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  1. Galera! O post virou um livro! Isso mesmo! Um amigo meu foi para Cuba mês passado e me ajudou a atualizar e aprimorar novas informações de Cuba! Resolvi assim publicar um livro para alcançar mais pessoas e promover o turismo em Cuba! DOWNLOAD GRATUITO PARA GALERA DO MOCHILEIROS.COM: https://drive.google.com/file/d/1wAMHj2S0Q-1gXZToBlK7vJ5PWhFtBKIy/view?usp=sharing Para quem prefere a versão impressa, você pode encomendar uma no site da editora Clube de autores: https://clubedeautores.com.br/livro/vai-pra-cuba (R$ 41,00) Se tiverem alguma sugestão, crítica ou apontamento por favor me escrevam no mesmo email para que eu possa atualizar as informações nas novas reimpressões! Caso queiram saber de algo ou algum detalhe extra, podem me procurar no INSTAGRAM: "eddiesantos1912" (link do meu instagram). Lá acompanho mais as mensagens. Além disso, as fotos desconfiguraram aqui, mas no insta estão postadas, assim como destaques dos stories relatando o mochilão. O insta é fechado por questões de segurança, mas ao perceber que se trata de alguém do ramo das viagens e dos mochileiros.com sempre aceito. Segue abaixo o post original. ___________________________________________ Considerações Iniciais Prazer galera! Sou Eddie, professor de Geografia, e sempre planejo meus mochilões e viagens pelo relatos da comunidade. Agradeço ao meu amigo João aqui de Joinville que viajou no fim de 2022 e me deu algumas dicas e materiais essenciais, assim como todos os mochileiros que postaram seus relatos de Cuba aqui no fórum, os quais foram de muita ajuda no meu planejamento. Porém, como todos os relatos aqui são do período anterior a pandemia, vou me esforçar por relatar minha experiência na minha viagem a Cuba em Fev de 2023. A partir da minha experiência em Cuba, posso afirmar que Cuba, o turismo e a sociedade cubana mudaram e estão mudando em um ritmo acelerado no período pós-pandemia. Vou colocar alguns tópicos com as principais mudanças, e nas demais postagens comento a experiência, meus gastos e pontos imperdíveis em cada uma das atrações e cidades visitadas. Viajei sozinho por 18 dias por Cuba, onde conversei com centenas de cubanos sobre o cotidiano, os desafios e a história de Cuba. Ideal mesmo é fazer um mochilão de 30 dias por Cuba, mas 18 já deu para conhecer um pouquinho do "essencial". No caminho conheci pessoas sensacionais, desde pessoas locais, a casais brasileiros em viagem e alguns mochileiros europeus (porém nenhum mochileiro latino 😔 então bora viajar galera! 😆), os quais algumas das histórias relatarei quando comentar a experiência em cada cidade. Caso queiram saber de algo ou algum detalhe extra, podem me procurar no INSTAGRAM: "eddiesantos1912" (link do meu instagram). Lá acompanho mais as mensagens. Mas agora segue o essencial de Cuba em 2023, a partir da minha experiência. Resumo da história econômica cubana e a situação em 2023 Como dito, conversei com centenas de cubanos das mais variadas correntes de pensamento e profissões. Então segue um resumo do que captei. Entre os mais idosos que viveram o período de mudança após o triunfo da revolução é consensual que o que viveram na década de 80 foram "anos de ouros". Havia comida em quantidade abundante e sobrava dinheiro do salário para o trabalhador comum comprar diferentes itens de consumo importados dos demais países do bloco socialistas. Ademais, como não havia turismo externo, o turismo em cuba era praticamente interno. Assim, todo trabalhador cubano conseguia fazer turismo uma vez ao ano. Um senhor cubano me contou que o salário na época era de cerca de120 pesos mensais, e no fim de ano ele sempre consegui fazer o "tour turismo da época": 15 dias por várias cidades da ilha com ônibus, hotel e comida tudo pago por uns 80 pesos, ou seja, vivia-se bem e com boa qualidade de vida. O sistema, dentro dos paradigmas ao qual foi baseado - um modelo soviético - funcionava relativamente bem e deu as bases de um estado de bem estar social que dava inveja aos países caribenhos vizinhos. Assim, essa época deixa saudades e nostalgia em todos que viveram o auge do sistema. Porém, a queda do bloco socialista na década de 1990 e o consequentemente isolamento político e econômico deixaram o país em situação bastante complicada. O fato também de Cuba ter mantido com a URSS uma relação neocolonial e não ter feito uma política de industrialização de "substituição de importações" também veio a cobrar o preço após a queda do muro de Berlim. Por tudo isso, eles chamam a década de 90 de "período especial", uma época de escassez, sacrifícios e muitas dificuldades. Cuba perdeu mais de 75% dos compradores de seus produtos, e o embargo econômico dos EUA recrudesceu e assim afetou mais do que nunca o governo e o funcionamento do sistema. Dois exemplos: o maquinário de produção de açúcar, que era todo baseado em máquinas soviéticas. Logo, sem ter uma indústria de base forte, não tinha como repor, e hoje a indústria açucareira passa dificuldades e Cuba inclusive tem que importar açúcar de outros países; 2) O embargo econômico dificulta tudo, pois a impossibilidade do governo cubano ter contas em dólares no estrangeiro, importar ou exportar produtos que direta ou indiretamente tenham relação com os EUA, e outras sanções (Veja mais aqui), como a que os cargueiros de mercadorias enfrentam ao ir a cuba, pois se um navio aporta em porto cubano, não pode ir aos EUA nos próximos 6 meses, ou seja, que dono de cargueiro aceita um frete a Cuba se depois não poderá ir aos EUA um dos maiores importadores e exportadores do mundo? Assim, Cuba na prática tem que pagar o dobro pelo frete dos produtos importados, o que resulta em importar produtos por quase o dobro do preço e exportar seus produtos a um preço mais barato para compensar o frete para os países compradores. Uma das soluções para a saída do período especial foi a abertura ao turismo. Assim, a partir dos anos 2000 o turismo passou a ser uma das principais atividades econômicas da ilha, que foi crescendo ano a ano até chegar ao seu pico antes da Pandemia Covid. Mas aí começa uma das contradições: para sair do período especial, o governo cubano teve que abrir mão de vários dos seus princípios "socialistas". Assim, quem trabalha com algo relacionado ao turismo nesses 30 anos conseguiu um padrão e qualidade de vida muito superior a quem não estava ligado a essa atividade ou manteve-se trabalhando para o governo. O mesmo pode ser dito para as famílias cubanas que possuem familiares no estrangeiro e recebem remessas em dólares dessas famílias. Pessoas nessas duas situações, tem um padrão de vida e de consumo bastante diferente do resto da população. Então não espere ir a Cuba e encontrar a Cuba pintada pela extrema direita no Brasil (todo mundo pobre e se ferrando igual) ou pintada pela esquerda idealista brasileira (um país com igualdade e modelo de vide onde todos os serviços públicos funcionam perfeitamente). A sociedade cubana é bastante dividida em segmentos sociais e o governo está com dificuldades de socializar o dinheiro que vem da atividade econômica turismo e das remessas externas, pois é bastante ineficiente e "amador" em cobrar impostos e outras situações burocráticas advindas de um contexto de abertura econômica. Assim, muitos cubanos sonegam facilmente imposto, como uma guia de freetour me falou: "a gente tem que pagar 50 pesos de imposto por turistas que guiamos, mas o governo nunca sabe quantos são, então a gente chega no fim do mês e autodeclara qualquer número e tá ok"; ou venda de imóveis ou casas: para o governo se declara um valor e por fora se vende por 50 vezes mais tal bem, e o governo acaba cobrando o imposto apenas do valor declarado que é ínfimo 👀. Assim, de 2000-2020 foi um período que Cuba vinha se recuperando economicamente, apesar da desigualdade e diferentes problemas advindos do bloqueio e de uma não industrialização de base no país. Obama retirou algumas sanções e resultou em mais melhorias econômicas. Fruto desse período é que percebi que praticamente todos possuem um smartphone, acessam a internet e usam roupas importadas (grande parte falsificadas, mas simulacro das marcas internacionais), demonstrando que consumiam bastante alguns desses bens. Nas ruas de Havana os típicos carros antigos já dividiam as ruas com centenas de carros importados novos. Porém, as coisas começaram a piorar depois de 2016 quando Trump assumiu o poder e adicionou centenas de sanções econômicas, colocando ainda Cuba na lista de países terroristas e todas consequências econômicas que disso resulta. Um exemplo é proibição de cruzeiros de aportarem em Cuba, o que já afetou fortemente o turismo, principalmente de Santiago de Cuba. TUDO PIOROU AINDA MAIS COM A PANDEMIA. SIMPLESMENTE ARRASOU O PAÍS, como um furacão que nocauteou o sistema que já vinha cambaleando. Um país que tinha como principal fonte o turismo, o fato de ficar fechado por quase dois anos foi um baque duro. Até agora, os arrendadores de casa e outros cubanos me relataram que mesmo em 2023 não chega a 10% de turistas que viam antes da pandemia, ou seja, a principal atividade econômica não voltou ao "pleno vapor" e isso continua com o estrangulamento econômico do país. Então, para ajudarem na recuperação econômica da ilha, "vão pra Cuba"! 👌 Diante desse contexto, uns 80% cubanos acham o período pós pandemia pior que o período especial pós queda do bloco socialista. Pelo que entendi, naquela época todo mundo se ferrou junto e as mudanças foram mais lentas. Entretanto, atualmente as mudanças estão ritmo muito acelerado, atingindo fortemente alguns setores sociais e outros menos. O governo no plano de tentar fazer abertura econômica no estilo do que Vietnã e China fizeram do "socialismo de mercado", está deixando de subsidiar vários produtos e alimentos e deixando na mão do mercado privado. Assim, muitas bodegas do governo estão vazias e a caderneta de ração mensal dos cubanos está cada vez mais pequena e não chega aos pés que era na década de 80 ou mesmo nos anos 2010. Isso afeta principalmente os cubanos que vivem de aposentadoria ou trabalham em cargos estatais de menor complexidade. Somado a esse efeito da pandemia, a fusão das moedas CUC e CUP e outras políticas econômicas, fizeram o preço e inflação dos alimentos disparar. Assim, quem vive do salário do governo (varia entre 2.000 a 6.000 pesos cubanos, ou seja, entre 12 a 40 USD) a situação é crítica. Antes, mesmo com esse salário padrão internacional dólar baixo, a galera em geral conseguia viver bem pois o governo garantia o subsídio de vários produtos através das suas bodegas e a caderneta de alimentos. Mas agora com governo quebrado pós pandemia (pois gastou praticamente todas divisas que tinha em busca de vacina e com saúde pública), com preço dos alimentos tendo que ser comprados no mercado negro ou lojas do mercado privado com padrão similar ao preço internacional, complica muito para essas famílias mais pobres. Porém, não vi cenário da galera passando fome ou desespero total, eles estavam "levando a vida", como dizem. Nesse sentido, comiam de forma "não balanceada" com excesso de carboidratos (arroz e feijão e massas pizza pão) e pouca proteína (mais ovos, o que todos relatavam que estavam muito caros). Porém, vocês vão encontrar uma boa porcentagem da população cubana em situação de consumo mais elevada 🤑🤑. Muitos cubanos que trabalham por conta própria direta ou indiretamente ao turismo, tem familiares no estrangeiro, tem familiares médicos que trabalham ou trabalhavam fora e assim acumularam dólares ou que são donos de pequenos negócios (uma burguesia ascendente) ou mesmo trabalham em alguns cargos em negócios privados levam uma vida relativamente boa. Vi em várias casas que fiquei jovens jogando PS4 ou XBOX One (mto melhor que eu 🤔 ) , frequentando discotecas, bebendo cerveja e outros elementos de padrão de consumo típicos do capitalismo ocidental - até porque lá a cultura capitalista de cinema, novelas, vídeos e internet sempre existiu. Entre os jovens, principalmente os que são bem "educados" no sistema formal de ensino - formados em cursos superiores - e que não viveram os tempos auges da revolução, as vozes contrárias ao sistema são mais fortes. Alguns inclusive parecem imersos em redes de conspiração da extrema direita (alguns me falavam de marxismo cultural, outros que queriam que EUA anexasse Cuba como estado aos moldes de Porto Rico) e em suma tinham como principal esperança juntar dólares para pagar a um coiote (uns 10.000 USD) para ir aos EUA e iniciar uma vida economicamente ativa lá, pois creem que há poucas perspectivas de melhorias econômicas a curto prazo. Esses jovens tem posição crítica em relação ao governo, sistema e o futuro da ilha. Mas também conversei com jovens mais pobres ou formados mas que são de esquerda, e assim tem uma corrente de pensamento na qual esperam que Cuba abra sua economia mas mantenha as conquistas sociais na segurança, educação e saúde e sigam caminho parecido com o socialismo de mercado na China e Vietnã. Esses jovens querem ver mudanças, mas não tem ilusões que o neoliberalismo é o caminho. Então querem um estado de bem estar social ou socialismo de mercado que funcione bem com o capitalismo que virá em breve cada vez mais forte. Enfim, Cuba está passando por um período de mudanças intensas e não vejo a hora de retornar daqui uns 5 anos para a ilha para ver para onde tudo isso vai dar. E você mochileiro, organize-se para ir rápido a Cuba! É um país imperdível, com cultura única e história geopolítica cheio de reviravoltas e contrastes, afinal, não é fácil sobreviver no sistema mundo isolado com bloqueio econômico por quase 30 anos, achar um caminho (o turismo) mas ser nocauteado por seguir padrões sanitários e assim ter que fechar suas fronteiras por 2 anos. Mas apesar disso, o povo cubano é alegre, simpático e gentil. Em cada praça, uma música; em cada rua, crianças e adultos se divertindo e sorrindo do seu modo. Mesmo diante de dificuldade, a segurança é incrível, não me senti inseguro em nenhum momento e tampouco ouvi relatos de outros viajantes ou população local. Uma frase que ouvi me marcou muito: "nós cubanos somos felizes, não passamos fome, mas só passamos vontade mesmo de vez em quando". Moedas, conversões e dicas de câmbio Essa é a parte mais confusa! 