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  1. Dia 16 de outubro vou sair do rio e ir até a Bahia passando pelo litoral do espírito santo, queria dicas de lugares baratos para ficar como campings....
  2. INTRODUÇÃO Pode até parecer que esse relato foi feito para você, mas não foi. Esse projeto de relato é apenas uma tentativa de organizar minhas ideias, mas se você quiser acompanhar já que ele é público, pode ficar à vontade. Bem... após 2 anos e meio de pandemia resolvi voltar a fazer mochilão. Daí como ainda estou temerosa das incertezas que a pandemia trouxe no sentido das restrições de acesso, permanência e retorno das viagens internacionais, resolvi fazer um mochilão pelo Brasil. Acabei de comprar as passagens, segue os trechos: 1- Salvador x Cuiabá 2- Cuiabá x Brasília 3- Brasília x São Paulo 4- São Paulo x Belo Horizonte 5- Belo Horizonte x Vitória (trem) 6- Vitória x Teresina 7- Teresina x Salvador Não coloquei as datas porque não quero nenhum maluco na minha cola, sei o que você deve estar pensando e a resposta é não, eu não tenho mania de perseguição.😏 Não sei se é interessante pra vocês saberem os preços que paguei nas passagens, elas andam variando tanto que talvez esse dado não tenha a menor importância, mas só pra matar a curiosidade, gastei um total de 2325 reais nos 6 trechos, excluindo o 5, que será feito de trem, era até um trecho barato pra fazer de avião, mas eu descobri que tem um trem partindo de Belo Horizonte até Vitória, acho que com duração de 14 horas e que a vista é bem bonita, curto experiências e essa me cativou. Após essa viagem ficará faltando 3 estados brasileiros pra que eu possa concluir os 26 estados do nosso Brasil. Quem sabe o próximo mochilão será Acre, Amapá e Rondônia? Coisa pra se pensar depois. Certo... meu estilo de viagem é estilo canguinha, não um canguinha doentio tipo os Muquiranas lá do Discovery, mas uma canguinha que não paga mala despachada, dorme em hostel a maior parte do tempo, usa transporte público quando se sente relativamente segura, não frequenta restaurantes caros, etc e tal. Tenho uma experiência até que grande na arte de mochilar mas me sinto um pouco enferrujada. Mochilar pra mim era uma atividade nata, tinha uma facilidade boa para desenrolar uma viagem. Hoje, não sei se esses dois anos e meio de pandemia me fizeram perder a prática ou se as mudanças na internet estão me causando um pouco de dificuldade no planejamento. Deixe-me explicar melhor o que quero dizer com "mudanças na internet"🤔 me refiro a migração massiva dos dados escritos informativos para dados audiovisuais expositivos, os relatos passam a ser mais para impressionar do que pra informar, é tipo... "Vejam, estou aqui!" e não, "Vejam como chegar aqui!". Daí você acaba perdendo grande tempo consumindo esses conteúdos por vídeo que quando o objetivo não é se exibir é focado em te vender algo, seja a fórmula mágica para viajar barato ou seguro ou hospedagem... Tá, mas chega de filosofar, vamos para o que interessa. Serão no total 32 dias de viagem e abaixo indico quantos dias serão em cada estado. Confesso que decidi a quantidade de dias de permanência em cada estado sem muito embasamento, daí caso eu tenha cometido algum erro, no sentido de não ter tempo hábil para fazer tudo que desejo em cada local, ficará uma lição para vocês e o livramento de cometer o mesmo erro que eu. De nada! 1- Mato Grosso 6 2- Brasília 4 3- São Paulo 4 4- Minas Gerais 6 5- Espírito Santo 5 6- Piauí 6 Se você somou pra ver se dá 32 dias, você precisa se tratar, afinal anda muito desconfiado, fica a dica. Se você não somou precisa se tratar também, porque as pessoas estão te enganando e você nem nota. Conclusão: se tratem! A partir daqui vai começar um monte de "nãos seis". Alimentarei o relato com os dados e dicas obtidas nas buscas de hospedagem, agências de turismo, passeios, deslocamento rodoviário, orçamentos, possíveis percalços, exigência física para as atividades, possíveis perrengues, golpes, cuidados a serem tomados... MATO GROSSO Distâncias: Cuiabá - Pantanal (1h30min / 104Km) Pantanal - Chapada dos Guimarães (2h30min / 169Km) Chapada dos Guimarães - Cuiabá (1h / 66Km) Cuiabá - Nobres (1h50min / 120Km) Dia Local Passeios R$ Dia 1 Pantanal Deslocamento até lá o Pantanal e Focagem noturna Dia 2 Pantanal Dia 3 Pantanal Dia 4 Nobres Aquário Encantado, Cachoeira da serra azul, Lagoa das araras, boia cross Dia 5 Chapada dos Guimarães Circuito das Cachoeiras Dia 6 Chapada dos Guimarães Cidade de Pedras, Véu de Noiva, Vale do Rio Claro, Crista de Galo Dia 7 Cuiabá Amadurecendo as ideias, nada fará sentido, será editado posteriormente. Chegada em Cuiabá as 7:20 de uma terça-feira. Partida de Cuiabá segunda-feira as 10h. Não alugarei carro, farei os deslocamentos de ônibus e contratarei passeios na região. 1. PANTANAL Principais cidades do Pantanal do Norte: Barão de Melgaço, Cáceres e Poconé 1.1. Hospedagem Estou tendo dificuldades de encontrar hostel na região do Pantanal, as pousadas não possuem preços atraentes já que o público alvo da região parece ser a "gringalhada" e por isso existem muitas opções de hotel fazenda que oferecem um serviço completo que inclui hospedagem, passeios, boa estrutura, alimentação. Encontrei o relato do Eder Fortunato e creio que seguirei o conselho dele de ficar hospedada no Hotel Canoas em Poconé, ele fica localizado no início da transpantaneira. Entrei em contato com o hotel, preço atraente, mas senti falta de um site para verificar como de fato é o local, além de preferir reservar pelo booking, coisa que não é possível. Importante reservar um quarto com ar condicionado. Enquanto as pessoas normais tem medo das cobras e jacarés da região eu estou mesmo é com medo do calor extremo. 1.2. Passeios O hotel ficou de verificar alguns passeios para mim. Ainda não sei exatamente o que quero ver ou fazer. Mas pelo que entendi os passeios são focados em 6 atividades: cavalgada, pesca, passeio de barco, visita a Porto Jofre para ver onças, trilhas nos hotéis fazenda e focagem noturna. De início já estou descartando o avistamento de onças por se tratar de uma atividade onerosa. Abaixo o relato mais completo que encontrei de lá. 2. CHAPADA DOS GUIMARÃES 2.1. Hospedagem Se hospedar em Cuiabá ou na Chapada do Guimarães. Onde?? não sei 1.2. Passeios Entrei em contato com alguns guias da região para me inserir em algum grupo já que o preço cai muito dessa forma. Uma guia me apresentou um folder bem detalhado das atividades que tem por lá com fotos, valores e dicas. Por enquanto penso em fazer essas 5 atividades listadas abaixo: 1. Cidade de Pedra - Entrada até as 11h com condutor autorizado pelo ICMBio, limite de 120 pessoas. 2km de ida e 2km de volta, uso de perneira 2. Cachoeira Véu de Noiva - Esse parece ser o cartão postal da Chapada dos Guimarães, aberto diariamente das 09h às 16h. 3. Boia Cross - Consiste num passeio sobre uma boia (🙄 ora ora ora temos uma cherloque rolmes) de 5km pelas corredeiras do Rio Claro até o Rio Paciência. Dura cerca de 3,5h. 4. Mirante Geodésico 5. Circuito Águas do Cerrado (será que é o mesmo Circuito das Cachoeiras?) e a tarde Mirante Morro dos Ventos 3. CUIABÁ Hostel Dom Bosco 4. NOBRES Bom Jardim Links importantes: https://www.mochileiros.com/topic/88730-pantanal-norte-mt-relato-com-valores-e-fotos/ - Melhor relato encontrado https://www.icmbio.gov.br/parnaguimaraes/guia-do-visitante/43-atrativos.html#oqfazer folder-guimaraes-19-02.pdf
