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***RESUMO DOS GASTOS*** Moeda: Pagamos R$1 = 0,32 rands (trocamos R$4000) Cotei no site melhorcambio, fiz oferta e a casa de câmbio que aceitou fez tudo por whatsapp e entregou o dinheiro na minha casa. Custos (pagos antes da viagem): Passagens: R$4254 pela Taag Angola (não gostamos do atendimento, das aeronaves e do aeroporto em Luanda) Aluguel do carro + seguro: R$832 (+R$53 de IOF) pelo site Rentalcars com a locadora First. AirBNB e hostel: R$2094 (+R$14 de IOF) TOTAL: R$7247 Combustível (como "regra" tentamos abastecer sempre que chegava a meio-tanque): Bredasdorp: R310 Plettenberg Bay: R358 Addo: R417 Oudtshoorn: R417 Stellenbosh: R357 Aeroporto: R315 TOTAL: R2174 (aproximadamente R$600) por 2800km rodados com o carro. Pedágios: Chapmans Peak Drive: R47 Tsitsikamma toll plaza: R53 Tunnel toll plaza: R39,50 TOTAL: R139,50 (aproxidamente R$44) Clima: nos primeiros dias fez 16ºC durante o dia. Como no outono em São Paulo, de manhã e à noite esfria, tendo feito uns 11/12ºC, chegando a 30ºC durante o dia. Se você também for em março, prepara-se para grandes variações de temperatura. Dia 11 - Chegada Saímos de SP no dia 10/03, depois de 8h+- de vôo fizemos escala em Angola (não recomendo - aeroporto pior que rodoviária, sem wifi que funcione, sem nenhuma rede de fast-food "conhecido", não aceita cartão de crédito em lugar nenhum, só dólar ou euro se você quiser comer algo e embarque extremamente bagunçado [a nível de conhecimento, não deixaram o pessoal que ia entrar na sala de embarque destino SP porque ainda estava cedo, mesmo sendo o horário que constava no nosso cartão de embarque, mas chamaram todos que iam para Joannesburgo e vejam só... entramos no avião e a galera pra Joannesburgo ainda estava lá na sala de embarque esperando o avião que não tinha pousado!]). Chegamos em Cape Town no dia 11/03 no início da tarde e no aeroporto mesmo compramos um cartão do Myciti de viagem única até nosso destino final por 100ZAR cada (que no final saiu mais caro que pegar um táxi e dividir por 2 o valor). Disseram que estavam sem sistema e por isso não conseguimos comprar o cartão recarregável, apenas quando desembarcamos na estação Civic Centre para conexão é compramos por 35ZAR cada cartão e carregados com 300ZAR cada um (um exagero, descobrimos depois que não usamos nem 80ZAR cada um). Aluguei um AirBNB no centro da cidade (11 a 18/03 por R$961 https://www.airbnb.com.br/rooms/5301821) e descemos na estação Adderley, bem pertinho. O custo-benefício foi incrível! Era muito perto de tudo, há uns 20min de caminhada de Waterfront, barato para pegar Uber e fácil para o transporte público. O único ponto negativo é que por ser centro, à noite fica bem deserto e nos recomendaram muito não andar por ali a pé, sempre pedir Uber para ida e volta por questões de segurança. Nesse dia, apenas andamos ali perto do apartamento e jantamos no KFC (que tem milhares de lojas espalhadas pela África do Sul, nunca vi tanto!) e não recomendo! Fomos no que conhecíamos achando que seria menos erro e acabamos nos arrependendo. Dia 12 - Walking tour Nossa prioridade era o hiking para a Table Mountain, mas como conseguia visualizá-la do apartamento e a previsão do tempo era de dia nublado, decidimos fazer o walking tour que funciona com gorjetas ao final de cada tour e tem saída de frente ao Motherland Coffe Company, que era bem perto do nosso apartamento. O primeiro tour que fizemos foi o Historic City Tour que sai às 11h e termina no Green Market Square, um lugar onde você pode comprar suas lembrancinhas e artesanatos, mas precisa pechinchar MUITO! Nas lojas ao arredor dessa praça e mesmo ao lado do Motherland Coffe Company você encontra os mesmos produtos e por preços mais em conta, então não caia na lábia dos vendedores e pesquise antes de comprar o que você quer. Bem ao lado da praça temos o Food Lovers Market, super recomendado no tripadvisor e que tem uma variedade muito boa de lanches e buffet self-service. Almoço para 2 + 1 Coca saiu por menos de ZAR100 e a comida é bem boa (tirando o arroz deles que parece ser cozido só em água, sem tempero algum). Esse foi nosso tour preferido e fica mais fácil enxergar o país com outros olhos quando você conhece um pouco de tudo o que aconteceu. Aproveitando a vibe da caminhada e a proximidade, resolvemos sair no tour das 14h com a mesma empresa para conhecer o bairro Boo Kaap. Gostamos menos desse tour apesar de toda a história, mas é um bairro bem famoso pelas casinhas coloridas e valeu o passeio. Continuando na empolgação, decidimos esticar até Waterfront e paramos no V&A food market, mercado com muitas opções e preço justo e depois fomos até o prédio African Trade Port que têm lojas de lembrancinhas e artesanatos, e acredite, pagamos mais barato aqui do que na feira de rua que tínhamos ido na hora do almoço. Perambular pelo Waterfront e ver o sol se pôr por ali é uma delícia! São muitos artistas de rua fazendo apresentações, muita gente de todo lugar do mundo e uma vista linda da Table Mountain. Dia 13 - Aquário, Waterfront e Robben Island Como a previsão era de tempo nublado novamente, caminhamos até Waterfront para comprar os tickets de Robben Island e só tinha ida para às 15h (chegamos era umas 9h na bilheteria) e pagamos 360ZAR cada um. Aproveitando o tempo livre, fomos para o Aquário (175ZAR cada ticket), gastamos umas 2h30min lá e gostamos demais! Almoçamos no shopping Waterfront mas não lembro o que comemos além do Cinnabon e se você não sabe o que é isso, você precisa conhecer! Partimos para Robben Island numa viagem que demora uns 30min. Lá fomos recebidos em ônibus que fazem pequenos tours na ilha enquanto um guia explica e ao final desse mini tour somos deixados com o guia que nos mostra a prisão por dentro. A maioria dos guias são ex-detentos de Robben Island, como foi conosco. Entretanto, nos foi dito que estão treinando novas pessoas, já que os guias são pessoas de mais idade, para no futuro ter quem continue passando a história adiante. E que história! Além da visão linda de Cape Town que se tem até chegar na ilha, a história é tão viva, tão recente e tão triste que eu não tenho nem como descrever. Em determinados momentos do relato do nosso guia eu só tive vontade de chorar pensando que o Apartheid terminou depois que eu já tinha nascido e que os negros, principalmente, ainda sofrem as consequências de tudo isso. Vale cada dinheiro que pagamos para ir conhecer! Dia 14 - Kirstenboch Botanical Garden e Table Mountain Finalmente o dia de subir a montanha! Decidi fazer a trilha que inicia no Jardim Botânico porque 1-a ida seria diferente da volta e 2-gosto de jardins botânicos! rs Pedimos um Uber até lá (R$30) porque o Myciti não tem ônibus até lá. No site ele mostra outras formas de chegar, mas preferi evitar a fadiga. A entrada para o Jardim custou ZAR70 cada e como lá é grande demais, escolhemos ir na parte das Proteas, flores típicas e lindas da África do Sul e conhecer o Tree Canopy Walkway, as famosas passarelas acima do nível das árvores (linda visão, mas bem menor do que eu imaginava). De lá, iniciamos a trilha Skeleton Gorge rumo à Table Mountain. O único relato que eu li sobre essa trilha foi no blog http://www.adreamoverland.com/blog/table-mountain-via-trilha-skeleton-gorge-cape-town/ e confesso que achei bem pior do que ela relatou. P.S.: Nós fizemos de tênis todas as trilhas, mas me arrependi horrores de não ter levado bota e recomendo que você não faça como eu! Vá com botas de trekking que elas facilitam muito! Ponto positivo: a trilha é auto-guiada, fácil de localizar (pelo menos no início) e tem no Google Maps, então qualquer dúvida, é só abrir no celular e ver se você está no tracejado da trilha por lá (fizemos isso algumas vezes, principalmente quando estávamos chegando no topo, quando a trilha estava mais difícil de enxergar e a vegetação um pouco alta). Só não esqueça de fazer o download da área no Google Maps para conseguir usar offline caso não compre chip de internet. A trilha começa no meio da mata o que é ótimo para proteger do sol e não tão ótimo quando pensamos em animais! rs O início é basicamente percorrendo o lado de uma pequena cachoeira, mas o negócio vai ficando íngreme e mais íngreme e o solo vai molhando por causa dessa pequena cachoeira que às vezes cruza a trilha e em determinado momento você precisa de uma pequena escalaminhada nas pedras dessa cachoeira para prosseguir, além de alguns trechos terem umas escadas de madeira enormes para subida. Até o final da "Skeleton Gorge" nós levamos 1h30. Lá tem uma plaquinha sinalizando as outras trilhas e rumos que você pode ir (inclusive uma que passa por um lago) e seguimos a subida em direção ao Maclears Beacon. Até esse ponto, encontramos pouquíssimas pessoas (contei apenas 10 que nós ultrapassamos ou que passaram por nós) e o que parecia uma subida interminável, acabou com mais 1h+- de caminhada e 5,5km até esse ponto (segundo smartwatch da MiBand) e não se engane, são 5,5km de lindas vistas, porém foram possivelmente os piores da minha vida. Chegamos no Maclears Beacon e paramos lá uns 30min para almoçar, tirar fotos e apreciar a vista. Mas... Ainda falta um tanto para chegar no bondinho ou no café que tem lá perto. Gastamos mais 1h (~2,6km) até o café, onde paramos para usar o banheiro e comprar bebidas porque a subida praticamente acabou com toda nossa água. Mais um tanto de fotos e vistas bonitas por lá e iniciamos a descida pela trilha Platteklip Gorge, a mais conhecida e também recomendada lá (algumas trilhas necessitam de equipamentos de escalada/segurança) e meu Deus, que bom que nós só descemos essa trilha, porque subir por ela deve ser ainda pior do que pelo jardim botânico! Várias pessoas que subiam nos pararam para perguntar se faltava muito para chegar ao topo e uma moça estava quase desistindo, até que meu marido disse que lá tinha um café e que ela poderia descansar tomando alguma bebida/comendo e ela se animou. Essa trilha é basicamente uma subida/descida íngreme, com terreno extremamente pedregoso (nunca senti tanta falta da minha bota de trekking) e por isso