🤯 Apesar da extinção do CUC, na prática há 5 formas de moedas ou de pagamentos em Cuba 😲. Demorei uns dias para entender, e no final estava craque nisso. Então segue resumo: 01- Peso Cubano ou "moeda nacional". é a moeda do dia a dia. Cobrados nos comércios locais e na maioria das lojas que atendem turistas. Então quando você chegar, faça a troca na casa de alguma família (ou alguém indicado por eles) que você for ficar hospedado, pois vão de ter uma melhor cotação do que nas cadecas do governo. A cotação oficial do governo é: 1 DÓLAR OU 1 EURO = 120 PESOS. Mas no câmbio paralelo que todos os cubanos usam estava no final de março em: 1 DÓLAR OU 1 EURO = 170 PESOS CUBANOS. Eu acabei fazendo por 160, porque ao longo das 3 semanas que estava lá o peso cubano deu uma desvalorizada. Assim, compensa ir trocando de pouco em pouco a cada 05 dias por exemplos seus dólares. Repare que a cotação do euro e dólar é a mesma, mas no Brasil o dólar é muito mais barato que euro 🤓 então levem dólar 🤑! Antigamente tinha taxa sobre o dólar, por isso relatos do fórum falavam para levar euros, mas agora não há mais taxa e em cuba em todos os lugares formais e informais o Dólar e EURO valem o mesmo. Mas sempre confirmem como está a cotação com a pessoa que vocês forem ficar lá. Como falarei no tópico hospedagem, usem o AIRBN para isso e conversem com a pessoa da casa por lá que ela te ajudará (darei dicas de pessoas confiáveis para isso). 02 - EURO E DÓLAR. É o que eles chamam de "moeda forte". Os taxistas, arrendadores de casa, alguns pacotes turísticos e alguns lojas ou restaurantes específicos em lugares muito turísticos cobram em Euro ou Dólar. Eles aceitam a moeda nacional, mas fazem a "conversão do jeito que querem". Por exemplo, táxi eu paguei 10 dólares e o restante em peso cubanos, e ele fez cotação 1 dólar = 180 pesos. Mas outros lugares faziam por 160 e alguns lugares do governo faziam por 120. Confuso, enfim, "Coisas de Cuba". 03 - CARTÃO DE CRÉDITO. O cartão de crédito 💳 já é aceito em muitos lugares administrados para o governo, e pior, em alguns lugares SÓ É ACEITO CARTÃO DE CRÉDITO MASTER! Então levem um cartão mastercard com vocês para esses momentos. Meu Nubank funcionou super bem e até daria para sacar dinheiro lá se precisasse (mas seria na cotação 120 pesos, ou seja, não compensaria, mas em uma urgência teria essa opção). Mas como não sabia disso, como irei contar em um dos dias, planejei ir a Cayo Santa Maria e quando cheguei lá tinha que comprar voucher com a agência de turismo do governo cubano, porém só podia pagar em tarjeta mastercard. tinha dólares e pesos cubanos, mas que não aceitavam 😪! Fiquei chupando dedo e tentando ajuda de outros turistas para passar a tarjeta. Só passou uns canadenses pnc* que não me ajudaram 😵. Mas faz parte, nos outros dias aprendi a lição e sempre andava com a tarjeta, e a utilizei algumas vezes (para comprar passagem viaazul, bus turístico em Trinidad e em um ou outro restaurante do governo. 04 - TARJETA MLC (livremente conversível). Essa é a versão nova do CUC, mas não se preocupe, apenas as pessoas locais usam ela. Na prática, ela é um cartão de débito que e recarregável com dólares. Algumas tiendas de produtos importadas SÓ pode comprar com a MLC ou cartão master "dos turistas". Basicamente, o governo fez isso porque precisa de dólares para importação de produtos essenciais. Assim, as famílias que moram no estrangeiro e enviam dólares para cubano locais via sistema bancário cubano, que ficam com os dólares e convertem em MLC na tarjeta do cidadão cubano e o dólar fica com governo (para conseguir importar produtos e etc.). E com o MLC você pode comprar os produtos no mesmo preço do que em dólar. Além disso, quem vive do turismo e ganha muitos dólares, faz um depósito para transformar em MLC e pode comprar os produtos importados nas tiendas específicas. Nessas tiendas dá para comprar Coca cola e tudo que você imagina 🤣. O cubano que recebe apenas em peso cubano e não tem familiares, pode comprar nos comerciozinhos locais que revendem esses produtos importados, mas claro, com margem de lucro. Ou seja, mercado está se abrindo lá, de modo bem embrionário e com fortes contradições. Enfim, confuso não? Mas com alguns dias você pega os segredos e em dez dias já é quase um cubano com MLC e por dentro das "coisas de Cuba". Hospedagens Fiquei hospedado em casas de famílias, as quais todas encontrei pelo Airbn e em média todos custaram 10 a 12 dólares/euros o quarto dependendo da cidade. E 10 dólares valeria para 2 ou mais pessoas as vezes, ou seja, média de 5 a 6 E por pessoa, mas como estava sozinho pra mim custou 10. Achei muito em conta e um valor justo para os dois lados. Eram todos quartos confortáveis e exclusivos, com ar condicionado, roupas limpas, enfim tudo perfeito. Durante a viagem descobri que vários brasileiros estavam pagando 35 a 40 dólares quartos com mesmo padrão que meu, talvez um pouco mais bem localizados, mas mesmo assim não valeria a pena. Tudo porque não tinham descoberto a opção do airbn... Eu mesmo, no início estava perdido, pois como costumo usar o booking nas viagens e ele está indisponível em Cuba, acabei pedindo ajuda em páginas do instagram como "Dicas Sobre Cuba" e "Vou pra Cuba!" e a hospedagem diária estava respectivamente 25 a 35 Euros. Mas quando descobri pelo airbn foi paraíso. Tudo bem avaliadas e conseguia em média por 10 dólares. Em Havana, fiquei em duas casas que relatarei na postagem específica, uma com quarto privativo e outra hostel (bom conhecer galera viajando sozinha) e ambos foram 10 dólares. A maioria das casas eu reservei do Brasil, mas o fim da viagem estava flexível e acabei fazendo a reserva de lá mesmo e mesmo com poucos dias de antecedência consegui boas opções por 10E ou menos (em promoção). Apenas para fazer operações financeiras em cuba nesses apps, por conta do bloqueio econômico, você precisa de um VPN (dou dica tópico apps abaixo, mas se estiver do Brasil não precisa). E mesmo que você não reserva antes ou pelo apps, nas cidades você vai encontrar uma grande oferta, pois como turismo esta em baixa, a oferta está muito acima da demanda, então você consegue facilmente por 10 dólares negociando em locais com poucas quadras afastadas do centro. Minha opinião pessoal 🤓: não negociar muito inferior a 10 dólares, pois a galera em dificuldade econômica e oferecer menos de 10 é quase explorar economicamente as famílias. Conheci uma senhora que fazia uns 2 meses que não hospedava ninguém, e me tratou super bem. Assim, achei justo pagar 12Euros (em Playa Giron). Por fim, percebi que as comidas e desayunos oferecidos nas casas das famílias sempre são mais fartas do que as vendidas nos comércios. Acho um valor justo para desayuno 3 usd (500 pesos) e jantar 5 usd (800 a 900 pesos na cotação da época). Como direi no post, você consegue achar refeições por 500 a 600 pesos, mas raramente são tão fartas como as servidas nas casas das famílias. Transportes (Viaazul e taxis compartilhados) O transporte é de fato o mais complexo para se locomover em Cuba. Eu acabei usando 5 vezes o ônibus da empresa Viaazul e 3 vezes a dinâmica dos táxis compartilhados. Ao contrário de muitos tópicos aqui, achei boa a experiência com a via azul. Usei por 5 vezes os ônibus da empresa estatal e não tive problemas ou atrasos significativos em nenhuma das vezes (ao contrário para ir de Joinville a São Paulo aqui no Brasil de busão atrasou na ida e na volta mais de 3 horas 😒). As passagens da viaazul é bom comprar com alguns dias de antecedência no site da empresa ou nos guichês nos terminais de ônibus da empresa com cartão master que existem em quase todas as cidades mais turísticas. Para comprar do site estando em Cuba apenas com VPN, mas aqui do Brasil é possível comprar sem problemas ou dá ao menos para acompanhar o valor e o número de vagas disponíveis e comprar quando tiver quase esgotando. O site da empresa é este: clique aqui. Fiz os trajetos "Havana - Santiago de cuba" (16 horas, mas viajando de noite foi tranquilo. A viagem é de 16 horas só atrasou 40 minutos); Santiago de Cuba a Santa Clara (8 horas viajando de madrugada, 😴); Trinidad > Cienfuegos (1 horinha de viagem); Cienfuegos > Playa Girón (1 hora também) e por fim Playa Girón a Havana (3 horas). Se puder escolher e o horário for favorável, sempre sugiro escolher viaazul do que os taxis compartilhados, pois estes últimos são mais aleatórios e imprevisíveis (tem que esperar lotação, as vezes o taxista pode querer cobrar mais dependendo do seu desespero, etc. Esse roteiro em específico indico muito de ônibus, onde você pode fazer a costa sul ficando um ou dois dias em cada cidade e pegando apenas o viaazul para ficar mais barato (em geral metade do preço do que cobram os táxis): TRINIDAD > CIENFUEGOS > PLAYA GIRON > PLAYA LARGA > HAVANA. É a mesma linha do busão (que eles chamam de guagua), e cada dia você pode pegar um desses trechos e continuar a viagem. Ele sai às 07 da manhã de Trinidad e demora 1 hora e pouquinho para chegar na próxima cidade em média. Já de Santa Clara para Trinidad fiz com cara que era "taxista informal (ilegal)", então era único aceitou minha corrida por 20 dólares porque o outro taxi compartilhado os passageiros furaram e ele não faria apenas para mim por 20 usd. Então esse taxista ilegal fez caminho mais pelo interior para desviar atenção da polícia. O cara era gente boa, mas não tinha licença e aí poderia dar problema para ele. E de Havana para Viñales fiz de taxi compartilhado oficial porque o ônibus da via azul era só de manhã e cheguei de Playa Girón a tarde, então o taxi era a única chance para chegar lá no mesmo dia. Mesmo assim foi difícil, pois tanto de Havana para Viñales como de Viñales para Havana os taxis compartilhados saem pela manhã e a tarde são raros. Então consegui o último táxi e fui ajudado porque achei duas francesas na guagua que vinha de Girón e que também iriam para Viñales, senão o taxista me cobraria 30 dólares, mas como tinha mais pessoas deu para fazer por 20usd. E de Viñales para Havana fiz de taxi compartilhado também porque saia um pouco mais tarde (13 horas e era o último) e dava aproveitar mais a manhã toda em Viñales do que se eu fosse de viaazul que saia às 11 horas (mas tem que aparecer uma hora antes para check-in). A dona da casa fez o contato e o táxi passou no horário certinho com outros passageiros e custou 20 usd. Também há as opções entre algumas cidades na carroceria de caminhões, mas aí é tudo mais aleatório e imprevisível. Em um dos tópicos do fórum um mochileiro relata como foi. Eu particularmente acho mais tranquilo e sem perrengues, principalmente quando você não tem tantos dias, as opções acima relatadas. Aplicativos essenciais AIRBN: fazer as reservas das casas no melhor custo benefício e se basear nos comentários de viajantes. Não tem erro. PSIPHON PRO. App para fazer VPN. Basta baixar da Google play, instalar e clicar em INICIAR. Pronto. Agora você consegue fazer operações financeiras nos demais app e sites que precisar. NAVE. Tipo o uber de Cuba. Funciona só com VPN. Mas é interessante porque você pode pagar valor mais justo pelas corridas na madrugada por exemplo. Durante o dia você pode tentar pegar cocotaxi mas sempre negociando o preço (o qual você tem uma base pelo app já). MAPS.ME - app de geolocalização que funciona offline melhor que googlemaps. CALCULADORA - são muitas conversões entre os diferentes câmbios 🤣 Dicas para fugir dos golpes, "propinas" e "regalos" para os locais Em geral, 99% do povo cubano é de bom coração e hospitaleiro. Mas especialmente nas principais praças turísticas sempre você vai encontrar alguns tentando levar a melhor sobre os turistas. Eu como brasileiro, sempre esperto e desconfiado, não cai em nenhum golpe é claro 😁, mas alguns turistas que achei caminho caíram mesmo sendo avisados antes 😝. Outra coisa que me ajudou foi o fato de quase ninguém me reconhecer como turista, pois para ele turista tem que ter olhos claros e cabelos loiros (isso por conta perfil de mais de 90% turistas que vão para lá são da Europa ou Canadá). Assim, como sou moreno e andava com a camisa do Brasil (os cubanos são loucos pela seleção brasileira!