  3. Salve, pessoal. Minha noiva e eu estamos planejando uma viagem de carro do interior de São Paulo até João Pessoa. A viagem é só de ida pois estamos indo pra lá para morar. Vamos ainda neste mês de abril. Tenho aqui dois rascunhos de roteiro e gostaria de sugestões e pitacos de pessoas mais experientes e familiarizadas com essas estradas e destinos. A principal diferença entre os roteiros é que em um deles saíriamos de São Carlos, e iríamos por Minas Gerais até o Sul da Bahia. Já a outra opção começaria em Socorro, e íriamos pelos estados de RJ e ES até chegar ao sul da Bahia (a partir de Prado, os roteiros ficam iguais). A opção 1 por Minas, passaria por estas cidades: São Carlos > Capitólio > Ouro Preto > Santana do Riacho (ou outra cidade para acessarmos o Parque da Serra do Cipó) > Serro (ou talvez Diamantina) > Ouro Verde de Minas > Prado A opcão 2, por Rio e Espírito Santo ficou assim: Socorro > Paraty > Rio de Janeiro > Teresópolis > Búzios (ou Cabo Frio) > Vitória (ou Vila Velha) > Itaúnas > Prado A partir de Prado o roteiro por enquanto é: Prado > Arraial d'Ajuda (ou Trancoso) > Itacaré (ou Barra Grande) > Salvador > Imbassaí (ou Mangue Seco) > Coruripe (AL) > Maragogi > Olinda e Recife > João Pessoa Só minha noiva dirige, então gostaríamos de pegar no máximo 5h de estrada por dia (nos roteiros tem um outro deslocamento um pouco maior que isso, mas seriam exceções). Nossa ideia é estrada em um dia e parar ao menos um dia em cada destino para descansar e conhecer um pouco dos lugares. Uma informação importante é que temos uma cachorra de porte médio nos acompanhando nessa jornada, então ainda preciso verificar se teremos de fazer ajustes caso fique difícil em algum destino achar uma hospedagem que a aceite com a gente. Aceitamos sugestões entre a escolha dos dois roteiros. Estávamos mais inclinados a ir por Minas, mas pesquisando um pouco li que algumas estradas de lá estão em más condições. Entre a Serra do Cipó e a Bahia não consegui encontrar destinos de muito interesse (até por isso tem um deslocamento maior ali), Ouro Verde de Minas acabou entrando como um "quebra galho" mais para dormir e talvez já pegar a estrada no dia seguinte. No outro roteiro, alguns amigos me disseram que o Espírito Santo não valia muito a pena. Nunca fui pra lá e achei um pouco forte essa afirmação. Pensei tb em alguma cidade na região mais serrana do estado, mas acabei traçando esse rascunho de roteiro pelo litoral. Se alguem tiver outras sugestões no ES, agradeço muito. Bom, acho que por hora é "só" isso. O texto já ficou bem extenso. Obrigado!
  4. E ai galera, Em março ou abril estou planejando uma viagem de moto saindo daqui da Bahia, passando por alguns pontos como Itacaré e Porto Seguro e descer para o Rio de Janeiro pelo Espirito Santo. Essa vai ser minha maior viagem de moto até o momento, estou planejando ficar em alguns campings ou eventualmente em pousadas. Serão cerca de 15 dias. Queria algumas dicas de vocês tanto de viagem em geral, quanto para o roteiro no Espirito Santo e Rio de Janeiro que não conheço ainda.
  5. Escrever um relato de viagem em 2020 é, sem dúvida, algo desafiador. É polêmico. Os debates entre a turma do fique em casa e a turma do siga a vida foram muito acalorados e ainda rendem demais até hoje. Cada um tem sua consciência, sabe muito bem o que deve fazer depois de tantos meses de pandemia, visões opostas sempre vão ocorrer nesse tema e o respeito em um bom debate deve sempre prevalecer. Não vou entrar nessa discussão, como o tema aqui são os relatos de viagem vou registrar a viagem que fiz na primeira quinzena de novembro de 2020 e ficam as informações a quem interessar em conhecer esses lugares, seja ainda em 2020 ou em 2050. Desde julho já pensava no que poderia fazer nessas minhas 2 semanas de férias em novembro. Pra começar, não tinha segurança em pesquisar uma viagem que envolvesse compra de passagem aérea. O cenário instável que prevalecia no meio do ano (e até hoje) faz com que a gente fique com um pé atrás na hora de comprar uma passagem com antecedência que pode vir a ser cancelada com qualquer mudança nesse cenário caótico do mundo. Por isso, resolvi que faria uma viagem diferente. Seria minha primeira "road trip". Nunca tinha viajado longe de carro, mas era a melhor opção no momento. Afinal o carro é meu, e eu posso planejar a viagem tranquilamente que quando chegasse o dia da viagem se a situação estivesse favorável eu ia viajar, se não estivesse, eu não iria, e o carro ia continuar sendo meu, sem nenhum prejuízo, sem ter que preocupar com cancelamentos. E no final das contas achei que super valeu a pena. Gastei em torno de 550 reais com combustível e rodei ao todo 2017 km. Uma passagem aérea não sairia apenas isso. Ainda tive a flexibilidade de visitar vários lugares. E sozinho. Se fosse com o carro cheio então, seria baratíssimo pra todos. A escolha do destino teve que ser de acordo com o meio de transporte. Como ia de carro, não podia ser muito longe pra não dirigir demais e ser cansativo. Não conhecia o Sul da Bahia e era um destino interessante pois dava pra fazer com 2 dias de viagem, viajando só de dia e parando pelo caminho onde achasse que tinha algo interessante, aproveitando a estrada, curtindo sem pressa o prazer de dirigir. Quando se pensa no sul da Bahia, se pensa em Porto Seguro. Mas o forte da cidade são as baladas e não tá tendo. Pesquisando lugares tranquilos e bonitos, me apareceu um nome grande e difícil de falar: descobri Cumuruxatiba, distrito de Prado. Falésias, coqueiros, praias desertas...tudo que eu precisava. Na volta, ir parando pelo Espírito Santo, em Itaúnas e na Pedra Azul. Definido o roteiro, tinha que pensar em outro ponto bastante afetado pela crise: a hospedagem. Sempre fico em hostel quando viajo e nessa região quase não tinha hostel. Os poucos que tinham estavam fechando os quartos coletivos só para grupos completos. Então, seguindo as pesquisas, descobri algo que tem bastante naquela região: campings. Porém...eu nunca tinha acampado na vida!!! Bem, pra tudo tem uma primeira vez. Seria minha primeira road trip e seria também a primeira vez que eu ia acampar. Comecei a pesquisar sobre barracas e comprei uma Vênus Guepardo. Ótima! Aguentou muita chuva em Cumuruxatiba, resistiu bravamente. Carro revisado e barraca comprada, saí de casa em Conselheiro Lafaiete/MG no domingo, 1° de novembro, bem no meio do feriadão. Ótimo viajar no meio do feriadão, estradas vazias e muito tranquilo. Nesse primeiro dia, dirigi 400km até Governador Valadares, onde cheguei por volta de 17h e procurei um hotelzinho pra passar a noite. No dia seguinte, feriado de Finados, fiz o trecho restante, mais uns 400 e poucos km até Prado/BA. Pelo caminho, essa maravilha na estrada pouco depois de Teófilo Otoni. Entre as vantagens de viajar de carro: