa essa área. Lá tem umas piscinas naturais lindaaaas, mas nós não fomos lá, só vimos do alto. A gente ficou com medo porque o mar estava um pouco agitado e o acesso é pelas pedras, mas acho que rolava ter descido sim. Nessas piscinas naturais não tinha faixa de areia (talvez tenha em outras épocas do ano), só pedras mesmo. Pelo mesmo acesso à Baia dos porcos tem um pico lindo, bem de frente para o morro dois irmãos. Nesse lugar você vai tirar a foto mais linda de Noronha, guarde bem esta informação!!!! Nós só fomos nesta parte e descemos. - Praia do Bode - ótima praia e com pôr do sol lindo. - Praia do Americano - também linda. Mas ela é mais recuada e não dá para ver o pôr do sol. Ela é uma praia mais deserta, não tem nenhuma barraquinha. A gente só passou por ela porque ela estava com muita onda. - Praia do Boldró - tem uma faixa de areia bem extensa, muitas piscinas naturais. Tem uma barzinho com drinks. - Pôr do Sol no Mirante do Boldró - lá tem um barzinho com música ao vivo. Fica bem cheio porque os passeios do Ilha Tour terminam lá. Mas conseguimos pegar um lugarzinho bom. Mirante Dois Irmãos Fotos das pedras que levam até a Baía dos Porcos Pôr do Sol no Mirante do Boldró Dia 3: - Praia do Leão - talvez seja a praia mais linda de todas. Nós chegamos na praia, olhamos do alto e não tinha ninguém! Olhei aquele mar translúcido e pensei que ia passar horas naquele "piscininha". Grande engano. Lá tem um posto de controle, onde você apresenta a carteirinha e tal. A mulher já foi logo avisando: "é para entrar e molhar, no máximo, até o joelho. Esse mar é super traiçoeiro, tem 7 correntezas de retorno, está rodeado de tubarões grandes, não temos nenhum salva vidas aqui, até a gente ligar e chamar alguém para ajudar, já era!". Ela falou exatamente isso. Eu fiquei chocada porque do alto parecia muito mansinha. Enfim, descemos para pelo menos tirar umas fotos na praia privativa. Realmente vimos que o mar puxava muito, a mulher não estava exagerando. Não tinha nenhuma sombra para sentar e apreciar a vista, então... Fomos embora depois de 10 minutos! Massss.... Dizem que tem épocas do ano que vira uma piscininha mesmo. Olha, uma pena não ter me banhado nessa praia tão linda. - Praia do Sueste - praia muito piscininha!!!! Ideal para ficar relaxado e curtir aquela água quente cheia de peixinhos. A praia tem uma divisão, sinalizada por uma bóia. Nessa parte estão os corais protegidos e você só pode entrar de colete salva vidas. Isso é para ninguém pisar nós corais, o local é raso... é difícil ficar boiando tanto tempo, o colete ajuda muito. Se quiser alugar só o colete custa 10 reais. Mas é bom ter nadadeiras para nadar mais facilmente, e o snorkel para ver os corais. No dia que fomos, estava com muita alga na parte mais rasa e a água estava um pouco turva. Por isso, para ver os corais precisava ir mais para o fundo. A nossa história foi assim: fomos lá alugar nadadeiras e colete (snorkel nós levamos) e também alugar um armário (10 reais). No raso, eu tinha visto um filhote de tubarão e fui perguntar para a atendente como era o lance dos tubarões. Ela disse que tinha muito mas eles não atacavam. Daí eu perguntei (mas não deveria ter perguntado....): Algum tubarão já atacou alguém aqui? Ela respondeu: sim, mas porque o banhista foi negligente, levou uma pau de selfie (é proibida, mas pode levar go pro) e colocou na cara do tubarão para tirar uma foto dele e por isso o tubarão atacou o braço dele. Mas eu, mais uma vez fiz uma pergunta que não deveria ter feito: "mas foi algo sério, o que aconteceu com o braço dele?". Ela respondeu: foi amputado, perdeu o braço! Eu gelei... Kkkkkk Ela sugeriu que fossemos com um guia porque ele nos levaria nos locais certos e tal. Os guias cobram 180 reais por casal. Decidimos não contratar o guia porque ele nos levaria muito afastado e a gente só ia olhar ali na parte mais rasa mesmo. Enfim, entramos na água e eu só ouvia as pessoas falando "passou um do meu lado de 2m". Conclusão: tenho medo de tubarão, não fiz snorkel com medo deles. Podem me julgar! Fora isso, o snorkel estava me dando uma agonia, eu não estava conseguindo respirar pela boca direito, pode ter sido pelo nervoso que eu estava sentindo, mas foi tudo ótimo! As paisagens terrestres me satisfazem sempre. - Praia do Cachorro - bom, saímos do Sueste e pegamos um ônibus para a praia do Cachorro. Essa praia é a mais central, mais próxima da Vila dos Remédios. Não sei se é sempre assim, mas não tinha nenhuma faixa de areia, só pedras. Logo, nenhum banhista! - Buraco do Galego - o acesso é pela praia do cachorro. Você vai enfrentar uma longa fila para poder desfrutar e/ou tirar foto no buraco. Informação importante: só é acessível na maré baixa. Eu vi um garoto fazendo um salto nele. Ali deve ter uns 4 metros de altura, mas o problema é que são muitas pedras, se você tropeça, erra o cálculo vai com a cabeça na pedra. O legal é que você não afunda nesse buraco. Uma força te empurra para cima, então é tranquilo de fazer a foto clássica boiando mesmo para quem não sabe boiar. - Praia do Meio - também estava sem faixa de areia, só com pedras. Nela você tem o famoso bar do meio que tem um por do sol bem bonito. Dizem que é caro, mas não sei porque não fui. - Praia da Conceição- praia linda e deliciosa. Amei ficar tomando banho nela e depois apreciando o pôr do sol. - Por do sol: bar do meio ou na praia da Conceição. Optamos pela praia porque era grátis... Kkkkkk No dia seguinte, o Bruno Gagliasso postou um vídeo (olha no Instagram dele) do pôr do sol no Bar do Meio. Ou seja, pode ser que você divida a mesa com um famoso. Praia do Leão Entardecer na Praia da Conceição Buraco do Galego Dia 4: - Trilha no Atalaia - a gente não fez porque não tinha vaga, mas dizem que é incrível. Nem por barco pode chegar nessa parte da ilha porque é uma reserva natural. Que bom que é assim, né? - Mirador Air France / Capela / Praia do Tubarão / Enseada das Caieras: todos esses locais ficam pertinhos um do outro e são todos para admirar apenas, não são áreas de banho. Inclusive, tem várias placas avisando que não pode descer na água. Nas Caieras tem o "Buraco da Raquel" que só pode ser visto do alto, não pode descer. - Praia do Porto: eu adorei essa praia! Dizem que praia de Porto tem sujeira e tal, mas nessa não havia, pelo menos nada aparente, a água era cristalina e tinha MUITO filhote de tubarão,bem na beirinha. Foi muito divertido ficar ali olhando. Fomos na parte da tarde, umas 14h e estava lotado. Além dos tubarões, ali perto tem um barco naufragado que é legal de mergulhar e olhar a vida marinha. Nessa praia também tem umas piscinas naturais na maré baixa, tudo uma delícia! - pôr do sol: Forte de Nossa Senhora dos Remédios. A gente chegou cedo e pegou um lugar de "camarote". O forte por si só já é bem bonito e o por do sol é incrível. Você consegue ver várias praias. Uma pena que a gente esqueceu de levar uns drinks para beber. Mas foi maravilhoso. Pôr do Sol no Forte Nossa Senhora dos Remédios Dia 5: - Nascer do sol de canoa 5h - já contei essa história no começo... - dormir até o check out da pousada - almoço - aeroporto 6. RESTAURANTES Mãezinha: fica bem no centro da vila dos remédios, em frente ao ponto de ônibus. É um restaurante self service e o quilo custa 80 reais. O local é bem simples mas foi a comida mais barata que achei em toda a ilha. Um prato saia em torno de 30 reais. Eu achei a comida boa. Não sei se abre para o jantar ou apenas para o almoço. Empório São Miguel: durante o almoço é self service e o quilo da comida custa 90 reais. Um prato sai em torno de 40 reais. De noite é a lá carte e os pratos custam entre 50 e 80 reais por pessoa. A comida estava boa. Xica da Silva: Que comida deliciosa! Pedimos um prato de peixe com purê de abóbora sobre uma cama de camarões (eu pedi sem o camarão porque sou alérgica) e estava sensacional. Esse prato custou 92 reais por pessoa. O valor dos pratos é basicamente esse. Tinha uma fila de espera na chegada, mas valeu cada tempo esperado e cada real gasto. Varandas: comida boa. Comi um peixe com frutas caramelizadas e arroz com leite de côco. O arroz era muito saboroso, o peixe com frutas achei apenas ok, valor: +-90 reais. Meu marido pediu o "prato da boa lembrança" que custa 120 reais e te dá de brinde um prato de cerâmica de recordação. O prato era camarões com purê de banana e cebola empanada, ele achou muito bom. Barraca das gêmeas: localizado na praia da cacimba do padre era onde tinha para almoçar. Comemos um peixe assado na folha de bananeira. Custo: 120 reais para duas pessoas. Achei bem mais ou menos. O peixe estava sem tempero e o peixe tinha muuuuuita espinha. Restaurante Zé Maria: fica dentro da pousada Zé Maria. Quartas e sábados rola um festival gastronômico. Recomendaram-me e disseram que precisava de reservas. Liguei para lá para saber qual seria o menu e o valor. O menu era um buffet livre com todas as opções que você pode imaginar e o valor??? 270 reais por pessoa! Isso mesmo, pessoal! Eu não imaginava que seria algo tão caro, mas é. É claro que não fomos...
