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[info]De colonização tipicamente italiana, a região é conhecida pela região dos vinhos. Tem no Vale dos Vinhedos algumas das principais vinícolas brasileiras, que primam pela qualidade e oferecem ao visitante muito mais do que um degustar de vinhos e sim promovem uma contemplação de todo um ritual que se esconde por trás de cada taça.[/info] Ae pssoal, tipow desde de já agradeço pela ajuda, tipow tow pensandu em prestar vestibular na EAPJK(viticultura) em bento gonçalves, queria saber se o custo de vida e alto, se e facil arranjar trampo, e o q tem pra fzr de noite!!!! Rodrim!
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Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Região
fernandobalm postou um tópico em Rio Grande do Sul - Relatos de Viagem
Resumo: Itinerário: Caxias → Flores da Cunha → São Marcos (Criúva e Mulada) → Farroupilha → Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio → Bento Gonçalves → Garibaldi → Porto Alegre Período: 15/05/2019 a 28/05/2019 (13 dias) Gasto Total: R$ 835,05 Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 643,02 - Média Diária: R$ 49,46 Ida: Voo de São Paulo (Congonhas) a Caxias do Sul no Rio Grande do Sul pela Gol, com a passagem paga com pontos da Emirates. A taxa de embarque foi de R$ 32,95. Volta: Voo de Porto Alegre a São Paulo (Guarulhos) pela TAM por R$ 159,08, sendo R$ 128,00 de passagem e R$ 31,08 de taxa de embarque. Considerações Gerais Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Na primeira semana da viagem houve bastante sol. Depois houve 4 dias de tempo instável, mas sem temporais, somente garoa e chuva fraca, com alguns poucos momentos de chuva média. Então houve um final de semana de sol e depois houve chuva na tarde e noite do último pernoite. As temperaturas estiveram um pouco baixas (para um paulistano) ao amanhecer e anoitecer, chegando a 11 C, com pico para baixo de 6 C. Ao longo do dia chegaram a mais de 20 C em geral, ficando por volta de 13 C a 15 C nos dias mais frios. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil ☝️. Mal recebido só fui uma vez no Chateau La Cave, mas que se tornou irrelevante perto do excelente tratamento recebido no resto dos locais. As paisagens rurais, as cachoeiras, as montanhas, os mirantes, as construções históricas e típicas, as igrejas, com seu alto astral, imagens e pinturas de Jesus ressuscitado e o Santuário de Caravaggio agradaram-me muito . Era época de mexericas (bergamotas), então pude aproveitar para comer muitas caídas nas estradas ao longo dos caminhos rurais 🍊. Foi impressionante a generosidade dos anfitriões, sendo que vários ofereciam degustações gratuitas de produtos, principalmente vinhos . Como não costumo beber e não pretendia comprar nada, procurei ser o mais educado possível e recusei quase todos para não abusar da hospitalidade. A caminhada no geral foi tranquila. Os únicos problemas foram a falta de acostamento em alguns trechos, incluindo estradas bem movimentadas e cachorros 🐕 nas áreas rurais que vinham correndo atrás e latindo, ameaçando morder, mas nenhum chegou a atacar de fato. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) nas estradas nem nas cidades. Quase todos aceitaram cartão de crédito sem acréscimo, com exceção de alguns ônibus e pequenos comerciantes. Gastei na viagem aproximadamente R$ 835,05, sendo aproximadamente R$ 39,42 com alimentação, R$ 504,80 com hospedagem, R$ 98,80 com transporte durante a viagem, R$ 64,03 com taxas de embarque de ida e volta e R$ 128,00 com a passagem aérea de volta. A passagem aérea de ida foi paga com milhas da Emirates. Sem contar o custo das passagens aéreas e taxas de embarque entre São Paulo e Caxias do Sul e entre Porto Alegre e São Paulo, o gasto foi de R$ 643,02 (média de R$ 49,46 por dia). Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de SP (Aeroporto de Congonhas) a Caxias do Sul em 15/05/2019 pela Gol (https://www.voegol.com.br). O voo saía às 9:15 e estava previsto para chegar às 10:50. Chegamos cerca de 20 minutos antes, sem nevoeiro. Paguei o voo com milhas da Emirates (https://www.emirates.com) e paguei R$ 32,95 de taxa de embarque com cartão de crédito. O avião tinha muitos lugares vazios. Na viagem e após a chegada comi sanduíches 🥪 que tinha trazido de casa . No aeroporto ganhei uma mapa turístico da cidade ☝️ e a jovem atendente me falou um pouco da cidade e das condições de segurança. Fui andando por 7 km (cerca de 1 hora e meia) do aeroporto até o hostel, que havia reservado pelo Booking (https://www.booking.com). No caminho passei pelo centro e fui apreciando a cidade. Fiquei no Hostel Famiglia Susin (https://www.facebook.com/hostelfamigliasusin) por R$ 35,00 a diária, paga em dinheiro, com direito a café da manhã. Solina recebeu-me e me deu as informações da hospedagem, além das roupas de cama e toalha de banho. Ela era mãe do dono, que estava viajando e tinha outro hostel em Goiás. Fiquei numa cama num quarto compartilhado. Quando ela me explicou como era o café da manhã, quis trocar e ficar com a opção sem café, algo com que ela concordou, mas depois de falar com o filho disse que não seria possível, pois a reserva feita pelo site incluía café e ele teria que pagar comissão sobre ela. Paguei a metade dos 8 dias (R$ 140,00) em dinheiro. Depois de me acomodar aproveitei o fim da tarde para ir visitar os pontos no centro. Fui ao estádio e memorial do Juventude, museu municipal, Parque Getúlio Vargas, Praça Dante, catedral, prefeitura, câmara municipal e centro cultural. As atendentes dos diversos locais foram muito cordiais ☝️. Na Praça Dante estava havendo manifestação contra os cortes na educação. Antes de voltar passei no Sacolão 24 Horas, que havia conhecido na vinda do aeroporto, e comprei vários tipos de vegetais (cenoura, abóbora moranga, mexerica, mandioca e repolho) por R$ 4,74 com cartão de crédito. À noite cozinhei mandioca e juntei com os vegetais para o jantar. Após o jantar Solina permitiu-me usar a TV para assistir o jogo Corinthians x Flamengo pela Copa do Brasil. Como não coloquei meias e peguei cobertores leves, acabei passando um pouco de frio nos pés durante a 1.a noite . Para as atrações de Caxias do Sul veja https://www.viagensecaminhos.com/2011/04/caxias-do-sul-rs.html e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303534-Activities-Caxias_Do_Sul_State_of_Rio_Grande_do_Sul.html. Gostei bastante da cidade e de sua população. Os pontos de que mais gostei foram as áreas rurais, as cachoeiras, as vistas a partir do alto, a pintura no teto da Igreja de São Pelegrino e as construções históricas e típicas . Na 5.a feira 16/05 de manhã fui comprar pães, arroz integral e cuca por R$ 10,39 com cartão de crédito no Supermercado Rossetti (https://www.facebook.com/superrossetti). Depois tomei o café da manhã com sanduíches do que havia comprado. Saí já um pouco tarde, perto de 10 hs e iniciei meu passeio pelo Pavilhão da Uva. Demorei um pouco para encontrar a entrada . Gostei das réplicas das casas antigas da cidade, do busto do Cristo, com sua fisionomia diferente e tocante, da vista a partir dele e do Atelier Zambelli, com suas esculturas . Daí segui para a Casa de Pedra, que achei bastante interessante pela construção em si e por todo o estilo de vida dos imigrantes italianos pioneiros. Após esta visita fui caminhando por cerca de 12 km para o Vale Trentino (https://caxias.tur.br/roteiros/vale-trentino). Inicialmente fui à praça central do bairro de Forqueta, visitei a igreja e fui ao Museu da Uva e do Vinho, onde fui muito bem recebido e a atendente, provavelmente filha dos donos, explicou-me detalhadamente os vários itens ☝️. Ofereceram-me degustação, que educadamente recusei. Saindo de lá fui à vinícola Silvestri, onde encontrei o próprio Silvestri e com ele conversei sobre suas origens e sua vida ali. Seu avô chegou em 1888 e em 1896 casou-se. Ele foi muito simpático e atencioso ☝️. Após a conversa e a apreciação das áreas rurais a partir de pontos altos da estrada, fui caminhar um pouco pelo Vale Trentino. Caminhei cerca de 1 hora e meia entre ida e volta. Achei as paisagens belas, com vários parreirais e áreas de mata nativa, além de pontos de elevação que permitiam ver ampla área com montanhas e vegetação. Tirei esta foto do pôr do sol. Depois voltei caminhando até perto do centro do bairro de Forqueta e peguei o ônibus de volta, pagando R$ 4,25 em dinheiro. À noite cozinhei arroz integral para vários dias e comi junto com os vegetais que havia comprado, com mexerica e cuca de sobremesa 🍚. Desta vez coloquei meias e troquei meus 2 cobertores leves por 1 bem mais pesado. Não tive frio durante a noite . Na 6.a feira 17/05 paguei a metade restante (R$ 140,00) para Solina, tomei o café oferecido pelo hostel (um copo de café com leite e dois pães com margarina e muçarela – havia presunto, mas eu não como carne) em dobro, pois havia perdido o do dia anterior, e saí cerca de 9 horas. Primeiramente fui ao Estádio do Caxias, que achei muito bom, depois segui para a Igreja de São Pelegrino. Achei-a linda, especialmente as pinturas internas, principalmente do teto e do altar . Tirei esta foto do teto com o juízo final. A seguir, caminhando pela rua, vi uma galeria de obras de arte. Parei para ver a vitrine e uma mulher (acho que a dona) convidou-me para entrar. Fiquei cerca de 30 minutos apreciando as pinturas, fotografias e esculturas. Eles iriam inaugurar uma exposição à noite e me deixaram ver em primeiríssima mão ☝️. Acompanharam-me Márcia e posteriormente Bruna. Chamaram-me atenção as pinturas feitas sobre lona (talvez de caminhão), com temas delicados em cima de material rude. Depois de lá fui à Paróquia Imaculada Conceição, que estava fechada. Segui para frente em direção à Estrada do Imigrante (https://www.viagensecaminhos.com/2017/03/estrada-do-imigrante-gruta-da-terceira-legua-caxias-do-sul.html), que