parar e aproveitar a paisagem quando quiser. Parei pra almoçar num beira de estrada em Nanuque e pouco depois das 16h cheguei em Prado debaixo de muita chuva. Como sabia que até Cumuruxatiba eram mais de 30km de estrada de terra, resolvi ficar em Prado pois estava chegando no fim da tarde e com tanta chuva não me animei a seguir. Como nunca tinha acampado, fiquei com medo de procurar um camping debaixo daquele aguaceiro e isso transformar minha primeira experiência num camping em algo meio traumático, então decidi procurar alguma pousadinha em Prado. Como era final de feriadão, a cidade estava esvaziando e todas as pousadas tinham vagas. Os preços mais em conta que achei no centrinho foram entre 100 e 120 reais. Por causa da chuva e do fim do feriado, o tradicional Beco das Garrafas no Prado estava deserto. Apenas procurei algo pra comer e voltei pra pousada. Terça, 3 de novembro. O dia começou apenas nublado, tomei o café da manhã da pousada e já saí pra Cumuruxatiba. A estrada de terra (na verdade me pareceu mais arenosa do que de terra) estava bem molhada e em alguns pontos com poças enormes cobrindo toda a estrada. Realmente tinha chovido muito nas últimas horas. Mas deu pra passar sem nenhum perigo de atolar. Porém a estrada não é nada boa. Foram pouco mais de 30km que eu levei mais de uma hora pra fazer Chegando em Cumuru, já por indicações aqui do site, escolhi ficar na Hospedaria Cumuruxatiba, mais conhecida como camping do Jef, o suíço que mora há 25 anos em Cumuru, em frente a represa de água do rio onde toma seus banhos. Fui recebido por sua esposa, Isabel, que me passou os preços: 25 reais pra acampar ou 60 no quarto privado. Como estava só nublado e eu já louco pra estrear no mundo do camping, resolvi montar a barraca e deixar o quarto só pro caso de eu encher o saco com a barraca. Terminando de montar a barraca, já começou a chover. Só estávamos eu, o Jef e a Isabel e 4 jovens que estavam fazendo voluntariado lá. Ficamos a tarde toda na mesa que tem na área coberta da pousada, conversando, depois jogando Uno. Por volta de 7 da noite que a chuva parou. Saí pra reconhecer o território. O camping fica bem no começo da vila, o centrinho mais movimentado fica uns 600m a 1km dali. Tava tudo bem deserto, tinham uns 3 ou 4 butecos, 2 padarias, 2 mercadinhos, movimento zero, interior mesmo, nada que lembrasse turismo, completamente isolado num pós feriadão chuvoso. Passei minha primeira noite dormindo numa barraca. Choveu demais de madrugada mas a barraca ficou sequinha. Adorei a experiência, não tinha nenhuma diferença assim tão gritante de dormir num quarto. Já tinha a sensação que eu ia gostar de acampar. Agora tenho certeza. Na quarta-feira, aproveitei a manhã nublada mas com um certo mormacinho pra ir caminhando pela praia. Fui até a Praia do Moreira, uns 3 km ao norte da vila. Não deu pra aproveitar, logo começou a chover. Voltei pra Cumuru, pedi um super e farto PF de 18 reais no restaurante Ema, onde segui almoçando nos próximos dias, e voltei pro camping porque o tempo tava uma merda E assim o tempo ficou na quinta também, chuva fina, temperatura de 20 graus, até o pessoal que mora lá tava estranhando tantos dias de chuva e vento frio em novembro. Na sexta ainda amanheceu chovendo, mas finalmente o tempo começou a firmar a partir da tarde. Fui caminhando pelas praias um pouco ao sul, acompanhando as falésias. Depois fui pra praia do centro onde um tumulto já acompanhava a cena mais bizarra do dia: um playboy doidão resolveu entrar com a sua Land Rover pela areia pra deixar o jetski mais perto da água. A maré subiu, ele não conseguiu sair e foram umas 2 horas de odisseia pra resgatar o carro do maluco Foi o assunto da vila. Segui pra umas barraquinhas pra comer tapioca. A maioria delas estava fechada mas o tiozinho da tapioca disse que era porque o tempo tinha estado muito ruim e a turma tava desanimada. Ali em frente funcionava o mais gourmet dos restaurantes de Cumuru, o Samburá Duzé, onde a turma vai gastar um pouquinho mais de grana… E no sábado, enfim solzão da Bahia. Dia de enfim ir na Barra do Caí. Minha intenção era alugar uma bike. Cheguei na borracharia onde aluga, estava fechada, me disseram que o dono morava ao lado, chamei lá mas uma mulher me disse que ele tinha saído e só ia chegar lá pras 10 horas. Ainda era 8 e pouco e resolvi que ia andando. Dá uma boa caminhada, acho que uns 12 km, mas eu adoro caminhar então fui tranquilo pelas praias que eu já tinha passado na quarta, praia do Rio do Peixe, Peixe Grande e Peixe Pequeno até as falésias da Praia do Moreira que é o meio do caminho e onde precisa subir o barranco e seguir pela estradinha que vai até uma bela fazenda, uns cavalos pastando, aparentemente sem morador, mas com uma bela churrasqueira, cercada de coqueiros no alto da falésia e descer pra praia de Imbassuaba. Praia do Moreira Uma fazendinha dessas bicho... Praia de Imbassuaba Depois continuei pela areia seguindo até a Barra do Caí. Foram 2 horas e meia de caminhada. Fui andando rápido e sem parar muito. Se for devagar e parando mais pode botar bem mais tempo nessa conta. Dizem que foi na Barra do Caí que os portugueses chegaram no Brasil pois vindo pelo mar é onde dá pra ver o Monte Pascoal e descrição do local bate com a carta do Pero Vaz. Tem uma cruz e uma placa lá falando que foi ali que o Brasil começou. Só tem uma barraca de praia lá, o Restaurante Glória. Pelo isolamento do local, por ser a única opção, não é barato, uma garrafa de cerveja 600ml tava 16 reais mas com o sol do meio-dia chegando e depois de uma bela caminhada decidi que eu merecia esse presente e fiquei tomando umas brejas, curtindo o bom som MPB e pop rock nacional da barraca até umas 14:30. Voltei andando pelo mesmo caminho, dessa vez um pouco mais devagar e levei 3 horas até Cumuru. O resto do pessoal que tava lá tinha ido de carro. Encontrei algumas pessoas de bike pela areia mas não sei que caminho eles tomaram pra desviar do penhasco na Praia do Moreira, creio que devem ter seguido pela estrada dos carros. No domingo o sol continuou, 5 da manhã já está claro e eu já estava caminhando pela praia. Aproveitei a manhã de sol e por volta das 10h levantei acampamento e segui meu caminho antes que o Jef começasse a pensar que eu ia morar pra sempre no gramado dele 😆 Só por informação, não tem posto de combustível em Cumuru. Eu estava com meio tanque e o ideal é que você vá abastecido, mas em caso de emergência, na loja de material de construção o cara vende gasolina na garrafa pet, vi várias motos abastecendo lá, então fica a dica num caso de emergência. Ao contrário da vinda, que eu passei pela estrada mais ao interior que é mais plana e estava com muita chuva, a volta foi com tempo seco, sol e fui parando nas praias. A maioria delas parei apenas pra uma foto. Comecei na Praia de Japara Mirim que estava deserta e tem uma estradinha bem estreita pra chegar. Depois fui na de Japara Grande que é mais famosa e tinha uns 4 carros lá. Essas duas precisa sair da estrada principal, já as próximas ficam na beira da estrada pra Prado mesmo, é só parar e aproveitar. Parei na Praia das