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  1. Olá para todos, estive no PN Torres del Paine fazendo o circuito W de Leste para Oeste durante 5 dias entre 29/11 e 3/12/2024. Deu trabalho conciliar o meu período de férias com as datas de disponibilidade dos campings e os voos com preços bons. Fiz isto com 4 meses de antecedência e quase não consegui fechar. Usei o site https://torreshike.com escalonar as datas dos campings, ter uma idéia geral das distâncias e do esforço em cada trecho. Em seguida fui nos sites das operadoras https://lastorres.com/ e https://www.vertice.travel/pt/ para fazer as reservas. Ao mesmo tempo, fui fazendo cruzamentos dos voos mais baratos com a disponibilidade dos campings usando o Google Flights. Foram algumas semanas tentando até que um dia coincidiu de ter campings disponíveis com preços aceitáveis de passagens. Então, por conta da logística em Puerto Natales, escolhi voos de ida e de volta que fossem até 2 dias de diferença das datas de início e fim da trilha. Os trechos terrestres e o catamarã possuem saídas diárias na temporada normal. Eu anotei os horários e só fechei mesmo uma semana antes, quando estava bem próximo. Meu roteiro aéreo / terrestre / aquático ficou assim: 27/11 Voo Salvador - Buenos Aires - El Calafate 28/11 Shuttle Transfer El Calafate (aeroporto) - El Calafate (rodoviária) 28/11 Bus El Calafate - Puerto Natales 29/11 Bus Puerto Natales - Torres del Paine 29/11 Shuttle Amarga - Bienvenido 3/12 Catamarã Paine Grande - Pudeto 3/12 Bus Pudeto - Puerto Natales 4/12 Bus Puerto Natales - Punta Arenas 4/12 Voo - Punta Arenas - Santiago de Chile - Guarulhos - Salvador Meu roteiro no PN Torres del Paine foi assim: Dia 1: Chegada ao Camping Central Norte e visita à base das Torres del Paine Distância total: aproximadamente 22 km (ida e volta) Tempo de caminhada: cerca de 9 horas (ida e volta) Dia 2: Camping Central Norte até Los Cuernos Distância: aproximadamente 13 km Tempo de caminhada: cerca de 5 horas Dia 3: Los Cuernos até Paine Grande via Vale Francês e Mirador Britânico Distância: aproximadamente 30 km Tempo de caminhada: cerca de 12 horas Dia 4: Paine Grande até Guarderia Grey Distância: aproximadamente 11 km Tempo de caminhada: cerca de 4 horas Dia 5: Guarderia Grey até Mirador, Mirador até Paine Grande e saída do parque Distância: aproximadamente 14 km Tempo de caminhada: cerca de 5 horas Terminei fazendo a trilha auto guiada, levando toda a minha comida, com todo o material de camping. Quando cheguei em Puerto Natales, aluguei barraca, saco de dormir, isolante térmico, bastões de caminhada. O material que eu usei está aqui https://lighterpack.com/r/jzru86 e resultou em um peso base de aproximadamente 10kg mais aproximadamente 3kg de comida. Me considero bem preparado. Faço trilhas regularmente aqui na minha região, treino toda semana corrida, academia, pilates. Considerei a trilha de média para pesada, principalmente no terceiro dia em que andei cerca de 30km e nos trechos em que carreguei a mochila completa. Eu montei meu cardápio com ajuda do Chatgpt. Eu passei para ele o meu roteiro dia-a-dia detalhado, fui fornecendo meus dados como peso, altura, nível de condicionamento e ele foi calculando quantas calorias diárias eu deveria gastar. Bom, eu já tinha alguma noção de como funciona este cálculo de calorias, então usei o Chatgpt como ponto de partida, mas a decisão final do cardápio foi minha. Adotei barras de proteína super calóricas de 70g, isotônico em pó, gel carboidrato, sachês com whey protein. Também usei todo tipo de amêndoas, frutas secas, aveia em flocos, barras de chocolate amargo, cappuccino em pó, sopa em pó, atum, proteína de soja para compor o cardápio. Os trechos em que fui somente com mochila de ataque foram: Camping Central a base das Torres, Mirador Francês e Britânico, Guarderia Grey ao Mirador Grey do último dia. O resto tudo foi com mochila completa. Consegui fazer bem, com bastões de caminhada, 3 camadas de roupa, luvas, gorro e bandana (cobrindo o pescoço/rosto). Com o tempo, eu percebi que não precisava carregar o botijão de gás para ter água quente. Abandonei ele em Los Cuernos. Nos campings você pode conseguir água quente em alguns dispensers. Ou então você pode encontrar um botijão que alguém deixou pra trás na cozinha compartilhada. Um power bank também pode ser desnecessário, desde que você consiga se programar para carregar seu eletrônico quando estiver em um dos campings. Quando aluguei o material, fui alertado para manter os meus bastões de caminhada sempre comigo, pois eles somem com facilidade no parque. Eu cheguei a deixar minha mochila completa algumas vezes e não tive problema de sumir coisa. No camping Cuernos, em que você usa uma plataforma de madeira, eu precisei solicitar que os funcionários me ajudassem com a barraca, pois os decks de madeira estavam cheios de pontas com pregos ou parafusos que poderiam rasgar o piso da minha barraca, mesmo com o footprint. Pedi ajuda a eles mais de uma vez para remover estes parafusos e instalar outros para que eu pudesse montar a minha barraca mais esticada, já que nesse dia deu uma chuva. No camping Paine Grande, eu senti falta de uma área abrigada do vento. O pessoal termina usando a cozinha e refeitório como área abrigada pra tudo! Talvez eu ponderasse melhor a questão de levar as comidas. Os campings Grey e Paine Grande têm mercadinhos que têm de tudo e eu terminei comprando uma latinha de atum para complementar meu jantar. Você pode comprar uma comida pronta. Sai bem mais caro, mas você pode considerar, se não quiser levar muito peso. Outra coisa seria escolher algum trecho para usar uma barraca montada, faria sentido caso fosse necessário deixar o camping mais cedo, para cumprir uma agenda mais apertada. Foi uma realização muito grande fazer este trekking. Esta foi por muito tempo a trilha dos sonhos! Eu tinha um roteiro inicial que foi se encaixando até dar tudo certo. É um lugar muito bonito, que vale à pena ir com calma, aproveitando cada trecho da trilha, parando para contemplar a beleza do lugar. Quem tiver a oportunidade de fazer pelo menos a trilha até a base das Torres, pode confiar que vai ser uma uma experiência completa, uma visão difícil de esquecer. Contornar os lagos azul esverdeados também é de tirar o fôlego. Eu terminei vendo que se tornou um lugar muito procurado, por tudo que é tipo de viajante, desde o trilheiro raiz, que leva os legumes pra fazer comida de verdade, até aqueles que querem mais conforto e dormir em uma cama com conforto. Eu tendo mais pro lado raiz e foi mais cansativo. Ainda assim, pude aproveitar bem e penso em fazer outros trekkings na região, como o Cirucito O, El Chaltén. Bom, isto é tudo. Agradeço muito pelos relatos de vocês, muita coisa serviu para que eu conseguisse montar o roteiro. Então pensei em mandar minha experiência como uma forma de contribuir e manter o espírito de compartilhar toda informação para ajudar a quem está se preparando.
  2. No começo de maio/2024 realizei minha segunda viagem internacional – havia passado 1 mês em Londres em outubro/2022, e dessa vez, como já tinha mais experiência, resolvi passar 1 semana explorando o Chile com minha mãe e uma amiga. Ficamos 3 dias em San Pedro de Atacama e após, ficamos 3 dias em Santiago, e sinceramente, essa foi a pior escolha que fiz: depois de conhecer o Atacama, Santiago ficou parecendo a cidade mais sem graça existente rsrsrs Foi uma viagem incrível, e quero muito contar minhas experiências para vocês neste post! O trajeto para SPA é longo – precisa-se pegar um avião até Santiago, de lá pegar outro avião para Calama e então um transfer (melhor opção, na minha opinião) até SPA – o que dá uma distancia mais ou menos parecida com Campinas-São Paulo. No planejamento de minha viagem, decidi que iria comprar o transfer assim que chegasse em Calama – li na internet que no aeroporto não havia internet, então fiquei com medo de acontecer algum problema com minha reserva (como o voo atrasar, etc) e não ter internet para resolver, e resolvi deixar para comprar no aeroporto. Ledo engano, Letícia... Chegamos no aeroporto no meio da madrugada, por volta das 2:30h, e ao chegar no guichê já tivemos um problema para entender o espanhol (meio rápido demais para meus ouvidos), e, quando conseguimos entender o que o atendente dizia, percebemos de que não haveria mais transfers no dia! A única opção seria pegar um dos taxis superfaturados do aeroporto. Saímos do saguão para o forte frio do outono no Atacama (que, como saímos de uma forte onda de calor de Campinas, foi bem chocante) e não havia nenhum taxi à espera. Ficamos meio perdidas por uns 10 minutunhos, até que um carro adesivado de taxi, porém bem estranho, apareceu. Como era nossa única opção, partimos nessa aventura hehehe Ao entrarmos no carro e passarmos o endereço de nosso hostel, o motorista partiu, fechou todos os vidros e espirrou algo no carro. Nós, 3 mulheres totalmente totalmente indefesas, com toda nossa bagagem no porta malas do carro, ficamos meio assustadas. Minha amiga perguntou do que se tratava, e era apenas um perfume, o taxista só queria tornar a viagem mais agradável Abrimos nosso mapa com o caminho, só para verificar se o motorista estava indo para o lugar certo, e fomos. O deserto de madrugada é louco. Tudo totalmente escuro, você só ve algumas poucas silhuetas de morros ao redor da estrada, e o céu superestrelado. Passamos por uma fazenda de energia eólica no caminho, que também foi inesquecível: todas as “torres” (não sei o nome correto) piscam simultaneamente uma luz vermelha, o que me deu uma impressão de que estávamos no meio de um exército de alienígenas (minha criatividade estava bem aflorada na época hahahahhaha). Ao chegarmos próximo a cidade, o taxista mudou o caminho. Nosso GPS mostrava que devíamos ir para a esquerda, e o motorista foi à direta. Ai começou nossa segunda emoção em menos de 2 horas: cada ruela sem asfalto, sem postes e sem nada que o motorista entrava, o medo aumentava. Diversas vezes, no meio do caminho, apenas uma casa se encontrava acessa com um carro aberto na frente. Nessas horas, nós nos olhávamos e percebíamos que todas estávamos com os mesmos olhares, de “é agora que esse cara enfia a gente nesse carro e nos sequestra”. No fim, o taxista nos deixou certinho em nosso hostel e foi embora, cobrando exatamente o valor que havia cobrado. Agora é engraçado lembrar desses fatos, porém passamos um belo medo hahahaha Eu sou do time “viva a experiência” quando estou viajando, então escolhi uma hospedagem meio diferente: ficamos em um “glamping”, em um hostal chamado “Caminandes”. Eu achei incrível! Se trata de barracas de acampamento super equipadas, com camas box, luz, aquecedor e ventilador. Do lado de fora ainda existem algumas redes e caideiras para passar o tempo apreciando a paisagem do deserto. A única coisa “meio pá” que achei foi que, de madrugada, o deserto é MUUUUITO frio, porém o hostal oferece muitas cobertas, porém “viva a experiência”, né 😊 O Atacama é incrível. Fiz todos os passeios com a agencia “We Love Chile”, que achei muito boa. Eles tem uma agência fixa na rua Caracoles, a mais turística da cidade, e sempre que precisar eles estão lá. Paguei os passeios por volta de R$250,00 cada, o que no momento do pagamento achei meio caro, porém após ir em todos, afirmo: pagaria muito mais, pois vale. (Apenas um adendo, hoje em dia, caso eu fosse novamente, deixaria para fechar todos os passeios na cidade, com as agências da cidade. Eles sempre tem algumas promoções para sair no mesmo dia, que geralmente saem mais baratas do que comprando antecipadamente) Todos os passeios estavam inclusos um piquenique no local, o que foi ótimo para economizar com comida. Mesmo os que dizem que não estão com refeições inclusos, você sai bem satisfeito e pode economizar com um almoço ou jantar. Fizemos no primeiro dia o passeio do “Vallecito”. Originalmente iríamos para o Valle de la Luna, porém por conta de uma tempestade de areia, o parque fechou e tivemos que realizar a troca. A princípio, não fiquei muito feliz: Vallecito era um dos passeios que eu estava com menos vontade de fazer, afinal, vou pagar 250 reais para ver um ônibus abandonado?? Ledo engano2 Que passeio surreal! A guia que nos acompanhou foi incrível, ir nesses passeios com alguém contando a historia do lugar, a historia da formação das cordilheiras, é incrível. Não aconselho ninguém a ir nesses lugares por conta própria, pois, boa parte da graça desses lugares é conhecer a história da formação. Subimos em cima de montanhas que podíamos ver a cordilheira inteira, fomos ver a maior pedra de sal do mundo, e então fomos ver o ônibus. Após, fizemos um piquenique delicioso no meio do deserto, fala se não é uma experiência única? No fim do passeio, a van nos deixou no fim da rua Caracoles, e voltamos apé para o Hostal, o que achei muito legal pois lá é onde a vida acontece, porém não sei se esse é um ponto legal para todo mundo. Como estávamos hospedados nessa rua, foi bem fácil chegar na nossa hospedagem, porém não sei como as pessoas que estavam em localizações mais longes fizeram para voltar. De noite, fomos ao passeio “Astronômico Experience”, onde vi o céu mais estrelado da minha vida. Fui em época de lua nova, ou seja, a visão das estrelas estava surreal. Conseguimos ver a via láctea a olho nú, uma névoa no meio do céu, uma coisa que nunca vou esquecer. E as fotos estavam inclusas no passeio! E claro, um piquenique sob as estrelas para encerrar a noite. No dia seguinte fomos ao passeio “Piedras Rojas”, que, na minha opinião, foi o melhor. Senti o maior frio da minha vida lá, peguei até o gorro emprestado do guia de taaaaaaaanto frio que senti, mas meus amigos, que paisagem. Lá, você vê um misto de pedras avermelhadas, com um lago claríssimo e montanhas nevadas ao fundo, uma coisa que você só consegue ter as dimensões vendo ao vivo. Neste passeio fiz amizade com uma senhorinha de 71 anos que estava viajando sozinha para lá. Foi com a cara e a coragem enfrentar 4000 metros de altitude pela paixão por viagens! Infelizmente não me lembro de seu nome. Depois de sairmos das Piedras Rojas, paramos ao lado da “via infinita” para almoçar. A equipe do passeio estendeu algumas cadeiras e nos serviu um prato de arroz, PTS com massa, salada e vinho, no local da placa do trópico de capricórnio! Mais uma experiência única hehehe Saímos de lá no dia seguinte com um gostinho de “quero mais”. 3 dias naquela cidadezinha definitivamente não são suficientes para aproveitar tudo o que ela tem a oferecer. Com certeza retornarei novamente para ir nos passeios que não fui, e de quebra conhecer o Salar de Uyuni, que é pertinho. Para não me prolongar mais ainda, vou escrever em um comentário aqui abaixo a continuação, da minha perspectiva de Santiago Obrigada por lerem até aqui!
  3. Estou planejando uma viagem de carro ao chile em maio. Saio de Porto Alegre com mais dois yorkshire. Após algumas pesquisas na internet, vi alguns passos de documentação necessária para entrar na argentina com os dogs. Mas se alguem tiver alguma dica, ou passo a passo do que fazer antes da viagem pra não haver problemas na estrada. Desde já, agradeço.
  4. Pretendo conhecer o Cabo Horn, no Sul do Chile, alguma dica? Obrigado.
  5. Oi pessoal! Alguém sabe se existe loja pra aluguel de roupa de neve e agências em Puerto Varas? Alguém já foi na primeira quinzena de outubro, como é o clima, preços, média de gasto por dia, alguma dica de passeio, onde comer, translado de Puerto Montt pra Puerto Varas, roupa de frio do Brasil serve? Obrigado!
