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  1. Obrigado! obrigado! obrigado! 😊
  2. Estou planejando uma viagem de carro ao chile em maio. Saio de Porto Alegre com mais dois yorkshire. Após algumas pesquisas na internet, vi alguns passos de documentação necessária para entrar na argentina com os dogs. Mas se alguem tiver alguma dica, ou passo a passo do que fazer antes da viagem pra não haver problemas na estrada. Desde já, agradeço.
  3. Olá amigos e amigas mochileiros! Depois de contribuir com postagens sobre as minhas aventuras de moto pela América do Sul, agora é a vez de fazer minha primeira publicação sobre uma viagem de carro. O motivo dessa mudança de meio de locomoção é o melhor e mais lindo: Guilherme, meu filho de 1 ano e 1 mês, que com muita coragem embarcou nessa roadtrip. (Observação inicial: havia escrito parte deste relato em janeiro, logo quando chegamos de viagem, porém fiquei de terminar e esqueci de postar. Hoje, passados 6 meses, me deparei com o arquivo e não quis deixar de postar, principalmente se com esse relato puder incentivar pais de primeira viagem a pegarem a estrada com seus bebêzinhos.) O objetivo dessa viagem foi aproveitar a grande (até então) vantagem financeira que estava em viajar para a Argentina, acompanhar nossos companheiros de moto até uma parte da viagem e conhecer a cidade de Cafayate. Explico: 1) com a grande desvalorização do peso argentino, estava ridicularmente barato viajar pela Argentina (mudou um pouco durante a viagem e falarei melhor disso no decorrer do post). 2) Nossos companheiros de moto, de muita viagens, iriam (e de fato foram) até Machu Picchu. Para eu, minha esposa e filho, era uma viagem muito longa, considerando a pouca idade do bebê. Então acompanhamos eles até San Salvador de Jujuy, quando eles seguiram para San Pedro de Atacama e nos descemos para Cafayate. 3) Eu e minha esposa gostamos muito de vinho, então visitar as vinícolas de altitude de Cafayate já estavam nos planos há anos. Pois bem, vamos ao roteiro (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada): 26/12: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em Oberá/Argentina 27/12: Saída de Oberá/AR com destino e pernoite em Presidência Roque Sáenz Peña/AR 28/12: Saída de Presidência Roque Sáenz Peña/AR com destino e pernoite em San Salvador de Jujuy/AR 29/12: Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR 30/12: Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS) 31/12 e 01/01: Dias livres em Cafayate/AR 02/01: Saída de Cafayate/AR com destino e pernoite em Termas de Rio Rondo/AR 03/01: Dia livre em Terma de Rio Rondo/AR 04/01: Saída de Termas de Rio Rondo/AR com destino e pernoite em Corrientes/AR 05/01: Saída de Corrientes/AR com destino e pernoite em Puerto Iguazú/AR 06/01: Saída de Puerto Iguazú/AR com destino e pernoite em Iretama/BR 07 /01: Saída de Iretama com destino para casa, em Curitiba/PR ---- PREPARAÇÃO ---- Para iniciar alguns detalhes da nossa preparação. Lembrando que estávamos eu e minha família de carro e os amigos todos de moto (5 motos no total) e que até San Salvador de Jujuy seguiríamos juntos e depois eles rumavam sentido Peru e nós sentido Cafayate. A preparação foi uma boa revisão do carro e equipá-lo com alguns itens que reza a lenda serem obrigatórios na Argentina. Levei: • um extintor; • dois triângulos; • uma corda de reboque; • um cambão de reboque; • dois coletes de sinalização refletivos. Tudo que levei foi com base em muita pesquisa e conversa com amigos que foram recentemente para a Argentina de carro. Além de ter em mente a premissa "melhor levar para não se incomodar". Outro ponto foi retirar o engate de reboque do meu carro. Depois de muito pesquisar vi que a lei argentina manda retirar o engate (a bola propriamente dita) quando não se está usando. Como o meu era tudo unido, tive que retirar o engate por completo. Foi melhor. Vou compartilhar aqui o link do Consulado da Argentina em Curitiba, eles tem um post bem claro dizendo o que é exigido. Link: https://ccuri.cancilleria.gob.ar/es/requisitos-para-brasileiros-ou-estrangeiros-residentes Além dos ajustes com o carro, a preparação incluiu Carta Verde, Seguro Saúde para os 3, documentos pessoais e uma via impressa do documento (CRLV) do veículo. Como estávamos com o bebê, dois meses antes da viagem fizemos um RG para ele. Além disso, levamos certidão de casamento e de nascimento, tudo para comprovar a filiação e demonstrar que viajava com os dois genitores, evitando aquelas autorizações especiais. Para evitar estresse com a busca de hotel em cima da hora, já saímos com 2/3 das pernoites reservadas. Deixei a perna final (de volta) sem reserva, caso houvesse alguma mudança de planos. Feito isso, vamos lá! Dia 1 (26/12) – Curitiba a Oberá/AR – 800km Às 6h00 encontramos nossos amigos da moto no Posto Guarani, na BR-277 sentido Guarapuava. A premissa do nosso grupo é sempre iniciar os deslocamentos cedo, assim chegamos cedo no destino e temos uma margem boa de tempo, caso aconteça algum imprevisto no trajeto. Fomos pela BR-277 até Guarapuava e depois BR-373 até Dionísio Cerqueira (SC). Entramos na Argentina por Bernardo de Irigoyen (ou Paso de Bernardo de Irigoyen), como fizemos em dezembro de 2021, visto que as filas para entrar pela Argentina por Foz do Iguaçu/Puerto Iguazú estão cada dia piores. Nada menos do que 3 horas de fila. Pegamos um trânsito bem intenso, o que fez com que as motos seguissem (pela facilidade em ultrapassar) e eu ficasse mais atrás. Às 14h30 já estávamos na fronteira (o grupo de moto e nós). Mesmo por essa fronteira que é mais tranquila, acabamos ficando cerca de 30 minutos numa fila de carros, onde pediram minha CNH e documento do veículo. Após, tivemos que estacionar o carro e voltar numa casinha para fazer o trâmite de documentos para dar a entrada na Argentina. Mais uns 20 a 30 minutos e já estávamos liberados. Troquei R$ 500,00 com os cambistas da fronteira (acho confiável ali), numa cotação de R$ 1,00 para ARS 175,00. Seguimos pela Ruta 14 e paramos para abastecer após cerca de 100km da fronteira. O cambista orientou que ali em Bernardo o YPF (que é o posto mais barato) não estava abastecendo estrangeiros, só os demais (Petroar e Axxion), porém o preço era bem mais alto (ARS 619 no YPF e mais de ARS 800 nos demais). A estrada até Oberá é boa. Gosto do trajeto. Tem um trecho com curvas de alta excelentes rsrsrs. Creio que por volta das 17h30 já estávamos no nosso hotel, o Bagu Azul Oberá, o qual já fiquei outras duas vezes. Gosto desse hotel. Preço bom, bons quartos, duas piscinas, restaurante bom e dentro do hotel, estacionamento fechado. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 175). Comemos algo no hotel mesmo e nós (eu, esposa e bebê), às 20h já estávamos no quarto para o ritual noturno do bebê. Dia com o bebê: foram várias horas dentro do carro e um deslocamento bem grande para uma criança, mas posso dizer que o saldo foi positivo. Gui dormiu algumas vezes e fizemos várias paradas para ele descansar. Estávamos com uma caixa térmica ainda com comidinhas e frutas que trazíamos de casa. Foi bom para ajudar a distrair. Dia 2 (27/12) – Oberá a Presidência Roque Sáenz Peña – 588km Às 7h00, conforme combinado, nos encontramos todos (nós e o grupo da moto) no café da manhã, com tudo já guardado nos veículos e prontos para comer e sair. Nesse dia demoramos um pouco mais, a reposição das comidas do café estava um pouco lenta e tinha vários grupos de motociclistas hospedados no hotel e, como de costume, todos gostam de sair cedo. De qualquer forma, 8h30 já estávamos abastecidos e rumando sentido Posadas e Corrientes. Saímos por dentro de Obera, pela Ruta 103 para pegar a Ruta 12 lá na frente. Uma opção era seguir pela Ruta 14 mais um tempo, porém, como é um trecho que já conheço, quis mudar. Até que valeu a pena. Essa Ruta 103 é boa e já nos jogou num trecho mais a frente da Ruta 12. Entramos em Corrientes para almoçar e evitar a famosa pegadinha para quem está de moto, que é andar pela via expressa, que proíbe a circulação de motos. Foi um pouco difícil de achar um lugar para comer e, quando achamos, o lugar era um pouco demorado. Atrasando nosso percurso. Saímos por dentro de Corrientes para pegar a ponte com a cidade de Resistência, sem entrar na via expressa. Motociclistas: se jogar no google encontra fácil um mapinha do que deve ser feito para evitar a via expressa. Depois de Corrientes seguimos pelo quentíssimo Chaco Argentino. Pegamos 37º, 38º de temperatura. Chegamos em Presidência por volta das 17h30 e nos hospedamos no Hotel Aconcágua, indicado por um amigo motociclista. Hotel bom, estacionamento, quartos bons, piscina. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 180). Chegamos a tempo de pegar uma piscina, eu, esposa e bebê e tomar uma cervejinha antes da janta. Fomos jantar num restaurante chamado Giuseppe, próximo ao hotel, com preço boa e comida boa. Às 21h deixamos o pessoal no restaurante e voltamos para o ritual noturno do bebê, que já havia passado da hora. Ele já estava de banho tomado, então era só dormir. Dia com o bebê: o deslocamento não foi tão grande, porém o calor estava forte. Gui se comportou super bem. Dormiu e, nesses intervalos, deixamos o pessoal da moto no ritmo deles (paradas para comer e abastecer) e seguimos sozinhos de carro. Foto: quase chegando em Saens Peña. Dia 3 (28/12) – Presidência Roque Sáenz Peña a San Salvador de Jujuy – 694km Nesse dia combinamos no café um pouco mais tarde, por conta de ter vários grupos de moto hospedados no hotel. Sabíamos que o café seria mais tumultuado. Antes das 8h00 pegamos a estrada. Trajeto do Pampa del Infierno está absolutamente melhor. Passei por lá de moto em dezembro/19 e era uma buraqueira só. Melhorou muito com vários trechos novos. A estrada é boa, porém perto da saída para Salta e sentido SSJujuy tem vários trechos em obra. Nos hospedamos no Hostel Pura Vida, que reservei com a proprietária Susana. Fica em Villa Jardin de Reyes, uns 10 km para frente de SSJujuy. Hostel excelente, com uma piscina boa, quartos muito grande e confortáveis. Nesse dia, como o hostel era só nosso (não creio que tenha mais do que 10 quartos), ficamos por lá mesmo, compramos macarrão e cervejas no mercado e usamos a cozinha compartilhada para nossa janta. No dia seguinte sairíamos passear. Dia 4 (29/12) - Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR Por volta das 9h00 pegamos um ônibus de linha mesmo para visitar SSJujuy. Descobri quando já estava dentro do ônibus que só se paga com cartão da empresa de transporte. Não há cobrador (guarde essa informação para o futuro). E o motorista, gentilmente ou espertamente, só Deus sabe, passou o dele e ficou com o nossa dinheiro. Depois de uns 40 min, descemos no Centro Histórico com uma chuva moderada e saímos passear. Por sorte tínhamos um guarda-chuva para proteger o Gui, que dormia faceiro no canguru. Centro muito bonito, catedral central bem bonita, no padrão das igrejas do norte argentino. Fomos buscar um local para fazer câmbio. Aí o mundo desabou, tempestade forte que literalmente colocou água no nosso passeio. Trocamos dinheiro, buscamos algum lugar para comer uma parilla. Fomos num chamado La Estancia Parilla, bom, porém nada de especial, embora todos os locais tenha indicado como sendo muito bom. Saímos do restaurante e corremos (literalmente) para fugir da chuva até o shopping na quadra seguinte para trocar o Gui (o banheiro do restaurante era muito pequeno). Depois fomos num mercado, rede Carrefour, porém outro nome, para comprar uma salsicha para um pancho (cachorro-quente) argentino. Depois disso fomos ao ponto pegar nosso ônibus de retorno, número 14, guardei muito bem kkkk. Lembram que falei da falta de cobrador. Pois bem, entramos no bus, aquele grupo de 10 pessoas e eles já foram se abancando. Perguntei para o motorista como pagar, ele foi taxativo que apenas com cartão. Muito educadamente falei da vinda e perguntei se ele podia pagar com o próprio cartão e eu daria em dinheiro a ele. Nada. Conversa já ficando tensa. A sorte que todos entraram junto no bus e já foram sentando, ele não tinha como nos "tocar" dali (tinha sim kkk, mas não o fez). Perguntei se podia pedir para algum passageiro passar o cartão e nisso já fui abordando as pessoas. Um moça falou que eu podia passar 1 ou 2 passagens, passei lá e ok. Paguei 200 pesos por passagem a ela (o preço normal era 140, uma forma de agradecimento). Até que o segundo cartão que eu peguei era de uma pessoa com passagem subsidiada. Aí o bicho pegou. O motorista ficou revoltado. Eu me fiz de bobo. Passei a passagem e paguei o rapaz. Aí ele brigou comigo dizendo que não poderia ser aquele tipo de cartão. Eu me fingindo de bobo, mas entendendo tudo kkkk. E daí gritou para todos: eles não sabem, mas vcs que tem o cartão tal (não lembro o nome) não podem emprestar para ninguém. Nisso faltavam umas 7 passagens. Fui abordando o pessoal e perguntando quem tinha cartão normal. Consegui pagar mais algumas e assim foi indo, as pessoas iam entrando eu ia pedindo para emprestar o cartão e até que consegui fechar as 10 passagens. Isso quase chegando no nosso destino. Quando paguei a última, como desabafo gritei: "Aqui é Brasil, porra!". A gente é brasileiro, nós damos nó em pingo d'água. Não vem tirar a gente pra loke não kkkkk. E brinquei com o pessoal que emprestou o cartão que estavam todos convidados para vir para Curitiba, para me procurarem por aqui rsrsrs. Depois, na boa, pedi desculpas ao motorista pela confusão, agradeci a atenção e ele entendeu que nós não tínhamos culpa e sim que emprestou um cartão sabendo que não podia. Foi com emoção kkkk. No final da tarde já estávamos no hostel e chuva não dava trégua. Comemos, bebemos, conversamos bastante e fomos dormir. Dia seguinte o grupo se dividiria. Foto: prova de que a chuva não dava trégua. Dia 5 (30/12) - Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS) Nesse dia acordamos cedo, às 7h nossos amigos já estavam com as motos prontas para partir em direção ao San Pedro de Atacama e nós, com um pouco mais de tranquilidade, sairíamos para Cafayate. Eles seguiriam de moto até o Peru, voltando para o Brasil pelo Acre, e nós sentido centro da Argentina, para uma volta mais rápida, visto que estávamos com um bebê de 1 ano e 1 mês. O trajeto até Cafayate é ruim, confesso. Voltamos pela estrada até Salta, por isso pegamos novamente os trechos de obras e bem naquela região tem um sinaleiro no meio da rodovia que atrapalha muito. Trânsito não flui. Enfim. Não entramos em Salta. Seguimos pela rodovia sentido Cafayate, porém é um trecho ruim que passa muito por dentro das cidades. Pista simples, trânsito intenso, vilarejos e sinaleiros. Depois de uns 30/40km de Salta que o trajeto começa a ficar mais bonito. Porém a beleza surreal é na Quebrada das Conchas, uns 30km antes de chegar em Cafayate. Que lugar lindo, que beleza surreal. Chegamos em Cafayate por volta do meio-dia, o Gui estava dormindo e ficamos no quarto por um período. Não lembro se saímos comer depois ou não. No meio da tarde saímos passear pela cidade e procurar uma primeira vinícola para visitar. Agendamos nossa visita para às 17h00 na vinícola El Povenir. Tour bem legal. Visita a área de envase, não tem vinhedo pois fica no centro da cidade, caves e depois uma degustação de dois rótulos no final. Quem quiser pode usar os wine dispenser para cobrar outras provas. Vinhos bons da vinícola. Gostei. Voltamos no começo da noite para o nosso hostel, que aliás merece alguns parágrafos sobre. Ficamos no Hostal Kallpa, sendo recepcionados pelo seu dono, Francisco. Desde o começo nos sentimos em casa. Hostel pequeno e muito aconchegante. Francisco sempre muito gentil conosco e com o Gui. Nos franqueou o uso da cozinha, o que aparentava não ser muito comum para os outros hóspedes. O quarto era bom, com um banheiro novo. Ar condicionado e wifi funcionando muito bem. CONTINUO NOS COMENTÁRIOS .....
  4. Boa tarde. Alguém já levou uma multa nas estradas argentinas, não pagou, retornou ao Brasil e depois de algum tempo foi para Argentina novamente? Tiveram algum problema na aduana? Constataram a multa pendente? Abraços.