era meu roteiro principal planejado do dia. Achei as paisagens naturais muito bonitas, parreiras, criação de animais, incluindo ovelhas . Passei pela Casa Zinani, que apesar de fechada, pude apreciar por fora, incluindo toda a área da propriedade. Em frente, pedi a uma mulher que colhia mexericas, se poderia pegar uma do chão e ela me disse para pegar do pé ou do balde em que colhia. Agradeci, mas peguei uma boa do chão, sob seus protestos . Passei pela Igreja de São Pedro e São Paulo, que também estava fechada, e depois pelo orquidário Pebi, que estava aberto. A dona ficou um pouco assustada quando pedi para conhecer. Na entrada ela viu um rapaz caminhando comigo, para quem eu havia pedido informações e que seguia na mesma estrada, e acho que desconfiou de algo. Perguntou-me quem era ele. Percebendo que ela estava um pouco assustada, expliquei-lhe e lhe mostrei minha identidade, algo que ela disse que não queria ver e não pedia para ninguém. Apreciei as flores e as achei belas ☝️. Saindo de lá, peguei mais algumas mexericas do chão e segui para a Gruta Nossa Senhora de Lourdes da Terceira Légua. Achei a gruta bonita e a cachoeira espetacular. Tirei esta foto da cachoeira. Achei linda a vista da paisagem a partir do ponto do começo da descida onde havia um crucifixo . Perto do fim da descida, já nas pedras molhadas caí. Rodopiei, virei de costas e caí. Ralei e esfolei as pernas e um pouco menos os braços e sujei a blusa amarrada na cintura . Acho que tive muita sorte. Se tivesse caído com o meio das costas num dos bicos de uma das pedras poderia ter sido um acidente muito mais grave e até fatal. Não entrei em baixo da cachoeira porque não estava de calção de banho. Depois de subir de volta fiquei um tempo lavando a blusa na água que escorria das pedras. A seguir peguei o resto da estrada para a BR-116, que depois conduzia a Galópolis. Gostei das paisagens rurais deste caminho ☝️. Neste trecho vários cachorros correram atrás de mim, latiram, rosnaram e tentaram intimidar-me . Já na BR-116 pude ver a Cachoeira Véu de Noiva no meio da mata a partir de um mirante. Achei muito bela também toda a paisagem que a circundava, combinando bem com a lua cheia que aparecia ao fundo . Chegando em Galópolis ainda visitei a igreja por fora e depois tomei o ônibus para voltar, pagando R$ 4,25 em dinheiro. Jantei arroz integral, mandioca, abóbora moranga, cenoura e repolho, com cuca de sobremesa. No sábado 18/5 tomei o café normal (sem ser dobrado) e complementei com sanduíches. Chegou um rapaz chamado Washington de Sorocaba na noite anterior para trabalhar. Saí perto de 8:15 para pegar o ônibus que iria para Flores da Cunha. Peguei-o cerca de 8:45 no ponto de ônibus próximo à Igreja Universal, não muito distante do hostel. Paguei R$ 5,15 em dinheiro pela passagem do Expresso Caxiense (http://www.expressocaxiense.com.br). Para as atrações de Flores da Cunha veja https://www.viagensecaminhos.com/2017/10/o-que-fazer-em-flores-da-cunha.html, https://www.viagensecaminhos.com/2017/10/mirante-gelain-flores-da-cunha.html e https://www.turismoflores.com.br. Eu gostei da cidade. Na área urbana visitei praças, vinícolas, igreja, o Parque das Vindimas, o castelo e paisagem das plantações e mirante da Vinícola Argenta, onde fui bem recebido e de que gostei ☝️. Depois fui caminhando até o Mirante Gelain (ficava a cerca de 13,5 km). A paisagem rural da estrada agradou-me, com plantações, animais e vinícolas, principalmente no trecho final depois de sair da estrada principal ☝️. Achei a vista espetacular a partir do mirante, incluindo a Cachoeira Bordin que também era lá . Pedi informações ao homem que lá morava e tinha uma lanchonete. Ele me falou de uma possível trilha para descer, mas disse que não era muito simples, pois exigiria quase escaladas em alguns trechos. Mesmo assim decidi ir verificar. Segui a trilha, passei por trechos com escada e cordas, mas provavelmente errei alguma bifurcação e fui parar num paredão em que se fazia rapel. Por desconhecimento andei perigosamente um pouco sobre ele até perceber que parecia muito arriscado e uma queda seria fatal . Depois de voltar um pouco e procurar por algum outro ramal, desisti, e resolvi sentar e fazer meditação apreciando a Natureza. Fiquei contemplando a vista por razoável período. Voltei e conversei com o dono da lanchonete novamente e ele me falou que se eu tinha ido parar no paredão então eu havia errado a trilha. Falou-me também da vida naquele local com exuberante Natureza, do pôr do sol tardio no verão. Depois de ficar bastante templo contemplando a paisagem a partir dos diversos pontos do mirante, despedi-me e voltei caminhando para Flores da Cunha. Ao longo do dia comi várias mexericas (cerca de 6) pegas no chão dos caminhos. Chegando à cidade voltei ao castelo para vê-lo iluminado à noite e depois à praça, para vê-la à noite. Fui pegar mais 6 mexericas de uma árvore da cidade para trazer para o hostel e quase perdi o horário do ônibus de volta por causa do tempo para procurar a árvore . Um africano ou haitiano ainda deu um leve sorriso de reprovação quando eu cheguei correndo no ponto com as pessoas já embarcando . Peguei o ônibus das 7:15 (penúltimo) da mesma viação pagando R$ 5,15 em dinheiro. Chegando no hostel encontrei Eduarda, neta de Solina de uns 10 anos, que havia perdido a mãe há cerca de 1 ano e estava visitando a avó. Jantei o mesmo do dia anterior, acrescentando 1 mexerica e sem a cuca. Perdi R$ 1,00 no troco do ônibus (acho que distraí tanto o cobrador com perguntas que ele se enganou) . No domingo 19/5 tomei o mesmo café do dia anterior sem cuca, mas com mexerica. Fui a pé a Otávio Rocha, distrito de Flores da Cunha. Saí às 8:30 e cheguei perto de 11:45. Achei bela a estrada ☝️. Novamente apareceram alguns cachorros latindo. Parei na Sociedade Esportiva Juvenil, que possuía um escudo do Palmeiras na porta. Lá uma voluntária cozinheira deu-me várias explicações e contou como certa vez um membro do Palmeiras que passava pela região ofereceu o fardamento e suporte ao time e eles tinham se tornado uma espécie de representantes do Palmeiras no local. Ela também me falou da história do local e de sua família. Para as atrações de Otávio Rocha veja https://www.viagensecaminhos.com/2017/10/otavio-rocha-flores-da-cunha.html. Gostei deste local. Já chegando passei na Vinícola Gazzaro, onde o atendente (talvez dono) parou brevemente de atender um grupo para me dar explicações. Como não havia visitas naquele dia, agradeci e continuei. Fui visitar a igreja, o museu (ambos fechados), praça e passei pelo Túnel da Uva. Depois subi o Belvedere e fui até o Mirante da Cruz e o Monumento ao Centenário. Achei a vista interessante. Descendo segui para o Parque da Gruta, onde havia uma cachoeira, atrás da qual se podia passar, mas em que não era permitido o banho. Havia também área para piquenique e lazer e uma roda de água. Fiquei lá razoável tempo contemplando a cachoeira. Um jovem de 58 anos e cabelos brancos, fazendo churrasco com a família, que me havia informado que não era permitido tomar banho na cachoeira, veio conversar comigo, perguntar de onde eu era e falar da viagem. Quando respondi que não tinha almoçado, mas tinha tomado um enorme café da manhã ele se foi e voltou algum tempo depois com um prato de carne do churrasco que estavam fazendo. Eu não queria ofendê-lo, mas se comece toda aquela carne muito provavelmente iria passar muito mal, pois depois de muito tempo sem comer carne já não tenho as bactérias e demais elementos necessários para sua digestão. Peguei um pedacinho pequeno para mostrar que não estava rejeitando, mas percebi que ele ficou decepcionado. Conversamos ainda um tempo sobre a vida, ele despediu-se e se foi. Deixo aqui meu agradecimento a ele . Saindo de lá fui para a Igreja de Nossa Senhora do Caravaggio (não era o santuário). Achei as paisagens do caminho muito bonitas, principalmente vistas das áreas mais elevadas ☝️. Peguei várias mexericas do chão. Chegando lá vi que existia outra sede da Sociedade Esportiva Juvenil e um rapaz que estava na cantina dispôs-se a ir abrir a porta da igreja para eu poder visitá-la, dando-me explicações sobre ela e a região. Achei a igreja simples, com alto astral e bonita ☝️. Ele me contou de um acidente que havia ocorrido com uma menina de cerca de 10 anos. Na semana anterior um agricultor da comunidade deles dirigindo um trator com itens agrícolas atropelou a menina que estava atravessando por trás do ônibus escolar após descer para ir para casa. A menina ficou na UTI e havia partido deste mundo naquele domingo 😭. O motorista falou-lhe que nunca iria imaginar que alguém atravessaria por trás do ônibus. Na volta comi mais mexericas. Visitei ainda o Casarão dos Veronese (https://casaraodosveronese.blogspot.com), que ficava na entrada do distrito. Achei-o grandioso e bem restaurado. A parte final do caminho foi à noite. O pequeno trecho da rodovia RS-122 em que caminhei à noite não foi muito agradável, pois faltava acostamento em vários pontos. Jantei o mesmo do dia anterior. Chegaram 2 homens para um curso de transporte público (acho que era no SESC). Na 2.a feira 20/5 tomei café da manhã só com o ofertado pela pousada e saí cedo para sacar dinheiro e pegar o ônibus das 9 horas para São Marcos na rodoviária. Meu destino eram Criúva e Mulada. Peguei o ônibus do Expresso São Marcos (http://expressosaomarcos.com.br), pagando R$ 10,20 com cartão de crédito. Chegando lá dei uma volta na praça, olhei a igreja por fora, visitei sua capela e fui andando pela avenida que se transformava em estrada e fazia a ligação com Criúva. Fui tentando conseguir carona sem sucesso. Parei no último boteco e mercado, perguntei se poderia pedir carona na porta, autorizaram-me, e fiquei lá tentando. Depois de 30 a 45 minutos passou um casal num Monza antigo e parou para me dar carona. Eles