  6. Galera, comecei meu mochilão pela América do Sul em 2017 e durante um ano só faltou equador pra conhecer... fiz todo o trajeto de carona, usando Couchsurfing e gastando praticamente só com a minha alimentação. Compartilhei aqui alguns relatos inclusive... Hoje eu moro no atacama, ele realmente me atrapou. hahahaha Trabalhei em mais de 10 agencias aqui, recebi varias pessoas que me mandaram mensagem pelo site do mochileiros e hoje eu faço meu trabalho sozinha, monto cronograma e gestiono os passeios com operadores de acordo com a qualidade do serviço que cada um oferece de melhor Como todo mundo sabe, tem muita agência aqui, existem umas mais conhecidas e outras locais que não se encontram em pesquisa na internet, mas que são tão boas quanto (ou até melhores). Se você estiver vindo pra cá e quiser ajudar uma mochileira hahaha, fala comigo E claaaro, a gente sai pra tomar um café ou uma cerveja quando chegar por aqui. deixo meu WhatsApp, meu insta e o site que saiu do forno agorinha e que eu to no maior orgulho. 😁 whatsapp: +56971477844 Insta: @jevalcazara Site: https://www.atacamaporjevalcazara.com
  7. Após a minha última aventura quando fui sozinho para a Carretera Austral no Chile eu fiquei sem viajar nas minhas férias seguinte. Sou professor e sempre tenho férias em dezembro/janeiro. Fiquei os 45 dias de férias triste e desanimado. Eu vendi a minha Ranger pois ela estava com um problema que poderia estragar o motor. Em seguida eu comprei a minha Toyota Hilux SW4 4Runner 2.7 a gasolina em outubro. Fiz a revisão inicial, troquei os pneus e isso tudo deu uns 5 mil. Não poderia viajar sozinho naquelas férias. Tentei de todo modo buscar companheiros para a viagem, porém não consegui. Ainda bem que não consegui... Um mês depois das férias o motor da Toy queimou a junta do cabeçote como que por mágica. Em nenhum momento ele ferveu ou esquentou a ponto de acontecer isso. Arrumei o problema e lá se foram mais $$$$$. Em julho coloquei um anúncio no grupo de professores do Parana do facebook procurando companheiros para a viagem. Inicialmente várias pessoas se interessaram, mas uma apenas fechou que iria. Depois essa professora, a Beatriz Goes, conseguiu mais um amigo professor para ir junto, o Edmar Lucas, ambos de Ponta Grossa - PR. A coisa complicou pq em outubro a Toy deu problema de novo. Queimou a junta do cabeçote outra vez. Dai eu ga$$$tei muito mais que da primeira vez para ver se não acontecia novamente. Aproveitei e fiz a embreagem, mandei revisar e limpar o radiador etc. Até o final do ano eu praticamente zerei tudo o que pudesse dar problemas na Toyota. Em outubro coloquei um anuncio aqui no Mochileiros para achar mais um companheiro de viagem. Em novembro apareceu o santista Adriano Lizieiro e fechamos o grupo. E para melhorar mais ainda, O Glauber e a Érica com sua Chevrolet S-10 a gasolina se juntaram a nós para formarmos um grupo de duas viaturas na viagem. Muito mais seguro. Isso me ajudou muito quando tive um problema na Toy. Saímos no dia 28/12/2015. Segue o relato.
  8. Em breve iniciarei o relato da aventura que está acontecendo neste momento. Estou hoje em Chile Chico, Chile. Seguindo para a Carretera Austral. Muitos perrengues, problemas da viatura, mas lugares maravilhosos para compensar tudo isso. Vou tentar fazer um relato com os custos de quase tudo que eu lembrar.
  9. Bom dia mochileiros! Quero compartilhar com vocês aqui minha viagem realizada de 29/06 a 07/07 para o Chile. Ao final pretendo adicionar algumas fotos e valores então vamos lá. Observação: os valores que eu informar basta dividir por 153 para obter o valor em reais que eu paguei. 29/06 Meu rolê até chegar em Calama foi um parto pra falar bem a verdade kkk. Essa viagem eu fiz comprando todos os trechos separados, no entanto o trecho Floripa até Santiago foi uma maratona: Florianopolis > Congonhas Congonhas > Santos Dummont Santos Dummont > Galeão Galeão > Santiago Santiago > Calama Cheguei em Santiago super cansado eram 2 da manhã, não fui selecionado para fazer o teste aleatório do PCR e fui direto para imigração onde o guarda apenas perguntou de qual voo eu vim e aonde estava indo, super-rápido e tranquilo. Consegui achar uma sala da lounge key para poder dormir um pouco e comer, mas confesso que não deu para descansar muito não porque o tempo máximo de estadia é de 2hrs então usei 1hr pra dormir e o restante para comer. Santiago é um aeroporto frio e barulhento, para dormir nele é um caos. Peguei meu voo para Calama as 9hrs da manhã e cheguei perto das 11hrs. Lá eu já havia reservado o transfer Pampa com a agência de passeios chamada Araya. Então assim que peguei minha bagagem na saída as cias de transfer estavam todas esperando no desembarque e lá estava uma moça do transfer pampa com meu nome na relação de passageiros. Já paguei ida e volta 24.000 CLP assim que cheguei em San Pedro de Atacama fui resolver as burocracias que seriam pagar os passeios nas agências que eu havia escolhido, trocar dinheiro nas casas de cambio (consegui uma cotação de 153. Cada R$1 vale 153 pesos) e o mais importante: Me alimentar e dormir! Foi uma pena porque eu cheguei no dia de São Pedro a cidade estava em festa, mas eu estava com uma puta amigdalite e muito cansado para aproveitar a festança. O hostel que fiquei hospedado foi o hostal Mamatierra a mais ou menos uns 10 minutos da caracóles (rua principal do centrinho de San Pedro) um hostel muito bom, limpo, a proprietária falava português o que facilitou bastante a comunicação. O café da manhã sempre tinha ovos ou panqueca feitos na hora, além de salada de frutas, pão e um monte de coisa para passar no pão (Nutella, pasta de amendoim etc.) eu podia encher minha garrafinha de água no hotel e com isso economizar uma média de 1.200 CLP por litro de água mineral. 30/06 Vallecito e Lagunas Escondidas (Araya) Esse foi meu primeiro passeio, eu estava meio acanhado por estar sozinho, mas não demorou muito para os brasileiros que entraram na van dessem uma animada e logo começou o falatório, em pouco tempo estávamos todos entrosados. O guia foi espetacular paramos um instante do lado de um paredão de rocha e sal, ele nos pediu para fazer um minuto de silencio na qual era possível ouvir a estrutura estalando 😮 coisa de louco. É nesse passeio que tem aquele famoso ônibus abandonado no meio do nada e é nas lagoas escondidas que a concentração de água é tão grande que a gente literalmente não afundamos. Vale a pena comentar que a paisagem é linda demais as lagoas têm uma cor azul esverdeada cristalina, andamos por uma passarela de madeira cerada de rochas misturadas com sal uma coisa difícil de explicar. Esse passeio contou com um lanchinho ao pôr do sol próximo a última lagoa e alguns copos de uma sidra bem gostosa que o guia chamou de “suco de malícia”. A noite fomos todos cantar num karaokê que tem num pub chamado Lola, foi muito especial dividir palco com os chilenos, enquanto eles cantavam as músicas deles, a gente mandava de CPM22 até Michel Teló. Esse passeio custou: 85.000 CLP 01/07 Valle Arco-iris e Garganta Del Diablo (Araya) Esse passeio foi uma verdadeira viagem na geologia do deserto, nossa guia nos explicou o porquê das cores das montanhas, a origem das rochas que formam o vale arco íris, passamos pelos petróglifos do povo atacamenho onde eram retratadas a existência de animais, como lhamas, vicunhas, raposas-andinas (que chamam de zorro) entre outros. O passeio finalizou regado a frutas e um aperitivo feito com cream cheese shoyo e gergelim torrado, uma delícia! o vinho foi um tinto carmenere. Como eu tinha a tarde livre combinei com um casal que conheci durante o passeio para pedalarmos pela garganta do diabo, no vale do Catarpe. O guia desse passeio talvez tenha sido o mais apaixonado pela história do povo atacamenho e o que explicou com mais efusão como os Incas o território de San Pedro e logo foram subjulgados pelos espanhóis. Foi uma verdadeira aula de história olhando a história de perto. Para concluir esse passeio escalamos em torno de uns 300metros para termos uma vista 360 graus do vale do Catarpe e do imponente vulcão Licancabur. Os passeios custaram: Bike: 38.000 CLP Vale arco-iris: 35.000 CLP 02/07 Laguna Cejar (Atacama Magic) Passei a manhã livre dando rolê no centro da cidade, que é muito pequeno e praticamente resumido a rua Caracóles, mas eu precisava de uma bota descente para o que estava por vir e de uma jaqueta dessas insulated, para servir de opção de segunda camada. Na Caracóles há somente 3 lojas onde é possível comprar esses tipos de roupas/acessórios que é a Adidas Terrex (uma fortuna tudo), a Ricon del viajero (não tem muitas opções) e a RFK (que foi nessa que eu comprei minha bota da Columbia, no entanto nessa tinha poucas opções para o meu tamanho) saiu uns R$ 200 mais barato do que se eu comprasse no Brasil. Bota Columbia impermeável – 90.000 CLP. Os mercados são super pequenos e não tem muita opção de snacks e bebidas, o melhor que encontrei foi o Valimports que fica próximo da saída da cidade numa transversal que fica no final da caracóles, lá encontrei vários vinhos interessantes, garrafas de pisco e até vinhos de 2 litros nessas caixinhas de papelão longa-vida. A tarde tive meu primeiro passeio com uma agência local, a Atacama Magic. Fomos para laguna cejar e ojos del salar em 3 brasileiros e o resto do grupo eram chilenos. Esse passeio foi muito especial pelas amizades que fiz e também porque decidi entrar na água gelada e salgada da lagoa que fica no meio do deserto de sal e tive a experiência da flutuação (e do frio congelante também), vimos flamingos e tivemos uma explicação de como se formaram essas lagoas de sal e sobre o porquê de termos a impressão de estar cercado pelas cordilheiras. Depois fomos visitar os ojos de salar perto do final da tarde, que são literalmente buracos no meio do deserto em formato de cone, são formados pelos rios subterrâneos e são imensos! Mais uma paisagem linda para a conta. E para fechar com chave de ouro tivemos nosso café da tarde regado a muito pisco sour em frente as cordilheiras dos andes iluminadas pelo dourado dos últimos raios solares do dia, comemos bem, demos muitas risadas com nosso grupo de chilenos, uma lembrança que vou guardar com muito carinho. Esse passeio com as entradas dos parques custou um total de 55.000 CLP 03/07 Tour Astronomico (Space Obs) O meu tour para pedras rojas e lagunas altiplânicas foi cancelado por conta do parque onde estão situadas as lagunas altiplânicas ainda está fechado, então acabei ficando com a manhã e a tarde livre. Digo de passagem que não ter nada para fazer em San Pedro é meio chato. Combinei com um brasileiro que conheci no dia anterior para trocar e ideia durante a manhã e depois almoçar, fomos naquela sorveteria Babalu (que é conhecida por ter os sabores de sorvete exóticos), lá provei um sorvete de chañar (uma frutinha da região) bem gostoso. Comemos empanada do empório andino (melhor empanada que comi na viagem). As empanadas custam uma média de 2.300 a 2.700CLP. O sorvete com duas bolas (simple) custa 2.500. A noite era o dia do meu tão esperado tour astronômico, escolhi a Space Obs porque li aqui no blog que era uma agência especializada em astronomia e que tinha os maiores telescópios e um tour ser mais técnico, voltados aos nerds kkkkk. Fomos num grupo de 3 brasileiros 1 casal norte americano 1 casal francês e 1 indiano. Confesso que fiquei meio desapontado por não conseguir ver o céu tão nítido como a gente vê nas fotos, e pelo fato do local aonde fomos ainda dava para ver postes de luz e carros da cidade. A guia Valeria (que deu um show de explicação e tinha um inglês muito fácil de compreender) me explicou que vários fatores faziam com que o céu não estivesse nítido o suficiente, como o fato da lua estar crescente já ilumina muito o céu, o fato de estar cedo ainda tem resquícios de raios solares na atmosfera. Fizemos a observação a olho nu de alguns objetos como a lua, nebulosas planetárias, aglomerado de estrelas, sistema binário de estrelas etc. Pode parecer inicialmente frustrante ter que ter que espremer o olho para conseguir enxergar esses objetos, mas só de pensar que o céu está lotado de estrelas e galáxias e ali a gente consegue ver essas maravilhas a distancias absurdas torna a observação amadora mais nobre e vale sempre aquela reflexão em relação ao que somos nós diante da grandiosidade do espaço. O tour dá direito a uma foto perto de um dos telescópios, que em contato com conhecidos que fizeram o tour com outras agencias achei a foto da space obs bem fraquinha por sinal. O custo do tour astronômico é de 40.000 CLP 04/07 Ruta de Salares (Atacama Magic) Sei que é redundante falar, mas o tour dos salares é um dos mais bonitos, está no meu top 3 passeios. Começamos com café da manhã na frente do vulcão Licancabur a 3500m depois vamos para a lagoa diamante (que fica congelada no inverno) a 4500m de altitude, foi sem dúvida o momento mais frio da minha viagem. A força do vento e a baixa temperatura me obrigaram a usar meu cachecol como uma balaclava. Deveria ter investido numa pescoceira ou ter usado uma das máscaras que tinha na mochila para não receber o vento gelado direto na minha garganta. Em seguida vamos passar próximo a fronteira da Bolívia, e paramos nas formações rochosas gigantes que a guia nos explicou que os geólogos divergem entre eles, uns falam de um processo evaporatório e outros falam de um depósito de sedimentos que fez com que essas rochas tivessem essa disposição vertical. Uma coisa é certa, pela erosão dos ventos, talvez logo não tenhamos mais essas belezas para admirar. Em seguida visitamos mais duas lagoas que ficam literalmente no meio do nada, ainda tinha neve que caiu no início do mês de junho, simplesmente não derreteu! O passeio finalizou com um almoço no restaurante La picada del índio, aquele famoso por ser bom bonito e barato (e é mesmo). O custo do tour é de 50.000 CLP 05/07 Geysers del Tatio / Valle de la luna (Araya e Atacama Magic) O passeio dos geiseres é o que sai mais cedo, as 5hrs a van da Araya passou no hostel para me pegar. Fomos em 7 brasileiros, a galera tava meio sonolenta e com frio não foi tão animado como os demais passeios. Chegamos lá no parque geotérmico a -6 graus, consideravelmente quente em vista da temperatura que o pessoal estava relatando nos últimos dias (coisa de -15 graus). O frio é de doer, apesar de eu ter me vestido em camadas (superior: segunda pele de inverno, fleece e anorak, inferior: segunda pele e calça) não foi o suficiente! Tive que colocar mais uma calça moletom por cima da jeans e mais uma meia por baixo da meia térmica. A altitude deixou uma menina do nosso grupo muito mal então tivemos que parar por várias vezes porque ela estava zonza e não conseguia andar direito. O gêiser é mais um espetáculo da natureza e é impressionante aqueles que são cíclicos, pois eles obedecem ao ciclo certinho de 5 em 5 minutos para entrar em erupção. As bactérias que se formam próximo a saída da água colorem o redor do gêiser, lindo demais. Tomamos café no topo do parque com vista para os gêiseres (o café esfriava em segundos, era só sair da térmica kkkk). Saindo do parque geotérmico fizemos várias paradas por mais paisagens maravilhosas, vimos vicunhas, viscachas e alguns flamingos. Vimos lagos semi-congelados rodeado de uma vegetação amarela, que serve de alimento para fauna local. A tarde meu último passeio em San Pedro foi o Valle de la luna que dá para fazer até de bike, pois fica super próximo da cidade. Lá passamos por várias formações rochosas, dunas, rochas chamadas de evaporitas que são constituídas de sal (lá que tem uma formação bem conhecida chamada as três marias), a guia era brasileira e falava um espanhol bem fácil de entender (por conta do sotaque português). Ambos os guias dos passeios foram os mais fracos, não conseguiam engajar o grupo e não tinham o conhecimento e paixão dos guias dos passeios anteriores. Custo dos passeios: Geyser del tatio: 60.000 CLP Valle de la luna: 35.000 CLP A noite tomamos várias cervejas num bar chamado Chelacabur que mais parece um pub irlandês, muito rock, som alto, galera cabeluda, tipo clube de moto Harley Davison. Estava passando jogo da libertadores e assim que o Atletico Mineiro fez um gol no Emelec a gente levantou da mesa e começou a gritar gol (ainda bem que o Emelec não é chileno :D). Depois fomos todos bebaços comer na picada del índio (porque fim de rolê de bêbado sem lanche não rola kkk) 06/07 No meu último dia em San Pedro reservei para comprar algumas lembrancinhas para alguns amigos próximos, como estava no esquema “travel light” não pude trazer muitas bebidas na minha mala de 10kg pois ela somente com minha bagagem já estava com 9kg então as cervejas que comprei para dar de presente acabei tendo que fazer o sacrifício de bebê-las esperando o transfer para calama. Cheguei em Santiago e ai posso assumir aqui para vocês que fiz a maior idiotice dessa viagem, que foi me hospedar no Holiday inn (por conta do medo de passar algum perrengue e pela praticidade de estar no aeroporto) além de ter me custado uma fortuna, o hotéis.com fez a cobrança da diária antes de eu fazer o checkin (e eu havia optado por pagar na acomodação) e chegando no hotel me foi cobrado uma diária de “garantia” que até o momento não foi estornado do meu cartão. Já liguei 3x no hotel, já entrei em contato por email, twitter e a situação não foi resolvida. Paguei US$144 2x praticamente, acompanhe para cenas dos próximos capítulos (emoticon do whats chorindo). Achei que 8 dias somente para San Pedro foi mais que suficiente, poderia ter sido menos até. Talvez se eu fizesse o salar do Uyuni esses 8 dias seriam a conta perfeita, mas tive vários momentos ociosos que tive que me virar com as pessoas que conheci durante a viagem, ou até fazer igual uma paulista que conheci que foi somente com a passagem de ida para o deserto e resolveu o que ia fazer por lá (totalmente espírito livre). O deserto faz a gente ficar pensativo, a imensidão das paisagens, ver os vulcões, as cordilheiras, a dinâmica da natureza (exemplo, os ventos que levam sedimentos de rochas da cordilheira de domeyko para formar dunas no valle de la luna, os salares que são formados pela evaporação da água, as luzes do por sol que iluminam as cordilheiras mesmo após o sol desaparecer do horizonte). Essas coisas me fizeram por diversos momentos, parar de tirar fotos, olhar respirar, agradecer, pensar como eu era privilegiado de estar ali e poder ver aquilo com meus próprios olhos. Mais fotos dessa viagem vão estar no meu insta @eduretxt, um abraço e boa viagem a todos!