bem perigoso e fácil de escorregar, além de ter poucos lugares com sombra. Gastamos 1h30min só descendo (+-7km segundo MiBand) e resumindo: só suba por essa trilha se seu condicionamento físico estiver em dia e vá preparado com muita água e cedinho, já que são poucos lugares com sombra. De lá, ainda caminhamos na estrada até chegar no Lower Cable Station, onde um shuttle gratuito do Myciti passa e te deixa na parada Kloof Neck onde você pode pegar as linhas de ônibus que vão até o centro de Cape Town. Paramos numa Debonairs Pizza (duas pizzas grandes por 129ZAR) próxima ao nosso apartamento, pegamos para viagem e levamos para comer por lá e descansar. Resumo 2 - se você tiver dinheiro sobrando, recomendo que suba e desça de bondinho. Você pode caminhar lá em cima e pegar alguma trilha menor por lá para apreciar diferentes visões da cidade. Dia 15 - Lion's Head e praias Tempo bom e mais um trekking! Pegamos a linha 107 do Myciti na Longmarket Street, descemos na parada Kloof Neck (a mesma que leva à Table Mountain) e seguimos para a Lion's Head. O início da trilha é bem no começo da estrada (também possível de ver no Google Maps) e boa parte da trilha não tem sombra. Ela foi relativamente fácil, gastamos 1h30min para subir e 1h para descer num percurso de ~7km ao todo. Entretanto, apesar de "fácil", achamos um tanto perigosa, porque em vários trechos você fica basicamente à beira de precipícios e não há corrimão ou qualquer corrente de segurança no caminho. Em um determinado momento, você pode escolher pelo caminho fácil (por pedras) ou subir com emoção um paredão com cordas e grampos presos para auxílio. Decidimos pelo caminho fácil (e recomendado segundo as plaquinhas), mas na volta perdemos esse caminho e tivemos que descer essa parte pelas cordas e grampos. Gostaríamos de ter ido na Wally's Cave, mas vi no Google que ela foi fechada permanentemente e que existia fiscalização e multa, então nem arriscamos. A subida da trilha é um 360º pela montanha, então antes mesmo de chegar no topo já é possível ver todo o arredor. A vista das praias e dos 12 apóstolos foi a minha preferida. No mesmo ponto de ônibus que descemos, pegamos a linha 107 e descemos em Camps Bay. Que praia gostosa! Andamos até o canto direito dela, onde você tem uma vista melhor dos 12 apóstolos e se tiver sorte, consegue uma sombra entre as pedras (o sol estava ardido demais!) A água dessa praia faz jus à fama que tem e eu não consegui nem andar na beira da água porque meus pés ficaram dormentes super rápido de tão gelada que é! Vimos poucos corajosos entrarem e o calor nesse dia beirava 30ºC. De lá, pegamos a linha 108 e descemos em Clifton 3trd, que nada mais é do que uma praia dividida por grandes pedras e por isso eles chamam de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª. Água igualmente gelada e praias lindíssimas! Amamos! Voltamos com a linha 108 até Adderley, próxima ao nosso apartamento. Dia 16 - Walking around Esse dia era destinado à Devils Peak e Woodstock Caves, mas como tivemos que mudar a ordem do roteiro nos primeiros dias por conta do tempo nublado, todos os trekkings ficaram nos últimos dias e resolvemos pegar leve e deixar esse de lado (tinha lido relatos de que devils peak era o menos impressionante dos 3) já que as dores musculares se intensificaram depois da Lion's Head. De manhã, nós saímos andando pelo centro da cidade sem destino certo. Almoçamos no Eastern Food Bazaar, bem famoso pelo excelente custo-benefício e as porções ofertadas são gigantescas! Nós não demos conta dos pratos que pedimos e acabou sobrando muita comida. Como não tínhamos muito o que fazer, pegamos o ônibus e fomos até Waterfront, onde descemos e fomos ver o estádio que sediou alguns jogos da Copa do Mundo. Continuamos a caminhada até o Green Point Park, um parque muito bonito e agradável, com campo de golfe e uma linda visão para o estádio. Saímos em frente ao Greenpoint Lighthouse, um farol super fotogênico e voltamos para Waterfront beira-mar por See Point Promenade. Jantamos no V&A e ficamos por lá curtindo os artistas de rua e a visão da Table Mountain. Dia 17 - Cape of good hope, Boulder beach, Muizenberg beach Andamos cedinho até a First, locadora de carros onde já tinha reservado e pago um categoria mini. Não pediram habilitação internacional, apesar do meu marido ter tirado para essa viagem. Fizemos a inspeção do carro, explicaram algumas coisas e hora de dirigir! Meu marido ficou como motorista principal porque li muito a respeito da polícia da África do Sul e ele foi o único que tirou a PID, então preferimos não arriscar. Foi bem díficil dirigir em mão inglesa, uma tensão constante se estava no lado certo da pista, as conversões, a seta do lado contrário... mas depois de um tempo fica menos ruim! rs Para essa viagem, baixamos os mapas offline do Google Maps e usamos como GPS. Não tivemos problemas quanto à isso. Nossa ideia era pegar a Chapmans Peak Drive, uma rota com lindas vistas da praia (joga no google e veja por si só), mas o tempo estava super nublado e acabamos não vendo nada. Pagamos R47 se não me engano de pedágio para trafegar nessa rodovia e paramos antes na Hout Bay, que é uma praia muitíssimo bonita (os ônibus Myciti chegam até ela), mas como estava frio, acabamos só olhando e indo embora. Seguimos viagem a Boulders Beach, onde pagamos R304 a entrada para os dois. Essa é a famosa praia dos pinguins e apesar de não tirado nenhuma foto pertinho deles, vimos até um casal copulando! Andamos com calma por lá e pegamos a estrada para o Cabo da Boa Esperança e que estrada bonita! Têm alguns mirantes no caminho que valem a parada. Pagamos R606 de entrada (para os 2). Recebemos um mapa do parque e dirigimos até Cape Point onde subimos até o farol pelas escadas mesmo (não acho que vale a pena subir de funicular, a subida é rápida e tranquila pelas escadas) e de lá continuamos por uma trilha que leva ao antigo farol. Retornamos para Cape Point e lá pegamos a trilha para Cape of Good Hope que passava por Dias Beach, na minha opinião, a praia mais bonita do parque. Acredito que levamos menos de 1h, mas não encaramos a descida até a praia de águas tão agitadas porque ainda tínhamos dores musculares. Pegamos nosso carro e dirigimos até o Cabo da Boa Esperança, apenas para tirar foto com a placa, já que tínhamos visto o Cabo de cima, pela trilha que fizemos antes. Vale lembrar que esse parque é conhecido por babuínos. Vimos poucos na estrada, mas vale tomar cuidado quando for comer e sempre tranque seu carro! Dentro do parque existem lojinhas, com bons preços de souvenirs e um restaurante com uma vista muito bonita. Não comemos por lá, então não sei dizer sobre os custos. Partimos para Muizenberg Beach, mas antes paramos para comer em um Pick'n Pay que encontramos no caminho. Muizenberg Beach é famosa pelas casinhas coloridas que servem como vestiário para os surfistas. Apesar disso, não achamos nada demais, mas gostamos da cidadezinha de Simon's Town. É possível chegar até lá de trem - a praia fica bem ao lado da estação - no entanto, não achamos que valeria a visita à Muizenberg só por isso. Como já estava em nosso roteiro e no nosso caminho de volta para CT, paramos, mas se decidir ir até lá, tire um tempo para andar também pela cidade. Dia 18 - Cape Town -> Cape Agulhas -> Mossel Bay Nos despedimos de Cape Town e seguimos para Cape Agulhas, o local onde o Oceano Atlântico encontra-se com o Pacífico. Tinha visto relatos dizendo que não valeria o deslocamento até lá para tirar foto com uma placa, mas discordo completamente. Agulhas é um parque nacional com entrada gratuita e conta com o Cape Agulhas Lighthouse que funciona como museu e por um valor simbólico (que eu não me lembro quanto foi), você pode subir no farol e ter uma visão 360º, além de ver de perto o tamanho da luz/farol de verdade. Paramos na cidadezinha de Bredasdorp na volta para abastecer o carro e comer alguma coisa. Não almoçamos, fomos direto para Mossel Bay, onde inicia a Garden Route. Lá, vimos as piscinas naturais, o farol, a caverna e fomos até o comecinho da trilha St. Blaize. Dia 19 - Mossel Bay -> Buffels Bay -> Knysna -> Plettenberg Bay Eu tinha colocado no roteiro duas opções de parques para ver nesse dia: Witfontein Nature Reserve ou Wilderness National Park. Entretanto, não fomos para nenhum dos dois, seguimos para Buffels Bay e meu Deus, uma das praias mais bonitas da minha vida eu conheci nesse dia. Ela não tem nome, fica antes de chegar em Buffels Bay propriamente dito, mas é impossível não vê-la da estrada (só tem uma para ir e voltar). Essa área é uma reserva natural chamada Goukamma, onde ostras negras se reproduzem e é possível ver centenas delas nas pedras por ali. Lagartixamos ali no sol até não aguentarmos mais e fomos até Buffels Bay, um pequeno e charmoso distrito, com uma praia até "cheia" no dia em que visitamos. O curioso aqui é que muitos falaram conosco em Afrikans ou Dutch mesmo, e ouvimos muitos "Danke". A maioria das pessoas que vimos por ali eram claramente descendentes de holandeses e os negros, minoria. Partimos para Knysna, mas antes paramos no Margaret's view point e fomos para Brenton on sea, onde é possível avistar baleias na temporada. Não era temporada e o tempo também não colaborou e chegou um nevoeiro daqueles de filme que não nos deixou ver absolutamente nada. Chegamos no Waterfront de Knysna, bem pequenininho, com muitas lojas de souvenirs e restaurantes. Comemos numa pequena lanchonete que claramente faz muito sucesso ali porque estava sempre com fila e não nos arrependemos. Custo-benefício excelente. Sei que Knysna tem muito a oferecer, como passeios de barco/escuna, mas nosso foco era chegar em Plettenberg Bay então lá fomos nós. Curtimos um pouco a praia de Sanctuary Beach, fomos ao AirBNB fazer o check-in e saímos para jantar. Fomos conhecer a Central Beach e o Beacon Island e jantamos numa pizzaria chamada Full Circle. Gastamos R68 apenas! (Pizza de margerita por R50 e uma coca de 300ml R18) e fomos dormir. Essa noite não foi muito fácil para mim porque como todo viajante que se preze, tive um desarranjo intestinal rsrs. Dia 20 - Robberg