iriam até Mulada, o que facilitaria muito para mim ☝️. Ele era descendente de português aposentado, que tinha um sítio em Mulada e ela era sua segunda mulher (a primeira havia morrido). Ele veio contando sobre como era a região e sua história. Levaram-me até o centro de Mulada. Lá informei-me sobre visita à Fazenda dos Bertussi, que estava fechada e não foi possível, e ao Memorial, que era aberto ao público. Para as atrações de Criúva e Mulada veja https://www.viagensecaminhos.com/2017/08/roteiro-por-criuva-e-mulada.html. Fui então ao Memorial dos Bertussi, conheci sua história e apreciei a vista a partir dele, incluindo a vista de parte da Fazenda onde ficava sua sede. Andei um pouco a pé na estrada que ia até o cânion, mas como disseram que era longe, logo voltei. Depois voltei pela estrada em direção a Criúva, parei para apreciar a ponte e o Rio Mulada, e entrei no camping que dava acesso à Cachoeira da Mulada. O casal isentou-me da taxa por eu estar só. Peguei a trilha e cheguei a pequenas quedas de água. Banhei-me nelas, mas esperava uma cachoeira maior. Procurei outras trilhas, mas não as encontrei. Retornei, encontrei o casal e me disseram que eu não havia visto a cachoeira certa. Resolvi tentar de novo e desta vez encontrei a continuação da trilha após um campo aberto. Segui conforme haviam orientado, passei por uma cachoeira razoavelmente maior, mas pela descrição que deram achei que ainda não era a procurada, cruzei o rio nas pedras, desci a escada que havia ao seu lado e encontrei a maravilhosa cachoeira , que disseram ter cerca de 80 metros. Banhei-me em algumas de suas quedas centrais e laterias e a fiquei contemplando por um tempo. Adorei . Achei-a espetacular, larga e alta. Voltei e atravessei o rio pela barragem, o que me pareceu um pouco perigoso e necessitou de concentração. Recolhi lixo na trilha como forma de contribuição. Agradeci o casal, peguei a estrada e voltei para Criúva andando e apreciando a paisagem, de que gostei. Perto da chegada uma kombi passou por mim e me ofereceu carona até Criúva, dizendo que iria para Caxias. Fiquei tentado, mas não quis perder o resto da estrada e o passeio pela vila. Assim sendo, recusei. Chegando lá fui visitar a igreja e a praça. Já estava escurecendo e percebi que seria um pouco difícil conseguir carona. Havia outro rapaz esperando e pedi a ele para me incluir na carona se seu amigo fosse para São Marcos de fato. Fiquei na saída da vila e começo da estrada, debaixo do poste de iluminação pedindo. A mulher da casa em frente disse que seria difícil naquele dia e naquele horário, mas poderia tentar. Lembrei-me da carona desprezada . Mas após cerca de 15 minutos pedindo, passou uma caminhonete moderna com 2 homens que voltavam do sítio. Pararam e me deram carona. Que sorte ! Ele falou que parou, mesmo já estando bastante escuro, porque já havia andado muito a pé na vida e quis me auxiliar e achava que se não tivesse parado eu teria que dormir por lá. Viemos conversando sobre a vida por ali e a situação do país. Ofereceram-me banana que haviam colhido no sítio, que educadamente recusei. Acabei chegando em São Marcos cedo e pude pegar o ônibus das 18:45, pagando os mesmos R$ 10,20, mas desta vez em dinheiro. Cheguei na rodoviária de Caxias perto de 19:45 e voltei andando para o hostel. Os 2 que haviam chegado para o curso de motorista haviam gostado da primeira aula, mas a acharam puxada. Chegou outro rapaz chamado Claiton para trabalhar com obras. Jantei o mesmo do dia anterior e conversei um pouco com eles e Solina. Na 3.a feira 21/05 tomei o café da manhã ofertado pela pousada acrescido de uma mexerica. Saí bem cedo para pegar o ônibus para Farroupilha na rodoviária às 8:30. Fui pela Viação Ozelame (http://ozelame.com.br/ ou http://rodoviariacaxias.com.br/) pagando R$ 5,35 em dinheiro. Para as atrações de Farroupilha veja http://farroupilha.rs.gov.br/portaldoturista/ e https://www.viagensecaminhos.com/2011/06/farroupilha-rs.html. Ao chegar estava chovendo 🌧️, de fraco a moderado, e eu decidi esperar na rodoviária até amenizar. Após cerca de 40 minutos, quando achei que já estava bem fraca, fui caminhando até o centro. Visitei a catedral, o museu e o centro cultural. Devido à chuva, achei melhor pegar o ônibus para o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio (http://caravaggio.org.br) e esperar no ponto abrigado. Peguei o das 11:50, paguei R$ 3,90 em dinheiro e cheguei lá perto de 12:10. Lá visitei o santuário novo e o antigo, o rosário, a sala de velas e as salas de exposição. Achei belos todos os itens e grandioso o santuário ☝️. Esperei mais um pouco para a chuva diminuir e quase parar e voltei caminhando para o centro pela rota dos peregrinos. Em boa parte do trajeto havia uma pista para pedestres e ciclistas e gostei bastante da paisagem natural. A chuva parou completamente. Ao me aproximar do centro, fui à Casa de Pedra, que estava fechada para reforma, mas prestes a reabrir. A responsável permitiu que eu visitasse a parte de baixo. Foram cerca de 6 km do santuário até lá. Saindo de lá fui ao Parque dos Pinheiros. Perguntei a funcionários se havia trilhas no meio do mato e poderia andar por elas. Disseram que sim, mas que não eram trilhas com segurança nem manutenção. Andei pela pista e depois fui em direção às trilhas. No caminho encontrei um rapaz, perguntei se era seguro e ele me perguntou se iria usar drogas e disse que a polícia poderia aparecer às vezes. Como meu intuito não era nada disso, e depois de ver como era abandonado o início da “trilha”, achei melhor não ir, pois poderia haver algum problema de segurança com usuários de drogas. Após o passeio no parque, voltando para o centro, vi o Museu do Engenho e aproveitei para visitá-lo. Ficava ao lado de um café do mesmo proprietário. Aproveitei para comprar chuchu, limão, alface na Fruteira do Parque (https://fruteiradoparque.com.br/) por R$ 1,86 e bananas por R$ 0,62 no Supermercado Multi Economico, ambos com cartão de crédito. No caminho de volta para a rodoviária ainda peguei mexericas de uma árvore da rua. Perguntei a uma mulher de uma casa do outro lado da rua se poderia e ela respondeu que sim. Peguei o ônibus das 17:20, que me deixou num ponto mais próximo do que a rodoviária em Caxias (cerca de 1 km mais perto). Aproveitando que havia chegado mais cedo, passei no Supermercado Rosseti e comprei pães e cuca por R$ 10,10 com cartão de crédito. Comi um pão de milho e um pão multigrãos ao chegar ao hostel. Conversei com o pessoal que estava fazendo curso e organizei minhas coisas. Mais tarde jantei o mesmo do dia anterior acrescido de alface, limão, banana, chuchu e cuca de sobremesa. Na 4.a feira 22/05 tomei o café oferecido pela pousada acrescido de 2 sanduíches, banana, mexerica e cuca. Meu roteiro principal era Ana Rech, mas eu resolvi passar antes por outros atrativos do caminho. Comecei caminhando para o Jardim Botânico, cujas trilhas e paisagens muito me agradaram, particularmente o pinheiro símbolo, enorme, as árvores, as flores da estufa e o lago . Dali fui ao Memorial e Museu do Imigrante, que também me agradou, com variedade de itens, e onde fui bem atendido ☝️. Agradou-me a vista de cima do Memorial. No caminho para lá ao perguntar para um motociclista, um imigrante negro que vinha pela mesma rua antecipou-se e me orientou. Fui caminhando a seu lado e lhe perguntei se não era brasileiro, para começar uma conversa. Mas acho que ele se assustou, talvez já tivesse sofrido alguma discriminação por isso, acelerou o passo e depois atravessou a rua. Disse-lhe “benvindo ao Brasil” e agradeci, mas acho que a primeira pergunta acabou aborrecendo-lo e o fazendo sentir-se em possibilidade de discriminação . Saindo do Memorial e Museu, fui conhecer o campus das UCS (Universidade de Caxias do Sul – https://www.ucs.br), que achei grande, bem cuidado e com muitos institutos ☝️. Um homem, talvez professor, mostrou-me que havia um alojamento gratuito para professores visitantes. Achei muito interessante toda a estrutura que vi, considerando que era uma universidade comunitária. Após sair de lá fui caminhando para o bairro de Ana Rech. No meio do trajeto vi uma igreja com formato diferente, um retângulo que se ligava a uma esfera. Era a igreja de São Ciro, que entrei para conhecer, após pedir para a atendente. Ela me explicou que era o formato de um navio chegando no globo terrestre. Os vitrais coloridos internos iluminados pela claridade do dia me pareceram dar um ar de alegria espiritual, que me agradou . Continuei no caminho e cheguei ao Chateau La Cave (https://www.lacave.com.br). Originalmente eu tinha planejado fazer a visita guiada, mas como já tinha conhecido tantos outros itens semelhantes gratuitamente, desisti desta ideia. Mas entrei na portaria principal, fui até a recepção e perguntei repetidamente às 3 atendentes se poderia conhecê-lo por fora e visitar o jardim. Elas disseram que sim por 3 vezes. Explicaram que o castelo era recente, mas havia sido inspirado em um castelo espanhol do século XI. Fui então dar uma volta por fora do castelo e andar no jardim. Como começou a garoar, eu coloquei meu plástico capa de chuva. Quando estava nos fundos, apareceu um outro atendente e me disse que se precisasse de alguma explicação era só falar. Junto com ele saiu um aparente segurança de terno, que me pareceu acompanhar o passeio. Após eu andar pelo jardim, quando voltava para o pátio central, apareceu um outro homem, aparentemente o dono, gerente geral ou chefe da segurança, olhou-me fixamente (parecia estar com raiva) e me perguntou por onde eu tinha entrado, se fora pelos fundos. Disse que não, que tinha entrado pela portaria e que as recepcionistas haviam autorizado a visita, mas que se não era permitida, eu pedia desculpas e iria embora. Ele parecia um pouco nervoso e com raiva repetiu a pergunta por onde eu tinha entrado e me disse que não