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  1. Continuando a postar relatos antigos e que foram sonegados aos mochileiros segue a postagem sobre a minha viagem pela Carretera Austral pelo Chile. Como minha viagem anterior, sempre tem enroscos e problemas. Desta vez por poucos quilômetros eu quase não volto mais e quase ferrei o motor. Como dá outra vez não é uma relato com detalhes sobre preços e tals. Gastei sempre o mínimo possível com alimentação e hospedagem. Devo ter almoçado em restaurantes umas 4 vezes a viagem toda. Portanto não posso dar muitas dicas sobre a alimentação na Carretera. O caso é que eu sempre perdia a hora de almoço e quando lembrava já tinha passado a cidade mais próxima. Ai tinha que lanchar o que tinha no carro mesmo. Aliás esta viagem foi um belo SPA pois de 98 Kg no início eu voltei com 92 apenas Levei de novo todo o equipamento de camping que acabou indo passear apenas. A Ranger se portou muito bem na estrada e se não fosse por negligência minha não teria dado problema com o arrefecimento e queimado a junta do cabeçote no final da viagem. Pura burrice. Fui sozinho porque meu tio não pode me acompanhar aquele ano e também porque a outra pessoa que tinha me garantido que ia junto deu pra trás um mês antes. Assim achei melhor seguir sozinho do que esperar mais um ano para ver se conseguia companhia para a empreitada. Mas vamos aos relatos. 1º DIA – 22/12/2013 – DOMINGO. De Curitiba a Quarai - RS / Artigas – Uruguai – 1150 km Saí de Curitiba as 5:25 h debaixo de uma garoa fina e chata que me acompanhou até União da Vitória mais ou menos. O calor começou a chegar e por volta das 8 ou 9 horas e pegou pesado. Acho que deve ter ficado uns 30 graus ou mais. Como estava viajando sozinho fui dando paradas a cada 2 ou 3 horas para esticar o esqueleto. A estrada pelo interior tem muitas curvas, mas tem trechos bem tranquilos em que se pode desenvolver 100 a 110 Km/h (GPS) numa boa. Acabei não almoçando hoje, comi pão de queijo, amendoim japonês e frutas secas. Quando parei num posto para almoçar achei muito caro (era chique) R$ 21,00 o bufet livre. Quando cheguei a Quarai estava iniciando a hora do agito de domingo na praça central. Os carros iam parando em volta da praça e deles saiam os jovens com cadeiras de praia, coolers de cerveja e se abancavam na grama esperando a galera ficar desfilando com seus carro e com o som alto. Coisas do interior do Brasil. Mudei roteiro inicial e vou entrar no Uruguai pra fazer umas comprinhas básicas. Depois entro na Argentina por Salto UR / Concórdia AR.
  2. Após a minha última aventura quando fui sozinho para a Carretera Austral no Chile eu fiquei sem viajar nas minhas férias seguinte. Sou professor e sempre tenho férias em dezembro/janeiro. Fiquei os 45 dias de férias triste e desanimado. Eu vendi a minha Ranger pois ela estava com um problema que poderia estragar o motor. Em seguida eu comprei a minha Toyota Hilux SW4 4Runner 2.7 a gasolina em outubro. Fiz a revisão inicial, troquei os pneus e isso tudo deu uns 5 mil. Não poderia viajar sozinho naquelas férias. Tentei de todo modo buscar companheiros para a viagem, porém não consegui. Ainda bem que não consegui... Um mês depois das férias o motor da Toy queimou a junta do cabeçote como que por mágica. Em nenhum momento ele ferveu ou esquentou a ponto de acontecer isso. Arrumei o problema e lá se foram mais $$$$$. Em julho coloquei um anúncio no grupo de professores do Parana do facebook procurando companheiros para a viagem. Inicialmente várias pessoas se interessaram, mas uma apenas fechou que iria. Depois essa professora, a Beatriz Goes, conseguiu mais um amigo professor para ir junto, o Edmar Lucas, ambos de Ponta Grossa - PR. A coisa complicou pq em outubro a Toy deu problema de novo. Queimou a junta do cabeçote outra vez. Dai eu ga$$$tei muito mais que da primeira vez para ver se não acontecia novamente. Aproveitei e fiz a embreagem, mandei revisar e limpar o radiador etc. Até o final do ano eu praticamente zerei tudo o que pudesse dar problemas na Toyota. Em outubro coloquei um anuncio aqui no Mochileiros para achar mais um companheiro de viagem. Em novembro apareceu o santista Adriano Lizieiro e fechamos o grupo. E para melhorar mais ainda, O Glauber e a Érica com sua Chevrolet S-10 a gasolina se juntaram a nós para formarmos um grupo de duas viaturas na viagem. Muito mais seguro. Isso me ajudou muito quando tive um problema na Toy. Saímos no dia 28/12/2015. Segue o relato.
  3. Saudações mochileiros, principalmente aqueles que querem viajar de carro. Não tive tempo de relatar minha viagem de carro de Belo Horizonte ao Atacama realizada em setembro de 2017, mas aqui vai minha contribuição. Após várias pesquisas aqui no site e com a ajuda de várias pessoas para o planejamento como o grande viajante de carro HLIRAJUNIOR e sua companheira (muito conhecimento e experiência), ao Alexandre e Rosângela do blog VIAJANDO DE CARRO (no qual baseei meu roteiro e pelas dicas providenciais por email), o João Carlos Truppel (Facebook), grande viajante de carro da América do Sul, ao Guilherme Pegoraro (que me enviou uma planilha bacana de roteiro e gastos – descobri um relato dele no blog VIAJANDO DE CARRO), ao blog www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br onde peguei várias dicas e mapas dos passeios. Também à Marisa Belle Bertoldo (relato no blog FELIPEOPEQUENOVIAJANTE) pelas dicas e ao blog MOCHILA CRÔNICA pelas informações. No relato não vou me a ter a pequenos detalhes. Caso alguém tem interesse, pode entrar em contato (far.alan@gmail.com). Agradeço a todos pela disponibilidade e me coloco também a disposição para ajudar a quem pretende realizar esta viagem espetacular. Para quem vai se aventurar de carro pelo NOA ARG e CHI em direção ao Atacama é sempre bom estar com as informações claras e atualizadas. Nesta viagem fomos eu e meu irmão de república da época da faculdade Rômulo. Para quem pretende, é melhor preparar o psicológico, pois a cada dia você está mais longe de casa – mas é muito longe mesmo. Todos os hotéis da ida foram reservados antecipadamente via Booking e a volta íamos escolhendo a cada destino (mas com algumas opções já pesquisadas). Qual carro nós fomos? Punto Essence 1.6 2013/14. Mas dá para ir? Tranquilamente. A viagem foi feita em 17 dias. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS (ARG e CHI) – Dica: organizar pasta com documentos. • Passaporte (agiliza o trâmite nas fronteiras) ou Identidade (com o RG com validade mínima de 10 anos - o seu comprovante de entrada e saída dos países será um ticket estilo supermercado, logo se rasgar ou perder vai ter muita dor de cabeça. Com isso recomendo o passaporte). • CNH e muito recomendado Permissão Internacional para dirigir (PID). Não me pediram mas preferi evitar problemas. • CRLV do veículo. • Seguro Carta Verde (Pedi via internet no site Luma Seguros - foi mais em conta do que na minha corretora). • Seguro SOAPEX (comprei no site da HDI Seguros via cartão de crédito – para preencher os dados é necessário o número do motor do carro. Caso tenha dúvida, veja algum vídeo no youtube de como achar o número do motor do modelo do seu carro – lembrando: NÃO é número do Chassi) • Extensão de perímetro do seguro do automóvel (Eu fiz com o corretor do meu seguro. Como o meu seguro cobria o Mercosul, estava tranquilo quanto à ARG, mas os 4 dias no CHI preferir pagar quase 400 reais, pois estaria no meio do deserto e sabe-se lá o que poderia acontecer – melhor prevenir). Dia 1 Belo Horizonte-MG a Marília-SP. Distância média: 880 Km Tempo (com paradas): 11h Saímos cedo de BH e fomos tranquilos até Marília – SP. O dia estava ensolarado, a pista era duplicada e em bom estado. Paramos para lanchar e almoçar no caminho. *No roteiro, defini que os primeiros dias da viagem seriam os mais extensos para poder curtir melhor na ARG e CHI. Com o ânimo de início de viagem e tendo alguém para conversar, ajuda a deixar o cansaço de lado. *Pedágios: Foram 13 pedágios entre BH e Marília com média de R$ 5 (total de R$ 65,70). Hotel em Marília: Almaru Flat Hotel (Muito confortável). Média R$ 150,00 a diária. Já na estrada ainda em Minas Gerais. Final de tarde chegando em Marília-SP. Dia 2: Marília-SP a Puerto Iguazu-ARG Distância média: 710 Km Tempo (com paradas): 11h Saímos cedo. O dia estava ensolarado e a estrada era pedagiada e em bom estado. Fomos para Foz do Iguaçu, onde trocamos reais/dólares por pesos argentinos em um shopping. Abastecemos e depois cruzamos a fronteira no mesmo dia para Puerto Iguazu. Na travessia, geralmente tem uma pequena fila de carros (depende da época e horário que você estiver atravessando). Já separe os documentos (passaportes e do veículo, abaixe os vidros e acenda as luzes internas (se for noite) pois geralmente eles dão uma olhada geral nos passageiros para ver quantos são e se condizem com os documentos. Nossa travessia foi bem tranquila e rápida. Puerto Iguazu é muito legal de conhecer. Preferimos deixar o carro no hotel e sair para conhecer a pé. A cotação estava R$ 1 = PA$ 5. (A cotação que consegui em BH foi 1 dólar = R$ 3,28). *Pedágios: Foram 8 pedágios entre Marília e Foz do Iguaçú com média de R$ 12 (total de R$ 97,40). Hotel em Puerto Iguazu: Hotel Oxum (Simples mas limpo e confortável). Média PA$ 900,00. Na estrada no Paraná. Ainda no Paraná sentido Puerto Iguazu. Atravessando a fronteira em Foz para ARG Dia 3: Puerto Iguazu – ARG a Corrientes - ARG Distância média: 625 Km Tempo (com paradas): 10h Saímos de Puerto Iguazu e o dia estava chuvoso. Seguimos com calma por causa da pista molhada. Na saída, ficamos um pouco perdidos com o GPS que estava indicando a rota pelo Paraguai (estava configurado para menor distância. Mudamos para menor tempo e colocamos a cidade de Posadas como destino). *Dica: De preferência, no GPS coloque sempre uma cidade próxima ao invés de colocar seu destino final do dia. Com isso, você diminui a chance de ficar perdido! Havia algumas barreiras policiais mas apenas uma nos parou (Gerdameria) e perguntou aonde iríamos *Dica: Mesmo indo para o Atacama, sempre falávamos que iríamos para a próxima cidade do nosso destino, pois evitava a suspeita de que estávamos com muito dinheiro e bagagem. Isto funcionou durante toda a viagem sem problemas. As vezes que fomos parados na ARG era apenas para perguntar onde iríamos ou conversar por sermos brasileiros. A maioria era bem receptivo. Não tivemos problemas com a corrupção. Independente disso, levamos o formulário de multa anti-corrupção do governo da ARG. Neste caso, deve ser o último recurso. Passamos por San Ignácio Mini para almoçar e acabou que não fomos às ruínas (vai ficar para uma próxima oportunidade). Nosso destino neste dia foi Corrientes. É uma boa cidade para pernoite. Vale a pena visitar o cassino e a região beira-rio. *Pedágios: Foram 3 pedágios entre Puerto Iguazu e Corrientes: Eldorado PA$ 20,00, Santa Ana PA$ 20,00 e Ituazingo PA$ 20,00 (total de 12 reais). Hotel em Corrientes: Hotel Orly (Bom, limpo e confortável). Média PA$ 980,00. Hotel central com estacionamento a uma quadra). Em Corrientes abasteça e compre lanche reforçado e água: próximo dia de trecho sem muito atrativo para refeições. Observação: Nas cidades das províncias de Missiones, Chaco e Salta durante a tarde, mais ou menos a partir das 14h as cidades ficam vazias depois do almoço até às 17h, parecendo que é feriado (siesta). Após as 17h, tudo volta ao normal e o comércio (principalmente bares e restaurantes) fica aberto até tarde. Ir se acostumando com a rotina das siestas. Na estrada depois da saída de Puerto Iguazu. Na estrada sentido Corrientes. Na estrada sentido Corrientes. Passando por Ita Ibate sentido Corrientes. Fim de tarde sentido Corrientes. Chegando em Corrientes. Corrientes a noite. Dia 4: Corrientes – ARG a Salta - ARG Distância média: 820 Km Tempo (com paradas): 11h Foi um dos percursos mais cansativos. Possui muitas retas e é monótono (pode dar sono). O dia estava nublado, o que ajudou por ser uma região que faz muito calor. Fique atento a animais como cabras atravessando a pista em alguns pontos próximos de cidades. A pista é simples mas boa (não possui acostamento asfaltado). Possui muitos insetos chocando contra o para-brisas (não esqueça de colocar solução de limpeza no reservatório do para-brisas para facilitar o uso). Apesar de ser quase tudo reto durante boa parte do trajeto, não abuse da velocidade. Vá curtindo a viagem e além disso não dê sorte para o azar (nem para a polícia). Saímos de Corrientes sentido Salta passando logo no início por Resistência. Andamos cerca de 700km pela RN 16 (cerca de 8h). É uma região com pouca estrutura e possui cidades pequenas na beira de estrada sem muitos atrativos para lanche (tente levar da cidade de origem). *Muito importante abastecer sempre que o tanque passar de ¾ cheio se seu carro tiver pouca autonomia ou metade se tiver uma boa autonomia (o meu tanque de 60L dava uma média de 750 km). Neste dia paramos em um posto YPF e tivemos que esperar cerca de 40 minutos até o caminhão abastecer o tanque. Os postos ficam mais nas proximidades de cidades, vilarejos (pueblos) e trevo de acesso ao último trecho de 45km para Salta. Quando chega próximo de Monte Quemado (Província de Santiago del Estero) o asfalto fica cheio de buracos e deve-se reduzir