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Buenas galera, Vou partir em mochilão por todo janeiro por Bolívia e Peru, passando por Cochabamba, La Paz, Copacabana, Puno, Arequipa, Cusco, Nazca, Paracas e Lima, talvez menos cidades, talvez mais, ainda sem rota muito definida mas com fé na Pacha e no meu espanhol kkkk Já começo o relato antes de ele acontecer inteiro porque é melhor com as coisas frescas. To por começar o rolê de verdade agora quando saia de Cochabamba porque to morando aqui há 5 meses, mas como pude conhecer bastante, já escrevo como a parte inicial do mochilão que em breve começo e venho dar os relatos. Antes de tudo, algumas infos ou conselhos iniciais que acho importante sobre como dar role por aqui (Bolivia) 1. Chip de celular: pra mim sinceramente não é tão necessário um chip com internet em uma viagem curta, mas se tu sente que é melhor, o mais indicado é a operadora Entel. Conheci muita gente que chegou aqui e por não entender muito como funciona e ter pressa pra conseguir internet, comprou o chip e já de cara fez um plano de 1 mês por 100 bolivianos ou até mais, mesmo pra ficar períodos mais curtos. Galera, não façam isso! Tu compra o chip por mais ou menos 20 bolivianos e depois compra em qualquer tienda de rua uma tarjeta entel, que é o equivalente a botar crédito. Tem de diversos valores, desde 10 até 100 bolivianos. Com isso tu carrega o celular e pode comprar tipo pré pago o quanto tu quiser, eu curto os pacotes diários (o que mais vale pra mim é o de 3 bs), de 5 dias (10 bs) ou de 10 dias (15 bs) que tem algumas opções de quantos megas e whatsapp ilimitado também. Assim tu pode gastar basicamente a quantia que quiser e não desperdiça grana que tu certamente vai precisar pra outra parte do teu rolê 2. O trânsito é louco e tu tem duas opções: ou ser muito cuidadoso, ou ser mais loko que os condutores. A dica geral é nunca confiar em semáforos, nunca confiar em pisca ou em falta de pisca dos carros e tb não confiar em ciclovias e calçadas. 3. Cochabamba não é muito alta em relação a outros lugares, 2500msnm ainda não é uma altura que costuma dar sorocchi apesar de claramente poder sentir coisas de altitude como muito cansaço, preguiça, sono. Sofri afu com isso e agora mesmo depois de 5 meses, parece que aqui me sinto muito mais cansada de fazer coisas que no Brasil me eram tranqui. A maior dica é o chazinho de coca, eu tomo todo dia de manhã e sinto muita diferença entre tomar e não tomar. 4. Muuuito cuidado com a comida de rua e a água, sério. Eu vim com mais 7 intercambistas, e de todos nós só o peruano não passou mal. Sei que a comida de rua e os refrescos típicos são uma grande tentação de uma viagem, mas olhem bem onde tão comendo... Tá muito ao ar livre? Tá coberto? Já é fim do dia e parece que tá aí desde cedo? Como tiram o refresco do balde? Parece que tão lavando as mãos e fazendo algum tipo de limpeza onde tão trabalhando? Eu particularmente tive uma intoxicação alimentária bem séria, nunca tinha passado tão mal na minha vida e olha que nem comi algo tão insalubre. Tem gente mais sensível que os outros, espero que vcs tenham mais sorte pq é horrível passar mal em outro país sem ter apoio (eu tinha seguro, sério façam um seguro viagem). Então é isso comam com sabedoria mas tb não tenham medo demais a ponto de não se permitir experimentar, e de jeito nenhum tomem água da torneira, só fervida ou mineral pq isso tenho certeza absoluta que vai te dar uma diarreia 5. aqui em Cochabamba tem um aplicativo chamado Trufi, que é o de transporte público, e de taxi funciona o InDrive. Em Santa Cruz funciona o Moovit e tem Uber. Em outras cidades não sei dizer o que funciona, mas entre essas 4 opções certo que conseguem algo. Sugiro fortemente pegar os trufis pq é uma Experiência que tem q ser vivida aqui, os que andam pela cidade são 2bs, pra pegar tu pode fazer sinal com o braço em qualquer lugar da rua que ele para e pra descer é só falar pro motorista, também em qualquer lugar, algo como bajo en la esquina por favor ou como vc preferir avisar que chegou no seu destino. 