era permitida visita por fora. Pedi desculpas mais uma vez e perguntei se poderia conhecer o último trecho lateral que não havia visto, ao que ele respondeu que não, que eu já tinha visto e era para ir embora. Fui embora então. Acho que ele pensou que eu pretendia roubar, danificar algo, praticar algum ato ilícito ou que pela minha aparência com aquele plástico e chinelo iria assustar os visitantes . Logo a seguir já era a entrada para o bairro de Ana Rech. Vi o mapa na entrada, informei-me sobre distâncias e fiz um roteiro das atrações que pretendia conhecer. Passei e visitei uma loja de artigos locais, onde me chamaram atenção os feitos com lã de ovelha, depois fui ver os quadros da Epopeia Imigrante, contando as várias etapas da chegada e vida dos imigrantes italianos, que achei muito interessantes ☝️. Vi a igreja de Nossa Senhora do Caravaggio (não era o santuário) por fora e a estátua de Ana Rech em sua frente, que me pareceu ter um semblante triste, ou talvez de cansaço pelas dificuldades encontradas. Lá conheci Ivone Rech, que disse ser tetraneta de Ana Rech, mas que fazendo as contas acho que era trineta. Ela me falou de seu bisavô, filho de Ana Rech, que disse que não viriam emigrar para pedir auxílio, mas sim para trabalhar, contou que Ana Rech havia tido uma filha surda-muda, talvez com Síndrome de Down, que tinha adotado uma menina negra, que morreu antes da mãe, de ter ameaçado atirar-se ao mar quando tentaram impedi-la de emigrar para o Brasil e de fazer sopão para os homens durante o trabalho de construção da igreja. Ivone falou que recentemente seu marido tinha decepado parte do pé, seu filho tinha morrido após ter ficado 35 dias no hospital após ser baleado num assalto e sua mãe tinha morrido neste período . Achei uma sequência bem pesada de acontecimentos. Após despedir-me dela fui para a Praça dos Presépios, onde havia um feito de metal, que achei bem interessante ☝️. Seguindo peguei uma rua lateral e fui à Aldeia dos Presépios, que achei bela, onde ainda havia alguns montados. Ao longo do dia ocorreram chuviscos leves, que começavam e paravam. Voltei caminhando. À noite conversei com o pessoal do hostel e com a Solina, jantei o mesmo que o dia anterior e assisti junto com um dos homens que era gremista ao jogo entre Juventude e Grêmio pela Copa do Brasil. Na 5.a feira 23/05 meu destino era Bento Gonçalves. Mas desta vez eu iria hospedar-me e ficar lá. Os que estavam fazendo o curso vieram despedir-se de mim antes de saírem, mesmo eu ainda na cama. Tomei o café igual ao do dia anterior. Despedi-me de Solina e a agradeci por tudo. Antes de pegar o ônibus fui visitar a Igreja Imaculada Conceição, que estava fechada quando por lá tinha passado. Aproveitei e visite o Museu dos Capuchinos ao lado, onde fui atendido por Adriana. Achei ambos interessantes ☝️. Não sabia que os frades haviam tido um conjunto musical . Peguei o ônibus cerca de 10:45 na Lancheria Real, que era uma parada numa avenida no trajeto do ônibus, que vendia cartão para embarque, sem imprimir o bilhete. Era o ônibus da empresa Ozelame, que custou R$ 11,65 em dinheiro. Fui o começo do trajeto de pé, até chegar perto de Farroupilha, onde desceu um rapaz ao lado do banco em que eu estava. Cheguei a Bento Gonçalves pouco antes do meio dia. Fui procurar hotéis baratos, mas nenhum era mais barato que a Pousada Thiany (http://www.pousadathiany.com.br). Então fui para ela. No caminho passei pela Vinícola Aurora e me informei sobre visitas. Cheguei lá, conversei com Maria, a dona, e fiquei hospedado por R$ 49,00 a diária, em quarto privativo, com banheiro compartilhado e buffet de café da manhã, que achei excelente. Deixei R$ 5,00 de caução devido à chave automática do portão, que permitia entrar e sair a qualquer hora independentemente de atendentes. Almocei, parte no caminho, parte após me instalar na pousada, 3 pães de milho, 2 pães multigrãos e 2 sanduíches. Com o estômago cheio, fui fazer a visita à Vinícola Aurora (http://www.vinicolaaurora.com.br) . Fui guiado por Rogério, que atendeu muito bem. Inicialmente eu estava sozinho, mas após começar o vídeo chegaram dois rapazes paraibanos e quando terminou o vídeo e olhei para trás havia mais cerca de 7 pessoas. Ele falou sobre os equipamentos, sobre o processo de confecção das bebidas, sobre a história e sobre o sistema de trabalho. No final houve degustação de 4 vinhos, 3 espumantes e 1 suco orgânico. Experimentei um pouquinho de cada e gostei especialmente dos vinhos suaves, dos espumantes e do suco. Agradeci e fui visitar o centro da cidade. No caminho encontrei com um grupo de descendentes de japonesas que tinha participado da visita e comentaram que também haviam gostado, principalmente da degustação. Eram paranaenses e falaram que gostavam de ir ao Bairro da Liberdade em São Paulo. Desci a escadaria que levava ao centro e fui a um quiosque de turismo que me forneceu mapas da cidade e de 2 roteiros que eu pretendia fazer. A mulher atendeu-me muito bem e me deu várias informações sobre a cidade, a segurança, as estradas e outras. Visitei casas históricas, prefeitura, igreja, via turística e o miolo central. Achei bem interessante e bem cuidado ☝️. No fim do dia, comprei peras, caquis-chocolate e bananas no Mini Mercado e Fruteira Tutti Fruti (https://www.facebook.com/fruteiratuttifruti) por R$ 2,25, tomate e chuchu (também deram-me uma couve amarelada) num horti fruti por R$ 2,50 e pães sovados no Supermercado Apolo – filial do Shopping L’América (http://www.superapolo.com.br) por R$ 2,95, todos pagos com cartão de crédito. Ao voltar para a pousada, cozinhei arroz integral e o jantei com chuchu, cenoura, repolho, alface, couve, tomate, banana, pera, caqui e mexerica. Conheci Rose, atendente da pousada, que me atendeu muito bem ao longo de toda a estadia ☝️. Para as atrações de Bento Gonçalves veja http://bento.tur.br/, http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/turismo/pontos-de-visitacao e https://www.viagensecaminhos.com/2018/04/bento-goncalves.html. Na 6.a feira 24/05 fui visitar os atrativos urbanos de Bento Gonçalves. Inicialmente tomei o café da manhã , que era buffet, com vários tipos de pão, manteiga, queijo amarelo, presunto ou salame, ovos, linguiça, banana, caqui-chocolate, mexerica, 2 ou 3 tipos de bolos, 2 ou 3 tipos de biscoitos, 4 tipos de doces, 2 tipos de suco, café, leite, cereais e similares. Antes de sair paguei para Maria a diária de R$ 49,00 com cartão de crédito. Ao sair da pousada vi uma área verde em frente. Resolvi pegar uma trilha dentro dela e ir em frente descendo. Ao chegar lá embaixo perguntei a um homem se era um parque, mas ele disse que era um loteamento, mas que poderia andar por ele. Inicialmente fui ao Parque de Eventos. Achei-o bem amplo e bom para caminhar. Só dei a volta no complexo por fora. A vista dos arredores parecia ser muito boa, porém estava um pouco restrita devido à nebulosidade. Saindo de lá passei pelo conjunto olímpico e pelo SESC ou similar. Começou a chuviscar 🌧️. Fui em direção ao Museu do Imigrante e à Fundação Casa das Artes. Gostei de ambos ☝️. Esperei a chuva amainar um pouco e fui conhecer o Monumento aos Imigrantes, a Igreja São Bento ☝️, que achei muito interessante, com seu formato diferente e seus vitrais, e a praça em que elas ficavam. Daí fui conhecer as construções históricas, o estádio antigo, as praças indicadas no roteiro, a Igreja Cristo Rei , que achei linda e diferente, com sua imagem de Jesus no trono de rei, a estação ferroviária, a Maria Fumaça, a Casa do Artesão, a entrada do espetáculo da Epopeia Italiana e encerrei indo até o Pipa Pórtico. Os pontos de que mais gostei foram as igrejas de São Bento e Cristo Rei, a Maria Fumaça e o pórtico . Um ponto de que gostei foi que havia banheiros públicos em muitos locais diferentes, como praças, o que facilitou muito a situação, pois num dia frio como aquele acabei urinando muitas vezes ☝️. A chuva perdurou por quase todo o dia, após começar por volta de 10 a 11 horas da manhã. O dia foi mais frio do que os anteriores, com temperatura máxima por volta de 13 a 15 C. Quando cheguei à noite Rose falou-me que a pousada tinha um robô comprado nos EUA para fazer limpeza. Quando fui tomar banho vi o robô operando. Jantei o mesmo que o dia anterior, com exceção do caqui. No sábado 25/5 fui fazer o Roteiro Caminhos de Pedra (http://www.caminhosdepedra.org.br). O café da manhã foi igual ao do dia anterior. Novamente paguei para Maria a diária de R$ 49,00 pela manhã. A pousada estava cheia. Saí cedo para poder ir caminhando e cobrir todo o roteiro. Na cidade e no início do caminho houve muito sobe e desce com muitas ladeiras . Logo no princípio da estrada um cachorro começou a me seguir e parecia meio perdido. Fiquei com medo dele ser atropelado e tentei não olhar para ele para que não me seguisse na estrada e voltasse para a área rural. Fui muito bem tratado durante todo o roteiro ☝️. Achei a estrada em si muito bela. Num dos primeiros pontos do roteiro havia um mirante com vista para uma cachoeira no meio da mata e toda a vegetação ao redor . Apreciei bastante esta vista ao lado de um casal de gaúchos que também lá parou. Fui passando pelos outros pontos e parei na Vinícola Fontanari para fazer visitação. Um jovem membro da família acompanhou-me, junto com um casal de Porto Alegre e mostrou as instalações da vinícola, que parecia bem familiar. No fim ainda foi possível apreciar a vista a partir de uma sacada que lá existia. Eu agradeci mas não quis participar da degustação. Mais à frente também fui conhecer outra vinícola, a Salvati, em que fui atendido pelo próprio Salvati ☝️. Muito simpático e comunicativo apresentou-me sua vinícola, ofereceu-me repetidamente vinhos e sucos, que eu educadamente recusei, contou-me a história da região, do trabalho, da sua família, da construção de partes da casa, da casa de pedra e de outros