  3. Noronha - que lugar incrível! Que beleza deslumbrante! Um local único no mundo! Uma ilha de pedras vulcânicas com águas cristalinas e de uma cor turquesa incrível! A oportunidade de admirar uma natureza completamente preservada, repleta de vida marinha em total equilíbrio com os seres humanos. Um destino desejo, de luxo, mas ao mesmo tempo rústico e simples, 0% frescura, em que a natureza é a estrela principal! Tivemos a oportunidade de ficar por oito dias nesse paraíso, entre 19 e 26 de dezembro de 2020. Sim, eu sei, estamos em pandemia. Mas infelizmente, perderíamos nossa passagem se não fossemos agora, e a ilha possui um rigoroso controle, em que você precisa fazer teste PCR para entrar e sair. Claro, em Noronha havia algumas limitações, mas valeu muitooo a pena! Antes de ir, é importante dedicar um tempo para dar uma pesquisada sobre a ilha, as praias e os principais passeios, para conseguir aproveitar ao máximo. Há muitas opções, e possibilidade de ter experiências muito diferentes em Noronha. Nós curtimos muito experiências de contato com natureza, e foi isso que valorizamos em nosso roteiro. Os melhores meses são setembro e outubro, fora da época de chuva e com mar mais calmo, o que dá melhores condições de banho e também visibilidade para os mergulhos, além de preços melhores. Infelizmente, tínhamos agendado para setembro, mas o vôo foi sendo cancelado e remarcado até dezembro, e acabamos pegando o mar mais agitado. Ao reservar seu lugar no vôo, pegue uma poltrona do lado esquerdo, para ter uma visão privilegiada do Morro Dois Irmãos, cartão postal da ilha, já na aterrisagem. Aproveite também e pague as taxas antes de embarcar, para eliminar tempo de fila no aeroporto. A primeira é a taxa de preservação ambiental, cujo valor é proporcional ao número de dias em que ficará na ilha, e pode ser paga pelo site: http://www.noronha.pe.gov.br/turPreservacao.php. A segunda, é o ingresso de entrada no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, que dá acesso às praias mais bonitas da ilha, e pode ser paga pelo site: http://www.noronha.pe.gov.br/turPreservacao.php. Primeiro dia - 19/12 Pousamos na ilha por volta das 17 horas, em um vôo de uma hora partindo de Recife. Pois é, a ilha fica a cerca de 500 km da costa, o que faz com que tenha até mesmo um fuso horário diferente, de uma hora a mais do que o horário de Brasília. Por isso, ao chegar, já ajuste o horário de seu relógio e celular! Seguimos o conselho de vários blogs, e não aceitamos o transfer que é oferecido pelas empresas de turismo para a pousada. Pelos relatos, este transfer é bastante demorado, pois te levam primeiramente para uma apresentação, na tentativa de te vender passeios, e depois passam por várias pousadas para deixar todos. Escapamos e pegamos um táxi direto para a pousada, a tempo de deixar a mala e correr para curtir o primeiro pôr do sol, na praia do Cachorro. Se prepare para andar muito em Noronha! Só para descer para esta praia e voltar, encaramos uma bela descida e subida em uma ladeira íngreme. Deu canseira, mas valeu a pena, claro! Na volta, por indicação do taxista, fomos jantar no restaurante Delícias da Ná. Pedimos uma carne de sol, com queijo coalho grelhado, arroz, macaxeira frita e farofa de banana da terra. O restaurante é simples, a comida saborosa, mas o preço salgadinho. A conta saiu quase R$ 200,00, para dois. Bem-vindo a Noronha! Segundo dia (20/12) Vi que muitas pessoas contratam o passeio Ilha Tour, em que um guia te leva de buggy para conhecer todas as praias da ilha. Particularmente, acho que só vale a pena se você tiver pouco tempo, ou se fizer questão de um guia, pois é fácil conhecer todas as praias por conta. Como tínhamos uma semana, essa foi a nossa opção! Usamos muito o ônibus por lá! São dois ônibus cruzando a ilha de ponta a ponta, trafegando pela BR e entrando em ruas em alguns pontos. É possível ter acesso ao itinerário pelo aplicativo Moovit, que inclusive aponta a sua localização em tempo real, bem como todos os pontos de parada. Mas, depois do primeiro dia, você já estará bem habituado, e será fácil se localizar. Um ônibus vem em sentido Sueste - Porto, e o outro, sentido Porto - Sueste. Como o percurso é curto, você provavelmente não aguardará mais do que meia hora do ponto de ônibus. Não pagamos nada pelo ônibus, mas creio que a gratuidade seja temporária, por conta da pandemia. Para algumas praias, como a do Porto e Sueste, a parada do ônibus é a um passo da praia. Já para outras, como Praia do Leão e Cacimba do Padre, é preciso alguma caminhada por estrada de terra. Pelo Google Maps é possível se orientar por estas estradinhas. Quando estiver cansado, sempre há a opção de pedir um táxi. Por muitas vezes fomos às praias de ônibus e a tarde, cansados, voltamos de táxi. Usamos a Nortax que é uma espécie de associação de taxistas, e gostamos muito do serviço. É rápido, e os preços são tabelados. Dependendo da distância, pagava-se R$ 26,00, R$ 34,00 ou R$ 40,00. Noronha também tem uma cultura forte de carona, e volta e meia nessas estradas alguém oferecia uma carona de buggy! Particularmente, a menos que esteja em quatro ou cinco pessoas, também não acho que vale a pena alugar buggy. A diária estava R$ 350,00, mais o combustível (R$ 7,00 o litro!), ou seja, é preciso pegar muitooo táxi para chegar neste valor! Neste dia, acordamos cedo e fomos conhecer as praias do mar de dentro. Começamos pela praia do cachorro, de onde uma pequena trilha leva a praia do meio. O acesso à praia do cachorro é por uma escadaria de pedra abaixo da Vila dos Remédios. Tem um ponto de ônibus na praça. Da praia do meio, você passa entre o famoso Bar do Meio para chegar à praia da Conceição, em cuja ponta esquerda se localiza o morro do Pico. Todas as três praias belíssimas e com o turquesômetro a mil! A cor da água é belíssima! As praias são todas bastante selvagens e preservadas, o que eu amo! Mas se você é do tipo que gosta de "estrutura", se prepare para encontrar praias que nem sempre possuem cadeiras e guarda-sóis e também restaurantes / barzinhos. Em época de mar calmo, dizem que a praia da Conceição é boa para a prática de snorkel. Aliás, esta é outra boa dica: compre e leve seu próprio equipamento. Na ilha há muitos lugares que alugam mas, por uma diária de R$ 20,00, e contando que diversas praias são boas para a prática, compensa adquirir o seu próprio. Compramos pelo mercado livre um bom conjunto de máscara e snorkel por cerca de R$ 100,00. Tentamos passar para a próxima praia, a do Boldró, pelas pedras, mas não conseguimos. Não sei se em época de maré baixa isso muda. De qualquer forma, optamos por voltar e almoçar na vila dos Remédios. A tarde, tomamos um táxi e fomos conhecer a praia do Boldró. Com vista para o Morro Dois Irmãos, dizem que também é um bom lugar para ver o pôr do sol. Mas, optamos por voltar e ir a um dos pontos mais famosos da ilha para este momento: o Fortinho do Boldró. No caminho, aproveitamos para ir ao Projeto Tamar e ICMBio para retirar nossa carteirinha do Parnanoronha e realizar o agendamento de trilhas. Faça esse agendamento o quanto antes, pois as vagas são limitadas e algumas trilhas são bem concorridas! O Fortinho do Boldró é um espaço em que as pessoas se reúnem para admirar o pôr do sol. Sentados nas pedras, ouvindo um som ao vivo e tomando uma cerveja, o espetáculo é certo! Chegue cedo para garantir um bom lugar! Neste dia, o sol deu um verdadeiro show! Voltando à Vila dos Remédios, jantamos no Empório São Miguel, uma opção de bom custo x benefício. Terceiro dia (21/12) Este foi o dia que dedicamos a conhecer as praias mais belas e famosas da Ilha. Começamos pela Praia do Sancho, que já foi eleita quatro vezes a mais bonita do mundo pelo Trip Advisors! Olha a responsa! E olha, por mais que você já