  10. Galera, eu vou viajar para o Chile agora em Agosto, e vou desembarcar às 20:55. Até então, não escolhi meu hotel mas pretendo me hospedar no bairro Providencia. Alguém tem alguma dica de como me locomover do aeroporto para o hotel? De preferência a mais em conta. Mas se tiver outras opções também aceito. Será que eu consigo pegar um metrô? Ele funciona esse horário? Da pra fazer o cartão bip?
  11. Salve Mochileiros, tudo bom com vocês!!! Quero compartilhar neste relato algumas dicas sobre uma viagem de casal ao Chile que fiz em Outubro de 2023, mas especificamente entre os dias 19 e 25. O motivo maior de escrever este relato é que neste site geralmente não vemos aqueles textos vendidos de blogs de viagem que no final sempre tem uma indicação de agência ou um link patrocinado. PLANEJAMENTO Durante o mês de agosto de 2023, na semana do dias dos país vi no Melhores Destinos promoção de passagens ao Chile e no texto indicava valores da cia aérea SKY, porém resolvi olhar o site da JetSmart (concorrente e low cost) e vi que os preços eram melhores e ainda havia um cupom de desconto de 35% referente ao dia dos pais. Haviam trechos para várias datas e outubro que era o mês que eu tinha disponibilidade estava um preço ótimo. Paguei R$ 1.406,00 para duas pessoas, preço muito bom. Após isso passei a ler bastante sobre o destino, já que seria nossa primeira vez neste país. Meu cunhado morou lá por muitos anos e acabou passando algumas dicas básicas. Neste meio tempo decidimos que alugar um carro seria uma boa opção. Faltando 1 mês comecei a olhar hospedagens e os preços estavam bem salgados, diárias sempre acima de 200 reais. Até que achei um Hotel no Booking que o preço era bom e parecia interessante (precisa de hospedagem com garagem), fechei via app, também comecei a pesquisar locação de veículos e depois do muita pesquisa o Booking apresentou o melhor preço, também fechei. No dia 6 de outubro, faltando menos de 20 dias a JetSmart enviou um e-mail comunicando que o voo de volta que seria no dia 24/10 havia sido cancelado e me deu várias opções, devolução integral via Gift Card, remarcação para outra data ou devolução do valor pago. Claro que eu não queria cancelar a viagem e aceitei remarcar a volta, passando do dia 24 para o dia 25, mas isso afetaria as minhas reservas de Hotel e carro. O hotel era com cancelamento grátis e o veículo também, então via app mesmo, fiz tudo e foi tudo tranquilo. NOVO PLANEJAMENTO Após a mudança de data, havia ganhado 1 dia de viagem e já havia aprendido várias coisas sobre o Chile, então ao invés de hotel, achamos um airbnb com garagem e preço muito bom e localização boa (como teria um carro, a localização deixa de ser tão essencial), sobre o carro, novamente o Booking apresentou o melhor preço e fechei por lá novamente, desta vez a locadora foi a Budget, paguei via App direto ao Booking. SOBRE A VIAGEM (JETSMART) A JetSmart é uma cia de baixo custo, ou seja, tudo é pago, meu bilhete não permitia nem o uso dos bagageiros internos do avião, apenas uma item pessoal de 10kg, ou seja, bagagem de mão que tem que ir embaixo do assento. Isso foi um problema, pois limita a quantidade de roupas, mas nada que vá tirar a graça da economia no valor da passagem. Fiz o check-in online e ganhamos assento na janela que dentro da aeronave foi facilmente trocado por uma janela e um corredor juntos. O voo sai de SP as 10:35, horário bom, saí de casa bem cedo, as 6 da manhã, cheguei em GRU as 6h30, o embarque é no T2 e foi tranquilo, pouca fila no controle de passaportes e raio-x, as 7h dentro da sala de embarque e com muito tempo de sobre deu pra ver os preços do Duty Free e também aproveitar as mordomias da sala vip da Amex (isso salva o bolso e o estômago), pena que fica no terminal 3 e a caminhada entre os terminais é longa. O voo chegou no horário e o embarque foi organizado e tranquilo. Era 10h20 e já estavam finalizado o embarque, aeronave um A321 foi com lotação de uns 80%, o espaço é curto e as poltronas não reclinam, praticamente todos respeitaram o seu bilhete e os bins foram vazios, muitas bagagens embaixo dos assentos. (tripulação em nenhum momento conferiu nada). Decolagem no horário e voo tranquilo, chegou 14h35. Serviço de bordo pago e bem caro. Mesmo com os jogos panamericanos, a imigração foi rápida e as 15h já estava na rua procurando como ir até o local de retirada do veículo. SOBRE O CARRO ALUGADO Ao chegar no quiosque da Budget no Terminal 2 não havia ninguém, o funcionário da cia ao lado, falou pra ir até o outro terminal e pegar o transfer pro pátio das locadoras, isso demandou uma caminhada e uma espera. No pátio das locadoras procurei a Budget e já tinham minha reserva separada, foi tudo rápido, não tentaram vender seguros e nenhuma outra coisa. Apenas um calção no cartão de crédito de 600 mil pesos, algo em torno de R$ 3.200, eu também havia emitido pela AMEX um seguro. O veículo era o mais básico possível, porém me deram um Peugeot 208 ano 2023, carro muito bom, com ótimo conforto o itens, como central multimídia e teto solar. Aqui no Brasil sempre entregam com o tanque cheio, lá o carro veio com 3/8 e era pra entregar do mesmo jeito. O veículo já vem com a tag do pedágio. Continua...
  12. Olá, eu vou para Santiago no Chile agora em Agosto, época de inverno. Minha dúvida é: comprar roupas de frio no Brasil ou no Chile mesmo? Se sim, podem me passar recomendações de lojas de roupas? Que sejam em conta e boas.
  13. Olá, viajantes! Depois de ler tantos relatos, receber tanta ajuda e dicas do pessoal aqui no Mochileiros, nada mais justo que deixar uma contribuição sobre a minha experiência pela Patagônia. E também fico a disposição para ajudar no que estiver ao meu alcance! Meu insta é https://www.instagram.com/primporai/, se tiverem alguma dúvida e quiserem trocar alguma ideia, podem me chamar lá. 😊 Espero que gostem! Antes de iniciar o relato sobre a viagem, vou deixar algumas dicas importantes aqui: - O meu objetivo com essa viagem era realizar algumas trilhas. Caminhei muito (cerca de 250km) e tive bastante contato com a natureza. - Eu fiz a viagem sozinha. Para quem tem dúvidas só tenho uma coisa a dizer: vá sem medo. As pessoas de lá são muito simpáticas e estão sempre dispostas a ajudar. Fiz várias amizades durante as trilhas, nos ônibus, na rua, etc. 😂 - A fama de rolar caronas por lá é verdadeira. - Mesmo sendo verão, na Patagônia ainda é frio. - Os dias são longos, entre 4h00 e 5h00 o sol já está raiando e ele se põe depois das 22h. Dá pra fazer MUITA coisa. - Não deixe de fazer absolutamente nada por causa do mal tempo. O clima por lá muda bastante, então saia com chuva ou sol e esteja preparado para as mudanças. - Leve sempre na sua mochila de ataque uma jaqueta e calça que sejam impermeáveis e corta vento. - Em todos os lugares tem calefação, então use e abuse do sistema em camadas e leve pijama curto para dormir. - Faça cambio na Argentina. Minha conexão em Buenos Aires era de madrugada, então não consegui fazer cambio fora do aeroporto, e mesmo assim compensou muito mais que trocar no Brasil. Fiz no Banco Nación dentro do EZEIZA, acho que fica aberto 24hrs. No site deles dá pra acompanhar a cotação oficial (http://www.bna.com.ar). - Comprei todos os tickets de ônibus na Rodoviária de El Calafate. Também é possível comprar online. - Peguei um Chip para usar internet da empresa Movistar. Só precisa ir até a loja deles com um documento e solicitar o chip, depois ir até um kiosco e fazer uma recarga. A internet funcionou bem na Argentina, exceto El chaltén que lá nem o wifi funciona direito. - Tanto na argentina quanto no chile eles não dão sacolas nos mercados. - Achei os preços bem interessantes em Ushuaia, pra quem não sabe, é uma área livre de impostos. Vi perfumes, gopro, roupas de frio com preços bons. Meu cronograma foi o seguinte: 20/12 – Florianópolis – Buenos Aires 21/12 – Buenos Aires - Ushuaia 22/12 – Ushuaia – Laguna Esmeralda 23/12 – Ushuaia – Pinguineira, Canal Beagle e Glaciar Martial 24/12 – Ushuaia – El Calafate (avião) 25/12 – El Calafate – Dia Livre, volta de bike 26/12 – El Calafate – Perito Moreno e Minitrekking 27/12 – El Calafate – Puerto Natales - Chile (ônibus) 28/12 – Puerto Natales – Full Day Torres Del Paine 29/12 – Puerto Natales – Trekking até Base deTorres del Paine 30/12 – Puerto Natales – El Calafate – El Chaltén (ônibus) 31/12 – El Chaltén – Cerro Torre 01/01 – El Chaltén – Chorrilo Del Salto 02/01 – El Chaltén – Fitz Roy 03/01 – El Chaltén – Laguna Electrica 04/01 – El Chaltén – Loma Del Pliegue Tumbabo 05/01 – El Chaltén – El Calafate (ônibus) 06/01- Chegada em Florianópolis Vou começar pelo dia 2, porque o primeiro se resumiu apenas em chegar até Buenos Aires 😂😂 21/12 BUENOS AIRES – USHUAIA Cheguei de madrugada no Aeroporto de Ezeiza, fiz o cambio e meu voo até Ushuaia saia do Aeroparque. A Aerolíneas disponibiliza de um transfer gratuito se você emitir um voucher no site deles. A empresa que presta esse serviço é a Manuel Tienda León, só procurar o guichê deles na parte externa do aeroporto. O voo de Buenos Aires até Ushuaia dura +/- 4 horas. Acordei quando estava perto de pousar e ao abrir a janela o céu estava azul, as montanhas com os picos nevados e diversos lagos. Desembarquei em Ushuaia às 8h10 e como não despachei mala, fui direto ver o transfer até o meu hostel, para não esperar muito optei pelo remis, é um trajeto rápido e custou ARS 300. No hostel, tomei café da manhã e fui tomar um banho para sair. E para minha surpresa ao sair do banho, chuva e muito vento (coisas da patagônia 😂). Nesse momento, ainda não entendendo como funcionava o clima por lá, fiquei esperando a chuva passar. Depois de um certo tempo sai na chuva mesmo. Estava com o dia livre e fui bater perna para conhecer a cidade, andei pela Avenida San Martin que é a rua de comércios em Ushuaia, muito simpática, com algumas construções coloridas, pelas calçadas apreciando o Canal Beagle, fui até a famosa placa. Hospedagem: Antártida Hostel. Localização é ótima, perto da Avenida San Martin, do porto e mercado. Estrutura de quartos, banheiros e cozinhas são boas e sempre estavam limpos. Staffs simpáticos, sempre dando dicas e conversando. Vista do avião Foto clássica na placa "fin del mundo" Canal Beagle 22/12 – USHUAIA – LAGUNA ESMERALDA Pedi no hostel informações sobre o transfer até o inicio da trilha para a Laguna Esmeralda, eles me venderam por ARS 450 ida e volta. A van passou no hostel as 10h, o dia estava nublado e sem chuva. A trilha de modo geral é bem tranquila e bonita. Você caminha por bosques, passa por rios, vales, paisagens bem diferentes. Durante todo o trajeto há “plaquinhas” azuis nas árvores indicando o caminho. Possui algumas subidas, não são muito longas e nem íngremes. Após mais ou menos 6km cheguei na Laguna Esmeralda e que lugar incrível, meu preferido de Ushuaia. A água realmente é verde esmeralda, mesmo com o dia nublado. Explorei alguns lugares mais altos, contornei a Laguna para vê-la vários ângulos. Logo mais começou uma ventania, coloquei todos os meus casacos, gorro, procurei um abrigo do vento e sentei pra comer para depois começar meu caminho de volta. Na volta o vento não deu trégua e eu podia ver a chuva se aproximando. Choveu um pouco e depois o céu ficou azul. Cheguei ao inicio da trilha perto das 14h para aguardar a van. No caminho de volta para o hostel o tempo virou de novo, choveu e ventou MUITO. Fiquei pensando se tivesse optado por voltar com a van das 17h kkkk Trilha com as plaquinhas azuis nas árvores, indicando o caminho. Empacotada de casacos depois que cheguei na Laguna Esmeralda 23/12 – USHUAIA – PINGUINEIRA, CANAL BEAGLE E GLACIAR MARTIAL Último dia em Ushuaia começou bem cedo, o dia estava lindo, céu azul, pouco vento. Às 7h30 o ônibus saia do Porto em direção a Estancia Harberton, para depois pegar um barco até a Isla Martillo, onde estão os pinguins. Fechei esse passeio com a Piratour por USD 179. No caminho até a Estancia paramos num local bonito, com um lago e do outro lado da estrada um vale, onde é possível observar como as árvores crescem tortas devido aos fortes ventos. Fomos divididos em 2 grupos para pegar o barco e ir até a ilha dos pinguins. Estava bem frio e com bastante vento. Ao descer na ilha a guia passa algumas instruções e durante todo o passeio explica sobre a ilha, pinguins, predadores, etc. Você não fica “solto” na ilha, precisa caminhar com o grupo. A ilha é realmente cheia de pinguins, estão por toda a parte e são uma gracinha, dá vontade de pegar um e botar embaixo do braço. Obs.: Não é permitido se aproximar dos pinguins, acho que são 3 mestros. E tome muito cuidado para não pisar nos ninhos. Minha dica é: fique na frente do grupo, um pouco afastado. No momento que estava conversando com a guia um pinguim se aproximou de mim e pude vê-lo de pertinho, até tirei uma selfie com ele. Depois vamos até o museu marítimo onde é realizada uma visita guiada em inglês e espanhol. O museu é muito interessante possui ossadas de mamíferos marinhos. O tour é realizado por biólogos, as explicações são riquíssimas, cheias de informações novas. Pra finalizar o passeio seguimos até um catamarã para uma navegação de 3 horas pelo Canal Beagle, até chegar ao porto de Ushuaia. Confesso que achei essa parte um porre e dormi boa parte do trajeto kkkk acordei para ver o Farol, que é lindo. Nesse momento estava chovendo e bem cinza, parecia filme de terror. Mais tarde passamos por uma ilha onde ficam vários leões marinhos, paramos ali por alguns minutos para observa-los. Eles dormem todos juntinhos, fazem barulhos, são folgados e desajeitados. Desembarcamos no porto de Ushuaia pelas 15h, almocei com uma família que conheci durante o passeio e as 19h30 combinamos de nos encontrar para subir o Glaciar Martial. Nessas horinhas já tinha parado de chover e o sol brilhava, no entanto um pouco antes de sair e encontrar meus novos amigos, o tempo virou completamente e inclusive choveu granizo (acho que nunca vou ver tempo tão louco como ushuaia). Após muita indecisão, criamos coragem e começamos a subir o Glaciar Martial, debaixo de chuva mesmo. Estava muito úmido, então a sensação térmica castigava. No meio da trilha já havia parado de chover, olhamos para trás, o céu estava limpo e no mar dava pra ver um lindo arco-íris. A subida é bem íngreme, senti a minha panturrilha queimar. Subimos até encontrar os pontos com gelo, tomamos a agua trincando e começamos a descida com vista para Ushuaia, o céu estava com cores lindas. Por isso eu vou reforçar mais uma vez: NÃO DEIXEM DE FAZER ABSOLUTAMENTE NADA NA PATAGÔNIA POR CAUSA DO TEMPO. Patagônia e suas surpresas 😍 Por enquanto é isso gente, conforme for sobrando um tempinho vou escrevendo e postando aqui!
