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  1. Preciso chegar até Copacabana na Bolívia partindo de Cusco, no Perú. Achei uma empresa de transporte chamada Transzela, mas não sei se é confiável. O preço tá em conta. Alguém já teve alguma experiência com ela ou sabe outra forma de fazer esse trajeto?
  2. Olá pessoal, fui para Bolívia mês passado (março 2019), país que me muito me surpreendeu e me encantou, não vou relatar o dia a dia da viagem, dos passeios, essas coisas, pois acaba ficando muito parecido com os relatos que já temos na web, e que nos motivam a ir a esse país tão espetacular, agradeço muito a quem o faz! Por causa de relatos detalhados como estes que acabei indo e me apaixonando pela Bolívia e pelos bolivianos. Trago algumas dicas que acho importante compartilhar com quem pretende ir à Bolívia. Eu fiz a viagem com um pouco mais de “frescurinhas” (por ex. tour privado no Uyuni, hospedagem em hotéis, fui com a hermana e a mamys, que já não é tão moça assim... (66anos), tem saúde e disposição ótimas, e artrose nos joelhos =/ ... ela não merece passar aperto né?!... por isso tour privado e hotéis, então, vejam, tiozões e tiazonas de plantão, podem ir tranquilis que não passarão perrengue! Eu garanto! Ou então vcs, que assim como eu e minha irmã, nos propusemos a uma vez por ano (as vzs duas qdo dá), garantir boas recordações e aventuras junto com a pessoa mais importante da vida e que tanto se dedicou a nós, podem levar sua mãe, seu pai, tios ou até avós para a Bolívia, garanto que vão adorar! Bom, vamos lá! Ficamos 15 dias na Bolívia = La Paz-Copacabana-Isla del Sol-Uyuni. Vôo: Fomos com a Boliviana de Aviación - BoA, estatal boliviana e maior companhia aérea do país, site esquisito, não funciona direito, não consegui comprar pelo site com cartão de crédito, acabei comprando por telefone/email e depósito em conta, enviam no corpo do email o que seria o cartão de embarque todo mal formatado. Estranho?!... Muito!... Mas funciona bem. Pelas minhas pesquisas foi o melhor preço, e principalmente, menor tempo para chegar a La Paz, pois com as outras companhias aéreas que partem do Brasil teríamos de fazer longas conexões no Chile ou Peru e um tempo ridículo para chegar até LP (14h...18h). Não tem entretenimento a bordo, nem o app funciona. Tem lanchinho (pão com presunto e queijo, refris, suco, etc. snacks de frutas secas). Equipe atenciosa e muito rigorosa com relação à segurança, se vc se sentar na saída de emergência, será alertado de como agir em caso de acidente, não deixam que coloque nada nos assentos e chão nessa parte do avião, se vc tirar a blusa, imediatamente a equipe de bordo guardam no compartimento de mala de mão. Ou então, eles te convidam a se retirar desse assento. No meu vôo de volta havia chineses que não entendiam espanhol, a equipe retirou os chineses da saída de emergência, realocaram em outro assento, eu nunca tinha visto isso em outros voos. Achei muito prudente. Aeronave antiga, com espaço maior do que as comuns do Brasil. Pontual. E praticamente só tinha boliviano voando. Preço: Pagamos em torno de R$1300 por pessoa. São Paulo – Cochabamba- La Paz (El Alto). Tempo: São Paulo – Cochabamba: voo aprox.3horas, é o aeroporto internacional onde vc faz a imigração.(imigr.+espera = +-1h) Cochabamba – La Paz (aeroporto em El Alto, distrito de LP): voo 1hora. Táxi do aeroporto até centro de LP = 75 bolivianos (+ - R$35). Peguem os táxis oficiais na saída do aeroporto (táxi “Aeropuerto”). Câmbio: Havia lido que as casas de câmbio do centro de LP (região da Sagarnaga, Plaza San Francisco) eram melhores, sóquenão. Estavam com mesmo preço ou piores do que do aeroporto de El Alto. Casa de cambio do aeroporto R$ 1 : Bs 1,70, centro R$ 1 : Bs 1,60. Moeda: Fácil trocar Real, no aeroporto e no centro de LP. Levei Real para “viver”, e dólares para pagar o tour Uyuni (previamente contratado) e hotéis. Altitude: tema é sério. Não sou médica, não posso prescrever nada e nem me responsabilizo =]... Mas li e fiz o que li por conta e risco (já tínhamos tomado qdo fomos a Cusco e deu certo, então tomamos de novo). Tomamos Diamox, meio comprimido (250mg/2 = 125mg) a cada 8horas 2 dias antes de embarcar e por 3 dias depois que chegamos. É baratinho, +-R$15. Comprei pela net, mas qqr farmácia vende. Tem efeitos colaterais estranhos, formigamento na boca, dedos, pés... Sensação de borbulhamento...mutcho loko! Reitero que não me responsabilizo, nem estou recomendando. Só estou relatando o que fiz e deu certo. E deu certo mesmo, nenhuma de nós teve problemas sérios com a altitude, só uma leve falta de ar, leve dor de cabeça, leve cagan.., mas só após algum esforço maior, comer demais ou tipo carregar mochila pesada na subida correndo pra pegar buso, e lá tem subida hein! A altitude é foids mesmo! E sentimos essas coisas leves mesmo depois de estar um tempo “aclimatadas já” (8.. 10 dias..) E confesso que me preocupei com altitude, pois moramos no litoral na altitude zero, e de repente chegar no aeroporto de El Alto 4010m, LP 3640m e no tour do Uyuni 4900m!!dá medo de dar ruim né! Muita água, chá de coca (todo dia) e folhas de coca para mascar, ow plantinha milagrosa essa! Ficamos de boa! Nada atrapalhou a viagem, deu tudo certo! (ah minha mãe tem hipertensão, controlada com remédios e ficou bem! Até melhor que eu! Ela faz exercício regularmente, está com a saúde em dia). Hospedagem em La Paz: Ficamos no hotel Glória, no centro, bem pertinho da zona turística, tudo acessível a pé, de início a região pode assustar pq parece o Parque Dom Pedro/25 de março em sampa, mas muito mais seguro. Bom pq tem tudo perto. Hotel muito antigo, mas tudo funciona. Tem casa de câmbio no próprio hotel, que funciona horário comercial, mas não estavam aceitando real. Comida: Choripán da doña Elvira, Mercado Lanza,+ - Bs 8 = R$ +-4,00 popularzão, vc senta num banquinho baixinho no corredor ou nas mesinhas comunitárias grudando cotovelo com vizinho. O lanche é delicioso! E a experiência única!kakakaka Pollo Copacabana, frango frito delicioso, não lembro preço, mas sai barato. Levei uma caneca, jarra, leiteira, não sei como vc chama, e um “rabo quente”, que é aqueles ferros elétricos de ferver água, quebrou o galho pra fazer uns cupnoodles, chá de coca e ovo cozido. Nos salvou várias noites geladas! Ah, se for levar tb, não esqueça de levar uns 2 pregadores de madeira pra qdo vc tirar o troço quente da água, vc prender os pregadores de forma que o ferro quente não queime/rache a pia, mesa. Voltagem e tomadas: Bolívia é 220V e as tomadas são parecidas com as daqui, não tive problemas para carregar celular nem ligar o rabo quente. Elas são um pouco frouxas, mas com jeitinho funciona. Não usei os adaptadores que levei. Copacabana/Isla del Sol Ônibus La Paz – Copacabana: Li algumas pessoas indicarem comprar o buso para Copacabana com a Diana Tours na Calle Sagarnaga, pois ele passa pelos hotéis do centro e economizaríamos com taxi até rodoviária. Então fui até a agência ver (é uma subidinha essa Sagarnaga hein) e uma mulher muito chata nos atendeu, disse que seria Bs45 por pessoa. Como eu queria ver o buso para Oruro (já falarei sobre), fomos até a rodoviária (terminal de autobuses, calle Peru). Na rodoviária existe guichê Diana tours tb, e custa mais barato Bs30 e passa nos hotéis do centro tb! Só que Bs15 a menos que da mulher chata (pensa aí 15 x 3pessoas = 45, já mais do que uma passagem!). E a mulher era bem mais legal! Comprei, claro! Pode comprar antecipado. E deu tudo certo, foram nos buscar por volta das 7h30 em nosso hotel. Hospedagem em Copacabana: Ficamos no Hotel Las Olas (frescurinha hehehe mas já explico) lindo, arquitetura inovadora, não tem café da manhã, mas tem cozinha equipada, café, chá, sal, azeite, vinagre. É ótimo! E lindo! Eu sabia que minha mãe não conseguiria subir o Cerro Calvário, pois vi no streetview e é terrível, calvário mesmo!kk... Então um hotel legalzão com vista espetacular para o Titicaca, pra véia ficar lá curtindo enquanto eu e minha irmã subíamos. Eles dizem que a subida é uns 40min. Mas levamos umas 2horas kakaka... Pq tem que ficar parando pra descansar, por causa da altitude. Cheio de pedra, caminho irregular, escorrega um pouco dependendo do calçado. Mas é linda a vista! vale a pena! Se vc quiser ficar lá em cima até por do sol/escurecer, leve lanterna, lanterna de vdd, não do celular, pq na hora de descer, pra cair e meter o cel nas pedras é bem fácil. Isla del Sol Compramos os boletos para pegar o barco para Isla del Sol na hora mesmo, não precisa comprar antecipado. Mas claro, chegamos um pouco mais cedo. Os barcos saem 8h ou 8h30, não me lembro exatamente a hora... Ficamos hospedados logo aonde chegam os barcos, no Hostal Phaxsi. A maioria fala que vale a pena ficar hospedado em hotéis no topo da Isla para ver o por do sol e talz....mas achei mais negócio ficar embaixo na chegada/saída dos barcos, pq a gente podia deixar a mochila e subir leve até o topo, e no dia seguinte os barcos saem as 10h/10h30 para Copacabana, e o buso de Copacabana a LP sai as 13h30, e daí não teríamos que tomar café da manhã correndo e descer correndo para não perder o barco. A subida é tensa. Com a altitude cansa muito, tivemos de parar várias vezes para descansar. O caminho é de pedras, e de manhã ficam molhadas por causa da umidade, orvalho. E um detalhe, o transporte de mercadorias para os hotéis do topo é feito no final da tarde por burros, eles sobem e descem várias vezes com água, comida, etc para abastecer os hotéis e a comunidade. E aí que fica cheio de cocô de burro, meio escorregadio sabe? vendo isso, tive certeza que foi uma boa ideia ficar hospedado embaixo, pois minha mãe tem artrose nos joelhos e poderia levar uma eternidade para descer, e gente poderia não chegar a tempo de pegar o barco. Bom, então passamos o dia explorando a Isla, subimos tranquilamente leves, e descemos no nosso tempo para dormir no Hostal. A vista lá de cima é espetacularmente maravilhosa!! Detalhe, a intenção era almoçar no restaurante mto bem recomendado “Las Velas”, é difícil de achar, fica no meio da floresta qse no topo, puta sacrifício para chegar lá, e tava fechado. Era domingo. =/, no Google dizia estar aberto... Não almoçamos neste dia. Acabamos jantando no Hostal Phaxsi mesmo, mto boa comida! Lembrem-se que quase tudo na Isla del Sol, é gerido pela própria comunidade, então não seja chato e exigente demais! o hostal que fiquei, é de uma família e cada um exerce uma função lá, a mãe cozinha, a filha limpa, a neta serve, etc. Gostei muito! Uyuni – Bus até Oruro + trem até Uyuni Aqui foi a maior economia que fizemos e com esplendor! LP até Uyuni Vc já deve ter lido que tem voo desde LP até Uyuni, é caro mas chega em 1hora. Bus noturno desde LP a Uyuni, barateza, dizem que chacoalha demais, a estrada é horrível e parece que vai morrer kkk. E sai de LP de noite e chega 4h da manhã em Uyuni, frio da pêga! E bus+trem. Fui. Recomendo fortemente! Bus de LP até Oruro: Tinha lido recomendação da Trans Naser, então fomos nela. Sai da rodoviária de LP (terminal de autobuses), não vende antecipado, chega na hora e compra, tem saídas desde cedo, tirei uma fotinho. No terminal de autobuses, tem que pagar uma taxa de uso do terminal, acho que Bs1,50, existe guichê mas vem uma pessoa cobrar no ônibus o ticket de uso, qqr coisa dá pra pagar pra essa pessoa tb. O bus de LP a Oruro custa Bs20, R$+-10. Leva umas 4h. Pegamos das 7h30 chegamos em Oruro por volta das 11h30. Daí pegamos taxi até a estação de trens de Oruro. Trem Expreso del Sur -Ferroviaria Andina, de Oruro a Uyuni Existem 2 trens que vão e voltam de Oruro até Uyuni em dias distintos, Wara Wara e Expreso del Sur. Li recomendações boas do Expreso del Sur, então fomos com ele. Expreso del Sur: sai de Oruro de terça feira, às 14h30, chega em Uyuni 21h20/Sai de Uyuni de sábado 23h52, chega em Oruro 7h00. Preço: Fui na classe executiva, Bs120 (+- R$60), (ida Bs120 + Bs120 volta). Comprei as passagens do Brasil através do site TicketsBolivia, funciona, deu tudo certo, respondem as dúvidas pelo whatsapp, mto simpáticos, um pouco antes da viagem solicitei, que os assentos fossem juntos e do lado esquerdo do trem, pois não bate sol na cara e vc pode desfrutar a paisagem sem ter de fechar janela. Fomos na classe executiva, que é a “chic”, tem classe mais barata que isso, mas acho que não vale a pena, pq a classe “chic” sai barato tb. Tem acesso ao vagão restaurante (almoçamos a preço bem justo, não me lembro, mas é barato), é climatizado, assento reclina bastante, ganha lanchinho, banheiro limpo, tv com filmes piratas rsrsrsrs...sério!.. de noite na volta, cobertor e travesseiro. Muito confortável! As paisagens ao longo da viagem, que é longa, são lindas! Vale muito a pena, vc vê todo o altiplano boliviano, plantações de quinoa de todas as cores, casas típicas dos agricultores bolivianos. Valeu muito a pena! Ainda mais pra nós brasileiros que não temos ferrovias para poder viajar! Muitos falam que as paisagens do trem que leva até Machu Picchu são lindas e talz, mas eu achei parecido com Brasil, florestas verdes e talz, além de ser o olho da cara né! Essa viagem de trem até Uyuni dá de 100 x 0! É muito bonita, barata, confortável, diferente! Já fica sendo um passeio, valeu a pena! Na volta, como o trem parte a noite, eles perguntam se queremos luz acesa ou descansar, todos quiseram dormir, nos deram cobertor, travesseiro e lanchinho, tem aquecimento. Dormi bem. Engraçado que SÓ tinha orientais, na maioria japoneses, temos descendência japa tb, então nos camuflamos com a galera kakakkaka...Mas fico pensando, tive dificuldade em achar informação aqui no Brasil nos blogs, sites de viagem sobre essa viagem de bus+ trem, mas vi que na Ásia parece ser bem difundido...ou será que asiáticos e descendentes que gostam desse tipo de viagem? Por isso eu tava lá tb? Rsrsrssrs... =D Tour Privado Uyuni Pesquisei muito sobre tour do Uyuni. Li vários relatos de perrengues em tours compartilhados, hospedagens desconfortáveis, sem água quente, 1 banheiro para 20 pessoas, camas sujas, 1 tomada só, roubo de celular enquanto recarregava bateria, motoristas bêbados, etc. Por ser um lugar de extremos e inóspito, descansar bem é fundamental para não passar mal, e o guia ser bacana faz a diferença, pq se passam 3 dias inteiros com ele né...Então decidi fazer o tour privado com conforto. Mandei email pra todas as agências que achei no Google. Dica, mande em espanhol, mesmo que seja do Google translate, eles respondem. Em português, sem sucesso. Poucas agências fazem o tour privado com hospedagens em hotéis bons, Luna Salada (hotel feito de sal Maravilhosohhhh) e Tayka del Desierto (hotel no meio do nada, a 4900m de alt., excelente!). Bom, contratei Jukil de los Andes, Hector é o dono, solicitei que ele mesmo fosse nosso guia, ele aceitou, aí não teria como dar ruim né! Troquei mtos e-mails, whatsapp com ele, até fechar, ele responde prontamente, mto atencioso! Meu sonho era ver o salar espelhado, então teria de ir no verão, época de chuvas. Mas vi que janeiro e fevereiro chovem demais, e as vzs não dá pra fazer o tour todo. Pedi para o Héctor dica da melhor época de ver o salar espelhado, e ele me indicou mês de março, do meio pro final, pq as chuvas são menos intensas e ainda tem uma quantidade legal de água para formar o espelho, mas como é natureza, corre o risco de não ser como o planejado. Meu sonho tb era ver o céu todo estrelado, que nem nas fotos do Google, mas, tive de escolher, no final de março seria lua cheia, o que ofusca as estrelas, mas era época de menos chuva, e tinha chance de ver o salar espelhado e poder fazer o tour completo de 3 dias e 2 noites. Então já sabia que não veria as estrelas todas, mas poderia ver uma lua gigante. AH!! detalhe, que eu quis fazer o tour astronômico tb, poucas agências fazem. As que faziam, quiseram me cobrar a parte. Jukil de los Andes, não acrescentou nenhum dólar a mais. Sobre o tour astronômico, Hector mandou outro guia para nos buscar no hotel Luna Salada (primeira noite) as 03h30 da manhã, para vermos o céu estrelado e nascer do sol. Ele iria dormir até mais tarde, e nos pegar as 9h da manhã para dar continuidade ao tour de 3D2N, precisava estar descansado para dirigir com atenção. Achei bastante cauteloso! Não vimos estrelas como nas fotos do Google, já sabia que ia ser assim =/, mas vimos o nascer do sol mais espetacular e inesquecível da vida! Com o salar espelhado, lindamente perfeito! Valeu mto a pena passar o friozasso de -5°C, -7°C, isso memo! Abaixo de zero, no verão! Foi lindo! Inesquecível!!! Banheiro durante o tour de 3D: acredito que por ter sido privado, o almoço era feito em comedores mantidos por alguma família como modo de subsistência, são casinhas no meio do deserto com mesa, cadeiras, banheiros pagos (Bs1, Bs 2), bem bonzinhos até! Já li relatos que as pessoas tinham de fazer as necessidades no modo natural... Não passamos aperto em nenhum momento. Bom e quanto custou? Tour privado, 3D2N, Hospedagens nos melhores hotéis da região (Luna Salada+Tayka), tour astronômico, todas as refeições inclusas, = U$1200 para as 3 pessoas. Achei bom o valor, foi o melhor que achei de todas as agências que faziam privado com hotéis de boa categoria. Reservei o tour com 3 meses de antecedência, pois os hotéis são bem concorridos, para isso tive de depositar 40% do valor total do tour. Fiz a transferência pelo app da Western Union para o Hector, a taxa era muuuuito mais barata do que se eu fosse em uma agência e bem fácil de fazer. E quanto gastamos no total da viagem? Bom foram 15 dias no total. (La Paz+Copacabana+Isla del Sol+Uyuni) Voo + Hospedagem em hotéis/hostal + Seguro viagem + tour privado Uyuni + dinheiro pra viver (alimentação, transporte, lembrancinhas mil) = R$5823 por pessoa. *Obs* R$5823 mas compramos mtas bobeirinhas, mtas mesmo, bolsas, mochilas, caderninhos, carteiras, chocolates...o artesanato é mto barato em La Paz, e dá vontade de comprar tudo, e de comprar para ajudar também, pq tem mtas senhorinhas idosas vendendo. Então se vc não for “das compras” dá pra ser bem menos o valor gasto. Isso aí pessoal! Se quiserem perguntar alguma coisa, deixo aqui meu ctto: (aproveitem enquanto eu ainda lembro kakakaka) le.moriyama@gmail.com Abraço!e boa viagem!