bem a velocidade. Tomar cuidado com os veículos contrários que invadem a contramão tentando desviar dos mesmos (você também terá que ir para a contramão, então cuidado ao atravessar para a outra pista e não foque apenas nos buracos). Antes de chegar no cruzamento com a Ruta 9 começa a ter mais curvas e no horizonte começa-se a ver as primeiras montanhas da pré-cordilheira. Após entrar na ruta 9, a viagem já estava bem cansativa, logo redobre a atenção e tente parar um pouco mais para curtir esta região que é muito bonita. Neste momento estava próximo do pôr do sol e a paisagem ficou bem marcante. A chegada de Salta é bem bonita com uma descida espetacular. Chegamos cerca de 19:30. Durante o percurso passamos por alguns postos e blitz da polícia Caminera e Gerdameria. Não tivemos problemas em nenhum, inclusive no posto mais comentado e famoso de Pampa de Los Guanacos. *Pedágios: Foram 2 pedágios entre Corrientes e Salta: Resistência PA$ 15,00 e Makalle PA$ 30,00 (total 9 reais). Na chegada de Salta não havia pedágios (havia lido relatos de que tinha). Havia alguns trechos em obras, logo, no futuro podem haver outros pedágios ou pode ser algum pedágio que existia que estava em reforma. Salta: a cidade possui ótima estrutura turística, com diversos hotéis e restaurantes. A temperatura estava agradável. Achei a cidade tranquila e segura. A noite vale a pena conhecer as famosas peñas (por mais que seja pega-turista, como gosto da cultura, achei muito interessante). Compre folhas de coca seca para mascar ou fazer chá para tolerar melhor a altitude. Próximo dia: começa a melhor parte da viagem. Hotel: Hotel Samka (Bom, limpo e confortável). Média PA$ 920,00. Hotel central com estacionamento. Saindo de Corrientes para cruzar a ponte sentido Resistência. Saindo de Corrientes para cruzar a Ponte sentido Resistência. Reta do Chaco sentido Salta. Esquece, é só reta. Reta do Chaco. Reta do Chaco. Animais na pista próximo a entrada de alguma cidadezinha no norte da ARG. Começam os buracos próximo a Monte Quemado. Primeiras montanhas da pré-cordilheira próximo ao cruzamento com a ruta 9 sentido Salta. Na ruta 9 sentido Salta. Fim de tarde sentido Salta. Em Salta. Dia 5: Passeio Salta Cachi Cafayate Distância média: 360 Km (boa parte em rípio) Tempo (com paradas): 8 h Saímos tarde de Salta (em torno de 11:30) em direção à Cafayate (rutas 68, 33 e 40), passando pela Cuesta del Obispo e Parque Nacional Los Cardones. O dia estava ensolarado e seco. A Cuesta del Obispo é muito linda, com paisagens bem diferentes das nossas (vale muito a pena). A estrada é de rípio e estava boa, com muitas subidas e curvas. Indo devagar, curtindo a paisagem e ouvindo uma boa música fica tudo tranquilo. Pegamos muitos ventos fortes que levantava muita poeira. Ao final do trecho de rípio pegamos um trecho de subida asfaltado em bom estado (a esquerda tinha uma placa do Parque Los Cardones e uma estradinha mas deve-se seguir direto no asfalto (entramos a esquerda e saímos em um lugar que parecia ser de piquenique, muito legal e bonito mas acabou nos atrasando – se sair cedo de Salta vale a pena). Depois tem uma descida íngreme e sinuosa (nessa hora ficamos meio confusos com o GPS pois mandava sair do asfalto - pode continuar no asfalto que não tem erro) até chegar na reta del Tin Tin, onde paramos para tirar fotos dos cactos gigantes. A região também é muito bonita e diferente. Depois seguimos para Cachi e achamos tudo fechado por causa da siesta. Só conseguimos o restaurante de um clube que fez uns sanduiches de presunto e mussarela. A cidade é muito tranquila. Seguimos para Cafayate (RN40) em estrada de rípio em estado regular. É uma região pouco habitada. Pegamos muito vento e poeira (parecia o fim do mundo, muito diferente). Atentar sempre para a direção que está seguindo no GPS pois as vezes tem alguma bifurcação e não tem placa indicando. Como saímos tarde de Salta, chegamos tarde em Quebrada las Flechas e já estava escuro e não aproveitamos (logo saia cedo de Salta e aproveite). Chegando em San Carlos, a estrada já é asfaltada. Log depois chega em Cafayate. Chegamos cansados no hostel e depois do descanso saímos para conhecer a cidade. É pequena mas muito boa e tranquila. Conhecida como a terra do bom vinho de altitude, onde as principais atrações são suas bodegas. Dicas Levar muita água, roupa corta vento, protetor solar e lanche muito reforçado. É uma região bem inóspita e a falta de água ou alimentação pode levar a uma desidratação ou hipoglicemia e o resgate pode ser muito demorado por ser uma região pouco habitada. Além disso, tem a siesta e caso chegue nestes horários, vai achar a cidade vazia e comércio em geral fechado. Parece cidade fantasma. Entre Cachi e Cafayate, dirija devagar. Não deixe de tomar o vinho Quara uva Torrontés em Cafayate. Ficar atento ao GPS se está configurado como menor distância, menor tempo ou fora de estrada. Quando íamos pegar estrada de rípio muitas vezes mudávamos para menor distância ou fora de estrada. Depende muito da hora, logo é importante estudar e conhecer muito bem todo o roteiro para evitar seguir o GPS e ir por um caminho não programado. Na saída de Salta, configure o GPS para menor distância e cidade: Cachi. Quando saímos configuramos para Cafayate e o GPS nos direcionou para a RN 68 (asfaltada e que não passaria por Cachi). Como já havia estudado o roteiro, ficou mais fácil perceber e corrigir. Vale a pena ficar 2 dias em Cafayate. Quando for embora, saia mais cedo para aproveitar as paisagens da Quebrada de Cafayate. Hotel: Hostel Andino (parece hotel mas é hostel, bem limpo e confortável). Média PA$ 900,00. Saída de Salta sentido Cuesta del Obispo. Por enquanto asfalto. Início da Cuesta del Obispo ainda asfalto. Ainda asfalto. Início para a Cuesta del Obispo. Ainda asfalto mas depois começa o rípio. Início da Cuesta del Obispo já com rípio. Paisagem no início da Cuesta del Obispo. Rípio na Cuesta del Obispo. Cuesta del Obispo. A estrada clara ao fundo é de onde viemos. Cuesta del ObispoPercorre-se todo a estrada de rípio até em cima. Imensidão. Depois do rípio da Cuesta del Obispo nesta placa deve-se seguir direto no asfalto para chegar ao Parque Nacional Los Cardones. Na placa a esquerda tem uma estrada de rípio que dá em um lugar bem bonito no meio do nada chamado Valle Encantado - mas não é sentido Los Cardones – se sair cedo de Salta vale a pena conhecer). Se virar a esquerda na placa vai conhecer o Valle Encantado (do asfalto, dá média 7 Km ida e volta). Ao final da estrada tem umas mesas para piquenique. Seguindo no asfalto após a placa sentido Los Cardones. Seguindo no asfalto após a placa vai começar algumas curvas e depois uma descida sinuosa (onde foi tirada a foto). A fina faixa reta na foto é a reta del Tin Tin já em Los Cardones. O embaçado é poeira levantada pela ventania. Los Cardones. Aqui tem um local para estacionar o carro e curtir. Cuidado com outros carros ao atravessar o asfalto. Por mais que seja uma região pouco habitada as vezes passa algum carro. Após Los Cardones, Payogasta sentido Cachi. Em Cachi. Parecia cidade fantasma por causa da siesta. Vilarejo após Cachi sentido Cafayate. Após Cachi pegamos estrada de rípio sentido Cafayate. Muita ventania. Paisagem desoladora, parecia o fim do mundo (veja ao fundo da imagem). Sentido Cafayate. Muita ventania. Paisagem desoladora. Quebrada las Flechas a noite. Uma pena não ter saído mais cedo de Salta. Dia 6: Cafayate – ARG a Tilcara Distância média: 200 Km (até Salta) e 173 Km (até Tilcara passando por La Cornisa) Tempo (com paradas e engarrafamento de acidente): 10 h Cerca de 09:00 seguimos em direção a Salta pela Ruta 68 - asfaltada e em ótima condição. No início tem-se as formações rochosas da Quebrada de Cafayate (Los Castillos, El Obelisco, El Fraile, El Sapo, El Anfiteatro e Garganta del Diablo - todas identificadas). Vale a pena fazer este percurso com calma e apreciar as paisagens e as diferentes formações rochosas. Paramos no restaurante Posta de Las Cabras (ruta 68 - Km 88) para almoçar. É um lugar gostoso para descansar e curtir a calmaria. Cuidado ao pegar o volante após o almoço por causa do sono que pode vir. Seguimos em direção à Salta e de lá pegamos a estreita Estrada de La Cornisa sentido San Salvador de Jujuy para chegar em Tilcara. Em Salta, agarramos um pouco e saímos depois de 14hs. A estrada de La Cornisa é muito bonita e diferente, mas aviso que é muito estreita, logo tem que haver muito cuidado, uma certa perícia do motorista e cautela nas curvas. Tem uns mirantes que valem a pena parar. Pegamos a parte final já escuro. Recomendo sair de Salta no máximo entre 11-12h. Vá com calma para curtir cada detalhe. Depois de Jujuy houve um acidente na estrada e ficamos mais de 1 hora parados com isso chegamos a noite em Tilcara. Tilcara é muito legal de conhecer, um lugar alternativo no norte da ARG. Hotel em Tilcara: Villa del Cielo (muito bom, só fica um pouco distante do centro, mas vale a muito a pena). Média PA$ 950,00. Bônus: O hotel já havia sido eleito um dos melhores que ficamos, mas algo nos deixou ainda mais confiantes. Meu amigo esqueceu uma bolsa com dinheiro no hotel e só constatou no meio do caminho indo para o Atacama. Como conversei muito com a gerente Marisel por email antes da viagem não preocupei muito e fiquei de mandar um email para ela quando chegássemos ao deserto uma vez que iríamos passar por Tilcara na volta. Então, quando chegamos no hotel em SPA, ela já havia enviado um email informando do ocorrido e que a bolsa estava no cofre do hotel à disposição. Combinei que na volta pegaríamos e foi isso mesmo que aconteceu. O atendimento da Marisel é muito claro e honesto. Inclusive no primeiro dia, ao pagar, o meu cartão de crédito não estava passando, então o funcionário ligou para ela (que estava em Buenos Aires) e conversamos a melhor forma de resolver o problema e foi muito tranquilo. (Dica: tente manter um contato mais próximo com os hotéis que irá ficar para facilitar numa situação como esta). Vinícola em Cafayate Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate e formações rochosas. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. El Fraile. Quebrada de Cafayate. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Após Salta já na Estrada de La Cornisa. Estreita e sinuosa mas uma experiência sem igual. Após Salta já na Estrada de La Cornisa. Estreita e sinuosa mas uma experiência sem igual. Dique - La Cornisa Paisagem na Estrada de La Cornisa Parador Posta de las Cabras sentido Salta Praça em Tilcara Dia 7: Tilcara (ARG) a San Pedro de Atacama (SPA) - CHI Distância média: 436 Km Tempo (com paradas): 8 h (considere o tempo que pode ficar na aduana, ficamos quase 1:30. Melhor é estimar em 10 horas para ir com calma. Esta parte é um dos lugares mais bonitos da viagem (coisa que quem só vai de avião nunca vai conhecer). De Tilcara até SPA: asfalto em bom estado e não há pedágio (apenas algumas curvas da Cuesta de Lipán que estão sem asfalto). Tomamos café da manhã e saímos cerca de 8h. Reservamos o dia para a travessia da Cordilheira dos Andes via Paso Jama. Enchemos o tanque um dia antes no posto YPF na saída de Tilcara. Saímos de Tilcara e seguimos sentido Purmamarca. Subimos a Cuesta de Lipán com uma visão sem igual. Depois da subida começa uma descida também sinuosa. Embora o trecho do dia não seja tão longo, reserve o dia todo pois possui muitos atrativos com lugares bonitos, além disso, possui grande altitude (logo o carro perde potência e vai mais lentamente) além de trechos de subidas e descidas sinuosos. Todo o trajeto é tranquilo mas deve-se tomar cuidado (curvas, subidas, descidas e altitude). Quase ao chegar no topo da Cuesta de Lipán (depois de Abra de Porterillos) começa-se a descer uma região bem bonita (todas são). Quando acabam as descidas mais ingrímes começa-se uma parte mais reta e chega-se ao salar Salinas Grandes (não tem como não parar e ver a beleza). A RN52 corta o salar e fica bem interessante. Seguindo adiante, passa-se pelo Salar de Olaroz e de Jama, que também são magníficos (ainda na ARG). Depois vem Susques (um vilarejo bem diferente; na entrada tem um centro de informação ao turista com muitos mapas e catálogos de turismo grátis). Abastecemos para garantir e seguimos em direção à aduana ARG/CHI. Já na aduana, primeiro paramos no posto para completar o tanque e depois loja de conveniência. Depois fomos aos guichês com a documentação, onde faz-se a burocracia de saída da ARG/entrada no CHI (migração). Depois você continua os trâmites em várias cabines ao lado (sanitário onde declara que não leva itens proibidos como vegetais e etc. e para verificar a documentação do carro). Depois um agente vai vistoriar o carro. O nosso apenas pediu para abrir o porta-malas, deu uma olhada e nos liberou (mas vimos carros que tiveram que tirar a bagagem – aí demora bem mais). Depois que você é liberado e recebe o recibo validado, vai com o carro até uma cancela na estrada onde um agente vistoria os recibos de migração e abre a cancela para poder continuar sentido CHI. Aí é uma paisagem mais diferente e impressionante atrás da outra. Sem explicação. Após ver paisagens que mais parece outro planeta por um longo tempo começa-se a descida já próximo a SPA (de 4200m para 2200m em 42Km). Tem que ir com o carro sempre engrenado e não