🟨🟦🟩), todos pensavam que eu era cubano e me abordavam muito pouco. Basicamente se uma pessoa em um lugar bem turística chegar puxando conversa com você ele ou ela quer algo. Como eles são de ótimo papo e simpáticos, às vezes você se pode deixar levar para comprar um charuto com desconto das cooperativas de charuto (que não existem 😒). Assim, os caras vendem por 50 dólares caixas com charutos falsificados (no tópico abaixo comento onde comprar de modo seguro e com qualidade), ou te convidam para show de salsa ou da Buena vista social club, mas que é na própria residência de algum deles e você acaba pagando muito caro por uma dose de alguma bebida ou pela "entrada" na casa. Por exemplo, jamais pague 4 dólares (na época 600 pesos) por um copo de mojito ou outro drink, pois o custo em geral dessas bebidas lá é de um dólar (150 a 200 pesos ou até menos) (muito barato, vivia "borracho" 😆). Mas isso você pega com dois dias lá sendo um bom observador. Então nos primeiros dias fique esperto e compare o preço das coisas nos lugares turísticos, nos lugares onde os cubanos consomem, etc. Mas tem diferentes tipos de pessoas que querem conversar e às vezes um pequeno regalo ou propina é mais que justo e merecido, ainda mais na situação econômica que está Cuba. Como eles não tem uma cultura de mendigar, o que ocorre as vezes é tentarem ser o máximo simpáticos para ganhar um pequeno presente ao final. Assim, alguns só querem ganhar um drink ou tomar uma cerveja para "desfrutar", pois no dia a dia não teriam condição para isso como outros cubanos de classe média ou alta possuem. E essas pessoas eu até curtia dividir uma cerveja e acabavam sendo uma boa experiência, pois os caras eram gente boa, mas eu já era papo reto: seguinte só tenho tantos pesos, e só posso te pagar uma cerveja e um cigarro. Cara já ficava mó feliz e era experiência sempre interessante trocar ideia. Outras vezes os caras pediam algo de doação, tipo um sabonete ou um calção. Acabou que no final da viagem voltei com metade das minhas roupas, pois doei para galera que fui conversando ou trocando por coisas e objetos deles no melhor estilo "economia solidária". Mas fiz isso de coração mesmo e pra me desapegar um pouco da materialidade das coisas, pois queira ou não tenho muita roupa aqui no Brasil do que a maioria dos cubanos podem ter acesso, então não me faria tanta falta. Mas as vezes fique esperto, eles exageram na condição de vida para te despertar mais pena, por isso eu filtrava bem com quem conversava e tals. Mas em geral sempre dê uma propina ou agrado para quem te trata super bem. Por exemplo os guias nos museus são gratuitos, mas sabendo da condição econômica atual e dos salários deles, no final da condução do guia pelo museu eu dava propina de 200 a 400 pesos (tipo de 5 a 10 reais na conversão, ou seja, valor irrisório quase aqui BR) e os caras ficavam maravilhados. Inclusive num museu em Trinidad um casal de franceses após o guia falar por quase 2 horas super simpáticos e com muito bom conteúdo, não deram nada para ele. Cara ficou muito triste, aí eu dei 200 pesos da minha parte e mais 200 por eles, cara quase chorou de emoção, viu que um brasileiro com todas precariedades econômicos que temos aqui é mais sensível e menos sem noção do que muito europeu gringo cheio dos euros. Ou na gorjeta para os garçons: se aqui no Brasil não sinto muito conforto em pagar a taxa "voluntária" devido preço das coisas serão altas, lá em Cuba sempre fazia questão, principalmente comércios frequentados por cubanos locais, onde o preço da comida e principalmente das bebidas era MUITO barato. Tipo mojito, daiquiri ou outros drinks tops saiam por menos de 300 pesos cubanos (ou seja, menos de dez reais por DRINKS tops), fazia questão de dar gorjeta de uns 200 pesos (7 reais) para garçons e eles ficavam gratos. Como chegar do Aeroporto para Centro de Havana praticamente de GRAÇA: A maioria das pessoas pega transfer ou um táxi na hora. O preço costuma ser de 25usd, mas quando cheguei lá o cara queria 30 e não baixou. Tentei achar alguém para compartilhar em mais pessoas, mas não encontrei, pois a maioria já pegou antecipado algum transfer. Mas pesquisando achei a opção de ir de transporte público até o centro de Havana de modo fácil, seguro e praticamente gratuita. Segue as instruções: o aeroporto é pequeno, então quando descer e sair do terminal internacional fica a esquerda da saída. É só sair e perguntar a um guardinha qualquer onde passa o ônibus entre terminais, pois você quer ir para a AVENIDA BOYEROS que fica próxima ao terminal 2. Em fev de 2023 esse ônibus interterminais passava de hora em hora fechada ali a esquerda do terminal 3, ou seja, às 08h, 09h,10h,11 etc. Custa 2 pesos cubanos, ou seja, r$ 0,05 😀. Como não tinha trocado nada e não iria dar tempo de ir na cadeca oficial porque estava próximo ao horário do ônibus, o próprio guarda me doou 3 pesos kkkk, e em troca dei uma moeda de um real para ele e o cara ficou muito faceiro kakaka. Embarcando nesse busão não te erro, só perguntar para os passageiros e ou motorista para te avisarem quando chegar na avenida boyeros, fica um ponto depois do terminal 2 (lembrando que você saiu do terminal 3). Descendo na avenida boyeros, o próprio motorista vai te falar a direção pro centro de havana. Aí é só atravessar a avenida e já tem o ponto de ônibus da "guagua" (como eles chamam os ônibus de transporte público), vans ou táxis para o centro de havana. Custa 2 pesos cubanos também. Já por 10 pesos cubanos (0,20 centavo de reais) você pode pegar umas vans ou ônibus menores mas que não lotam e são mais confortáveis. Nesse ponto de ônibus na avenida boyeros basta pegar as guaguas com a placa P12 ou P16. Não demorou nem 5 minutos e passou o P12. Paguei 1 peso porque nao tinha 2 senão teria que trocar 100 pesos, e o cobrador deixou de boas, porque 1 peso é algo muito simbólico na economia cubana. 😅. E pronto, em 40 minutos eu estava no centro de havana por "0800". Observe nas imagens abaixo: o ponto onde a guagua dos interterminais para; a guagua que vai para o terminal 2 e para a avenida Boyeros; o ponto de ônibus na avenida Boyeros onde para o ônibus p12 e p16 (está indicado na placa); os cubanos na guagua em direção ao centro de havana com seus smartphones 😮. Essa avenida boyeros é tipo uma via arterial de Havana, que cruza a cidade e assim te leva do aeroporto até Havana Vieja. Não tem erro .E ainda tem a opção dos transportes mais confortáveis, basta perguntar para alguém ali no ponto na Avenida Boyeros que eles te avisam. Só nisso economizei mais de R$ 150,00 que foram convertidos em Mojitos ao longo da viagem 😆👌🍹 Agora tem a opção de ônibus estatal do Aeroporto ao centro de Havana. O mochileiro Rodrigo foi esse mês e me escreveu atualizando. É o SHUTTLE AEROPUERTO. Agora creio que seja a opção mais conveniente, pois custa 5 dólares, nada mto absurdo (perto do que os taxistas cobravam) . No centro de havana ele sai do Parque central. Abaixo as fotos (dezembro de 2023). Internet e Chip de Celular Cubano - como conseguir e planos (paquetes) A internet em Cuba lembra a internet discada brasileira da década de 2000 😆. Apesar de quase todos os cabos submarinos de internet passarem ao redor da ilha, Cuba não pode se conectar a eles devido ao embargo econômico dos EUA. A solução é fazer um puxadinho da internet via Venezuela, o que explica um pouco a baixa velocidade dos planos de dados e wi-fi. Já os cubanos de direita argumentam que isso também se deve ao monopólio da ETECSA, a empresa estatal de comunicação, pois nos últimos anos empresas da Itália e Venezuela demonstraram interesse em entrar no mercado cubano e foram supostamente impedidas pelo governo poder ter o controlo da internet no país e assim "cortá-la" em momentos críticos de protestos, etc. Mas indo direto ao ponto, para você se conectar em Cuba há três opções: 1) comprar uns cartões de internet em lojas do comércio locais ou da ETECSA e se conectar nos pontos que possuem wi-fi pública (25 pesos cada um (R$ 1,00) e dava pra uma hora. Mas não é toda cidade que tem essa opção de cartão, e mesmo nas cidades que tem é necessário ir a certas praças, hotéis ou lugares públicos para se conectar); 2) Chip de celular cubano, o que achei a melhor opção. Comprei o meu em uma loja da ETECSA que fica na Avenida Carlos III no centro de Havana (foto abaixo) por 1000 pesos cubanos (R$ 33,00) e que veio com 250 pesos cubanos de saldo. Comprei um "paquete" plano de 1,4 gb por 30 dias com minutos de ligação e incríveis 20 sms por 110 pesos. Dava para usar de boas WhatsApp, pesquisas no Google e abrir páginas de internet. Não existe essa de censura em Cuba, consegui abrir todos os sites e redes sociais que precisava. Apenas para operações financeiras, aí precisava do VPN para funcionar mas era por conta do embargo econômico dos EUA. Só evitava abrir vídeos e Instagram para poupar dados. Nos últimos dias de viagem os dados acabaram e comprei as "bolsas diárias", no valor de 25 pesos por dia e 200 MB de dados. Dava de boas para passar o dia e fazer pesquisas no Google necessárias para viagem. No meu celular quando o sinal ficava fraco, a internet 4g desconectava e mesmo após voltar o sinal forte ela se recusava a funcionar. Com o tempo peguei o segredo: colocar em modo avião por alguns segundos e depois ativar os dados; ou reiniciar o telefone. Após esses procedimentos a internet geralmente voltava. No mais, a cobertura da ETECSA é boa, cobrindo a parte urbana de todas as cidades que visitei. Apenas em alguns pontos e dentro de prédios que o sinal ficava fraco e tinha que fazer o procedimento de reiniciar; 3) Wi-fi nas casas. A única casa que fiquei e possua internet wi-fi disponível 24 horas foi o "Hostel Aguilla" em Havana. Não era a mais rápida do mundo, mas dava para navegar em sites de pesquisa e redes sociais. O restante das casas ou tinha que pedir para a pessoa fazer um login na rede (e provavelmente ela tinha que pagar certa taxa, por isso elas deixavam disponível só quando a gente pedia ou por alguns minutos) ou não possuíam wi-fi mesmo (o lema de muitos bares era "não temos wi-fi mas temos Mojito que ajuda a socializar muito mais 🧐). Na viagem só fiquei preocupado com o upload das minhas fotos, as quais só consegui fazer no aeroporto de São Paulo no retorno. Isso porque já tive meu celular roubado em um assalto no Paraguai e outra vez perdi ele em um lago, e nas duas vezes não perdi nada de importantes como as fotos por conta dos uploads que fazia em Wi-fi. Mas em Cuba ocorreu tudo bem e com segurança total nas ruas, então não me fez falta os uploads. Por fim, uma curiosidade, a de como as pessoas de fato usam a internet em Cuba: elas usam por sistema criativo que demonstra como a sociedade cubana se reinventa frente aos desafios e limites a que estão expostos. São os paquetes semanais de internet: Basicamente há como se fossem lanhouses que distribuem o conteúdo da internet que você quer por um preço baixo, tipo uns 60 a 100 pesos (2 reais) por transferência. Então o cubano toda semana vai lá e leva seu pen drive de 40gb e descarga as séries lançadas da semana, ou séries específicas, novos clipes, músicas, notícias, filmes e tudo que você possa imaginar. Então passa a semana ouvindo e assistindo isso em casa ou em seus smartphones. A galera que distribui isso se organiza em rede para cada um "baixar um pedaço do paquete" para depois distribuir por hd externos ou pen drives nos diferentes pontos de distribuição dos paquetes. São as vezes jovens que possuem hotspot de alta velocidade situadas em alguns pontos de Cuba e assim conseguem baixar conteúdo rápido e em rede com outros usuários. Isso é criatividade e resiliência! Freetours e Guruwalk (recomendo muito!) Na maioria das cidades que visitei usei a estratégia de iniciar sua exploração através de Freetours ou Guruwalks. Recomendo essa opção pois é uma excelente forma de descobrir os segredos e melhores dicas locais. A cidade, construções antigas e as calles ganha novos sentidos, bem como curiosidades relatadas também tornam mais interessante e apaixonante cada destino. Além disso, durante os freetours sempre tinha acesso as informações dos restaurantes conforme o perfil desejado (no meu caso BBB - barato, bom e bastante😝). Também conseguia trocar várias ideias do cotidiano de Cuba com pessoas que tinham uma visão sempre peculiar e diversa da sociedade cubana. Em Havana (Link aqui) e Trinidad (whats +53 5 4338256) fiz freetours em grupos de 4 pessoas; já em Santiago de Cuba, Santa Clara e Cienfuegos acabou sendo individual por conta da procura ser menor pela plataforma Guruwalks (https://www.guruwalk.com/es/c/cuba ). Nos freetours recomenda-se dar a gorjeta por volta de 10usd. Aí vai do teu planejamento dar um pouco menos ou mais; geralmente nos tours que tinham várias pessoas acabava dando menos que isso; e quando estava sozinho e o guia era muito bom e me identificava com ele dava um pouco mais, uns 2000 pesos e a pessoa ficava feliz (afinal, isso equivale a quase 50% do salário mensal normal da maioria dos cubanos) e acreditava ser valor justo considerando meu orçamento diário de gastos. No relato de cada cidade vou deixar o contato e informações dos guias em si, afinal foram experiências muito ricas que faço questão de divulgar! Sobre seguro viagem Quanto ao seguro viagem, não é obrigatório. Porém, caso você queira contratar um por precaução, pode pegar o seguro da ASSIST CARD no site https://www.segurospromo.com.br/ Meu orçamento da Assist Card para 18 dias ficou R$ 320,00. A atendente da segurospromo na época me relatou que: "Tendo em vista o sistema de saúde adotado por Cuba, e ciente das restrições do mesmo para estrangeiros , indicamos a Assist Card , que é a única seguradora que trabalha em parceria com uma rede hospitalar local. As outras seguradoras você vai conseguir atendimento, porém por reembolso. Então o mais indicado é a Assist Card, que você não vai precisar ter nenhuma despesa. A fim de sanar qualquer mal estar e desconforto durante a viagem e evitando assim possíveis transtornos." RESUMO dos preços de produtos básicos em Fev de 2023 Achei Cuba muito barata em comparação com os demais países da América Latina. Mas tem que ficar esperto e ser bom observador em cada destino, pois há muitos "turistastrap" (Armadilhas para turistas), aqueles lugarzinhos muito famosinhos e instagramáveis que todo mundo quer ir e logo o preço dispara. Tipo a Bodeguita do medio, é um lugar legal para você passar e tirar uma foto, mas um Mojito lá saia por 600 pesos cubanos, com qualidade inferior ao que pagava em outros lugares por 150 pesos. Dito isso, a melhor opção é consumir nos locais que os cubanos de classe média/alta vão, pois o preço é barato e a qualidade boa. Vale dizer que em Cuba 2023 há restaurantes privados e restaurantes do governo. Em ambos podem ter preços muito caros ou muito baratos, depende muito da localização e quanto é famoso ou não. Mas em geral tive boa experiência com os restaurantes do governo, pagando um preço mais justo e em boa fartura a comida. Mas é aquela coisa, nem sempre vai ser a melhor comida do mundo, no tempo mais rápido, etc. O cardápio também, tanto no privado quanto no governo depende do dia só vai ter uma ou outra opção do Menu. Desayuno nas casas da família: Em algumas comi por 3usd, mas a maioria era 5usd, então nessas acabava evitando. Era bastante regado esses desayunos, então pode valer a pena caso você não tenha jantado na noite anterior ou não pretenda almoçar por conta da correria do dia. Café negro: Nas padarias do governo entre 30 a 60 pesos cubanos (1 a 2 reais). Na rua, galera cheguei a ver por 10 a 20 pesos. Algo que notei: os cubanos tomam açúcar com café, pois metem mais açúcar que café na xícara. Eles se assustavam por eu tomar café sem açúcar, era algo incompreensível para eles. Ao menos eles sempre davam separados o café negro e uns 5 pacotinhos de açúcar, os quais sempre dispensava. Cappucino: 