  3. Salve Salve Mochileiros! Segue o relato do mochilão realizado na Bolívia no final de 2018, se liga na vibe do nossos visinhos bolivianos... 1º Dia: Partida - 26/12/2018 - 15h00 - São Paulo x Porto Quijarro - Empresa La Preferida R$315,00 Partimos de São Paulo dia 26 de Dezembro de 2018 as 15:00pm da tarde do Terminal Rodoviário da Barra Funda. O ônibus teve um atraso de 30 minutos para que todos os passageiros guardassem suas bagagens no ônibus. A viagem é tranquila e o ônibus muito bom com banheiro e água da empresa La Preferida. Este primeiro trecho da viagem foi entre São Paulo à Porto Quijarro já na Bolívia. A viagem foi tranquila com duração de quase 23 horas e com paradas de 3 em 3 horas. 2º Dia: Partida - 27/12/2018 - 13h00 - Porto Quijarro x Santa Cruz de la Sierra - Empresa 2 de Mayo Bs$100,00 - Moto Táxi Bs$6,00 - Taxa terminal Bs$3,00 Depois de horas na estrada estávamos próximos ao serviço aduaneiro de fonteira terrestre - ADUANA - na fronteira com a Bolívia. Pensamos que o ônibus iria parar para que fizéssemos a saída do Brasil e depois a entrada na Bolívia, mas o ônibus passou direto na fronteira e só parou no Terminal Rodoviário de Porto Quijarro, já em território Boliviano. No terminal rodoviário trocamos um pouco de real em pesos bolivianos e guardamos nossas mochilas na sala vip da empresa La Preferida que foi gentilmente cedida aos passageiros, logo depois pegamos um moto táxi por Bs$3,00 bolivianos para retornar à fronteira para darmos a saída do Brasil na ADUANA Brasileira e firmar a entrada na ADUANA Boliviana. O trecho do terminal rodoviário até a fronteira leva menos de dez minutos. Chegamos na fronteira e atravessamos para o lado brasileiro novamente para fazer a saída do Brasil. A fila estava grande para quem fosse dar entrada no país mas para quem era brasileiro e estava dando a saída do país, no caso do Brasil, estava sendo atendido mais rápido. Fomos atendidos depois de uns 40 minutos e corremos para a fila da ADUANA Boliviana que esta um pouco menor. Carimbamos nossos passaportes e firmamos a entrada na Bolívia. Agora estávamos em dia com o controle de imigração rsss. Após todo trâmite da fronteira retornamos para o terminal rodoviário para almoçar e comprar nossa passagem para a nossa próxima parada, a cidade de Santa Cruz de la Sierra. Compramos em um dos diversos guichês na rodoviário pela empresa 2 de Mayo por Bs$100,00 bolivianos mais a taxa do terminal de Bs$3,00 bolivianos para as 13:00pm com aproximadamente 16 horas de duração. Poderíamos pegar o famoso Trem da Morte pelo mesmo valor e que também sai de Porto Quijarro mas leva um pouco mais de tempo para chegar em Santa Cruz e como estávamos com pouco tempo preferimos ir de ônibus mesmo. A viagem foi tranquila passando por diversas florestas e rios nos mostrando paisagens lindas do território boliviano. Fizemos algumas paradas durante o caminho para comer e ir ao banheiro pois no banheiro deste ônibus só podia mijar. Logo no começo da viagem o cobrador pediu para que quem precisasse cagar era pra pedir pra ele que eles paravam o ônibus para a pessoa fazer na estrada, pois como a viagem seria longa, se fosse fazer no ônibus mesmo ninguém aguentaria o cheiro. Mas ninguém precisou rsss. 3º Dia: Partida - 28/12/2018 - 11h30 - Santa Cruz de la Sierra x La Paz - Empresa Concórdia Bs$220,00 - Banheiro Bs$4,00 - Taxa Terminal Bs$5,00 Chegamos em Santa Cruz por volta das 4:00am da madrugada. Ficamos aguardando o Terminal Bimodal de Santa Cruz abrir as 6:00am para poder fazer o cambio da moeda e comprar nossas passagens para nosso próximo destino, La Paz. Ficamos aguardando em alguns bancos que tem do lado de fora do terminal, quando um policial da INTERPOL abordou um de nós pedindo o documento de entrada na Bolívia. Documentos conferidos e fomos liberados rapidamente. Se não tivéssemos feito a entrada no país seríamos multados por estarmos ilegais no país pagando uma multa por este delito. O terminal começou a abrir e logo vimos uma mulher vendendo as passagens para La Paz pela empresa chamada Concórdia pelo valor de Bs220,00 bolivianos, já adiantamos e compramos. Depois entramos no terminal para aguardar nossa partida que seria somente às 11:30am, então tínhamos um bom tempo para comer, trocar dinheiro, tomar banho e dar uma volta pelos arredores do Terminal Bimodal de ônibus de Santa Cruz de la Sierra. Pagamos Bs1,00 boliviano para banheiro e Bs3,00 bolivianos para banho no terminal, isso acontece em toda a Bolívia, todo banheiro será cobrado, seja para necessidades ou seja para banho. Então separem suas moedinhas, pois elas serão muito úteis para isso. Outra utilidade para as moedas, são as taxas de embarque que todo terminal de ônibus cobra. Depois que compramos nossa passagem tivemos que ir em outro guichê para pagar a taxa de embarque do terminal que nos custou Bs$5,00 bolivianos. Dentro do ônibus antes de sair do terminal, um fiscal entra conferindo pessoa por pessoa o pagamento da taxa. Andamos nas ruas ao redor do terminal e encontramos diversas barracas com comidas de rua. Tinha bastante comida típica, muitas sopas e caldos, sucos e escolhemos para começar as famosas salteñas e empanadas boliviana. São maravilhosamente deliciosas e valeu muito a pena experimentar. Comemos também o famoso cuñapé, que seria o pão de queijo boliviano. Outra delicia boliviana mas confesso que os pães de queijo da minha avó são infinitamente melhores que os cuñapé boliviano ahuahuahuahu. Desculpa aew Bolívia rs. Retornamos ao terminal e embarcamos rumo a La Paz em uma viagem aparentemente tranquila mas assim que íamos distanciando de Santa Cruz o trajeto começou a ficar um pouco tenso. O trecho que passamos estava em obras e tivemos que passar por diversos desvios ao lado de desfiladeiros e enormes rios que cruzávamos a todo momento. Mais a noite o tempo mudou e começou a chover forte e o trânsito ficou bastante lento em alguns lugares. Com a noite chegando, a escuridão dominava e não tínhamos noção de onde estávamos passando, mas quando um relâmpago clareava tudo r nos dava a visão do quão perigoso estava o trecho que estávamos passando. Após o transtorno do trecho em obras fizemos mais uma parada para esticar as pernas, ir ao banheiro, comer alguma coisa, comprar água pois seria a ultima parada até La Paz. Como estava um calor de quase 30º graus desde Porto Quijarro, não nos importamos em colocar roupas de frio e seguimos em frente. Assim que o ônibus começou a chegar próximo da cidade de El Alto por volta das 5:00am da manhã sentimos o verdadeiro frio da Bolívia. 4º Dia: Partida - 29/12/2018 - La Paz - Banheiro Bs$1,00 - Hostel Bs$153,00 - Van Bs$5,00 - Teleférico Bs$3,00 - Empresa Diana Tour Bs$40,00 Pela janela do ônibus só se via um descampado sem árvores, sem vegetação, coberto somente por uma grama curta e alguns arbustos e muito frio. Tinham diversas casas feitas de barro no meio do nada. Meu coração começou a bater mais forte e a falta de ar também começou levemente. Estava com os esfeitos da altitude, o soroche. Notei que estávamos próximos de El Alto, a última cidade antes de La Paz. O ônibus fez uma parada e mais da metade dos passageiros ficaram por ali mesmo. Perguntamos se ali seria o ponto final do ônibus. Algumas pessoas e o cobrador responderam que sim. Que teríamos que descer ali e pegar o teleférico até La Paz. Quando pegamos nossas mochilas do bagageiro do ônibus, perguntei para o motorista se ali seria o ponto final. Ele respondeu que não, que ali era ponto final pra quem era de El Alto. Subimos novamente no ônibus e ai sim seguimos rumo ao Terminal de Buses de La Paz. Chegamos por volta das 7:00am da manhã no terminal e bem na hora do rush. Havia muito congestionamento e resolvemos saltar do ônibus antes de chegar no terminal e continuarmos a pé o trajeto. No terminal de buses de La Paz usamos o banheiro por Bs$1,00 boliviano, compramos nossas passagens para Copacabana por Bs$40,00 bolivianos pela Diana Tour e usamos o wi-fi gratuitamente para podermos acessar o mapa no telefone para poder seguir a pé para a Rua Sagarnaga. Esta rua esta concentrado a maioria das agências de câmbio, das agências de turismo, hotéis, pousadas e hostel. Fica bem próximo do Mercado Lanza, do famoso Mercado de las Brujas, da Igreja e Convento São Francisco, da Av. Illampu que contém diversas agências de turismo também. Ficamos hospedados no Hostel York B&B na rua Sagarnaga mesmo por Bs$153,00 bolivianos a diária por um quarto duplo, café da manhã e com banheiro privado. Como chegamos muito cedo no hostel e o check-in seria um pouco mais tarde, guardamos nossas mochilas na recepção do hostel e tomamos algumas xícaras de chá de coca para amenizar os efeitos da altitude que já estavam dando seus sinais. Ficamos por alguns bons minutos na cozinha do hostel tentando acostumar com aqueles sintomas e assim que o chá de coca fez efeito resolvemos sair pra rua para encontrar agências de câmbio para trocar nosso dinheiro e aproveitamos para dar uma volta na rua do Mercado de las Bruxas que estava começando a abrir. Retornamos para o hostel para fazer o check-in, pois já estava no horário, nos acomodamos no quarto que reservamos, tomamos um belo e merecido banho, arrumamos as mochilas menores e bora pra rua novamente almoçar e aproveitar o dia que por incrível que pareça estava fazendo sol com todo aquele frio. Então não podíamos perder tempo e saímos logo em direção à Praça Murillo, um dos cartões postais de La Paz. Ficamos um tempo nesta praça até que resolvemos perguntar para um guarda como se chega no Mirador Kili Kili. Ele nos orientou a pegar um tipo de van por ali mesmo em uma esquina da Praça Murillo pagando Bs$5,00 bolivianos que conseguiríamos chegar na entrada do mirador. Achamos a van e aguardamos por alguns minutos até que lotasse a van de passageiros. O percurso até o mirador durou apenas 10 minutos. A van percorre alguns lugares da cidade parando em alguns e seguiu rápido em direção ao mirador. Transporte barato, rápido e eficaz. O Mirador Kili Kili nos da a visão da grandeza de La Paz. Tem uma vista impressionante da cidade. Ficamos por horas neste local, até que o tempo que estava aberto se fechou de uma hora pra outra e começou a chover até granizo. Ficamos por quase uma hora em um abrigo no mirador aguardando a chuva passar. Foi impressionante ver aquela tempestade do mirador com seus raios cortando toda a cidade de La Paz. Assim que a chuva deu uma trégua conseguimos ir até o ponto e pegamos a van que nos deixou na Praça Murillo novamente. De lá fomos ao mercado Camacho comer uma típica comida boliviana. Estava frio e chuvoso e nossos estômagos estavam roncando de fome. Andamos por cerca de 10 minutos e já estávamos no Mercado Camacho. Pedimos dois pratos tipicamente bolivianos porem esquecemos de perguntar quantas pessoas eles serviam ahuauhaua. Vieram dois pratos enormes, um chamado Picana Navideña e outro chamado Planchitas que juntos serviam 4 pessoas facilmente ahuahuhauhau. Fiquei pensando depois que o garçom poderia ter nos avisado rsss mas tudo bem, comemos até o cu fazer bico! kkkkkkkkkk Barriga cheia, pé na areia! Saímos do Mercado Camacho e fomos nos aventurar nos famosos teleféricos da cidade. Foi sensacional andar por cima da cidade naquelas cabines. Parecia que estávamos flutuando sobre La Paz. O sistema teleférico em La Paz foi inaugurado no ano de 2014 ligando as cidades de El Alto e La Paz. Hoje em dia La Paz contém 9 linhas integradas levando 18.000 pessoas por hora, facilitando o trânsito caótico gerado pela geografia caprichosa do lugar. As linhas são interligadas, porém cada uma delas será cobrado uma tarifa de Bs$3,00 bolivianos caso tenha que trocar de linha. Retornamos ao hostel para descansar um pouco e aclimatar pois o soroche estava acabando com nosso fôlego e o coração disparava a toda hora. Como íamos subir mais ainda resolvemos ficar de booooa no hostel pois logo de manhã iriamos sair em direção ao Terminal de Buses de La Paz para tomar o ônibus para o nosso próximo destino, a cidade de Copacabana às margens do lago mais alto do mundo, o Lago Titicaca. 5º Dia: Isla Del Sol - 30/12/2018 - La Paz x Copacabana x Isla Del Sol (((((Continua no próximo post)))) Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/ (...)
  4. Resumo: Itinerário: La Paz (Bolívia) → Copacabana → Puno (Peru) → Cuzco → Águas Calientes → Lima Período: 03/01/1998 a 11/01/1998 03/01: La Paz (Bolívia) 05: Copacabana (Bolívia) 05: Puno (Peru) 07: Viagem de Trem de Puno a Cuzco 08: Vale Sagrado 09: Machu Picchu 10: Lima (Peru) 11: São Paulo Ida: Voo de São Paulo a La Paz pela Varig (posteriormente incorporada pela Gol), com escala em Santa Cruz de la Sierra. Volta: Voo de Lima a São Paulo pela Varig, com escala em Santa Cruz de la Sierra. Se me recordo, paguei com milhas do Programa Smiles. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então pousadas, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Foi minha primeira viagem internacional (este é meu último relato retroativo). Devido a isso, com total inexperiência, fiz várias escolhas inadequadas. Tudo era novo para mim. Havia ocorrido cerca de um ano antes o sequestro na embaixada do Japão pelo Grupo Túpac Amaro, que culminou com a invasão pelas forças de segurança, a mando do Presidente Fujimori, terminando com os sequestradores mortos e com um juiz oposicionista morto também. Por isso o clima parecia um pouco tenso. Em toda a viagem só houve sol ☀️. Porém a temperatura esteve baixa em várias ocasiões, chegando a cerca de 6C à noite nos locais mais altos. Além disso a incidência de ultravioleta causou-me queimaduras que se somaram às queimaduras provocadas pelo frio. Isso causou dores, principalmente no rosto. Sofri bastante com a altitude, principalmente em La Paz, que foi o local de chegada, sem nenhum tipo de aclimatação anterior. No primeiro dia cheguei a deitar num banco numa praça, devido ao mal-estar. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Fui muito bem tratado em toda a viagem, com raras exceções. Houve um problema com um guia que me vendeu uma estadia num hotel em uma outra cidade, que aparentemente era fraudulenta. Perdi o dinheiro correspondente. Não tive grandes dificuldades com a língua, mas em alguns locais, principalmente no Peru, nem sempre conseguiram me entender. As paisagens e itens ao longo da viagem agradaram-me muito, com montanhas, lagos, ilhas, campos, floresta, monumentos, museus e outros . Especialmente gostei dos Andes, com suas altas montanhas cobertas de gelo, do Vale Sagrado, em particular de Pisac, do Lago Titicaca e de Machu Picchu. Viajei de ônibus e de trem. Achei as estradas bem razoáveis, porém com algum perigo, dada a altitude. A viagem teve alguns episódios complicados, como um assalto 🗡️ a uma passageira no trem e um atendimento armado um pouco ostensivo dos guardas da estação. Mas não sofri nenhum tipo de violência. Gostei da comida local, mas num dos locais, talvez devido ao tempero, acho que acabei contraindo algo que me deu um desarranjo estomacal, já perto do fim da viagem. Achei os preços na Bolívia e no Peru consideravelmente mais baixos do que no Brasil. Levei um cartão pré-pago do Banco de Boston com US$ 500.00. Se me recordo, ainda sobrou dinheiro. Um rapaz que conheci numa festa de casamento 6 meses antes falou-me de uma viagem semelhante que tinha feito e isso, além de me motivar a fazer a mesma, deu-me uma ideia do roteiro a seguir. Eu planejei esta viagem de apenas 1 semana porque só tinha este período de folga, visto que estava no meio de um projeto. Acho que o ideal teria sido durar pelo menos 2 semanas, para ver o desejado com calma. A Viagem: Fui de SP a La Paz no sábado 03/01/1998. Saí cerca de 9h da manhã e cheguei na hora do almoço, dado o fuso horário de 1h, mesmo com uma escala em Santa Cruz de la Sierra. No voo havia duas moças, creio que com idade próxima a 18 anos, conversando animadamente. Uma delas mudou de lugar e na parada em Santa Cruz ou próximo, uma delas pediu para chamar a outra que dormia no banco na minha frente. Eu chamei várias vezes, toquei no braço e no ombro dela, mas ela não acordou de jeito nenhum, o que surpreendeu a amiga. Foi a primeira vez em que eu vi neve ao vivo. Ver as montanhas cobertas de neve 🗻 janela do avião emocionou-me. Lembrou-me dos filmes e fotos que tinha visto. Para as atrações de La Paz veja https://pt.wikipedia.org/wiki/La_Paz, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/la-paz/ e https://vidasemparedes.com.br/la-paz-bolivia-o-que-fazer/. Os locais de que mais gostei foram os monumentos, a arquitetura histórica, as montanhas, os parques, as igrejas e o Vale da Lua. Após desembarcar em La Paz, fui muito bem tratado pelos funcionários e militares. Peguei um táxi para o centro. O motorista chamava-me de Mister. Se me recordo, cobrou-me algo como 5 ou 6 bolivianos, que acho que correspondiam a cerca de 1 dólar. Muito menos do que o mesmo trajeto em São Paulo. Era um táxi estilo lotação, então fomos pegando passageiros ao longo do caminho. Pelo preço cobrado dos outros percebi que paguei bem mais do que a média, mas para um trajeto mais longo. Após uns 45 minutos chegamos ao centro, onde pedi para ficar para procurar por hotéis. Fiquei num hotel na região central. Achei o hotel bem razoável. Após deixar a bagagem saí para dar um passeio. Primeiramente fui por áreas um pouco mais altas, não tanto ao centro. Fiquei com vontade de ir ao banheiro e não sabia como se falava em espanhol (era baño). Perguntei a algumas pessoas, mas elas não entendiam a palavra. Numa igreja, já bem apertado, pedi ao atendente, que também não entendeu. Então tentei explicar, “é algo quando se está com necessidade”, mas ele me perguntou de volta “tem necessidade de que?”. Acho que ele pensou que eu estava com algum problema espiritual, emocional ou financeiro 😄😄😄. Não me lembro exatamente onde, mas consegui um banheiro em seguida. Após andar cerca de 2h, o que para mim é muito pouco, comecei a me sentir fraco, com mal-estar. Numa praça, sentindo-me um pouco tonto, deitei no banco, No início não entendi bem o que estava acontecendo, mas depois imaginei que fosse devido á altitude. Eu que sempre fui bastante crítico com a Seleção Brasileira e mesmo com os times brasileiros que não conseguiam jogar bem em La Paz, senti na carne o que era a altitude. Atualmente eu perdoo qualquer derrota em La Paz 😄. Depois de algum tempo, melhorei um pouco. Resolvi não ir visitar mais nada, mesmo porque já estava anoitecendo. Voltei ao hotel, descansei deitado mais um pouco e só saí para jantar. À noite a temperatura caía e a cidade parecia muito bela No domingo 4 de janeiro, desci para tomar o café da manhã e perguntei ao garçom se conhecia algo que pudesse ajudar em relação à altitude, pois achava que estava me fazendo mal. Ele prontamente disse que sim e que iria me trazer um mate de coca 🍵. Tomei o mate. Parecia um chá comum, com gosto de folhas. Mas acho que resolveu tudo 😄. Algum tempo depois, o médico Jessé, da Medicina do Viajante do Hospital Emílio Ribas, esclareceu-me que o chá de coca age apenas nos sintomas e não nas causas. Já bem melhor, saí para dar uma volta na cidade. Achei-a muito bonita. Ao longo dos 2 dias visitei por fora palácios do governo, monumentos históricos relativos á independência da Espanha, museus, igrejas maiores e históricas, centros culturais, a torre de telecomunicações, alguns parques e áreas verdes. E também andei por locais comuns da cidade, para conhecer sua gente real. Não conhecia Brasília (aprender na escola e ouvir ou ver pela TV é bem diferente de estar no local) nem outros locais do mundo. Ao ver a proximidade do parlamento, do palácio presidencial e da sede do governo local, achei que aquilo justificava a enorme quantidade de golpes de estado que a Bolívia sofria ao longo do tempo, pois tomando-se a praça, praticamente dominava-se o país. Mas depois descobri que esta arquitetura é comum em muitos estados e países, incluindo o Brasil, pois imagino que facilita a intercomunicação entre os poderes. No domingo à tarde peguei um ônibus para o Vale da Lua. Achei-o muito belo . Realmente a área montanhosa e seca parecia com as fotos da superfície lunar, só que não era branco, mas marrom claro. Não usei protetor solar, pois não estava quente e o sol não parecia muito forte. Isso foi um grande erro , pois devido á atmosfera leve, os raios ultravioleta penetraram mais. Com isso acabei tendo queimaduras dolorosas no rosto . Numa das noites, se me recordo no domingo, fui a um restaurante típico, comi truta (naquela época eu tinha voltado a comer carne) e tomei vinho (acho que era do Porto). Adorei a comida 😋. Até perguntei se era possível mais um cálice de vinho, que o dono me deu de cortesia. Estava bem, sem nenhum sintoma da altitude. A temperatura estava um pouco baixa (para um paulistano), creio que entre 10C e 15C. Na 2.a feira, 05/01, fui pegar um ônibus em direção ao Peru logo de manhã. Entrei num bar para pedir informações e foi a única vez em que não fui tão bem tratado. Não sei se o bar era algum ponto de negócios restritos. Um dos aparentes clientes perguntou-me de modo um pouco rude o que eu desejava. Mas rapidamente o atendente do bar respondeu minha pergunta e disse ao cliente que eu não era boliviano, o que pareceu acalmá-lo. Encontrei o ponto de saída dos ônibus e embarquei para Copacabana (https://pt.wikipedia.org/wiki/Copacabana_(Bol%C3%ADvia), na fronteira com o Peru. Achei a viagem magnífica, com paisagens espetaculares das montanhas dos Andes . Porém achei as estradas perigosas. O ônibus passava ao lado de precipícios e já era um pouco antigo. Ao ver uma inscrição em um muro ou similar "Paquenle vive (ou um nome semelhante)", perguntei a um passageiro quem era Paquenle e ele me contou que era um líder das camadas populares que havia sido morto. Na travessia de um rio ou lago (acho que era rio) um soldado do exército boliviano pediu para verificar meu passaporte, o que me surpreendeu. Mas não houve problemas. Tratou-me bem. Chegamos a Copacabana (com altitude semelhante à de La Paz), que pelo que me informaram deu origem ao nome da praia brasileira, perto da hora do almoço. Aproveitei para dar um rápido passeio pela cidade. A vista do Lago Titicaca pareceu-me magnífica . A cidade, em si, pareceu-me muito simpática, pequenina. Fiquei algum tempo andando pelas margens do lago, na área central e o admirando. Mas logo partimos para Puno, já do lado peruano. Acho que foi no almoço em Copacabana que conheci um indígena peruano que conhecia bem o Brasil (falou-me do carnaval no Rio de Janeiro, Recife, Ouro Preto – conhecia o Brasil melhor do que eu na época). Eu estava procurando um meio de ir de Cuzco a Lima por via terrestre e ele me disse que não havia, pois teria que cortar as montanhas e a selva amazônica. Fiquei um pouco decepcionado com a informação, mas gostei de conhecê-lo. Pegamos um ônibus operado por peruanos. Havia vários brasileiros no ônibus, de várias partes do Brasil e também estrangeiros de fora da América do Sul. Conversamos um pouco para compartilharmos experiências. Na fronteira com o Peru, fizemos os procedimentos e entrada. Até que não foi demorado e transcorreu sem problemas. Acho que pouco após, uma patrulha nos parou na estrada, para algum tipo de fiscalização. Parece que havia alguma mercadoria irregular (acho que era algum eletrônico, como uma TV por exemplo). Depois de muita conversa (e não sei se com algum ilícito), os envolvidos entraram correndo no ônibus e rindo disseram, vamos embora logo (acho que pensando, antes que mudem de ideia). Numa das paradas, Samuel, que era guia turístico viu meu cartão pré-pago. Chegou a pegá-lo e fez brincadeiras com ele, dizendo que ali o importante era ter a senha. Aí acho que se interessou em me vender serviços. Sentou-se do meu lado parte do caminho seguinte e veio me falando das atrações de Puno, do Peru, das suas experiências como guia, de dias de saída dos trens etc. Foi interessante, mas perdi parte da paisagem por isso. Aliás, a paisagem pareceu-me novamente magnífica, com montanhas, lagos e vegetação . Chegamos a Puno (com altitude semelhante à de La Paz) no fim da tarde. Fiquei hospedado no hotel mais simples que encontrei, por indicação do guia Samuel, o Hotel San Antonio. Alguns estrangeiros despediram-se e foram rumo a Arequipa. Eles falaram também das Linhas de Nazca, que nesta ocasião ouvi pela primeira vez. Para as atrações de Puno veja https://www.peru.travel/pt/destinos/puno, https://wikitravel.org/en/Puno e https://es.wikipedia.org/wiki/Puno. Nesta viagem e nestes dias conheci um paraguaio e um italiano, que também estavam indo para Machu Picchu, alguns outros brasileiros e alguns outros americanos e/ou europeus. O paraguaio inclusive divertiu-se pelo fato de eu não lembrar do nome do hotel em que estava hospedado quando falava com os guias para combinar os passeios 😄. Na 3.a feira 06/01, depois de me certificar que não havia viagens de trem para Cuzco, resolvi fazer uma excursão para as ilhas de totora e para a Ilha Taquile (https://www.civitatis.com/br/puno/excursao-ilhas-uros-taquile/ - não usei esta agência, só a coloquei por ser a mesma excursão). De início houve um pequeno mal-entendido, quando o guia perguntou quem iria “se quedar” na ilha. Eu entendi que significava quem iria descer na ilha, mas ele estava perguntando quem iria dormir na ilha. Mas rapidamente foi desfeito o mal-entendido, após um pouco de riso e certa decepção por parte do guia por eu não ter entendido. O mesmo guia, que também parecia conhecer bem a história local, citou o termo Pacha Mama (Mãe Terra), que pela primeira vez eu ouvia e de cujo conceito passei a gostar muito. Inicialmente fomos até uma ilha flutuante de totora, a Ilha de Uros (https://dicasperu.com.br/peru/ilhas-de-uros-no-peru/). Totora é uma planta parecida com bambu ou junco. As pessoas vivem nela, fazendo suas casas lá, pelo que entendi. Interessante ver como a ilha flutua e se move. Fiquei imaginando como enfrentariam uma tempestade. De qualquer modo, não houve nenhum problema de estabilidade enquanto estávamos lá. Eles pareciam muito bem adaptados a viver daquele modo. E eram bastante gentis com os visitantes. Suas casas, se me recordo, feitas do mesmo material, pareceram simples, mas resistentes. Depois partimos