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Europa sozinha 28 dias: Asmterdã
Alebaradel30 postou um tópico em Mochilão Europa - Relatos de Viagem
De Londres parti com o Eurostar, a viagem é interessante por atravessar o canal da Mancha e o trem alcança velocidade de 300km/h porém sem nenhuma paisagem. Um fato curioso é que ao localizar meu assento havia um homem ocupando o lugar, tentei argumentar em inglês e o mesmo me respondeu tudo em francês(não falo nada de francês) diante deste impasse chamei o funcionário do trem que checou nossos tickets e sim eram exatamente iguais! O francês não se moveu e eu fiquei ali em pé sem saber o que fazer 😥 quando o funcionário me direcionou para um assento vago onde viajei sozinha todo o percurso. Em Amsterda fiquei 3 noites no White Tulip Hostel (108 euros) a cidade tem as hospedagens bem caras, este hostel fica bem no centro na Red Light street, perto da praça Dam (300m) e da Estação Central (400m) achei as condições do hostel ok e a localização excelente, mercados e comércios bem próximos, pubs, cofeeshops. Como cheguei pela estação central apenas desci do trem e andei 400m até o hostel. Na rua do hostel tem uma lavanderia delivery,não lembro o preço agora cerca de 1-3 euros por kg de roupa, é preciso ter moedas para utilizar, então troquei o dinheiro comprando as famosas fritas com queijo e reservei as moedas para utilizar na lavanderia. Lugares que visitei: Leideseplein e um prédio muito lindo (o antigo tribunal de Justiça de Amsterdam). Museumplein,a praça é muito bonita com o lindo prédio do Museu Nacional, ou Rijksmuseum com o espelho d'água providenciando um reflexo. O Vondelpark é um clássico e o parque mais visitado de Amsterdam na semana que estive por lá estava acontecendo uma apresentação com música e foi bem divertido, o parque é lindo e vale a pena para fazer um piquenique ou tomar um café em uma das cafeterias do local.Mr Visserplein 3, em frente à Sinagoga Portuguesa começa o bairro judeu de Amsterda. Mais ao sul da cidade, o bairro de Rivierenbuurt, conhecido como o bairro judeu de Amsterdam, era verdadeiramente onde Anne Frank morava com sua família. O local é bem pouco turístico e uma ótima maneira de descobrir um pouco como é a vida cotidiana de quem mora na cidade. A praça é muito agradável e de turista tinha apenas eu...Além da verdadeira casa de Anne Frank, tudo lá respira história. Na frente de algumas casas, placas douradas com nomes marcam os judeus que moravam ali e perderam suas vidas durante o regime nazista.Para chegar, a estação de tram mais próxima é a Waalstraat, de onde com poucos passos se chega a simpática praça onde fica o prédio onde Anne morava (Merwedeplein) No número 37 está a verdadeira casa de Anne Frank. Não é possível visitar o seu interior, mas conhecer o local é emocionante até por imaginar como era sua vida antes da perseguição nazista aos judeus, que levou sua família para o esconderijo (hoje, o endereço famoso do museu). Na praça há também uma estátua de Anne Frank, além de ser um lugar charmoso para fazer algumas fotos. Outro ponto bastante interessante e próximo é a loja de livro (Jimmink – Rooseveltlaan 62) onde o pai comprou o que viria ser o famoso diário de Anne Frank para presenteá-la em seu aniversário. A Albert Cuypstraat não só é a principal rua de De Pijp, mas o local onde o Mercado Albert Cuyp, o maior e o mais famoso dos vários mercados ao ar livre de Amsterdã, está localizado. Além dessa agitada rua, há pequenas vielas onde os podemos explorador e encontrar tesouros escondidos. No bairro, tem muitos locais que estão prontos para atender a todos os orçamentos e gostos: restaurantes étnicos, excelentes cafés e bares e uma variedade fantástica de lojas locais. A feira Albert Cuyp tem desde roupas usadas até comidas típicas, cosméticos, flores, lembrancinhas... Para me deslocar entre os bairros usei o Tram que são os charmosos