80 a 90 pesos por cappucinos muito tops em restaurantes do governo (3 reais). Sanduíche: de 150 a 300 pesos (5 a 10 reais). Geralmente de queijo e presunto. Lanche mais arregado: Uma hamburguesa custava bom preço uns 300 pesos (10 reais). Comi algumas assim nesse preço e achei ótimo. Almoço restaurantes bons e baratos: 500 a 700 pesos (cerca de R$ 20,00). Geralmente restaurantes do governo eram melhores. Nos privados ou demorava muito ou era mais caro. Almoço para gringos em restaurantes famosinhos: 10 usd. Comi só uma vez, depois aprendi. Se for lugar xique, tome uns drinks que não costumam ser tão caros e depois você come algum sanduíche na rua ou em lugar mais simples e dá mesma e sai até mais satisfeito. Lagostas: CONSEGUI ENCONTRAR prato de LAGOSTA EM HAVANA POR 600 PESOS (20 reais). Nunca tinha comido, foi incrível kkkk. Na playa Ancon um pescador informal queria vender por 10 Euros, mas chorei, fiz jogo difícil, falei ia deixar de lado, e ao final o cara fez por 800 pesos (R$27,00) cada uma para mim e casal de brasileiros que estava comigo. Foi deliciosa! Já no Cayo Jutias, que é bem isolado e sem muitas opções, o restaurante do governo vendia por 1500 pesos (R$ 50,00) e os malucos informais enganavam os gringos vendendo por 10 Euros. Esse eu tentei chorar e o cara não fazia por menos de 1500 pesos. Então deixei quieto e bebi umas cervejas e deixei para comer a noite. Bebidas - Drinks (Mojito, Daiquiri e outros drinks tops): Mojitos cheguei a encontrar drinks por 70 pesos (R$ 2,20!) cubanos no restaurante Balear em Havana. Alguém do fórum indicou e foi ponto cheio! Mas em geral se encontrava entre 100 a 200 pesos (R$ 4 a 7,00+-). Nos lugares um pouco mais turísticos saia por uns 300 pesos (R$10,00) e valia a pena. Agora trap turísta tipo bodeguita do meio, Floridita e callejon de hamel saía por mais de 600 pesos ou 5Euros! Ou seja, evite tomar nesses lugares quando estiver acima de 4 dólares. Vai lá, tira uma foto e tals, vê movimento e vai beber mais feliz e barato nos outros locais. bebidas importadas (cerveja e refri em lata): refri em lata ou cerveja em lata saia entre 150 a 200 pesos (5 a 8 Reais). Ou seja, eu que no Brasil bebo muita cerveja, lá passei em seco e foquei nos mojutos e drinks. Sucos naturais: Teve um restaurante que achei por 40 pesos (casa espanola em Miramar, Havana). Simplesmente tomei 5 sucos naturais! Mas em geral custava uns 90 a 120 pesos, mas não era tão comum ter essa opção. Refrescos (ótimo para calor): Achava por 20 a 30 pesos (R$ 1,00). Tipo aqueles sucos de pacotinhos bastante gelados (ou frios como dizem em espanhol). Pizzas: Era melhor opção de comida rápida e barata. Em Havana achava fácil pizzas tamanho pequeno/médio por 150 a 200 pesos (R$ 5,00). Mas pegava no caixa e comia na rua mesmo e matava a fome momentânea. Nas demais cidades variava entre 150 a 300 pesos. Sorvetes: umas duas bolas saia por uns 40 a 50 pesos (1 a 2 reais). Uma opção sempre interessante refrescar e ter energia de açúcar nas caminhadas. Entrada nos museus e atrações: Em média de 100 a 200 pesos. Só lugares muito top, tipo Capitólio, ai era uns 20 dólares. Propina para guias: Nos museus, costumava dar uns 200 a 400 pesos. Valor corrida táxis urbanos: Parecido com o Brasil, mas jogam muito com o desespero e fator turístico da pessoa. Assim, sempre tentavam meter o dobro ou quadrúplo do preço. Sempre negociar ou chamar pelo Nave, ou já negociar sabendo o valor que o Nave dava, aí não tinha erro. Passeio de autoclássico em Havana. era 50 dólares, mas chorei que estava sozinho e o cara fez por 25 dólares e curti. Talvez ele até fizesse por 20, mas joguei 25 de cara e o cara acetou rápido. É aquela coisa de turista e tals, mas entre ir de taxi do aeporto para centro de havana e andar de autoclássicos com o cara de guiando pelas ruas de Havana, fique com a segunda opção! Onde comprar charutos A melhor opção para comprar charutos cubanos de boa qualidade e preço justo é direto com os campesinos produtores de Tabaco. Em Vinales há muito deles, inclusive na área urbana dessa pequena e charmosa cidade rural de Cuba. O que se passa é que cada produtor de Tabaco tem que vender (por um "valor simbólico") para o governo 80 a 90% por cento da produção do tabaco já seco e pronto para ser embrulhado como puro (como chamam na Espanha, puro pois vai só folha do tabaco e nada mais). Todo processo demora quase 2 anos entre o plantio e a secagem natural. Assim, o governo compra por preço simbólico desses campesitos e trata nas fábricas estatais colocando sabor mais forte ou suave e alguns processos químicos. Assim, a marca dos charutos individuais sai entre 16 a 50 dólares nas lojas oficiais em Havana. Se não for a Vinales, em Havana você pode comprar na "Romeo Y Julieta Cigar Factory" (Endereço aqui) ou na Tienda De Habanos, Cafe y Ron (fica fim da plaza das armas). Mas você pode comprar o mesmo charuto (mas sem a marca oficial) dos campesinos por 5 dólares em Vinales. É de extrema qualidade e altamente confiável, pois as famílias do airbn mesmo indicam e ninguém quer levar uma avaliação negativa lá na plataforma. Então pode confiar. Mais barato que isso em qualquer lugar não é um puro autêntico. Os Cubanos fumam charutos de baixa qualidade, quando são misturadas outras folhas que não a do tabaco ou o processo de secagem é acelerado, ou seja, não é natural, assim perde-se a qualidade e tals. Daí os cubanos fumam os que valem menos de 100 pesos (R$ 3,00), não é que são falsificados, mas são de baixa qualidade comparado aos verdadeiros puros. O problema é os golpes que relatei acima, que pegam esses não puros e vendem como se fossem puros por 5 a 10 dólares cada e passam a impressão que estão fazendo uma "promoção" ao embalar com marcas oficiais do governo, como Romeu e Julieta. Viaje a Cuba! Cuba foi a última viagem antes da minha paternidade. Agora vou descansar um pouco e voltar a viajar daqui uns anos quando bebe tiver grande e poder ficar com os avós. Conheci todos os países da América do Sul e por fim Cuba, mas se soubesse teria visitado Cuba antes. Não fui porque achava uma viagem mais complicada e cara, mas após todos os dias que passei lá percebi que Cuba é um dos destinos mais baratos da América do Sul, se você souber se virar bem e pesquisar. Principalmente aqui no fórum tem muita dica e acaba viabilizando a viagem. Mas tentem priorizar Cuba em seus roteiros! Parte do seu charme é poder quase como fazer uma viagem do tempo e retornar ao uma vida em ritmo mais lenta, e porque não mais mentalmente saudável do que a que vivemos no capitalismo ocidental nos tempos atuais. E não sei até quando vai durar isso, pois a ilha está se transformando rápido demais, ainda mais com a abertura do mercado. Cuba é um país apaixonante, com paisagens incríveis e um povo orgulhoso da sua história (menos parte dos jovens kkkk). A segurança é incrível, você pode caminhar pelas ruas mais escuras a qualquer horário da noite e não se passa nada. É um país peculiar, com estilo de vida e funcionamento cheio de desafios mas que culminou em um povo criativo e resiliente frente a realidade, que sempre dão um jeito para botar para funcionar as coisas antigas e os desafios de um bloqueio econômico assassino ou de um governo que encontra desafios em superar o paradigma do modelo soviético e se abrir com mais modernidade e flexibilidade aos desafios da abertura ao mercado. Orçamento geral: Passagem aérea ida e volta: Copa Airlines. Escala Panamá. Custo: R$ 2.700,00 Efetivo em dólares levados: 600 usd (convertidos em Joinville a partir de R$ 3.200,00, onde consegui comprar o dólar por R$ 5,44 na casa de câmbio (cotação oficial do dia estava em 5,15). Gastos cartão crédito: para as reservar de hospedagem via airbn, compra das passagens do ônibus da viaazul e alguns passeios e restaurantes: R$ 500,00. Custo total da viagem: por volta de R$ 6.500,00 Planejamento do roteiro Para o planejamento do roteiro me inspirei muito no tópico do @Fael Fepi que mochilou por 30 dias por Cuba e relatou aqui no fórum sua viagem. Mas como tinha apenas 18 dias disponíveis, adaptei o roteiro do seguinte modo: Havana: 06 dias (entre chegada e partida) Santiago de Cuba: 02 dias cheios Santa Clara: 02 dias (considerando que em um dia a ideia era fazer bate e volta até Cayo Santa Maria). Trinidad: 02 dias (considerando que um dia fiz bate e volta até a Playa Ancón). Cienfuegos: 01 dias, Playa Girón: 01 dias Viñales: 03 dias (considerando um dia um bate e volta até Cayo Jutias. Mas foi corrido aqui, pois dois dos dias em Vinales foram meio período, porque cheguei fim da tarde e tive que ir embora meio dia). Deslocamento entre cidades: 1 dia. Gostei de todas as cidades que passei e sugiro todas. Cada uma possui um encanto e atrações únicas, conforme tentarei relatar nos tópicos específicos. Se eu tivesse 30 dias, faria do seguinte modo: Havana: 06 dias cheios (sem contar os dias que você chega e parte, que acabam sendo bem corridos) Santiago de Cuba: 02 dias cheios Baracoa: 03 dias Santa Clara: 01 dias Remédios: 02 dias (sendo um deles bate e volta até Cayo Santa Maria) Trinidad: 03 dias (considerando que um dia fiz bate e volta até a Playa Ancón). Cienfuegos: 01 dias, Playa Girón: 01 dias Playa Larga: 02 dias (lugar ótimo para fazer snorkeis e tem lugares baratos para passar dia allincluse) Matanzas: 01 dia Varadero: 01 dia Viñales: 04 dias cheios (considerando um dia um bate e volta até Cayo Jutias que é imperdível). Deslocamento entre cidades: você vai perder uns 3 dias +-. Sumário do relato: Primeira Cidade: Havana, a capital de todos.  Dia 03, 04, 05, 06 e 07 de fev. Santiago de Cuba, a cidade onde tudo começa e termina em Cuba. Dias 08 e 09 de fev. Santa Clara: A cidade de Che que respira a revolução. Dias 10 e 11 de fev. Trinidad e Playa Ancón: Cidade mais colonial e de vida noturno preciosa em Cuba. Dias 12 e 13 de fev. Cienfuegos: A Pérola do Sul de Cuba. Playa Girón: Onde o imperialismo caiu na tentativa frustrada da invasão a Cuba via Baía dos Porcos. Dia 15 de fev. Viñales e Cayo Jutias: O combo perfeito entre o rural charmoso e uma das praias caribenhas mais lindas da ilha. 16 a 18 de fev. Despedida de Cuba e até logo: retorno a Havana e partida. Dias 18 e 19 de fev. Referências midíaticas e bibliográficas para enriquecer sua viagem a Cuba SANTOS, Fabio Luis Barbosa dos; VASCONCELOS, Joana Salém; DESSOTTI, Fabiana (ORGS). Cuba no século XXI: dilemas da revolução. São Paulo: Elefante, 2017. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/cuba/cuba-no-sec-XIX.pdf ou https://drive.google.com/file/d/1SBLvUkcJ2TG7v9pKFLfxrLJ48dWG4Fyc/view?usp=sharing. Magnífico livro escrito em 2016 por um conjunto de 30 pesquisadores brasileiros, que passaram o ano estudante teoricamente Cuba e depois fizeram uma Viagem de campo a ilha no mesmo ano. São 22 capítulos curtos escritos a partir de perguntas curtas. A questão é que depois de 2016 veio Trump e mais de centenas de sanções econômicas, adicionando Cuba na lista de países terroristas e todas consequências econômicas que disso resulta e todos imaginam, além é claro da pandemia que arrasou o país. Então o cenário não está tão otimista quanto na época, mas mesmo assim é uma leitura fundamental para chegar na ilha bem situado politica e economicamente. Cuba e o Cameraman. Documentário disponível no netflix: https://www.netflix.com/title/80126449 . Jon Alpert acompanha os destinos de três famílias cubanas ao longo de quatro conturbadas décadas da história da nação. ele retorna de dez em dez anos na ilha para ver as mudanças na vida dessas famílias em cada contexto econômico que descrevi nas considerações iniciais. Um filme emocionante e arrepiante para mostrar as conquistas da revolução, mas também triste por notar como bloqueio econômico e o isolamento político e econômico resultou vida difiícil na década de 90, e esperançoso por mostrar rumo melhor na década de 2010. mas Jon Alpert precisa voltar a Cuba agora no pós pandemia para registrar esse período histórico que está se passando por lá! Coisas de Cuba. O podcast do Direto de Cuba. O cotidiano da Ilha, por Marcia Choueri. São episódios bem curtinhos e que contextualizam muito bem a vida social, cotidiana e econômica da ilha. Super indico. Disponível em: Livro Vai pra Cuba ebooknet.pdf
  2. Olá, mochileiros! Primeira vez que venho tirar dúvida aqui, vamos lá. Eu e meu namorado estamos planejando sair de mochilão ainda esse mês num roteiro (flexivel) passando por Chile,Argentina, Bolívia, Peru e Colômbia. A princípio vamos sem data exata de retorno, podendo durar um ano ou mais se tudo der certo. Será nosso primeiro mochilão e queremos fazer isso de forma econômica; voluntariando e se possível até trabalhando no caminho. Dito isso, queria tirar algumas dúvidas pontuais: • SEGURO VIAGEM: Sei o quanto é necessário, mas vale a pena fazer pra todos os países onde vamos passar? • DINHEIRO: Por ser muito tempo, qual a melhor forma de levar? E qual quantia "razoável" vcs recomendariam ter à priori? À quem tem mais experiência, qualquer dica ajuda muuuito!! Queremos muito viajar e eu tenho pressa de conhecer o mundo!! Agradeço ♡
  3. Ola amigos, eu e meu marido iremos para nossa segunda viagem longa ano que vem. Desta vez com uma filha de 4 anos. A ideia e fazer America do Norte, Central e Sul (o quanto der em um ano). Estou procurando alguem que tenha viajado de carro por um longo periodo, de preferencia um 4x4 para conversarmos sobre mudancas no carro, marca etc etc. Alguem por ai? Obrigada! Clara