tenha visto mil fotos e assistido dezenas de vídeos sobre esta praia, nada se compara a ter a oportunidade de admirá-la pessoalmente. A cor da água é simplesmente INCRÍVEL. Começa com tons de turquesa que se transformam em um verde água, ao mesmo tempo em que é tão cristalina, que do mirante é possível ver peixes, tubarões e arraias nadando bem na beiradinha. De tirar o fôlego! Descendo no ponto de ônibus mais próximo, é preciso uma caminhada de cerca de 15 minutos até o PIC Golfinho (Ponto de Informação e Controle), onde você precisa apresentar sua carteirinha do Parnanoronha. Neste ponto você encontra uma pequena lojinha, lanchonete e também banheiro e duchas. Depois, mais uma pequena caminhada sobre uma passarela te leva entre a mata até o Mirante. Quando fomos, o PIC estava abrindo às 09:00 hrs. Fique atento a isto! Chegando ao Mirante da Praia do Sancho, e seguindo pela direita, é possível chegar ao Mirante mais famoso da Ilha: o Mirante do Morro Dois Irmãos, que dá uma vista impressionante do Cartão Postal de Noronha. É preciso se atentar para os horários de subida e descida à praia do Sancho. Há alternância a cada hora entre subida e descida. A descida para a praia é feita por uma escada de ferro instalada em uma fenda entre as pedras. Creio que não seja muito recomendada para claustrofóbicos, obesos e idosos. Um pouco chatinha, mas vale muito a pena! A praia é tão bela lá de baixo quanto do mirante. Um paredão enorme de pedras rodeia toda a faixa de areia e, em época de chuvas, dizem que chega a se formar uma cachoeira. Deve ser incrível! Mesmo com mar agitado conseguimos ver muitos peixes com o snorkel. Lembre de levar o seu! Comemos um sanduíche natural no PIC Golfinho mesmo, e fomos para a Cacimba do Padre. Não é preciso voltar para a BR, há uma estradinha no meio do caminho que leva ao caminho para ela. A Praia da Cacimba do Padre fica atrás do Morro Dois Irmãos. É uma praia longa, linda e de ondas bem fortes. Estava cheia de sufistas quando fomos! No canto esquerdo da praia há uma trilha de degraus de pedra que dá acesso à Baía dos Porcos, a segunda praia mais bonita da ilha. A cor da água é incrível, o mesmo misto de turquesa e verde claro da Praia do Sancho. Também é possível fazer snorkel aqui e tirar belas fotos! Atenção para a dica: no topo da pedra que fica entre a Cacimba do Padre e a Baía dos Porcos está o melhor mirante da ilha! É a oportunidade de ficar pertinho do Morro Dois Irmãos e admirá-lo bem de perto. Incrível! Anota aí mais uma dica boa: caminhando pela direita da Cacimba do Padre, você passa pela Praia da Quixabinha e chega à Praia do Bode. No canto direito da Praia do Bode, há uma pedra, de onde se tem uma vista belíssima do pôr do sol. Se não estiver com pique para isso, assista o pôr do sol da areia da própria Cacimba do Padre. Ali o sol também dá espetáculo! Quarto dia (22/12) Este foi o dia que dedicamos a conhecer as praias do Mar de Fora. Começamos com a praia do Sueste que, em época de mar agitado, é a melhor para mergulho. O ônibus já te deixa na entrada no PIC Sueste onde, como no PIC Golfinho, há uma pequena lanchonete, guarda-volume, banheiros, ducha e também um ponto para aluguel de snorkel, colete salva-vidas e nadadeiras (R$ 20,00 cada um). Para mergulhar no canto direito da praia, onde se concentra a vida marinha, é preciso estar com o equipamento completo. Já no canto esquerdo, o mergulho não é permitido, por se tratar de uma área de estudo e preservação. É possível fazer o mergulho por conta, mas para quem não tem muita experiência, ou quer ter a certeza de ver animais como lagostas, tartarugas e arraias, o melhor é contratar um guia. Há sempre diversos guias credenciados no PIC oferecendo este serviço. Contratamos e não nos arrependemos! O valor foi de R$ 130,00 para duas pessoas, por cerca de uma hora de mergulho, mais R$ 70,00 para fotos e filmagem. O mergulhador vai nadando na frente, com uma bóia amarrada na cintura, onde nos seguramos para ser guiados por ele. Apesar de o mar estar um pouco mexido, vimos muitos peixes, arraias, polvo e uma tartaruga gigante! É indescritível a sensação de nadar ao lado de uma dessas! Novamente, comemos um sanduíche no próprio PIC, e pegamos a trilha que leva à Praia do Leão. No meio do caminho, há uma bifurcação para o Mirante da Praia do Leão, e Forte São Joaquim do Sueste. Ambos lindos, valem muito a pena! Depois, mais uma caminhada até a Praia do Leão. Ali, há outro PIC (Ponto de Informação e Controle), e uma passarela que leva até um mirante para a Praia. Achei a praia bonita, mas nada demais. A responsável pelo PIC nos aconselhou a voltar para vê-la no período da manhã, pois a experiência seria totalmente diferente. Decidimos fazer isso então no dia seguinte. Fomos ver o pôr do sol em outro ponto famosíssimo para isso: o Bar do Meio, que fica entre as praias do Meio e da Conceição. A estrutura é linda, tem uma deliciosa música ao vivo, e uma vista privilegiada para curtir o sol se pondo. Mas prepare o bolso: o couvert é de R$ 15,00 por pessoa, e um baldinho com cinco long necks custou impressionantes R$ 90,00. Aquela experiência de uma vez na vida! rsrsrs Jantamos novamente no Empório São Miguel, onde pedimos uma pizza de camarão deliciosa. Ótimo custo x benefício! Quinto dia (23/12) Seguindo a recomendação, voltamos à Praia do Leão. E como valeu a pena!! Se programe para conhecer esta praia pela manhã, porque realmente, a cor da água é impressionante! Dizem que é a terceira praia mais bonita da ilha, depois do Sancho e Baía dos Porcos, mas há quem a considere a mais linda! Fique atento ao horário de abertura do PIC. Quando fomos, abria às 09, como os demais. Depois da passarela, uma pequena trilha te leva até a praia. Há piscinas naturais nos cantos direito e esquerdo da praia, mas não é permitido nadar nelas, por se tratarem de áreas de preservação. Aliás, a Praia do Leão é o principal ponto de desova de tartarugas da ilha e, por isso, não é possível acessar algumas partes da areia. Na piscina do canto direito avistamos filhotes de tubarão. Incrível! A tarde, voltamos para a Vila dos Remédios e tomamos um açai no Açai Raízes de Noronha. Anota a dica: é delicioso! Optamos por fazer o passeio de barco menos tradicional, que sai no final da tarde para aproveitar o pôr do sol. O barco sai do porto e, logo no início, são disponibilizadas pranchas para a atividade de Aquasub. Essas pranchas, amarradas ao barco, permitem que você plane ou mergulhe na água. Especialmente na praia do Porto é possível avistar uma rica vida marinha e até um navio naufragado. A seguir, o barco segue até o Morro Dois Irmãos, e depois retorna para a praia do porto, onde é possível curtir um belíssimo pôr do sol, enquanto saboreia um churrasco de peixe preparado na hora. O passeio custou R$ 230,00 por pessoa. Pelo que entendi, a diferença do passeio de barco tradicional é que neste há uma parada na Praia do Sancho para mergulho de snorkel. Também deve ser lindo! Sexto dia (24/12) Acordamos bem cedo para fazer o que é, na minha opinião, o melhor passeio de Noronha: a Canoa Havaiana! Às 05:20 já estávamos na praia do porto, onde, depois de uma pequena aula, embarcamos na canoa para ver o sol nascer de dentro do mar. Uma experiência inesquecível! Depois, seguimos para a praia da Conceição, onde há uma pausa para mergulho. No caminho, cruzamos com uma grande quantidade de golfinhos! Dizem que em 98% dos dias é possível ver golfinhos! E como as canoas não possuem motores, eles chegam bem perto mesmo, e chegam inclusive a saltar rodopiando. Emocionante! Na volta, mais uma parada na praia do Porto para desfrutar um pouco mais da companhia dos golfinhos. O passeio todo tem a duração de duas horas. Fizemos com a Noronha Canoe Clube, cujo serviço é excelente e recomendo demais! Custou