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Oi pessoal! Esse é meu primeiro relato de uma viagem muito esperada, que ainda está em andamento. Estou escrevendo direto de terras peruanas 🇵🇪 Esse foi meu primeiro mochilão improvisado em férias de uma CLT brasileira junto com uma amiga. Minhas principais fontes de consulta para ele foram os fóruns aqui do Mochileiros e os vídeos do Mundo sem Fim (❤️). Datas da viagem: 03/04 a 17/04. Minha viagem começou no Rio de Janeiro onde eu peguei um voo da Gol para Guarulhos às 6:10 no dia 03/04, para depois pegar o voo para Santa Cruz de La Sierra às 09:05. Inicialmente a viagem seria do dia 2 ao dia 17 porém, devido a uma necessidade da Gol, foi preciso remarcar para o dia 03. Caso eu não aceitasse, eles iriam reembolsar totalmente o valor. Bom, após todos os passageiros embarcarem no avião no dia 3, o piloto informou que o voo atrasaria devido ao mau tempo em Guarulhos (SP). No final das contas, o voo que era para as 6:10 decolou apenas as 8:20 e chegamos em Guarulhos às 9:45. Nosso voo para Santa Cruz atrasou devido ao mau tempo porém, mesmo com os atrasos dos dois voos, perdi o segundo por 18 minutos. E aqui começou a jornada do desespero antes de sair do Brasil. Fui ao guichê da Gol com mais de 100 pessoas com o mesmo problema (conexões perdidas e várias remarcações de voo) e aguardei por belas 2h para ser atendida. Para esse viagem eu contratei um seguro que cobria gastos com atraso de voo, cancelamento ou remarcações. No contrato estava expresso que para solicitar a abertura do sinistro era necessário um documento formal da empresa aérea constando os dados do voo, horários e assinatura de um funcionário. Em uma pesquisa rápida enquanto aguardava ser atendida, descobri que o documento se chama “Carta/Declaração de contingência”. Ao ser atendida pela atendente, fui remarcada para o voo do dia seguinte (04/04) no mesmo horário (9:05) e recebi um voucher para hotel e alimentação custeado pela Gol. Sobre a declaração de contingência: é uma luta conseguir. Quando esse nome é mencionado, eles fazem de tudo para te levar a exaustão e desistir de pegar o documento. Não desistam, peguem mesmo. É importante também ler e confirmar as informações: data e hora efetiva da decolagem e do pouso com atraso (eles precisam pegar os dados oficiais da infraero, não aceitem que sejam colocados horários estimados). Nesse dia ainda tive um problema porque eles alegaram que o voo chegou 8:30 em Guarulhos (dados da própria Gol) sendo que neste horário eu estava nas nuvens (literalmente). Usei o site do rastreador Kayak que tinham os horários certinhos pra comprovar o atraso do nosso voo. Essa batalha terminou às 15:00 do dia 03/04, quando me direcionei ao hotel para descansar para o outro dia. 04/04 - Guarulhos - Santa Cruz de Lá Sierra Inicialmente, a viagem começaria dia 3/4 chegando em Santa Cruz às 11:00. Planejei conhecer o centro da cidade e partir para Sucre no mesmo dia em um ônibus noturno. Com o atraso e remarcação do voo, cogitei comprar a passagem de Santa Cruz para Sucre oferecida pela BoA porém, devido ao histórico de Gol com atrasos, decidi tentar a sorte direto no guichê em Santa Cruz. Bom, dito e feito, o voo do dia 04/04 que era para decolar às 9:05 só levantou voo às 10:30. Chegamos em Santa Cruz por volta de 12:40 e fomos para imigração. 04/04 - Santa Cruz de La Sierra A imigração foi bem lenta. Os funcionários solicitaram o motivo da viagem (turismo) e os locais que eu ia conhecer (meu roteiro) e endereço do Airbnb em Sucre. Havia lido relatos que a imigração era tranquila e sem perguntas, principalmente para quem já tinha carimbos no passaporte, mas nesse dia, todos foram interrogados. Num todo, foi bem tranquila. Eu estava com todos os documentos em mãos e preparada com meu roteiro na cabeça, não me preocupei. Passando a imigração, apresentei o documento com QR code da Aduanda, que havia preenchido com antecedência e segui para o raio-X. Tudo certo também, sai pelo terminal de desembarque. Logo que sai, fui direto no guichê da BoA para ver as passagens para Sucre e já não tinham mais passagens para os dois voos do dia (13:40 e 16:00). Bom, voltei ao meu planejamento inicial de ir de ônibus para Sucre e conhecer um pouco o centro de Santa Cruz. Antes, troquei 100 reais no aeroporto com câmbio a 1,89. Não achei ruim e optei por trocar apenas 100 porque li relatos de que na Plaza 24 de Setembro o câmbio estava 2 ou acima de 2, no paralelo. Comprei um chip de Entel para 6 dias com internet ilimitada por 48 bob (38 do plano + 10 do chip) (~25 reais) e já estava conectada para falar com meus familiares no Brasil. Feito isso, me direcionei a área externa ao terminal para pegar o ônibus para o Centro (número 135) e acho que foi 3 ou 6 bob, não me lembro. O trajeto foi de uns 30/40 minutos e o ônibus nos deixou a 4 quadras da praça. Todos os passageiros bolivianos, inclusive o motorista, me orientaram sobre onde descer e foram super educados. Descendo no ponto, andei e cheguei em uma lanchonete muito bacana com playground para crianças e tudo mais. Eu estava morrendo de fome e comi uma empanada de queijo. Uma delícia! Colocaram açúcar de confeiteiro por cima e deu um tcham! Os doces eram maravilhosos de lindos também (foto). Chegando na Plaza 24 de Setembro (16:00)eu fiquei encantada com a praça e com a dinâmica local das crianças e famílias bolivianas aproveitando o clima. A praça é linda e a igreja também! Troquei dinheiro em uma casa de câmbio na praça no câmbio a 2,10. A cotação do dólar estava 10. Fui para a rodoviária de ônibus (la o app da Movit funciona) e os locais me orientaram o ponto onde era para descer. Chegando na rodoviária, um caos kkkkkk. Até hoje eu estou ouvindo “Sucre Sucre La Paz” na minha cabeça. A todo tempo você é abordado por vendedores oferencendo as passagens mas optei por comprar no interior do terminal. Tem que ter paciência com os vendedores te abordado e os gritos oferencendo passagem. Elas variam bem pouco em questão de valores mas existem muitas empresas. Optei por comprar na empresa Trans Copacabana Mem 1 para Sucre e o ônibus semi leito (160 graus), que é chamado de bus cama, me custou 100 bob (~50 reais). Obs.: Sempre pedíamos para ver os ônibus antes de comprar a passagem. O ônibus sairia às 21:30 e chegaria às 7:00 em Sucre. Enquanto isso, fiquei observando o terminal e as pessoas e crianças. Não se assustem, as crianças ficam soltas na rodoviária sem muita supervisão dos pais. Nesse meio tempo fiz amizade com uma menininha de 6 anos que carregava um pollito (pintinho) dentro de uma bolsinha. O nome dela era Maria Helena e a mãe trabalhava vendendo passagens. Ela ficava o dia todo na rodoviária enquanto a mãe trabalhava. Quando eu perguntei a ela se ela não tinha medo de ficar sozinha andando por ali ela disse com uma cara de brava “aqui as crianças aprendem a se cuidar cedo” e depois me disse que tem vários amiguinhos que ficam ali com as mães. Embarquei no ônibus e me surpreendi muito com a estrutura. O ônibus tinha banco com massageadores e regulagem automática de inclinação. Eu realmente fiquei chocada com a estrutura pq nunca andei num ônibus assim no Brasil. Recomendo muito a empresa Trans Copacabana Mem 1 (obs.: não confundam com a Trans Copacabana, são empresas diferentes). Valeu muito, 10/10. Antes da viagem começar, eu deixei meu chip do Brasil cair da minha bolsinha entre meu banco e o apoio de braço. Haviam duas pessoas bolivianas próximas a mim nesse momento, uma cholita e um senhor. Quando eles perceberam meu desespero, eles perguntaram o q houve e me ajudaram a achar o chip (com direito a uma lanterna e uma faca enorme pra puxar o chip do lugar que ele tinha caído kkkkk). Mais uma vez eu fiquei encantada com o povo boliviano! Mesmo com o conforto, não consegui dormir muito bem. Tenho dificuldades em dormir fora de casa . A viagem é longa e o caminho é muito tortuoso e dá um nervoso com as curvas. 05/04 - Chegando a Sucre Cheguei à Sucre às 7:00. Estava bem frio (5 graus) e eu estava extremamente cansada. A rodoviária e os arredores de Sucre são bem simples, e a rodoviária fica relativamente longe do centro histórico. Optei por pegar um táxi da rodoviária até o Airbnb que fiquei e a aventura começou. O táxi me custou 15 bolivianos e quando eu entrei eu dei uma bela risada. O banco do motorista era uma cadeira improvisada kkkkkkkkkkk. Talvez eu tenha pego um táxi irregular mas é assim que as memórias são construídas né kkkk Cheguei na minha hospedagem e peguei as chaves (minha reserva era pro dia 4 a 6/4). O Airbnb era uma delícia, muito fofinho, bem equipado e bem localizado. Tinha um mercado bem próximo e a Plaza de Armas ficava a duas quadras da hospedagem. Único ponto menos legal era que ficava no 3 andar de escada. Tomamos um café bem reforçado em casa e fomos passear. Conseguimos comprar o ticket do ônibus para o parque Cretáceo por 15 bob ida e volta para as 11:00. É o melhor horário para poder fazer o tour pelas pegadas com guia (12:00). Enquanto aguardávamos o ônibus, ficamos assistindo um desfile cultural sobre a inclusão de pessoas deficientes e atípicas na cultura boliviana nos arredores da praça. Foi muito lindo! Pegamos o ônibus para o parque Cretácio. Fomos no andar de cima para ver a cidade. Foi bem legal, o trajeto leva em média 15 a 20 minutos e chegamos no parque. Ele fica localizado ao lado de uma empresa de cimento e as pegadas ficam bem na parte onde eles extraem a pedra para fazer cimento (imagino que seja algum calcário). Aliás, as pegadas foram descobertas quando a extração de pedra teve início pela empresa. Ela foi a responsável por chamar os paleontólogos para verificarem e, depois, classificarem as especieis. Uma coisa que me preocupa um pouco é que a exploração continua ocorrendo ao redor das pegadas com máquinas pesadas e escavações. Não sei até que ponto pode influenciar e ocorrer mais desprendimento das parede com as pegadinhas. Aliás, apenas o lado direito da parede está habilitado para visitação (pegadas dos carnívoros e alguns herbívoros grandes). O lado esquerdo, onde tem mais pegadas de mais especieis está interditado por segurança (desmoronamento). O tour é muito legal, o guia explica as especieis de dinossauros que passaram por ali. O tour me custou 30 bob com a visita às pegadas incluídas. Retornei ao centro e fui almoçar (16:00). Não indico o restaurante que fui pq a comida não era muito gostosa e nos restaurantes locais o menu do dia já não estava mais servindo por causa do horário. Bom, segui para conhecer a Catedral Metropolitana, onde a visita ao terraço custa 15 bob. A vista é linda, é possível ver a cidade toda e andar pelos telhados da catedral é sensacional. A escada é bem difícil de subir e relativamente apertada. Senti dificuldades pra subir mas valeu a pena. Após passear mais um pouco, fomos trocar dinheiro. O câmbio em sucre não estava tão bom quanto em Santa Cruz, o máximo que encontrei lá no paralelo foi 1,90 e no oficial, 1,76. Aqui vale uma ressalva e uma dica: o câmbio paralelo em Sucre dá um certo medo, principalmente pq as pessoas te abordam e ficam bem em cima de vocês. Eu fiquei com um pouco de medo de trocar muita quantidade principalmente pq as notas eram extremamente velhas e rabiscadas. Ah, outro ponto importante: se atentem as notas que estão recebendo. Encontrei dificuldades para pagar uma compra em um mercado porque minha nota estava colada com durex (apenas uma parte). Então, sempre confiram o dinheiro e solicitem a troca caso recebam notas rasgadas, manchadas ou muito rabiscadas. Minha dica é que deem preferência para o câmbio em Santa Cruz. Eu fui fazendo picado: em Santa Cruz, Sucre e La Paz. 06/04 - Sucre Em nosso segundo dia em Sucre, iniciamos a exploração indo à rodoviária para comprar nossas passagens a Uyuni. No dia anterior (sábado) havíamos visto que quase todas as atividades culturais não funcionavam aos domingos e, por isso, decidimos ficar apenas 2 dias em sucre (5 e 6/4). Havíamos perguntando em um Hostel sobre os ônibus a Uyuni e o atendente informou que apenas duas empresas fazem o trajeto a partir de Sucre: Emperador ou 6 de outubro. Bom, fomos à rodoviária encontrar as benditas empresas. Fomos de ônibus e as linhas que passam na rodoviária são a A ou a 33, que passam na rua próximo ao mercado central. Se tiver dúvidas, pergunte sobre o ônibus ao Terminal de Buses, os bolivianos irão te explicar perfeitamente onde encontrar. E outro detalhe é que eles param em qualquer lugar na rua, basta fazer sinal para subir e falar “Parada/Bajar” ou algo do tipo para que o motorista pare para você descer. Peguei a 33 e me custou 2,40 bob. São chamados de Minibuses (quase uma van brasileira) e que andam com a porta aberta e de forma bem radical (correndo e buzinando o tempo todo). Nesse ônibus em especial, o motorista e a copiloto estavam com um neném acomodado na parte da frente (imagino que era filho de um deles ou dos dois), e situações como estas são bem comuns de se presenciar lá. Foi muito legal! Os ônibus são Pet friendly e as pessoas são extremamente educadas. Cedam o lugar aos idosos caso embarquem. Adorei ver a dinâmica das pessoas locais se movimentando em um domingo de manhã. Aqui vale uma nota muito importante: a rodoviária de Sucre é muito muito muito simples e percebi que tem muitas empresas com ônibus extremamente precários. A manutenção deles é feita na rua a céu aberto e de forma bem bem simples. Fiquei um pouco preocupada. Chegando lá, fomos no guichê da 6 de outubro e não havia atendente disponível (aguardamos por 15 min e nada). Daí, fomos no guichê da Emperador. Lá decidimos comprar a passagem das 21:30 em um ônibus semi leito (160 graus) por 120 bob (~60 reais). Sempre antes de fechar a passagem eu pedia para ver o ônibus (ou foto ou presencial), e assim o fiz. A atendente me mostrou e eu já fiquei meio “Hm, algo me diz que não é a melhor opção” mas fechei mesmo assim. spoiler: não era a melhor opção mesmo, mas isso vou contar já já. Com as passagens compradas, voltamos ao Centro para bater perna. Fomos conhecer a cafeteria Sucré que tinham gelatos lindíssimos e com uma cara deliciosa. Comprei um café, um croissant de pistache e depois um gelato. Uma delícia todos! O café me custou 10 ou 15 bob, o croissant foi 5 bob e o gelato foi 15 bob com duas bolas de sorvente. Peguei dos sabores Cofibrownie (café, Brownie e creme) e Tramontana (oreo, doce de leite e creme) - APENAS MARAVILHOSOS! Fui comer minhas delícias sentada em um banco da praça junto com muitas pessoas e famílias que curtiam o domingo. Eu fiz uma associação que os cariocas vão entender: a Plaza de Armas de Sucre é o Aterro do Flamengo aos domingos - todas as ruas no entorno estão fechadas para promover o lazer das pessoas que moram na região. Depois disso, fui conhecer a terraza da sede do governo departamental do distrito, que fica localizada em uma das esquinas da Plaza de armas. A entrada para a terraza custa 15 bob e você pode andar pelas dependências do local. Aqui vale uma nota também: todas as placas de identificação de salas, banheiros e etc, são na língua espanhola e em quechua. Eu amei isso! Achei muito rico e muito lindo! Saindo da Terraza, fomos conhecer o parque Simón Bolívar. Chegamos lá e encontramos a mesma vibe da Plaza de Armas: muitas famílias brincando, várias atividades rolando e muitas barraquinhas de comidinhas locais. O parque me lembrou a Quinta da Boa Vista aos finais de semana. Todas as praças da Bolívia são extremamente bem cuidadas e bem conservadas. As plantas são muito bem cuidadas, não tem lixo espalhado e são bem policiadas. Um único ponto é que tem muitos pombos kkkkkkk eles tem costume de alimentar nas praças e isso ajuda a ter uma população bem grande desses animais. Eu quis muito subir na torre Eiffel da praça mas fiquei com medo. Subi até o primeiro patamar, com bastante dificuldade pq é muito estreita e logo desci. Aquele troço mexe muito e tinham muitas pessoas em cima. Achei melhor evitar subir kkkk Alugamos outro Airbnb para podermos nos arrumar antes da aventura rumo a Uyuni e o tão esperado Salar, mas que eu não recomendo muito. Ele era bem localizado mas era um pequeno cativeiro sem janelas e com muitos pontos negativos. Pelo menos nos atendeu em ter 1 chuveiro quente (elétrico) e um mini fogão para cozinharmos uma breve jantinha (macarrão à la moda rapidez - molho vermelho e um sonho). Saímos da casa por volta das 19:30 e fomos tomar um café na cafeteria Metrô, localizada na Plaza de armas também. Essa aqui vale muito a recomendação! Peçam o café nativo da Bolívia. Ele é sensacional! O ambiente é muito aconchegante e com espaço para poder entrar com mochilas e malas. Nota 10/10. Saindo da cafeteria, pegamos um táxi rumo ao terminal que nos custou 15 bob. Chegamos no terminal e compramos o ticket de uso terminal (2,5 bob). Todos os terminais da Bolívia tem essa taxa para pagar que variam de 2 a 2,5 bob. Os guichês oficiais ficam localizados com identificação de “Uso terminal”. Sentamos e aguardamos o horário de 21:00 para nos direcionarmos a plataforma. Aqui o filho chora e a mãe não vê. Depois de um atraso de um pouco mais de 30 min, o ônibus chegou a plataforma. Ele era o que eu mais temia: pavoroso e completamente precário. Vocês se lembram que eu falei do pressentimento sobre o ônibus né! Eu não estava errada kkkkkkk Entrei no ônibus (obs.: cor verde) e foi só ladeira abaixo. Os bancos era velhos e sujos, as janelas estavam todas remendadas nas frestas com fita durex (sim, durex) e não consegui encontrar o cinto de segurança. Infelizmente eu não tenho nenhuma foto desses pequenos grandes detalhes pq fiquei nervosa pensando “ainda bem que eu tenho seguro viagem e meu corpo irá chegar no Brasil caso eu morra”. Trágica? Um pouco. Mas antes da viagem li algumas reportagens sobre acidentes com ônibus na Bolívia e fiquei com medo nesse dia. Eu não desisti e continuei no ônibus apesar dos pesares. Uma moça estava colocando mais fita adesiva na janela para que não entrasse vento gelado em cima da filha pequena dela q estava sentada a minha frente. Aproveitei o ensejo do improviso e perguntei se a 6 de outubro era melhor que a Emperador e ela me disse tranquilamente “Não, as duas são iguais” kkkkkk Ela apenas me deu uma informação que eu acho que seja valiosa para cá: se o ônibus da Emperador for o Verde é sinônimo de perrengue. É o ônibus mais velho deles é o pior. Se for o azul, ok. Da 6 de outubro ela não me deu mais informações. Nenhum dos ônibus até esse momento eu precisei colocar a bagagem no bagageiro. Eu coloquei ela em cima do apoio de pés e serviu como um suporte para que ficasse quase uma cama. Para mim, essa forma foi menos desconfortável de viajar. Outras coisas foram acontecendo durante a viagem até Uyuni. Algumas pessoas entraram no ônibus mesmo que não houvesse mais lugar vago e se acomodaram sentadas no chão ou na escada (era um ônibus de 2 andares e eu fui no 1 andar). Essas pessoas desceram em Potosí (3 ou 4 horas de sucre) e fiquei bem preocupada com o bem estar delas. É uma viagem desconfortável por conta das estradas sinuosas e também pq eles estavam sentados no chão né?! Bom, eu dormi pouco e não via a hora de chegar ao Uyuni.