para a Ilha Taquile (https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/ilha-de-taquile), como estava acostumado, ligada ao solo por rochas e terra. Lá tivemos uma boa subida até chegar ao povoado. Como sempre, eu costumo ir no fim da turma e fui conversando com o barqueiro, que era indígena. Ele me falou um pouco dos costumes do seu povo. Falei que tinha tomado chá de coca e depois tinha melhorado muito o mal-estar com a altitude. E perguntei sobre a espiritualidade para seu povo, dizendo que eu gostava de experiências espirituais. Após um tempo, ele entrou no meio do mato e voltou pouco tempo depois com algumas folhas 🍃, cujo nome exato não me lembro, mas era algo parecido com “munha ou muña”. Disse que eles mascavam. Gostei da ideia e resolvi experimentar, pensando que talvez pudesse usar para alguma experiência de expansão de consciência. Ela teve efeito anestesiante na minha boca, e como se fosse um calmante natural. Não me parecia o sabor de menta nem hortelã. Parecia realmente sabor de folha. Algum efeito psicoativo calmante ela teve sobre mim, incluindo corpo e mente. Após chegarmos, pude contemplar a vista lá de cima, que me agradou muito . As construções típicas também me pareceram muito interessantes e preservadas. A ilha pareceu-me grande, mas o povoado em si nem tanto. Almoçamos no restaurante indicado pelo guia, que disse já ter tido problema com outros. Talvez ele recebesse algum tipo de comissão do restaurante ou tivesse alguma ligação com ele. Durante o almoço conversei bastante com um casal de peruanos que estava junto na excursão e com 2 amigas argentinas. Quando surgiu a questão de Foz do Iguaçu, os peruanos até brincaram e disseram que iriam me consultar sobre o assunto, pois era uma questão também brasileira 😄. Depois do almoço e de apreciar bastante a vista e explorar a simplicidade do povoado, voltamos. Lá embaixo pegamos o barco de volta. Parecia estar sendo formada uma enorme tempestade, mas que acabou não nos atingindo. O peruando falou de como gostava das novelas brasileiras. Comentou comigo de “El Rey del Ganado”, de que ri 😄, por ter ouvido pela primeira vez em espanhol. Falou do Peru e de como sua mulher tinha ficado mal impressionada ao chegar a Puno à noite, desejando partir imediatamente. Comentou também que achava que os europeus pensavam que todos os peruanos eram como aquele índio que era nosso barqueiro. Respondendo a uma pergunta minha, disse que achava que Fujimori tinha feito um bom trabalho, mas que era hora dele sair do poder. Se me recordo foi neste retorno que uma peruana me falou que era de uma cidade no meio do caminho entre Cuzco e Lima (acho que o nome era parecido com Junin) e que existia um caminho de Cuzco a Lima por via terrestre passando por lá, que muito poucos conheciam, mas se precisava passar pela selva amazônica (eu não conhecia a Amazônia ainda) e talvez por território do Grupo Sendero Luminoso. A estimativa de duração era de 13h ou 18h de viagem. Chegamos (o percurso de volta durou cerca de 3 a 4h) e o guia Samuel me esperava. Tudo que ele tinha dito tinha sido verdade e o pagamento do hotel, que eu tinha feito diretamente para ele, foi feito corretamente para o hotel. Pesquisei outros preços e realmente aquele era o mais barato. E para mim as condições de habitação eram bastante aceitáveis. Ele me falou então, que reservaria um hotel para mim em Cuzco. Como estava previsto para eu chegar tarde, eu acabei aceitando, por achar que iria facilitar minha vida. Mas foi um grande erro . Paguei e ele me deu um suposto voucher. Ainda dei uma pequena gratificação a ele, no valor de cerca de metade da diferença de preço entre o hotel em que eu tinha ficado e o 2.o hotel mais barato, como forma de recompensá-lo pela indicação. Ele riu, surpreso, e agradeceu. Nos 2 dias que fiquei em Puno ainda pude dar um passeio pela cidade e ver suas construções históricas, igreja, monumentos e acho que até uma área antiga preservada. Fui a uma agência de turismo perguntar como poderia ser o trajeto de Cuzco a Lima e, depois de algumas frases, que a agente peruana não compreendeu bem e de algumas que eu não entendi, ela me perguntou “Do you speak Engish?”. Fiquei decepcionado 😔. Estava tão feliz porque as pessoas estavam me entendendo em espanhol. Tanto que respondi meio contrariado que sabia falar inglês, mas preferia falar espanhol. Ela nada falou, mas deve ter pensado “Então por que não aprende?” 😄. Na 4.a feira, 07/01, fui dar uma rápida volta em um ponto que não tinha conhecido antes de pegar o trem. Novamente, após me fazerem uma pergunta e eu não entender, ao ouvirem minha resposta de “Perdón?”, argentinos desistiram de falar comigo. Eu que achava que estava indo relativamente bem em espanhol até ali, comecei a mudar de ideia. Peguei o trem para Cuzco, por volta de 8 ou 9h da manhã. Esta foi uma das partes mais complicadas da viagem. Mas simultaneamente teve algumas das paisagens mais espetaculares, cruzando os Andes . Inicialmente o vagão em que fiquei, que era da 2.a classe, estava tranquilo, com alguns lugares vagos. Mas começaram a chegar pessoas com muitas mercadorias. Uma mulher, de uns 60 a 70 anos, disse em voz alta reclamando, que era um vagão de contrabandistas. Realmente era difícil andar nos corredores, pois encheram tudo com mercadorias. Além disso entraram vários vendedores ambulantes. Lembro-me de uma moça que falou quase a viagem inteira “água de manzana, gaseosa, papas, papas fritas”. Num dado momento, já depois de muito tempo nossos olhares cruzaram e ela pareceu me pedir desculpas com o olhar, ao que eu respondi também com o olhar e com um leve sorriso, que não havia problema nenhum, eu entendia que ela estava trabalhando para sobreviver. O casal de peruanos e as argentinas também pegaram o mesmo trem, porém num vagão à frente. Muitas outras pessoas entraram ao longo do percurso inicial e já não era possível se mexer muito no trem. Eu troquei de lugar com uma menina, da mesma família da mulher que havia reclamado anteriormente. Deixei-as ficar na janela, sob a condição que deixasse a persiana aberta, para eu pode admirar a paisagem. Num determinate trecho mostraram-me gêiseres, que eu iria perder, por estar olhando para o outro lado 👍. No meio do caminho, paramos para trocar de locomotiva. Acho que para subir a serra era necessário um motor com mais potência do que o da nossa. Após a outra locomotiva chegar, provavelmente com o trem vindo de Cuzco para Puno, trocamos e prosseguimos. Num dado momento a matriarca da família com quem eu viajava abaixou a persiana, devido ao sol, que parecia incomodar. Aí eu pedi meu lugar de volta e abri uma pequena fresta por onde podia observar a paisagem. Mas o neto/a (eu acho) dela, sorriu e levantou um pouco a persiana, para que eu pudesse ver melhor. Em outro episódio passou um menino tocando um instrumento e pedindo dinheiro. Sugeriram-me para dar não mais do que 1 Sol (a moeda do Peru na época). Após andar algum tempo, vi aparecer um rapaz na porta entre o nosso vagão e o vagão de trás. Ele parecia ter algo no olho, como sangue. Mas acho que eu estava meio anestesiado pela paisagem e pela viagem e não percebi direito o que estava acontecendo. Havia um casal de holandeses na mesma fila de trás, do outro lado do corredor. Acho que ao parar de olhar a paisagem e olhar para ele, chamei a atenção da moça holandesa. Ela virou-se para ele e, quando viu seu olho coberto de sangue, deu um grito bem alto, que alarmou todo o vagão. O rapaz então acho que se assustou e saiu correndo pelo corredor para o vagão da frente. No caminho tropeçou em algo e caiu parcialmente ao lado do moço holandês, deixando uma mancha de sangue em sua jaqueta. Ele passou o corredor inteiro correndo e foi para o vagão da frente, em direção à primeira classe. Logo em seguida apareceu na porta do fundo do vagão, por onde o rapaz tinha entrado, uma mulher baixa, com uma faca de cozinha pequenina na mão, gritando “Filho da p”, A senhora que estava do meu lado levantou e se dirigiu a ela perguntando o que estava ocorrendo. Ela falou muito rapidamente, em espanhol misturado com o dialeto local, eu acho, mas aparentemente tinha sido uma tentativa de assalto ou uma briga. A mulher prosseguiu com a faca na mão atrás do rapaz em direção à primeira classe. Pouco tempo depois passa um homem também correndo atrás da mulher e também vai para a primeira classe. A situação aparentemente acalmou-se. Cerca de uma hora depois o trem parou em uma estação de apoio e vimos um enorme contingente de pessoas sair do vagão da primeira classe. Imagino que o primeiro rapaz havia sido preso. O trem ficou parado por algum tempo enquanto conversavam ou faziam os procedimentos policiais. Como consequência, os donos das mercadorias desceram do trem. Acho que ficaram com medo, após o possível assalto. Voltamos a ter bastante espaço livre. Fui para o vagão da frente e encontrei o peruano, que me disse que o que tinha acontecido fora uma tentativa de roubo. Que o rapaz tentou roubar algo da mulher e esta lhe deu uma facada. Ele parecia assustado com a situação, principalmente por estar com sua mulher. O trem voltou a andar rumo a Cuzco. Já estávamos bem atrasados. As paisagens continuavam agradando-me muito , no meio das montanhas, mas começou a anoitecer e ficou mais difícil apreciá-las. Quando estávamos quase chegando, eis que o trem pára repentinamente, no meio de um local deserto, entre as montanhas. Imediatamente achamos que havia algo muito errado. Fui lá ver o que estava acontecendo. O peruano perguntou se queria ir com ele lá fora e fomos. Chegando lá vimos 2 homens cavando e outro observando. Perguntei a eles qual era a situação e me disseram que havia ocorrido um deslizamento de terra. Não eram funcionários. Eram passageiros, turistas como nós. Ofereceram-me uma pá para cavar, mas eu não quis pegá-la e voltamos ao trem para explicar às outras o que tinha ocorrido. Fomos contar para as argentinas, que estavam dando risada do fato de eu estar com camisa e mangas curtas naquela temperatura (acho que cerca de 10C ou menos). O perunao me disse “Que aventura esta viagem!”, com conotação negativa, pois estava preocupado com sua mulher. Repentinamente chegaram vários veículos, van, táxis, etc e disseram que levariam quem desejasse mediante pagamento. A matriarca da família com quem havia sentado, disse que precisava ser avaliado quantos ficariam no trem, pois se fossem poucos, poderiam sofrer assalto. Decidi então ir, como fez a maioria. Dividimos uma van até a estação de trem de Cuzco. Lembro-me da holandesa falando para combinarmos o preço na saída, de modo que não houvesse problemas na chegada. Outros veículos turísticos estavam procurando especificamente por japoneses que tinham ficado de pegar na estação. Samuel, o guia de Puno, tinha me dito que Genaro Amani (ou um nome semelhante) iria me esperar na estação e que deveria dar o voucher do hotel a ele. Mas agora com todo aquele atraso e aquela confusão, eu achava que tinha perdido o encontro e o dinheiro pago no voucher. Eram cerca de 20h. Se me lembro devíamos ter chegado por volta de 18h. Bati na porta da estação, que estava fechada, para ver se havia alguém lá que pudesse dar informações. Um militar abriu uma pequena janelinha na porta e colocou a ponta de uma metralhadora 🔫 para fora, na minha cara, perguntado em espanhol o que eu queria. Nesta hora, com o susto, falei em português. Ele percebeu que eu era estrangeiro, baixou imediatamente a metralhadora, abriu a porta da estação e me convidou a entrar. Passado o susto, perguntei do Genaro Amani e ninguém conhecia. Depois de um tempo esperando, resolvi ir para procurar um hotel, pois já estava ficando tarde. Perguntei quanto era o preço médio de um táxi. Peguei um táxi e pedi que me levasse a um hotel barato, porém seguro. Mal o táxi tinha saído, vi um grupo de alguns homens conversando. Abri o vidro e perguntei. Vocês conhecem Genaro Amani? Um deles respondeu “Sim, claro”. E olhando para um dos outros chamou “Genaro”. O homem veio e disse “Sou eu”. Eu fiquei muito desconfiado 🤔. Nunca tive sorte em jogo. Se me recordo, Cuzco tinha cerca de 300 mil habitantes naquela época. Eu escolho alguém aleatoriamente e pergunto se conhece o Genaro e ele diz que sim, que está ali ao lado. Tinha algo errado. Perguntei se conheciam Samuel, de Puno, e disseram que conheciam. Disse que eu tinha um voucher que tinha pago a ele. Fizeram uma cara de grande desagrado (como se estivessem pensando – o Samuel deu um golpe neste rapaz) e Genaro resolveu ir comigo para me direcionar ao hotel do voucher. Samuel tinha dito que era um hotel extraordinário, com o qual eu ficaria admirado. Chegamos lá e combinei com Genaro de no dia seguinte programarmos uma excursão. Ao entrar no quarto do hotel, que ficava no primeiro andar (ou em um andar superior ao térreo), acompanhado pelo atendente para receber instruções, o chão afundou no percurso para o banheiro 😄. Dirigi-me assustado ao atendente, mas ele sorriu e disse para eu ir pela beirada que não havia perigo. Já era mais de meia-noite e eu resolvi deixar para lá. Para completar ele me disse que a água quente só funcionava pela manhã. Então eu tomei banho frio antes de dormir, sendo que a temperatura estava perto de 6C . Para as atrações de Cuzco veja https://www.civitatis.com/br/cusco, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/cusco-2/, https://www.turismocuzco.com/ e https://www.cuscoperu.com/pt/viagens/cusco, Na 5.a feira, 08/01, falando com Genaro comprei uma excursão ao Vale Sagrado. Saímos cedo e fomos conhecer Pisac, Ollantaytambo, Chinchero e alguns outros pontos. Almoçamos em um local que acho que chamava Calca. A comida estava muito boa, mas seu tempero iria me fazer um enorme estrago nos dias subsequentes. Nosso guia, chamado Nico, acho que era descente de quéchuas ou aymaras, as duas etnias preponderantes. Ele parecia conhecer muito bem a História dos incas. Ele usou um termo que eu passei a usar depois. Ele se referiu ao descobrimento da América como invasão, que eu achei ser um termo bem mais adequado do que o que tinha aprendido na escola. Ele contou sobre a origem dos incas, povos formadores, de onde herdaram suas características, organização socioeconômica, hábitos e costumes. Falou de Manco Capac e de outros líderes incas, inclusive da época da chegada dos espanhóis. fazendo a comparação histórica (e o contraponto) com as ações de Montezuma, dos astecas. Na 2.a parte do passeio, mal tínhamos entrado no ônibus, após a explicação inicial dele, dois rapazes brasileiros que estavam no banco da minha frente comentaram que ele em alguns minutos tinha dado mais informação que a guia durante todo o passeio que tinham feito no dia anterior. O ponto do vale de que mais gostei foi o Mirante, com toda a vista do vale a partir do alto. Acho que era o Mirante de Taray, perto de Pisac. Lá do alto via-se as montanhas e parte do curso do Rio Urubamba, lá embaixo, cortando o vale. Achei a vista magnífica . Gostei também das terraças de plantação, dos monumentos e construções, da fortaleza e da igreja, esta última já do período pós chegada dos espanhóis. E gostei muito também de conhecer a história com muitos detalhes, ainda mais contada por um descendente dos incas. No caminho para o mirante havia um homem de um casal comentando “Esses incas são loucos de viver num local destes”. Nada respondi, mas fiquei pensando comigo. O que alguém que tem preferências tão diferentes vem fazer num local destes? Não seria mais adequado ir a um local que mais lhe agradasse? No retorno de um dos passeio, conversando com uma argentina, esta me disse que Nico fazia alguns programas de experiências espirituais baseadas na cultura inca. Não me recordo se havia algum produto típico para beber e favorecer as experiências, como é o caso do Daime, no Brasil. Ela me falou também de Qenqo e Saqsaywaman, que eu ainda não tinha visitado. Falou-me que eram locais onde ocorriam sacrifícios humanos (de crianças e mulheres virgens) 😮. Chegando de volta, comprei com Genaro uma excursão para Machu Picchu a sair no dia seguinte, 6.a feira. À noite, o rapaz do hotel, de origem indígena, não se conformava em porque eu não usava agasalhos. Achei que não precisava. Realmente para o corpo não fez falta, mas minha face novamente ficou queimada, desta vez por causa do frio, o que acarretou dor nos dias seguintes . Após a volta da excursão, se bem me recordo em ambos os dias, fui dar um passeio por Cuzco e conhecer suas atrações principais, como a Praça de Armas, a Catedral, os monumentos e prédios históricos. Achei muito bem preservadas e bem interessantes 👍. Nestes dias em Cuzco reencontrei o paraguaio e o italiano. Quando procurava por informações de excursões, ao me perguntarem em que hotel estava hospedado, para poderem entrar em contato, e eu respondia que não me recordava, pois acho que o hotel não tinha um nome visível na porta, o paraguaio ria e ficava indignado com a minha falta de noção 😄. Acho que foi num destes dias em Cuzco ou talvez em Puno ou Lima que vi uma placa ao lado de um quartel do exército dizendo que era proibido transitar por aquela calçada. E que havia ordem de atirar para quem desrespeitasse 😮. Achei absurdo, mas compreendi o clima tenso devido ao que tinha ocorrido com o sequestro na embaixada. Na 6.a feira 09/01, pegamos o trem para Águas Calientes, cidade que fica na base da subida para Machu Picchu. Achei as paisagens magníficas . A linha férrea ia ladeando o Rio Urubamba , conhecido por suas águas propícias para Canoagem, com sua correnteza forte, as pedras e a vegetação lateral. Além disso havia as montanhas ao fundo e a vegetação robusta de árvores. Se me recordo fui ao lado de um argentino que era professor (acho que em Buenos Aires). Perguntou se eu conhecia a Argentina e, com minha resposta negativa, convidou-me para ir lá, perguntando se eu só me interessava pelo mundo andino e não pelo mundo platino. Eu estava com a camisa do Santos e ouvi um rapaz com sotaque mineiro comentando que tinha sido bom na época de Pelé, mas que agora já não era mais. Ainda não tinham aparecido Diego, Robinho, Elano, Neymar e Ganso. O argentino notou e me disse que havia um rapaz brasileiro no trem. Eu respondi que era mineiro, ele se surpreendeu e me perguntou se eu tinha descoberto pelo sotaque, o que confirmei. Numa parada, o almoço do dia anterior acho que começou a dar mostras do estrago que viria a fazer e precisei procurar um banheiro. Não tinha papel. Pedi emprestado a um rapaz que acho que era funcionário da ferrovia ou similar. Perguntei como chamava e ele me disse, com a pronúncia em espanhol “papel higiênico”. Fiquei rindo 😄. Ao chegarmos lá, pegamos o ônibus para subir até a entrada, o guia comprou os bilhetes e seguimos para os sítios históricos e arqueológicos. Durante a visita, senti um pouco de dor no rosto devido às queimaduras, que achei que eram de sol, mas depois percebi que eram do frio. O argentino percebeu e me ofereceu uma proteção para o rosto, mas eu educadamente recusei. Para informações de Machu Picchu veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Machu_Picchu, https://www.machupicchu.gob.pe/ e https://www.machupicchu.org/. Eu gostei muito de tudo lá . Das ruínas, do significado na vida dos seus habitantes, pelo significado religioso para os incas de cada local, das terraças, da vegetação densa, transição entre Amazônia e Andes, das montanhas, da vista a partir do alto etc. O guia explicou detalhadamente os vários ambientes e vários significados. Por exemplo, que Machu Picchu significa pico velho, quais eram os cômodos de rituais e os de trabalho, quais os habitantes supostos, detalhes da descoberta por Hiram Bingham etc. A vista de Wayna Picchu (pico jovem) também me pareceu muito bela. Após terminar o passeio guiado, enquanto outros foram almoçar, fiquei bastante tempo em estado de contemplação, num ponto alto, olhando para as montanhas, a selva e as ruínas. Num dado momento, quando estava distraído na ponta de uma terraça, senti alguém me empurrar. Levei um enorme susto 😮. Pensei que poderia ser alguém desequilibrado mentalmente ou algum terrorista querendo matar um visitante. Mas não era nada disso. Era uma lhama. Eu estava bem na frente de um arbusto que ela queria comer. Eu estava atrapalhando seu almoço. Fiquei um tempo rindo depois de perceber o que tinha acontecido 😄😄😄. Depois que eles acabaram de almoçar, perto da hora de voltar, reencontrei o paraguaio e o italiano. Ainda brinquei com o italiano sobre a final da Copa de 1994, imitando a narração e o chute do pênalti do Roberto Baggio. Eu não sabia, mas futuramente muitos franceses iriam fazer muito pior comigo. Perguntei também ao paraguaio se o Paraguai estava na Copa e ele respondeu rindo, em tom de quase indignação “É claro que sim!”. Pegamos o trem de volta no meio da tarde, após descer de ônibus até a estação de Águas Calientes. Na volta foi um casal com sua filha pequenina na minha frente, de costas para o curso do trem. A menininha adorava por a mão para fora da janela, o que achei bastane temerário, mas não me pronunciei. Quando vi um túnel à frente, disse educadamente para a mãe “Cuidado”. Ela se virou, viu o túnel e puxou a menina para o banco. Quando ficou tudo escuro dentro do túnel, que não era iluminado, o pai aproveitou e fez uma brincadeira com elas. Chegamos no fim da tarde e eu estava muito feliz com o passeio feito. Reecontrei Genaro Amani. Ele me perguntou se tudo tinha corrido bem, levou-me de táxi até o hotel e me perguntou se desejava algum passeio mais. No caminho me disse que tinha tido enormes dificuldades de conseguir minha passagem aérea para Lima e que os voos estavam lotados até o meio da semana. Mas que tinha pedido minha reserva para a agência. Fiquei preocupado. Estava no meio de um projeto de software bancário que precisava ser entregue em breve. Só tinha uma semana de férias. Havia pesadas multas para a empresa, caso não conseguisse entregar no prazo, previstas na licitação. Eu eu tinha dito que estaria de volta ao trabalho na 2.a feira. Quando chegamos eu me despedi dele agradecendo e dizendo que ainda precisávamos conversar depois para acertar o valor do voucher que eu tinha pago a Samuel, caso não fosse válido no hotel e eu precisasse pagar à parte ou caso o valor do hotel fosse maior e ele tivesse pago tudo (eu também pretendia dar a ele uma pequena gratificação, de que não falei). Ele pareceu surpreso, seu semblante mudou, nós nos despedimos e eu desci do carro. Nunca mais o vi. Fiquei meio desorientado , sem saber o que fazer, por não ter voo para Lima. O que aconteceria? Teria que remarcar minha passagem de Lima a São Paulo? Foi emitida com pontos, então será que eu conseguiria? Quanto tempo eu iria atrasar minha chegada em São Paulo? Quais seriam as repercussões para o projeto? Haveria alguma outra alternativa, como havia me dito aquela moça, passando pela selva amazônica? Caso positivo, teria que passar por território dominado por grupos terroristas? Eles me veriam como inimigo ou potencial para obtenção de resgate? Nesta situação, sem pensar direito, entrei numa loja de roupas e perguntei se vendiam passagens aéreas para Lima 😄. A atendente, até que muito educada para uma pergunta como estas, disse-me que não, mas que ali ao lado existia uma agência de turismo. Entrei na loja de turismo e perguntei por passagens para Lima. A atendente e provavelmente dona, disse-me que estavam lotados todos os voos e que só teria para o meio da próxima semana. Expliquei para ela que precisava ir a Lima para pegar o voo para São Paulo, mas ela disse que não havia possibilidade de conseguir um voo. Pediu meu nome para me colocar na lista de espera para o meio da semana. Fui falando pausadamente “Fernando”, “Barreto”, “de Almeida”. Ela abriu um sorriso, abriu os braços e disse “Fernaaando, você foi o último passageiro confirmado do último voo”. Virou para a máquina de fax, puxou o papel e me mostrou, dizendo “Acabou de chegar a sua reserva, o último lugar”. Lembrei na hora de Ritchie Valens, autor de la Bamba, que morreu num acidente aéreo após ter ganho um sorteio para poder estar no voo 🤔. Mas, como não sou supersticioso, fiquei satisfeito. Ela fez todos os procedimentos de emissão da passagem e me disse para estar no aeroporto 2h antes do voo. O voo estava previsto para as 9h10, se me recordo. Naquela época era costume no Brasil pedirem para chegar ao aeroporto 1h antes. Achei 2h um tempo muito grande, mas não falei nada. Eu devia tê-la escutado, com a experiência que ela tinha daquele tipo de situação . Tranquilo com a aparente resolução do problema, fui jantar e dormir. No sábado 10/01 acordei bem cedo e resolvi ir a Qenqo (https://www.cuscoperu.com/pt/viagens/cusco/sitios-arqueologicos/q-enqo) e Saqsaywaman (https://www.cuscoperu.com/pt/viagens/cusco/sitios-arqueologicos/Sacsayhuaman). Peguei um táxi para tal. Achei ambos bem interessantes. Porém em Qenqo senti um certo ar pesado, por saber que ali eram feitos sacrifícios humanos. Depois disso, fui acertar a saída do hotel. Fiquei surpreso ao saber que não estava paga nenhuma diária. Samuel tinha pago o hotel em Puno e pensei que Genaro Amani também tinha pago o hotel em Cuzco. Depois de alguma conversação com o dono ou gerente do hotel, que sustentava que eu deveria acertar com ele, independentemente do que havia pago no voucher, resolvi pagar, pois não poderia me arriscar com o horário do voo. Tentei contato com Genaro Amani, sem sucesso. Fui ao escritório do Genaro, mas ele não estava lá. Encontrei a secretária (não sei se era sua esposa). Ela foi ao hotel, conversou com o dono ou gerente em idioma indígena na minha frente, de modo que eu não entendi nada. Mas estava claro ali que ele dizia a ela que não poderia se responsabilizar por algum negócio incorreto do Genaro e me pareceu que ele achava que Genaro enganava seus clientes. Achei que os cerca de US$ 20 que tinha pago de voucher para o Samuel estavam perdidos. Peguei um táxi e fui para o aeroporto. Cheguei por volta de 7h35, portanto cerca de 1h35 antes do voo. Havia uma fila enorme de pessoas saindo pela porta do aeroporto e ocupando a calçada. Pensei comigo “será que é para meu voo? Se for, vou perdê-lo! Eu deveria ter feito o que a dona da agência de turismo falou” . E realmente a fila era para o voo que eu pretendia pegar. Comecei a pensar nas alternativas que o indígena e a mulher peruana haviam dito, pelo meio da selva amazônica. Eram 9h e havia 2 pessoas na minha frente. Havia umas 30 a 40 atrás de mim na fila. Eram 9h10 e eu era o próximo, quando decolou um avião. Pensei “Que avião é aquele?”