6. sobre o perigo: quando cheguei, me botavam muuuito terror dizendo que eu não devia sair sozinha, que não era pra andar na rua, que era pra deixar sempre mochila na frente do corpo, que era pra levar dinheiro e celular em pochete dentro da roupa, que não era pra sair mt cedo de manhã ou depois do fim da tarde, que aqui a galera vem com tesoura e corta tua mochila/bolsa/pochete sem tu ver (!!!!) e tudo mais. O que eu digo sobre isso é: bom, obviamente não se pode ignorar os conselhos de cuidado, mas eu sinceramente me senti bem mais segura aqui que na minha cidade (Porto Alegre). O rolê é que inevitavelmente temos cara de gringo e sempre tem gente ruim por todo lado, mas somos brasileiros e também vivemos em lugares perigosos, no geral sabemos nos cuidar desse tipo de perigo. Ando tranquila por aqui, mas também não fico rateando. 7. dinheiro: eu sinceramente não pesquisei todas as formas de sacar dinheiro pra refletir sobre qual vale mais a pena e tudo mais, então posso não estar fazendo o melhor, mas pra mim parece que Western Union vale a pena. Pros primeiros dias trouxe um pouco de grana em dólar, que é mais fácil trocar tanto no BR quanto aqui, e depois fiz transferência sempre do WU. eles cobram uma taxa de mais ou menos 10 reais por transferência, parece que independente do valor, e sempre achei bom pq no fim me davam mais grana do que aparecia no aplicativo que iam me dar. É bem prático, pra mim vale a pena E de resto é curtir o rolê. Isso que tenho de infos iniciais, seguindo no fórum conto dos lugares que conheci e indico na cidade de Cochabamba e no departamento de Cochabamba também, considerando como data fake de início de mochilão tipo 15 de dezembro e com final dia 7 de fevereiro, quando pego o voo de Lima pra São Paulo/Porto Alegre. Pouco menos de dois meses sozinha y ocasionalmente acompanhada pelos Andes. Minha rota pra daqui alguns dias vai ser algo como: (Sucre) --> La Paz --> Copacabana --> Puno --> Arequipa --> Cusco --> Nasca --> Paracas --> Lima Gracias y hasta luego!
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PERU: Valle del Colca, entre Condores e Vulcões!
Paulonishi postou um tópico em Peru - Relatos de Viagem
Episódio 9 Arequipa, 15 de outubro Acordei cedo... ou melhor, quase nem dormi direito. Fiquei na cama e só levantei às 02:40h para aguardar o ônibus. Preparei um lanche, separei os equipamentos e desci até a portaria. Passou das 3h e nada da van. Somente às 3:49h ela apareceu! Paramos em outros hostels e aí que ficou claro o motivo do atraso. Muitas das vezes, a van chega, avisa na portaria e ficamos esperando o povo levantar e vir para o passeio. Sim, acontece mesmo... povo irresponsável... Mais uma vez na parte da frente e junto à janela, me acomodei na van, bem nova também, e tentei descansar. Até dei umas cochiladas. Chegamos a Chivay, onde fizemos uma parada para tomarmos um café da manhã que estava incluso no passeio. Porém, tudo foi bem racionado e se resumiu a um pouco de suco, um pão e fruta. Este é um pequeno povoado no meio de uma cadeia de montanhas e vulcões, sendo que alguns ainda em atividade. Tomei um chá de folhas de coca para prevenir algum eventual efeito da altitude, o soroche. Não achei sabor algum e, para informação, não é capaz de deixar ninguém drogado (baixíssima concentração de alcalóides). Seguimos viagem e a próxima parada foi em um lugar menor ainda, uma vila chamada Maca. Ali estavam um mercado de artesanato e uma igreja, por sinal muito antiga. A igreja de Sant´Ana de Maca foi construída no século XVIII, porém destruída em um grande terremoto em 1991. Foi reconstruída seguindo as características originais. Em seu interior, altares trabalhados em madeira com aplicações de folhas de ouro. As imagens religiosas são uma mesca do catolicismo com figuras locais (sincretismo religioso). Repare na vestimenta das imagens e também do Cristo, que também ganhou roupas! O lugar não tem janelas, justamente para que a construção seja mais resistente aos terremotos. A iluminação é feita através de um jogo de espelhos, como mostrado na mesma foto. Na feira de artesanato a população expõe os seus produtos aos turistas (porém nem tudo é feito à mão, tem uns produtos chineses no meio). O que chamou mesmo a atenção foi esse belo falcão, que tratei de fotografar. Porém, o dono, vendo o meu interesse, já tratou de pegar a ave e colocar em cima de mim....