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Olá, Estou montando meu roteiro para uma viagem que estou programando para final de junho, onde até o momento tenho a passagem para Santa Cruz de la Sierra, e minha intenção é passar pelo Salar de Uyuni e chegar por fim a Machu Picchu. No roteiro inicial que montei, meu trajeto seria: Santa Cruz de la Sierra > Sucre > Uyuni > La paz > Puno/Juliaca > Cusco No caminho da volta, também passaria pela Bolívia para tomar o avião ao Brasil, a principio de Santa Cruz mesmo, mas passando dessa vez por Cochabamba Quem tiver dicas e/ou segestões para esse roteiro, agradeço bastante, tendo em vista que de momento tenhho apenas a passagem de ida e ainda montando a programação
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Planejando Bolívia para o mês de Setembro/25. inicialmente, vôo Guarulhos Santa Cruz de La Sierra no dia 02/09 e, a partir de lá rodoviário por Sucre, Uyuni, La Paz, Lago Titicaca e Retornando de La Paz. Alguém para ajudar no planejamento ou disposto a acompanar?
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MOCHILÃO NA BOLÍVIA SOZINHO - JANEIRO/25 15 DIAS
Jorge Lucas postou um tópico em Bolívia - Relatos de Viagem
Olá, mochileiros, Eu planejei essa viagem por um certo tempo (um boooom tempo, na real), porém várias coisas no meio do caminho me fizeram adiar esse sonho. É meu primeiro mochilão sozinho fora do Brasil. Há um certo tempo atrás, eu e meu amigo Bruno fizemos um grupo no WhatsApp para trocar experiências e nos organizarmos para viajar juntos. Aconteceu que não consegui viajar junto com ele e mudei completamente os meus planos. Ressalto tanto a importância desse blog quanto desse grupo que criamos. Foi, é e está sendo importante para quem está se aventurando com uma mochila nas costas e um sonho. Queria deixar menção à Karine, que hoje chamo de Lindinha. Esteve comigo todos os dias dessa linda viagem, desde os dias mais tensos, em que quase perdi meus voos, até os dias incríveis que tive o prazer de compartilhar. Até fiz uma ligação de uma "MONTANHA" (1 para a Entel e 0 para a Tim). Minha viagem foi muito especial com você. Vou escrever e/ou separar minhas experiências por aqui, dia a dia, para ficar mais fácil de entender e de uma forma cronológica. Sempre planejei tudo (literalmente tudo). Para essa viagem, eu fiz e refiz esse roteiro mais de 200 vezes, tenho certeza disso. Todas as variáveis possíveis, se acontecesse alguma coisa, eu já estava preparado (e aconteceram VÁRIAS, por sinal). Tudo bem que era um certo receio da minha parte, o medo do desconhecido e tudo mais. Se eu pulasse de paraquedas em qualquer lugar da Bolívia, eu ia saber me virar mesmo sem internet. Algumas dicas antes de realmente começar esse relato: - Não reserve nada pelo Booking. Antes disso, pegue o nome do hostel/hotel, pesquise no Google e procure pelo número da acomodação. Geralmente, todos têm WhatsApp. Quando fazia isso, eu perguntava o valor do quarto diretamente com eles e comparava com o Booking. Absolutamente sempre eu pagava bem mais barato dessa maneira. - Em relação à internet, não fique na noia como se você fosse para outro planeta sem acesso à informação e sem comunicação. Geralmente, hostels, restaurantes, cafés etc. têm Wi-Fi. Alguns você paga, outros não. Sobre o famoso "chip" de internet, é fácil de achar, é só "hablar", apenas. Eu comprei o meu em uma loja da Entel lá em Sucre. Foi "tranquilo" de comprar e ativar. - Sobre comida, eu não tive "problemas" de comer na rua nem nada. Obviamente, eu comia em lugares com o mínimo de higiene, e sinceramente, por lá você paga por isso. O prato é o mesmo, porém, devido ao local, chega a ser mais que o dobro do valor. Então, é uma questão de pesquisar bem. - O câmbio. Eu levei quase todo o meu dinheiro em espécie (foi a melhor coisa que fiz e a pior também). Uma parte estava em USD e outra em reais. Ambos os câmbios estavam ótimos. Quase todo o meu dinheiro foi trocado na rua com cambistas e em uma sorveteria lá em Sucre (sim, uma SORVETERIA!). Tinha até loja da Samsung fazendo isso. Eu até pensei em trocar dinheiro nas casas de câmbio em cada cidade que estava indo, porém a cotação era bem ruim em relação aos cambistas. Só troquei um pouco no aeroporto para emergência quando cheguei e, no Uyuni, 50 reais, pois o câmbio estava 1.75. - As passagens para a Bolívia eu comprei usando milhas com a Gol, totalizando 41 mil milhas. Como fiz uma transferência bonificada via Livelo, fiquei com 19 mil milhas e, como tinha assinado o Clube Smiles anual, ganhei mais 16 mil milhas. Já tinha milhas, então só emiti a passagem com essa diferença. O custo disso foi de R$101,98 + 6400 pontos Livelo, que eu ganhava comprando coisas em sites parceiros e/ou comprando quando tinha promoções em datas específicas. Dia 0: O começo de tudo CWB-GRU, GRU-VVI Eu já tinha preparado tudo o que precisava, porém estava bem ansioso, não só devido à viagem que acabava de começar, mas também por várias questões pessoais. Fui a uma farmácia pesar minhas mochilas e, sim, minha cargueira de 50 litros estava bem acima do aceitável. Porém, eu decidi ir mesmo assim. Chamei um Uber até a rodoviária depois de visitar minha mãe no hospital. Minha passagem era para 10h. Fiquei esperando tranquilo, até que não ficou tão tranquilo assim. Começou a chegar o horário do ônibus e nada. Conversei com um rapaz da empresa de ônibus e ele me disse que ia atrasar, porém não falou quanto. Comecei a ficar levemente preocupado. O ônibus chegou depois de um certo tempo. Estava levando alguns lanches e água comigo, pois pretendia jantar lá perto da rodoviária do Tietê, porém, aparentemente, esse plano não era para acontecer... Depois de um tempo de viagem, o trânsito começou a ficar bem lento, até parar completamente. Isso era por volta de 13h. Quando já fazia um tempo parado, chegou a notícia de um acidente feio na pista entre um caminhão e uma carreta. Estávamos no meio da serra sem internet. Comecei a ficar mais preocupado, pois não tinha atualização da situação. A fila começou a andar só por volta das 17h30, porém de uma forma bem lenta. Ainda estava "longe" da rodoviária do Tietê. O trânsito parou de novo depois de um tempo e eu decidi fazer uma coisa: Conversei com o motorista e perguntei se dava para eu sair do ônibus, pois eu ia achar alguma maneira de sair dali, senão ia perder meu voo (que era às 22h40 '-'). Eu saí do ônibus, porém, caso o trânsito voltasse a andar, o motorista me disse que não ia parar para eu embarcar novamente. Então, sim, foi uma aposta. Andei por alguns quilômetros até chegar na barreira da concessionária. Vi um grupo de motoqueiros e ouvi eles conversando sobre o acidente e tudo mais. Decidi ir conversar com eles. Foi aí que conheci o Marcelo, meu anjo da guarda. Ele me questionou por que eu estava sozinho com duas mochilas ali, e eu só disse: "Preciso chegar na Bolívia". Ele e seus amigos estavam indo para Aparecida do Norte. Depois de um tempo conversando, o inacreditável aconteceu: ele decidiu me ajudar e me dar uma carona até o aeroporto! Sim, era eu, o Marcelo, sua moto e eu com duas mochilas enormes por quilômetros. Ele decidiu me ajudar com uma condição: que um dia eu fosse a Aparecida com ele. Não como uma forma de pagar "promessa" ou apenas para fazer companhia, mas sim como uma forma de agradecimento. Devido ao horário que cheguei para o embarque, eu não parei para comer nada desde a hora que saí de Curitiba. As coisas comigo ficam piores em todos os sentidos quando estou com fome. Porém eu estava tão tenso com a situação que não sentia fome nem sede, apenas um cansaço físico e mental absurdo. Depois de tudo isso, quando já estava no avião indo para Santa Cruz, eu desmaiei. Só acordei quando a comissária veio entregar o "lanche". Chegando em Santa Cruz, logo depois do pouso, minha internet do celular funcionou tranquilamente. Eu uso Tim, liguei pra operadora pra ativar o roaming internacional para emergência, peguei o pacote mais simples apenas para o dia que ia ficar em Santa Cruz e se por algum motivo não conseguisse comprar meu chip por 7 dias no total. Se eu não me engano, eles têm parceria com a Tigo. Eram poucos GBs, porém, para WhatsApp e pesquisar, era o suficiente. Minha chegada foi de madrugada, então tinha poucas opções de transporte e hostel. Eu perguntei sobre o valor do táxi pra sair de lá, porém estava 100 BOBS '-'. É, não dava. Fiquei andando lá dentro do aeroporto até achar uma casa de câmbio que estava "aberta", porém não tinha ninguém. Eu chamava, porém ninguém respondia, nem uma alma viva aparecia. Resolvi ir sacar um valor suficiente para o Uber, tinha visto no aplicativo que estava por volta de 70/80 BOBS. Fui testando meu cartão da Wise em vários caixas eletrônicos lá, e todos cobravam uma taxa de 8 USD para o saque. Até que cheguei em um que simplesmente travou meu cartão, por exatamente 21 minutos ("É pronto, tô sem meu cartão, casa de câmbio só com o Gasparzinho funcionando, agora vou ter que dormir aqui..."). Depois desse tempo, meu cartão saiu, porém eu decidi ficar lá na frente da casa de câmbio até aparecer alguém. Chegaram duas moças, ficaram na minha frente chamando ou batendo no vidro, até que apareceu uma velha que estava tirando o soninho de beleza dela. Fiz câmbio e fui ver o valor do carro no aplicativo chamado Yango. Deu 53 BOBS o carro e fui até meu hostel Travelero Hostel & Tours, que paguei 80 BOBS. Oficialmente, cheguei na Bolívia. Depois do meu soninho da beleza, fui tomar um café da manhã e explorar um pouco o centro da cidade. E uma coisa que já falo de antemão: o calor lazarento que é Santa Cruz, nossa! Nesse dia, estava 34 graus. Eu almocei em um restaurante/bar próximo do hostel, paguei 14 BOBS e fui até um mercado comprar duas garrafas de água de 2L, que paguei 9,5 BOBS. A praça principal é bem bonita, vários museus e prédios históricos, porém era domingo… então fiquei na base do olho. Fiz câmbio com um cambista na praça. É muito fácil de achar eles, geralmente usam umas bolsas laterais e ficam nas esquinas (é diferente de uma garota do job no caso kkkk). Eu achei um depois de conversar com uma senhora que vendia sorvete (que, sinceramente, era ruim, o gosto parecia remédio). Troquei um pouco de dólar e reais com ele e voltei para comprar um sorvete com a senhora como uma forma de agradecimento pela dica de onde encontrar esses cambistas. Andei até meu hostel, me despedi do pessoal, fiz o checkout e chamei um Yango até a rodoviária. Andei por lá até ir a uma empresa que me indicaram, era a Flota Capital. Cometi um erro de principiante, eu confesso: não olhei o ônibus antes de comprar a passagem. Eu negociei com o rapaz da agência, ele me fez o valor de 100 BOBS no "leito", que vi depois que não era leito (Maldita máfia do leito cama). Resumindo: chovia mais dentro do ônibus do que fora, minha poltrona estava estragada, uma das molas não ficava "esticada" completamente, e eu ficava segurando um dos pés para deitar o banco. Vários vendedores aleatórios circulavam por dentro vendendo coisas aleatórias, tipo pomada milagrosa da Shopee. Algumas galinhas e um cachorro viraram meus companheiros por um tempo. É, essa viagem de ônibus foi engraçada. Gastos do dia: Transporte aeroporto por aplicativo: 53 BOBS Hostel Travelero Hostel & Tours: 80 BOBS Alimentação: 49,5 BOBS Extras: 21,5 BOBS Ônibus para Sucre (Flota capital): 100 BOBS Dia 1 - Sucre, a Cidade Branca Cheguei a Sucre por volta de 5h da manhã. Depois de um tempo, fui para o meu hostel, o Villa Oropeza Hostel. Paguei 50 BOBS e o anfitrião era muito acolhedor, me recebeu cedo durante uma chuva lazarenta. Depois de me acomodar, tomar um banho e descansar, decidi começar meu tour na cidade. Porém, antes, fui comprar meu chip da Entel. Paguei 55 BOBS para 10 dias com internet ilimitada. Conheci a Catedral de Sucre e sua história, o Museu do Chocolate, a Praça 25 de Maio, o Convento San Felipe Neri, o Convento Mirador La Recoleta e sua feirinha, dentre outros pontos turísticos conhecidos. Fiz tudo andando, pois, na maior parte do tempo, as ruas eram retas. Uma dica para câmbio: vá até o Mercado Central de Sucre. Ao redor, tem uma sorveteria, a única por sinal. A cotação estava 11,35 por dólar, e para real estava 1,85. A feirinha lá do Mirador La Recoleta vale muito a pena, porém tem que negociar. Consegui alguns souvenirs assim, na base do choro. Se possível, compre os chocolates para ti, é o mais famoso em toda a Bolívia, e em Sucre é mais barato devido às lojas direto da fábrica. Com toda certeza, essa é a cidade mais bonita de toda a Bolívia. Sua arquitetura única, ruas estreitas com calçadas de paralelepípedos… É chamada de Cidade Branca. Só indo lá para entender. Eu voltei para o meu hostel bem no final da tarde, já tinha feito tudo o que queria. Estava com muita fome e uma sede desgraçada. Chegando ao hostel, fiquei descansando até dar o horário de fazer meu checkout, que, na minha cabeça, ia ser por volta de 20h. Porém, para minha surpresa, tinha uma brasileira no meu quarto. Ficamos conversando ali até 21h mais ou menos, porém, até então, eu não tinha comprado a passagem para Uyuni. Eu ia meio que na sorte e comprar direto. Quando estava saindo, vi no site Tickets Bolivia que o último ônibus era para 22h30. Eu fui andando com duas mochilas até a rodoviária, não passava um táxi sequer. Quase morri de andar com todo aquele peso... Chegando lá, para minha surpresa, as únicas empresas que fazem esse trajeto não tinham mais passagem ‘0’ (é, azedou). Não fiquei desesperado nem nada, pelo menos no momento. Comecei a pesquisar passagem para Potosí e, em seguida, Oruro, porém também não tinha mais à venda. Imediatamente, mandei mensagem para o hostel em que estava e pedi mais um dia. Porém, eu não saí da rodoviária no momento, fiquei na porta do embarque esperando alguma passagem para venda ou alguém que tivesse desistido de ir para Uyuni. E sim, apareceu um rapaz depois de um tempo me oferecendo a passagem dele por 100 BOBS, basicamente o mesmo preço que pagou. A empresa de ônibus era EMPERADOR, muito boa por sinal, era semi-leito dessa vez. Mesmo sendo muito confortável, eu não