Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Mostrando resultados para as tags ''egito''.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Faça perguntas
    • Perguntas Rápidas
    • Perguntas e Respostas & Roteiros
  • Envie e leia Relatos de Viagem
    • Relatos de Viagem
  • Compartilhe dicas de Roteiros Gastronômicos
    • Roteiros gastronômicos
  • Encontre Companhia para Viajar
    • Companhia para Viajar
  • Encontre companhia, faça perguntas e relate experiências em Trilhas
    • Trilhas
  • Tire dúvidas e avalie Equipamentos
    • Equipamentos
  • Outros Fóruns
    • Demais Fóruns
    • Saúde do Viajante
    • Notícias e Eventos
  • Serviços com Desconto
    • Seguro Viagem
    • Reservar Hospedagem
    • Cupom de Desconto

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que contenham...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


Sobre mim


Ocupação


Próximo Destino

  1. Estive sozinha no Cairo no fim de setembro 2017, fiquei 4 dias. Para conhecer os principais pontos turísticos contratei um guia que fala português pois a língua é bem diferente e confesso que estava com um pouco de medo, já que fui sozinha. Foi a melhor coisa que fiz. Faty é um ser humano sensacional!! A gente vê o amor no que faz. Paciente, explica super bem. Muito simpático e extremamente profissional. Sou imensamente grata a ele por ter me ensinado tanto daquela cultura tão rica!! Super indico: Faty Taher +20 100 198 2074 (whatsapp)
  2. Primeiras Impressões do Egitão veio de guerra. Li em algum dos tantos blogs que visitei que “o Egito se vive, não se explica”. E é a mais pura verdade. Não tem como ficar indiferente em um país desses. As mais diferentes sensações se mesclam e se confundem ao mesmo tempo; uma mistura de exuberância e decadência, caos e esplendor. Poder ficar frente à frente com os templos gigantescos e construções milenares, onde viviam os Faraós e a mística dos deuses antigos é viver na pele as melhores aulas de História que tínhamos no colégio. Ao mesmo tempo em que se convive com muita miséria, um trânsito caótico e barulhento, uma quantidade de lixo absurda nas ruas e no interior dos prédios, uma poluição visível e perturbadora e um assédio de pessoas querendo te vender coisas e serviços que beira à loucura, mas apenas um triste retrato de um povo em busca de uns míseros trocados pra sobreviver. DICAS PRÁTICAS Um bom planejamento é meio caminho andado pra aproveitar a viagem de forma tranquila e sem muitos imprevistos. Assim, vamos tentar resumir aqui algumas dicas que com certeza vão responder várias das suas perguntas sobre uma viagem ao Egito. VISTO Você consegue fazer o visto tranquilamente no aeroporto assim que desembarcar no país. Antes de entrar na fila da Imigração, se dirija a um dos guichês de posto bancário que ficam bem em frente e compre seu visto por 25 dólares. O visto é um selo que se cola no passaporte e é válido por 30 dias. Lembrando: apesar de não terem nos pedido nada, o Governo do Egito exige o certificado da Vacina contra Febre Amarela (com no mínimo 10 dias de antecedência) e passaporte com validade mínima de 6 meses. Apesar de tampouco terem nos solicitado, sempre bom ter a mão a reserva dos primeiros dias de hotel (no nosso caso, usamos a própria reserva online no aplicativo do Booking, não precisa ter as reservas impressas). MOEDA A moeda usada no país é a Libra Egípcia (EGP). Fomos em Fevereiro de 2018 com uma cotação de 5,50 para 1 Real. Muito importante: quase nenhum estabelecimento aceita cartões de crédito! Você consegue usar o cartão apenas em alguns hotéis de maior porte e nas redes internacionais de restaurantes, como Pizza Hut e MC Donald´s. A imensa maioria de restaurantes locais só aceita dinheiro, assim como a bilheteria de todas as atrações. Leve Euro ou Dólares para trocar, mas é muito fácil e simples sacar dinheiro nos caixas eletrônicos no aeroporto e espalhados pela cidade toda. CUSTO DAS COISAS (EM MÉDIA) • Transporte: muito barato. Corridas de táxi em média de R$ 10 a R$ 15,00. Uber, mais barato ainda. Chegamos a pagar R$5,00 em algumas corridas. Os barquinhos que usamos pra atravessar o Nilo, tanto em Luxor quanto em Assuã, custavam 1 Libra ou seja, R$ 0,20. • Alimentação: média de R$50 por casal, em bons restaurantes. Não fomos a nenhum restaurante em hotéis, geralmente os mais conceituados e também os mais caros. Os lanches nas redes de Fast Food eram super baratos; comíamos os dois no MC com cerca de R$25,00. • Entradas nas atrações: o ingresso para entrada nos Templos e museus variava de R$ 10 a R$ 30,00. Gastamos um total de R$300 por pessoa em ingressos para cerca de 14 locais, dentre templos e museus (não inclusos os deslocamentos até o lugar; por exemplo, gastamos R$ 60 para a excursão em van turística de Assuã ao Templo de Abu Simbel, a 300 km de distância). • Hotéis: escolhemos sempre os melhores custo-benefício que podíamos. Nossos hotéis foram em média de categoria 3 estrelas. Usamos o site do Booking pra pesquisar porque obtemos descontos devido aos anos de fidelidade. O preço dos hotéis à primeira vista engana e parece ser mais barato, porque somente no final da reserva eles mostram os impostos adicionais, em torno de 26% sobre o valor. – Cairo: 1 diária no Valência Hotel, no Centro de Cairo – R$ 108,00 – Luxor: 5 diárias no Nile Compound Hotel a R$ 66 a diária. Um dos melhores hotéis da viagem (ler mais detalhes no post sobre Luxor). – Assuã: 2 diárias no Battota Nubian Guest House a R$96 a diária. Hotel ficava na Ilha de Elephantine do outro lago do Nilo, mas a uma travessia de alguns minutos de barco. (Ver mais sobre o hotel no post sobre Assuã). – Luxor (retorno de Assuã): 1 diária no Achti Resort a R$ 130. Resolvemos nos “dar de presente” uma diária no Resort, mas porque encontramos um preço muito atrativo. – Giza: 2 diárias no Giza Pyramids Inn a R$ 200 a diária. Hotel em frente ao complexo das pirâmides (ver mais detalhes no post sobre Cairo e Gizé). – Cairo: 2 diárias no Star Plazza Guesthouse no Bairro Dokki a R$ 122 a diária (ver mais detalhes no post sobre Cairo). PRINCIPAIS DESTINOS Como já explicamos na introdução, optamos por visitar apenas os lugares históricos. Nosso roteiro incluiu Cairo, Gizé, Luxor e Assuã. Foram 2 semanas no total, tempo suficiente para visitar tudo o que nos programamos. Talvez teríamos adicionado 1 dia a mais para conhecer melhor a cidade de Cairo, pois ficamos 3 dias em Gizé e 2 dias em Cairo apenas. MELHOR ÉPOCA Mantenha essa frase como mantra: evitar o Verão! Ouvimos dos guias e nos hotéis que as temperaturas giram em torno dos 40 graus, podendo chegar a 50. Vários templos e passeios são em meio a regiões desérticas, então imagino que seja mesmo insuportável passar algumas horas sob um sol escaldante pisando nas areias do Saara. Fomos final de Janeiro e confesso que estava mais frio que o esperado. Apesar de os dias todos serem de muito sol, as temperaturas giravam em torno dos 15 graus de dia e 10 à noite, o que exigia sempre estar de casaco. Alguns dias fez 20 e poucos graus e aí era possível ficar de camiseta no sol, nunca na sombra. Melhores meses: outubro a março Quente, mas dá pra aguentar: abril, maio e setembro Não vá nem a pau: junho, julho e agosto O QUE VESTIR Esse tópico é mais voltado pras meninas mesmo. Sempre tem gente alarmista pra falar que vão oferecer camelos em troca do nosso corpitcho ou que vão nos sequestrar e nos colocar numa caverna; que antes de ir bate um certo pavor mesmo. A real é a seguinte: os egípcios realmente têm um certo fascínio pelas mulheres ocidentais. Não tenho dados científicos, mas somente a minha percepção e histórias que ouvi dos guias e dos próprios egípcios como parâmetro. Como país massivamente muçulmano, grande parte das mulheres anda com o véu tapando os cabelos ou até mesmo de burca. Então quando eles vêem as gringas com seus cabelos esvoaçantes e roupas ocidentais, acabam achando diferente. Outra explicação me dada por um guia é que, apesar de já ser proibido por lei, a mutilação vaginal clitoriana é uma realidade muito comum por aqui. As famílias têm medo que as meninas, com a possibilidade de sentir tesão, percam a virgindade antes do casamento, o que seria uma tragédia pros valores muçulmanos. Então, os egípcios enxergam as estrangeiras como “mulheres fogosas”. A verdade é que eles olham sim e falam coisas “inocentes” como “que linda” ou “homem de sorte” pro seu marido/namorado. E pedem pra tirar fotos, muitas fotos. Então moças, tem que cuidar o que vai vestir. É um país muçulmano, com regras diferentes das nossas, não custa respeitar e jogar conforme o jogo. “Então vou comprar agora uma burca pela internet!” Não é pra tanto; vestir sempre calças ou vestido longo e não usar decotes já é suficiente. Alguns sites falam em não usar alças, mas não acho que seja um problema. Eu não precisei usar porque estava frio, mas teria usado tranquilamente uma regata. Ah, umbigo de fora também não é legal. Fiquei impressionada com as chinesas e seus shorts extremante curtos e mini blusas provocativas. Antes que as mais feministas me crucifiquem, acho sim que devemos respeitar a cultura quando estamos no país dos outros. Algumas vezes (leia-se: quando já estava de saco cheio) eu usei lenço na cabeça, mas porque queria “me disfarçar” o máximo possível, não que fosse preciso. SAÚDE A tarefa de achar bons restaurantes (que aparentem o mínimo de higiene) não é tão simples. Se vê muita comida de rua, expostas em carrinhos em condições no mínimo, duvidosas. Vimos açougues pendurarem as carnes no meio da calçada, sob o sol e sujeira. Minha opinião nesse quesito vai ser influenciada pela infecção estomacal que peguei de logo antes chegar no Egito, de algo que comi no Líbano. Passei 4 dias muito mal e meu radar pra comida estava bem mais sensível, digamos assim. Ao longo de toda a viagem meu estômago estava visivelmente alterado (traduzindo: tive “piriri” algumas vezes). Então é muito importante cuidar a água e beber apenas a mineral, comprada lacrada. Além de problemas estomacais, muitas doenças sérias são transmitidas pela água, como hepatite A, extremante comum no Egito. Quanto à alimentação, procuramos comer bastante nos hotéis em que estávamos hospedados, ou quando achávamos algum restaurante legal, repetíamos a dose. PASSEIOS Muita gente, mesmo, contrata os passeios com as agências de turismo, sendo que muitos já fazem inclusive toda a viagem fechada anteriormente, com as passagens, hotéis e passeios já inclusos e definidos. Nada contra, acho que isso é muito pessoal. A gente, todavia, acha terrível ter que seguir a boiada e não ter liberdade. Por isso, fomos por conta própria e a grande maioria dos passeios, fechávamos um dia antes, com o hotel. Depois de alguns dias, já mais habituados, inclusive fomos de táxi até o templo e lá na hora decidíamos se queríamos visita guiada ou não, pois em todas as atrações é possível contratar os guias no próprio local. Alguns templos fizemos com guia, assim como o museu do Cairo; outros, pesquisamos bastante a história na internet e íamos sozinhos. Confesso que às vezes era muito melhor ter completa liberdade pra tirar quantas fotos quiser e ficar até a hora que desse na telha. Um dos passeios contratamos por um site chamado getyourguide.com.br, onde varias agências ofertam todos os passeios possíveis conforme a data e o local. Esse passeio privado incluiu 4 templos, motorista e guia em espanhol e durou quase 9 horas, tendo custado 49 euros o casal. Achei que valeu a pena. A regra geral é sempre, sempre, pechinchar. Tudo. Quando te disserem um preço, baixe esse valor em pelo menos 40%, e lembre ao vendedor que no Brasil somos “pobres” e não temos dólar ou euro! Só pra vocês compararem, o passeio ao Templo de Abu Simbel custou R$ 60 por pessoa (ingressos a parte), incluindo o transporte de van por 300 km de Assuã até o local, com café da manhã fornecido no trajeto, sendo que o menor valor que encontrei por meio de agência foi de R$ 400. As opções são muitas: contratar uma agência de turismo, pedir para o hotel organizar o passeio ou ir de táxi ou Uber até o local e lá decidir se quer fazer o passeio com guia ou não, tudo vai depender de quanto está disposto a gastar!! Agora uma dica mega importante: evite os passeios mais famosos (como as Pirâmides, por exemplo) na sexta e sábado, que funcionam como o final de semana pra eles. Lá o domingo é dia útil e o primeiro da semana. E chegue o mais cedo que conseguir, pra tirar aquelas fotos “Mara” sem ninguém atrapalhando pra pôr no Instagram!! TRANSPORTE Esse tópico é divido entre os deslocamentos nas cidade e entre elas. Dentro das cidades usamos massivamente os táxis, mas sempre combinando o preço com o motorista antes (negociando bem o valor, é claro). Nos dias em que visitamos vários templos, achamos mais interessante contratar um motorista com o hotel, que ficava disponível quantas horas fossem pagas. Em Luxor, pagamos R$ 70 por cerca de 5 horas que utilizamos o serviço. Em Cairo utilizamos bastante o Uber, com preços mais baixos que os táxis, que já são baratos! Uma ideia também é verificar quanto custa a corrida com o Uber antes de entrar no táxi, caso você esteja com pressa. Em Luxor andamos também de tuc-tuc, aquelas motinhos de 3 rodas famosas também na Índia, mas só porque o trânsito era muito mais tranquilo que em Cairo. Em Luxor, caso seu hotel fique na margem oeste do Nilo, o ferry faz a travessia por 1 libra egípcia, e se não me engano funcionava 24 horas. Entre cidades: usamos o trem para nos deslocar entre Cairo e Luxor e entre Luxor e Assuã. Nas primeiras pesquisas sobre os trens, descobrimos que existe uma tal regra do Governo Egípcio sobre os turistas apenas poderem utilizar o trem turístico noturno entre Cairo e Luxor. Isso seria devido à segurança dos turistas desde os atentados de 2009. Particularmente, acredito estar mais segura em um trem com egípcios do que num trem lotado de turistas! Só que o tal trem custa a bagatela de U$ 100 dólares por pessoa, cerca de R$ 330! Existe o ponto que, como você dorme no trem, economiza uma diária de hotel, e as refeições estão incluídas; mas nós achamos ainda sim um tanto salgado pro nosso bolso, já que os tickets sairiam R$ 660 por casal, cada trecho!(site da cia. http://www.wataniasleepingtrains.com/). Descobrimos que havia alguns jeitos de burlar a regra e comprar os tickets dos trens diários expressos regulares. Um dos jeitos é comprar os tickets online pelo site oficial das linhas férreas egípcias (https://enr.gov.eg), onde existe a opção em inglês e você faz um cadastro, escolhe o destino e horário do trem, podendo reservar apenas 2 assentos por cadastro. Depois, só precisa imprimir e comemorar que poupou R$ 300 por pessoa nessa brincadeira! Sim, o ticket de 1a classe, com um dos assentos mais reclináveis e largos que já vi e ar condicionado custou R$ 33 por pessoa. Escolhemos o trem “expresso” (não sei bem porque tem esse nome já que pára em todas as principais estações até Luxor) 980, que partiu às 08 da manhã e chegou ao destino as 19 horas, 11 horas depois. O trem tem banheiro (pra usar quando estiver muito apertado) e eles inclusive vendem lanches (não quisemos arriscar e levamos salgadinhos mesmo), sendo que a paisagem das montanhas costeando o Nilo, chegando em Luxor, é muito interessante! Outro jeito seria comprar o ticket nas máquinas eletrônicas na estação de trem, mas tentei em vão encontrar a opção em inglês, quando tentamos comprar os tickets de Luxor para Assuã. Por fim, você pode solicitar que o hotel envie alguém para comprar os bilhetes na estação, já que os guichês são proibidos de vendê-los aos turistas por causa da tal regra de segurança. Uma vez com os tickets na mão, é só ir à estação e procurar seu trem e vagão (uma tarefa um pouquinho árdua, mas todo mundo é super solícito pra ajudar), e apresentar os bilhetes ao fiscal quando solicitados, sendo que este não está nem um pouco interessado se você é ou não turista. O retorno de Luxor a Cairo fizemos com avião em virtude da economia de tempo mesmo (Cia. aérea Nile Air, cerca de R$300 por pessoa), considerando que o vôo leva 1 hora em comparação com as 11 horas do trem. Por fim, também fomos de trem de Luxor a Assuã, tendo pedido ao nosso motorista de um dos passeios que comprasse os tickets na estação, a um custo de R$ 16 por pessoa cada trecho. A viagem também foi em cabine de 1a classe e levou cerca de 3,5 horas pra chegar ao destino. Se você quiser mais informações sobre os trechos disponíveis de trem dentro do Egito, esse site é completíssimo: https://www.seat61.com/Egypt.htm CHIP DE INTERNET Já estamos acostumados à tarefa de comprar um chip assim que desembarcamos em cada país. Usamos muito a internet para as postagens diárias nas redes sociais, além de servir para coisas extremamente úteis como se deslocar com o GPS, chamar um Uber e pesquisar sobre as cidades e atrações do local (muitas vezes fazemos isso no mesmo dia ou na hora em que estamos visitando o lugar, por completa falta de tempo de fazer todas as pesquisas antes). Existem duas empresas internacionais que comercializam os SIM cards pra turistas, a Orange e a Vodafone. Como usamos bastante os chips da Vodafone em outros países e geralmente ficamos bem satisfeitos com o sinal, optamos por ela mesma. Compramos um SIM Card com 10 Giga de internet e ligações locais por R$ 35, um dos mais baratos que utilizamos até hoje. Necessária apresentação do passaporte. A internet funcionou em todos os lugares, apenas com a velocidade mais restrita e acesso em 3G, pois o serviço de internet oferecido no país é limitado. Tentamos abordar nesse post todos os assuntos que consideramos mais importantes. Tenho certeza que depois desse texto você está bem mais tranquilo e confiante com a sua viagem ao Egito!!! Se surgirem outras dúvidas, nos mandem email ou contate-nos através das redes sociais do @pandoraontheroad (links no rodapé da página principal).tantes. Tenho certeza que depois desse texto você está bem mais tranquilo e confiante com a sua viagem ao Egito!!! Se surgirem outras dúvidas, nos mandem email ou contate-nos através das redes sociais do @pandoraontheroad (links no rodapé da página principal). Instagram : https://www.instagram.com/pandoraontheroad/
  3. ola amigos alguem sabe me dizer como ir de puerto cortez para flores na guatemala , estamos fazendo esse muchilão , sando do panama , até cuba e voltado para o brasil , se alguem quizer saber de alguma imformação, depoi de nossa viagem so me chamar no zap +55 12 997471987, ou se quizer entrar em contato comigo para tirar minhas duvidas fico agradecido, estaremos em viagem apartir de 23/12/2022 e terminamos em 27/01/2023. vlw ah temos um canal de dicas de viagem, POBRE TAMBEM VIAJA DE A a Z no youtube
  4. gente se alguem tiver alguma duvida sobre como chegar do cairo pra israel via terrestre ou nao, pode entrar em contato comigo no zap +55 12 997471987, sou o fabio temos um canal simples no youtube onde falamos ajudamos o povo a se localizar no mundo . esse videozinho explica bem detalhado como fazer esse trageto. vlw boa viagem
  5. Pessoal, tudo bem? Preciso de uma ajuda rsrs Como faço para ir de NUWEIBA para SHARM EL SHEIKH. Não acho informações ou onde comprar passagens. Vi que a melhor forma é ir de ônibus, mas não acho informações. Taxi deve ser um absurdo.. Obrigado!!!
  6. Olá viajantes! Esse vai ser meu primeiro relato oficial aqui no fórum. Eu costumava ter (ou tenho?) um blog de viagens pra escrever minhas experiências, mas sinto que será mais útil se eu escrever aqui. Acabei escrevendo algumas várias páginas e já peço desculpas de antemão. Mas vamos aqui ao que interessa! Egito. Li muitas coisas (até um pouco assustadoras) aqui no fórum sobre o Egito e deixo aqui um agradecimento especial para a usuária deborah.wakin que tem um relato completíssimo sobre o país e foi por indicação dela que fique no Dahab Hostel e comprei todos os passeios com eles! INTRODUÇÃO Antes de qualquer coisa, quero falar que essa foi a viagem mais difícil que eu já fiz. Assim, eu não sou uma viajante tãããão leiga, já tinha visitados alguns países, inclusive mulçumanos, como a Turquia e os Emirados Árabes. Além disso, eu costumava viajar sozinha, mas casei o ano passado e essa foi a primeira viagem que fiz acompanhada, no caso, com o meu marido. Aliás, foi a primeira vez que ele saiu do Brasil (eu não peguei nem um pouco leve, né?) Massss... Foi o maior choque cultural que tive na vida e lidar com o povo egípcio não foi NADA FÁCIL PARA MIM. Eu acho que não tava preparada psicologicamente e principalmente, devido as inúmeras coisas ruins que li sobre, eu fui já com um preconceito estabelecido e isso prejudicou bastante a experiência. CUSTOS De forma geral foi o seguinte, a passagem aérea para duas pessoas ficou em R$ 7.957,52 pela Emirates. Levei US$ 1.450,00 e paguei tudo por lá. Não usei cartão de crédito e ainda teria sobrado umas 100 doletas. Se você entrar no site do Dahab Hostel (http://www.dahabhostel.com/) lá já tem o preço para todos os passeios (que já devem ter sido atualizados por que já faz um ano) no mais, o que eu for lembrando de valor, vou colocando aqui. Por exemplo, me lembro que a cotação estava 1 dólar para 18 liras egípcias (LE). E também me lembro que a cotação era a mesma em todos os lugares, só dentro do navio do Nilo que era um pouco mais cara. ROTEIRO 11/Out/18 – Chegada no Cairo, check-in. 12/Out/18 – Pirâmides, Saqarah, Dashur 13/Out/18 – Khan El Kalili, Trem para Aswan 14/Out/18 – Templo de Isis, represa de Aswan 15/Out/18 – Abu Simbel, embarque no Cruzeiro do Nilo 16/Out/18 – Kom Ombo, Edfu 17/Out/18 – Luxor, vôo de balão, Vale dos Reis, Templo Hatshepsut 18/Out/18 – Templo de Karnak e Templo de Luxor, ônibus para Dahab 19/Out/18 – Chegada em Dahab, descanso, de madrugada partida para o Monte Sinai 20/Out/18 – Subida ao Monte Sinai, assistir ao nascer do sol. Volta para o hotel e descanso. 21/Out/18 – Blue Hole, ônibus para o Cairo 22/Out/18 – Chegada no Cairo pela manhã, Khan El Kalili e Voo de retorno na madrugada para o dia 23 TEMPERATURA Eu fui em Outubro. Estava bem quente (mas poderia ser mais quente). Pegamos aí temperaturas entre 25 (a noite) a 38 graus (de dia). Então busque roupas leves, mas que cubram bastante o corpo pra não atrair muitos olhares. Aquelas calças de malha bem larguinhas são uma boa pedida. COMIDA E BEBIDA Eu tenho um paladar extremamente infantil, mas vou descrever mais ou menos o que se come em cada refeição: - Café da manhã: café com leite, pão daquele tipo árabe, feijão (beeeeem temperado), uma espécie de cream cheese e salada. - Almoço: arroz, katfa, frango assado, o mesmo pão árabe, salada, homus. - Jantar: a mesma coisa do almoço, ou fast food, ou coisas tipo shawarma, kebab, etc. Achei bem curioso eles comerem feijão no café da manhã e arroz como item de almoço ou jantar. Perguntei pra Selvia, uma moça que trabalhava no Hostel, “vocês já pensaram em comer feijão com arroz?” e isso foi seguido de uma cara de nojinho da parte dela HAHAHAHA que coisa não? Desnecessário falar que você precisa ter água com você o tempo todo né? É, então tenha água com você O TEMPO TODO. Mas ao mesmo tempo, se for fazer algum percurso de ônibus, lembre-se que não tem banheiro. CHIP DE CELULAR Não compramos. Talvez teria sido necessário sim, mas achamos algumas boas pessoas no nosso caminho que nos ajudaram. No mais, usamos apenas o wi-fi dos hotéis ou restaurantes. ASSÉDIO, NEGOCIAÇÕES E BARGANHAS O Egito é um país pobre. Quando o cara vê um turista ele vê ali também uma chance de ganhar dinheiro. É triste o desespero deles, mas ao mesmo tempo uma importunação para nós. Em cidades pequenas e turísticas, como Luxor, é quase impossível andar na rua em paz sem que muitas pessoas tentem te vender alguma coisa. Além disso, quando for comprar qualquer coisa é preciso suspeitar de primeira se aquele preço é justo. Muitas vezes eles triplicam o preço para turista, mesmo numa garrafa de água. Tem que ter muita, MAS MUITA paciência para lidar com essas situações. Outra coisa bem chata é que em nenhum lugar, nem em loja, nem em mercado, eles colocam os preços das coisas. Isso que ferra porque a pessoa pode por o preço que quiser quando você for pagar. TRANSPORTES No Cairo usamos apenas Uber (o pessoal do Hostel que chamou pra gente) e táxi (antes de entrar o táxi já mando o preço que quero pagar pra não ter surpresa e repito mais umas 5 vezes o preço pro cara entender bem o quanto vou pagar). Entre as cidades usamos trem e ônibus. Ônibus pode ser uma ótima ou uma péssima ideia (veja o relato do percurso entre Luxor e Dahab). Além disso, os ônibus não têm banheiro, você precisa usar nas paradas que ele fizer. GORJETAS? É... Então. Eu tinha lido muitos relatos aqui sobre essa ‘cultura’ e isso era o que mais me atormentava. Eu já cheguei no país com uma barreira com qualquer um que chegasse perto de mim achando que ia pedir dinheiro por qualquer mínima coisa. Eu fiquei com um preconceito tão grande que passava mais tempo preocupada se alguém ia querer me extorquir de alguma forma do que curtindo a viagem em si. Sim, tivemos algumas situações chatinhas, mas elas foram bem menos do que eu esperava. Eu podia ter ido mais tranquila. Devia ter me preparado mais mentalmente, devia ter feito muitas coisas, mas não fiz. E isso definitivamente prejudicou a minha experiência como um todo. Meu conselho é... Não seja como eu 🤦‍♀️ ENTRADA NO EGITO (VISTO) Uma preocupação sobre a viagem foi o visto. Se você entra em contato com a embaixada eles dizem que você deve mandar o passaporte POR CORREIO COM DINHEIRO DENTRO DO ENVELOPE PARA PAGAR O VISTO E OS CUSTOS DE SEDEX. Isso pra mim foi absurdo num nível que nem sei explicar. Mas aqui no fórum e em outros lugares, muita gente falava que dava pra comprar o visto lá no aeroporto, na chegada. Pra confirmar essa info, um tempo antes da viagem fui até o aeroporto de GRU (moro perto) perguntar no check-in da Emirates o que precisava para embarcar pro Egito. Eles falaram que só o passaporte mesmo e tirava o visto lá. Então fiquei mais tranquila e foi isso que aconteceu. Chegando lá no Cairo é o seguinte, antes de passar pela imigração tem uns guichês de bancos. Qualquer um deles vende o visto, na época, custava 25 dólares pagos em espécie. É bem simples essa transação. Passamos pelos guichês da imigração também até que tranquilo, mas na saída deles tinha um cara que parou a gente. Daí lá vamos nós... Sim, eles encanam com a galera sul americana. Encontrei outros brasileiros e colombianos por lá que passaram pela mesma coisa. Primeiro um chá de cadeira básico. Daí vieram algumas perguntas clássicas e o fato de sermos casados no papel deixou eles bem surpresos. Depois, levam a gente prum espaço aberto por ali mesmo no aeroporto e abriram as nossas malas, fuçaram em absolutamente todos os bolsos e roupas e necessaires, depois levaram a gente pra uma salinha (mulher vai com mulher e homem com homem) faz a gente ficar semi-nu e ainda a moça pediu pra eu agachar pra ver se não tinha nada no fiofó. Na boa, nunca tinha passado por isso e fiquei indignada. Achei bem humilhante. Mas no geral estávamos bem calmos e não tínhamos nada a esconder. Duas horas depois, fomos liberados.