  5. Oiee. Sempre obtenho ajuda por aqui, e hoje espero contribuir mais um pouquinho. Vamos lá, sou a doida da fronteira, sempre que posso meu destino principal é foz do Iguaçu e de lá sempre conheço alguma cidade da Argentina ou Paraguay. Dessa vez optamos por ir de carro. Carta verde fiz pelo seguro da Porto. 12 dias 95,00. Extintor.( Obrigatório na Argentina "esquecemos em casa" ). Carro no nome de alguém viajando no veículo ou documento da financeira liberando. Rgs de todos no veículo,de preferência com menos de 10 anos. Normalmente reservo alguns airbnbs antes, principalmente quando já temos decidido onde dormir. Viajamos em 3 adultos, costumo colocar valores por pessoa tá. Saimos as 3:00 da manhã do litoral norte SP, optamos por fazer direto até foz Aprox 19 horas de HB20. Sacamos dinheiro na cidade cascavel. 2000,00 por pessoa.(Média diária 200,00).(Calculo essa meta sendo refeição e alguma compra e hospedagem) Lembrando que levo um cartão internacional desbloqueado pra emergência, Argentina não dá com cartão não rsrs, o restante Uruguai e brasil uso cartão normalmente o IOF de 5% costuma compensar o risco de andar com muito dinheiro). Chegamos na fronteira, aduana da Argentina, praticamente 20hs, uma fila de uns 30 minutos, documento ok, fomos jantar, ah gente eu adoro Puerto iguazu,pagamos o jantar em reais (cotação Jan 190 pesos).Fomos pro Airbnb ficou 3 adultos 150,00 reais. Também usamos reais. Os planos era sair cedo mas aqui, AQui" percebemos a falta do extintor pra seguir viagem 🧳. Fomos tomar café na padaria, café da manhã na Argentina é sempre caro pra mim, acho excelente mas caro, qualquer padaria um café com leite custa 12 conto kk.Fizemos câmbio no rapaz que estamos acostumados (só fizemos 1500,00) a gente faz de pouco devido volume de notas e as cotações mudares até no meio do dia).Bora procurar um extintor e a 🫢 surpresa 600,00 conto, quase chorei, rodamos Puerto iguazu quase todo, e disso pra cima. Abastecemos o carro e o frentista sugeriu que seguimos até Eldorado -AR , uma cidade pra frente que segundo ele com menos procura de extintor por brasileiro, e ainda disse não haver muito policiamento ali. Bom, seguimos e lembre-se de esconder dinheiro tá, nunca sabemos onde ha corrupção em nenhuma parte do mundo, cuidar é preciso. Chegamos em Eldorado e as 3 primeiras lojas da rodovia 800,00 um extintor com o tal kit de triângulo, sim precisa de 2 triângulo.Pra surpresa nenhuma kk, chegamos uma da tarde e o povo tava no horário da siesta, tudo fechado 🔒, almoçamos no hoy deu 120,00 pra 3 adultos em reais também cotação ótima. Umas cervejas Patagônia e suco pro motorista kkk, e lá se vão 17 horas, enfim abriu a loja que vende extintor recondicionado, e pasmem 55,00 reais o extintor com nota e selo de garantia e 10 conto no triângulo 📐. Agora sim vamos seguir depois de um dia " de cerveja 🍺" kk. Seguimos até Posadas AR, gente é sério quem não conhece Posadas, recomendo intensamente ir e ficar na costanera. Dormimos no Airbnb 120,00 reais também nós 3, mas esse pagamos em pesos porque nossa cotação estava melhor que da anfitriã. Dia seguinte demos um passeio na costanera, tomamos café da manhã, sim caro 12 reais um café com leite poxa. Seguimos pra Concórdia AR,gostei bastante do clima da cidade, jantamos na mesma media de valores, e Airbnb novamente,seguido de um café com leite caro 🫰🏽. Saimos cedo de Concórdia, e enfim Buenos Aires-AR, de carro dessa vez senhoras e senhores rsrs. Buenos Aires ficamos em Airbnb 5 dias esses já tinha pago no Brasil mesmo,e o prédio não tinha estacionamento, pagamos estacionamento ao lado 5 diarias 50,00 reais (pagamos em pesos).Ficamos na região mais popular tipo a nossa 25 marco, então sábado cedo fechou tudo e domingo não abre, nesse caso barateou o estacionamento. Buenos Aires é sempre diferente, sempre me acolhe ❣️. Passados os 5 dias, bora voltar umas 6 horas de estrada ( a ideia era seguir com a balsa, mas o carro e nós 3 deu 1500,00 reais, pra atravessar pro Uruguai, então já tínhamos visto um YouTuber que foi por gualeygachu AR, voltamos 6 horas de estradas e dormimos em um hotel pousada em gualeygachu, saímos a noite e sim, gualeygachu merece uma volta e no mínimo uns 3 dias por lá descansando. O câmbio lá estava 230 🫰🏽❤️, e pra nós já não compensava trocar muito pois em Montevidéu iríamos usar outra moeda. Nesse momento precisa baixar o app de pedágios do Uruguay, e fazer o cadastro de turista, com isso ele libera sua placa nos pedágios e vc tem até 2 dias pra colocar crédito e pagar.. Na saída de gualeygachu tem um Carrefour gigante com ótimos preços e filas quilométricas, mas visitamos somente e compramos uns snaks nos mercado da frente. E encher o tanque até explodir .Saída gualeygachu um pedágio AR que eu não sabia e tinha torrado todos os pesos no mercado,então passei o cartão mesmo ,pior sensação da vida kkk, pesos argentinos no cartão de crédito 😭. Blz 15 conto o pedágio. Enfim fronteira Uruguai - Fray bentos UY, aqui entendi porque nunca fui pra Montevidéu, de cara gasolina 12,00 reais o litro,e de cara um pedágio de 35,00 reais, 🤑ufa ainda bem que o tanque cheio ❤️, seguimos até Montevidéu, paramos na orla e sim uma cerveja Patrícia 45,00 o litrão 😨pra quem bebe bem, isso é praticamente um jejum forçado,tomamos 1 pra foto do insta kkk e ficamos passeando, almoçamos um prato típico em uma bodega escondida nas ruas principais e muito boa a comida, mas 3 pessoas 230,00. Já viajamos muito com lanches e pão, no Chile principalmente, hoje em dia minha filha cresceu e ajuda na renda e isso ajuda vez ou outra a podermos comer algum prato da região ou beber uma cerveja 🍻 🤑. Ficamos em Montevidéu até o por do sol ☀️. E seguimos por vários motivos um deles preço, o outro não achei hospedagem abaixo de 300,00 por ser em cima da hora e as hospedagem não pareciam familiar o local e valor não batiam. Mas o dia foi incrível, pretendo voltar com mais dinheiro. Seguimos até pireapolis,uma cidade antes de Punta del este porém muito elogiada, eu amei de vdd ,por ser janeiro e temporada até tava melhor que Montevidéu 🤑. Quase não achamos hospedagem, um camping nos passou o valor de 250,00 pra dormir no nosso carro 🫢, fomos passear na orla e achamos um hostel no Google, a moça fez 390,00 nós 3 com café da manhã, quarto privativo porém sem banheiro. Nunca tínhamos ficado em hostel,mas amei a experiência. E assim conseguimos passear a noite de pireapolis, sem muita cerveja claro, no dia seguinte fomos passear na orla e descobri que é proibido cooler, e bebida alcoólica na " areia das praias" ou consumir na rua. Passamos a manha toda e seguimos pra Punta del este, linda também porém mas séria que pireapolis, almoçamos em Punta no padrão Uruguay 🤑, fomos visitar uns mercados e sim é caro também kkk. Agora a parte de vestuário achei o preço ótimo, minha filha comprou vários biquínis lindos por menos de 50 o conjunto em lojas chiques rsrs. Escureceu e seguimos pra fronteira de Rio branco região dos Dutys .. Reservamos pelo booking mas 1 hora rodando em círculo e descobrimos que o endereço do hotel estava trocado com o endereço da dona do hotel haha, passado o estresse, tudo tranquilo hotel simples porém ótimo atendimento, como chegamos praticamente de madrugada pois fomos procurar janta, perdemos o horário do café, mas os donos deixaram tudo lá esperando a gente ❤️. E bora para os Dutys , aqui dei valor pro Uruguai kkk, achei os preços ótimos comparado a Dutys, trouxemos até tênis, panelas ,perfume kkk. Seguimos pra Floripa, não pegamos trânsito na ponte, e ficamos em um hotel pelo booking 250,00 3 adultos, tinha reclamação, mas não passamos por nenhum problema 🙏🏽. Curtimos um pré carnaval em Floripa adorei a vibe da cidade, não achei cara alimentação nem bebidas , um povo jovem e alegre kkk. Dia seguinte fomos ver as dunas da praia Maria Joaquina, e ficamos encantados, é beleza surreal. E 12 horas depois já estamos em 🏡 casa. Detalhes. Não fomos parado pela polícia em nenhum momento. .
  6. Após a minha última aventura quando fui sozinho para a Carretera Austral no Chile eu fiquei sem viajar nas minhas férias seguinte. Sou professor e sempre tenho férias em dezembro/janeiro. Fiquei os 45 dias de férias triste e desanimado. Eu vendi a minha Ranger pois ela estava com um problema que poderia estragar o motor. Em seguida eu comprei a minha Toyota Hilux SW4 4Runner 2.7 a gasolina em outubro. Fiz a revisão inicial, troquei os pneus e isso tudo deu uns 5 mil. Não poderia viajar sozinho naquelas férias. Tentei de todo modo buscar companheiros para a viagem, porém não consegui. Ainda bem que não consegui... Um mês depois das férias o motor da Toy queimou a junta do cabeçote como que por mágica. Em nenhum momento ele ferveu ou esquentou a ponto de acontecer isso. Arrumei o problema e lá se foram mais $$$$$. Em julho coloquei um anúncio no grupo de professores do Parana do facebook procurando companheiros para a viagem. Inicialmente várias pessoas se interessaram, mas uma apenas fechou que iria. Depois essa professora, a Beatriz Goes, conseguiu mais um amigo professor para ir junto, o Edmar Lucas, ambos de Ponta Grossa - PR. A coisa complicou pq em outubro a Toy deu problema de novo. Queimou a junta do cabeçote outra vez. Dai eu ga$$$tei muito mais que da primeira vez para ver se não acontecia novamente. Aproveitei e fiz a embreagem, mandei revisar e limpar o radiador etc. Até o final do ano eu praticamente zerei tudo o que pudesse dar problemas na Toyota. Em outubro coloquei um anuncio aqui no Mochileiros para achar mais um companheiro de viagem. Em novembro apareceu o santista Adriano Lizieiro e fechamos o grupo. E para melhorar mais ainda, O Glauber e a Érica com sua Chevrolet S-10 a gasolina se juntaram a nós para formarmos um grupo de duas viaturas na viagem. Muito mais seguro. Isso me ajudou muito quando tive um problema na Toy. Saímos no dia 28/12/2015. Segue o relato.
  7. Oiee. Sempre obtenho ajuda por aqui, e hoje espero contribuir mais um pouquinho. Vamos lá, sou a doida da fronteira, sempre que posso meu destino principal é foz do Iguaçu e de lá sempre conheço alguma cidade da Argentina ou Paraguay. Dessa vez optamos por ir de carro. Carta verde fiz pelo seguro da Porto. 12 dias 95,00. Extintor.( Obrigatório na Argentina "esquecemos em casa" ). Carro no nome de alguém viajando no veículo ou documento da financeira liberando. Rgs de todos no veículo,de preferência com menos de 10 anos. Normalmente reservo alguns airbnbs antes, principalmente quando já temos decidido onde dormir. Viajamos em 3 adultos, costumo colocar valores por pessoa tá. Saimos as 3:00 da manhã do litoral norte SP, optamos por fazer direto até foz Aprox 19 horas de HB20. Sacamos dinheiro na cidade cascavel. 2000,00 por pessoa.(Média diária 200,00).(Calculo essa meta sendo refeição e alguma compra e hospedagem) Lembrando que levo um cartão internacional desbloqueado pra emergência, Argentina não dá com cartão não rsrs, o restante Uruguai e brasil uso cartão normalmente o IOF de 5% costuma compensar o risco de andar com muito dinheiro). Chegamos na fronteira, aduana da Argentina, praticamente 20hs, uma fila de uns 30 minutos, documento ok, fomos jantar, ah gente eu adoro Puerto iguazu,pagamos o jantar em reais (cotação Jan 190 pesos).Fomos pro Airbnb ficou 3 adultos 150,00 reais. Também usamos reais. Os planos era sair cedo mas aqui, AQui" percebemos a falta do extintor pra seguir viagem 🧳. Fomos tomar café na padaria, café da manhã na Argentina é sempre caro pra mim, acho excelente mas caro, qualquer padaria um café com leite custa 12 conto kk.Fizemos câmbio no rapaz que estamos acostumados (só fizemos 1500,00) a gente faz de pouco devido volume de notas e as cotações mudares até no meio do dia).Bora procurar um extintor e a 🫢 surpresa 600,00 conto, quase chorei, rodamos Puerto iguazu quase todo, e disso pra cima. Abastecemos o carro e o frentista sugeriu que seguimos até Eldorado -AR , uma cidade pra frente que segundo ele com menos procura de extintor por brasileiro, e ainda disse não haver muito policiamento ali. Bom, seguimos e lembre-se de esconder dinheiro tá, nunca sabemos onde ha corrupção em nenhuma parte do mundo, cuidar é preciso. Chegamos em Eldorado e as 3 primeiras lojas da rodovia 800,00 um extintor com o tal kit de triângulo, sim precisa de 2 triângulo.Pra surpresa nenhuma kk, chegamos uma da tarde e o povo tava no horário da siesta, tudo fechado 🔒, almoçamos no hoy deu 120,00 pra 3 adultos em reais também cotação ótima. Umas cervejas Patagônia e suco pro motorista kkk, e lá se vão 17 horas, enfim abriu a loja que vende extintor recondicionado, e pasmem 55,00 reais o extintor com nota e selo de garantia e 10 conto no triângulo 📐. Agora sim vamos seguir depois de um dia " de cerveja 🍺" kk. Seguimos até Posadas AR, gente é sério quem não conhece Posadas, recomendo intensamente ir e ficar na costanera. Dormimos no Airbnb 120,00 reais também nós 3, mas esse pagamos em pesos porque nossa cotação estava melhor que da anfitriã. Dia seguinte demos um passeio na costanera, tomamos café da manhã, sim caro 12 reais um café com leite poxa. Seguimos pra Concórdia AR,gostei bastante do clima da cidade, jantamos na mesma media de valores, e Airbnb novamente,seguido de um café com leite caro 🫰🏽. Saimos cedo de Concórdia, e enfim Buenos Aires-AR, de carro dessa vez senhoras e senhores rsrs. Buenos Aires ficamos em Airbnb 5 dias esses já tinha pago no Brasil mesmo,e o prédio não tinha estacionamento, pagamos estacionamento ao lado 5 diarias 50,00 reais (pagamos em pesos).Ficamos na região mais popular tipo a nossa 25 marco, então sábado cedo fechou tudo e domingo não abre, nesse caso barateou o estacionamento. Buenos Aires é sempre diferente, sempre me acolhe ❣️. Passados os 5 dias, bora voltar umas 6 horas de estrada ( a ideia era seguir com a balsa, mas o carro e nós 3 deu 1500,00 reais, pra atravessar pro Uruguai, então já tínhamos visto um YouTuber que foi por gualeygachu AR, voltamos 6 horas de estradas e dormimos em um hotel pousada em gualeygachu, saímos a noite e sim, gualeygachu merece uma volta e no mínimo uns 3 dias por lá descansando. O câmbio lá estava 230 🫰🏽❤️, e pra nós já não compensava trocar muito pois em Montevidéu iríamos usar outra moeda. Nesse momento precisa baixar o app de pedágios do Uruguay, e fazer o cadastro de turista, com isso ele libera sua placa nos pedágios e vc tem até 2 dias pra colocar crédito e pagar.. Na saída de gualeygachu tem um Carrefour gigante com ótimos preços e filas quilométricas, mas visitamos somente e compramos uns snaks nos mercado da frente. E encher o tanque até explodir .Saída gualeygachu um pedágio AR que eu não sabia e tinha torrado todos os pesos no mercado,então passei o cartão mesmo ,pior sensação da vida kkk, pesos argentinos no cartão de crédito 😭. Blz 15 conto o pedágio. Enfim fronteira Uruguai - Fray bentos UY, aqui entendi porque nunca fui pra Montevidéu, de cara gasolina 12,00 reais o litro,e de cara um pedágio de 35,00 reais, 🤑ufa ainda bem que o tanque cheio ❤️, seguimos até Montevidéu, paramos na orla e sim uma cerveja Patrícia 45,00 o litrão 😨pra quem bebe bem, isso é praticamente um jejum forçado,tomamos 1 pra foto do insta kkk e ficamos passeando, almoçamos um prato típico em uma bodega escondida nas ruas principais e muito boa a comida, mas 3 pessoas 230,00. Já viajamos muito com lanches e pão, no Chile principalmente, hoje em dia minha filha cresceu e ajuda na renda e isso ajuda vez ou outra a podermos comer algum prato da região ou beber uma cerveja 🍻 🤑. Ficamos em Montevidéu até o por do sol ☀️. E seguimos por vários motivos um deles preço, o outro não achei hospedagem abaixo de 300,00 por ser em cima da hora e as hospedagem não pareciam familiar o local e valor não batiam. Mas o dia foi incrível, pretendo voltar com mais dinheiro. Seguimos até pireapolis,uma cidade antes de Punta del este porém muito elogiada, eu amei de vdd ,por ser janeiro e temporada até tava melhor que Montevidéu 🤑. Quase não achamos hospedagem, um camping nos passou o valor de 250,00 pra dormir no nosso carro 🫢, fomos passear na orla e achamos um hostel no Google, a moça fez 390,00 nós 3 com café da manhã, quarto privativo porém sem banheiro. Nunca tínhamos ficado em hostel,mas amei a experiência. E assim conseguimos passear a noite de pireapolis, sem muita cerveja claro, no dia seguinte fomos passear na orla e descobri que é proibido cooler, e bebida alcoólica na " areia das praias" ou consumir na rua. Passamos a manha toda e seguimos pra Punta del este, linda também porém mas séria que pireapolis, almoçamos em Punta no padrão Uruguay 🤑, fomos visitar uns mercados e sim é caro também kkk. Agora a parte de vestuário achei o preço ótimo, minha filha comprou vários biquínis lindos por menos de 50 o conjunto em lojas chiques rsrs. Escureceu e seguimos pra fronteira de Rio branco região dos Dutys .. Reservamos pelo booking mas 1 hora rodando em círculo e descobrimos que o endereço do hotel estava trocado com o endereço da dona do hotel haha, passado o estresse, tudo tranquilo hotel simples porém ótimo atendimento, como chegamos praticamente de madrugada pois fomos procurar janta, perdemos o horário do café, mas os donos deixaram tudo lá esperando a gente ❤️. E bora para os Dutys , aqui dei valor pro Uruguai kkk, achei os preços ótimos comparado a Dutys, trouxemos até tênis, panelas ,perfume kkk. Seguimos pra Floripa, não pegamos trânsito na ponte, e ficamos em um hotel pelo booking 250,00 3 adultos, tinha reclamação, mas não passamos por nenhum problema 🙏🏽. Curtimos um pré carnaval em Floripa adorei a vibe da cidade, não achei cara alimentação nem bebidas , um povo jovem e alegre kkk. Dia seguinte fomos ver as dunas da praia Maria Joaquina, e ficamos encantados, é beleza surreal. E 12 horas depois já estamos em 🏡 casa. Detalhes. Não fomos parado pela polícia em nenhum momento. .