. Aproximei-me e perguntei se aquele era o avião em que eu deveria ter embarcado. Disseram que sim e que não comportava mais passageiros, pois senão poderia cair na selva. Não deu tempo de mais nada. Os de trás atropelaram-me e começaram a contestar fortemente os atendentes e até xingá-los 😠. O tumulto foi tanto que os agentes de segurança (não sei se do exército ou da polícia) precisaram intervir e se colocar ao lado do balcão entre os passageiros e os atendentes. Mesmo assim alguns xingamentos e contestações continuaram. Vendo que não daria para conversar daquele jeito eu me afastei um pouco do tumulto e fiquei esperando o que aconteceria. Encontrei a dona da agência que me havia vendido a passagem e ela disse que talvez houvesse um voo extra. Fiquei no aguardo. Após alguns minutos os atendentes disseram que seria colocado um voo extra, se me lembro por volta de 14h 🙏. Fiquei aliviado. A dona da agência sorriu e me disse que eu tinha ganho tempo para procurar pelo Genaro e reaver o dinheiro. Eu peguei uma van ao escritório do Genaro, mas ele não estava lá. Encontrei a secretária. Ela disse que ele não estava e que depois iria me encontrar no aeroporto. Deixei um bilhete escrito em portunhol. Eu pensei melhor e vi que eu não tinha tido tempo de conhecer alguns museus de Cuzco. Em vez de ficar tentando recuperar o dinheiro, achei que seria mais produtivo ir conhecê-los, pois era uma oportunidade única e, depois, se desse tempo, veria a questão do dinheiro. E foi o que fiz. Achei os museus muito interessantes. Ainda bem que tive tempo de conhecê-los 👍. Particularmente chamou-me a atenção o artesanato feito simbolizando a fertilidade. O genital masculino era quase da altura do boneco do homem e no boneco da mulher havia um buraco circular que ia desde a barriga até o joelho 😄. Pareceu-me que eles davam muita importância para a fertilidade, nas suas várias formas, talvez condensada na ideia de Pacha Mama. Os museus com itens dos espanhóis também me pareceram muito interessantes. Depois de ver todos os museus e locais que tinham faltado e que eu tinha achado interessantes, voltei ao aeroporto, pois não podia nem pensar em perder aquele voo. Fiz a emissão do cartão de embarque e então fui tentar reaver o dinheiro com Genaro. Liguei para lá e a secretária me disse que ele viria ao aeroporto. Já não acreditava mais. Fui ao guichê de informações, pedi para anunciar o nome dele e ninguém apareceu. Então me perguntaram se eu gostaria de abrir uma reclamação na delegacia de proteção ao turista. Fiquei em dúvida, pois não queria pegar tão pesado, envolver polícia. Mas acabei abrindo. Liguei uma última vez para a secretária e ela repetiu que ele viria ao aeroporto. Disse então que não precisava mais e tinha aberto uma reclamação na polícia de proteção ao turista. Ela levou um susto e engasgou na linha. Pareceu abalada. Passados 25 anos, eu acho que peguei pesado. Acho que não deveria ter feito a reclamação na polícia. Porque, apesar de tudo, todo o resto que ambos (Samuel e Genaro) combinaram comigo, eles cumpriram. E fiz negócios muito maiores do que US$ 20.00 com cada um deles (acho que ao todo dez vezes isso, cinco vezes com cada). Mas creio que não houve grande repercussão, pois depois de eu voltar ao Brasil, recebi uma carta da polícia de proteção ao turista com a resposta de Genaro, que eles localizaram posteriormente, dizendo que não conhecia Samuel e pedindo meu endereço para se explicar, algo que eles não deram. Talvez ele não quisesse se explicar e tenha ficado com raiva. Disseram que como não conseguiram fazer a conexão com Samuel, provavelmente não conseguiriam ressarcir o dinheiro. Mas se conseguissem, haveria despesas de US$ 12.00 para envio, sobrando US$ 8.00 líquidos. Concordei então em doar para a UNICEF tudo, caso conseguissem reaver o dinheiro, o que não ocorreu, ate onde eu sei. No geral, acho que acabei gastando muito tempo com este episódio. Peguei o voo no horário marcado, sem problemas. Se não me engano, a Companhia foi a Aero Continente. Novamente a aeromoça não entendeu muito bem minha tentativa de falar espanhol. Chegando em Lima, encontrei alguns guias turísticos no aeroporto que me indicaram um hotel em Miraflores por US$ 30.00. Achei o preço razoável, embora bem maior do que o dos hotéis anteriores. Mas como não tinha muito tempo, não fui pesquisar. Eles me levaram até lá de táxi. Uma das guias me falou das atrações de Lima e me falou para não ir passear no centro à noite pois poderia ser perigoso. De qualquer modo, não teria dado tempo. A outra guia também estava com dificuldade de entender minha tentativa de falar espanhol. Após acomodar-me no hotel, fui ao Museu de Ouro do Peru (https://museoroperu.com.pe/), que tinha visto numa reportagem da Folha de São Paulo, que tinha comigo. Peguei o táxi e lhe mostrei a folha do jornal. Não havia GPS comercial para veículos regulares, como existe hoje. Ele não entendeu muito bem o texto em português, pediu para eu traduzir. Eu tentei. Mas acho que no fim ele entendeu de qual museu se tratava e me levou ao local correto. Achei espetacular o museu . Muitas peças em ouro e prata, muitas com significado religioso dos incas. Novamente havia as peças relativas à fertilidade em destaque. Fiquei bastante tempo lá. Após sair do museu voltei para o hotel. Agora já não estava me sentindo muito bem do estômago, o que me gerava mal-estar por todo o corpo 🤢. Se me recordo saí para comer apenas um lanche. Passei uma noite ruim, quase sem dormir. Tinha planejado ir pela manhã à praia, para me banhar no Oceano Pacífico (que eu não conhecia, e em que até o momento desta escrita eu nunca me banhei). Tinham-me dito que a praia era boa para surf, mas não muito bela, e que a água era muito fria, mas eu desejava experimentar, mesmo assim. Mas meu mal-estar estomacal e a noite quase sem dormir geraram um estado de mal-estar que acabei só indo até as pedras. Olhando a vista, mas sem forças para entrar na água. Tomei o café da manhã oferecido pelo hotel com cautela, evitando qualquer alimento que pudesse gerar alguma reação maior. Acho que este estrago ainda pode ter sido consequência daquele almoço de Calca, na 5.a feira, pois foi o único local onde experimentei alimentos completamente diferentes dos com que estou acostumado. Peguei um táxi para o aeroporto. Cheguei cedo, com bastante tempo para os procedimentos de check in. Usei meus últimos pesos para tomar um suco de limão, que era o que dava para comprar com o restinho que sobrou. Durante o voo, estava bastante cansado, devido à noite quase sem dormir. O estômago havia melhorado. Raramente durmo em aviões, mas estava tão cansado que dormi 😴. Perdi a vista dos Andes. Só em alguns momentos em que acordei e olhe pela janela, pude vê-los. Por coincidência, um destes momentos foi quando sobrevoamos La Paz. Na parte final do voo, quando já estava acordado, vim conversando com uma funcionária da embaixada da França, se bem me lembro. Ela falava do desconforto que se criou na embaixada pelo posicionamento do embaixador ou de algum membro do alto escalão do governo francês, em relação ao sequestro ocorrido na embaixada do Japão. Dizia que ele falou, fez papel de bom, foi embora e as pessoas da embaixada ficaram sob ameaças dos grupos terroristas. Cheguei em São Paulo no fim da tarde. Já estava recuperado para voltar a trabalhar no dia seguinte. 🙂
  5. RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdfINTRODUÇÃO E PREPARATIVOS para quem quiser, tem a versão mais bonitinha em PDF aqui -> (edit: NÃO SEI PORQUE O ARQUIVO PDF APARECE COMO INDISPONÍVEL PARA DOWNLOAD, MAS QUEM QUISER O RELATO COMPLETO EM PDF, É SÓ CHAMAR NO INSTA @der_wanderlust) RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdf PROMESSA FEITA, PROMESSA CUMPRIDA... Fala galera mochileira e não-mochileira, Depois de ter colocado o pézinho pra fora desse Brasilzão pela primeira vez na vida na minha primeira trip internacional, me sinto na obrigação moral de retribuir a toda ajuda que eu recebi de outros mochileiros que já tinham feito esse rolê antes, e que compartilharam suas experiências de viagem, para que pessoas como eu, que nunca tinham comprado sequer uma passagem aérea antes, pudessem viver uma das experiências mais incríveis da vida: mochilar!!! Então, cumprindo a promessa que fiz antes de viajar, cá estou eu, escrevendo este relato, que também espero que inspire muitas outras pessoas a pegarem sua mochila e partirem pro mundo, porque viajar é preciso!!! RESUMÃO O clássico mochilão pelos três países, 40 dias, desembarcando em Lima, indo pra Ica, Arequipa, acampando com escoteiros do mundo todo em Cusco, depois indo pra Puno, passando por Copacabana, La Paz, fazendo a travessia do Salar do Uyuni e chegando no Atacama e descendo até a capital chilena para pegar o voo de volta para casa. Tudo realizado entre julho e agosto de 2018, rodando mais de 5.000 km, só andando de bus entre cidades (porque pobre tem que fazer o dinheiro render kkkk). E por falar de dinheiro, vamos a parte interessante. João, quanto custou essa brincadeira toda? Pois bem, vamos por partes: Comida, transportes, hospedagens e passeios fora do acampamento (30 dias) R$ 4743 (1000 euros) Lembrancinhas e bugigangas pra família toda R$ 667 (parte em dólar, parte em reais) Passagens Áereas (Londrina-Lima/Santiago-Londrina) R$ 1476 (em reais mesmo) Acampamento em Cusco (10 dias, tudo incluso) R$ 1409 (exclua isso da sua planilha) Chip Internacional EasySIM4U R$ 120 (e ganha 6 revistas super tops) Seguro Viagem (40 dias) R$ 110 (economizei 500 dólares com ele) Excluindo o monte de blusa, chaveiro, cobertor, poncho que eu comprei lá (tudo é muito barato no Peru e na Bolívia), foram R$ 7850 tudinho mesmo. O que mais me pesou foram as passagens aéreas, por eu ter que sair do meu país Londrina-PR (pequena Londres com preços de Suíça), que só tem um aeroporto regional, as passagens saíram uns 300 reais mais caras do que se saísse de Guarulhos, só que ai gastaria com ônibus até São Paulo e no fim das contas daria na mesma. Então, considerando os 30 dias que eu estava na viagem “regular”, ou seja, que eu não estava acampado, minha média foi de R$ 163 por dia (alimentação, passeios, ingressos, hospedagem e transporte). Saiu um pouco caro, mas muito mais barato do que se eu tivesse ido de pacote de agência de viagem que se vende aqui no Brasil. O ROTEIRO O roteiro eu mostro detalhado aí embaixo com o mapa do My Maps (usem o My Maps, é muito bom pra quando você está planejando que lugares quer conhecer, ver quais cidades são próximas, quanto tempo de deslocamento e coisas assim). O roteiro por cidades ficou desse jeito: 20 jun – Londrina/Lima 21 jun – Lima - (City Tour) 22 jun – Lima/Ica - (Miraflores) 23 jun – Paracas/Huacachina - (Reserva Nacional e Islas Ballestas) 24 jun – Arequipa - (City Tour) 25 jun – Arequipa - (Trekking Canion del Colca) 26 jun – Arequipa/Cusco - (Trekking Canion del Colca) 27 jun/05 ago - Acampamento Vale Sagrado 06 ago – Cusco - (Maras e Moray) 07 ago – Cusco - (Dia no Hospital) 08 ago – Cusco/Águas Calientes - (Trilha hidrelétrica) 09 ago – Machu Picchu - (Huayna Picchu) 10 ago – Águas Calientes/Cusco - (Trilha de volta) 11 ago – Cusco - (Montanha Colorida) 12 ago – Cusco - (Laguna Humantay) 13 ago – Cusco/Puno - (Mercado San Pedro) 14 ago – Puno/Copacabana - (Islas Flotantes de Uros) 15 ago – Copacabana/La Paz - (Isla del Sol e Isla de la Luna) 16 ago – La Paz - (City Tour) 17 ago – La Paz - (Downhill Estrada da Morte) 18 ago – La Paz/Uyuni - (Chacaltaya e Vale de la Luna) 19 ago – Uyuni -(Salar 3 dias) 20 ago – Uyuni - (Salar 3 dias) 21 ago – Uyuni/San Pedro de Atacama - (Salar e Vale de la Luna) 22 ago – San Pedro de Atacama - (Lagunas Escondidas e Tour Astronomico) 23 ago – San Pedro de Atacama/Santiago - (Geyseres del Tatio) 24 ago – Santiago - (1700 km rodados pelo Chile) 25 ago – Santiago - (City Tour) 26 ago – Viña del Mar/Valparaíso - (Bate e volta) 27 ago – Santiago - (Cajón del Maipo) 28 ago – Santiago/Londrina Quando eu sai do Brasil, planejava ficar mais dias em Huacachina e menos em Arequipa, planejava fazer o tour do Vale Sagrado Sul em Cusco, assim como outros passeios em San Pedro de Atacama, mas como não viajei com o roteiro amarrado, ou seja, não tinha comprado passagem de bus nenhuma, nem reservado passeios ou hostels (exceto por Machu Picchu), pude muda-lo na hora, seja por amizades que fiz no caminho, ou por perrengues como o dia 07/08 que eu passei no hospital (isso eu conto depois). Por isso eu não recomendo comprar nada daqui do Brasil, nem reservar passeios, nem passagens de ônibus, nem hospedagem, tudo você consegue lá na hora, pechinchando e barganhando, assim você consegue preços melhores e não fica com o roteiro amarrado, você tem mais flexibilidade caso mude de ideia ou aconteça alguma coisa. Não tem segredo, tem que pesquisar, na internet, em blogs de viagens, no Mochileiros.com, em relatos de quem já foi, no meu caso, peguei um roteiro de 20 dias num blog, e fui adaptando, adicionando cidades e passeios, vendo os ônibus e hostels que eu poderia usar. Para os passeios, eu procurava nos relatos do Mochileiros.com e via as agências que a galera recomendava e já ia anotando o nome e o preço que pagaram pelos passeios. Para a hospedagem, eu procurava no Booking.com o nome da cidade, ordenava pelo menor preço, e ia vendo as avaliações da galera, se tinham curtido o lugar, mas sem reservar nada, só anotava o nome, o preço da diária, e quando chegava na cidade, ia direto nele (muitas vezes reservava o hostel pelo Booking quando chegava na cidade, pra não ter que pagar em caso de cancelamento). Para os transportes entre cidades, procurava no Rome2Rio as empresas que faziam o trajeto, o preço médio das passagens e já deixava anotado, mas também comprava só quando chegava na cidade, teve alguns que deixei pra comprar no dia da viagem mesmo. Para a alimentação, era na raça mesmo, perguntava para os locais mesmo onde tinha lugar bom e barato para comer, mas para planejamento, calculava R$ 40,00 por dia com comida. Tinha vez que gastava R$ 10,00, tinha dia que gastava R$ 50,00, mas fome não passava kkk. QUANTO LEVAR? Depois de definir o roteiro, ia anotando numa planilha no Excel mesmo, o roteiro por dia, os preços médios dos passeios, dos ônibus, das hospedagens, mais uns R$ 40,00 por dia pra comer, somei tudo e levei uns 20% a mais, só pra garantir. Funcionou bem, pelas minhas contas, eu precisava levar 1400 euros, trouxe 400 de volta, que já estão guardados para a próxima trip. Mas ainda levei meu cartão de crédito internacional, já desbloqueado para operações no exterior, só para uma possível emergência. Felizmente não precisei usá-lo. PREPARATIVOS Passagens Aéreas As duas piores partes da viagem são: comprar passagens aéreas e comprar moeda estrangeira, porque independentemente do quanto você pesquisa, parece que sempre você tá perdendo dinheiro. As passagens eu recomendo comprar uns 4 ou 5 meses antes da viagem. As minhas, comecei a procurar em janeiro, comprei em março, pra uma viagem para julho. Como eu tinha definido o roteiro primeiro, sabia que queria chegar por Lima e sair por Santiago, então procurava em todos os sites de busca possível na vida. Usei a opção “Múltiplos Destinos” ou “Várias Cidades”, passagens Londrina-Lima (20/07) e Santiago-Londrina (27/08), o Skyscanner tinha os melhores preços, mas ainda assim estava meio caro (R$1600). No site da Latam, Avianca, tudo acima de R$1800. Aí por acaso eu fui andar no centro da cidade um dia e passei em frente a agência da CVC, estava com sede, aí pensei, vou entrar, fingir que quero um orçamento e tomar uma água né? Tinha certeza que na agência de turismo seria o lugar mais caro. A atendente fez a busca no sistema dela, aí me disse: “R$ 1500 e pouco com bagagem despachada”, e eu: “como assim???? Mais barato que no site da Latam”. Acabei comprando lá, e como paguei a vista, teve um descontinho lá e saiu por R$1476 (comprei a passagem em março, minha viagem era em julho). Depois, de vez em quando eu olhava nos sites de busca e o preço não abaixava mais, então acredito que peguei a passagem com o preço mais barato possível kkk. A única coisa, é que em junho, a Latam trocou as escalas do meu voo de volta, ai a CVC me ligou para avisar que se eu voltasse no dia 27/08, teria uma escala noturna gigante no Rio de Janeiro, e acabaria chegando no dia 28/08, então ela me propôs voltar dia 28/08 num voo que eu pegaria escalas menores e chegaria no mesmo dia. Aceitei, o que foi a melhor coisa, porque ganhei um dia extra no fim da viagem. Chip Internacional Vou ser bem sincero, eu queria muito não ter comprado, mas como estava com tudo sem reservar, não conhecia nada, e queria dar um up no meu Instagram, fazer uns stories legais e postar tudo (pobre quando viaja tem que mostrar pra meio mundo, né?), e ainda por cima apareceu uma promoção da Revista Aprendiz de Viajante, que na compra de 6 revistas por R$ 120,00, de brinde ganhava um chip da EasySIM4U, com 4G ilimitado por 30 dias em todos os países, acabei comprando, não me arrependo, a internet funcionou muito bem mesmo, nas cidades, em alguns passeios, até em Machu Picchu funcionava, só no Salar do Uyuni que não tinha sinal nenhum. Também é possível comprar os chips nos países, não custa caro, mas tem que por crédito, troca o número, e tem franquia limitada, além de trocar o chip sempre que troca de país. Esse chip internacional funcionou nos 3 países, mas não servia pra ligações, apenas dados móveis. Além disso, como viagem era de 39 dias, e o chip só funcionaria por 30 dias, coloquei sua data de ativação para a partir do 9° dia, assim teria internet nos últimos 30 dias. Nos primeiros dias teria que me virar pedindo “la contraseña del wifi”. Usar chip brasileiro no exterior é pedir para pagar absurdos no fim do mês. Moeda Estrangeira Essa parte é com certeza a mais complicada, como levar dinheiro para a viagem? Reais, dólar, euro, cartão internacional, tele sena? Primeiramente, o cartão, mesmo sendo mais seguro, cobrava muitas taxas, fora os impostos que eram altíssimos para uso no exterior, além disso, muitos lugares não aceitam, então já risquei da minha lista. Bem, a moeda do Peru é o Novo Sol (S/)(PEN), da Bolívia é o Boliviano (Bs.)(BOB), e do Chile é o Peso Chileno ($)(CLP), por serem moedas “fracas”, suas cotações para compra no Brasil são as piores, então, ou compre dólar/euro no Brasil para trocar lá, ou leve real e troque lá. No meu caso, depois de muitas contas, cheguei à conclusão de que compensaria levar dólar ou euro, ao invés de reais. Para saber se compensa é só usar a formulinha que eu desenvolvi kkk (Quanto consigo em Soles levando Dólares) / (Quanto consigo em Soles levando Reais * Preço do Dólar em Reais) Se essa conta for maior do que 1, leve dólar, caso contrário, leve reais. Essa fórmula serve para todas as outras moedas, substituindo Soles por Bolivianos, Pesos, ou qualquer outra moeda fraca. Também pode ser substituído o Dólar por Euro, ou Libra, ou outra moeda forte. País Peru Bolívia Chile Real 0,77 PEN 1,65 BOB 152 CLP Euro 3,80 PEN 8,00 BOB 753 CLP Dólar 3,25 PEN 6,90 BOB 650 CLP As cotações estavam assim, então preferi comprar euros. No Banco do Brasil a cotação estava melhor que nas casas de câmbio, e para funcionários, não é cobrada a taxa de operação, então se você tem algum parente ou conhecido que trabalhe lá...#ficaadica. Enfim, comprei 1400 euros por R$4,72 para levar, depois comprei mais 250 dólares por R$4,04, e na véspera, minha tia ainda me deu mais R$300 para comprar um poncho de lhama kkk. Toda essa grana devidamente guardada num saquinho de plástico com um papelão no meio para não amassar, dentro de uma doleira que eu usava amarrada na coxa (na cintura é muito manjada) por baixo da calça, com medo de alguém roubar aquilo assim que eu saísse do aeroporto. Importante, não dobrar as notas de dólar ou euro, lá eles são bem chatos com isso. Voltei para casa com R$200,00, 400 euros e 20 dólares. Seguro Viagem Aproveitei a Black Friday de 2017 e comprei o seguro viagem da Allianz Mondial, por R$109, plano América do Sul Standart, para 30 dias, estava com 50% OFF. Aí, em março, quando comprei a passagem para mais de 30 dias, liguei lá, expliquei a situação, aí cancelaram minha apólice, devolveram todo meu dinheiro, e fizeram uma nova apólice de 40 dias por R$110, pasmem. E pelo menos no meu caso, não foi um gasto, foi um investimento muito bem usado. Certificado Internacional de Vacinação Essa porc%#** desse certificado, teoricamente é obrigatório para entrar na Bolívia ou Amazônia Peruana, aí todo mundo se mata pra conseguir, tendo que ir em algum posto da ANVISA para tirar (é de graça), aí chega na hora da viagem e ninguém nem pede (ninguém me pediu). Mas é a famosa Lei de Murphy, se você viajar sem, tenha certeza de que te pedirão, então não arrisque, procure onde é o posto da ANVISA mais próximo da sua casa e faça esse certificado. Ingresso para Machu Picchu O famoso ingresso, como eu ia na alta temporada (junho a agosto) e queria subir a Huayna Picchu (aquela montanha que aparece no fundo de MP), tive que comprar o ingresso em abril para poder subir em agosto. Caso você não queira subir nenhuma montanha ou vá na baixa temporada, não precisa de tanta antecipação. O acesso ao parque é limitado a 2000 pessoas por dia. Pedi para um guia turístico que mora em Cusco que conheci num grupo de viagens do Whatsapp, para que ele comprasse para mim, para que eu conseguisse o desconto de estudante. Mandei foto da minha carteirinha (ISIC e normal) e ele conseguiu comprar com desconto, de 200 soles, paguei 125. Mas caso você não tenha carteirinha, pode comprar pelo site oficial http://www.machupicchu.gob.pe/, ou pode deixar para comprar lá em Cusco mesmo. Mochilas De bagagem de mão, eu levei uma mochila de ataque de 30 L daquelas da Decathlon (comprem essas coisas na Decathlon que é top e barato), com uma pastinha com o passaporte, certificado de vacinação, passagens aéreas e minha caderneta de anotações. Já pra despachar foram: uma cargueira de 85 L da Conquista que eu já tinha há anos, com praticamente tudo dentro, além de um saco de dormir para -15° (emprestado de um amigo), um isolante térmico inflável (também da Decathlon e também emprestado de um amigo) e minha barraca Azteq Katmandu 2/3. Para não despachar esse monte de coisa amarrado e correr o risco de perder tudo ou alguém enfiar drogas na minha mochila cheia de zíperes (minha mãe assiste aquelas séries de aeroportos no NetGeo e ficou morrendo de medo kkk), eu pedi pra um amigo que trabalha com tapeçaria e ele costurou um saco para colocar tudo dentro e com um zíper só para poder passar um cadeado e deixar a mãe tranquila (ficou parecido com uma bolsa de academia). O que levar? Para detalhar melhor, tá aí uma lista completinha de tudo que eu levei: · 1 bota impermeável (Yellow Boot Timberland), 1 tênis (All Star velho), 1 par de chinelos e 1 par de alpargatas. · 2 toalhas de banho (1 normal e 1 daquelas da Decathlon que seca rápido) e 1 toalha de rosto, Kit banho (shampoo, condicionador, sabonete e bucha). · 1 estojo (pasta, escova, fio dental, desodorante, perfume, repelente). · Hidratante e protetor labial (levem, senão a boca e o rosto de vocês esfarelam no deserto). · 4 calças (2 jeans, 1 de sarja com elástico e 1 de moletom) e 2 bermudas (1 jeans e 1 de praia). · 8 camisetas. · 12 cuecas e 7 pares de meia. · 2 camisetas segunda pele. · 3 blusas (2 de lã e 1 de moletom). · 1 casaco impermeável corta-vento (R$199 na Decathlon, melhor investimento). · Pacote de lenços umedecidos. · Remédios usuais (antialérgico, sal de fruta, band-aid, para dor de garganta, Dramin) · Pasta com os documentos. · Doleira com a grana (dólar e euro). · Carteira com a grana trocada, cartão de crédito internacional para emergências, carteirinha de estudante. · Celular, carregador, fones de ouvido, bateria extra, adaptador. · 2 cadeados e algumas sacolinhas plásticas. · Caderneta e caneta. · 1 óculos de sol e relógio de pulso. · 1 rolo de papel higiênico. · 1 pacote de paçoca rolha e 1 saco de bala de banana (pra fazer a alegria da gringaiada). Me arrependi de levar tantas blusas porque lá acabei comprando mais (Mercado São Pedro em Cusco é sucesso), luvas, toucas e cachecóis não compensa levar daqui, porque lá tem mais bonitos e mais baratos. Devia ter levado e acabei me esquecendo, protetor solar, lá é caríssimo, aí tinha que ficar pedindo emprestado pros outros, e não esqueçam que nos Andes o Sol é mais forte, fora o vento e a secura do ar, então levem creme, hidratante para o rosto e lábios porque vão usar e muito! DIÁRIO DE BORDO Nos capítulos seguintes, vou contar como que foram os passeios, dia por dia, tentei lembrar e ser o mais fiel possível com todos os fatos passados, contando os perrengues, minhas impressões, também tentei contar tudo do modo mais descontraído que eu consigo ser (uiii ele é superdescontraído ele hehe). Coloquei algumas fotos para tentar ilustrar o que eu vivi, os lugares por onde passei, a grande maioria delas foi tirada do meu celular mesmo, como não tenho câmeras profissionais, nem GoPro, tive que me virar nos trinta com meu Galaxy S7 Edge, mas felizmente, a câmera dele é bem razoável, algumas poucas fotos, lá na parte do Atacama, foram tiradas com um iPhone X de um desconhecido que eu pedi para tirar do celular dele, porque o meu estava sem bateria e ele me mandou pelo Whatsapp depois. O relato em si acabou ficando mais longo do que o planejado, então, caso você não esteja com muita paciência para ler tudo, ou queira só um resumo, no final de cada dia eu coloquei um quadrado cinza com todos meus gastos diários, nome das empresas de bus, de algumas agências, dos hostels onde fiquei hospedado. Além disso, coloquei também algumas caixas coloridas com informações importantes em destaque, deem uma olhada nelas. Do mais, é isso, espero que curtam, e qualquer coisa, pergunta, dúvida, me chamem no Instagram @der_wanderlust que eu respondo com o maior prazer. Bora lá!!!