Nature Reserve O dia amanheceu com uma garoa fina, mas aceitando a sugestão da nossa host de que não continuaria assim o tempo todo, fomos fazer a trilha em Robberg. Pagamos R100 na entrada para os dois. A dica é chegar bem cedo, porque o estacionamento é pequeno e mesmo nesse dia que não estava sol, ficou super cheio e muitos tiveram que estacionar próximo da entrada do parque e não do início da trilha. Levamos 3h45 para fazer o maior percurso do parque (9km), no sentido proposto por eles (anti-horario). Não havia muita sombra durante a trilha, apenas nos primeiros minutos de caminhada. Apesar de termos demorado bastante, fizemos em ritmo bem lento, parando para muitas fotos e vídeos e para comer (lembrando que eu não estava 100% por causa do desarranjo da madrugada). Não achamos a trilha pesada ou difícil. É necessário um certo cuidado e condicionamento físico próximo ao "the point" quando a trilha vira cheia de pedras e fica um pouco complicado. Toda a trilha é sinalizada com plaquinhas com focas. Apesar de ter sido altamente recomendada no tripadvisor, não achamos tuuuudo isso que as pessoas falaram mas valeu a experiência. Pegamos o carro e partimos para Stormsrivier. Almojanta foi no Marilyn's 60's Dinner, onde pedimos filé de frango empanado acompanhado por arroz (sem tempero nenhum), milho e ervilhas. Não existem muitas opções por lá e os restaurantes fecham cedo. Gostamos do ambiente e do preço (~R200 os 2 pratos + 1 Coca). Dia 21 - Stormsrivier e Tsitsikamma A ideia era ir para Tsitsikamma, acredito que o parque mais famoso da Garden Route, mas o dia amanheceu super fechado e com garoa, por isso decidimos fazer a trilha gratuita no próprio vilarejo chamada Fynbos Walks (2km circular) e minha dica é: não faça! rs A segunda parte da trilha estava com mato praticamente fechado e trata-se apenas de uma caminhada em meio aos finbos, sem nada "demais" para olhar. Depois de perder um tempo nisso, decidimos ir para o Tsitsikamma com chuva mesmo e não é que depois o tempo melhorou? A entrada do parque é bem salgada (R470 para os dois), mas valeu muito a pena! Fizemos duas trilhas por lá: 1 - Mouth Trail - A mais famosa, é uma trilha fácil, de aproximadamente 900m (levamos menos de 15min ida) praticamente todo o caminho de madeira. No final encontramos as 3 pontes suspensas e o encontro do rio com o mar, um visual lindo! 2 - Waterfall trail - Trilha de ida fácil, com 2,9km (marcamos com smartwatch) e 1h para completar. No final somos recompensados com uma cachoeira enorme e lindíssima, com um poço bem grande (e fundo!) para refrescar. É necessário saber nadar. Não há locais rasos para se apoiar e não há salva vidas. Boa parte da trilha é feita na sombra, e o terreno é de grandes pedras. Não é difícil, mas é necessário certa flexibilidade e condicionamento físico. Recomendo uso de botas de trilha porque o terreno é escorregadio. Em todo percurso há pegadas e setas amarelas indicando o caminho. Existem algumas entradas de outras trilhas, então é preciso ter cuidado para não ir para outro lugar, entretanto, você pode acompanhar a trilha demarcada pelo Google Maps (só fazer download do mapa para usar offline). Não é recomendado iniciar essa trilha após às 15h. A maré sobe e uma parte da trilha com grandes pedras começa a ficar "inundada". Ficamos impressionados porque na ida estava tudo seco e o mar bem longe e quando voltamos parecia outra trilha! De volta ao vilarejo, jantamos novamente no Marilyn's 60's Dinner, só que dessa vez pedimos um hambúrguer para cada + porção de batatas fritas (não sabíamos que o lanche já vinha acompanhado de batata frita) e 1 Coca, o que foi demais para nós dois mesmo após as trilhas. A conta deu ~R200. Dia 22 - Stormsrivier e Port Elizabeth A programação era a trilha Plaatbos Walks, gratuita e que fica no próprio vilarejo. Deixamos o carro no escritório do SanParks, pedimos informação e para nossa surpresa, nem o pessoal que trabalhava lá sabia informar direito onde era o início da trilha! Tinha visto na internet que eram 3 rotas diferentes (amarela, vermelha e verde) e queríamos ter feito a amarela, que era a maior com 8km, mas não encontramos a entrada da trilha em lugar nenhum. As poucas pessoas que passaram por nós (correndo) estavam em treinamento para bombeiros e não souberam informar nada também. Desistimos e pegamos estrada para Port Elizabeth. No caminho, paramos na Storms River Bridge para apreciar a vista. Também pegamos um pequeno desvio para conhecer uma praia chamada Paradise Beach em Jeffreys Bay, entretanto, não curtimos. Achamos uma praia bem comum, nada parecida com as demais que nos conquistaram nessa viagem. Dia 23 - Addo Elephant Park Entramos no Addo pelo portão Matyholweni (o mais próximo de Port Elizabeth) às 7h da manhã, horário de abertura do parque e pagamos R614 a entrada para os 2. Já na entrada do parque vimos muitos macacos e em menos de 5min andando encontramos javalis. Fomos seguindo os "loops" conforme eles apareciam no mapa e foi onde encontramos mais bichos. Nos demoramos umas 4h30 no parque e passamos por quase tudo de sul ao norte. Saímos pelo portão principal, bem ao norte, para não precisar voltar todo o caminho por estrada de terra. O parque não é tão grande e como o nome sugere, tem muiiiitos elefantes. Encontramos a maior parte deles nos loops da parte norte e vários passaram tão próximo do nosso carro que achamos que eles encostariam! Para nós, valeu muito a pena a experiência do self drive. Após o parque fomos conhecer a orla de Porth Elizabeth e jantar. Dia 24 - Kragga Kamma Game Park Esse é um parque bem pertinho de Porth Elizabeth que tem boas avaliações no tripadvisor. A entrada custa R100 por pessoa e trata-se de um parque bem pequeno, onde os predadores ficam isolados/presos. A única vantagem que vimos nesse parque é que é mais fácil ver os animais e que eles têm girafas (o Addo não tem). Gastamos ~1h30 para fazer todo o percurso e mesmo estando num ambiente isolado, não vimos a cheetah, o grande atrativo desse game parque, mas vimos leão, que segundo a internet são animais resgatados. Fomos no Shark Pier conhecer a praia e almoçamos no restaurante Angelo's, que tem um preço super justo por tratar-se de um restaurante a beira-mar. Dia 25 - Cango Caves Esse era um dia basicamente de estrada. Saímos de Port Elizabeth e nosso destino era Stellenbosch, mas adicionei Cango Caves "no meio" e fizemos esse desvio. Apesar de termos chego antes do meio-dia, só conseguimos comprar o Heritage Tour das 13h, por isso, almoçamos no restaurante que tem lá mesmo (comida e atendimento bem mais ou menos, trouxeram o pedido errado do meu marido). O tour teve 1h de duração e valeu super a pena! A caverna é imensa e as explicações são bem detalhadas. Também existe o adventure tour, mas pelo que nossa guia disse, consiste em passar perrengue, então não nos arrependemos de ter feito o regular (no adventure você passa por câmaras beeem estreitas e ela disse que já houve casos em que pessoas ficaram entaladas e o socorro demorou quase 12h). Seguimos para Stellenbosch pela R62, que descobrimos ser uma rota turística e muitíssimo bonita! A estrada segue em meio à montanhas, com alguns pontos panorâmicos para parada um total de zero pedágios (fiquei impressionada porque se fosse no Brasil teríamos falido de tantos pedágios que temos). Dia 26 - Stellenbosch Stellenbosch é uma cidadezinha histórica encantadora que faz parte das Winelands, cercada por lindas montanhas, e possui mais de 200 vinícolas. Nos perdemos pelo centro histórico, sem roteiro definido, e entramos no jardim botânico da Universidade de Stellenbosch, pequeno, mas muito bonito e bem conservado (cobram R20 pela entrada, se não me engano). Depois do almoço fomos conhecer a vinícola Neethlingshof. Não marcamos horário, só chegamos e pedimos a degustação mais simples que eles tinham (5 vinhos diferentes) e pagamos R75 por pessoa, se não me engano. Adoramos o atendimento e os vinhos e os preços da lojinha deles estavam excelentes! O mais caro que compramos saiu por R70. Dia 27 - Jonkershoek Nature Reserve Entrada por R50 por pessoa. Fui convencida pelas fotos na internet e decidida a fazer o Panorama Circuit, uma trilha circular de 17km. Acontece que esse foi o pior parque que encontramos na África do Sul. Ele é administrado pelo Cape Nature, que não tinha mapa disponível na recepção e as sinalizações da trilha eram praticamente inexistentes. Tivemos que cruzar um córrego pequeno sem sinalização nenhuma, seguindo apenas a trilha traçada pelo Google Maps e dessa forma, perdemos muito tempo tentando achar o caminho olhando no celular, já que a trilha não tinha placas ou marcações. Depois de uns 5km, entramos em mata mais fechada e aí ficou ainda pior para nos localizarmos. Como tínhamos que chegar em outra cidade nesse mesmo dia, decidimos abandonar a trilha e voltar. As trilhas da primeira e segunda cachoeiras também achamos que não valia a pena 1: a primeira cachoeira é bem pequena e decepcionante; 2: a segunda cachoeira tem uma descida sinistra e bem perigosa, por isso só vimos de longe e mesmo ela não é tão grande. O parque é lindíssimo com as montanhas ao redor e as Proteas no caminho e tudo mais... infelizmente não está bem sinalizado e não tínhamos tempo para tentar uma trilha tão longa só com a ajuda do celular. Duas horas dirigindo e chegamos na nossa última cidade: Langebaan, um caribe perdido na África do Sul, a 100km de Cape Town. Nesse dia, visitamos a Langebaan Lagoon e as fotos falam por si! Dia 28 - West Cost National Park Entrada R174 para os dois. Não é um parque muito grande, mas é possível pescar, fazer observação de pássaros, andar de barco e fazer trilhas. Dispensamos a trilha (bem longa e em dunas) e só fomos apreciar a beleza desse lugar mesmo. Visual super lindo, valeu a pena! Dia 29 - Saímos de Langebaan cedo para ir no V&A Waterfront gastar nossos últimos rands, partimos para o aeroporto onde devolvemos o carro pegamos nosso vôo de volta. Resumindo: Recomendo muito a África do Sul! Povo simpático, natureza exuberante, trilhas em abundância, moeda que vale menos que a nossa... vale muito a pena!