pontos. Falou-me do muro grande da frente que foi construído por apenas um homem com pedras encaixadas e sem rejunte. Conhecia bairros de São Paulo devido ao que os viajantes contavam. Chegou um casal de Mogi Mirim e realizou degustação enquanto conversávamos. Aí chegou um grupo grande de excursão e ele continuou nos atendendo, deixando o grupo esperar. Eu até fiquei preocupado e fui avisar-lhes de que ele estava acabando de nos atender e já iria. Ensinou-me um atalho para sair. Passei também pela Casa das Ovelhas, em que degustei queijo de ovelha e as atendentes me explicaram o trabalho deles com as ovelhas ☝️. Na Casa dos Queijos, experimentei a geleia de café, que parecia bala de café e de que gostei ☝️. Houve várias capelas e casas de pedra e madeira históricas ao longo do caminho. Peguei várias mexericas do chão durante o dia. Achei a estrada com pouco acostamento, mas como o movimento não era tão grande, não gerou grande impacto. Não choveu e a temperatura começou abaixo de 10 C e subiu para cerca de 20 C ao longo do dia. Jantei o mesmo do que o dia anterior, sem banana. Rose contou-me que seu marido era caminhoneiro e que ela já o havia acompanhando em algumas viagens com um filho. Eles tinham 5 filhos e no dia seguinte sua irmã viria para cidade e ela iria estar de folga. Despedi-me dela. Durante a noite houve bastante movimento e barulho 🔊, pois a entrada era do lado do quarto em que eu estava. No domingo 26/5 fui fazer o roteiro do Vale dos Vinhedos e Via Trento (http://www.valedosvinhedos.com.br). Logo pela manhã abriu-se uma vaga para mais um dia na pousada, algo que estava pendente. Mas precisei mudar de quarto. Paguei o mesmo valor de R$ 49,00 com cartão de crédito para Maria. O café foi similar ao do dia anterior. Dei algumas informações sobre meu passeio do dia anterior para um casal que pretendia conhecer a região. Saí cedo para poder cobrir a maior parte do vale possível. Fui caminhando pela cidade, passei o pórtico e peguei uma rua local que me levava diretamente à estrada do vale, conforme estava no mapa e seguindo a orientação dos atendentes do posto de turismo que ficava embaixo do pórtico. Achei as estradas do Vale dos Vinhedos e a Via Trento muito bonitas ☝️, com muitas construções históricas, antigas ou típicas, porém com pouco acostamento. Fui muito bem tratado em todo o roteiro. Visitei várias vinícolas, tanto pequenas como grandes. Passei mais tempo na Miolo, Cave de Pedra e Casa Valduga por serem maiores e terem ampla área de visitação. Comecei passando por algumas pequenas em que me permitiram a visita externa e até interna em alguns casos, com explicações dadas pelos responsáveis sobre vários assuntos. Uma abelha enroscou-se no meu cabelo e quando a fui tirar levei uma picada no polegar 🐝. Passei também pelo empreendimento de cerveja artesanal, pela biscoiteria, que me permitiu uma visita completa, que apreciei, e ainda me deu um delicioso biscoito com frutas de presente, pelo engenho, que me permitiu visitar seu museu, mirante e área externa, de que gostei, e pela capela. Não pude entrar no Memorial do Vinho, pois era restrito a hóspedes. Depois fui à Vinícola Miolo (https://www.miolo.com.br), que tinha uma enorme área externa, com jardins, parreirais, lago e área com vegetação. Gostei bastante, fiquei razoável tempo e dali segui para a Cave de Pedra (http://www.cavedepedra.com.br), que era uma espécie de vinícola dentro de um castelo. Permitiram entrar e subir no mirante da torre para apreciar a vista e conhecer um pouco do castelo. Além disso pude dar uma volta na área externa para apreciar a construção. Gostei bastante também. Daí voltei para pegar a Via Trento. Lá passei novamente por vários empreendimentos, vinícolas, jardins, artesanato, capela e outros, parando mais demoradamente na Casa Valduga (http://www.casavalduga.com.br), em que foi permitido dar um amplo passeio na área externa, que tinha amplas áreas verdes, parreirais, construções históricas e uma construção que me pareceu ser também em forma de castelo. Apreciei bastante. Ao lado conheci a matriarca da família Valduga, casada com Cândido, na Vinícola Dom Cândido. Já com uma certa idade, parecia ter alto astral. Para encerrar passei ainda em outras vinícolas pequenas, sendo que na Terragnolo (acho que foi esta) pude visitar as caves e fiquei ouvindo as explicações do dono, que compunha o simpático casal. Na última, Peculiare, já perto do pôr do sol, conversei com o aparente dono e ele me pareceu revelar uma ampla visão estratégica e de gestão do seu negócio e das suas possibilidades. Perto de 15 hs, reencontrei o casal com que havia conversado no café da manhã na pousada e eles ainda pretendiam ir aos Caminhos de Pedra. O dia começou um pouco frio, mas logo esquentou para mais de 20 C, com sol o tempo todo. Comi várias mexericas pegas do chão ao longo do caminho. O jantar foi igual ao do dia anterior, menos arroz e pera e acrescentando pães. A pousada estava bem mais vazia. Na 2.a feira 27/5 fui conhecer Garibaldi. Tomei café igual ao do dia anterior. Durante o café uma moça perguntou-me quem havia morrido ao ver as bandeiras das manifestações a favor do Presidente Bolsonaro. Eu estava de boca cheia e antes de responder o atendente respondeu que havia sido o PT. Ela me pareceu ficar desconcertada com a resposta. O atendente perguntou-me se eu era petista, pensando ter criado alguma animosidade, ao que respondi que não (embora não seja a favor da maioria das ideias do presidente). Mas isso evidenciou o clima de discórdia presente entre as pessoas naquele momento. Despedi-me do atendente, devolvi as chaves e itens na recepção e peguei a caução de volta. Saí pouco antes de 9 horas. Comprei pães para o almoço, jantar e café da manhã no Supermercado Apolo por R$ 2,18 com cartão de crédito. Decidi ir a pé a Garibaldi, imaginando poder apreciar a paisagem da estrada e porque a Vinícola Chandon era no caminho. Eram cerca de 8 km de estrada mais o trecho urbano, perfazendo uns 12 km. Como a estrada era a BR-470, bem movimentada, a apreciação da paisagem não foi tão boa quanto nas estradas rurais menores, mas mesmo assim houve trechos de vegetação que achei interessantes. Parei na Vinícola Chandon (https://www.chandon.com.br) para tentar fazer uma visita. A porteira disse-me que só o varejo estava disponível e que eu não poderia fazer uma visita às áreas externas. Perguntei-lhe então se poderia ir ao varejo e ela autorizou. Chegando lá pude visitar o terraço e depois fazer degustação de 2 espumantes, ambos deliciosos, um feito especialmente para o Brasil. Algumas garrafas pareciam aquelas dos prêmios dados na Fórmula 1. O recepcionista ainda me disse que poderia ir ao belvedere em frente e andar pelo parreiral. Achei bela a vista. Gostei da visita. Chegando em Garibaldi, depois de passar pelo monumento a Giuseppe, perguntei a uma mulher sobre os pontos turísticos e ela me deu informações completas. Decidi então começar pela estação ferroviária, que estava fechada. Depois fui à Vinícola Cooperativa Garibaldi (https://www.vinicolagaribaldi.com.br), onde fui muito bem atendido e fiz a visitação completa, que tinha um enfoque histórico. Adriana guiou-me e me falou dos processos passados e presentes e de alguns produtores de itens diferenciados, como orgânicos ou vinhos especiais. Havia frases de várias personagens históricas nos barris, desde a Antiguidade até a Idade Contemporânea. Gostei bastante da visita. No final houve degustação de vinho, espumante e suco integral, todos muito bons. Saindo de lá fui visitar o centro histórico, com seus casarões, igreja, museu e outros. Achei-os muito bem preservados. A igreja matriz estava em restauração e o museu estava fechado. Subindo a ladeira a partir de lá fui à Ermida Nossa Senhora de Fátima e ao mirante. Achei a ermida muito acalentadora e a vista do mirante permitiu ver outra parte da cidade, além do centro a partir do alto. Descendo de lá perguntei a um rapaz como ir à Vinícola Peterlongo (http://www.peterlongo.com.br) e ele disse que estava indo para perto dela. Fui com ele, mas ele se confundiu e me levou à cooperativa. Agradeci, voltei e pedi informações sobre a Peterlongo, que até nem era tão longe dali. O único inconveniente é que começou a garoar. Mesmo assim fui até lá. Carol atendeu-me e disse que eu poderia visitar a área externa, a loja e alguns espaços internos. A visita completa guiada custava R$ 30,00 e eu não quis fazer. Achei interessante a área de eventos, estilizada para parecer espaço interno de vinícola, onde faziam exibições de cinema e outros, a loja, com sua variedade de produtos e a área externa, onde havia uma bonita área verde. Ela me explicou que a Peterlongo é a única vinícola brasileira que pode usar o nome Champagne no rótulo, pois já o usava antes da patente ser obtida pelos franceses, na primeira metade do século XX. Também gostei da visita. Saindo de lá, já satisfeito com tudo que havia conhecido, decidi ir para a rodoviária. A garoa continuava, um pouco mais forte. Cheguei bem em cima da hora de pegar o ônibus da Bento Transportes (http://www.bentotransportes.com.br) das 15:20 para Porto Alegre, que saiu às 15:30, pelo qual paguei R$ 33,35 com cartão de crédito. A viagem foi quase toda sob chuva. Chegamos por volta de 18:10. Haviam informado para mim que o entorno da rodoviária poderia ser perigoso, então eu pedi informações sobre o melhor caminho para chegar até a Rua Alberto Lins, que era bem próxima. Disseram-me para não pegar a passarela e ir por baixo do viaduto. O trajeto foi tranquilo, porém como havia chovido e ainda garoava, havia muitas poças de água, o que fez com que tivesse que tomar muito cuidado para não levar um banho dos carros. Na chegada ao hostel toquei a campainha errada por 3 vezes até entender que o morador estava me dizendo que não era aquele interfone e sim algum outro. Um uruguaio foi