  14. CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E depois de 7 meses da viagem e tanto postergar vou enfim postar o relato da nossa viagem. Contextualizando.. após conhecer esse site em algum momento da minha vida, comecei a ver os relatos de viagem do clássico mochilao América do Sul e desde então passei a me interessar sobre esse roteiro e após algum tempo, enfim surgiu a oportunidade perfeita de datas, comecei a planejar o passeio. Um dia que estava em casa com meus pais, comentei sobre a tal viagem, foi aí que recebi um pedido inusitado do meu pai “Posso ir com você filho?” e após a pergunta logicamente começamos a planejar juntos o mochilao, que agora era nosso!! A maior parte do relato foi escrita pelo meu pai, ele escrevia todos os dias um pouquinho, então acho que não deixamos o tempo apagar os detalhes. Espero que curtam e que possa ajudar de alguma forma e se tiver dúvida, sugestão ou se só quiser trocar uma ideia sobre responde aqui ou então manda uma mensagem la na nossa dm @celsobotelhos @danielbotelho23 MOCHILÃO PAI E FILHO Por: Celso Botelho da Silva e Daniel Gomes Botelho Em um belo dia num bate papo informal, meu filho Daniel, um jovem garoto, me confessa seu sonho de fazer uma viagem num estilo bem leve, sem protocolos, sem luxos, sem apegos, ir a lugares certos e incertos. Eu, um pai idoso e aposentado, com 61 anos, senti naquele momento vir a tona o meu espírito adormecido de também querer percorrer caminhos desconhecidos, novas culturas, novos povos. Naquele momento selamos nossos sonhos, começamos a traçar nossos roteiros e assim começou essa história de sair por aí. Os problemas começaram a surgir e por pouco quase desistimos. O roteiro era o tradicional mochilão Bolívia-> Chile -> Peru. Porém, às vésperas da viagem surgiram notícias sobre os protestos e manifestações por quase todo o Peru, principalmente na região que iríamos: o sul do país. Ficamos alguns dias na dúvida, mas decidimos seguir viagem com roteiro programado apenas até São Pedro de Atacama e de lá, dependendo da situação peruana, seguiríamos ao Peru ou então seguir no Chile, para Santiago. Pensando nisso, optamos por não comprar a passagem de volta. Decisão tomada, mochila arrumada e pé na estrada. DIA 01 - 29/01/2023: RUMO A CIDADE DE UYUNI E O MAL DA ALTITUDE. No Aeroporto de Guarulhos/SP - pai e filho Saímos do Aeroporto de Guarulhos/SP às 10:15 hs com destino a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia e lá pegamos um vôo para a cidade de Sucre, onde chegamos por volta das 17:00 hs. Para nossa surpresa, ao desembarcar da aeronave e caminhar até a sala de espera, comecei a sentir um desconforto e imediatamente sentei-me numa cadeira. Era o mal da altitude - o tão famoso soroche. Daniel, que é médico, mediu minha saturação e deu 92. Então fiquei sentado e ele foi comprar água e medicamento. Ao retornar notou meus lábios ficando roxos e as extremidades dos dedos dessaturando e ficando também arroxeadas. A saturação já tinha caído para 85 em poucos minutos...tudo muito, muito rápido. Demos mais um tempo, pegamos um táxi e fomos ao centro de Sucre. Daniel comprou medicamento para evitar o soroche ( dexametasona 4mg e soroche pills) e tomamos ali mesmo. Fomos almoçar e eu já estava bem melhor. Dali seguimos caminhando para a rodoviária, pois nosso ônibus para Uyuni iria partir às 21:00 hs. Ficamos surpresos com o trânsito caótico e como uma rodoviária poderia ser tão pequena e confusa, mistura de embarque com desembarque, ônibus sem indicação nos painéis dos locais de destino e tem uns homens que ficam gritando o tempo todo pelos passageiros. Um verdadeiro caos. Nosso ônibus, da empresa Emperador, atrasou e saiu às 21:40 hs. O banheiro sem água e papel higiênico (ficou aquele cheirinho) e tinha uma criança dormindo no corredor, além de várias bagagens espalhadas pelo chão. Trânsito caótico nas proximidades da rodoviária de Sucre INN: O almoço em Sucre, restaurante simples, comida boa e barata. OUT: Soroche - o mal da altitude. DICAS: Começar a tomar o remédio para soroche um dia antes de chegar na Bolívia. Caso venha por Sucre, comprar as passagens do ônibus para Uyuni pela internet, assim passará menos sufoco na rodoviária. Trocar dinheiro já no aeroporto de Santa Cruz, cotação justa e facilita pagar o táxi e demais despesas em Sucre. FIQUE ATENTO: Ao fazer a imigração em Sucre, estavam exigindo comprovante de vacinação da COVID.
  15. Olá. Estou planejando uma viagem de carro no mês de maio até San Pedro de Atacama. Quero aqui, dicas de quem já foi, e também se cinco dias é o suficiente para visitar os locais que coloquei na listinha abaixo. A minha ideia é fazer a maioria dos passeis com meu próprio carro, com isso, já salvei mapas e orientações de como chegar e entrar nos parques. Até chega lá o meu roteiro está assim: Porto Alegre > São Borja (pernoite) > Saenz Penha (pernoite) > San Salvador de JuJuy (pernoite) > San Pedro de Atacama (5 dias?). Lembrando que só eu dirijo, por isso, vou parando. ROTEIRO: Pesquisei bastante e cheguei a estes locais aqui, e quero pedir dicas de vocês porque a maioria farei sem agência. E se vocês acham que consigo fazer tudo em cinco dias. O que posso fazer no mesmo dia? SEM AGÊNCIA - COM MEU PRÓPRIO CARRO - LAGUNAS ALTIPLÂNICAS, PIEDRAS ROJAS E SALAR DE ATACAMA - LAGUNAS ESCONDIDAS (Baltinache) - VALLE DE LA LUNA E VALE DE LA MUERTE - LAGUNA CEJAR - TERMAS PURITANAS (pode ser descartado) - LAGUNA CHAXA (pode ser descartado) APENAS VIA AGÊNCIA: - GAYSER EL TÁTIO -SALA DE TARA - TOUR ASTRONÔMICO Muito obrigado.
  16. Boa noite pessoal !! marinheiro de primeira viagem estou indo viajar de carro até o Chile em março , alguém sabe informar o melhor trajeto para chegar a Santiago, na volta passarei em Mendonza , e outras cidades da Argentina Obrigado
  17. Olá Mochileiros, Trazemos o relato atualizado pós-pandemia sobre o circuito W em Torres Del Paine, verão que fizemos ligeiramente modificado, mas acho que é também uma forma válida de fazer. Para melhor encontrar as informações que necessite, o índice do meu relato será: > Roteiro - Circuito W > Roteiro - Deslocamentos > Custos de Viagem > Alimentação de Trekking > Equipamentos Indicados > Equipamentos Contra-indicados ROTEIRO - CIRCUITO W Dia 01: Paine Grande > Mirante Pehoé Km total: 10 km Realizamos o deslocamento da cidade até o parque (descrito abaixo), ao chegar no Refúgio Paine Grande organizamos o acampamento, deixamos nossas coisas dentro da barraca (é seguro), pegamos apenas a mochila de ataque e fizemos um hike até o mirante Pehoé. O tradicional do circuito W é realizar a subida direta até o Refúgio Grey ou fazer um ataque até o Mirador Grey no primeiro dia, fizemos a escolha do Pehoé ao invés do Grey porque achamos imperdível, deixo abaixo os registros para tirarem suas preferências. Os mapas do parque possuem uma quilometragem incorreta das distâncias, abaixo deixo a correção com as distâncias aferidas e confirmadas com Wikiloc. Os mapas registram 3 km, mas na verdade são 5 km, somando ida e volta pelo Paine Grande de 10 km. Dia 02: Paine Grande > Camping Francês Km total: 9,5 km Acordamos bem, a barraca aguentou a noite, e nós o frio. A estrutura do Refúgio Paine Grande é uma das melhores, possui mercadinho que vende inclusive: ovo! A cozinha é bem estruturada, porém é necessário levar tudo, panelas, talheres, gás.. etc. Nesse trecho pegamos uma paisagem incrível, aconselho sair cedo para poder registrar bastante. Nos mapas esse trecho está como 7,5km, mas são na verdade 9,5 km. Quando se chega ao Camping Italiano, a placa indica 2 km até o Francês, mas na verdade é apenas 1 km. Dia 03: Camping Francês > Mirador Britânico > Camping Francês Km total: 13 km No 3º dia escolhemos realizar um day hike, apenas mochila de ataque para aproveitar bem o dia. E sem exagero é um dos dias mais lindos de viver dentro do parque, você caminha todo o tempo margeando o Paine Grande e ele é cada vez mais esplêndido. Conselho para o dia: Saia cedo! Acabamos ficando tranquilos demais e perdemos muito tempo para sair. Como toda a trilha é muito linda, para-se muito para fotografar e você pode acabar perdendo o tempo de chegar até o final e voltar. Outro detalhe importante é que a trilha é sempre subindo, então cansa bastante. Camping Francês > Camping Italiano: 1 km (ida) Camping Italiano > Mirador Britânico: 5,5 km (ida) Dia 04: Camping Francês > Camping Chileno Km total: 17,6 km Esse trecho é o que requer sua maior atenção, muito longo, muita subida e descida, e onde irá encontrar a maior dificuldade de orientação. As placas de distâncias nesse trecho tem erros graves e acabam deixando trilheiros expostos ao anoitecer por acreditarem que irão percorrer 7km, quando na verdade são 11km, por exemplo. É um caminho com muito desnível. Aqui a dica também é sair cedo do Francês, para poder curtir a vista, principalmente dos primeiros km. Camping Francês > Camping Cuernos: 4 km (nas placas/mapas indicam que é 2,5 km, está incorreto) Camping Cuernos > Bifurcação Chileno/Las Torres: 11km Bifurcação > Camping Chileno: 2,6 km Refúgio Los Cuernos Dia 05: Camping Chileno > Mirante da Base das Torres > Camping Chileno > Saída do Parque Km total: 17,3 km Um dia memorável, acordem cedo! Madrugamos para desmontar a nossa barraca e empacotar as coisas para subir (visto que o check-out no chileno é até as 9h) Se você alugar a barraca nesse dia será mais fácil. Ou você só precisa acordar muito cedo, sugiro: 4h da manhã. Acordamos 5h e não chegamos a tempo pro nascer do sol. Aqui também irão se deparar com km erradas, indicando algo como 3,5 km até as torres, na verdade serão 5,5 km de subida íngreme e serpenteada desde o Chileno. Mas a vista é incrível e imperdível. Se conseguir chegar para o nascer do sol, é possível que esteja lotado, mas com um pouco de paciência, as pessoas vão saindo, se programe para ter esse tempo extra e poder registrar o local com calma. Refúgio Chileno > Base das Torres: 5,5 km + 5,5 km (Ida e Volta) Refúgio Chileno > Hotel Las Torres: 4,3 km (só descida) Hotel Las Torres > Centro de Bien Venidos: 2 km ROTEIRO - DESLOCAMENTOS Simplificarei a informação, visto que necessitamos ficar 2 dias a mais em Santiago na ida e na volta por conta dos resultados dos exames PCR, por conta do contexto da pandemia. Deslocamento residência > Puerto Natales Avião: Cuiabá > São Paulo (GRU) > Santiago Valor: R$ 1.200,00 por pessoa (ida/volta) - LATAM Avião: Santigo > Punta Arenas Valor: U$ 17,00 - SKY Airlines O valor final com compra de bagagem despachada (por conta dos bastões e barraca) ficou R$ 450,00 por pessoa (ida/volta) Ônibus: Punta Arenas (Aeroporto) > Puerto Natales O ônibus passa no aeroporto e busca no desembarque, mas é necessário comprar com pelo menos 1 dia de antecedência pelo site. Duração: 3h15 - Horários disponíveis a cada 3h. Valor: $ 7.500 (pesos chilenos) - Compre online antecipado Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Deslocamento Puerto Natales > Torres Del Paine Nosso objetivo era ir para Pudeto, aonde se pega o Catamarã para chegar no Paine Grande, mas você pode escolher a portaria que quiser. Duração: 3h - 2 horários disponíveis por dia (6h40 ou 7h) Valor: $ 6.000 (pesos chilenos) - Compre online antecipado! Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Catamarã Necessário para atravessar o Lago Pehoé, é possível chegar por trilha também, verifique os meses em que ela está disponível, algumas temporadas ela é bloqueada para esse percurso. Duração: 30 minutos. Disponível 2x por dia, 1x de manhã (10h) ida para Paine Grande e 1x de tarde às (17h) volta do Paine Grande. Valor: $ 23.000 ou U$ 35 (Pode-se pagar em qualquer uma das moedas, APENAS DINHEIRO, não aceita outras formas de pagamento). Não tem como reservar, então se for em meses de alta temporada, busque pegar o ônibus mais cedo possível. Site do Catamarã para consulta de horários e valores Transfer: Centro de Bien Venidos (Prox. Hotel Las Torres) > Portaria do Parque TDP (Laguna Amarga) Esse transfer é necessário para se chegar ao local aonde se pega o ônibus que levará de volta a cidade. Duração: 10 minutos - sai a cada 15 minutos aprox., último horário é aprox. 19h30. Valor: $ 3.000 (pesos chilenos) - Apenas em dinheiro, não aceita outras formas de pagamento. Deslocamento: Portaria do Parque TDP (Laguna Amarga)> Puerto Natales Os ônibus ficam enfileirados na Portaria, basta encontrar o seu. Duração: 3h - possui horários de retorno a cada 4h aprox. Valor: $ 7.000 (pesos chilenos) - Compre online antecipado! Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Deslocamento Puerto Natales > Brasil Ônibus: Puerto Natales (Rodoviária) > Punta Arenas (Aeroporto) Valores: $ 7.500 pesos Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Avião: Punta Arenas > Santiago Valor: R$ 450,00 por pessoa (ida/volta) c/ bagagem - Skyairlines Avião: Santiago > São Paulo (GRU) > Cuiabá/MT Valor: R$ 1.200,00 por pessoa (ida/volta) - LATAM CUSTOS DE VIAGEM Passagens Aéreas: R$ 1.900,00 por pessoa (com bagagem) Ônibus + Catamarã: R$ 346,86 por pessoa Ingresso do Parque Nac. Torres Del Paine: R$ 521.41/2 = R$ 260,70 por pessoa Estadia em Camping (sem equipamento/ sem extras) Parque Nac. Torres Del Paine: R$ 889,57 /2 = R$ 444,78 por pessoa Estadia Puerto Natales: Airbnb R$ 360,00 - 2 diárias / por pessoa (aprox.) Alimentação: R$ 623,00 por pessoa Seguro Viagem: R$ 955,00/2 = R$ 477,50 por pessoa Obs: obrigatório devido COVID-19, pode ser que em outro momento volte a ser opcional, reduzindo o custo. CUSTO TOTAL DE VIAGEM R$ 4.412,84 (por pessoa) Obs: realizei uma estimativa com uma viagem bem resumida apenas o mínimo para fazer o circuito W, mas meu roteiro foi bem mais estendido, incluindo o Torres Del Paine (Full Day) que realiza um tour pela estrada, por fora do parque, são outros cenários, e indico muito fazer, porém aumenta consideravelmente o custo com alimentação, estadia e o passeio custa aprox. $ 35.000 pesos por pessoa. Mirante do Full Day TDP ALIMENTAÇÃO DE TREKKING - Comida Liofilizada (LioNutri) R$ 38,00 por embalagem/refeição Indico os sabores: Batata doce, frango e brócolis e Risoto Primavera. - Barrinhas de Cereal/Proteína e Castanhas. - Flocão para cuzcuz (café da manhã) - Ovo (levamos em uma cápsula que construímos com cano PVC) - Café Solúvel (L'or ou Starbucks) - Chá Preto - Batata Chips Krizpo (produto local, compra-se nos abrigos/cidade) - Sal - Chocolate EQUIPAMENTOS INDICADOS - Barraca NatureHike CloudUp2 - Bastões de Trekking - Isolante Térmico/Colchonete: Therm-a-rest Neoair Xtherm (testamos alguns e esse foi o melhor em todos os quesitos: aquecimento; conforto; peso e volume) - Fleece (Marcas recomendadas: Conquista; Curtlo; Patagônia; Decathlon (Forclaz); The North Face; Columbia) - Jaqueta de Pluma ou Fibra (Marcas recomendadas: Rab (importada); Mountain Hardwear (importada); Columbia; Conquista (Chaltén); Patagônia; The North Face) - Anorak: Jaqueta contra vento e chuva (Marcas recomendadas: OR (importada); The North Face (importada); Patagônia (importada); Columbia (acha no BR, mas busque uma com boa coluna d'agua > 3.000mm); Decathlon (busque os modelos mais caros e com maior coluna d'agua.) Obs: Não economizem na sessão proteção contra vento e chuva, isso pode destruir a sua viagem, as marcas que recomendamos são aquelas que mais vimos por lá, e inclusive compramos depois. Fomos com um anorak da CONQUISTA e tivemos SÉRIOS problemas durante a trilha, foi o maior perrengue, então garantam que essa proteção será 100% confiável. - Poncho: fui resistente a levar porque quis economizar peso/volume, mas hoje recomendo levar! Vai ser uma proteção extra para você e as alças e costado da sua mochila, em um local com temperaturas < 5 graus, qualquer coisa molhada pode roubar muita temperatura sua. Dica de amigo: escolha com carinho seu anorak e leve um poncho! Equipamentos para Locação em Puerto Natales