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E estamos de volta pessoal! Para quem não nos conhece, eu e minha esposa recentemente aproveitamos a pandemia e a impossibilidade de viajar e lançamos um blog das nossas viagens antigas. O blog é osmochilinhas.com, mas também iremos postar na íntegra os relatos aqui. E chegou a hora de falarmos da nossa viagem para a África do Sul em 2017. Os relatos são em forma de diário e eu costumo escrever bastante hehehehe. Para quem quer só pegar as dicas, mapas e preços (embora defasados) das cidades e atrações visitadas, pode pular direto para o post de resumo. Sem mais delongas, segue o relato: ÁFRICA DO SUL 1º Dia - Chegando em Joanesburgo e partindo rumo à Neilspruit (14/11/2017) Começou em 2017, e nos anos posteriores, diversas promoções para a África do Sul. Desde antes da Copa do Mundo que ocorreu lá em 2010, por toda sua história, grande parte dela muito triste, era um país que entrou nos meus planos e, em 2017, aproveitamos o início das promoções para realizar esse sonho. A média das passagens estava em torno de R$1.700 ida e volta saindo de São Paulo. Como infelizmente não moramos em São Paulo e comprar o trecho até lá separado iria sair pelo mesmo preço, compramos a passagem inteira Porto Alegre - São Paulo - Joanesburgo por 2.100 reais. Mal sabíamos que alguns anos depois sairiam outras promoções com preços de até 1.200 reais ida e volta de São Paulo! Depois de um dia inteiro viajando, chegamos em Joanesburgo dia 14 de novembro às 9h da manhã no Aeroporto OR Tambo, um dos maiores aeroportos da África (que não é um país) e principal hub do continente, uma das diversas vezes que passaríamos por este aeroporto durante nossa viagem. Partindo para mais uma aventura! A imigração foi bem tranquila, brasileiros não precisam de visto para a África do Sul e, após algumas perguntas básicas pelo agente da imigração, depois que falei que era funcionário público nos passaram na hora com um grande sorriso: "welcome to south africa". Welcome to South Africa! A fim de não perder nenhum dia no nosso corrido roteiro e também de economizar transporte do aeroporto para a cidade, visto que ele fica bem afastado do centro, já seguimos direto do aeroporto em direção ao Kruger Park, deixando pra conhecer Joanesburgo na volta de lá (e assim poupar ter que duas vezes até o aeroporto para retirar o carro alugado). O transporte intermunicipal público na África do Sul, além de não ser muito organizado em questão de horários das linhas de ônibus, não compensa em questão de valores para duas pessoas (às vezes até para uma), em comparação a alugar um carro. Alugar um carro na África do Sul é muito barato, gasolina também por lá é bastante barato, bem mais barato do que se fossemos utilizar o transporte público, além do que as rodovias na África do Sul são espetaculares, padrão de primeiro mundo e a prática de aluguel de carros é uma coisa bastante popular e utilizada por todos, principalmente estrangeiros que visitam o país. Já deixamos o carro reservado e pago aqui do Brasil mesmo pelo site rentalcars.com, o melhor site para aluguel de carros na África do Sul junto com o rentcars.com. E vale a pena reservar com antecedência e através do próprio site, que contempla diversas locadoras pelo mundo, tanto pelos descontos que se consegue, quanto pela praticidade. No aeroporto, trocamos alguns Dólares por Rands, a moeda sul-africana. Como a cotação era boa (embora cobrassem uma pequena taxa) e davam uma garantia de devolução dos Rands ao fim da viagem pela mesma cotação da compra, já trocamos o suficiente para nossas despesas até que voltássemos para Joanesburgo (no fim sobrou até chegarmos em Cape Town). Dinheiro trocado, nos dirigimos então para o guichê da locadora de carros da companhia Budget. Como dito, pela popularidade do aluguel de carros no país, a fila para retirar o carro é grande. A maioria do pessoal que desembarca no OR Tambo a primeira coisa que faz é se dirigir para as locadoras. Quando chegou nossa vez, já de cara nos deparamos com uma grande característica dos sul-africanos: o inglês com sotaque carregado. Acho que foi o país que visitamos que mais tivemos dificuldade de compreender o inglês de certas pessoas na rua, e isso que é a língua oficial do país (ou talvez exatamente por isso, já que o inglês deles foi se moldando ao longo dos anos à sua maneira de falar). Na verdade, o país conta com 11 línguas oficiais, além de outras tantas reconhecidas e, como ficamos sabendo mais tarde, o inglês é usado apenas como "língua comum", utilizada somente quando precisam se comunicar com alguém que não entende a mesma língua que a pessoa, praticamente os estrangeiros só (nota-se inclusive um certo desdém pelo inglês). Resumindo, tivemos bastante dificuldade de entender todas as instruções do atendente da locadora mas no fim deu tudo certo. Conseguimos inclusive escapar do golpe do GPS: o atendente informou que era 30 reais a mais o aluguel do GPS. Quando íamos fechar o valor, descobrimos que esse valor era por dia, e recusamos. Outra característica que nos chamou atenção na prestação de serviços sul-africana é a confiança. Quando nos passou os documentos do carro, já nos foi avisado os locais onde o carro tinha pequenos arranhões e, depois na devolução não há uma inspeção minuciosa, tu simplesmente estaciona o carro na garagem e põe a chave numa caixa de devolução. Também só nos foi informado o local do carro e fomos sozinhos até a garagem, onde ficam todas as chaves nas respectivas ignições (o que no fim fez a gente demorar um pouquinho para achar o nosso hehehehe). Dá pra fazer em qualquer DETRAN do Brasil, variando de estado para estado a forma de fazer e a taxa de emissão (no RS por exemplo, bastava na época somente pagar uma taxa de R$60,00). Superadas as tarefas burocráticas de início de viagem, iriamos enfrentar então um dos maiores desafios dessa viagem: dirigir um carro na mão inglesa pela primeira vez. O mais difícil não é nem trocar as marchas com a mão direita, e sim se orientar na faixa contrária do trânsito, com os cruzamentos invertidos (bem bizarro). Como a Juliana é motorista profissional, ela foi a que experimentou primeiro o desafio. Na infinidade de cruzamentos e viadutos da saída do aeroporto fomos se guiando somente pelas placas, já que nosso GPS off-line do maps.me ainda não havia carregado o mapa da cidade, mas foi tranquilo. Quando chegamos na auto estrada propriamente o GPS começou a funcionar e aí nos tranquilizamos e seguimos rumo à Neilspruit. Rindo, mas de nervosos Mas porque Neilspruit se nosso objetivo em ir para o leste era visitar o Kruger Park? Os turistas mais experientes, chegando no horário que chegamos normalmente pegam o carro e fazem os 400 km que separam o aeroporto OR Tambo do Kruger Park em umas 3 horas (devido a excelente qualidade das estradas), chegando no parque ainda antes do horário do check in às 14 horas. Mas nós, sabendo dos nossos limites, tanto físicos quanto à questão de ter que se adaptar à mão inglesa, já prevíamos que iríamos chegar no parque lá pelo final da tarde e, embora o parque feche os portões às 17h, mesmo que chegássemos a tempo de pegar os portões abertos, iríamos "perder" um dia inteiro de parque e uma diária à toa, o que não é barato. Optamos então por pousar essa primeira noite em Neilspruit, umas das cidades bases de quem visita o Kruger e a que encontramos a hospedagem mais barata e, assim no outro dia sair bem cedo e aproveitar de bônus uma manhã inteira no parque. Inclusive, muitos viajantes fazem isso, não se hospedam dentro do parque e sim nas cidades ao redor, somente visitando-o durante o dia. Voltando à estrada, como já havia comentado, as auto estradas sul-africanas são espetaculares! Muito bem asfaltadas, sinalizadas e com várias pistas largas. O limite de velocidade é 120 km/h que dá pra se alcançar sem nem perceber, até com o nosso carrinho alugado Hyundai 1.0. Espetaculares estradas sul-africanas Também, a manutenção é ininterrupta. Cada mínima rachadura no asfalto que avistávamos no caminho já havia toda uma equipe de manutenção sempre numerosa a postos para consertar (o que acaba atrasando um pouco a viagem até hehehe). Qualquer buraquinho na pista já tem uma galera pra consertar O problema é que conta com muitos e caros pedágios (chegamos a pagar o equivalente a 38 reais em um). Mas como o aluguel de carro e a gasolina é barata (na época estava na média de 13 Rands o litro, um pouco mais de 3 reais), nós brasileiros não podemos reclamar. A paisagem é plana com muitos campos e poucas belezas naturais como árvores e rio. O que mais nos chamou a atenção são as muitas usinas termoelétricas no caminho, com aquelas chaminés típicas de usinas nucleares e muitos conjuntos habitacionais que foram construídos por Nelson Mandela durante seu mandato presidencial, aos moldes dos conjuntos habitacionais do minha casa minha vida aqui no Brasil (bem parecidas as construções inclusive). Muitas usinas termoelétricas e conjuntos habitacionais pelo caminho Já com mais de duas horas de viagem, paramos para comer num paradouro na beira da estrada. O paradouro que parecia um mini shopping, nos revelou outra característica do país: a infestação de fast foods internacionais! Dificilmente se encontra algum restaurante ou lanchonete caseiro ou local, a não ser em nível bem rudimentar de bairro mesmo. A maioria ou é fast food ou é aqueles restaurantes gourmet (que acabam tendo preços em conta pra nós brasileiros). Sendo assim, comemos uma fatia de pizza numa lanchonete estilo domino´s de "almoço". Depois de almoçados, seguimos viagem agora com a minha vez de experimentar a direção. Se com carros "normais" já não tenho muita habilidade para dirigir, com mão inglesa então... Toda hora batia a minha mão esquerda no vidro procurando a manopla de câmbio para trocar a marcha hahahaha. Seguindo a 80 km/h numa estrada que permite até 120, umas 3 horas depois chegamos finalmente em Neilspruit. A cidade tem um certo ar de interior misturado com cidade grande. Para quem é do RS, pode-se comparar com a cidade de Caxias por exemplo. Apesar de contar com ruas limpas e bem organizadas, conseguimos achar nossa pousada somente com a ajuda do GPS, já que ficava numa zona residencial bem "escondida" e chegamos já quase no final da tarde. Com os ombros destroçados de tão tensos de dirigir do lado errado da estrada tantas horas, nem fizemos check in e já pedimos direto duas cervejas superfaturadas no bar do hostel para tomar. Experimentamos de cara as duas cervejas mais populares do país: a Castle e a Black Label. Muito boas! Aliás, as cervejas e vinhos da África do Sul estão ainda hoje em 1º lugar no nosso ranking das bebidas que tomamos fora do Brasil. Castle, principal cerveja da África do Sul A pousada que escolhemos foi a Old Vic Travellers Inn, essencialmente pelo preço, já que iriamos só passar a noite mesmo. No entanto, essa pousada fica numa área com bastante verde, aos fundos da reserva natural de Neilspruit, com casas de madeira de vários andares que permitem uma vista privilegiada de toda a natureza da região e com bastante áreas comuns externas super agradáveis para se reunir, fazer um churrasco ou tomar uma coisinha em volta da fogueira à noite. Lugar perfeito para se relaxar por uns vários dias. Pousada Old Vic Travellers Inn E a pousada é mais voltada para relaxar mesmo, não tendo nenhuma pretensão de ser um hostel, contando somente com um quarto compartilhado, que foi o que nós ficamos. Pegamos nossos latões então (lá na África do Sul os latões vem com 500 ml) e sentamos numas espreguiçadeiras na varanda com vista para a área verde para desestressar da viagem de carro. Descansando um pouquinho Feito o check in na pousada, perguntamos para o dono, Dave, um australiano (ou neo zelândes, não lembro) apaixonado por safáris, o que se percebe pelas milhares de fotos dele espalhados pelo local, se havia algum mercado próximo onde pudéssemos comprar nossa janta. Mostrando conhecer o Brasil, ele nos explicou que, diferente do nosso país, na África do Sul não existem mercadinhos de bairro a cada esquina. Na mesma linha dos restaurantes e lanchonetes no país, este nicho é dominado quase que exclusivamente por grandes franquias de supermercados (e são gigantes mesmo os supermercados na África do Sul) sendo estes as mega franquias SPAR, Checkers, Choppies, Pic n Pay (este o mais "popular"), entre outros. Além disso, lá tudo fecha muito cedo, em média 17h da tarde a maioria do comércio já encerrou suas atividades. Pensávamos que isso acontecia somente ali por se tratar de uma cidade do interior mas depois descobriríamos que é dessa forma em todo o país, inclusive em cidades grandes como Joanesburgo e Cape Town. Sabendo já que não teríamos janta, fomos conhecer o resto das áreas da pousada. Descendo a parte de trás da casa principal, mais área verde e, inclusive, descobrimos um "mini-zoológico" por ali com algumas aves, tartarugas, coelhos e vários filhotes de avestruzes, além de um lagarto gigantesco! "Mini zoo" dentro da área da pousada Também tinha uma piscina bem bonita e convidativa, com algumas fontes na borda e numa área bem privativa. Só que, como fica no meio das árvores, não batia sol, fazendo a água ser muito gelada ainda mais já no começo de noite. Mesmo assim, a Juju encarou o mergulho (já que estávamos pagando né hehehe). Piscininha show de bola! Apesar dos vários recantos agradáveis na área externa, mal caiu a noite e a pousada parecia ter virado uma casa fantasma (pra quem tá acostumado com hostels né... estranha), inclusive com as luzes do pátio todas apagadas. Sem nada pra fazer e com o frio que fazia à noite, comemos umas barrinhas de cereais que trouxemos na mochila só pra não dizer que fomos dormir de barriga vazia e nos recolhemos, a ideia era acordar bem cedo para seguir rumo ao Kruger Park! Nosso Quarto
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Fala galera! Estava tentando montar um mochilão pela Europa neste ano, sendo que viajaria com a minha irmã. Mas, com esse lance todo da pandemia e a alta das moedas mais fortes, pensamos num outro destino: África do Sul. Pesquisando sobre as atrações e lendo alguns relatos aqui, também despertamos interesse por conhecer a Namíbia. O que não está muito claro pra nós é se seria possível conhecer estes dois países, já que temos um orçamento meio limitado. A ideia seria fazer Safari na Namíbia (Etosha), dar um rolê no deserto e seguir para a África do Sul, Cape Town. Rola fazer isso? Se sim, quantos dias levaria, no mínimo? E quanto eu iria gastar? Agradeco desde já!