🤣 Uma das turistas do grupo se ofereceu para me fotografar e, para a minha sorte, ela tinha alguma intimidade com fotografia e captou aquelas que seriam as imagens mais icônicas do passeio! Pense numas garras afiadas desse falcão! Fez uns buracos no meu braço. É claro que depois disso tive que fazer uma contribuição... Putz, pior que tinha só umas moedas (mão de vaca nível hard), mas foi 1,00s de coração (mentira) 🙄🤭 E segue o passeio por entre montanhas e vales. Fomos subindo cada vez mais... A nossa próxima parada foi em um mirante, de onde pudemos contemplar parte do vale do Colca. A curiosidade é que justamente neste vale parte uma nascente que vai ser um dos afluentes do rio Amazonas! Os terraços escavados nas montanhas são os chamados "andenes", onde utilizam para o cultivo de batatas e milho. Por serem raras as planícies nesta altitude, essa técnica milenar permite o aproveitamento de cada centímetro de terreno, mesmo os mais íngremes. E chegamos ao ponto alto do passeio, literalmente falando. O mirante da Cruz del Condor está a 3300m acima do nível do mar! O Valle del Colca é considerado um dos mais profundos do mundo, podendo alcançar até 4160m (duas vezes a profundidade do Grand Canyon). Porém, a grande atração mesmo é o avistamento dos condores, as maiores aves voadoras do mundo. Neste dia o céu estava bem claro e todos estávamos ansiosos pelo primeiro avistamento. Claro que não é nada garantido, mas a expectativa era bem alta. Até que, de repente, surge o primeiro condor: Pense numa correria para fotografá-lo assim que ele pousou nas proximidades... Claro que todos, muito educadamente, se colocaram de modo a não atrapalhar uns aos outros para captar o melhor ângulo... MENTIRAAAAA 🤣 Foi uma baixaria só, um empurra-empurra animalesco 🤪 Passado o frenesi inicial, consegui me posicionar sem ser incomodado e fui tirando as fotos do primeiro condor. Os bichinhos estão tão acostumados que até parecem posar para as câmeras... Algum tempo depois, mais condores foram surgindo! Apareceram 4 condores no total. Desci para o mirante mais ao fundo e fiquei contemplando o espetáculo. Consegui tirar excelentes fotos dessa experiência! Mas, olhando o relógio, vi que o horário de partida estava próximo. Apertei o passo e comecei a subir em velocidade para retornar à van. E olha só como estavam congestionadas as escadas! Dei um jeito de ir subindo por fora e cheguei bem rápido... Aí, deu uma pontada na cabeça... O primeiro sinal de que eu estava abusando do ar rarefeito. Uma breve tontura e já me refiz. Enquanto aguardava os demais passageiros, fui tirando tantas fotos quanto pude, para guardar com carinho todos esses momentos especiais. E os condores vieram até fazer um rasante bem pertinho para se despedirem! Agora embarcados novamente, fomos levados ao almoço lá em Chivay, parando antes em mais um lugar para usarmos os banheiros (pagos) e conhecer umas simpáticas alpacas. Em mais uma parada, fomos convidados a descer de tirolesa ou a nos refrescarmos em umas piscinas termais, tudo pago à parte, claro. Aproveitei o tempo explorando os arrredores. Essa segunda parada foi bem mais demorada, levando uns 90 minutos. Agora sim, paramos para o almoço. O preço de 30 soles o buffet (praticamente 9 dólares na época) não me animou nadinha e é lógico, estava prevenido com os meu lanches. E fiquei caminhando para conhecer os arredores... que não tinha nada de interessante! Chivay tem sítios arqueológicos importantes, porém são distantes do povoado e necessitaria pernoitar para fazer os passeios. Fica a dica! No retorno à Arequipa, paramos no mirador de volcanes a estonteantes 4800m de altitude. Apesar do sol, ventava forte e fazia frio! E assim, encerramos o passeio, chegando em Arequipa já no final da tarde e sob um trânsito dos infernos. Desci na Plaza de Armas e fui caminhando até o Hostel. Estava tão cansado que fui tomar um banho, comer algo, cuidar dos equipamentos usados, garantir o backup do dia e... capotei! Acompanhe o vídeo deste episódio e não seja mão de vaca! Clique para deixar o seu like, compartilhar o vídeo e deixar os seus comentários... E não perca o próximo episódio! Último dia em Arequipa!