  4. Em setembro de 2018, fizemos uma viagem ao Chile e Peru. Roteiro - 24 dias São Paulo > Santiago > Valparaíso > San Pedro do Atacama > Tacna > Arequipa > Cusco > Ollantaytambo > Aguas Calientes > Machu Picchu > Cusco > Lima. Começamos nossa jornada no Chile, em Santiago, Valparaíso e San Pedro do Atacama, cujos relatos seguem abaixo: No ônibus das 20:30, deixamos San Pedro do Atacama em direção a Arica, cidade chilena fronteira com o Peru. Seriam 8 horas de viagem, que à noite tínhamos esperança de sequer vermos passar. Com o coração apertado de deixar aquele lugar que tinha acordado tanto dentro de nós, nos despedimos do céu mais estrelado do mundo prometendo, para o Universo e uma para a outra, que voltaríamos logo, em breve, a tempo de não esquecermos toda a emoção que sentimos, nem de deixarmos a brutal rotina do acordar-trabalhar-dormir nos transformar em marionetes que fazem o uso da palavra "sabático" para justificar o tempo em que resolveram ser felizes. Logo nós, que tínhamos acabado de enxergar o não tamanho do mundo. Chegamos em Arica ainda escuro. Claudio (amigo que fizemos no Atacama, junto com seu fiel cão Lucky, artista plástico de Valparaíso que, cansado do mesmo todo-dia da vida e do consumo sentimental das relações obrigatórias, encontrou em San Pedro um porto. Breve e temporário.) tinha nos dito que, ao chegarmos, deveríamos atravessar a rua para a outra rodoviária, a internacional, onde poderíamos pegar um ônibus para o Peru. Foi uma ótima dica, ou teríamos ficado perdidas na escuridão da falta de informação e sinalização. Ao chegarmos na rodoviária internacional, que mais parecia o ponto final de uma linha de ônibus bem acabada em uma cidade quase fora do mapa, uma mulher sentada numa mesa nos informou que o ônibus para Tacna só sairia a partir das 8:30 da manhã. Eram 4:30 da madrugada. A outra opção, como ela sugeriu, era atravessar a fronteira com um dos muitos motoristas de carro que faziam ofertas de assentos pelo mesmo valor dos ônibus. Não, só se fôssemos loucas de aceitar. Assistimos demais "Presos no Estrangeiro" para arriscarmos uma prisão por tráfico de drogas com um estranho que diria que era tudo nosso, das gringas. Nunca. Resolvemos dar uma volta na rodoviária para despistar a mulher que nos alucinava com essa ideia, quando ouvimos sem muita certeza, o motorista de um ônibus gritar "Tacnabus, Tacnabus" e corremos para confirmar a informação. O ônibus ia para a Bolívia, mas primeiro pararia no Peru, em Tacna, para onde estávamos indo. Com o dinheiro guardado na calcinha, entramos no ônibus e seguimos para o nosso próximo destino. Na fronteira: sai do ônibus, carimba passaporte de entrada no Peru, passa as mochilas no raio X, tira o vinho da mochila, mostra que é vinho, guarda a garrafa, volta as mochilas para o bagageiro, sobe no ônibus. E em 40 minutos, chegávamos em Tacna. *ATENÇÃO! Ao desembarcar no aeroporto em Santiago do Chile, na entrada no país, além do passaporte carimbado, também entregam um papelzinho, aparentemente sem nenhum valor e sem nenhuma explicação. GUARDE-O DENTRO DO PASSAPORTE! Na travessia da fronteira, esse papel é exigido. TACNA Não esperávamos encontrar em Tacna a cidade charmosa e acolhedora que descobrimos. De habitantes tacanhamente tímidos, que nos olhavam surpresos e alegres ao perguntarmos seus nomes, essa cidadela conquistou nossos corações, receosos de não conseguirem mais se apaixonar depois de conhecer o Atacama. Mas Tacna é leve, florida, descompromissada, como que se viesse só para provar que é possível amar depois de amar. O sotaque, de tanta timidez, torna o espanhol mais difícil aos ouvidos. Os bancos das praças possuem tetos de flores para fazer sombra. Na Plaza de Armas - nome de todas as praças principais de todas as cidades do Peru - há fotógrafos velhinhos andando sob o sol, sorrindo e sugerindo um retrato para a posteridade, como um pedaço de tempo congelado entre as flores coloridas, as palmeiras altíssimas, a fonte imponente, o arco marcante da cidade e, sempre, a igreja. As lojas são todas setorizadas, de forma que os supostos concorrentes são colegas vizinhos, e você jamais vai conseguir tirar uma xerox se estiver próximo dos açougues ou dos consultórios ortodônticos, uma pequena obsessão tacniana. Por toda a rua principal, há galerias como camelódromos, com cabines de câmbio, tabacaria, lojas de joça e manicures enfileiradas em carteiras escolares oferecendo seus serviços. Em Tacna você vira a esquina e se depara com uma padaria a céu aberto no meio da rua! Carrinhos de pães perfumam o entardecer e nos transportam para uma imaginada infância peruana. Foi ali que também comemos o melhor hambúrguer de cordeiro da nossa vida. No "Cara Negra", uma sanduicheria especializada em cordeiro, que eles criam lá mesmo no sítio atrás do bar. É descolado e tem drinks deliciosos. Faz valer a visita na cidade. Por todos os lugares que passamos, sempre procuramos pelo Mercado Central, que é onde encontra-se a essência do local. O Mercado Central de Tacna é imperdível. Tem de tudo. Especiarias, ervas, carnes, queijos, farinhas, biscoitos, frutas, verduras, doces, produtos de limpeza e muitas, muitas casas de sucos. Na "Juguería Sra Rosita", uma simpática senhora de sorriso frouxo e vontade de conversar, tomamos maravilhosos sucos de melão e de morango, muitíssimo bem servidos, de ficar na memória. Conhecemos também Miguel, dono de uma barraca de remédios de plantas medicinais, que sabia a erva ideal para absolutamente todo tipo de enfermidade. Ao caminharmos de volta para o hotel, bem encantadas com a surpresa de Tacna, uma vendedora nos parou para oferecer azeite. Ao agradecermos e sorrirmos, ela trocou a oferta para um branqueador dental. Talvez por marketing, ou pela já citada fixação por dentes perfeitos dos habitantes da li. Tomara. Por fim, antes de partirmos, passamos por uma casa roxa, um centro de, como dizia a placa, "Magia y Diversión". Sem isso, qual seria mesmo o sentido de tudo? Com a delicadeza dessa mensagem tão sutil e necessária, seguimos nossa viagem em direção a Arequipa. - Onde ficamos: Ficamos no Nice Inn Tacna, no centro da cidade, com atendimento muito cordial. As pessoas são super simpáticas, o quarto era confortável, chuveiro quente e café da manhã bem simples. Nice Inn Tacna - Av Hipólito Unanue 147, Tacna 23001, Peru / Telefone: +51 52 280152 / booking.com/hotel/pe/nice-inn-tacna.es.html - Onde comemos: Cara Negra - Cnel. Bustios 298 / Telefone: +51 952 657 540 / @caranegraoficialtacna / facebook.com/caranegraranchosanantonio/ - Onde fomos: Mercado Central de Tacna - Calle Francisco Cornejo Cuadra 809, Tacna 23003, Peru Plaza de Armas - Paseo Cívico de Tacna, Tacna 23001, Peru Seguimos para Arequipa, Cuzco, Ollantaytambo, Aguas Calientes, Machu Picchu e Lima, que detalharemos em post separados. https://www.instagram.com/trip_se_/
  5. Estivemos em Valparaíso em setembro de 2018, em uma viagem pelo Chile, que também contemplava as cidades de Santiago e San Pedro do Atacama, com seu espetacular deserto. Tudo isso relatado em posts descritivos de cada cidade. Nos hospedamos na parte baixa da cidade. Ficamos 2 noites no hostel Casa Plan, um charmosíssimo prédio que funciona como hostel, café, galeria de arte e espaço cultural. Excelentes quartos, banheiros e áreas comuns. Tudo bonito, espaçoso e muito confortável. E ainda tem a simpatia e atenção do Gabriel, idealizador desse lugar múltiplo. Teríamos ficado uma noite a mais. Saímos com a sensação de não termos conhecido tudo. Valparaíso é uma cidade que requer tempo. É pequenina, mas tão adorável e que desperta tantos sorrisos, que te deixa pensando por que os amigos recomendam ir, mas ninguém fala que você vai embora com muita vontade de ficar. Nas ruas da parte baixa vende-se de tudo: fruta, comida pronta, papel higiênico, cigarro, remédio fora da caixa, desinfetante, roupa, tudo. Pessoas dançando no meio da calçada, de alegria ou embriaguez, também chamaram nossos olhares, em meio àquela oferta de tudo e qualquer coisa, que não tem como não nos vidrar. E antes de conhecermos a cidade, conhecemos os cachorros. Já tínhamos reparado que os cães de rua em Santiago eram bem cuidados, mas em Valpo, como eles a chamam, os cachorros são parte não só da cidade, como da vida das pessoas, que espalham potes de água e até casinhas por todos os cantos. Eles caminham pela cidade como pessoas e dormem no sol da praça como idosos aposentados. A cidade baixa é conectada à cidade alta por funiculares, que levam a diferentes paisagens dos inúmeros miradouros que nos permitem não só admirar a vista, mas também entender a construção da primeira cidade portuária do Chile e fuga de muitos presos políticos durante a ditadura de Pinochet. A parte alta é dividida em cerros, que são como bairros. Cerro Alegre e Cerro Concepcion são os mais charmosos. São repletos de casas coloridas de zinco e de casarões transformados em hotéis, lojinhas e restaurantes, grafite e arte por todo lado. Lemos em algum lugar que Valparaíso é uma mistura de Santa Teresa, Bairro Alto, Olinda e Caminito. É mesmo. Mas é muito além. Cerro Cárcel Um pouco fora do circuito turístico de Valparaíso fica o Cerro Cárcel, local onde funcionava uma prisão de tortura para presos políticos e que, mantendo-se toda a estrutura para que detalhes da história do país jamais fossem esquecidos, ignorados e tampouco modificados, foi transformado em parque e centro cultural. As salas são exatamente do tamanho das celas, com suas micro janelas no alto com barras de ferro, lembrando a todo tempo onde estamos. Fotografias de mulheres presas se espalham pelas paredes, com seus nomes e um sensível relato das roupas que vestiam e do local em que estavam no exato instante em que foram capturadas. Uma homenagem forte a um jovem militante assassinado ali, com um testemunho duro e detalhado de um amigo que assistiu à crueldade sem nada poder fazer. Gonzalo Muñoz Aravena. O coração doeu ao lermos e, de certa forma, revivermos toda aquela história entre aquelas mesmas paredes, onde quanto à energia que ali paira não há arte que acalente. O edifício faz parte do Parque Cultural de Val Paraíso, que é ao mesmo tempo centro cultural e parque aberto para a comunidade. O parque abre de quarta a domingo, das 10h às 18h no inverno e das 10h às 21h, no verão. Endereço: Calle Cárcel, 471 Saímos do Parque Cultural de Valparaíso e, enquanto olhávamos o mapa e pensávamos no que faríamos no pouco tempo que ainda nos restava ali, um senhor se aproximou perguntando se estávamos perdidas e queríamos ajuda. Iniciamos uma conversa longa com aquela figura que tanto tinha para contar. Aquele senhor, hoje reciclador de lixo, era apaixonado pela sua cidade. Tinha sido preso naquela prisão, junto com militantes de esquerda. Não que fosse um, ele disse, pois não tinha estudos e nem coligações com partidos, mas gostava de fumar maconha, e um dia foi pego e jogado naquele pequeno inferno, em celas de 8 m2 com 12 pessoas, que não tinham sequer como ir ao banheiro. Faziam cocô num saco e quando juntavam uma quantidade cujo cheiro não dava mais para suportar, subiam na janela da cela e lançavam-no do lado de fora, ato que gerava consequências desumanas de tortura. Ele fugiu. Numa fuga em que escaparam muitas pessoas, já exaustas e inconformadas com tanta maldade naquele lugar onde a extrema tortura era revoltantemente comum, ele foi junto, por um pequeno túnel que levava à uma possível liberdade. Não para todos, pois muitos foram capturados na tentativa de deixar o Chile, denunciados por argentinos nas fronteiras ou pelos próprios traços cansados, machucados e desnutridos. Mas para ele, sim. Finalmente. E ali na sua cidade ele permaneceu, e fez questão de ficar para ver os anos passarem, o governo mudar, e a vida poder ser de outra forma. Casou-se com uma mulher que tinha 4 filhos de outro homem, e ele quis criar todos, ser pai. Não está mais casado com ela. Tem netos já grandes. Ouviu uma filha dizer que tem 2 pais e ficou muito magoado, afinal o pai foi ele a vida inteira. Mas hoje entende, acha que no fundo ela tem razão. E os dois são amigos, o que fez e o que criou. Fala dos filhos, dos netos e da vida com brilho nos olhos e sorriso no rosto. Além de reciclar lixo numa tentativa de ajudar a manter a cidade, é também guia no centro cultural, contando aos jovens a história da cidade, da prisão e a sua própria, para que saibam onde estão. Frequenta o centro sempre que pode, gosta muito das peças de teatro e lamenta não ter assistido à sessão de cinema em que passou Carandiru, pois todos os seus amigos disseram que ele tinha que ver esse filme, que ia adorar. Apertou as nossas mãos, despediu-se de nós, nos desejou um bom passeio e desapareceu antes que pudéssemos saber seu nome ou eternizar seu rosto em algum lugar além da memória, que tem por costume se esvair com o tempo. E assim, como que com o coração em suspensão, à espera de um final, do laço de fita no presente, deixamos aquela cidade portuária, colorida, prisioneira, alta e baixa, simples e nobre, cultural e carente, olhando para trás e querendo voltar. O que faltou fazer? - Não visitamos a La Sebastiana, casa museu do Neruda em Valpo. Ela fica mais distante, em um cerro mais alto. Nos arrependemos imenso, mas não tivemos tempo. - Walking Tour para saber mais da história da cidade. Dicas - Tours 4 Tips - caminhadas guiadas de cerca de 3 horas em que você paga o quanto quiser para o guia. - Pan de Magia - uma pequena casinha roxa e amarela na cidade alta que serve empanadas deliciosas e baratas. Fica na Calle Almirante Montt, 738. https://www.instagram.com/trip_se_/
  6. Fala pessoal, tudo certo? Estou fazendo i mochilao pelo Brasil, sem grana. Comecei a 01 mês, sem grana nenhuma. Com uma mochila convencional ainda e sem barraca, agreguem dicas 💙🌎
  7. Blz Mochileiros! Estou planejando uma viagem em Setembro/Outubro desse ano (2019) pelo Chile, Argentina e Uruguai. Pesquisei bastante e montei o roteiro abaixo. Chile Quantiadade de dias Santiago 3 Valparaíso 1 Viña del Mar 1 Atacama 5 Aergentina Juyjuy 1 Purmamarca 1 Salinas grandes 1 Humahuaca 1 Salta 2 Rioja 3 Mendonza 3 Cordoba 3 Rosário 3 Buenos Aires 2 Uruaguai Colonia de Sacramento 1 Cidade Velha 2 Atlantida 1 Piriápolis 1 Punta del Leste 1 Jose Ignacio 1 ParqueSanta Tereza 1 Cabo Polonio 1 Puntal Del Diablo 1 Fortaleza Santa Tereza 1 Eu quero fazer ir e imergir o máximo possível na cultura local, então a ideia é ficar em hostel, airbnb fazer couchsurfing ou fazer work exchange durante a viagem. Aqui pelos fóruns do site vi que tinha bastante roteiro para esses países mas não necessariamente na ordem que fiz. Alguém já foi para algum desses lugares e podem contar como foram as experiências com carona, couchsurfing e fazer work exchange? Dicas sobre o roteiro são bem-vindas também.