  18. Olá mochileiros, vou fazer o mochilão Chile-Bolívia-Peru em janeiro. Vou começar visitando o deserto do Atacama, depois irei para Ayuni, aí gostaria de saber qual seria a melhor opção de deslocamento de Ayuni até Cusco (Machu picchu) sem ser um voo direto entre essas duas cidades, já que o preço é bem salgado KKK). Também vi na internet uma opção de deslocamento por meio de onibus que não sei se é seguro, alguém que já fez esse trajeto poderia me ajudar?
  19. Boa noite. Comprei passagem ida e volta para o Chile pela SKY, e comprei uma bagagem despachada pensando mais em trazer vinhos. Porem solicitei informação ma cia referente a quantidade de garrafas permitida e recebi a informação que permitem no máximo 03 litros na mala de mão ou despachada. Alguém sabe confirmar isto? Segue abaixo e-mail recebido: "Hola Marcio, Podrás llevarlo en tu equipaje de mano o en bodega teniendo en cuenta lo siguiente: Para vuelos nacionales dentro de Chile y Perú podrás llevar máximo 5 litros, los que pueden estar distribuidos, por ejemplo, en 5 botellas de 1 litro o 2 botellas de 2.5 litros. Para vuelos internacionales, no deben sobrepasar los 3 litros; por ejemplo, podrás llevar 3 botellas de 1 litro o 1 botella de 3 litros. En ambos casos cada botella debe estar debidamente rotulada y no debe superar los (medidas equivalentes): 70% de graduación de alcohol o 70° (Ej: Alc 70% vol) o 140 proof (sistema de medición norteamericano). Considera que, si compras en las tiendas al interior de aeropuerto, no deberás superar el límite de botellas de alcohol permitido para tu viaje."
  20. Fala, pessoal! Primeiramente queria agradecer aos inúmeros relatos e informações daqui que me ajudaram demais a organizar esta viagem 😃 Vou tentar deixar uma ideia geral sobre o planejamento, equipamentos, trajeto e uma sugestão de itinerário que eu faria caso tivesse mais tempo por lá. Espero poder ajudar (animar e inspirar tbm) de alguma forma a quem ainda está se preparando e pensando em ir. (foi o lugar mais bonito que estive na vida!) Antes de seguir com os detalhes, só um pequeno contexto para explicar o porquê de algumas decisões que tomei: Dois amigos de infância já tinham viagem marcada e estavam com tudo planejado a ir para TDP, fazer o W, e seguir para o Atacama. Todas as passagens estavam compradas e reservas de camping feitas. Como tenho dois filhos, sendo um bebê recém nascido, a ideia de me ausentar de casa neste momento para viajar era impossível. Mas minha esposa ao saber da viagem me deu o maior vale night da história hahahaha S2 e insistiu para que eu fosse, aproveitar ao menos a semana em TDP enquanto ela segurava as pontas em casa. Sem palavras. Divida eterna! =D Então acabei entrando na viagem deles, na janela de TDP, e me adaptando a proposta: 3 noites de camping e 4 dias de trilha. Nunca tinha tido uma experiência de trekking como essa, no máximo fiz as trilhas das Chapadas pelo Brasil e acampava com meus pais quando criança mas todos os pormenores eram organizados por eles. Já fiz o Caminho de Santiago, de bike duas vezes, mas tbm o processo era bem diferente, e me considero um noobie no assunto de trekking e camping. Então saibam que as dicas que eu der aqui são baseadas só nesta breve experiência e de alguém que não tinha conhecimento prévio algum 😃 Reservas As reservas para os campings precisam ser feitas com certa antecedência. Eu fui no final da temporada, am abril, e consegui fazer as reservas há pouco menos de um mês para a viagem. Como fiquei no Paine Grande, Francês e Central usei apenas estes sites: Paine Grande: https://reservas.verticepatagonia.cl/paso3.xhtml a 12$usd pra duas pessoas Francês: https://lastorres.com/en/camping/camping-frances/ a 50$ usd para duas pessoas e Central: https://lastorres.com/en/camping/camping-central/ tbm a 50$ usd para duas pessoas Além do camping, é possível alugar equipamentos e outras opções de acomodações tbm nestes sites. Ainda assim, caso não reserve, mas eventualmente precise, é possível alugar algo no dia diretamente no refúgio. Os preços são bem mais caros, como todo o resto das coisas vendidas no parque (por exemplo, pagamos uma cerveja longa neck no final do terceiro dia por 3000 pesos (+- R$ 26 - mas foi bem merecida hahahahaha) A entrada do parque pode ser reservada antes pelo site, mas tbm é possível comprar assim que chegar de ônibus por lá. O ônibus pára e as pessoas descem para comprá-la diretamente na "bilheteria". Entrada: https://www.aspticket.cl/paso1.xhtml 21000 pesos / +- R$130,00 Equipamentos Após pesquisar um pouco decidi alugar todos os equipamentos mais pesados diretamente na cidade de Puerto Natales. Havia a possibilidade de comprar no Brasil e despachar mala, alugar na cidade e/ou alugar no camping, mas fomos pelo o que achávamos o melhor custo X benefício. Como não tinha nenhum equipamento no Brasil eu ainda teria que comprá-los, e errar nesta hora podia sair muito caro. Então, alugar diretamente na cidade provavelmente seria de coisas já testadas e com especificações adequadas pra trilha. Assim, acabamos por alugar na cidade: saco de dormir, Isolante, barraca, bastão de trekking e kit com fogareiro e utensílios para cozinhar. O botijão de gás acabamos comprando na cidade (6000 pesos, +- R$ 37,00) (é fácil de achar e tem várias lojas que vendem). Tudo foi alugado no Nikos: https://www.nikostwoadventure.com/es/alquiler-de-equipo/ Conheci pessoas que conseguiram levar o bastão de trekking do Brasil na bagagem de mão sem problemas, mas entendo que foi questão de sorte conseguirem passar. Pelo menos no Chile há diversos locais nos aero com recados sobre a limitação de embarcar com o bastão. Um ponto de atenção aqui que sofremos muito pela pouca experiência é que estes equipamentos alugados foram escolhidos por serem os mais baratos e isso, acho, implicou em itens menos eficientes e mais pesados que possivelmente existiriam em outras opções. Então, sugiro tentar pesquisar um pouco mais e ver o real custo benefício na hora de definir o local do aluguel. Por exemplo, o nosso saco de dormir, barraca e Isolante apesar de darem conta do frio que pegamos (toda noite fez facilmente -5°) eram muito pesados e volumosos. O Isolante parecia um colchonete destes que vendem em supermercados no Brasil hahahaha. (Corcunda de Notre Torres passando com seus equipamentos por sua tineline hahahaha:) Para os quatro dias levei o seguinte: 4 cuecas 4 meias p trekking 4 camisetas manga curta 1 camiseta manga longa 1 calça/bermuda de trekking 1 calça fleece 1 blusa fleece 1 casaco fleece 1 anorak corta vento impermeável 1 boné 1 gorro 1 protetor de pescoço 1 par de luvas 1 toalha de microfibra 1 poncho impermeável 1 travesseiro (destes de pescoço de avião) 1 par de chinelos 1 mochila 40L 1 mochila de ataque 5L 1 lanterna de cabeça 1 óculos escuros 1 cantil para água 0,8L 1 cartela de clorim 1 kit garfo/faca/colher 1 kit primeiros socorros 1 kit higiene pessoal 1 kit farmácia (essencial: analgésicos, antitérmico, anti-inflamatório, anti histaminico, vaselina para evitar bolhas nos pés, protetor solar, protetor labial) + celular, carregador, powerbank Um parênteses sobre a bota: comprei a NH100 da decatlhon e de uma forma geral gostei bastante do modelo, bom custo X benefício, deu segurança nas terrenos, tem bom gripe e impermeabilidade. Mas eu nunca tinha usado uma e tentei ao máximo amacia-lá antes da viagem e acostumar os pés. Na maior parte dos dois primeiros dias não senti nenhum incômodo, mas a partir da subida do mirador Francês, quando machuquei meu tendão de aquiles, talvez por começar a pisar de forma a compensar a dor, comecei a sentir bastante ela pegar em outros pontos do tornozelo. No terceiro e quarto dia (e demais dias da viagem) foi só na sofrencia e dor constante a, literalmente, cada pisada. Então, de qualquer forma, não custa lembrar que a recomendação é sempre usar botas já rodadas e que tenham sido amaciadas por vc = ) Mantimentos As trilhas passam por diversas fontes de água que dizem ser muito puras e potável (basicamente é água de degelo né?). Contudo, a informação que recebemos é para não consumir de fontes do entorno e próximas aos campings, principalmente entre o Central e o Chileno, e que as demais são muito seguras. Optei por levar umas pastilhas de clorim mesmo assim para evitar qualquer coisa e foi super prático e passei muito bem. Por outro lado, dois de meus amigos consumiram água direto das fontes sem nenhum tratamento e passaram super bem tbm. 20230408_135431.mp4 Em relação às comidas, assim como os equipamentos, é possível comprar kits diretamente nos campings e alguns itens avulsos como salgadinhos, barrinhas e bebidas. Em razão do custo, optei em levar do Brasil o máximo de coisa que caberia em minha bagagem de mão e torcer para a alfândega do Chile deixar passar hahahaha. Mas o site deles é bem claro quanto a isso (https://www.sag.cl/ambitos-de-accion/productos-de-origen-vegetal) , e alimentos industrializados em geral passam sem problemas algum, bastando apenas declarar pelo formulário na entrada (a cia aérea vai orientar como fazer mas tbm é possível se adiantar e fazer pelo site). Decidi comprar algumas comidas da marca Vapza e gostei muito da facilidade, tempo de preparo e sabor (feijão, lentilha, mandioca, frango desfiado e feijoada - sim! comemos feijoada na trilha e vou te dizer foi a melhor janta de todas hahahahaha) Além disso, tbm levamos do Brasil, miojos, missô, sopao, barrinhas de proteína e paçoquinhas. Em Puerto Natales fomos no supermercado e compramos tbm alguns nuts, purê de batata em pó, farinha de pão (usamos muito pra dar liga nas coisas e fazer tutu) e coisas para fazer lanche no café e no meio da trilha: pão de forma, queijo, salame e geleia (montamos tudo antes de ir pro parque =)) Lógico que tudo isso pesa bastante na mochila e a dica pra quem tem condições e vontade é ou levar alimentos próprios pra isso (liofilizada por exemplo) ou mesclar e comprar os kits diretamente nós campings (mas não sei os detalhes de como funciona). Ah, um ponto de atenção: conhecemos um grupo que guardou as comidas dentro da barraca para um dia de ataque e tiveram as barracas rasgadas por roedores (esqueci os nomes/espécie dos meliantes kkkk, mas dizem que é comum acontecer). Para evitar isso, todos os dias deixamos as comidas (todas sem exceção) ou guardadas dentro da cozinha do refúgio ou penduradas em árvores próximas às barracas conforme orientação do pessoal e guias locais. Nos falaram que estes roedores têm dificuldades em subir em árvores e gostam mesmo é mais de trekking hahahaha (é sério!) Deslocamentos Cheguei no Chile por Punta Arenas de avião no dia 07/04. De lá até Puerto Natales fomos de ônibus, pelo empresa Bus-Sur e compramos a passagem assim que desembarcamos no aeroporto. A informação que tivemos, pelo menos no final de temporada, é que a disponibilidade dos ônibus é bem boa, e a recomendação de comprar as passagens com um dia de antecedência é bem ok. No balcão de informações ao turista do aero Punta Arenas tem uma plaquinha com a senha do Wi-Fi do aeroporto. Por lá conseguimos acessar e fazer a compra do próximo ônibus. Atenção aqui ao comprar a passagem para colocar a origem da viagem como Aeroporto de Punta Arenas e não apenas em Punta Arenas hahahah. Dois amigos e outro turista chegaram antes e acabaram comprando a passagem como se estivessem na cidade. O ônibus passou pelo ponto do aeroporto mas não esperou eles subirem pois não sabia que haviam outros passageiros naquele ponto do aeroporto. Parece meio óbvio, mas não custa avisar pra ter atenção na compra hahahaha. Na rodoviária de Puerto Natales tbm é possível comprar o ônibus para o Parque (ou pelo site mesmo) e é possível escolher o local de descida dentro do parque a depender da sua programação. Me parece que pela Internet há mais assentos disponíveis. Nós decidimos fazer o circuito inverso, partindo de Paine Grande com sentido às Torres. Para isso, vc tem que entrar no parque e descer do ônibus em Pudeto. Em Pudeto, pega-se um catamarã que atravessa o Lago que desembarca em Paine Grande. O catamara é pago na hora, diretamente dentro do barco. Atenção que só aceitam pagamento em efetivo/dinheiro e o preço foi de 30$ usd / 25000 pesos. Além disso, não percam o canhoto/comprovante que dão na entrada do catamara após o pagamento, pois só é possível sair do barco se apresentar o mesmo, caso contrário vc terá que pagar a passagem novamente. 