Ostras, deserta. Depois na Praia do Tororão que é mais famosa e tem até uma cachoeirinha que cai na praia e tinha vários carros lá. Tinha um restaurante (ou barraca grande, sei lá) mas não parecia muito atraente. Depois parei na Praia da Paixão onde aí sim tem várias barracas de praia. Pedi uma cerveja lá que era 15 reais a garrafa de 600ml mas não gostei do atendimento e segui rumo. Parei na Praia do Farol que já é quase chegando em Prado. Lá tem a Barraca do Jorge que ali sim eu gostei, som bacana, carros estacionados debaixo dos coqueiros, galinhas passeando 😀, cerveja a 10 reais e PF por 20. Fiquei um bom tempo por lá. Antes de chegar em Prado ainda dei uma passadinha pra conferir a Praia da Lagoa Grande e segui pro camping que tinham me indicado, Camping Vista pro Mar. O nome já fala tudo, beira mar, gramado bem cuidado, tem área coberta (não precisava ter ficado em pousada naquele dia que cheguei debaixo de chuva 😏) o dono é um goiano chamado Marcelo super gente fina, tava lá tomando umas brejas com um casal que tava num motorhome e já me chamaram pra juntar com eles. Tinham outros 2 casais viajando em trailer lá também. Tem uma escadinha pra descer do camping direto pra praia, foi o melhor lugar que fiquei na viagem, só faltou mesmo uma cozinha pra quem gosta de cozinhar e um filtro de água. Depois que anoiteceu fui no centro do Prado pra ver o movimento. Tava bem sossegado num final de domingo mas melhor que naquele dia chuvoso que cheguei. Fiz um lanche no Lampião Burguer e voltei pro camping. Nessa hora todos os 3 casais estavam lá e foi o único momento na viagem que eu socializei mais com uma turma viajante, conversei sobre viagens e tal. Como era minha primeira viagem em camping notei essa diferença pra mim que tô acostumado a ficar em hostel. Embora sempre tenham exceções, camping dá mais família, casal, poucos viajantes solitários, pessoal dorme e acorda cedo. Hostel já é o oposto. Mas o espírito viajante e a interação da galera é a mesma. Segundou e acordei com o sol das 5 da matina invadindo a barraca. Fiquei lá estirado no gramado do hostel curtindo o sol da manhã. Depois desci pra praia. A praia de Prado é mais brava, muita onda, bem diferente das praias mansas e rasas de Cumuruxatiba. Fiquei até umas 10 da manhã, paguei os 35 reais da diária e aproveitei a hora mais quente do dia pra seguir viagem. Foram 5 horas de viagem, contando com 1 hora de parada pra almoçar, até Itaúnas/ES. Tem uns atalhos por estrada de terra pra quem vem da Bahia, mas não compensa. Uma coisa que eu não sabia é que a rodovia de Conceição da Barra até Itaúnas já está quase toda asfaltada, tem apenas alguns poucos trechos de terra em obras e no geral um asfalto novo de boa qualidade até chegar em Itaúnas. Fui pro Tribo de Gaia, que é hostel, pousada e camping. O quarto coletivo era 60 reais e estava vazio. Era segunda-feira e a dona me disse que nos fins de semana tem dado sorte de fechar os quartos coletivos apenas para grupos. Seu quarto tem capacidade pra 5 pessoas e se não fosse fechar pra grupo poderia hospedar apenas 2 pessoas o que seria inviável, por isso prefere não trabalhar com hostel no momento. Se eu quisesse poderia ficar porque estava vazio mas eu preferi montar a barraca na parte de baixo da pousada onde tem um espaço pra camping em que ela cobra 35 reais. A área comum de cozinha e banheiros pode ser usada por todos. Dei uma volta rápida pela vila ao cair da noite, dava pra ver que tinha um pouco mais de movimento turístico que Cumuruxatiba, mas tava bem sossegado, provavelmente por ser segunda-feira, já que a dona da pousada disse que o fds tava bem agitado, tendo até os tradicionais forrós de Itaúnas. Na terça, dia 10 de novembro, tirei o dia todo pra curtir as Dunas de Itaúnas. Fui pela trilha do Tamandaré, que passa pela única casa que sobrou da antiga vila de Itaúnas e chega bem no começo da praia. Fui andando pela praia até onde ficam as barracas. São 6 barracas de praia mas no meio da semana apenas 3 funcionam. Fiquei na Barraca Sal da Terra. Todas tem basicamente os mesmos preços e a cerveja é latão. Foi um dia só de praia mesmo, relaxar tomando uma cerveja e olhando as ondas… Sobre as Dunas de Itaúnas, passei por elas na hora de ir embora. Pra quem já conhece Genipabu/RN ou Huacachina/Peru, Itaúnas não empolga. As dunas são bonitas mas são bem modestas. Era uma vontade que eu tinha de conhecer mas não achei nada de excepcional. Como tava meio que no caminho da volta e pelo dia bonito de sol na praia, valeu a pena, mas as dunas não me empolgaram. No dia seguinte segui cedo pra Linhares, fiquei na casa de uma amiga que me levou pra conhecer uma praia a 50km de Linhares, Pontal do Ipiranga, praia larga, comprida e deserta (meio de semana né) Na quinta-feira segui caminho, subi a serra, parei na cidade de Santa Teresa apenas pra almoçar mas pude ver que é uma cidade bacana, arquitetura bonita, colonização italiana, vale a pena uma visita com mais tempo. Seguindo pela estrada, passei pela cidade de Santa Maria de Jetibá cuja placa dizia ser a cidade mais pomerana do Brasil. Fato que a serra capixaba tem muita tradição de imigrantes. Cheguei de tarde na Pedra Azul, com uma chuvinha ameaçando. Parei na lanchonete da Pousada Peterle que fica no trevo da BR-262 com a Rota do Lagarto onde tem o letreiro da Pedra Azul e uma vista bacana. Depois segui pela Rota do Lagarto até depois da entrada do parque onde fica, no km3, o Ecoparque Pedra Azul, onde tem o camping. Tem uma área coberta também, água de nascente, um pessegueiro carregado e uma vista magnífica da pedra. Na sexta-feira 13 fui logo de manhã pro Parque Estadual da Pedra Azul, a pé mesmo, fica a uns 2 km do camping. Por causa da pandemia, tinha mandado um e-mail 2 dias antes pra agendar minha visita já que estão entrando apenas 50 pessoas por turno com agendamento. Mas tava bem vazio, na hora que eu fui estava sozinho e deu pra ver na lista do guardinha que não tinham nem 15 pessoas agendadas pra aquela manhã nublada. A trilha no parque é normal na mata, bem suave, a mais difícil é a que vai pras Piscinas Naturais mas como tinha chovido bastante à noite, estava bem molhado e escorregadio, além de friozinho e nublado, me desaconselharam a fazer. O diferencial de fazer a trilha no parque é que dá pra você por a mão na pedra. Pra fotos não é interessante, o ideal pra fotos é lá embaixo na estrada onde tem a portaria do parque. Meu plano era ficar o dia todo por ali, mas as opções eram restaurantes aparentemente caros, passeios com cavalos escandinavos, coisas que não eram bem o meu estilo. A parte de trilha e a linda vista da pedra eu já tinha curtido, então resolvi levantar acampamento, aproveitar a flexibilidade que o carro proporciona e caçar caminho de casa, pois na segunda-feira já estaria de volta ao batente. Depois de 7 horas de estrada e algumas paradas pra lanche, cheguei em casa à noite. Esse foi o resumo do rolê, Cumuruxatiba é linda, tem praias maravilhosas e pra esse povo que pensa que ES é só praia, se passar na rodovia perto da Pedra Azul não perca a oportunidade de explorar aquela região espetacular. Até a próxima mochileiros!!