  8. 🧑🏻‍🦳🚲= 🇧🇷 x 🇵🇾 x 🇦🇷 1405km Pronto roteiro, fotos, ciclovias, pontos turisticos e links= LONDRINA https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/brasil-londrina-1405km.html MARINGA https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/brasil-maringa-1405km.html CASCAVEL https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/brasil-cascavel-1405km.html FOZ DO IGUAÇU https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/brasil-foz-do-iguacu-1405km.html PARAGUAI - HERNANDARIAS https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/paraguai-hernandarias-1405km.html PARAGUAI - CIUDAD DEL ESTE https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/paraguai-ciudad-del-este-1405km.html ARGENTINA - PUERTO IGUAZU https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/argentina-puerto-iguazu-1405km.html ARGENTINA - ANDRESITO https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/ciclovia-argentina-comandante-andresito.html ARGENTINA - SAN ANTONIO https://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/argentina-san-antonio-1405km.html ARGENTINA - BERNARDO DE IRIGOYEN lhttps://joaozinhomenininho.blogspot.com/2024/07/argentina-bernardo-de-irigoyen-1405km.html Atenciosamente Joaozinho - Santo Andre SP
  9. Olá, viajantes! Depois de ler tantos relatos, receber tanta ajuda e dicas do pessoal aqui no Mochileiros, nada mais justo que deixar uma contribuição sobre a minha experiência pela Patagônia. E também fico a disposição para ajudar no que estiver ao meu alcance! Meu insta é https://www.instagram.com/primporai/, se tiverem alguma dúvida e quiserem trocar alguma ideia, podem me chamar lá. 😊 Espero que gostem! Antes de iniciar o relato sobre a viagem, vou deixar algumas dicas importantes aqui: - O meu objetivo com essa viagem era realizar algumas trilhas. Caminhei muito (cerca de 250km) e tive bastante contato com a natureza. - Eu fiz a viagem sozinha. Para quem tem dúvidas só tenho uma coisa a dizer: vá sem medo. As pessoas de lá são muito simpáticas e estão sempre dispostas a ajudar. Fiz várias amizades durante as trilhas, nos ônibus, na rua, etc. 😂 - A fama de rolar caronas por lá é verdadeira. - Mesmo sendo verão, na Patagônia ainda é frio. - Os dias são longos, entre 4h00 e 5h00 o sol já está raiando e ele se põe depois das 22h. Dá pra fazer MUITA coisa. - Não deixe de fazer absolutamente nada por causa do mal tempo. O clima por lá muda bastante, então saia com chuva ou sol e esteja preparado para as mudanças. - Leve sempre na sua mochila de ataque uma jaqueta e calça que sejam impermeáveis e corta vento. - Em todos os lugares tem calefação, então use e abuse do sistema em camadas e leve pijama curto para dormir. - Faça cambio na Argentina. Minha conexão em Buenos Aires era de madrugada, então não consegui fazer cambio fora do aeroporto, e mesmo assim compensou muito mais que trocar no Brasil. Fiz no Banco Nación dentro do EZEIZA, acho que fica aberto 24hrs. No site deles dá pra acompanhar a cotação oficial (http://www.bna.com.ar). - Comprei todos os tickets de ônibus na Rodoviária de El Calafate. Também é possível comprar online. - Peguei um Chip para usar internet da empresa Movistar. Só precisa ir até a loja deles com um documento e solicitar o chip, depois ir até um kiosco e fazer uma recarga. A internet funcionou bem na Argentina, exceto El chaltén que lá nem o wifi funciona direito. - Tanto na argentina quanto no chile eles não dão sacolas nos mercados. - Achei os preços bem interessantes em Ushuaia, pra quem não sabe, é uma área livre de impostos. Vi perfumes, gopro, roupas de frio com preços bons. Meu cronograma foi o seguinte: 20/12 – Florianópolis – Buenos Aires 21/12 – Buenos Aires - Ushuaia 22/12 – Ushuaia – Laguna Esmeralda 23/12 – Ushuaia – Pinguineira, Canal Beagle e Glaciar Martial 24/12 – Ushuaia – El Calafate (avião) 25/12 – El Calafate – Dia Livre, volta de bike 26/12 – El Calafate – Perito Moreno e Minitrekking 27/12 – El Calafate – Puerto Natales - Chile (ônibus) 28/12 – Puerto Natales – Full Day Torres Del Paine 29/12 – Puerto Natales – Trekking até Base deTorres del Paine 30/12 – Puerto Natales – El Calafate – El Chaltén (ônibus) 31/12 – El Chaltén – Cerro Torre 01/01 – El Chaltén – Chorrilo Del Salto 02/01 – El Chaltén – Fitz Roy 03/01 – El Chaltén – Laguna Electrica 04/01 – El Chaltén – Loma Del Pliegue Tumbabo 05/01 – El Chaltén – El Calafate (ônibus) 06/01- Chegada em Florianópolis Vou começar pelo dia 2, porque o primeiro se resumiu apenas em chegar até Buenos Aires 😂😂 21/12 BUENOS AIRES – USHUAIA Cheguei de madrugada no Aeroporto de Ezeiza, fiz o cambio e meu voo até Ushuaia saia do Aeroparque. A Aerolíneas disponibiliza de um transfer gratuito se você emitir um voucher no site deles. A empresa que presta esse serviço é a Manuel Tienda León, só procurar o guichê deles na parte externa do aeroporto. O voo de Buenos Aires até Ushuaia dura +/- 4 horas. Acordei quando estava perto de pousar e ao abrir a janela o céu estava azul, as montanhas com os picos nevados e diversos lagos. Desembarquei em Ushuaia às 8h10 e como não despachei mala, fui direto ver o transfer até o meu hostel, para não esperar muito optei pelo remis, é um trajeto rápido e custou ARS 300. No hostel, tomei café da manhã e fui tomar um banho para sair. E para minha surpresa ao sair do banho, chuva e muito vento (coisas da patagônia 😂). Nesse momento, ainda não entendendo como funcionava o clima por lá, fiquei esperando a chuva passar. Depois de um certo tempo sai na chuva mesmo. Estava com o dia livre e fui bater perna para conhecer a cidade, andei pela Avenida San Martin que é a rua de comércios em Ushuaia, muito simpática, com algumas construções coloridas, pelas calçadas apreciando o Canal Beagle, fui até a famosa placa. Hospedagem: Antártida Hostel. Localização é ótima, perto da Avenida San Martin, do porto e mercado. Estrutura de quartos, banheiros e cozinhas são boas e sempre estavam limpos. Staffs simpáticos, sempre dando dicas e conversando. Vista do avião Foto clássica na placa "fin del mundo" Canal Beagle 22/12 – USHUAIA – LAGUNA ESMERALDA Pedi no hostel informações sobre o transfer até o inicio da trilha para a Laguna Esmeralda, eles me venderam por ARS 450 ida e volta. A van passou no hostel as 10h, o dia estava nublado e sem chuva. A trilha de modo geral é bem tranquila e bonita. Você caminha por bosques, passa por rios, vales, paisagens bem diferentes. Durante todo o trajeto há “plaquinhas” azuis nas árvores indicando o caminho. Possui algumas subidas, não são muito longas e nem íngremes. Após mais ou menos 6km cheguei na Laguna Esmeralda e que lugar incrível, meu preferido de Ushuaia. A água realmente é verde esmeralda, mesmo com o dia nublado. Explorei alguns lugares mais altos, contornei a Laguna para vê-la vários ângulos. Logo mais começou uma ventania, coloquei todos os meus casacos, gorro, procurei um abrigo do vento e sentei pra comer para depois começar meu caminho de volta. Na volta o vento não deu trégua e eu podia ver a chuva se aproximando. Choveu um pouco e depois o céu ficou azul. Cheguei ao inicio da trilha perto das 14h para aguardar a van. No caminho de volta para o hostel o tempo virou de novo, choveu e ventou MUITO. Fiquei pensando se tivesse optado por voltar com a van das 17h kkkk Trilha com as plaquinhas azuis nas árvores, indicando o caminho. Empacotada de casacos depois que cheguei na Laguna Esmeralda 23/12 – USHUAIA – PINGUINEIRA, CANAL BEAGLE E GLACIAR MARTIAL Último dia em Ushuaia começou bem cedo, o dia estava lindo, céu azul, pouco vento. Às 7h30 o ônibus saia do Porto em direção a Estancia Harberton, para depois pegar um barco até a Isla Martillo, onde estão os pinguins. Fechei esse passeio com a Piratour por USD 179. No caminho até a Estancia paramos num local bonito, com um lago e do outro lado da estrada um vale, onde é possível observar como as árvores crescem tortas devido aos fortes ventos. Fomos divididos em 2 grupos para pegar o barco e ir até a ilha dos pinguins. Estava bem frio e com bastante vento. Ao descer na ilha a guia passa algumas instruções e durante todo o passeio explica sobre a ilha, pinguins, predadores, etc. Você não fica “solto” na ilha, precisa caminhar com o grupo. A ilha é realmente cheia de pinguins, estão por toda a parte e são uma gracinha, dá vontade de pegar um e botar embaixo do braço. Obs.: Não é permitido se aproximar dos pinguins, acho que são 3 mestros. E tome muito cuidado para não pisar nos ninhos. Minha dica é: fique na frente do grupo, um pouco afastado. No momento que estava conversando com a guia um pinguim se aproximou de mim e pude vê-lo de pertinho, até tirei uma selfie com ele. Depois vamos até o museu marítimo onde é realizada uma visita guiada em inglês e espanhol. O museu é muito interessante possui ossadas de mamíferos marinhos. O tour é realizado por biólogos, as explicações são riquíssimas, cheias de informações novas. Pra finalizar o passeio seguimos até um catamarã para uma navegação de 3 horas pelo Canal Beagle, até chegar ao porto de Ushuaia. Confesso que achei essa parte um porre e dormi boa parte do trajeto kkkk acordei para ver o Farol, que é lindo. Nesse momento estava chovendo e bem cinza, parecia filme de terror. Mais tarde passamos por uma ilha onde ficam vários leões marinhos, paramos ali por alguns minutos para observa-los. Eles dormem todos juntinhos, fazem barulhos, são folgados e desajeitados. Desembarcamos no porto de Ushuaia pelas 15h, almocei com uma família que conheci durante o passeio e as 19h30 combinamos de nos encontrar para subir o Glaciar Martial. Nessas horinhas já tinha parado de chover e o sol brilhava, no entanto um pouco antes de sair e encontrar meus novos amigos, o tempo virou completamente e inclusive choveu granizo (acho que nunca vou ver tempo tão louco como ushuaia). Após muita indecisão, criamos coragem e começamos a subir o Glaciar Martial, debaixo de chuva mesmo. Estava muito úmido, então a sensação térmica castigava. No meio da trilha já havia parado de chover, olhamos para trás, o céu estava limpo e no mar dava pra ver um lindo arco-íris. A subida é bem íngreme, senti a minha panturrilha queimar. Subimos até encontrar os pontos com gelo, tomamos a agua trincando e começamos a descida com vista para Ushuaia, o céu estava com cores lindas. Por isso eu vou reforçar mais uma vez: NÃO DEIXEM DE FAZER ABSOLUTAMENTE NADA NA PATAGÔNIA POR CAUSA DO TEMPO. Patagônia e suas surpresas 😍 Por enquanto é isso gente, conforme for sobrando um tempinho vou escrevendo e postando aqui!
  10. Olá! Preciso de muita ajuda com informações Vou chegar em Buenos Aires em um sábado a tarde fiz uma remessa para western union porém vi que não vão estar abertas 🤦🏼‍♀️ Tenho apenas o cartão c6 global em dólar. Será que o cartão é bem aceito lá? Não tenho wise, mas li que a wise não está sendo bem aceito nos comércios lá e não está disponível remessas em pesos. Vi que posso enviar em dólar... Wise posso colocar dólar e usar lá? Consigo sacar nos caixas eletronicos? Quais casas de câmbio são confiáveis e vantajosas que abrem de sábado e domingo? Se eu levar só reais, vou ter dificuldades ou a maioria dos estabelecimentos vão aceitar? Vou ficar 2 dias em Buenos Aires e após vou para El Calafate e Ushuaia.
  11. Todos os Consulados Argentinos aqui no Brasil estão repassando informações erradas sobre o trânsito na Argentina, para mais informações acesse o post abaixo; https://www.mochileiros.com/topic/86202-leis-de-trânsito-américa-do-sul-argentina-chile-uruguai-bolívia-peru-colômbia/
  12. Pessoal, estou planejando mas tenho umas dúvidas: - Procurei pela internet (embaixada, consulado, etc) informações do que é vistoriado no carro no momento da entrada no pais, não encontrei documentação oficial, ouvi em vídeos sobre 2 triangulos, extintor de incendio, kit primeiros socorros, cambão. Não sei se faltam outras coisas, nem sei o que é esse bendito cambão mas pesquisei na internet e é caro, será que é obrigatório mesmo? será que eu não consigo alugar ou emprestar? pq dps vai ficar um "bagulho" guardado em casa. - Penso em aproveitar a maior parte dos meus 18 dias nas regiões de Mendoza e Cordoba(menos interessante mas está no caminho), queria ver neve, será que consigo em outubro? Quero ver tbm o Aconcágua mas pelo que pesquisei nessa época só fica aberta a trilha que é mais curta e podemos vê-lo a uma certa distancia. Outras dicas são bem vindas.
  13. Olá gente tudo bem? esse é meu roteiro , minha duvida é mesmo em janeiro , precisa se preparar tanto para o frio nesses destinos? oque recomendam de usar e onde comprar? Janeiro /2024 Foz do Iguaçu - Santiago Dia 04/01 - Santiago 07/01 - Mendonza Mendoza - 10/01 - Bariloche Bariloche - 17/01 - El calafate El calafate - 23/01 - Buenos Aires 26/01 Buenos Aires - Montevideu Buenos Aires - Iguazu. Não sei definitivamente oque levar , vou levar uma mochila de 40l é no maximo mais uma mochila de ombro , por isso não queria errar nas roupas porque não vou ter tanto espaço.