abrir a porta para mim. Fiquei no HostelRock.com (https://www.hostelrock.com.br/), pagando R$ 28,80 com cartão de crédito por uma cama em quarto compartilhado, sem direito a café da manhã. Estavam hospedados ou morando lá o uruguaio, uma uruguaia, um chinês, um gaúcho, um paranaense e talvez outros. Fui comprar mandioca e limão no Supermercado Gecepel (http://www.gecepel.com.br) pagando R$ 0,83 com cartão de crédito e bananas e cenouras no ambulante Fernando pagando R$ 1,00 em dinheiro. Ele me falou de sua descendência polonesa, do seu trabalho ali na rua e de que gostaria de conhecer São Paulo, perguntando sobre hábitos de paquera das mulheres paulistas. Cozinhei arroz integral com mandioca e os jantei junto com limão, cenoura, chuchu e alface, com pão com banana de sobremesa. Depois conversei bastante com o chinês sobre viagens, a roteiro dele pela América do Sul e Brasil, a situação na China, Taiwan e outros. Pedi para o gaúcho Rogério acordar-me, caso meu despertador falhasse. Na 3.a feira 28/5 voltei para São Paulo. Após acordar conheci Diego, o dono do hostel e paguei a diária para ele. Tomei café da manhã com sanduíches de pão, chuchu, limão, cenoura, alface e banana. Rogério conversou comigo durante o café, falando de sua experiência de vida, seu trabalho como pioneiro em câmeras digitais e sua estadia na Califórnia. Fui a pé ao aeroporto, a cerca de 6 km de distância. Após o embarque uma mulher passou mal e requisitou a equipe médica do aeroporto, mas aparentemente não foi nada grave. O voo foi tranquilo, mas um pouco nublado, o que impediu a apreciação da paisagem em boa parte do trajeto. Almocei pães e sanduíches durante a viagem. Após descer no aeroporto de Guarulhos em São Paulo peguei o ônibus contratado pela TAM para ir até Congonhas e lá conheci uma família do norte do Mato Grosso, pai, mãe, filho e cachorrinha, provavelmente poodle ou similar, que estavam voltando da região de Nova York. Vim conversando com o pai e mostrando os vários pontos de São Paulo pelos quais passávamos.- 3 respostas
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E ai galera beleza? Então, acabamos de retornar de nosso "mochilinho" pelo Rio Grande do sul e foi surpreendente. Quando minha esposa me disse que queria fazer um mochilão por Gramado e região confesso que torci o nariz, pois se tratar de uma região reconhecida pelo seu grau de 'careza', ainda mais por se tratar do natal luz. E como eu viajo a mais tempo que ela, sabia que seria um desafio e tanto fazer esta viajem sem estourar completamente o nosso orçamento. Mas no fim deu tudo mais que certo e deu para mochilar legal pela serra. Pois bem, vamos a alguns detalhes que nos ajudaram muito durante a viajem e, deixo como dica para os próximos que irão: -A principal delas é sobre os sites de compra coletiva muito usados na serra gaucha (laçador de ofertas, tchê ofertas...); para que vc realmente tenha um desconto real em sua compra vc precisa 'deixar' que o site lhe mande ofertas... Pois estas sim valerão muito a pena. -Compre suas passagens e hospedagem com antecedência. -Fujam do bustour e dos tranfer. durante este relato explicarei os motivos destas recomendações. 1° Dia- Porto Alegre (24/11/2018) Nós somos de uma cidadezinha no interior de São Paulo Chamada Tambaú, então no dia anterior tinhamos pegado um ônibus até a capital para ficarmos na casa de nossos padrinhos para no dia 24 seguirmos viajem. Pegamos nosso voo para Poa em congonhas, fomos de Latam, pagamos $641,70 + $98 de bagagem (2 pessoas), saímos de CGH por volta das 07:30hs, e chegamos a POA as 09:00hs... Estava chovendo em Porto Alegre e, com o aeroporto em obras, tivemos dificuldades para encontrar a entrada do aeromóvel que nos levaria até o metro... Por fim encontramos e pegamos sentido a rodoviária ($3,30 p/p)... Chegando na rodoviária já procuramos o guichê da empresa Unesul para comprar as passagens do dia seguinte para Bento Gonçalves. Estava chovendo muito, e foi um sacrifício para chegarmos a pé até o hostelRock, ($76 quaro duplo com banheiro compartilhado), ainda mais pq o GPS resolveu nos trollar nos mandando para o lado errado😵. O hostel é bem ok não tem nada de demais mas é bom para quem pretende passar poucos dias em Porto Alegre... E como nós só iriamos ficar 1 foi mais que suficiente. Como estava chovendo muito não pudemos sair de imediato então ficamos no hostel por um tempo e depois fomos para o shopping total ver um filme($12 p/p), pois ficar trancados dentro de um quarto não é muito nossa praia. Quando acabou o filme vimos que a chuva tinha dado uma trégua, resolvemos seguir a pé para explorar a cidade... Como já estava tarde as atrações já estavam fechadas mas mesmo assim fomos dar uma conferida😁... Depois disso fomos experimentar o famoso lanche de coração de frango de lá, (não é ruim, mas também não é a maravilha que falam, é bem normalzinho), e em seguida pegamos um uber($8,31), pois a região central de Poa a noite não inspira grande segurança, e fomos descansar pois acordaremos cedo no dia seguinte para viajar para Bento. Shopping Total Poetas da praça casa de cultura Mario Quintana O tal lanche com coração de frango (preços na comanda👍) 2° dia: Bento Gonçalves (25/11/2018). Antes de continuar vale deixar um comentario/ sugestão para se chegar a Bento, se vc é como eu que não pretende alugar carro, nem pagar um transfer caríssimo, o melhor jeito é ir de ônibus. E para que vc não perca muito tempo e dinheiro o melhor é deixar para fazer Bento antes, ou depois de Gramado. Por exemplo nós escolhemos ir antes então o nosso roteiro ficou: Poa- Bento-Gramado... Mas pode ser feito ao contrário. Pois ambas as rotas passarão por Caxias do Sul. Continuando... Acordamos por volta das 3:30hs para pegar nosso ônibus para Bento as 5hs. Foi recomendado para não ir a pé para rodoviária de madrugada então, pedimos um uber ($16,78) e pegamos nosso ônibus da UNESUL para Bento ($71,20 p/2)... Dois detalhes: O 1° é que sai apenas um bilhete para as duas passagens; e o 2° É que o ônibus é o que vai para Carazinho, então é bom se informar na plataforma. A viagem foi tranquila deu para dormir legal🤤😴, chegamos a Bento por volta das 8hs. Como estávamos de Mochila pedimos para guardar na rodoviária ($7 p/mochila)... Dica importante LEVEM DINHEIRO EM ESPÉCIE. Em seguida fomos a pé para a nossa 1° vinícola: Aurora. Como ela fica na área urbana da cidade pudemos ir aproveitando um pouco do que a cidade tinha para oferecer... Inclusive a famosa fonte de vinho. Fonte de vinho A cidade é extremamente limpa! Até nas lixeiras tem plantinhas. A cidade em si é uma graça. Chegamos a Vinícola Aurora, por volta das 9:45hs, esperamos alguns minutos para o tour (grátis). É um passeio mais técnico, contando sobre a elaboração dos vinhos e no final é feita a degustação, que se divide em: secos, suaves, licoroso e azeite, e suco. Saindo da Aurora, fomos caminhando até o Pórtico Pipa, e da lá pegamos um Uber (R$10,71) até a Via Trento, onde visitamos outras Vinícolas: Casa Valduga e Dom Cândido. O tour na Casa Valduga é R$40 por pessoa e ganha uma taça, a degustação é feita de uma maneira diferente e bem descontraída durante o passeio🤩. Na Dom Cândido, resolvemos não fazer o tour completo, só a degustação (R$35 por pessoa), a essa altura já estávamos meio alterados😅🤪😵. Depois fomos almoçar em no Vinhas do Vale, também na Via Trento, onde comemos um Sanduíche Talian (R$18) e um Sanduíche Gourmet (R$28), super indicamos é fenomenal😋👍. Após o almoço fizemos uma caminhada até o a capela de N.S. das Neves... Onde pedimos um uber para voltar a rodoviária, porém ninguém aceitou o chamado🤬, então tivemos que chamar um táxi ($35)😱😡 pois já era tarde, estávamos cansados, e tínhamos que pegar o ônibus para Caxias do Sul. Chegando na rodoviária fomos comprar as passagens e para nossa surpresa não aceitavam cartões. Então acabamos perdendo o ônibus que queríamos pegar e só pudemos ir no próximo das 17:16hs. A empresa que faz o trajeto Bento x Caxias é a OZELAME ($13). Chegamos em Caxias e pegamos um ônibus da CITRAL ($17,75) para Gramado as 19hs... e adivinha também não aceitavam cartões lá. Por fim chegamos a Gramado. Mas admitimos que devíamos ter deixado mais tempo para Bento pois a cidade tem MUITA coisa a oferecer. 3°Dia: Gramado (26/11/2018) Chegamos em Gramado no dia anterior à noite como estávamos cansados resolvemos ir direto para a casa que alugamos pelo Airbnb (119,46 p/dia)... Foi fantástico só tenho elogios para a nossa host Yra e sua acomodação.🤩😍👍🏿 Acordamos um pouco mais tarde e seguimos direto para o centro pois estávamos com fome e queríamos muito experimentar as famosas cucas e os pãezinhos da casa do colono... E vou te dizer falar que é uma delícia é POUCO!😋😋 Depois fomos dar uma volta a pé pela Borges de Medeiros para nos situar, aproveitamos para comer pela 1° vez o royal trudel 😋 ... Logo após demos uma passadinha rápida em casa e já voltamos para ver o show de acendimento, afinal era o NATAL LUZ! Loja crie seu amigo: é uma graça, mas se vc estiver com crianças e pouco dinheiro não entre. Rua coberta Não voltem sem experimentar. É MUUUUITO gostoso! ($36 p/2) Voltamos para ver o show de acendimento... Simplesmente lindo!🤩🤩 Em seguida fomos provar nossa primeira sequencia de fondue no Alpine la Table, que no geral acabou sendo o que mais gostamos. Palácio dos festivais a noite para o show de acendimento Estava delicioso compramos pelo laçador de ofertas (89,90 p/2) e ainda ganhamos uma garrafa de vinho🍷😋😋 4°dia: Gramado (27/11/2018) Levantamos dispostos neste dia com a intenção de ir a pé até o lago negro... Porém fomos novamente trolados pelo GPS😖 e acabamos indo parar na "periferia" de Gramado... e tenho que dizer também é um charme🤗. E acabamos sendo ' socorridos' pelo dono de um hostel (hostel doce amor), que foi super simpatico e nos deixou esperar por um uber lá, e ainda nos deu algumas dicas sobre a cidade.