  8. Olá! Estou indo para santiago dia 23/09 e gostaria de ir para o Atacama, alguém fazendo este roteiro?
  9. Post original com fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/banespao-sao-paulo-do-alto/ Um dos lugares clássicos de São Paulo é o Edifício Altino Arantes, mais conhecido como Banespão, aquele icônico prédio branco inspirado no Empire State Building que um dia já foi a maior construção da capital paulista. Embora hoje tenha perdido esse título, ainda é um dos elementos principais do skyline paulistano e oferece uma vista linda da cidade! O prédio foi erguido originalmente para abrigar a sede do Banco do Estado de São Paulo, sua construção começou em 1939, com a pedra fundamental e foi inaugurado pelo governador Ademar de Barros em 1947, com 35 andares e pouco mais de 160 metros de altura. Mais tarde, na década de 60, foi batizado com o nome atual, Altino Arantes, em homenagem ao primeiro presidente do banco. A visita é bastante restrita, (imagino que esse seja o motivo de tantos paulistanos não conhecerem o lugar) acontece de segunda a sexta, das 10h às 15h e não tem custo. No saguão de entrada é possível ver móveis e objetos antigos como o cofre e o magnifico lustre. É necessário pegar o elevador e depois subir alguns lances de escada até chegar a uma salinha com alguns objetos históricos e notícias da época de fundação do prédio. Ao chegar na espremida varanda 360º no topo do prédio, um funcionário avisa que você terá 5 minutos contados no relógio para apreciar a vista, é bem pouco, mas vale a pena! Lá de cima nossa selva de concreto ganha charme, atrás de uma infinidade de edifícios vê-se as montanhas da Serra da Cantareira e o Pico do Jaraguá. Já num plano mais próximo é possível avistar a Catedral da Sé, o Mercado Municipal, o prédio todo colorido das Galerias Pajé (o que parece feito de lego, não tem erro!), o Viaduto do Chá, o Páteo do Colégio entre outros pontos turísticos de São Paulo. São Paulo vista de cima do edifício Altino Arantes, o Banespão São Paulo vista de cima do edifício Altino Arantes, o Banespão São Paulo vista de cima do edifício Altino Arantes, o Banespão O centro é uma das regiões mais interessantes de São Paulo, aproveite sua visita pra andar um pouco por ali e talvez tomar uma cerveja no Salve Jorge, um bar delicioso bem na saída do Banespão. Muita gente tem medo de andar por lá, mas com um pouquinho de atenção é bem tranquilo e proveitoso. Obs. No momento a visita ao mirante está interditada por causa de obras no local, o ideal é ligar antes de planejar a visita para saber se estará aberto: 2196-3730. Informações práticas: Edifício Altino Arantes (Banespão) Endereço: Rua João Brícola, 24 – Centro | Metrô São Bento Horários: De segunda à sexta-feira das 10h às 15h Entrada gratuita
  10. Post original com fotos e mapas aqui: http://www.queroirla.com.br/bate-volta-em-punta-del-este/ Durante nossa viagem à Montevidéu, resolvemos fazer um bate-volta para Punta del Este, afinal, é quase obrigatório já que é tão pertinho e fácil de chegar. A maioria das pessoas vai atrás das praias, cassinos (que são liberados por lá) e badalação. Eu confesso que a parte da cidade que mais me chamou atenção foi justamente a que era o oposto disso. Não foi um lugar que me encantou, mas tem lá seu charme! Saímos no domingo cedo e pegamos um ônibus até o aeroporto para buscar o carro alugado na Budget. A estrada é bem tranquila e o caminho é basicamente uma reta só, o trajeto dura aproximadamente 1h30. Ah, uma dica importante, logo que chegamos no hotel em Montevidéu, um funcionário já nos alertou sobre a lei seca, disse que haveriam muitos comandos na estrada e que lá não há tolerância, qualquer sinal de álcool (e até maconha) no bafômetro é problema e para jamais propormos “dar um jeitinho”, pelo jeito lá as coisas funcionam um pouco diferentes daqui… Bom, o fato é que tinham mesmo muitas blitz, então se for beber, vá de ônibus! O primeiro lugar que paramos foi uma mega furada! Um conjunto de esculturas de sereias sobre as pedras na beira do mar na Plazoleta Gran Bretania. Com todo respeito ao artista, aquilo é horrível! Fala a verdade, dá medo, não dá??? Mas o interessante desse lugar é que ele fica bem na pontinha da península, onde ocorre o encontro do Rio da Prata com o mar. Ali pertinho fica a parte mais fofa da cidade, a que mais gostei! Pra começar, as casas não tem números, e sim nomes. Elas são enormes e lindas, mas sem ostentação. Os atrativos desse simpático e aconchegante “bairrinho” são o farol e a Parroquia Nuestra Señora de la Candelaria, uma graça de igrejinha em homenagem à padroeira da cidade. Seguimos para o porto pois a ideia era pegar um barco até a Isla de Lobos para ver leões marinhos, mas chegamos um pouco tarde e os barcos só saiam até 12h se não me engano. Queria taaanto fazer esse passeio, fiquei decepcionada, se quiser ir, lembre-se de chegar cedo! Ah, e verificar a época também, não é sempre que os animais aparecem na ilha. Pelo menos chegamos a ver alguns deles ali mesmo, perto das bancas de peixes esperando pra ganhar as sobras (e rola uma briga pra ver quem vai ficar com elas!). Paramos para almoçar no El Pobre Marino, o ambiente do restaurante é bem kisth, mas até que combina com o clima de Punta rs. Meu prato estava meio sem graça, pedi panquecas de espinafre, mas o Dan pediu carne e gostou. O valor era Ok então saímos satisfeitos. O próximo ponto foi o cartão postal de Punta, o Monumento ao afogado, ou popularmente conhecido como Los dedos. A escultura é do artista chileno Mario Irarrázabal e fica na primeira parada da Playa Brava (as praias são todas divididas assim, P1, P2, P3…). Apesar de clichê, achei bem interessante e lógico que quis fazer umas fotos ali também, mas é preciso paciência pra conseguir clicar os dedinhos sem ninguém na frente! Um pouco mais afastado do centro fica a Puente Leonel Vieira, seu diferencial é ser ondulada, dando um friozinho na barriga de quem passa de carro por lá, mas também nada de tão interessante, não sei se vale a visita. Antes de ir embora ainda passamos pelo bairro de Beverly Hills, dominado por enormes mansões com lindos jardins, mas sinceramente, prefiro mil vezes a parte mais simples da cidade, que falei aqui no começo do post! Na volta para Montevidéu paramos para ver o pôr-do-sol na Casapueblo, em Punta Ballena, um dos mais incríveis que já vi!
  11. Dia 1 Texto original com fotos e mapa dos lugares: http://www.queroirla.com.br/um-aniversario-em-buenos-aires/ Este ano comemorei meu aniversário um pouco diferente, ganhei de presente do namor(i)do uma viagem à Buenos Aires! Agora que já estou mais perto dos 30 do que dos 20, não anda sendo assim tão divertido ver os anos passando tão rápido, mas posso dizer que foi o aniversário mais bem comemorado de todos! Afinal, com tango, vinho, doce de leite… como não ser né? =) Chegamos pelo aeroporto de Ezeiza, sei que existe um ônibus que demora aproximadamente 1:30 mas como chegamos de madrugada não tivemos muita opção, fomos de taxi. Logo ao desembarcar, há vários guichês oferecendo o serviço, mas o balcão de taxi oficial do aeroporto saiu mais barato, 400 pesos (mais ou menos R$130,00) até o centro. Eles oferecem um desconto na volta se você já fechar na hora, mas acabamos não fechando e o taxi que pedimos pelo hotel deu o mesmo valor, então não sei se compensa fazer isso. Ah, vale dizer que desde 2014 a Argentina vem sofrendo com uma inflação meteórica, achamos a maioria das coisas extremamente caras, especialmente ingressos para atrações turísticas. Mesmo com o câmbio favorável ao real (1 Real = 3 Pesos), as coisas estão bem fora da realidade por lá. Ficamos no Hotel Mundial, achei bem bom! O quarto é simples, mas limpo e funcional e a localização é ótima, na Avenida de Mayo, bem perto de alguns pontos turísticos e do metrô (Estación Lima). O café da manhã era excelente, com uma grande variedade de doces e salgados (especialmente a tradicional mezzaluna, que é como um croissant menor e mais “massudo”). E ainda tinha um parzinho de alfajores e uma garrifinha d’água como um “welcome kit”, adorei! No primeiro dia, fizemos tudo a pé. Começamos pelo Palacio Barolo, sua arquitetura é incrível e todo ele foi construído com referências à Divina Comédia, de Dante. Os dias e horários para conhecê-lo são bem limitados, por isso não conseguimos entrar, mas deve ser bem interessante! Seguimos para a Plaza de los Dos Congresos com algumas esculturas como um original de “O pensador”, de Rodin, um simpático senhor de bigode e o imponente Monumento a los Dos Congresos. Ao fundo da praça fica o Palacio del Congresso, um maravilhoso edifício neoclássico inaugurado em 1906, dá pra “perder” uns bons momentos por lá admirando os detalhes da fachada. O próximo ponto foi o famoso Obelisco, dele em si não há muito a dizer, o que é mais interessante é a avenida onde está situado, a 9 de Julio. Com 6 pistas de cada lado, ela é considerada a avenida mais larga do mundo e realmente merece o título, é necessário esperar o farol abrir por pelo menos 2 vezes para conseguir atravessá-la inteira. Na Plaza General Lavalle, entre outros belos e super bem conservados prédios, fica o Teatro Colón. A ideia era fazermos a visita, mas com um ingresso a quase R$60,00, não foi possível! Um lugar que vale (muito) a visita é a Livraria El Ateneo Grand Splendid. Você pode até não ser um grande fã de livros ou pensar “Pra que vou numa livraria com livros em espanhol?” Bom, porque esta é uma livraria dentro de um antigo teatro! O lugar é fantástico, foi construído em 1919 e personalidades como Carlos Gardel passaram por seu palco, onde hoje você pode se sentar e tomar um café. É um dos lugares mais interessantes da cidade! Seguimos para a agradável Plaza General San Martín, onde há um enorme monumento em homenagem ao homem que participou da independência de alguns países da América do Sul e seus exércitos. De lá é possível também avistar a Torre Monumental (ou Torre dos Ingleses). Bem perto de lá, começa a Calle Florida, uma rua só de pedestres com lojas e mais lojas, uma legião de turistas e muita, muita gente tentando vender passeios, shows, trocar moeda etc, extremamente irritante! Se sua ideia não for comprar (o que não está mesmo valendo muito a pena), nem perca seu tempo por lá. Pra não dizer que foi um momento perdido da viagem, foi lá que fechamos o tango que iríamos a noite, a agência foi a Lisantour, fica bem no comecinho da rua e quem nos atendeu foi o brasileiro Amilton. Além disso paramos para comer as famosas empanadas, a essa altura já estava quase desmaiando de fome e não tem muitos lugares pra comer nesta rua, acabamos parando em um restaurante/bar chamado Barista, as empanadas (especialmente as de roquefort e queijo e cebola) e a Quilmes estavam ótimas, mas o valor pago não compensa, em outros lugares da cidade é infinitamente mais barato. Outra coisa que valeu a pena foi visitar as Galerias Pacifico, o prédio que começou a ser construído em 1888, remete um pouco a uma mini Galeria Lafayette em Paris, ou a Vittorio Emanuele em Milão, com algumas lojas famosas (geralmente caras) e uma linda arquitetura. O ponto alto é a cúpula central com maravilhosas pinturas murais de 5 artistas argentinos: Berni, Castagnino, Colmeiro, Spilimbergo e Urruchúa. Já no fim da tarde fomos conhecer a Plaza de Mayo, histórico ponto de encontro para manifestações na capital portenha. Lá se encontram prédios importantes como a Catedral Metropolitana, o Banco de la Nacion Argentina e a Casa Rosada, que funciona como palácio presidencial. Ela foi construída em estilo renascentista entre 1862 e 1885 e tem essa cor devido a uma mistura de cal e sangue de boi, materiais comuns nas construções daquela época. Depois desse dia cheio só nos restava curtir o famoso tango argentino! Escolhemos o Complejo Tango que incluia além do show, e do transfer, entrada, prato principal, sobremesa e uma garrafa de vinho ou cerveja pra cada um. Essa é a parte mais cara da viagem, pode se preparar! Pagamos 1.000 pesos (aproximadamente R$330,00), e era um dos menos caros. Mas vale super a pena, a comida é ótima e o show maravilhoso! Dia 2 Texto original com fotos e mapa dos lugares: http://http://www.queroirla.com.br/um-aniversario-em-buenos-aires-parte-ii// Depois de um primeiro dia intenso na capital portenha, partimos para descoberta dos bairros da Recoleta e Palermo Soho, ambos super agradáveis, daqueles que te dão vontade de morar por lá (aliás, fiquei mesmo com essa vontade, se não fosse o espanhol -que detesto- pensaria sériamente no caso). Dessa vez foi necessário usar o metrô, pois os lugares são relativamente longe do centro. A passagem custa 5 pesos (aproximadamente R$2,00) e é bem simples de se entender por lá. Descemos na estação Pueyrredón (linha D) pra dar uma passadinha na Galeria Patio del Liceo, uma combinação de lojas, espaço artístico e um simpático café, adorei muito! De lá partimos a pé para o Cemeterio de la Recoleta, no caminho encontramos esse prédio da faculdade de engenharia, maravilhoso! Não sou grande fã de cemitérios, mas confesso que esse é bastante interessante, alguns túmulos são verdadeiras maravilhas arquitetônicas, gostamos em especial de um com tema orgânico, bem ao estilo Gaudí (as fotos dele não ficaram legais, por isso não estão aqui). O ponto mais visitado (e meio escondido) é o mausoléu da família Duarte, onde está Evita, ele é bastante simples, com algumas placas homenageando a mulher que é um ícone argentino. Não quisemos nos demorar muito por lá, logo fugimos para um delicioso sorvete de doce de leite com brownie (que delícia!) na Freddo, bem em frente a linda saída neoclássica do cemitério. Seguimos a pé para a Floralis Generica, uma escultura metálica com pétalas que se abrem durante o dia e fecham no fim da tarde. Não é algo que eu tenha achado incrível, talvez pelo fato de ela estar envolta por tapumes, tirando um pouco da beleza do conjunto, mas enfim, foi interessante conhecer. Vale reparar no belo prédio da Faculdade de direito , bem ao lado do parque onde ela fica. Próxima parada, MALBA (Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires) – 60 pesos. Fiquei super em dúvida entre visitar este ou o Museu Nacional de Belas Artes, ambos tinham obras que eu gostaria de ver. Optei por ele por ter coisas menos conhecidas (pelo menos pra mim, por enquanto) e não me arrependi nem um pouco, o lugar é fantástico! Destaque para o famoso Abaporu da brasileira Tarsila do Amaral e pinturas de Frida, Diego Rivera e Antonio Berni (um dos que trabalhou no incrível teto das Galerias Pacifico). De quebra ainda estava tendo uma mostra sensorial e interativa chamada Experiencia infinita, quem estiver por lá até o dia 08/06/2015 vale a pena conferir! Depois de andar mais um bom tanto, chegamos ao Jardím Japonés. Sinceramente, acho que foi a furada da viagem, o lugar até é bonito, mas achei artificial demais, com pontes, esculturas e ilhas construídas para os visitantes sentirem um clima oriental. Talvez se não tivesse pago absurdos 50 pesos pra entrar, teria sido menos mal, mas fiquei com a sensação de ter perdido tempo (e dinheiro). De lá pegamos um taxi até a feirinha de Palermo Soho, pra quem mora em São Paulo, é bem parecida com a Benedito Calixto, roupas descoladas, objetos de design e arte de rua dividem espaço com vários bares e restaurantes, uma das áreas mais interessantes da cidade! (queria comprar tudo, mas como disse no primeiro post, as coisas estão caríssimas por lá, voltei de mãos vazias rs). Paramos para almoçar no Cronico, me arrependi um pouco da milanesa de soja com fritas que pedi (sim, foi uma viagem gordinha!) mas ainda assim foi gostoso ver a noite cair observando o movimento do lugar. Caminhamos até a estação de metrô Plaza Italia (linha B), que é linda, rumo a outra furada, o Museu dos Beatles. Quando encontrei essa dica achei demais pois o Dani é super fã da banda, mas a real é que o museu do colecionador Rodolfo Vásquez é caríssimo (70 pesos!) e expõe basicamente objetos temáticos como