R$ 180,00 por pessoa. Depois de um pulinho da capelinha, tiramos um tempinho para fazer mergulho com snorkel na Praia do Porto. Novamente, vimos filhotes de tubarões! Para quem não tem equipamento, há local para aluguel no porto. Seguimos então para a Cacimba do Padre para provar o famoso peixe assado na folha de bananeira da Barraca Duas Irmãs. O valor é de R$ 120,00 para duas pessoas, e vem com diversos acompanhamentos: arroz, feijão, macaxeira frita, farofa e salada. Delicioso! Voltamos à Baía dos Porcos, nossa praia preferida. A água turquesa em meio ao paredão de pedras é impressionante! Um paraíso! Neste dia, jantamos no famoso Xica da Silva. Pedimos de entrada um ceviche, como prato principal o delicioso Sinfonia dos Mares (carangueijo, lula, peixe, lagosta e mexilhão ensopados, com arroz e uma farofa incrível) e de sobremesa mil folhas de tapioca com goibada e sorvete de coco. Preço salgado, mas delicioso! Sétimo dia (25/12) Este foi o dia dedicado às trilhas! Agendamos a Trilha do Atalaia longa para as 07:30. O início é na Vila dos Trinta, próximo ao supermercado Poty. Lá há um Portal, onde é preciso apresentar o comprovante de agendamento. Para a trilha curta não é necessário guia, diferente da longa - você precisa agendar com um guia por conta própria. Pagamos R$ 125,00 cada um. Neste portal também há aluguel de snorkel e colete salva-vidas, necessários para o mergulho nas piscinas naturais. O valor é de R$ 20,00 cada. A trilha até a primeira piscina natural leva cerca de 20 minutinhos, e passa em meio à mata. Chegando lá, há um responsável do ICMBio controlando a entrada na piscina. É permitido que cada grupo permaneça na água por um período de 30 minutos. Para não prejudicar os corais, só é permitido flutuar sobre a piscina. Foi o melhor mergulho que fizemos em Noronha! A água é absurdamente cristalina, um aquário! Voltamos pela mesma trilha e, no meio do caminho, o grupo se divide: quem vai fazer a trilha longa, segue por outro caminho. Particularmente, acho que quem não opta pela trilha longa, acaba perdendo uma parte belíssima do trajeto. É uma caminhada por um desfiladeiro de pedras vulcânicas, com aquele mar azul incrível abaixo. Descendo, há a pausa para mergulho na segunda piscina natural. Continuamos a trilha caminhando sobre as pedras na beira do mar até a terceira piscina, com pausa para mais um mergulho. A trilha toda tem duração de cerca de quatro horas. Achei o caminho lindíssimo, uma experiência única. Mas confesso que não acredito que seja para todos. Como uma pessoa não muito afeita a esportes (rsrsrs), achei um pouco cansativa, especialmente esta caminhada final sobre as pedras. Voltamos a pousada para descansar e recarregar as baterias para a segunda trilha do dia: Trilha do Piquinho. O Piquinho é um morro menor, próximo ao Morro do Pico. Do alto dele é possível ter uma visão 360° da ilha e admirar um pôr do sol espetacular! A trilha tem início na mata, próximo à pousada teju Açu, e dura cerca de 30 a 40 minutos para subir, e o mesmo tempo para descer. Não é necessário contratar um guia, mas acho altamente recomendável, pelo risco e especialmente pensando que na volta já estará escurecendo. Pagamos R$ 100,00 por pessoa. Depois de um trecho íngreme na mata, tem início a parte mais tensa da trilha: é preciso escalar um paredão de pedras para chegar ao topo. É aquele tipo de coisa que faz a gente pensar: "Meu Deus! Onde eu fui me enfiar?" rsrsrs Essa trilha definitivamente não é pra todo mundo! Como boa pessoa com fobia de altura, confesso que tremi na base para subir. Dizem que as pedras são tão bem encaixadas que é impossível rolarem. Mas que bate um medo... Ah, bate! No fim, a recompensa! Depois dessa aventura, jantamos no Salviano Sushi, na Vila dos Trinta. Uma ótima pedida para quem curte comida japonesa! Uma dica: peça o temaki jumbo, com cavala ou atum, ambos fresquinhos, pescados na ilha mesmo. Uma delícia! Oitavo dia (26/12) Acordamos de madrugada para ver o sol nascer no Forte de Nossa Senhora dos Remédios. Dizem que o nascer do sol na capelinha é ainda mais lindo, mas como ainda não tínhamos visitado o Forte, optamos por ir lá mesmo! Apesar das nuvens, achei lindo! O Forte é um lugar bem bacana para visitar. Todo revitalizado, é lindo, e tem uma vista maravilhosa de Noronha. Depois, seguimos para a Praia da Conceição, para relaxar um pouco e curtir nossas últimas horas na ilha. Passadinha na Praia do Cachorro na volta E então almoçamos, e partimos para o aeroporto, com dor no coração de deixar este paraíso! Sei que meu relato ficou bastante longo, mas busquei colocar todas as informações que sei que teriam facilitado muito minha estadia em Noronha se tivesse tido acesso antes! Noronha é um paraíso indescritível, a oportunidade de vivenciar uma imersão na natureza como acredito que pouquíssimos lugares no mundo consigam proporcionar! Uma das coisas que mais amei na ilha foi justamente este foco na natureza e o quanto a ilha é democrática. Em Noronha, não há espaço para esta história de restaurante ou hotel com praia privativa. As pousadas estão todas no centro, e a praia é para todos! Inclusive, dizem que uma rede de hotéis propôs fechar a Praia da Conceição com a construção de um resort, e foi barrada pelos moradores locais. Verdade ou não, esta impressão de mundo paralelo, te faz se sentir completamente imerso em Noronha: seja mergulhando com os animais, fazendo amizade com os locais ou mesmo curtindo as praias, a experiência é única. Não se deixe levar por esta história de que viajar para Noronha não vale a pena, pois é tão caro que é melhor viajar para o exterior. Será que é possível encontrar por aí um lugar tão único e paradisíaco quanto Noronha e contar ainda com a receptividade calorosa e alegria dos brasileiros? Acho que não. E por isso, eu digo para todos: Noronhe-se!
  4. Estarei em Fernando de Noronha de 24/09 a 01/10 procuro pessoas nesse período por lá para dividir passeios, sair na noite, etc.
  5. Olá galera... Sou do Rio Grande do Sul, minha única experiência nesta modalidade(mochileiro) foi 10 dias em Maceió, viciei, estou indo para Noronha dia 01/03 apenas com minha mochila, coragem e pouca grana. É obrigatório adquirir reservas em pousadas? Não existe uma maneira de dormir num saco de dormir no mato? Pois o que menos vou fazer é dormir mesmo, gostaria de ficar 8 dias, mas não tenho condições de gastar r$1000 em estadia... Alguém pode me dar uma luz? Valeu parceria...id=yellow>id='Arial'>id=size4>
  6. Desde sempre que Noronha está no radar. O problema sempre foi preço e logística. Não cabe num fim de semana e, para mim, não cabia num feriado. Dado que perdemos o dia de chegada e boa parte do dia da volta, um feriado de 4 dias resultaria em 2 dias cheios somente. Eu arbitrei para mim que precisava de pelo menos 4 dias cheios. Noronha caía então num limbo: não cabe num feriado, e nas férias vamos para fora. Mas eis que a oportunidade chegou. O Rio de Janeiro tem feriado no dia 20 de Novembro. Junte esse com o do dia 15 e temos um mega emendão de 6 dias. Assim que identifiquei isso, no começo de 2018, corri para emitir passagens com milhas. Foram as milhas mais caras que já usei (25 mil por perna com o smiles), mas usei com muita felicidade. Sabendo dos altos preços na ilha, logo reservei uma pousada – Flat do Indio, a mais em conta que encontrei no booking com ar condicionado e banheiro privativo. Por 300 a diária. Chegamos em Fernando de Noronha conforme previsto, por volta das 16hs. Fizemos rapidamente o check in na ilha – já havíamos pago a taxa antecipadamente – e, como não tínhamos mala, fomos os 1os a sair. Mas eis que... não havia taxis no aeroporto na chegada! Primeira coisa estranha. Não demorou 5 minutos para que um aparecesse, e assim fomos para nossa pousada. Apenas largamos