  14. Em março de 2023 finalmente realizamos nosso sonho de ir até o extremo sul do nosso continente de carro, conhecendo as belezas das paisagens da Patagônia. Fui eu e minha esposa em um jipe Suzuki Jimny, o carro foi muito valente, não deu nenhum problema. Os pneus mais parrudos (mud 215 75 r15) e a tração 4x4 ajudaram nos trechos de rípio (estrada de cascalho), dá pra andar um pouco mais rápido nesses trechos com esses recursos. Mas não é essencial, com calma dá pra ir com QUALQUER carro, inclusive a maioria dos viajantes que vimos percorrendo os mesmos caminhos eram até motoqueiros, de todas as partes do mundo. É uma viagem fantástica, que relatos ou fotos não podem descrever plenamente a sensação de fazer. Antes de começar, no planejamento, parece loucura, as grandes distâncias, horas dirigindo, possíveis perrengues. Mas depois que começa a viajar, a ansiedade vai sumindo, o roteiro vai se desenrolando naturalmente e a grande maioria dos trechos de estrada são muito prazerosos de percorrer. Faço esse relato para auxiliar na logística, planejamento e incentivar quem também está sonhando viver essa aventura. Se tiver esse sonho, faça o devido planejamento de tempo, finanças, documentação, esteja com a manutenção do seu carro em dia e simplesmente vá, não pense muito mais do que isso! Embarque na viagem que dá certo, se joga! DICAS GERAIS Dinheiro no Uruguai: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Trocamos reais em espécie por pesos uruguaios. Dinheiro na Argentina: país barato! Com a cotação blue sai tudo mais ou menos a metade do preço do Brasil. Fizemos 4 transferências grandes que sacamos tudo de uma vez na Western Union de Buenos Aires. Pagamos toda a alimentação e gasolina da viagem em espécie, e algumas hospedagens também quando não aceitavam cartão. Também levamos um cartão C6 Global com US$ para pagar as hospedagens. No dia 5 do relato explico melhor. Dinheiro no Chile: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Levamos dólares em espécie que trocamos por pesos chilenos. Alguns gastos no cartão global. Documentação: leve passaporte! Facilita muito os trâmites e ainda dá para carimbar nas fronteiras, Peninsula Valdes e Ushuaia. Versão impressa do documento (CRLV) do veículo e carteira de habilitação foram pedidos em todas as fronteiras e blitz policiais. Algumas vezes Carta Verde. Até fiz o Soapex do Chile mas não pediram nenhuma vez. Ítens do carro: levei dois triângulos, extintor novo e carregado, kit de primeiros socorros. Tenho cintas de reboque no carro também, mas nada disso foi pedido nenhuma vez. Mantimentos: como várias regiões remotas e isoladas são percorridas, sempre levávamos pelo menos 3L de água no carro e comida para um dia pelo menos, no caso de algum problema com o carro e demora no socorro, mas ainda bem que nada ocorrreu. Dia 1 - Campinas(SP) => Tubarão(SC) (880 km) Dia de iniciar o deslocamento ao sul, pegamos muito trânsito na Régis Bittencourt na serra do Cafezal devido a um tombamento de carreta, e também na BR101 próximo da divisa PR/SC devido à obras. Depois tudo parado também em Itajaí(SC), viagem longa e desgastante de aproximadamente 12h, o que já era previsto. Dia 2 - Tubarão(SC) => Barra do Chuí(RS) (840 km) Dia mais legal que o anterior, praticamente sem trânsito. Entre Porto Alegre e Pelotas já começam os trechos de pista simples, mas sem muitos caminhões. De Pelotas até o Chuí, estrada linda, retas sem fim e passagem pela reserva ambiental do Taim. Nos hospedamos em Barra do Chuí porque queríamos ver a divisa no litoral entre Brasil e Uruguai, são apenas 10km a mais, acredito que vale mais a pena, é muito mais bonito, em Chuí não tem muita coisa pra ver. Ficamos em uma pousada de chalés simples mas que proporciona uma vista sensacional do arroio Chuí, do farol e dos molhes, se chama El Faro del Pajarito, fica literalmente na rua mais ao sul do Brasil. Dia 3 - Barra do Chuí(RS) => Montevideo (420 km) Antes de sair do Brasil, ENCHA O TANQUE de combustível. A gasolina no Uruguai tá muito cara, praticamente o dobro da nossa. Atravessamos a rua que divide os dois países, trocamos reais por pesos uruguaios em uma casa de câmbio e seguimos até a aduana. Estava sem filas, fizemos a migração com os passaportes, nos pediram também o documento do carro impresso (CRLV), habilitação e o seguro carta verde. Depois da fronteira a primeira parada foi a fortaleza de Santa Teresa, fica perto da estrada e é muito bonita. Depois seguimos para conhecer Punta del Diablo e a Playa de La Viuda, uma praia com lindas dunas antes do mar, bem tranquila. A próxima parada foi Valizas, uma vilinha bem roots, com várias casinhas direto na areia da praia. Nos mantivemos na ruta 10, uma estrada menor e mais próxima do litoral, até chegar em La Paloma. É uma cidade maior, com vários restaurantes e um farol bem bonito. De lá seguimos, obrigatoriamente tivemos que voltar à ruta 9 passando por Rocha, mas assim que pudemos retornamos até a ruta 10 em Las Garzas. De Las Garzas até José Ignacio passamos por um trecho bem bonito e deserto da estrada, beirando o mar e percorrendo área de reserva ambiental. Em José Ignacio já começam a aparecer mais casas modernas e de alto padrão, só paramos para ver o farol e seguimos até Punta del Este. Pegamos um pouco de trânsito, não gostamos de praias urbanas assim, só tiramos uma foto no monumento da mão e fomos até a Casapueblo. O ingresso é um pouco caro, mas vale muito a pena para quem gosta de arquitetura e arte. E se estiver com o tempo aberto, o pôr do sol lá com a recitação da poesia é um momento muito bonito. De lá fomos até Montevideo, onde chegamos já anoitecendo, estrada muito boa até lá. Dia 4 - Montevideo => Colonia del Sacramento => Buenos Aires (200 km) Saímos cedo de Montevideo em direção a Colônia. A cidade é bem charmosa, chegamos próximos da hora do almoço, tem bastante opções de alimentação, mas lembrando que o custo de vida lá para nós do Brasil é um pouco mais alto. Demos um rolê ali no Barrio Historico até chegar o horário da balsa Buquebus, que aliás está bem cara (aproximadamente R$1000 duas pessoas mais o carro até Buenos Aires). Chegando em Buenos Aires só chegamos na hospedagem e saímos pra jantar por perto. Dia 5 - Buenos Aires => Bahía Blanca (650 km) Já tínhamos reservado a manhã para os procedimentos de câmbio de dinheiro. Sei que dá para pegar os pesos próximos da cotação blue na Calle Florida, mas preferimos a segurança da Western Union, já havíamos feito as transferências anteriormente e fomos sacar os valores em uma agência grande e oficial, localizada nesse endereço (Perú 160-118, C1067AAC, C1067AAD CABA). O horário de abertura era às 09h, chegamos lá umas 08h45 e já havia uma pequena fila. Fizemos o primeiro saque bem rápido, mas devido aos diversos relatos de falta de dinheiro nas agências e limites para saques, acabamos fazendo por precaução duas transferências menores de um para o outro. Isso nos fez perder mais 1h30 de fila para sacar de novo, acho que se tivesse feito apenas 1 transferência grande teria dado certo nessa agência, chegando cedo para garantir. Pela praticidade, acabamos sacando já o dinheiro suficiente para a viagem inteira, deu um calhamaço de notas, ocupando duas pochetes grandes inteiras. Apesar do risco, não queríamos perder tempo com os saques novamente, fora a disponibilidade limitada em cidades menores. Para complementar o dinheiro da viagem, levamos também um cartão C6 Global carregado em dólares, utilizado basicamente apenas para pagar as hospedagens. Antes não valia a pena, mas desde dezembro de 2022 está em vigor uma nova modalidade de conversão de moeda quando se utiliza cartão estrangeiro na Argentina, chamada popularmente de dólar tarjeta. Não chega a ser o dólar blue praticado pela Western Union mas chega próximo, e pagando o hotel com cartão você tem a isenção do imposto por ser estrangeiro. Então esta agora é a melhor forma de pagar hospedagens na Argentina, com cartão. Gasolina e alimentação foi tudo no dinheiro vivo, vale mais a pena. Saímos de Buenos Aires já era umas 13h, é uma distância considerável até Bahía Blanca, começamos a descer pela Ruta 3, depois da cidade de Azul pegamos a RP51, é o caminho mais curto pelo pampa, asfalto um pouco ruim em alguns trechos mas bem menos caminhões. Dia 6 - Bahía Blanca => Puerto Madryn (717 km) Ao invés do caminho sugerido pelo Google Maps, pela ruta 22 e depois 251 até San Antonio Oeste, fizemos tudo pela Ruta 3, passando por Viedma, acrescentando uns 70km ao trajeto, mas queríamos percorrer a Ruta 3 o máximo possível. E valeu a pena, entre Viedma e San Antonio Oeste é um trecho bem deserto e com duas retas gigantescas, foi legal ter passado por esse trecho. Chegamos em Puerto Madryn no final da tarde, já com o frio e o vento patagônico dando as caras. Dia 7 - Puerto Madryn => Península Valdés => Gaiman (300 km) Nesse dia amanheceu chovendo, nosso plano seria percorrer toda a Península Valdés (Punta Delgada, Caleta Valdés e Punta Norte), mas quando chegamos já na porteira de entrada da península, no istmo, nos informaram que as estradas poderiam estar intransitáveis devido às chuvas. Quando chegamos em Puerto Pirámides fomos informados que um ônibus havia derrapado na lama e bloqueado a estrada para acessar a Caleta Valdés. Havia uma viatura da polícia informando para não passar para o interior da península, porque as estradas estavam péssimas. Mesmo com nosso 4x4 e pneu mud, não autorizaram. Mas mesmo assim foi um passeio muito bonito, conhecemos Puerto Pirámides, fomos nos miradores. Haviam alguns brasileiros de motorhome por lá, nos deram a dica de ir na loberia próxima de Puerto Madryn, para não perdermos o dia e vermos os lobos marinhos. No caminho de volta a Puerto Madryn ainda passamos no mirador Isla de los Pajaros, a 2km do centro de visitantes da península, lugar sensacional, vale a pena esse desvio pequeno de rota. Em Puerto Madryn almoçamos e fomos no mirador da Loberia Punta Loma, haviam muitos animais lá, bem legal. Depois um pouco mais a frente fomos até a Playa Cerro Avanzado, totalmente deserta, onde acaba a estrada. De lá seguimos até Gaiman, uma cidadezinha galesa bem legal perto de Trelew, infelizmente chegamos tarde para o tradicional chá da tarde, mas vale conhecer essa cidadezinha. Dia 8 - Gaiman => Trelew => Punta Tombo => Comodoro Rivadavia (500 km) Chegamos em Trelew para ir no Museu dos Dinossauros, mas infelizmente estava fechado para reformas por tempo indeterminado, a previsão de reabertura é em junho/23. Seguimos para Punta Tombo, uma das maiores colônias de pinguins de Magalhães do mundo. É uma reserva muito bem estruturada com um centro de visitantes legal, que dá um contexto da reserva antes do passeio pelas passarelas. O passeio é bem bonito, dá pra ver muitos animais e chegar bem perto. Depois do asfalto um pouco de rípio até chegar na Punta Tombo, inclusive na volta percorremos o mesmo caminho de ida até a ruta 3, o Google Maps estava sugerindo voltar pela ruta 32, o que seria um caminho mais curto mas totalmente de rípio e provavelmente bem deserto. ATENÇÃO: esse trecho de Trelew até Comodoro Rivadavia é um dos mais problemáticos da viagem em questão de postos de combustível, principalmente se incluir a visita até Punta Tombo, que acrescenta uns 100 km no trajeto. Também começa a ventar muito, o que aumentou bem o consumo de nosso carro, em mais de 1 km/L. Na ruta 3 aparece um posto YPF Alamo no Google Maps que simplesmente não existe. Depois de Estancia La Concepción também havia um posto no meio do nada que não dá pra confiar se vai estar aberto ou se vai ter combustível, no nosso caso estava aberto mas só tinha diesel. O posto essencial para abastecer nesse trecho é um YPF que fica em Garayalde, o que dá uns 350 km de Trelew, incluindo a Punta Tombo. E mesmo lá há relatos de falta de combustível, mas conseguimos abastecer tranquilamente lá. Como a autonomia de nosso carro é baixa (400 km, talvez menos dependendo do vento), por segurança levamos um galão de combustível extra de 20L que abastecemos em Trelew e amarramos no bagageiro de teto. Também já começam a aparecer bastante animais na beira da pista, guanacos e nhandus (uma espécie de ema patagônica). Tem que ter precaução nos pontos sem visibilidade da estrada (curvas e ladeiras), eles ficam bastante no meio da pista, e correm às vezes para frente do carro, principalmente os guanacos. Chegando em Comodoro Rivadavia vale a pena conferir o El Farallon, uma formação rochosa gigantesca próxima da costa, que tem uma colônia com muitas aves marinhas, ali é bem bonito no pôr do sol. Dia 9 - Comodoro Rivadavia => Rio Gallegos (778 km) Dia de muita estepe patagônica. Nos primeiros quilômetros após Comodoro o caminho da estrada é lindo, vai beirando o mar, no começo da manhã estava bem bonito. Depois é um caminho com muita estepe deserta, muitos guanacos atravessando a pista e o vento patagônico fazendo jus à fama. Em alguns momentos é absurdo, chega a interferir na direção e frear bastante o carro em alguns momentos, o consumo de combustível sobe. Mas é um trecho mais tranquilo em questão de combustível, tem mais opções e são mais confiáveis, por segurança abasteci em Fitz Roy, Três Cerros e Comandante Piedrabuena, sempre quando abaixava de meio tanque. Dia 10 - Rio Gallegos => Rio Grande (375 km) Muitas pessoas vão direto para Ushuaia nesse dia, mas acredito que a parada em Rio Grande é a melhor estratégia. Os procedimentos das duas fronteiras podem demorar se tiver fila, e tem a fila da balsa do estreito de Magalhães também, ficamos mais de 1h. Fora que o trecho entre Rio Grande e Ushuaia é muito bonito e merece ser feito com calma, com a luz do dia boa. E ainda ganha um tempo livre de manhã em Rio Gallegos para visitar o Barco Marjory Glen, um barco enorme encalhado na praia há mais de um século. Vale muito a pena ir lá ver esse barco, dá uns 50km ida e volta da ruta 3. Os trâmites na fronteira Argentina/Chile foram tranquilos, sem filas. Depois da fila da balsa, a travessia do estreito de Magalhães é rápida. Entrando novamente na Argentina, abastecemos no posto YPF que fica ao lado da aduana argentina em San Sebastian (não vale a pena abastecer no Chile em Cerro Sombrero, após a travessia de balsa, a gasolina no Chile em geral é caríssima). De San Sebastian até Rio Grande, uma estrada boa, asfaltada. Chegando lá o frio já estava forte. Dia 11 - Rio Grande => Ushuaia (212 km) Trecho de estrada lindo, a estepe patagônica vai dando lugar às montanhas e bosques andinos, lagos maravilhosos no caminho (Fagnano e Escondido), vimos raposas zorro em um dos mirantes e até fizemos um pequeno off-road em uma estradinha beirando o lago Escondido. Ela começa em um dos mirantes do lago, vai beirando o lago e começa a subir, paramos no meio do caminho de subida e demos meia volta, mesmo de jipe. Não era seguro prosseguir até o final, estávamos sozinhos e pelo visto a estrada subia uma pirambeira de serra com erosões até o Paso Garibaldi. Voltamos pro asfalto e subimos a serra, a vista lá de cima do Paso Garibaldi é sensacional. A estrada volta a descer para um vale bem bonito entre as montanhas e finalmente chegamos em Ushuaia, nem dá pra descrever a emoção e sensação de ver o portal da cidade, depois de todo o caminho percorrido até lá. Almoçamos um cordeiro patagônico delicioso e ainda deu tempo de fazer o passeio de barco, já que o tempo estava bom tinha que aproveitar. Fomos com a empresa Três Marias, que faz o roteiro tradicional e mais o trekking na Isla H, a ilha mais ao sul da Argentina, mais até que a própria Ushuaia. O legal é que com eles o passeio é feito em um barco menor, não igual as outras empresas com catamarãs e grupos enormes de turistas. Fora o capitão e o guia que eram muito simpáticos e explicaram com detalhes tudo sobre o passeio. Demos a sorte de ver baleias respirando e mergulhando. As ilhas no caminho até o farol Les Eclaireurs são lindas, cheias de lobos, leões marinhos e aves. O farol é fantástico, e o trekking na Isla H foi o ponto alto, ver uma paisagem e vegetação que só existe lá, parece cenário de filme. Voltamos para o porto de Ushuaia já bem no final da tarde, com vento e muito frio. Dia 12 - Ushuaia => Parque Nacional Tierra del Fuego => Ushuaia (80km) É uma atração imperdível de Ushuaia, reserve um dia para passar lá, principalmente se estiver um clima bom. Um parque muito bem estruturado e nem dá pra descrever a beleza dos bosques, rios, montanhas, só indo e fazendo as trilhas para sentir isso. Fizemos apenas trekkings curtos (cascata Rio Pipo, mirador Lapataia, Castorera), de carro passamos pela agência do Correio do Fim do Mundo para carimbar os passaportes, almoçamos no Centro de Visitantes Alakush e finalizamos indo até a placa do final da ruta 3 na Bahia Lapataia, após 3045 km desde Buenos Aires. Dia 13 - Ushuaia => Rio Grande (212km) Aqui a dica de mais uma parada estratégica em Rio Grande. Em meu roteiro original estava para chegar em Puerto Natales no Chile nesse dia, mas sentimos que seria extremamente cansativo pela grande distância e a demora de mais um trâmite de fronteira e balsa novamente. Pudemos curtir a manhã tranquilos no centro de Ushuaia, compramos pesos chilenos, umas lembranças nas lojinhas e almoçamos. Estava chovendo e muito frio, quando estávamos saindo da cidade ainda demos a sorte de ver a neve caindo ali no portal da cidade. No caminho para Rio Grande, muita chuva, chegando lá frio e um vento absurdo. Dia 14 - Rio Grande => Puerto Natales (564km) Enchemos o tanque em San Sebastian e entramos no Chile, tudo rápido na fronteira. Chegamos na balsa e embarcamos logo em seguida. No caminho entre a balsa e Puerto Natales não tem quase nada de civilização, é uma região remota. Tem a vila abandonada de San Gregorio com o naufrágio do Vapor Amadeo, prédios em ruínas, um pouco depois o único posto de combustível no caminho, um Petrobras minúsculo na entrada do Puerto Sara, abastecemos lá (ATENÇÃO: o posto só funciona de dia e só aceita pesos chilenos em espécie). Segue pela ruta 255 até o entroncamento com a ruta 9, onde tem mais um posto. De lá muitos retões e vento até Puerto Natales. Dia 15 - Puerto Natales => Parque Nacional Torres del Paine => Puerto Natales (350km) O Parque Nacional Torres del Paine é famoso por seus circuitos de trekking, mas é perfeitamente possível conhecer as principais atrações percorrendo o parque de carro, intercalando com trilhas curtas a pé para chegar nas atrações. Fizemos tudo em 1 dia devido ao tempo apertado da viagem, mas o ideal seria ter mais um dia no parque para percorrer com mais calma e fazer mais algumas trilhas a pé. A logística de voltar todo o caminho para Puerto Natales de novo (mesmo pelo asfalto da ruta 9) também não foi a ideal. Seria melhor ter encontrado uma hospedagem no parque ou em Cerro Castillo, já perto da divisa com a Argentina no Paso Rio Don Guillermo, mas eram caríssimas e escassas. Então percorremos todo o parque sentido sul -> norte -> leste e voltamos para Puerto Natales. O ideal é percorrer o parque de carro nesse sentido, entrando pela Portaria Serrano (ATENÇÃO: SÓ ACEITAVAM PAGAMENTO DO INGRESSO EM CARTÃO), porque assim você fica boa parte do caminho indo de frente para as montanhas icônicas Cuernos del Paine. Dentro do parque existem apenas estradas de rípio, alguns trechos em bom estado, outros nem tanto, mas todos os veículos passam tranquilamente. Após a portaria fomos ao Lago Grey e fizemos a trilha até o mirador do lago (1h a pé). É um lugar lindo, o contraste do lago cinza com os icebergs de azul bem vivo é fantástico, estava muito frio, vento e começou a chover. O clima do parque é imprevisível, tem que ir preparado com luvas, touca e casaco impermeável. Depois almoçamos umas empanadas que levamos (tem opções de alimentação dentro do parque mas são bem caras), o tempo melhorou e fomos até o mirador do Lago Pehoé, vista linda, mas os Cuernos del Paine ainda estavam encobertos. De lá seguimos para a vista da Hostería Pehoé e sua ponte, e depois até o Mirador do Salto Grande, depois de fazermos uma trilha curta a pé. A cachoeira Salto Grande é absurda de bonita, a cor da água impressiona, e lá também enfrentamos os ventos mais fortes de nossa viagem, às vezes até desequilibrava um pouco. De lá já dava pra ver bem as torres, que pudemos ver melhor um pouco mais adiante no caminho para o mirador do lago Nordenskjold, outro lugar fantástico. Seguimos então para a portaria Laguna Amarga, e de lá para a Laguna Azul. Nesse último trecho o rípio estava um pouco pior, talvez por