deixar embalar muito (ir freando aos poucos para os discos de freio não esquentarem e perderem o atrito). Por segurança mantenha baixa velocidade durante a descida. NÃO UTILIZE O FREIO CONSTANTEMENTE EVITANDO O SUPERAQUECIMENTO. Observação: *Com as altas altitudes você vai perceber o carro perdendo potência, mas é normal. Fique atento também quanto aos sintomas da altitude. *Agasalhe bem pois nos pontos mais altos do percurso a temperatura pode chegar a temperaturas negativas. *Nos lanches que são levados, se tiver frutas e vegetais terá que jogar fora antes da fronteira; inclusive você consegue ver várias coisas jogadas antes da fronteira. Água e refrigerante fechado não tivemos problema. *Na parte de documentação pegamos agentes educados e prestativos mas também pegamos um sem paciência. Então sempre esteja com a sua documentação e a do carro em mãos para agilizar. Seguimos sentido SPA pois tínhamos que chegar antes das 16h para pagar o Tour astronômico da Space Orbs. Chegamos um pouco antes e fomos direto acertar e depois procurar o hotel. (É necessário fazer o pagamento até as 15h00 do dia para confirmar o tour, porém combinei antes por email a necessidade de um prazo um pouco maior justificando a travessia da fronteira neste dia e a agência aceitou). SPA é uma cidadezinha diferente, parecendo o velho oeste moderno em outro planeta. Não vou me ater aos detalhes pois aqui nos mochileiros já tem muitos relatos e informações sobre a cidade. Acho importante dizer que no início você fica meio perdido sem saber como funciona o trânsito. Então, antes de entrar em alguma rua, veja se já tem carros e qual o sentido que eles estão para evitar maiores problemas com os Carabineros do Chile. Sempre via carros da polícia na cidade e região. Depois achamos o hotel que havia reservado (Geisers del Tatio). Arranjamos as coisas para cerca de 20h encontrar a van da agência para irmos ao Tour. Vale muito a pena. O céu é muito diferente lá no Atacama. Experiência única estar lá no meio do nada e ver o firmamento. (Fizemos a opção em espanhol). Hotel em SPA: Geisers del Tatio (muito bom, cerca de 8 minutos andando do centro de SPA. Boa estrutura. Valeu a pena, embora queria ter reservado o Pueblo de Tierra - melhor custo benefício). Média R$ 1500 as 4 diárias. Tour Astronômico: Agência PC$ 20000 (cerca de R$ 105,00 cada). Dicas *Para o dia da travessia do Paso Jama saia com o tanque cheio pois o consumo de combustível aumenta devido a altitude. De preferência abasteça em Susques e complete o tanque na fronteira. *Conselho: NÃO LEVAR NADA REFERENTE A ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL pois pode atrasar e muito! Além disso podem revistar o carro todo ou multar. *Pesquise ao menos 3 lugares de câmbio na Calle Toconao e faça o câmbio de pesos chilenos (calcule a necessidade média para alimentação, passeios e gasolina de acordo com os dias que vai ficar em SPA). *Importante atentar que o pagamento do hotel em moeda forte (dólar ou euro) pois isenta os turistas estrangeiros (menos de 60 dias no país) do pagamento do imposto IVA, que tem alíquota de 19% no CHI. Paguei no cartão de crédito e obtive o desconto.(Apesar do IOF, é muito mais tranquilo e seguro do que ficar viajando com uma grande quantidade de dinheiro em espécie, uma vez que o hotel tende a ser o seu maior gasto em SPA). Para a isenção tem que apresentar o passaporte ou cartão de entrada no CHI (tarjeta migratória). Veja no site do hotel ou confirme se ele está registrado ano Serviço de Impuestos Internos (SII). *Antes dos passeios em altas altitudes: bastante líquido, refeição leve e evitar excesso de bebida alcoólica. *Pagamento da entrada dos passeios deve ser em pesos chilenos. De preferência, o de restaurantes também, pois com a conversão que eles aplicam você pode ficar em desvantagem. *Recuse troco de notas de dólares velhas ou rasgadas. Tente reservar hotéis ou hostels que possuam estacionamento (algumas ruas não é permitido estacionar). Leve no mínimo 2 L de água por pessoa a cada passeio. *Restaurantes: por volta das 22h00 já começam a fechar as portas. Adição de 10% de propina (gorjeta). *Leve lanche para café da manhã/tarde para os passeios independentes e para os mais longos levar um lanche mais reforçado ou programe um almoço em algum ponto de apoio (Toconao ou Socaire por exemplo). O nosso cronograma básico foi este (a parte de descanso ficou entre descanso e conhecer a cidade): Cronograma Atacama Manhã Tarde Noite Tilcara SPA Tour astronômico Descanso Laguna Chaxa/Ojos del Salar/ Laguna Tebinquiche Descanso Geisers del Tatio Almoço/ Vale de la Luna Descanso Piedras Rojas/Lagunas Altiplânicas Altiplânicas/Socaire Descanso SPA Tilcara Descanso Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Cuesta del Lipán. No alto da Cuesta del Lipán em Abra de Porterillos. Após Abra de Porterillos. Este local também é muito bonito. Sentido Paso Jama. Faixa branca ao fundo - Salinas Grandes Susques Susques Atravessando a Cordilheira dos Andes Atravessando a Cordilheira dos Andes Fronteira ARG/CHI Paso Jama. Atravessando a Cordilheira dos Andes Gelo na beira da estrada. Vulcão Licancabur. Quando avistar está próximo de SPA. Descida de 42 Km sentido SPA SPA SPA Hotel Geisers del Tatio Dia 8: SPA (CHI) A cotação em SPA estava US$ 1 = PC$ 620 (Como comprei o dólar a R$3,28, R$ 1 = PC$ 189). De manhã resolvemos descansar, conhecer a cidade, fazer o câmbio (Calle Toconao), almoçar e fechar o passeio de Geisers del Tatio para a manhã do próximo dia. À tarde pegamos o carro e fomos para Toconao, Laguna Chaxa, Ojos de Salar e por último ver o pôr do sol na Laguna Tebinquiche. É tranquilo de ir seguindo as orientações (www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br) e placas indicativas. Não fomos à Laguna Cejar pois achei que não justificava o preço absurdo que estão cobrando. Para chegar na Laguna Chaxa é bem tranquilo (cerca de 30 min de SPA). Passa se por Toconao e depois tem a placa indicativa para virar à direita numa estrada de rípio e sal em bom estado. Da Chaxa, também é simples ir aos Ojos del Salar que já é caminho para Tebinquiche, onde o pôr do sol é um espetáculo. De Tebinquiche, volta-se já escurecendo mas fica fácil ao seguir os carros das agências. Os passeios valeram muito a pena e é inesquecível o pôr do sol na Laguna Tebinquiche. A noite descasamos para o outro dia de manhã (para os Geisers tem que acordar bem cedo, a van passou no hotel cerca de 05:00). Ingresso Laguna Chaxa: PC$ 5000 (cerca de R$ 27,00). Ingresso Laguna Tebinquiche: $4000,00 (cerca R$ 21,00). Em nenhuma da lagunas pode entrar na água. Toconao Rípio sentido Laguna Chaxa Placa indicativa. Muito bem sinalizado. Laguna Chaxa Laguna Chaxa Placa indicativa. Muito bem sinalizado. Ojos del Salar Laguna Tebinquiche Mudança das cores na Laguna Tebinquiche com o pôr do Sol Dia 9: SPA Geisers del Tatio e Valle de la Luna Resumo do dia: a manhã toda: passeio Geisers del Tatio/povoado Machuca. Almoço em SPA. A tarde: descanso e saída cerca de 15:00 para Valle de la Luna. O horário que a agência agendou para a van nos pegar foi próximo de 05:00. No dia anterior avisamos no hotel que precisaríamos do café com antecedência e eles deixaram tudo pronto e um funcionário inclusive levantou para nos atender no que pedíssemos. Tomamos pouco café no hotel e levamos um lanche (não deixe de levar água também - ao longo do dia vai fazendo muito calor). Estava bem frio e o deslocamento foi um pouco mais de 1 hora até o parque. Leve muita roupa de frio inclusive luvas boas pois as mãos quase congelam e é muito ruim (fui com calça térmica e outra calça por cima além de blusa térmica, uma normal e uma corta vento, duas meias para trilha e luvas - mesmo assim sente um pouco de frio. O pior mesmo foram as mãos). De qualquer forma você faz um sacrifício mas vale muito a pena. O lugar é diferente do que estamos acostumados e te faz lembrar os desenhos animados de infância. Foi muito bom conhecer este lugar. O frio incomoda mesmo só até o sol aparecer (naquele dia foi cerca de 06:40). Depois ficou muito tranquilo (depende da época que você vai). Tomamos um café da agência quando chegamos lá cerca de 06:10 e a temperatura era cerca de 7 graus negativos. Na volta, passamos pelo povoado de Machuca que tinha muitos turistas. *Cuidados: Os poços são demarcados mas evite chegar muito perto. Nunca coloque a mão diretamente nos poços e nem chegue muito perto. Segundo informações do guia já aconteceram acidentes fatais. A temperatura da água pode chegar a 85°C. Geisers del tatio: Agência PC$ 19000 (cerca de R$ 100,00 cada) e ingresso para entrada: PC$ 5000 (cerca de R$ 27,00 cada). Chegamos cerca de 12:00 em SPA e fomos almoçar em algum restaurante. Depois descansamos um pouco no hotel e pegamos o carro e fomos ao Valle de la Luna. . Valle de la Luna É bem perto de SPA. Cerca de 15-20 minutos de carro. Para este passeio leve boné, passe protetor solar, óculos de sol, algo para comer, muita água, roupa leve, bota de trilha ou tênis. Antes passamos na entrada do Valle de la Muerte mas não entramos pois este dia foi cansativo e não daria para fazer os 3 passeios. Seguindo pelo GPS e as placas é bem fácil. O acesso é muito próximo de SPA - cerca de 3km. Depois pega-se uma estrada de rípio. Chega-se na entrada do parque e paga-se o ingresso. Eles dão um mapa e explicam o tempo médio entre cada ponto. Depois de pagar a entrada, com o carro, anda-se uma parte de rípio até ter a parada para as Cuevas de sal. Estacionamos o carro e seguimos um grupo de turistas com guia nas cavernas. É bem legal mas quem não gosta de lugar fechado não vale muito a pena. Eu não tenho problema com isso, mas como tem gente na frente e atrás, você fica um pouco apreensivo. Depois de visitar as Cuevas , pegamos o carro e seguimos até as Tres Marias (cerca de 8 minutos), mas é bem bonito o caminho então paramos muito. Antes de chegar às Tres Marias, do lado direito tem o Anfiteatro. Depois voltamos e paramos em um estacionamento e subimos a pé para a Grande Duna. É uma caminhada de cerca de 10 minutos. Lá em cima cuidado ao ficar nas beiradas dos paredões. Subimos antes do pôr do sol para aproveitar bem a paisagem. Vale muito a pena este passeio. Retornamos para o Hotel antes do escurecer e a cor do ceu é indescritível. Valle de la Luna: Ingresso $3000,00 (cerca R$ 15,00 por pessoa). Geisers del Tatio Geisers del Tatio Geisers del Tatio Geisers del Tatio SentidoMachuca Povoado de Machuca Entrada do Valle de la Muerte Valle de la Luna Cuevas de sal Anfiteatro Três Marias Valle de la Luna no topo da Grande Duna - a esquerda o Anfiteatro sentido Três Marias Pôr do sol no Valle de la Luna Retorno do passeio do Valle de la Luna Dia 10: Piedras Rojas (PR) / Lagunas Altiplânicas (Lagunas Miscanti y Miñiques) e Socaire (nesta ordem). Distância média: 300 Km ida e volta Tempo (com paradas): 9h. Piedras Rojas (PR): Acordamos cerca de 05:00, tomamos café no hotel (avisamos um dia antes o horário) e pegamos estrada. Ainda escuro e frio fomos tranquilo sentido Toconao, Socaire. Após Socaire seguimos sentido Lagunas Altiplânicas. Passamos pela entrada das Altiplânicas (bem sinalizado) e seguimos a estrada direto, sentido Paso Sico. Após a entrada das Lagunas, a estrada de asfalto, após um tempo, vira uma estrada de rípio. Toda a paisagem da região é também indescritível. Não tinha nenhum carro ou van de agência então ficou um pouco estranho, mas uma hora passou uma van de agência e vimos que estávamos no caminho certo. A estrada de rípio estava transitável e não era ruim. Apenas vá com calma e aprecie. Após a entrada das Altiplânicas foi cerca de 35 Km até chegar em Piedras Rojas (GPS -23.91180, -67.69249). Antes da entrada das PR havia umas curvas sinuosas e até passei direto (não vi nenhuma placa, apesar de falarem que tem uma placa a direita com o dizer Salar de Águas Calientes). Então fiquei sem saber onde era, mas como uma van havia nos passado, com o zoom da câmera ficamos procurando e a vimos bem de longe (da entrada até o local é cerca de 1,5Km). O caminho até lá é um pouco ruim mas nada demais, só ir devagar. Não conseguimos parar onde a van estava, então paramos antes e fomos andando até o local. Obs: A entrada para as PR é gratuita. Não tem banheiros. O local estava tão frio que o computador do carro acusou “9 graus negativos. Possível gelo na estrada”! Após curtir e comtemplar muito aquele local magnífico (não faça como muitos que vi por lá, chegam, tiram fotos e saem – sente e curta por muito tempo aquele local inesquecível). Antes de sair, conversei com um guia para saber se as Lagunas Altiplânicas estavam abertas (por causa do gelo, no dia que chegamos houve relatos que estava fechado – logo o local que mais queria conhecer), mas aí o guia falou que estava liberado o acesso. Dica: se for em época de muito frio tem grande chance de não conhecer as Altiplânicas por causa da neve, pois o acesso é de subida até chegar no guarda parque e descida mais íngreme para chegar às lagunas). Lagunas Altiplânicas Voltamos das PR pelo mesmo caminho e viramos à direita no acesso às Altiplânicas. Depois de sair da estrada principal, a estrada de acesso até o guarda parque é muito tranquila (cerca de 8 minutos). Chegando lá, pagamos a entrada e recebemos as instruções. Depois descemos até as lagunas (lá tem estacionamentos