  6. PARTE 1: UM NADA BREVE ENSAIO SOBRE UMA VIAGEM. Passado quase 1 mês de meu retorno ao Brasil meu coração se acostuma com a saudade e anseia pelo próximo destino... Afinal, viajar é isso: se tornar um pouco do lugar visitado e deixar um pouco de você lá, não é mesmo? Começo falando bem rapidamente de mim: até pouco tempo atrás, viagem não era algo que eu considerava nem tangível nem desejável (acho que faltava peças em meu cérebro) mas desde que encontrei minha metade da laranja, sinto um enorme desejo de desfrutar desse mundão de meu Deus com ela. Começamos em Campos do Jordão, fomos para Salvador, Arraial do Cabo, voltamos para Salvador (é bom demais lá <3) e outras viagens "pequenas" aqui e ali, mas sem nunca deixar as terras tupiniquins. Dito isso, apresento aqui os 3 personagens principais dessa história: este que voz fala, Marcos (ja previamente apresentado). Mozão, Juliana. E nosso primeiro destino internacional: Bolívia. Essa viagem era para ter saído em 2017, mas alguns problema$ a adiaram para 2018, ou seja, tivemos ai quase 2 anos de pesquisas, planejamentos e preparação. A primeira coisa foi definir onde ir: fazer o clássico, Chile - Bolívia - Peru? Escolher apenas um desses países? Escolher outro país? O que levamos em conta foi que, para nós, 30 dias (inicialmente eram 30 dias) era pouco tempo para mais de um país, para dizermos que de fato conhecemos um país, assim optamos por apenas um por viagem. A equação Barato x Uyuni x Huayna Potosi (já adianto que este não rolou, mais a frente direi o porquê) teve como resultado: vamos para a Bolívia \o/. Nosso roteiro foi esse: SANTA CRUZ DE LA SIERRA X SUCRE SUCRE X POTOSÍ POTOSÍ X UYUNI UYUNI X LA PAZ LA PAZ X COPACABANA (ISLA DEL SOL) COPACABANA X LA PAZ X COCHABAMBA COCHABAMBA X TORO TORO TORO TORO X COCHABAMBA X SANTA CRUZ DE LA SIERRA Deixamos o solo tupiniquim no dia 14/12/2018, em voo da Gol. Dentro da Bolívia todo o trajeto entre cidades foi feito de ônibus. Neste relato tentarei ser o mais detalhista possível em relação a agencias, como chegar, preços, etc.e sintam-se a vontade para me perguntar qualquer coisa, diversos relatos me ajudaram muito e se eu puder minimamente retribuir esta ajuda, já ficarei muito feliz. Dicas iniciais (para antes da Bolívia): Ir de ônibus, trem da morte ou qualquer outro meio terrestre tende a ser muito mais barato, com certeza é uma experiencia unica, mas é muito mais demorado. Motivo esse que nos fez optar por ir pelo ar. Ainda sim, ressalto que durante os meses que procurei passagens áreas, encontrei preços que ficavam mais em conta que ônibus, porém eram datas bem fora do que teríamos disponíveis. Só para terem uma noção da diferença: como moro em Jundiaí - SP, minha partida é da cidade de São Paulo, de lá eu pagaria R$350,00 o trecho (ou seja R$700,00 total) de ônibus saindo do tietê, numa viagem de 36 horas que se findaria em Santa Cruz de la Sierra. De avião, paguei R$1053,00 ida e volta em um voo de aproximadamente 3 horas de duração. Percebi também que o processo de entrada na Bolívia é muito mais rápido pelo aeroporto. Acredito ser sabido por todos (menos por Jon Snow, esse não sabe nada) que não é necessário Passaporte para visitar países da América do Sul, somente um RG em boas condições e dentro de um prazo aceitável (que agora me fugiu a mente se é 5 ou 10 anos da data de expedição) já é o suficiente, porém ouçam o tio aqui: se tiver passaporte, leva, se não tiver, faça. è muito menos burocrático o uso do passaporte, se for abordado por um policial só o carimbinho de entrada nele já resolve. Não que você vá ter problemas se for só com RG, mas o passaporte facilita a vida lá. Se você não tem ainda, pense que é melhor fazer agora do que esperar a taxa subir (e ela sempre sobe), ou não ter tempo para tirar (já pensou precisar do passaporte para viajar e encarar uma greve ou tempo de emissão de 3, 4 meses? Isso pode ser possível, então é melhor prevenir que remediar. Ah, CNH não conta como documento, é RG ou passaporte). A Bolívia exige a carteira internacional de vacinação de febre amarela, facilmente obtida caso você seja vacinado (se precisar de ajuda é só chamar) mas em nenhum momento alguem lá dentro pediu para ver a minha. Ainda sim, é melhor ter e não precisar do que precisar e ter que cry over spilt milk (escola de idiomas Mamonas Assasinas). Seguro viagem não é obrigatório, mas se você precisar de médico lá e não ter seguro, prepara o bolso. Vi relatos de pessoas que deixaram 10 mil trumps lá só com medico. Não feche passeios e/ou hostels aqui, não compensa. Lá as ofertas são muito maiores e consequentemente há maior margem para tentar barganhar um desconto, fora que há hostels que você não vai achar nos aplicativos e sites. Se quiser, de uma olhada (usei muito o booking, hostelworld e airbnb) para ter uma ideia de quais hostels procurar ou onde procurar por eles. A lingua não é um problema: Falo inglês e tenho um espanhol nivel duolingo (iniciado 2 meses antes da viagem). Levei também um livro de bolso de conversação em espanhol mas usei 2 vezes no máximo. Acontece que o povo Boliviano é solícito, seja educado e fale devagar, com mimica se necessário, que você se fará entender. Em ultimo caso tem o Google tradutor que pode ser usado até off, então não se preocupe com isso. Ah, entender eles é bem tranquilo até, é mais difícil para eles nos entenderem, mas como eu disse, é possível. Dicas iniciais (inside Bolivia): Não coma nada da rua: talvez pareça ríspido, eu li e ouvi muito isso, e ainda sim me arrisquei, porém só não como duas coisas: pedra quando esta sem sal e urubu quando voa. Ou seja, saiba seus limites. Se seu estomago for nível rambo e quiser encarar, só vai. Mas não é aconselhável. Não beba água da torneira: pelo motivo já citado, a água da torneira pode ser prejudicial. Conhecemos um casal brasileiro que se mudou para Cochabamba e tomaram a agua da torneira. Ganharam uma semana de cama severamente doentes. Uma saída barata é a água de saquinho, custa 0,50 BOBs um saquinho de 500ml. A altitude pode ser um grande problema, então não a subestime. Se aclimatar corretamente, um cházinho de coca, soroche pills, folha de coca mascada, tudo isso ajuda, mas não extrapole seus limites pois nada disso é milagroso. O que levar? Isso é relativo, então posso dizer o que eu levei: 3 calças (duas seriam o suficiente, porém acabei me sujando bastante no Uyuni). 7 camisas (um baita exagero). 1 calça de pijama (ok). 2 camisas e um shorts de pijama (ok). 4 camisas de manga comprida (exagero) 1 Segunda pele (ok). 1 blusa de moleton (não usei, mas mozão usou). 1 casaco que não sei nem como chamar, mas é daqueles que é quase um iglu, protege mais do frio que meu quarto (o tamanho dele na mala foi algo triste, mas lá eu usei bastante) 9 cuecas e 1 sunga (usei todas mas acho que dava para levar menos) 5 pares de meia (exagero) 2 pares de tenis e 1 par de chinelo (ok) 1 toalha fast dry comprada na Decatlhon (quem sabe rola um patrocínio??) Escova de dentes Creme dental Creme de pentear cabelo Alguns rolos de papel higienico (não lembro quantidade, mas como descumpri a regra de não comer nada da rua, todos os rolos foram muito úteis) 6 pacotes de leninhos umedecidos (3 comigo e 3 com mozão, mas foi exagero também) Kit de primeiros socorros (remédio para dor muscular, remédio para estomago, diamox, sal de fruta, ibrupofeno, dipirona, band-aid) Celular, carregador e carregador portátil. Doleira Mochila de ataque de 10L (não chegou nenhuma proposta de patrocínio então não haverá divulgação dessa vez u.u) Cartão de crédito para emergências (não usei) Desodorante Sabonete Jogos (A quem interessar possa: Coup, The resistance e baralho). Touca 1 par de Luva 1 óculos de Sol Manteiga de Cacau Cadeados Acredito que só, mas posso ter esquecido de alguma coisa. Tudo foi dentro de uma mochila de carga de 42L (que é maior que muitas de 50L), e de uma mochila de 35L. Ambas foram comigo dentro do avião, não houve despacho. E assim encerro a introdução. Na próxima vez que voltar a escrever já falarei sobre o inicio da viagem, e para você que ma acompanhou até aqui, deixo algumas fotos de aperitivo \o/ Até logo (espero)
  7. Redes sociais e contato https://linktr.ee/francolrc86 Saudações Amigos! Meu nome é Franco Coimbra, sou de Minas Gerais. Sempre gostei de viajar, ônibus, avião, trem. Nunca tinha saído do País e achava que não tinha condições para isso.  Achei o site mochileiros.com, por acaso na net, é comecei a ler. Entre relatos de viagens, tutoriais, fui apreendendo formas de viajar barato. Muitos relatos de viagem me tocavam, as pessoas estavam sempre felizes amadurecidas e ansiosas, já planejando uma nova viagem. Agora tenho o maior prazer de ajudar e retribui toda a informação que consegui neste site. PLANEJAMENTO Transporte: Tenho uma facilidade com internet pois trabalho com tecnologia. Depois de várias buscas de preços descobrir que a melhor formar é se cadastrar no site Skyscanner. Após o cadastro, você criar um alerta de preço no trecho pleiteado. Fiz isso em janeiro de 2018. Em fevereiro comprei uma passagem Brasília a Campo Grande por R$179 incluindo bagagem. Também uma de Bogotá a São Paulo, com escala em Fortaleza por R$ 680,00, todas da Avianca. Descobri também que mudando a localização do navegador, você pode comprar passagens domesticas em outro país de forma mais barata. O resto do trecho foi todo de Bus, usei as páginas Busbud e redbus para estimar o preço das passagens para o planejamento. Felizmente não usei o sites para realizar a compra, pois a vista é bem mais barato. Os ônibus em geral são mais confortáveis e baratos que no Brasil. Em países como Peru e Bolívia tem serviço de bordo, e telas de interatividade. As passagens são pechichaveis pode se fazer um leilão indo em várias empresas, mais não deixem de conferir a qualidade das avaliações nos sites que vendem passagens. Foram milhares de quilômetros admirando paisagens deslumbrantes pela janela. Andei em empresas como Copacabana, Trans Titicaca, Oltursa, Tepsa, Civa, Berlinda del Fonce, Ochoa e Bolivariana. Não tive nenhum problema. Foto: Ônibus no terminal Bimodal de Santa Cruz Fiz uma planilha com a estimativas de custo, e levei 10% a mais. Fiz uma planilha, que ao longo da viagem fui trocando os custos estimados pelos custos reais. Pará reservar acomodações e estimar custos de hospedagem, usei Hostel Word e Booking. A VIAGEM Santa Cruz de la Sierra Realmente fiquei só um dia pra descansar, pois fui de bus de Campo Grande a Corumbá e de Puerto Quijarro a Santa Cruz. Não fui de trem da morte, porque estava caro no dia, em relação ônibus. Foto: Chaga em Santa Cruz Foto: Coincidência, boliviana com a tatoo com meu nome. La Paz Um choque cultural, muito bonito e diferente. Um povo amável que lhe mostrará outros níveis de humildade. Do taxi ao Uber, tudo muito barato. Deliciosas sopas, empanadas e sal tenhas. Fiquei no Llmas Hostel, próximo a praça Espanha e teleférico. Passei mal, uma forte dor de cabeça, mais nada que Sirochi Pill não resolvesse. Encontrada em qualquer farmácia custa cerca de R$2.00. Fui a todos os parques, praças, miradores e no teleférico. Na noite fui a disco chamada fórum. As pessoas são muito preconceituosas com a Bolívia, La Paz é bonito e seguro. Foto: Teleférico La Paz Foto: sopa de Fidel com Maní Copacabana O lago titicaca é fantástico, a cidade é pequena e acolhedora. Fiz o passeio na Ilha do Sol. Paisagens perfeitas. Foto: São Pedro de Tiquina Foto: Lago Titicaca (Tirada por mim) Cusco Em Cusco os preços sobem um pouquinho. Pra economizar é só fugir da rota turística e ir a mercados e restaurantes frequentados por nativos. Recomendo o passeio ao Vale Sagrado. Cerca de R$70,00 com almoço buffet. Se conhece as Salineiras, Olaytaitambo, e muita histórias e ruínas do povo Inca. Machu Pichu é caro. Recomendo ir de Van até a hidrelétrica, seguir a pé até Águas Calientes, descansar em um Hostal, e subir no outro dia a Machu Pichu, fica cerca de R$230,00. Ao lado da igreja, na praça de Armas, existem 2 Pub s muito legais para sair na noite. Foto: Plaza de Armas Fotos: Mercado Artesanal Foto: Olaytaitambo Lima Fiquei num excelente Hostel perto do mar, na região do Barranco, na minha opinião a parte mais bonita da cidade. Fiz muitos amigos no Hostal. Foto: Barranco Mancora Passei do ponto no ônibus, tava dormindo e desci 20km depois num posto de fiscalização. Voltei de carona num ônibus que vinha de Caracas a Lima de refugiados Venezuelanos. Muito triste a situação, gente com a roupa do corpo e 20 dólares pra começar uma vida nova em Lima. Foi uma das minhas preferidas. Cidade puquena sem muita infraestrutura. Mais fiquei num Hostel chamado Misfit, fica 1km da cidade. Os quartos são suítes de madeira e palha. Muita tranquilidade e gente agradável. O tempo para. Lugar excelente pra relaxar. Amei. Cuenca O Equador é lindo. É hoje na minha opinião o país que tem melhor qualidade de vida. Quero trabalhar e viver um tempo no Equador, conhecer melhor o país. Passei no Equador rápido porque estava atrasado no tempo. Fui a Cuenca e de passagem por Guayaquil e Quito. Medellín Cidade fantástica, povo amoroso. Muito organizada, excelente sistema de transporte. Conheci o centro, o teleférico, o centro, o estádio. Cartagena Lidissima cidade, mais não deve sair do centro histórico. A cidade tem altos índices de assalto. Mais relativamente segura no centro. Recomendo passeio completo nas ilhas do rosário. Custa cerca de R$100,00. Inclui almoço e um passeio de Snooke muito bom. A praia Baru é super explorada comercialmente. Não sou contra quem tá correndo atrás do seus sustento, mais os vendedores são muito importunadores. Santa Marta Pelo menos uma vez tinha que me hospedar em um party hostal. Fiquei no Brisa Loca, tem um bar, e uma boate no terraço. Quem não gosta de festa não pode ficar lá. A música cessa só as três da madrugada. Muito boa. Bogotá Fiquei na região da candelária. Conhecia só locais próximos que dava pra fazer a pé e de transporte público. Gostei do clima fresco. DINHEIRO A melhor forma que encontrei, é levar um poço de dinheiro numa doleira. O resta deixa numa conta brasileira. Assim baixei o app da western Union e envia via app do meu banco e depois de meia hora sacava em uma loja local da western Union. PERRENGUES O tempo foi curto, talvez o trajeto deveria ser menor. Dava pra ter feito trechos de voo, se me programasse e comprava a passagem uma semana antes. Teria ganha tempo. E na maioria das vezes é mais barato que ônibus. Já na cidade de Ipiales, comprei uma passagem em um bus noturno para Medellín. Por volta das 04:00 de hoje 19/09/2018, na carretera 25 no povoado de El Cruero, o ônibus é parado pela polícia para uma fiscalização de rotina. Eu estava na poltrona 01, o policial ao notar que eu era estrangeiro me acordou e me chamaram pra dentro da guarita. Era um policial de etnia branca e um de etnia negra. Lá revistaram todas as minhas malas. Não satisfeitos pediram para ligar meu celular e escutaram todas minhas ultimas conversas. Não satisfeitos pegaram minha carteira contaram meu dinheiro (540 dólares). Disseram que poderia pedir para o ônibus seguir viagem, porque estava preso para averiguação da Interpol. Aí eu fiquei muito puto... Falei que estava correto. Que estava legal no país, que tinha visto em meu passaporte, e que o dinheiro que estava por tanta dó estava longe da quantidade limite que poderia portar. O policial de uma forma muito truculenta disse que se não calasse ia me fazer uma multa. Peguei meu telefone, falei que ia ligar numa linha de emergência do consulado brasileiro (nem sei se existe). Para pedir ajuda. Nesse momento um dos policiais foi para fora da guarita, enquanto o outro que ficou, na maior cara deslavada me pediu 100 dólares. Falei que não ia pagar, porque primeiro estou correto, e em segundo porque meu dinheiro estava contado e 100 dólares me faria falta para voltar ao Brasil. Não paguei, repeti que não pagaria, até porque o dinheiro me faria falta mesmo. Perguntaram minha profissão, quanto era meu salário. E por fim quando viram que não conseguiria me extorquir, me liberaram. Atrasou o ônibus em meia hora. CONCLUSÃO Não sou a mesma pessoa. Mudei e muito. Mais humilde, aberto. Aprendi a chegar nos lugares me apresentar e conhecer todos. Que se tem uma amizade intensa, ou um amor intenso, e depois a vida segue, e a despedida pode ser um adeus. Me renovei quero iniciar novos projetos, estudar mais, melhorar meu salário, cuidar da minha saúde. conhecer muito mais. Viajar sempre. Quero cuidar mais da minha saúde, racionalizar o álcool e para de fumar. Estudei muito quase um ano pra fazer essa viagem. Quem quiser dicas e compartilhar experiências meu zap é 34998004627 Abaixo uma planilha com todos os custos, as datas não estão certas mais os custos sim. https://docs.google.com/spreadsheets/d/1_yIgkqtuVEvNEooOlkJhYwEIwpRGtyUKGMFkGk5KjZA/edit?usp=drivesdk Redes sociais e contato https://linktr.ee/francolrc86 V_20181102_072341_N0.mp4
  8. Fala galera, vim aqui compartilhar como foi minha experiência de 9 dias na cidade do rio de janeiro, indo e voltando de onibus (partindo de sp), com pouco dinheiro, ficando 5 dias em um hostel em copacabana e 5 dias na casa de uma conhecida. Estava combinado de irmos embora dia 10 às 11 a.m, entretanto meu amigo pegou uma intoxicação alimentar na sexta feira (dia 8 ) e passou a madrugada inteira no hospital muito mal, então resolvemos vir embora no dia 9 de madrugada, o que não fez muita diferença também. Recomendo muito viajar de madrugada, para mochileiros é bom porque não perdemos o dia no ônibus. É cansativo dormir sentado, mas fazendo um esforço o corpo aguenta o primeiro dia de boa (logicamente se não for uma atividade muito hard). Como disse, eu e meu melhor amigo somos estudantes e gostamos de conhecer os lugares com a maior veracidade que conseguimos, por isso sempre optamos por acampar (prefiro mais do que hostel), mas como muita gente nos assustou com a violência do rio, resolvemos ficar no hostel. No final das contas a violência não é como dizem, só não pode vacilar... Eu preferiria ter ficado em um camping mesmo... Gastamos 300$ no hostel (5 dias); 200$ no ônibus ida/volta SP-RJ; e eu gastei cerca de 600 reais nos 10 dias incluindo alimentação, passeios e presentinhos. Achei uma quantia aceitável para a quantidade de dias, fiquei feliz porque finalmente consegui "controlar" meu orçamento. (geralmente eu sou daquelas que gasta tudo nos 3 primeiros dias). Tivemos que filtrar o que realmente queriamos fazer, então deixamos de fora alguns lugares que também queriamos ir mas que eram mais tranquilos: morro da urca, cachoeira dos primatas, trilha para o cristo redentor, jardim botânico. Não queriamos gastar 44 reais para subir o pão de açucar tampouco 77 para ir para o cristo de bondinho. O intuito da nossa viagem era outro, fica pra próxima. ================================================================================================================================ Dia 1 Saimos de SP às 23h30 e chegamos na rodoviária novo rio em torno das 6h. Pagamos 107 reais na passagem, pela expresso do sul. A rodoviária fica no centro da cidade, então ir para qualquer zona, de uber, não da mais de 30 reais. Vale muito a pena, pois encarar o transporte público carioca, de primeira, com malas, eu não recomendo. A cada da nossa conhecida ficava na zona norte do rio, perto da estação de metro "engenho da rainha" e após nos arrumarmos lá, já fomos em busca de conhecer o local. Nosso primeiro destino foi "A pedra bonita", em são conrado. Para chegar até lá, pegamos o metrô até a estação São Conrado, depois um ônibus "maracai" que sobe o morro e nos deixa na entrada da trilha. Primeiramente, para quem vai utilizar o transporte público, dou a dica de ir atras do "rio card" que é um bilhete único que vale para ônibus, metrôs, trens e brt (um tipo de ônibus que tem uma faixa exclusiva para ele, logo, nao pega trânsito.). Minha namorada tinha me dado o rio card dela, então eu sai na frente; já meu amigo, adquiriu o "giro", cartão que só funciona para o metrô, a acabou colocando dinheiro no meu cartão para os outros meios de transporte. No rio, não existe a possibilidade de comprar um passe de metro que nem em são paulo, ou pagar e simplesmente entrar. Tudo lá funciona com esses cartões que eu citei e mal tem funcionário trabalhando nas bilheterias, pois estão substituindo tudo por máquinas. Salvo o ônibus, que é o unico local no qual o motorista aceita o pagamento em dinheiro. Pois bem, fizemos a trilha para a pedra bonita e foi lindo! (Queria postar as fotos aqui, mas dessa vez ficarei devendo). Se vocês curtirem essa vibe de trilheiros, vai aí algumas dicas também: tentem sempre chegar no começo da trilha antes das 10 a.m, para sofrerem menos com o sol carioca e aproveitarem mais a vista, o mais cedo possivel, melhor. E também tentem sempre ir de dia de semana, pois se não algumas trilhas lotam e o que era pra ser lindo fica levemente estressante. Levem frutas, barrinhas de cereal e sempre no mínimo 2L de água. Lá existe a possibilidade para saltar de asa delta, o que custa 500 reais, então não fizemos infelizmente. Depois descemos de carona o morro e passamos o resto do dia na praia de São Conrado. É linda, vazia, mas um pouco cara e o mar é bem de tombo, então é perigoso. Dia 2 Fomos passar o dia na praia do Leblon (a minha favorita). Descendo na estação "Arquero de Quental", a praia fica a 5 min caminhando. Lá é ótimo porque: o mar é tranquilo, é uma praia mais cheia então não é preciso tanta preocupação com a violência, o aluguel de cadeiras e guarda sol foi o mais barato que eu encontrei no rio e tem uma vista linda para o morro dois irmãos. Pagamos 10 reais no guarda sol e 5 reais em cada cadeira de praia. Dia 3 Fomos fazer um freewalking tour pelo centro histórico (praça mauá, pier restaurado, pedra do sal, etc). Esse tour foi muito bacana, pois eles não tem um preço fixo, então você contribui com o que pode. E além disso eles fazem essa tour que fala sobre a versão africana da história, o que foi algo que muito nos interessava. http://www.riofreewalkingtour.com/?gclid=Cj0KCQiAvqDiBRDAARIsADWh5Telz6uSiMN5Ozwrk42PwL_XYiSesO_NW3FFA8vyUSS_sYuKGNMnVlgaAvUmEALw_wcB Depois almoçamos em um bar sujo por 15 reais (incluindo dois latões de antartica). É só perguntar para um taxista ou para alguém na rua aonde tem um restaurante bom e barato que a galera indica com prazer. Dia 4 Nesse dia, pegamos o metro ate o Arquero de Quental e fomos andando até a entrada do morro do vidigal (cerca de 1,2km; deu uns 30 min). Foi escolha nossa ir andando, da pra pegar um busão tranquilamente. Fomos