ser um caminho menos percorrido. Essa laguna é vazia, bem tranquila e tem uma vista linda das torres se o tempo estiver aberto. Saímos do parque em direção a Cerro Castillo para pegar a ruta 9, fomos surpreendidos com mais rípio do que esperávamos nesse trecho, a estrada quase toda está em reformas e com desvios. De Cerro Castillo voltamos tranquilamente para Puerto Natales pela ruta 9. Dia 16 - Puerto Natales => El Calafate (355km) Saindo de Puerto Natales rápido chegamos em Cerro Castillo (o bar/café da fronteira parece cenário de filme de velho oeste) e o Paso Rio Don Guillermo. Passando pelo trâmite de aduana chileno, em poucos km chegamos à fronteira com a Argentina, onde começa uma estrada de rípio em bom estado. Em 1 ou 2 km passamos pela aduana argentina, de lá mais um pouco de rípio até chegar na Ruta 40. ATENÇÃO: a rota padrão do Google Maps entre Puerto Natales e El Calafate pega o caminho mais curto, e de forma irresponsável manda os viajantes pelo antigo traçado da ruta 40, entre Estancia Tapi Aike e El Cerrito. É um trecho totalmente de rípio, deserto e que dizem estar em péssimo estado, há muitos relatos de viajantes que sofreram para passar por lá. Também inexistem postos de combustível indo por lá. Faça a rota colocando Esperanza como parada. É uma volta longa, acrescenta mais de 100 km ao caminho, mas é o traçado atual da Ruta 40, totalmente asfaltado e com abastecimento seguro em Esperanza no posto EPA (Energia Patagônica). A partir de Esperanza, as belas paisagens da Ruta 40 com muito vento até El Calafate. Dia 17 - El Calafate => Parque Nacional los Glaciares (Glaciar Perito Moreno) => El Calafate (160 km) O Parque Nacional los Glaciares é fantástico, ver o glaciar é uma experiência emocionante. DICA: não faça o passeio de barco a partir do primeiro porto (puerto Bajo las sombras), de lá o passeio percorre o lado do glaciar que a água fica menos bonita, meio acinzentada. Continue a estrada até o final, deixando o carro no estacionamento perto do Restó del Glaciar, já compre ali perto os ingressos para o passeio de barco que sai pelo Canal de los Tempanos. Esse canal é um dos que dá origem ao grande lago Argentino, estava um dia ensolarado e a cor da água estava incrível. Por ali além do porto do passeio dá pra fazer também um dos roteiros de passarelas, se quiser fazer os outros com os mirantes mais altos e principais dá para subir a pé pelas passarelas ou então pegar um ônibus circular que passa constantemente, não dá pra ir de carro na parte de cima do parque. Ver o glaciar de todas as formas e ângulos, andar por todas as passarelas, é um passeio sensacional que deve ser feito com calma, dedicando um dia inteiro, é um lugar incrível. Dia 18 - El Calafate => El Chaltén (220km) Provavelmente o dia com as melhores paisagens da viagem. De El Calafate seguimos pela ruta 11 e ruta 40 até o entroncamento com a ruta 23, o caminho para El Chaltén. Beirando o lago Viedma, a estrada percorre uma paisagem linda, pegamos também ventos fortíssimos contrários nesse trecho, o carro mal desenvolvia 90km/h em 4a marcha, o consumo subiu bastante. Conforme vai se aproximando de El Chaltén, o monte Fitz Roy se faz cada vez mais presente. Alguns trechos com longas retas e a visão do Fitz Roy ao fundo com certeza devem ser alguns dos mais bonitos trechos de estrada do mundo. Mais alguns mirantes fantásticos no caminho, passamos pelo portal do Parque Los Glaciares e então chegamos a El Chaltén, uma das cidades mais novas da Argentina, que mantém o clima pacato de vila de trilheiros e mochileiros. A atmosfera da cidade é bem legal, certo contraste com o turismo já um pouco massificado em El Calafate. Almoçamos lá, fizemos check-in em nossa hospedagem e já saímos em direção ao camping Lago del Desierto, onde começa a trilha para o glaciar Huemul. De El Chaltén até lá, são 35km de estrada rípio em condições razoáveis. Pagamos o ingresso da trilha na entrada do camping e começamos a subida, é uma trilha curta mas com um forte aclive, bem cansativa, estávamos sedentários na época e fomos devagar na subida, demoramos mais ou menos 1h, no trecho final mais inclinado tem o auxílio de algumas cordas, mas é bem seguro, sem exposição à queda ou risco algum. É uma trilha muito bonita, que percorre os bosques e vai beirando o riacho que drena a água do lago do glaciar. A chegada até o lago e a vista do glaciar depois do esforço da subida é recompensadora e impressionante, a cor da água é inacreditável, misturada com cor da vegetação no início do outono, com certeza uma das paisagens mais bonitas que já vimos na vida. É um passeio um pouco fora do radar de quem só vai para El Chaltén focando nos acampamentos e trilhas, devido à distância do centro da cidade. Mas na minha opinião, pela paisagem da trilha, do lago e do glaciar, é um passeio obrigatório para fazer por lá, e que pode fazer ser feito rapidamente e com pouco esforço em apenas meio período. Dia 19 - El Chaltén - Parque Nacional los Glaciares - Trilha Laguna Capri e Mirador Fitz Roy (10km a pé ida e volta) A trilha começa no final da avenida principal da cidade, tem uma subida menos inclinada mas com o dobro da distância da trilha do Glaciar Huemul, haviam pessoas de todas as idades fazendo a trilha, a subida é cansativa mas é tranquila se fizer sem pressa. O caminho da subida é bonito, e a vista do maciço do Fitz Roy a partir da Laguna Capri e do mirador é fantástica, as fotos não conseguem transmitir aquela beleza. De lá dá pra continuar a subida para ir mais perto do Fitz Roy, até a famosa Laguna de los 3, mas aí já seria uma trilha de nível difícil fisicamente, mais íngreme e demorada, não estávamos preparados, ficou para a próxima. Almoçamos na beira da laguna Capri e fizemos a descida de volta à El Chaltén. Dia 20 - El Chaltén => Perito Moreno (652km) Após curtir mais uma vista estonteante do Fitz Roy na ruta 23 saindo de El Chaltén, foi dia de enfrentar a ruta 40 em seu estado mais bruto. Após a cidade de Tres Lagos existe um trecho de 73 km de rípio, conhecido como “Los 73 Malditos” pelos motociclistas e viajantes. Não é incomum esse trecho ficar interditado e intransitável quando chove muito, porque o pavimento é de rípio com uma terra bem fina, que se transforma em uma argila quando molhada. Se tiver chovido nos dias anteriores, é bom perguntar no posto YPF de Tres Lagos como está a estrada. Não havia chovido, e quando chegamos no rípio, foi até tranquilo, os automóveis não estavam tendo maiores dificuldades, já as motocicletas estavam sofrendo mais, tem uns trechos com o rípio bem solto e fofo que elas desequilibram bastante. Esse trecho aliás atravessa uma das paisagens mais desertas e desoladas que percorremos na viagem, é bonito. Demoramos um pouco mais de uma hora para chegar de volta ao asfalto. ATENÇÃO: o trajeto entre El Chaltén e Perito Moreno também é problemático em questão de abastecimento de combustível e tem mais uma armadilha do Google Maps. Ele indica o caminho mais curto por um antigo traçado de rípio da ruta 40, deixando de fora a cidade de Gobernador Gregores, que depois de Tres Lagos é a única com posto de combustível até Perito Moreno. Não vá por lá que a falta de combustível será certeira. Então faça a rota incluindo Gobernador Gregores como parada. Mesmo assim, de lá até Perito Moreno são 360 km sem nenhum posto pelo caminho, a não ser as bombas de gasolina no meio da rua do pitoresco vilarejo de Bajo Caracoles, que dizem que muitas vezes não tem combustível ou ninguém para atender. Não dependa desse posto. Esse foi mais um trecho que utilizei o galão de combustível extra para ter mais segurança, devido a baixa autonomia do Jimny. Não precisou usar o galão, mas chegamos com o combustível piscando na reserva em Perito Moreno, o vento mais uma vez aumentou bem o consumo. Dia 21 - Perito Moreno => Esquel (537km) Mais um dia de muita estepe patagônica entremeada por morros na Ruta 40. Trecho mais tranquilo para abastecimento, paramos nas cidades de Rio Mayo e Gobernador Costa. É o dia de retorno à civilização, cidades maiores, chegamos tranquilamente em Esquel no final de tarde, lá tem muitas atrações para conhecer, como o parque nacional Los Alerces, pena que não tínhamos mais tempo de viagem. Se puder reserve um tempo para conhecer por lá também. Dia 22 - Esquel => Bariloche (284km) Deixando Esquel após um curto trecho a estrada já começa a mudar, ficando mais sinuosa e subindo as montanhas até Bariloche, passando por El Bolson. O trânsito de veículos e caminhões aumenta bastante, tem que percorrer esse trecho com mais cautela. O caminho passa por lindos lagos e mirantes até chegar em Bariloche. Chegando lá fizemos check-in, almoçamos e fomos percorrer o circuito Chico, com as várias atrações turísticas tradicionais. Gostamos muito de conhecer a sede da cervejaria Patagonia que tem lá, ótimo lugar para passar o final de tarde curtindo a vista para o lago e uma cerveja muito boa. Dia 23 - Bariloche => San Martin de los Andes (191km) Dia de percorrer a Ruta dos 7 lagos, provavelmente um dos trechos mais bonitos da Ruta 40. Paramos para almoçar em Villa La Angostura e começamos a percorrer os lagos, tem placas explicativas em cada parada e mirante, com as distâncias até o próximo ponto. Caminho sensacional, lindas vistas dos lagos, na maioria deles dá para acampar próximo, também é outra região onde dá para passar dias explorando e curtindo. Dia 24 - San Martin de los Andes => Parque Nacional Lanin => Neuquén (553km) Chegando em Junin de Los Andes nos dirigimos ao parque nacional Lanin para ver de perto o gigante vulcão Lanin. Pagamos o ingresso na portaria e logo chegamos em um mirante no lago Huechulafquen, vista sensacional, lago transparente com o vulcão nevado ao fundo. O parque é grande, percorremos mais de 30km no rípio até chegar ao final do parque, nos pés do vulcão, com outra vista sensacional dele mais próximo. Tem muitas áreas para camping bem estruturadas por lá, ficamos com vontade de passar semanas só curtindo ali dentro do parque. De lá tomamos o caminho para Neuquén, já deixando a Patagônia. Não fizemos o caminho do Google Maps, nós nos mantivemos na ruta 40 até Zapala. Foi a melhor decisão, é um caminho belíssimo, no começo bem árido com paisagens desérticas, depois sobe para um platô de onde podemos continuar observando o vulcão Lanin ao longe, mesmo a mais de 100 km de distância. Depois de Zapala entramos na ruta 22 e seguimos pelas retas enormes até Neuquén. Dia 25 - Neuquén => Bahía Blanca (534km) No roteiro original estava que nesse dia chegaríamos em Buenos Aires, percorrendo mais de 1000 km. Mas percebendo melhor a dinâmica da estrada e o cansaço pelo final da viagem, resolvemos não forçar a barra e incluir essa parada em Bahía Blanca. Nesse trecho a ruta 22 sai das estepes patagônicas e alcança os pampas argentinos, retas enormes, depois da cidade Choele Choel percorremos uma reta com pelo menos 130 km de extensão. Chegamos no final da tarde à Bahía Blanca. Dia 26 - Bahía Blanca => Buenos Aires (636km) Mesmo caminho da ida, chegamos umas 16h em Buenos Aires, ainda deu tempo de curtirmos um show de tango de noite. Dia 27 - Buenos Aires => Uruguaiana(RS) (674km) De manhã fizemos um tour rápido por BsAs, Plaza de Mayo, San Telmo, Caminito, saímos de lá meio dia em direção a Uruguaiana. Estrada ótima, caminho todo duplicado na ruta 14 até Paso de los Libres e a fronteira brasileira. Mesmo atravessando as províncias de Entre Rios e Corrientes, conhecidas pela corrupção policial, não tivemos problema algum e não fomos parados nenhuma vez. Percebemos que já no sentido contrário, em direção à Buenos Aires, haviam muitas blitz e muitos carros sendo parados. Dia 28 - Uruguaiana(RS) => Osório(RS) (724km) Atravessamos os pampas do Rio Grande do Sul pela BR 290, o dia mais cansativo de toda a viagem, pista simples e muitos caminhões. Trecho para fazer com calma e paciência nas ultrapassagens porque é perigoso. Pista dupla só a partir de Porto Alegre, chegamos em Osório já de noite. Dia 29 - Osório(RS) => São José dos Pinhais(PR) (627km) Dessa vez demos sorte na BR101, a viagem fluiu muito bem até São José dos Pinhais, última parada antes de casa. Dia 30 - São José dos Pinhais(PR) => Campinas(480km) Viagem tranquila até finalmente chegar em casa, depois de aproximadamente 13800 km rodados incluindo todos os passeios nos parques. Sonho realizado!
  15. Bom dia pessoal! Alguém sabe ao certo a exigência de documentação para viagem de carro financiado (alienado) ao banco? Solicitei ao banco uma declaração de viagem ao exterior com o bem financiado e fiz apostila de Haia conforme o consulado argentino e Chile informaram. Porém junto a esse documento o banco enviou uma procuração autorizando a assinatura daquelas pessoas do banco a assinarem a declaração, está reconhecido em cartório, porém não consegui realizar a apostila de Haia para essa procuração, por ser emitido por outro cartório que não é da minha cidade. Será que é uma exigência esse documento também ser apostilado? Obrigado!
  16. Em sua forma mais comum, o alfajor argentino é um doce feito com dois biscoitos macios que esfarelam, recheados com doce de leite e cobertos com chocolate ou polvilhados com açúcar ou coco ralado. Leia mais: https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-55982769?at_campaign=Social_Flow&at_format=image&at_link_origin=BBC_News_Brasil&at_bbc_team=editorial&at_link_type=web_link&at_medium=social&at_campaign_type=owned&at_ptr_name=facebook_page&at_link_id=7D418942-7A51-11EE-899D-C4C578A687CD&fbclid=IwAR11JeUorKRb-ii_W7yVwEIZ3XIq7XBFSAq_S2zN5-QiN3BTX2_kvnX9px4
  17. Fala galera mochileira! Mais um relato saindo, dessa vez no Noroeste Argentino, províncias de Salta e Jujuy em maio/23. Todos os relatos que eu li sobre essa região eram de pessoas que viajavam de carro ou moto e rodavam tudo por lá. E eu, como bom viajante solitário, ia fazer os passeios com agência já que pra mim sozinho não valeria a pena alugar um carro. Bem, foi um pouco das duas coisas no final das contas, mais pra frente vocês vão entender… Meu interesse pela região veio por algumas fotos de montanhas coloridas e paisagens deslumbrantes margeadas pela Cordilheira dos Andes. Eu já devo ter falado umas 752 vezes nos meus relatos anteriores que eu AMO os Andes...Então, aproveitando também que a Argentina tá barata, partiu! Sobre dinheiro, a situação cambial na Argentina anda bem confusa, tem o câmbio oficial, tem o blue, tem o câmbio pra quem usa cartão que é mais próximo do blue, enfim... no momento da minha viagem 1 real comprava 60 pesos em Salta e 85 pesos na Calle Florida em Buenos Aires. Já o dólar comprava 470 pesos em Buenos Aires, em Salta não me lembro. Levei poucos reais e concentrei meus gastos no cartão de débito da Nomad (Mastercard) que no momento da compra utiliza o dólar oficial que tava em torno de 225 pesos mas uns 3 ou 4 dias depois entra um reembolso da diferença pro dólar tarjeta que tá em torno de 410 pesos. Deu tudo certinho, meus reembolsos já caíram e com o dólar a 5 reais, sai 82 pesos por real, bem perto do negociado na calle Florida e um valor que em Salta não seria possível conseguir. E ainda não precisa andar com aquele paçoco surreal de dinheiro, já que a maior nota hoje na Argentina é de 1000 pesos e ela não compra quase nada, no máximo 2 tortillas. Vi muita gente usando Western Union, mas vi essa turma perdendo muito tempo em filas, as vezes o dinheiro acaba e a pessoa não consegue retirar naquele momento, enfim, é um rolê meio embaçado...Não arrependo de ter concentrado meus gastos no cartão. No aeroporto de Salta não tem casa de cambio nem nada, só uns caixas eletrônicos. Quando desembarquei, saquei uns pesos no aeroporto só pra ter um pouquinho de grana. Sacar é a pior das opções pois tinha uma taxa do banco de 1374 pesos e para o saque a cotação é a do dólar oficial, não reembolsa o valor do dólar tarjeta como acontece quando você faz compras no débito. Mas daí pra frente não saquei mais nada. Conheci muita gente nessa viagem e nas mesas de bar e almoço, quando todo mundo ia pagar em dinheiro, eu pegava o dinheiro pra mim e pagava no cartão. As vantagens do dinheiro vivo é o poder de negociação e os descontos que eles dão pra pagamento em dinheiro. Além de ser com ele que se pagam essas coisinhas bobas como uma tortilla do vendedor de rua. Os valores que eu vou relatar vão ser mais pra ter uma noção dos meus gastos, pois num país onde a inflação no último ano chegou a 100%, os valores muito em breve já não serão mais esses. Pra ter noção em real, é só dividir o que eu colocar em peso por 80. Explicado (mais ou menos 😅) essa confusão do câmbio argentino, vamos ao relato! Eu tinha comprado só os voos, Guarulhos-Salta pela Aerolineas, Salta-Buenos Aires pela Jetsmart no dia 8 de maio e Buenos Aires-RJ dia 11 de maio. O resto, tava mais ou menos em mente, mas em aberto. Sábado, 29 de abril de 2023 Cheguei em Salta no voo semanal da Aerolineas, Guarulhos-Salta direto, que só tem aos sábados. Voo de 3h naqueles aviões Embraer de 2 poltronas de cada lado, iguais os da Azul, esses ônibus voadores… Desembarquei pouco antes das 14h, imigração tranquila só pro nosso voo, aliás parece que são poucos voos internacionais que chegam direto em Salta. Minha decepção ficou pela inexistência de carimbo no passaporte. Já até ouvi falar que esses carimbos devem entrar em extinção em breve, uma pena pra nós, colecionadores de carimbos...Pediram meu e-mail e pouco depois recebi um arquivo PDF da Migraciones com um comprovante eletrônico de ingresso no país. Acho que é esse o futuro que nos espera. Adeus carimbos, foi bom enquanto durou… O aeroporto de Salta é pequeno, como disse acima não tem casa de câmbio, apenas 2 caixas eletrônicos onde fiz um saque só pra ter um dinheirinho pra pagar o busão. Como cheguei cedo, no meio da tarde, optei por ir pro centro de busão. O ônibus não vai no aeroporto, ele passa lá na frente na avenida, uma caminhadinha rápida de uns 8 minutos andando devagar. Deve dar uns 700 metros só. Chegando no ponto, tinha uma mocinha lá e eu pedi pra ela pagar pra mim, pois em Salta se usa o cartão SAETA, que não vende no aeroporto. A passagem é só 65 pesos mas dei 100 pra mocinha com prazer, isso é pouco mais de 1 real!! A linha que passa lá pro centro é a 8A e levou uns 40 minutos. Desci na Av. San Martin (sim, toda cidade argentina tem uma!) e andei só 2 quadras até o hostel que ia ficar, o Ferienhaus, com diária de 3000 pesos. Só deixei minhas coisas no quarto e já tratei de ir resolver os passeios. Procurei algumas agências que eu já tinha pesquisado (Parada Norte, Milenials, Artay, Uquía) e os preços variavam entre 8 e 10 mil pesos. Fechei na mais barata porque já suspeitava que no fim das contas as agências não completam sozinhas as suas vans e juntam a galera com outras agências e foi exatamente isso que aconteceu pois fechei com a Milenials e no outro dia a van que me buscou foi da Parada Norte. Fechei o passeio para Cachí no domingo e para Cafayate na segunda, por 8 mil pesos cada, um preço que considero bom, cerca de 100 reais cada um e são passeios que rodam pelo menos 300km ida e volta. Já com os passeios resolvidos, parei num bar chamado Barrett, no calçadão da Calle Caseros, bem ao lado da Plaza 9 de Julho, e pedi uma cerveja artesanal e umas empanadas pra comemorar o início de mais um mochilão. Paguei em dólares $3,66 (1490 pesos). Passei no supermercado pra comprar uns biscoitos e lanchinhos e na hora de pagar com cartão me pediram documento. Observei que toda compra com cartão em supermercados eles pediam documento. Conta do mercado $3,10 (1258 pesos). Voltei no hostel pra enfim tomar um banho, socializar com a galera, mas na hora não tinha ninguém por lá, então saí pra reconhecer o terreno. Não sabia, mas essa seria minha única noite sozinho em Salta... Perambulei pela praça, tinha uma banda de música apresentando, segui pela Calle Balcarce, famosa pelas suas tradicionais peñas, resolvi entrar na Panaderia del Chuña onde ia começar um show. A entrada é 1500 pesos, pedi uma cerveja e umas humitas (que é tipo uma pamonha) e curti um pouco das apresentações que lembram um pouquinho as danças gaúchas. Depois começa a apresentação de um trio e é bastante animado. Curti. Minha conta ficou em 3700 pesos, que não deu nem 50 reais, um padrão de lugar que se fosse aqui no Brasil teria sido uns 200 conto fácil, fácil. Saí de lá pouco depois de meia-noite porque tinha passeio cedo no dia seguinte e ainda nem tinha descansado da viagem, mas...o clima de mochilão é esse mesmo.