consegui dormir muito bem. Acordei várias vezes durante a noite. A viagem em si foi tranquila tirando essa parte. Chegamos ao Uyuni por volta de 6h. Gastos do dia: Taxi rodoviária: 10 BOBS Hospedagem: 50 BOBS Alimentação: 84,5 BOBS Chip ENTEL: 55 BOBS Passeios e extras: 124,5 Ônibus para o Uyuni (Emperador): 100 BOBS A sorveteria que fiz câmbio Dia 2 e 3 - Salar de Uyuni Finalmente chegamos a Uyuni. A viagem foi tranquila, porém, novamente, não consegui dormir Ainda não sou muito bom com isso, mas um dia vou aprender a dormir em um ônibus sem precisar me entupir de Dramin e afins. Estava um "pouco" frio quando cheguei, nada que eu já não esteja acostumado com o frio do sul. Fui andando até a avenida principal, onde ficam todas as agências de turismo de Uyuni. Depois de alguns minutos, vi uma moça do lado de fora de um café, e ela me chamou para entrar, dizendo que também tinha uma agência de turismo. Como estava com fome e "cansado" da viagem, resolvi entrar. O lugar era bem aconchegante e limpo. Fiquei ali até umas 8h, 8h30, escrevendo em meu diário, até que resolvi sair para fazer cotações. Eu já sabia que os preços estavam mais altos do que o normal devido às chuvas. Fui a várias agências, mais de 15 por sinal. O passeio de três dias era praticamente o mesmo em todas, e o preço médio que encontrei foi de 1.150 BOBS, mais 162 BOBS de taxas dos parques. O passeio de um dia variava entre 120 e 300 BOBS, dependendo da agência. Algumas levavam bicicletas, o almoço era feito no meio do salar, e as fotos eram tiradas com uma câmera boa — então, em relação ao passeio de um dia, essas eram as diferenças. Como eu disse anteriormente, mudei meu roteiro várias vezes, e essa foi uma delas. Inicialmente, faria o passeio de três dias, mas, devido ao valor, comecei a cotar o de dois dias, que variava entre 680 e 750 BOBS. Porém, eu sabia que, se deixasse para fechar de última hora, poderia conseguir um valor melhor, já que as agências costumam dar descontos para completar os carros e iniciar o passeio. Então, parei de procurar agências e fui a algumas farmácias comprar água, além de passar em uma casa de câmbio. Me perdi no mercado municipal — lá é muito louco, no mesmo lugar onde se vende um DVD de qualidade duvidosa, também vendem cabeça de porco. Eram por volta de 10h15 quando voltei a procurar agências para fechar o passeio. A agência que eu queria já tinha o carro cheio. Depois de um tempo, uma moça me perguntou se eu estava sozinho e para qual passeio eu queria. Eu disse que estava entre o de um dia e o de dois dias. Para minha sorte, ela tinha uma vaga disponível para cada um. O preço inicial para o passeio de dois dias era 750 BOBS, e então entramos em uma longa negociação de 15 minutos. Resumindo, ela aceitou me vender por 500 BOBS, pois ninguém apareceu na agência até o horário de saída dos carros. O Salar Começamos pelo cemitério de trens, e, por sinal, foi o que eu menos gostei. Não pela sua história, que é sim interessante, mas pelo lugar em si, que é só um espaço com trens onde você pode pegar tétano e fazer fotos "instagramáveis". Depois disso, fomos a Colchani, onde tem a feirinha do salar (recomendo) e onde você aprende como é feito o processamento do sal, além de visitar o museu. Essa feirinha é muito boa para comprar souvenirs, seja para você ou para a família toda — desde que saiba negociar. Basicamente, nada tem preço fixo. Almoçamos em um hotel de sal, que também foi o lugar onde dormimos na volta do salar. É um pouco difícil descrever a sensação de ver o salar pela primeira vez e sua imensidão. Tive a sorte de pegá-lo espelhado, o que rendeu fotos incríveis. E o pôr do sol foi um dos mais lindos que tive o prazer de ver. Devido às chuvas, os carros só andavam a 15/20 km/h, então tem que ter paciência. Qualquer mudança de trajeto significava 1h30 de distância das outras paradas. Visitamos os monumentos no meio do salar, o famoso monumento Dakar e a praça das bandeiras. Faz um calor da desgraça, então vá preparado com roupas com proteção UV e segunda pele, pois na sombra você morre de frio. Retornamos à noite para o hotel de sal. Já fazia um tempo que eu não estava me sentindo bem, então tomei alguns remédios e fui dormir. De manhã, estava pior. Avisei meu guia, que usou um oxímetro para medir minha saturação — estava em 68%. Ele conversou comigo e perguntou se eu queria parar ali ou continuar. Eu disse que queria continuar e, se piorasse, que me levasse até Oruro. O passeio do segundo dia então começou. Visitamos uma igreja de arquitetura colonial, a Lagoa Verde, as águas termais e, sim, teve flamingos. Já quase no final do passeio, eu estava me arrastando e pedi para o guia me levar até Oruro. Eu poderia ficar por ali no hospital ou seguir para La Paz, mesmo sabendo que era arriscado. Decidi seguir viagem até La Paz e fui direto para o hospital. Depois de receber oxigênio e medicação, o médico me recomendou ir até Coroico se eu não melhorasse. Resolvi ficar em La Paz repousando na parte da manhã, até porque estava uma chuva chata. Gastos do dia: Alimentação: 41 BOBS Passeios e extras: 614,5 BOBS Ônibus para o La Paz (Flota Urus): 30 BOBS Dia 4 - La Paz e Copacabana Depois de tomar café da manhã, já estava me sentindo um pouco melhor. Passei a manhã escrevendo, já que a chuva lazarenta não parava por nada. Depois de um tempo, conheci alguns brasileiros e decidi sair com eles um pouco. Visitamos alguns museus, igrejas, praças e até andamos de teleférico. Antes de sair do meu hostel, já tinha feito o checkout e deixado minhas mochilas em um armário na recepção. Só voltei lá para pegá-las e chamar um Yango que custou 8 BOBS. Conversei com algumas pessoas sobre onde pegar a van/ônibus para Copacabana e descobri que é no Cemitério General de La Paz, que ficava a mais ou menos 2 km do meu hostel. Essa dica é interessante, porque de lá você pode sair para Copacabana a qualquer hora do dia, diferente do terminal de ônibus de La Paz, que só tem horários bem cedo pela manhã (6h30/7h30). Peguei uma van por 25 BOB até Copacabana. Já vou avisando de antemão: os motoristas são MALUCOS! Parece que estão no Velozes e Furiosos—a cada curva na contramão, um infarto. Fora que, para mim, que sou um cara "grande", fui espremido no banco de trás com minhas mochilas, mais as mochilas e sacolas do povo que ia junto. O trajeto dura mais ou menos 3 horas e, no Estreito de Tiquina, é necessário pegar um barco, que custa 2 BOB. Depois, a gente volta para a van e segue até Copacabana. Mesmo com vários infartos no caminho, depois de um tempo dá para apreciar uma vista linda—para quem senta do lado esquerdo da van, fica ainda melhor (ajuda a distrair a cabeça). Cheguei em Copacabana e fui direto para o meu hostel, o Bella Vista. Não era muito barato, mas, depois de uma negociação, paguei 35 BOB. Eu estava sozinho no hostel, e o anfitrião aguardava a chegada de uma moça do Chile e um pessoal de Israel. Tomei um café da tarde com ele e pedi orientação sobre como subir o Cerro Calvário. Ele me deu um mapa e explicou um jeito "mais fácil" de subir, indo pela direita do cerro, em vez de pegar a subida depois da praça principal. Mesmo assim, foi um sofrimento! A cada cinco passos, meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu sabia que ainda não estava bem por causa da altitude, mas era algo que eu queria muito fazer. Demorei mais de uma hora para subir, pois precisava parar para recuperar o fôlego, tomar água. Quando finalmente cheguei ao topo... nossa, que vista linda! Dá para ver toda a cidade de Copacabana e o Lago Titicaca, é realmente impressionante. Fiquei ali até o pôr do sol. Antes de voltar para o hostel, decidi comer na rua. Fui a vários restaurantes procurando a famosa truta do lago, mas estava MUITO cara—pelo menos nos lugares onde pesquisei, os preços variavam de 80 a 120 BOB. Acabei comendo um hambúrguer mesmo, que foi suficiente para encher o buxo. Queria sair cedo no dia seguinte, por volta de 8h30, já que o primeiro barco saía às 10h custa 30 BOBS. Gastos do dia: Transporte por aplicativo : 8 BOBS Hospedagem: 35 BOBS Alimentação: 42 BOBS Passeios e extras: 36,5 BOBS Van para o Copacabana : 25 BOBS Dia 5 e 6 A Ilha do Sol Depois de acordar e tomar café, descobri que, para onde eu ia, não tinha barco nesse horário—só às 13h. Meu destino era a comunidade Yumani, com parada em Pilkokaina, mas acabei comprando o bilhete errado -_-. Fui parar no porto sul, que fica mais à frente, e só me dei conta disso depois de passar pelo Templo do Sol. Mas tudo bem, eu estava na Ilha do Sol pelo menos. No barco onde eu estava, tinha um guia comunitário chamado Roberto. Caso tenham a oportunidade de conhecê-lo, façam o tour guiado, vale muito a pena. Quando cheguei à ilha, estava sem internet, mas tinha salvo o Maps offline. Para chegar à minha hospedagem, eu tinha duas opções: ir pela Escadaria Inca, que eu sabia que ia sofrer, ou procurar um caminho alternativo. No caso, o Caminho dos Burrinhos—um trajeto paralelo ao desembarque do Porto Sul, feito em zigue-zague para os burrinhos descerem até o porto e pegar mantimentos. Mesmo sendo mais fácil, eu sofri. Estava com duas mochilas e mais 6 litros de água. Demorei para chegar ao Campo Santo que custou 140 BOBS. Depois de arrumar minhas coisas, fiquei descansando e tomando chá de coca, com uma vista linda bem na frente do meu quarto. Mais tarde, decidi jantar no famoso restaurante Pachamama. Posso dizer que foi o MELHOR prato que comi até então! Pedi a truta preparada com limão. Tive que pagar com o cartão Wise porque esqueci a carteira no meu quarto. Deu 50 BOB. Fiquei ali até o pôr do sol, escrevendo. Voltando para meu hostel, arrumei minhas coisas para dormir e percebi uma coisa quando olhei para cima: as estrelas. Nossa, eu nunca tinha visto um céu tão lindo como aquele. Usei minha câmera para fazer um timelapse das estrelas e tirar algumas fotos—foi incrível. No dia seguinte, acordei para tomar café da manhã e voltei para a cama. Estava um pouco frio e ainda não me sentia bem por causa da altitude. Na parte da tarde, decidi fazer o tour guiado com o Roberto, mas, como era sábado, ele não estava fazendo o passeio. Fiquei lá no porto conversando com ele, e ele acabou decidindo fazer um tour privado comigo. Foi incrível e cansativo também—subi e desci a Escadaria Inca mais de uma vez. Depois de um tempo, ele me apresentou seu amigo, o guia Álvaro, e continuei o passeio com ele, desde o Templo do Sol até o lado norte da ilha. Valeu MUITO a pena! Hospedagem: 220 BOBS Alimentação: 120 BOBS Passeios e extras: 36,5 BOBS Dia 7 a 15 Retornando da Ilha do Sol, decidi não continuar minha viagem para La Paz. Estava chovendo MUITO, e eu não queria fazer nada com pressa. Então, decidi ficar mais um dia em Copacabana para descansar no meu descanso. Na parte da tarde, resolvi explorar a cidade e fiquei na rua até de noite, quando encontrei um restaurante legal para comer por 35 BOBs, o Juyra Café Bar. O hotel onde fiquei custou 80 BOBs e se chamava Utama. A região estava toda lotada, então foi o único que consegui. No dia seguinte, tomei um café muito bom, porém "caro", custou 37 BOBs. O nome do lugar era Pit Stop, bem próximo da praça onde param as vans. Logo depois, fui apedrejado por uma chuva de granizo. Kkkk. Depois de me recuperar das pedradas, peguei um ônibus para voltar a La Paz. Novamente fiquei alguns dias no Hostel Lobo e paguei 43 BOBs pela diária. Este hostel oferece serviço de lavanderia, que custava 8/10 BOBs por kg. Eu deixava as roupas pela manhã e as retirava à noite na recepção. Existem outros lugares que fazem esse tipo de serviço, porém eu usava o do hostel pela facilidade. Basicamente, nesses dias em La Paz, fiz vários passeios, alguns pagos e outros não. Conheci muitos museus, restaurantes e lugares aleatórios. Se alguém tiver a oportunidade de ir à Feira 16 de Julho, é muito interessante e caótica. Ela acontece toda quinta e domingo. Passeios como Chacaltaia e Laguna Esmeralda eu já tinha conversado com vários turistas e agências para ter uma noção de como estavam, e sinceramente fiquei bem desanimado com as fotos, vídeos e comentários. Então, decidi não fazer nenhum desses. Estava um clima horrível, toda hora chovia ou ficava garoando. A única escolha que tinha era fazer a Estrada da Morte de bike, que por sinal, eu estava bem animado de fazer lá no começo da viagem e durante a fase do planejamento. No entanto, cheguei à conclusão de que não era isso o que eu procurava. No geral, mesmo depois de 7/8 dias na Bolívia, ainda estava sentindo a questão da altitude, porém de uma forma bem leve. Era como se eu fosse um jogador de futebol, porém fumante. Até pensei em fazer o Pico Áustria ou algum semelhante, mas deixei para decidir na última hora. Tentei ir sozinho até o Vale de Las Ánimas, mas tive que mudar meus planos. Estava chovendo MUITO, então retornei para o centro e fiquei andando pelas galerias. Me perdi por algumas galerias procurando o "famoso" café boliviano. Achei, nas feiras de rua, desde o café Copacabana, que custava 10 BOBs, até alguns cafés "gourmet" por 200 BOBs. Se eu comprasse um desses, ia ter que durar um ano. Como meu objetivo nos últimos dias era "encontrar café", depois de várias andanças, encontrei um bom e barato: o Café Royal, que fica próximo ao El Prado Capsule Hostel. Fiz o passeio das cholitas, que, por sinal, é muito engraçado. Paguei 70 BOBs. É tipo um WWE, porém das cholitas. Tem soco, voadora, mortal, tapa na cara, tudo o que uma luta nesse estilo tem direito. O problema foi chegar lá. Era exatamente uma quinta-feira, então pegamos o trânsito caótico de El Alto. Era cerca de 30 minutos para andar 50 metros. E o nosso motorista ainda fez a proeza de andar por quilômetros na contramão atrás de uma ambulância cortando caminho. Isso foi loucura! Se o Detran pega, já era a carteira. Sobre a comida, economizei bastante comendo na rua e pesquisando. Sempre gostei de ir onde o povo estava e nunca tive problemas com isso. Alguns dias, almocei no Danny Says e pegava o menu do dia, que custava 30 BOBs — uma sopa de entrada, prato principal e um suco. Outros dias, eu almoçava ou jantava na rua mesmo, era