Pesquisar na Comunidade
Mostrando resultados para as tags ''cork''.
Encontrado 2 registros
-
Uma das maiores vantagens em morar na Irlanda é poder ver a história de perto. Castelos, ruínas, igrejas, prisões… algumas construções mais antigas que o Brasil, que fazem parte da trajetória desse país fantástico! Um desses lugares é o Blarney Castle, a mais ou menos meia hora de ônibus de Cork, uma imensa torre de pedra construída em 1446. Acredita-se que primeiro houve uma estrutura de madeira (embora não existam provas) e depois, por volta de 1210 uma fortificação de pedra foi erguida porém destruída, dando lugar ao castelo que vemos atualmente. Sobre o nome, acredita-se que tenha sido mencionado pela rainha Elizabeth I. Ela havia mandado tomarem o castelo, mas sempre que seu enviado voltava, relatava que McCarthy, Rei de Munster (região sul da Irlanda) e morador do castelo, tinha oferecido um banquete ou algo similar e que as negociações tinham atrasado. A rainha irritada disse que suas suas desculpas eram “all blarney”, ou seja, blá blá blá, enrolação…. O que um dia deve ter sido um luxuoso castelo, hoje são ruínas, onde é possível acessar cada um dos “cômodos” através de estreitíssimas escadas. Placas informam os visitantes qual era a função de cada dependência, e a vista das finas janelas vai ficando mais maravilhosa a cada andar. Chegando ao topo, o encantamento é total! Tanto pela visão mais completa da estrutura quanto pelas paisagens que circundam o lugar. É muito verde, é muita beleza! Lá em cima fica a atração mais famosa, a Blarney Stone (ou Pedra de Blarney). Diz a lenda que quem beijá-la recebe o dom da eloquência, ou seja, capacidade de se expressar bem, saber usar as palavras… Embora eles limpem a pedra após cada beijo, não tive coragem de fazer o contorcionismo todo (você tem que deitar, segurar em duas barras de ferro e jogar a cabeça pra trás) pra ficar com gosto de desinfetante na boca, na melhor das hipóteses. Além do castelo, o lugar também encanta por seus jardins floridos e bem cuidados. Destaque para o Poison Garden que é um conjunto de plantas venenosas, medicinais ou alucinógenas que não podem ser tocadas nem cheiradas, cada uma tem sua história e efeitos explicados em placas com o desenho de uma caveira pra deixar a coisa toda ainda mais dramática! Muitas delas ficam em redomas para que não haja risco de contato, inclusive a mais famosa por lá, a Cannabis Sativa, sabe? Fãs do Harry Potter também se animam pois podem ver ao vivo a Mandrágora, planta que aparece no segundo filme da saga. Outra atração é a Blarney House, uma linda mansão pertinho do castelo e com vista para o lago onde até hoje mora a família Colthurst, nada mal morar num lugar desse! Se tiver com tempo de sobra talvez valha a pena fazer uma caminhada até o lago, mas confesso que achei essa parte meio sem graça, meio “represa”. De qualquer forma, caminhar por toda a extensão dos jardins é magnífico, dá pra “perder” um dia todo por lá! Informações Práticas: Valor: Adulto – €13,00 (€12,50 se comprar pelo site) / Estudantes e Idosos – €11,00 / Crianças (até 16 anos) – €5,00 Horários: Das 09:00 as 17:00/19:00 (o horário de fechamento varia de acordo com a época do ano) Como chegar: Partindo de Cork você deve pegar o ônibus 215 sentido Cloghroe na Bus Station e descer na parada Blarney Village (Woolen Mills). Na volta é a mesma linha mas sentido Mahon Point. Nesse site (http://www.buseireann.ie/) é possível ver todas as rotas e calcular o valor (fica mais barato se já comprar ida e volta, pode ser pela internet ou direto com o motorista). http://www.blarneycastle.ie/ *Informações de Julho/2016 Post original com fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/cork-blarney-castle/
-
Cobh, a última parada do Titanic
Mari D'Angelo postou um tópico em Mochilão Europa - Relatos de Viagem
A meia hora de trem de Cork fica Cobh, uma cidade portuária irlandesa com casinhas coloridas que mais parece um cenário de filme, e onde o Titanic aportou pela última vez antes de seu trágico fim. Nessa época a cidade ainda se chamava Queenstown, nome dado em homenagem a uma visita da Rainha Victoria. O navio vindo do Reino Unido aportou em abril de 1912 onde embarcaram centenas de irlandeses com destino a Nova Iorque mas, como sabemos, que nunca chegaram a cruzar o atlântico. A história toda é contada no Titanic Experience (eu não entrei pois pretendo visitar o de Belfast, que dizem ser mais completo). Além deste existem alguns outros museus em Cobh, como o Heritage Centre, que conta um pouco sobre a emigração irlandesa, o período de grande fome e fatos marcantes como a passagem do Titanic. O Sirius Arts Centre é uma galeria que recebe exposições de artistas conteporâneos, localizado bem em frente ao mar, já encanta por sua arquitetura e salas brancas com janelões tão convidativos. Se tiver sorte chegará num dia animado, com banda no coreto do simpático Kennedy Park, um espaço verde em frente ao mar onde de vez em quando moças vestidas com roupas “de época” parecem recepcionar os passageiros dos navios aportados. Repare na escultura “The Navigator”, a poética cena de um homem carregando um barquinho de papel. O “Lusitania Peace Memorial” também é uma obra tocante, a escultura lembra outra tragédia marítima, quando um míssil alemão afundou o navio Lusitania e os corpos e sobreviventes foram levados à Cobh. O cartão postal e ponto mais alto da cidade é a Catedral de St. Colman, construída em estilo gótico e repleta de belos mosaicos e padronagens em seu interior. Mesmo para quem não é fã de igrejas, vale a pena subir até lá para ter uma vista mais completa da cidade. Aproveite um dia de sol na Irlanda (sim, eles existem!) e vá passar uma tarde em Cobh! É possível chegar de trem a partir de Cork, o trajeto dura em torno de 25 minutos e as paisagens no caminho são lindas! O valor de ida e volta (adulto) é 9,70 euros, para mais informações de horários e valores acesse o site da Irish Rail. *Valores de Julho/2016 Post original com fotos e links aqui: http://www.queroirla.com.br/cobh-ultima-parada-titanic/