  7. ROTEIRO DE VIAGEM AO EGITO EM 19 DIAS Esta foi a segunda viagem ao Egito. Ficamos 17 dias para conhecer novos lugares e revisitar alguns com mais tempo. Com este roteiro espero poder ajudar aqueles que pretendem conhecer esse país tão diferente e tão cheio de mistérios, monumentos e templos. Uma segunda viagem foi necessária porque era um sonho de criança conhecer a terra dos faraós e das pirâmides, porém descobri na primeira viagem que o Egito tem muito mais que isso. São muitos templos, tumbas, museus, mesquitas e cidades que fazem parte da história da civilização. E nós gostamos de andar pelas cidades, entre os nativos, para conhecer e entender seus costumes. O povo egípcio é muito hospitaleiro com os brasileiros. Apesar da grande pobreza de parte da população é mais seguro andar pelas cidades egípcias do que nas brasileiras. As leis muçulmanas são implacáveis com quem comete delitos. Como o país passou por revoluções que destituíram dois ditadores, com grande convulsão social, houve uma fuga dos turistas, principalmente norte-americanos, europeus e russos. Mas justamente esse fato - de haver poucos turistas – é que facilita para quem for agora. Aproveita-se muito mais os passeios, sem atropelos, sem filas e com guia praticamente exclusivo. Para nós brasileiros não poderia ser melhor – os jovens e crianças quando sabiam que éramos brasileiros vinham pedir para tirar fotos conosco. Por falar em guia, fizemos todos os passeios com o guia Shaban, que conhecemos na primeira viagem. Profissional supercompetente: fala português, explica tudo em detalhes, sem pressa, com toda atenção, buscando sempre a satisfação dos turistas. Outro detalhe: tenho problemas de coluna – hérnia de disco – e antes da viagem comecei a ter crises de dores. Quase desisti da viagem, mas o amigo Shaban providenciou, em todos os deslocamentos, uma van para que eu pudesse ir deitado entre uma atração e outra, comprou remédios e sempre preocupado com meu bem-estar. Uma van só para mim e minha esposa, o tempo todo. Não fosse por ele minha viagem teria sido um sofrimento só e talvez tivesse que ser abreviada. Vamos ao roteiro. Vou colocar aqui somente a descrição dos locais por onde passamos. A avaliação e mais detalhes estão feitas no site do TRIPADVISOR, inclusive com postagem de fotos. Nessa viagem fizemos tudo por conta própria, desde a saída de Navegantes/SC, sem contratar agência de turismo. Saímos do Aeroporto de Guarulhos/SP as 16h do dia 02 de março em voo da Alitália com conexão em Roma. Fiz as compras de passagens pela internet dois meses antes e foi o melhor preço e melhor horário, desperdiçando menos tempo nas conexões. Chegamos em Roma dia 03 de março as 6h45min no horário local, 3h no Brasil. Onze horas de viagem até aqui. Embarcamos em Roma as 12h25min local e chegamos no Cairo as 16h35min horário local. Mais ou menos 2h40min de voo entre Roma e Cairo. A diferença do Brasil para o Egito no horário de verão é de mais 5 horas. 1º Dia – Chegada no Cairo. No aeroporto já tinha guia esperando por nós. Ali mesmo no aeroporto fizemos o visto de entrada ao custo de $25,00 por pessoa (no Egito 1,00 dólar americano equivale a 8,50 libras egípcias-EGP). Nos hospedamos no Hotel Mercure Cairo Le Sphinx. Jantamos no próprio hotel e aproveitamos para descansar.
  8. Eaí, pessoal! Como estão? Luan e eu passamos 16 dias viajando pelo Egito em julho de 2022 durante nosso Mochilão de Volta ao Mundo. Foram dias intensos e o país nos decepcionou bastante no quesito estrutura. Ainda assim, acreditamos que vale bastante a pena uma visita, dada toda a história milenar que o país carrega. Sem mais delongas, seguem nossas dicas e relatos a respeito do transporte por lá. Ah, para quem quiser acompanhar nossa viagem, seguem aí nossas redes: - Canal do YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos - Instagram: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ - Nosso blog (de onde esse post foi extraído): https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/07/07/cruzando-o-egito-por-terra-custos-duracao-empresas-etc/ Segue relato: A maior empresa de ônibus no Egito chama-se Go Bus. Ela cobre praticamente o país inteiros com ônibus super confortáveis e diferentes classes – algo como Leito, Semi-leito etc, como temos no Brasil. Há trens disponíveis também para realizar alguns percursos, entretanto, segundo os próprios egípcios, a melhor opção é o ônibus, devido à falta de pontualidade dos trens, os quais frequentemente atrasam. Aeroporto do Cairo até o centro: linha número 400, a qual parte do Terminal Rodoviário nos anexos do aeroporto (há um ônibus gratuito que roda o aeroporto entre todos seus terminais e te deixa dentro desse terminal rodoviário). Ali há ônibus para todo o Cairo, mas sabemos o número somente desse que pegamos e nos deixou na estação Ramses (estação central de trem e metrô do Cairo). Ônibus bem velho. Valor: 5 libras egípcias, por pessoa (0,30 dólares // 1,48 reais). Pagamos ao cobrador! Ah, lembrando que os números em árabe são escritos diferentes. Então, atente-se a isso na hora de procurar o ônibus! Acompanhamos o itinerário pelo mapa offline e, quando estávamos onde queríamos, descemos: em frente à estação Ramses e pegamos o metrô (5 libras egípcias, também). Cairo – Hurghada: 250 libras egípcias (aprox 72 reais). 7 horas de viagem partindo da capital Cairo, chegamos em Hurghada. Empresa: Gobus (maior empresa rodoviária do país. Pegamos o ônibus no Terminal localizado no centro do Cairo – ao lado do Egyptian Museum e sob a Ponte 6 de Outubro. Rodovia muito boa e muito bonita! Por muitas horas tivemos essa paisagem: deserto de um lado e Mar Vermelho de outro. Infelizmente, não há transporte público perto da rodoviária de Hurghada, o que nos obrigou a pegar um táxi até nosso hostel. O cara nos cobrou 150! Um absurdo! Conversamos e, no fim, a corrida saiu por 80. Ainda caro, mas nossa única opção. Hurghada – Luxor: 160 libras egípcias (aproximadamente 45 reais). Empresa: GoBus 5 horas de viagem em uma estrada bem movimentada e não tão boa quanto a anterior. Luxor – Cairo: 220 libras egípcias (aproximadamente 63 reais). A previsão era de chegada em 10 horas, chegamos em 9. Ônibus noturno: partimos às 21h e chegamos às 6 da manhã no Cairo. Empresa: Go Bus. Rodoviária de Luxor praticamente em frente à estação de trem. Fomos caminhando da rodoviária até a marina (3 km sob sol de 40 graus kkk), pois nosso hostel ficava do outro lado do Rio Nilo). Pegamos um barco público, o qual parte de meia em meia hora próximo ao Templo de Luxor). Cairo – Alexandria: 115 libras egípcias (aproximadamente 33 reais) Seriam 3 horas de viagem, mas devido ao feriado, as rodovias estavam cheias e levamos 3h40. Fomos com a empresa Go Bus. Rodoviária de Luxor no meio do nada. Foi difícil encontrarmos uma maneira de chegar ao centro. Ninguém falava inglês e não havia placas, sendo assim, nos comunicamos com mímica até entendermos que deveríamos pegar uma Van na avenida próxima a rodoviária. Alexandria – Cairo: 65 libras egípcias (3,50 dólares // 17,30 reais). Viagem de trem – segunda classe. 3 horas de duração (embarcamos às 17h, chegamos às 20h). A passagem de trem de primeira classe custaria 90 libras. Resolvemos arriscar irmos de segunda classe e foi melhor que o esperado. Trem antigo e um pouco sujo, mas extremamente confortável. Possui serviço de bordo e ar condicionado. Centro do Cairo – Aeroporto: fomos pela lógica. Aonde desembarcamos do ônibus proveniente do aeroporto no nosso primeiro dia vai passar sentido aeroporto no lado oposto. Deu certo! Só que era outra linha (não o número 400, mas o número 356). Valor = 10 libras egípcias, cada. Não tínhamos! Kkkk achamos que seria o mesmo valor que havíamos pago (5 libras). Então demos cada um os 5 para o cobrador e torcemos para dar certo. Felizmente deu kkk. Em 40 minutos chegamos ao terminal rodoviário nas imediações do aeroporto. Lá pegamos o ônibus gratuito que roda os terminais do aeroporto. Esse ônibus parte de 20 em 20 minutos e leva mais de 30 minutos para rodar o aeroporto, então não vá com pressa!
  9. Resumo: Itinerário: Amsterdã (Holanda) → Cairo → Alexandria → Assuã → Luxor → Santa Catarina → Sharm El Sheikh → Cairo → Amsterdã (Holanda) Período: 02/08/1998 a 14/08/1998 03/08: Amsterdã (Holanda) 04/08: Cairo (Egito) 06: Alexandria 07: Assuã 09: Luxor 11: Santa Catarina 12: Sharm El Sheikh 13: Cairo (Egito) 14: Amsterdã (Holanda) 14: São Paulo Ida: Voo de São Paulo ao Cairo pela KLM (que se fundiu com a Air France posteriormente), com parada de algumas horas em Amsterdã, o que me permitiu dar um passeio pela cidade. Volta: Voo do Cairo a São Paulo pela KLM, com conexão em Amsterdã. Nesta conexão não saí do aeroporto. O preço de ida e volta foi cerca de US$ 1,200.00. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então albergues, pousadas, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em toda a viagem só houve sol. E que sol ☀️. No Cairo, em Assuã e em Luxor disseram-me que os termômetros chegaram a cerca de 55C à sombra (foi o que disseram, mas não sei se era real). Temperatura um pouco mais baixa, cerca de 15C, só de madrugada em cima do Monte Sinai. Chamou-me muita atenção o deserto. Achei um ambiente lindo, mas extremamente hostil à vida. Inclusive tive um episódio de dificuldade com ele. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Fui muito bem tratado em toda a viagem, com raras exceções. Porém houve muitas pessoas ligadas ao turismo que desejavam vender produtos ou serviços a qualquer custo, acompanhando-me por vários minutos fazendo ofertas. Muitos outros atendentes de locais turísticos reiteradamente pediam gorjetas. Alguns hotéis pediram para ficar com o passaporte, o que não me agradou, dado que era meu documento de identificação. Diziam para eu andar com um cartão do hotel, caso fosse perguntado. Tive grandes dificuldades com a língua, pois a população em geral não falava inglês. Por isso precisei comunicar-me muito com as mãos, fazendo gestos. As paisagens e itens ao longo da viagem agradaram-me muito, com templos, pirâmides, santuários, palácios, museus, monumentos, montanhas, rios, praias, ilhas, áreas naturais e outros . Especialmente gostei da experiência no Monte Sinai, do Rio Nilo, do Mar Vermelho, do Deserto do Saara e do Templo de Karnak. Andei de carro alugado com motorista a maior parte do tempo. Para ir ao Sul peguei um trem. Fiz um cruzeiro pelo Rio Nilo por sugestão de uma amiga. Achei as estradas bem razoáveis. O trânsito foi um capítulo à parte. Completamente caótico para o meu padrão, principalmente no Cairo e em Alexandria, com muitos veículos e com pedestres, que não pareciam se preocupar com sua segurança. Mas eu ainda não tinha visto nada. Na Índia conheceria um trânsito muito mais caótico. A viagem teve alguns episódios complicados, mas nada que me parecesse realmente ter ameaçado minha segurança. Em Luxor, um guia local disse-me que se fosse fazer um passeio por conta própria, poderia ser alvo de terroristas. Gostei da comida local, mas também fui a locais de comida rápida, como McDonald's. Os preços no Egito eram um pouco mais baixos do que no Brasil, mas como eu achei que tinha pouco tempo, e dada a minha inexperiência, acabei comprando uma excursão, o que fez com que a viagem custasse mais do que poderia. Uma amiga, que já havia estado lá, deu-me várias sugestões de locais a conhecer e falou de eventos pelos quais tinha passado na sua viagem. Isso facilitou um pouco a viagem para mim. Eu planejei esta viagem de apenas 2 semanas porque estava saindo do meu emprego (dei cerca de 3 meses de aviso prévio, até entregar o projeto em que estava e mais vários pacotes adicionais) e tinha entendido que tinha sido contratado por uma consultoria, e achei que não esperariam por tanto tempo. Quando voltei, descobri que tinha havido algum mal-entendido ou eles tinham mudado de ideia e eu estava desempregado. Aprendi a não mais restringir minhas viagens por uma razão como estas. A Viagem: Fui de SP a Amsterdã no domingo 02/08/1998. Cheguei lá na 2.a feira 03/08/1998 no início da tarde. No avião vi uma propaganda sobre city tour em Amsterdã para paradas a partir de 3h, se bem me lembro. Minha parada era de cerca de 6h, então pensei na possibilidade de fazê-lo. Durante o voo fui conversando com um homem holandês de uns 70 ou 80 anos, que falava fluentemente português. Se bem me recordo, acho que morava em Holambra. Quando avistamos terra, ele apontou e me disse que era Portugal. Deu-me várias informações sobre a Holanda e falou que quase todos falavam inglês. Ao chegarmos, pareceu-me falar com orgulho do Aeroporto Schiphol, mostrando-me as obras sendo feitas e dizendo que estavam sempre melhorando. Amsterdã: Ao chegar ao aeroporto, em minha primeira viagem fora da América do Sul e em um país que não falava nem português nem espanhol, fiquei com um misto de receio e vergonha de me dirigir ao atendimento. Mas fui em frente. Após perguntar à atendente se ela falava português ou espanhol e ela dizer que só inglês, consegui descobrir informações sobre confirmação de conexões, horários e portões. Chamou-me a atenção como as holandesas eram bonitas 👩‍🦰. Geralmente meu padrão de beleza favorito é latino, mas realmente elas, apesar de terem cabelos e olhos claros, pareceram-me muito belas. Fui até a agência de turismo do anúncio no avião e perguntei sobre o city tour. Dava para fazer no tempo que eu tinha e iria sair em breve. Custava 35 florins, que eu disse para o atendente que era bastante caro, o que me pareceu desagradá-lo, quando respondeu confirmando que sabia disso. Dava cerca de uns US$ 20.00. Paguei e saímos logo a seguir. Fui acompanhado por um casal de irlandeses, se bem me recordo (britânicos eram). Para as atrações de Amsterdã veja https://guia.melhoresdestinos.com.br/o-que-fazer-amsterda-59-334-p.html e https://wikitravel.org/en/Amsterdam. Achei a cidade muito bela, na rápida visita que foi possível. Os canais no meio das ruas, que o guia disse serem de água doce, as construções típicas, a área verde do aeroporto até a região mais povoada etc. Não entrei, mas vi de longe a fila para entrar na Casa de Anne Frank. Passamos pela área central de cafés e pontos de diversão, em que profissionais do sexo ficavam dentro de vitrines esperando por clientes. Passamos também pela praça central (acho que era a Praça Dam). No fim, paramos em uma espécie de fazenda, em que nos mostraram o processo de criação das vacas e fabricação de queijo. Havia uma loja, onde apreciamos os produtos, mas nenhum de nós comprou nada. Acho que isso aborreceu um pouco o guia, que no retorno nos relatou estar com dor de cabeça. As ruas, estradas e o carro do city tour eram muito bons. Tive alguma dificuldade com o inglês em algumas ocasiões, mas no geral foi possível entender e ser entendido. Após chegar ao aeroporto, embarquei numa subsidiária da KLM para o norte da África, a Martinair. Saímos por volta de 20h. O voo foi tranquilo, mas estava cheio. Havia duas mulheres com trajes típicos árabes nos bancos à minha frente. Quando chegamos, perto de 1h da 3.a feira 04/08, uma delas, que carregava 2 bebês, um em cada braço, aparentemente começou a passar mal. Estava sentada, girava os braços com os bebês de um lado para o outro e tinha fisionomia de quem parecia que estava em delírio. A outra estava dando risada ao lado. Eu fui abrir o compartimento de bagagem para pegar minha mochila e caiu uma caneta no chão, perto delas. A outra deu mais risada ainda. Eu fechei imediatamente. Esperei um pouco e abri novamente e caiu algum outro objeto pequeno. Desta vez ela me olhou com repreensão. Concordei com ela e fechei o compartimento, até que a porta fosse aberta, a sua amiga voltasse a si e não houvesse risco aos bebês. Egito: O processo de imigração foi um pouco lento e com alguma rispidez. Acho que o idioma influiu nisso, pois eu não falava muito bem inglês e também não era a língua deles. Concluído o processo de entrada eu saí da área reservada e fui para o saguão de desembarque do aeroporto. Logo veio um rapaz oferecer-me serviços turísticos, mas em princípio eu recusei. Tentei usar meu cartão Visa Electron, diretamente ligado à minha conta no Brasil, para sacar o dinheiro inicial para a viagem. A máquina parecia meio antiga, se comparada às existentes no Brasil. Coloquei o cartão, mas ela parecia não aceitar bem. Empurrei com um pouco mais de força. Ela aceitou, mas travou o cartão e o engoliu. Eu quase não tinha levado dinheiro em espécie. Apareceram rapidamente duas pessoas locais que estavam no saguão e ficaram ao redor da máquina. O rapaz que havia oferecido apoio pediu a eles que não fizessem isso e disse que meu problema era seu problema e que iria me ajudar. Foi procurar o responsável pela máquina. Eu estava preocupado com a situação. Após algum tempo, veio um homem, aparentemente de pijama (estava de gorro com bolinha pendurada por um fio em cima), com uma chave abriu a máquina, devolveu-me o cartão, fechou-a e a religou 😃. Eu agradeci muito. Paralelamente chegou um agente de turismo, acho que seu nome era Ahmed, provavelmente chamado pelo rapaz que havia me oferecido apoio e me ajudou com o cartão, e começamos a conversar. Dada a dificuldade da entrada e percebendo a dificuldade na comunicação devido à língua, comecei a cotar com ele o preço de uma excursão. Falei da quantidade de dias e do interesse num possível cruzeiro no Rio Nilo, que uma amiga havia sugerido. Ele fez uma sugestão de roteiro com Cairo e arredores, Alexandria e um cruzeiro pelo Rio Nilo passando por Assuã, Luxor e arredores. Eu gostei, mas disse a ele que desejava conhecer o Monte Sinai e o Mar Vermelho. Ele se surpreendeu e disse um pouco exaltado “Are you crazy my friend? Do you know where Sinai Mountain is? - Você está louco meu amigo? Você sabe onde fica o Monte Sinai?” 😃. Eu calmamente abri minha mochila, peguei uma revista Geográfica Universal (que localizei e está a meu lado agora, enquanto escrevo), folheei algumas páginas e mostrei para ele uma foto do Mosteiro de Santa Catarina aos pés do Monte Sinai. Ele fez uma expressão de decepção, deu uma pausa e me perguntou depois qual era meu objetivo. Eu respondi que meu interesse era espiritual e místico. Ele pensou, se me recordo que deu um telefonema, e depois me propôs que fossem reduzidos alguns dias dos outros trechos e que eu viajasse para o Monte Sinai para chegar ao entardecer, dormisse no Mosteiro, subisse durante a madrugada e visse o nascer do sol do pico. Eu adorei a ideia 👍. Na mesma revista, ele me mostrou a foto de Sharm El Sheikh, banhada pelo Mar Vermelho. Perguntou-me porque eu queria ir até lá e eu respondi que adorava praias e só desejava molhar as canelas. Ele riu e me disse que para molhar as canelas eu teria que andar muito, mas como já tinha concordado com a ida ao Sinai e o Mar Vermelho era um pouco à frente, não ficou muito incomodado e viabilizou 1 dia no Mar Vermelho. Depois de tudo combinado, ele me disse que queria seu dinheiro. Não me lembro do valor com exatidão, mas creio que foi um pouco mais de US$ 1,000.00. Eu expliquei o problema que havia ocorrido com a máquina, mas como ela tinha voltado a funcionar, fui dar uma olhada nela. Resolvi tentar, desta vez com a maior delicadeza possível e bem devagar. A máquina aceitou o cartão, processou-o, deixou-me navegar nas transações e me liberou o dinheiro e o cartão 🙏. A seguir, o agente direcionou-me para um motorista que me levou ao hotel que ele havia indicado, sem problemas. Acho que o hotel chamava-se Faraó ou Concorde ou algo semelhante. Para as atrações do Cairo veja https://www.lonelyplanet.com/egypt/cairo/attractions, https://wikitravel.org/en/Cairo e https://visitafrica.site/visit-cairo.html. Os pontos de que mais gostei foram o Complexo das Pirâmides, o Deserto do Saara, o Museu Egípcio, o Rio Nilo, A Mesquita de Citadel, o Mercado Khan El Khalili, a área de Giza, a área de Memphis, mesquitas populares, galerias de arte local e a cidade como um todo . Na 3.a feira 04/08 pela manhã, após dormir um pouco, tomei café da manhã. O guia e o motorista vieram até o hotel para sairmos para conhecer a cidade, o que repetimos na 4.a feira dia 05/08. Numa das manhãs fomos ao Museu do Egito , que me pareceu muito interessante, com muitos monumentos e objetos típicos do Antigo Egito. Na outra manhã fomos ao Complexo de Citadel , que possuía uma enorme mesquita, mas não frequentada, acho que apenas para visitação de turistas. Numa das tardes fomos visitar o Complexo das Pirâmides, em Giza . Nesse dia aproveitei e entrei numa delas, na de Quéfren, a intermediária. O interior estava vazio, mas foi interessante ver como as pessoas precisavam curvar-se para poder entrar nas passagens. Na saída acabei andando de camelo, mesmo sem querer, que pensei que estava incluído, mas depois veio o cuidador cobrar o passeio. Havia conjuntos habitacionais no entorno das pirâmides, o que tirava bastante daquele ambiente histórico delas no meio do deserto, que eu tinha imaginado. Depois de conhecer as pirâmides e a Esfinge, tive uma ideia brilhante 😃. Resolvi dar um passeio a pé no deserto, por conta própria, sem equipamento nenhum nem água. A temperatura estava por volta de 50C à sombra (foi o que disseram, mas não sei se era real). Era o meio da tarde. Andei cerca de 15 ou 20 minutos, até perder as pirâmides de vista, pois ficaram encobertas pelas dunas. Olhei para o deserto à frente, só com dunas e areia. Pensei em andar um pouco mais, talvez mais uns 15 ou 20 minutos. Mas pensei melhor e resolvi voltar 🙏. Foi a minha sorte. No meio do caminho de volta, já estava com muita sede, provavelmente com princípio de desidratação. Quando cheguei de volta às pirâmides, estava morto de sede. Entrei numa loja do KFC ou McDonald's (acho que era KFC), em busca de algo para beber, mas o guia me viu e disse para irmos, que eu poderia beber no caminho. Levou-me então a lojas de itens de ouro e joias e lojas de tecidos e tapetes para eu conhecer. Eu peguntei ao dono onde havia algo que pudesse comprar para beber. Seu empregado me trouxe uma garrafa de coca cola padrão de cerca de 300 ml. Eu bebi quase num gole só 😃. Percebi que ele ficou surpreso. Ele pacientemente apresentava-me os itens, que achava que eu poderia comprar, mas eu não quis nenhum. Perguntei novamente onde poderia comprar algo para beber. Depois de algum tempo, seu empregado me trouxe outra coca cola, Bebi com mais calma, mas, ainda assim, com grande ímpeto. Já bem melhor, deixei claro meu interesse por comprar algum líquido para beber e que não pretendia comprar nada mais, apenas desejava levar lembranças no coração. Ele acabou sua explicação, ficou decepcionado por eu não ter comprado nada e disse que não haviam mais coca colas. Eu agradeci e perguntei quanto era, mas ele disse que não era nada e fazia parte da hospitalidade egípcia. Na loja de tecidos e tapetes, comigo já bem mais hidratado, pacientemente ouvi o atendente explicar sobre os itens, mas repeti que apenas desejava levar lembranças no coração. Numa outra ocasião fomos a Memphis, onde me impressionou o Colosso de Ramsés II. Em uma das ocasiões, vi moedas da época de Alexandre Magno no museu. Depois, na rua, o guia mostrou-me um homem vendendo moedas idênticas (até o desgaste pelo tempo era igual). Se eram falsificações, eram muito bem feitas. Acho que eram autênticas, o que me deu um sentimento de melancolia, pois mostra que nossa civilização quase não dá importância às civilizações antigas. Em outra ocasião um atendente de uma loja de papiros contou-me a história do mito de Ísis e Osíris (https://www.muitocurioso.pt/o-mito-de-isis-e-osiris-a-historia-completa). Numa visita a uma loja (acho que o guia ganhava comissões por me levar a elas), ofereceram-me hibisco para beber. Eu aceitei e elogiei, dizendo que estava delicioso. O homem que me ofereceu olhou-me seriamente e disse para o guia, como que em tom de estranhamento "Ele disse que é delicioso". Quando saímos de lá, perguntei ao guia se costumavam beber hibisco. Ele me disse que não, que era um costume muito negativo aos olhos deles. Como o hibisco não é alcoólico, não sei se entendi bem a situação (posto que bebida alcoólica é reprovada no Islamismo). Numa das tardes, em que havíamos chegado cedo, perguntei ao motorista Iasser (acho que era este o nome) se poderia levar-me ao Mercado Khan El Khalili, que não estava no roteiro. Disse que sim e combinamos o preço. Ele não falava inglês, mas conseguimos nos entender razoavelmente. Achei o mercado bem interessante, com tanta variedade de produtos típicos. Pareceu-me enorme. Dentro, pude conhecer uma mesquita não turística, que era lotada. Entrei com cautela e explorei seus vários pontos. Nesta e em outras ocasiões, Iasser ajudou-me a aprender algumas palavras em árabe e sempre procurou ajudar-me em tudo o que podia. Ele era bem jovem. Imagino que tivesse uns 20 anos. Numa das tardes, após chegar dos passeios, resolvi sair por conta própria para andar. Achei bem interessante os arredores do hotel e a área nas margens do Rio Nilo. Entrei numa pequena vila onde havia uma loja de artes (papiros etc). Perguntei se poderia entrar para ver os itens e os donos concordaram. Mas eles queriam vender-me de qualquer modo. Após conversarmos bastante e eles fazerem muitas ofertas, disse amistosamente que iria embora. Um deles me disse que gostaria que eu comprasse algo com o dinheiro que tinha na minha carteira, apontando para o meu bolso, num gesto demonstrando um pouco de insatisfação. Fiquei meio preocupado com o ocorrido, despedi-me e saí. Após andar um pouco em direção à saída da vila, vi 2 homens andando rápido em minha direção. Eles gesticulavam e falavam alto. Eu acelerei o passo e eles também. Pensei que tinha cometido algum tipo de ofensa e acelerei mais ainda, quase correndo. Eles aceleraram também e começaram a gritar. Ao chegar ao fim da vila, que saía numa enorme avenida, tentei passar no meio de dois carros estacionados, para ver se me livrava da situação, mas acabei ficando entalado. Pensei que estava encrencado e que poderia sofrer algum tipo de violência. Eles vieram em minha direção, desviaram dos carros e foram em frente. Eles estavam gritando para o motorista do ônibus que pretendiam pegar. Por isso estavam correndo também 😃. Depois de ficar uns 2 minutos rindo da minha ignorância, eu me desentalei e voltei ao hotel. No caminho um homem veio até mim e me fez uma pergunta em árabe apontando para seu relógio (acho que procurava alguém para consertar ou queria saber algo sobre a hora). Eu respondi em inglês, ele sorriu e me disse que pensou que eu fosse egípcio. Posto que eu era estrangeiro, convidou-me para ir a sua loja, pois tinha vários itens à venda 😃. Numa das noites, fui jantar num McDonald's. O atendente pareceu entender meu pedido, mas começou a fazer gestos que eu não entendi. Depois de repetir algumas vezes, sem que eu tivesse entendido, uma mulher que estava à minha frente, com trajes típicos árabes, virou-se para mim e me disse em inglês, bem claro, que ele estava me perguntando se eu queria comer no restaurante ou era para viagem 😃. Vi o guia fazer orações ao longo do dia, conforme recomenda o Islamismo, ajoelhando-se e voltado para Meca. Chamou-me atenção as mesquitas também chamarem pelos alto-falantes as pessoas para rezar nos vários horários indicados. Nestes passeios, pude ver como era caótico o trânsito do Cairo, bem mais complicado que o de São Paulo e do Rio de Janeiro, na minha opinião. Atravessar vias movimentadas não foi uma tarefa fácil para mim. Na 5.a feira 06/08, fomos até Alexandria. Saímos bem de manhã e voltamos no fim do dia, pois eu embarcaria para Assuã num trem que viajaria durante a noite. Para as atrações de Alexandria veja https://wikitravel.org/en/Alexandria, https://visitafrica.site/visit-alexandria.html e https://www.lonelyplanet.com/egypt/mediterranean-coast/alexandria. Os pontos de que mais gostei foram o Mar Mediterrâneo, as catacumbas, o anfiteatro romano, as áreas naturais, os monumentos e a cidade como um todo . Estava um dia bem quente, mas não tanto quanto no Cairo. Talvez uns 35C. O trânsito também parecia ligeiramente mais leve do que no Cairo, embora tenhamos presenciado um acidente ao longo do dia. Passamos pela praia, onde descemos e fui dar a volta numa espécie de construção antiga, aparentemente sem uso, onde havia apenas pescadores ou pessoas em situação de rua ou sob efeito de álcool ou alguma outra substância. Um deles inclusive pediu-me dinheiro. A vista do Mar Mediterrâneo pareceu-me linda. Interessante como nesta região os egípcios locais entram na água de roupa comum mesmo ou com roupas que cobrem todo o corpo. E, mesmo com o enorme calor, achei que havia muito poucas pessoas na praia, principalmente na água, comparado com o que seria no Brasil. O guia explicou-me que na cultura islâmica, ir à praia com roupa de banho é considerado muito negativo moralmente. O guia falou também da direção e da distância para a localidade em que os nazistas foram derrotados na 2a Guerra Mundial (acho que era El Alamein). Fiquei tentando descobrir onde teria sido a famosa Biblioteca de Alexandria. Ainda não existia a nova, que foi inaugurada alguns anos depois. O Farol de Alexandria vim a saber depois que tinha sido onde atualmente é a Cidadela de Qaitbay. Fomos visitar uma catacumba. No caminho encontramos uma mulher vestida inteiramente de preto, que provavelmente tinha ido visitar onde seu marido estava enterrado. O guia explicou-me que muitas viúvas vestem-se assim por vários anos. Disse-me que sua mãe havia usado preto por bastante tempo depois que seu pai tinha morrido. Achei muito interessantes as catacumbas e imediatamente lembrei-me que os primeiros cristãos reuniam-se nelas em Roma para fazer suas celebrações, inclusive como forma de fugir das perseguições. A temperatura lá dentro era bem mais amena, uns 10C a menos do que lá fora, provavelmente por causa das paredes de barro. Foi um alívio ficar lá por algum tempo. Passamos por um anfiteatro romano, muito bem conservado. Achei-o bem interessante. Passamos também por alguns outros monumentos e construções antigas. Almoçamos num restaurante local. O guia perguntou-me se eu queria feijão. Eu disse que sim, esperando que viesse um prato com vários itens, incluindo feijão. Depois de algum tempo veio um prato somente com feijão 😃. Ele sorriu e disse “Feijão”. Eu sorri levemente, mas um poco decepcionado e surpreso. Depois chegaram para acompanhar bolinhos de carne e pão árabe, se me recordo. À tarde fomos a uma região com hotéis, palmeiras, área verde e similares. Pareceu-me uma área bem agradável, com belas paisagens. O guia me disse que ali estavam hotéis muito caros, com diárias de centenas de dólares, que em outros países seriam várias vezes mais caros. No fim do dia voltamos para o Cairo. No carro tocava uma música que repetia muito a expressão “ia habib”. Havia também uma propaganda no Brasil em que uma música usava esta expressão. Eu perguntei ao guia o que significava “ia habib”. Ele pareceu surpreso e perguntou “o que?”