muito aleatório, porém a média de valores por refeição era entre 15 a 25 BOBs. Fui também com um amigo no Brosso, que tem de tudo lá, desde sorvetes, bolos, até porções. O ambiente e a música são bons e, no geral, o preço é bom. Para quem gosta de beber, as cervejas são caras. Só consegui beber no último dia em La Paz, no Invictos Sport Bar. Tinha chopp em dobro, hambúrgueres, porções. Era bem próximo do El Prado Capsule Hostel, onde eu estava no meu "último" dia em La Paz, e me custou 60 BOBs. Tive problemas com a polícia, desde ficar sem passaporte até pegarem meu dinheiro. Isso, especificamente, ainda vou escrever em detalhes no relato. O ônibus de retorno para Santa Cruz foi um caos: problemas mecânicos durante a serra, no sentido Cochabamba e Santa Cruz, pneu furado, motorista que parava para dormir, criança que vomitou na escada do ônibus, banheiro que quebrou... Foi tenso. No último dia na Bolívia, fiquei no Travelo Hostel apenas para descansar dessa longa viagem e sair mais à noite para ir ao aeroporto dormir. Como cheguei cedo, por volta de 20h30, 21h30, fiquei dormindo no chão mesmo até as 3h00, mais ou menos, até o pessoal do embarque liberar a entrada. Minha última refeição em terras bolivianas foi um açaí. O fato de eu não seguir um roteiro "fixo" da metade da minha viagem até o final foi muito interessante. Não ficava preso a horários, compromissos. Eu apenas pegava "minha" mochila pequena, com água, power bank e meu diário, e ia andando sem destino certo (me perdi várias vezes). Uma hora, eu só ia andando, outra hora pegava um ônibus sem olhar a placa para onde ia, outra hora entrava em uma van que apenas estava escrita com um destino que eu tinha ouvido falar. Conheci muita gente dessa forma. Até entrei na casa de uma senhora para ficar conversando com ela e tomar um chá de coca. Conheci um pintor de rua que estava pintando uma adaptação de um quadro e fiquei por ali, conversando e ajudando ele a pintar. Isso foi em uma galeria aleatória que entrei no Museu da Coca, na rua das bruxas. É só um exemplo de tantas coisas aleatórias que fiz por lá. Sim, tive medo de muitas coisas durante a viagem: de me perder (me perdi), de perder os ônibus (perdi), de ficar sem internet (fiquei), de ser roubado (sim, fui), de passar mal devido à altitude (aqui vacilei), porém nada disso me impediu de ir, de seguir com meu sonho. Às vezes, a vida nos convida a sair do caminho seguro e previsível, nos forçando a abraçar a incerteza. O medo, os obstáculos e as dificuldades são parte do processo. Afinal, ao olhar para trás, percebo que as melhores memórias não estão nos roteiros mega planejados, mas nas escolhas espontâneas nos momentos em que me permitia ser guiado pela aleatoriedade da vida. Porque, no final, a viagem não é sobre os lugares que visitamos, mas sobre quem nos tornamos ao longo do caminho. Uma boa viagem a todos. Custo total da viagem: 150 USD 3559,3 BOBs ± 1.935 reais- 31 respostas
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Fala pessoal, tudo bem? Estou partindo para esse mochilão em julho e tenho intenção de fazer algumas altas montanhas em La Paz, especificamente o Pico Tarija+Pequeno Alpamayo e Huyana Potosí. Alguém passou por lá recentemente e indica alguma agência? Se tiver informações de valores também fico agradecido. Além disso, é possível fechar o tour do salar de uyuni (2 dias), saindo de uyuni e finalizando no atacama? Necessário agendar ou consigo ver chegando lá? (pego um ônibus de la paz para uyuni e de lá pretendo chegar no atacama através do tour) Obrigado!
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Fechei passagem para o Chile dos dias 18/05 até 29/05 e topo cias para divisão de passeios. Ainda não estou com roteiro definido mas pretendo fazer os passeios do Atacama + 4 dias Salar do Uyuni.
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Olá! Estarei em La Paz do dia 3 a 9 de Abril/2024. Será minha primeira viagem internacional sozinha. Gostaria de dicas em relação a câmbio, cartões de crédito, sobre fechar passeios antes ou lá na hora, clima neste mês, certificados de vacinas e etc.. Ficarei apenas em La Paz e pretendo fazer passeios que dá para serem feitos em um dia. Dei uma pesquisada e creio que conseguirei fazer o tour pela cidade, o tour de bike pela estrada da morte, tour de um dia pela Isla de sol e Copacabana, Charquini+Laguna Esmeralda OU Chacaltaya+Vale da Lua, e deixarei dois dias para ir até o tour de um dia pelo Salar de Uyuni (não sei se compro o tour fechado direto de La Paz, ou se compro passagem pra lá e depois o passeio direto na agência assim que chegar).
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Um sonho - Pré viagem - Bolívia 2024/2025
Bruno Biguelini postou um tópico em Bolívia - Relatos de Viagem
Buenas tropa, Tinha botado na parte de "Companhia para Viajar" mas fui escrevendo e virou um relato pré-viagem, então estou passando para cá o que coloquei lá e seguirei colocando 😊 Não sou de falar muito... mas gosto de escrever... talvez não com um português impecável.... mas como falaria... Faz mais de 12 anos que pretendo ir a Bolivia.... porque? sempre me perguntam... e quase nunca tenho uma resposta na ponta do lápis.... lá no inicio quando pensava em ir talvez não tivesse cabeça... e muito menos $$$.... até ano passado (2023) esse sonho estava adormecido.... mas ele acordou... mas por ventura e dormiu de novo.... por botarem na minha cabeça que tudo seria difícil, desisti.... e no fim entrei num relacionamento que piorou tudo.... mas enfim depois de algumas (várias) sessões de terapia hehe.... botei na cabeça que não passa de 2024 esse sonho para se tornar realidade... Já estou quase com as passagens da BoA compradas.... Minha ideia é fazer um mochilão quase raiz lá, gastar o mínimo e aproveitar o máximo nesse tempo.... vale salientar que é época de chuva e época de festas.... mas são detalhes técnicos hehe... pq segundo algumas agencias de lá, segue normal os pacotes do Uyuni e a Estrada da Morte. Pretendo ir para a Bolivia fim do ano... la pelo dia 20-21/12/24 até 04/01/25. Pretendo entrar e sair por La Paz e passar o Natal e o Ano Novo entre La Paz e Uyuni. Pretendo sair do Rio Grande do Sul... e sair de SP com BoA (Boliviana de Aviacion) até La Paz e na volta também... Minha intenção: 1º Salar de Uyuni (tur de 3-4 dias) 2º Estrada da Morte 3º Enfrentar algum Pico... talvez o Austria... 4º Conhecer La Paz 5º Se sobrar $$$ e tempo... lago Titicaca Meu Insta/Face é Bruno Biguelini ... só tem um hehe Abçs -
Segurança na Bolivia
Isabela selegar postou um tópico em Mochilão América do Sul - Relatos de Viagem
Ola pessoal, tudo bem? Eu vou para Bolívia em fevereiro e queria saber a opinião de vocês sobre a segurança do país. Especialmente sobre se vocês presenciaram alguma situação perigosa ou se tem algo que merecia mais atenção -
Oi, gente. Estarei na Bolívia nas ultimas semanas de Dezembro. Alguns dias estarei por La Paz, noutros, em Uyuni. Se alguém quiser fazer algum passeio durante este período, ou apenas trocar sobre os destinos, me coloco sob total disposição. Abraços.
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Galera, estou planejando em abril alugar um carro em Juliaca (Peru) para ir pra Puno e Copacabana. Tem muita burocracia para cruzar a fronteira? Algué contraindica esse roteiro? Abs e obrigado desde já.
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Após a minha última aventura quando fui sozinho para a Carretera Austral no Chile eu fiquei sem viajar nas minhas férias seguinte. Sou professor e sempre tenho férias em dezembro/janeiro. Fiquei os 45 dias de férias triste e desanimado. Eu vendi a minha Ranger pois ela estava com um problema que poderia estragar o motor. Em seguida eu comprei a minha Toyota Hilux SW4 4Runner 2.7 a gasolina em outubro. Fiz a revisão inicial, troquei os pneus e isso tudo deu uns 5 mil. Não poderia viajar sozinho naquelas férias. Tentei de todo modo buscar companheiros para a viagem, porém não consegui. Ainda bem que não consegui... Um mês depois das férias o motor da Toy queimou a junta do cabeçote como que por mágica. Em nenhum momento ele ferveu ou esquentou a ponto de acontecer isso. Arrumei o problema e lá se foram mais $$$$$. Em julho coloquei um anúncio no grupo de professores do Parana do facebook procurando companheiros para a viagem. Inicialmente várias pessoas se interessaram, mas uma apenas fechou que iria. Depois essa professora, a Beatriz Goes, conseguiu mais um amigo professor para ir junto, o Edmar Lucas, ambos de Ponta Grossa - PR. A coisa complicou pq em outubro a Toy deu problema de novo. Queimou a junta do cabeçote outra vez. Dai eu ga$$$tei muito mais que da primeira vez para ver se não acontecia novamente. Aproveitei e fiz a embreagem, mandei revisar e limpar o radiador etc. Até o final do ano eu praticamente zerei tudo o que pudesse dar problemas na Toyota. Em outubro coloquei um anuncio aqui no Mochileiros para achar mais um companheiro de viagem. Em novembro apareceu o santista Adriano Lizieiro e fechamos o grupo. E para melhorar mais ainda, O Glauber e a Érica com sua Chevrolet S-10 a gasolina se juntaram a nós para formarmos um grupo de duas viaturas na viagem. Muito mais seguro. Isso me ajudou muito quando tive um problema na Toy. Saímos no dia 28/12/2015. Segue o relato.
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Pessoal, decidi fazer algum curso de imersão de 2 meses, ainda estou escolhendo entre Colômbia e Bolívia, mas queria saber se mais alguém já fez isso aqui e se pode falar um pouco sobre como foi a experiência, o que recomenda, quais escolhas recomenda, quais cidades recomenda. Muito obrigado, pessoal!
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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E depois de 7 meses da viagem e tanto postergar vou enfim postar o relato da nossa viagem. Contextualizando.. após conhecer esse site em algum momento da minha vida, comecei a ver os relatos de viagem do clássico mochilao América do Sul e desde então passei a me interessar sobre esse roteiro e após algum tempo, enfim surgiu a oportunidade perfeita de datas, comecei a planejar o passeio. Um dia que estava em casa com meus pais, comentei sobre a tal viagem, foi aí que recebi um pedido inusitado do meu pai “Posso ir com você filho?” e após a pergunta logicamente começamos a planejar juntos o mochilao, que agora era nosso!! A maior parte do relato foi escrita pelo meu pai, ele escrevia todos os dias um pouquinho, então acho que não deixamos o tempo apagar os detalhes. Espero que curtam e que possa ajudar de alguma forma e se tiver dúvida, sugestão ou se só quiser trocar uma ideia sobre responde aqui ou então manda uma mensagem la na nossa dm @celsobotelhos @danielbotelho23 MOCHILÃO PAI E FILHO Por: Celso Botelho da Silva e Daniel Gomes Botelho Em um belo dia num bate papo informal, meu filho Daniel, um jovem garoto, me confessa seu sonho de fazer uma viagem num estilo bem leve, sem protocolos, sem luxos, sem apegos, ir a lugares certos e incertos. Eu, um pai idoso e aposentado, com 61 anos, senti naquele momento vir a tona o meu espírito adormecido de também querer percorrer caminhos desconhecidos, novas culturas, novos povos. Naquele momento selamos nossos sonhos, começamos a traçar nossos roteiros e assim começou essa história de sair por aí. Os problemas começaram a surgir e por pouco quase desistimos. O roteiro era o tradicional mochilão Bolívia-> Chile -> Peru. Porém, às vésperas da viagem surgiram notícias sobre os protestos e manifestações por quase todo o Peru, principalmente na região que iríamos: o sul do país. Ficamos alguns dias na dúvida, mas decidimos seguir viagem com roteiro programado apenas até São Pedro de Atacama e de lá, dependendo da situação peruana, seguiríamos ao Peru ou então seguir no Chile, para Santiago. Pensando nisso, optamos por não comprar a passagem de volta. Decisão tomada, mochila arrumada e pé na estrada. DIA 01 - 29/01/2023: RUMO A CIDADE DE UYUNI E O MAL DA ALTITUDE. No Aeroporto de Guarulhos/SP - pai e filho Saímos do Aeroporto de Guarulhos/SP às 10:15 hs com destino a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia e lá pegamos um vôo para a cidade de Sucre, onde chegamos por volta das 17:00 hs. Para nossa surpresa, ao desembarcar da aeronave e caminhar até a sala de espera, comecei a sentir um desconforto e imediatamente sentei-me numa cadeira. Era o mal da altitude - o tão famoso soroche. Daniel, que é médico, mediu minha saturação e deu 92. Então fiquei sentado e ele foi comprar água e medicamento. Ao retornar notou meus lábios ficando roxos e as extremidades dos dedos dessaturando e ficando também arroxeadas. A saturação já tinha caído para 85 em poucos minutos...tudo muito, muito rápido. Demos mais um tempo, pegamos um táxi e fomos ao centro de Sucre. Daniel comprou medicamento para evitar o soroche ( dexametasona 4mg e soroche pills) e tomamos ali mesmo. Fomos almoçar e eu já estava bem melhor. Dali seguimos caminhando para a rodoviária, pois nosso ônibus para Uyuni iria partir às 21:00 hs. Ficamos surpresos com o trânsito caótico e como uma rodoviária poderia ser tão pequena e confusa, mistura de embarque com desembarque, ônibus sem indicação nos painéis dos locais de destino e tem uns homens que ficam gritando o tempo todo pelos passageiros. Um verdadeiro caos. Nosso ônibus, da empresa Emperador, atrasou e saiu às 21:40 hs. O banheiro sem água e papel higiênico (ficou aquele cheirinho) e tinha uma criança dormindo no corredor, além de várias bagagens espalhadas pelo chão. Trânsito caótico nas proximidades da rodoviária de Sucre INN: O almoço em Sucre, restaurante simples, comida boa e barata. OUT: Soroche - o mal da altitude. DICAS: Começar a tomar o remédio para soroche um dia antes de chegar na Bolívia. Caso venha por Sucre, comprar as passagens do ônibus para Uyuni pela internet, assim passará menos sufoco na rodoviária. Trocar dinheiro já no aeroporto de Santa Cruz, cotação justa e facilita pagar o táxi e demais despesas em Sucre. FIQUE ATENTO: Ao fazer a imigração em Sucre, estavam exigindo comprovante de vacinação da COVID.