as coisas por lá e imediatamente partimos para curtir o pôr do sol em algum canto próximo. Podia ser no forte da Vila dos Remédios, mas preferimos as praias. Fomos mapeando o lugar a pé, e logo descobrimos as ladeiras de que tanto falam. De onde estávamos – ficamos na Vila do Trinta -- até a praia era só descida. Primeira praia foi a do Cachorro. Era pequena, naquela época com muito pouca areia (muita pedra) e não daria pra ver o pôr do sol na plenitude. Seguimos para a Praia do Meio. Melhor, mas seguimos antando ainda assim. E estacionamos no Bar do Meio, que fica entre a Praia do Meio e a da Conceição. Depois soube que é um bar famoso e badalado. Tinha a long neck mais cara que vi na ilha: 20 reais. O preço padrão de Noronha era 15 reais. Curtimos o pôr do sol a seco mesmo. O primeiro pôr do sol de tantos outros, de todos os outros dias. Sempre um belo espetáculo. Da Conceição, após escurecer, seguimos andando novamente, agora para o Boldró. Dá uma boa caminhada, por estrada de terra desinteressante, mas tranquilamente caminhável. A ideia era já fazer a carteira do ICMBio, que permite a entrada nas 2 regiões principais da ilha: Golinhos/Sancho/Mirante dos Porcos, e Sueste. Cerca de 100 pratas pelo ingresso. Perguntamos sobre as trilhas, e a galera do próprio ICMBio disse que, se quiséssemos fazer a do Atalaia, o ideal era chegar às 4 da madrugada pra ficar na fila e esperar abrir, o que só ocorreria às 8:30. Não, obrigado. Sem trilhas. Na verdade, do que apurei, tem fila sempre. Mesmo para trilhas com pouca demanda, como a Capim-Açu. Queremos fila não, dispensamos as trilhas. Ao lado do ICMBio tem o Projeto Tamar, sempre bem legal. E o de Noronha é grátis! Coisa rara na ilha. Todos os dias às 20hs tem palestra sobre alguma coisa, e creio que seja sempre interessante. Nesse primeiro dia demos a sorte de ser sobre como é viver em Noronha, ou seja, praticamente uma introdução geral para quem chega. Excelente! Às 19hs geralmente também tem outras atividades, sejam visitas guiadas sobre as tartarugas, sejam apresentações de vídeos. Um bom lugar para curtir. Depois da palestra ainda voltamos andando até a Vila dos Remédios. Como havíamos almoçado no aeroporto do Recife, só queríamos uma coisa tipo pizza. Encontramos uma na praça, a 40 pratas por cabeça, e que eu diria que era beeem mais ou menos. Enfim, fomos dormir. Sexta-feira. Era nosso primeiro dia cheio na ilha, previsão de tempo bom. Vamos logo para o filé mignon, é claro! Chamamos um taxi logo cedo para ir direto para o PIC do Sancho. (PIC = Posto de Informação e Controle, onde verificam sua credencial – aquela que vc precisa tirar no ICMBio). O PIC só abre às 9 (ou será 8?), mas vc pode chegar antes que o pessoal libera acesso para quem quer ir até a Baía dos Golfinhos observar os golfinhos nadando. O Projeto Golfinho Rotador tem sempre gente por lá observando e fazendo contagem dos golfinhos, e também disponibilizando binóculos para quem quiser ver mais de perto (vale a pena!). Nesse dia, conseguimos uma façanha: não havia golfinhos. Nenhum! Nada. Era um belo dia, águas estavam calmas para o período, mas eles não estavam lá. Nem estiveram antes (eventualmente vc vai ler que precisa estar lá às 6 da manhã pra ver). Não era dia. Desistimos e seguimos a trilha que vai margeando o paraíso, com sucessivos mirantes para os édens locais. Leia-se Praia do Sancho. Estava um dia sublime, fazendo jus à fama da praia. Do alto de algum dos mirantes, observamos alguns tubarões fazendo a festa com cardumes de sardinhas. Esses cardumes geralmente são identificados como uma mancha escura na beira da praia. Os tubarões vão fazendo strike no cardume para o café da manhã. Logo eles vão embora, e a praia fica acessível a todos. Mas tinha gente nos mirantes que dizia não entrar mais naquela água. Chegamos então ao Sancho. E logo pegamos a famosa escada, que parece impor algum medo às pessoas. Não é pra tanto, é mais fácil do que parece, só é eventualmente apertado. E, claro, pessoas inaptas à atividade física não devem se arriscar. Descemos e chegamos ao Sancho. Havia gente por lá, mas ainda muito pouca. Ficamos do lado com sombra. E partiu snorkel. De cara me deliciei com uma enorme arraia, pertinho da areia. E vários peixes. Visibilidade excelente, como esperado. Curtimos um bom tempo ali no Sancho, areia, snorkel, areia... Não vi tubarões, acho que àquela altura eles já tinham saciado a fome matinal. No fim da manhã decidimos subir e conhecer o mirante da Baía dos Porcos. Na hora de subir, havia uma longa fila, então demos mais um tempo na praia. Qdo a fila diminuiu, vimos que havia horários de subida e descida! É coisa nova que começaram a implantar em Novembro mesmo. E naquele horário era descida. Então curtimos mais uma horinha no Sancho, agora do outro lado (naquela hora o sol estava em cima, praticamente não havia sombras). Mais areia, snorkel, areia, e enfim subimos. Fomos andando pelos mirantes até finalmente nos deparamos com o (ou mais um) cartão postal de Fernando de Noronha, os Dois Irmãos. O visual a partir do mirante da Baía dos Porcos é mesmo extraordinário. Curtimos outro longo tempo por lá. Tem uma fortaleza por lá (na verdade, Fernando de Noronha tem uma série de fortalezas que hoje são meras ruínas em grande parte – mas há planos de revitalizá-las, tanto que a principal, dos Remédios, está em processo), o Forte São João Baptista dos Dois Irmãos, de onde se tem espetacular vista dos Dois Irmãos, da Baía dos Porcos, e do outro lado da Praia do Sancho. Ótimo lugar, de onde pelo visto modelos (e aspirantes) tiram sempre um mesmo tipo de foto deitadas numa árvore com o Dois Irmãos ao fundo. Encerramos nossa visita e seguimos de volta. Uma outra coisa muito bacana de lá são os atobás, que de alguma forma me lembraram os boobies de Galápagos. Tem vários ninhos, e vários deles voando por lá. Demos saída do PIC e fomos andando para a Cacimba do Padre, que era a praia seguinte, e que é onde há acesso à Baía dos Porcos por baixo. Na hora em que chegamos a maré estava crescendo, então tivemos de subir tudo pelas pedras (na baixa vc faz uma pequena parte pela areia mesmo). É tranquilo. Na Baía dos Porcos, mais snorkel. Mais arraia! E a peixarada de sempre. Ótima visibilidade novamente. O mar não estava nos dias mais calmos – a temporada de mar calmo consta que é de julho a setembro, mais ou menos. A de surf vai de dezembro a março. Então estávamos prestes a entrar na época de surf. Mas o máximo que ocorria era o mar te levar para cá e para lá um pouco, nada que atrapalhasse o snorkel. Curtida a Baía dos Porcos, seguimos. Maré então já estava baixando de novo, de modo que pudemos seguir pela praia, passando pela Cacimba do Padre (lá tinha cerveja; nos PICs não vendem álcool), Quixabinha (que é uma praia escondidinha entre as outras duas) e Bode, onde havia belas piscinas naturais no cantinho. Na Cacimba e no Bode rola aluguel de barraca + 2 cadeiras a 50 pratas. Fora o consumo. Do Bode pegamos trilha. A ideia era seguir pela praia, mas a descida para a praia seguinte, a do Americano, nos pareceu meio complicada, então seguimos pela trilha. Até que nos deparamos com um lugar com barzinho e um forte na frente. Depois do Americano (com vista para lá) e antes do Boldró. Já estava perto do fim de tarde, decidimos estacionar ali para curtir o pôr do sol. Descobrimos que era ali o famoso forte do Boldró, dos locais mais famosos para se assistir ao pôr do sol na ilha. De fato, um espetáculo. E local de parada de diversos buggies e vans e etc. da galera que, presumo, tenha passeado por todo o dia. Fica cheio. Mas tem espaço para todos. E ainda rola música do bar. Encerrado o espetáculo nosso de cada dia de admirar o pôr do sol, seguimos por trilha novamente, agora para o Boldró. Não estava sinalizada (a