. Eu repeti a pergunta, bem devagar. Aí ele riu, percebeu que eu estava ouvindo a música, e disse que significava “meu amor” e era para eu dizer para minha namorada. O guia me disse que era costume haver pagamento de uma gorjeta pelos serviços dos guias. Eu não imaginava e nem esperava. Achei que já estava tudo no preço do pacote. Se bem me recordo, dei-lhe cerca do equivalente a R$ 15,00 atuais. Ele comentou que era uma gorjeta muito baixa. Eu dei mais R$ 15,00 então. Acho que ele se ofendeu. Começou a me tratar com gritos. Precisávamos atravessar uma rua para comprar a passagem do trem ou obter algum tipo de documento e, fora das zonas de travessia, pareceu-me perigoso e resolvi esperar, mas ele disse que eu tinha que ir e eu, com algum cuidado, fui. Ele quase foi atropelado. Acho que tinha ficado transtornado porque esperava uma gorjeta muito maior. Ele foi me embarcar, levou-me até meu assento, deu-me orientações e se despediu. Eu me despedi, mas coloquei no bolso da camisa dele, antes de partir, o equivalente a R$ 150,00 atuais, se bem me lembro. Depois de algum tempo, o motorista, que tinha ficado triste com a situação, veio até a minha janela feliz, dizendo que o guia iria voltar a falar comigo. Em pouco tempo ele chegou, voltou a me tratar cordialmente, deu-me seu cartão, caso eu precisasse de algo, despediu-se novamente e, depois, ficou na janela até o trem partir. Viajei durante a noite e cheguei em Assuã pela manhã. Os relatos que eu havia lido antes de viajar diziam que os ataques dos grupos terroristas a turistas costumavam ocorrer no sul do país. Nove meses antes, um ataque no Templo de Hatshepsut tinha matado 58 turistas e 4 egípcios. A viagem foi tranquila. Pena que por ser à noite, não deu para apreciar a paisagem plenamente. Cheguei na 6.a feira 07/08 e fui procurar o barco do cruzeiro que havia comprado. Pareceu-me um bom barco 🛥️. Fiz os procedimentos de entrada e fui para o primeiro passeio. Como meu pacote era o mais básico, só tinha direito a motorista, sem guia. Logo que entrei no carro o motorista mostrou-me um crucifixo, dizendo que era cristão. Por ser uma 6.a feira, dia dedicado a Alá, creio que os motoristas muçulmanos não estavam trabalhando. O cruzeiro durou 3 noites e 4 dias, acabando na 2.a feira de manhã. Fomos de Assuã a Luxor, passando por ilhas e pequenas vilas às margens do Nilo. Em alguns locais havia apoio para passeios em terra. Acabei ficando na mesa com 2 italianas (acho que eram Ida e Ana Paula) e seu guia egípcio. O guia deu-me muitas sugestões sobre o que conhecer ao longo da viagem. Conversamos bastante sobre o Brasil, a Itália e a vida em geral. Um dos garçons, certa vez, comentou como eu tomava coca cola. Minha camisa tinha a marca da Coca-Cola também. Acho que foi uma das últimas ocasiões em que tomei coca colas, pelo que me lembro. Quando eu estava sozinho me servindo nas refeições, os cozinheiros disseram-me para descansar no primeiro dia e me alimentar bem, pois eu precisaria de muita energia para namorar as 2. Como eu não tinha esta pretensão, só dei risada 😃. Para as atrações de Assuã e arredores veja https://wikitravel.org/en/Aswan, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/aswan/ e https://www.lonelyplanet.com/egypt/nile-valley/aswan. Os pontos de que mais gostei foram a represa, o Rio Nilo, a Ilha de Philae, a Ilha Elefantina, os monumentos do antigo Egito e os núbios . Gostei também das paradas de Kom Ombo e Edfu e seus templos e monumentos. E gostei da navegação pelo Rio Nilo . Para as atrações de Luxor e arredores veja https://wikitravel.org/en/Luxor, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/luxor/ e https://www.lonelyplanet.com/egypt/nile-valley/luxor. Os pontos de que mais gostei foram o Templo de Karnak, o Vale dos Reis, o Templo de Hatshepsut, os monumentos do antigo Egito e o Rio Nilo . O sol aqui era inclemente ☀️. A temperatura nas horas mais quentes disseram-me que ficava entre 50C e 55C (foi o que disseram, mas não sei se era real). Num dos dias cheguei a tomar cerca de 8 garrafas de 1,5 litro de água, o que perfaz 12 litros. Isso sem contar o que bebi no café da manhã e no jantar. Quase não fui ao banheiro urinar. Suei quase tudo. O sol era tão forte, que a sensação não era de que queimava, mas sim de que estava cortando. Nesta etapa havia muitos vendedores nas localidades, que me acompanharam por bastante tempo e metros, oferecendo produtos,. Não desistiam. Depois de muitas ocorrências destas, falei em português e percebi que desistiram bem mais rapidamente. Embora um pouco grosseira, foi uma estratégia que acabei usando algumas vezes depois. Numa ocasião, um vendedor de água fez um preço mais baixo para mim. Eu comprei. Logo após apareceram europeus pedindo água ao longe. Ele olhou para mim um pouco tenso e disse para eu não dizer o preço que havia pago. Numa ida a uma das ilhas, acho que era Elefantina, havia um grupo de ingleses em um barco e me convidaram para ir junto. Eu disse que gostaria, mas um dos barqueiros disse que eu precisaria ir só e pagar o preço do aluguel completo. O inglês disse que eu poderia ir com eles se quisesse e poderia somente pagar uma parte do rateio, mas, logo em seguida, rindo, disse-me que eu era muito rico e poderia ir num barco só, se preferisse 😃. Acabei indo com eles. Eles eram pesquisadores ou professores das áreas de História, Geografia e afins. Uma das inglesas já havia estado no Brasil e falou da sua visita a Ouro Preto, ressaltando os aspectos econômicos da História. Acho que foi nesta visita que num dado momento ficamos um pouco distante dos outros, eu e um casal de ingleses, e dois atendentes egípcios vieram nos mostrar medidores do Nilo e aproveitaram para pedir gorjetas, que o inglês deu. Achei a Ilha de Philae linda e grandiosa com seus monumentos e templos. Kom Ombo e Edfu também achei muito belos. Como nós fomos geralmente no início da tarde, o sol estava muito quente e eu procurava me esconder atrás dos pilares para obter sombra. Dentre tudo que conheci na viagem, o Templo de Karnak foi um dos pontos que mais me agradou . Achei-o espetacular, com sua enorme quantidade de monumentos, de várias épocas, construídos em vários governos e de vários estilos. No Vale dos Reis, segui a sugestão do guia das italianas e fui conhecer as 3 tumbas que ele indicou. Pelo ingresso pago, só se podia conhecer 3, com livre escolha, exceto Tutankamon, que era à parte e em que eu fui depois. Achei o Templo de Hatshepsut diferente e bem interessante, bem como a história dela e suas representações em forma de homem. Ali tinha sido o atentado aos turistas alguns meses antes, então eu procurei ficar atento também. Houve uma vez em que fiquei bastante tempo no fundo do barco admirando o rio. Num dos dias, quando acordei, percebi que o barco já estava se movendo. Fiquei meio decepcionado por ter perdido parte do deslocamento, mas logo fui para cima para admirar a paisagem. O guia egípcio brincou comigo, dizendo que eu parecia o guarda do motor 😃. Em várias ocasiões perguntaram se eu era francês, pois eu estava viajando com uma camisa que havia ganho numa promoção de um posto de gasolina no Brasil, que tinha 3 desenhos da Torre Eiffel com as cores do Brasil, devido à Copa da França. Vários franceses que me encontraram ao longo deste trecho da viagem gozaram a minha cara devido ao massacre que o Brasil tinha sofrido da França um mês antes na final da Copa do Mundo da França 😃. Numa das tardes em que o barco se deslocava, fizeram uma espécie de festa, com crepes, bebidas e música suave. Achei muito boa. No último dia do cruzeiro houve uma festa de despedida, com vários jogos, como se fosse uma gincana. Foram divididas as pessoas em grupos. Eu e as italianas ficamos no grupo com espanhóis. Havia várias provas. Eu me lembro de uma de cantar uma música, de outra de pronunciar algumas palavras em árabe, de outra de uma mulher se vestir e se comportar como um homem e de outra de um homem se vestir e se comportar coma uma mulher. Uma das italianas (Ida) ficou com a prova de falar as palavras em árabe e conseguiu êxito. A outra italiana ficou com a de cantar. Ela cantava muito bem e ganhou bonificação na pontuação. Se me recordo, cantou “Paroles ”, em italiano. Eu fiquei com a tarefa de me vestir e me comportar como uma mulher. As italianas me vestiram e me pintaram. Acho que fizeram um bom trabalho, porque quem passava por mim fazia uma expressão de admiração “Ooh!” Coloquei algo como laranjas no peito e usei um salto. Caí do salto muitas vezes 😃. Desfilei alguns segundos e depois, fui, bem devagar, para não chegar, em direção ao mestre de cerimônias, aos garçons e aos trabalhadores, para dar um possível beijo neles. Mas todos sumiram. E eu acabei minha performance. Ganhei bonificação extra também 😃. As italianas me elogiaram bastante, principalmente Ida. O guia egípcio delas caçoou de mim, dizendo que no dia seguinte estariam as fotos na primeira página dos jornais brasileiros. Ida perguntou se eu queria ir até a “supa” ou algo parecido. Eu não entendi. Disse que sim. No dia seguinte vim a saber que era para ir até o terraço do barco. Antes de dormir ainda fui para a piscina, onde chegou depois uma das espanholas e outros depois. No dia seguinte, na hora do café, vários participantes vieram até nós e cumprimentaram a italiana por seu desempenho, dizendo que ela poderia seguir carreira. Depois, olhavam para mim e diziam gargalhando que eu também poderia seguir carreira. A ida parecia meio chateada e me perguntou porque eu não tinha ido ao terraço como tínhamos combinado. Aí que eu entendi. Disse que não tinha entendido, que “supa” para mim era sopa. Ela não gostou muito e fez algumas piadas em relação a isso. O guia egípcio delas me sugeriu um programa para o dia, alugando uma bicicleta e dando uma volta pelo Vale das Rainhas, se me recordo. Quando fui me despedir de Ida, ela parecia bem mais distante. Acho que ficou decepcionada com o ocorrido no dia anterior. Fiz a saída do barco e fui dar uma volta pela cidade. Resolvi fazer o que o guia tinha sugerido. Atravessei o rio, mas quando cheguei, rapidamente vieram vários guias me oferecerem seus serviços. Recusei todos, mas um deles começou a me acompanhar e insistir bastante. Eu disse que faria por conta própria, mas ele insistia em argumentar sobre as vantagens de ir com seu parente (acho que era seu cunhado). Depois de muita conversa, sem conseguir me convencer, ele disse que não seria viável eu ir por conta própria, pois terroristas poderiam atirar em mim. Eu não fiquei exatamente com medo dos terroristas, mas de que ele pudesse ter alguns conhecidos que viessem querer me atacar ou roubar. Então decidi realmente fazer o passeio de carro com seu cunhado. O passeio transcorreu bem, mas os itens a conhecer não eram tão espetaculares quanto os dos dias anteriores. De qualquer forma, não deixou de ser uma experiência interessante ver esta parte do país também. Depois do almoço, atravessei o rio de volta e fiquei andando pela cidade, enquanto esperava o horário do trem, que saía à noite para o Cairo. Enquanto margeava o rio, um rapaz de dentro de um barco chamou-me. Eu não entendi bem, mas como ele reiterou o chamado, fui até ele. Ele queria que eu lesse uma carta que uma ex-cliente e amiga sua (acho que belga ou holandesa) tinha enviado . Ele não sabia ler inglês. Eu li. Era uma carta de agradecimento amistoso. Ele então pediu-me para escrever uma resposta para ela. Eu escrevi o que ele ditou. No fim, ele pediu para eu colocar alguma coisa da minha cabeça, mas eu achei indevido, pois era uma carta pessoal. Como ele insistiu, eu sugeri algo amoroso, mas ele disse que não desejava fazer sexo com ela, que ela era só sua amiga. Mudei para algo fraterno, ele pareceu gostar, fechou a carta, ofereceu-me chá, eu recusei, mas ele insistiu novamente, para não deixá-lo constrangido por ter feito um serviço de graça, aceitei um pouco de chá e fui embora. Depois disso continuei a passear pelas margens do rio e entrei numa loja para conhecer os produtos, avisando que não desejava comprar. O dono pediu-me para ajudá-lo a traduzir termos em inglês para espanhol, pois via muitos clientes de língua espanhola e queria negociar em sua língua. Novamente uma situação inusitada 😃. Eu nem falava espanhol direito, mas tentei fazer o melhor que pude. Enquanto estávamos fazendo a tradução de algumas frases clássicas de negociação, como “Preço Justo”, chegaram algumas moças com aparência latina. Perguntei de onde eram e disseram que eram brasileiras. Começamos a conversar. Disseram que vinham de um evento em Hurghada, no litoral. Falamos sobre nossas experiências de viagens. Elas mencionaram o forte assédio que sofreram (provavelmente dos vendedores). À noite fui pegar o trem para o Cairo. Após embarcar, notei que havia uma diferença entre o nome impresso no meu bilhete e o nome do trem. Perguntei a algumas pessoas, incluindo passageiros, mas elas aparentemente não entenderam ou não souberam me explicar, posto que não falavam inglês. Quando chegou o comissário, ele me disse que estava tudo certo, o trem era aquele mesmo, pegou uma caneta e fez um pequeno traço em uma das letras, dizendo que provavelmente havia ocorrido uma falha na impressão do caractere 😃. Ficou claríssimo para mim como é duro ser analfabeto. Não saber ler limita profundamente a independência e dificulta fazer coisas básicas do dia a dia. Cheguei na 3.a feira 11/08 de manhã no Cairo. Devido ao que havia ocorrido na despedida, antes de pegar o trem para o sul, nem contava mais com o carro para ir ao Sinai e ao Mar Vermelho. Mas o motorista Iasser estava lá esperando-me atenciosamente e fomos. Fomos em direção a Santa Catarina, Mosteiro na Base do Monte Sinai. Chegamos lá no meio da tarde. Para as atrações de Santa Catarina veja https://www.descobriregipto.com/monte-de-santa-catarina-santa/, https://wikitravel.org/en/Mount_Sinai e https://en.wikipedia.org/wiki/Saint_Catherine,_Egypt. Os pontos de que mais gostei foram o Monte Sinai, o mosteiro e a vila em si . Após chegar e me estabelecer em um quarto que o mosteiro alugava, fui dar uma volta para conhecer o mosteiro e os arredores. Achei bem interessante a vida simples naquele local no meio do deserto. Durante o meu passeio vi uma moça, aparentemente acompanhando um rebanho de cabras (eu acho). Ela estava totalmente coberta pela roupa, só com o nariz e os olhos de fora. Percebi, pelos seus olhos, que ela riu. Acho que não estava acostumada a ver ocidentais fora dos limites do mosteiro. Conheci uma francesa (acho que chamava Daniele). Ela me disse que tinha 2 opções interessantes para ir até o topo do Monte Sinai. Uma era subir à tarde e ver o pôr do sol. Outra era subir na madrugada e ver o nascer do sol. As duas seria difícil fazer em sequência, pois a subida era dura e eu não aguentaria. Poderia passar a noite no topo também e ver o pôr do sol e o nascer do sol. Optei por subir durante a madrugada e ver o nascer do sol. Ela me disse que provavelmente minha noite não seria muito boa, pois havia muitos mosquitos ali 🦟. Realmente ela tinha razão. Depois do jantar, fui dormir, mas tive grande dificuldade devido aos mosquitos. Fui dormir 22h e pedi para me acordarem por volta de 2h. Mas os mosquitos (acho que eram pernilongos) deixaram-me dormir muito pouco. Acordei às 2h da 4,a feira 12/08 e fui dar uma olhada nos arredores. Havia bastante movimentação. Acho que muitos grupos pretendiam subir durante a madrugada. Eu me lembro de ter visto um grupo que aparentava ser de judeus. Resolvi ir para começar a subida então. No início do caminho de subida havia alguns homens com trajes de habitantes do deserto oferecendo aluguel de camelos🐪. Eu não quis. Moisés tinha subido a pé com mais de 80 anos, então acreditei que eu poderia também. Eles me disseram que a subida seria tranquila e eu não me perderia, pois estava com sorte de ser noite de lua cheia. Após andar um pouco, encontrei um grupo de holandeses, em sua maioria mulheres. Acho que tinham um guia. Perguntei se achariam interessante irmos juntos e elas disseram que sim. Mas elas tinham um pouco de sobrepeso e iam muito devagar, parando para tomar água após andar pouca distância. Depois de algumas paradas, eu comecei a ficar com medo de não chegar a tempo do nascer do sol (eu estava sem relógio). Educadamente disse para elas que iria na frente e as encontraria no topo. Elas sorriram e para minha surpresa agradeceram o trecho que fomos juntos. Já perto do topo, houve um trecho mais íngreme, em que foi necessário dar impulso com as mãos para colocar os pés depois. Mas nada que fosse de grande dificuldade. Cheguei no topo e já havia bastante gente. Inclusive parecia haver pessoas que haviam passado a noite lá e estavam dormindo em seus sacos de dormir. Creio que a subida durou cerca de 1h30 a 2 horas. Cerca de meia hora depois que eu cheguei, as holandesas chegaram. Lá em cima estava um pouco frio, talvez uns 15C ou 13C, bem diferente do solo lá em baixo. Fiquei esperando o nascer do sol. Enquanto isso aproveitei para fazer meditação e contemplar o Deserto do Sinai no escuro. Magnífico . Depois de algum tempo, comecei a ficar com um pouco de frio e sono, mas nada muito forte. Cerca de 4h30 ou 5h o céu começou a clarear, A cena pareceu-me espetacular, iluminando o deserto gradualmente . Então, depois de algum tempo, apareceu o sol, lá longe, saindo de trás das montanhas. Era possível ver uma ampla área do deserto e contemplar a sua magnitude . Apesar de cansado, foi uma experiência que adorei. Meditei mais um pouco e contemplei mais um pouco também, antes do sol esquentar a temperatura. Depois fui dar uma volta no topo, para ter uma visão completa de 360 graus. Descobri que havia uma capela lá, a Capela da Santíssima Trindade. Se bem me recordo estava fechada, mas pude apreciá-la por fora, na sua simplicidade e solidez. Fiquei bastante tempo olhando sob diferentes perspectivas a paisagem lá de cima, do lado do deserto, do lado do mosteiro e da cidade e do outro lado do deserto . Acho que por volta de 8h comecei a descer. Fui explorar um caminho que havia por trás da capela. Como já havia andado bastante nele, resolvi descer por ele. Acho que me perdi um pouco e demorei mais do que previsto, mas cheguei lá embaixo. Acho que era por volta de 10h ou 10h30. A temperatura tinha subido bastante. Comi alguma coisa como café da manhã e fui visitar os pontos que faltavam do mosteiro. Dei uma volta por dentro do mosteiro, vi suas instalações abertas ao público. Vi um local com vários crânios, que imagino que eram dos antigos habitantes do mosteiro. Perguntei a um visitante quem eram e ele me respondeu que estavam mortos. Seu amigo gargalhou ao ouvir a resposta 😃. Daniele perguntou-me se poderia dar uma carona para ela até Sharm El Sheikh, no Mar Vermelho. Eu disse que sim. Um pouco antes de sairmos, apareceram 2 americanos e me perguntaram se poderia dar uma carona para eles também. Eu concordei. Saímos perto do meio dia. Estava bem quente. O motorista Iasser pediu um pouco da coca cola ou água que estava numa garrafa no chão e, quando bebeu, cuspiu, dizendo que estava quente. Eu estava bem cansado, pela noite mal dormida, com poucas horas de sono (no trem na noite anterior já não tinha dormido muito bem) e pela subida e descida. Fiquei cambaleando boa parte da viagem e abrindo e fechando os olhos. Chegamos a Sharm El Sheikh no meio da tarde. Deixamos os americanos no hotel em que pediram. Fui até o hotel que o pacote havia designado para mim. Daniele perguntou se poderia ficar lá também e eu concordei. Chegando lá foram nos apresentar os quartos. Se me recordo, o atendente apresentou-me uns de que não gostei (naquela época eu ainda fazia questão de banheiro dentro do quarto). Falei para o dono do hotel que não estava bom, mas ele disse que aquele era só um dos quartos e que iria me apresentar outros melhores. O atendente apresentou-me um que achei bem razoável. No fim da apresentação disse que a água ficava fechada e, se eu precisasse usar, deveria avisar para que eles ligassem. Ao ver minha cara de espanto, ele me disse “Para que desperdiçar?”. Naquela época eu ainda não estava acostumado aos racionamentos de água em São Paulo e achei a proposta inaceitável, mesmo estando num país desértico. Falei para o dono que não estava bom e eu iria para outro hotel. Imagino que era seu melhor quarto. Ele se irritou e falou algum tipo de xingamento e me disse para ir para outro hotel. O motorista Iasser entendeu o xingamento e disse que era melhor nós irmos para outro local mesmo. Sugeriu um de que os americanos haviam falado (não me recordo se era onde haviam ficado). Daniele também não quis ficar lá, dizendo que os quartos eram sujos. Fomos nós 3 procurar por outro hotel. Chegando lá, atenderam-nos muito bem, tinham bons quartos, por preços bem aceitáveis (acho até que era mais barato que o outro oferecido pelo pacote). Mesmo tendo que pagar à parte (fora do pacote comprado), achei que era melhor ficar ali. Daniele, até onde eu lembro, também gostou e ficou lá. O agente de turismo do pacote não havia pago hospedagem para o motorista Iasser. Ele iria dormir no carro. Eu paguei à parte a hospedagem para ele. Daniele convidou-me para jantar, num dos trechos do trajeto. Eu estava morto de cansaço, agradeci, mas da maneira mais educada que pude, recusei. Talvez um passeio no dia seguinte, depois de uma noite de sono. Mas acabamos nos desencontrando. Eu jantei e dormi profundamente, até quase perder a hora no dia seguinte. Na 5.a feira 13/08, fui dar uma volta na praia e conhecer o Mar Vermelho 🌊. Não reencontrei Daniele. Não sei se ela ficou chateada por causa do jantar. Saí para caminhar pela orla calçada e depois fui para a areia. No Egito as praias eram privadas. Então não se podia ficar estabelecido na areia em qualquer local. Podia-se caminhar na beira do mar, mas mesmo para entrar no mar era necessário pedir permissão ao proprietário, que, naquele local, geralmente eram hotéis. A praia ali era bem diferente da que tinha visto em Alexandria, pois era basicamente frequentada por estrangeiros, acho que na maioria europeus. Usavam roupa de banho como nós. Havia até algumas mulheres fazendo topless, algumas das quais acho que ficaram um pouco incomodadas por eu passar pela beira da praia. Em alguns hotéis, perguntei se poderia nadar. Após me perguntarem se era só nadar, todos permitiram. Havia anúncios sobre prática de mergulho, esta sim acho que era cobrada (não sei se era o curso, o aluguel de equipamentos ou a simples prática). Indicaram-me uma praia pública a 20 minutos de caminhada aproximadamente. Depois de andar bastante na orla nas praias dos hotéis, resolvi ir para esta, para sentar um pouco. Chegando lá, vi que era uma pequena faixa de areia, espremida entre praias particulares. Mas o suficiente para sentar e ficar apreciando o mar e a orla. Entrei um pouco no mar, para nadar e me refrescar, visto que o calor continuava enorme. Falei com um egípcio que estava nadando, comentando sobre o calor e ele me disse que em agosto era assim mesmo. Depois de ter nadado bastante nas praias privadas e públicas e ter ficado contemplando o mar e a orla, resolvi voltar, pois precisávamos chegar no Cairo no fim do dia, visto que o avião saía no início da madrugada. Reencontrei o motorista Iasser, que parecia ter descansado bem. Peguei minha mochila e saímos com destino ao Cairo. Não me recordo se foi na vinda ou agora na volta, que quando passamos pelo Canal de Suez, ele falou brincando para os guardas que eu era irmão do Leonardo (jogador que foi da Seleção Brasileira, Flamengo, São Paulo e estava no Milan naquela época). Achei a estrada muito boa, tanto o asfalto como a infraestrutura. Num dado ponto, parecia haver um caminhão capotado na lateral da estrada. Iasser pediu para parar e foi levar uma garrafa de água para o local. Não sei se foi um acidente. Pelo que entendi dele, tinha sido, mas as pessoas estavam bem. Chegamos no Cairo já à noite. Ele disse que a companhia de turismo oferecia-me uma noite num hotel até a saída do avião, mas eu não quis. Achei que não era necessário e que a qualidade dos serviços da companhia não tinha sido muito boa. Ele me perguntou o que eu tinha achado da viagem. Respondi que tinha gostado do Egito, gostado dos serviços dele, mas gostado parcialmente da companhia de turismo. Ele pareceu ficar decepcionado pelo fato de eu não ter elogiado a companhia, do mesmo modo que fiz com o Egito e com ele. Desejei a ele felicidades e que conseguisse caminhar na direção de se tornar um profissional cada vez mais completo. No aeroporto pedi ao atendente que me acordasse um pouco antes do check in e deitei no banco para tentar descansar um pouco. Fiz o câmbio de volta e usei a pontuação (milhar e separador decimal) do Brasil. O atendente me disse que estava errado, pois era diferente da dos EUA, que provavelmente eles tinham como padrão. Ele já tinha ficado chateado porque havia dito que era para fazer o câmbio dentro da área de embarque, o que eu não entendi direito. Fui ao banheiro do aeroporto e os letreiros para definir qual era o masculino e o feminino estavam em árabe 😃. Entrar num banheiro feminino num país muçulmano poderia ser altamente problemático. Fiquei esperando alguém passar, mas não aparecia ninguém. Precisando ir ao banheiro, decidi optar pelo que tinha o chão do caminho para ele mais sujo. Acertei. Era o banheiro masculino. Provavelmente, pela quantidade de homens muito maior, havia mais sujeira. Embarquei e cheguei a Amsterdã no começo da manhã. O voo foi tranquilo. Durante o voo vi na TV a notícia de que haviam explodido bombas nas embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia em 07 de agosto, justamente quando eu tinha chegado ao sul do Egito. Em Amsterdã não saí do aeroporto. Comprei um pequeno queijo holandês e embarquei para São Paulo. No voo fiquei ao lado de uma moça que havia ido assistir os Jogos Gay. Ela parecia bem simples e não falava inglês, tanto que tentei ajudá-la com as aeromoças. No Brasil fizemos escala no Aeroporto do Galeão. Pude apreciar um lindo pôr do sol 🌅, enquanto esperávamos o avião para São Paulo. Cheguei em São Paulo sem problemas no fim do dia. Esta viagem me fez ganhar pontos suficientes para poder resgatar gratuitamente uma passagem da KLM para Buenos Aires, 3 anos depois.