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Olá, pessoal! Depois de alguns anos de espera, planejamentos, pesquisas e dicas de alguns de vocês daqui do fórum, finalmente saiu minha viagem pra Bolívia 🙂. Sei que já são inúmeros relatos de viagens a esse país, mas pode ser que algumas experiências que tive sirvam pra alguém. Então, aqui vai... A viagem começou em 10/10/2023 chegando de avião a Santa Cruz de La Sierra. A entrada no país foi muito tranquila, inclusive, nem pediram o comprovante de vacinação da febre amarela (nem na chegada, nem em qualquer outro momento da viagem). Cheguei perto do horário do almoço e no aeroporto mesmo já troquei um pouco de dinheiro e comprei o chip do celular (poderia ter esperado para comprar o chip depois... provavelmente teria gastado menos). Fiquei hospedada no Nomad Hostel. Localidade ótima, muito pertinho da Plaza 24 de Septiembre, mas achei o quarto um pouco sujo e no final não gostei do tratamento de um dos donos quando voltei para devolver a chave que havia esquecido (e ele também não se lembrou de cobrar em nenhum momento). Bom, em Santa Cruz conheci a Catedral, subi as escadas para ter a vista da cidade, fui ao museu de arte sacra (fica ali mesmo na catedral), ao Museu da Independência, ao Manzana Uno Espacio de Arte (galerias de arte em um espaço bem gostoso), à Casa Municipal de Cultura Raúl Otero Reichi. Fiquei mais nisso mesmo... fui com poucas expectativas pra Santa Cruz, então acabei separando apenas 1 noite pra ela. Depois vi que poderia ter ficado mais 1 dia pra explorar um pouco mais, porém não me arrependo, porque não foi uma cidade que me chamou muita atenção. De comida, gostei absurdamente da lanchonete Buddah Bowls. É totalmente vegano (sou vegana), tem muita coisa gostosa e fica em um espaço colaborativo muito gostoso! Ah, o app de transporte mais usado lá é o Yango. No dia seguinte, dia 11/10, fui pra Samaipata. Peguei um trufi para ir até lá (veículo maior que um doblô e menor que uma van - deixo aqui as infos do maps de uma das empresas de transporte: Expreso Samaipata https://maps.app.goo.gl/JhzXKVHujE2NtbPc9). São cerca de 3h de viagem. Achei bastante tranquila e tive a sorte de ir ao lado do motorista, ahaha. Quanto mais próximo de Samaipata, mais bonitas as paisagens. O motorista Erick foi bastante simpático e até me levou (mediante pagamento, claro) para alguns lugares lá na cidade). Um querido mesmo! Samaipata é uma cidade pequenina, bastante aconchegante e fofa. Cheguei lá no começo da tarde e fiquei hospedada no Yvy Casa Hotel. Lugar delicioso e café da manhã incrível mesmo para pessoas veganas. Depois de instalada, fui a pé para a praça central da cidade pra comer algo (no Tía María) e em seguida fui conhecer o El Fuerte, um sítio arqueológico que foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Infelizmente não consegui fazer a visita guiada por conta do horário, mas tem placa por todo lado. Vale muito a visita tanto pelo contexto histórico quanto pelas paisagens. Depois de lá, conheci o Museu Arqueológico de Samaipata e dei uma volta pela cidade. Jantei no restaurante La Chakana e comi o (único ahah) melhor risoto de quinoa da minha vida!!! No dia 12/10, fui conhecer o Refugio de Colibríes (25 bolivianos). É um projeto de conservação de beija-flores desenvolvido por um biólogo e sua família. Simplesmente começaram a reflorestar o local onde vivem já há alguns anos pensando na conservação dessas pequenas aves. Para quem gosta de observar aves e desses temas de meio ambiente, vale muito a pena. Não sei quanto tempo fiquei, mas foi uma delícia pode ver tantos deles em um curto espaço de tempo. E não só eles, mas também outras aves. Após esse passeio delicioso, voltei pra cidade, fiquei mais algumas horas e logo voltei a Santa Cruz para seguir viagem. Sobre Samaipata, posso dizer que me arrependo amargamente de não ter ficado mais dias (pelo menos mais 1 ou 2). No mesmo dia (12/10), peguei um voo para Sucre saindo de Santa Cruz (lá troquei mais um pouco de dinheiro para aproveitar o câmbio, porque havia lido que nas próximas cidades pelas quais passaria não seria tão bom quanto em Santa Cruz). A diferença de valor de avião e ônibus não estava tão grande, então, para ganhar tempo, resolvi ir de avião mesmo. Comprei a passagem direto no escritório da cia aérea (Boliviana). Cheguei a Sucre no fim da tarde e tive uma péssima surpresa. Cheguei ao Hostel Colors House e dei de cara com a porta fechada. Ninguém atendia. Resolvi mandar mensagem no whatsapp e em alguns minutos apareceu um rapaz do nada do meu lado na calçada e me disse que não poderia me hospedar porque o teto do hostel havia caído, mas não me disseram nada previamente em momento algum. Passei por uns 3 hostels e todos sem vaga. Acabei me hospedando em um hotel mesmo por falta de opção e pelo cansaço de andar com um mochilão nas costas. Hospedagem resolvida (ainda que contrariada em ficar em um hotel em Sucre), saí pra comer e mais tarde fui ao Joy Ride Café para aulas gratuitas de salsa e bachata 💃. Foi divertidíssimo e de quebra foi onde conheci um colombiano com quem vivi uma história muito gostosa ☺️. Fiquei em Sucre até o dia 14/10 e visitei a Plaza 25 de Mayo, Museu da Arte Indígena, Museu do Tesouro, La Recoleta, Parque Simon Bolivar, Museu da Casa da Liberdade, Catedral, o prédio do governo, Museu Nacional de Etnografia e Folclore, Mercado Central, Palacio de la Florida e Castillo de La Glorieta. Lugares que comi: El Germen, Doña Franca (estão um ao lado do outro) e Bienmesabe (a melhor arepa da vida). Adorei a cidade! Gostei muito de poder andar pra cima e pra baixo a pé, aquelas ladeiras enormes hahaha, e um lugar muito vivo, cheio de vida. Dia 14/10 peguei um ônibus para Potosi e cheguei lá no começo da noite se bem lembro. Fiquei hospedada no Los Faroles Hostal. No geral, gostei, mas cheguei e tinham me mudado de quarto sem me informar, mas ok, não tive nenhum transtorno por isso e o hostel bem localizado. No dia seguinte (15/10), saí para explorar um pouco a cidade. Conheci a Plaza 10 de Noviembre, a Catedral e pela tarde fiz um tour a pé com a agência Koala Tours. Como era domingo, muitos lugares estavam fechados, mas mesmo assim foi bem legal, até porque acabei conhecendo um israelense muito querido. Passamos por muitas igrejas, pelo Arco de Cobija, fomos a um hostel para ver a vista panorâmica da cidade. No final, pedem um valor a critério do turista. No dia 16/10, meu último dia na cidade, conheci a mina de prata Candelaria (em pleno funcionamento) e a Casa de La Moneda. Conhecer a mina é uma experiência bastante diferente e ao mesmo triste pelas condições nas quais os mineiros trabalham (nada novo sob sol considerando também a realidade do nosso país etc). Se você não curte lugares apertados e muito fechados, não vá. Eu não quis descer para o "piso" de baixo porque era ainda mais apertado e pra mim já tinha válido a experiência até aonde eu tinha ido. Destaque para o guia Julio... queridíssimo! (fiz a mina também pela agência Koala Tours). Comida em Potosi: Koala Café. A maior parte das minhas refeições foram lá. Mais uma despedida pelo caminho e no próprio dia 16/10 segui viagem rumo a Uyuni, a tão esperada Uyuni 😍. Fui de ônibus, saí à tarde (não lembro o horário) e cheguei a Uyuni no começo da noite. Fiquei hospedada no hostel Beliz Inn apenas para passar a noite, mas não gostei. Apesar de serem atenciosos, o quarto estava muito fedido e o banheiro tinha uma parte da janela que não fechava, ou seja, ajudava muito no frio, hahaha. Ainda em Potosi, peguei dicas com um rapaz que era guia em Uyuni e ele me recomendou algumas agências (2 ou 3) para fazer o tour do Salar e me deu a dica de pegar a que fazia o tour dormindo em Polques para ter mais tempo para o banho nas águas térmicas. Assim, reservei o tour 1 ou 2 dias antes de chegar a Uyuni com a agência Salty Desert (link maps: https://maps.app.goo.gl/fquhS39VzQJANMBH8). No dia 17/10, pela manhã, uma funcionária da agência passou no hostel para receber o pagamento e fui pra agência lá pelas 10h pra começar o tour. Foram 3 dias de uma experiência incrível!!! Como não estou com minhas anotações aqui, talvez não consiga me lembrar de tantos detalhes. Nesse 1º dia, passamos pelo cemitério de trens, almoçamos onde foi o 1º hotel de sal, conhecemos a praça das bandeiras, o monumento do rally Dakar (acho que 1 deles, porque me parece que existe mais 1). Paramos numas lojinhas de lembrancinhas e para conhecer o processo de extração de sal para comercialização pra uso culinário mesmo (povoado Colchani). Também nesse dia conhecemos a Ilha Incahuasi, a ilha dos cactos gigantes. Há uma pequena trilha pela ilha pra conhecer um pouco mais. Finalizamos o dia vendo o pôr do sol no salar e dormimos no Hotel de Sal Tambo Loma (povoado Colcha K). Antes de ir pro hotel, fizemos uma parada em um mercadinho para comprar água e outros itens um pouco mais em conta do que encontraríamos dali pra frente. O que achei o máximo desse lugar é o bar/boate que tem no fundo, uma pena que não deu tempo de aproveitar. No dia 18/10, 2º dia do tour, passamos pelo povoado San Juan (se não estou enganada, é esse o nome) para conhecer um pouco sobre o processamento da quinoa, passamos pelo salar de Chiguana e seguimos para o mirante do vulcão Ollague, um vulcão semiativo e que fica bem na fronteira entre Bolívia e Chile. Depois, passamos pela Laguna Cañapa (começamos a ver os flamingos 😍), Laguna Hedionda (almoçamos aqui, tendo como vista a lagoa repleta de flamingos), Laguna Honda e pelo deserto de Siloli, cuja atração principal é a Árvore de Pedra. Em seguida, entramos na Reserva Nacional da Fauna Andina Eduardo Avaroa (entrada é paga separadamente do tour). Lá conhecemos a Laguna Colorada (cor avermelhada por conta das algas presentes nela), os Geysers de Sol de la Mañana e, finalmente, chegamos ao hotel Ecologico de Piedra, que está praticamente na cara do Termas de Polques e da Laguna Salada (que paisagem!!). Chegamos no fim da tarde/início da noite, jantamos dentro de 1h ou 2h e tivemos um tempo enorme pra aproveitar as águas termais. Indescritível a experiência de ficar horas nessas água sob o céu estrelado. Dormi feito um anjo, hahaha. Dia 19/10, 3º e último dia do tour. Acordei um pouco mais cedo para ver o dia nascendo naquela paisagem maravilhosa. O guia deu a opção de sairmos 1h mais tarde e não passarmos pela Laguna Verde, pois passaríamos por ela antes das 11h e, por isso, não seria possível vê-la no tom verde. Aceitamos essa sugestão por causa do cansaço e porque seria só mais uma lagoa por não vê-la na cor que a nomeia. Assim, saímos do hotel e passamos pelo Deserto de Dalí e, já fora da Reserva Nacional (se bem lembro, hahaha), conhecemos a Laguna Catal (também chamada de Laguna Negra ou Laguna Escondida). Que paisagem sensacional! Parece cenário de filme!! De lá, seguimos para almoçar no povoado Villa Mar, passamos pelo Valle de Rocas e nossa última parada do tour foi no povoado de San Cristóbal para visitar uma igreja de pedra, mas estava fechada. Por fim, chegamos de volta a Uyuni mais ou menos umas 15h. Em Uyuni, fiquei na agência por umas horas e saí pra comer no Llama Café. Depois de pensar muito se seguiria o roteiro previamente planejado ou se voltaria para reencontrar o colombiano, fui pra rodoviária acompanhada da querida espanhola que conheci no tour para, sim, voltar pra Sucre ☺️. Obs. sobre o tour: fiz o que é compartilhado e foi muito divertido. O grupo é de 6 pessoas e duas delas mantenho contato após a viagem (a espanhola que comentei ali em cima e uma suíça super divertida e amigável). Infelizmente não lembro o nome do guia, mas ele foi incrível). Dia 20 a 22/10 estive em Sucre novamente e conheci/visitei alguns dos lugares que informei lá nos primeiros dias que estive na cidade pra simplificar o relato 😅. No dia 22/10, segunda despedida na mesma rodoviária, e agora rumo a La Paz. Cheguei à noite desse mesmo dia. Fiquei hospedada no Anata Hostel. Adorei o lugar, a localização e o atendimento. Dia 21/10 a 25/10 fiquei pela cidade e abandonei a ida a Copacabana (os dias separados pra ela eu usei pra voltar pra Sucre). Fiquei encantada por La Paz!! Cidade enorme, muito movimentada e com muita coisa pra fazer. No dia 22/10, conheci a lindíssima calle Linares, me encantei pelos maravilhosos murais de grafiti, visitei o Mercado de las Brujas, me perdi em uma feira de rua enorme ali por perto (era domingo), comprei umas blusas em um brechó que estava no caminho da feira, peguei o teleférico para ir a uma outra feira enorme, mas infelizmente cheguei lá e estava chovendo demais. Voltei para o hostel porque havia reservado para ver a luta livre das cholitas. Bastante diferente e divertido até certo ponto, mas acho que valeu a pena sim. No dia 23/10 fiz a descida da Estrada da Morte de bicicleta tão sonhada por mim. Foi sensacional!! Quando lembro, sinto vontade de fazer de novo! Fiz com a Xtreme Downhill e valeu demais! Passaram pra me pegar 7h e algo da manhã na igreja de São Francisco porque o hostel onde eu estava não era rota deles. Depois de pegar todo mundo que comprou o passeio, seguimos de van (com as bicicletas em cima dela) para chegar subir a estrada e começar a "brincadeira". A bicicleta, todo o equipamento (calça, tipo de uma jaqueta, joelheiras, cotoveleiras e capacete) e lanches estão incluídos. Todas as instruções passadas, começamos a descida por uma rodovia até chegar de fato à Estrada da Morte. Os guias fotografavam durante o trajeto porque não podíamos fotografar enquanto estávamos na bicicleta e fizemos várias paradas para mais fotos e para reunir o grupo. Depois de descido tudo, fomos para uma pousada/hotel (não lembro bem) para almoçar e aproveitar um pouco o dia antes de voltar pra La Paz. Chegamos de volta pela noite. No dia 24/10, tirei o dia pra andar à toa pela cidade, ir a uma livraria e encontrar os restaurantes veganos que havia pesquisado. Almocei no Nasma Te (macarronada maravilhosa com almôndegas de quinoa), andei mais um monte pela cidade e fui ao Museu da Coca. Já perto do hostel, visitei a galeria de arte Mamaní Mamaní, fui a uma peça de teatro de uma cia chilena no Teatro Municipal e jantei pizza no Radio Bar. No dia 25/10, meu último dia dessa viagem gostosa demais, fui ao Museu dos Instrumentos Musicais, ao Valle de la Luna e ao Museu Nacional da Etnografia e Folclore. Com certeza ficou muito por conhecer de La Paz, mas amei tudo que fiz e conheci. Lugares que amei comer em La Paz: Café del Mondo, Namas Te, Altramuz (esse mais que todos), Restaurante Armonia. Peguei o voo de volta para o Brasil no dia 26/10 já com saudades de tudo que vivenciei nessa viagem tão sonhada e desejada por mim. Me surpreendi com a Bolívia mesmo já sabendo que conheceria lugares encantadores. Voltei de lá uma testemunha das maravilhas desse país, que não rara vezes é tão marcado por preconceitos, e já deixei muita gente com vontade de visitá-lo. Escrever esse relato foi viajar um pouquinho no tempo e viver de novo muitas coisas 🥰. Obs: não estou com minhas anotações dos valores gastos aqui comigo, mas atualizo assim que estiver com elas novamente.
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Alguém ja fez La Paz a Potosi por conta própria? É fácil de encontrar ônibus em La Paz?
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Olá mochileiros, vou fazer o mochilão Chile-Bolívia-Peru em janeiro. Vou começar visitando o deserto do Atacama, depois irei para Ayuni, aí gostaria de saber qual seria a melhor opção de deslocamento de Ayuni até Cusco (Machu picchu) sem ser um voo direto entre essas duas cidades, já que o preço é bem salgado KKK). Também vi na internet uma opção de deslocamento por meio de onibus que não sei se é seguro, alguém que já fez esse trajeto poderia me ajudar?