👍 Por fim chegamos ao lago negro... Pensa em um lugar bonito, aconchegante, com uma vibe muito boa... ADORAMOS! Fizemos até um piquenique lá.🥪😋 Saindo do parque do Lago Negro tem uma feirinha de artesanato demos uma boa olhada, e voltamos para o centro para conhecer o mini mundo. Chegando no mini mundo, demos muita sorte pois não pegamos as enormes filas que normalmente tem lá. Logo que entramos ficamos abismados com o tamanho do lugar, é bem maior do que pensamos, esperamos um pouco e fizemos o tour guiado pelo lugar... A riqueza nos detalhes nos encantou cheio de curiosidades e fatos históricos; (inclusive na parede tem replicas em alto relevo para que os deficientes visuais possam sentir,e eles ainda disseram que existem algumas obras em escala menor para que eles possam pegar na mão, super top👍), o lugar vale a pena a visita. Gramado é uma cidade encantadora, por isso, por querer ver cada detalhe nós ficamos muito tempo em cada lugar onde passamos.... E valeu muito a pena, pois queriamos curtir a cidade sem pressa.😎😊 Fomos jantar mais cedo neste dia pq decidimos ver o show de acendimento novamente😅, (dica importante aqui: se vc tem a intenção de ver o acendimento e depois ir jantar É MELHOR CORRER, por que os restaurantes ficam lotados depois disso, o melhor jeito que encontramos foi: ou ir antes, ou pelo menos uma hora e meia depois... Se vc não for ver o acendimento pode ir no horário do show que o restaurante vai estar vazio). Jantamos uma sequencia de pastel no Chalé do Pastel ($ 51,80 p/2) MUITO BOM! A principio pelo tamanho achei que nunca iria encher🤣😂, mas por fim acabou sendo perfeito pq assim pudemos aproveitar todos os sabores. E o chopp que eles servem lá é divino.👍 Logo após o acendimento fomos para a lugano experimentar o chocolate quente de lá e, o chopp também. Ambos são perfeitos e valem muito a pena conferir!🍺☕ Depois disso fomos para casa descansar. Parque do lago negro Um pedaço do mini mundo Palácio dos festivais aceso e com neve no show de acendimento. Rua Coberta à noite após o show de acendimento Chocolate Lugano e suas cadeiras gigantes. 5⁰ dia: Gramado e Canela (28/11/2018) Acordamos cedo e já fomos até o centro para pegar o famoso Bustur ()de Gramado, e tenho que confessar FOI UMA TREMENDA DECEÇÃO! 😞😖 O ônibus não é ruim, mas se perde MUITO tempo no deslocamento entre um ponto e outro. E se vc for como nós, que gosta de maximizar seu tempo, eu realmente não aconselho este ônibus. VÁ DE TRANSPORTE PÚBLICO! É mais rápido, barato e vantajoso. Continuando... Pegamos o Bustur no centro de Gramado e fomos em sentido Canela pois queríamos conhecer a cidade... Quando chegamos em Canela, (depois de uma eternidade, pq esse ônibus para em tudo quanto é hotel, e quando chega em uma atração fica uns 10 minutos parado😠 ... vai calculando o tempo que perdemos), fomos direto para a catedral de Pedra, ela é linda! Vale muito a visita, adoramos.👍🏿 Mas já estávamos em cima da hora para o almoço, pois queríamos almoçar "Na Mina" e depois de uma eternidade em cima do Bustur descobrimos que ele não parava onde queríamos almoçar😡... Por fim acabamos indo neste ônibus até o " Cristais Gramado" onde literalmente abandonamos ele. Detalhe importante já era por volta das 14 horas quando chegamos aos Cristais. Perdemos uma manhã inteira nesse busão 😥. Sobre o Cristais, vale a pena a visita. Eles mostram como são feitas as peças e tudo mais é bem legalzinho... De lá da para ir andando até o pórtico normando de Gramado... Como começou a chover não deu para tirar fotos😥... E o Le jardim também é bem perto da para ir de busão (coletivo).👍🏿 Voltamos para o centro com a van da própria Cristais, (Já ia esquecendo de falar, eles fazem o tranfer do centro até lá DE GRAÇA, e a volta também é free👍🏿🤩), e fomos finalmente fomos almoçar. Depois fomos provar o famoso chocolate na "velha bruxa" que é MARAVILHOSO ($36,85 tudo) A noite fomos até a rodoviária para pegar o busão (coletivo) para Canela, pq queríamos jantar na pizzaria "toca da bruxa" ($50 p/p)... O lugar é incrível adoramos cada detalhe a pizza é muito boa e de quebra ainda da para ver o show de luzes na Catedral de Pedra... ADORAMOS!🤩🤩 Por fim voltamos para Gramado para descansar. 6° dia: Canela (29/11/2018) Acordamos cedo e dispostos a fazer o caminho até Canela a pé. Pq queriamos aproveitar tudo o que tinha pelo caminho. Então pegamos a avenida das Hortencias e fomos passeando de vagar para não perder nada do que queriamos... Foi super legal pois tem muitas coisas pelo caminho, não vou descrever uma a uma para não me estender demais mas para se ter uma noção nós passamos pelo mirante Belvedere (não é nada demais), pela fabrica da Prawer, Caracol, Florybal, mundo a vapor, e por ai vai. (Nota importante: nós não fizemos os três museus mais vendidos; o museu de cera, hollywood dream cars, e o super carros... Simplesmente pq não nos atraiu. mas para quem gosta tbm fica na Av. das Hortências... Passamos em frente mas não paramos.) Chegando em Canela paramos para almoçar e depois demos uma volta com calma pela cidade... Com direito a pausa para o sorvete. Depois disso voltamos para Gramado para tomar um banho e voltar a noite para canela para ver a chegada do papai noel na catedral de Pedra. Voltamos a noite para ver o espetaculo e posso afirmar com toda a certeza.... É MARAVILHOSO!!!! Nem vou tentar descrever pq não tem jeito... só indo! Muito bonito mesmo! Todo feito pelo próprio pessoal da cidade, desde as interpretações até a confecção das roupas, com as crianças das escolas no coral... Olha é EMOCIONANTE! Depois voltamos a Gramado e fomos jantar no Armazém da Lolo, lemos muitos cometários positivos de lá mas infelizmente quando fomos não gostamos do que nos foi servido. Depois disso fomos descansar. 7⁰ dia: Gramado (30/11/2018) Após ponderar um pouco na noite anterior, resolvemos não perder os voucher para almoçar na "a mina"($22 pelo laçador de ofertas), e conhecer o parque tomasini. Já acordamos tarde por conta da MARAVILHOSA noite anterior... Como amanheceu chovendo ficamos novamente receosos mas, resolvemos ir mesmo assim... Então chamamos um uber e partimos...(detalhe importante: Não pega celular lá então tem que pedir o Wifi caso vc queira voltar de uber). Vou confessar FOI MAIS UMA GRATA SURPRESA!😋🍷 O restaurante na verdade se chama carazal, e é uma gracinha, bem no estilo 'hotel fazenda', a comida é muito boa e farta, a vontade, tem música ao vivo (eles pedem uma contribuição, mas não é obrigado a pagar... nós pagamos 😉), refri ou suco a vontade, só é cobrado "por fora" bebidas alcoólicas. ($8 de bebida + $5 de couvert artístico p/p) Depois de um almoço extremamente agradável fomos conhecer a tal MINA.. O passeio é bem legalzinho... É uma réplica de uma mina muito bem feita onde vc pode apreciar, e conhecer sobre muitos tipos diferentes de pedras e cristais e no final tem uma lojinha (quem diria 😅), mas é bem interessante o passeio. Vale lembrar que dentro deste parque tem tirolesa, kart, e muitas outras atividades.. Depois pedimos um uber para voltar ao centro de Gramado, o melhor uber da viagem😁👍, até se ofereceu para tirar foto para gente no pórtico da cidade e nos deu detalhes de como é de fato viver em Gramado. Tomamos um banho e voltamos para provar nossa segunda sequência de fondue... Fomos no famoso maxillia ($98 p/2). Devo confessar que fiquei um pouquinho decepcionado pois esperava algo extremamente agradável, mas não foi😶, é gostoso, mas é que preferimos o do Alpine. Por isso digo que talvez seja apenas uma questão de paladar... mas como tínhamos criado muita expectativa acabamos nos decepcionando um pouco.... Mas repito é gostoso! Depois curtimos a noite em Gramado. 8° dia: Gramado (01/12/2018) Chegou o último dia de nosso mochilão pela serra gaúcha.😥 Acordamos cedo para darmos um último rolê pela cidade... Passeamos pela Borges de Medeiros, e resolvemos comer mais um Royal Trudel 😋 ($41 p/2) Em seguida fomos a casa do colono comprar um lanchinho para a viagem de volta até Porto Alegre. Compramos passagem direto para o aeroporto (Citral $46,90 p/p)... foi tranquilo fez uma breve parada na rodoviária de Porto Alegre e já seguiu para o aeroporto, onde pegamos o vôo de volta para São Paulo. Enfim, é isso galera se de alguma maneira eu puder ajudar com algo ou se ficou alguma dúvida... Podem me perguntar que ficarei muito feliz em responder. Obs: Muitos me perguntam se fomos para o snowland... A resposta é não 😁! Pq já estávamos planejando "conhecer a neve"... E queremos conhecer a neve natural antes da artificial😅... E deu certo👍🏿, mas é tema para um outro relato. Próximo destino Argentina.