sinalização na ilha em geral é muito boa), mas facilmente identificável – e a galera local nos mostrou. Chegamos não na praia do Boldró, mas no alto. Curtimos o Tamar novamente. Nesse dia teve música (forró) e comidinhas na parte externa depois da palestra. Simples e bacana. Foi onde finalmente comemos. Depois de visita guiada, palestra e showzinho com comidinhas, chamamos um taxi e fomos para a pousada dormir. Sábado. Nesse dia tomamos um café (a pousada deixa um café para galera beber, embora não ofereça café da manhã) e pegamos um busum para o Sueste. Eu achando que saímos tarde, mas chegamos lá e o PIC do Suste ainda estava fechado: só abre às 9. Chegamos pouco antes disso. Se tivesse chegado muito antes, ideal era ir para o Leão. O Sueste é outro espetáculo. Mas sem sombras. Andamos a praia toda, depois estacionamos na área onde se pode banhar. Existem áreas delimitadas na praia: onde ninguém pode entrar, onde todos podem entrar, e onde só se pode entrar com colete para não pisar nos corais. Lá vc pode contratar um guia para fazer snorkel. Ele leva onde geralmente se encontra mais bichos (arraias, tubarões, tartarugas). Sai por 60, cai para 50 por pessoa se for mais de 1. O aluguel do colete custa 10. Eu fui. Vimos tartaruga, arraia e uma cobra (esqueci o nome correto! E não era moreia). A correnteza tava meio forte, acabei me cansando na quase uma hora de natação. De volta à areia dei uma descansada e logo vimos que tinha um tubarãozinho bem na beirada da praia nadando para lá e para cá. E lá fomos nós atrás dele. Nós e vários outros – felizmente apenas para filmar, ninguém cometeu a insanidade de tentar segurar ou mesmo cercar bicho. Deve ser um raro lugar de praia onde as pessoas falam “tubarão” e a galera sai correndo *pra ver* o tubarão, não pra fugir. Salvo engano, era um tubarão-limão. Ele (mas podia ser mais de um) ficou um bom tempo ali nas redondezas, volta e meia alguém apontava e tal. Reconheci um dos integrantes do projeto Tamar por lá, que na verdade era um estagiário de turismo. Ficamos trocando ideia por um tempo (estagiar em Noronha deve ser um paraíso para estudantes de turismo!) antes de mergulhar novamente. Fiz novas incursões de snorkel, mas agora solo. E foi paradoxalmente bem melhor do que com guia! Nadei para longe (nadadeiras ajudam muito nesse ponto!), vi tartarugas grandes e um tubarão lixa que estava recluso debaixo de uma pedra. Já valeu pelo snorkel! Com o sol do meio dia, decidimos levantar acampamento e seguir para o Leão. Andando. No caminho, um casal de buggy nos ofereceu carona – a única que tivemos em toda a estadia. Bem simpáticos. O visual da chegada à Praia do Leão é estonteante. Estão construindo uma estrutura que vai servir de mirante também. Por ora é no improviso. Mas o espetáculo é o mesmo. Descemos e curtimos um pouco da praia, num canto onde as águas batem com mais calma. Dá até pra ficar de piscininha. Mas era maré alta naquela hora, então as ondas, mesmo ondinhas, davam uma chacoalhada. Não há infra no Leão. Curtimos um tempo na praia e depois seguimos de volta. Fomos percorrer os mirantes da região até Caracas. Todos são sublimes, mas destaco o mirante para o Sueste. Pelas cores do mar que vimos daquela posição. Andamos de volta para o PIC do Sueste, onde pegamos o busum para a outra ponta da ilha, a Praia do Porto. Estacionamos por lá. Fui verificar o mergulho para fazer no dia seguinte. Tinha a dica do Bodão, mas acabei indo primeiro na Sea Paradise, onde já tive uma boa referência de como seria o mergulho. 250 para credenciados, no cartão, para 1 mergulho. Fui no Bodão e era um pouco acima disso (acho que 270), mas com um percurso mais limitado – era o mesmo do batismo. Na verdade, entendi que ali, em ambos os casos – seja vc mergulhador ou não --, vc vai fazer praticamente a mesma coisa. Optei pela Sea Paradise e marquei para o dia seguinte. Só tinha saída ao meio dia. Ficamos de relax no Porto até o pôr do sol. Descobrimos o Recanto da Graça, que tinha cervas de 600ml (Original, Heineken, Bud, Stella) a 18 pratas -- em Noronha, na praia, isso é barato. Foi onde estacionamos. Aproveitamos para petiscar e sair do jejum. Fomos andando de volta para a Vila dos Remédios, em direção ao Forte. Haveria às 19hs um showzinho por lá, do Projeto Música no Forte. Violino pop, foi bacana, curtimos. Depois ainda fomos curtir uma saideira comendo nachos num barzinho em frente ao cachorro. Muito bom. Domingo. Saímos cedo para conhecer o Buraco do Galego, que fica na Praia do Cachorro. Maré tava baixa, mas crescendo. Maior galera na fila para fazer foto, ninguém curte. Não tem como curtir. Tem mais gente que espaço, e todos querem foto. Desencanei de entrar, e logo voltamos. Ficamos um tempo numa sobrinha na Praia da Conceição de relax, aproveitando para mergulhar na maré baixa. Aproveitei para ver o esquema das barracas. Aluguel por 40 da barraca com 2 cadeiras. Na barraca do DudaRei, se vc consumir mais de 50, não paga. Ou pode ficar no restaurante deles, logo atrás. Depois fomos andando para a Praia do Porto. Estacionamos novamente na Graça (pegamos a última mesa!), e fui para o mergulho. Eu e mergulho: Em 2012 estivemos em San Andres e foi quando me veio à cabeça aprender a mergulhar. Acabei não levando o plano adiante, mas no ano seguinte eu fiz o curso para logo depois mergulhar na Grande Barreira de Corais, num liveaboard na Austrália. Inesquecível. Mergulhei ainda esporadicamente naquele ano em Arraial (novamente, além dos mergulhos do curso), no Rio e no Abismo Anhumas, no Natal de 2013. Foi quando tive uma inflamação no ouvido. E nunca mais. Passei por algumas grandes oportunidades de mergulho (Caribe, Tailândia, Galápagos), sempre me contentando com snorkel. Mas decidi que voltaria em Noronha. Só que já somavam 5 anos sem mergulhar. A rigor, eu já havia esquecido boa parte do que aprendi. Precisava de uma boa reciclagem, o que felizmente fizemos. Mergulhamos 3 pessoas, além do guia. Os outros 2 também eram mergulhadores credenciados que não mergulhavam havia algum tempo, ou seja, todos precisávamos de uma reciclagem. O guia, Rafael, foi ótimo: nos relembrou as coisas básicas, as coisas necessárias, fez um rápido treinamento e seguimos adiante. Um Scuba review express, mas muito útil (ao menos para mim!). Mergulhamos na praia mesmo (na Praia do Porto há duas barracas: a do Sea Paradise e a do Bodão; ambas descem ali mesmo). Vc entra na água e vai baixando. O começo foi realmente de adaptação para mim, de reencontrar o equilíbrio de respiração, sobretudo a calma. Levou um tempinho, e relaxei. E curti. Mas curti muito. Nós fomos nos dois naufrágios, o Eleni e o Maria Stathatos, além do Trator de Esteira (que também afundou e lá ficou). Vimos tartaruga, arraias, moreias e muitos peixes coloridos. Passamos por um túnel do naufrágio que é local de peixes praticamente estacionados, muito bacana. Visibilidade excelente. Deu quase uma hora de mergulho, que achei um barato. Por ver o naufrágio, pela peixarada que vimos, e pela minha volta ao fundo do mar. Saí muito feliz. Passei o resto do dia mergulhando de snorkel na Praia do Porto, que achei excelente para ver bichos. Vi tartarugas facilmente, e até duas de uma só vez, nadei atrás de um tubarão lixa, e ainda cheguei de novo na área do naufrágio. Praia do Porto para snorkel é ótima! De resto, ficamos de relax na Graça com as cervas e petiscos. Tentei descolar passeio de barco para o dia seguinte, mas a galera dizia que estava para entrar um swell que tornaria o passeio mais “agitado”. Como Katia veta solenemente passeios de barco que não sejam absolutamente tranquilos, desencanei. Pegamos um busum para a Vila dos Remédios e fomos ver o pôr do sol do alto do Forte. Passamos no mercado e compramos umas cervas para acompanhar (latinhas geladas de