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- mochilao america do sul
- bolivia
- (e 5 mais)
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Boa noite a todos. Pretendo ir conhecer a Bolívia em fevereiro, porém não estou encontrando muitas informações, alguém poderia ajudar. Qual a melhor forma de trocar o real? Casa de câmbio ou Wester union? Minha ideia é ir apenas em Santa Cruz e Sucre. Onde comer nestes locais? Vale a pena comprar a passagem aérea na Bolívia ou já sair com ela daki trecho interno. Para o forte qual o melhor meio de chegar? Obrigado
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Viagem Argentina, Chile e Bolivia com carro financiado
bgiovane.rp postou um tópico em Perguntas Rápidas
Bom dia pessoal! Alguém sabe ao certo a exigência de documentação para viagem de carro financiado (alienado) ao banco? Solicitei ao banco uma declaração de viagem ao exterior com o bem financiado e fiz apostila de Haia conforme o consulado argentino e Chile informaram. Porém junto a esse documento o banco enviou uma procuração autorizando a assinatura daquelas pessoas do banco a assinarem a declaração, está reconhecido em cartório, porém não consegui realizar a apostila de Haia para essa procuração, por ser emitido por outro cartório que não é da minha cidade. Será que é uma exigência esse documento também ser apostilado? Obrigado! -
Oi Pessoal! Me chamo Mônica, tenho 56 anos, sou geóloga e amo viajar! Fui para Bolívia e Arequipa com minha filha Letícia, 16 anos, e quero deixar aqui o meu relato para ajudá-los a programar essa viagem incrível e mais que surpreendente... Não é de hoje que quero conhecer a Bolívia, pois sempre que eu lia sobre o país me deparava com vários superlativos: o maior salar, o maior curso de água doce navegável, a altitude de sua capital - La Paz... enfim essa grandiosidade sempre me encantou, sem contar a cultura, as paisagens e o fato de estar encrustada nos Andes... Como em toda viagem eu programo muito antes, leio tudo sobre o país e o site dos Mochileiros sem dúvida foi um dos que mais consultei. Pegando um relato aqui e outro acolá, fui compondo a viagem que aconteceu entre os dia 19 de agosto a 02 de setembro de 2023. Eu moro no interior de Minas, em Itabira, cerca de 120 km da capital, então a viagem já inicia um pouco antes de quem mora nos grandes centros urbanos. Pela dificuldade e quantidade de horas que teríamos que gastar, se eu comprasse um um voo Belo Horizonte (BH) - La Paz, acabei comprando de São Paulo (Guarulhos - GRU) para La Paz - muito mais barato e rápido (em torno de 5 horas ida e 7 horas a volta). Na verdade não existe voo BH - La Paz, de qualquer jeito iríamos parar em São Paulo e ficar horas em conexão. Ao longo de minhas pesquisas também descobri que tem um ônibus da empresa ÚTIL, ótimo e com um preço super bom, que sai da rodoviária de BH às 19:45hs e chega no Terminal de Guarulhos às 05:00 hs da manhã. Com isso resolvi a chegada em Guarulhos sem pagar quase 2 mil reais de avião de BH para Guarulhos somente a ida.... Aproveitei e comprei ida e volta BH-GRU-BH de bus leito e super em conta! Passagem ida e volta BH-GRU ônibus leito - empresa Útil (4 passagens) - R$ 505,00 Passagem GRU-La Paz- GRU: R$ 4383,00 (duas passagens) Passagem Itabira - BH: R$ 108,00 (duas passagens) ônibus Leito da Viação Útil BH - Terminal de Guarulhos Dia 19/08/23 Saímos de Itabira no bus das 15:00 hs (pelo fato da estrada ser a BR-381, sempre temos que sair bem antes...), chegamos à rodoviária de BH as 17:20hs e pegamos o bus da Útil (leito) para o terminal de GRU às 19:45hs. Dia 20/08/23 Como chegamos muito cedo em Guarulhos (05:00hs) e o nosso voo era apenas as 18:35hs, reservei um hostel bem próximo ao aeroporto para descasarmos até a hora do almoço e irmos mais tranquilas para o aeroporto. Reservei pelo www.booking.com o ON Hostel GRU. Além da excelente localização, o hostel é super novinho e organizado, situado em frente a um atacadão e com restaurantes e lanchonetes próximas. Assim que chegamos, logo iniciou o café da manhã, muito simples mas tomar um cafezinho é muito bom! Dormimos e pelas 11:00 hs tomamos um banho e fomos almoçar num restaurante próximo ao hostel, aproveitamos também para comprar umas coisinhas no supermercado (atacadão). Por um erro do sistema do hostel, soubemos que não precisávamos fazer o check out às 11:00hs e com isso ficamos até às 15:00 hs, hora de irmos para o aeroporto... Ah o hostel ainda oferece serviço de translado grátis para o aeroporto! 99 do terminal de GRU para o ON Hostel GRU: R$10,30 1 diária quarto duplo no ON Hostel GRU: R$122,00 Como escrevi antes, fiz muitas pesquisas para essa viagem e li que um dos maiores problemas que acometem os turistas na Bolívia é infecção intestinal, além do mal da altitude (Soroche). Com isso comprei e levei vários remédios, entre eles: gripe, febre, diarreia, recomposição de flora intestinal, dor de cabeça, alergia, sorine, sal de fruta, pó para fazer para soro caseiro, epocler e pomadas como nebacetin, ferid e bepantol. Também levei protetor solar, protetor labial, hidratantes e lenço higiênico (esse item não pode faltar, além do papel higiênico que eles vendem avulso em inúmeras lojas pelo país... vi vender até no engarrafamento!). Devido a altitude e ao frio intenso, meu nariz sangrou e fiquei com muita coriza, o que ajudou foi o antialérgico que levei, além da pomada bepantol que passava o tempo todo no nariz e boca no Salar de Uyuni! Meu nariz só parou de sangrar quando cheguei ao Brasil! Assim que chegamos em Guarulhos fomos para o balcão da Gol e já levamos o nosso primeiro susto: a atendente nos falou que a GOL não fazia voo para La Paz....como eu comprei na 123 Milhas já gelei nesse momento! Após alguns minutos a atendente nos informou para irmos para o balcão da Aviacion Boliviana (BOL), daí já respirei aliviada...na verdade a GOL tem uma parceria com a BOL, por isso na minha passagem estava GOL....enfim! Assim que chegamos na BOL fomos prontamente atendidas e com muita simpatia, soubemos que além da bagagem de mão ainda teríamos direito para despachar mais uma mala, porém só estávamos com a mala de mão mesmo e isso não seria um problema! O voo não atrasou e nossa conexão foi em Santa Cruz de La Sierra. No entanto passamos por muita turbulência, deu um certo temor...não sei se é comum esse fenômeno nessa região ou foi um caso isolado, porém após esse trecho até La Paz o voo foi muito tranquilo! Dia 21/08/23 A chegada em La Paz é em outra cidade: El Alto, ou seja, essa região ainda é mais alta que La Paz, cerca de 4000 metros de altitude. Como eu ia chegar 01:00 hs com minha filha, preferi reservar o taxi com o hostel, achei mais seguro...Assim que chegamos o taxista já estava nos esperando e foi em torno de 30 min até La Paz. A estrada é muito sinuosa e apesar de estar escuro, já nos chama atenção a silhueta das montanhas e as casinhas cor de tijolo, é bem pitoresco! Um ponto importante: o frio....assim que saímos do aeroporto para entrar no taxi levamos um choque, nesse ponto já tem que levar um bom casaco, ainda mais se for chegar de madrugada... Decidi ficar apenas 3 dias em La Paz, li que em 3 dias dava para conhecer a cidade além de fazer alguns passeios em seu entorno, como Vale da Lua/Chacataya e Tuwanaco. Claro que se você puder ficar mais, terá tempo para explorar com detalhe seus bairros e museus, mas como eu queria chegar em Arequipa (Peru), meu tempo estava contado. Também pesquisei vários hostels e ficamos no Wake Up Hostel, ele se situa na Calle Murillo e é perto de tudo: Praça São Francisco, rua das Bruxas, rua Sagarnaga, etc.... fizemos todo o centro a pé e foi ótimo! Em todos os hostels que fiquei reservei um quarto só pra mim e minha filha e deu super certo! Além disso, fechei os passeios com eles e as agências foram super pontuais, eles passam em torno das 08:00 hs e nos deixam no hotel entre 16 e 17:00 hs. Assim que acordamos e tomamos café fomos explorar as redondezas do hostel e de cara já vimos a Igreja São Francisco! Por coincidência nesse dia estava tendo uma passeata das cooperativas mineiras. Bolívia é um país que tem uma história mineira muito forte e em muitos de seus distritos a mineração é o carro chefe e a principal fonte de emprego! Fiquei um tempo contemplando a praça e a igreja e o desfile dos mineiros de Potosi e logo ao lado da praça, em uma galeria, troquei meus primeiros Bolivianos! Consegui uma cotação de 1,40 para o Real! Nesse dia troquei 100 dólares = 696 BOL e R$3.000 reais = 4200 BOL. Cuidado com notas falsas! Pedi ajuda no hostel e me indicaram essa galeria que fica exatamente ao lado da Praça São Francisco! Após trocarmos o dinheiro, fomos para a rua das Bruxas! Imagina uma rua com várias lojas de artesanato, além de joias de prata e ouro? Me chamou atenção a Bolivianita, uma gema típica da Bolívia que é metade ametista metade citrino. Acabei comprando um pingente e uma amostra bruta desse mineral! Curioso também é ver as lojas com artefatos exotéricos para a Pachamama! Guarde o nome dessa divindade, você vai ouvir falar muito sobre ela na Bolívia, além de sagrada tem um significado muito forte para seu povo! Também na região da Igreja de São Francisco existem algumas galerias com produtos artesanais de lhama, mantas, joias, ou seja, todos o tipo de artesanato do país! Pechinchar é um ótimo exercício na Bolívia, você sempre consegue um preço mais baixo! Nessas lojinhas comprei uma polaina de lã de Lhama que ajudou muito no frio de Uyuni! Após bater perna pelas ruas próximo ao hostel fomos almoçar e como essa região estava muito cheia e confusa devido a manifestação, resolvemos comer numa franquia de frango e batata frita. O nome do restaurante é Conchabamba e tem vários por La Paz! Taxi El Alto para o Hostel: 100 BOL Almoço com coca cola no Conchabamba: 60 BOL (para dois) Pingente de Bolivianita e amostra: 200 reais (peguei em real) Polaina de lã: 20 BOL Diária quarto duplo no Wake UP hostel: 20 dólares (paguei 4 diárias) Água de 2L no hostel: 10 BOL Praça São Francisco - a galeria para câmbio é em frente de onde estou tirando a foto. Rua das Bruxas - onde se acha todo tipo de artesanato! Artefatos exotéricos na rua das Bruxas! Cotação de várias moedas em La Paz! PESSOAL TODO DIA VOU CONTAR MAIS UM POUQUINHO DA VIAGEM!
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Oi! Estou procurando dicas de como encontrar apoio artístico e estudar arte em outros países. Se você tem uma experiência artística e sabe de locais e formas de conseguir contatos e lugares que envolvem o foco nos estudos artísticos, me dá uma moral aqui. Procuro escolas, coletivos, grupos, trabalhos voluntários e qualquer coisa que possa me agregar intelectualmente no campo das artes, de preferencia no Chile, Argentina...
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Boa noite gente, estou fazendo Bolivia - Chile em Setembro de 23 , e acabei de ver que atravessarei o Salar de Uyuni bem no feriado nacional Chileno. Será que corro o risco de não conseguir vaga, esperando para fechar lá? Visto que farei o menos tradicional (Bolivia - Chile- e ficarei na fronteira.)