e banheiros). A descida estava um pouco molhada e com barro por causa do derretimento do gelo, com isso tinha que ir com mais cuidado. O local é magnífico. Se Deus quiser eu vou voltar. Depois de parar na Miscanti e contemplar, seguimos para Miñiques (parece um quadro)! Acabei perdendo algumas fotos, mas na minha memória ainda estão as paisagens. Saímos cerca de 13:00 e fomos em direção a Socaire para almoçar. Não me lembro muito bem o nome do restaurante mas fica na estrada que corta a cidade. Lagunas Altiplânicas: Ingresso $3000,00 (cerca R$ 15,00 por pessoa). Dica: este dia você vai para um lugar que não tem estrutura, então leve muita água, protetor solar, protetor labial, casaco corta vento, luvas, gorro, chapéu, óculos de sol e muito lanche. Faz bastante frio (e venta muito). Saia cedo para aproveitar melhor o local pois a medida que o tempo vai passando vai chegando mais turistas e fica difícil de aproveitar (como fomos bem cedo teve momentos bem tranquilos sem turistas). Como saí bem cedo ainda está escuro, então tome cuidado na estrada pois acaba sendo mais perigoso. De preferência, leve folhas de coca para mastigar pois o passeio está a quase 5000 metros de altitude. Não ultrapasse as demarcações das trilhas. Respeite a cultura e a preservação do local. Socaire: cidadezinha interessante, povoado pré-colombiano. Paramos na volta para almoçar uma comida típica atacamenha. Depois voltamos para SPA (mais uns 45 minutos). É um dia cansativo mas que vale muito a pena. Piedras Rojas: recomendo colocar as coordenadas no GPS antes de sair para garantir que vai achar. Sobre os Carabineros de Chile Os Carabineros de Chile são muito honestos. Relato duas experiências com eles. Uma foi no dia da volta da Laguna Chaxa, já a noite e na chegada, já dentro da cidade encostei o carro para verificar o GPS para ver qual caminho seguir. Como estávamos vindo da estrada, o farol estava alto e esqueci de abaixar o farol. Logo, vem um carro no sentido contrário e quando fui ver uma caminhonete verde dos Carabineros e o policial já foi logo falando em tom forte: Baja la luz! Baja la luz! Um pequeno detalhe, mas que para eles pode influenciar na segurança dos demais motoristas. Só fiquei com certo medo de querer multar, mas abaixei a luz e disse que tinha abaixado e eles foram embora. Em outro episódio, voltando das Lagunas Altiplânicas, iria parar em Socaire para almoçar e havia uma blitz na estrada principal que corta a cidadela. O policial veio e solicitou a documentação do veículo e motorista. Entreguei logo a PID (Permissão Internacional para Dirigir) para não ter problema e o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo). Ele verificou e começou a anotar algumas coisas num caderninho dele (aí eu fiquei pensando: será que ele vai me multar?). Já fui perguntando: ¿Que eres esto? Aí ele falou que era apenas para controle deles (me pareceu mais alguma coisa sobre estatística - talvez sobre veículos estrangeiros - ou evitar parar um carro mais de uma vez, pois quando fui embora ele já acenou para passar direto). Nesta abordagem, pedi para tirar uma foto do carro dos Carabineros e ele autorizou (é bem diferente), mas acabei perdendo a foto mas não a memória. Se tiver interesse veja no google como são. Estrada asfaltada para Piedras Rojas/Altiplânicas Estrada de rípio após a entrada das Altiplânicas sentido Piedras Rojas Piedras Rojas. Lá na frente fica a estrada de rípio sentido Paso Sico Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Lagunas Altiplânicas Lagunas Altiplânicas (perdi muitas fotos da Lagunas) Retorno das Lagunas Altiplânicas sentido Socaire Dia 11: SPA (CHI) a Maimará (ARG) Aqui termina nossa estadia no deserto, mas não a aventura. Retornamos de SPA para Maimará apreciando as paisagens. Foram muitas paisagens diferentes . No caminho demos carona para um casal de mochileiros argentinos. Foi muito legal a troca de experiência e poder treinar um pouco o espanhol. Paramos muito pois na ida paramos menos por causa que tínhamos que chegar em SPA a tempo de pagar o Tour Astronômico. Na fronteira foi bem tranquilo. Inclusive meu amigo foi atendido e tomou oxigênio no centro médico. Atendimento bem rápido e prestativo. Chegamos em Maimará e fomos ao hospital da cidade pois meu amigo estava sentindo um pouco de mal por causa da altitude. Embora tínhamos o seguro viagem, resolvemos ir no hospital da cidade (público). O atendimento também foi bem prestativo e mediram a oxigenação dele que estava um pouco baixa. A noite fomos a Tilcara para distrair pois Maimará não tem opção a noite. Hotel em Maimará: Posta de Gherard (simples mas o quarto que ficamos estava com um pouco de cheiro de mofo, o que para mim é muito ruim por causa de rinite). No mais atendimento muito atencioso. Sem café da manhã. Média PA$ 600,00. Estacionamento na frente do hotel. Retorno de SPA para ARG Retorno de SPA para ARG Retorno de SPA para ARG Paletas del Pintor – Maimará Cierro Siete Colores - Pumamarca Pumamarca Tilcara Dia 12: Maimará (ARG) a Joaquín Victor Gonzales (ARG) 490 km 08h-17h Distância média: 490 Km Tempo (com paradas): 8 h Saímos cedo de Maimará para conhecer as Paletas del Pintor e depois fomos para Pumamarca conhecer o Cierro Siete Colores e passamos a manhã por lá e almoçamos. Possui muitas feiras de artesanato e é bem diferente. Havia decidido que não iríamos em Humahuaca e Iruya desta vez por falta de tempo (vai ficar apara a proxima). Em Humahuaca tem o Cierro Cuatorze Colores que parece valer muito a pena. Depois do almoço seguimos sentido joaquín Vicotr Gonzales (JVG) onde havíamos decidido que seria nossa pernoite. Na volta da viagem não reservamos nenhumlocal para ficar e achamos uma pousada de um português na beira da estrada principal que corta a cidade. JVG não tem muito atrativo, acho que vale mais como ponto de apoio para pernoite. Sem fotos. Dia 13: Joaquín Victor Gonzales a Resistência Continuação do retorno da viagem. Reta do Chaco sem muito atrativo. Manter autonomia de gasolina e comprar lanche. Resistência é uma cidade melhor estruturada do que Corrientes. Gostei muito de conhecer. Lá vale a pena tomar um chope na Choperia Mosto e tomar café da manhã na lanchonete Cascanueces. Sem fotos. Dia 14: Resistência a Foz do Iguaçu Retorno ao BRA por Foz do Iguaçu. Dia também cansativo mas tudo tranquilo. Demos carona para um venezuelano mochileiro que mora em Bariloche e estava indo para o Rio de Janeiro e nos ensinou muito o espanhol. Antes da travessia da fronteira passamos em Puerto Iguazu para comprar uns vinhos pode vale a pena. Jogar fora qualquer vestígio de folhas de coca antes de atravessar a fronteira pois é proibido no Brasil. A travessia da fronteira foi tranquila. A noite no Brasil te traz uma certa tranquilidade de saber que está em casa. A noite o venezuelano saiu para tomar uma cerveja gelada conosco. Hotel em Foz: Hotel Coroados (simples e preço justo). Média de 135,00 a diária. Sem fotos. Dia 15: Foz do Iguaçu (Cataratas do Iguaçu) Resolvi deixar mais um dia em Foz no roteiro devido a previsão do cansaço acumulado da viagem. É uma boa opção tendo em vista que você pode conhecer as Cataratas do Iguaçú. Já conhecia mas vale muito a pena o passeio. Neste dia também fomos no Free Shop na ARG pois vale a pena para muitos produtos (tente ter uma noção dos preços no BRA mas as promoções de bebidas estavam com preço bom). Ingressos Cataratas: R$ 37,00 mais R$ 20,00 de estacionamento. Próximo dia preparar para pegar estrada. Cataratas do iguaçú. Por mais que seja apenas uma foto vale muito a pena conhecer. Dia 16: Foz do Iguaçu a Marília Neste dia na saída de Foz a Polícia Rodoviária Federal nos parou e deu uma revistada básica no carro, inclusive pedindo para abrir bagagem. Como há um grande contrabando de mercadorias do Paraguai para o Brasil é normal eles pararem neste posto. Não é proibido levar bebida só não vá levar todo o bagageiro de bebidas. O retorno fica mais cansativo com o passar dos dias da viagem. Logo tem que descansar bem e distrair relembrando cada detalhe de uma aventura e experiência que você vai poder contar para as pessoas mais próximas e se Deus quiser para os filhos e netos! Sem fotos. Dia 17: Marília a BH Este percurso foi bem longo e cansativo mas chegamos bem em BH, quase 22:00. Fica aqui o nosso relato e que possa ajudar muito mochileiros que desejam fazer uma aventura dessas. Abraço a todos. Último registro da viagem Dicas gerais da viagem *A média do preço da gasolina na ARG e CHI não estavam muito diferentes do Brasil, porém a gasolina lá é mais pura e rendia mais, logo acho que estava valendo o preço. *De preferência para roupas fáceis de lavar, pois uma viagem longa requer que você constantemente lave algumas peças de roupa para economizar espaço no carro. *Conhça bem o carro que vai e mantenha sempre revisado. *Na nossa saída de Belo Horizonte levamos 2 fardos de 12 garrafas de 500 mL e 1 fardo de 6 garrafas de 1L. Vale muito mais a pena você comprar antes da viagem e levar. Durante toda a viagem no carro há um grande consumo de água. Se for comprar toda essa água no caminho fica no mínimo 4 vezes mais caro. Essa água deu até o segundo dia em SPA sendo que em alguns hotéis a gente reabastecia. Se coubesse tinha levado no mínimo mais um fardo de 6 de 1 L. Logo, tente levar mais. *Segundo a legislação não pode levar bagagem no banco de trás do carro, então tente se programar com um carro que caiba toda a bagagem no porta malas de acordo com o número de pessoas. Algumas coisas levávamos embaixo e atrás dos bancos (motorista e passageiro – cuidado para não rolar para os pés do motorista podendo causar acidentes). Evitávamos colocar mochilas no banco de trás para não ter problemas com a polícia. *Tente prever uma média de gastos em cada país com alimentação, hospedagem e combustível para facilitar a média de dinheiro que será convertido em outra moeda. Caso tenha maior interesse entre em contato. *O carro fica todo empoeirado se for na época de seca, então tem que parar um dia para tentar passar uma pano úmido por dentro para facilitar a viagem (lavar não adianta muito). *Viajei de carro próprio então se for de veículo financiado procure maiores informações. *Na ARG, veículo não pode ter engate traseiro. *De preferência todos os passageiros adultos devem ter uma noção do roteiro e outros detalhes importantes da viagem. *Ande sempre com um galão de água no carro. *Tente reduzir o custo da viagem pegando promoção em sites de reserva de hoteís, levando água e lanches já da sua cidade de origem ou comprando em supermercados. *O preço médio das refeições não estavam muito diferentes do Brasil (embora a maioria dos lugares que comemos você pedia um prato e dava para duas pessoas. *Agende e/ou pague as contas/compromissos (Cemig, Condomínio, Net e outros) do período antes da viagem. Site pesquisados: www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br http://mydestinationanywhere.com/ http://www.fragatasurprise.com/2016/03/San-Ignacio-Mini.html http://www.meumapamundi.com.br https://www.viagemdigital.com.br http://www.phototravel360.com/ http://www.estrangeira.com.br/ http://www.maiorviagem.net/ http://www.portao02.comi http://viajarintenso.com.br http://estradaseuvou.com.br/ http://queimandoasfalto.com.br/ http://www.abrainternacional.com.br/servicos/paises-signatarios/ https://weather.comHYPERLINK "https://weather.com/"/ https://weatherspark.com/ http://maladeaventuras.com/ www.viaggiando.com.br http://apureguria.com/tag/atacama/ https://viajento.com/ https://omochileiro.wordpress.com/2014/12/24/deserto-do-atacama-para-mochileiros-tudo-qHYPERLINK "https://omochileiro.wordpress.com/2014/12/24/deserto-do-atacama-para-mochileiros-tudo-que-voce-precisa-saber/"ue-voce-precisa-saber/ http://www.ruta0.com/ http://www.guiaviagem.org/argentina-clima/ https://www.welcomeargentina.com/purmamarca/caminata_cerroscolorados.html http://viajandodecarro.com.br/ http://www.360meridianos.com/2015/02/purmamarca-e-o-cerro-de-los-siete-colores.html http://mundosemfim.com http://HYPERLINK "http://www.cabostral.com/clima-argentina.php"www.cabostral.com/clima-argentina.php# http://www.pasosfronterizos.gov.cl/complejos_pais.html http://chile.travel/donde-ir/norte-desierto-atacama/san-pedro-atacama/ http://roteirosemais.com/dicas-de-viagem/frases-basicas-em-espanhol-para-viagHYPERLINK "http://roteirosemais.com/dicas-de-viagem/frases-basicas-em-espanhol-para-viagem/"em/ http://aurelio.net/viagem/atacama/ http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/deserto-do-atHYPERLINK "http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/deserto-do-atacama/"acama/ http://www.terraadentro.com/2015/02/21/deserto-do-atacama-de-carro/ https://atacamadecarro.wordpress.com/2015/06/14/trajeto-de-san-pedro-de-atacama-as-lagunas-antiplanicas-e-laguna-chaxa/ Tem muitos mais sites que pesquisei não salvei. http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/sete-motivos-para-voce-conhecer-o-deserto-no-atacama/ http://www.vidavivida.com.br/2010/12/24/deserto-do-atacama-cidades-e-passeios/comment-page-1/ (Cidades norte ARG) http://viajandodeHYPERLINK "http://viajandodecarro.com.br/como-planejar-sua-viagem/combustivel/"carro.com.br/como-planejar-sua-viagem/combustivel/ COMBUSTÍVEL http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/assuntos-consulares/organizacoesHYPERLINK "http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/assuntos-consulares/organizacoes-de-assistencia"-de-assistencia CENTROS DE AJUDA AO TURISTA EM CASO DE NECESSIDADE MAPAS DE COMO CHEGAR EM ALGUNS LUGARES NO ATACAMA http://viagensaamericadosul.blogspot.com.br/2013/08/deserto-do-atacama-mapas-e-gps-viajando.html http://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicHYPERLINK "http://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicas"as http://www.rbbv.com.br/americas/america-do-sul/chile/ Postos YPF http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicioHYPERLINK "http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicio&filtro=ProvinciaES"&HYPERLINK "http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicio&filtro=ProvinciaES"filtro=ProvinciaES COTAÇÕES http://brl.pt.fxexchangerate.com/ars/ http://www.oanda.com/lang/pt/currency/HYPERLINK "http://www.oanda.com/lang/pt/currency/historical-rates/"historical-rates/ http://www.exchangemoney.com.br/novosite/?ref=HYPERLINK "http://www.exchangemoney.com.br/novosite/?ref=mundodeviajante"mundodeviajante http://www.cambiosantiago.cl/?page_id=17 http://g1.globo.com/economia/mercados/cotacoes/moedas/index.html http://blogdescalada.com/saiba-quais-sao-as-vacinas-necessarias-para-viajar-pela-america-do-sul/ (VACINAS) Pesquisa de notas falsas: Blog Viajeibonito e Descortinando horizontes