Heineken a 6). Mais um espetáculo. Encerramos o dia repetindo o anterior, com nachos no barzinho em frente ao Bar do Cachorro. Segunda-feira. Acordamos mais cedo e saímos pra ver o sol nascer do forte da Vila dos Remédios. Chegando lá, tinha mais gente. Acho que o melhor lugar deve ser o Buraco da Raquel, que dá de frente. De qq forma, foi bacana, curtimos. Vimos golfinhos ao longe lá do alto do forte. Ainda passamos na Praia do Cachorro pra ver o Buraco do Galego sendo castigado pelas ondas. Aproveitamos para passear pela área quando todos ainda estão acordando, e ir no mercado comprar suprimentos para comer no café da manhã. Depois do café, fomos pegar o busum. Como era dia de swell, conforme previsões – a discussão era quanto à intensidade --, optamos por pegar praia. Escolhemos a Cacimba do Padre para a 1ª parada. Descemos do busum e fomos andando, via Bode. Estacionamos numa das barracas de 50 pratas e passamos a manhã por lá. A Baía dos Porcos estava com o mar bem agitado. A maré baixa embeleza bastante o cenário, mas mar estava agitado mesmo. Conforme o dia foi passando, e a maré aumentando, a força do mar foi aumentando também. Houve momentos em que era difícil resistir ao mar puxando pra dentro. Era dia pra não entrar no mar. Ainda assim vimos alguns barcos – ou seja, rolou passeio. Mas vimos ao longe como eles chacoalhavam entre as ondas. Consta que a Cacimba do Padre é a praia que os surfistas buscam, mas na temporada de surf. De tarde fomos para a Praia da Conceição, passando novamente pela Quixabinha, Bode e Boldró. Maré estava um pouco alta pra passar, mas dava. Entre a Quixabinha e o Bode, me estrepei nas pedras (se beber, evite as pedras!), mas foi coisa leve. Com maré alta e swell, nada de piscinas no Bode. Na Conceição estacionamos no DudaRei, onde ficamos observando as ondas altas. Nesse dia fomos curtir o pôr do sol no Bar do Cachorro, com direito a sax. Não tinha visão direta do sol, mas o clima é bem bacana. Nesse dia nos permitimos uma esbanjada e fomos jantar em restaurante pela 1ª e única vez – era nossa última noite. Escolhemos o Cacimbas, e foi realmente ótimo. Terça-feira. Decidimos rever o principal de Noronha, então partimos cedo de taxi para o PIC do Sancho. Mais cedo que da 1ª vez. Direto para a Baía dos Golfinhos. E dessa vez, sim, eles estavam lá! Dessa vez havia vários – e havia bastante gente pra ver também, tanto que não havia mais binóculos disponíveis. Curtimos um longo tempo por lá, aprendemos mais sobre os golfinhos conversando com o pessoal do Projeto Golfinho-Rotador. E seguimos nosso passeio. Além de o céu estar um pouco nublado, a Praia do Sancho estava bem diferente nesse dia. O swell tinha entrado firme, e era nítido como o mar estava remexido. Longa faixa de espuma, onde antes víamos o azul, a mancha escura de sardinhas e os tubarões passeando. Manchas de areia espalhadas, indicando como o mar estava levantando a areia daquelas áreas. E ondas mais fortes batendo na praia, que dias antes estava calma. Seguimos para o Mirante da Baía dos Porcos e a diferença era ainda maior. Onde eu havia feito snorkel dia antes agora era um mar de espuma e areia, visto do alto. O cenário de beleza da praia fica intacto praticamente, no entanto. Mas não estava interessante para banho de mar. Voltamos para o PIC, e a ideia era tentar o Sueste. Mas mudamos de ideia, presumindo que toda a ilha estaria afetada pelo swell. Fomos então conhecer o Buraco da Raquel e arredores. Pegamos o busum para lá. Descemos no Porto e vimos como estava a praia. O que antes eram ondinhas mínimas, ideal para a criançada e para ficar flutuando de snorkel, agora era onda que atraía surfistas. Completamente diferente. As barracas de mergulho (Bodão e Sea Paradise) nem deram as caras. Era outro cenário. Conhecemos o Buraco da Raquel, visitamos o Museu do Tubarão – muito bacana, bem informativo não apenas sobre os tubarões (ensinava até mesmo o swell!), e grátis – depois fomos seguindo até a pontinha, onde se chama Air France, onde tem o encontro do mar de dentro com o mar de fora. Ambos agitados. Mirante dos tubarões, onde possivelmente se enxerga o bichão, estava lá, também com o mar agitado. Nada de ver tubarões. Fizemos um relax na praia. Só tinha surfista. Depois pegamos o busum de volta para a vila. Na vila ficamos visitando algumas atrações culturais que deixamos para o final. Tinha um museu, mas que estava fechado (mas a placa na porta indicava que ele deveria estar aberto...), tinha o Palácio, e outras atrações menores. Noronha é praia mesmo, de modo que descemos para o Cachorro para admirar o swell batendo firme na praia e puxando para o mar o que tinha pela frente. O som do mar recuando em meio às pedras era um barato. E o Buraco do Galego lá ao longe, sendo castigado. Encerramos nossa estadia com uma saideira no Bar do Cachorro. Voltamos para a pousada, banho, taxi, aeroporto, Recife. A Gol mudou algumas vezes os vôos desde a emissão da passagem e, no fim das contas, a volta acabou prejudicada. O que antes era uma simples conexão de uma hora em Recife chegando de noite no Rio, virou uma longa conexão de mais de 9 horas, chegando ao Rio de manhã no dia seguinte. Passamos a noite na Boa Viagem e aproveitamos para jantar e rever amigos. Dia seguinte estávamos de volta ao Rio e ao batente. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Quantos dias? Eu sempre tive para mim que pelo menos 4 dias cheios eram necessários. Eu hoje diria que o mínimo para Noronha são 3 dias cheios. Eu dividiria +- como fiz: 1º dia percorrendo Golfinhos, Sancho, Porcos, Cacimba e etc. Mar de dentro. 2º dia com Sueste, Leão e qq outro canto que sobrar para o fim de tarde. 3º dia para mergulho, passeio de barco e praia do Porto. E os bônus eventuais de tempo dos dias da chegada e partida. Necessário ter sorte para todos os dias estejam bons e sem swell. Mas esse é o mínimo. Quanto mais, melhor (e mais caro!). Quanto $$$$$? Isso vai de cada um. Vc pode ficar no albergue com banheiro compartilhado, pode ficar na pousada finesse das celebridades. Idem para comida. Mas vamos a alguns preços comuns (em Novembro de 2018): Garrafinha de água (500ml) varia entre 5 e 6 reais. Cerveja long neck é praticamente tabelada a 15 nos bares (20 no Bar do Meio, 16 no DudaRei, 12 no Recanto da Graça). Nos mercados esse preço cai pela metade. Barracas de praia: aluguel de guarda sol e 2 cadeiras sai a (acho que) 25 no PIC Sueste, 50 na Cacimba e no Bode. Na Praia do Porto era 40. Mas no bar Recanto da Graça você se sentava de graça (desde que consumisse, claro). Na Conceição o 1o que perguntei falou em 30. Em seguida o bar DudaRei disse cobrar 30 mas se consumir 50 reais não paga pelo aluguel. Corridas de taxi custam entre 30-40. Busum sai a 5 reais. Guarde o número da cooperativa de taxis – mas qualquer pessoa na ilha vai ter. Onde ficar? Vila dos Remédios. É onde tem o agito, é onde tem mais opções. Fiquei na Vila do Trinta e também achei muito bom, fica um pouco mais afastada e basta caminhar (não temos problemas em caminhar – vide o relato). Mas é importante saber que é ladeira. Por exemplo: Da praia do cachorro até o ponto do nortaxi é subida em pedra antiga. Ruim de andar de chinelos. Depois é subida em asfalto. E segue subindo, até a Vila do Trinta. Tem pousadas no Sueste, mas só se vc alugar carro e/ou quiser isolamento, ou se quiser se dedicar ao Sueste. Curiosidades linguísticas: Fernando de Noronha é como a galera começou a chamar Fernão de Loronha, que foi o primeiro “dono” da ilha, ainda nos tempos das capitanias. Boldró é como ficou conhecida a região em que os americanos ocuparam (daí a Praia do Americano, logo ao lado) e que chamavam de “bold rock”. Bold rock = boldró. Durante a 2GM, os americanos fizeram base na região e chamavam a região de bold rock.