  6. Olá pessoal. Espero que todos estejam bem. Meu nome é André Berlinck, sou fotógrafo profissional e faz 2 anos e meio moro no Caparaó. Como atualmente muitos de nós estamos em quarentena e impossibilitados de sair, fiz um vídeo para mostrar um pouquinho desta nossa terra maravilhosa. Como li recentemente no face do Mochileiros sobre o dólar turismo a 6 Reais, espero que quando a pandemia passe vocês venham ao Caparaó nos visitar. Não vão se arrepender. Se cuidem todos e até logo mais. Grande abraço!
  7. Estive semana passada no Parna Caparaó. Após subir o Bandeira e o Cristal no ano passado, o objetivo era subir os picos adicionais entre os maiores do Brasil (Cruz do Negro, Pedra Roxa, Tesouro e Tesourinho). Dia 1: Tronqueira -> Terreirão Cheguei em Alto Caparaó na 3ª-feira, por volta de 13:00, almocei e parti direto para o parque. Na entrada, os funcionários só perguntaram se eu já conhecia o parque (não perguntaram o destino, então não precisei omitir nada). Paguei a entrada e escrevi meus dados em uma folhinha. Fui de carro até o acampamento Tronqueira, a estrada pode ser percorrida por carros de passeio sem dificuldade. O caminho entre os acampamentos de Tronqueira e Terreirão é percorrido à pé. A trilha é bem marcada e simples (H: 3710 m, A: 458 m, D: 27 m ) ao lado de um riacho. Uma Araucária marca a metade do caminho. Cheguei no Terreirão (vazio!) um pouco antes das 16:00. Montei a barraca e fiquei tirando fotos por lá. A área é muito grande, deve ser engraçado nos finais de semana em que o lugar fica com mais de 50 barracas. A estrutura é boa: terra fofa e plana, banheiro e água. Fiquei passeando por perto até o por-do-sol, tentando me aproximar de um casal de aves e tirando fotos da região. Após comer alguma coisa, fiquei lendo na barraca e peguei rapidamente no sono. Era bom descansar o máximo, pois o dia seguinte seria o grande desafio... Dia 2: Terreirão -> Tesouro -> Terreirão Acordei cedo (5:30), com a barraca congelada pelo lado de fora . Com o frio, demorei pra tomar café, preparar a mochila de ataque, arrumar e trancar os equipamentos. Saí do Terreirão por volta de 6:30. Percebi depois que deveria ter saído mais cedo – a caminhada (ida e volta do Tesouro) é longa e exige todo o tempo disponível com luz do dia. Primeiro destino: Morro da Cruz do Negro (12º do Brasil, 2658m). A trilha começa pela trilha comum de acesso ao Pico de Bandeira. Após caminhar 20 min, a trilha chega em uma laje, onde se deve desviar para o norte, seguindo uma crista que começa na direção noroeste, depois norte. Em mais 35 minutos eu estava no cume da Cruz do Negro. O cume oferece uma vista muito legal, dos arredores, das montanhas ao sul (Bandeira, Pedra Roxa e Cristal) e do resto do caminho rumo ao Tesouro. Apesar do nome, o cume não tem uma cruz. A navegação até aqui foi tranquila. Mesmo sem trilha definida, há alguns totens, a trilha ocorre pela crista e o terreno não oferece obstáculos. Nenhum ponto de escalaminhada. Segundo destino: Pico do Tesourinho (21º do Brasil, 2584m). A trilha prossegue no sentido nor-noroeste. Após descer 90 m, sobe-se um pouco em um ombro da Cruz do Negro, onde finalmente se encontra uma cruz. A descida continua e a vegetação fica mais densa. Quando estava por volta de 2380 m, estava sem trilha definida, sem visão (nuvens atrapalhando a visão) e a vegetação densa prejudicava a evolução. Acabei me atrapalhando na hora de passar por uma cerca. O saldo foi um baita rasgo na calça e os dois pés dentro de uma poça . Pelo que percebi na volta, havia totens 40 metros à oeste de onde eu passei, em um caminho mais limpo. A partir da parte mais baixa, a trilha continua pro norte, subindo primeiro um ombro do tesourinho, depois o próprio pico. Cheguei no cume aproximadamente 2h depois do cume do morro da Cruz do Negro. A navegação entre a Cruz do Negro e o Tesourinho é mais complicada, principalmente no vão entre os dois picos. A falta de trilha bem definida fez com que eu errasse o caminho tanto na ida quanto na volta. Na ida, cruzei a cerca à leste do que deveria. Na volta, comecei a subir a Cruz do Negro à oeste do melhor caminho. Terceiro destino: Pico do Tesouro (14º do Brasil, 2620m). Desci o Tesourinho em direção a uma pequena elevação, sentido Nordeste. A partir dali, a trilha segue na direção Noroeste, contornando a parte íngreme de rocha pela esquerda. Apesar de não haver uma trilha bem demarcada, há totens no caminho (marquei 26 totens no GPS). De qualque modo, nem sempre há um totem visível a partir do próximo. Com isso, a navegação apresenta alguns problemas, principalmente na hora de subir o pico principal e na presença de nuvens (abundantes no dia). Acabei tentando subir por um caminho muito íngreme e tive que voltar no meio, passando um baita aperto (nessa hora bateu um medo por estar sozinho em uma trilha raramente usada). Um ponto importante é que não há qualquer trecho de escalaminhada pesada em todo o percurso, se você estiver subindo/descendo algo muito íngreme, não está indo pelo caminho correto. Após uma longa subida, chega-se ao primeiro cume. A caminhada termina em direção ao Norte, onde chega-se ao ponto mais alto (e existe uma placa de metal desgastada jogada num canto). A caminhada durou 2:30 a partir do Tesourinho, sendo que 20 minutos foram desperdiçados tentando subir no ponto errado e consertando a rota... O almoço no cume do Tesouro foi um típico momento de “mixed feelings”. Por um lado, eu estava feliz em ter chegado até o pico de mais difícil acesso do parque, aproveitando o visual entre as nuvens. Por outro lado, estava preocupado com o desgaste causado pela bota molhada, pelo tempo que seria necessário p/ voltar antes do sol se por e com eventuais novas dificuldades de navegação. Pensei tb nos 30 minutos de luz do sol que perdi ao sair “tarde” do acampamento. A volta começou por volta de 12:40. No geral, tive menos dificuldade para achar o melhor caminho, apesar de estar bem cansado e de pior visibilidade. Acabei errando o caminho entre o Tesourinho e a Cruz do Negro. Achei alguns totens que havia deixado de ver na ida (bem na parte baixa, onde errei o caminho e molhei as botas). Os totens acabaram me levando a começar a subida (do ombro que precede o Morro da Cruz do Negro, não o principal) em um ponto ruim. Acabei tendo que corrigir indo para Leste. Cheguei no cume do Morro da Cruz do Negro às 17:30, com o sol prestes a se por. O visual foi fantástico: o vento parou e a combinação de nuvens com as luzes criadas pelo por do sol foi mágica. Mesmo cansado, e preocupado pela navegação durante a noite, parei p/ apreciar a vista e tirar algumas fotos, que nem de perto retratam a beleza do momento. O resto da caminhada foi sem maiores problemas, mesmo no escuro. Fiz o mesmo caminho até o Terreirão (acho que dá pra ir por outra crista, sem passar pela trilha ao Bandeira). Cheguei no acampamento as 18:20, quase 12 horas depois de ter partido, completamente exausto. Ir e voltar do Tesouro envolve um esforço grande para um dia (H: 14140m, A 1241m, D: 1241m). Uma boa comparação é com subir e descer o Pico Paraná em um dia. Mesmo com menos trechos de escalaminhada e distancias menores, a ida e volta ao Tesouro é mais desgastante. Em primeiro lugar, a trilha do Pico Paraná tem um começo fácil, com trilha bem marcada e pouca inclinação, o que não ocorre na ida ao Tesouro. Além disso, eventuais caminhadas por trechos sem trilha desgastam mais do que as partes “corrida de obstáculos” na trilha do PP. Havia outros dois caras acampando solo no Terreirão e deu pra bater um papo, enquanto me preparava p/ dormir. Estava muito cansado e foi a melhor noite de sono que já tive em uma barraca. Dia 3 – Terreirão -> Bandeira -> Terreirão -> Tronqueira No dia seguinte, acordei com muitas dores nos pés (bolhas) e nos músculos. Pra piorar, o tempo estava completamente fechado. Apesar disso, fui em direção ao Pico da Bandeira, visando chegar até a Pedra Roxa. Não estava decidido entre tentar contornar o Bandeira por baixo ou avançar a partir da crista em seu cume. Ao longo da trilha, tentei achar algum caminho lateral que fosse adequado, mas a falta de visibilidade prejudicou qualquer avaliação. Acabei subindo até o cume do Bandeira, que estava em condições hostis - sem visibilidade alguma e fortes ventos. Como não conseguia ver a Pedra Roxa, fiquei na dúvida se a crista disponível ao lado do “Cristo” era a que levava à sela entre as montanhas. Esperei uns 30 minutos abrigado do vento para que as condições melhorassem, mas o tempo continuava muito ruim. Com as rochas molhadas, desgastado e sem visibilidade acabei desistindo de ir até a Pedra Roxa. Ia ter que voltar ao Caparaó uma 3ª vez para completar os 6 picos (o Calçado não conta...). Aceitando o clima desfavorável, me arrastei até o Terreirão, e dali até o acampamento Tronqueira. O curioso é que o clima estava ótimo abaixo de 2400 m de altitude... quente, seco e sem vento. O problema só aparecia acima de 2600 m. O saldo de subir/descer o Bandeira, incluindo algumas tentativas de achar uma trilha lateral, mais a volta ao Terreirão e a descida ao Tronqueira foi H: 11210m, A: 719m, D: 1151m. Teria sido um dia fácil não fosse o desgaste do dia anterior.