20230408_111744.mp4 Período Fizemos no final da temporada, em abril, outono, e tivemos a benção de pegar todos os dias excelentes! Céu limpo na maioria dos dias, frio mas com pouca chuva e um pouco de neve pra dar aquela alegria pra quem nunca viu em apenas uma manhã de todos os dias. Foi muito bom mesmo! As montanhas estavam com poucas nuvens, muita visibilidade e o show de cores das árvores no outono estava espetacular. Além disso, as trilhas ficam bem menos movimentadas que outras épocas e os campings com bastante gente ao meu ver mas ainda assim com tudo dentro do controle e funcionando bem. Itinerário Como disse no início, tínhamos um período de tempo bem limitado para fazer o W e no final o itinerário foi o seguinte: Dia 8/4: iniciar em Paine Grande, montar barraca e deixar os equipamentos e mochila no camping. Subir até o mirador Glaciar Grey com ataque, voltar e dormir em Paine Grande; Dia 9/4: sair de Paine Grande, ir até o camping Italiano, deixar a mochila e equipamentos, subir até o mirador Francês com a mochila de ataque e voltar, e seguir com todos os equipamentos para o camping Francês; Dia 10/4: sair do camping francês com todos os equipamentos e ir até o camping Central; Dia 11/4: sair do camping Central só com mochila de ataque e subir até o mirador base das Torres e voltar. Pegar a mochila e equipamentos e voltar para Puerto Natales. Entre mortos e feridos hahahaha conseguimos cumprir o proposto, mas caso tivesse mais tempo e em outra situação eu optaria em fazer o seguinte: Dia 1: chegar em Paine Grande no meio do dia, montar barraca, dormir cedo Dia 2: fazer bate e volta no mirador do Glaciar Grey com mochila de ataque. Dormir em Paine Grande Dia 3: sair de Paine Grande e seguir direto pro camping Francês, levando todo o equipamento. Dia 4: fazer bate e volta no mirador britânico com mochila de ataque Dia 5: sair do camping Francês e seguir direto pro camping Central, levando todo o equipamento. Dia 6: fazer bate e volta no mirador base das Torres com mochila de ataque. Seguir para Puerto Natales no final do dia. Com esses dias a mais séria possível fazer tudo com mais calma, com tempo pra poder curtir os miradores e diminuindo o risco de lesão por todas as correrias. O revés aí seria o aumento do custo de aluguel e diárias, além de precisar levar pouco mais de comida no geral. Mas mesmo assim acho que valeria bem a pena 😃 Bom, é isso. Caso tenham alguma outra dúvida e precisem de mais detalhes podem me perguntar que tentarei ajudar =D
  21. Olá gente tudo bem? esse é meu roteiro , minha duvida é mesmo em janeiro , precisa se preparar tanto para o frio nesses destinos? oque recomendam de usar e onde comprar? Janeiro /2024 Foz do Iguaçu - Santiago Dia 04/01 - Santiago 07/01 - Mendonza Mendoza - 10/01 - Bariloche Bariloche - 17/01 - El calafate El calafate - 23/01 - Buenos Aires 26/01 Buenos Aires - Montevideu Buenos Aires - Iguazu. Não sei definitivamente oque levar , vou levar uma mochila de 40l é no maximo mais uma mochila de ombro , por isso não queria errar nas roupas porque não vou ter tanto espaço.
  22. Em março de 2023 finalmente realizamos nosso sonho de ir até o extremo sul do nosso continente de carro, conhecendo as belezas das paisagens da Patagônia. Fui eu e minha esposa em um jipe Suzuki Jimny, o carro foi muito valente, não deu nenhum problema. Os pneus mais parrudos (mud 215 75 r15) e a tração 4x4 ajudaram nos trechos de rípio (estrada de cascalho), dá pra andar um pouco mais rápido nesses trechos com esses recursos. Mas não é essencial, com calma dá pra ir com QUALQUER carro, inclusive a maioria dos viajantes que vimos percorrendo os mesmos caminhos eram até motoqueiros, de todas as partes do mundo. É uma viagem fantástica, que relatos ou fotos não podem descrever plenamente a sensação de fazer. Antes de começar, no planejamento, parece loucura, as grandes distâncias, horas dirigindo, possíveis perrengues. Mas depois que começa a viajar, a ansiedade vai sumindo, o roteiro vai se desenrolando naturalmente e a grande maioria dos trechos de estrada são muito prazerosos de percorrer. Faço esse relato para auxiliar na logística, planejamento e incentivar quem também está sonhando viver essa aventura. Se tiver esse sonho, faça o devido planejamento de tempo, finanças, documentação, esteja com a manutenção do seu carro em dia e simplesmente vá, não pense muito mais do que isso! Embarque na viagem que dá certo, se joga! DICAS GERAIS Dinheiro no Uruguai: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Trocamos reais em espécie por pesos uruguaios. Dinheiro na Argentina: país barato! Com a cotação blue sai tudo mais ou menos a metade do preço do Brasil. Fizemos 4 transferências grandes que sacamos tudo de uma vez na Western Union de Buenos Aires. Pagamos toda a alimentação e gasolina da viagem em espécie, e algumas hospedagens também quando não aceitavam cartão. Também levamos um cartão C6 Global com US$ para pagar as hospedagens. No dia 5 do relato explico melhor. Dinheiro no Chile: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Levamos dólares em espécie que trocamos por pesos chilenos. Alguns gastos no cartão global. Documentação: leve passaporte! Facilita muito os trâmites e ainda dá para carimbar nas fronteiras, Peninsula Valdes e Ushuaia. Versão impressa do documento (CRLV) do veículo e carteira de habilitação foram pedidos em todas as fronteiras e blitz policiais. Algumas vezes Carta Verde. Até fiz o Soapex do Chile mas não pediram nenhuma vez. Ítens do carro: levei dois triângulos, extintor novo e carregado, kit de primeiros socorros. Tenho cintas de reboque no carro também, mas nada disso foi pedido nenhuma vez. Mantimentos: como várias regiões remotas e isoladas são percorridas, sempre levávamos pelo menos 3L de água no carro e comida para um dia pelo menos, no caso de algum problema com o carro e demora no socorro, mas ainda bem que nada ocorrreu. Dia 1 - Campinas(SP) => Tubarão(SC) (880 km) Dia de iniciar o deslocamento ao sul, pegamos muito trânsito na Régis Bittencourt na serra do Cafezal devido a um tombamento de carreta, e também na BR101 próximo da divisa PR/SC devido à obras. Depois tudo parado também em Itajaí(SC), viagem longa e desgastante de aproximadamente 12h, o que já era previsto. Dia 2 - Tubarão(SC) => Barra do Chuí(RS) (840 km) Dia mais legal que o anterior, praticamente sem trânsito. Entre Porto Alegre e Pelotas já começam os trechos de pista simples, mas sem muitos caminhões. De Pelotas até o Chuí, estrada linda, retas sem fim e passagem pela reserva ambiental do Taim. Nos hospedamos em Barra do Chuí porque queríamos ver a divisa no litoral entre Brasil e Uruguai, são apenas 10km a mais, acredito que vale mais a pena, é muito mais bonito, em Chuí não tem muita coisa pra ver. Ficamos em uma pousada de chalés simples mas que proporciona uma vista sensacional do arroio Chuí, do farol e dos molhes, se chama El Faro del Pajarito, fica literalmente na rua mais ao sul do Brasil. Dia 3 - Barra do Chuí(RS) => Montevideo (420 km) Antes de sair do Brasil, ENCHA O TANQUE de combustível. A gasolina no Uruguai tá muito cara, praticamente o dobro da nossa. Atravessamos a rua que divide os dois países, trocamos reais por pesos uruguaios em uma casa de câmbio e seguimos até a aduana. Estava sem filas, fizemos a migração com os passaportes, nos pediram também o documento do carro impresso (CRLV), habilitação e o seguro carta verde. Depois da fronteira a primeira parada foi a fortaleza de Santa Teresa, fica perto da estrada e é muito bonita. Depois seguimos para conhecer Punta del Diablo e a Playa de La Viuda, uma praia com lindas dunas antes do mar, bem tranquila. A próxima parada foi Valizas, uma vilinha bem roots, com várias casinhas direto na areia da praia. Nos mantivemos na ruta 10, uma estrada menor e mais próxima do litoral, até chegar em La Paloma. É uma cidade maior, com vários restaurantes e um farol bem bonito. De lá seguimos, obrigatoriamente tivemos que voltar à ruta 9 passando por Rocha, mas assim que pudemos retornamos até a ruta 10 em Las Garzas. De Las Garzas até José Ignacio passamos por um trecho bem bonito e deserto da estrada, beirando o mar e percorrendo área de reserva ambiental. Em José Ignacio já começam a aparecer mais casas modernas e de alto padrão, só paramos para ver o farol e seguimos até Punta del Este. Pegamos um pouco de trânsito, não gostamos de praias urbanas assim, só tiramos uma foto no monumento da mão e fomos até a Casapueblo. O ingresso é um pouco caro, mas vale muito a pena para quem gosta de arquitetura e arte. E se estiver com o tempo aberto, o pôr do sol lá com a recitação da poesia é um momento muito bonito. De lá fomos até Montevideo, onde chegamos já anoitecendo, estrada muito boa até lá. Dia 4 - Montevideo => Colonia del Sacramento => Buenos Aires (200 km) Saímos cedo de Montevideo em direção a Colônia. A cidade é bem charmosa, chegamos próximos da hora do almoço, tem bastante opções de alimentação, mas lembrando que o custo de vida lá para nós do Brasil é um pouco mais alto. Demos um rolê ali no Barrio Historico até chegar o horário da balsa Buquebus, que aliás está bem cara (aproximadamente R$1000 duas pessoas mais o carro até Buenos Aires). Chegando em Buenos Aires só chegamos na hospedagem e saímos pra jantar por perto. Dia 5 - Buenos Aires => Bahía Blanca (650 km) Já tínhamos reservado a manhã para os procedimentos de câmbio de dinheiro. Sei que dá para pegar os pesos próximos da cotação blue na Calle Florida, mas preferimos a segurança da Western Union, já havíamos feito as transferências anteriormente e fomos sacar os valores em uma agência grande e oficial, localizada nesse endereço (Perú 160-118, C1067AAC, C1067AAD CABA). O horário de abertura era às 09h, chegamos lá umas 08h45 e já havia uma pequena fila. Fizemos o primeiro saque bem rápido, mas devido aos diversos relatos de falta de dinheiro nas agências e limites para saques, acabamos fazendo por precaução duas transferências menores de um para o outro. Isso nos fez perder mais 1h30 de fila para sacar de novo, acho que se tivesse feito apenas 1 transferência grande teria dado certo nessa agência, chegando cedo para garantir. Pela praticidade, acabamos sacando já o dinheiro suficiente para a viagem inteira, deu um calhamaço de notas, ocupando duas pochetes grandes inteiras. Apesar do risco, não queríamos perder tempo com os saques novamente, fora a disponibilidade limitada em cidades menores. Para complementar o dinheiro da viagem, levamos também um cartão C6 Global carregado em dólares, utilizado basicamente apenas para pagar as hospedagens. Antes não valia a pena, mas desde dezembro de 2022 está em vigor uma nova modalidade de conversão de moeda quando se utiliza cartão estrangeiro na Argentina, chamada popularmente de dólar tarjeta. Não chega a ser o dólar blue praticado pela Western Union mas chega próximo, e pagando o hotel com cartão você tem a isenção do imposto por ser estrangeiro. Então esta agora é a melhor forma de pagar hospedagens na Argentina, com cartão. Gasolina e alimentação foi tudo no dinheiro vivo, vale mais a pena. Saímos de Buenos Aires já era umas 13h, é uma distância considerável até Bahía Blanca, começamos a descer pela Ruta 3, depois da cidade de Azul pegamos a RP51, é o caminho mais curto pelo pampa, asfalto um pouco ruim em alguns trechos mas bem menos caminhões. Dia 6 - Bahía Blanca => Puerto Madryn (717 km) Ao invés do caminho sugerido pelo Google Maps, pela ruta 22 e depois 251 até San Antonio Oeste, fizemos tudo pela Ruta 3, passando por Viedma, acrescentando uns 70km ao trajeto, mas queríamos percorrer a Ruta 3 o máximo possível. E valeu a pena, entre Viedma e San Antonio Oeste é um trecho bem deserto e com duas retas gigantescas, foi legal ter passado por esse trecho. Chegamos em Puerto Madryn no final da tarde, já com o frio e o vento patagônico dando as caras. Dia 7 - Puerto Madryn => Península Valdés => Gaiman (300 km) Nesse dia amanheceu chovendo, nosso plano seria percorrer toda a Península Valdés (Punta Delgada, Caleta Valdés e Punta Norte), mas quando chegamos já na porteira de entrada da península, no istmo, nos informaram que as estradas poderiam estar intransitáveis devido às chuvas. Quando chegamos em Puerto Pirámides fomos informados que um ônibus havia derrapado na lama e bloqueado a estrada para acessar a Caleta Valdés. Havia uma viatura da polícia informando para não passar para o interior da península, porque as estradas estavam péssimas. Mesmo com nosso 4x4 e pneu mud, não autorizaram. Mas mesmo assim foi um passeio muito bonito, conhecemos Puerto Pirámides, fomos nos miradores. Haviam alguns brasileiros de motorhome por lá, nos deram a dica de ir na loberia próxima de Puerto Madryn, para não perdermos o dia e vermos os lobos marinhos. No caminho de volta a Puerto Madryn ainda passamos no mirador Isla de los Pajaros, a 2km do centro de visitantes da península, lugar sensacional, vale a pena esse desvio pequeno de rota. Em Puerto Madryn almoçamos e fomos no mirador da Loberia Punta Loma, haviam muitos animais lá, bem legal. Depois um pouco mais a frente fomos até a Playa Cerro Avanzado, totalmente deserta, onde acaba a estrada. De lá seguimos até Gaiman, uma cidadezinha galesa bem legal perto de Trelew, infelizmente chegamos tarde para o tradicional chá da tarde, mas vale conhecer essa cidadezinha. Dia 8 - Gaiman => Trelew => Punta Tombo => Comodoro Rivadavia (500 km) Chegamos em Trelew para ir no Museu dos Dinossauros, mas infelizmente estava fechado para reformas por tempo indeterminado, a previsão de reabertura é em junho/23. Seguimos para Punta Tombo, uma das maiores colônias de pinguins de Magalhães do mundo. É uma reserva muito bem estruturada com um centro de visitantes legal, que dá um contexto da reserva antes do passeio pelas passarelas. O passeio é bem bonito, dá pra ver muitos animais e chegar bem perto. Depois do asfalto um pouco de rípio até chegar na Punta Tombo, inclusive na volta percorremos o mesmo caminho de ida até a ruta 3, o Google Maps estava sugerindo voltar pela ruta 32, o que seria um caminho mais curto mas totalmente de rípio e provavelmente bem deserto. ATENÇÃO: esse trecho de Trelew até Comodoro Rivadavia é um dos mais problemáticos da viagem em questão de postos de combustível, principalmente se incluir a visita até Punta Tombo, que acrescenta uns 100 km no trajeto. Também começa a ventar muito, o que aumentou bem o