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Assumira a frente da fila – e consequentemente, o manejo do competente facão Corneta trazido pelo Felipe – a pouco mais de 10 minutos, quando a bifurcação apareceu. Não havia dúvidas. À esquerda, o trilho desenhava uma lógica e suave curva para o mesmo lado, e para a direita, perdendo rapidamente altitude, o que fora outrora uma estrada de manutenção nos levaria à beira do Rio das Antas com clara rapidez. - Esquerda ou direita, gurizada? Na verdade a história começara na quarta-feira, com umas mensagens trocadas com o Edver Carraro, pelo Orkut. Rápido no gatilho, ele percebeu que meu programa de Páscoa ferrara por conta do tempo e me convidou para fazer a travessia do ramal Bento-Jaboticaba, uma ferrovia que deixou de ser utilizada a aproximadamente 20 anos. Ligava os municípios de Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves ao Tronco Principal Sul (TPS) da Rede Ferroviária Federal. Convite aceito, em plena Sexta-Feira Santa eu caí da cama às 5:00 da manhã e duas horas depois eu estacionava o carro num paradouro, ao lado da bela ponte em arco sobre o Rio das Antas. Do outro lado do rio, em algum ponto do alto da serra que eu acabara de descer, iniciaríamos a caminhada, de aproximados 18 quilômetros, mais uns 5 ou 6 até o carro de resgate, por estrada. Liguei pro Edver, que chegou, minutos depois, acompanhado do Felipe, enquanto eu comia um delicioso – e gigante – sanduíche colonial do restaurante ao lado da ponte, meu desjejum. Como a caminhada encerraria do outro lado do rio, deixamos meu carro ali mesmo, para o resgate, e subimos a serra no carro do Edver, nos conhecendo, trocando informações. Antes das 8 horas já estávamos entrando na trilha, ao lado de uma banca de frutas, onde deixamos o carro, para iniciarmos a empreitada. O início nos pareceu exatamente o que eu vira nas fotos enviadas pelo Edver: os trilhos estavam cheios de lama e capim, pela altura dos joelhos, com moitas um pouco maiores, que exigiam o trabalho do facão. A medida de nosso avanço, as teias de aranha cresciam de tamanho – as donas sempre apareciam grandes e com volumosos abdomes verdes – bem como o mato que tomava conta ia crescendo. Dos joelhos passou para a cintura, rapidamente estava na altura do peito e em minutos pouco víamos à frente. A presença de um viaduto foi notada apenas uns dez metros antes, pela duplicação do trilho (padrão, para estabilizar a composição). O viaduto, que concluímos ser o Pedra Lisa, ou “da Sogra”, não era muito alto, uns 40 metros, e permitiu uma contemplação legal do vale do Rio das Antas, à nossa esquerda. Torramos uns minutos no sol inclemente e saímos. Dois passos além do viaduto, o mato novamente aparecia. Mais um trecho e passamos pelo primeiro túnel, o Bambino, com pouco mais de 200 metros de extensão. Os túneis seguem um padrão: as bocas são concretadas, mas dentro deles, há apenas rocha. Nestes, há concreto em todo o trecho, uma exceção. Refúgios se alternam à esquerda e à direita, em espaço mais ou menos regulares. Ao contrário dos túneis de ferrovias em uso, notamos aqui presença de morcegos, não muitos, mas grandes. Mais um trecho de brejo sobre os trilhos e novamente a duplicação de trilhos indica viaduto. Este é mais alto e longo que o anterior, e direciona a ferrovia para a direita, ligando dois morros. Passado o viaduto, o Pingo d’Água, novo matagal, e depois, o mais longo túnel do trajeto, o do beijo (ei, este é o nome do viaduto, ninguém beijou ninguém, pelo menos na nossa passagem! Hahaha). Depois dele, passamos a ver muito lixo nos trilhos. Muito mesmo. Roupas, potes, pneus, sofá, geladeira, fogão. O ruído de veículos e cachorros nos fez entender: uma estrada passava logo acima. 11 da manhã emergimos dos trilhos na antiga estação São Luiz. Uma enorme caixa d’água verte o cristalino e gelado líquido, aplacando o calor daquele dia de sol. Consertamos a mochila do Felipe, tomamos uns goles d’água, beliscamos algumas coisas e logo saímos dali: estas estações viram vilas bem miseráveis, onde imperam sarnentos e magros cães, sujeira e lixo. Novamente, brejo, ora com paredões de ambos os lados, ora apenas do lado esquerdo, já que os trilhos descem até o Rio das Antas em uma volta e meia no sentido anti-horário. Isto quer dizer que na altura desta estação, há um túnel, um nível abaixo, de maneira que caminhávamos agora acima do trilho da mesma linha, abaixo e à direita de onde estávamos. Fomos surpreendidos pela tomada dos trilhos por Lírios do Brejo. Caminhávamos sobre eles, derrubando-os com facão e bastões, e ríamos do inusitado perfume naquele ambiente que parecia querer nos barrar. Uma hora e pouco batemos num curto túnel, o Piemonte, onde sequer usamos as lanternas, pois o outro lado era visível. Havíamos combinado de almoçar “no próximo túnel”, que seria este, mas sem discussão ou conversa, passamos direto. O temor que secretamente todos os três alimentavam vinha à tona, ainda de forma sutil. Aparentemente seria impossível concluir o trajeto pelos trilhos. O passo era lento. Não era trekking, era vara-mato. Começamos a comentar isso, como possibilidade. O brejo parecia querer nos barrar a todo custo. Paramos uns minutos sobre uma singela rocha de uns 5 metros de comprimento, três de largura e quase dois de altura que caíra sobre os trilhos e começamos a tratar com mais seriedade o abandono. Próximo da uma da tarde, não atingíramos a metade do caminho. Retomamos a caminhada e logo o Felipe, que ia abrindo caminho com competência, avistou um túnel. Revigorados pela perspectiva, seguimos abrindo o brejo na base do facão e do peitaço, mas os cipós e espinhos pareciam irredutíveis. Por alguns momentos passamos a duvidar da existência do túnel, porque ele não parecia estar a mais de um quilômetro. Nosso passo extremamente lento, contudo, nos fez crer que era miragem, efeito da mata fechada. Mas cerca de 40 minutos depois de avistando, o túnel reapareceu, uns 100 metros a frente, que nos exigiram mais de 5 minutos de facão, tropeço e arranhões. Atravessamos o túnel, rápido, pois não há obstáculos, observando inusitadas “capelas”, os abrigos aqui formados em concreto, e no final dele, por volta das 14:30, paramos para o almoço. O mais engraçado é que, depois, vendo os dados, notamos que o túnel chama “La Collacion”, ou seja, café da manhã, lanche! Vale dizer que o Edver nos presenteou neste momento com ovos de chocolate, no maior espírito pascal! Conversamos mais seriamente sobre o abandono. Era óbvio que não seria possível encerrar o trajeto todo em um dia. Fomos prontos para varar brejinhos de 30 cm de folhagem, e não dois metros e meio, como vínhamos enfrentando desde cedo. O ritmo estava seriamente comprometido. Nossa quota de água estava perfeita para um dia de caminhada, não para dois, e as parcas águas que brotavam não nos pareciam confiáveis. Alimento não era problema, mas não tínhamos nada para bivacar nos túneis. Nenhum isolante, saco de dormir, lona, saco plástico, nada. E não foi imprudência, pois sabíamos que, pela geografia do local, apenas quando estivéssemos abaixo da estação São Luiz teríamos problema para abandono de emergência. De qualquer outro ponto, baixaríamos com tranqüilidade para o Rio das Antas ou mesmo para a estrada, então, não teríamos que nos preocupar. Resolvemos ir adiante, e ver se a estrada não melhorava. Ficou igual. Facão agindo em 95% do tempo, e o resto ia sendo arrebentado com o corpo mesmo. Uma hora após o almoço, cerca de 4 da tarde, nos deparamos com a bifurcação. Eu ia na frente, e fiz a pergunta antevendo a reposta: - Esquerda ou direita, gurizada? Não houve discussão. O tempo, a previsão de chuva para a noite, o ritmo lento ditado pelo macegal, o censo de realidade já tinham decidido por nós. Simplesmente enveredei os cortes para baixo, para a direita. Aproximadamente 500 metros depois, e uns 30 abaixo, a estada virou bruscamente para esquerda, ainda mais nítida, mesmo sem a mata balizando em ambos os lados. Descemos mais uns 300 e os trilhos encaixam em outra picada, também à esquerda. Outro tanto de mata e caímos em estrada de chão batido, sem qualquer vegetação. Parecia ser usada com regularidade. Tomamos à direita e em menos de cinco minutos, após ouvirmos o apito de uma vagoneta, caímos nos trilhos do TPS. Dobramos à esquerda, indo para cima da ponte sobre o Rio das Antas, olhar as corredeiras, a usina do outro lado do rio. Papeamos com dois casais que estavam por ali. Voltamos no sentido contrário, entrando no túnel em Y, pelo TPS. Pelos planos iniciais, teríamos entrado pela outra “antena” do Y, mas acabamos saindo pelo lado dividido por ambos, a base, onde em menos de um quilômetro passamos pela Estação Jaboticaba. Uma parada na sombra pra rirmos, contamos causos e tomamos novamente a estrada. Em cerca de uma hora vencemos os aproximados 6 quilômetros até o outro lado da ponte do Rio das Antas, tomamos uma cerveja (uma só) e muita água – pagas pelo Edver!!!! – para comemorar a trip, sob olhares curiosos dos presentes com aqueles três doidos imundos que ali chegaram. Pegamos o carro e em 10 minutos nos despedimos, voltando o Edver e o Felipe para Veranópolis e eu para a casa dos meus pais, curtir a Páscoa em família. Não nos entristecemos por não ter completado o trecho programado. Botar o pé na estrada tem disso: nem sempre as coisas são tão fáceis quanto parecem. Concluímos que as fotos enviadas devem ser de alguns pontos muito limpos, ou ainda, tiradas no inverno, quando o frio controla o crescimento da vegetação. Mas trilhar é andar, é descobrir, compartilhar, não simplesmente chegar ao destino. Certamente um dia voltaremos e completaremos a volta no morro, mas isto é detalhe. Dividir um dia, um gole d`água, as risadas, é muito mais importante. Não dá pra deixar de agradecer o grande Edver Carraro, figuraça que teve a idéia, junto com o seu amigo Felipe – agora também meu amigo – e gentilmente me convidaram para tomar parte na aventura! Obrigado! Tech Info O Ramal Bento-Jaboticaba é um trecho de aproximadamente 50 quilômetros da chamada Ferrovia da Uva, ou Ferrovia do Vinho, construído principalmente para apoiar a construção do TPS, ao qual ele se une ao seu final. Obra do 1º Batalhão de Engenharia do Exército, responsável pelo próprio TPS, pela Ferrovia do Trigo e outras tantas, acompanha o Rio das Antas, fazendo a curiosa volta no morro próximo à divisa entre Bento Gonçalves e Veranópolis. Está sem uso desde o final da década de 80, e tem com principais belezas os visuais do Rio das Antas, do Monte Claro e obviamente, a cereja do bolo, o túnel em Y. Interceptamos este caminho após a metade, onde teríamos aproximadamente 18 km de jornada, por questões de logística, visual e riscos. Se tomássemos o caminho mais acima, entraríamos na periferia de Bento Gonçalves, onde o Edver já teve problemas. Materiais, aqui, não tem grande exigência. Uma bota impermeável, meias sobressalentes, calça e um bom facão te tiram de qualquer problema. Nem se comenta a lanterna, indispensável para quem vai trilhar (literalmente) por onde há túneis.