  8. Pessoal, gostaria de compartilhar minhas viagens, pois vocês sempre me ajudam quando compartilham suas experiências. Em 2013 fiz minha primeira viagem (organizada por mim mesma), não foi tão boa quanto poderia ter sido, aprendi muuuuito com isso. Bom, em Janeiro de 2013, resolvi do nada ir viajar para o ES. Meu marido e eu compramos a passagem de avião de ultima hora, apesar de tudo não saiu tão caro. Chegamos em Vitória-ES e pegamos um ônibus para Vila Velha (na época não haviam UBER) não foi uma experiência muito boa, pois percebemos que os ônibus enchem muito e com nossa mala gigante não foi tão legal. Escolhi um hotel de péssima qualidade, nunca mais faço isso, hoje em dia olho todos os detalhes possíveis para não cair na furada. CANCELAMOS a estada no hotel e seguimos a pé para a orla da Praia de Vila Velha e nos hospedamos no ITAPARICA PRAIA HOTEL, fechamos tudo na hora e o preço ficou excelente. Esse hotel eu super recomendo. Na região de Orla de Vila Velha (em 2013) não tinha muita coisa para fazer, é basicamente peixinho com batata frita na orla e caminhada no calçadão no fim do dia. A praia de VV é bonita, mas não tão surpreendente. Para quem mora em região praiana, não vai ter tanto impacto. A noite em VV é shopping, um ou dois bares e fim!!! Nada comparado a agitação do Rio. O melhor de VV foi a muqueca!!! Depois pegamos um ônibus e fomos para Guarapari. O ônibus horrível, mas blz. Ficamos Hospedados no Hotel Fragata, no final da orla da praia do Morro. A estada foi excelente (em 2013). Como fomos em janeiro, período de férias, tivemos que enfrentar a super lotação, muitos turistas sujando a praia. A noite quando andávamos pela orla (diga-se de passagem uma delícia para caminhadas e prática de esportes) nós viamos que a prefeitura limpava toda a praia, retirava o lixo. Pela manhã eu dava uma corrida (7h) e a praia super limpa. Quando os turistas chegavam... Nossa que tragédia, muuuita sujeira. No final da praia do Morro, próximo ao hotel Fragata, tem um caminho chamado Morro do Pescador, que você paga uma pequena taxa para entrar, tem uma trilha de fácil caminhada bem gostosa e boa para fotos e no fim tem uma prainha bem miudinha, mas um espetáculo a parte. Vale a pena ir conhecer. Fomos a Praia das Castanheiras e Areia Preta, normal, nada de espetacular para quem mora em região praiana. A noite na Praia do Morro é muito bom para tomar um sorvete, fazer um lanche, andar de bike. Um clima muito agradável. O QUE FIZEMOS DE ERRADO? SOMOS DO RJ, DEVERÍAMOS TER IDO DE CARRO DO RJ PARA ES, POIS PERCEBEMOS QUE AS MELHORES PRAIAS, AQUELA TIPO CARIBE, SÃO MAIS FÁCEIS DE ACESSAR SE ESTIVER DE CARRO, DESSA FORMA VOCÊ PODE IR BEIRANDO A ORLA E DESCOBRINDO TUDO QUE HÁ DE MELHOR. DE CARRO VOCÊ TAMBÉM PODE TRAZER AS FAMOSAS PANELAS DE BARRO E PEDRA, PODE CONHECER OS PARQUES NATURAIS ETC... ENTÃO A GRANDE DICA É: VÁ DE CARRO, SE VOCÊ MORA EM UM ESTADO QUE FAÇA DIVISA.