fazer a famosa trilha do Morro Dois Irmãos. Chegando na entrada do vidigal, pagamos 5 reais/cada no mototáxi para eles nos deixarem na entrada da trilha. Fomos no domingo pra essa trilha, e começamos a subir a trilha em torno das 10h, o que foi um erro rude por 2 motivos: por ser mata fechada, o sol não bate direto, mas mesmo assim fica muito abafado o que diminui muito o nosso rendimento na trilha. Foram uns 40 min de subida, o que pra mim foi bem cansativo e ao chegar no pico, tinha mais de 15 pessoas tirando foto etc e tal o que foi um pouco decepcionante, porque perde a paz da vista. Depois aproveitamos o resto do dia no Leblon. Dia 5 Nesse dia tinhamos combinado de ir para a pedra do pontal. É bom deixar bem claro, se for pedir informações, que vc quer ir pra PEDRA DO PONTAL e nao para o PONTAL apenas, pois aparentemente são dois lugares diferentes e o segurança nos disse (quando chegamos no pontal errado) que quase todo mundo comete esse erro. A pedra do pontal fica no recreio, que é mais ou menos depois da barra da tijuca, então é bem longe pra quem está hospedado na zona norte. Pegamos o metro até o jardim oceanico (estação final) e depois começou a saga para chegarmos até lá... Do jardim oceânico há a integração para os onibus do BRT. Entretanto, a galera que trabalha lá é meio confusa ao passar informações, erramos o caminho diversas vezes e como estavamos com celular só para tirar foto, não tinhamos como olhar em aplicativo. O que eu indico é: baixem o aplicativo Moovit e sigam o que ele diz, por mais que as vezes demore mais que o esperado, da certo. De qualquer jeito, pegando qualquer BRT que vá até a alvorada (um dos pontos finais), é só pegar outro BRT e descer na estação gláucio gil (e não estação "pontal"). Aí depois é só andar uns 20 min e a pedra do pontal estará a sua frente. Como erramos o caminho, ficamos na praia da macumba, na qual pagamos cerca de 35 reais em duas cadeiras e guarda sol. Por ser uma praia mais vazia, não passam muitos ambulantes vendendo matte gelado, sacolé, esfiha, empada etc (que são a diversão da praia). Ah, esqueci de falar que quase sempre almoçavamos uma famosa "quentinha" por 10 reais: era o melhor negócio! comida gostosa, barata e em boa quantidade. Dia 6 Foi dia de irmos mais uma vez com o free walking tour, mas dessa vez para conhecer o centro, os arcos da lapa, o disco voador, a escadaria selarón etc Depois almoçamos em um pfzao por 8 reais com os gringos que conhecemos! No final do dia fomos para o hostel, em copacabana. "Hostel solar 4u" que alias é bem mediano, não recomendo, pois o preço para 5 diárias foi 300$. Com certeza devem haver hosteis melhores, por mais que esse fosse bem localizado. Não valeu a pena, pois o lugar tinha bastante pó (sei porque tenho alergia), o cheiro não era agradável, o café da manhã incluso foi bem meia boca e as pessoas nem foram acolhedoras, parecia que não estavamos lá. Como no verão o sol se põe às 20h, conseguimos assistir ao espetáculo que é o Pôr-do-sol na pedra do Arpoador, na praia de Ipanema. É um por do sol em coletivo, ou seja, a pedra fica LOTADA de pessoas, mas é tudo bem sinalizado e zero dificuldades para subi-la. Tem escadinha e tudo. Vale muito a pena. Depois ficamos assistindo uma roda de capoeira, porém decidimos ir embora porque já tinha ficado escuro e iamos andando até o posto 4 em copacabana. O que da mais ou menos uns 30 min de caminhada. Dia 7 DdDe manhã, resolvemos pegar um uber e ir até o "Museu do Inconsciente", no engenho velho. Somos muito fãs da Nise da Silveira e foi lindo ver todo o trabalho dela de perto e também os frutos que ela deixou. O museu é vivo, ou seja, os artistas pintam lá dentro e conversam, interagem conosco. É bem incrível e impressionante. Depois almoçamos em uma pensão lá do lado, que o segurança nos indicou por 15 reais e pegamos um ônibus para o centro para depois pegarmos o metrô. Passamos a tarde em Copacabana, que ficava a uns 5 min do hostel a pé. A praia é normal, comparada com as outras praias maravilhosas do rio. Na verdade chega até a ser um pouco suja, tem muitas pombas (o que eu odeio), mas todas as barracas aceitam credito, mesmo que seja mais caro para alugar guarda sol e cadeira. Lá cada cadeira é 10 e o guarda sol é 20. Conseguimos pechincha das cadeiras a 7 reais. Depois jantamos em um PF ótimo que encontramos lá e fomos andar na orla, é muito agradável pois tem muitos vendedores vendendo desde caipirinha até passeios turísticos e ao fundo temos as músicas ao vivo dos quiosques que vão desde samba a rock. Paramos em um quiosque, bebemos duas caipirinhas por 20 reais e depois voltamos para o hostel porque o dia seguinte seria o mais puxado. Dia 8 Acordamos cedo, compramos um cacho de banana, dois litros de água e pegamos o metrô até o jardim oceânico. Nossa próxima parada seria a barra de guaratiba, mais especificamente a pedra do telégrafo. Finalmente pegamos a condução certa, qualquer BRT até o terminal alvorada e depois o ônibus 12 "pingo d`agua" o ponto "ilha de guaratiba" (fica ainda depois da praia do pontal e do recreio). Descemos e eu, como já estava farta de pegar ônibus e demorar para chegar nos lugares, sugeri que fossemos de mototáxi até a entrada da trilha (ficou 30 reais para os dois). Foi uma pequena viagem de uns 25 min bem agradável e nada estressante, mesmo quando chegamos na parte de morro em que o motoqueiro falou para eu segurar nele ou a moto cairia hahaha no final deu tudo certo... Em guaratiba, além das praias selvagens (do perigoso, do meio e outra que eu não lembro agora), temos a pedra do telégrafo e a pedra da tartaruga. A pedra do telégrafo é famosa pelas fotos com ilusões óticas e a da tartaruga é conhecida porque a galera faz rapel lá. A trilha é tranquila e sinalizada até a bifurcação que tem para a esquerda as praias selvagens (3km) e para a direita a pedra do telégrafo (1km). Como queriamos ir primeiro para a pedra, fomos pela direita. Fizemos a escolha infeliz, todavia, de desviar para a próxima bifurcação a direita, que dizia "pedra da tartaruga", pois não queriamos uma trilha engarrafada como estava a do telégrafo. Aí o bagulho ficou sério, a trilha ficou imensa, cansativa, traiçoeira e muito mas muuuuuuuuito longa. Chegamos na pedra da tartaruga quase meio dia, mortos de fome e de cansaço (foi quando descobrimos que deveriamos ter trazido mais comida). Tiramos fotos, ficamos um pouco por lá e resolvemos voltar cerca de 1/3 da trilha para pegar a bifurcação para a praia do meio. Entretanto, a trilha era só de subida, algumas escaladinhas em pedras e eu simplesmente não aguentava mais, estava entrando em fadiga muscular, sol a pino no rosto, perdendo eletrólitos desde o começo da trilha... Conversamos com uns trilheiros que estavam voltando e eles disseram que ainda tinha cerca de 30 min de SUBIDA para chegar na praia do meio, para depois pegarmos outra trilha para ir pra pedra do telégrafo. Não aguentei e nem o meu amigo, resolvemos ativar o modo retirada e voltamos a trilha toooooooooooooda, exaustos. Finalmente chegamos na entrada da trilha, depois de quase 2h de subidas frenéticas, e ai descemos o morro e voltamos de ônibus até o BRT. O nosso erro foi não ter levado mais frutas, gatorade, barrinha de cereal etc e também não ter conversado com os nativos para entender como funcionavam as trilhas. Lá não tem nenhum mapa ou coisa do tipo e depois que você entrou na trilha, basicamente está por conta de deus, pois dificilmente há uma alma viva também. Fizemos o trajeto que geralmente as pessoas fazem para voltar, que é passar por todas as praias e depois pela pedra da tartaruga. Aí a galera vai pela trilha do telégrafo que é mais tranquila. Enfim, aceitamos o ocorrido e voltamos satisfeitos por ter aguentado e visto as praias de cima, lá na pedra da tartaruga. Depois desse dia desistimos de ir para a pedra da gávea, achamos melhor voltar em outro momento com a grana para alugar um guia (+/- 200/pessoa) e ir pela P4. E eu, sinceramente, não queria encarar a carrasqueira com a minha musculatura cansada de final de viagem. Dia 9 Acordamos tarde, almoçamos lá para as 15h no mesmo lugar de sempre e depois ficamos de boa, passeamos na orla e compramos algumas coisas. Nosso ônibus saiu as 23h da rodoviária novo rio.
  9. Olá pessoal, tudo certo? Vou fazer meu pimeiro mochilão em Março e começarei pela Bolivia. Estou com uma dúvida terrível sobre a segurança lá. Quero levar meus equipamentos para fazer algumas filmagens e tirar algumas fotos e queria saber se a Bolívia é um país seguro em relação a assaltos. Sou do Rio de Janeiro e lá eu não consigo fazer nada disso com o mesmo medo. Obrigado desde já!
  10. Acabamos de regressar desta maravilhosa viagem, onde o exercício de resiliência e cuidado mútuo fez parte constante do trajeto; viajamos de carro, partindo de Cacoal, Rondônia, fazendo o já clássico caminho entre Rio Branco (Acre) e Cusco (Peru), passando pelas belas geleiras da cordilheira dos Andes. Estávamos em quatro pessoas, sendo elas duas crianças de 14 e 5 anos. Nestas condições o nível de aventura deve ser moderado, não podendo fazer caminhadas mais longas, ou qualquer outro passeio que demande muito esforço físico e muito menos risco à saúde ou à vida. Saímos de Cacoal junto com um grupo de Amigos até Porto Velho; já na saída um grupo que iria com a gente recebeu a notícia que outros membros da família que iriam se encontrar em Porto Velho haviam perdido o vôo. Logo, iríamos subir até Rio Branco somente em mais outro carro de amigos. O resumo do primeiro dia foi: Cacoal-RO – Rio Branco, Acre. 988km. Os pontos mais relevantes deste dia e que merecem uma observação: 1. Abastecer em Porto Velho é bem vantajoso. Gasolina custando 3,36 antes do aumento de 0,40 do Temer. 2. Comer no Assados; restaurante que fica na rua Carlos Gomes, em frente à Honda. Boa carne assada e postas de Dourado gigantes assadas. 3. Em Abunã, resíduos históricos da passagem da ferrovia madeira Mamoré, incluindo uma locomotiva perdida. 4. A Balsa; elemento jurássico que assola o desenvolvimento da região. 5. O Shopping de Rio Branco, assim como toda a capital estão lindos. Não ficamos hospedados em Hotel. Ficamos na casa do amigo Carlos Frederico. O segundo dia acordamos cedo, mas conseguimos sair mesmo após às oito horas. Tomamos café em um posto de gasolina e seguimos para Assis Brasil. Em Epitaciolândia paramos para sacar dinheiro na agência. Queríamos levar 90% do dinheiro em espécie. Em 2013 levamos em espécie, mas já no final da viagem o dinheiro deu a conta; e muitos locais não passavam cartão de crédito. Importante habilitar o cartão para as transações internacionais. Saímos de Epitaciolândia e seguimos para Assis Brasil, a última cidade brasileira do caminho. Cuidado com este trecho é pouco. O asfalto está destruído em parte do trajeto, necessitando reduzir a zero a velocidade para prosseguir. O Resumo do segundo dia ficou assim: 574km. Rio Branco, Acre. Puerto Maldonado, Peru. 1 Deixe bastante tempo para a imigração e passagem do carro para o Peru. É demorada a saída do Brasil na Alfândega Brasileiro quando tem ônibus também atravessando. Na Aduana peruana, se tiver ônibus ferrou. Nos finais de semana o fluxo é maior. O carro só sai agora com o Suat, um seguro obrigatório. Eles inspecionam o carro e só permitem o pagamento depois da observação e análise do veículo. Demoramos mais de três horas para fazer todos os procedimentos. Aproveitem para trocar sua grana por soles já na divisa. Uma das melhores cotações. Quanto mais entramos no país, menos o real vale. Com exceção de Cusco, que recebe muito bem o real. 2 Viajei com a ideia de cotação entre 1 real para 1 soles. Levei prejuízo. Com o aumento do dólar, consegui comprar soles perdendo 10%. 1 real vale somente 0,90 soles. Prejuízo de 300 reais na troca dos 3,000 reais que levei em espécie. (levei mais 1,000 reais para trocar em Bolivianos). 3 O trecho entre Inapari, primeira cidade Peruana onde fazemos os trâmites, até Puerto Maldonado é de 220 km. Cuidado com o combustível. Existem poucos “grifos” postos de gasolinas no caminho. Cuidado também com os quebra-molas, que são muitos e motociclistas sem iluminação. Passamos a noite e muitos veículos não têm iluminação. 4 Em Puerto Maldonado ficamos no Tropical Inn. Hotel de fácil localização, à 4 quadras da praça de Las Armas de Puerto Maldonado. Ficamos na ida e na volta. O valor de 114 soles. Em média 130 reais para quatro pessoas. Quarto enorme e ótimas camas e banheiro. No entanto, sem café da manhã. No dia que chegamos estava sendo comemorado o aniversário da cidade. Muita festa na praça principal, com um show de músicas locais; uma mistura de aviões do forró com calypso. Sensacional. Comemos pizza e experimentei uma coxinhas de rua, feitas de massa de mandioca, também comi as papas helenas. Deliciosas. 5 Já tome as deliciosas Cusquenas. Cervejas maravilhosas de Cusco. Aproveite o calor da cidade para beber, pois em Cusco o clima não é tão propício. Em Cusco gostoso é a Pisco Sour, bebida com aguardente de uva e clara de ovo. Dormimos com a ansiedade da subida pela cordilheira, levando em conta que estávamos com crianças e não sabíamos as reações, principalmente da menor com 5 anos. Amanhã continuo com o dia D da subida à cordilheira.
  11. Olá pessoas, sei que tá em cima da hora mas tô indo amanhã passar a virada do ano em Copacabana. Estou sem companhia esse ano, alguém tem algum grupo de "perdidos" pra me adicionar ou marcar de nos encontrarmos?
  12. Olá mochileiros *_* Eu e o Dan passamos 8 dias - janeiro de 2017 - em terras bolivianas como parte do nosso pequeno mas sensacional mochilão de 20 dias pela América do Sul, onde passamos pelo Chile, Bolívia (no qual dedico esse relato) e o sul do Peru. Relato Chile: o-fantastico-chile-santiago-embalse-el-yeso-valpaiso-vina-e-san-pedro-de-atacama-com-fotos-roteiro-e-gastos-2017-t140000.html Relato sobre Puno/Peru: https://www.mochileiros.com/o-lindo-sul-do-peru-puno-lago-titicaca-e-ilhas-uros-e-taquile-janeiro-2017-com-roteiro-e-fotos-t142889.html Viemos direto do Chile, onde contratamos o tour de 3 dias pelo deserto saindo de San Pedro de Atacama(custou 100 mil pesos chilenos por pessoa - 500 reais - e inclui todo o transporte, alimentação e hospedagem ),nessa que foi a experiência mais exótica e inesquecível de nossas vidas , onde vimos inúmeros vulcões, lagoas, geysers e até neve Além de passarmos pelo deserto da Reserva Eduardo Avaroa e pelo salar de Uyuni (incluído nesse tour) visitamos também as cidades de Uyuni, La Paz e Copacabana, o lago Titicaca e a linda Isla del Sol Apesar da maior parte dos relatos sobre a Bolívia falarem de eventuais perrengues (principalmente no salar) não tivemos nenhum tipo de contratempo, UFFA Ao todo gastamos cerca de 5.500 reais por pessoa no mochilão, já incluindo as passagens (parte mais cara da viagem, 2 mil reais ida e volta ), sendo que na Bolívia gastamos um pouco mais de 500 reais (tirando o passeio pelo deserto, pago no Chile) um valor relativamente baixo, o que comprova que o país é um dos mais baratos para se viajar Para ver mais fotos, acesse meu insta: https://www.instagram.com/rafah.meireles/?hl=pt-br ou face: https://www.facebook.com/rafael.henriquecarter A Bolívia é um país de contrastes, com uma pobreza explicita e que tem uma cultura forte e unica, completamente diferente da nossa. E é justamente essa diferença cultural que nos encanta e que nos faz ficar impressionados com esse pequeno país de pouco mais de 10 milhões de habitantes. Pelas ruas das cidades e vilarejos que visitei percebi coisas como o modo de vida simples, a influência do campo em boa parte da população e a forte presença até hoje de elementos das culturas originárias, como o uso da língua quechua, por exemplo. As cholas, mulheres que usam roupas típicas, são o mais claro exemplo da resistência boliviana contra a cultura ocidental. Interessante também são as diferenças nos costumes entre os bolivianos de diferentes regiões, principalmente em La Paz, a mais 'americanizada' cidade do país. Os bolivianos são, no geral, bem tímidos e não gostam de se comunicar tanto, principalmente as cholas, que só falam o básico do que é perguntado a elas. São bem acolhedores e prestativos, principalmente em La Paz, porém também tivemos atendimentos bem duvidosos, diria até grosseiros, em vários lugares. Alimentação: Um dos pontos que mais me impressionou no país foi a alimentação, tanto em sabor quanto em variedade de pratos - na maioria dos restaurantes que fui as entradas custavam entre 15 e 20 bolivianos e as sopas são as entradas mais populares (destaque para a sopa de tomate ), já o prato principal fica entre 40 e 60 bolivianos e o suco natural 8 bolivianos. Bolos e doces no geral saem entre 5 e 15 bolivianos e são bem gostosos, melhores que os doces chilenos Porém, como a higiene não é um dos fortes do país, é preciso escolher bem o lugar onde você irá comer. Dê preferência a cafés e restaurantes que já foram indicados por outros viajantes e tente evitar a tradicional comida de rua, já que a comida fica exposta sem nenhuma proteção e é quase sempre servida com a mão, com isso as chances de você ter um piriri são grandes Ande sempre com um alcool em gel, pois na maior parte dos banheiros, além de não haver limpeza, não há agua para lavar as mãos Em Uyuni, a avenida Potosí e a Plaza Arce são repletas de pubs e pizzarias com ambientes bem legais. Em La Paz, eu super indico o Café del Mundo (Calle Sagarnaga, 324), que apesar de ser um pouco caro se comparado com outros cafés da região, tem uma ótima localização e um dos melhores e mais gostosos cardápios da cidade - foi aqui que tomei o chocolate quente mais gostoso da minha vida . Em Copacabana eu comi em um restaurante muito gostoso e barato na Calle Baptista, porém não lembro o nome dele Altitude e temperaturas: Sinceramente nós não tivemos nenhum problema com a altitude em toda a Bolívia - e olha que chegamos a 5 mil metros de altitude . O máximo que senti foi um pouco de falta de ar em algumas subidas, mas ao longo da viagem vi muitos relatos de pessoas que vomitaram e até desmaiaram devido ao mal de atitude, então é sempre bom andar com algum remédinho e claro, mascar muitas, mas muitas folhas de coca Outra coisa importante: apesar de janeiro ser verão no país, não se engane, faz muitooooo frio - Durante o dia as temperaturas até sobem e faz um calor gostoso, nada excessivo, porém a noite venta muito e as temperaturas despencam, principalmente no deserto e no salar (chegamos a pegar 0 grau na primeira noite ). Leve segunda pele, casaco corta vento, luvas e toca. Dê preferência também a tênis de escalada ou algum outro sapato de sola alta e que não escorregue com facilidade, pois o chão do deserto é bem escorregadio em alguns pontos e se o salar tiver alagado, vc evita de molhar os pés Câmbio: Em basicamente toda a Bolívia a cotacão estava em 1 real = 2 bolivianos, mas sempre vale dar uma pesquisada. Em Uyuni, as casas de cambio ficam na Avenida Potosí, na região da Plaza Arce. Em La Paz, elas ficam espalhadas pela região da avenida 16 de Julio. Já em Copacabana, você consegue encontrar na região da avenida Costanera. Trocamos o equivalente a 1.200 bolivianos e foi mais que sificiente para passarmos 8 confortáveis dias no país. Hospedagem: Como fizemos o passeio de 3 dias pelo deserto saindo do Chile, as duas primeiras noites ficamos em alojamentos conveniados com a agência - porém no hotel que ficamos hospedados em Uyuni, a diária saia 100 bolivianos por pessoa, por quarto privativo ou casal e ducha quente (que não estava nem um pouco quente, mas o hotel é bem confortável). Em La Paz ficamos no The Adventure Brew, um gigantesco mix de hostel e hotel na avenida Ismael Montes, bem pertinho da Rodoviária - o quarto compartilhado com 12 pessoas saiu por 63 bol. e a estrutura do hotel me surpreendeu positivamente. Em Copacabana ficamos no Mirador, um dos maiores hoteis da cidade e que fica de frente ao Lago Titicaca - saiu 50 bol. a diária por pessoa por um quarto com vista para o lago No geral, as acomodações são bem simples mas confortáveis e o melhor, super baratas Fique atento se o hotel oferece ducha quente, pois você vai ver a diferença! Transporte: Infelizmente a Bolívia ainda carece de infraestrutura em muitas coisas e tanto as rodovias quanto as companhias de ônibus do país deixam muito a desejar. As estradas do país em sua maioria não tem asfalto e as ruas dos centros urbanos não tem eletricidade e o esgoto corre a céu aberto. Felizmente a rodovia que liga Uyuni a La Paz foi recentemente asfaltada, o que deixou a viagem de 8 hrs de ônibus entre as duas cidades bem mais confortável (120 bol. por pessoa). Já as viações (com exceção da Todo Turismo, que faz a rota anteriormente citada) contam uma frota de ônibus extremamente antigo, com assentos apertados (alguns estão quebrados e não tem sinto de segurança) e o atendimento é bem desorganizado (muitas empresas não tem sistema computadorizado e os assentos comprados são marcados em papéis). Inclusive, quando estávamos indo para Copacabana, a empresa Titicaca vendeu os mesmos assentos que compramos para outras duas pessoas, olha só a confusão Segurança: Não é porque um lugar é pobre que necessariamente é violento e a Bolívia é um claro exemplo disso, já que em nenhum momento me senti inseguro, mesmo com alguns moradores locais nos contando que a violência urbana é bem comum nas grandes cidades. Então é bom sempre pesquisar sobre as regiões que você vai visitar, evitar grandes aglomerações, não ostentar objetos caros e ficar sempre de olho no celular e na carteira no bolso Dia 1: Como disse anteriormente, compramos nosso passeio pela Reserva Ecológica Eduardo Avaroa em San Pedro de Aatacama, no Chile, por 100 mil pesos chilenos (algo em torno de 500 reais) na Colque Tours (localizada na Calle Caracoles). Essa agência tem unidades tanto em San Pedro quanto em Uyuni e tem um atendimento bem legal, apesar de ter vendido algumas informações erradas - no folheto dizia que passaríamos a segunda noite hospedados no Hotel de Sal, o que não ocorreu e os nossos companheiros de viagem compraram o pacote com um guia bilingue, o que também não aconteceu O guia nos pegou no hostel na manhã de terça e nos levou até um restaurante para tomar café da manhã. lá conhecemos nossos companheiros de viagem: A Anja e a Cindy, ambas da Suíça e o Cédrick do Canadá - demos muita sorte já que o pessoa eral super legal, pq passar 3 dias com gente chata não dá Depois de uma hora e meia (o guia estava atrasado) fomos de van até a imensa fila da imigração chilena. Tudo certo seguimos até divisa com a