consumo de nosso carro, em mais de 1 km/L. Na ruta 3 aparece um posto YPF Alamo no Google Maps que simplesmente não existe. Depois de Estancia La Concepción também havia um posto no meio do nada que não dá pra confiar se vai estar aberto ou se vai ter combustível, no nosso caso estava aberto mas só tinha diesel. O posto essencial para abastecer nesse trecho é um YPF que fica em Garayalde, o que dá uns 350 km de Trelew, incluindo a Punta Tombo. E mesmo lá há relatos de falta de combustível, mas conseguimos abastecer tranquilamente lá. Como a autonomia de nosso carro é baixa (400 km, talvez menos dependendo do vento), por segurança levamos um galão de combustível extra de 20L que abastecemos em Trelew e amarramos no bagageiro de teto. Também já começam a aparecer bastante animais na beira da pista, guanacos e nhandus (uma espécie de ema patagônica). Tem que ter precaução nos pontos sem visibilidade da estrada (curvas e ladeiras), eles ficam bastante no meio da pista, e correm às vezes para frente do carro, principalmente os guanacos. Chegando em Comodoro Rivadavia vale a pena conferir o El Farallon, uma formação rochosa gigantesca próxima da costa, que tem uma colônia com muitas aves marinhas, ali é bem bonito no pôr do sol. Dia 9 - Comodoro Rivadavia => Rio Gallegos (778 km) Dia de muita estepe patagônica. Nos primeiros quilômetros após Comodoro o caminho da estrada é lindo, vai beirando o mar, no começo da manhã estava bem bonito. Depois é um caminho com muita estepe deserta, muitos guanacos atravessando a pista e o vento patagônico fazendo jus à fama. Em alguns momentos é absurdo, chega a interferir na direção e frear bastante o carro em alguns momentos, o consumo de combustível sobe. Mas é um trecho mais tranquilo em questão de combustível, tem mais opções e são mais confiáveis, por segurança abasteci em Fitz Roy, Três Cerros e Comandante Piedrabuena, sempre quando abaixava de meio tanque. Dia 10 - Rio Gallegos => Rio Grande (375 km) Muitas pessoas vão direto para Ushuaia nesse dia, mas acredito que a parada em Rio Grande é a melhor estratégia. Os procedimentos das duas fronteiras podem demorar se tiver fila, e tem a fila da balsa do estreito de Magalhães também, ficamos mais de 1h. Fora que o trecho entre Rio Grande e Ushuaia é muito bonito e merece ser feito com calma, com a luz do dia boa. E ainda ganha um tempo livre de manhã em Rio Gallegos para visitar o Barco Marjory Glen, um barco enorme encalhado na praia há mais de um século. Vale muito a pena ir lá ver esse barco, dá uns 50km ida e volta da ruta 3. Os trâmites na fronteira Argentina/Chile foram tranquilos, sem filas. Depois da fila da balsa, a travessia do estreito de Magalhães é rápida. Entrando novamente na Argentina, abastecemos no posto YPF que fica ao lado da aduana argentina em San Sebastian (não vale a pena abastecer no Chile em Cerro Sombrero, após a travessia de balsa, a gasolina no Chile em geral é caríssima). De San Sebastian até Rio Grande, uma estrada boa, asfaltada. Chegando lá o frio já estava forte. Dia 11 - Rio Grande => Ushuaia (212 km) Trecho de estrada lindo, a estepe patagônica vai dando lugar às montanhas e bosques andinos, lagos maravilhosos no caminho (Fagnano e Escondido), vimos raposas zorro em um dos mirantes e até fizemos um pequeno off-road em uma estradinha beirando o lago Escondido. Ela começa em um dos mirantes do lago, vai beirando o lago e começa a subir, paramos no meio do caminho de subida e demos meia volta, mesmo de jipe. Não era seguro prosseguir até o final, estávamos sozinhos e pelo visto a estrada subia uma pirambeira de serra com erosões até o Paso Garibaldi. Voltamos pro asfalto e subimos a serra, a vista lá de cima do Paso Garibaldi é sensacional. A estrada volta a descer para um vale bem bonito entre as montanhas e finalmente chegamos em Ushuaia, nem dá pra descrever a emoção e sensação de ver o portal da cidade, depois de todo o caminho percorrido até lá. Almoçamos um cordeiro patagônico delicioso e ainda deu tempo de fazer o passeio de barco, já que o tempo estava bom tinha que aproveitar. Fomos com a empresa Três Marias, que faz o roteiro tradicional e mais o trekking na Isla H, a ilha mais ao sul da Argentina, mais até que a própria Ushuaia. O legal é que com eles o passeio é feito em um barco menor, não igual as outras empresas com catamarãs e grupos enormes de turistas. Fora o capitão e o guia que eram muito simpáticos e explicaram com detalhes tudo sobre o passeio. Demos a sorte de ver baleias respirando e mergulhando. As ilhas no caminho até o farol Les Eclaireurs são lindas, cheias de lobos, leões marinhos e aves. O farol é fantástico, e o trekking na Isla H foi o ponto alto, ver uma paisagem e vegetação que só existe lá, parece cenário de filme. Voltamos para o porto de Ushuaia já bem no final da tarde, com vento e muito frio. Dia 12 - Ushuaia => Parque Nacional Tierra del Fuego => Ushuaia (80km) É uma atração imperdível de Ushuaia, reserve um dia para passar lá, principalmente se estiver um clima bom. Um parque muito bem estruturado e nem dá pra descrever a beleza dos bosques, rios, montanhas, só indo e fazendo as trilhas para sentir isso. Fizemos apenas trekkings curtos (cascata Rio Pipo, mirador Lapataia, Castorera), de carro passamos pela agência do Correio do Fim do Mundo para carimbar os passaportes, almoçamos no Centro de Visitantes Alakush e finalizamos indo até a placa do final da ruta 3 na Bahia Lapataia, após 3045 km desde Buenos Aires. Dia 13 - Ushuaia => Rio Grande (212km) Aqui a dica de mais uma parada estratégica em Rio Grande. Em meu roteiro original estava para chegar em Puerto Natales no Chile nesse dia, mas sentimos que seria extremamente cansativo pela grande distância e a demora de mais um trâmite de fronteira e balsa novamente. Pudemos curtir a manhã tranquilos no centro de Ushuaia, compramos pesos chilenos, umas lembranças nas lojinhas e almoçamos. Estava chovendo e muito frio, quando estávamos saindo da cidade ainda demos a sorte de ver a neve caindo ali no portal da cidade. No caminho para Rio Grande, muita chuva, chegando lá frio e um vento absurdo. Dia 14 - Rio Grande => Puerto Natales (564km) Enchemos o tanque em San Sebastian e entramos no Chile, tudo rápido na fronteira. Chegamos na balsa e embarcamos logo em seguida. No caminho entre a balsa e Puerto Natales não tem quase nada de civilização, é uma região remota. Tem a vila abandonada de San Gregorio com o naufrágio do Vapor Amadeo, prédios em ruínas, um pouco depois o único posto de combustível no caminho, um Petrobras minúsculo na entrada do Puerto Sara, abastecemos lá (ATENÇÃO: o posto só funciona de dia e só aceita pesos chilenos em espécie). Segue pela ruta 255 até o entroncamento com a ruta 9, onde tem mais um posto. De lá muitos retões e vento até Puerto Natales. Dia 15 - Puerto Natales => Parque Nacional Torres del Paine => Puerto Natales (350km) O Parque Nacional Torres del Paine é famoso por seus circuitos de trekking, mas é perfeitamente possível conhecer as principais atrações percorrendo o parque de carro, intercalando com trilhas curtas a pé para chegar nas atrações. Fizemos tudo em 1 dia devido ao tempo apertado da viagem, mas o ideal seria ter mais um dia no parque para percorrer com mais calma e fazer mais algumas trilhas a pé. A logística de voltar todo o caminho para Puerto Natales de novo (mesmo pelo asfalto da ruta 9) também não foi a ideal. Seria melhor ter encontrado uma hospedagem no parque ou em Cerro Castillo, já perto da divisa com a Argentina no Paso Rio Don Guillermo, mas eram caríssimas e escassas. Então percorremos todo o parque sentido sul -> norte -> leste e voltamos para Puerto Natales. O ideal é percorrer o parque de carro nesse sentido, entrando pela Portaria Serrano (ATENÇÃO: SÓ ACEITAVAM PAGAMENTO DO INGRESSO EM CARTÃO), porque assim você fica boa parte do caminho indo de frente para as montanhas icônicas Cuernos del Paine. Dentro do parque existem apenas estradas de rípio, alguns trechos em bom estado, outros nem tanto, mas todos os veículos passam tranquilamente. Após a portaria fomos ao Lago Grey e fizemos a trilha até o mirador do lago (1h a pé). É um lugar lindo, o contraste do lago cinza com os icebergs de azul bem vivo é fantástico, estava muito frio, vento e começou a chover. O clima do parque é imprevisível, tem que ir preparado com luvas, touca e casaco impermeável. Depois almoçamos umas empanadas que levamos (tem opções de alimentação dentro do parque mas são bem caras), o tempo melhorou e fomos até o mirador do Lago Pehoé, vista linda, mas os Cuernos del Paine ainda estavam encobertos. De lá seguimos para a vista da Hostería Pehoé e sua ponte, e depois até o Mirador do Salto Grande, depois de fazermos uma trilha curta a pé. A cachoeira Salto Grande é absurda de bonita, a cor da água impressiona, e lá também enfrentamos os ventos mais fortes de nossa viagem, às vezes até desequilibrava um pouco. De lá já dava pra ver bem as torres, que pudemos ver melhor um pouco mais adiante no caminho para o mirador do lago Nordenskjold, outro lugar fantástico. Seguimos então para a portaria Laguna Amarga, e de lá para a Laguna Azul. Nesse último trecho o rípio estava um pouco pior, talvez por ser um caminho menos percorrido. Essa laguna é vazia, bem tranquila e tem uma vista linda das torres se o tempo estiver aberto. Saímos do parque em direção a Cerro Castillo para pegar a ruta 9, fomos surpreendidos com mais rípio do que esperávamos nesse trecho, a estrada quase toda está em reformas e com desvios. De Cerro Castillo voltamos tranquilamente para Puerto Natales pela ruta 9. Dia 16 - Puerto Natales => El Calafate (355km) Saindo de Puerto Natales rápido chegamos em Cerro Castillo (o bar/café da fronteira parece cenário de filme de velho oeste) e o Paso Rio Don Guillermo. Passando pelo trâmite de aduana chileno, em poucos km chegamos à fronteira com a Argentina, onde começa uma estrada de rípio em bom estado. Em 1 ou 2 km passamos pela aduana argentina, de lá mais um pouco de rípio até chegar na Ruta 40. ATENÇÃO: a rota padrão do Google Maps entre Puerto Natales e El Calafate pega o caminho mais curto, e de forma irresponsável manda os viajantes pelo antigo traçado da ruta 40, entre Estancia Tapi Aike e El Cerrito. É um trecho totalmente de rípio, deserto e que dizem estar em péssimo estado, há muitos relatos de viajantes que sofreram para passar por lá. Também inexistem postos de combustível indo por lá. Faça a rota colocando Esperanza como parada. É uma volta longa, acrescenta mais de 100 km ao caminho, mas é o traçado atual da Ruta 40, totalmente asfaltado e com abastecimento seguro em Esperanza no posto EPA (Energia Patagônica). A partir de Esperanza, as belas paisagens da Ruta 40 com muito vento até El Calafate. Dia 17 - El Calafate => Parque Nacional los Glaciares (Glaciar Perito Moreno) => El Calafate (160 km) O Parque Nacional los Glaciares é fantástico, ver o glaciar é uma experiência emocionante. DICA: não faça o passeio de barco a partir do primeiro porto (puerto Bajo las sombras), de lá o passeio percorre o lado do glaciar que a água fica menos bonita, meio acinzentada. Continue a estrada até o final, deixando o carro no estacionamento perto do Restó del Glaciar, já compre ali perto os ingressos para o passeio de barco que sai pelo Canal de los Tempanos. Esse canal é um dos que dá origem ao grande lago Argentino, estava um dia ensolarado e a cor da água estava incrível. Por ali além do porto do passeio dá pra fazer também um dos roteiros de passarelas, se quiser fazer os outros com os mirantes mais altos e principais dá para subir a pé pelas passarelas ou então pegar um ônibus circular que passa constantemente, não dá pra ir de carro na parte de cima do parque. Ver o glaciar de todas as formas e ângulos, andar por todas as passarelas, é um passeio sensacional que deve ser feito com calma, dedicando um dia inteiro, é um lugar incrível. Dia 18 - El Calafate => El Chaltén (220km) Provavelmente o dia com as melhores paisagens da viagem. De El Calafate seguimos pela ruta 11 e ruta 40 até o entroncamento com a ruta 23, o caminho para El Chaltén. Beirando o lago Viedma, a estrada percorre uma paisagem linda, pegamos também ventos fortíssimos contrários nesse trecho, o carro mal desenvolvia 90km/h em 4a marcha, o consumo subiu bastante. Conforme vai se aproximando de El Chaltén, o monte Fitz Roy se faz cada vez mais presente. Alguns trechos com longas retas e a visão do Fitz Roy ao fundo com certeza devem ser alguns dos mais bonitos trechos de estrada do mundo. Mais alguns mirantes fantásticos no caminho, passamos pelo portal do Parque Los Glaciares e então chegamos a El Chaltén, uma das cidades mais novas da Argentina, que mantém o clima pacato de vila de trilheiros e mochileiros. A atmosfera da cidade é bem legal, certo contraste com o turismo já um pouco massificado em El Calafate. Almoçamos lá, fizemos check-in em nossa hospedagem e já saímos em direção ao camping Lago del Desierto, onde começa a trilha para o glaciar Huemul. De El Chaltén até lá, são 35km de estrada rípio em condições razoáveis. Pagamos o ingresso da trilha na entrada do camping e começamos a subida, é uma trilha curta mas com um forte aclive, bem cansativa, estávamos sedentários na época e fomos devagar na subida, demoramos mais ou menos 1h, no trecho final mais inclinado tem o auxílio de algumas cordas, mas é bem seguro, sem exposição à queda ou risco algum. É uma trilha muito bonita, que percorre os bosques e vai beirando o riacho que drena a água do lago do glaciar. A chegada até o lago e a vista do glaciar depois do esforço da subida é recompensadora e impressionante, a cor da água é inacreditável, misturada com cor da vegetação no início do outono, com certeza uma das paisagens mais bonitas que já vimos na vida. É um passeio um pouco fora do radar de quem só vai para El Chaltén focando nos acampamentos e trilhas, devido à distância do centro da cidade. Mas na minha opinião, pela paisagem da trilha, do lago e do glaciar, é um passeio obrigatório para fazer por lá, e que pode fazer ser feito rapidamente e com pouco esforço em apenas meio período. Dia 19 - El Chaltén - Parque Nacional los Glaciares - Trilha Laguna Capri e Mirador Fitz Roy (10km a pé ida e volta) A