  18. Assista em Video no Youtube - Mendoza Vou comentar sobre dicas, curiosidades e os pontos turísticos visitados aqui na cidade de Mendoza, na Argentina. Como tinha somente 1 dia pra visitar o local, decidi focar somente no centro da cidade. Mas caso queira conhecer bem a localidade, acredito que sejam necessários pelo menos 3 a 4 dias. Mas o que fazer em Mendoza? Além do centro da cidade, o principal é realizar os passeios como, Tour de Vinhos, visita ao Aconcágua, a Cordilheira dos Andes, Termas e o resourt de Ski, se estiver no inverno. Existem outros tipos de passeios que não recomendo, pois você conseguiria fazer em qualquer outro lugar, como rafting, tirolesa, passeios à cavalo ou de bicicleta. Não vale a pena gastar dinheiro com isso, fora que estará pagando alto, por ser um ponto turístico. E aqui temos as ruas de Mendoza, tome cuidado ao caminhar, pois terá um monte de buracos na calçada, se você estiver descuidado ou utilizando o celular, com certeza vai tomar um belo tombo ou se machucar. Esses buracos ou caminhos, foram feito para irrigar as árvores da cidade, com a água que vem do degelo das montanhas. Então verá um monte de árvores ao lado desses buracos e o bom de tudo isso é ver que a cidade é bem arborizada. Estamos aqui na Plaza Carlos Pellegrini, que é o ponto de encontro do Walking Tour da Vivimza, que seriam passeios à pé, em troco de gorjetas. Não gostei muito desse grupo, pois achei um pouco tediante, já que passava muito mais informações técnicas da cidade, achei que estava mais numa sala de aula e por pouco não fugi no meio do trajeto. Outro ponto que não gostei, foi que ao invés de falar que o valor de contribuição das gorjetas sejam livres, meio que estipulava um teto mínimo que deveria receber, por exemplo: "O mínimo que geralmente as pessoas me dão é de US$ 5,00 ou US$ 10,00". Desculpe, mas eu dou o quanto eu achar necessário, se o serviço for bom. Bom! Voltando, posso dizer que tinha uma espectativa da cidade, talvez seja por isso que a minha decepção foi grande. Para quem já visitou a cidade de Gramado e suas vinícolas, lá no Rio Grande do Sul, que foi o meu caso, talvez se decepcione um pouco. Já que esperava algo próximo ou semelhante, mas não foi o caso. Já que a cidade era um pouco pacato, as construções eram bem simples, bem de cidades do interior e não estou desmerecendo isso. Não tinha muito policiamento na cidade, haviam alguns problemas sociais como mendigos e moradores de rua. E não era muito recomendado caminhar longe do centro da cidade ou quando anoitecer, isso era a dica da própria guia. Essa é um das 5 pracas principais da cidades, no fundo o Edificio Da Vinci, que tem 22 andares. E a Plaza Independencia que é a maior e a principal da cidade. Tive o azar porque quase toda a cidade estava em reformas, tudo fechado. E o porque eu mostrei um prédio de 22 andares aquela hora? Não é grande coisa, mas lembre-se que em Mendoza temos terremotos, já que fica na região próxima das placas tectônicas ou o círculo de fogo do Pacífico. Não é para espantar, mas fiquem cientes disso. Outra curiosidade em Mendoza, temos a famosa "Siesta" que é o famoso cochilo que o pessoal tem no horário da tarde geralmente vai das 13:30 até as 16:30. A grande maioria das lojas fecham todos os dias, menos Mc Donalds, alguns restaurantes, supermercados e vinícolas. Praticamente as ruas ficam desertas. Em relação à casa de câmbio, posso recomendar o Cambio Santiago, que fica na esquina entre as Av. San Martin e a Rua Catamarca. Recomendo lá porque era um estabelecimento seguro e confiável. Evite efetuar o câmbio diretamente com pessoas na rua, você pode até ter uma pequena vantagem na cotação, mas pode ter problemas com dinheiro falso, evite este risco. * Links - Walking Tour Vivimza ou Tours for Tips (Existem outros melhores) https://vivimza.com/ - Cambio Santiago em Mendoza Av. San Martín 1199, M5500 Mendoza, Argentina http://www.cambiosantiago.com.ar/
  19. Fiz um post-guia de Bariloche no blog, com os pontos mais importantes para quem planeja uma viagem por lá! Fiz uma viagem pela região em abril desse ano durante o outono e me apaixonei pela cidade. https://experienciasnamala.com/2023/05/23/bariloche-argentina-quando-ir-o-que-fazer-como-chegar-e-mais/ Espero que gostem 💫 Insta: @experienciasnamala
  20. Boa tarde. Estou planejando ir para o norte de Argentina em setembro, devendo chegar por voo em Salta e ficarei em torno de 12 dias. Pretendo alugar um carro neste período, porém fazendo pesquisas nos itens de locação as diárias estão caríssimas, acima de R$400,00. Alguém locou carro nesta região? Tem alguma dica? Obrigado
  21. Olá, estou "mochilando" pelo Brasil há aproximadamente 7 meses, economizando e trabalhando, fazendo que esta viagem renda ao máximo. Eu sou fotógrafo e trabalho somente com isto durante as minhas viagens. Desta vez, irei atravessar a tríplice fronteira em FOZ-MISSIONES e entrar direto na Argentina. O foco? VENDER FOTOS em BARILOCHE! Quero passar por várias cidades, como Buenos Aires, claro. Mas, irei aproveitar o inverno no hemisfério sul e as férias do hemisfério norte e trabalhar vendendo fotos em Bariloche, com minha Nikon e sua lente 70-200mm. Quero a ajuda de vocês, meus consagrados do Fórum, e saber se alguém já passou pela região sul do país e viu fotógrafos profissionais trabalhando com isto. Principalmente nas montanhas de Ski. Ou, se pelo menos, vale a tentativa. 😮‍💨 Compartilhem a experiência de vocês e me ajudem simultaneamente, por favoooooor! Gracias e hasta luego, Edu.
  22. Olá mochilers!! Acabei de voltar de viagem de uma região muito visitada pelos brasileiros no inverno, mas bem pouco no verão, a Patagônia Norte Argentina. A viagem foi focada em trilhas, mas também rolou bike e praias de rios e lagos. Teve também alguns dias em Buenos Aires antes e depois, porque comprei meu voo "quebrado": São Paulo - Buenos Aires- São Paulo, pela Air Canadá (melhor preço, considerando que incluía uma mala despachada),e Buenos Aires - Bariloche - Buenos Aires pela Aerolíneas Argentinas, tb com mala despachada. Compras assim ficou mais barato que pela opção multidestinos, e pra mim sempre é um prazer passar por Buenos Aires. Em relação ao câmbio, trocamos um pouco e mandamos um pouco por western union. Em ambos pegamos a cotação 1 real para 68 pesos, só que o wester union cobra uma taxa, proporcional ao quanto vc mandou, e onde eu saquei tb cobrarm comissão de 1%. Pra mim não foi muito vantajoso, pq peguei fila de 1 hora e o local me deu tudo em notas de 100 e 200 pesos. Um calhamaço de dinheiro. Troquei no pagfacil da praça de El Bolsón. Vou concentrar aqui o relato da Patagônia:, de 10 a 19 de janeiro. Dia 1 - voo para Bariloche, retirada do carro alugado - alugamos com a empresa Fit Car Rental, diretamente com eles por whatsapp, pagamento via wester union (cotação blue) antecipado - tudo bem com o carro, muito mais barato que alugando pela rentcars, total com seguro full por 9 diárias e umas horas a mais 1900 reais. Em Bariloche nos hospedamos em um airbnb na altura do km 13 da Avenida Bustillo. Achamos ótimo se hospedar por lá, tem mercado bem perto e está próximo das principais atrações da cidade. Deixamos as malas e fomos almoçar num espaço de foodtruks chamado Manduka, ali comemos um sanduíche de cordero braseado no forno a lenha e as primeiras pintas de cerveza artesanal local. O lanche 2000 pesos, a pinta 700 pesos. Dali fomos para o Cerro Campanário, subimos pelas aerosillas (teleférico) , valor 2200 pesos. estava um dia lindo mas com muito vento. A vista lá é incrível, sem palavras. Descemos e fomos tomar mais umas cervezas no Manduka (é quase do lado da entrada do Cerro). Depois mercado (o La Anonima tem em todas as cidades da Patagônia e tem bastante variedade em padaria, queijos, vinhos e carnes; o Todo achamos muito básico, embora um pouco mais barato). Preço de mercado muito bom, vinhos bons a partir de 9 reais!!!! Gasolina cerca de R$ 2,50 o litro!!! Isso mesmo! Dia 2 - Fizemos o Circuito Chico de bike! Deixei previamente reservado 3 bikes (fui com marido e filho de 13 anos) por whatsapp, mas o pagamento foi só lá mesmo, no Circuito Chico Adventure. Mountain bikes novas, aro 29. Valor do dia 5400 pesos. Vale muito a pena o rolê, mas é pesado. São aproximadamente 30 km com muitas subidas. O circuito passa por lagos, arroyos e cerros, além do Parque Municipal Llao Llao, que tem trilhas curtas e médias, tudo gratuito. Passamos o dia fazendo o circuito. Ao lado do arroyo Lopes tem um parador bem charmoso pra tomar um café, comer um pancho (cachorro quente, 700 pesos) ou sanduíches frios, como de presunto cru e queijo (foi minha escolha), pelo mesmo preço. Na entrada do parque municpal, onde tem a casinha do guardaparque, tem um mini trailer de café que é imperdível para tomar um chocolate caliente, o qual na Argentina sempre é chocolate de verdade derretido em leite quente, e não achocolatado. Nesse dia conseguimos fazer a pequena trilha Sendero de los Arrayanes, onde uma passarela de madeira abraça alguns exemplares dessa árvore de casca cor de canela, crescimento lento e tortuoso, bem rara mas que possui um bosque na região (acessado por passeio de barco, não fizemos). Pegamos a bike as 11 e devolvemos as 17h. Mortos. Fomos pra casa descansar e a noite fomos conhecer o centro de Bariloche. Pra mim vale a pena só pra comprar chocolates. Recomendo a Rapanui, na Av. Mitre, onde vende o incrível FRANUI, framboesas banhadas em chocolate branco e em chocolate amargo, 890 pesos. Das melhores comidas da viagem. Nesse dia também comi uma pasta incrível, raviolone (um ravióli grande) de espinafre com recheio de abóbora (calabaza, sempre presente nos pratos deles) e molho de cogumelos nativos. Esse foi uns 1600 pesos também numa praça com foodtruks na avenida mitre. Día 3 - Voltamos pro Circuito Chico pra fazer algumas coisas que a bike não deixou. Fizemos a trilha do Cerro Llao Llao, no parque municipal. Subida de uns 45 minutos com uma vista linda, aliás a vista é linda ao longo da trilha inteira. Descemos e fomos até às prainhas de Villa Tacul. Esse dia estava mais quente, mas ainda bastante vento, então não teve vemos coragem de entrar na água, só tomamos um sol patagónico, que queima muito mais que eu imaginava e molhar os pés. Essas praias são do Lago Nahuel.Huapi, mas por estarem mais abrigadas pelo relevo, nelas venta menos e a água tende a ser menos gelada. Lembrando que quase todos os lagos da região são formados por degelo. Às prainhas tem vista maravilhosa, água incrivelmente transparente ,mas são de pedra, como a maioria da região, então não é fácil ficar entrando e saindo da água, o pessoal entra de crocs. Ali entre às prainhas também tem as ruínas de uma casa que dizem que o Hitler passou por lá. Dali fomos para a Colônia Suiza (tudo isso no Circuito Chico), lugar delícia para passear, comer, e ver artesanato. Recomendo o sorvete Jauja, que depois voltei a tomar em El Bolsón (a sorveteria é de lá), tomei o de arándano (mirtilo, ou Blueberry, é nativo da região) nesse dia, preços a partir de 600 pesos. Dali fomos pra casa e fizemos nosso asado, compramos uns bifes de chorizo e provoleta no mercado Lá anônima, um vino tinto, e nós sentimos os verdadeiros patacóns. Vantagens de alugar uma casinha, aliás, essa super recomendada, posso mandar o link. Dia 4- Deixamos nossa casinha e fomos para o Cerro Tronador. Fica dentro do Parque Nacional Nahuel Huapi, entrada 3500 pesos. 40 km de estrada de rípio, como horários para ir e para voltar. Ida das 10:30 as 13:30. Entramos logo que abriu. A paisagem até lá é espetacular, a estrada bem ruim, perigosa, cheia de curvas e precipícios. Destaque para a área "Los rápidos", um ponto do Rio Manso, para o Lago Mascardi, que tem um tom verde azulado absurdo e para o Mirador Isla Corazón, uma ilha no lago Mascardi com esse formato. Incrível. Depois de quase duas horas, chegamos em Pampa Linda, um micro centrinho onde está o guardaparque, um camping, um albergue e uma pousada. Todos servem desayuno, almuerzo e cena. A maioria das pessoas que vai pra lá vai de van dessas de passeio, só para passar o dia. Nós dormimos uma noite no Albergue para aproveitar melhor tudo o que queríamos fazer ali e pegar os pontos mais vazios. Chegamos, deixamos as malas no albergue (quartos e banheiros compartilhados, 5500 pesos por pessoa sem café da manhã), fomos comer ali, hamburguesa com papa frita por volta de 1800 pesos. Fomos fazer a primeira trilha do dia , Saltillo de las Nalcas, trilha curtinha para uma cachoeira bem bonitinha. O caminho é lindo, destaque para a ponte com vista pro Tronador. Dali , de carro, uns 7 km acima, fomos para o Ventisquero Negro, um dos 7 glaciares do Cerro Tronador, cujo degelo arrasta sedimentos e deixa uma coloração escura, e forma um lago verde água leitoso, onde bóiam icebergs bebês. Chorei. Desse lago forma o Rio Manso, que citei acima, que mantém a mesma cor , cruza a cordilheira e vai desaguar no Pacífico. Por fim , um quilometro acima, chegamos até a base do Cerro Tronador, um paredão de onde se vê o Glaciar Alerce, e algumas cachoeiras. Alifizemos a trilha Garganta do Diabo, também curta, mas com bastante subida, onde adentramos neste paredão e vemos as cachoeiras mais de perto. Ali também tinha vários lugares com neve. Lindo demais. Pegamos esses dois lugares, que costumam ter bastante turista, totalmente vazios, pois subimos a hora que as vans de passeio já estão voltando. Voltamos com o sol começando a descer (por do sol na região no verão é entre 21:30 e 22h). Banho e fomos tomar uma sopinha no restaurante do camping. 2000 pesos a sopa de abóbora com cenoura, deliciosa mas pequena. As coisas no cerro tronador são caras, mas dá pra entender pelo isolamento total do lugar. Tínhamos levado um vinho, e tomamos com a sopa, e depois no saguão do albergue, onde tinha uma galera comendo, bebendo e conversando sobre as aventuras do dia. Logo mais continua... VID_20230113_121522402.mp4
  23. Relato de uma viagem feita de carro com um grande amigo entre os dias 12/02 e 22/02 antes da pandemia de coronavírus (espero no futuro ler isso e ver que conseguimos superar a crise). Muitas das informações apresentadas aqui já foram compartilhadas no meu Instagram de viagens: https://instagram.com/viajadon_/ - Antes de chegar à primeira cidade citada no relato - Jujuy - ficamos dois dias em San Pedro de Atacama (há algumas dicas no meu Intagram e posso passar outras caso deseje). Após o último atrativo citado no relato, ficamos dois dias em Córdoba e mais dois inteiros em Buenos Aires (não relatei nada no Instagram, mas posso passar dicas, caso deseje Obs: os preços informados estão em pesos argentinos. PRINCIPAIS CIDADES/REGIÕES VISITADAS (em ordem cronológica): San Salvador de Jujuy (ou apenas "Jujuy"), Maimara, Tilcara, Humahuaca, Iruya, Purmamarca, Salinas Grandes, San Antonio de los Cobres, Tolar Grande + Cono de Arita, Salta, Cachi, Angastaco, Cafayate, Amaicha del Valle (Museo Pachamama), Belén, Campo de Piedra Pomez, Parque Nacional de Talampaya, Baldecitos, Parque Provincial Ischigualasto MAPA GERAL DA ROTA * Está faltando Tolar Grande e Cono de Arita, pois o Google Maps dá uma volta muito grande para chegar até os pontos MAPA INTERATIVO NO GOOGLE MAPS: https://drive.google.com/open?id=1LtTF87I0L1GPBiNd1VGNPVgQESvfSJqs&usp=sharing * Arquivo em kmz: Norte da Argentina.kmz ITINERÁRIO RESUMIDO * Planilha editável: Roteiro norte argentina.docx INFORMAÇÕES BÁSICAS - Aluguel de carro: fizemos quase toda a viagem em carro alugado, exceto a viagem a Iruya em ônibus de linha regular e os tours a Tolar Grande + Cono de Arita e a Campo de Piedra Pomez realizados em carro 4x4 com motorista contratado. Alugamos um carro popular mesmo e ficamos satisfeito. Não era necessário um carro mais potente para a viagem da forma como a realizamos. Alugamos o veículo na Alma Rent a Car. Saiu por $43.900 ($29.900 aluguel por 13 dias + $14.000 taxa de devolução do carro em Córdoba). Gostamos tanto do atendimento, que depois escrevemos comentários positivos no Google. Segue o comentário que escrevi: " Bom preço e ótimo atendimento ao cliente. Foram super atenciosos e solícitos comigo e meu amigo. Nos receberam no terminal rodoviário com sorriso no rosto, mesmo após atraso e ausência de comunicação nossa por estarmos sem celular. Depois ainda nos levaram numa casa de câmbio com cotação ótima para trocarmos o nosso dinheiro. Todas as vezes que precisamos de nos comunicar com eles, nos atenderam prontamente pelo Whatsapp." - Câmbio: conforme citado acima, trocamos dinheiro inicialmente na casa de câmbio que o pessoal da Alma Rent a Car nos levou. Infelizmente