  10. visto de entrada para egito queridos turistas ultimamente ha muita gente q perguntou pelo negocio do visto. sera q posso tirar o visto no aeroporto na hora da chegada? fora do egito eu sei q um pouquinho complicado tirar o visto para entrar ao egito,vc precisa enviar o passaporte para a embaixada ou consulado, uma certidao de fevre amarela e outros tantos papeis. mas vcs nao precisam nada disso. porque e muito mais facil aqui no aeroporto de cairo,considerado como o aeroporto da capital e o mairo do pais. olha o que vai fazer exatamente cuando vc chega ao aeroporto simplesmente vai procurar um banco la dentro de aeroporto ha muitos e todos abertos 24 horas do dia,desde o banco vc vai comprar um selo ( vc simplesmente diga ao cara q esta no banco visa e ele vai entender todo) este selo custa 25 dolares americanos e para cada passaporte precisam um selo. seguidamente colar este selo numa pagina vazia do seu passaporte, logo vc tem q presentar o seu passaporte no controle dos passaportes ali o funcionario vai carimbar o seu passaporte,tendo o carimbo pronto acabou todo so falta pegar a sua mala e sair ...... boa viagem * tem q ter um passaporte de como minimo 6 meses de validacao. * este visto e valido para ficar no egito por 45 dias,demorar mais de 45 dias se paga uma multa na hora de sair no aeroporto tambem. e muito simples sem nada de penalizacao. *alguns lugares de entrada nao precisam visto como SHARM EL SHEIK,mas com uma condicao nao sair da peninsula do sinai,por exemplo vc entra ao egito atraves do aeroporto de sharm el sheik e quer visitar o cairo la vc paga visto. * no banco de onde vcs compram o selo do visto se pode trocar dinheiro, aqui no egito todos os bancos tem a mesma cotizacao. * os meninos q nao tem passaporte e estao registrados no passaporte de alguem dos pais nao pagam visto. * o unico lugar de entrada ao egito q tem formalidade bem chatas e rutinarias nas cuais a gente demora mais do q habitual e o porto terrestre de TABA vendo de israel. muito simples e um processo q demora como maximo 20 minutos mas e muito mais facil e ainda mais barato de tirar o visto no pais de origem.
  11. Conhecer o Egito era um sonho de infância, mas, embora tenha conversado com várias pessoas, ninguém se interessou em ir, especialmente pelo fato das notícias que vemos na mídia, então, resolvi fazer minha viagem sozinha. De início, senti um frio na barriga, pois nunca havia viajado sozinha e até então só tinha visitado países da América do Sul, que possuem uma cultura bem parecida com a nossa. Estive no Egito dos dias 16/12/2015 até o dia 04/01/2016 e decidi escrever esse relato para incentivar as pessoas que têm vontade de conhecer o país, pois é o melhor lugar que já estive em toda a minha vida. Para evitar surpresas com preços de passagem, recomendo que seja comprada com bastante antecedência. Comprei a minha em 08/02/2015, para viajar em dezembro, pelo valor de R$ 3.740,60, com a cia. aérea Emirates, que eu recomendo, já que na escala do voo em Dubai me deram o visto e hospedagem em hotéis excelentes, com jantar e café da manhã incluídos. Mesmo antes dessa viagem eu já tinha interesse em aprender o idioma árabe e estudei por um ano, o que foi o suficiente para entender o que eles falavam e pedir informações caso necessário, mas, não se preocupem, muita gente por lá fala inglês. Só usei o árabe mesmo quando pegava ônibus ou trem com os locais, as vezes não tinha ninguém que falasse inglês. Aproveitei para incluir nessa mesma viagem os seguintes países: Israel, Jordânia e Turquia, mas farei os relatos em separado e deixarei os links no final desse relato caso vocês tenham interesse em ler. Primeiramente, tenho que fazer considerações importantes sobre o Egito. Li em vários relatos na internet de mulheres dizendo que foram assediadas no Egito, seguidas por homens que as olhavam da cabeça aos pés, contando barbaridades, mas, nada disso aconteceu comigo. Levei um lenço para cobrir os cabelos pois cheguei a pensar devido a esses relatos, que poderia ser discriminada de alguma forma caso não cobrisse os cabelos, o que não aconteceu em nenhum momento. Andei o tempo todo de cabelo solto e maquiada, com esmalte nas unhas na primeira semana e em alguns pontos turísticos usei blusa de alcinha. Tenho uma tatuagem enorme nas costas e só o que eles faziam era elogiar minha tatuagem, me falavam: nice tatoo. Só o que recomendo para as mulheres com relação as roupas é não usar decotes e calças muito coladas, calças jeans pode usar tranquilamente e sempre usar blusas ou um sobretudo que cubra a parte do quadril. Com relação aos homens, não recomendo que usem shorts. Quanto às diferenças culturais, para as mulheres é normal conversar com homens como aqui no Brasil, mas recomendo que não fale alto e não dê gargalhadas, como algumas pessoas estão acostumadas a fazer aqui, vão saber que você é turista e os homens principalmente não vão olhar isso com bons olhos, procure ser discreta, conversar em um tom de voz normal. Devido ao fato de viajar sozinha, fiz amizade com muitos locais e em vários lugares me perguntavam em árabe se eu era egípcia, também por que tenho ascendência árabe e me diziam que eu parecia com elas e não com as brasileiras, por falar pouco e ser recatada, por isso o meu conselho. Quando cheguei lá, não sabia exatamente como me portar, já que a maioria das pessoas em todos os lugares, hotéis, comércio, restaurantes, guias turísticos são homens, então, primeiro observei antes de qualquer coisa. Homens podem se cumprimentar com beijo no rosto se forem amigos, e nós mulheres podemos cumprimentar as mulheres com dois beijos no rosto, é o que elas fazem. As vezes os homens te cumprimentam dando a mão, mas isso é raro, então, mulheres, nunca deem a mão para cumprimentar um homem, espere que ele faça antes para você não passar vergonha. Existem pessoas mais conservadoras e menos conservadoras, portanto, observem antes de tudo. Pedi muitas informações para os locais quando me perdi e foram amáveis, me surpreendi bastante com eles. Mulheres usando niqab vieram falar comigo e são super simpáticas. Não recomendo também que as pessoas fiquem tirando fotos dos locais, devemos respeitar, se você fizer amigos por lá você pode tirar foto, mas sem permissão não aconselho que faça, as pessoas podem se sentir ofendidas. Outra dica importante sobre viajar sozinha é que mesmo que você ache que pode se misturar a grupos de turistas para disfarçar isso, o que eu percebi é que é impossível esconder de todos que você está viajando sozinha, portanto, é sempre bom fazer seus passeios com agências confiáveis. Eu comprei os tours nos hostels que fiquei e não me arrependo. Caso vocês não queiram comprar os tours, é possível ir para Giza de táxi, e os táxis lá são seguros e não são caros, só combinem o valor antes. COMIDA E ÁGUA NO EGITO: Por viajar sozinha, achava que não deveria tomar a água deles, nem comer verduras e frutas com casca, mas fiz tudo isso e não passei mal. Não posso incentivá-los a fazer o mesmo pois algumas pessoas passam muito mal com isso, e já ouvi falar que a água deles transmite hepatite. Após essas dicas iniciais, vou começar a relatar dia a dia a minha viagem. Somente para finalizar, é importante dizer que a mídia tem exagerado demais no que tem noticiado. O Egito é um país seguro, o povo egípcio é o mais hospitaleiro e amável que eu já conheci e tudo o que as pessoas falam sobre eles pedirem gorjetas e serem chatos, isso somente acontece se você estiver lidando com quem estiver perto dos pontos turísticos e quiser tirar proveito da situação, mas a maioria dos locais não são assim, somente os que trabalham com turismo e, não me arrependo de ter fechado alguns tours com os hostels por isso, já que você vai com guia e na maioria das vezes não precisa nem dar gorjeta, agora, se você for por conta e se perder, daí é bem capaz mesmo que queiram te cobrar para dar informações. A única coisa que paguei de gorjeta era quando colocavam minha mala no porta mala dos ônibus, isso custava 2 libras egípcias, que equivale a R$ 2,00. Dia 16/12/2015 - Chegada no Egito - Cairo Cheguei no Egito as 10:30 da manhã. No aeroporto me fizeram diversas perguntas e não se espantem se acontecer com vocês. Muitos brasileiros foram presos por tráfico de drogas nos últimos anos por lá e justamente por isso suspeitam de qualquer brasileiro que tentar entrar no país. Acho que pelo fato de eu viajar sozinha, suspeitaram ainda mais. Mostrei todas as minhas reservas de hotéis, minha carteira da OAB pois pediram documento profissional, abriram minhas duas malas, tiraram coisa por coisa e tudo o que me perguntavam o que era eu respondia e dizia que podiam abrir se quisessem. Depois duas mulheres me levaram para uma salinha, contaram todo o meu dinheiro e me devolveram e me fizeram levantar a blusa e passaram as mãos no meu corpo para ver se não tinha nada. Passada essa parte, troquei dinheiro dentro do aeroporto mesmo, um dólar estava valendo 7.80 LE e quando saí o taxista do hostel estava me esperando. No Cairo, fiquei do Dahab Hostel - http://www.dahabhostel.com/ O traslado custou 75 LE e a hospedagem 65 LE em um quarto de solteiro, com banheiro compartilhado. Achei o local limpo, inclusive os banheiros. O café da manhã custa 15 LE e é bem servido, dá para duas pessoas. Nesse primeiro dia resolvi descansar, afinal de contas foram 15 horas de voo de São Paulo até Dubai e mais 5 horas de Dubai até o Cairo. Fui muito bem recebida nesse hostel, logo que cheguei me deram café e uma garrafa de água mineral. Quando fui escovar meus dentes, percebi que o fio dental tinha acabado e então fui perguntar para os funcionários do hostel onde era a farmácia. Eles me levaram até lá e inclusive me ensinaram a atravessar as ruas, já que tem vários pontos onde eles não têm semáforo. Depois disso, me senti muito segura para sair sozinha e quando tinha vontade, ia fazer compras nos mercadinhos, almoçar e tudo mais sozinha, sem problema algum. Nesse dia conheci um casal de brasileiros e ficamos conversando bastante até tarde. Fechei o tour no dia seguinte para as pirâmides de Giza por 250 LE, mais guia 150 LE. O guia falava espanhol e o tour incluía também Sakkara e Dahshour. O preço é por carro e pode ser dividido em até quatro pessoas. Com relação ao deserto branco, desisti de fazer esse tour, pois devido ao incidente com os turistas mexicanos, o deserto estava fechado. A noite comi uma pizza, que no Egito, custa em média 26 LE, lembrando que 1 real vale 2 LE. 17/12/2015 - Visita as Pirâmides de Giza Nesse dia acordei cedo, o tour saia as 8 horas da manhã. Fomos eu e o casal de amigos brasileiros que conheci no hostel. Primeiro fomos levados à pirâmide de Dashur e depois para Sakkara e valeu ter pago por esse tour, pois até Giza são três horas de viagem. Dashur fica próxima a cidade de Mênfis. Pirâmide de Dashrur Valores de Entrada: Recomendo que utilizem a Carteira Mundial do Estudante (ISIC) se tiverem, pois vocês pagarão metade do valor da entrada, e foi o que aconteceu comigo. Vou colocar os valores de meia entrada que paguei: Dashrur: 20 LE Giza: 40 LE Imhotep e Saqqara: 40 LE Não entrei no museu do barco solar, mas caso tenham interesse ele fica na área das pirâmides. Entramos em somente na pirâmide de Dashrur. Para entrar nas outras paga-se 100 LE e não tem nada dentro delas. Essas são as fotos da pirâmide por dentro: Após, fomos levados até Sakkara, onde vimos vários desenhos com cores incríveis, que relatavam como os egípcios abatiam o gado, a atividade de pesca, dentre outras: Fomos almoçar e nesse dia experimentei um prato típico do Egito, chamado koshary e todos deveriam experimentar, é maravilhoso. Fiquei viciada nesse prato, que consiste em macarrão, grão de bico e cebola frita, é uma delícia. Esse prato custa em média 7 LE. Depois do almoço, fomos até Giza. Sobre Giza, não recomendo que andem de cavalo, pois eles maltratam demais os animais. No dia em que estive lá, aconteceu um acidente com uma charrete, o cavalo escorregou no asfalto, caiu e uma turista que estava na charrete caiu e se machucou. O cavalo ficou deitado no chão machucado também e uma parte da charrete estava quebrada. Pedi umas vinte vezes para eles tirarem a charrete antes do cavalo se levantar pois ele já estava machucado e ela era pesada, mas não tiraram e ainda deram uma chicotada nele para que ele levantasse. Por sorte ele não quebrou a pata, pois se isso acontecesse provavelmente seria sacrificado. Caso queiram, andem de camelo, os camelos são dóceis e obedecem em tudo, então são muito bem tratados. Meu passeio de camelo. Enfim, quando cheguei a Giza, só tinham 6 turistas estrangeiros, eu, meus dois amigos do Brasil e mais três pessoas e fiquei bastante triste com isso, pois eles dependem do turismo. As crianças egípcias são uns amores e gostam muito de turistas, tentam o tempo todo tirar fotos, mas pedem educadamente. Me chamaram de Shakira, as meninas me falavam que eu era bonita, me beijavam, abraçavam e tiraram todas as pulseiras dos braços para me dar, mas não pude aceitar, só retribuí abraçando-as e beijando-as também e tirando todas as fotos que me pediram. Apesar de ter viajado sozinha, não fiquei sozinha em nenhum momento, só mesmo quando eu queria. Quando não estava com os amigos que fazia no hostel e nos tours, estava rodeada de crianças egípcias e as vezes os adultos também vinham conversar, então, não me sentia sozinha nunca. O passeio de camelo que não chegou bem a ser um passeio me custou somente 15 LE, pois disse ao dono do camelo que só queria tirar uma foto. Mesmo assim, ele me fez dar uma volta no camelo e quando o bicho desceu, levei um susto, porque ao invés de abaixar as patas de trás, primeiro ele fica de joelhos com as patas da frente, daí você fica meio suspenso, mas foi bem divertido. As pirâmides e a esfinge são lindas e o estado de conservação é impressionante. Não dá para imaginar como eles construíram aquilo. Perguntei ao guia por qual motivo chamam a esfinge de abu el hool (pai do terror em árabe), e ele me explicou que os antigos egípcios acreditavam que ela protegia as pirâmides. Terminado o tour, voltamos ao hostel, já que eu comprei com eles um Cruzeiro pelo Rio Nilo. O Cruzeiro custou 350 dólares, com todas as refeições incluídas: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Além disso, estava incluído nesse valor o voo de balão em Luxor, o ticket de trem para Aswan e os tours em Aswan e hotéis 3 estrelas. À noite o taxista foi me buscar no hostel, me deu o ticket de trem e me levou até a estação, procurou o vagão e me indicou o número do assento. Só tinha eu de estrangeira no trem. Os egípcios, muito gentis, diziam em árabe que eu podia colocar a mala na parte de cima do trem para não precisar ficar com ela nos pés, mas eu agradeci, não acredito que minha mochila imensa caberia lá. 18/12/2015 - Do Cairo até Aswan Foram 12 horas de trem do Cairo até Aswan e quando o sol começou a bater no meu rosto, um deles veio e disse em árabe que havia muito sol ali e fechou a cortina para que o sol não ficasse no meu rosto, eu agradeci. Como não sabia que Aswan era a última estação eu perguntava para eles e eles informaram que era a próxima estação. Quando cheguei em Aswan, o guia estava me esperando com uma placa onde tinha meu nome. De lá ele me levou no hotel, deixei minhas coisas e me juntaram a um grupo de outros turistas do Japão e Sri Lanka, todos muito legais e simpáticos. Nesse dia visitamos a represa alta de Aswan, construída para evitar as inundações que vinham ocorrendo, e, o guia nos explicou que o Templo de Abu Simbel foi retirado das proximidades do Nilo por conta das inundações. Meia entrada na represa alta de Aswan - 20 LE De lá, fomos de barco até o Templo de Philae. Esse templo é também conhecido como o Templo de Ísis. Neste relevo o rei Ptolomeu faz uma oferenda a deusa Ísis e a Hórus, seu filho, no Pilone de entrada do templo , tudo em dimensões monumentais. Philae originalmente foi templo dedicado a deusa Ísis, uma deusa da cultura egípcia mas que foi adotada por muitos outros povos antigos. Quando os cristão se tornaram mais poderosos o templo foi transformado em Igreja Católica e foi neste momento que os relevos dos deuses foram martelados para serem descaracterizados e transformados em santos cristãos. A meia entrada no Templo de Philae custou 30 LE. Depois desse passeio, nos levaram para uma loja de perfumes egípcios e eles não eram caros, o frasco menor custava em torno de R$ 20,00, mas não me interessei em comprar nada, mesmo por que não queria ficar carregando muita coisa na mala durante a viagem. Após, fui levada para o hotel, que já estava incluído no valor do cruzeiro. Nesse dia almocei bem tarde, e como Koshary e batatas fritas em um restaurante do lado do hotel por 12 LE. Mais tarde, passei em um mercadinho próximo ao hotel para comprar água, chocolates e salgadinhos. É sempre bom levar essas coisas nos passeios. Uma água de dois litros custa e 4 a 5 LE. Os chocolates custam cerca de 2LE. Esse croissant é uma delícia, tem nos sabores chocolate e queijo e recomendo que experimentem. Custam de 2 a 3 LE. Voltei para o hotel e dormi. 19/12/2015 - Aswan - Abu Simbel e embarque no Cruzeiro pelo Nilo Logo cedo fomos levados para Abu Simbel, que é um dos locais mais lindos que visitei. O complexo de Abu Simbel é constituído por dois templos. Um maior, dedicado ao faraó Ramsés II e aos deuses Rá(Ra-Harakhty), Ptah e Amun, e um menor, dedicado à deusa Hathor, personificada por Nefertari, a mais amada esposa de Ramsés II de entre as mais de 100 que Ramsés possuía. A fachada do templo de Ramsés tem 33 metros de altura e 38 metros de largura, a sua entrada foi concebida como um pilone. A fachada é constituída por quatro estátuas com vinte metros de altura que representam o faraó Ramsés II sentado ostentando a coroa dupla da unificação entre o alto e o baixo Egipto, a barba postiça, um colar e um peitoral com o nome de coroação. A segunda dessas estátuas foi parcialmente destruída por um terramoto em 27 aC., a cabeça e o tronco de Ramsés encontram-se próximo da entrada. Na porta do templo existe uma inscrição criptográfica do nome do faraó: Ser-Ma'at-Ra e no meio das pernas das grandes estátuas podem ver-se pequenas estátuas de familiares de Ramsés II: Junto ao colosso I (lado esquerdo) estão as representações da sua principal mulher Nefertari (na perna esquerda), a sua mãe Mut-tuy (na perna direita) e do príncipe Amonhorjepeshef (ao centro). Junto ao colosso II (lado esquerdo) encontram-se as princesas Bentata, Nebettauy e outra que se pensa ser Senefra. Junto ao colosso I (lado direito) estão as representações da sua principal mulher "Nefertari" (na perna direita), a princesa Beketmut (na perna esquerda) e do príncipe Riamsese (ao centro). Junto ao colosso II (lado direito) encontram-se as representações da princesa Nerytamun, da mãe de Ramsés, Mut-tuy e da rainha Nefertari. Esse é o Templo de Nefertari, que também fica no complexo de Abu Simbel: A ordem dos colossos da esquerda para a direita é a seguinte: Ramsés II com a coroa do Alto Egipto e a barba postiça; Nefertari com características da deusa Hathor, disco solar entre 2 altas plumas e cornos de vaca; Ramsés II com a coroa branca do Alto Egipto e a barba postiça; Ramsés II com a coroa dupla da união do alto e baixo Egipto e barba postiça; Nefertari com características da deusa Hathor, disco solar entre 2 altas plumas e cornos de vaca; Ramsés II com o nemes, a coroa atef e a barba postiça. A meia entrada para o complexo de Abu Simbel custou 50 LE e inclui a visita aos dois templos. Não é permitido tirar fotos dentro dos templos, mas eu tirei sem flash e quando um dos homens que olha o templo viu que eu tirava fotos, pensei que ele fosse tirar a minha câmera e até entreguei a ele, mas ele só quis segurar na minha mão, e não apagou nenhuma foto. Não preciso nem dizer que com bastão de selfie era meio impossível tirar fotos minhas com os templos ao fundo, então, os amigos que eu ia fazendo ao longo da viagem tiravam as minhas fotos e isso me ajudou muito. Nesse dia, conheci uma moça da Índia que também viajava sozinha, então uma tirava fotos da outra. Depois da visita a Abu Simbel, me levaram até o porto de onde saíam os navios para o cruzeiro. Essas são algumas das fotos do navio. As refeições estavam todas incluídas e eram buffet. Sou vegetariana e tinham muitas opções. Além disso, a sobremesa também era incluída. Serviam café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar. As bebidas dentro do navio eram caras, então na visita dos templos eu comprava água dos vendedores lá fora. A garrafa de 2 litros custava 5 LE e ninguém reclamava quando eu entrava com as garrafas de água no navio. De tarde, o navio parou no Templo de Kom Ombo, onde tem também o museu do crocodilo. O Templo de Kom Ombo foi construído há mais de dois mil anos, no Egito, durante a dinastia ptolemaica, na cidade de Kom Ombo. É o único templo duplo egípcio, assim chamado por ser dedicado a duas divindades: um lado do templo é dedicado ao deus crocodilo Sobek, deus da fertilidade e criador do mundo; o outro lado é dedicado ao deus falcão Horus. O museu do crocodilo é dedicado ao Deus Sobek. Os antigos egípcios acreditavam que os crocodilos eram esse Deus, e, portanto, cuidavam deles durante toda a vida. Quando eles morriam, eram mumificados. A meia entrada que incluía a visita ao templo e ao museu custou 25 LE. À noite, depois do jantar, teve uma festa com dança do ventre e dervixe, que durou uns 30 minutos, mas foi bem legal. Sobre a internet, na maioria dos hotéis e no cruzeiro, era paga. No cruzeiro custava 60 LE por dia, por isso fiquei sem internet. O ideal seria ter comprado um chip da Vodafone com internet logo quando cheguei no Egito. 21/12/2015 - Luxor Quando acordei e abri a janela, vi essa paisagem linda, o que me deu a certeza de que já havíamos chegado em Luxor. Nesse dia, deixei o Cruzeiro e havia uma guia me esperando para os próximos tours. Quando ela se deu conta de que eu estava viajando sozinha, me perguntou: Quem te encorajou a fazer isso? E eu só pude responder: eu mesma Esse era o dia mais esperado de toda a minha viagem, pois conheceria o Vale dos Reis e o Vale das Rainhas. Nesses lugares, é impossível fotografar o interior, já aviso e tentam te vender cartões postais e livros com as imagens. Eu comprei um livro sobre o Vale dos Reis por 15LE, que equivale a R$ 7,00, mas todas as imagens estão na internet. Comprei por que como estava viajando sozinha, seria mais um livro para ler, lembrando que fui conhecendo muita gente, fiz amizades e acabei nem lendo o livro, mas com certeza vou ler ele aqui no Brasil. Não me arrependo de ter levado um único livro, pequeno e leve para a viagem. Achei que passaria muito tempo sozinha, mas eu só ficava sozinha quando queria mesmo. Achei também que teria muitas dificuldades para carregar as minhas mochilas, mas devido ao fato de ser uma mulher viajando sozinha, sempre tinha um homem que se oferecia para carregar e nem cobravam. Em contrapartida os outros turistas reclamavam muito comigo, dizendo que eram cobrados para tudo. Para você mulher que pretende viajar sozinha, essa é mais uma vantagem. Eu não aconselho a confiar em todas as pessoas, mas, no geral, tive bastante sorte, ou melhor dizendo, uma proteção divina muito forte, pois todas as pessoas que se aproximaram de mim nessa viagem, fizeram isso no intuito de me ajudar. Primeiro fomos ao Vale dos Reis, e a meia entrada custa 50 LE e dá direito a entrar em três tumbas. Comprei também a meia entrada para a Tumba de Tutankamon, que custou 50 LE. O trem que nos leva até a parte das tumbas custou 4 LE. Para quem gosta da história de Tutankamon, não pode deixar de visitar a tumba dele, pois a múmia dele está lá dentro. Como disse, não é permitido fotografar lá dentro, mas retirei essa imagem da internet, somente para vocês terem uma ideia: Não tenho sequer uma foto nem na área externa do Vale dos Reis, pois nos fazem deixar a câmera na van. Depois fomos para o Vale das Rainhas, onde é permitido tirar fotos na parte de fora. O valor da meia entrada no Vale das Rainhas é de 25 LE. Quando subi o Templo de Hatshepsut vieram duas meninas me pedir para tirar fotos e eu aceitei. Depois de 5 minutos tinham umas 60 crianças pedindo para tirar fotos e procurei atender a todas, mas os seguranças do lugar acharam melhor me tirar de lá. Não consegui tirar tantas fotos quanto gostaria, nem com as crianças e nem do lugar, mas mesmo assim, fiquei muito feliz com o carinho do povo egípcio. Nesse dia, nos levaram para ver como eram fabricados os vasos deles, com direito a aula, e tem que ter muita força no braço. Depois, você tem a opção de comprar os vasos e outros artesanatos, mas, em todas as lojas te oferecem chá ou coca cola. Eu tomei chá em todos os lugares e não passei mal em nenhum. Passamos pelos colossos de Memnon, onde antes havia um templo, que foi destruído por um terremoto. Fomos depois para Medinet Habu, que é composta por vários templos, incluindo o de Ramsés III. Essas fotos foram tiradas pela minha guia, que conhecia os melhores lugares para tirá-las. Se vocês quiserem as melhores fotos, peçam para os guias, eles conhecem todos os pontos estratégicos. Fomos depois para uma loja de papiros, onde mostraram como eles são feitos. Se vocês querem comprar papiros originais, compre em lojas especializadas, é um pouco mais caro, mas pelo menos não vão ser enganados. Tem muita coisa falsificada e quando você olha para um papiro original e um falsificado, a diferença é gritante. Essa foi a segunda loja de papiros que me levaram e na primeira, em Giza, achei as coisas muito caras. Nessa loja em Luxor, paguei 100 LE em cada um dos papiros, comprei dois de tamanho médio, e eles ficam fluorescentes no escuro. Quando você se mostra desinteressado, eles baixam os preços das coisas pela metade e foi o que todo o grupo que estava comigo fez, todos mostraram desinteresse e de 200 LE, o preço caiu para 100 LE. No dia seguinte, faria o voo de balão por Luxor e teria que acordar muito cedo, as 4 horas da manhã. A van do tour me deixou no hotel e fui ao mercado, comprar mais snacks para o jantar. Sou viciada em Doritos e eles têm muitos sabores diferentes, então sempre que possível eu experimentava um novo. Como eu precisava comprar um chip da Vodafone, já que nesse hotel e na maioria deles a internet era paga, pedi ajuda ao guia, que não foi muito honesto comigo e me cobrou incluindo táxi para ir até a Vodafone e chip, umas 80 LE, tudo isso por que eu não queria entrar em um táxi sozinha por ser mulher e não conhecer absolutamente ninguém em Luxor, mas esse talvez tenha sido um erro meu, talvez eu devesse ter ido sozinha sim. Ressalto que essa foi a única pessoa que tentou se aproveitar da minha condição de turista. Esse guia me disse que eu estaria pagando por internet e ligações telefônicas, porém, ele perguntou para o atendente da Vodafone, que disse que eu só tinha internet e não minutos para fazer ligações. Quando entendi que o atendente da Vodafone disse em árabe que eu não tinha nenhum minuto para ligações e dei uma bronca no guia, ele resolveu usar um pouco do dinheiro que paguei para colocar mais créditos além de internet no meu plano e essa foi uma das partes que me dei bem por entender um pouco do idioma. De qualquer forma, ainda assim, não acho que saí no prejuízo, por que depois que comprei esse chip, economizei muito e pude falar com as pessoas no Brasil durante toda a viagem e ainda fiz várias ligações para uma amiga brasileira que mora em Alexandria, no Egito. Voltei para o hotel e dormi cedo, pois teria que acordar as quatro horas da manhã por conta do voo de balão. 