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Preparativos pré-roteiro Minha passagem para Santiago foi pela Latam, saindo de Guarulhos 23h10. Como o voo chegaria de madrugada em Santiago, reservei uma hospedagem que não ficasse longe do aeroporto, para onde fui usando o táxi oficial que tem guichê no saguão do aeroporto. De maneira geral, os blogs de viagem informam que não é indicado pegar Uber no aeroporto, já que o serviço não é autorizado na cidade. E eu também havia lido que pegar táxi na rua também não seria bom negócio, porque é muito comum os taxistas darem golpe em turista, seja com confusão no troco, seja com cobranças além do negociado. Peguei Uber algumas vezes na cidade e não tive nenhum problema. Os passeios a partir de Santiago deixei comprados antes de partir em viagem. Pesquisei muitos sites, alguns com preços bem parecidos, e as agências que escolhi vou colocando no detalhe do dia específico em que fiz o passeio. A princípio, várias agências fazem a venda pelo website ou mesmo por Whatsapp, algumas ofereciam desconto quando pagamos por PIX (5%). De modo geral, achei o preço dos passeios bem salgadinhos, daí para circuitos cobertos pelo transporte público, fiz por conta própria usando Google Maps no celular e o vale transporte. Através do metrô da cidade dá pra visitar bastante lugares, basta comprar previamente o cartão específico, chamado ‘tarjeta BIP’, que é vendida no guichê das estações. A gente compra o cartão e já pede um valor em crédito, de acordo com a estimativa de uso para o período que a gente vai precisar. Inicialmente pedi a soma de 10 mil pesos, considerando o preço do cartão e o crédito inserido nele, que deu para quase uma semana de andanças. O valor da passagem pode variar de acordo com o horário que a gente usa. Na maioria das vezes que peguei, o metrô estava cheio, mas achei bem eficiente e me orientei sempre pelo Google Maps para saber a plataforma correta de acordo com o destino. Para os passeios em San Pedro de Atacama, eu havia pesquisado agências online e também vi que os valores eram bem caros. Em alguns blogs informava que na cidade tem bastante agências na rua principal e disponibilidade imediata, sendo mais fácil entrar em algumas para conferir os preços praticados. Foi o que fiz e os preços locais foram menos onerosos do que pela internet. Para a expedição a Uyuni, alguns relatos informavam que muitas agências terceirizam o passeio, sem muito critério da qualidade do serviço. Li blogs de viagem que recomendavam algumas agências, mas nem sempre era unânime. Peguei referências, cheguei na empresa Denomades e fiz uma reserva prévia pelo website deles, que cobram uma parte do valor online e o restante é pago na agência local que eles informam após a compra. Para câmbio, levei dólares e euros que eu já tinha e troquei na calle Agustinas, no centro perto do Paseo Bandera, onde tem muitas casas de câmbio que já divulgam a cotação em painel externo. Os valores eram bem próximos, às vezes com uma diferença irrisória, dependendo do montante a ser trocado. As empresas que eu havia anotado e que fiz a troca foram Afex e JM Cambios, que foram indicadas por outros viajantes. Para a maior parte dos gastos na cidade usei o cartão da Wise, que pedi um certo tempo antes da viagem. Ele funciona como uma conta internacional multimoeda, que a gente transfere de real para a moeda da nossa escolha usando o aplicativo, com a vantagem da cotação ser menor do que em banco ou em casa de câmbio, com spread bancário mais baixo. De maneira geral, o cartão foi aceito na maioria dos lugares, foram poucos lugares que ele não passava, daí é bom verificar antes ou ter outra forma de pagamento para não ter problema. O chip para celular é fácil comprar no comércio em geral. Comprei o da Movistar pertinho da hospedagem, em um mercadinho, por mil pesos, e já incluía 2GB para uso de internet. Foi bem fácil instalar, não precisou de dados pessoais, só coloquei, reiniciei o aparelho e já tava funcionando. Para compra de recargas de saldo, os mercadinhos também vendem, assim como bancas de jornal, farmácias... Onde comprei a recarga, só aceitava pagamento em dinheiro em espécie, en efectivo. Para quem vai a esses lugares na época de seca, é recomendável levar colírio e hidratante para pele e lábios, porque a umidade é excessivamente baixa e pode irritar a pele e os olhos. Na expedição a Uyuni, a gente deve iniciar cada dia com suprimento de água para o dia inteiro, já que nem sempre há comércio pelo caminho, mas as pousadas vendem garrafas grandes, só o preço que é elevado. Se usar muito o celular, é bom ter um carregador portátil para não ficar sem bateria antes de chegar na hospedagem. E como a distância entre as refeições é grande, pode ser interessante ter lanchinhos rápidos para consumir nos trajetos. Em San Pedro tem lavanderia na rua principal, usei duas vezes e gostei do serviço. Para quem tem urgência para pegar as roupas lavadas no mesmo dia, eles têm essa possibilidade pagando um pouco mais. Mas eu paguei o preço regular mesmo, pegando 24 horas depois de deixar a sacola de roupas sujas, cobrada por quilo em dinheiro vivo. Na expedição a Uyuni, achei as acomodações confortáveis de modo geral, apesar de bastante frio na época em que fui. Como a rotatividade de turistas é grande e provavelmente a roupa de cama só seja trocada a cada muitos dias, talvez seja recomendável ter um lençol para ter um tecido confiável em contato direto com a pele. Eu voltei de viagem com as pernas cheias de coceira e desconfio que tenha pegado sarna na viagem. O roteiro para os dias de viagem foi distribuído da seguinte forma: 1) Santiago: 8 dias 2) San Pedro de Atacama: 7 dias 3) Uyuni: expedição de 3 dias Dia 1 – Santiago Primeiramente, fui fazer o câmbio e aproveitei a proximidade para conhecer a Paseo Bandera, que é uma rua de pedestres com o chão bem colorido, com muitas lojas e vendedores ambulantes no meio da semana. Ali perto está a Plaza de Armas, que é o ponto central da cidade, cercada por vários prédios importantes ao seu redor, como a Catedral Metropolitana, o Museu Histórico Nacional, o edifício dos Correios, a Prefeitura, o letreiro da cidade. Nas vezes que passei pela praça, tinha policiamento e não me senti inseguro, mas é bom ter precaução devido haver ali moradores de rua e usuários de drogas. Bem perto da região, a pé, está o Bairro Lastarria, que dá pra ir conhecendo na caminhada os lugares que inspiram uma parada para uma refeição. E nessa mesma região está o Cerro Santa Lucia, morro que é atração turística com vários níveis de escada até o topo, com muitas coisas legais para ir parando para apreciar, além da vista da cidade do alto, que sempre vale a pena. Eu tentei ir por duas vezes no cerro em dias diferentes, mas estava fechado sem motivo aparente. Foi somente na terceira tentativa que ele estava aberto. Na frente do cerro, do outro lado da rua, tem uma feira de artesanato bem bacana, onde dá pra achar todo tipo de lembrancinha que a gente procura em viagem. Dia 2 – Santiago Para o segundo dia, fui para La Chascona, uma das casas-museu do poeta Pablo Neruda, com um cenário bem conservado lembrando um barco, com diversos cômodos mantidos com os pertences do poeta e de sua mulher. Minha visita só deu certo na terceira tentativa, já que no primeiro dia em que fui informaram que faltou energia e não poderiam abrir, e na segunda tentativa estava fechada sem motivo aparente. Ali pertinho, está o Cerro San Cristóbal, outro grande morro da cidade, com várias atrações bacanas. No guichê de ingressos, o funcionário informou que havia o ticket turístico que podia ser usado durante o dia inteiro, sem limite de subidas e descidas, por um preço mais em conta do que o ticket de ida e volta. No horário que fui, não tinha fila, mas com o tempo vi que os visitantes foram chegando, aumentando o movimento. A subida até o topo pode ser feita de funicular, com uma parada intermediária para quem quiser visitar o zoológico. Lá no topo fica uma grande estátua da Virgem Maria, além de ter uma bela visão da cidade. Dá pra gastar muitas horas caminhando pelo lugar, parando nos mirantes, nos jardins, no letreiro do Chile, vendo ciclistas e desportistas se aventurando nas subidas e descidas, e finalmente pegando teleférico para um passeio panorâmico por cima da cidade. Foi um passeio que eu curti muito. A região aos pés do cerro é muito bem servida de restaurantes, inclusive ali perto está o Patio Bellavista, um shopping térreo com ampla praça de alimentação, de maneira geral com preço acima da média. À tarde, peguei um ônibus para a direção do Templo Bahá’í e lá próximo da colina onde ele fica, chamei um Uber para completar o percurso. A entrada é gratuita mas não é permitido tirar foto no interior. O templo é bem diferentão, lembrando um casulo gigante, construído com um material que lembra resina moldada em forma de pétalas gigantes. Do alto da colina, dá pra ter uma bonita visão da cidade. O percurso de ônibus para chegar e sair de lá achei bem demorado, já que é transporte público com paradas infinitas ao longo do caminho. Mas com o tempo que eu tinha à disposição na cidade, acho que foi bem válido o passeio. Para quem não tem tempo a perder, pode ser melhor um transporte mais ágil se resolver incluir o Templo no roteiro. Dia 3 – Santiago Como nesse dia seria feriado nacional e tudo na cidade estaria fechado, agendei o passeio para Cajón del Maipo e Termas de Colina. Comprei o bilhete pela internet no site Chilenjoy, com pagamento do total do valor no ato da compra. Na noite anterior à data do passeio, eles enviaram mensagem pelo Whatsapp para informar o horário que deviam passar na hospedagem. Me pegaram às 06h00 e foram bem pontuais no horário estimado. Depois de pegar todos ao longo nas suas hospedagens, teve uma parada para café da manhã numa loja de conveniência de posto de combustível na saída da cidade. O passeio tem uma parada no Tunel Tinoco, onde podemos atravessar andando através de um túnel abandonado e muito escuro. No lugar aconteceu uma tragédia e muita gente o visita para prestar homenagem a um jovem que foi encontrado morto ali. Outra parada incluída é no vilarejo de San José de Maipo, onde existe uma feira de artesanato na praça principal, em que podemos encontrar roupas e acessórios para frio, se precisarmos de mais camadas de proteção. A principal atração do dia são as águas termais na montanha, com pequenas piscinas em diferentes níveis de altura, da mais baixa e menos quente, para a mais alta e pelando o couro. O caminho que usamos para subir na direção das piscinas é íngreme e a gente faz umas paradinhas para recuperar o fôlego até chegar lá no alto. Lá em cima tem banheiro sujo e ducha fria. Nos arredores tem um pequeno restaurante que dá pra chegar a pé, onde tem comida local feita por povos originários a preços inflacionados. No passeio está incluído um piquenique, servido ao lado de onde a van fica estacionada, mas é um lanchinho que acho que não substitui uma refeição. Como esse é um passeio de dia inteiro, muita gente acaba levando sanduíches ou comprando alguma outra coisa por lá. No caminho de volta, tem parada na Casa de Chocolate, que me lembrou aquelas casinhas bonitinhas de Gramado, na Serra Gaúcha. Achei tudo bem caro, além de ter fila demorada para tudo, inclusive se paga para usar o banheiro. Teve parada também numa barraca no meio do caminho que vende artigos feitos de pedras e cristais extraídos da montanha, com preços bem salgados para badulaques que não valiam tanto. O guia foi bastante camarada e deu o tempo que o pessoal pediu para aproveitar o passeio, até parando ao longo do caminho para fazer fotos. Com exceção dessas duas paradas no caminho de volta, achei que o tour é muito bem aproveitado. Dia 4 – Santiago Esse foi o dia de explorar a região central, iniciando pelo Museu de Arte Precolombino. O museu tem exposições temporárias e permanentes, contando um pouco da história dos povos que habitaram o nosso continente, com artigos feitos de cerâmica, tapeçaria, madeira, dentre outros tantos que compõem o grande acervo. O museu não é grande, mas tem bastante informação sobre a cultura da região, inclusive com uma seção dedicada à região amazônica. Ali pertinho fica o Mercado Central, com muitos restaurantes servindo pratos diversos e garçons insistentes querendo ganhar clientes. Há também várias barracas com frutas, peixes, frutos do mar e outros artigos facilmente encontrados em feiras livres. Acho que o mercado acaba sendo uma atração para quem quer comprar ou comer alguma coisa ali, mas não é um passeio imperdível para somente visitar, já que tem muito assédio dos restaurantes aos turistas e com preços que nem são lá convidativos. Ainda nessa região central, está o Barrio Paris-Londres, tendo como atração uma charmosa rua com cara europeia, com calçamento de ladrilhos e arquitetura característica, um ponto para algumas fotos, sem atrativo maior que esse. E finalmente, bem pertinho está o Palácio La Moneda, a sede do governo ocupando um quarteirão inteiro. O Palácio oferece visita guiada gratuita, que deve ser agendada uns dias antes da visita. Estão disponíveis dois horários à tarde em dias úteis. Fiz a reserva cerca de 3 semanas antes e no dia precisei levar passaporte e deixar o documento retido na entrada. A visita dura cerca de uma hora e dá pra conhecer muitos espaços dentro do Palácio, com uma guia bem camarada e didática, que respondeu dúvidas, mesmo a gente perguntando em português, e deu tempinho para tirar fotos. Eu achei bem válido e agradável. Uma outra atração no Palácio, do lado de fora, é a troca de guarda, que acontece em dias intercalados na parte da manhã e atrai muita gente para assistir. Eu particularmente não fui ver, daí fiquei com essa pendência para quando voltar na cidade um dia num futuro próximo, hehe. Dia 5 – Santiago Esse foi o dia que reservei para ir na Vinícola Concha y Toro, que resolvi fazer por conta própria, sem intermédio de agência de turismo. Comprei o ingresso antes de partir em viagem e escolhi um horário dentre os vários disponíveis, daí no dia saí com boa antecedência de metrô até a estação mais próxima (Las Mercedes) e peguei Uber para completar o percurso. Na hora de pico, vi que essa linha de metrô intercalava as estações de parada a cada trem que partia, mas há estações de parada em comum que a gente pode pegar a composição certa se a nossa não parar onde a gente pretendia descer. Da estação até a vinícola é bem ruim de trânsito, uma confusão de carros, ônibus, pedestres, ainda bem que estava com margem de tempo antes do horário do tour. O tour é bem instrutivo e organizado, em que são mostradas as instalações, a plantação, com direito a poder explorar os pés de uvas para tentar encontrar cachos remanescentes pra gente experimentar. O ponto alto do tour é a aula que o guia oferece sobre as características dos tipos de vinho, com direito a bebericar cada um dos rótulos mostrados. A taça que recebemos é cortesia para levar para casa. Depois disso, conhecemos a adega que deu origem ao Casillero del Diablo, onde tem uma projeção da história que virou a famosa lenda da Concha y Toro, tudo em português para quem reservou o tour nessa língua. Ao fim do tour, podemos explorar a lojinha e gastar nosso rico dinheiro para levar lembranças do lugar. Saindo de lá, fiz o caminho de volta em direção ao Barrio Italia, que é um lugar gostoso de andar, com bastante restaurante, cafeteria, lanchonete, bar, enfim, muitas lojas bonitinhas para um passeio sem muita pretensão. Logo depois, fui ao Parque de las Esculturas, um lugar aberto com várias obras de arte espalhadas e estudantes deitados no gramado, foi uma passada rápida. Ali pertinho, a pé, está o Sky Costanera, que oferece o mirante na torre mais alta da América Latina. O preço para subir em fim de semana é mais caro do que na semana. A subida é bem rápida, que até sentimos uma pressão no ouvido e lá do alto temos uma bela vista da cidade em 360 graus. O final do dia é o horário mais popular para visitar o mirante, com um pôr do sol que vai colorindo de vermelho o horizonte, rendendo belas fotos. Dia 6 – Santiago Nesse dia planejei ir a Valparaíso e Viña del Mar por conta própria, sem contratar tour guiado. O tour resolve tudo pra gente de forma prática, mas além de ser caro, eu queria visitar outra casa-museu de Pablo Neruda em Valparaíso, e o guia não dispõe de tempo para os turistas entrarem na casa. No fim, achei que é um tipo de passeio facilmente arranjado sem precisar de guia. Várias empresas de ônibus fazem o trajeto, com passagens que podem ser compradas no guichê ou nas várias máquinas de autoatendimento pelo mesmo preço. Eu comprei ida e volta, partindo do Terminal Alameda, que fica próximo da Estação Central. A passagem de volta fica com o horário em aberto, bastando apresentá-la no guichê da rodoviária de Valparaíso para ser emitido o bilhete com o horário que a gente definir perto da hora do retorno. Em Valparaíso é possível se deslocar de metrô, ônibus e vans. A partir da rodoviária, peguei ônibus para La Sebastiana, a casa-museu de Neruda que fica na cidade. É uma região cheia de morros e ladeiras íngremes, com ruas mais sujas e com bastante vendedor ambulante nas calçadas. La Sebastiana fica em um ponto alto, de onde se avista o mar a partir das várias janelas da casa. São vários andares, com cômodos pequenos remetendo à arquitetura de um barco, com muitos objetos em exposição usados por Neruda. Assim como nas outras casas-museu do poeta, o ingresso dá direito a áudio-guia enquanto a gente vai percorrendo os ambientes. Depois da visita, andei um pouco pelas ruas da cidade e logo peguei uma van para Viña del Mar, em uma distância como se fosse um bairro vizinho, algo como uns 10 minutos. Desci no Relógio das Flores, um cenário bonito e colorido que é símbolo da cidade, um dos pontos de parada turística. Caminhando pela cidade, cheguei no Castillo Wulff, erguido sobre as pedras na beira do mar, mas ele estava em reforma, indisponível para visita. Andando um pouco mais, cheguei no Museo Fonck, lugar com um belo acervo sobre a Ilha de Páscoa no térreo do prédio, e uma ótima coleção de animais empalhados no primeiro andar. Na frente do museu está instalado um Moai original da Ilha de Páscoa, o único disponível fora da ilha. Dia 7 – Santiago Para completar o tour pelas casas-museu de Neruda, eu queria conhecer a que fica em Isla Negra, mas, quando pesquisei, não achei muito fácil fazer esse por conta própria a não ser alugando carro. A minha escolha foi contratar passeio guiado e fiz reserva ainda no Brasil com a empresa Chilenjoy, que oferecia os melhores preços dentre os que pesquisei. Na noite anterior ao passeio, informaram por Whatsapp o horário que passariam na hospedagem e foram pontuais, às 07h00. O tour passou pela vinícola Undurraga, com uma guia falando português e conduzindo o grupo pela estrutura do lugar, algo parecido com o tour da Concha