Bolívia, onde fica a imigração - é uma pequena casinha no meio do nada cercada por várias montanhas - foi aqui que trocamos de carro e seguimos viagem em um 4 X 4 com o guia Victor, um boliviano muito simpático e gente boa , que adora musica brasileira e que morre de vontade de conhecer o Brasil Os destinos do dia foram: Laguna Blanca Laguna Verde Águas Termais Geysers Sol de Mañana Laguna Colorada Um lugar mais lindo que o outro. Todos eles ficam dentro da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa - é necessário pagar uma taxa de 150 bolívianos para entrar no parque. Eles lhe entregam um bilhete que é necessário devolve-lo no dia seguinte, na saída do parque, então tome cuidado para não perde-lo :'> É bom também levar uns bolivares a mais para pagar banheiro ou comprar alguma coisa nas paradas. Na volta da laguna Colorada começou a nevar do nada . Claro que foi uma neve bem fina e rápida, mas que pra quem nunca viu isso, foi demais Seguimos então para o nosso refúgio da noite, uma pequena hospedaria no meio das montanhas, a quase 5 mil metros de altitude - sem água quente, sem eletricidade e com um jantar delicioso (foi nosso primeiro dia sem tomar banho haha, já que a ninguém tem coragem de nefrentar um banho gelado a quase 0 grau). Dia 2: Acordamos cedo, tomamos café da manhã e seguimos para o dia mais longo do tour, onde visitamos: Deserto Siloli Arbol de Piedra Deserto Salvador Dalí Lagunas Altiplânicas Vilarejo de Alota Cidade de San Cristóbal Cemitério de trens - arbol - terma Depois seguimos por conta da agencia até um hotel no centro da cidade de Uyuni. Apesar da ótima localização, de ter quartos individuais, ter Wi-fi e ser bem confortável, não tinha água quente novamente Para quem se interessar, o hotel se chama Kutimuy e as diárias custam 100 bol. por pessoa (achei caro para o padrão da cidade). Dia 3: Acordamos antes as 4 da manhã e seguimos até o ponto alto de todo o passeio, o incrível Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. Por ser temporada de chuvas, parte do deserto estava alagado o que me proporcionou a paisagem mais linda que vi na vida . É FANTÁSTICO, SENSACIONAL, MARAVILHOSO ver o nascer do sol refletido no salar alagado, algo que não tem explicação, fiquei arrepiado e até emocionado. Sério, é demais !!!! Depois seguimos até o famoso hotel de sal que fica no meio do salar para tomar café da manhã e depois fomos tirar várias fotos no Monumento Dakar Rali, no Monumento das Bandeiras e claro, tirar as engraçadas fotos de ilusão de ótica na parte seca do salar Com isso chegava ao fim nosso tour pelo deserto e nosso grupinho iria se separar O Cédrick iria voltar para San Pedro, a Cindy iria para Sucre e a Anja seguiria conosco até La Paz naquela mesma noite - compramos as passagens na noite anterior por 120 bol. em um bus super confortável, com tv, jantar e café da manhã incluso. Mas antes demos uma volta na cidade de Uyuni para conhecer melhor a cultura boliviana. A cidade em si é bem bagunçada, mas a região da Plaza Arce é bem interessante (cheia de pubs e restaurantes que ficam repletos de turistas). Dia 4: Depois de 8 hrs de viagem finalmente chegamos em La Paz, uma das cidades mais altas do mundo e o principal centro financeiro e comercial da Bolívia e onde estava muito frio Fomos para nosso hostel, tomamos banho quente (uffa), dormimos e depois fomos bater perna na cidade. Visitamos nesse dia: Plaza Mayor Museu San Francisco Igreja de San Francisco Mirador Killi Killi Plaza Murillo Palácio do Congresso Palácio do Governo Catedral Metropolitana Teatro Municipal A início pretendiamos ficar 3 dias na cidade, porém como a cidade não tem muitos atrativos fora o Chacaltaya, decidimos pular a escalada a essa montanha e irmos para o Peru, algo que não estava nos nosso planos haha. Puno, cidade base para visitar o lado peruano do Lago Titicaca, fica a apenas 7 horas de La Paz e a passagem custa apenas 80 bolivianos. Ficamos 3 dias incriveis na cidade. Para ver meu relato sobre Puno: https://www.mochileiros.com/o-lindo-sul-do-peru-puno-lago-titicaca-e-ilhas-uros-e-taquile-janeiro-2017-com-roteiro-e-fotos-t142889.html Dia 5: Depois que saímos de Puno, no Peru, finalmente chegamos em Copacabana, a turística cidade as margens do Titicaca. No primeiro dia na cidade visitamos o Cerro do Calvário, uma grandiosa montanha no centro da cidade e que oferece uma vista espetacular de toda a região . mas prepara-se, porque a subida é ingrime e a altitude também não colabora muito, quase morremos !!! haha Hj brincamos que a parte mais dificil da viagem foi chegar no calvário Dia 6: Nesse dia acordamos cedo para irmos até a famosa Isla del Sol , que fica no Lago Titicaca. Qualquer agência na cidade realiza esse que é o passeio mais famoso da região - compramos em uma das cabines que ficam localizadas na avenida Costanera, com os caras que ficam gritando ''isla del sol, isla del sol'' . Existem várias opções de passeio: a que leva vc até apenas a parte sul da ilha, a que leva vc apenas até a parte norte, o passeio que inclui isla del Sol e isla de la Luna, e tem passeio apenas de ida ou apenas de volta, fica a sua escolha. Compramos os bilhetes para conhecer a parte norte da ilha (30 bol. cada um) que é a parte mais bonita da ilha e onde ficam as antigas ruínas incas O passeio até a ilha é feito em um barquinho bem velho, sem cinto, sem coletes salva-vidas, sem nada!!! O dia estava bem nublado e chovia um pouco na hora, ou seja, as águas do Lago Titicaca estavam super agitadas e o barco balançava demais . Foram momento de muito medo haha, mas sobrevivemos Por sorte, assim que chegamos na ilha, o sol saiu e pudemos apreciar as fantásticas paisagens da ilha emoldurada pelas águas azuis do lago Lindo demais!!! Dia 7: Nosso último dia em Copacabana e também o dia mais chuvoso e frio de toda a viagem haha. Como nosso bbus para La Paz saía apenas as 18 hrs (Fomos com a empresa Titicaca, 30 bolivares, 4 hrs de viagem) fomos dar uma volta pelo centro antigo de Copa. Conhecemos a grandiosa e bela Basílica da Virgem de Copacabana, um dos lugares mais sagrados do país e depois fomos visitar o cemitério da cidade (sim, adoro arte tumular ). Como a chuva não parava de jeito nenhum, ficamos enrolando no hostel e depois enrolando mais ainda no restaurante onde almoçamos (aproveitamos o wifi tbm haha). Depois embarcamos no bus - fizemos uma viagem super tranquila - chegamos na rodoviária de La Paz. Pegamos um táxi até o pequeno, mas moderno aeroporto El Alto (60 bolivianos) e passamos a noite lá. Dia 8: As 5 da manhã embarcamos em nosso voo Latam com destino a Lima, onde faríamos uma escala de 6 horas. As 12 hrs embarcamos novamente e as 20 hrs chegamos em terras brasucas, no aeroporto de Guarulhos. Chegava ao fim nosso sensacional mochilão . Espero que tenham gostado do relato
  13. Galera, não sei qual passeio vcs fizeram Mas a Ilha do Sol é um lugar paradisíaco. Nós pagamos Bs20 e pagarei 100 se voltar pra lá em dezembro e poder ficar lá uns dias. O lugar é realmente fora de série. Pessoalmente para mim foi uma surpresa igualda somente por Machu Picchu. não sei o q houve, mas por favor descrevam seus passeios. Tudo bem q na Ilha da Lua vale somente a Pedra da Lua, mas a Ilha do Sol é um lugar acima do normal. Vale a pena sim!!!
  14. Olá! Resolvi fazer o relato da minha viagem que foi beem tranquila, não passei nenhum perrengue e me surpreendi com a Bolívia! Fui pra Bolívia pela Gol, pra Santa Cruz em um vôo bem rápido. Não tinha milhas, então minhas passagens não ficaram tão baratas. Os valores colocarei abaixo. Cheguei em Santa Cruz as 13:00 e ja comprei minhas passagens de avião de Sucre para Santa Cruz pela Amaszonas, mas NÃO recomendo essa companhia, mais na frente eu conto o porquê ! Peguei um transporte coletivo para o centro, já tinha lido que o táxi cobraria um valor maior ja que o aeroporto fica distante da cidade. No ônibus pedi socorro para um rapazinho que me informou onde descer e pegar um táxi para o terminal bimodal, onde eu pegaria um ônibus no mesmo dia para La Paz. Assim eu cheguei no tal terminal e já comprei nossas passagens pra La Paz. O terminal é bem movimentado, mas nada que fosse diferente das rodoviárias daqui. Nesse terminal foi onde encontrei o melhor câmbio durante a minha viagem: R$ 1,00 - Bs 1,88. Depois encontrei um brasileiro q mora em Santa Cruz e ele disse que em câmbios no centro dá pra encontrar R$ 1,00 - Bs 2,00, mas não tive a sorte de de encontrar! Valores para 2 pessoas Passagens são Paulo - santa cruz: R$2.200,00 Passagens Santa Cruz - La Paz: Bs 260,00 Passagens Sucre - Santa Cruz: Bs 800,00 Táxi para terminal Bs 15,00 Dica SEMPRE peça desconto em tudo, eles aceitam tão facilmente que achei q devia ter pedido um desconto maior!
  15. Eu e minha irmã Manu fizemos essa viagem pra Bolívia do dia 27 de dezembro de 2016 ao dia 05 de janeiro de 2017. Foi uma experiência liiiinda e emocionante e eu já tô morrendo de saudades! Vou tentar relatar um pouco do que vivemos lá e dar algumas dicas de lugares e coisas pra fazer. Vou tentar relatar também alguns semi perrengues que vivemos que teríamos conseguido evitar com um pouco mais de informação. Mas o mais importante: SE VOCÊ TÁ PENSANDO EM IR PRA BOLÍVIA, FAÇA ISSO! Vale muito a pena! Começamos com os preparativos como a vacina pra Febre Amarela que foi bem tranquila de tomar, a Manu tomou em Criciúma - SC onde ela mora e eu tomei em Sorocaba - SP, e no mesmo local conseguimos pegar o Certificado Internacional de Vacina, o CIV (mas eles geralmente emitem o certificado em um dia específico da semana, é só se informar no posto onde você fizer a vacina). Aqui tem a lista dos postos onde rolam a vacina no Brasil: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/viajante/centros.pdf Reservamos os hostels pela internet pois ficamos com medo de ficar sem vaga! Valeu a pena ter feito a pesquisa porque no fim escolhemos lugares bacanas, mas numa próxima eu não faria a reserva antecipado, sempre sai mais barato deixar pra reservar pessoalmente. Levamos o dinheiro em dólar e trocamos lá por bolivianos, foi bem tranquilo e acho que no fim compensou levar em dólar. No final da viagem a gente tava quase sem dinheiro e tínhamos 40 reais na carteira que trocamos por bolivianos e essa grana acabou ajudando bem! rs Nosso itinerário foi: uma noite em La Paz, duas noites em Copacabana e mais 6 noites em La Paz novamente. A gente tava meio sem grana então resolvemos ficar mais dias em La Paz ao invés de tentar visitar várias cidades correndo. Também foi uma escolha pessoal porque sempre que viajo prefiro tentar ficar alguns dias na mesma cidade e conhecer bem o lugar. O que eu mudaria nesse itinerário hoje seria incluir uma noite a mais em Copacabana, pra mim e a pra Manu a experiência lá foi incrível e a gente certamente ficaria mais uma noite! Viajamos com a BOA, a Boliviana de Aviación, que é uma estatal boliviana. A nossa experiência com a boa foi bem tranquila. Apenas na volta tivemos um atraso de umas duas horas e meia em Santa Cruz de la Sierra porque tiveram que trocar de aeronave e a falta de comunicação e informação por parte da empresa deixou tudo um tanto confuso e muito cansativo (mas descobrimos que isso é uma coisa comum na Bolívia, não é um demérito só da BOA). Fora esse episódio na volta, correu tudo bem e não tivemos outros atrasos. Os aviões eram confortáveis e normais e o serviço de bordo era atencioso. A comida servida era bacana também. Recomendo a empresa, o custo benefício foi bom! CHEGANDO EM LA PAZ Em nenhum momento pediram a CIV e tivemos que preencher uns papeis pra entrar e sair do país, mas foi bem tranquilo. Já na viagem conhecemos um paulistano muito bacana chamado Sérgio (salve Sérgio!) e depois dois brasilienses também muito legais na alfândega, o Erick e o Alfredo (salve galera!). Sentimos uma leve tontura ao desembarcar do avião, mas não foi nada tão assustador e felizmente o soroche não nos fez tão mal. A gente sentia um pouco mais de dificuldade pra dormir, acordávamos algumas vezes durante a noite nas primeiras noites e sentíamos muito cansaço e coração acelerado pras subidas e esforços maiores (isso a Manu sentiu mais que eu, mas não foi nada demais tbm). Chegando em La Paz o Erick e o Alfredo não tinham hostel reservado ainda e foram pro mesmo hostel que a gente, rachamos um taxi e ficou 30bs por pessoa (depois descobrimos que isso era um pouco caro, mas eles cobravam por pessoa de qqr forma). Fomos ao BUNKIE HOSTEL, que fica na Avenida Montes, na região central. Super recomendo o Bunkie Hostel, fica bem próximo do Terminal de Ônibus de La Paz (5 minutos apé), do Mercado Lanza e da Calle de las Brujas e também bem perto de vários restaurantes e casas de câmbio. Além disso o hostel é muito aconchegante e bem seguro! Olhando de fora parece bem velho e esquisito, mas por dentro é limpo e quentinho, a água do chuveiro esquenta e as camas são realmente MUITO confortáveis e tem os melhores edredons que eu já usei (sem exagero rs). Como a gente já tinha reservado antes, eu e minha irmã pagamos 70bs por pessoa a diária em um quarto compartilhado feminino com direito à café da manhã. O Erick e o Alfredo que reservaram na hora conseguiram um quarto apenas pros dois pelos mesmos 70bs por pessoa (o quarto deles era pequeno mas eles falaram que compensa). TRAJETO PRA COPACABANA No dia seguinte fomos pra Copacabana a partir do Terminal de Buses que é ali pertinho e descobrimos que há vários horários de ônibus e várias empresas que fazem o trajeto. Chegamos meio perto da hora e não conseguimos ônibus pras 14h, então tivemos que ir as 16h30 por uma empresa que não lembro o nome mas é o GUICHÊ 14 e NÃO recomendo. Foi 35bs por pessoa e a viagem dura cerca de 4 a 5hs contando com o trajeto da balsa. A empresa era meio confusa e não informava nada direito, a viagem até que foi ok mas dava pra ter sido mais tranquila(rs). Descobrimos na hora de embarcar que era tipo um microônibus pra 30 pessoas e que as malas tinham que ir amarradas em cima do ônibus (tava chovendo haha), eles colocavam uma lona por cima depois mas a gente entrou com a mala mesmo no busão. Eu e a Manu ficamos apuradíssimas pra fazer xixi durante todo o trajeto, acho que a gente tava tomando muita água porque o clima lá é MUITO seco e deu ruim (rs). Durante um engarrafamento saindo de El Alto alguns caras desceram pra fazer xixi na beira da estrada mas dps eles tinham que correr pra alcançar o ônibus e a gente ficou com um pouco de medo de arriscar haha ficamos na esperança de chegar logo a hora da balsa pra gente poder fazer xixi mas demorou mais de 3 horas e foi meio sofrido. Quando paramos pra pegar a balsa o motorista só mandou todo mundo descer e não avisou nada. Já era noite e corremos pra fazer xixi, os baños públicos estavam fechados e fizemos xixi em baixo de uma escada junto com outras pessoas desesperadas hahahaha quando fomos pegar a balsa descobrimos que a balsa em que estavam as pessoas do nosso ônibus tinha acabado de partir, tivemos que esperar a próxima balsa (que demorou uns 10 minutos pra sair) e nesse meio tempo vimos a balsa com o nosso ônibus começando a fazer a travessia. Ficamos desesperadas achando que o ônibus chegaria lá antes da gente e fosse partir sem nós e com a nossa mala, só mais tarde descobrimos que isso não acontece pq a balsa do ônibus é BEM mais lenta e demora pra chegar do outro lado, mesmo que você parta depois dele. Informação importante: (só descobrimos depois né hahaha) mas é melhor esperar pra usar o banheiro e comprar comida se precisar do outro lado, depois que fizer a travessia com a balsa, lá você vai ter um tempinho pra esperar o ônibus de qualquer forma e aí não tem erro. Eu já tinha lido que o ônibus vai em uma balsa e as pessoas vão em outra, mas eu imaginava que era algo mais organizado e que todo mundo que tava num mesmo ônibus ia junto. Acho que vale ressaltar aqui que é assim desorganizado mesmo: rola uma fila pra pegar a balsa e mistura a galera de vários ônibus e quando vc chega do outro lado vc tem que esperar um tempo até o seu ônibus chegar e é só ficar meio ligado pra não perder ele. Se eu soubesse disso antes não tinha sofrido em vão haha e o fato de já ser noite deixou tudo mais assustador também. No fim demoramos um pouco mas encontramos a galera do nosso ônibus do outro lado e logo embarcamos no ônibus de novo. Chegando em Copacabana estávamos famintas depois de muitas horas sem comer e decidimos pegar um taxi até o hostel pra ser mais rápido, rachamos o taxi com um amigo iraniano que fizemos no ônibus, o Fred, e a corrida ficou por 10bs. Passamos o nome da rua e o nome do hostel pro taxista e ele nos levou pro lugar errado. Chegando lá era uma estradinha de terra e ela não podia entrar com o carro e falou pra irmos apé que o hostel ficava logo em frente, achamos um pouco estranho mas descemos e logo vimos que era o hostel errado! Ele tinha nos levado pra um hotel chique e mais reservado chamado “A Cúpula” que a gente jamais teria condições de pagar hahaha mas eles nos deixaram usar o wifi e nos explicaram onde ficava nosso hostel. Fomos a pé arrastando as malas pela estradinha de terra e depois de algumas subidas finalmente achamos nosso hostel. Nessa noite saímos só pra jantar junto com o Fred perto do hostal (a comida costuma demorar bastante nos restaurantes em Copacabana, melhor não esperar ficar faminto pra procurar um lugar rs) e depois tomamos um pouco de vinho. Ficamos hospedadas no Hostal Olas del Titicaca, que fica bem localizado e foi ok. Não é ótimo, mas pagamos 55bs por pessoa a diária em um quarto para mim e minha irmã com banheiro particular e café da manhã. O chuveiro não esquentava e saia só uma gota de água, mas dps descobrimos que em outros quartos até que funcionava melhor. Pela localização e preço vale a pena sim, mas não foi nada demais e se você quisesse chegar depois das 1h tinha que bater na porta até ser ouvido pq não ficava ngm na recepção de madrugada(rs). Mas a estadia foi tranquila. VISITA À ISLA DEL SOL No dia seguinte visitamos a maravilhosa Isla del Sol. Os passeios todos são as 8h30 ou as 13h30. Fomos no das 8h30 e como acordamos meio atrasadas compramos o passeio direto no hostal! Pagamos 35bs por pessoa ida e volta (uns amigos que compraram fora do hostal pagaram 30bs por pessoa) e fomos com a empresa Andes Amazonia, a empresa era bacana! O barco era bem confortável e parecia seguro e ngm tinha que ir engolindo fumaça gasolina como eu li em alguns relatos aqui antes (rs). Conhecemos dois argentinos muito divertidos no barco, o Ricardo e o Facundo, com quem fizemos parte da trilha. Fomos até a parte norte da ilha, de lá fizemos a trilha até a rocha sagrada (ida e volta dá umas 2h30 de duração) e voltamos as 13h30 pra pegar o barco até a parte a sul da ilha, onde iríamos almoçar. Também tem a opção de ir apé até a parte sul (são 8km de caminhada) mas creio que é meio corrido pra quem tem que estar lá até as 15h30 pra voltar pra Copacabana com o mesmo barco. A trilha até a rocha sagrada é linda linda e o guia vai explicando algumas coisas pelo caminho. Tem umas subidas um pouco íngremes, minha irmã sentiu bastante cansaço nessa caminhada e o nosso guia, o Fermin, descolou uma plantinha nativa de lá pra ela esfregar na mão e inalar que ajudava na respiração, ele era muito legal. No final do passeio os guias pedem uma contribuição de 10bs por pessoa, mas só contribui quem quer. Na volta tivemos que dar uma corrida pq o barco só espera até as 13h40 e foi um pouco desesperador novamente, mas foi um desespero numa vista linda, pelo menos haha então acho que vale ressaltar que você volta exatamente pelo mesmo caminho que percorreu pra chegar até a rocha, até chegar novamente no local da ilha onde os barcos ficam atracados, que é de onde você vai partir. Quando você chegar lá em cima e o guia encerrar as explicações, você já pode começar a voltar se quiser. A gente não sabia disso e ficou meio que esperando o guia e meio que curtindo a vista maravilhosa (rs) e deixou pra voltar junto com o guia, mas se a gente tivesse saído um pouco antes teríamos ganhado uns 20 minutos preciosos pra depois não precisar sair correndo (literalmente hahaha) pra não perder o barco. Nossos amigos brasileiros Amanda e Brunno estavam na mesma que a gente na volta da trilha, a gente ainda não tinha se conhecido naquele momento mas acho que compartilhar aquele breve desespero na ilha maravilhosa foi importante pra estreitar os laços da nossa amizade depois hahaha <3 Você paga 15bs pra entrar na parte norte da ilha e depois mais 10bs pra entrar na parte sul, mas esse passeio vale muito a pena com certeza e numa próxima visita quero dormir pelomenos uma noite na Isla. <3 Na parte sul da ilha almoçamos num lugar bem simples gerido por várias cholas, acho que eram uma família, custava 30bs por pessoa e o prato era arroz, batata, salada e truta fresquinha do lago. Eu não sou uma grande fã de peixe mas esse era especial então eu provei e estava realmente muito gostoso. O resto da comida tava meio gelada e sem gosto pq elas tavam numa super correria atendendo várias pessoas, mas a truta fazia valer a pena. Demos uma descansada lá, compramos uns artesanatos baratinhos de presente pros amigos e logo deu a hora de voltar. Fui lavar minha mão na fonte que tem lá na parte sul e nesse momento uma cholita também foi lavar a mão e tomou um pouco de água, eu me senti super conectada com ela e com a pachamama (rss) e resolvi tomar um gole da água tbm achando que estava vivendo um momento mágico, mas a água tinha um gosto estranho e quando recuei alguns passos eu vi que era um cano que levava água até a fonte hahahaha no fim não passei mal e foi tudo susse, mas não recomendo que tomem essa água, melhor só lavar a mão. No barco na volta pra Copacabana conhecemos um casal de brasileiros muuuito legais, o Brunno e a Amanda (salveeee galera!), fizemos amizade e combinamos um rolê mais tarde. A noite saímos com o iraniano Fred, o Brunno e a Amanda e graças a eles tbm conhecemos outro casal de brasileiros muito legais, o Ciro e a Fran e fomos todos beber em um bar chamado Puerto Viejo numa ruinha principal de Copacabana que eu super recomendo. Tava rolando música ao vivo nessa noite, um jazz com reggae e foi BEM legal! Rolava 2 litros de chop (gelado, isso é importante!) por 55bs e eu que gosto de tomar vinho pude comprar uma garrafa de vinho num mercadinho em frente (por 20bs) e levei pra tomar no bar sem problemas. O dono desse bar é um chileno bem animado haha e também rola umas comidinhas gostosas por lá. Foi uma noite muito divertida, entoamos um FUERA TEMER juntos e descobrimos que tem muitos cachorros de rua bem cuidados em Copacabana, todos são enormes e muito carinhosos e então fizemos vários amigos caninos na madrugada tbm. DE VOLTA PRA LA PAZ No dia seguinte acordamos e compramos a passagem de volta pra La Paz pras 13h30, o ônibus saia pertinho do hostal e a empresa chamava Panamericana (se não me engano), era um ônibus MUITO mais confortável e a empresa muito mais organizada do que a que usamos na ida e custou 40bs por pessoa. Valeu muito a pena. Aproveitamos a manhã pra passear pelas ruinhas lindas de Copacabana, compramos alguns artesanatos e almoçamos em um lugar gostoso e muito barato chamado Alax Pacha, onde pagamos 20bs por pessoa por um almoço que incluia uma sopa de entrada, spaghetti à bolonhesa de prato principal e panqueca de mamão com chocolate de sobremesa. Depois descobrimos que dava pra ter feito um pedido só e dividido por duas, era muita comida (inclusive na maioria dos restaurantes onde comemos a gente podia ter feito isso, mas só percebemos quase no fim da viagem)! Embarcamos pra La Paz as 13h30 e tudo correu bem na viagem de volta. CONTINUA Espero ainda essa semana fazer o restante do meu relato! Ainda tem minha irmã passando mal no dia da virada do ano, meu pé torcido no Chacaltaya e muitas emoções! rs =)