jogos, brindes, brinquedos, réplicas e cópias de documentos. Pra não ser injusta, tem coisas interessantes como discos autografados e um tijolo do lendário Cavern em Liverpool, aliás, há um bar anexado ao museu, chamado The Cavern Club, a ideia é que ele fizesse referência ao original, mas digamos que pra quem já esteve lá, este aqui não retrata minimamente o estilo nem o clima do lugar. Não recomendo a visita ao museu, mas valeu por conhecer o Complejo La Plaza, onde ele fica, uma galeria a céu aberto com várias salas de teatro e restaurantes que é massivamente frequentada por moradores (aliás, tem muito teatro naquela cidade, muito mesmo!). E assim terminamos mais um dia cheio e delicioso! Achei que conseguiria condensar aqui também o último dia, mas deixa pra próxima! Dia 3 Texto original com fotos e mapa dos lugares: http://http://www.queroirla.com.br/um-aniversario-em-buenos-aires-parte-iii// Enfim, chegamos ao último dia! Começamos por uma caminhada por Puerto Madero, onde ficam a moderna Puente de La Mujer e a Fragata Sarmiento, uma embarcação que servia como navio-escola para a Escuela Naval Militar e hoje funciona como museu. Subimos para o bairro de San Telmo pela Avenida Belgrano, onde começa uma rota divertida de esculturas de personagens de quadrinhos argentinos chamada de Paseo de la Historieta, o caminho continua na Rua Chile até chegar no cruzamento com a Defensa, onde fica a famosa estátua da Mafalda. É óbvio que peguei uma fila cheia de crianças pra tirar minha foto ao lado dela! Bem em frente há uma lojinha cheia de Mafaldices, me controlei muito pra sair de lá só com um imã de geladeira (os preços absurdos ajudaram). Aos domingos, na própria Rua Defensa (que é enorme) funciona uma feira de antiguidades, souvenirs e afins, meio ao estilo Embu das Artes. Prepare-se, é bem lotado! Encontramos uma barraquinha na rua vendendo uma cerveja não absurdamente cara e pegamos uma pra ir tomando no caminho, era bem gostosa, chama Isenbeck e o lugar é o Debar. Continuamos até o fim da feirinha e seguimos em frente pois eu tinha colocado no roteiro a Igreja Ortodoxa Russa, vi umas fotos e fiquei super curiosa pra conhecer, mas chegando lá, estava fechada! Enfim, não vale a caminhada, mas a fachada já é bem bonita! Pensando no próximo longo trecho que iríamos andar (até o bairro de La Boca), resolvemos parar pra comer alguma coisa. Encontramos o restaurante Da vinci, sua decoração é bem interessante, tudo fazendo referência ao mestre renascentista italiano, nos pareceu um lugar mais frequentado por locais (o que preferimos) e tem empanadas maravilhosas (humm, só de lembrar me dá água na boca!), além de uma entrada com uns pãezinhos deliciosos! Todos dizem que não é muito interessante andar pela região de La Boca, de fato não é mesmo muito bonita, mas não me senti insegura por lá (de dia, à noite a garçonete do restaurante nos falou que realmente é meio perigoso). Passamos pelo estádio do Boca Juniors, o famoso La Bombonera, onde teria um clássico mais tarde, o clima estava bem legal, famílias, crianças e muita segurança. É possível visitá-lo mas não era nossa ideia, seguimos para o cartão postal da cidade, o Caminito. Vou ser super sincera, achei o lugar bem sem graça! Até é bonito, tem seu charme, tem casinhas coloridas… mas é tão, mas tãooo turístico que pra mim perde o sentido. A ideia de restaurar o local que inspirou o famoso tango homônimo, foi do artista Quinquela Martin, morador do bairro que o transformou as duas pequenas ruas do Caminito em espaços artísticos. Hoje o lugar é basicamente composto de restaurantes (caros) e lojas de souvenirs. Para voltar de transporte público ao centro, tivemos que entrar num lugar como uma garagem de ônibus e comprar nosso passe num guichê lá no fundo, meio estranho. Você paga proporcional ao trajeto, até a Plaza de Mayo pagamos 6,50 pesos por pessoa. Antes de voltar ao hotel passamos num mercadinho para comprar alguns vinhos, alfajores (compramos algumas variedades da marca El Cachafaz, recomendo o tradicional e o de maisena, mas não muito o mousse) e doce de leite (levamos o La Serenissima, que sei que é bom)! À noite quis conhecer um lugar que nunca tinha ido na vida, um cassino! Escolhemos o Casino Buenos Aires, em Puerto Madero, que funciona dentro de dois barcos ancorados no Rio da Prata, não cobra entrada e tem transfers que buscam os apostadores em dois pontos da cidade. A experiência foi engraçada, primeiro só observamos, atônitos, as roletas e mesas de pôker, as pessoas apostavam bolos de dinheiro e muitas vezes perdiam tudo em questão de segundos, super bizarro! Depois fomos para as salas de caça-níqueis, e ali o que víamos eram senhoras frenéticas apertando botõezinhos sem nem perceber o tempo passar. Escolhemos “brincar” nestes, que eram mais simples e menos arriscados, e acho que tivemos a famosa sorte de principiante, pois entre perdas e ganhos faturamos uns 50 pesos (ok, não é nada, mas foi uma primeira experiência feliz). Confesso que é meio tentador ficar horas jogando, você sempre acha que vai recuperar aquilo que perdeu e assim vai, mas conseguimos parar enquanto estávamos positivos rs. Paramos pra jantar no La Clac, na Avenida de Mayo, outro restaurante não-turístico que gostamos bastante. Nem aprovei tanto a comida, mas o lugar era super interessante, todo cheio de quinquilharias penduradas, móveis antigos e até uma sala de teatro onde rolam espetáculos de vez em quando. No dia seguinte foi acordar e ir embora. Pedimos o taxi pelo hotel (deu preguiça de passar umas 2h no ônibus), que deu o mesmo preço do aeroporto, e partimos de volta pra São Paulo.
  12. Relato original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/de-passagem-por-salvador/ Uma viagem para Morro de São Paulo tem que começar de algum outro ponto da Bahia, normalmente a escolha é por Ilhéus ou Salvador. Nossa opção para esta segunda vez na ilha foi a capital baiana, chegamos ao Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães por volta das 15h de uma quinta-feira para passar a noite na cidade e na manhã seguinte partir para o nosso esperado destino. Um ônibus de quase 2h faz o trajeto Aeroporto-Praça da Sé (na verdade esse é o nome da linha mas ele não para exatamente lá, cuidado!) por R$3,50, mas se quiser algo mais rápido ou confortável existem ônibus que vão direto ao centro, se não me engano por R$30,00. Como a ideia era só passar a noite, busquei uma localização estratégica para aproveitar as poucas horas que teríamos na cidade e ao mesmo tempo ficar próximo ao local onde pegaríamos o catamarã no dia seguinte. Esse lugar é a Praça da Sé, entre o Pelourinho e o elevador Lacerda, que desce para o porto de onde saem os barcos para Morro. Se seu objetivo for esse, é uma boa opção, porém, nunca, jamais fique no hotel que ficamos! Ele se chama Arthemis, ocupa o último andar de um prédio bastante suspeito, tem um café da manhã extremamente razoável e o pior, o inaceitável, um banheiro deplorável! Eu não sou fresca, estou bastante acostumada a ficar em pousadas e hostels super simples, mas esse não dava! Até sabonete usado tinha no lugar, e o preço nem era tão bom assim. Mas enfim, tudo tem seu lado bom e nesse caso o ponto positivo era essa vista espetacular! Seguimos até a Praça Thomé de Souza onde fica o lindo prédio da Prefeitura Municipal e o cartão postal da cidade, o elevador Lacerda. Eu imaginava que ele tivesse uma vista panorâmica ou algum atrativo, mas é mesmo “só″ um meio de transporte para ir da parte alta à baixa da cidade (e vice-versa), o valor é R$ 0,15. Já lá em baixo, passamos pelo Mercado Modelo (não entramos mas dizem ser um bom local para comprar souvenirs) e paramos no prédio logo atrás para comprar a passagem do dia seguinte, mas como já estava fechado, voltamos com antecedência no dia seguinte. A viagem não foi nem de longe o show de horrores que dizem por ai, mas conto em detalhes no próximo post. Vou ser muito sincera, minha primeira impressão da cidade não foi das melhores, aliás, foi das piores! Os poucos lugares pelos quais passamos eram bastante sujos e a sensação de insegurança era constante, além dos soteropolitanos, que foram muito menos acolhedores do que esperávamos (do começo ao fim da viagem). Mas nem tudo foi tão ruim assim, além de ganhar esse lindo pôr do sol, eu amei me perder pelas ruazinhas fofas do Pelourinho! Falando do “Pelô”, lá a coisa é bem diferente, policiais estão presentes em cada esquina garantindo a sensação de tranquilidade, mas, como disse o funcionário do hotel que ficamos, há um perímetro onde é seguro andar, algumas ruas para o lado a coisa já se torna meio perigosa (nem fui conferir se é verdade, claro!). O fato é que o lugar é uma graça, ruas de paralelepípedo com fitinhas, igrejas barrocas que ficam maravilhosas iluminadas, casinhas coloridas, lojas de souvenir, bares e restaurantes com aroma de dendê! O ponto mais famoso é com certeza o largo em frente à Fundação Casa de Jorge Amado, onde em 1996 Michael Jackson gravou com a participação super especial do Olodum, o clipe da música “They Don’t Care About Us” e com isso internacionalizou o local. Claro que por ser o lugar de maior visitação é também onde tem a maior quantidade de gente tentando te vender colares, pulseiras, fitinhas do bonfim… aquela coisa. Depois de muito subir e descer ladeiras, a fome bateu e fomos procurar uma comidinha baiana pra fechar a noite. Nesse momento acontece uma coisa muito irritante para brasileiros (bom, talvez não com todos, mas os com tom de pele “branco-gelo” como eu, com certeza), as pessoas falam com você em portunhol! Acham que você é gringo e soltam palavras aleatórias do tipo “Brasil… lindo… baratinho”, devagar e bem alto, pra ver se entendemos. No começo é até engraçado, mas depois fica meio chato, enfim, acho que da próxima vez vou tomar um sol antes de aparecer por lá! O restaurante que escolhemos foi o Dona Chika-ka. Mesinhas na calçada, clima agradável, cerveja gelada e uma deliciosa moqueca de peixe com camarão (até o pirão estava uma delícia, e eu não sou a maior fã do quitute!), recomendo! O engraçado foi ver como a coisa funcionava, uma baiana lá em baixo colocava o pedido em uma cestinha que era puxada por outra lá em cima, assim que os pratos estivessem prontos, desciam pelo mesmo sistema, super prático! Rs. O endereço é: Rua do Açouguinho, 10 Sinceramente, acho que não voltaria para Salvador, claro que a cidade deve ter inúmeros lugares interessantes para conhecer, mas acho que nesse caso, a primeira impressão ficou. Relato original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/de-passagem-por-salvador/
  13. Relato original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/o-que-fazer-em-curitiba-especialmente-na-epoca-de-natal/ 1. Jardim Botânico Um dos principais cartões postais da cidade, o Jardim Botânico de Curitiba (chamado oficialmente de “Francisca Maria Garfunkel Rischbieter”, em homenagem à urbanista de mesmo nome) tem como elemento central a enorme estufa de 3 abóbadas de arquitetura art-nouveau, inspirada do Palácio de Cristal de Londres, que abriga diversas espécies de plantas tropicais. Em frente, um lindo jardim geométrico que me remete a um mini-versailles. Além disso há outros cantos muito agradáveis, como o jardim das sensações, um espaço delimitado onde foi criada uma atmosfera propícia para o contato direto com a natureza. O visitante segue uma rota com diversos exemplares de plantas e pode inclusive tocá-las, percebendo assim suas texturas, aromas etc. Informações: Rua Engenheiro Ostoja Roguski – Jardim Botânico – CEP 80210-390 Segunda a domingo | Verão: das 6h às 20h / Inverno: das 6h às 19h30 | Grátis 2. Museu Oscar Niemeyer (MON) Esse é o tipo de lugar que só pela arquitetura já vale a visita. O prédio concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer é popularmente chamado de “olho” e abriga exposição de artes visuais, arquitetura, urbanismo e design. Quando o visitamos em 2012, a exposição principal era sobre o poeta Paulo Leminski, achei incrível o modo criativo como ela foi planejada dentro do espaço todo preto. Outras exposições simultâneas acontecem espalhadas pelas 12 salas expositivas. Uma dica, o bar e restaurante “Barolho”, que fica na esquina em frente ao museu tem um ótimo custo benefício, a comida é boa e o preço escelente! Informações: Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cí́vico – CEP 80530-230 Terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 6,00 inteira / R$3,00 para professores e estudantes / Grátis para menores de 12 anos e maiores de 60 http://www.museuoscarniemeyer.org.br 4. Ópera de arame Outro ponto obrigatório na capital paranaense, a Ópera de arame é uma incrível construção em aço, metal, vidro e policarbonato, que dão ao prédio circular um aspecto de interação com a natureza, já que ao seu redor fica um grande lago com cascata e muito verde. O espaço foi construído em 75 dias, no local de uma antiga pedreira. É possível visitar parcialmente seu interior, e costuma estar bem cheio de turistas. O café no andar inferior também é bem agradável. Informações: Rua João Gava s/n – Abranches Terça a domingo, das 08h às 22h | Grátis 5. Coral de Natal do Palácio Avenida Curitiba é conhecida como a Capital do Natal, a partir do fim de novembro eles começam uma série de eventos ligados a essa data (que eu particularmente amo!). O principal deles é o coral das crianças de instituições apoiadas pelo programa HSBC Educação. Voluntários chamados de Anjos de Natal as acompanham por um ano em aulas de canto e instrumentos musicais, o resultado é incrível! As apresentações acontecem no Palácio Avenida, e o público lota as ruas para assistir, chegue cedo para conseguir um bom lugar! Ok, confesso que pra muita gente essa descrição pode lembrar aquele coralzinho desafinado da escola, mas garanto que a apresentação é maravilhosa e muito emocionante. A produção conta com efeitos de luz, projeções, fogos e atuações teatrais. Assista o vídeo abaixo para conhecer um pouco desse lado mágico de Curitiba. A decoração de toda a cidade também é caprichada. Informações: http://www.natalcuritiba.com.br 6. Torre Panorâmica Vou ser muitissímo sincera, coloquei esse ponto na lista pois acho que é importante dar a opção, mas honestamente não acho que valha perder tempo aqui, especialmente se este for curto. Encontramos o mirante com alguma dificuldade e ao subir não vi nada de muito atrativo, não sei se pelo fato de me incomodar com mirantes totalmente fechados por vidros, ou de o tempo estar fechado e chuvoso… talvez em um dia de sol seja mais interessante. Informações: Rua Prof. Lycio Grein de Castro Vellozo, 191 – Mercês – CEP 80710-650 Terça a domingo e feriados, das 10h às 19h | R$ 3,50 inteira / R$1,75 para crianças de 5 a 9 anos e maiores de 60 anos / Grátis para menores de 5 anos 7. Bosque Alemão Aqui sim é um ponto onde acho muito válido “perder” umas horinhas! O lugar, como sugere o nome, homenageia os imigrantes alemães na cidade. Localizado na antiga chácara da família Schaffer, dona de uma famosa leiteria, o espaço conta com diversas atrações, como o oratório de Bach que funciona com uma sala de concertos e fica na réplica de uma igreja presbiteriana, a trilha de João e Maria, um relativamente longo caminho em meio à mata verde com painéis ilustrados contando a história criada pelos irmãos Grimm (uma graça!) e o pórtico que reconstrói a fachada de uma das principais obras arquitetônicas da comunidade alemã chamada Casa Milla. Além disso o bosque conta com uma biblioteca chamada “Casa encantada” onde diariamente bruxas e fadas encenam contos para as crianças. Informações: Rua Nicolo Paganini com Rua Schubert (ou Rua Francisco Schäffer) – Vista Alegre Diariamente, das 08h às 18h Claro que há muito mais o que fazer em Curitiba, essas dicas foram baseadas no que fizemos em um fim de semana na cidade. Para se hospedar, recomendo muito o Motter Home Curitiba Hostel, o lugar é uma graça (fotos abaixo), o preço é bom e os funcionários são super gentis.