  4. Antes de criar este relato, olhei a lista de tópicos e vi que praticamente todas a viagens de carro da página estavam com Atacama em destaque. Ainda assim, gostaria de compartilhar minha experiência, tanto para retribuir as dicas e informações que consegui em outros relatos lidos quanto para tentar acrescentar com a minha viagem que teve não teve um único objetivo ou foco, percorrendo diferentes regiões e desfrutando de diferentes níveis de conforto ao longo da jornada. Tentando contextualizar brevemente, eu moro em Presidente Prudente, sudoeste do estado de São Paulo, e minha namorada mora em Cascavel, oeste do Paraná, próximo já de Foz do Iguaçu, terra das Cataratas do Iguaçu e tríplice fronteira com Paraguai e Argentina. Percorro mensalmente essa distância de quase 500km para visitá-la. Também já fiz diversas viagens de carro pelo sul do Brasil. Já fui do Paraná ao Acre numa época em que meus pais moraram por lá. Então, posso dizer que estou habituado com trajetos médios e longos na estrada. Além disso, já aluguei carro em viagens internacionais por EUA, México e Aruba, porém sempre para deslocamentos próximos. Ainda assim, nunca tinha cogitado uma "roadtrip". Foi então que, entre o final de 2017 e início de 2018, buscando um roteiro de férias para março/abril de 2018, eu e minha namorada não conseguíamos ficar satisfeitos com destinos muito "manjados", passando, por exemplo, apenas por Buenos Aires ou Santiago. Começamos a aprofundar a ideia de ir até Santiago e alugar um carro lá para conhecer os arredores, mas queríamos algo mais para o lado de natureza e paisagens. Tentamos simular um "multi-trechos" incluindo Buenos Aires e El Calafate ou Ushuaia, mas os valores e a quantidade de atrações que queríamos conhecer não cabiam em nosso orçamento e nos dias que teríamos de férias. Foi então que, após alguns relatos de amigos locais, pensamos: porque não irmos de carro? E para onde conseguimos ir de carro, com um mínimo de conforto (sem precisa acampar e cozinhar), com um orçamento de uns 10mil reais e com 15 dias de férias, que inclua natureza e paisagens legais? Voltamos àquela ideia de Santiago, mas logo adicionamos o deserto do Atacama! Daí em diante, foram horas, dias e semanas de pesquisa. Consegui muita informação nos tópicos aqui do forum, juntei com algumas coisas de blogs de viagens e finalizei com decisões e escolhas pessoais. Foi aqui que saímos do foco da maioria que concentra a viagem numa região e tentamos colocar alguns contrastes: ver o deserto mais seco do mundo mas ver também o Pacífico pela primeira vez; ficar num povoado com ruas de terra como San Pedro do Atacama e depois numa metrópole como Santiago; se hospedar em hostels ou hotéis baratos na maioria dos lugares mas ostentarmos em hotéis chiques em La Serena e em Mendoza; e por aí vai... Nosso roteiro ficou assim: (ver imagem anexa) OBS: Não consegui colocar todas as cidades relevantes (pernoites/passeios) no mapa pois o Google limita. Mas a lista completa ficou assim: Presidente Prudente/SP Foz do Iguaçu/PR Resistencia/ARG Salta/ARG San Pedro de Atacama/CHI Antofagasta/CHI Copiapó/CHI La Serena/CHI Vinã del Mar/CHI Santiago/CHI Mendoza/ARG Santa Fé/ARG Nos próximos posts, vou relatar cada um dos dias, tentando destacar algo que considerei mais interessante ou que seja uma dica mais valiosa para quem interessar. Foram quase que exatamente 8.000 km percorridos, somando todos os deslocamentos (tanto estrada entre cidades quanto o que rodamos para os passeios etc), feitos em 19 dias, entre os dias 13/04/2018 e 01/05/2018 (feriado do dia do trabalhador) sendo que dois deles viajei sozinho: o primeiro de Presidente Prudente/SP até Cascavel para buscar minha namorada e irmos até Medianeira/PR dormir na casa dos meus pais, e o último fazendo o inverso. Atualizando com uma das fotos mais "sugestivas" que encontrei para resumir a viagem: Salinas Grandes by Elder Walker, no Flickr
  5. Olá pessoal, após a leitura de muitos relatos de viajantes que foram ao Peru de carro ou moto e não tiveram maiores problemas, decidimos encarar uma viagem de carro até lá. Foram alguns meses de preparativos até a definição do roteiro final (que alteramos pouca coisa no decorrer da viagem), no qual pretendíamos visitar os principais pontos turísticos acessíveis com o nosso veículo, procurando realizar uma viagem econômica mas sem passar apertos. Decidimos ir pelo norte da Argentina e norte do Chile, assim passamos novamente por locais já visitados na viagem que fizemos em 2012 ao Atacama http://www.mochileiros.com/atacama-de-carro-video-com-a-filmagem-completa-da-estrada-pelo-paso-de-jama-t75603.html. Dentre os principais objetivos da viagem estavam: Salta, Tilcara, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Iquique, Arequipa, Nasca, Lima, Cusco, Machu Picchu e Puno. Irei fazer um relato para cada dia da viagem, com fotos e gastos com hotéis e combustíveis. Filmei toda a viagem com uma câmera no parabrisa do carro, pretendo colocar em cada relato um video com o trecho percorrido. Nesse primeiro post vou colocar o mapa do trajeto percorrido, os documentos que levamos para cada país e algumas dicas. A planilha de gastos está disponível para baixar como anexo Documentos necessários: Argentina: Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro Carta Verde Chile - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes e seguro SOAPEX Peru - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro SOAT Dica: Não é obrigatório, mas recomendo levar a Carteira Internacional de Motorista (PID). Os policiais olham e já percebem que você está mais preparado. Recomendo levar também o passaporte, agiliza os trâmites na fronteira. Levamos também o manual do carro com o carimbo da última revisão para comprovar que revisamos antes da viagem e o CRLV do ano anterior para as abordagens policiais. Assim quando éramos parados entregávamos a PID e CRLV do ano anterior e deixamos o CRLV atual e a carteira de motorista guardadas para mostrar somente nas aduanas. Além dos documentos, levamos os seguintes equipamentos para o veículo: 2º triângulo, cambão e um kit de primeiros socorros. Nenhum desses itens foram solicitados (nessa e nas outras duas viagens que fizemos pela Argentina e Chile), mas como já tínhamos, levamos assim mesmo. Antes da viagem fizemos uma boa revisão no carro, trocamos o óleo, filtro de gasolina, óleo, ar condicionado, fizemos geometria, balanceamento e alinhamento das rodas e pedimos para dar uma olhada geral na suspensão e freios. Também compramos duas lâmpadas reservas para o farol baixo, já que é obrigatório circular com elas ligadas mesmo de dia nas estradas. O seguro Carta Verde adquirimos pela nossa seguradora, Porto Seguros sem custo adicional. Foi solicitado logo na entreda da Argentina, é possível fazer nas cidades fronteiriças também. Já o seguro SOAPEX para o Chile, emitimos online pelo site: http://www.magallanes.cl/magallaneswebneo/index.aspx?channel=8212 e o pagamento pode ser feito pelo Paypal e você escolhe o período de vigência. O seguro SOAT, obrigatório para o Peru, fizemos em Tacna (La Positiva no endereço Calle Apurímac 201 - 209), mas é possível fazer logo após a aduana de Santa Rosa, que faz fronteira com o Chile. Duzentos metros depois da aduana a direita há uma placa indicando o local onde é vendido o seguro. Por 30 dias pagamos o equivalente a 40 soles. É fundamental fazer esse seguro para não ter problemas nas estradas peruanas. No decorrer dos relatos vamos contando sobre as abordagens dos policiais nas estradas do Peru. O seguro do nosso carro só tem extensão de perímetro para os países do Mercosul e Chile, não conseguimos fazer a cobertura para o Peru, acabamos indo sem. Com relação ao dinheiro, preferimos levar dólares para trocar no Chile e Peru. Para a Argentina, levamos reais e fizemos o cambio na fronteira, a cotação estava AR$ 1,00 = R$ 0,27 ao passo que em Tilcara estava AR$ 1,00 = R$ 0,53. O ideal é trocar todo o dinheiro a ser usado na Argentina logo na fronteira. Para o Chile e o Peru íamos trocando conforme a necessidade. O real tem uma boa cotação am Arequipa, Lima, Cusco e Puno, nos demais locais a cotação estava péssima. Pagamos os hotéis em dólares e fazíamos as reservas pelo Booking durante o decorrer da viagem. No Chile e Peru ao efetuar o pagamento em dólares não é necessário pagar o imposto local os viajantes que ficam menos de 60 dias no país. Na Argentina, estava compensando pagar em pesos, por que na conversão ficava mais barato o hotel. Todos os hotéis que ficamos possuem estacionamento e no decorrer dos relatos vamos colocando o nome, localização e preço na data que ficamos. A viagem durou cerca de 30 dias e percorremos em torno de 11500km. Optamos por ir e voltar pelo Atacama e norte da Argentina por ser um trajeto conhecido e relativamente tranquilo, mas é cansativo ir e voltar pelo mesmo caminho. Segue abaixo os mapas com o trajeto da ida e da volta. Indice de postagens: Dia 01 - 25/12/2015 - Mais dicas importantes e primeiro dia da viagem Dia 02 - 26/12/2015 - De Curitiba a San ignacio[AR] Dia 03 - 27/12/2015 - De San ignacio a Salta Dia 04 - 28/12/2015 - De Salta a Tilcara Dia 05 - 29/12/2015 - De Tilcara[AR] a San Pedro de Atacama[CH] Como chegar ao posto Copec em San Pedro Dia 06 - 30/12/2015 - Passeios em San Pedro de Atacama Dia 07 - 31/12/2015 - Passeio nas Lagunas Antiplánicas Dia 08 - 01/01/2016 - De San Pedro de Atacama a Antofagasta Dia 09 - 02/01/2016 - De Antofagasta a Iquique Dia 10 - 03/01/2016 - De Iquique[CH] a Tacna[PE] Dia 11 - 04/01/2016 - De Tacna a Arequipa Dia 12 - 05/01/2016 - Passeios em Arequipa Dia 13 - 06/01/2016 - De Arequipa a Nasca Dia 14 - 07/01/2016 - De Nasca a Lima Dias 15,16 e 17 - 08-09-10/01/2016 - Passeios em Lima Dia 18 - 11/01/2016 - De Lima a Nasca Dia 19 - 12/01/2016 - De Nasca a Abancay Dia 20 - 13/01/2016 - De Abancay a Cusco Dia 21 - 14/01/2016 - Passeios em Cusco Dia 22 - 15/01/2016 - De Cusco a Ollantaytambo - Vale Sagrado Dia 23 - 16/01/2016 - Machu Picchu Dia 24 - 17/01/2016 - De Ollantaytambo a Puno Dia 25 - 18/01/2016 - Passeio as Ilhas de Uros e viagem de Puno a Tacna Dia 26 - 19/01/2016 - De Tacna[Peru] a Calama[Chile] Dia 27 - 20/01/2016 - De Calama[Chile] a General Guemes[Argentina] Dia 28 - 21/01/2016 - De General Guemes a Corrientes Dia 29 - 22/01/2016 - De Corrientes a Foz do Iguaçu Dia 30 - 23/01/2016 - Ida ao Paraguai e viagem de Foz do Iguaçu a Curitiba Trajeto da ida Trajeto da volta Vídeos das estradas percorridas na viagem, 12000km de filmagens: https://www.youtube.com/watch?v=YONvHjLMuvo https://www.youtube.com/watch?v=AQd5D_jPLTI https://www.youtube.com/watch?v=2_Rhrro_UxA https://www.youtube.com/watch?v=VyrmKHBqEyM https://www.youtube.com/watch?v=msWEf08eEK8 https://www.youtube.com/watch?v=SXT08k1E1MQ https://www.youtube.com/watch?v=Rr_F5LcxRuI https://www.youtube.com/watch?v=Bjxx2GfF4rw https://www.youtube.com/watch?v=_wt0e_PNv6g https://www.youtube.com/watch?v=sBM6Wdcmcr4 https://www.youtube.com/watch?v=O4e877RVuq8 https://www.youtube.com/watch?v=k969QIa3xTM https://www.youtube.com/watch?v=Th_ike28o7Q https://www.youtube.com/watch?v=AtL-UCZhvO8 https://www.youtube.com/watch?v=N1SJV43F1v0 https://www.youtube.com/watch?v=XQMlBuwxplw despesas.xls