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Olá, Eu voltei de Cape Town e trouxe alguns Randes de volta, caso você seja da Capital de São Paulo ou região metropolitana me contate. Sei que esse ano está difícil e a normalidade de mochilhar por aí, e nossa rotina retome apenas em meados de 2021. Espero que estejam seguros e take care! WhatsApp: 11 967507797
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Boa tarde, Galera. Estarei realizando está trip para Cape Town do dia 19 a 30 de julho agora. Gostaria de saber quantos rands levar por dia para gastos com alimentação e passeios? (Sem considerar hospedagem e café da manhã, pois está incluso na diária do hostel) E quem estiver por lá nestas datas aí, é só dar um toque pra fazermos algo. Desde já, agradeço!
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Olá galera mochileira, Volto aqui para tentar retribuir de alguma forma toda a informação que aqui consegui. Este foi meu 1º mochilão e graças a esta plataforma me senti segura para montar todo o meu roteiro e ir de forma (quase) completamente independente. Vocês fazem parecer tão fácil!!! E foi! E foi uma delícia também! *já faz um tempo que comecei a escrever esse relato e tinha abandonado por causa de correrias da vida, mas quero terminar antes que o facebook pare de me lembrar que eu fiz essa viagem foda há 1 ano! PARTE 0 - Planejamento e preparativos Viajar ao continente africano sempre foi um de meus maiores sonhos e ele começou a se tornar verdade há 4 anos, quando ouvindo uma discussão sobre quanto se gastaria para assistir a 1ª fase da copa do mundo na Rússia eu pensei “com esse dinheiro vou conhecer a África”. E eu tinha a companhia perfeita: minha grande amiga (e na época roommate) Camila estava disposta a encarar a aventura comigo, se eu provasse a ela que viajaríamos por 1 mês com relativo conforto e não gastaríamos mais de R$10mil... E eu provei! *imprevisto: a viagem ficou mais cara (não dá pra comparar dólar de 2014 com de 2018!), durou 39 dias e incluiu aventuras que até agora não acreditamos que vivenciamos! (Parênteses: certeza que é possível fazer este roteiro gastando menos, mas tínhamos algumas premissas que não queríamos abrir mão. Estas seriam as primeiras férias em algum tempo para nós 2 e já estávamos em ritmo de corta-tudo-e-tira-leite-de-pedra para economizarmos para A viagem, então queríamos ter algum conforto e, muito importante: queríamos tomar cerveja todo final de tarde! :D) Logo no início das pesquisas a África do Sul se mostrou o país que melhor se encaixava nos nossos planos, seja pelo custo benefício ou mesmo pela facilidade de encontrar informações. Nem sempre nossa ideia foi de planejar tudo e ir sozinhas, até mesmo pelo fato de que nenhuma de nós 2 dirige, e lendo (milhares de) blogs, cheguei ao site Pangea Trails, de um cara que tem um roteiro de van por todo o país que dura 21 dias. Esse era o plano inicial. Chegada a época que íamos realmente afinar tudo e colocar o plano em prática, os custo deste pacote já estava tomando quase todo o nosso orçamento e começamos a pesquisar a coisa toda independentemente, mas ainda assim com o roteiro dele como base, pois já sonhávamos com muitos locais por onde a Pangea Trails passava. Tínhamos então os locais que queríamos passar e mais ou menos definidos quantos dias ficar em cada um, quando a história começou a tomar outro rumo: um perfil de turismo da África do Sul que eu seguia no instagram, publicou por 5 dias seguidos fotos da Otter Trail, uma travessia de 5 dias e 4 noites que acompanha a costa selvagem do Tsitsikamma National Park através de paisagens cênicas e eu fiquei completamente obcecada. Pronto! A paisagem era tão espetacular que eu tinha que presenciar aquilo! E eu devo ser muito mais persuasiva do que imagino, pois eu, que de travessia tinha apenas feito a Salcantay para Macchu Picchu, mas que contava com uma equipe que levava a bagagem mais pesada e provia comida e acampamento (foi um esquema meio princesa mesmo), queria levar comigo nesta trilha totalmente independente a minha amiga Camila, que nunca tinha feito trilha na vida. Bom, nem sei bem como, mas a convenci! Foi a primeira reserva que fizemos. E quase choramos de emoção quando recebemos a confirmação! A questão é que esta é uma trilha bem exclusiva e as reservas se esgotam com cerca de 1 ano de antecedência, pois apenas 12 pessoas por dia podem percorrê-la. Comecei a monitorar o site do parque e checar todas as condições de tempo e maré (o caminho inclui algumas travessias de rio que podem ser bem perigosas a depender da maré do dia) para conseguir a data ideal para as nossas férias. Feito isso, o resto da viagem começou a se desenhar melhor em torno da trilha. Alguns destinos que queríamos tiveram que ser cortados, pois a logística para a Otter Trail precisava de 6 dias da nossa viagem. Numa destas decisões, cortamos Drakensberg, pois esta parada era principalmente para fazermos algumas trilhas e este assunto já estaria muito bem garantido! Na sequência compramos as passagens, fechamos o overland tour para o trecho que passaria pelo Kruger Park e a Suazilândia e compramos nosso ticket de ônibus Baz Bus. A Baz Bus oferece um serviço de vans que funcionam no estilo hop-on hop-off com foco em mochileiros que atravessam o país, recolhendo os passageiros na porta do hostel e deixando no seu próximo destino. A logística é bem bacana e a rota vai desde Joanesburgo até Cape Town, com paradas obrigatórias em Durban e Port Elizabeth, pois as vans só circulam de dia. Eles têm uma lista de hostels que são atendidos pelo roteiro e diversas opções de tickets, a depender da quantidade de dias que se quer viajar, se viaja apenas em uma direção, etc... O valor dos tickets não é muito barato, mas pela comodidade e segurança achamos que valeu a pena. Quando já estávamos lá ficamos sabendo de outra empresa que presta o mesmo tipo de serviço, tem uma rota semelhante e parece ser um pouco mais barata, a Mzansi. O roteiro então ficou mais ou menos assim: 10.03 a 15.03.18 Chegada por Joanesburgo e estadia em Maboneng; 16.03 a 22.03.18 Overland pela região do Kruger Park, Rota Panorâmica, Suazilândia, Greater St Lucia, chegando a Durban; 23.03 a 01.04.18 Seguimos de Baz Buz pela costa passando por Coffee Bay, Chintsa, Port Elizabeth e Jeffreys Bay até Storms River; 02.04 a 06.04.18 Estabelecemos base em Storms River para percorrer a Otter Trail; 07.04 a 10.04.18 Seguimos novamente de Baz Buz pela Garden Route passando por Wilderness e Mossel Bay; 11.04 a 16.04.18 Exploramos Cape Town, de onde voltamos para São Paulo. mapinha das nossas andanças.... MEDICINA DO VIAJANTE Já tinha lido algumas vezes sobre este serviço público (e totalmente gratuito) de avaliação e orientação de acordo com o local de destino e áreas de risco para doenças, mas nunca tinha utilizado. Resolvi testar e não me arrependi! O atendimento em São Paulo é no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o agendamento é feito por e-mail. No dia da consulta é necessário levar documento com foto e carteira de vacinação. Então começa uma entrevista na qual você conta qual o destino e as características da viagem, com a maior quantidade de detalhes possível. Daí eles te dão todas as orientações em relação à sua saúde durante a viagem e atualização de vacinas. Aproveite para tirar todas as dúvidas! Saindo da consulta já te encaminham para as vacinas e pronto. Quem precisa do Certificado Internacional de Vacinação da Febre Amarela (CIVP) deverá antecipadamente acessar o site da Anvisa para realizar seu pré-cadastro, necessário para a emissão da CIVP. A preocupação principal da maioria das pessoas que viaja à África do Sul, em especial à região do Kruger, é em relação à malária. Não existe vacina e a melhor profilaxia é evitar o contato com o mosquito através de barreiras físicas (roupas protegendo a maior parte do corpo, tela mosquiteira sobre a cama, etc..). Existe também um repelente (exposis) que foi recomendado e também os comprimidos, embora não tenham garantia total. A orientação que recebi foi: usar o repelente para a pele e para a roupa (existe um spray específico para passar na roupa e dura algumas lavagens) e tomar os comprimidos (aqui vale uma observação que o médico só indicou os comprimidos pois passaríamos pelas regiões de incidência no início da viagem e depois ainda teríamos um período longo antes de retornar ao Brasil, passando por áreas remotas e o receio era termos qualquer sintoma e não conseguirmos atendimento imediato.. se fossemos apenas ao Kruger e voltássemos em seguida, o médico não indicaria o remédio porque em qualquer emergência conseguiríamos atendimento fácil em SP). O que de fato aconteceu: levamos o exposis, mas não comprei o spray para roupa e tomamos os comprimidos que compramos em uma farmácia em Joanesburgo (parece que o melhor é comprar no próprio aeroporto, mas esquecemos e enfrentamos uma pequena burocracia para conseguirmos o remédio, que é controlado e não é barato). No início do overland, o guia fez um terrorismo de que nenhum repelente trazido de países que não tem malária é eficaz e sugeriu comprar outro, o peaceful sleep, que acabamos comprando também. Não sei se foi o remédio ou a mistura disso tudo com sol e suor, mas tive uma alergia forte na pele (rosto, pescoço e costas) que só foi sumir mesmo em Cape Town. Camila ficou enjoada nos primeiros dias do overland, o que logo relacionamos com o remédio também. Para mais informações sobre a Medicina do Viajante: http://www.emilioribas.sp.gov.br/pacientes-e-acompanhantes/medicina-do-viajante/ MOCHILA, O DRAMA... A principal dificuldade neste tema foi: precisaríamos de uma mochila que aguentasse o tranco e boa o suficiente para utilizar na trilha (tenho problema na cervical e essa era minha maior preocupação) e isso costuma ser bem caro! No final das contas: uma amiga que estava de mudança para a Austrália tinha uma mochila usada Trilhas & Rumos Crampon 72L e deu pra gente. Camila acabou ficando com esta, pois eu não queria uma mochila tão grande. Outra amiga ofereceu a mochila dela emprestada, uma Deuter Futura Vario 45 + 10, que eu me neguei a pegar até quase a véspera da viagem. Mas de tanto ela insistir e de tanto faltar dinheiro, aceitei.. Resultado: olha, quando estava pesquisando pra comprar uma cargueira pra esta viagem, li muita coisa positiva sobre a T&R, então simplesmente não sei dizer o que aconteceu, mas a mochila praticamente se desfez durante a viagem. Na arrumação ela já rasgou um teco (o que levou Camila ao desespero antes mesmo da gente ir pro aeroporto) e no restante da viagem ela se rasgou inteira! Tentamos remendar com um bocado de fita e nada adiantou... enfim, outro ponto fraco que percebi é que ela ficava visivelmente desestruturada nas costas. Quanto à que eu levei, ela foi perfeita. Nas 1ªs horas da trilha precisei fazer alguns ajustes, mas ela segurou bem! O que levei: Confesso que não sou nem de longe aquelas pessoas bem compactas para viajar e foi bem difícil ficar nisso aí... mas era tudo que cabia na mochila, então... (na verdade cabia mais mas jurei pra mim mesma que não queria partir com a mochila no limite pra conseguir trazer umas coisinhas depois) Ainda, como tínhamos a trilha no meio da viagem e eu já tinha pensado mais ou menos em um cardápio, levei daqui coisas que por algum motivo tinha receio de não encontrar pra comprar ou que precisava de apenas uma quantidade pequena, etc.. 7 calcinhas 2 pares de meia para trilha 3 pares de meia de algodão 2 sutiãs 2 tops 2 biquinis 2 calças legging 1 calça-bermuda 1 calça jeans 2 camisetas dryfit 7 camisetas 1 blusa térmica (fleece) 1 jaqueta impermeável 2 blusinhas manga longa 1 shorts de corrida 2 shorts 1 saia jeans 2 vestidos 1 pijama 1 canga de praia 2 lenços 1 toalha microfibra 1 capa de chuva 1 chinelo 1 sandália kit de higiene / cuidados pessoais maquiagem básica kit primeiros socorros (com umas coisas bem específicas pra trilha, mas que não precisamos usar.. ufa!) saco de dormir lanterna de cabeça + pilhas 2 cantil + tabletes para purificação da água 1 canivete 1 bastão de trilha 1 capa protetora mochilão (comprei uma Arienti www.territorioonline.com.br/bolsa-para-transporte-arienti-m para despachar a cargueira, que até por ser emprestada merecia um cuidado mais especial e também porque precisávamos de uma bolsa pra deixar nossas coisas no hostel durante a trilha) 1 binóculo Confesso que não sou nem de longe aquelas pessoas bem compactas para viajar e foi bem difícil ficar nisso aí... mas era tudo que cabia na mochila, então... (na verdade cabia mais mas jurei pra mim mesma que não queria partir com a mochila no limite pra conseguir trazer umas coisinhas depois) Ainda, como tínhamos a trilha no meio da viagem e eu já tinha pensado mais ou menos em um cardápio, levei daqui coisas que por algum motivo tinha receio de não encontrar pra comprar ou que precisava de apenas uma quantidade pequena, etc.. leite em pó (levei em saquinho zip lock apenas o necessário pra preparar 5 canecas de manhã) *confesso que quando estava separando o leite em pó no saquinho pra levar na mochila me bateu uma sensação mega ruim de que aquilo podia dar muito errado no aeroporto, mas deu em nada não... toddy (2 colheres de sopa / dia - levei em saquinho zip lock) geléia (aquelas individuais de cestas de café da manhã) castanhas semente de girassol cuscuz marroquino (em zip lock) quinoa (em zip lock) arroz + lentilha (em zip lock) temperos: sal (aqueles saquinhos de restaurante), pimenta do reino (não vivo sem!), azeite barras de cereais e proteínas 2 pratos plásticos rígidos, 1 caneca alumínio + kit talher de plástico Esta lista era basicamente para o meu café da manhã (com alguns itens complementares que compraria fresco na véspera da trilha) e jantar para nós 2! A Camila levou com ela o que iria precisar para o café da manhã dela e levaria o kit de panela. Além disso levei uma pequena mochila de ataque (aquelas dobráveis da decathlon, que viram uma bolinha compacta) com pasta completa de documentos e comprovantes de reservas impressas, bloco de anotação, travesseiro de viagem (meio dispensável pra mim, mas até que garantiu um conforto quando acampamos), carregador de celular, 2 power banks, câmera (uma véia digital que tenho, levei mais como garantia se a memória do celular faltasse). Acho que foi isso. A maioria das coisas que não tiveram utilidade durante a viagem foi levada por alguma indicação específica para a trilha e não acho que deixaríamos de levar (mesmo sabendo agora que não usamos), pois poderiam ter sido necessárias.. mas confesso que daria pra ter cortado umas peças de roupa e a sandália.... No final deu isso aí.. mochila pronta... O relato diário irei postando em partes para não ficar tãããão comprido... Até!
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Introdução Fala galera! No fim de 2018 fiz uma viagem incrível pela África do Sul que contou inclusive com a companhia do grande parceiro Fabiano que conheci aqui no Mochileiros! Se alguém tiver alguma dúvida, sinta-se a vontade pra perguntar abaixo e evitem mensagens privadas ou e-mail já que a sua dúvida pode ser a mesma de outras pessoas aqui no fórum! Roteiro Resumido 1 dia na Rota Panorâmica 3 dias de Safári no Kruger 9 dias na Garden Route 5 dias na Cidade do Cabo Roteiro Detalhado 15/11/2018 - Voo São Paulo > Joanesburgo 16/11/2018 - Joanesburgo > Sabie 17/11/2018 - Sabie > Graskop 18/11/2018 - Graskop > Lower Sabie Rest Camp 19/11/2018 - Lower Sabie Rest Camp > Crocodile Bridge Rest Camp 20/11/2018 - Crocodile Bridge Rest Camp > Marloth Park 21/11/2018 - Marloth Park > Joanesburgo > Port Elizabeth > Jeffrey's Bay 22/11/2018 - Jeffrey's Bay 23/11/2018 - Jeffrey's Bay > Stormsrivier 24/11/2018 - Stormsrivier > Plettenberg 25/11/2018 - Plettenberg 26/11/2018 - Plettenberg > Mossel Bay 27/11/2018 - Mossel Bay 28/11/2018 - Mossel Bay > Hermanus 29/11/2018 - Hermanus 30/11/2018 - Hermanus > Cidade do Cabo 01/12/2018 - Cidade do Cabo 02/12/2018 - Cidade do Cabo 03/12/2018 - Cidade do Cabo 04/12/2018 - Cidade do Cabo 05/12/2018 - Cidade do Cabo > Joanesburgo 06/12/2018 - Joanesburgo > São Paulo
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O que fazer em Cape Town em 4 dias: tudo que você precisa visitar!
brunocsl postou um tópico em África - Posts
Por Lid Costa Cape Town é uma cidade super vibrante e cheia de passeios legais pra gente fazer. É difícil planejar um roteiro diante de tantas opções, né? Por isso, no post de hoje vou te contar o que fazer em Cape Town em 4 dias, roteiro com o essencial para aproveitar bem sua visita a cidade! Cape Town (ou Cidade do Cabo) é a segunda cidade mais populosa da África do Sul (Joanesburgo é a primeira). É também a capital legislativa do país e fica localizada no sul. De Joanesburgo até lá são em média 90 minutos de avião. Para percorrer o trajeto de carro, são mais ou menos 1.400 km. Continue a leitura em https://partiuviajarblog.com.br/o-que-fazer-em-cape-town-em-4-dias/ -
Oi, gente! Ano que vem farei um intercâmbio em Cape Town, ficarei 30 dias e no meu pacote já inclui hospedagem. Por quanto mais ou menos ficaria o custo médio pra esse período? Alguém tem uma planta de gastos?
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Apresentando... Quando a gente começa a viajar, seu corpo e sua mente vão querendo cada vez mais, é como uma droga viciante mesmo. No começo, a maioria das pessoas, eu acho, vai realizando aquele sonho que geralmente tem a ver com lugares do nosso cotidiano, que a gente vê muito na TV, nos filmes, nas músicas etc. tipo Estados Unidos e Europa. Comigo não foi diferente. Conheci esses lugares, mas aí eu fiquei com vontade de mais e mais, eaí a África começou a invadir meus pensamentos e eu só conseguia pensar em ir pra lá. Entretanto, por vários motivos, entre eles (principalmente) o acovardamento em ir sozinha, eu fui adiando. Já viajei sozinha várias vezes, mas na África eu não queria ir somente no roteiro tradicional: Cape Town, Joanesburgo, Safari… queria mais, e quantos países vizinhos por ali eu conseguisse ir. Por isso, viajar sozinha estava sendo um grande entrave, pois teria que alugar carro e fazer muitos trajetos sozinha, fiquei com medo do perrengue. Então… como a vida dá voltas, apareceu uma amiga que também queria pra ir África. Mas pro roteiro tradicional. Aos poucos fui introduzindo a beleza da Namíbia e logo ela já estava convencida a conhecer o deserto. E pra fechar o grupo (ou não), meu primo também resolveu ir. Todo mundo conseguiu conciliar as férias, a vontade de ir pra África por um ou outro motivo e resolvemos. Compramos as passagens pela Latam, ida e volta por Joanesburgo por R$ 2.027,47 com taxas, saindo de Brasília. Pausa para dizer o básico, assim que você comprar a sua passagem desligue todos os alertas de decolar.com, googleflights, viajanet ou outro que você tiver feito. Eu esqueci, e uma semana depois a mesma passagem, na mesma data, no mesmo trajeto estava R$ 300 mais barata. Enfim, bateu aquele remorso básico que poderia ter sido evitado pela simples ignorância de não ter nem ficado sabendo que a passagem estava R$ 1.700. Como dizia o sábio: santa ignorância! Mas beleza, passagem comprada, todo mundo me olhando um pouco torto, porque eu queria coisa demais na viagem, começaram os planejamentos e as conversas. Geralmente a gente deixa pra falar como as pessoas eram maravilhosas ou não no final, mas já vou falar logo aqui que o grupo foi sensacional, muita cumplicidade, foi muito fácil resolver tudo já que todo mundo abria mão de alguma coisa pela vontade do outro, abrir mão de algo que eu queria ver não foi tão difícil, na verdade nem me lembro mais do que abri mão, pq a viagem e a cias foram maravilhosas. Então resumindo, quem somos nós: Deise (essa que humildemente vos relata essa viagem), Gabi (minha amiga), FH (meu primo), LC (namorado da Gabi, mas só resolveu ir depois). Fiquei meio que encarregada de fazer o roteiro, acho que me beneficiei nessa parte, pois ia colocando o que eu queria, mas ao mesmo tempo, ia tentando encaixar o que os outros queria também, sendo bem democrática. Tipo, não faço questão de vinícola, mas um deles queria abrir mão do tubarão pela vinícola, como não colocar. Então ficamos sem tubarão, mas com vinícola e foi ótimo, todo mundo satisfeito (eu acho rsrs). Quanto mais eu pesquisava e procurava roteiros, via que a maioria (90%) só fazia o chamado roteiro tradicional, que é aquele do começo do texto: Cape Town, Joanesburgo, Safari. Estava difícil achar informações sobre a Namíbia, Zimbábue, Zâmbia, Botsuana, não que a gente fosse nesses países, mas eu queria ver os relatos pra ver as possibilidades. Principalmente o deslocamento entre esses países, parecia ser bem complicado fazer por terra se você não fosse fazer algum safari de no mínimo 7 dias. E não tínhamos tempo pra fazer safári de 7 dias. Daí também que surgiu a ideia de fazer esse relato, a princípio eu não faria o relato, mas acho que pode ser útil pra quem busca informações e principalmente opiniões sobre lugares fora do roteiro tradicional. Então continuei a busca por relatos e catando algumas informações picadas aqui e ali, montei um roteiro, que pelo visto não foi o melhor, pois toda vez que conversávamos com alguém na viagem sobre o nosso trajeto a pessoa ria. Várias vezes eles comentavam tipo: - nossa, não faz muito sentido, ou: - uau vocês fizeram um belo zigue-zague aí ein. Bom, eu prefiro culpar a falta de informações do que a minha falta de habilidade em fazer planejamento, mesmo que muito provavelmente tenha sido o segundo motivo. Antes de finalizar o roteiro, ainda incluímos Victoria Falls pelo lado do Zimbábue. Pra vocês terem uma idéia, o roteiro final foi esse, quase não tem vai e volta, SQN. roteiro.mp4 Como chegamos nesse primor de deslocamento: simplesmente não tem como ou eu não achei outra maneira de chegar no deserto da Namíbia saindo da África do Sul que não seja de Safári, é claro que você pode alugar carro e rodar até lá, mas pensa na perda de tempo. E os tours são todos bem caros e de 6 dias no mínimo. Então, achamos (eu) melhor ir de avião até a capital da Namíbia: Windhoek, já que de lá saem vários tours para o deserto. E o deserto era a nossa principal razão de ter escolhido a Namíbia. Existem outros passeios bem famosos por lá, como o Parque Etosha, Walvis Bay etc. Mas o nosso foco era o deserto. Então fomos pra Windhoek e já saímos do Brasil com o passeio comprado pela agência Detour Africa, mas quem realmente fez o passeio foi a Wild Dogs (ótima por sinal), a Detour parece ser apenas uma intermediadora, tipo uma agência de turismo. Ops, peraí, já estou entrando realmente no relato, deixa essa parte pra depois. Então beleza, chegaríamos pela África do Sul, porque não teve jeito, a passagem do Brasil chegava e saía por ela, mas já teríamos o primeiro trecho de avião por fora, para a Namíbia. Aí depois, numa reunião com o grupo da viagem, já que o Zimbábue foi escolhido de última hora, deixamos ele para os últimos dias, então a África do Sul ficou no meio da viagem. Ou seja: 07/03 Brasília -- São Paulo -- Joanesburgo 08/03 São Paulo -- Joanesburgo 09/03 Joanesburgo 10/03 Joanesburgo 11/03 Joanesburgo -- Windhoek 12/03 Windhoek - Sossusvlei 13/03 Sossusvlei 14/03 Sossusvlei -- Windhoek 15/03 Windhoek -- Cape Town 16/03 Cape Town 17/03 Cape Town 18/03 Cape Town 19/03 Cape Town 20/03 Cape Town 21/03 Cape Town -- Joanesburgo -- Victoria Falls 22/03 Victoria Falls 23/03 Victoria Falls -- Joanesburgo 24/03 Joanesburgo -- São Paulo -- Brasília Aí sim, roteiro fechado, vamos para o relato. Durante o relato não vou me ater aos valores mas vou colocar um orçamento detalhado ao final, com valor das passagens, hospedagem, passeios etc. Foram 17 dias no total. Nota dramática: 17 dias inesquecíveis. Relato dia-a-dia Já faz alguns dias que voltei, e quase um mês do começo da viagem. Foram dias bem intensos e corridos então não vou lembrar com muitos detalhes de tudo que fizemos, mas vou fazer o melhor possível aqui. A seguir...