trilha começa no final da avenida principal da cidade, tem uma subida menos inclinada mas com o dobro da distância da trilha do Glaciar Huemul, haviam pessoas de todas as idades fazendo a trilha, a subida é cansativa mas é tranquila se fizer sem pressa. O caminho da subida é bonito, e a vista do maciço do Fitz Roy a partir da Laguna Capri e do mirador é fantástica, as fotos não conseguem transmitir aquela beleza. De lá dá pra continuar a subida para ir mais perto do Fitz Roy, até a famosa Laguna de los 3, mas aí já seria uma trilha de nível difícil fisicamente, mais íngreme e demorada, não estávamos preparados, ficou para a próxima. Almoçamos na beira da laguna Capri e fizemos a descida de volta à El Chaltén. Dia 20 - El Chaltén => Perito Moreno (652km) Após curtir mais uma vista estonteante do Fitz Roy na ruta 23 saindo de El Chaltén, foi dia de enfrentar a ruta 40 em seu estado mais bruto. Após a cidade de Tres Lagos existe um trecho de 73 km de rípio, conhecido como “Los 73 Malditos” pelos motociclistas e viajantes. Não é incomum esse trecho ficar interditado e intransitável quando chove muito, porque o pavimento é de rípio com uma terra bem fina, que se transforma em uma argila quando molhada. Se tiver chovido nos dias anteriores, é bom perguntar no posto YPF de Tres Lagos como está a estrada. Não havia chovido, e quando chegamos no rípio, foi até tranquilo, os automóveis não estavam tendo maiores dificuldades, já as motocicletas estavam sofrendo mais, tem uns trechos com o rípio bem solto e fofo que elas desequilibram bastante. Esse trecho aliás atravessa uma das paisagens mais desertas e desoladas que percorremos na viagem, é bonito. Demoramos um pouco mais de uma hora para chegar de volta ao asfalto. ATENÇÃO: o trajeto entre El Chaltén e Perito Moreno também é problemático em questão de abastecimento de combustível e tem mais uma armadilha do Google Maps. Ele indica o caminho mais curto por um antigo traçado de rípio da ruta 40, deixando de fora a cidade de Gobernador Gregores, que depois de Tres Lagos é a única com posto de combustível até Perito Moreno. Não vá por lá que a falta de combustível será certeira. Então faça a rota incluindo Gobernador Gregores como parada. Mesmo assim, de lá até Perito Moreno são 360 km sem nenhum posto pelo caminho, a não ser as bombas de gasolina no meio da rua do pitoresco vilarejo de Bajo Caracoles, que dizem que muitas vezes não tem combustível ou ninguém para atender. Não dependa desse posto. Esse foi mais um trecho que utilizei o galão de combustível extra para ter mais segurança, devido a baixa autonomia do Jimny. Não precisou usar o galão, mas chegamos com o combustível piscando na reserva em Perito Moreno, o vento mais uma vez aumentou bem o consumo. Dia 21 - Perito Moreno => Esquel (537km) Mais um dia de muita estepe patagônica entremeada por morros na Ruta 40. Trecho mais tranquilo para abastecimento, paramos nas cidades de Rio Mayo e Gobernador Costa. É o dia de retorno à civilização, cidades maiores, chegamos tranquilamente em Esquel no final de tarde, lá tem muitas atrações para conhecer, como o parque nacional Los Alerces, pena que não tínhamos mais tempo de viagem. Se puder reserve um tempo para conhecer por lá também. Dia 22 - Esquel => Bariloche (284km) Deixando Esquel após um curto trecho a estrada já começa a mudar, ficando mais sinuosa e subindo as montanhas até Bariloche, passando por El Bolson. O trânsito de veículos e caminhões aumenta bastante, tem que percorrer esse trecho com mais cautela. O caminho passa por lindos lagos e mirantes até chegar em Bariloche. Chegando lá fizemos check-in, almoçamos e fomos percorrer o circuito Chico, com as várias atrações turísticas tradicionais. Gostamos muito de conhecer a sede da cervejaria Patagonia que tem lá, ótimo lugar para passar o final de tarde curtindo a vista para o lago e uma cerveja muito boa. Dia 23 - Bariloche => San Martin de los Andes (191km) Dia de percorrer a Ruta dos 7 lagos, provavelmente um dos trechos mais bonitos da Ruta 40. Paramos para almoçar em Villa La Angostura e começamos a percorrer os lagos, tem placas explicativas em cada parada e mirante, com as distâncias até o próximo ponto. Caminho sensacional, lindas vistas dos lagos, na maioria deles dá para acampar próximo, também é outra região onde dá para passar dias explorando e curtindo. Dia 24 - San Martin de los Andes => Parque Nacional Lanin => Neuquén (553km) Chegando em Junin de Los Andes nos dirigimos ao parque nacional Lanin para ver de perto o gigante vulcão Lanin. Pagamos o ingresso na portaria e logo chegamos em um mirante no lago Huechulafquen, vista sensacional, lago transparente com o vulcão nevado ao fundo. O parque é grande, percorremos mais de 30km no rípio até chegar ao final do parque, nos pés do vulcão, com outra vista sensacional dele mais próximo. Tem muitas áreas para camping bem estruturadas por lá, ficamos com vontade de passar semanas só curtindo ali dentro do parque. De lá tomamos o caminho para Neuquén, já deixando a Patagônia. Não fizemos o caminho do Google Maps, nós nos mantivemos na ruta 40 até Zapala. Foi a melhor decisão, é um caminho belíssimo, no começo bem árido com paisagens desérticas, depois sobe para um platô de onde podemos continuar observando o vulcão Lanin ao longe, mesmo a mais de 100 km de distância. Depois de Zapala entramos na ruta 22 e seguimos pelas retas enormes até Neuquén. Dia 25 - Neuquén => Bahía Blanca (534km) No roteiro original estava que nesse dia chegaríamos em Buenos Aires, percorrendo mais de 1000 km. Mas percebendo melhor a dinâmica da estrada e o cansaço pelo final da viagem, resolvemos não forçar a barra e incluir essa parada em Bahía Blanca. Nesse trecho a ruta 22 sai das estepes patagônicas e alcança os pampas argentinos, retas enormes, depois da cidade Choele Choel percorremos uma reta com pelo menos 130 km de extensão. Chegamos no final da tarde à Bahía Blanca. Dia 26 - Bahía Blanca => Buenos Aires (636km) Mesmo caminho da ida, chegamos umas 16h em Buenos Aires, ainda deu tempo de curtirmos um show de tango de noite. Dia 27 - Buenos Aires => Uruguaiana(RS) (674km) De manhã fizemos um tour rápido por BsAs, Plaza de Mayo, San Telmo, Caminito, saímos de lá meio dia em direção a Uruguaiana. Estrada ótima, caminho todo duplicado na ruta 14 até Paso de los Libres e a fronteira brasileira. Mesmo atravessando as províncias de Entre Rios e Corrientes, conhecidas pela corrupção policial, não tivemos problema algum e não fomos parados nenhuma vez. Percebemos que já no sentido contrário, em direção à Buenos Aires, haviam muitas blitz e muitos carros sendo parados. Dia 28 - Uruguaiana(RS) => Osório(RS) (724km) Atravessamos os pampas do Rio Grande do Sul pela BR 290, o dia mais cansativo de toda a viagem, pista simples e muitos caminhões. Trecho para fazer com calma e paciência nas ultrapassagens porque é perigoso. Pista dupla só a partir de Porto Alegre, chegamos em Osório já de noite. Dia 29 - Osório(RS) => São José dos Pinhais(PR) (627km) Dessa vez demos sorte na BR101, a viagem fluiu muito bem até São José dos Pinhais, última parada antes de casa. Dia 30 - São José dos Pinhais(PR) => Campinas(480km) Viagem tranquila até finalmente chegar em casa, depois de aproximadamente 13800 km rodados incluindo todos os passeios nos parques. Sonho realizado!
  23. Bom dia pessoal! Alguém sabe ao certo a exigência de documentação para viagem de carro financiado (alienado) ao banco? Solicitei ao banco uma declaração de viagem ao exterior com o bem financiado e fiz apostila de Haia conforme o consulado argentino e Chile informaram. Porém junto a esse documento o banco enviou uma procuração autorizando a assinatura daquelas pessoas do banco a assinarem a declaração, está reconhecido em cartório, porém não consegui realizar a apostila de Haia para essa procuração, por ser emitido por outro cartório que não é da minha cidade. Será que é uma exigência esse documento também ser apostilado? Obrigado!
  24. Queridos mochileiros. É com grande alegria que faço esse relato, pois ele se refere a um dos trekkings que eu mais desejava na vida: Torres del Paine. A minha viagem ao Chile, foi exclusivamente para fazer o Circuito O (deveria ter reservado mais dias para ir a Cafalate e El Chaltén...) e mais dois dias de intervalo em Punta Arenas e Puerto Natales. Em todos os relatos eu falo sobre a facilidade e aprendizado de se viajar sozinho. Mas essa foi minha primeira viagem fora do Brasil sozinha, e estou ainda meio sem palavras para conseguir expressar aqui o que significa. Eu não quero dizer que em alguns momentos realmente não possa se sentir sozinho, isso acontece. Mas eu posso dizer que em 90 % do tempo está cercado de pessoas muito abertas para conversar e trocar ideias. Bom, a primeira coisa que precisa para fazer o Circuito O sem stress é a organização. Pois se pretende vir entre Dezembro e Fevereiro, é alta temporada (bom tempo), e os campings e refúgios ficam cheios. No Circuito O, quase todos os lugares em que você fica tem duas opções para dormir: Camping (com sua própria barraca, ou alugada) ou Refúgio (cama quentinha para quando sentir que merece). Coisas importantes: * Imprimir suas reservas, * Ter comida suficiente. * Um bom saco de dormir e uma barraca com boa camada para chuva. * Uma bota que seja sua amiga. * Como eu estava sozinha, e tendo que levar todo o peso (cerca de 14 kg), eu optei por comprar algumas refeições. Nos refugios'campings, eles fazem almoco-cafe-janta (sim, é caro), mas depois de um dia de muitos kms isso vale ouro. Aqui vai o meu roteiro em Torres Del Paine: 1 dia: peguei um ônibus em Puerto Natales as 07:15 para Torres del Paine (chegamos umas 09:45 na entrada principal). Na primeira portaria você precisa assistir um video sobre as normas do parque, mostrar seu ticket de entrada (ou comprar), é melhor já comprar no site da CONAF e levar o comprovante. Recebe o mapa do parque, e pode pegar um tranfer (3.000 pesos) até o cientro de bien venida (sao 07 km você pode ir caminhando também, eu fui de transfer porque nessa primeira parte não tem nada de mais e você vai precisar de mais energia em outros dias, acredite). No transfer já é possível ver algumas montanhas. Depois de tudo isso, iniciei os primeiros kms do circuito. Camping Serón. Nesse primeiro dia a vista das montanhas ainda é bem restrita, porem passa por florestas e rios com água cristalina. A cor é como se fosse um azul royal, lindo. O terreno em si é tranquilo. Como cheguei cedo no parque e logo comecei a travessia, eu não encontrei ninguém no caminho, tipo nem uma pessoa nos primeiros kms. Ai teve um misto de satisfação com preocupação haha. Mas logo aparecem alguns (poucos). Nesse camping nao há refúgios, quando cheguei era umas 14:00 ainda, normalmente os check in s{ao as 14:30. Começou a chover e ventar um pouco quando estava arrumando minha barraca (chamam carpa aqui). Foi uma noite difícil pois choveu muito e fez frio (cerca de 5 graus). Nesse primeiro dia, eu passei muito frio, no outro dia as montanhas aparecerem branquinhas, nevou. 2 dia: essa caminhada você já começa a ficar mais perto das montanhas, chegando no refúgio Dickson a vista é fantástica. Fiquei em refúgio, porque algo me disse que quando fui fazer a reserva, fiquei muito feliz pois chovia e estava uns 2 graus. 3 dia:ida até los perros, nesse lugar que você começa a sentir os ventos fortes. Nesse camping não tem refúgio , e só tem banho gelado! O camping fica do lado do rio e abaixo da montanha, tem como ser ruim isso? 4 dia: foi o dia mais cansativo, porque precisamos passar pelo Paso John Garden, que é uma montanha de gelo. É fantaaastico. Nesse dia tem que sair cedo tipo 6 da manhã, porque no Paso o tempo muda muito e depois das 11 da manhã o pessoal fala que tem um tipo de chuva e vento que não se pode passar, muito perigoso. Até o topo do Paso demora umas 4 horas. E depois a descida mais 4. Eu fui direto ao camping Grey, então foi bem cansativo, mas todo o caminho é maravilhoso. Nesse dia tem a visão do glaciar. 5 dia: indo para o camping paine grande, contato com a civilização. Aqui você pode se dar ao luxo de uma comida diferente, tem várias pessoas, que chegam aqui e ficam apenas para fazer a trilha até o mirador britânico. 6 dia: aqui você encontra muitas pessoas no caminho também, ida até o Francés, o Mirador Británico fica no caminho. Você pode deixar a mochila no Italiano e subir mais leve. 7 dia: ida até o Central. 8 dia: trilha base de las torres. A trilha em si é linda, muitos rios e pontes. Você passa pelo acampamento chileno e depois desse ponto a trilha fica mais pesada, porque ganha elevação muito rápido. Resumo : 1. Cientro de bienvenida p/ Seron: 13 km, 4 horas. 2. Seron p/ Dickson: 18 km, 6 horas. 3. Dickson p/ los perros: 12 km, 4.5 horas. 4. Los perros p/ Grey: 15 km, 11 horas. 5. Grey p/ Paine grande : 11 km, 3.5 horas. 6. Paine grande p/ Francés : 9.5km, 3,5 horas. 7. Francés p/ Central : 15 km, 6,5 horas 8. Central p/ ida e volta base das torres: 20 km, 7 horas Total de 114 km apx, considerando que essa distância distribuída em 8 dias, não é nada de outro mundo. As trilhas são suuper bem demarcadas, então mesmo se estiver sozinho não vai se perder não. Com certeza a Patagônia é o lugar mais fantástico que já estive, porque a energia das montanhas e a conexão com a natureza é algo que não se consegue assim tão fácil. Em Punta Arenas cidade vizinha de Puerto Natales, você pode fazer um passeio com empresa especializada e chegar até a Ilha Magdalena e Marta, onde tem os pinguins e Lobos marinhos, é obrigatório pra quem passa por aqui. Depois de 3 dias de volta, ainda não consegui voltar, é como se eu ainda estivesse lá. Meu corpo e minha alma ficaram conectados as montanhas de Torres del Paine.
  25. Oi! Estou procurando dicas de como encontrar apoio artístico e estudar arte em outros países. Se você tem uma experiência artística e sabe de locais e formas de conseguir contatos e lugares que envolvem o foco nos estudos artísticos, me dá uma moral aqui. Procuro escolas, coletivos, grupos, trabalhos voluntários e qualquer coisa que possa me agregar intelectualmente no campo das artes, de preferencia no Chile, Argentina...
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