  9. Estou cogitando fazer uma road trip pelo Brasil (de carro, talvez 4x4), por enquanto estou bem no inicio, ideia surgiu a poucos dias e comecei montar algumas coisas, qualquer ajuda, dica etc e bem vinda (ficar mais/menos dias, preço de hostel, hotel, camping, principais passeios e preços, praias, o que não/fazer em determinada cidade, etc..) (se alguém que fez algo parecido puder me mandar valores, roteiros, passeios dicas etc aceito tb) Roteiro que pensei 21 dias 1º Dia 7h00 São Paulo(SP) -> Búzios(RJ) (já conheço o RJ de cabo frio para baixo) 11h de viagem - 700km 2º Dia Passeio por Búzios 3º Dia (compensa ficar 2 dias por la ou um so e suficiente para conhecer o que dizer ser um dos lugares mais lindos do brasil?) Passeio por Búzios 4º Dia 6h00 Búzios(RJ) -> Vitória(ES) 8h de viagem - 500km Passeio a tarde/noite por Vitoria 5º Dia (um dia para conhecer o principal da cidade e suficiente?) Passeio por Vitória 6º Dia 7h00 Vitória(ES) -> Porto Seguro(BA) 10h de viagem - 650km Passeio a noite por Porto Seguro/Trancoso(BA) 7º Dia Passeio por Porto Seguro/Trancoso(BA) 8º Dia Passeio por Porto Seguro/Trancoso(BA) 9º Dia 7:00 Porto Seguro(BA) -> Salvador(BA) 10h de viagem - 600km 10º Dia Passeio por Salvador e arredores 11º Dia Passeio por Salvador e arredores 12º Dia (compensa ficar 3 dias por la ?) Passeio por Salvador e arredores 13º Dia 7:00 Salvador(BA) -> Chapada Diamantina(BA) 6h de viagem - 450km Passeio durante a tarde Chapada Diamantina 14º Dia Passeio Chapada Diamantina 15º Dia (sei q a chapada e gigante e 10 dias nao sao suficientes para conhecer tudo, mas sera q em 2 dias dou conta de laguns lugares principais ou seria melhor pensar em mais dias ?) Passeio Chapada Diamantina 16º Dia 6:00 Chapada Diamantina(BA) -> Montes Claros(MG) 13h de viagem -> 900km 17º Dia Passeio Montes Claros 18º Dia 7:00 Montes Claros(MG) -> Ouro Preto(MG) 7h de viagem - 550km 19º Dia Passeio por Ouro Preto 20º Dia 7:00 Ouro Preto(MG) -> Belo Horizonte(MG) 2h de viagem - 100km Passeio por Belo Horizonte 21º Dia 7:00 Belo Horizonte(MG) -> São Paulo (SP) 8h de viagem - 600km Qualquer ajuda e bem vinda galera, vou dar uma procurada pelos tópicos aqui também, se soubrem de algum me mandem o link pf
  10. Hospedagem no Quality Suites Vila Velha - R$237,30 (desconto); Aluguel de carro Movida R$333,00; Mercado R$38,00; Combustível R$50,00 + R$104,39 Feirinha R$23,00 + R$10,00 Tem pedágio para ir até Vila Velha R$2,00 para carros. 1 Dia Acordamos as 08 e tomamos café no hotel, saímos em direção a Coqueiral de Aracruz. Voltamos na direção do aeroporto, passamos pedágio de R$2,00 só de ida, na volta para vila Velha ñ tinha. Chegamos em coqueiral, bem gostoso, água sem ondas na parte que ficamos, fizemos um lanche e fomos até a praia grande, essa bem movimentada, bastante mesas e cadeiras passamos o restante da tarde ali, depois disso voltamos para Vila Velha e tentamos encontrar a praia secreta, fica no sentido do Farol de Santa Luzia (não paga entrada), a entrada da praia secreta é um buraco na parede que leva ao farol, passamos de carro e ñ vimos, o GPS mandava em outra parte, rsrs A praia secreta é bem bonita também, tava meio lotada pelo tamanho e para finalizar fomos a praia onde tem o letreiro #amor💜es. No segundo dia, Saímos em direção a Matilde, passamos por um pedágio R$9,00, um pouco longo o caminho, mas muito bem identificado, não paga nada pra entrar, só difícil vaga, era feriado e tinha bastante movimento. Tem a parte do mirante da cachoeira e o mirante mais famoso circular (concorrido, rsrs), após o mirante fomos até a ferrovia, onde seguimos o caminho até o túnel dos escravos, caminhada bem tranquila e com sombras. Guarapari foi nossa segunda parada, tem feirinha de artesanato, praia para todos os gostos, ficamos no mar, orla gostosa, gostei de tudo, final do dia retornamos ao hotel novamente, fica bem localizado na praia da costa, caminhamos a noite para comer, várias opções e bem movimentada a orla, me senti super segura (o que é raro!). Terceiro e último dia. Pesquisamos e descobrimos que teria música no morro do moreno, onde já tínhamos intenção de conhecer. Massss, acordamos tarde, hahahahaha Começamos o dia no convento da Penha, muito lindo lá, queria assistir a missa, mas ñ tínhamos tempo, é realmente muito alto e com uma visão muito maravilhosa da cidade!!! Tem a opção se você quiser subir e descer de van R$5,00 os dois trajetos. Depois fomos ao morro do moreno, falaram q o melhor é subir antes das 14, devido a ter polícia, outros horários falaram que é arriscado, quase ñ quis subir, pois faço trilhas de morros em Curitiba e eu não estava de bota, apenas de chinelo, mas criei coragem e fui, qualquer coisa ficaria descalço, mas nossa é uma estrada, ñ é trilha (dizem que tem o outro lado que tem a escalada mesmo), mas BEM TRANQUILO subir e a vista é MARAVILHOSA!!!! PS. na volta o Bruno arrebentou o chinelo, rsrs o meu estava intacto. Depois disso ficamos na praia da Costa na frente do nosso hotel, tomamos banho e partimos para Vitória. Fomos ao monumento 360*, super bonito, amei!!! Enfim Vitória é uma cidade linda, cheia de natureza, morros, pedras, praia. Adorei e voltaria, sem contar que fizemos tudo e de maneira hiper barateza.
  11. Em minha terceira visita à Serra do Caparaó, queria chegar ao cume da Pedra Roxa (13º ponto culminante do Brasil com 2.649 mt segundo o IBGE) e conhecer a trilha ao Pico da Bandeira pelo lado Capixaba. Nas visitas anteriores, entrei pelo lado mineiro e conheci os demais cumes oficiais do parque (Bandeira, Cristal, Morro de Cruz do Negro, Tesouro e Tesourinho). Os locais se referem a um ombro do Bandeira como “pico do calçado”, mas acho que não faz sentido contabilizá-lo como um cume separado. Apesar de ser muito longe de SP, o Caparaó fornece visuais fantásticos e experiências diferentes das serras mais próximas, de modo que vale uma ou mais visitas. Por experiências diferentes me refiro ao tipo de terreno/montanha quanto o tipo de trilha. No terreno, há longos trechos de terrenos rochosos que podem ser percorridos sem trilha específica (e praticamente sem necessidade de escalaminhada) e o formato atípico do Pico do Cristal. Há trilhas muito demarcadas e utilizadas (todos os acessos ao pico da Bandeira), trilhas antigas e pouco usadas (o acesso ao Tesouro) e cumes sem trilha específica (caso da Pedra Roxa). Ida Saí de carro de Sampa na 4ª-feira à noite (24/jun), pernoitei em Volta Redonda e cheguei na entrada capixaba do parque, portaria de Pedra Menina, por volta das 14:00 do dia seguinte. Havia reservado uma vaga no acampamento Casa Queimada, mas fora dos finais de semana e feriados não é necessário. Em todas as vezes que visitei o parque em jun/jul fora do fds, havia no máximo 30 pessoas e dessa vez eu era o único visitante do lado capixaba. Os funcionários do parque passam algumas recomendações e entregam uma folha com regras/dicas. Parece menos restritivo do que o controle do Itatiaia: você assina o registro de entrada e segue em frente, sem ter que declarar explicitamente o destino (embora fique implícito que vc vai visitar apenas as atrações “normais” do parque, sem acessar os picos “esquecidos”). O lado capixaba Uma coisa interessante do lado capixaba é que os dois acampamentos podem ser acessados com carro de passeio. O primeiro acampamento é o Macieira, de onde saem trilhas curtas para duas cachoeiras (Sete Pilões – 200 m e Aurélio – 1km). Cuidado ao estacionar para não quebrar as tocas dos tatus que ficam na entrada do acampamento. Seguindo a estrada, há mais uma cachoeira (200 mt de trilha) um pouco à frente. Avançando, há um mirante um pouco antes do acampamento Casa Queimada. A estrada termina no acampamento Casa Queimada, que dispõe de bom espaço para barracas, banheiros completos e mesas. Há uma casa, mas não sei quais as regras para utilização. Passado o por do sol, li um pouco, jantei e fui dormir, sem mais ninguém no acampamento e MUITO frio . A subida ao Pico da Bandeira Acordei as 3:30 da manhã, disposto a pegar o