y Toro, e terminando com a degustação dos variados rótulos escolhidos, podendo ao final também levar a própria taça para casa. Comparando os dois tours das vinícolas, o da Concha y Toro tem um impacto maior, além de ser mais espetaculoso pela visita à adega com a projeção sobre o lendário Casillero del Diablo. A próxima parada do tour foi na casa-museu de Isla Negra, que está instalada na beira do oceano Pacífico, com vários cômodos dispostos no térreo. Essa é a casa de Neruda mais ampla das três, com muitas esculturas grandes em seu interior, algumas bem curiosas, como um cavalo em tamanho natural que pertenceu a uma loja que o poeta frequentou quando criança. Isla Negra é a casa onde estão enterrados os restos mortais de Neruda e da sua última esposa, Matilde. A última parada do dia foi em Algarrobo, onde fica a maior piscina do mundo, um lugar realmente muito lindo. A piscina gigante fica entre um complexo de resorts de luxo e o mar, e o lugar rende fotos bem inspiradas. O almoço foi em um restaurante ali do lado, já no meio da tarde, praticamente sem outros clientes além do grupo do tour. Dia 8 – Santiago O último passeio na cidade foi a Portillo, contratado pela internet com a empresa Descobrindo Chile. A saída da hospedagem foi às 07h00, previamente informada no celular, com parada para café da manhã. A viagem tem parada para tirar fotos do Aconcágua, com a estrada passando à beira do precipício onde já ocorreram acidentes feios com caminhões. Esse é o caminho que leva a Mendoza, na Argentina, e a van leva a gente até a placa que divide os dois países, com parada para fotos, mas sem atravessar a fronteira. Para chegar nesse ponto, passamos pela Estrada de Los Caracoles, com suas impressionantes 29 curvas muito fechadas subindo a montanha. Depois, o passeio chegou na estação de esqui de Portillo, que fica do lado da Laguna del Inca, mas quando fui não era temporada de neve. Na estação funciona um restaurante/café, e como é frio lá fora, a gente quer ficar refugiado ali dentro, mas se não houver consumo, o banheiro é cobrado. A atração é a própria Laguna del Inca, com águas coloridas refletindo as montanhas ao seu redor, uma paisagem muito bonita, com um percurso meio cansativo entre o restaurante e a margem da lagoa, já que é uma ladeira irregular que está a mais de três mil metros de altitude. Descendo a montanha, o último ponto de parada é em um restaurante/lanchonete na beira da estrada, onde há várias lhamas para entreter os turistas, enquanto o guia prepara um lanche para o grupo. Esse dia não foi preenchido até o final da tarde, deu tempo de chegar na cidade ainda no começo da tarde, com tempo para almoçar ainda no horário normal. Dia 9 – San Pedro Peguei um Uber até o aeroporto de Santiago para ir para Calama, a cidadezinha com aeroporto próxima a San Pedro de Atacama. Eu já havia reservado com certa antecedência o traslado de Calama até San Pedro, um trajeto de cerca de 1h20, no site da empresa Transfer Pampa. No saguão do pequeno aeroporto, havia uma funcionária com os nomes dos passageiros na plaquinha, bastou eu segui-la e fazer o pagamento do transfer no guichê da empresa. De maneira geral, os valores que pesquisei eram bem parecidos, e a gente obtém desconto se reservar os dois trechos de ida/volta. O centro turístico de San Pedro é pequeno, com ruas de terra e construções simples de um pavimento. A rua principal, Caracoles, é somente para pedestres e é onde está concentrado grande parte do comércio. Há muitas agências de passeios ao longo da rua, entrei em algumas delas para verificar os preços, que eu já tinha referência na pesquisa prévia da internet. Escolhi fazer os passeios pela empresa Andes Travel, que tinha preços melhores entre os que encontrei. Vários tours têm taxa de entrada cobrada no local, mas é possível verificar se a agência pode deixá-los já pagos na reserva. Antes de cada passeio, o guia do dia incluía quem iria fazê-los em um grupo de Whatsapp para que fosse possível saber a hora que a van passaria na hospedagem correspondente. Achei a empresa organizada e os guias sempre simpáticos. Dia 10 – San Pedro O primeiro passeio na cidade foi ao Valle del Arcoiris, saindo às 07h00 e retornando cerca de 13h00, e incluía café da manhã. É um passeio menos procurado, então o grupo era muito pequeno, quase exclusivo. O guia levou a gente para percorrer um sítio arqueológico com inscrições rupestres nos paredões de pedra, além de formações rochosas com enormes monumentos naturais esculpidos pelas intempéries. É um passeio com pequenos trechos de caminhadas leves, que achei tranquilo e instrutivo para um primeiro momento na cidade. Para a parte da tarde, havia reservado o passeio para a Laguna Céjar, entre 14h30 e 18h30. Nos passeios iniciados à tarde, o ponto inicial de encontro foi sempre no escritório da agência. O passeio passou por algumas lagoas protegidas e onde não se pode entrar, porém mais adiante na última delas é permitido entrar por cerca de meia hora para experimentar o efeito de flutuação nas águas com elevada concentração de sal. O lugar tem banheiros e chuveiros de água muito fria para tirar o sal do corpo. Na sequência, fomos levados aos Ojos del Salar, dois grandes poços de água doce que têm um efeito espelhado bem bonito. Na parada mais adiante, a guia conduziu por uma trilha leve às margens da Laguna Tebinquinche, em uma paisagem linda com vista para montanhas e vulcões refletidos nas águas da lagoa. O tour foi finalizado com um piquenique a céu aberto e com um pôr do sol muito bonito colorindo o horizonte. Dia 11 – San Pedro O passeio reservado para esse dia foi o Valle de la Luna, entre 15h00 e 19h00. No início do passeio, fizemos uma caminhada com dificuldade de leve a moderada, andando sobre dunas de areia fina e subindo um pequeno aclive para uma vista bem bonita de cima do morro. Para onde se olha, encontra-se um horizonte com formações rochosas muito diferentes, esculpidas pela ação da água e do vento, parecendo que a gente tá em outro planeta. Perto do pôr do sol, a van nos levou para um ponto mais alto, onde tem uma grande plataforma rochosa que serve de mirante para uma linda vista do vale, e a gente pode explorar o lugar até o escurecer, mas com precaução por causa da altitude, que faz a gente cansar rápido. Ao final do tour, foi servido um piquenique em outro ponto, onde pudemos contemplar o espetáculo do lugar com a passagem do dia virando noite. Dia 12 – San Pedro O tour reservado para esse dia foi Piedras Rojas, entre 06h00 e 14h00, com café da manhã no meio da estrada num frio de bater o queixo. O trajeto desse dia foi um pouco mais demorado, com elevação de altitude, passando próximo a vilarejos, montanhas, vulcões, além vermos com frequência animais, como lhamas e vicuñas. Creio que esse foi o passeio com mais turistas que fiz, e é mesmo um dos que mais recomendo. A parada inicial foi na Laguna Chaxa, hábitat de variados tipos de flamingos. Mais adiante, o ponto alto do tour foi em Piedras Rojas, onde fizemos uma trilha de dificuldade moderada, já que estamos a uma altitude bem mais elevada e é recomendável andar devagar e beber água sempre. O ápice do passeio foi à beira de um lago que estava parcialmente congelado, margeado por um caminho de enormes rochas avermelhadas sobre as quais podemos andar e contemplar a vista deslumbrante ao redor. No caminho de volta, ainda passamos pelas lindas Lagunas Altiplánicas entre as montanhas. No tour estava incluído almoço para o grupo em um restaurante em San Pedro. Dia 13 – San Pedro Dia de visitar Geysers del Tatio, entre 04h30 e 12h00, com uma viagem de quase duas horas por estradas de terra para chegar no lugar. Por causa do horário e da elevada altitude, esse foi o passeio mais frio na cidade, com temperaturas negativas nos primeiros momentos de caminhada, cerca de - 8 graus Celsius. A área onde ficam os gêiseres é demarcada para os turistas andarem, sendo proibido sair das trilhas, já que a água que borbulha nas crateras é muito quente. O espetáculo natural consiste nesse choque de temperatura, que faz levantar uma densa e fedida coluna de vapor perto dos pontos de água borbulhante. Depois da leve caminhada, a van nos levou a outro ponto para o café da manhã, onde presenciamos uma raposa (zorro) tentando roubar a comida disposta na mesa montada para o grupo. No caminho de volta, ainda paramos numa região mais pantanosa para contemplar diversos tipos de aves do lugar. Dia 14 – San Pedro Esse foi o dia da Ruta de los Salares, entre 08h00 e 14h00, um tour que não é muito procurado, daí a van era quase exclusiva. O passeio segue na estrada que margeia o impressionante vulcão Licancabur, divisa natural entre Chile e Bolívia, com um café da manhã tendo essa paisagem ao fundo, em meio a muito vento e frio. Nesse passeio, fizemos caminhadas leves e os banheiros são improvisados onde é possível, chamados baños incas. Em certo ponto chegamos nas margens de um salar, que podemos avistar de mirantes próximos da estrada. Passamos por lagoas aos pés das montanhas, com um lindo reflexo do horizonte, e paramos nos incríveis pilares de pedra Monjes de la Pacana, formados na região onde já houve atividade vulcânica em outros períodos geológicos. No fim do passeio, estava incluído almoço na volta a San Pedro, no mesmo restaurante do dia de Piedras Rojas. Dia 15 – San Pedro Para esse dia, reservei o tour Vallecito, entre 15h00 e 19h00. Ele leva para a região próxima ao Valle de la Luna, com parada para contemplar a geografia impressionante, em caminhadas leves. O ponto alto do passeio foi o icônico ônibus mágico (autobús mágico), alvo de especulações sobre como ele teria parado ali. Uma das teorias diz que antigamente os jovens o usavam para fazer festas clandestinas, já que no povoado de San Pedro é proibido dançar ainda hoje. Ao final do tour, o guia montou uma mesa para piquenique em um descampado para contemplar o sol de pondo no horizonte. Escolhi o último dia na cidade para fazer o tour astronômico, com a lua nova para não atrapalhar a visão do céu, não sendo muito recomendável fazer em fase de lua cheia porque as estrelas são ofuscadas. Havia dois horários disponíveis para o tour, 20h00 ou 22h00, podendo haver algum ajuste de horário de acordo com a proximidade do dia e a previsão astronômica mais precisa. Eu escolhi o primeiro horário com vários dias de antecedência, mas no dia me ligaram 19h30 informando que a van iria sair naquele momento, daí tive que ficar para o próximo turno, por isso recomendo certificar sobre a saída no próprio dia. A van leva o grupo até um terreno bem próximo à cidade, onde estão instaladas poltronas a céu aberto, com mantas individuais para gente usar e se proteger do frio. É bom ir agasalhado, eu senti frio no lugar. O guia explicou sobre as constelações que era possível ver a olho nu e depois conduziu o grupo para ver alguns detalhes através de telescópios ali instalados. Depois da exposição, ele nos conduziu a uma sala fechada e mais protegida do frio para ficarmos aguardando a vez de cada um tirar suas fotos com aquele céu espetacular. No tour estavam incluídas duas fotos profissionais, que foram tratadas e enviadas no dia seguinte. Para quem tinha celular potente que capturasse com qualidade o céu, estava livre para fazer fotos à vontade. Dia 16 – Uyuni Como eu já havia feito uma reserva a Uyuni pela internet, alguns dias antes da expedição passei no escritório da empresa indicada no e-mail, World White Travel, para fazer o pagamento do restante do valor. Um dia antes da viagem já é possível preencher o documento de imigração para entrada na Bolívia, para isso é necessário pegar com a empresa de turismo a placa do carro que vai nos levar. É bom preencher enquanto ainda tem internet à disposição, porque depois que atravessa a fronteira, pode ser mais difícil. Não é necessário imprimir o documento, basta salvá-lo no celular para mostrar no guichê da imigração. Também é necessário comprar um pouco de pesos bolivianos para as despesas, como entrada no parque nacional, água, lanches, souvenirs, banheiros. No escritório da agência, a atendente recomendou levar 350 bolivianos, mas ao longo da viagem achei que podia ser um pouco mais, que não sobrou quase nada para comprar badulaques. Peguei o tour coletivo de quatro dias e três noites, para 6 turistas em um carro 4x4. Para quem senta no banco do fundo, achei um pouco mais apertado se tiver pernas longas. Se estiver levando bagagem volumosa, ela é amarrada no teto do carro. Eu viajei somente com mochila, carregando a roupa necessária para os dias da expedição, tendo combinado com a hospedagem de San Pedro para eles guardarem minha mala pelos próximos três dias. A van passou na hospedagem às 07h00, foi pegando o restante dos companheiros de viagem e nos levou para a imigração chilena para a burocracia de saída, em uma fila de carros meio demorada e não havia banheiros. Passada a imigração chilena, é servido café da manhã e o motorista da van nos repassa ao motorista do 4x4 responsável pela expedição. Do lado da Bolívia, só é permitido a operação do passeio por guia boliviano. Passados os trâmites burocráticos, tivemos que comprar o ingresso da reserva nacional que já custou boa parte do dinheiro reservado, 150 bolivianos. O ingresso é válido por quatro dias e deve ser guardado para ser apresentado em outros momentos. A partir do meio da manhã finalmente a expedição começou, passando pela Laguna Blanca e Laguna Verde, aos pés do vulcão Licancabur. Mais adiante está o Deserto de Dalí, com um terreno montanhoso de cores que parecem pinceladas em um quadro. Já perto da hora do almoço, paramos nas Termas de Polques, sendo possível comprar ingresso para entrar na piscina natural de água quente, enquanto o guia preparava o almoço. O lugar oferece banheiro pago. Ao longo da tarde, paramos nos gêiseres Sol de la Mañana, com fontes de água em ebulição levantando colunas de vapor com fétido cheiro de enxofre. Visitamos também a Laguna Colorada, que tem uma impressionante cor avermelhada devido às algas que servem de alimento para a infinidade de flamingos que vemos por lá. Ao fim do dia, fomos instalados em uma pequena pousada, Hostal Tierra Oculta, no minúsculo povoado de Villa Mar, onde foi servida refeição cerca de 20h00. O alojamento era com quartos compartilhados de três camas e banheiros coletivos e nem sempre tinha água quente no chuveiro. Alguns casais preferem pagar um pouco mais para não precisar dividir o quarto. Achei as camadas de cobertas suficientes para suportar todo o frio que fazia. Durante todo o dia, nenhum lugar oferecia sinal de wi-fi. Dia 17 – Uyuni No segundo dia da expedição, foi servido café da manhã cerca de 08h00 e em seguida partimos para a incrível Italia Perdida, lugar que parece ter sido uma cidade de pedra abandonada, com formação rochosa impressionante e enormes paredões se equilibrando de formas variadas. Exploramos alguns lugares da imensa cidade de pedra e depois seguimos para a Laguna Catal, em meio a uma imensa formação de rochas vulcânicas, em uma região com maior vegetação e onde pudemos ver alguns animais típicos da região, como lhamas pelo pasto, patos selvagens no lago e vizcachas, pequenos roedores do tamanho de coelhos que vivem em meio às rochas. O almoço foi servido ali em um pequeno casebre e o banheiro é pago. À tarde seguimos para o Cañon de Anaconda, a parte de cima de um cânion que pudemos explorar e ter uma linda vista dos paredões rochosos, mas com cuidado, já que ficamos bem na beira do precipício enquanto outras pessoas ficam passando próximo da gente. No caminho para a hospedagem, percorremos o Salar de Chiguana, em uma superfície de sal misturado a terra, uma prévia do ponto alto da viagem. Ao fim do dia, chegamos na hospedagem, uma construção estruturada com blocos de sal, no povoado de Colcha K, com quartos de casal e banheiro individual. Foi servido vinho e um delicioso jantar cerca de 20h00, mas desta vez achei a quantidade de comida meio regrada para o grupo. A hospedagem tinha wi-fi ao custo de 20 bolivianos, mas com sinal fraquíssimo que praticamente não abria nada. Dia 18 – Uyuni No último dia da expedição, deixamos a hospedagem cerca de 05h00 em direção ao belo Salar de Uyuni. Depois de percorrer o Salar por um tempinho, o guia parou em um lugar estratégico para apreciarmos o espetáculo do nascer do sol naquele lugar. Depois, foi o momento das fotos com efeito de perspectiva, o guia tinha boas técnicas pra gente fazer umas imagens criativas. Tivemos um bom tempo para tirar fotos em grupo e individuais, e depois fomos para a Isla Incahuasi, onde compramos ingresso para explorar o lugar, enquanto o guia preparava o café da manhã. O lugar se trata de uma área rochosa elevada no meio do Salar, onde estão espalhados cactos gigantes milenares de crescimento super lento. Depois do café, percorremos o Salar na direção do Museo de Sal, um hotel desativado com esculturas de sal em seu interior e banheiro pago. Do lado de fora, está a praça das bandeiras e o monumento Dakar, lembrança de quando foi realizado o famoso rali na região. No fim da manhã, fomos nos despedindo do Salar em direção ao povoado de Colchani, onde tivemos um tempo para ver e comprar artesanato típico do lugar. Quase todas as bancas e lojinhas só vendem com dinheiro em espécie e foi aí que eu senti falta de ter um pouco mais de dinheiro sobrando. O último ponto turístico foi o curioso cemitério de trens, onde estão abandonadas várias carcaças de locomotivas antigas que serviam como transporte na região. O guia levou o grupo para almoçar em Uyuni e logo depois ficamos no escritório da agência até cerca de 15h30, horário em que outro guia iria fazer o caminho de volta para os remanescentes do grupo que retornariam para San Pedro. Como o escritório possuía wi-fi, aproveitei para preencher o formulário da imigração com a saída da Bolívia, sendo necessário pegar o número da placa do carro usado na viagem. O percurso de volta tomou o resto da tarde até chegar na mesma hospedagem do primeiro dia, em Villa Mar, para pernoite. A saída no dia seguinte foi às 04h30, fazendo a rota inversa de maneira expressa, com parada já próximo da fronteira para tomar café da manhã. Na imigração para sair da Bolívia, os funcionários cobraram 15 ou 20 bolivianos de cada turista de maneira ilegal. Comentei com o guia e ele disse que é difícil prever se irão ou não cobrar, mas realmente a cobrança não está prevista e pode ser contestada. Entre as duas fronteiras, deixamos o 4x4 e chegamos a San Pedro um pouco depois de meio-dia.
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Alguém pode me dizer se o trem da norte já voltou a funcionar
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- trem da morte
- ferroviaria oriental
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Atualmente, como está a situação para ir no Salar de Uyuni? Tem tido bloqueio de estrada, essas coisas? Alguma agência recomendada para fazer os passeios?