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Olá galera mochileira, quando resolvemos (eu e meu companheiro de vida Junior), ir para Africa do Sul, logo pensei na Suazilândia e Botswana, por estarem próximos, porém diferente dos demais, pensei nesse roteiro de carro, e tive dificuldade em encontrar informações. Depois de muita cabeçada e alguns perrengues, ter conseguido conhecer esses 3 países foi algo sensacional... e vou contar um pouco dessa história para vcs. Os preços vou colocar em reais para ajudar, mas tudo foi pago em Rands (Africa do Sul e Suazilândia) ou Pula (moeda de Botswana). Passagem de BH x Joanesburgo R$ 2300,00 (ida com a Latam e volta com a South Africa) Embarcamos no dia 16 de maio e chegamos em Joanesburgo no dia 17, duas horas depois do esperado devido a um atraso de mais de duas horas em São Paulo. Chegamos por volta das 11:00 da manhã. Trocamos alguns dólares no aeroporto depois do desembarque, há algumas casas de câmbio... o dólar havia dado uma disparada nessa época, então as cotações não eram tão legais como havia lido em alguns relatos aqui. Na Africa do Sul, eles cobram taxas para realizarem o câmbio, então o valor nunca é aquele anunciado... 1 dólar nos rendeu quase 11 rands. Fizemos a reserva do carro aqui do Brasil para ser retirado no próprio aeroporto de Joanesburgo pela Europcar. Alugamos um carro manual, visto que os automáticos são bem mais caros, mesmo sabendo da mão inglesa resolvemos arriscar e deu tudo certo. Em questões de horas já estávamos dirigindo normalmente. O valor em reais foi cerca de R$ 800,00 por 9 dias de aluguel, porém ai vai a primeira dica: PARA CRUZAR FRONTEIRAS COM O CARRO ALUGADO ELES COBRAM UMA TAXA E NÃO NOS COMUNICARAM, ESSA TAXA CHEGA A SER MAIOR QUE O VALOR DO ALUGUEL. Como em toda locadora de veículos, é feito uma cobrança (calção) no cartão de crédito, só vimos esse ROMBO, após alguns dias da devolução do mesmo. Então esse detalhe merece cuidado. Não deixe de mencionar que irá sair do país se realmente o for, pois sem uma autorização por escrito da locadora vc não cruza nenhuma fronteira. Papeis na mão e chave do carro, saímos de Joanesburgo por volta de 13:00 e já rodamos cerca de 500 km até Phalaborwa, onde havia feito uma reserva pelo booking em uma Guesthouse (seria como nossas pousadas). Porque escolhemos Phalaborwa? Porque nessa cidade tem uma portaria do Kruger Park e queríamos fazer nosso proprio safari até o camping que havíamos reservado dentro do Kruger. Chegamos em Phalaborwa já de noite e bem esgotados. O carro arriou a bateria no meio da estrada e por sorte contamos com a ajuda de algumas pessoas que estavam trabalhando em uma reforma na estrada. Ficamos no Lalamo Guesthouse e super indico. O preço foi cerca de 150,00 reais quarto privado com banheiro para duas pessoas com café da manhã ou 540 rands, quarto simples mas completinho, inclusive com uma garrafa de vinho como cortesia de boas vindas e alguns snacks tbm de cortesia. Tomamos um banho e fomos comer em um restaurante próximo. No dia seguinte cedo, o café da manhã me surpreendeu, o mais gostoso de toda a viagem, além da simpatia dos funcionários com seu belos sorrisos. Por volta das 08:30 estavamos entrando no Kruger... agora falo um pouco desse parque. Depois de uma boa pesquisada sobre o Kruger National Park (aqui no mochileiros vcs encontram muita info), optamos por ficar duas noites em dois diferentes acampamentos, o Pretoriuskop e Lower Sabien. As reservas foram feitas com cerca de 3 meses de antecedência, por ser alta temporada (inverno) e para não arriscar de chegar e ter apenas acomodações caras (reservas diretamente no site www.sanparks.org). Optamos em ficar em um Hut, uma casinha com duas camas de solteiro, ar condicionado e geladeira, com banho compartilhado, onde pagamos cerca de 50 dólares a diária. Tbm se paga uma taxa por dia por pessoa, para estar no kruger, que chega a ser quase 100,00 reais. O parque é bem organizado e logo na entrada mostramos as reservas. Recebemos tipo um folder com um recibo da nossa entrada. A tal taxa por dia é paga diretamente nos acampamentos. Existem outros tipos de acomodações nos acampamentos, mais baratos e mais caros, aí vai do gosto e bolso de cada um. Da portaria de Phalaborwa até nosso primeiro acampamento, rodamos cerca de 280 km dentro do parque, daí dá para imaginar como ele é grande. Vc começa fazendo seu próprio Safari e confesso que tivemos muita sorte, porque de cara nesse primeiro dia já vimos 3 dos Big Fives, elefante, búfalo e leão. Big Five se refere aos cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem. Chegamos no Pretoriuskop já no final da tarde, pois além da velocidade permitida dentro do Kruger ser 50 km, toda hora se para para admirar uma imensidão de animais e aves. Os acampamentos são bem estruturados, com mini supermercado, restaurante e até posto de gasolina. Optamos por fazer um game drive pago que saía as 05:00 da manhã e foi graças a ele que vimos nosso quarto big five, o leopardo, um dos mais difíceis de serem vistos. Alguns preços: gasolina cerca de 5,00 reais, café da amanhã cerca de 35,00 reais para 2 pessoas, uma coca cola de um litro cerca de 7 reais. Existe tbm suvenirs para comprar, mas o preço é bem salgado e a maioria das coisas que tem dentro do Kruger, vc encontra em lojas em Cape Town e Joanesburgo. Mas é claro que se vc quiser algo com o nome do Kruger, vc deve comprar lá. Depois de dois dias incríveis e inesquecíveis dentro do Kruger, partimos para Suazilândia, aqui vai mais uma dica importante: baixe no celular o aplicativo Here, foi ele que nos ajudou com GPS off line e foi nosso salvador. Saímos do Kruger pela portaria do Crocodile Bridge e fomos em direção a Jeppe's Reef - Matsamo fronteira na Suazilândia. A imigração foi tranquila, documentação ok e fomos para a região Ezulwini Valley. Agora algumas considerações sobre a Suazilândia: o rand é bem aceito em todo o país e não foi necessário câmbio para a moeda deles. O país é pequeno e bem acolhedor, com as pessoas sempre alegres. Ficamos em um hostel de nome Sondzela Backpackers que fica dentro de uma reserva natural a Mlilwane Wildlife Sanctuary. Foi bem difícil conseguir chegar devido a obras na estrada de acesso. O lugar é incrível, mas só indico para quem estiver de carro, pois é longe de tudo e não dá para fazer nada a pé. O jantar do hostel (pago a parte) é imperdível, cerca de 23,00 reais por pessoa. A diária do hostel foi cerca de 130,00 reais sem café da manhã, quarto privativo com banheiro compartilhado. Vc já acorda nesse lugar vendo animais envolta da cerca e dentro da área do hostel, até javalís rsrsrs. Acordamos e fomos conhecer um pouco da região e tomamos um café da manhã no Malandelas Tourist Information e Internet Café, uma parada meio obrigatória para pegar mapas e tirar dúvidas em relação a passeios. Internet na Suazilândia não é algo fácil, nesse lugar por exemplo, mesmo tendo internet no nome, não estava funcionando esse dia. No hostel era vendido 200mb por 50 rands, cerca de 15,00 reais e não dava pra nada rsrs. Como ficaríamos apenas duas noites nesse país incrível, optamos por visitar uma aldeia Suázi no Mantenga Nature Reserve . Foi emocionante ver de perto um pouco da cultura e costumes desse povo tão hospitaleiro. No outro dia cedo, partimos rumo ao Soweto. Foram cerca de 5 horas de viagem e chegamos por volta das 13:00. Soweto é a sigla para South Western Townships, um dos bairros no subúrbio de Joanesburgo, cenário de importantes lutas políticas durante o regime do apartheid. O bairro nasceu sob a base do regime de segregação racial, onde os negros deveriam, por lei, viver em regiões afastadas dos brancos. O local é sinônimo de resistência e luta contra o regime opressor que os negros sofreram na Africa do Sul nesse período. Existe várias coisas para se ver e ouvir nessa região... a rua Vilakazi, a única do mundo onde dois ganhadores do Prêmio Nobel moraram. Nelson Mandela e o arcebispo Desmond Tutu dividiram muito mais do que a mesma vizinhança, eles compartilharam o sonho de viver em um país mais tolerante e com mais oportunidades para todos. Esse dia dormimos em Melville, bairro em Joanesburgo onde existe um bom comércio e restaurantes próximos. Ficamos no Grand View B&B , cerca de 160,00 reais a diária em quarto privado com banheiro com uma linda vista da cidade, com um delicioso café da manhã. No dia seguinte, fomos rumo a Botswana. O trajeto até a fronteira foi um pouco tenso, pois faltando cerca de 100 km para chegar, passamos em uma região que havia algum tipo de conflito. Não ficamos sabendo ao certo do que se tratava, apenas encontramos estradas bloqueadas com pneus pegando fogo e muita brasa no chão, e o pior é que estávamos sozinhos, não tinha mais ninguém transitando nessa estrada. Foi o único momento nessa viagem que ficamos com medo, maaaaaaas tudo deu certo e chegamos na fronteira Pionner. De Joanesburgo até a fronteira, foram uns 370 km. Para atravessar para Botswana tivemos que pagar 120 pulas, mas no local tem como fazer câmbio. Um dólar equivale a mais ou menos 10 pulas. Eles ficaram surpresos em ver nossos passaportes brasucas, não se vê brasileiros nessa região de Botswana, por isso tive dificuldade em achar mais infos. Os brasileiros quando vão para "Bots" acabam ficando