  7. Fernando de Noronha é um arquipélago que pertence ao estado de Pernambuco. Noronha acaba sendo um destino não muito econômico, pois todos os produtos utilizados no arquipélago vêm do continente, o que os encarece bastante. Mas cada centavo gasto é muito bem recompensado pelas paisagens. Lembrando que a Baía do Sancho está em primeiro lugar na lista das 25 praias mais bonitas do Brasil pela Traveller’s Choice 2018 e a Praia da Cacimba do Padre também está lá. Como chegar: As duas companhias aéreas que operam voos para Noronha são a Gol e a Azul. Momento “Lá vem estória”: Essa parte me dói só de lembrar. Rs Estava pesquisando já há algum tempo os preços de passagem, até que achei por 700,00, aí fiquei na indecisão: compro ou não compro? Resultado: não comprei. Quando foi a tarde, a passagem já estava 1200,00, fiz a desesperada e comprei. No dia seguinte estava 700,00 de novo. Moral da estória: se a passagem estiver barata, compra logo ou espera o valor reduzir novamente. Para entrar na Ilha é necessário o pagamento da Taxa de Preservação Ambiental que varia de acordo com o tempo de permanência. Segue tabela abaixo: Mais informações no site http://www.noronha.pe.gov.br/turPreservacao.php Dica: Já compre antes pela internet para evitar filas no aeroporto. E guarde o comprovante ! Além da taxa de preservação, é preciso comprar um Ingresso do Parque Nacional Marinho para acessar alguns locais como a Baía do Sueste,a trilha para o Mirante da Baía do Sancho e a Praia do Atalaia, que está R$ 97,00 para brasileiros e R$195,00 para estrangeiros e também pode ser comprado pelo site https://tickets.parnanoronha.com.br/ ou direto lá em Noronha. Onde ficar: Como os valores de hospedagens em hotéis em alta temporada eram muito altos para meu orçamento, depois de muito pesquisa, descobri que alguns moradores fazem adaptações em suas casas transformando em “mini pousadas”. Escolhi a “Casa da Albertina”, pois tinha um valor atrativo e foi super atenciosa comigo e a localização era excelente, no centro – na Vila dos Remédios. Acabei ficando em um quarto anexo do outro lado da rua da casa principal, com micro-ondas, frigobar e sanduicheira. Como o café da manhã não estava incluído, foram extremamente úteis. Quem quiser, eu passo o contato. O que levar: > Se ainda não tiver um snorkel, acho válido comprar o seu. Pois você o usará em praticamente todas as atividades, além de poder utilizar em outras viagens e não precisará gastar com o aluguel (além de ser mais higiênico também.rs) > Câmera subaquática ou gopro. Mas há alguns lugares que alugam essas câmeras. > Protetor solar e labial > Um tênis confortável, se for fazer as trilhas. Tá gostando? Inscreva-se no blog para receber avisos de novos posts, no Instagram @astrolabio.trip e na página no Facebook Astrolábio Trip. O que fazer em Fernando de Noronha Fiquei 6 dias em Noronha e pra mim foi o tempo ideal para aproveitar os passeios de barco, de Buggy, mergulho e trilhas. A ilha não é muito grande, mas oferece muito para se ver e fazer. Organize-se para não desperdiçar nem um minuto! Praia da Cacimba do Padre, Baía dos Porcos e Sancho. Um dos cenários mais bonitos de Noronha, em cima e embaixo d´água. O acesso à Baía dos Porcos e Sancho não é dos mais simples. Do mirante da Baía do Sancho há uma escada na fenda de um penhasco para descer até a Praia do Sancho, mas como tudo em Noronha, vale a pena o esforço para mergulhar nas águas transparentes repletas de peixes e conseguir apreciar o Morro Dois Irmãos de excelentes ângulos. Ilha Tour O passeio pelo arquipélago que pode ser realizado em buggy, van ou 4×4 (dependendo da agência) com visita às praias, pontos históricos, com parada para banho, mergulho livre e dura o dia inteiro. Inclui ainda os mirantes e a Vila dos Remédios. O almoço não está incluso. Mergulho Os mergulhos são os pontos altos de Fernando de Noronha. Devido à sua preservação, podemos entrar em contato com toda sua diversidade de fauna marinha. As agências de turismo oferecem mergulhos para credenciados e batismo. Mas como sou uma viajante econômica, achei muito caro. Até que na volta de um dos passeios, chegando na Praia do Porto, conheci um rapaz que cobrava a metade do preço para o mergulho até o Naufrágio GregoEleane Stathatos, afundado em 1929, próximo ao Porto de Santo Antônioe sua profundidade é de 8 metros. Já estava incluído no valor todos os equipamentos (roupa de Neoprene, pés de pato, cilindro, máscara, colete). Para mim esse mergulho foi ideal. Mas para os mais corajosos, oriento verificar direto com as agências os de maior profundidade. Pôr do sol Esse é um espetáculo à parte. Os locais mais disputados (sim, ficam cheios) para assistir são a Praia da Conceição, Cacimba do padre e do forte Nossa Senhora do Remédios e o Forte São Pedro do Boldró (nos levam no final do Ilhatour). Projeto Tamar Além das palestras ambientais que acontecem diariamente às 20h, sobre tubarões, tartarugas, golfinhos e o próprio Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, há uma atividade imperdível: o monitoramento de tartarugas marinhas. Esta atividade pode ser acompanhada por nós, todas as 2ª e 5ª feiras, e é realizada através de captura intencional para marcação das tartarugas, na Praia da Baía do Sueste. Museu do Tubarão No museus do tubarão podemos conhecer um pouco mais sobre estes animais e as espécies presentes em Noronha. Há também um restaurante anexo. Uma parte bem divertida desse local são as esculturas onde podemos tirar muitas fotos, além da vista maravilhosa como em toda ilha. Gostou? Então não perca o próximo post com a continuação da viagem, com os Passeios de Barco, Trilhas, vida noturna e dicas úteis. Inscreva-se no blog para receber avisos de novos posts, no Instagram@astrolabio.trip ,na página no Facebook Astrolábio Trip e agora no nosso canal no Youtube Astrolábio Trip. Até breve, pessoal! Xoxo
  8. Lugares por onde andei: Fernando de Noronha Considerando o que se ouve, se fala e se olha sobre Fernando de Noronha, evidentemente que, dá uma vontade muito grande de ver como é que é, ainda mais quando, dias atrás, um viajante, lá pelas bandas do Jalapão disse que em matéria de turismo, Noronha está em primeiro lugar como ponto de visitação no Brasil. Quando ouvi, logo imaginei que tal turista tinha passado por lá para dar este veredito. Estas palavras permaneceram em mim até o dia, no qual poderia comprovar tal afirmativa, pois em se tratando de Jalapão, nadamos de braçadas. Mas, este assunto é para outra postagem. E o dia de conhecer Noronha, chegou. E viva o ecoturismo e a aventura! Viva as praias, as baias, mergulhos, surfe e as trilhas. A justificativa pra conhecer tal ilha baseia-se, primeiramente na “inveja”, segundamente no gosto pela aventura e, malandramente, pela oportunidade, aguardada. E lá vamos nós, nuvens adentro, rumo ao arquipélago. A aterrisagem foi tranquila numa tarde cinzenta, porem calorenta. A passagem pelo hall de acesso á ilha, um tanto quanto modorrenta, pelo fato de alguns não terem pago a taxa de entrada na ilha na compra do pacote turístico e ter que faze-lo no momento da entrada nas instalações do aeroporto, fato muito comum no trade, ao qual já estamos bastante acostumados. Aliás, para aproveitar os encantos da ilha, é necessário pagar uma taxa diária, a TPA – Taxa de Preservação Ambiental, que pode ser paga antecipadamente. Do lado de fora, vans, taxis e bugs disputavam a prioridade no traslado dos visitantes a suas respectivas pousadas, contratadas anteriormente, sem saber que a poucos metros um ponto de ônibus poderia ser utilizado para embarque num coletivo que faria o mesmo trajeto, com enorme economia. Bem, e nós? Embarcamos numa van, convidados que fomos por um agente que nos entregou à Pousada contratada. As Pousadas se equivalem, pois sobram na ilha. Café da manhã básico, quarto com ar condicionado e espaço bem definido para pouca bagagem. O atendimento dentro daquele padrão estimulo-resposta tão comum em nossas andanças. Claro que fomos bem recebidos e atendidos sempre que as duvidas apareciam quanto a locais, direção e aconselhamentos. E depois destas conversas, adentramos pelas trilhas da ilha, induzidos que fomos a fazer um tour motorizado para os iniciantes do passeio. Ilha tour é um passeio realizado por caminhonetes, taxis, bugs onde os turistas, caso sejam apanhados primeiro, vão na cabine, caso contrário, sobra pra carroceria. Carroceria coberta e as laterais livres para admirar melhor a paisagem. Mas, o itinerário é curto, o que demora mais são as caminhadas por escadas, pedras e mergulho nas águas claras das enseadas. E passou-se o primeiro dia. No segundo dia, embicamos nossos narizes para o passeio marítimo e lá fomos, mas adentro, ver golfinhos, tartarugas, pedaços de embarcações, peixes de várias cores, espécies e tamanhos. É neste passeio que temos a oportunidade de mergulho e ser rebocado por uma embarcação através da prancha subaquática (planasub), que nada mais é do que olhar para o fundo do mar, de óculos e respirando por canudinho (snorkel). Um passeio assaz interessante. Teve até uma gaivota nos acompanhando. Um churrasquinho a bordo e muito agua em volta. No terceiro dia, que deveria ter sido o primeiro, fomos dar uma volta naquele coletivo (micro-ônibus), citado no inicio desta relato, assim que saímos do aeroporto, lembram? Um passeio bem interessante, onde passamos a saber exatamente onde estávamos, a distancia dos atrativos, o tempo percorrido e a melhor noticia, saber onde se localizava a praia do Porto, local de treinamento para os passeios aquáticos destinado aos iniciantes nas águas azuis e mornas de Fernando de Noronha. E assim foi nossa visita á tão falada ilha, de tantas histórias e glamourização. Mais um lugar por andamos.
  9. Olá pessoal! Bom dia! Hoje vou comentar aqui sobre minha viagem para Fernando de Noronha. Muitos pensam que ir para Noronha é coisa de rico, que é algo muito distante mas não é bem assim... O ideal é escolher época de baixa temporada e fazer um pacote (dividido em 10x é claro!). Fiz um pacote para a semana do Natal que não é muito cheio. Já o reveillon lota e quase tudo dobra de preço. O pacote ficou 2900 por pessoa (voo e pousada para 5 noites) quarto duplo. Se for quarto triplo fica 2500 por pessoa. Na ilha economizamos bastante e gastamos cerca de mil reais por pessoas (contando passeio, comida e taxas de preservação). No blog www.wellisiane.blogspot.com.br conto detalhadamente com foi cada dia. Espero ter ajudado! Abraços. Lisiane
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