22/12/2015 - Voo de balão por Luxor, volta para o Cairo e compras no Khan el Khalili O voo de balão custa em média 30 dólares, mas, no meu caso, disseram que estava incluído no valor do Cruzeiro pelo Nilo. Esse passeio é imperdível, de verdade, foi um dos mais legais que já fiz e o propósito de madrugarmos é ver o sol nascendo no vale das rainhas, é lindo demais, de tirar o fôlego. Depois do passeio, me levaram de volta ao hotel, quando tive a notícia de que meu tour para Israel e Petra tinha sido cancelado por falta de turistas. De Luxor eu deveria ir para Dahab, para então ir para esse tour. Eu não desistiria de forma alguma de fazer isso, então comecei a tentar contato com vários hostels para procurar outro tour igual, porém, eles não me davam certeza se teriam ou não os tours para a data que eu queria. Sendo assim entrei em contato com o pessoal do Hostel Dahab no Cairo, que mais uma vez me ajudaram com tudo. Resolvi voltar para o Cairo, já que não tinha mais nada para fazer em Luxor e estava entediada demais, e em um hotel onde não tinha ninguém para conversar, por isso prefiro ficar em hostel. Enfim, fui para o Cairo no intuito de conseguir essa excursão para Israel e Petra. A passagem de Luxor até o Cairo estava incluída também no valor do Cruzeiro, mas custa 100 LE e demorou umas 10 horas até que eu chegasse no Cairo. Chegando lá, peguei um táxi até o hostel, que me custou 15 LE. Pedi ao pessoal do hostel Dahab que tentasse conseguir uma excursão de Dahab para Israel e a Jordânia, já que os hostels em Dahab não me confirmavam se teriam ou não o número suficiente de turistas para fazer isso e eu não queria viajar até Dahab sem ter nada garantido. Enquanto isso, um pessoal do hostel estava indo para o Khan el Khalili pela noite, e, no meio do grupo tinha um colega egípcio. Isso foi muito importante, pois comprei tudo com os preços deles e mais uma vez ouvi de um egípcio que trabalhava por lá uma pergunta que ouvi em muitos lugares: você é egípcia (enti masreya, em árabe). Quando eu respondia que era brasileira eles sempre me falavam que eu parecia muito com as egípcias, tanto no modo de me comportar como nas roupas e nos traços. O táxi de downtown, que é onde fica o Hostel Dahab até o Khan el Khalili custa de 12 a 15 LE. Nessa parte da viagem, minha mala ficou muito pesada. É muito difícil ir até o Khan el Khalili e se controlar para não comprar. Eu, particularmente, não consegui me controlar nem um pouco e gastei 500 LE, mas comprei 3 jogos de pirâmides, cada um com três pirâmides, um tutankamon, 18 chaveiros, uma bastet e dois espelhos com temas egípcios, todos muito lindos. A título de curiosidade, a pronúncia não é Kan el Kalili e sim Ran el Ralili. O Khan el Khalili fica aberto até tarde da noite, voltei para o hostel umas 23 horas e dormi. 23/12/2015 - Museu Egípcio Nesse dia acordei cedo e fui caminhando até o museu, que fica a 600 metros do Hostel Dahab. No caminho perguntei para uma moça egípcia como chegar até lá e ela me indicou em qual rua entrar, foi super simpática. Fui sem guia mesmo, mas um guia custa em torno de 150 LE. No meu caso, como já havia lido bastante sobre o museu e as peças, preferi ir por conta própria. Algumas peças do acervo possuem identificação, outras não. O tesouro de Tutankamon, que é um dos mais bonitos do museu está espalhado, ao contrário do que eu pensava, não está concentrado em uma única sala. Excepcionalmente no mês de dezembro do ano de 2015 permitiram que os turistas tirassem fotos sem flash dentro do museu. O valor da meia entrada custou 35LE e para entrar na sala das múmias paguei mais 75LE, também meia entrada. Antes de entrar no museu, você tem que colocar seus objetos pessoais em um detector de metais e passar por outro detector de metais. Andando pelo museu, uma menininha egípcia veio atrás de mim e queria mexer na minha câmera de todo o jeito, pois me viu tirar fotos, e era uma gracinha. Tirei então essa foto com ela: Continuando com o passeio pelo museu: Na sala das múmias reais não era permitido tirar fotos. Como disse, boa parte do tesouro de Tutankamon está espalhado pelo museu, mas, tem uma sala onde estão a máscara mortuária dele e muitas das joias dele. Passei quatro horas do meu dia nesse museu e o lugar é incrível, eu não queria mais sair! Na volta para o hostel, me perdi, não sei como, só eu consigo fazer essas coisas e o detalhe é que eu me perdi na rua do hostel rs já estava na rua certa e nem imaginava. Nesse momento, resolvi pedir ajuda para três adolescentes locais, duas moças e um moço. As moças comiam frutas e com o mesmo garfo que comiam, me davam frutas na boca e depois me deram também um caldo de cana. Os três me levaram até o hostel e só pude agradecer sorrindo e beijando as meninas no rosto e o moço eu agradeci só com um sorriso, pois não podemos dar a mão para os homens no Egito, somente se eles te derem a mão primeiro, isso é para mulheres, homens podem dar as mãos. É por essas e outras situações que vivenciei com os locais que digo que não tem como não gostar do povo egípcio. Em nenhum outro lugar que estive fui tão bem tratada. Chegando no hostel, me informaram que conseguiram a excursão para Israel por 160 dólares. Comprei minha passagem de ônibus para Dahab com o hostel por 90 LE. Para me levarem até a rodoviária de táxi, custou 20 LE. O ônibus saía as 22 horas e o percurso foi bem cansativo, pois os policiais pararam o ônibus por seis vezes para fazer revista e me pediam o passaporte e o ticket em cada parada. Sempre que eles falarem "tezkara", significa ticket e você deve apresentá-lo. Passaporte em árabe é "jawaz el safar". Caso alguém precise de material em árabe egípcio pode me escrever que eu mando por e-mail. Tenho materiais legais que podem ajudar bastante. Nenhum desses ônibus tem toalete, então aqui vai uma dica importante: não beba muita água. Eles fazem algumas paradas e você pode usar o toalete. Essas paradas são feitas em postos de gasolina e lanchonetes no geral, e, nesses lugares os snacks e bebidas são mais caros, por isso, comprei tudo no Cairo antes de entrar no ônibus. Na rodoviária as coisas também são mais caras. Passei a noite no ônibus, mas, particularmente não tenho nenhum problema com isso, pois durmo em qualquer lugar. Nesse ônibus também só tinham locais. Ainda sobre o dialeto deles, baixei um aplicativo para celular chamado Egyptian arabic dialect. Ele é em inglês, e tem a pronúncia das frases em árabe. Para evitar de se perder, vocês podem baixar também no celular o aplicativo google maps offline. 24/12/2015 - Dahab e Monte Sinai Cheguei em Dahab as 10:00 horas da manhã e lá estava o taxista para me levar até o hostel http://www.bishbishi.com/ A excursão para Jerusalém sairia à noite e eu queria subir o Monte Sinai e também falei com eles sobre conseguir uma excursão para Petra/Jordânia. Pelo fato de o tour para o Monte Sinai e Monastério de Santa Catarina ser privativo, me cobraram 80 dólares com as entradas incluídas, mas vi que não teria outro jeito, já que Dahab estava sem turistas, então não seria muito inteligente ficar esperando por um tour com outras pessoas, pois eu corria o sério risco de isso não acontecer e talvez eu não tivesse tempo para fazer. Apesar do receio de fazer esse tour sozinha, me fiz a seguinte pergunta: vou me arrepender se não for para esse lugar? Quando me dei conta de que a minha resposta era SIM e de que eu me arrependeria profundamente, resolvi enfrentar meus medos, depois disso percebi que era tudo besteira e coisa da minha cabeça, pois, embora eu tivesse entrado com um taxista em um carro sozinha e estivéssemos percorrendo todo um deserto onde não havia ninguém e sequer outros carros, haviam postos policiais e passamos por uns quatro postos, nos quais eu tinha que apresentar meu passaporte, ou seja, os policiais sabiam que eu havia passado por lá, e, se eu não voltasse, com certeza eles iriam atrás, ou, pelo menos eu prefiro pensar assim. Chegando no Monastério de Santa Catarina, fazia um frio terrível e eu não sabia disso. Logo, comprei uma luva muito feia por 30 LE, mas não tive outra opção. De novo um moço que trabalhava lá perguntou em árabe ao motorista do táxi se eu era egípcia, eu respondi em árabe que era brasileira, daí tive que cortar o papo. Na maioria das vezes, quando você fala alguma coisa no dialeto deles, eles não param mais de falar, daí eu cortava de forma sutil, é claro, senão não conseguia sair do lugar. Logo em seguida, me apresentaram o meu guia e ele disse que seriam 15 quilômetros de caminhada no total. Eu também não fazia ideia disso e não sabia nem se teriam banheiros no percurso, por isso preferi não levar água e nem meus snacks, deixei todos no táxi, mas lembrando que eu tinha me alimentado muito bem antes de ir para lá. Não façam a trilha sem antes se alimentar, pois vocês podem passar mal e o lugar é alto (2 285 m - 7 497 pés), a caminhada é longa, o terreno é todo irregular e na parte final do percurso tem uma escadaria com 750 degraus. Primeiro, visitamos o Monastério de Santa Catarina. O Mosteiro Ortodoxo da Transfiguração, em homenagem à transfiguração de Jesus, mais tarde chamado de Mosteiro de Santa Catarina, em honra à mártir cristã, foi construído no sopé do Monte Sinai, no Egipto, por ordem do imperador bizantino Justiniano I, entre os anos 527 e 565, à volta do local. É actualmente o mosteiro cristão mais antigo ainda em uso para a sua função inicial. A sua localização numa região desértica é característica da antiga tradição do ascetismo. Para a trilha, recomendo que usem calçados bem confortáveis. Eu levei minha bota especial para trilhas porque não escorrega e para falar a verdade, usei ela praticamente a viagem inteira, já que não machuca os pés. Caso não tenha uma bota de trilha e não queira comprar, o ideal seria levar um tênis, de preferência de cor preta ou escura, porque vai sujar muito, acreditem. Depois de muito caminhar, minha garganta estava seca, muito seca e o guia me ofereceu a água mineral do lugar. Não pensei duas vezes. Sabia que milhares de pessoas já tinham tomado água naquela caneca, e não sabia se ia passar mal ou não, mas tomei. Nesse mesmo local tinha um banheiro, mas não usei, mas imagino que não seja muito legal pela aparência do lugar. Demoramos em média duas horas para subir o Monte Sinai. No meio do caminho tem umas lojinhas dos beduínos para comprar água, chá e petiscos. O guia entrou em uma delas para conversar com o pessoal que trabalhava lá, todos eles se conhecem. Entrei com ele e ele e três caras conversavam em árabe. Fiquei um pouco preocupada, mas em nenhum momento falaram de mim, eram bem respeitosos. Depois de um longo caminho, enfim, chegamos ao topo. Há a opção de fazer o percurso de camelo, mas o camelo só vai até a parte da escadaria, então é necessário subir os 750 degraus a pé. Não vi um turista durante o percurso, a não ser eu. Para descer o Monte Sinai foi muito mais fácil e demorou uma hora e meia. O guia me perguntou qual era a minha profissão e eu respondi em inglês, ele não entendeu, daí respondi em árabe, só então ele se deu conta de que eu sabia um pouco do idioma. Nos lugares em que eu estive sozinha, especialmente nesse tour, eu fiz questão de falar em inglês, justamente para ouvir o que eles falavam entre eles, mas, no final, percebi que eles respeitavam e que apesar de eu ser uma mulher viajando sozinha, eles não me fariam mal algum. É por isso que para as mulheres eu recomendo que fiquem bem atentas a isso: por mais que a gente tente se juntar a grupos para disfarçar o fato de estarmos sozinhas, em algum momento isso não vai ser possível, e aí você vai ter a opção de ir ao lugar que você quer ir ou de desistir. Meu sexto sentido me dizia para ir. 25 e 26/12/2015 - Israel (Jerusalém e Belém) e Jordânia (Petra) Essa parte da viagem vou relatar em separado, já que se tratam de outros continentes. Passei meu natal no ônibus indo para Jerusalém. 27/12/2015 - Dahab - Blue Hole Voltando para Dahab, comprei um snorkel no Blue Hole por 30 LE. O detalhe é que eu não sabia nem como me vestir para ir à praia no Egito. Se o lugar estivesse cheio de turistas, tudo bem, mas esse não era o caso. Mandei mensagem para todas as pessoas que eu tinha conhecido no Egito perguntando sobre como eu deveria me vestir. Além disso, faziam 20 graus, não estava tão calor, mas ninguém me respondeu, só foram me responder depois que eu já tinha voltado da praia. O dono do hostel me disse que mais uma moça iria para o Blue Hole comigo, daí me animei mais. Quando comecei a conversar com ela, percebi que era egípcia, e ela pensava que eu era russa. Conversa vai, conversa vem, começamos a ensinar coisas uma para a outra, ela me ensinava frases novas em árabe e eu ensinava para ela frases em português. Ela era do Cairo, mas estava tirando férias em Dahab e viajava sozinha também. Depois de um tempo ela elogiou minha tatuagem e me mostrou a tatuagem no braço dela. A princípio pensei que fosse de henna ou algo do tipo. Eu imaginava os egípcios tão conservadores, daí olhei de novo e percebi que era de verdade. Nesse momento, fui bem sincera e disse que pensava que eles eram extremamente conservadores, que não pudessem ter tatuagem, que não namoravam, que só ficavam noivos sem nem conhecer a pessoa e já se casassem. Ela me contou que eles podem sim namorar e que ela até morou durante um tempo com o ex namorado dela. Como se não bastasse, ela me chamou para uma festa que teria no hotel em que ela estava hospedada e me perguntou se eu bebia Heineken e eu falei que sim e perguntei se precisava levar alguma coisa para a festa, ela respondeu que eu não precisava levar nada. Passamos o dia na praia, almoçamos por lá e fizemos snorkel no Blue Hole, que é lindo. Tínhamos a opção de alugar coletes salva vidas por 20 LE, mas optamos por ir na coragem mesmo. Falo isso, pois o Blue Hole é muito fundo. Se não souber nadar, opte por alugar o colete. No preço do tour estavam incluídas as máscaras de snorkel e os pés de pato. À noite já estava com a passagem comprada para o Cairo novamente, mas, dei uma passadinha no hotel da minha amiga egípcia. Não deu tempo de ficar na festa, mas tomamos uma Heineken, que para a minha surpresa tinha álcool.
  12. Rodollpho

    Mar vermelho Egito

    Boa tarde pessoal. Estou planejando uma viagem de 20 dias ao Egito em setembro. Especificamente nas Cidades de Dahab, Hurghada, sham el sheik e estou montando outros locais de lá, principalmente praia. Quero ir gastando "pouco",vou sozinho e não ligo de ficar em Hostel.Acho até melhor. Passagem achei por 4.000 reais. Vcs acham que além dos 4000,mais 6000 é suficiente para passar 20 dias pagando hostel nas cidades, alimentação e passeios, incluindo mergulho com cilindro?
  13. Ao final de fevereiro de 2019 minha esposa e eu decidimos mergulhar no Mar Vermelho e passar por Luxor e Cairo. Uma operadora de mergulho de São Paulo cobra, sem o aéreo, taxa do parque e caixinha, aproximadamente U$ 3.500. Mas estão incluídos os hotéis, traslados e guias para Luxor e Cairo. Fizemos as contas e para nós o valor é muito alto. Nunca digo que é caro. Viajar em grupo tem suas vantagens e seu preço, o qual nem todos podem ou estão dispostos a pagar. Diante disso começamos a planejar a nossa viajem, Contatamos a equipe Rojo Dive Safari (RDS). Trata-se de um casal de espanhóis (Rebeca e Charlí), apaixonados incansáveis pelo mergulho, proprietários do barco VitaXplorer. https://www.rojodivesafari.com/ Zap Zap 34 910 851702. Nosso sobrinho conheceu essa empresa numa feira da PADI, em Madri, no início de 2018. A rota mais indicada para a primeira viagem ao Mar Vermelho (lado egípcio) é a Norte+Ilhas Brothers. Foi o que nos disseram e acho que é fato. A Rebeca (RDS) foi muito prestativa. A meu pedido ela tentou fechar os nossos passeios no Egito. Mas como demoraram a responder para ela, acabei fechando com o Faty. Não obstante , ela contratou todos os traslados (Hurghada, Luxor e Cairo), os quais foram controlados a distância por uma pessoa de sua equipe desde Hurghada, e me passou os hotéis comumente reservados pelos turistas/mergulhadores em Hurghada, Luxor e Cairo. Aqui no Mochileiros obtive o contato do guia Faty (WhatsApp 20 100 1982074). Ele fala Português. Mas a sua contratação não garante que ele será o seu guia. Mas se você quer alguém que fale português, por exemplo, se ele não puder acompanhar, ele arrumará um guia que falará português. Não foi o meu caso, mas vale pesquisar com o Faty as hospedagens no Cairo. Ele pode arrumar bons hotéis num preço melhor do que arrumamos nos aplicativos. O cara pode acertar todo o terrestre no Cairo. Ele nos arrumou um guia em Luxor que falava castelhano. Nossos hotéis em Hurghada, luxor e Cairo eram espetaculares. No Cairo procure um hotel no centro. Não se hospede próximo das pirâmides, caso você planeje ficar mais do que uma noite. Nosso roteiro: São Paulo - escala Lisboa - Madrid (4 noites-ninguém é de ferro) - Hurghada (partimos de carro) - Luxor(chegando de carro) - Cairo - Madri (2 noites) - Lisboa(escala) - São Paulo. Conseguimos pegar uma super promoção da TAP com pouco tempo de escala em Lisboa. A parada em Madri pode ser considerada para fazer umas comprinhas na Casco Antiguo (https://www.cascoantiguo.com/es/buceo/). Dá vontade de comprar tudo. Os preços são imbatíveis. Caso seja o seu caso, sugiro entrar em contato antecipadamente para reservarem o que você deseja. A loja fica próximo a uma estação de Metrô o que facilita a visita. O pagamento pode ser feito em dinheiro ou cartão. Só fique atendo para o horário da siesta. Foi o que fizemos. Quanto gastamos? Nós dois, aproximadamente, o valor de um viajante por uma operadora de mergulho. Valor por pessoa, em euros: 860 (barco) + 85 (taxa do parque) + 60 (caixinha recomendada mas não obrigatória). Hotéis. Reservados pelo Hoteis.com Aéreo: TAP e Egypt Air Guia: Faty (tudo tratado pelo zap zap) O barco é fantástico. A equipe espetacular. A semana passou voando. A Rebeca e o Charlí eram os guias. Os caras mergulham até o talo. Fizemos vários mergulhos com mais de 60 minutos. Por eles fica-se o tempo todo embaixo d'água (rsrsrsrs). Vale lembrar que eles são muito rigorosos com a segurança. Para aproveitar ao máximo é importante que a pessoa tenha experiência, certificação Avançada e Nitrox. (O curso de Nitrox pode ser feito com eles, na nossa turma três pessoas fizeram sem prejuízo dos mergulhos). O curso avançado também pode ser feito, mas não sei se não haveria algum prejuízo nos mergulhos. Se possível não vá na alta temporada de mergulho. Fomos em maio, água de 24 a 26 graus, fria, mas com uma roupa de 5mm não passa nada. Temperatura do ar agradável durante a navegação e o mais importante: poucos mergulhadores. Na alta temporada chega a juntar 30 barcos num único ponto e como cada barco tem de 20 a 24 mergulhadores....é de arrepiar. Na parte terrestre (Luxor e Cairo) tudo transcorreu super bem. Em Luxor o calor foi implacável. No Cairo a temperatura era mais baixa e ganhamos uma brisa durante toda a nossa estadia o que ajudou bastante nas nossas caminhadas noturnas pela cidade à procura de uma heyneken (achamos no Café Riche). Caminhamos tranquilamente nas ruas de Hurghada, Luxor e Cairo. Por vezes éramos assediados por vendedores, mas nada que um turista não esteja acostumado. Hotéis: Hurghada: Hurghada Marriott Beach Resort (fica junto à marina de onde o barco atraca) Luxor: Steigenberger Nile Palace Luxor Hotel Cairo: Kempinski Nile Hotel Cairo Meios de pagamento: Levei euros, dólares e cartão. O barco e o guia foram pagos em euros e dólares, respectivamente. No Egito o câmbio é feito por caixas eletrônicos facilmente encontrados. No Cairo, não sei pq, a máquina que ficava no hotel não fazia o câmbio mas a recepção fez pela mesma taxa.
  14. Salve galera, é um prazer sentar para abrir meu primeiro tópico no site, é o começo de uma longa jornada! Será um prazer regar esta jornada com trocas das mais variadas. Estou começando a elaborar um roteiro para uma viajem de aproximadamente 1 ano e meio a 2 anos. A ideia é pegar um voo de SP para Portugal - onde tenho uma base para ficar sem custo, de Portugal cair pro Marrocos, e dali em diante a proposta seria fazer toda a viajem por terra. Digamos que a "ida" tem como objetivo o percurso Marrocos > Vietnam, com foco no Marrocos, Egito, Israel, Índia, Tailândia e Vietnam, e a "volta" tem como objetivo pegar a ferrovia transiberiana e chegar em Portugal, com foco na China e Russia, depois passando por Berlin, Paris, Espanha e Portugal - lugares onde eu tenho bases de apoio. Entre as pesquisas que iniciei sobre este longo percurso, sobre os países, condições e possibilidades, abro esse tópico para uma primeira e grande dúvida, e com certeza não será a última. Aí vai: alguém já fez, ouviu, pesquisou, tentou ou sabe de informações reais e atuais em relação a fazer o percurso Marrocos > Egito por terra passando pela Argélia e Líbia? Sugestões de outras rotas possíveis são bem vindas. Espero poder desenvolver um ambiente de troca e enriquecimento de informações, reitero o prazer de abrir este tópico e desde já agradeço a todos pela parceria! Grande Abraço! Vitor
  15. Decidimos viajar ao Egito, fizemos uma extensa pesquisa sobre os melhores guias que pudessem nos dar segurança e credibilidade nas informações, pois viajamos com crianças. Através de indicações De amigos, encontramos o guia Ibrahim. Excelente guia, responsável, cuidadoso desde nosso primeiro contato. Nos orientou sobre todos os procedimentos desde o Brasil até chegarmos ao Egito. Acompanhou nossa família, cuidando de tudo. Sentimos realmente que temos um profissional responsável e cuidadoso. Recomendo fortemente o guia Ibrahim (WhatsApp +20 1111161407). Certamente voltaremos com o guia Ibrahim.
  16. Vamos lá, mais um relato, perdi minha outra conta então vamos lá Bom, essa viagem foi decidida meio que na sorte, eu tinha alguns pontos no programa da LATAM, e como para mim é melhor viajar final do ano por conta do recesso forense. Comecei a pesquisar possíveis destinos, como eu gosto de praia e sol me restringia um pouco. No final do ano poderia ir para a região da américa central, que até então era minha primeira opção, mas estava com receio de ir sozinho por conta da “má fama” da região por ser um pouco violenta. Com isso decidi ir para a África do Sul, achei a passagem de ida por apenas 28k milhas e dei a loca de ir. Como meu inglês é bem ruim, resolvi incluir um pequeno intercâmbio na África do sul. Fechei pelo site Intercambio direto, foi a melhor cotação que achei, era o mesmo preço da escola se eu pagasse por lá. Entrei em contato com a escola para saber se realmente eles faziam parceria com o site, pois iria pagar todo curso no brasil, então não poderia correr o risco de ser falso. Tudo certo, paguei o valor de 2.600 reais para 3 semanas de aula. Se tem intenção de fazer um intercâmbio faça por mais tempo, e não sei se na África do sul é uma boa, minha sala só tinha árabes então era muito difícil entende-los, havia alguns brasileiros também por lá. qualquer coisa só chamar no insta uaiguilhermee
  17. Oi gente, tudo bem? Dia 23/12 estarei indo de Guarulhos pra Cairo com conexão de quase 24h em Casablanca pela Royal Air Maroc, e ficarei um dia/noite em um hotel fornecido pela companhia. Gostaria de saber se vocês já ficaram esse tempo todo por lá, se precisaram trocar dinheiro (se sim, quanto?) porque quanto ao Egito, já estou instruído, mas me sinto 0 preparado pra essa conexão no Marrocos. Não sei nem se vou pegar minha mala ou se ela vai direto pro Cairo!! Se puderem me ajudar com respostas, ficarei muito grato.