no norte do país, principalmente quando vão a Zimbábue ou Zambia. Ficamos em um hostel a cerca de 10 km da capital Gaborone, no Mokolodi Backpackers. Gostamos muito do lugar, super indico. Pagamos cerca de 200,00 reais a diária... simmmm, Botswana é mais caro, como dizem, é um destino exclusivo rsrsrs mas valeu cada centavo. Esse hostel fica perto do Mokolodi Nature Reserve, onde fizemos um safári incrível por 150 pulas por pessoa, que seria mais ou menos 60,00 reais por pessoa. É claro que nem dá para comparar com o Kruger Park, pois são bem diferentes em tamanho e estrutura, mas ver aqueles animais em seu habitat natural, é sempre uma aventura. Como estávamos de carro, era fácil ir até Gaborone comprar comida e artesanatos (meu fraco rs). O hostel tinha cozinha completa e fizemos nossa própria comida... Ficamos duas noites naquele lugar e amamos, queremos voltar para conhecer as outras regiões. l Saímos de Botswana em direção a Pretória. A estrada tem muitos pedágios, mas na hora de alugar o carro fomos informados que o veículo possui um equipamento que passa pelos pedágios e depois na hora da devolução eles calculam quantos pedágios foram e vc paga juntamente com o valor do aluguel. Pretória realmente não tem nada demais, e se vc estiver com o tempo contado pode abrir mão desse destino facilmente. Mas já dentro da cidade fomos parados pela polícia que alegou que havíamos passado em cima de uma faixa amarela que era proibido... oi ??? isso mesmo, ai rolou aquela treta que li em vários relatos aqui no site, propina era o que queriam... masssss resistimos bravamente e acabamos saindo sem pagar os 500 rands que pediram. A dica é a seguinte: sempre diga que não tem dinheiro, só cartão de crédito, assim fica mais difícil deles levarem seus Rands. Durante nossa viagem fomos parados várias vezes por policiais, principalmente em Botswana, mas a única vez que pediram propina foi essa. Novamente dormimos em Joanesburgo no 84 on 4th Guest House tbm em Melville, quarto privado com banheiro e café da manhã, por 200,00 reais a diária. Excelente localização e atendimento. Gostamos muito do lugar. No dia seguinte deixamos o carro no aeroporto e pegamos um voo da Kulula para Cape Town (compramos no Brasil pela Decolar) e ficou 1.000,00 reais ida e volta para duas pessoas. Em Cape Town ficamos no The Verge Aparthotel em Sea Point, onde pagamos cerca de 830,00 reais por 5 diárias pelo booking. Atenção, esse lugar é perfeito... Um apart hotel mega bem localizado, pertinho da praia, com muitos bares e restaurantes próximos, supermercados... além do apartamento ser completo e bem decorado (é só entrar no booking e dá uma olhada), amamos o lugar e tbm super indicamos. Fizemos um passeio pelas vinículas que vale muito a pena... foi caro, cerca de 300,00 reais por pessoa, mas o passeio dura o dia todo e foram 4 degustações em diferentes vinícolas com vinhos e queijos, com direito a passeio de trem tbm degustando vinho. Dica: os vinhos na África do Sul são muito bons e baratos, custa praticamente o preço de um imã de geladeira rsrsr paguei em um bom vinho premiado cerca de 20,00 reais. Do Brasil tínhamos comprado o passeio para Robben Island, mas no dia programado o tempo não tava legal e foi cancelado, algo bem comum de acontecer por lá, vc pode trocar por outro dia ou pedir a devolução do dinheiro. Aproveitamos esse dia e fomos até a Green Market Square onde rola uma feirinha livre de artesanatos onde compramos algumas lembrancinhas. Depois passamos no supermercado e compramos comida. Não se vende bebidas alcoolicas nos supermercados, apenas em lojas próprias e por sorte havia uma bem perto do apart. No dia seguinte pegamos o Bus vermelho (City Sightseeing Cape Town), tbm perto do apart, na avenida da praia para o Cabo da Boa Esperança (cerca de 70 km de Cape Town), com o custo de mais ou menos 170,00 reais por pessoa, o passeio dura o dia todo. Primeiro eles param em Boulders Beach, praia cheia de pinguins, mas a entrada é paga separadamente, custou cerca de 15,00 reais mais ou menos, não lembro direito mas não era caro, a praia é linda e vale o preço. De lá fomos para Cape Point, onde fica o Cabo da Boa Esperança. A entrada do parque está incluida no preço do passeio. Vc pode subir a pé ou de bondinho e é claaaaro que fomos a pé, uma subida bem interessante com uma vista incrível do mar. Nesse passeio vc tbm faz uma trilha com uma vista de deixar qualquer um de queixo caído... voltamos no final do dia e aproveitamos para dar um rolezinho no Water Front , onde tem inúmeros restaurantes e lojas, se vc garimpar, consegue comprar lembrancinhas por um bom preço no local. No dia seguinte fomos rumo a Table Montain fazer a trilha tradicional a Plattew Klip Gorge, cerca de 3 horas de subida para pessoas como nós rsrsrs longe de sermos atletas... pegamos um Uber até o Cable Way onde na mesma rua se inicia a trilha... não se paga nada para subir, só se vc for de teleférico. O frio tava de lascar e o tempo ameaçava chuva a todo o momento, mas é algo que não dá para perder. Cape Town é uma cidade muito bonita e com vários atrativos. Andar de Uber por lá é uma boa pedida. É bem econômico e foi nosso principal modo de transporte. Depois de Cape Town, voltamos para Joanesburgo onde ficamos no Saffron Guest House, quarto privado com banheiro e café da manhã por cerca de 200,00 reais o casal. Tbm foi um excelente lugar e super indico, perto de tudo e bem seguro. Fomos conhecer o museu do Apartheid e despedir desse lugar tão fabuloso pois no dia seguinte íamos voltar para o Brasil. Foram 16 dias no total, bem aproveitados... E foi isso galera, até a próxima!!!!
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Confira um tour imperdível em Cape Town: um dia pelo Cabo da Boa Esperança e pela Boulders Beach, a praia dos pinguins. Roteiro para Cabo da Boa Esperança e Boulders Beach - 1 ou 2 dias Para esse passeio, sugiro colocar o despertador pra tocar cedo e aproveitar o máximo do dia. Se tiver a oportunidade, divida essa programação em 2 dias e ainda conheça lugares lindos! Confira o roteiro completo, com detalhes sobre todos os lugares que você pode visitar em um ou dois dias de passeio por essa região maravilhosa de Cape Town: https://emalgumlugardomundo.com.br/cabo-da-boa-esperanca-e-boulders-beach/ Cabo da Boa Esperança Cape Point A caminho de Cape Point Farol locaiizado em Cape Point, no Cabo da Boa Esperança Boulders Beach Chapman's Peak
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Fizemos uma lista com as 8 melhores praias de cape Town, mostrando um pouquinho de cada uma. Veja quais são as praias imperdíveis, programe-se para visitá-las e escolha sua preferida! As melhores praias de Cape Town 1. Camps Bay A praia mais famosa de Cape Town, com ondas fortes e um pôr-do-sol deslumbrante. Perto do centro e de fácil acesso. 2. Clifton Beach Cliffton Beach fica ao lado de Camps Bay. Essa na verdade é um conjunto de quatro praias pequenas, cada uma com suas próprias características distintas. Cada praia é separada por formações rochosas, e são conhecidas como Cliffton 1, 2, 3 e 4. 3. Boulders Beach, Simon’s Town A fofíssima Praia dos Pinguins parece algo como um parque de diversões. São milhares de pinguins africanos que residem nessa praia e é possível nadar com eles ali, basta encarar a água gelada! 4. Muizenberg Muizenberg fica a caminho de Boulders Beach, na região conhecida como False Bay. É um dos points dos surfistas da África do Sul. Para ver a lista completa, acesse: https://emalgumlugardomundo.com.br/as-8-melhores-praias-de-cape-town/
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Depois de morar por mais de 2 meses em Cape Town, separei aqui as 10 principais atrações turísticas da cidade, que não podem faltar no seu roteiro. O que fazer em Cape Town: 10 atrações principais 1. Table Mountain Uma das montanhas mais famosas de todo o continente e uma das atrações mais visitadas de Cape Town. É possível avistá-la de diversos pontos da cidade. Do alto, ainda apreciamos as as praias de Cliffton e Camps Bay. 2. V&A Waterfront frequentado tanto por moradores como por viajantes, V&A Waterfront é uma das áreas mais bontias da cidade. Cheio de lojas, restaurantes e bares, além de um shopping center, um aquário, galerias de arte e espaço para eventos ao vivo. 3- Robben Island Robben Island já serviu de base militar, hospital e por último, uma prisão. Nelson Mandela passou 18 anos preso lá, durante o Apartheid. Atualmente, a ilha é um famoso ponto turístico, onde visitantes vão em busca de mais aprendizado sobre essa história tão marcante da África do Sul. Robben Island 4. Cabo da Boa Esperança O cabo da Boa Esperança fica localizado no final da Península do Cabo. Com um cenário espetacular, a uma distância de aproximadamente 65 km de Cape Town. O Cabo da Boa Esperança faz parte do Parque Nacional de Table Mountain. Lá é possível avistar babuínos, zebras e mais umas 250 espécies de aves. É lá também que fica Cape Point, onde há o farol. Vista do farol do Cabo da Boa Esperança 5- Pinguins em Boulders Beach Visita imperdível! Afinal, onde mais se pode ir à praia na companhia de pinguins?Por lá vivem mais de 2 mil pinguins africanos! Boulders Beach em Simons Town Veja a lista completa em: https://emalgumlugardomundo.com.br/o-que-fazer-em-cape-town/