bondes que circulam na cidade, não é preciso comprar tickets assim como Londres você passa direto o cartão no caso usei o Wize, diferente de Londres não é descontado a cota diária e depois estornado mas debitado o valor de cada passagem. Em uma ocasião não sei porque motivo meu Wize não passou e fui gentilmente convidada a descer do Tram😺😺 usei então outro cartão com uma bandeira diferente e tudo se resolveu ufaaa...Me senti bastante segura em Amsterda mesmo ficando na Red Light, ao lado do hostel há um pub com música o que facilita bastante quem quer beber sem se preocupar em como voltar sozinha para o hostel. Um fato interessante é que em determinado horário cerca de 1 am os pubs fecham e começam a tocar loucamente um sino dentro no pub avisando que é hora de ir embora...😂😂 Os preços na cidade são bem altos, cheguei a encontrar uma água nos passeios por 3 euros, então minha rotina era passar no mercado pela manhã e me abastecer de água, suco e algumas comidas prontas e os deliciosos chocolates... Comi nas feiras ao ar livre e em uma ocasião fiz a refeição num restaurante. Ao descer na estação central já senti o aroma forte de cannabis e apesar do uso ser legalizado ele só é permitido dentro dos coffeshops, presenciei alguns grupos sendo advertidos por guardas ao acender um baseado nas ruas...Tanto em Londres como Amsterdã o cigarro de tabaco é bem caro, os fumantes estão compram o tabaco e confeccionam seus próprios cigarros, achei bastante curioso e pude ver este processo manual pois fiz amizade com uma húngara que fazia seus próprios cigarros na Praça Dam usando esta maquininha. Prostituição: como lugar turístico e onde rola muita bebida a Red Light tem sim este clima e as famosas mulheres nas vitrines estão lá para comprovar, não tenho uma opinião formada sobre este assunto mas existe uma associação dentro do bairro que fornece ajuda, orientação e palestras para trabalhadoras da prostituição e pessoas interessadas em discutir o tema; infelizmente como passei o final de semana não pude participar mas acredito que seja muito interessante ouvir as opiniões e o que impacta para os moradores e trabalhadoras a legalização da prostituição... Essa meta fica para a próxima visita a Amsterdã. -
Viajamos para Amsterdam nos primeiros dias do verão europeu, mas acho que esqueceram de avisar São Pedro, o frio estava congelante! Não que isso tenha estragado o fim de semana, a cidade das bikes é maravilhosa, chova ou faça sol, dá pra aproveitar! Aliás, é super comum ver as mães e pais carregando seus filhos pequenos na bicicleta mesmo em dias de chuva. Chegamos no fim da tarde meio perdidos e descemos do ônibus no ponto errado, que para nossa sorte era exatamente na Praça dos museus (ou Museumplein), onde fica o Museu nacional e a famosa escultura I Amsterdam. O lugar é lindo, até em dias cinzentos como aquele. O grande lago com algumas esculturas contemporâneas completa o charme. Decidimos ir direto ao Museu Van Gogh, que não é barato, mas é maravilhoso! Obrigatório para os amantes da arte. Logo ao chegarmos, uma banda começou a tocar no hall principal. Uma banda dentro de um museu, adorei! As obras estão dispostas em ordem cronológica, o que é muito interessante pra ir acompanhando as diversas fases da vida do pintor holandês. Além dos quadros há também desenhos, rascunhos e uma parte muito interessante onde é possível através de microscópios ver as espessas camadas de tintas utilizadas pelo artista. só tivemos 2 horas antes do museu fechar, mas dá pra “perder” horas lá dentro! Fomos a pé para o hostel admirando os canais, as floreiras nas pontes e toda a peculiar arquitetura dos prédinhos holandeses. Mas em pouco tempo de caminhada já deu pra perceber que quem manda na cidade são as bikes! Se você está a pé tem que prestar muita atenção pra não ser atropelado por uma delas. Sobre o hostel, a dica é: Não fique lá! A hospedagem em Amsterdam