  6. Fala ai galera, beleza? Não sou um membro muito ativo aqui no Mochileiros, mas tirei daqui minhas informações básicas para a melhor viagem que fiz em toda a minha vida. Em dezembro de 2017 e janeiro de 2018 realizei um sonho antigo que era o de viajar de carro pela América do Sul. Após 1 ano de planejamento, era hora de pegar o carro e sair por aí. Compartilho com vocês meu relato da viagem e agradeço de forma geral à todos que contribuíram para que isso realmente acontecesse e de modo direto ou indireto contribuiu para esse momento inesquecível da minha vida. Aproveito e me coloco à disposição para responder qualquer pergunta sobre meu roteiro, fique à vontade. Eu fiz meus relatos baseados naquilo que estava vivendo no momento, então eles não obedecem um critério ou roteiro específico, foi realmente aquilo que aconteceu durante minha viagem, então já me desculpo por erros de português, concordância ou divagações, tudo aqui é do coração mesmo. A viagem foi feita junto com minha esposa, Marcela e minha mãe, Dalva. Em alguns dias, minha irmã Camila se juntou à nós. Quem quiser acessar, deixo o blog que escrevi para deixar registrado tudo aquilo que vivemos. Não vou postar as fotos aqui, pois não quero deixar o post muito carregado (já tem muita informação escrita hehe), quem quiser conferir as imagens, elas estão no blog. https://maladaminhamae.blogspot.com.br/ Bom, vamos lá! ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Roteiro Definido! Dia 20/12 estaremos partindo para nossa viagem pela América do Sul, ao todo serão 31 dias de viagem onde esperamos encontrar destinos marcantes, pessoas incríveis e lugares inesquecíveis. Essa viagem foi planejada ao longo de 2017 e pensamos em fazê-la no estilo "low cost", porém, sem passar nenhum "perrengue". Nosso destino final será a cidade de San Pedro de Atacama, mas até chegar lá, vamos dar uma volta por parte do cone sul e depois retornar para Limeira-SP, abaixo seguem as datas de onde estaremos. 20/12 - Limeira a Joinville 21/12 - Joinville a Porto Alegre 22/12 - Porto Alegre a Montevidéu 23/12 - Montevidéu (Colônia del Sacramento) 24/12 - Montevidéu 25/12 - Montevidéu (Punta del Leste) 26/12 - Montevidéu a Buenos Aires 27/12 - Buenos Aires 28/12 - Buenos Aires 29/12 - Buenos Aires 30/12 - Buenos Aires a Neuquén 31/12 - Neuquén a Bariloche 01/01 - Bariloche 02/01 - Bariloche a Pucón 03/01 - Pucón 04/01 - Pucón a Santiago 05/01 - Santiago 06/01 - Vina del Mar e Valparaiso 07/01 - Santiago 08/01 - Santiago a Copiapó 09/01 - Copiapó a San Pedro de Atacama 10/01 - San Pedro de Atacama 11/01 - San Pedro de Atacama 12/01 - San Pedro de Atacama 13/01 - San Pedro de Atacama a Salta 14/01 - Salta 15/01 - Salta a Resistência 16/01 - Resistência a Assunção 17/01 - Assunção 18/01 - Assunção a Salto del Guaira 19/01 - Salto del Guaira a Londrina 20/01 - Londrina a Limeira 20/12 - Limeira a Joinville Hoje iniciamos nossa viagem, saímos de Limeira por volta das 05:30 e chegamos em Joinville as 14:00. Pegamos o trecho novo da Serra do Cafezal que está excelente estado, com exceção de um trecho de menos de 5km que ainda não foi recapiado. Pista com movimento intenso, porém sem congestionamentos e trânsito fluindo normalmente. Tempo nublado o caminho todo, porém, sem chuva. Ao todo foram 3 paradas, 1 para abastecimento, 1 para o café da manhã e a terceira para uma ida rápida ao banheiro. Em Joinville estamos hospedados No Hotel Dois H que fica próximo da BR. Hotel recomendado. Almoçamos num restaurante muito simples em frente ao hotel, chamado Cantinho dos Amigos, comida boa e barata, é servido uma carne à escolha do cliente, com acompanhamento de salada, pão e maionese, recomendo também. A janta foi o que sobrou da costela do almoço com pão e queijo, delícia! Agora é descasar a noite para amanhã bem cedinho sairmos em direção à Porto Alegre 21/12 - Joinville à Porto Alegre Saímos de hotel por volta de 7:30, após um bom café da manhã, como o hotel ficava às margens da rodovia, foi muito rápido o trajeto até a BR. A viagem transcorreu muito bem, sem chuva e o dia que amanheceu nublado, logo abriu. Paramos para conhecer um pouco da cidade de Torres já no RS, conhecemos a praia da Guarita e almoçamos num simpático lugar chamado "Restaurante da Cal", comida boa, com preço melhor ainda, R$26,00 por pessoa com direito à massas à vontade, mais galeto, polenta e maionese. Após o almoço, partimos para Porto Alegre e nos hospedamos no Tri Hotel, bem fraco, com quarto de tamanho bom, porém, com instalações muito antigas e sem conservação Neste dia jantamos um "Xis" no restaurante Cavanhas, lanche gostoso, mas nada demais, o valor de R$ 18,00 só o lanche. Depois, fomos até o mercado comprar algumas coisas e voltamos ao hotel para descansar e pegar o próximo dia de estrada. 22/12 - Porto Alegre a Montevidéu Acordamos cedo, logo as 6:30. Café tomado, carro carregado era hora de partir para Montevideo. Até Porto Alegre toda a rodovia era duplicada, porém partindo para o Uruguai ela se torna simples e mesmo com pedágios caros ela é mal conservada. Por questão de tempo, escolhemos entrar pela fronteira de Jaguarão ao invés do Chuí, que é a mais utilizada pois vai margeando todo o litoral do Uruguai até Montevideo. Foi uma boa escolha, a aduana estava muito tranquila e em menos de 15 minutos já estávamos de volta ao carro para prosseguirmos viagem. Foi então que veio a sensação de estar em meio ao "desconhecido" mesmo estando à poucos km do Brasil, é uma sensação diferente. Prosseguimos viagem pelos pampas uruguaios, somente alguns vilarejos e muitas pastagens. Foi uma boa decisão ter abastecido em Jaguarão pois o primeiro posto depois da aduana está a mais de 100 km. Nossa parada para o almoço foi na cidade de Trinta e Três no restaurante La Fragata, comemos um Chivito e tomamos um refrigerante "Passo del Toro" no sabor pomello, no valor de R$ 96,00, para nós três, achamos um preço bom, ainda mais pelo horário, que já passava das 15:00. Almoçados partimos para Montevideo, chegamos na cidade por volta das 19:00, passamos pela Rambla e já ficamos encantados com o visual da cidade, fomos então para nosso apartamento no bairro de Pocitos, local excelente, muito bem localizado e com uma ótima anfitriã, a Rosmari. Com as malas no apartamento fomos ao mercado comprar algumas coisas básicas, voltamos, beliscamos qq coisa e fomos dormir. O dia foi cansativo, foram mais de 10 horas de viagem. Agora é descansar e aproveitar os próximos dias. 23/12 - Montevideo Primeiro dia em Montevideo, após uma boa noite de sono, com uma chuva fortíssima à noite, acordamos e tomamos um bom café para descobrir o que a cidade tem a nos oferecer. O dia estava nublado e com um vento constante, muito agradável para uma caminhada pela cidade velha e foi o que fizemos. Antes de tudo, quero destacar que o trânsito de Montevideo não é dos melhores, os motoristas são em geral apressados, as ruas tem um asfalto muito irregular e em muitos cruzamentos (quase todos na verdade), não se sabe de quem é a preferência, por isso muita calma, no final tudo da certo. Nossa primeira parada foi na Praça da Independência, onde está localizado o mausoléu do General Artigas, libertador do Uruguai. Ainda ao lado desta praça encontram-se o Palácio Salvo, a Torre Ejecutiva - Prédio da Presidência, ao lado o Palácio Estevez e atravessando a rua o belo Teatro Solis. Na ponta da praça está Portal da Cidade Antiga. Aproveitamos para tirar muitas fotos, mas o dia não ajudou muito por estar com o tempo muito fechado. Após as primeiras fotos fomos até o Teatro Solis onde fizemos uma rápida parada, andamos pela Rua Sarandi até chegar na Catedral Metropolitana, muito bonita por sinal. Deixando a Catedral com um tempo muito fechado e um vento muito forte voltamos para o carro e partimos para o Museu Andes 1972, local dedicado à tragédia que ocorreu quando um avião que levava um time de rugby uruguaio caiu em meio aos Andes na parte Chilena, após 72 dias isolados nas montanhas, 16 foram salvos com vida. O Museu é pequeno, porém muito interessante, o valor foi de R$ 25,00 por pessoa para entrar. Saindo do museu, próximo a hora do almoço, fomos comer no Mercado do Porto, ponto tradicional da cidade, era a vez de experimentar a famosa Parrilada, comemos no restaurante Roldós. Pedimos uma Parrilada que era indicada para 2 pessoas, porém segundo a própria garçonete, 3 comiam bem. Para acompanhar pedimos um "medio medio", uma espécie de vinho, meio como um frisante, uma bebida clássica de Montevideo. Parrilada + Medio + Refrigerante saiu total de 1600 pesos uruguaios. Nossa refeição mais cara até então. Nosso veredito foi: Sim, de fato o prato é muito bom, mas não é espetacular. Você paga mais pela "pompa" do que de fato pela comida. Após o almoço demos uma volta pelo mercado e vimos que estava tendo uma apresentação de samba, sim, samba! Segundo dizem o carnaval de Montevideo é muito animado. Saindo do Mercado do Porto fomos para o Mercado Agrícola Municial (MAM), como o tempo estava fechado e ventando muito, demos preferência para lugares fechados neste primeiro dia. O mercado é interessante, foi recém-reformado, muito limpo e organizado, onde você encontra os mais variados produtos. Aproveitamos para tomarmos um café e comprar algumas coisas para a janta. Como o Uruguai é um país muito caro, demos prioridade para cozinhar no apartamento para economizar, foi uma decisão muito acertada. Apenas para efeito de comparativo, o quilo do frango inteiro, onde aqui em São Paulo, você encontra em torno de R$ 5,00, lá estava quase R$ 20,00, e o mesmo acontecia em restaurantes, onde uma refeição não saía por menos de R$ 40,00 para uma pessoa. Compras feitas, era hora de voltar para casa para fazer a janta e descansar, no outro dia tem mais! 24/12 - Montevideo Véspera de Natal, após mais uma noite chuvosa o dia amanhece com tempo aberto e céu azul, acordamos por volta das 8:00 horas e após o café fomos até a Rambla de Pocitos, onde fica o letreiro de Montevideo para aquela foto clássica obrigatória. Como era ainda cedo conseguimos tirar nossas fotos com tranquilidade, enquanto estávamos lá, uma outra família acabou chegando e para variar, eram brasileiros. Fotos tiradas, era hora de conhecer um pouco mais a cidade, neste dia aproveitamos para passear por toda a rambla de Montevideo, que na opinião de todos nós é um charme que se destaca na cidade. Demos adeus ao "mar del plata" e fomos conhecer o imponente Palácio Legislativo, sede da Câmara dos Deputados e do Senado. Como era véspera de Natal, o palácio estava fechado, mas rendeu ótimas fotos. Continuando nosso tour fomos até o bairro do Prado, um local arborizado, com um lindo parque que por sinal leva o nome do bairro e com dois pontos muito interessantes, a Igreja das Carmelitas, com estilo neogótico e o Monumento a La Diligencia. Após uma longa manhã de passeios, era hora do almoço, voltamos para o apartamento para preparar uma rápida refeição e descansar um pouco a tarde, pois combinamos de ver o ôr do Sol na rambla, que aliás foi um dos momentos mais emocionantes da viagem, um final de dia inesquecível com o Sol se pondo no rio da prata, simplesmente sem palavras. Por do Sol visto, a temperatura caiu rapidamente e com o vento constante era hora de retornar para fazermos a "ceia de Natal" e descansarmos, no outro dia iremos para Punta Del Este. 25/12 - Montevideo (Punta del Este) Feliz Natal! Dia 25/12 deixamos reservado para conhecer a praia mais famosa do Uruguai, Punta Del Este. Como neste dia sabíamos que tudo estaria fechado na capital, resolvemos passear em Punta, onde com certeza, tudo ou quase tudo,estaria funcionando. Café da manhã tomado, era hora de pegar a pista. A rodovia que liga Montevideo a Punta Del Este é toda duplicada e em ótimo estado de conservação, claro, possui pedágios. Ao chegar em Punta del Este, vimos cidade movimentada e muito agitada. Com um trânsito intenso, mas que fluía bem, demos a volta por todo a orla da cidade, uma parada obrigatória no Monumento La Mano ou Los Dedos ou Monumento Al Ahogado, todos referentes ao mesmo local. É um local extremamente cheio e no verão (época em que fomos) dificilmente você conseguirá tirar uma foto sozinho no monumento, por isso tente pegar um "dedo" livre, registre o momento e já parta para outro lugar, não tem muito o que se fazer por ali. Com ficamos hospedados em Montevideo e iríamos apenas passar o dia em Punta, não tínhamos a intenção de entrar no mar ou "pegar uma praia", mas já aviso a água é muito gelada, boa sorte para quem for se aventurar. Continuamos por toda a orla, uma grande avenida toda duplicada, até chegarmos na diferente "Ponte Ondulada", rápida parada para fotos e já era hora do almoço, se em Montevideo as coisas já são caras, em Punta del Este o preço está mais para surreal, havia separado alguns restaurantes para comermos que pesquisei na internet, mas por serem lugares "simples" todos estavam fechados. Nos restou então recorrer ao McDonald's, uma decisão acertada, comida rápida, com preço razoável (um combo do Big Mac saiu em torno de R$30,00) e não deixe de experimentar o Mac Flurry de Doce de Leite exclusivo do Uruguai, uma perdição. Saindo do Mac, demos uma volta no Punta Shopping que fica ao lado, o dia estava extremamente quente, por isso ficar um pouco num local fechado com ar condicionado foi uma boa pedida após o almoço. Aproveitamos e passamos no supermercado localizado dentro do shopping para umas compras rápidas, inclusive daquilo que faríamos na janta neste dia. Saindo do shopping o plano era dar uma volta pela cidade, que por sinal é muito limpa e organizada e ir para a CasaPueblo, um dos mais importantes e conhecidos pontos turísticos de Punta. Local de fácil aceso, que não fica exatamente em Punta del Este, mas sim em Punta Ballena, que seria nosso caminho de volta para Montevideo. Chegando no local, vimos uma movimentação intensa de vans, táxis, carros particulares e turistas, a ideia era ver o pôr do Sol na CasaPueblo que é sempre um passeio muito recomendado, porém, devido ao valor alto para entrar, cerca de R$ 35,00 por pessoa, junto com a casa estando lotada, mais o dia quente e cansativo, optamos por tirar umas fotos na parte de fora e retornar para Montevideo, decisão acertada, pois na volta pegamos muito trânsito e acabamos demorando mais que o previsto. Fim do dia, hora de arrumar as malas e fazer a janta, amanhã partiríamos para Buenos Aires. 