  18. Esqueça tudo que você viu e viveu até hoje. Posso te garantir: sua vida só começa depois de conhecer o Egito. É simplesmente uma experiência avassaladora para quem ama vivenciar novas culturas. O Egito é barato mas também é caro. Pode ser muito barato. Mas também pode te levar à falência em um dia. Para início de conversa: fui sozinha. E estava morrendo de medo de como isso seria. Não li um relato agradável na internet. Inclusive aqui no site, tem relato de gente que até apanhou de leve na rua rs... É sério, procurem que vocês vão encontrar as coisas mais bizarras. Mas vamos ao que interessa. Durante o relato vou fazendo as considerações para vocês. Dia 01 Cheguei no aeroporto do Cairo, exatamente às 16h55 min. No meu voo tinha apenas eu de brasileira e um grupo de senhorinhas que estavam fazendo turismo religioso. De resto, todos eram árabes. Por esse motivo, a alimentação era especial, já que muçulmanos só podem comer comida Halal. Chegando no aeroporto fui (para varias) barrada pelo cara da "polícia federal" deles. Mas não se assustem. Ninguém no meu avião foi barrado. O problema é sempre pessoal. Isso já aconteceu em diversos países que eu visitei. Talvez por eu ser mulher, solteira, sem filhos... enfim, o que eles consideram uma pessoa perfeita para entrar em qualquer país e nunca mais sair. Passei um belíssimo sufoco e acho que foram mais de 40 minutos tentando convencer o cara que eu não era uma salafrária. Ele me questionou várias vezes porquê uma mulher sozinha, sem amigos ou família tinha escolhido o Egito para passar as férias,, se eu realmente não conhecia ninguém lá. Mesmo mostrando documentos do hotel, passagem, passaporte, visto, dolares, euros... o fdp resolveu que ia me Cristo (ou para qualquer outro profeta) naqueles dia. Depois de até revistar meu celular e eu dar um ataque que já estava misturando inglês, português, italiano e espanhol, o escroto do cara resolveu me liberar às gargalhadas. Ali tive certeza que ele só estava mesmo zombando da minha cara! Nesse primeiro instante fiquei bem apavorada e com medo do que viria dali para frete. Pensei que aquilo ali poderia ser apenas o início de uma viagem trágica ao Egito mas graças a Deus não. Foi só um susto e depois foi tudo lindo e maravilhoso. Na saída do aeroporto comprei meu chip da VodaFone que me custou 35 libras egípcias com um pacote de dados de internet e SMS. Ah, e tem banco onde você pode trocar algum dinheiro. Não troque tudo porque a cotação é péssima. Na rua você encontra preços bem melhores. Quando saí do aeroporto tinham uns taxistas, mas resolvi seguir as dicas da internet e usar o UBER que já estava previamente instalado no meu celular. Deu super certo e foi o que eu usei a viagem toda. Barato e seguro (eu via as rotas pelo google mapas e ninguém me enrolava não). Saí do aeroporto em direção ao meu Hostel (super bem localizado por sinal), depois de 3 dias viajando (fiz várias conexões - passagem promocional ne gente?), morta e arrasada de cansaço mas com um pôr do sol único e com a sensação de felicidade imensa. Ah e eu nem me importei com o trânsito naquele momento (não tenha dúvidas, você vai pegar trânsito por todos os lugares). Meu hostel era o Freedom Hostel, extremamente bem localizado, eu entrei em contato com eles antes de ir para o Cairo e um dos responsáveis, o Eslam, sem muito simpático, respondia todos os emails rapidamente e detalhadamente. O hostel fica bem pertinho da Praça Tahir e do Museum e tem estação de metrô próximo (mas eu não usei). Tem restaurante, ruas cheias de lojas de roupas, eletrônicos, turismo, câmbio, tudo pertinho. O UBER do aeroporto para o hostel deu 40 EGP (libras egípcias) Me assustei chegando no hostel, o prédio é velho e caindo aos pedaços. Mas logo você se acostuma e percebe que tudo no Egito é assim. O hostel fica no último andar do prédio e sofri um bocado para subir com minha mala (e olha que só pesava 14kg). Sempre digo que vou de mochilão, nunca vou e sempre me arrependo, claro! Fui muito bem recebida pelo próprio Eslam. Meu quarto era logo o primeiro, dividia com 6 pessoas, cada uma de uma nacionalidade diferente. O Wi-fi é liberado. Depois de me acomodar eu só precisava de um banhinho quentinho e sair para comer porque a fome era maior que o cansaço. À essa altura do campeonato já estava me achando rica milionária. Pedi indicação ao Eslam do restaurante mais top e com comidas típicas do Cairo e ele me indicou o Sequoia. Pedi um UBER (valor da corrida ida e volta 40EGP) e fui. Ele fica às margens do Rio Nilo, todo aberto para você comer e admirar as belezas daquele lugar. Só indo pra vê gente. Pedi todas as comidas típicas que eu ahcei no cardápio (em inglês) naquele dia. Sério, comi como se não houvesse amanhã. Comida maravilhosa, cheia de gordura e fritura, do jeito que meu tecido adiposo gosta. Depois de comer como um trator, no final pedi um café egípcio e um karkadec (chá de hibiscus), então por aí vocês tiram o quanto eu comi e bebi nesse dia. A conta deu míseros 200 EGP (aprox 40 reais). Eu comi como se não houvesse amanhã, mas tinha amanhã e ele era nebuloso... Cheguei no hostel passando muito mal, claro. Eu não to acostumada com esse tipo de comida, estava sofrendo com o fuso horário (pela primeira vez tive jetleg), não dormia bem há dias... resultado: o fígado reclamou e eu passei a madrugada em claro (sem sono pelo jetleg) e chamando o Hulk no banheiro do hostel. Os meninos da recepção do horário da noite me fizeram chá preto e me deram um biscoito muito parecido com cream craker (apra vocês verem que amor). E às 5h da manhã (meia-noite ainda no Brasil). Eu estava acordada feito um zumbi. Devo ter pego no sono depois de 3 dramins, 2 xantinons e 4 epoclers. Hostel: Freedom Hostel: 6 Bank Misr Street Off Sherif St.Front of the Central Bank of Egypt., Cairo, Egito (Peçam para falar com o Eslam) - Restaurante: Sequoia: 53 Abou El Feda, Zamalek, Cairo, 11211 Cotações do dia: No aeroporto: 1 dolar = 15 EGP Na casa de câmbio perto do hostel: 1 dólar = 19.50EGP OBS:. não se troca reais por EGP no Cairo, mas eles te dão a cotação para você ter uma ideia e sempre fica em torno de 1 real - 5 EGP Gastos do dia: Chip Vodafone: 35 EGP UBER aeroporto - hostel: 40EGP UBER hostel -sequoia: 40 EGP (20 ida e 20 volta) Sequoia: 200 EGP Total: 315 EGP (aprox 63 reais ou 16 dólares) Dia 02 Depois de dormir pouquinho devido a madrugada dos horrores já mencionada acima rs, acordei às 8h, tomei um café preto com um pão apenas. O Hostel tem um café da manhã modesto mas bem bonzinho e que dá pro gasto. E o melhor, sem fritura. Preferência nacional de qualquer prato no Egito. Conversei com o Eslan e ele conseguiu um UBER para mim. Acabou que no final fechei todos os dias com esse rapaz do UBER, um senhor muito distinto, educado e simpático, mas que infelizmente não tirei foto nem decorei o nome dele. Mas acredito que, se você pedir no seu hostel, com certeza você consegue um guia ou UBER bem em conta como eu. Mas vamos ao que interessa, quem vai ao Cairo quer ver o que? Pirâmide. Então vamos de Pirâmides no primeiro dia e não quero nem saber se é a cereja do bolo rs... A programação do dia era Pirâmides de Queops, Pirâmide de Djoser e Sacara. Mas vai por mim, você não vai conseguir fazer isso tudo por alguns motivos: 1) A logística é impossível, 2) o transito não deixará, 3) Queops é imenso e você vai ficar tão absudamente boquiaberto com tudo que vai querer passar o dia inteiro lá. E foi o que eu fiz... O UBER me cobrou 60 EGP para me levar e buscar (tava com o whatsapp dele). No caminho além do trânsito caótico que não me deixava esquecer que estava no Egito, de longe eu conseguia avistar a pontinha das pirâmides, e claro, comecei a chorar (se você for manteiga que nem eu vai chorar mesmo, é uma energia, uma emoção sem tamanho...) O carro me deixou na entrada e fui para a fila comprar meu ingresso. Eu tenho uma carteirinha internacional de estudante. Se você tem uma a dica é: leve-a. Eu paguei meio na maioria dos locais que eu fui no Egito. eles super valorizam a carteirinha. Comprei o ingresso que dava direito a entrar nas pirâmides e custou 100 EGP (lembrando que era meia, tá?). Entrei... e quase morri! Só indo para ver. Não vou ficar detalhando a beleza e imensidão. Não tem como. Vamos nos atear a logística da coisa. Depois de passar uns 10 min abraçada nas pedras da pirâmide, fui procurar um guia e um camelo. Acredite, você vai precisar de um. Ah, e antes que alguém venha falar dos direito dos animais eu já aviso: eu sou vegana e luto diariamente para isso, mas você não vai resistir a andar de camelo nas pirâmides, por mais que esteja com o coração partido e morrendo porque está colaborando com a exploração dos animais. Então, aceite! Fechei com um guia um passeio completo pelas pirâmides e até o ponto mais alto por 500 EGP (aprox 100 reais). Não achei caro, já tinham me oferecido por 1000, 800 e depois de chorar consegui o desconto. Aliáaaaasss, chore muitoooooooo no Egito, provavelmente você consiga descontos do tipo 80% (e não to brincando não). É muitooo emocionante andar de camelo, naquela paisagem. Gente, não tem explicação. O guia foi muito bacana e tirou várias fotos show (depois rolou 50 EGP por fora, claro). Outra observação: no Cairo, no egito em geral, tudo tudooo é comissionado. Se eles te derem uma informação, vão te pedir comissão. Acostume-se e separe uma grana pra isso. Não é de bom tom não dar e você será xingado em árabe por umas 15 gerações. O guia dá a volta inteira nas Pirâmides. Esse passeio dura umas 3 horas e no final ele te leva num lugar para comprar essências e perfumes egípcios. Alias, quase todo passeio terminam nessas perfumarias, tapeçarias ou "papirarias" (onde vendem os papiros). Dentro de Guizé é beeemmm caro e não recomendo comprar nada por lá. Depois ele voltou comigo para dentro da área das pirâmides. Acho que já eram por volta das 17h e estava quase escurecendo. O pôr-do-sol naquelas bandas é de babar. Apreciei mais um pouco cada pedacinho daquele lugar, tirei mais 600 fotos, beijei a esfinge, segurei a pirâmide e virei artista por 15 min. Vocês podem imaginar o que uma ocidental loira com os cabelos expostos pode causar nas crianças egípcias? Eles adoram. Pedem para tirar foto a cada passo que você dá. Você é assediado como se fosse um artista hollywoodiano. O guia teve que pedir pelo amor de deus para eu não ser tão simpática porque ele não aguentava mais parar para tirar foto com as mulheres de burca e as crianças rs... E acredite, você adora no início, mas no final da viagem tava fechando a cara já, porque enche o saco e daí entendi porque os artistas também ficam de saco cheio rsrs... Ah, durante o dia nas pirâmides eu não comi absolutamente NADA! Você não vai lembrar de ter fome, acredite. Quando cheguei no hostel pedi um pão e chá preto e eles me forneceram, e não me cobraram por nada. Voltei para o hostel e combinei com o UBER dele me buscar para ir a Khan El Khalili. Estava muitoooo ansiosa e deixei para comprar algumas lembrancinhas lá. Ele me buscou por volta das 19h30. Explore o máximo que você puder de Khan. Eu sinto não ter podido ir lá de manhã. Deve ser lindamente colorido. Porque à noite já era. As luzes e cores são tão fortes por lá que quando você sentir esse cheiro novamente, com certeza, lembrar das ruas de El Khalili (aconteceu comigo em Sharm). Eu comprei muitas lembrancinhas lá e por um preço muitooo em conta. Cada papiro comprei a 10 EGP e mais miniaturas de piramides e gatos, esfinge, deuses (cada um a 10 EGP). Mas chore muito que o preço cai. Eles custavam 80 EGP hahaha. Depois achei um café que havia sido recomendado pelo guia do UBER e parei lá para jantar, chamado Naguib. É bem carinho perto dos preços do Cairo, mas quem liga né? Lá é proibido tirar fotos mas tirei da entrada pra vocês verem. Mas é bem divertido, tem música ao vivo e as pessoas cantam alegremente. Aliás, cantar alegremente é uma coisa que os egípcios adoram fazer. Gastos do dia: UBER até as pirâmides: 60 EGP (ida e volta) Entrada das Pirâmides: 100 EGP Passeio de Camelo + fotos: 550 EGP UBER para o jantar: 50 EGP (ida e volta) Jantar: 250 EGP Dia 03 Tinha combinado com o motorista do UBER bem cedinho nesse dia. Nesse dia fomos a Saqqara, Dsjor, um passeio pelo deserto do Saara e Memphis. Acordei cedo, tomei café no hostel e saí por volta de 8h30. Todas as entradas eu paguei meia com o cartão de estudante. O guia ia me explicando tudo e dei muita sorte. Nenhum dos lugares estava cheio. Nesse dia, apesar do frio extremo no Cairo, fez um pouco de calor e como eu estava com roupa térmica, mais blusa segunda pele, casaco, cachecol passei mal. E ainda juntou que passava muitas horas sem me alimentar. O guia parou num feirante e compramos um cacho de banana rsrs... o mais vegan que eu achei por aquelas bandas. Para o guia o cacho custava 5 EGP mas quando ele viu que era eu quem queria comprar ele se recusou a vender por esse preço e fui obrigada a pagar 7 EGP. Isso é bem comum no Egito, bem mesmo. Se um nativo pergunta o preço, para ele com certeza, ser[a mais barato. Nada tem preço tabelado ou exposto. Justamente para isso. Todas as pirâmides ficam no mesmo completo e quando você compra o ingresso já compra tudo junto. O templo fica bem afastado e na entrada já encontramos aquelas clássicas pilastras que vemos em várias fotos. É enormemente impressionante. Existe um sítio arqueológico aí dentro e o ingresso dá direito a entrar. Quando você entra, encontra o complexo funerário de Djoser. Tem uma tumba lá dentro com uma múmia. Não lembro qual rei é. Mas se procurar no Google acha. Aliás, se você não tem boa memória que nem eu, é bom levar um caderninho para anotar o nome das múmias, porque você verá muitaaaassss delas, por todos os lugares. Dentro do complexo fica um Beduíno. Ele te explica tudo mesmo sem você querer e vai pedir gorjeta. Prepare-se. Cogitei em não pagar e o guia me disse que não era de bom tom e nem seguro (quando ele uso essa palavra saquei 20 EGP e dei ao cara). Mas valeu a pena! Se você não fala bem inglês pode se enrolar no Egito. Eles são muito simpáticos e solícitos mas o inglês e o árabe são o idioma. É bom procurar por um guia que domine o idioma que você também domina. Mas tirando o seu guia que pode falar diversos idiomas (inclusive o russo - eles amam russo), tudo será em inglês. Nesse dia o guia do UBER me acompanhou o tempo todo. Então não paguei apenas a ida e volta. Mas valeu cada centavo. Ele me explicou sobre tudo e me senti muito segura com ele próximo além de tê-lo como fotógrafo e não precisar ficar pagando gorjeta para cada árabe que pedia pra tirar foto. Se você pegar um guia maneiro, ele ainda vai te ajudar em fotos maneiras essa daí embaixo. Você só paga sua entrada. Os guias sempre entram de graça. Quando saímos dessa pirâmides fomos para o Complexo que fica no meio do deserto do Saara. Dá pra entender porque eu passei mal né? Devia estar uns 35 graus e era inverno (à noite caía abaixo de zero) e eu entupida de roupa. Prepara-se para comer muitaaaa areia porque o vento é alucinante. Não há cabelo que resista rsrs. Mas vai valer a pena. Pegamos o carro e fomos para a Pirâmide de Dashur também conhecida como Pirâmide Curvada e eu gostei demais dessa. Beeemm diferente mesmo. Logo depois pegamos o carro de novo e percorremos o deserto para chegar na Pirâmide Vermelha. Nada especial nessa. Essas pirâmides ficam no meio de uma área militar então não é dificil ver carros do Exercito rodeando o carro do guia e soldados olhando pra você como cara de poucos amigos. A Pirâmide Vermelha só serviu para o meu guia me ajudar a fazer as maiores estripulias e tirar as fotos mais doidas. Como eu disse, nesse dia, só estavamos eu e o guia nas pirâmides. É bem diferente das grandes de Guizé, que são lotadas e dificilmente você conseguirá uma foto sem um intruso. Saimos de lá fomos para Memphis ver a Estatua de Ramsés II Voltei pro Hostel. Estava exausta, tinha comido toda a areia do deserto, estava imunda mas terrivelmente feliz. Combinei com o UBER que ligaria para ele me buscar para jantar. Ele passou no hostel por volta das 21h e fui jantar num restaurante no Nile City. É um restaurante na beira do Nilo em formato de navio. Comi uma salada e tomei um suco. Sentei numa mesa que dava para o Rio Nilo e pensando no quanto Deus é bom conosco porque nos permite realizar sonhos como esse. UBER me pegou e voltamos para o Hostel. Gastos do dia: Entradas: 20 + 20 + 40: 80 EGP Guia = UBER: 500 EGP Cacho de banana: 7 EGP Gorjetas: 20 EGP Uber para o jantar: 50 EGP (ida e volta) Jantar: 150 EGP [Em Construção]
  19. [t1]Viagem ao Egito[/t1] Comecei minha viagem quando encontrei uma excelente promoção de passagens aéreas pela Emirates (obrigado http://www.melhoresdestinos.com.br). Comprei a passagem e a partir daí comecei a ler alucinadamente sobre o país, o que vistar, o que fazer, etc. Descobri que eu sabia muito pouco sobre o país, e qu o Egito tem muito mais a mostrar do que eu era capaz de imaginar. Acho que um mês lá não é suficiente pra ver tudo de interessante. Aliás, depois descobri, que tem algumas cidades que (pelo menos pra mim) merecem um mês só pra elas. Como tinha apenas 19 dias pra viajar (contando tempo de trânsito), tive que ajustar meu calendário pra fazer tudo o que queria. Aproveitei pra ‘encaixar’ Dubai na viagem, já que o stop-over era gratuito. Minha programação foi a seguinte: Cairo (1d) – Aswan (2d) – Luxor (3d) – Dahab (2d) - Sharm El Sheikh (2d) – Alexandria (2d) – Cairo (3d) – Dubai (2d) Questões práticas/burocráticas: Moeda: Libra Egípcia – A sigla utilizada normalmente é EGP (Egyptian Pound). Não há venda no Brasil, e obviamente lá não aceita Real, portando, leve Dólares Americanos ou Euros (ambos são trocados com facilidade e aceitos na maioria dos estabelecimentos comerciais). Eu levei também um cartão travel Money, para realizar saques conforme a necessidade e não precisar carregar muito dinheiro. Visto Egito: compra-se no aeroporto, moleza, sem perguntas. Logo quando entra no aeroporto do Cairo tem uns guichês de câmbio, e tem um deles que vende o visto (tem uma placa). Custa US$ 15, tem que ser em dinheiro e tem que ser em dólar. Pra quem vai visitar somente a Península do Sinai não é necessário visto, mas aí o caminho é tomar um voo pra Europa e de lá um voo direto para Sharm El Sheikh. Vacina: existe a exigência de vacina para febre amarela para entrada de brasileiros no Egito (carteira internacional, obviamente). Tomei a vacina e tirei a carteira na ANVISA, que geralmente tem representação nos aeroportos. Não me pediram nada quando entrei no Egito, mas não vale arriscar... Seguro Saúde: acho que é loucura viajar sem um seguro saúde. Recomendo dois: http://www.mondialtravel.com.br (é o líder mundial nesse serviço, e geralmente é o mais barato) e o http://www.worldnomads.com – fiz esse segundo, pois queria mergulhar e esse dá cobertura para esportes de aventura. Nunca precisei usar, então não sei como é a cobertura, mas ambos são bem renomados. Visto Dubai (EAU): sim, precisa de visto. Na ida passei 13h no aeroporto de Dubai e não pude sair porque meu visto era de uma entrada (e usaria na volta). Não sei exatamente qual é o trâmite no consulado, pois usei um serviço oferecido pela Emirates que tu paga uma taxa (US$ 74) e manda os documentos pelo site e eles providenciam o visto e te enviam por e-mail. Fiz num dia e recebi o visto pronto no dia seguinte (atenção, pois o prazo prometido é maior, e se quiser num prazo curto tem que pagar uma taxa de urgência). Acho que valeu a pena pagar por isso, pois não deu trabalho nenhum, e eu teria que enviar meus documentos pra SP, pagar a taxa do visto, pagar o Sedex pra receber meus documentos de volta, etc... Ia acabar gastando o mesmo. Celular: no aeroporto do Cairo mesmo comprei um chip, e foi um ótimo negócio – chip + 20 EGP para ligações + 3G de 2 MB por 90 EGP (uns R$ 30). E o 3G lá é de dar inveja, é muito rápido e pega em todo lugar, até no meio do deserto – o meu falha no Brasil falha no centro de Porto Alegre e na Av. Paulista... [t1]VIAGEM[/t1] VOO Primeiro dia de viagem: O voo da Emirates deixa o GIG as 02:06h, rumo a Dubai num 777-800, com uma duração de 13h. Falavam tão bem da Emirates que fiquei decepcionado – achei beeem desconfortável, os assento muito, mas muito apertados (tanto na frente, como nas laterais) e reclinam muito pouco. Acho que é excelente pra quem viaja na classe executiva ou primeira classe, mas a econômica é triste. Pelo menos a comida é boa. Pra mim, outras cias como a Tap Portugal, KLM ou a Air France oferecem aviões bem mais confortáveis. A conexão teve uma duração de 13h, e fiquei só andando pelo aeroporto de Dubai – tem excelentes restaurantes no aeroporto, com preços ‘normais’, ao contrário do que acontece no Brasil (só pra ter uma ideia, comi num bistrô fantástico lá, e entrada, prato e sobremesa, com uma taça de vinho e água mineral Perrier saiu por R$ 100). O voo de Dubai pro Cairo tem 5h de duração, em aeronave com conforto idêntico. Curiosidade: nos voos da Emirates tem um um canal que exibe uma bússola indicando a posição de Meca, aí as vezes tu quer ir ao banheiro e tem uns caras rezando no meio do corredor, e tu tem que esperar... [t3] CAIRO (1d):[/t3] Segundo dia de viagem: Na verdade não foi bem um dia inteiro, pois meu voo chegou ao Cairo pelas 10:30h, mas até eu entrar no país, trocar dinheiro e pegar minha bagagem já era meio-dia. Negociei com um taxista e fui direto pra Giza, conhecer as pirâmides. Negociei pro táxi rodar comigo o dia todo e no final do dia me deixar na estação pra pegar meu trem pra Aswan. Como eu estava com bagagem, e não tem locker nem no aeroporto do Cairo, nem na estação de trem, pra mim os US$ 35 foi um excelente negócio (ainda mais que era um Corolla com ar condicionado, e a maioria dos táxis no Egito são carros horríveis). No caminho fiquei bem impressionado com o quão grande é o Cairo. A cidade é monstruosa (cerca de 22 milhões de habitantes), e tem o pior trânsito que se pode imginar (buzinas pra todo lado, carros se enfiando pra lá e pra cá, ninguém liga o pisca). Não é exatamente uma cidade bonita. Pra quem não entendeu o eufemismo, a cidade não tem qualquer planejamento. Maior parte dos prédios conforme vamos nos afastando centro tem um aspecto de inacabado, sem reboco ou acabamento do lado externo, sem janelas (com lençóis no lugar, lembrando que quase nunca chove). As ruas são absurdamente sujas, com muito lixo espalhado. Chegamos às pirâmides.Não tem muito que falar, é simplesmente espetacular, indescritível. Consegui ver as pirâmides de todos os ângulos, aluguei um camelo pra subir na duna (o sol é insano, e caminhar na areia fofa do Saara sob um sol escaldante não é boa ideia). A “família” de pirâmide da Gizé é certamente a mais famosa. São ao todo 9 pirâmides, sendo três principais (Quéops, Quéfren e Miquerinos) e outras seis pequenas, que serviram de tumbas às rainhas. Somente do topo de uma duna distante é possível ver todas as nove. Vale muito a pena. Ah, a esfíngie fica logo na entrada. CUIDADO com o assédio de vendedores, pessoal se oferecendo pra tirar fotos, etc. (ver na parte de dicas, no final do meu relato). Dentro da pirâmide não tem muita graça – lembrando que as pirâmides são muito antigas mesmo nos parâmetros da civilização egípcia (foram construídas dois mil anos antes de Tuthankamon) e portanto não têm grandes ornamentações. São apenas corredores de pedra, apertados e escuros, sem nada demais pra ver. Depois das pirâmides meu taxista me levou pra um tour pra ver as principais mesquitas, e depois pra um lugar chamado ‘Moqetim’, que é uma montanha alta, que oferece uma vista panorâmica da cidade (ou pelo menos ofereceria se a cidade não fosse tão poluída). Tem um trailer/bar lá, bom pra sentar e tomar um chá. Dalí segui para a estação de trem de Giza, pra pegar meu trem para Aswan. Comprei esse trem antecipado pelo site http://www.wataniasleepingtrains.com/Watania/Home.html - recomendo marcar com antecedência, pois encontrei uns espanhóis depois no hostel e eles só conseguiram pra 3 dias depois. Não foi barato (US$ 114 cabine privada, com jantar e café da manhã incluso), mas vendo os outros trens que circulam no Egito, tenho certeza que vale a pena. A acomodação no trem é bem boa, assim como as refeições que foram servidas (na cabine, não tem vagão restaurante). [t3] ASWAN[/t3] Terceiro dia de viagem: O trem atrasou bastante pra chegar a Aswan (o previsto era 08:30h, chegou as 11:30h). Cheguei e já negociei com um taxista pra me levar às principais atrações da cidade (paguei 100 EGP - uns R$ 35 - pelo resto do dia). Tem um centro de informações turísticas ao lado da estação de trem, ali peguei todas as informações que precisava. O primeiro lugar que fui foi a Represa do Nilo, que forma o Lago Nasser (lago artificial, formado pela represa). É legal, mas não tem nada demais nessa atração. Depois fomos ao Templo de Philae – esse sim é imperdível. O templo é muito bonito, pra mim um dos melhores da viagem toda. Esse templo está numa ilha, então o táxi te deixa na entrada e tu tem que negociar com o ‘motorista’ de barco pra te levar. É um porre – pra se ter uma ideia, o cara começou me cobrando 200 EGP e fechamos por 40 EGP. O problema era estar sozinho, se está num grupo o custo acaba se diluindo. O curioso é que esse templo foi retirado do local original e reconstruído, pois a locação original foi alagada quando a represa foi construída. Por fim, visitamos o Obelisco Inacabado. Nada demais também, mas é uma visita de 15 min, e é legal pra ver como os gigantescos obeliscos eram escavados na pedra. O táxi me deixou no meu hotel – Hotel Philae (US$ 20/dia - totalmente recomendado) – fiz check in e saí de novo. O hotel arrumou pra mim um passeio de felluca (barquinho a vela, que tem pra todo lado no Nilo) por 30 EGP a hora. Aproveitei e fui ver o pôr do sol no Nilo. É lindo, vale muito a pena. Desci da feluca e fui visitar o Museu da Núbia - lembrando que essa região do sul do Egito e norte do Sudão não pertenciam inicialmente à civilização egípcia, e sim eram uma civilização a parte, os núbios. Essa civilização conviveu com os egípcios por muito tempo, hora em paz, hora em conflito, mas no fim acabou por ser ‘incorporada’ ao império egípcio. Ainda assim, até hoje o pessoal tem orgulho de ser núbio, fazem questão de dizer que não são egípcios. No caminho, por sorte, me perdi e fui parar na vila núbia. Todos me olhavam como se eu fosse um ET. Até que um cara veio e me convidou pra tomar um chá na casa dele. Foi muito show ver como eles vivem (numa simplicidade impressionante) e conhecer a família do cara. Essas pessoas de origem núbia são extremamente simples, mas muitíssimo receptivas e educadas. Dava pra ver a alegria do cara em me receber. Depois do chá ele me levou até o museu. Adorei essa experiência. Pra quem quiser conhecer essa vila, ela fica ao lado do hotel Old Cataract (que ficou famoso graças a Agatha Christie, e é o mais caro da cidade). O museu é pequeno, mas extremamente organizado e muito bonito. Classifico como uma atração imperdível da cidade Depois jantei num restaurante indicado no Lonely Planet, e eu indico também. Se chama Ad-Dakka, e fica numa ilha no Nilo. Tu pega um ferry grátis que te leva lá. Comi um fish tagen espetacular e com um preço ridiculamente barato. O restaurante é lindo, tu senta num jardim iluminado com lanternas, com vista para o Nilo. Imperdível também. Quarto dia de viagem: O dia começou muito cedo, pois tinha agendado com meu hotel um day trip para visitar o templo de Abu Simbel (é bom reservar com antecedência, pois uma autorização é necessária – o hotel fez isso por mim também). Abu Simbel é uma cidade que fica a cerca de 240 km ao sul de Aswan, e 40 km da fronteira com o Sudão. As vans pegam o pessoal nos hotéis às 3h da madrugada. Então todas as vans e ônibus se encontram num local e saem juntos, em comboio, com escolta militar, pois já houve um atentado terrorista nesse trecho e as ameaças continuam. É possível ir pra Abu Simbel também em um cruzeiro pelo Nilo ou um voo –mas devido a baixa procura não havia disponibilidade de voos, e quando tem, é somente indo e vindo do Cairo ou de Luxor. Em Abu Simbel há na realidade dois templos, o de Ramsés II e o de Nefertari (Templo de Hathor, ambos construídos em 1244 a.C. O Templo de Ramsés II é embasbacante – o templo mais impressionante que vi no Egito, com estátuas de 30 m de altura do faraó. O de Hathor é belo também, mas muito menor, com estátuas de ‘apenas’ 12 m. Esses templos também foram movidos pra esse lugar pela UNESCO para evitar seu alagamento quando as barragens de Aswan foram construídas. Na saída do templo tem um espaço que mostra o trabalho de engenheiros, arqueólogos e operários na transferência do templo. Belíssimo trabalho. A visita é rápida, a van chega lá pelas 8h e pelas 10h o comboio retorna para Aswan. No turno da tarde dei uma caminhada pelo centro da cidade e depois tomei o ferry boat dos nativos e fui visitar a outra margem do Nilo, onde estão as tumbas dos reis núbios. Visitei a Tumba dos Nobres, excelente passeio e grande vista da cidade. Depois fui ao Museu de Aswan, que fica numa ilha. Nada demais. As 19h tomei o trem pra Luxor que havia reservado anteriormente no mesmo site que mencionei acima – pela viagem de 3h paguei US$ 14, com jantar. Em Luxor fiquei hospedado no Hotel Nefertiti (US$ 25/dia, pelo booking – recomendo muito). O hotel fica em frente ao Templo de Luxor, e tem um terraço muito legal. A cozinha do hotel também é muito boa, oferecendo ótimas refeições (a parte) e um ótimo café da manhã (incluso na diária). [t3]LUXOR[/t3] Quinto dia de viagem: Agendei no hotel um passeio guiado pelas atrações da margem leste da cidade – todas as atrações nas cidades que margeiam o Nilo são divididas de acordo com a margem em que se localiza. Todas as tumbas, templos e/ou monumentos mortuários (pirâmides, por exemplo) estão do lado esquerdo (ou oeste) e todos os templos de celebração à vida estão do lado direito (ou leste). Começamos o passeio visitando o Templo de Karnak – pra mim o ponto alto de Luxor, e o segundo na minha lista de favoritos – é muito grande e bonito, com muitas ilustrações gravadas nas pedras. Em seguida visitamos o Museu de Luxor – muito bom, e pra mim o segundo melhor do Egito, atrás somente do Museu do Cairo. Muitos tesouros encontrados nas Tumbas dos Nobres estão lá, e tem umas múmias bem interessantes. Depois foi a vez de visitar o Templo de Luxor (imperdível, terceiro na minha lista de favoritos). Ao final da tarde o templo fica muito bonito. Curiosidade: na entrada do templo tem um obelisco de um lado, e notamos a falta do que deveria estar do outro lado. Esse ‘irmão’ foi ‘roubado’ por Napoleão quando conquistou o Egito. Ele o levou à França e hoje esse obelisco está na Place de La Concorde. Portanto, quem já foi a Paris certamente viu ‘um pedaço’ de Luxor... Aqui dou mais uma dica de restaurante: fui jantar no Sofra (Top Choice no Lonely Planet), e esse se tornou meu restaurante favorito em todo Egito (tanto que voltei lá mais vezes). A comida é fantástica e o preço é muito baixo. Dá pra comer uma refeição de três cursos com bebida por uns R$ 35. Serve comida típica. Sexto dia de viagem: De novo peguei uma visita guiada, mas aí no lado esquerdo do Nilo – a grande necrópolis de Luxor. A visita começa com uma parada na estrada pra ver o Colosso de Mennon – par de estátuas do faraó Amenhotep III com 18 m de altura, e ganhou esse nome durante o domínio grego devido associação que os gregos fizeram com a lenda de Mennon. Em seguida fomos ao Templo Memorial de Hatshepsut (de longe o mais bonito e mais conservado do lado oeste em Luxor). Esse templo foi construído por uma das poucas faraós mulheres que existiram – Hatshepsut. Nas paredes há um ‘álbum de fotografias’ das viagens que ela fez pela África, mostrando animais. Muito legal, único templo em que vi isso. Posteriormente esse templo foi convertido em um mosteiro Copta. A próxima parada foi no Vale dos Reis – local onde eram construídas as tumbas e enterrados os faraós (isso cerca de 2000 anos depois das pirâmides, pois eles perceberam que as pirâmides eram facilmente e frequentemente saqueadas). O vale fica na encosta de uma montanha com formato piramidal natural. As tumbas eram construídas cavando a montanha, e após o funeral eram ocultadas pelos sacerdotes. Por isso ainda se acredita que há tumbas não encontradas pelos egiptólogos. A imensa maioria das tumbas foi encontrada saqueada, a exceção foi a tumba de Tutankhamon, que foi encontrada intacta (com todo tesouro dentro) no início do século passado – o tesouro é a principal atração do Museu do Cairo. O esquema do parque é que um ingresso (150 EGP) te dá acesso a 3 tumbas a tua escolha, exceto a de Tutankhamon, que se tu quiser visitar tem que pagar mais 100 EGP. Por indicação do meu guia visitei as tumbas de Ramsés IV, Ramsés IX, Merenptah e mais a de Tutankhamon. O mais legal nas tumbas é que como elas ficaram fechadas por muitos séculos, e a montanha é muito seca, a tinta nas paredes ainda está muito bem conservada, então podemos ver as ilustrações como eram quando feitas (ou pelo menos ter uma ideia). Muito bonito, com diversas ilustrações do Livro dos Mortos. A tumba de Tutankhamon é a mais sem graça das que vi: é pequena (a tumba era construída ao longo do reinado do faraó, e como ele reinou somente 9 anos e teve uma morte precoce, a tumba ficou pequena), e lá dentro estão somente a múmia do faraó e os dois sarcófagos mais externos em que ele foi enterrado (um de alabastro e outro de madeira). Por fim, visitamos o Templo de Medinat Habu. O interessante aqui é que ele foi construído por Ramsés III e foi sofrendo inúmeras intervenções até o governo grego de Ptolomeu. Então é possível ver no templo arquitetura clássica egípcia, grega, romana, copta (com uma capela cristã, inclusive). Curioso mesmo aqui é uma ilustração de Ramsés III obrigando seus inimigos a entregar seus pênis: tem uma fila de inimigos entregando seus pênis aos filhos do faraó, sob supervisão dele, e atrás deles uma imensa pilha de genitais masculinos – O governo de Ramsés III ficou marcado por guerras. À noite fui ao Souq (feira típica) com um pessoal que conheci, sentamos num coffeeshop e ficamos tomando chá e fumando sheesha – programa imperdível no Egito. Um programa legal em Luxor é um passeio de balão sobre o Vale dos Reis. Não fiz, pois quando estive lá estavam impedidos de acontecer – ocorreu um acidente 1 mês antes, em que morreram 17 pessoas na queda do balão. Sétimo dia de viagem: Saí por conta própria, pra ver as atrações que ainda não tinha visitado (nesse ponto tinha visto todas as principais atrações da cidade). Peguei o ferry boat local e cruzei o Nilo. Depois de me livrar de um taxista muito chato aluguei uma bicicleta (15 EGP o dia inteiro, com um chá de cortesia). A bicicleta era pré-histórica, mas quebrava o galho. Pra quem gosta de pedalar e tem um certo preparo físico é um programão – o caminho é simples, com poucos declives, o que mata é o sol. Mas aí é só colocar protetor solar e um turbante na cabeça que dá pra seguir. Pegando a estrada deve dar uns 5 ou 6 km até o ticket office, onde dá para comprar maior parte dos ingressos. O caminho é bem bonito – ali é perto do Nilo, portanto é verde, com muitas plantações. Já no ticket office já é deserto de novo, apenas areia. Comprei os ingressos e bati pedal de novo até as Tumbas dos Nobres. Esquema semelhante ao Vale dos Reis – 1 ingresso x 3 tumbas. As Tumbas dos Nobres é onde eram enterradas pessoas importantes, como escribas, grã-vizires, etc. O interessante nessas tumbas é que as imagens são de coisas mais cotidianas (gente pescando, caçando, cortando cabelo,…) ao invés de imagens sagradas. Depois fui ao Templo Ramesseum (bem em frente às tumbas), que era parte do complexo funerário de Ramsés II (esse faraó foi uma espécie de Louis XIV do antigo Egito, para todo lado tem construções dele). O templo é bem grande, mas está bastante arruinado. Segue sendo recuperado por uma equipe alemã. Mais pedal e cheguei ao Vale das Rainhas – mesmíssimo esquema de 1 ingresso para 3 tumbas. Aquí estão enterrados as esposas e filhos dos faraós. A tumba mais famosa e mais bonita é a da Rainha Nefertari (dizem que é mais bonita que qualquer uma, inclusive do que as do Vale dos Reis), mas ela está fechada para visitação há anos. Me disseram que é possível obter uma autorização especial para visitar por 22 mil EGP (uns R$ 7 mil), para quem tiver muito interesse… Visitei as tumbas de Amunherkhepshef (filho de Ramsés III), que hoje a grande atração do Vale das Rainhas, a tumba de Khaemwaset (outro filho de Ramsés III) e de Titi (uma rainha, ainda não foi descoberto quem foi seu marido, supõe-se que foi Ramsés III). Legal o Vale das Rainhas, mas visite se sobrar tempo, não tem nada demais. Depois segui para a vila dos locais, chamada Gorda – legal, está deserta hoje, o governo removeu os moradores, para preservação dos monumentos. Fiz uma visita rápida às tumbas dos trabalhadores (vale a visita). Por fim, fiz o ‘pior’ trecho – 40 min pedalando até o Templo de Seti I sob o sol (tem uma maratona famosa realizada em Luxor, e eu só me perguntava como alguém consegue correr 42 km com aquele ar seco e sob aquele sol, é insano). Quando cheguei ao Templo de Seti I já vi que era uma atração secundária, pois eu era o único visitante. O templo é legal, mas está bem arruinado, não há muito que ver. Voltei pro ferry (dessa vez por um caminho que tinha sombra), devolvi a bike, peguei minha mala no hotel e segui para o aeroporto para seguir para Sharm El Sheikh. Chegando ao aeroporto descobri que a Egyptair me ‘fez o favor’ de alterar meu voo – ao invés de um voo direto para Sharm (eles cancelaram o voo direto por baixa procura), me colocaram num com conexão no Cairo. Meu voo que duraria 1h, levou 5h entre voos e conexão. Ah, esse voo custou US$ 104, com as taxas, e dá para lançar as milhas na TAM. Cheguei em Sharm El Sheikh e já deu para ver que a cidade é de outro nível (muito mais elevado, claro), o aeroporto é moderno, bonito, recebe voos diretos de toda Europa. A van do meu hotel em Dahab estava me esperando (paguei 150 EGP ~ R$ 50 – barato para uma viagem de mais de 100 km). [t3]DAHAB[/t3] Oitavo dia de viagem: Dahab é uma cidade extremamente simpática e bonita. Adorei Dahab no exato momento em que coloquei os pés lá. Fiquei hospedado no Alaska Camp & Hostel (US$ 15/dia, sem café da manhã), excelente dica do Lonely Planet. Essas cidades litorâneas da península do Sinai recebem muitos turistas europeus, especialmente da Rússia, então tem uma galera bem diferente andando nas ruas. Tirei esse dia para mergulhar. Ao sair do hotel e ver o mar nem acreditei. É simplesmente fantástico. Dá pra enxergar as montanhas do outro lado, na Arábia Saudita. Já tinha agendado o mergulho com o dive center Sinai Backpacker Divers (recomendo totalmente). AVISO AOS MERGULHADORES: todos os dive centers no Mar Vermelho (seja em Dahab, Sharm El Sheikh, Marsa Alam,…) exigem um mergulho de check out, para avaliação das tuas habilidades. Os mergulhos geralmente são bem difíceis e/ou profundos – são interessantes para quem tem certificação Advanced e Nitrox. Se você tem apenas a certificação Open Water vai acabar mergulhando apenas onde os snorkelers ficam, nem vale muito a pena. Meu objetivo era mergulhar no Blue Hole, mas devido a regra acima, e como eu tinha somente um dia para mergulhar, tive que agendar um mergulho privado para mergulhar em dois dive sites no mesmo dia. Paguei US$ 120 – achei o preço excelente, tendo em vista que tive, o dia inteiro, um instrutor, um motorista, uma picape, ar e nitrox a vontade e todo equipamento de mergulho a minha disposição (os mergulhos aqui são da praia, não peguei nenhuma partindo de barco). O primeiro dive site que fomos foi o Canyon. O lugar é lindo, e nossa picape parou num bar muito legal, cheio de almofadas no chão para sentar. Lugar maravilhoso. O primeiro mergulho foi meu check out – mergulho fácil, perto dos recifes, apenas turismo, a uma profundidade média de 15-18 m, durou uns 45 min. O segundo mergulho foi para avaliar meu consumo de ar, mas é um mergulho imperdível, pois dessa vez entramos no Canyon. Como o nome diz é um Canyon, com uma entrada de 1,5 a 3 m de largura por uns 20-25 m de comprimento. Conforme tu vai se aproximando tu vai vendo as bolhas do ar dos mergulhadores que estão lá dentro “brotando” do chão, através das fraturas na areia. Show! Entramos no Canyon e ficamos uns 10 min lá dentro, com uma profundidade máxima de 36 m. É indescritível. Tenho que voltar lá. Fui aprovado pelo meu instrutor, então depois de descanso e almoço, fomos para nosso segundo dive site: o tão esperado Blue Hole. O dive site se chama, na realidade, Bells – Blue Hole. A entrada é pelo ‘Bells’ e a saída pelo Blue Hole. O lugar é alucinante, difícil descrever. É uma atração famosa, então tem muita gente, muitos bares, muitos quadriciclos e camelos. Para quem quer apenas fazer festa o lugar já é irado. Deixamos a picape em frente ao Blue Hole, equipamos e atravessamos a pé umas pedras até o Bells – uma caminhada de uns 300 m, mas com todo equipamento é uma eternidade. Aqui começa a emoção. O Bells é um buraco com uns 2 m de diâmetro (daí o nome Bells – como a entrada é pedregosa e estreita, é impossível entrar sem bater com o cilindro nas pedras, fazendo assim um som de sino). Entrando no buraco, tu tem que mergulhar até a profundidade de 34 m, e aí pode cruzar por um arco de pedra – dá para descer de ponta cabeça, vale muito a pena, a pesar do medo que dá. Passando pelo arco tu sai para uma formação de corais incrível, é literalmente uma parede, que começa com uns 2 m de profundidade e se estende até cerca de 300 m de profundidade. Nesse ponto o mergulho consiste em percorrer essa parede (tem uns 250 m, entre a saída do Bells e a entrada do Blue Hole) – a quantidade e variedade de vida ali é impressionante – peixes de todas cores (para quem quer ver um peixe palhaço, aqui chega a enjoar), tipos e tamanhos, arraias, anêmonas, polvos, tartarugas, lagostas, moreias gigantes. Ao longo do paredão nos mantivemos entre os 25 e 30 m, pois era onde tinha mais vida (nossa planejamento inicial era ficar em 20 m). Quando chega na entrada do Blue Hole tem que subir até uma profundidade de uns 8 m para cruzar os corais. Essa visão na entrada é indescritível, e a quantidade de vida aumenta ainda mais. Os cardumes batem em ti, literalmente. Daí em diante é um mergulho tranquilo, entre 12 e 15 m pelo interior do Blue Hole, até o ar acabar. Parada de segurança e fim da alegria. Ao todo durou quase 1 hora. CUIDADO: só vá nesse dive site se tiver confiança e, principalmente, um instrutor experiente e competente, que tenha pleno conhecimento do local. Impossível ignorar o quanto esse local é perigoso. Basta uma rápida busca na internet e se vê que dezenas de mergulhadores perderam a vida ali – é um buraco praticamente sem fundo, e o excesso de visibilidade pode ser traiçoeiro. Veja, por exemplo, essa reportagem: http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/the-blue-hole-in-the-red-sea-is-the-deadliest-dive-site-in-the-world-a-844099.html Depois fui comer no restaurante Sea Bride – frutos do mar incríveis, imperdível. À noite já tinha agendado com o hostel a trip pro Monastério de Santa Catarina e subida do Monte Sinai (custou 100 EGP). As 23h a van me pegou no hostel e seguimos viagem, pois o tradicional é ver o sol nascer de cima do Monte Sinai, onde, segundo a lenda, Moisés recebeu de Deus a tábua dos 10 mandamentos. Antes que alguém fale ou pense algo, sei muito bem que não deveria mergulhar a mais de 30 m e subir uma montanha de 1850 m num intervalo tão curto de tempo, mas quando o tempo é curto e a vontade é muita, a gente arrisca… Nono dia de viagem: Comecei o dia (ou noite) viajando em direção ao Protetorado de Santa Catarina (é uma área de preservação). A viagem é como a ida para Abu Simbel – em comboio, escoltado pelo exército. Nossa van foi parada três vezes no caminho, mandaram descer todo mundo, aí teve revista, e conferência de passaporte. Para completar a viagem de uns 200 km leva 2,5 h. Chegamos lá pelas 1:30h. Cada van forma um grupo que tem um guia. A subida começa imediatamente. Aconselho levar bastante agasalho (especialmente um onorak, pois venta muito, e algo que cubra a cabeça e ouvidos), uma lanterna, muita água (a pesar do frio, é muito seco) e algo para comer (comprei sanduíches em Dahab, durante a subida até tem como comprar, mas aí é só Cup Noodles e chocolates). Para quem quiser, tem aluguel de camelos para fazer a subida (não sei quanto custa). Não dá para dizer que a subida é fácil, pois está escuro e é muito pedregoso, mas tem muitas paradas em coffeeshops pelo caminho, então dá para descansar, tomar um chá. Chegamos ao topo pelas 05:00h (3h de subida, mas com certeza um grupo mais homogêneo e preparado faria essa subida em 1h ou 1,5h). Muito frio lá em cima, então ficamos esperando o horário do sol nascer dentro do último coffeeshop. Pelas 6:00h subimos o último lance até o cume (aqui dá para alugar um cobertor por 20 EGP, coisa que fiz e recomendo, pois lá em cima venta demais). A dificuldade da subida e o frio não impedem os turistas (lembrando que esse monte é sagrado para as três maiores religiões monoteístas do mundo), pois quando tu chegas dá para ver que tem muita (mas muita mesmo) gente lá em cima. É difícil até arrumar um lugar para ver o sol nascer. A visão do sol nascendo sobre a paisagem inóspita e desértica (não há um verde onde a vista alcança, apenas areia e pedras) é incrível. É uma experiência realmente imperdível. Depois de um tempo lá em cima, curtindo o visual, reiniciamos nossa descida. A descida foi por um caminho diferente, muito bonito, e foi também muito mais animada, o grupo todo conversando e interagindo mais. Essa descida leva umas duas horas, para chegar até o monastério. O monastério ainda estava fechado quando chegamos (abre apenas das 9h ao meio-dia). A visita ao monastério é legal, mas o local é muito simples, e poucos espaços estão abertos à visitação. Esse monastério é patrimônio da humanidade, segundo a UNESCO, e de acordo com o que li lá é o mais antigo em atividade, datando de 300 d. C. (sua construção foi ordenada por Helena, de Tróia). Ao contrário do que muita gente pensa, Santa Catarina não viveu lá – segundo a lenda, ela foi uma mártir do cristianismo que foi torturada e decaptada em Alexandria, e após sua morte os anjos recolheram seu corpo. Muitos anos depois, dizem que, os monges desse monastério encontraram o corpo dela intacto no cume de um monte próximo (hoje chamado de Gebel Katarina, ponto mais alto do Egito). Dizem que o corpo dela ainda está lá no monastério, mas ninguém pode (ou pôde) vê-lo. Acreditando ou não, é uma visita muito importante. Ah, vale lembrar que o cristianismo no Egito é Copta Ortodoxo, não notei qualquer sinal de presença católica no país. Após a visita tomamos a van e voltamos para Dahab, em comboio escoltado. Chegamos a Dahab pelas 13h. Fiz meu check out e me preparei para ir para Sharm El Sheikh. Chegando a rodoviária descobri que todos os ônibus saindo da cidade haviam sido cancelados, devido falta de diesel (o Egito está passando por uma falta terrível de diesel e benzeno, tendo até alguns trens sendo cancelados por conta disso). Negociei (muito) com um taxista, e consegui ir por 120 EGP (considero excelente – mais de 100 km, por R$ 40). Em Sharm fiquei no Iberotel Lido – melhor hotel que peguei na viagem, mas também o mais caro, paguei US$ 40/dia, mas é um hotel 4 estrelas, que tem até praia particular, fica dentro de Na’ama Bay (área do agito), e ao lado do porto de onde saem os barcos de mergulho, meu quarto tinha hidromassagem, e tem um café da manhã inacreditável (para mim foi uma barbada). Há hospedagens mais baratas, mas fora da baía, aí depende de pegar táxi pra quase tudo – pra uma pessoa não vale a pena. Acabei perdendo o horário para agendar meus mergulhos com o escritório da Sinai Divers em Sharm. Tive que ir para uma agência menor, e acabei na Dolphin Divers (meio amadora, mas não prejudicou, pelo contrário, pois para mim que tinha tempo curto eles nem pediram check out, pois eu tinha mergulhado dois dias antes em Dahab, mas se eu voltar lá vou procurar um dive center maior e mais preparado – gostei de dois, do Sinai Divers e do Camel Divers, grandes, bem equipados e com hotéis próprios). Comi no excelente restaurante típico Abou El Sid (fica no terraço do Hard Rock Café) – recomendo totalmente, só não recomendo a ninguém o vinho egípcio, que provei ali pela primeira vez e achei horrível. [t3]SHARM EL SHEIKH:[/t3] Décimo dia de viagem: Sharm é um balneário extremamente badalado (aliás, Sharm e Dahab nem parecem que pertencem ao mesmo país que Luxor, Cairo, Aswan,… é um mundo a parte). Muitos turistas, muitas festas, muitos restaurantes, muitos bares, muito tudo. Ah, tudo é mais caro também, mas ainda assim achei bem em conta, comparado com os preços no Brasil. Para quem mergulha é totalmente imperdível, tenho planos de voltar lá só pra isso. Acho que é muito bom pra festas também – não saí lá, pois queria estar inteiro pra mergulhar, mas tem umas baladas gigantescas. Nesse dia tomei o barco para a Ilha de Tiran, com direito a quatro mergulhos lá, nos dive points de Ras Bob, Gordor-Ali (para mim o lugar mais bonito do dia), Near Garden e Far Garden (melhor mergulho do dia) – todos eles com profundidade média de cerca de 25 m e duração média de 40-45 min. O mais impressionante no Mar Vermelho é a visibilidade (sempre superior a 60 m). Quanto aos corais e vida marinha nem vou tentar descrever, pois gastaria páginas e não conseguiria demonstrar o que é… Para quem se interessar, Sharm é ótimo para comprar equipamentos de mergulho, com preços excelentes (tipo os preços de Miami). Fiz ótimos negócios lá. Décimo primeiro dia de viagem: Mais um dia de mergulho, dessa vez na reserva de Has-Muhammed (considerado por muitos um dos top 5 dive points mundiais). Mais quatro mergulhos: Ras Khaita, Temple (lugar mais bonito do dia, tem um bar maravilhoso em frente à praia, deu vontade de ir), Marsa Ghazlani e Jackson Reef (melhor mergulho em Sharm, com certeza, e junto com o Blue Hole os melhores da minha vida) – todos profundos (>22 m de profundidade) e duração entre 30-40 min (em Ras-Muhammed tem muita correnteza, que joga o mergulhador em cima dos corais, o que torna o mergulho muito cansativo e o consumo de ar muito elevado). Nenhum dos mergulhos tu entra e sai no barco, são todos mergulhos de correnteza, em que o barco te pega depois onde tu sair – é bem legal que tu tem que subir no barco em movimento, aí haja pernada. Voltamos para Baía e me ofereceram um mergulho noturno. Apesar de exausto, não resisti e fui, saindo da praia, ali na Na’ama Bay mesmo. É imperdível, a vida marinha é totalmente diferente da vida durante o dia, e a profundidade é mais amigável, sendo a máxima de 16 m. Depois fui pro hotel e me preparei para zarpar para Alexandria, de ônibus (não quis arriscar uma doença descompressiva depois de fazer 9 mergulhos em 2 dias, quase todos profundos). [t3]ALEXANDRIA [/t3] Décimo segundo dia de viagem: Meu ônibus para Alexandria (115 EGP, 10 horas de viagem pela GoBus, que tem o melhor ônibus, mas não é bem meia-boca) deixou Sharm à 1h da madrugada. Entrei e ‘desmaiei’ no bus. Fui acordado no meio da madrugada o foi um susto da porra. O exército parou o ônibus e mandou todo mundo descer. Eu lá, sem entender nada, não falando nada de árabe e ninguém falava nada de inglês. Fizeram todo mundo descer, retirar suas malas do bagageiro do ônibus e aí foi revista completa – cão farejador, raio-x, reviraram malas. Muito tenso. Aí todo mundo colocou as malas no bagageiro e voltamos ao ônibus aí eles entraram de novo, pegaram o cara que tava sentado ao meu lado, algemaram e levaram o cara. Tensão absurda. O ônibus seguiu viagem, agora sem interrupções até o Cairo (escala normal do ônibus) e depois até Alexandria. O ônibus chegou a Alexandria pelas 11:30h. Não tem rodoviária (pelo menos acho que não tem), então o ônibus simplesmente para num lugar aleatório no meio da estrada e o motora diz ‘fim da linha, desçam!’. Tem um monte de táxis, aí fica fácil. Me hospedei no Alexander The Great Hotel (US$ 15/dia, no booking.com). A primeira vista não gostei do hotel, a entrada é um pouco escondida, mas os quartos são ótimos e o gerente de lá é muito gente boa, me ajudou muito e deu excelentes dicas da cidade. A localização do hotel é bem central, dá pra fazer quase tudo a pé – recomendo. Bom, Alexandria é uma cidade muito grande, uma metrópole. É banhada pelo Mar Mediterrâneo, o que confere grande beleza à cidade. Foi fundada por Alexandre, O Grande, e foi capital do Egito durante o domínio grego – nessa época ela foi um dos maiores centros culturais do mundo, abrigando a maior biblioteca da época e tendo como atrativo o farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo antigo). Essas duas atrações acabaram sendo destruídas por incêndios e terremotos. Hoje há uma nova biblioteca onde havia a antiga e no lugar do farol, hoje existe um antigo forte, o Fort Qaitbey. Iniciei meu tour visitando o Foro Romano da cidade. É importante historicamente, pois é o único no Egito, mas é bem pequeno, não tem nada demais. Se seu tempo for curto, pode pular. Depois fui ao Pilar de Pompéia e ao Templo de Serapio. Esse templo tem um significado especial para o ateísmo, pois é o primeiro caso registrado em que um templo religioso foi desalojado pelo governo em prol da ciência, se tornando uma extensão da biblioteca de Alexandria, que não comportava mais a quantidade de volumes que crescia sem parar – mas, poucas ruínas sobreviveram, é uma atração secundária. Pra encerrar meu dia de visitas fui às Tumbas de Kom Ash-Shuqqafa – isso sim é uma visita que vale a pena. Interessantíssimo ver nas ilustrações das tumbas o sincretismo religioso que ocorreu à época, misturando tradições gregas, religiões egípcias e o cristianismo ainda incipiente. É possível ver Anúbis vestindo túnica de legionário romano, estátuas típicas egípcias com rostos gregos e sarcófagos com crucifixos estampados. Fiquei ali até a hora de encerramento (tudo encerra as 17h no Egito). Mas de longe, o mais legal do dia foi ter caminhado pela cidade. É um caos, um absurdo de gente, carros, motos, camelos, cabras, trans (o estado de conservação dos trans é péssimo, parece que foram escavados junto das pirâmides). É muita gente nas ruas. Com certeza eu parecia um E.T. naquele lugar. É uma experiência pra vida... Depois fui ver o pôr do sol na orla do Mediterrâneo. É muito bonito, a cidade forma uma baía... Segui minha caminhada onde hoje fica a biblioteca de Alexandria – esse com certeza é o prédio de arquitetura mais moderna em todo Egito, é muito bonito. Aproveitei e sentei num café muito legal em frente, com vista pro mar chamado Selsela Café – imperdível. Mais tarde fui a um restaurante de frutos do mar, que acabaram me fazendo mal, não sei se por estarem mesmo estragados ou se foi por que eu comi muito, só sei que tive uma noite horrível. Décimo terceiro dia de viagem: Devido a intoxicação alimentar, só consegui me recuperar e sair do hotel pelas 11h da manhã, o que limitou muito meus passeios. Fui direto visitar ao Fort Qaitbey. É uma das melhores atrações da cidade, com certeza. É uma fortificação de 1480, para proteção da cidade. Na sua construção foram usadas pedras que pertenceram ao mítico Farol de Alexandria. A vista da baía é linda. Depois fui conhecer a moderníssima Bibliotecha Alexandrina. É um complexo cultural de dar inveja, com um acervo monstruoso de livros para consulta (física ou digital, não deixe de visitar o site http://www.bibalex.org). Além da biblioteca o prédio abriga vários museus (todos pequenos, mas muito interessantes) e um planetário. Em minha opinião, a melhor atração da cidade e uma das melhores de todo Egito. Absolutamente imperdível. Depois, tentei visitar o museu de Alexandria, mas quando cheguei já estava fechado. Outra coisa legal pra fazer na cidade é mergulho. É diferente aqui, pois tem a cidade submersa de Cleópatra, com vários monumentos, esfinges, estátuas, templos, tudo embaixo d’água, acessível apenas por mergulho. Nem tentei fazer, pois a visibilidade no Mediterrâneo estava em torno de 1 a 2 m. Pra quem quiser agendar tem que ir ao centro de escoteiros da cidade (to falando sério), e fazer o agendamento. Me disseram que os caras são muito amadores e os equipamentos bem ruins, mas o mergulho é bem fácil. Tem que pegar um barco e ir pela baía até as proximidades do Fort Qaitbey e mergulhar. Mas geralmente, com pouca visibilidade tu nem consegue encontrar nada... Mais tarde peguei meu trem pro Cairo. Comprei 1ª classe por 35 EGP – deve ser a pior primeira classe do mundo, o trem é velho demais e cheira muito mal – leva cerca de 2,5h até o Cairo. Tem o trem ‘popular’ que custa 5 EGP – vi o vagão e fiquei apavorado que ainda funcione – esse leva 4,5h até o Cairo. Cheguei ao Cairo tarde e fui direto ao hostel. Reservei o Dina’s Hostel – (US$ 15/dia o quarto privativo) bom hostel, limpo, mas meio bagunçado. Creio que dá pra encontrar acomodação melhor pelo mesmo valor... [t3]CAIRO[/t3] Décimo quarto dia de viagem: Acordei e fui direto ao Museu do Cairo – é com certeza um dos museus mais importantes do mundo, e pra quem gosta de museus (como eu) passa um dia inteiro lá com facilidade. O que mais gostei foram o Tesouro de Tutankhamon e o Salão das Múmias (tem que comprar ingresso extra para entrar, mas vale muito a pena). Depois do museu deu uma caminhada pelo centro da cidade. É importante salientar que o Cairo é uma cidade notívaga. As lojas não abrem antes das 10 ou 11h da manhã, e fecham muito tarde (nem sei dizer o horário, mas é após a meia noite). O centro é um caos inacreditável. É gente demais nas ruas. O centro do Cairo é uma imensa 25 de março, com muita gente vendendo coisas nas ruas, mas agravado pelo fato que quando tu menos esperas passa um cara tocando um monte de cabras, e outras coisas bizarras assim. Dalí fui a pé até o famoso souq Kharm El-Khalili. Se quiser ir até lá, esteja preparado para um assédio absurdo, realmente desconfortável. Eles realmente expulsam o turista de lá, tornando o passeio ali extremamente desconfortável (pelo menos pra mim). Décimo quinto dia de viagem: Nesse dia marquei uma Day trip com dois colegas de hostel e fomos conhecer Memphis, Saqqara e a Pirâmide Vermelha, em Dahshur. Esse passeio vale a pena, especialmente pela Pirâmide Vermelha e pela ‘Step Pyramid’ (primeira a ser construída, com arquitetura visivelmente mais rudimentar que a Vermelha ou as da Gizé). Memphis achei bem sem graça – acho que depois de visitar Luxor e Aswan Memphis se torna simplória, mas pra quem vai somente ao Cairo talvez valha a pena. Tem um esfinge pequena, uma estátua de Ramsés II (que está deitada, é o mais interessante lá) e algumas outras estátuas. Em Saqqara tem, além da ‘Step Pyramid’, a pirâmide inacabada (pra mim pareceu mais um monte de areia), as ruínas do Monastério de São Jeremias (interessante, da época que o cristianismo iniciou no Egito) e a pirâmide de Seti I. Só tive azar nesse dia pois peguei uma tempestade de areia (na real foi uma ‘marola de areia’, mas já foi bem incômodo), e o tempo estava horrível, baixíssima visibilidade, e no fim do dia tinha areia em todo lugar. À noite fui caminhar no Cairo antigo. Recomendo totalmente ir lá a noite. É muito bonito, as mesquitas são lindamente iluminadas, as ruas estão tranquilas, não há nem sinal de turistas e, portanto, não tem assédio nenhum. Eu não tinha ideia, mas boa parte das mesquitas ficam abertas a noite, permitindo visitas nesse horário. Um bom ponto de partida é o souq Kharm El-Khalili, caminhando em direção às mesquitas à vista. Décimo sexto dia de viagem: Iniciei o dia visitando o Cairo Copta - seguindo a sugestão do Lonely Planet e iniciando a visita pelo Museu Copta (excelente museu, muito bonito e muito organizado – dar atenção especial ao trabalho de marcenaria no teto do museu, é lindo). Em seguida fui à ‘Hanging Church’, depois a Igreja de São Jorge (que infelizmente estava em obras, fechada para visitação), as Igrejas de Santa Bárbara e São Mercúrio, a sinagoga Ben Ezra e a mesquita de Ahmad Ibn Tulun. Acho imperdível conhecer esse bairro no Cairo, chama muita atenção as diferenças entre os cristianismos (católico x copta), especialmente em termos de simbologias e representações artísticas. Dá pra ver tudo num turno. A tarde fiz meu tour pelo Cairo Islâmico – acho que tem mais mesquitas no Cairo do que igrejas em Salvador. Se você realmente gosta de visitar esses templos, pode passar uma semana só conhecendo as mesquitas do Cairo. Honestamente, não é muito a minha. Dei um giro geral (prepare-se, pois a menos que tu alugue um carro/táxi, é uma bela caminhada), e na minha opinião só uma é realmente imperdível: a mesquita de Mohammed Ali. Gostei bastante também da ‘Blue Mosque’ e da Mesquita de Al Hakim. E, pelo menos pra mim, as mesquitas são mais bonitas por fora do que por dentro. A arte islâmica nas mesquitas é mais baseada em arte decorativa, com relevos, lustres, tapetes,... A noite peguei meu voo pra Dubai, tudo tranquilo no embarque e na saída do país. [t3]DUBAI[/t3] Décimo sétimo e décimo oitavo dias de viagem: Pouca coisa a falar sobre Dubai, minha passagem lá foi bem corrida. A entrada nos Emirados Árabes é bem tranquila, só apresentei passaporte e visto e pronto. Nada de perguntas, não pediram reserva de hotel, nem seguro saúde. Fiquei hospedado no Youth Hostel (US$ 20/dia no quarto coletivo – provavelmente a hospedagem mais barata da cidade). O hostel é da rede HI e é bem organizado, tem até uma piscina massa. Reserve antes, pois quando eu cheguei estava lotado. Reservei pelo booking.com. A cidade á bem fácil de conhecer, e o metrô é um grande negócio – não é subterrâneo, e sim elevado, acima dos carros, então tu consegue andar de metrô olhando a vista. O passe diário do metrô custa 18 Durheins (ou EAD) ~ R$ 10. Dá pra conhecer (leia-se ver, e não usufruir) todas as principais atrações da cidade em pouco mais de um turno. Tem muita coisa pra fazer na cidade, até esquiar, ou alugar uma Ferrari, ou mergulhar, saltar de paraquedas e por aí vai, de acordo com o gosto pessoal de cada um. Como meu tempo era bem curto, optei por subir no Burj Khalifa, visitar o aquário, e fazer compras. O Burj Khalifa é o maior prédio do mundo, com 124 andares, e a vista de lá é muito show. Minha dica é reservar antes se quiser subir. Com reserva custa 125 EAD (+/- R$ 70), sem reserva sai por 400 EAD (+/- R$ 230). Tive que pagar o valor cheio, estava sem lugar para reservas pelos 4 dias seguintes! A cidade é excelente para compras, pois é sem imposto nenhum. Tudo que é fabricado na Ásia ou Europa tem um preço melhor que nos EUA. Eu que gosto de cozinhar fiz a festa comprando facas Global e panelas Le Creuset por verdadeiras barbadas (em média 30-40% do preço no Brasil). Outra coisa barata em Dubai são as champagnes – não sei como, mas custam menos que na França. [t3]VOO[/t3] Décimo nono dia de viagem: Voo de volta Rio, em avião e conforto idênticos ao da ida. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ [t3]MINHAS DICAS E SUGESTÕES:[/t3] Leituras úteis/prévias: Guia Lonely Planet Egypt Breve História do Antigo Egito, de Juan Jesús Vallejo Idioma: Não sei nem uma palavra em árabe, mas com inglês médio tu se vira em qualquer lugar (só tive dificuldades com isso em Alexandria). Dinheiro e pechincha: • Dá pra pagar em dólares americanos na maior parte dos lugares, mas recomendo que tenha sempre em mente a taxa de câmbio real, pois toda vez os vendedores espertinhos usam uma taxa diferente, e sempre favorável a eles - maior picaretagem. Como tinha 3G lá eu consegui consultar em tempo real. Se você não tiver esse recurso, recomendo que consulte sempre que possível (eu uso o http://www.oanda.com ); • Sempre carregue trocados. SEMPRE! Dê as notas grandes em restaurantes e entradas de museus e deixe as pequenas para o resto. É quase impossível obter troco no Egito, especialmente de taxistas; • Tenha sempre moedas, para dar em banheiros (todo banheiro tem alguém na porta, e é hábito dar 1 EGP pra essa pessoa); • Em visitas em mesquita é comum dar um trocado pro cara que cuida dos sapatos. Aliás, nessas mesquitas rola maior extorsão, fique atento; • Pechinche muito. Isso cansa demais, mas é necessário, pois o primeiro preço que o cara te dá é no mínimo o dobro do que tu deve pagar pelo produto. Se o cara não chegar ao preço que tu quer pagar, tente em outro lugar. Lugares e atrações que considero imperdíveis: • Cairo – Pirâmides da Gizé, Museu do Cairo, Mesquita de Mohammed Ali, Museu Copta, visitar o Cairo antigo e as mesquitas à noite. • Aswan – Templo de Philae, Museu da Núbia e day trip para Abu Simbel. • Luxor – Templo de Karnak, Templo de Luxor, Museu de Luxor, Restaurante Sofra, Vale dos Reis, Templo Memorial de Hatshepsut. • Dahab – Blue Hole, Restaurante Sea Bride, Monastério de Santa Catarina e subida ao Monte Sinai. • Sharm El Sheikh – Na’ama Bay, Ilha de Tiran, Reserva de Rãs-Muhammed. • Alexandria – Qaitbey Citadel, Biblioteca de Alexandria, Selsela Café, Lancheria Mohammed Ahmed. • Comidas – kebab, shwarma, tagens, tahini, babaganoush, falafel, pães. • Pimentas e temperos – todo souq tem inúmeras bancas de pimentas e temperos. Tem muita variedade, mas o preço nem sempre é vantajoso. O que mais vale a pena é a baunilha – eles vendem a fava a 5 EGP a unidade (isso é extremamente barato). Cuidado se quiser compra açafrão (coisa que não fiz e não faria), pois é ‘barato demais’. A maioria que vi era açafrão-da-terra, e não açafrão legítimo. Maior fria. Assédio a turistas: É simplesmente absurdo, em todo lugar. O pessoal lá acha que tem (e que vão) fechar negócio contigo. Qualquer negócio. Tentam te empurrar qualquer coisa. Tive diálogos do tipo: Vendedor: “Quer comprar cigarro???” / Eu: “Não, obrigado, eu não fumo.” / Vendedor: “Mas é muito barato. Sabe quanto custa???” / Eu: “PQP, eu NÃO FUMO. Não me interessa o preço!!!” / Vendedor: “Mas você pode levar pra alguém no seu país!”. Eles acham que tu sempre queres comprar, que é só questão de ajustar o preço. O papo de abordagem é sempre o mesmo, eles chegam e perguntam de onde tu é pra começar a conversa. No início, até achava que só queriam conversa e dava trela. No final já mandava pastar. Como falei, o assédio é muito incômodo em todo lugar, mas em Luxor é 10 mil vezes pior. No dia em que fui visitar o west bank tive que espantar um taxista aos berros e dizer que ia chamar a polícia se ele não parasse de me seguir. E tem os caras das charretes e os das fellucas. São os piores, às vezes até agressivos. Todo cuidado é pouco – não dê trela, simplesmente ignore. Alguns exemplos de golpes aplicados: Eles tem vários golpes treinados pra aplicar a turistas. Por sorte e grande precaução, não caí em nenhum, mas vou relatar os que tentaram aplicar em mim, que li e as histórias que ouvi de outros turistas pela viagem. Lá vai: Museu fechado: o cara vê o turista se dirigindo a um museu e se aproxima dizendo que o museu só abre em uma hora/que está na hora da oração, então não dá pra comprar ingresso/que naquele horário é somente para excursões/ou outra estória qualquer (às vezes o cara diz que trabalha no museu, pra dar credibilidade). Aí ele sugere que tu vá dar uma volta redondeza, quando tu concorda, ele diz: “ah, tem uma loja do governo ali adiante, os produtos são lindos maravilhosos fantásticos e a pqp, e o preço é tabelado pelo governo”. Se tu for a tal loja, caiu no golpe, é de um amigo do cara e ele vai ganhar uma comissão. Loja do governo: isso não existe. Eles dizem que a loja é do governo, ou do ministério do turismo, ou de um sindicato de artesãos, coisas assim. Tudo pra tentar legitimar o produto, que invariavelmente tu encontra em todo lugar, sempre com preços semelhantes (e não esqueça da barganha); Permissão para tirar foto: tu entra em um local, monumento, museu, etc, em que não é permitido tirar foto, aí vem o guarda do local e diz (como se fosse um segredo entre vocês dois) pra você tirar fotos a vontade. Obviamente ele vai te extorquir dinheiro depois, sob pena de que se tu não der ele vai te denunciar, chamar a segurança, fazer um escândalo... Guia x Guardião: Tu tá na tranquilidade curtindo um lugar e chega um mala e comenta algo sobre o que tu tá olhando. O cara insiste e meio que tenta te guiar, mostrando o local. Aí tem duas maneiras de cair nesse golpe: 1º- seguir o cara logo de início, e logicamente e ele pedirá dinheiro depois; 2º- dizer pro cara que não precisa de guia, aí ele diz com uma cara de ofendido: “não sou guia, sou apenas o guardião do parque”, aí o turista acha que ele não pedirá dinheiro, mas ele vai pedir sim! Eu já falava de cara que queria ficar só, tirando minhas fotos e lendo meu guia, e que não ia dar dinheiro pra ninguém. Depois de me dar um olhar mortal eles iam embora. Segurança: Não existem roubos, furtos ou assaltos no Egito, quanto a isso é uma tranquilidade. Pode caminhar à noite pelas ruas das cidades, deixar a mochila em cima da cadeira do restaurante e ir ao banheiro, tudo na boa. Em alguns templos ou monumentos tem uns seguranças portando metralhadoras/submetralhadoras/revólveres. Como se isso não fosse suficientemente desconfortável, às vezes essas caras vem na maior cara de pau pedir dinheiro Não esqueça que o país está em plena revolução. Não como foi em 2011, lógico, mas no Cairo dá pra sentir a tensão no ar. No downtown tu vê prédios destruídos, carros incendiados... As ruas onde ficam os consulados dos EUA, da Inglaterra, etc, estão interditadas por blocos de concreto. Bem tenso. Portanto, mantenha distância desses lugares, especialmente da Tahir Square – tem mais de duzentas pessoas vivendo acampadas lá. Teve um único dia que queria visitar um endereço próximo à Tahir, pra ir à bookstore da American University in Cairo (AUC) comprar bons livros sobre o Egito. Não resisti e passei ao lado da praça pra ver “qualéqueé”. Me arrependi – não aconteceu nada, mas nunca senti uma tensão daquelas. Alimentação: Falam pra ter muito cuidado com a água no Egito em todo lugar. Não tive nenhum problema com isso. Não tomei água da torneira, claro, mas não recusei nenhum chá que me foi oferecido, consumi gelo normalmente,.... A ‘comida típica’ do país é a comida que encontramos em qualquer restaurante árabe no Brasil. É muito boa e muito barata. Transporte: Conforme meu relato, tive problemas com TODOS os transportes que utilizei (trem, avião e ônibus). Portanto, muito cuidado na hora de fazer programações/cronogramas, pra não marcar compromissos com horários apertados. Táxi é muito barato no Egito, mas sempre negocie bem o preço antes, deixando claro pra onde tu vai e por onde quer passar no caminho (se for o caso) e quanto será a corrida – o ideal é tu fazer o preço pro cara, chega e diz: pago XX EGP, se ele disser que não, apenas saia andando, eles sempre acabam fechando. SEMPRE pergunte se o taxista tem o troco que tu precisa – é sempre mesma coisa, chega na hora eles dizem que não tem troco e ficam insistindo que tu deixe o troco como gorjeta (sou contra dar gorjetas a taxistas, afinal eles já estão sendo pagos pelo serviço). Se o taxista não falar inglês e tu não ficar confortável com o cara, manda embora que logo vem outro que fala. A maioria dos táxis são carros muito velhos, em péssimo estado de conservação. Em Alexandria TODOS os táxis são Lada 2157, com mais de 30 anos de uso. Usar cinto de segurança é uma aventura – em Alexandria o taxista surtou quando tentei colocar o cinto, dizendo que não era necessário. No Cairo tive duas camisetas manchadas. Explico: como a cidade é muito (mas muito mesmo) poluída e ninguém usa o cinto, ele fica podre de sujo da fumaça dos carros, aí quando o trouxa coloca e mancha a roupa. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Bom, peço desculpas se o relato ficou muito grande, tentei ser o mais ilustrativo possível, transmitindo minhas impressões e informações que considero úteis para quem for conhecer esse país, que com certeza está na lista de qualquer mochileiro que se preze. Se alguém quiser mais detalhes, informações, etc, é só escrever, ficarei feliz em ajudar. Abraço a todos! Emanuel
  20. Olá Mochileiros, Quero fazer um relato resumido da minha última viagem para o Egito e Israel, subindo o monte Sinai e cruzando a fronteira entre os dois países por terra. Foi sem dúvida a melhor viagem que fiz até o momento, e por isso quero compartilhar minha experiência e me colocar a disposição para tirar dúvidas. Meu roteiro: Cairo - 3 dias Dahab - 1 dia Monte Sinai - 1 dia Jerusalém e arredores - 5 dias Tel Aviv - 1 dia Dia 1 - Consegui negociar uma passagem até o Cairo na ida e voltando por Tel Aviv, ambos com parada em Istambul. E ambas viagens de quase um dia completo. Cheguei no Cairo de madrugada e bem cansado. Fiquei num hostel e dormi ali até umas 11h, quando começei meus passeios. Como tinha metade de um dia, não fui ver as pirâmides primeiro. Visitei o palácio de Mohamad Ali, a mesquita Amr Ibn Al-As e o bairro copta com suas lindas igrejas. Somente o palácio era pago para entrar. O bairro copta e a mesquita estão próximas de uma estação de trem, então vale a pena pegar o transporte público do Cairo neste caso. Dia 2 - Contratei um guia local que passou o dia me levando a alguns destinos mais distantes da capital. Primeiro fomos para as pirâmides de Saqara e Djoser, depois para o sítio arqueológico de Memphis e por último às 3 grandes pirâmides, com restaurantes e algumas lojas entre eles. Valeu muito a pena, pois se fosse fazer estes destinos por conta própria levaria mais tempo e sairia mais caro. Dia 3 - Museu do Cairo, Torre do Cairo e mesquita Hussein. Era meu último dia na cidade e pretendia visitar a Cidadela do Cairo. Infelizmente não deu tempo, porque fiquei horas na fila da Torre do Cairo, e a cidadela fechava às 17h00. A Torre realmente vale a pena, a vista é maravilhosa. Mas prepare-se para enfrentar fila ou pague a mais para ter preferência. Dicas do Cairo: 1 - Lembre de providenciar a carteira de vacinação internacional antes, e tomar a vacina contra febre amarela. Você dá entrada no seu visto no Egito no próprio aeroporto, por 25 $. Mas eles exigirão a vacinação. 2 - O trem é legal de andar, não é luxuoso mas funciona bem e não é perigoso. Guarde o ticket porque você tem que colocar na catraca ao sair. 3 - Não pegue ônibus no Cairo. São lotados de gente e sucateados. 4 - As pirâmides ficam mais distantes do centro e é melhor ir para lá de taxi ou contratando um guia local. 5 - Os egípcios são loucos por estrangeiros. Vão querer te ajudar e fazer várias coisas pra você. Mas fique atento! Toda essa recepção será cobrada depois. E eles não aceitam gorjeta baixa. Continuando... Dia 4 - Um dos meus principais objetivos nesta viagem era subir o monte Sinai. Então providenciei ficar em Dahab. Fechei uma suíte muito barata, nem parecia mochilão. Deixei para comprar a passagem na última hora, e acabei fechando um vôo pela Nile Air até Sharm El Sheik. De lá peguei um taxi para Dahab. Apesar de ser uma cidade muito pequena, fiquei encantado com ela. É litorânea e ponto de mergulho. A noite sua rua principal fica cheia com os restaurantes de frutos do mar e lojas de artesanato. Bem cidade praiana mesmo. Dia 5 - Deveria ter feito a trilha neste dia, mas não consegui espaço. Ficou para o outro dia. Aproveitei para fazer mergulho e descansar, pois viria um dia pesado em seguida. Dia 6 - Esse foi o dia mais pesado. Saímos às 22h do dia anterior e fomos para a base do Monte Sinai. A trilha tem dificuldade baixa até o ponto das escadarias. São 750 degraus de pedra até chegar ao topo. Essa parte é perigosa e cansativa. O topo era muito gelado, mesmo eu estando com 2 blusas e 2 calças. Mas de lá pudemos ver este nascer do sol: Depois dessa bela vista, descemos e fomos para o monastério de Santa Catarina, que não tem muitas coisas interessantes para ver. Dali fui direto para Taba, na fronteira com Israel. Não tive problema nenhum em cruzar a fronteira. Você passa por várias etapas, eles fazem aquelas perguntas esperadas (quantos dias, se já tem local, objetivo da visita, etc...) e olham sua bagagem. Não tem preço o visto em Israel e não precisa da carteira de vacinação internacional. De Eilat, cidade de fronteira, peguei um ônibus até Jerusalém. Sim, foi muito puxado esse dia, mas eu consegui! Dia 7 - Devidamente hospedado em Jerusalém, no lindo Cinema Hostel, descansado e com um delicioso café da manhã, começei a conhecer Jerusalém. Aquele dia também foi mais curto. Fui para Belém (Bethelem) de ônibus, para ver a igreja da Natividade. É fácil de chegar, mas preste atenção onde vai descer. Desci um ponto antes e dei de cara com o grande muro que divide Israel e Palestina. Para quem não sabe, Bethelem fica do lado palestino. Pretendia ver a tumba de Raquel que também fica lá, mas era tudo tão fechado e confuso que desisti. Vi a igreja da Natividade, a mesquita de Omar e a igreja da Gruta. Voltei para Jerusalém e fui ver o jardim da Tumba, um lugar muito bonito e estruturado. Dia 8 - Segundo dia em Jerusalém e fui conhecer a cidade entre os muros. É uma lista imensa de igrejas e locais sagrados para ver. Uma parte deles não estava na minha lista, mas acabava entrando e tirando uma foto ou outra. Entrei pela porta de Damasco e fui seguindo pela Via Sacra até chegar na Torre de Davi. Ali é um grande museu que vale muito a pena conhecer. Conta toda a história de Jerusalém, mostra as escavações do local e ainda tem uma vista boa da cidade. Dali fui para a Igreja Luterana e a do Santo Sepulcro, sempre lotada de gente. Tentei visitar o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, mas estavam ambos fechados para turistas. Estava determinado a tentar novamente no dia seguinte. Fui para o Muro das Lamentações e a igreja de S. Pedro de Gallicante, uma igreja fora dos muros construída pelos peregrinos franceses. Pouco citada, mas muito bonita. Vale a pena conferir! Ainda fui ver a capela da Ascenção e o cenáculo na volta para o hostel. Dia 9 - Meu primeiro objetivo era ver o Domo da Rocha. Fui direto para lá, mas me deparei com bloqueio novamente... Acabei conhecendo outros lugares que não pretendia a princípio: a caverna de Zedequias, uma antiga pedreira debaixo de Jerusalém, o jardim e a igreja do Getsêmani, a tumba da virgem, a tumba dos profetas (não tem nada lá, mas é assustador), o cemitério judeu e a Domus Flevit. Não entrei no Domo da Rocha, mas essa vista do Domus Flevit é linda demais! Dia 10 - Continuei hospedado em Jerusalém, mas peguei um day tour para ver as cidades do norte do país. O mar da Galileia é lindo e conhecemos as pequenas e famosas cidades por onde Jesus passou, como Cafarnaum, Nazaré e Caná. Dia 11 - Preparando para voltar para casa, fui para Tel Aviv. Guardei no aeroporto minhas malas (meu vôo seria no dia seguinte de madrugada) e fui para o centro. Peguei o ônibus errado, mas consegui contornar o problema e chegar à linda praia da cidade mediterrânea, que infelizmente não se pode mergulhar. Tomei um pouco de sol e descansei. Fui na torre do relógio, no farol e na pequena mesquita do mar. Dali fui para o Independence Hall e andei até o museu de arte moderna e o observatório Azrieli. Dali voltei para o aeroporto e fiz minha viagem de volta para casa. Dicas de Israel: 1 - Tudo lá é muito caro. Prepare o bolso. 2 - Você encontrará policiais com fuzil o tempo todo. Não se assuste com isso e obedeça suas recomendações. Não tente ser o engraçadinho ou burlar sistemas. Lá a coisa é séria. 3 - Tem um trem excelente que sai de Jerusalém e vai até o aeroporto de Ben Gurion em 20 minutos, mas haverão taxistas insistindo para você ir de taxi. Terminado o resumo, vamos ao que vocês gostam de saber: quanto gastei. Visto no Egito - 25 $ Seguro Saúde - 239 R$ Transportes internos (trens, taxis, ônibus e a passagem aérea do Cairo para Sharm el Sheik) - 300 $ Hospedagem - 615 R$ Passeios - 272 $ Comida - 178 $ Total (convertendo 1 $ = 3,85 R$) em torno de 4 mil reais. Apesar de Jerusalém ser bem caro, creio que a viagem como um todo saiu barata. Bem, resumindo é isso. Coloquei mais fotos no meu insta: @ebdo16.
  21. Oi pessoal, estou planejando ir para Marrocos e Egito em abril de 2019. A ideia é passar 15 dias entre os dois países. Quanto vocês gastaram em média? E enfrentaram algum tipo de difuldade com violência?
  22. Gente, alguém já fez o trecho Egito a Israel de ônibus? Sabe mais ou menos quanto deu ou se está de boa fazer? Achei alguns relatos mas as informações estão confusas! Help!
  23. Boa noite alguém pode me ajudar tenho um voluntariado pra fazer no Egito com a minha escola mas não sei nem por onde começar a solicitar o visto vi que a embaixada fica em Brasília como faço ?
  24. Os barcos que fazem cruzeiros sempre ofrecem o regime de pensao completa , refeicoes incluidas sem bebidas , sao barcos grandes mas ao mesmo tempo nao sao iguais como os barcos que fazem cruzeiros no mediterraneo ou no caribe . sao de 4 andares cuase sempre , cuartos com banheiros privados exatamente como qualquer hotel , restaurante para as refeicoes e dois bares um ao ar livre no terraco do barco e o outro esta fechado .costumam ser de 50 camarotes ate 70 camarotes menos aquilos barcos que sao de super super luxo podem ter menos de 40 camarotes . A vantagem de cruzeiro que os barcos param no luxor o suficiente tempo para visitar os lugares mais importantes la e tambem param no asswao para conhecer o mais importante que esta nesta cidade , navegando no caminho os barcos param cuase sempre so duas vezes , no EDFU para conhecer o melhor tempo preservado no tudo egito , isso e o templo de HORUS no EDFU , no KOM OMBO tambem para conhecer o templo do crocodilo , chama-se o templo de SOBEK . cuando param os navios nestas duas cidades para conhecer estes dois templos so param para conhecer os templos , quer dizer nao ficam encostados la por um dia como no luxor ou asswao . Primeiro tem que saber o que vai precisar para poder fazer um cruzeiro . TEMPO como minimo 4 noites e 4 dias , tendo em conta que os cruzeiros começam desde luxor nos dias segunda-feira e sabado , tambem pode comecar desde asswao para luxor nos dias sexta-feira e cuarta-feira . MEIO DE TRANSPORTE PARA CHEGAR ATE O ALTO EGITO voo o melhor meio de transporte para chegar ate luxor ou asswao , sao dois voos , primeiro de ida por exemplo desde o cairo ate luxor se vai comecar o cruzeiro desde luxor ( tem que ser na segunda-feira ou sabado ) o Segundo voo sera de asswao ate o cairo de volta ( tem que ser na sexta-feira caso comeca segunda ou cuarta caso comeca sabado ) e se vai comecar o cruzeiro desde asswao entao a ida desde o cairo ate asswao sera sexta-feira ou cuarta e a volta de luxor para o cairo sera segunda caso comecou sexta ou sabado caso comecou cuarta . Os cruzeiros que comecam desde luxor sao cuase sempre de 4 noites e na verdade sao melhores porque ajudam para visitar e conhecer tudo que esta no luxor , asswao e aquilo que esta no caminho, mas os cruzeiros que comecam desde asswao cuase sempre demoram 3 noites , la tambem da para conhecer tudo mas relaxar menos na verdade . NOTA IMPORTANTE se vai reservar as passagens de voo pela internet , melhor que o voo de ida tanto a LUXOR ou ASSWAO seja de manha cedo ( entre 05:00 da manha ate 07:00 da manha ) ao mesmo tempo o voo de volta tanto desde luxor ou asswao para o cairo seja depois do meio dia ( o melhor entre 16:00 h e 19:00 h ) trem O Segundo melhor meio de transporte para chegar ate luxor ou asswao , custa menos , mas demora muito tempo mais , o trem desde cairo ate luxor deveria demorar 9 horas e desde cairo ate asswao deveria demorar 12 horas , issos sao os trens bonzinhos , e cuase sempre demoram mais deste tempo . O trem noturno e bom , parte sempre de noite para chegar a luxor ou asswao cedo , e mesma coisa desde luxor e asswao parte de noite para chegar ao cairo cedo , quer dizer se vai andar de trem vai passer uma noite no trem .alem de trem noturno que tem cabines com camas tem trens que tem cadeiras so . OS LUGARES QUE PODEM VER E VISITAR AO FAZER O CRUZEIRO :- Vale dos reis , templo da rainha hatshipsut , colossus de memnoun , templo de luxor e templo de karnak ( no luxor ) Templo de horus ( no edfu ) Templo de sobek ( no edfu ) Barragem alta de asswao , templo de isis , templo de abu simbel ( no asswao ).
  25. [info]Este tópico é para troca de informações. As informações inéditas serão aproveitadas e colocadas no tópico Egito - Guia de informações As perguntas e Repostas na medida que ficarem desatualizadas e duplas, as mais antigas serão substituidas pelas mais novas.[/info] Cairo Primeiramente: No site http://www.opengate.com.br/embegito" onclick="window.open(this.href);return false;, no item PEDIDO DE VISTO, em INFORMATIVO, você encontra todos os pontos turísticos do Egito e todas as informações que você possa imaginar tudo em Português visto etc. Eu tirei o visto por aqui mandei o passaporte e o valor do visto por sedex, é mais tranqüilo, você entra direto. Por isto só vou relatar, parte dos que o Cairo pode oferecer. Cheguei ao Cairo de avião Curitiba Frankfurt, Cairo. Peguei um táxi, já preparado para negociar o preço, de 20 USD consegui por 10 USD, mesmo assim fui aviltado, dividido em dois o preço ficou razoável. Do aeroporto até a cidade são 13 km Fiquei no Hotel SUN, Praça Midan Thair, 2 talat Karb Street, bem no centro, próximo ao Museu. Fiz reserva por este site, preço 10 USD por dia quarto privativo, em quarto mixed, sai por muito menos, é um Hotel simples, mas, da para dormir, os banheiros são relativamente limpos, o que assusta é o Hotel, fica num andar de um prédio antigo, o elevador é uma coisa, deve ter sido uns dos primeiros do mundo. O site do Hotel, informa que aceita cartão de crédito, pura mentira,somente em dinheiro. Com o mesmo motorista, já precavido, contratei para ir, pela manhã 08h00minh até, Giza, onde ficam as Pirâmides, e a Esfinge, Na região existem pelo menos umas 100 pirâmides pequenas. E apos ir até Saqquara a 32 km, ao Sul de Giza, onde fica a pirâmide de degraus a primeira grande construção de pedra realizada pela humanidade. E a Menphis onde sta a etátua de Ramsés. Um detalhe, na chegada, o motorista, nos levou primeiramente a um lugar onde alugam Camelos para visitar as Pirâmides, é furada o negócio é ir a pé, é uma boa andada, da umas 3 horas de passeio. Alias antes de ir para as Pirâmides ele parou numa loja que dizia ser Museu do Papiro, o atendente, poliglota, falava em Português, queria vender uns papiros, não compramos só assistimos a explanação dele como eles eram confeccionados, até que foi uma boa aula, ficou decepcionado tanto ele como o motorista que não levou o dele, mas ele mesmo tinha afirmado que era sua a obrigação dar as informações, mais tarde em Luxor acabei comprando na rua uns papiros falsos por cinco ponds, mas consciente. No retorno já era umas 15 horas, o motorista parou na frente de um restaurante típico com música na entrada e tudo, claro que ele leva comissão. Resolvemos almoçar, antes perguntamos o preço, inclusive do motorista. Em qualquer lugar têm que perguntar o preço e pedir para eles escreverem o valor, se não vem tudo com preço diferente, eles são muito espertos, e mesmo assim você sempre vai ser ludibriado. No outro dia, contratamos um outro motorista, ele nos levou até a cidade dos mortos, vale a pena, é realmente uma cidade, muito grande, com mausoléus enormes, mais parecem uma mesquita, nos pequenos, o povo invadiu e moram neles. Entramos numa destas tumbas, ainda preservadas, o motorista nos cobrou 20 pondes de cada um, claro que ele ficou com 20, mas valeu a pena, é um passeio que turista em grupo não conhece. Completando o passeio, passamos em algumas mesquitas. A mais bonita a mesquita Mohamed Ali, e a do Sultão Hasan. Estes dados eu tinha tirado do site da embaixada, o preço foi acertado por 60 Pound, deu umas cinco horas de passeio. No outro dia, reservamos para ir ao Museu do Egito, a entrada é 5,00 USD, da para ver o tesouro de Tutanknamun, e centenas de urnas, armas etc. No segundo andar para entrar na sala das múmias, tem que pagar mais 10,00 USD, mas vale a pena. Para se ter uma idéia de cotação 60 Pound é aproximado 10,00 USD. O povo é muito dócil, são simpáticos, adoram brasileiros, mas muito pobres, e com isto, eles são insistentes para vender, e negociam com insistência, mas muito menos, por exemplo, que os Baianos no Pelourinho. O preço que eles pedem você consegue por uns 60% a menos, é a média. A maioria é produto da china. Recomendo fazer o câmbio, já no Aeroporto, assim é mais fácil pagar as contas. Nas pirâmides não da para entrar com câmera ou filmadora, assim como no Museu. Contratamos o mesmo motorista para nos levar na madrugada para o aeroporto, com destino a Luxor, relato a parte, pagamos 8,00 USD. Não esquecer de levar adaptador com dois pinos redondos para recarregar a filmadora, câmera etc.
×
×
  • Criar Novo...