demos mole e não anotamos o nome do local. Pelo pesquisei aqui, provavelmente fica do lado da Graffit Turismo. Depois trocamos mais um pouco com cambistas próximo da praça principal de Salta e em um quiosco na Plaza San Martín em Córdoba (caso vc vá passar por esta cidade antes). Em todas essas situações trocamos R$1 por $17 pesos, a mesma cotação da casa de câmbio Mais Brazucas de Buenos Aires, a qual costuma ser a mais recomendada nesta cidade. Em Salta e em Córdoba, não compensava trocar em casas de câmbio oficiais. Nesse período compensava muito mais trocar real por pesos do que trocar dólar. - Hospedagens: de forma geral, ficamos em hospedagens econômicas muito baratas. Demos preferência a hostels com quartos compartilhados, mas em San Antonio de los Cobres e Baldecitos não havia essa opção (mais detalhes no tópico "hospedagens" ao final do relato). O custo da hospedagem girou entre $350 (pouco mais de R$20) e $600 para cada um de nós dois. - Comida: a comida de forma geral é baseada na carne, mas se vc é ovolactovegetariano (eu sou pseudo...hahaha...não como carne no dia a dia, mas eventualmente como em viagem em caso de necessidade ou como um experiência cultural), basta negociar, que geralmente fazem alguma coisa tipo uma omelete. Vc conseguirá menú (entrada + prato principal + sobremesa) por $300 em vários locais ou então conseguirá bons pratos entre $180 e $250. - Bebida: o vinho é super barato na Argentina e em alguns locais por onde passamos, especialmente na parte do roteiro após Salta, havia opções de vinhos da região. O litro da cerveja tinha um custo geralmente em torno de $200 nos restaurantes e $150 em mercados. - Preços: já citei os valores de hospedagem, comida e bebida, vale dizer que o transporte coletivo também parece ser econômico pelo o que li em relatos. Não posso dar muitas informações a respeito, pois o único transporte coletivo que pegamos foi de Humahuaca a Iruya a $300 (cada trecho). Digo ainda que artesanato também é muitooo barato na região! - Viajando de carro - estradas e combustível: de forma geral, mesmo as estradas de terra, são ótimas. Bastante atenção e velocidade reduzida, pois muitos trechos são muito sinuosos e há bastantes depressões nas estradas por onde passa água de rios temporários ou de chuva. É interessante como nessa região muitos vezes não há canalizações d'água ou pontes mesmo nas estradas com ótimo asfalto. A respeito do combustível, pagamos entre $58 e $64 pelo litro de gasolina normal. Não há muita variação de preço entre as cidades. No total, gastamos $7.600 (pouco mais de R$400), incluindo a viagem até Córdoba. Por últimos, há muitas blitz. Sendo assim, esteja com todos os documentos, inclusive o seguro do automóvel a mãos. Fomos parados apenas em uma por sorte. ROTEIRO DIA 1) SAN PEDRO DE ATACAMA - SAN SALVADOR DE JUJUY (JUJUY) Ao chegar na rodoviária às 16h30 aproximadamente e fomos muito bem recebidos por um dos funcionários da Alma Rent Car, onde alugamos um carro para percorrer uma boa parte do noroeste da Argentina. Depois de nos receber, fomos até o escritório da locadora e em seguida à uma casa de câmbio para trocar nosso dinheiro (detalhes sobre câmbio em tópico acima). Posteriormente, fomos até o Hostel Malala, onde relaxamos um pouquinho, tomamos um banho e depois saímos caminhando até a a Plaza Belgrano, onde estão a catedral, a Casa de Gobierno e outras atrações. Como já era noite, estava tudo fechado, mas deve ser um ponto interessante para se visitar durante o dia. Durante a caminhada, é interessante ver como os argentino são noturnos. Sério! Parece que a galera economiza bateria durante o dia para gastar depois das 19h, 20h. 🤣 Depois tivemos um jantar maravilhoso no restaurante Viracocha, recomendado pelo funcionário da locadora de carro. Comemos milanesa de quinua (que trem bom!) e milanesa de quesillo (tbm bem gostoso), um arroz especial delicioso e chuño (batata desidratada, super sem graça). De quebra ainda tomamos uma garrafa do gostoso vinho Alamos por $400. Por acaso, depois descobrimos que o restaurante é o n° 1 do TripAdvisor da cidade (e ainda assim bastante barato). DIA 2) MAIMARA - TILCARA - HUMAHUACA Saímos cedo rumo ao norte com primeiro destino em Maimara (a 75 km de distância de Jujuy). Ao longo do caminho, vamos margeando o RIo Grande e montanhas coloridas que podemos apreciar a partir de mirantes estrategicamente posicionados no acostamento. Maimara é uma cidade bem simples, sem muito para conhecer. Seu maior atrativo para mim, foi o seu cemitério (sim, sou o gótico (nem sou!) que se amarra em cemitérios! 🤪👻). Depois seguimos até a cidadezinha de Tilcara a 7 km de distância. Esta já tem bastante infraestrutura turística, com muitos hostels e restaurantes interessantes. Visitamos o Pucará de Tilcara - comunidade pré-hispânica reconstruída parcialmente por arqueólogos - que teve a sua construção iniciada no séc XVIII e alcançou maior esplendor com a ocupação inca no séc. XV. Bastante interessante, mas achamos a entrada de 350 pesos (cerca de 20 reais) um pouco cara. Por fim, chegamos a Humahuaca (a 45 km de distância de Tilcara). Cidadezinha super agradável, com uma praça central bonita, onde ficam muitos vendedores de artesanato. O seu maior atrativo é o Cerro Hornocal ou Serranias de 14 colores (na verdade fica a alguns km de distância) . Antes ir à Serrania, demos uma volta pela cidade e almoçamos Café e Restaurante Las Glorias. Comemos um menú de $300 que incluía um estofado de llama. Basicamente é uma sopa com carne de lhama e batatas. Não vi muita diferença entre a carne de lhama e a carne de vaca. Tudo bem que não sou a melhor pessoa para degustar carne, mas o Sávio também considerou o mesmo. Ah, e vale dizer que enquanto almoçávamos, fomos agraciados pela apresentação de um cantora e violonista chilena maravilhosa. Depois do almoço, seguimos até a Serranía de Hornocal ou Cerro de 14 Colores está situado a 4760 m de altura, a 25 km da cidade de Humahuaca. O caminho é feito em estrada de chão (no linguajar brasiliense ou de terra, se preferir). Na cidade fazem um terror danado com a qualidade da estrada e oferecem transporte de 4x4 para chegar ao local por 2 mil pesos (um absurdo!). Se estiver na cidade em um carro pequeno, não hesite em ir até o local. A estrada na verdade é bem tranquila, apesar de ser muito sinuosa. Apesar do nome alternativo de Cerro de 14 Colores, muitas fontes dizem que na verdade são 24 cores, enquanto outras dizem que são 33 tonalidades. Eu tentei contar e vou falar que não consegui definir quantas cores são. Isso vai mais da sua interpretação pessoal. hehehe As diferentes cores são resultado de processo de diferentes processos de intemperismo sobre rochas que têm desde 110 milhões a 40 milhões de anos. Há uma entrada de 80 pesos e vale a pena fazer o caminho do mirador até mais perto da serra. Desses lugares que nenhuma foto consegue captar a real beleza. Depois desse rolê, voltamos para Humahuaca e fomos procurar hospedagem. Decidimos ficar no Hostel Humahuaca (detalhes ao final do relato). Depois de relaxar um pouco no hostel, saímos para jantar no La Puerta Verde. Menú também a $300 com muitaaa comida. Comemos umas humitas (a pamonha dos nossos vizinhos) e uma tortilla de papas andinas. Ambos estavam razoáveis, nada de mais. E vale dizer também que mais uma vez tivemos música ao vivo no restaurante. Aqui no caso era um grupo, com alguns bolivianos, que tocava música regional e cantou chacarera e fez o povo dançar. DIA 3) IRUYA Dia de conhecer a cidadezinha de Iruya, situada na Serra de Santa Victoria, a 75 km da cidade de Humahuaca. Há saídas de ônibus diariamente às 8h20, 9h e 10h30, com último retorno garantido às 15h15. O preço de cada trecho é de $300 pesos (cerca de 18 reais) e a viagem dura quase 3h. Iruya teve sua construção iniciada em 1751 e há indícios de que os primeiros habitantes eram descendentes dos incas. A cidadezinha é bem pitoresca e pode ser toda percorrida rapidamente. Primeiro fomos até o cemitério e ao mirante na parte superior. Depois descemos até uma pracinha na parte inferior, onde almoçamos no restaurante Cachis. Eu comi uma tortilla de quinua com papas andinas (espécie de suflê com esses ingredientes), que estava gostosa e caprichada ($230). Retornamos no último ônibus. Antes de ir pro hostel, compramos umas deliciosas (muito...demais mesmo!) tortillas rellena perto do mercado municipal. Essa tortilla é bem diferente da tortilla citada em Iruya, parece mais um calzone. É uma das coisas mais gostosas que comi durante toda a viagem e é encontrada também em Purmamarca e Salinas Grandes. Não achei mais dela na parte mais ao sul da nossa rota. DIA 4) PURMAMARCA - CUESTA DEL LÍPAN (ruta 52) - SALINAS GRANDES - RUTA 40 (Tres Morros e El Mojón) - SAN ANTONIO DE LOS COBRES Saímos de Humahuaca con direção a Purmamarca, uma cidadezinha fotogênica com uma história centenária, tendo assentamentos humanos desde antes da chegada dos espanhóis. Na cidade destacam-se as suas casas de adobe, o centrinho com muitos vendedores de artesanato, uma igrejinha que data de 1648 e o principal: o Cerro de Los Siete Colores como "tela de fundo". Vale super a pena pagar 20 pesos para subir no mirante do Cerro de Los Siete Colores e também recomendo demais fazer uma caminhada pelo Paseo de los Colorados, uma rota circular de cerca de 3 km, que passa por trás do Cerro. Depois da nossa volta pela cidade, pegamos a Cuesta del Lipán ou ruta 52: uma estrada bastante sinuosa e bastante inclinada, de pouco mais de 60 km, com belíssimas vistas. Ao longo do caminho, paramos em acostamento para tirar fotos, No local estava um ciclista parado e para nossa surpresa era um brasileiro, o Vieira, que estava fazendo a subida sinistra com o seu amigo Felipe (galera cascuda da porra!). Eles estavam com um projeto massa de pedalar do Atlântico (mais especificamente de Paranaguá) até o Pacífico (Antofagasta), promovendo a doação de medula óssea (dá para encontrar eles no Instagram: @pedalando_para_vida). Depois de trocar umas ideias com os ciclistas brasileiros, seguimos pela ruta 52 com destino às Salinas Grandes. Localizada a cerca de 3400 m de altitude, na província de Jujuy, as Salinas Grandes ocupam uma superfície de 212 km². Muitos sites a colocam como a segunda maior salina do mundo, mas essa informação é errada já que depois de Uyuni, outras duas (pelos menos) são maiores: a do Atacama e a de Arizaro (mais a frente falarei sobre esta 😆). As salinas possuem acesso super fácil, pois a Ruta 52 atravessa o salar, tendo alguns pontos para se estacionar o carro e descer para curtir a paisagem. Ao pensar em salina, talvez imediatamente vc pense em mar, não é?! Porém, as Salinas Grandes não têm nenhuma relação com o mar. Elas foram formadas a partir da evaporação de água de origem vulcânica entre 5 a 10 milhões de anos atrás. Depois de conhecer as Salinas, seguimos rumo a San Antonio de los Cobres. Aqui vale contar uma história: quando pegamos o carro, a galera da locadora nos disse para não pegar a ruta 40 para ir até San Antonio de los Cobres porque estava em péssimas condições. Olhamos no Maps e vimos que essa ruta era afastada da estrada que pretendíamos pegar, a qual não tinha indicação de nome no app, e assim ficamos tranquilos. Pegamos essa estrada de terra e depois de dirigir um bocado, avistamos uma placa: ruta 40. Lasqueira! Pegamos outro braço dessa ruta danada. hahaha 😂 Realmente a estrada tinha muita costela de vaca e alguns trechos de travessia de rio, mas de boa para quem já teve um Celtinha "off-road", que enfiava em todas trilhas e que foi meu veículo de campos de pesquisas no Cerrado por um bom tempo. 😆 Na verdade, a estrada talvez só não seja viável para carro pequeno em situações de muita chuva quando os rios enchem. No final, valeu a pena demais pegar essa rodovia. Muitas paisagens bonitas, umas ruínas massa em um cenário meio Mad Max, incluindo um fundo com salar e montanhas, e ainda dois povoadinhos super pitorescos: Tres Morros e El Mojón. Este último é meio que um projeto de povoado modelo, com restaurante, museu, igreja e hospedagem. Infelizmente não havia ninguém no local e como as informações na internet são escassas e defasadas, não sabemos dizer a quantas anda o projeto. Por fim, chegamos em San Antonio de los Cobres, uma cidade a 3775 m de altura, baseada principalmente na atividade de mineração e que tem buscado desenvolver o turismo no entorno, no qual se destacam o Viaducto La Polvorilla, o passeio pelo Trem de las Nubes e para Tolar Grande e Cono de Arita (cenas dos próximos capítulos 😆). DIA 5) TOUR TOLAR GRANDE + CONO DE ARITA Segurem-se, que lá vem o tour que talvez seja o mais incrível que já fiz (no mesmo patamar do tour de 3 dias de Uyuni)! Fizemos o tour a Tolar Grande e Cono de Arita partindo de San Antonio de los Cobres com o motorista Jorge Olmos (+54 387 519 9112), uma pessoa super tranquila e atenciosa, que nos cobrou barato pelo passeio ($15 mil no total...daria para colocar mais uma pessoa no veículo para dividir e ainda fazer o passeio com qualidade). O tour é super cansativo. Durou um total de mais de 13 horas dentro de uma Duster para percorrer pouco mais de 500 km. Mas vou te falar que o cansaço foi muito bem recompensado. Cada paisagem que cê tá doido!!! Passamos por montanhas incríveis, ruínas de casas abandonadas, salares de Pocitos e Arizaro, pelas Coloradas e Deserto del Diablo, por olhos de água salina (Ojos del Mar), pela cidadezinha de Tolar Grande e por último pelo incrível Cono de Arita (uma pirâmide natural no meio do Salar de Arizaro). Seguem as principais atrações: Salar de Pocitos O primeiro salar do roteiro. Há poucas informações sobre ele na internet (para não dizer nenhuma boa 🤣). Há uma pequena vila na beirada do salar e há bastante extração de sal no local. Há ainda um trilho de trem de carga que o corta. Las Coloradas e Desierto del Diablo A primeira é um conjunto de formações de rochas metamórficas sedimentares constantemente erodidas pelo vento e por chuvas de verão. Simplesmente incrível! 😍 Já o Desierto del Diablo (está situado a 3700 m de altura e é rodeado por montanhas majestuosas da Serranía de Macón, que degelam e formam pequenos cursos d'água que chegam até o deserto. MAH04445.MP4 Tolar Grande Atualmente a cidade tem mais de 200 habitantes, mas no passado, no auge da atividade ferroviária devido à mineração nos arredores, chegou a ter cerca de 5 mil habitantes. Ojos del Mar Os Ojos del Mar são um conjunto de três pequenas lagoas, situadas pertinho de Tolar Grande, que afloram a partir de um lençol freático bem profundo. Abrigam estromatólitos - rochas fósseis formadas pela atividade de microorganismos - e possuem coloração que variam de azul a verde esmeralda dependendo da luz. Cono de Arita Este com certeza é um dos lugares mais incríveis que já vi em toda a minha vida! 😍 O Cono de Arita se situa a pouco mais de 80 km da cidade de Tolar Grande. É uma formação piramidal com quase 200 m de altura, praticamente perfeita, que está situada no meio do Salar de Arizaro, o terceiro maior do mundo, após o Salar de Uyuni e de San Pedro. Segundo alguns estudos geológicos, o Cono é um vulcão que já chegou a entrar em atividade. Nas suas proximidades foram encontrados alguns artefatos que indicam que o local era usado em cerimônias por povos pré-incas e assim poderia ser considerado um local sagrado para estes. E para não dizer que tudo são flores, que há contratempos que aumentam a aventura (ou te tiram um tampão hahaha), segue algumas fotinhas de perrengues ao longo do caminho. Fiquei com muita pena do motorista que tava no caminhão da terceira foto. Imagina o esporro que levou! E o pior não faço ideia como ele aprontou essa arte. 😂😂 DIA 6) VIADUCTO POLVORILLA (San Antonio de los Cobres) - SALTA Acordamos cedo e fomos conhecer o Viaducto Polvorilla. É um dos maiores viadutos de trem do mundo com 63 m de altura e 223 m de comprimento. É o viaduto mais icônico por onde passa o Trem de las Nubes, um trem turístico que passa por diversos lugares muito bonitos. . Depois seguimos pela belíssima ruta 51 até Salta. Ao longo do caminho, montanhas nevadas e belas paisagens, como a da Quebrada del Toro, e ainda o importante sítio arqueológico de Santa Rosa de Tastil, que acabou nos passando batido. 🤦‍♂️ As estradas que percorremos durante a viagem às vezes eram mais atrativas do que os próprios destinos. Depois de cerca de 3h de belas paisagens na estrada, chegamos a Salta, a capital da província de mesmo nome, fundada em 1582. O nosso maior objetivo na cidade era visitar os Museus de Antropologia e de Arqueologia de Alta Montanha, o qual tem as famosas múmias de Llullailaco. Porém chegamos na cidade na segunda, o dia oficial dos museus fechados em várias cidades do mundo. 