26/12 - Montevideo - Colônia Del Sacramento - Buenos Aires Dia de ir embora é sempre meio depressivo, ainda mais quando deixamos um lugar no qual tenhamos gostado muito, esse foi nosso caso com Montevideo, todos nós adoramos a cidade (apesar do seu trânsito confuso), uma capital de país com ares do interior e de brinde com uma orla maravilhosa para fechar o pacote, Montevideo realmente deixou saudades. Porém a hora era de partida e a direção era Buenos Aires, nos planos inciais, iríamos por terra, atravessando a fronteira por Fray Bentos, uma viagem de aproximadamente 8 horas. No entanto, no dia anterior a partida, estive pesquisando novamente o preço da travessia de balsa entre Colônia Del Sacramento e Buenos Aires. Pelo site eu vi que o preço estava girando em torno de R$ 350,00 para a travessia na balsa maior e consequentemente mais lenta. Sairíamos por volta das 19:00 de Colônia e chegaríamos em Buenos Aires em torno das 22:00, a balsa mais rápida estava em torno de R$ 700,00 com apenas 1 hora de travessia. Ficamos na dúvida do que fazer e decidimos que iríamos até Colônia para conhecer a cidade e aproveitar para consultar o preço da balsa direto no guichê (que alguns viajantes relataram que seria menor) e caso não fosse, seguiríamos para BA pela rodovia. Melhor decisão possível! A rodovia até Colônia del Sacramento partindo de Montevideo está com boas condições, possui alguns pedágios e alguns trechos são duplicados, outros de pista simples, de qualquer forma uma pista tranquila e muito bonita. Chegamos em Colônia por volta das 10:00 e fomos direto para área portuária nos informarmos pela passagem, ao todo 3 empresas operam a travessia até Buenos Aires, a Buquebus (mais tradicional, com melhores serviços e também a mais cara) a Seacat (que seria a intermediária em relação à serviços e valores) e a Colônia Express (mais em conta e com piores serviços). Após uma rápida pesquisa nas 3 empresas, que por sinal operam uma ao lado do outra, optamos pela Seacat, que oferecia a travessia em 1 hora com o valor total de R$ 520,00 para 3 pessoas, mais um veículo. Como o combustível é muito caro no Uruguai, cerca de R$ 6,00 o litro, mais pedágios e principalmente o desgaste de 8 horas de viagem, chegamos à conclusão que a travessia pela balsa seria a melhor opção e com certeza foi. Passagens compradas, hora de conhecer a bela Colônia del Sacramento, uma linda cidade histórica que foi a única colônia portuguesa em terras uruguaias e por isso foi local de grandes batalhas com os espanhóis. A cidade em si é até grande, o que chama a atenção é realmente seu centro histórico, o resto não há muito o que se ver. Paramos o carro na praça central e fomos explorar a pé as ruas próximas, o dia estava lindo, porém o calor era escaldante e para piorar, muita umidade, o que deixa a sensação térmica ainda mais desagradável. Demos uma pequena volta nos pontos principais, o centro histórico é realmente muito interessante, tiramos algumas fotos, e partimos para o almoço, nosso barco sairia por volta das 16:00 e era pedido que se chegasse com 1 hora de antecedência para o embarque. Nos arredores do centro histórico, há várias opções de restaurantes, todas elas muito caras para o nosso padrão, então resolvemos procurar um supermercado para comprar algo para comermos e assim economizar tempo e dinheiro. Foi aí que encontramos um trailer de lanches ao lado de um supermercado indicado pelo GSP, ao perguntar sobre o preço, os sanduíches giravam em torno de R$ 15,00, realmente um achado. Vimos algumas pessoas comendo, era uma comida bem servida e um local limpo, almoçamos por ali mesmo e logo depois fomos pegar a balsa, porém, antes uma pausa para aliviar o calor e tomarmos um sorvete, por recomendações em sites, escolhemos a sorveteria El Cali, sinceramente, não gostamos, um sorvete aguado e bem sem graça, pelo menos ajudou a refrescar, saindo de lá era hora de ir para o terminal. Para fazer o embarque o processo é rápido, ali mesmo se faz a saída no Uruguai e a entrada na Argentina, estávamos com todos os documentos em ordem, então era apenas uma questão de burocracia mesmo. Com tudo certo, fomos para a sala de embarque esperar a chamada, parece muito com um sistema de aeroporto, um salão grande, com banheiros limpos, uma pequena lanchonete e televisões com a hora de embarque e desembarque de cada companhia. Neste dia o calor estava insuportável e o ar-condicionado não estava dando conta, foi uma espera muito desconfortável. Próximo ao em embarque, ouvimos a chamada no sistema de som e fomos para o local indicado, neste momento as passagens e documentos são conferidos e é feito o embarque também de veículos, a Marcela e minha mãe embarcaram por um lado e eu fui manobrar o carro na balsa entrando por outro. Tudo é bastante organizado e os funcionários são em geral muito atenciosos, por fim, apesar de termos comprado passagem pela Seacat, acabamos embarcando em uma balsa da Buquebus, foi ótimo! Carro guardado, era hora de subir para encontrar as duas e partirmos para Buenos Aires, a viagem transcorreu muito tranquila, o barco é muito bom, com ar-condicionado e poltronas confortáveis, aí foi hora de relaxar e esperar pela chegada. Passado cerca de uma hora, foi avisado que estávamos chegando em Buenos Aires e quem estivesse com veículo era necessário descer para fazer a retirada. A saída da balsa é um pouco confusa, mas com paciência tudo dá certo, antes de sair do porto, uma rápida revistada no carro pela aduana argentina e uma conferência de documentos, tudo certo era hora de procurar nosso apartamento. Chegamos numa hora ruim em Buenos Aires em relação ao trânsito, a área ao redor do porto está passando por grandes reformas e o trânsito estava um caos, mais uma vez, com um pouco de paciência tudo se resolve e logo saímos da muvuca e estávamos em direção ao bairro da Recoleta. A primeira impressão que tivemos de BA foi como sendo uma versão argentina de São Paulo, uma grande capital com um fluxo intenso de automóveis e pouca paciência por parte dos motoristas, principalmente os de ônibus, que realmente não tem o menor pudor em dirigir de uma forma muito agressiva. Passado o primeiro "choque" fomos procurar nosso apartamento e achamos com uma certa facilidade, o GPS é imprescindível nessas ocasiões. O apartamento da anfitriã Marisa foi uma das melhores habitações de toda a viagem, bem localizado, muito limpo, simples porém muito funcional e completo. Aproveitamos nossa chegada e fomos até um supermercado para comprar algumas coisas, como já disse, demos prioridade para cozinhar em casa por questões de economia. Provisões compradas era hora de voltar para o apartamento, fazer uma janta rápida e descansar, no outro dia, começaremos a desbravar Buenos Aires. 27/12 - Buenos Aires Primeiro dia na capital porteña, combinamos de acordar um pouco mais tarde, tomar um café tranquilo, ir para o centro fazer câmbio e dar uma volta por ali mesmo, infelizmente nada disso deu certo. A começar pelo fato de que na área central de BA existe uma interdição de mais ou menos 30 quarteirões onde podem circular apenas táxis, ônibus e carro autorizados, como estávamos de uber, não poderíamos passar. Além disso, estava ocorrendo alguns protestos contra o governo argentino nas áreas centrais e o trânsito estava um inferno, mais do que o normal, a cereja do bolo era o calor infernal. Ficamos presos no trânsito quase 30 minutos e então resolvemos ir para um Shopping fazer o câmbio e de lá iríamos ver o que faríamos. Confesso que não lembro o nome do shopping que fomos e na casa de câmbio que havia lá a fila era imensa, perdemos ali mais uns 40 minutos, resumindo, a manhã foi perdida. Resolvemos então voltar para o apartamento, fazer o almoço com tranquilidade e como estava insuportavelmente quente, além de estarmos também cansados das correrias da viagem, revolvemos tirar a tarde de folga e a noite fomos passear pelo bairro da Recoleta. O bairro que é considerado um dos melhores e mais charmosos de Buenos Aires é realmente muito agradável, com uma bela arquitetura clássica o bairro é ótimo para caminhadas, inclusive a noite, se tem uma grande sensação de segurança. Passeamos à noite e acabamos jantando no Recoleta Mall, num lugar chamado Mostaza, é como se fosse um McDonald's só que argentino, lanche bom, com um preço em conta, num ambiente agradável, foi uma ótima pedida. Para fechar um sorvete no Freddo que é praticamente obrigatório em terras argentinas e foi hora de voltar para casa. Decidimos que no outro dia iríamos de metrô para o centro, então era hora de descansar com uma boa noite de sono. 28/12 - Buenos Aires Após um dia relativamente calmo, era hora de ir para o centro e conhecer alguns dos pontos turísticos na lista de obrigatórios em Buenos Aires. Nossa anfitriã Marisa, muito gentilmente disponibilizou dois cartões do metrô para nosso uso, definitivamente o carro não é um meio de transporte recomendado para Buenos Aires. Próximo do nosso apartamento pegamos o metrô na estação Hellas Verona (linha amarela), a ideia era descer numa estação próximo ao teatro Colón e a partir daí rodarmos o centro a pé. Em tese tudo certo, chegamos na estação por volta das 09:30 e partimos para fazer uma baldeação na linha verde, aí começou um pequeno inferno astral, estamos acostumados com o metrô de SP, que por "pior" que seja, possui uma certa organização, muitas placas informativas e sempre se encontra alguém para perguntar. Ao descermos da linha amarela em direção à linha verde, não conseguíamos encontrar o acesso para fazermos a baldeação, foi um tal de sobe e desce escada, tentativas frustradas de se falar o "portunhol" e descobrir onde fica a tal entrada para a linha verde... muito tempo perdido, informações desencontradas e quando menos percebemos estávamos de volta no trem da linha amarela para ver se tínhamos feito alguma coisa errada no embarque, voltamos ao ponto inicial e para nossa "sorte" dentro do vagão encontramos um casal de brasileiros que estavam passando o ano novo em Buenos Aires e segundo o cara, "conheciam tudo por ali" e sabiam exatamente como fazer a tal da baldeação. Ficamos tranquilos, fomos conversando sobre a cidade e de repente estávamos de volta para a linha verde e o martírio recomeçou, eles estavam tão perdidos quanto a gente, novamente muitas escadas subidas e descidas, informações desencontradas e nada da tal entrada para a linha verde. Por um momento me afastei do grupo e fui andar sozinho para realmente reclamar um pouco comigo mesmo de que nada dava certo e aproveitar para dar aquela amaldiçoada de leve em Buenos Aires... foi muito bom, pois ao andar por um corredor escuro sem qualquer indicação, eu encontrei a entrada para a linha verde! Foi um misto de raiva e felicidade, por achar finalmente o lugar e pela total falta de organização do metrô, mas deu certo, pegamos a linha verde, carros muito antigos e lotados, e partimos para o centro, nos despedimos do casal em uma das estações e saímos então na estão do Parque General Lavalle, já com o Sol muito forte, próximo das 11:00. Novamente a manhã foi perdida, já um pouco estressados e irritados seguimos então para conhecer um pouco da área central, passamos por prédios históricos muito bonitos, o Teatro Colón é um caso aparte, uma belíssima casa de espetáculos, realmente um ponto de destaque, seguimos depois para o famoso Obelisco na avenida 9 Julho, e partimos para a famosa Casa Rosada, que na minha opinião é um tanto quanto sem graça. Nos dirigimos para a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, uma igreja belíssima e imponente, realmente uma construção muito bonita. A ideia era ir até Puerto Madero para almoçar e conhecer um dos principais pontos turísticos de BA, mas o Sol estava implacável, então decidimos voltar para o apartamento, antes, porém fiz uma parada no Congresso Argentino, um dos prédios mais bonitos que vimos em toda a viagem, pena que estava fechado para visitação. Fizemos algumas fotos e partimos para Recoleta, novamente de metrô, na volta passamos para pegar algumas empanadas para almoçar e após um dia cansativo, estressante e de muito calor, resolvemos ficar a noite em casa no conforto do ar-condicionado. 