nascer do sol no Pico do Calçado (já havia visto do Bandeira e queria um ângulo diferente). Com o frio, demorei mais do que o normal para tomar o desjejum e guardar o equipamento. Desta vez, optei por organizar tudo (exceto a barraca) e guardar no carro, o que me tomou tempo. Nas últimas visitas ao parque, deixei a mochila dentro da barraca, mas preferi não arriscar. Deixando a barraca, queria poupar tempo e deixa-la secando com o sol da manhã (ledo engano, como descrito mais pra frente...). Com a mochila de ataque e bem agasalhado, iniciei a subida as 4:25. O caminho pelo lado capixaba é maior do que o pelo Bandeira a partir do Terreirão, O ganho de altitude é 707 m vs 490 m do lado mineiro. Contudo, o visual é melhor. A caminhada é mais aberta, permitindo a observação das cidades na parte baixa e do Pico do Cristal. Um pouco antes do Pico do Calçado, é possível ver o Bandeira de um dos melhores ângulos e o Cristal. Do lado mineiro, vc sobe sem uma visualização clara do Bandeira e com pouca vista de fora da Serra. O tempo aberto deixou o visual fantástico. O céu começou a clarear um pouco antes de eu atingir o ponto em que podia visualizar o Bandeira (+ seus 4 ombros) e o Cristal. O sol nasceu as 6:21, quando eu estava no Calçado (quem quiser chegar ao Bandeira precisa andar rápido ou sair mais cedo do acampamento). A partir dali, a caminha ao cume do Bandeira é tranquila (+ uns 15/20 minutos). Cheguei as 6:47, o céu estava aberto e conheci um pessoal que havia subido durante a noite pelo lado mineiro. Distancia Casa Queimada - Bandeira – (um sentido): h: 4.39 km, a/p: 707m -142m Subindo a Pedra Roxa A Pedra Roxa é um pico que fica “escondido” pelo Bandeira ao longo das trilhas de acesso... podendo ser observado em alguns pontos da trilha pelo lado mineiro. Está a pouco mais de 1 km à Leste do cume, sendo o pico reconhecido pelo IBGE mais próximo do Bandeira. Pelo que entendo, há dois acessos. O mais fácil (acesso principal) é a partir do cume do Bandeira, descendo a crista à leste da Cruz. Outro caminho (alternativo) é circulando o Bandeira pelo norte no acesso mineiro. Dado o grau de declividade que existe entre a trilha capixaba e a Pedra Roxa, não acho que exista uma rota viável pelo outro lado... No ano passado, eu procurei o tal acesso alternativo circulando o Bandeira por cima, saindo do acesso mineiro, e só vi vara-mato... dessa vez queria garantia de sucesso e fui pelo acesso mais simples. Achei várias descrições dessa rota na internet, mas nenhum tracklog. Apesar de não ter trilha demarcada, o acesso principal é simples, sem escalaminhada ou vara-mato pesado. Isto gera uma boa dica de orientação, se a escalaminhada/desescalaminhada está íngreme ou se o vara mato está muito pesado, é hora de reavaliar a rota... Partindo do cume, a descida pela crista leva ao colo entre as montanhas (altitude 2530 mt). A partir dali, basta subir até o cume, preferencialmente circulando no sentido horário. Se subir em linha reta (a partir de um eixo imaginário entre os dois cumes) a subida fica muito inclinada. Saí do cume do Bandeira as 7:05, chegando no colo as 8:30 e no cume as 8:55. Enfim, eu havia conquistado a última das seis montanhas “oficiais” do Caparaó O cume é marcado por um conjunto de pedras e não possui livro de registros (algo comum a todas as montanhas do Caparaó). Eu estava ansioso para visualizar e fotografar o resto da serra a partir da Pedra Roxa, que é “deslocada” à leste de um eixo Norte – Sul que liga as demais montanhas (de cima pra Baixo: Tesouro, Tesourinho, Cruz do Negro, Bandeira e Cristal). Mas a natureza foi caprichosa e trouxe nuvens bem no momento em que eu atingi o cume. Após 30 minutos percebi que o período de céu aberto havia acabado e havia chegado de começar a caminhada de volta pro acampamento... Distancia Bandeira – Pedra Roxa (ida): h: 1.56 km, a/p: +130 -306m A volta Como normalmente ocorre nos trechos sem trilhas, a rota da volta entre a Pedra Roxa e o Bandeira foi bem melhor do que a da ida. Quem quiser o tracklog, pode entrar em contato. Uma coisa legal do colo entre as montanhas é o visual do Bandeira. Acho que é o melhor ângulo para observar a magnitude da 3ª maior montanha do Brasil (a maior 100% em território brasileiro). De resto, voltei pelo mesmo caminho, chegando no acampamento as 13:35. Fui surpreendido por uma forte chuva nos últimos 4 km. A trilha é tranquila e a chuva exige apenas um cuidado extra, sem oferecer dificuldades sérias. Distância percorrida (bate e volta completo): h: 12.24 km a/p: +1339 m -1339 m Em suma, a Serra do Caparaó oferece diversas oportunidades de hiking e trekking para diferentes tipos de preparo físico e experiência. Certamente vale a(s) visita(s).
  12. O Monte Mochuara é um maciço de pedra com 718 m de altura e pode ser visto de vários pontos da Região Metropolitana. Habitat natural de diversas espécies ameaçadas de extinção, é considerado o principal ponto turístico natural de Cariacica. De origem indígena e com influências das culturas negras e europeias, Cariacica é a imagem da miscigenação brasileira. Segundo os antigos habitantes, o nome surgiu da expressão “Cari-jaci-caá”, utilizada pelos índios para identificar o porto onde desembarcavam os imigrantes. Sua tradução é “chegada do homem branco”. A cidade reúne o urbano e o rural em plena harmonia e, de forma sustentável. O centro urbano abriga grande área comercial e cerca de 90 % da população, mas a região rural se estende por uma ampla área do território e, é marcada pela diversidade natural principalmente aos pés do Monte Mochuara. Monte Mochuara possui 728 metros de altitude. Esta montanha (a segunda mais alta da Grande Vitória) possui um paredão de cor esbranquiçada com cerca de 300 metros de altura que no momento está recebendo sua primeira via. Na base da montanha encontra-se um grande bloco negativo que possui boas vias esportivas. Outro local para se conhecer é a Estação Ferroviária de Cariacica, juntamente com a Estrada de Ferro Vitória-Minas. Um dos principais programas dos antigos moradores era ver o trem passar pela manhã em direção a Minas e à tarde em direção a Vitória. Segua abaixo algumas fotos
  13. Pitanga x Furnas 27 km O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas (planalto) da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo. É um maciço costeiro que possui formato semicircular em planta, estruturado em um corpo de rocha intrusiva[1] (plutônica) granítica com cerca de 833 metros de altitude no Estado do Espírito Santo. Tem-se uma vista panorâmica de toda a Região Metropolitana de Vitória e região de montanhas, e de lá avista-se os municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Santa Leopoldina, Fundão, Viana, e parte de Domingos Martins, além de uma bela vista do oceano Atlântico. O Mestre Álvaro é um maciço granítico que, devido à sua altura e posição, tem servido à navegação marítima há séculos. Ele é citado em documentos cartográficos do século XVI. Possui um bosque rico em fauna e flora nativas e algumas cavernas. Está localizado no município da Serra, que faz parte da região metropolitana da Grande Vitória. Possui 3.470ha e uma variação altimétrica de 100 a 850 m. Situa-se entre as coordenadas de 20º 08´ 32 “e 20º 11´ 28” S e 40º 07´ 42 “e 40º 19´ 44” W. De acordo com a classificação fitogeográfica do IBGE (1987), a vegetação predominante é a floresta ombrófila densa submontana. No entanto, a maior parte da área está, atualmente, coberta por pastagens, e a vegetação nativa, ainda que alterada, está restrita às áreas de difícil acesso. Descrição -1°Dia: Pitanga x Gruta dos Paneleiros camping . Saída 16 hs chegada 18 hs 5 km -2°Dia: Gruta dos Paneleiros x Trilha Norte x Pique da Globo x Pedra do Apartamento x Gruta do Jardineiro x Gruta dos Maconheiros x Topo x Gruta do Jardineiro.Saida 10 hs chegada 18 hs 14 km -3°Dia: Gruta do Jardineiro x Pirâmide (Trilha nova) x Risoleta x Gruta Alexandria x Lajinha x Trilha Seca x Furnas. 8 km.
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