é bem cara e pelo que vi não há muitas opções (viáveis) interessantes. Na minha pesquisa pelo melhor custo-benefício (mais custo na verdade rs) encontrei o Hansbrinker, eles se auto-intitulam como o pior hotel do mundo e fazem campanhas bem-humoradas confirmando isso, mas, achei que era mais uma jogada de marketing, que não seria tão ruim assim e de qualquer forma, era um dos mais baratos mesmo, então ficamos com ele. Me arrependi! Na chegada nos deparamos com uma fila enorme para o check-in, uma multidão entrando e saindo sem o menor critério, barulho a noite toda e o atendimento era bem razoável. Talvez seja um sinal de que estou ficando velha, mas enfim, não recomendo! (ps. pelo menos a localização era boa!). À noite saímos sem rumo e acabamos na Rembrandtplein, seu nome homenageia o pintor Rembrandt, assim como uma grande estátua no centro da praça. Na frente dela há um conjunto escultural representando um de seus quadros, “A ronda noturna”. A grande praça é cercada por vários bares, restaurantes, casas noturnas e claro, coffe-shops. Amsterdam, apesar (ou exatamente por isso) de ser uma cidade liberal em relação às drogas (leves, é bom especificar) e sexualidade, funciona muito bem e é bastante segura. No dia seguinte começamos pela Casa de Anne Frank, enfrentamos uma enorme fila no frio e na chuva, mas valeu a pena! Li “O diário de Anne Frank” há muito tempo e foi algo que me marcou muito. Entrar nos pequenos aposentos onde se escondia toda uma família e ver as condições em que eles sobreviviam é realmente muito triste. No fim há um depoimento do pai dela, único sobrevivente da família e responsável por publicar o diário da filha após a guerra. É impossível não sair com lágrimas no olhos! Seguimos pela mais antiga praça da cidade, a Dam Square, onde entre outras coisas fica o obelisco em homenagem aos soldados mortos na 2ª guerra mundial e o famoso Madame Tussauds (e uma multidão de turistas e locais). A Fábrica da Heineken (ou Heineken experience) é parada obrigatória, mesmo pra quem não é tão apreciador de cerveja. Começa contando um pouco a história da marca com garrafas e rótulos antigos, depois uma breve explicação sobre os elementos principais e uma visita à sala dos enormes caldeirões. Há ainda uma criativa sala de cinema onde eles prometem te transformar em uma cerveja, e não é mentira Mas a parte mais legal é no fim, onde há a degustação de algumas rodadas de cerveja e uma sala interativa toda futurista. Vale a pena passar na lojinha, as coisas são caras mas as promoções são boas! Comprei um pack com 4 long necks com embalagens comemorativas por 5 euros! À noite fomos até o Red light district, estava curiosíssima pra conhecer essa tão falada região! A conclusão é que é exatamente como falam, vitrines ao longo de todo o canal e das ruas próximas com mulheres (das mais variadas belezas e feiuras) de lingerie ou biquini tentando atrair seus “clientes” e várias casas eróticas de shows de todo o tipo (segundo os cartazes, não me aventurei! Rsrsrs). Os neons nas fachadas criam o clima, mais ou menos como no baixo Augusta em São Paulo. Mas, apesar do “conteúdo adulto”, haviam muitas famílias, homens e mulheres de todas as idades, acho que hoje já se tornou mais um ponto turístico, algo que as pessoas tem curiosidade de ver. Ah, nem tente tirar fotos das moças, além de ser proibido, elas percebem mesmo de longe e se escondem. No último dia fomos até o Vondel Park, que é o mais famoso da cidade. Para nossa sorte, estava tendo uma apresentação musical meio alternativa e paramos um pouco pra ouvir, uma delícia! O legal foi ver no fim do show, todo mundo guardando as cadeiras em que estavam sentados. Sem tempo pra mais muita coisa, apelamos para o tradicional Mc Donald’s e seguimos para o aeroporto, com mais algumas lembranças na mala. Texto original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/pelos-canais-de-amsterdam/ =)