😂 Bola para frente. Fomos curtir a cidade que tem belas igrejas, como a grande Catedral e as coloridas Iglesia de la Candelaria e Iglesia San Francisco; uma charmosa e movimentada praça central; e ainda um teleférico que vai até o alto do cerro San Bernardo, de onde se tem uma vista privilegiada da cidade. Nós subimos nele e depois descemos a pé. Depois do rolê pela cidade, ao fim da tarde paramos no Café Van Gogh para almoçar (sim, almoço oficial (ou já seria janta?!) às 17h30 🤣). Comemos um menú por $380 com um crepe de verduras de entrada, filé de merluza de prato principal e ainda um crepe de banana com doce de leite. Tudo muito gostoso! DIA 7) SALTA - CACHI - ANGASTACO - CAFAYATE Dia de um rolezão enorme! Não tanto pela distância percorrida (320 km), mas pelas estradas de chão muito sinuosas e pelas paradas que fizemos em lugares muito lindos. Saímos de Salta, pegando a ruta 33. Depois de alguns quilômetros, passamos pelo Parque Nacional Los Cardones (espécies de cactus). De acordo com as fotos que vimos, o Parque tem vistas de paisagens incríveis. Porém, para o nosso azar pegamos muita neblina neste trecho do Parque, que muitas serras e curvas, e assim pouco conseguimos ver da paisagem. Depois de passarmos por esse trecho nublado, chegamos à bela Recta del Tin Tin, uma retona ladeada por muitos cactus e morros bonitos, onde paramos para tirar umas fotos e apreciar os cardones. Depois seguimos com destino à Cachi: uma cidadezinha branca linda, super agradável, com várias opções de restaurantes. Curtimos demais essa cidade! 😍 Depois de um bom rolê pela cidade, compramos umas empanadas baratas em uma casinha em um rua subindo logo após a praça principal (a de frango estava bem gostosa...a de carne vermelha, o Sávio não curtiu) e seguimos rumo a Angastaco, uma cidadezinha minúscula, super agradável, em que eu poderia facilmente me hospedar por um dia para descansar. Ao longo do caminho até essa cidade, muitas casas de adobe com tetos de barro, que escorrem pelas paredes formando um visual de filme de terror e diversas paisagens lindas, mas o mais incrível de todo esse caminho viria logo após: a belíssima Quebrada de Las Flechas. Paramos em todos os mirantes desse trecho e curtimos uma paisagem mais bonita que a outra. > Quebrada de las Flechas: Por fim, chegamos até Cafayate, uma cidade que muitas pessoas visitam para fazer visitas a vinícolas. Vou ser sincero que esperava um pouquinho mais da cidade em si. Achei bem sem graça e com um aspecto de lugar que na década de 70 e 80 era muito visitado, mas que hj em dia ficou meio defasado. Jantamos no restaurante Chikan na praça principal. Pedi um ravioli de verduras que estava bem fraco e ainda veio com um pedaço de carne cozida horrível, que não constava no cardápio. DIA 8 ) QUEBRADAS DE CAFAYATE (ruta 68) - MUSEO PACHAMAMA - CAFAYATE Começamos o dia conhecendo as quebradas e paisagens próximas da cidade de Cafayate, na ruta 68. No caminho, paramos para dar carona para um casal super gente boa de russos. Acabou que depois eles conheceram todas as quebradas com a gente. hehehe Dar carona é legal, pois é uma oportunidade de contribuir com outros viajantes e ainda conhecer um pouco mais sobre suas culturas, pegar dicas de roteiros e ainda fazer amizades. Sempre quando viajo de carro, dou caronas. Também já peguei muitas! Foi massa ver como a cultura da carona é forte nessa parte da Argentina. Quebradas basicamente são caminhos estreitos que passam entre montanhas ou desfiladeiros. Nesse trecho se destaca a belíssima Quebrada de las Conchas, o mirante de Los Castillos e Las Ventanas. Depois desse rolê pelas quebradas, seguimos no carro com destino a Belén, fazendo um pequeno desvio para conhecer a cidadezinha de Amaicha del Valle e o seu Museo Pachamama. O museu traz informações sobre a geologia da região e faz uma interpretação de como poderia ser a vida dos primeiros habitantes pré-incas da região, além de ter obras de arte do artista que o fundou, Héctor Cruz. A parte de acervo e de informações no museu é meio fraquinha. O que chama atenção mesmo é a arquitetura, as esculturas e ornamentações da área comum que recriam símbolos dos povos originários. Entrada: 200 pesos (cerca de 12 reais na cotação atual do peso). Por fim, seguimos caminho até a cidade de Belén, que seria a nossa base para o passeio ao Campo de Piedra Pómez. Essa cidade, que não é nem um pouco turística, tem três agências de viagem onde se pode contratar o passeio. Depois da contratação (falo sobre a empresa no final do tópico abaixo), jantamos no restaurante Ateneo. Era o que tinha opções mais baratas e onde consegui ver um esquema vegetariano (ovos com batatas fritas 😝). Porém não recomendo, não. Demos o mole de comer duas vezes no lugar. No segundo dia, a comida estava horrível. DIA 9) CAMPO DE PIEDRA POMEZ Segure-se que lá vem mais um passeio pedrada! Saímos rumo ao Campo de Piedra Pomez (a cerca de 240 km de Belén) às 7h30, com o excelente guia e condutor Pierino na sua SW4 (4x4 é obrigatório para entrada no Campo). Ao longo do caminho até o Campo, passamos por formações incríveis, como Puerto Viejo (uma sequência de formações que parecem proas de barcos) e Cuesta de Randolfo (com dunas imersas em montanhas altas...muito louco!), e ainda tivemos o prazer de ver várias vicunhas, inclusive algumas cruzando a estrada. VID_20200220_092737.mp4 O Campo de Piedra Pomez (a cerca de 240 km de Belén) é uma área natural protegida de pouco mais de 75 mil hectares na província de Catamarca. É uma paisagem surreal formada por rochas originárias de eventos vulcânicos (especialmente no Vulcão Blanco) que inundaram a área de magma entre 20 milhões e 10 mil anos atrás. Posteriormente, essas rochas foram esculpidas pelo vento, dando origem a diferentes formas e relevos. Lugar único, incrível!!! Depois de conhecer o Campo, voltamos até a vila de El Peñon, praticamente na base do Campo, e almoçamos no restaurante Comedor La Pomez. Na verdade o restaurante é a casa de um morador da cidade, sendo a comida servida na sua sala. Comi uma tortilla de batata e o Sávio uma carne vermelha. Gostamos bastante da comida! Depois do almoço, já no nosso retorno a Belén, demos uma passadinha na Laguna Blanca. Situada na Reserva de Biosfera de mesmo nome infelizmente estava com pouca água e bastante turva. Segundo o Pierino, de uns anos para cá anda geralmente muito seca, mesmo em períodos de chuva. No local vimos alguns flamingos e vicunhas 😍. No total, o passeio durou 10h30. Fizemos com a empresa Fanayfil por 12 mil pesos (carro para até 4 pessoas, cerca de R$400...facada!). As outras empresas estavam negociando pelo mesmo preço. Há ainda a opção de partir de El Peñón, cidadezinha praticamente na base do Campo (assim deve sair mais em conta...seguem alguns contatos abaixo caso queiram verificar). DIA 10) EL SHINCAL - PARQUE NACIONAL DE TALAMPAYA Saímos de Belén com primeiro destino nas Ruínas de El Shincal e segundo no Parque Nacional de Talampaya. El Shincal, fica a pouco mais de 20 km de Belén, e é o principal sítio arqueológicos dos incas na Argentina. Infelizmente encontramos informações de horário de funcionamento conflitantes na internet e ainda erramos o caminho (não siga o Google Earth; vá pelas placas). Assim, perdemos um dos horários de saída da visita guiada obrigatória e não podíamos aguardar a saída do próximo grupo pq depois a gente poderia perder o passeio em Talampaya. Segue abaixo os horários desde o ano passado para não ter contratempos: Depois de cerca de 4h30 de viagem e pouco mais de 300 km percorridos (mais uma vez com alguns trechos incríveis), avistamos serras altas dos dois lados da estrada em uma região árida e com vegetação composta por arbustos e algumas árvores esparsas, características da ecorregião de Monte de Sierras y Bolsones. Chegamos a um dos patrimônios naturais da humanidade declarados pela UNESCO: o Parque Nacional de Talampaya (declarado em conjunto com o seu vizinho, o Parque Provincial Ischigualasto...ambos considerados uma mesma unidade geográfica). O parque possui cânions e formações geológicas incríveis e abriga cerca de 190 espécies de vertebrados, entre eles guanacos, o condor, serpentes e nandu. No passado, abrigou dinossauros répteis e protomamiferos do Triassico (precursores dos dinossauros dos grandes dinossauros do Jurássico), que podem ser estudados e reconstituídos a partir de fósseis bem conservados encontrados na região (vou falar pouco mais sobre isso no post seguinte sobre o parque vizinho Ischigualasto). 🚩 Passeios: são feitos com empresas concessionárias ou com permissionários da comunidade local. Optamos por fazer um dos mais famosos: o do Cañón de Talampaya ($1490 + $400 de entrada, cerca de R$120...verifique no site oficial do Parque os horários dos passeios). O passeio é feito em um microônibus 4x4, com acompanhamento de guia e tem uma duração de 2h30, com saídas em diferentes horários ao longo do dia. O ônibus sai da entrada do parque e depois de percorrer alguns quilômetros - em parte pelo leito de um rio seco, que se enche apenas temporariamente com enxurradas nos meses dezembro e janeiro -, chega ao primeiro ponto de parada: um sítio com petrogriflos, alguns com cerca de 2500 anos, que trazem representações de animais, pessoas e figuras geométricas. 🖖 Depois percorremos mais uns quilômetros no ônibus e adentramos no incrível Cañón de Talampaya, o ponto alto do parque. Um cânion com paredes serpenteantes e em algumas partes tão retas na sua projeção ao céu, que parecem que foram cortadas por uma grande faca. Maravilhoso! Depois de ouvir explicações do guia, tirar fotos, gritar e escutar o eco, apreciar os loros (papagaios) que fazem festa nas árvores e ainda tomar uns vinhos locais oferecidos pelo guia🥂, seguimos até a formação Catedral Gótica. Bem massa! Por fim, seguimos até a última parada para contemplar a formação o Monge, que fica em uma parte mais aberta do parque, com outras formações geológicas bem interessantes. Que passeio incrível! Sim, é caro, mas vale super a pena. Depois seguimos até a cidadezinha de Baldecitos, uma cidade minúscula com apenas duas ou três opções de hospedagens, onde nos hospedamos em uma hospedagem familiar logo na entrada da cidade, onde há também o Armazém e Restaurante Alba. À noite, jantamos nesse restaurante. Eu comi um macarrão improvisado feito na manteiga e com ovos (não foi uma boa invenção, mas como tava com fome, foi de boa 🤣). p.s : Se tiver mais tempo na região pode valer a pela fazer outros passeios no Parque Talampaya, como o do Cañón Arco Íris e o da Ciudad Perdida. DIA 11) PARQUE PROVINCIAL ISCHIGUALASTO Depois de conhecer o Parque de Talampaya, foi a vez o conhecer o seu vizinho, o igualmente fantástico Parque Provincial Ischigualasto. Famoso mundialmente por ser o local onde foram encontrados 5 das 7 espécies de dinossauros conhecidos mais antigos do mundo, datados do período Triassico (250 a 201 mi anos) entre elas ancestrais dos mamíferos, de crocodilos e dos dinossauros do Jurássico. Ischigualasto é o único lugar do mundo com uma sequência de rochas continentais triassicas completa e contínua, que permite estudar uma das transições de fauna mais importantes da história. O passeio no parque é feito em veículo particular próprio, que deve seguir um comboio em que um guia, funcionário do parque, segue no primeiro veículo. O passeio tem 3h de duração e o custo/ pessoa é de $600 (aprox. 35 reais). As saídas acontecem a cada hora, iniciando às 9h. São cinco pontos de paradas no passeio. O 1º no Valle Pintado, onde é possível ver as três formações do parque com suas características e cores próprias: Coloradas, Los Rastros e Ischigualasto. 2º: Cancha de Bochas: um local com pedras ovaladas, algumas lembram bolas de bocha. Ainda não há uma explicação definida para a origem e processo de formação, mas supõe-se que são provêm de blocos esféricos de rochas arsênicas, que depois foram englobadas por detritos e com o tempo, reveladas pela ação do vento. 3º: um pequeno museu de estrutura metálica, onde se encontra no seu centro fósseis de três espécies ainda presas ao solo. 4º e 5º: duas formações interessantes: Submarino e El Hongo. Curiosidade: o Submarino há 4 anos tinha dois telescópios, mas um foi derrubado por fortes ventos. Isso mostra como o parque está em constante evolução e como o que vemos hoje pode não ser o mesmo do que existirá no futuro. Por fim, voltamos, margeando as belas Coloradas, à entrada do parque, onde visitamos o ótimo museu (não perca!). Depois de conhecer o parque, seguimos até Córdoba, onde ficamos dois dias e entregamos o carro. Como fomos em época de Carnaval, com muitas coisas fechadas, e como a cidade é grande e com várias dicas na internet, prefiro encerrar por aqui o relato dessa viagem incrível! Espero que tenham curtido! >Veja abaixo os meus top 10 e as informações de hospedagens< TOP 10 DA VIAGEM 1 - Cono de Arita (tour de Tolar Grande) 2 - Campo de Piedra Pomez 3 - Coloradas e Desierto del Diablo (tour de Tolar Grande) 4 - Serranía del Hornocal (Humahuaca) 5 - Parque Nacional de Talampaya 6 - Parque Provincial Ischigualasto 7 - Quebrada de las Flechas (Angastaco) 8 - Ojos del Mar (tour de Tolar Grande) 9 - Quebradas de Cafayate 10 - Purmamarca HOSPEDAGENS - San Salvador de Jujuy: Malala Jujuy Hostel - bom. Hostel barato em uma casa antiga com bom ambiente, cama confortável, bom café da manhã (com pães gostosos e frutas) e atendentes atenciosos. O único problema para mim foi o banheiro externo com área de chuveiro muito apertada. A cortina ficava grudando no corpo. $350, quarto para 6 pessoas - Humahuaca: Humahuaca Hostal - satisfatório. Super econômico, com quartos não muito espaçosos no caso de quarto para seis, cama confortável, café simples (pães e geleia), ótima área de convivência (se não estiver chovendo) e banheiro limpo, mas um pouco meio sem privacidade. $300, quarto para 6 pessoas. - San Antonio de los Cobres: Hosteria La Esperanza - satisfatório. Quarto privativo com cama confortável, banheiro privado, boa localização e café simples (pães, geleia, manteiga e doce de leite). $1200 para os dois, quarto para duas pessoas. - Salta: Hostal Namasté - bom. Quarto privativo com cama confortável, excelente atendimento, ótima limpeza. Não tem café da manhã. Um pouquinho distante do centro. $1000 para os dois, quarto para duas pessoas. - Cafayate: Hostel Esperanto - Fraquinho. Café da manhã simples (pães, geleia e doce de leite), quarto muito quente e com cama estreita, cozinha meio desorganizada. $350, quarto para oito pessoas. - Belén: Hostel Bazetta - muito bom. É uma casa que foi transformada em hostel com três quartos com duas camas cada. Há boa cozinha, banheiro bom e tanque na área externa para lavar roupas. Sem café da manhã. $440 por pessoa pelo quarto duplo. - Baldecitos: infelizmente perdemos o nome da hospedagem, mas é uma familiar que fica logo na entrada da cidade, próximo de um armazém/restaurante. Achamos muito bom! Super limpa e confortável! Sem café da manhã. $1000 para os dois, quarto para duas pessoas.
  24. Bom dia, Boa tarde ou Boa Noite! Pessoas, fev/2024 irei fazer mochilão de bicicleta na américa do sul junto a um amigo meu. Sairemos de Estância Velha/RS com destino ao Ushuaia, iremos passar por diversas cidades antes de chegar ao destino. O percurso, a princípio, levará 7.000 quilômetros de ida, e como vai ser nossa primeira viagem, agradeceríamos de receber algumas dicas em relação a dinheiro, acampar, alimentação, cuidados, o que levar/não levar, COMO DEIXAR AS ROUPAS LIMPAS?!!, etc. Serão 120 dias pedalando, passando desde Punta del Este, Buenos Aires, Villa Epecuén, Futaleufú, Rio Baker, Río Gallegos até chegar ao Ushuaia. Agradeço desde já, Bons ventos!
  25. Oi gente, eu estou considerando há algum tempo ir para o Chile nesse inverno. Na verdade, tenho disponibilidade para viajar nos meses jul e ago e como é inverno, o Chile parece uma boa opção. Como o tempo é razoável, gostaria de aproveitar bastante tentando conhecer outros lugares, de forma mais economica possível. Daí vem a minha dúvida... É possível ficar viajando por terra durante esse período na região (Chile/norte argentina)? Não sei se o transporte funciona normalmente ou se há impedimentos... Ainda não tenho destino 100% definido, muito menos roteiro. Cheguei a pensar em sair de Foz, passar por Asunção e... tomar um voo a Santiago, ou seguir por terra pela argentina... não sei. Alguma dica? Obrigado! ps: Outras sugestões de destinos também são bem aceitos.
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