  14. A experiência de conhecer o Uruguay foi especialmente interessante, pois exceto uma pisadinha no Paraguay e na Argentina em uma viagem à Foz do Iguaçu, quando ainda era criança, nunca tinha viajado para outro país da América do Sul. Chegamos em um sábado de manhã no pequeno e moderno aeroporto de Carrasco. No começo foi engraçado pedir informações pois não falo espanhol (e pra ser sincera, não é uma língua que me agrada muito) e a técnica do “portunhol” soa ridícula demais! Enfim, com o tempo passamos a usar o português mesmo, que eles conseguem entender se falamos devagar, as poucas palavras que sabemos em espanhol e as vezes até alguma coisa em inglês para ajudar. É bem simples chegar ao centro, não acho que seja necessário taxi ou van, a não ser que você tenha muitas malas ou prefira algo mais confortável. Bem em frente à saída do aeroporto tem um ponto onde passam vários ônibus com os nomes dos destinos finais, no nosso caso pegamos o “Montevideo” mesmo, caso não vá para o centro é só se informar por lá. O valor é 45 pesos uruguaios (R$4,50) e demora menos de 1h. Ah, caso o motorista não abra a porta quando você der o sinal, grite “Puerta!”, funciona como o “Vai descer!” que usamos aqui em São Paulo rs. Escolhemos ficar no Hotel California (claro que eu cantei mentalmente a música cada vez que li o nome em algum lugar! Rs), achei o custo benefício bastante bom! A localização é ótima, paralela à principal avenida e apenas alguns minutos da Cidade Velha (onde tinham algumas opções menos caras mas pelos comentários no Booking.com não é uma região muito segura à noite.). Sábado a tarde e domingo quase tudo fecha na cidade (inclusive casas de câmbio e locadoras de carro), então caminhamos pela avenida 18 de Julio até o Teatro Solís, que fica aberto. A primeira parada foi na Fuente de los Candados, a tradição é a mesma de alguns lugares da Europa, como a Pont des Arts em Paris, onde casais colocam cadeados com seus nomes para que o amor seja eterno. A arquitetura da capital Uruguaia me chamou muito a atenção, a mistura de estilos arquitetônicos do moderno com o antigo é muito interessante, vale parar alguns minutos diante de alguns prédios só para observar todos os detalhes. Inclusive um dos melhores lugares para notar esse contraste é chegando na Plaza Independencia, onde se encontra o Palácio Salvo, um dos prédios mais lindos de Montevideo, que funciona tanto para escritórios quanto para fins residenciais. Essa praça, que tem como monumento central uma homenagem ao general José Artigas, divide a área central e a Cidade Velha. Na entrada da área mais antiga da capital está a Puerta de la Ciudadela, único resquício de uma antiga fortaleza que protegia a cidade. É bastante interessante pela história, mas não me empolgou muito como ponto turístico. Continuando o caminho, agora já dentro da Cidade Velha, seguimos pela rua Sarandi, onde ficam algumas banquinhas de artesanato, lojas, cafés e restaurantes. A Plaza Constitución, que abriga uma feira de antiguidades, é a mais antiga da cidade. Logo em frente está a Catedral Metropolitana de Montevideo. Na rua da catedral há um lugar chamado Café Brasilero, havia lido em alguns lugares como algo imperdível mas quando cheguei lá não me empolguei em entrar, não sei se seria diferente de qualquer outro café. Finalmente chegamos ao nosso destino, o Teatro Solís. Às 16h há uma visita guiada por 50 pesos (R$5,00), três jovens funcionários super simpáticos nos apresentaram, em português, aos pontos mais importantes do local. Com certeza a sala principal de espetáculos é a parte mais incrível, inclusive suas cadeiras são feitas com uma tecnologia brasileira que se auto-destrói em caso de incêndio para que o fogo não se espalhe. Os guias contam a história do teatro e curiosidades como essa numa visita que dura aproximadamente 1 hora. A Cidade Velha também é um pólo interessante de arte de rua, eu como apaixonada por grafites, não resisti e tive que registrar alguns. Como em outubro o sol se põe lá pelas 20h, aproveitamos para caminhar mais um pouco pela Cidade Velha. Entramos para conhecer o famoso Mercado del Puerto (onde estava passando um Palmeiras x Corinthians na TV!), a estrutura é semelhante ao Mercadão de São Paulo, porém dentro (e ao redor) funcionam diversos restaurantes, mas achei bastante caro. Aliás, comer e beber em Montevideo não é exatamente uma pechincha. Acabamos parando para uma cerveja em um simpático café + loja de design chamado Sinestesia, que fica pelos arredores do mercado. Descemos então para a Rambla (avenida que beira o Rio da Prata) e encontramos um lugarzinho para admirar o fantástico pôr-do-sol entre os uruguaios com suas cuias de chimarrão (todos eles vivem tomando seu chimarrão, em qualquer lugar, à qualquer hora). Como a viagem foi para comemorar o aniversário do namor(i)do, fomos procurar um lugar legal para jantar, pegamos a dica da Avenida Dr. L. A. de Herrera, no bairro de Buceo e fomos de ônibus até lá (uma curiosidade sobre os ônibus, geralmente eles deixam tocando música ou notícias, é como se o motorista tivesse no carro dele, aumentando e diminuindo o som de acordo com seu gosto, chega a ser engraçado! Rs). Bom, essa rua tem diversas opções que parecem bem legais, escolhemos o Barba Roja, uma mistura de bar e restaurante. A dica aqui é, peça um prato para 2, sério, o tamanho deles é realmente absurdo, dá até dó pois não conseguimos comer nem metade. No segundo dia fizemos um bate e volta em Punta del Este, mas isso será assunto para outro texto. Era domingo de eleições por lá também e foi muito interessante ver o comportamento deles em relação a isso. Desde que chegamos no aeroporto, vimos pelo caminho bandeiras, propagandas, muros pintados, manifestações (pacíficas), enfim, a cidade respirava campanha política. Quando voltamos ao hotel, passando pela 18 de Julio, ficamos impressionados com a festa! Já haviam saído as parciais e o sucessor de Mujica (o atual presidente, que na minha opinião é um exemplo a ser seguido) ganharia. A impressão que dava é que eles realmente estavam felizes e satisfeitos com sua escolha, que tinham confiança no partido que apoiavam, e não eram apenas os mais velhos, crianças e muitos adolescentes e jovens comemoravam efusivamente, o clima era leve, de alegria e paz. Olhando tudo aquilo fiquei com inveja (no bom sentido), eu gostaria muito de poder apoiar um partido que me representasse desta maneira. No fim da noite, caímos sem querer no Facal, um café-restaurante em frente à fonte dos cadeados que diz ser o mais antigo da cidade. Recomendo muito comer as empanadas de lá, são deliciosas! Além delas, outra iguaria típica do país é o Chivitos, que não passa de um sanduíche com diversos recheios para escolher, como não como carne, não posso dizer se é algo que vale a pena ou não. No dia seguinte começamos pelo Mirador de la intendencia, um mirante 360º que fica no último andar do prédio da prefeitura e é de graça, basta retirar a entrada no centro de informações turísticas que fica bem em frente. De lá seguimos para o Parque Rodó, bastante agradável e bem cuidado. Nossa ideia era continuar a pé pelas Ramblas até a Playa Pocitos, mas o calor estava insuportável e foi realmente impossível completar o trajeto, acabamos conhecendo apenas a Playa Ramirez e passando em frente ao Memorial del Holocausto. Não dá pra ir embora sem trazer na mala vinhos e alfajores né? Então pegamos a indicação do Ta-ta, um mercado barato onde encontramos bons vinhos por uma média de R$15,00 e uma infinidade de opções de alfajores e doces de leite, ficamos com os da marca Lapataia, indicação de uma brasileira (e são mesmo muito bons!). Esse é o tipo de viagem diferente que é possível fazer em um fim de semana, fique de olho nas promoções de passagens aéreas e vá aproveitar toda a simpatia do Uruguay. Texto original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/uma-escapadinha-para-montevideo/
  15. Muita gente me pergunta “nossa, por que Brasília?”, e confesso que até conhecê-la também não tinha muitas expectativas. Mas, o namor(i)do sempre quis conhecer a cidade, então resolvi dar um presente diferente no natal, comprei nossas passagens! Fomos em um fim de semana e achei suficiente para conhecer o básico da nossa árida capital. Prepare-se, você vai depender muito de um GPS pois é extremamente difícil se localizar em ruas com nomes como W3, QL-10, L2, e ainda dividir tudo isso em asa norte e asa sul… é verdade que 90% da parte turística fica em uma única avenida, mas fora isso, o resto é bem confuso. Chegamos na sexta já de noite e pegamos a referência de uma rua com bares e restaurantes, mas nos perdemos tanto que no fim nem sei se caímos na rua certa rs, o fato é que encontramos um lugar incrível chamado Respeitável Burger, o ambiente é todo inspirado em elementos circenses e a comida é uma delícia, recomendo muito! Depois fomos dar uma olhada na cidade a noite, além de linda, com todos os prédios e monumentos iluminados, é uma ótima hora para fotos pois tudo fica quase vazio. No dia seguinte, procurando uma padaria qualquer, caímos sem querer na Daniel Briand Pâtissier. Meu lado econômico quis procurar outro lugar mas não resisti ao aconchego das mesinhas no jardim e principalmente, ao croissant! Acho que vale a pena para um café da manhã especial, uma vez na vida… Começamos nosso roteiro no Santuário Don Bosco. por fora é apenas um caixote de concreto sem grandes atrativos, mas ao entrar, é fascinante! Forrado do chão ao teto por vitrais em tons de azul e roxo dando uma impressão de estar dentro de um céu estrelado, e pra completar, um enorme lustre de vidro (que você pode pagar para ver aceso ou voltar após as 18h). Não consigo entender como este lugar não está entre as principais atrações de Brasília! Saindo de lá, seguimos para a Catedral Metropolitana. A catedral, desenhada por Niemeyer, é incrível por fora, rodeada por um espelho d’água, pelos sinos espanhóis e pelo conjunto de esculturas “Os quatro evangelistas”, e por dentro, com os vitrais azuis e verdes de Marianne Peretti dando a sensação de ondas d’água refletindo no interior todo branco. Anjos pendurados no centro, quadros e esculturas (inclusive uma réplica de Pietá micromilimetricamente igual a original, abençoada pelo papa João Paulo II) completam o conjunto. Demos uma rápida olhada por fora no Museu Nacional e na Biblioteca Nacional e seguimos pela Esplanada dos Ministérios até chegar a Praça dos Três Poderes é lá que se concentram, entre outras coisas, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e claro, o Congresso Nacional. Além disso várias esculturas como a simpática “Os Candangos” e por fim, o Panteão da Pátria, visitamos este último que é bastante rico ao contar a história política do nosso país. Seguimos para uma visita guiada no Congresso Nacional, achei que seria um pouco cansativo mas foi bem interessante, até pra entender melhor como as coisas funcionam por lá. O prédio é todo decorado com obras de Athos Bulcão e Marianne Peretti (aliás, esses dois + Niermeyer e Lúcio Costa são responsáveis por quase tudo que há em Brasília) e passa por alguns lugares bem interessantes como os plenário da câmara e do senado, onde adorei saber da curiosidade que os desenhos sob o carpete são feitos pelo faxineiro com o aspirador de pó! Fomos até a Torre de TV, de onde se tem a vista panorâmica da cidade, mas estava em reforma, de qualquer forma tem uma simpática feirinha ao seu redor, bom lugar pra comer alguma coisa rápida e barata. Pra terminar o dia, fomos curtir o visual do lago Paranoá no Bar do Alemão, uma delícia! No dia seguinte, depois de muito rodar atrás de uma padaria (todas fechadas aos domingos!), seguimos pelo Eixo Monumental em direção ao Memorial Juscelino Kubitschek, o plano era entrar mas achamos que por R$10,00 não compensaria (Já que a maioria das coisas é de graça). Em seguida fomos para um ponto quase nada turístico, o Parque Burle Marx com sua Praça dos Cristais, é interessante, mas dispensável se o tempo estiver curto. O próximo ponto foi o Parque da Cidade, e esse vou ser bem direta, nem perca seu tempo! Terminamos a viagem no lugar mais agradável de Brasília, o Pontão do Lago Sul é como um clube, com alguns restaurantes, bares e um agradável caminho verde pra ficar admirando a Ponte JK e uma incrível lua cheia ao anoitecer (com um chopp IPA da cervejaria Devassa fica ainda melhor!). Algumas informações úteis: Santuário Don Bosco: SEPS 702 Bl. B s/n° – Asa Sul | Grátis Catedral Metropolitana de Brasília: Esplanada dos Ministérios – Lote 12 | Grátis Visita ao Congresso Nacional: Diariamente, das 9:30 às 17:00 com saídas guiadas a cada 30 minutos | Grátis Panteão da Pátria: Praça dos Três Poderes | De terça à domingo, das 09:00 às 18:00 | Grátis Memorial Juscelino Kubitschek: Eixo Monumental – Lado Oeste, Praça do Cruzeiro | De terça à domingo, das 09:00 às 18:00 | R$10,00 Texto original e mais fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/brasilia-nossa-capital-e-muito-mais-interessante-do-que-parece/
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