  16. Pois bem, vamos a mais um relato Antes de iniciar vou colocar o valor gasto ANTES da viagem com passagens aéreas que comprei pela internet. Passagem SP - Sta. Cruz - SP - R$ 2.936,10 Passagem Sta. Cruz - La Paz - R$ 545,45 Passagem Sucre - Sta. Cruz - R$ 357,72 TOTAL PASSAGENS AÉREAS - R$ 3.838,67 Lembrando sempre que TODOS os valores são referentes a 2 pessoas!!! DIA 01 - 27/12/16 - SP - Sta. Cruz de la Sierra - La Paz Saímos de Guarulhos às 10h25min e chegamos em Sta Cruz de la Sierra às 11h20min. O fuso horário é de 2h, e o voo demorou umas 3h. Fomos com a GOL, e no percurso nos dão um sanduíche para comer. Decidimos ir para Sta. Cruz em razão do valor da passagem. Para La Paz era uns 500 reais e mais por pessoa, e indo pra Sta. Cruz e depois pra La Paz em gastei 500 nas 2 passagens, então valeu a pena. Chegando em Sta. Cruz começa o martírio boliviano: A IMIGRAÇÃO!!! Era só o nosso voo, mas demorou 1h pra passar. Por isso vai uma DICA: se for fazer conexões na Bolívia, deixe um espaço considerável de tempo. Nós chegamos às 11h30min, e o nosso voo para La Paz saia às 14h30min, então tinha tempo. Depois dos trâmites burocráticos fomos trocar dinheiro (levei 1800 dólares ao todo). Trocamos 100 dólares por uma cotação de 6,85 bolivianos no aeroporto. Achei que seria pior... Almoçamos (custou Bs 130,00) e ficamos aguardando o voo pra La Paz. Já tinha comprado pela internet voo com a Amaszonas (https://www.amaszonas.com/es-bo/). Li no fórum que os aviões na Bolívia costumam atrasar, mas os deles não, porque são menores. Chegamos em La Paz ali pelas 15h30min e já sentimos um pouco do Soroche . 4 mil metros acima do mar não é pra qualquer um. Fomos atacados por um taxista que cobrava 60 bolivianos para ir até o Hostel. Como eu tinha anotado + ou - esse valor, aceitamos. DICA: Você pode ir de van (2Bs), mas a mochila vai incomodar um bocado. Também pode pedir um taxi (ou van) até o teleférico vermelho. Ele vai te deixar no centro turístico de La Paz e custa 3 Bs. DICA 2: Nós quando fomos pro Peru usamos Ginkgo Biloba, nos ajudou bastante. Dessa vez também usamos. Eu achei muito útil, mas o Soroche foi um pouco mais fortinho. Nada mais do que algumas dores de cabeça e sonhos estranhos, mas não ficamos mal como muitos ficam. É baratinho e tomávamos 1 cápsula por dia 7 dias antes da viagem, e continuamos tomando durante toda a viagem. Melhor prevenir né... Além disso compramos muitoooos remédios pra diarréia, estômago, vômito. Meu maior medo da Bolívia era a comida. Todos os relatos que eu lia alguém passava mal, então fomos com uma farmácia na mala . Floratil, Imosec e Dramin são essenciais. Você até compra lá, mas por um preço beeem maior que aqui. Remédios Voltando ao relato, ficamos no Loki Hostel (https://lokihostel.com/). A diária de um quarto matrimonial estava Bs 198,00. O local é bem bacana, mas os quartos sao velhos. Pelo menos tem ducha quente... Eles possuem uma agência de turismo (na real concentram serviços de várias agências). No dia já agendamos o passeo Chacaltaya + Vale de la Luna para o dia seguinte (28/01) por Bs 200,00 e o Downhill para o dia 29/01 ao custo de Bs 1.260,00. Pegamos com a Barracuda, que tinha ouvido falar bem no fórum. A Gravity (que aparentemente é a melhor) estava cobrando Bs 850,00 por pessoa, e tinha outras 2, umas uns 450 e outra uns 380 Com os passeios agendados fomos ver o centro. Queríamos encontrar um mercado e local para trocar dinheiro. Nos foi indicado o Mercado Lanza (várias barraquinhas. Depois ficamos sabendo que ele foi construído para abrigar o comércio ambulantes). E pra trocar dinheiro fomos na esquina com a igreja que tem ali no centro (a principal, porque tem uma igreja por quadra). Trocamos 500 dólares a uma cotação de 6,95. Mercado Lanza no centro de La Paz Depois de perambular pelo mercado, tentando se achar nas centenas de barraquinhas, encontramos uma que vendia água e outra com bolachas e porcarias diversas. Também compramos uma caixa de BomBom (essa marca mesmo). A caixa custou Bs 25,00 e durou praticamente toda a viagem Eu queria comprar um chip pro celular ter internet. Me localizo muito pelo Google Maps. Comprei um da TIGO, que o rapaz me falou ser a com melhor cobertura. Realmente, funcionava em muito lugares, até no Chacaltaya! Paguei Bs 7,00 pelo chip e mais Bs 10,00 pra pôr uma carga nele, o que me renderia 1 GB de internet por 7 dias. Porém os 7 dias passaram e a internet continuou. Um problema é que você precisa registrar ele, mas não possuimos documentos bolivianos para registrar. Deixei sem registrar e todo dia eles me enviavam msg enchendo o saco. Acho que fica 10 dias sem registro, e depois eles te cortam a linha. Então no fim da viagem eu fiquei sem a internet do chip Voltamos pro Hostel, já que é bom descançar no primeiro dia. No 7º andar do Hostel tem um restaurante/bar. Lá eles servem desde café da manhã até janta (o café não é incluso na diária). Fomos lá jantar. Não lembro o que pedimos, mas custou Bs 58,00 para ambos, sem bebidas. GASTOS Almoço aeroporto Sta. Cruz - Bs 130,00 Taxi Aeroporto para centro La Paz - Bs 60,00 Passeio Chacaltaya e Luna - Bs 200,00 Passeio Downhill - Bs 1.260,00 Mercado - Bs. 37,00 Chip TIGO + carga - Bs 17,00 Janta - Bs 58,00 TOTAL = Bs 1.762/1,95 = R$ 903,50 DIA 02 - 28/12/16 - Chacaltaya e Vale de la Luna Fomos tomar café (Bs 24,00) e ficamos lá ambaixo aguardando e tomando chá de coca. A Neila (minha namorada) não estava se sentindo muito bem, então fui numa farmácia comprar Soroche Pills. Custavam Bs 4,00 cada (carinho). A van veio nos pegar e foi aquela balanço até lá. Tava tão abafado naquela van que minhas mãos começaram a formirgar, eu já estava me sentindo meio mal. No caminho tomamos uma Soroche Pills cada, pq o topo do Chacaltaya fica a 5.600m, então previnimos. É pago Bs 15,00 por pessoa para entrar (paga pros guias mesmo). Lá já, frio pra kct , começamos a subir. Dá 10 passos e para. E assim você sobre, sei lá, 500m ao todo, que parecem uma eternidade. O guia deu 1h30min pra ir até o topo e voltar. Mas estava tão fechado de neblina que subimos até o primeiro pico (são 2) e nem fomos até o próximo. Não tinha nada para se ver mesmo... Voltamos pra perto das vans, e como não iria ter almoço, comemos um pouco das nossas bolachas. DICA: Vá bem, mas bem encasacado mesmo. É muito frio. Devia ta perto de 0º, mas com o vento era sensação negativa. Casa no Céu em Chacaltaya Quase no topo! Esse é o monte. Mal dá pra ver o 1º pico! Na volta estávamos bem melhor, abriram um pouco mais as janelas. Descobrimos uma australiana com perícia em dormir sentada. Aquela van ia picando e ela dormia com um equilíbrio absurdo, sem se encostar em nada O Vale de la Luna fica na zona sul de La Paz, então é demoradinho atravessar toda a cidade com aquele trânsito caótico. No percurso o guia recolheu Bs 15,00 de cada uma para as entradas no Vale. Chegando lá um calorão dos infernos. 0º de manhã na montanha, 30º à tarde no vale... O Vale parece umas estalactites ao contrário. É algo bem interessante de se ver. O passeio dura uns 40 min para ver tudo. É tudo meio parecido, mas vale a pena. Ponte Panorâmica Voltamos alé pelas 16h e fomos no Hostel comer algo (Bs 30,00). Também fomos numa farmácia comprar repelente (era romendado pro Dowhill, custou Bs 33,00). Fomos na agência do Hostel e já compramos as passagens de ônibus pra Copacabana e pra Uyuni. Meu problema aqui era saber se nos feriados do dia 31/12 e 01/01 haveriam barcos e ônibus em Copacabana. Como era uma incógnita, só comprei de ida, e veria o que iria fazer por lá. Para Copacabana compramos com a Vicunã Travel, e para Uyuni com a Todo Turismo (http://www.todoturismosrl.com/). Tinha lido que a Trans Omar não era muito boa, então decidi pagar um pouco mais (250,00 pela Todo e 200,00 pela Omar por pessoa) Olhei no TripAdvisor algum lugar pra comer e encontrei o Restaurante Pub 7200. Ele fica dentro do Museo da Coca. Na entrada do Museo vai ter uma escadaria à esquerda. É meio sinistro, mas vá porque o lugar é maravilhoso Decoração Frutas típicas para degustar antes da comida GASTOS Café - Bs 24,00 5 Soroche Pills - Bs 20,00 Entrada Chacaltaya - Bs 30,00 Entrada Vale de la Luna - Bs 30,00 Lanche de tarde - Bs. 30,00 Repelente - Bs 33,00 Passagem Copacabana - Bs 90,00 Passagem Uyuni - Bs 500,00 Janta no Restaurante Pub 7200 - Bs 80,00 TOTAL = Bs 837/1,95 = R$ 429,23
  17. Fala galera mochileira , tudo belezinha? Vou contar um pouco da minha ida à Copacabana e Ilha do Sol na Bolivia, e como é para cruzar a fronteira Peru- Bolivia. Eu estava em Cusco, todos os dias tem saída para Bolivia, o melhor horário é a saída das 22horas, pois para chegar até Copacabana são feitas 2 paradas, e aproximadamente 12 horas até lá, e você vai dormindo e ainda economiza com hotel/hostel. Contratei com a agencia http://www.chaskiperutrek.com os tours e o bus para chegar em Copacabana, paguei S./90,00 (Soles) na passagem muito bem gastos. A empresa de ônibus se chama Transzela, para quem curte ir confortável e tranquilo, o ônibus tem wi-fi, serviço de bordo com bebidas calientes, cobertor, filme e o banco que vira cama! 7 horas de viagem assistindo filme e dormindo confortável, paramos em Puno no terminal terrestre para a troca de ônibus. Só algumas empresas circulam por lá, e a baldeação é inclusa, normalmente feita pela agencia Titicaca. Depois de mais ou menos 2horas chegamos na imigração do Peru, dando a saída do País . No ônibus eles entregam os papeis de imigração para serem preenchidos, o de saída do Peru e o de entrada para Bolivia. O ônibus para na frente da Imigraçāo do Peru, eles carimbam a saída e você caminha 2 minutos cruzando a fronteira e pega a fila para Imigração Boliviana, dando entrada no país. Depois que o último integrante do ônibus pega o carimbo, o ônibus sai na frente da parte Boliviana , chegando em Copacabana entre ás 11:30 am. Para hostel, você encontra de todos os preços com água quente ou fria, você decide… kkkk O sol é forte, mas quanto mais vai passando o dia,vai caindo a temperatura, e faz FRIO! Nos hospedamos no Hostel Central, ele fica na rua principal onde tem os restaurantes, um quarteirão acima. Recomendo pois todos os quartos sāo privados com banheiro agua quente,perto de tudo, tem terraço e bem limpo, 30 Bolivianos por pessoa (R$15,00). Depois de descansar um pouco, fomos almoçar. Todos os restaurantes contam com a opçāo de MENU, com sopas ou cremes de entrada, prato principal: peixe, carne ou frango com acompanhamento de arroz batata frita e saladinha, bebida e sobremesa inclusas nos 25 Bolivianos. Fomos em um restaurante na frente do lago, e pedimos a tradicional Trucha a la plancha pescada no lago Titicaca. Recomendo experimentarem! Ah… E Happy Hour funciona o dia todo em quase todos os restaurantes, nāo podia esquecer de falar da cerveja deles, a tradicional Paceña de La Paz, muito muito boa! Depois de comer, vimos o maravilhoso pôr do sol de Copacabana. Um cenário incrível, com cores maravilhosas. Bom, para se visitar em Copacabana temos a maravilhosa Catedral construída pelos Espanhois, e o cemitério que fica em cima da montanha tendo toda a vista da orla. Nas margens do rio também se pode alugar pedalinhos, lanchas, barcos ou jetsky cobrados por hora. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ISLA DEL SOL A ilha do sol é um roteiro obrigatório para quem passar por Copacabana. O tour se compra nas agencias da rua principal , saem todos os dias ás 8:30 am, 2 horas de barco até a ilha, chegando na parte Norte com 4 horas de caminhada até a parte sul, guia particular e parada para almoço. O almoço está incluso, tudo sai na base de 80Bolivianos (R$40,00) por pessoa, e o ingresso das ruínas é cobrado a parte, 10Bolivianos (R$5,00).
  18. Olá pessoal! Continuando minha viagem.... Em cochabamba, depois de pesquizar muito no site booking, reservei em La Paz o hostal Ananay, muito elogiado, pessoal super simpático, e não foi tão caro: 75,00 dólares por 5 noites. Ele fica na rua mais charmosa e tranquila de La paz, e tem uns 3 museus só nessa rua, onde se encontra também a casa de Murillo, que é tipo um herói libertador pros bolivianos. Também fica bem perto da rodoviária 6 ou 7min a pé, pontos turísticos, plaza murillo, mercado lanza, onde se pode comer uma truta do lago, plaza mayor, etc. Quando eu fui na rua das bruchas, sagarnaga, illampu, eu vi que acertei no hostal, ali tem muito barulho, carro, buzina, rua suja, etc... unica vantagem é que tem ali agencias turismo, e artezanato. Me esqueci de falar da viagem, de cocha a la paz, é super tranquilo, são 8hs viajem, ônibus para na metade caminho em Caracollo, por 30min para banheiro, lanche, almoço, e a passagem é incrivelmente barata varia de 30 a 50 bol e tem saídas de 30 em 30min para la paz, e vice-versa. Fui pela empresa Bolivar. Depois o bus pega um pouco de transito en el alto, cidade vizinha de la paz, e para ali para desembarque. Para por fim na rodoviária La paz. Ali tem na entrada informações turisticas onde se pode pegar mapas, etc.. fui a pé pro meu hostal. Lá mesmo se oferece agencias turismo, e fechei pra ir chacaltaya e valle de la luna, por 90 bol + 15+ 15 das entradas dos parques respectivamente, que se paga quando chega lá. É importante tomar a sorochepill, antes desse passeio, pois vai subir a 5.410mts altitude. Eu tomei de manha cedo, essa pírula tem efeito por umas 8hs. Paguei 3,85bol cada. Também levei folhas de coca e mel em sachêsinhos, que trouxe do brasil, para dar energia instantânea. Foi super tranquilo, embora a estrada até a montanha é sinuosa e da aquela adrenalina boa, hehe Leve algo para comer, pois esse paseio dura o dia todo e nao param pra almoçar. Eu comi algo no caminho pro valle la luna. Nessa noite, madrugada voltou problemas intestinais, pois já estava debilitado desde cbba, mas depois melhorei., aproveitei pra conhecer cidade andando bem de boa, devagar olhando tudo com carinho, aproveitei pra ir no banco do brasil, pois o money tava acabando. Fica na rua 20 octubre, edifício torre azul, enorme todo espelhado. Sim, o prédio mais mais modernos de la paz é nosso! Nem no brasil eu vi um banco brasil tao grande! Dica, quando a van do passeio volta do vale luna, ela passa na rua paralela a do banco, pode pedir pra descer ali, ok? :'> Dai, fui a copacabana, comprei passagem ida e volta empresa titicaca 65,00 bol. A viagem dura 4hs, determinado momento vc desce do bus, e passa o lago num barco, bus tambem vai numa balsa, dai voce espera o bus do outro lado. CUIDADO PRA NÃO ERRAR DE BUS! Fique atento ao seu motorista, memorize ele e seu bus. Fique perto da galera do seu bus, detalhe tem que se pagar essa travessia que é 2 bol creio. Chegando em copacabana (não tem terminal), o bus para numa rua em frente agencias, comprei ainda dentro do bus, bilhete barco para a ilha 30 bol ida e volta. Antes de ir procurei lugar pra almoçar, algo barato, me indicaram que na praça se serve almoço, fui lá e comi um prato de sopa deliciosa com papas, pollo, verduras, macarrão por 5 bol, o bom é que, como é fervido, nao tem perigo contaminação. Até parte sul, a viagem dura 1h e meia quase, e ao desembarxar tem taxa pra ingresar na ilha 5 bol pra extrangeiros. Eu voltei no mesmo dia, pois a grana tava acabando,ae ja tava economizando pra volta. Deu pra ficar na ilha umas 2 horas, foi uma pena, o certo seria dormir uma noite lá e no dia seguinte sair pros passeios na ilha, ir até parte norte, etc. Bom fica pra próxima. (eu vou voltar heim!) Resumindo sai de la paz fui ilha do sol e voltei pra la paz tudo no mesmo dai, ufa! Cansativo Voltando a la paz, o ultimo dia tirei pros museus, vale a pena, os da rua jaen, que é onde fica o hostal ananay, e o etnográfico. Tambem fiz um tour nas tres linhas do teleférico, muito legal! O teleférico é bem barato, 3 bol, eu fui e voltei nas 3 linhas por 12 bol creio, e é bem moderno as estações, me disseram que foi uma empresa suíça que construiu. Bom, de volta a cbba, fui no médico, fiz exames, me tratei, me fortaleci pra voltar pra Florianópolis, volta que ia ser de busão e ia durar 3 dias. No ínterim, houve um deslizamento na estrada principal pra santa cruz de la sierra, e a estrada ficou bloqueada por alguns dias, depois só meia pista. tinha a rota alternativa, pela estrada velha, mas a viagem que era de 10hs, tava durando de 16 á 20 hs! Esperei alguns dias e nada mudou. Dai, tive que comprar de aviáo esse trajeto, de cbba á santa cruz, pela BOA aviaçáo, por 215,00 reais. Valeu a pena, até porque tinha que voltar pros meus compromissos no brasil. No aeroporto de santa cruz, viru viru, o taxi era 60 á 70 bol até rodoviária bimodal, como eu tinha lido algo dos mo hileiros que dava de ir de bus, fui me informar, e , Ai vai a dica: saindo do saguão do aeroporto, voce pega um micro bus, 6,00 bol, cor branco e verde (linha 135 aeroporto), só tem esse. Dai pede pra descer no 3°anillo, atravesa a avenida do anillo (anel viário) e do outro lado voce pega outro micro, linha74 "VUELTERO", por 2 bol, que te deixa em frenta a rodoviária bimodal. Tudo por 8 bolivianos! Comprei pasagem o mais tarde possível pra viajar na madruga, 21:30, por 90 bol, empresa pantanal, recomendadíssima, onibus novo , leito, 3 filas, ar condicionado, tv, outra dica: procure os assentos mais na frente, pois eles costumam vender passagens pra familias com crianças que logo saem dos colos dos pais e se deitam pelo corredor, fazem um mini camping dentro do ónibus, tambem quando fui pra la paz, o motora parava no meio do caminho e pegava passageiros, sendo que o ónibus ja tava lotado, dai eles armam um verdadeiro acampamento no fundão do bus. Eu sinceramente, não me incomodo com isso, procuro entender a cultura deles, também a pobreza, tudo dificulta, e se via que os pais tentavam de tudo pra nao incomodar os demais passageiros, mas tinha hora que era impossível, quer ver qd tinha que trocar a fralda! O cheiro infectava tudo! Mas eu penso que viajem sem algum perrengue nao tem graça, certo? Chegando em puerto quijarro, bem cedo manha, fui procurar um lugar pra desayunar, e um homem se ofereceu pra ajudar com as malas, eu disse que nao precisava, mas perguntei sobre um lugar pra comer algo,daí, ele insistiu em me levar até lá, que era como uns 30mts do ónibus. E eu fui levando as malas. Dai ao chegar, ele me mostrou a lanchonete e um wc, e me pediu 5 bol. Eu entendi que era pela gentileza de me acompanhar 30 mts a pé, (como se eu precisasse disso), e pelo,uso do wc, pois ele falou com o guardinha do wc. Ao sair do wc, o guardinha me cobrou o uso, 2 bol. Você entendeu? Nem eu entendi direito, mas tudo bem, segui pra fronteira, dei saida da bolivia, umas 2hs na fila, pois tive de esperar 45 min fronteira abrir, fui pra pf no brasil, outra fila, mais 1 h esperando. Daí quando tinha umas 3 pessoas na minha frente, todos bolivianos, saiu uma mulher da pf perguntando se tinha brasileiros na fila e pediu nosso rg ou passaporte e passamos na frente. A partir dali, ela mandou fazer uma fila ao lado. Bom, eu ja tinha lido algo sobre isso nos relatos, mas é que simplesmente nao tem nada, mas nada dizendo isso, nem placa, orientacao, nem onde começa as filas, bastava ter um folha A4 colado na parede: "fila brasileiros" e"fila extrangeiros" ou qualquer pintura no chão indicando onde começa as filas. é só usar a cabeça um pouquinho que facilita pros turistas e também pros policiais. Já no lado boliviano só tem uma fila pra todos. Saí da pf e uns taxistas me ofereceram levar rodoviária por 50,00 reais, dai eu disse que paguei 30 na vinda, e que nao ia pagar mais que isso. Após 5 min, enquanto eu esperava alguém sair pra rachar o taxi, ele me ofereceu por 40,00. Eu insisti por 30, daí fomos. Nmo caminho ele me ofereceu ir de van para campo grande, pois a companhia deles de taxi tinha uma van que ia alguns dias para campo grande regularmente.ele disse que nao tinha mais vagas nos buses da andorinha. Paramos no escritório da companhia deles, fica em frente rodoviária, casinha madeira, ao lado ponto de bus, se chama indiana tours. Isso já era 11:30hs, Fui confirmar na rodoviária e só tinha vaga pra noite. Dai voltei e paguei o transfer pra campo gr. Por 115,00 reais, saiu 10 reais a mais, porem, vai mais rápido que o bus, saimos 12hs, numa sprinter grande e nova, com ar cond. Pois tava muito quente, era 12 janeiro. No caminho paramos pra almoçar num bom restaurante. Me deixando na rodoviária era umas 19hs, fui atras de uma passagem, uma linha Porto Velho até criciuma SC, e que passa por florianópolis. Essa viajem dura 24hs. Pela Unesul estavam todos lotados, vaga só no outro dia e á noite! Comprei pela Eucatur, uma ultima vaga, ufa! 251,50 reais. Saída para ás 00:10hs, atrasou e saímos 3 e meia da madruga. A partir de agora vou resumir, mas, acredite!, o onibus quebrou 3x! , e trocamos de bus 2x. Era pra chegar em floripa meia noite, chegou 11hs da manhã. Ufa, cheguei na minha linda floripa! Bom, pra finalizar, foi uma experiéncia incrível conhecer a Bolivia, recomendo com certeza. Pais pobre, é verdade, mas riquíssimo em cultura, folklore, história, pessoas humildes, simples, e amigáveis. E como ficou alguns passeios pra tráz, como descer de bike estrada da morte, tiwanaku, sucre, salar uyuni entre outros.... quero voltar pra lá. É evidente que teria mais 'causos' pra falar, mas acho que já falei demais Abraço pessoal...
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