29/12 - Buenos Aires Após uma necessária e boa noite de sono, conversamos sobre no café sobre o que fazer no nosso último dia em Buenos Aires, com o calor que estava fazendo logo de manhã e levando em consideração que o metrô de Buenos Aires é o mais velho da América do Sul, com os trens em sua grande maioria muito cheios e sem ar-condicionado, decidimos passar a manhã no Caminito para conhecer um dos mais pitorescos pontos turísticos de Buenos Aires e aproveitar para comprar algumas lembrancinhas. O Caminito fica localizado no bairro La Boca, bem afastado do centro e também uma área mais popular da capital argentina, é formado por 2 ruas principais onde se encontra uma decoração muito chamativa e inúmeros lugares de artesanato. Como todos os dias, este também estava muito quente e confesso que quem mais curtiu este lugar foram as meninas, após algumas fotos e um chopp, a ideia era encontrar alguma sombra enquanto elas iam as compras. Conforme a hora do almoço foi se aproximando, os vários restaurantes foram abrindo e a maioria deles oferecia "shows" de tango, com casais dançando um dos ícones da cultura argentina. Compras feitas, fotos tiradas, devido ao calor insuportável, decidimos almoçar e passar a tarde no apartamento e sair mais a noite para uma volta na cidade. Acabamos almoçando num restaurante próximo ao nosso apartamento, que foi recomendado pela nossa anfitriã, comida boa, preço honesto, e bom atendimento. Descansamos na parte da tarde e fomos passear de carro pelo bairro de Palermo e arredores, uma área muito arborizada, com muitos parques, um lugar realmente muito agradável, passamos pela Floralis Generica, um dos principais cartões postais de Buenos Aires, então era hora de voltar para a casa para fazermos a janta e arrumarmos as coisas para um dos mais longos dias de viagem, de Buenos Aires até a cidade Allen. Terminamos nosso passeio em Buenos Aires com a certeza de que gostamos da cidade, menos que Montevideo, mas ela possui um charme diferente, não conseguimos fazer vários passeios como o Puerto Madero e não vimos um show de tango por questões de economia. Conhecer a cidade durante dias da semana não é uma boa opção e as altíssimas temperaturas também não contribuíram para passeios a pé, queremos voltar com mais calma e tranquilidade para ver tudo o que a cidade pode oferecer. 30/12 - Buenos Aires à Allen (Neuquén) Hora de dizer adeus para a capital da Argentina, com promessas de voltar um dia e partir para nossa maior "pernada" na viagem, foram quase 1200 km, durante mais de 12 horas de viagem, muitas estradas desertas, retas intermináveis e paisagens que foram se transformando ao longo do caminho, deixamos o clima infernal de Buenos Aires para respirar ares mais frescos na região da Patagônia, neste dia não tínhamos nenhum lugar para parar ou algo para ver, era apenas um dia de deslocamento para chegar até Bariloche, então, realmente não tenho muito para escrever à não ser para lembrar o quanto é importante abastecer SEMPRE que o tanque se aproximar da sua metade, em geral, as estradas argentinas possuem poucos postos e a maioria deles está sempre cheio, sendo assim, é bom ficar esperto com este detalhe. Neste dia dormimos num prédio residencial chamado San Peters, após um longo e cansativo dia de estrada, encontramos o local com facilidade, porém, não conseguíamos sinal de internet para se comunicar com o responsável pelo apartamento para nos instalarmos, a saída foi ir para um restaurante, comprar uma água e usar o wi-fi deles, após uma rápida troca de mensagens, conseguimos contato com o responsável e fomos para nosso apartamento, simples, limpo e bom para uma noite, nada além disso. Aproveitamos a simpatia da atendente do restaurante do wi-fi que voltamos lá para jantar, comemos a pior pizza de nossas vidas, mas a canseira era tanta que nem ligamos, só queríamos cair na cama e descansar, no outro dia nosso destino era San Carlos de Bariloche! 31/12 - Allen à Bariloche Após uma boa noite de sono, saímos logo de manhã em direção à San Carlos de Bariloche, afinal de contas o dia anterior tinha sido apenas de estrada, sem nada de especial para ver, então estávamos ansiosos para chegar em um dos destinos preferidos dos brasileiros que vão para a Argentina. Saímos por volta das 07:30 do apartamento e partimos para a rodovia, durante minhas pesquisas para a viagem, vi que na região da cidade de Neuquén existiam grandes sítios arqueológicos, principalmente com fósseis de dinossauros. Desde criança fui fascinado pelo mundos dos dinos, então, uma rápida parada em um museu era quase que obrigatório. Saindo em direção à Bariloche tivemos a primeira agradável surpresa do dia, procurávamos um lugar para tomar café e encontramos uma "padaria" recomendada pelo google maps chamada Sil-Mar. Como não havia outras opções, decidimos arriscar e nos demos muito bem, a padaria é tocada por duas irmãs, que sem dúvida foram duas das pessoas mais simpáticas que encontramos em nossa viagem, pena não ter tirado uma foto com elas, como vimos nas nossas andanças o café da manhã na Argentina é doce, bem diferente do Brasil, onde se tem muitas opções salgadas, porém as duas irmãs se desdobraram para nos atender e servir um café da manhã mais "brasileiro" possível. Após um bom desayuno nos dirigimos para a Villa El Chocon, onde se encontra o Museu Municipal Ernesto Bachmann que guarda preciosidades do mundo da paleontologia, inclusive uma dos mais completos e bem preservados fósseis de dinossauros de um Gigantossaurus, um dos maiores dinossauros carnívoros conhecidos. Confesso que foi um momento particularmente mágico pra mim ver aqueles fósseis na minha frente, foi uma volta ao tempo em muitos modos, realmente um momento inesquecível. A Villa El Chocon fica as margens de um lado criado para uma usina hidroelétrica e quando saímos do museu resolvemos descer até o lago para ver como era e para nossa surpresa um tom de azul maravilhoso foi nos apresentado com um lindo visual inesperado, foi realmente uma grata surpresa. Dinossauros e lago vistos, era hora de retornar o caminho para Bariloche, neste trajeto passamos por muitas cidades e povoados e um dos mais charmosos foi o Piedra del Aguila, com umas formações rochosas muito interessantes, foi também após este vilarejo que tivemos um dos momentos mais emocionantes da viagem, sem se anunciar é possível ver de longe um topo todo nevado no horizonte, a Cordilheira dos Andes se mostra pela primeira vez, uma cena inesquecível. À partir daí o caminho se tornou um deleite para os olhos, conforme íamos nos aproximando dos Andes a paisagem ia mudando drasticamente e as formações rochosas que iam se formando pelo caminho eram de deixar todos os queixos caídos, com certeza este foi um dos trajetos mais lindos que passamos não apenas na nossa viagem, mas em toda a nossa vida. Antes de chegar em Bariloche, paramos para algumas fotos em um dos mirantes mais bonitos da viagem, com o Lago Nahuel Huapi e a cidade de Bariloche de fundo, com os Andes cobertos de gelo, de tirar o fôlego! Depois disso nos restou procurar nosso apartamento e nos preparar para a noite de ano novo. O apartamento em que ficamos era muito simples, porém, muito bem localizado, como era véspera de reveillon muitos comércios estavam fechados e apenas uma vendinha próximo de onde estávamos ainda estava aberto, compramos algumas coisas e já voltamos para o apartamento, o vento estava fortíssimo e a sensação térmica estava muito baixa. Nesta venda tivemos duas pessoas "marcantes" na viagem, primeiro a dona da venda, a primeira e única pessoa que não nos atendeu muito bem, e que ao ver que eu era brasileiro fechou a cara e depois disse que não gostava de brasileiros, muito diferente do seu marido, que atendeu com uma grande cordialidade e brincou muito falando sobre futebol, realmente muito simpático, um completo avesso à esposa, enfim, vida que segue. Compras feitas, fomos fazer nossa "ceia" para esperar a virada do ano, em Bariloche o ano novo é super morto e as maiores festas acontecem nos hotéis, que é claro, são muito caras. Comemos nossa ceia, vimos algumas fotos da viagem, conversamos sobre tudo aquilo que já tínhamos visto e de repente já era meia noite e "estouramos" um champanhe para celebrar 2018 e já fomos para a cama, no dia seguinte passearíamos por Bariloche e um novo ano começava! Feliz 2018! 01/01 - Bariloche Feliz 2018! Já acordamos no novo ano que se inicia e depois de um bom café da manhã partimos para descobrir tudo o que Bariloche tinha para nos oferecer, claro que em um dia não seria possível conferir todas as atrações. Começamos indo nos Cerros, até descobrirmos que eles estavam fechados, daí então partimos para o Circuito Chico, que vai margeando em grande parte o Lago Nahuel Huapi e outros vários lagos "escondidos" em meio às montanhas, são inúmeros lugares, e paisagens, uma mais deslumbrante e mais linda que a outra, não nos atentamos com o nome de cada um dos locais que estávamos indo, mas sim a com beleza de cada um deles. Sem dúvidas, Bariloche foi um dos pontos que mais gostamos, de um cenário hipnotizante, à cada curva, uma nova surpresa, vou deixar que as fotos tentem mostrar um pouquinho deste local fantástico, que com certeza, queremos voltar. Paramos para almoçar em um bairro afastado do centro, chamado Colonia Suiza, são muitos restaurantes para escolher, dos mais variados tipos, confesso que estávamos famintos e acabamos entrando naquele que tinha lugar para parar, chamado El Gran Pez, uma delícia, comemos uma espécie de frango ao molho que nos serviu muito bem, por um preço justo, super recomendado. Após vislumbrar incontáveis paisagens, passamos pela região central da cidade para comprarmos chocolates e o local escolhido foi um muito recomendado, chamado Mamuscha, uma loja de chocolates com fabricação própria, é de encher os olhos, dá vontade de comer tudo o que você vê, acabamos comprando alguns chocolates e sim, eles são realmente maravilhosos! Mas na verdade existem muitas lojas de chocolates artesanais, sem dúvidas, todas muito boas, fica à sua escolha. Por fim, demos uma passada na Catedral de San Carlos de Bariloche, uma bela igreja e aproveitamos para além das fotos, agradecer por tudo aquilo que estávamos vivendo. Dia chegando ao fim, era hora de voltar para o apartamento, preparar uma jantinha, arrumar as malas e se preparar para seguir viagem, próximo destino, Pucón, agora estaremos indo para o Chile, mas com certeza, levando Bariloche no coração. 02/01 - Bariloche à Pucon ortes emoções, essa foi a pedida deste dia de viagem. Após um deleite para os olhos no dia anterior, era hora de pegar as malas e rumar para outro país, vamos para o Chile, mais precisamente a cidade de Pucón, esta parte da viagem era uma das quais eu estava mais ansioso para que chegasse, pois iríamos passar por uma das rotas mais bonitas da América do Sul, a Rota dos 7 Lagos, passaríamos por Villa La Angostura e San Martín de Los Andes, todos lugares muito bonitos e que com certeza nos encheriam os olhos. Café tomado, carro arrumado, hora de pegar pista. A previsão era de tempo fechado e chuva para esse dia, o que é claro, foi um banho de água fria nas pretensões de curtir todo o visual da estrada. Saímos de Bariloche com um sentimento de que com certeza voltaremos um dia para acabar de descobrir a cidade e quem sabe conhecer todo o seu charme durante o inverno, porém, no verão ela também é imperdível! Começamos a serpentear por estradas que sempre possuem um visual muito bonito, porém o tempo foi fechando e a chuva veio, passamos por La Angostura com tempo chuvoso, não deu pra parar e tirar algumas fotos e dar uma volta pela cidade, uma pena, pois mesmo com tempo ruim ela se apresentou uma graça. Neste momento nossa viagem deu uma guinada, como disse anteriormente, a ideia era seguir pela Rota dos 7 Lagos, e teoricamente nós estávamos na pista correta, logo era apenas seguir por ela. Não sei exatamente quando e em qual momento, mas mudamos de rodovia, sem percebermos e como o tempo estava muito ruim, eu confesso que não prestei muita atenção no caminho, estava com um grande sentimento de frustração. Foi aí que de repente, chegamos numa aduana argentina, eu achei tudo muito estranho, pois ainda faltava passar por San Martín de Los Andes e tínhamos andado pouco na Rota traçada, acabamos ficando sem entender, neste trecho o trânsito estava parado e os carros eram liberados por grupos para passar pela aduana, pensei que estivéssemos no lugar certo e talvez a aduana argentina fosse apenas um pouco antes da cidade de San Martín de Los Andes, pois quando chegamos no Uruguai, ao passarmos a fronteira, a aduana Uruguaia era cerca de 5 km a frente, logo, isso poderia ter acontecido novamente. Por fim, ficamos na fila alguns minutos, logo fomos liberados e quando nos demos conta, estávamos fazendo todo o processo de imigração para sair da Argentina e ir para o Chile, talvez, se o tempo estivesse aberto, eu teria feito meia volta, porque obviamente estávamos errados, mas como o tempo estava fechado e não havia muito o que ver, continuamos. Foi então que após cerca de 1 hora para todo o trâmite e liberação, começou a ocorrer em mim um sentimento muito ruim, pois nós estávamos em uma pista desconhecida pelas minhas pesquisas, o GPS que é claro, havia parado de funcionar quando mais se precisava, acusou que estávamos indo para Osorno, muito ao sul de Pucón, e eu não havia pesquisado nada sobre essa região, em relação à postos de combustível, qualidade do asfalto, e outras informações importantes, foi literalmente um tiro no escuro! E com uma certe dose de pânico comecei a subir os Andes em direção à aduana chilena sem saber exatamente o que iria encontrar pelo caminho, sem dúvida esse foi um dos momentos mais tensos da viagem. Após alguns quilômetros e um pouco mais calmos, chegamos na aduana chilena para fazer o processo de entrada no país, como sempre a maioria dos funcionários muito simpáticos, dispostos a ajudar, com exceção de um deles extremamente mal-humorado, tudo transcorreu bem, fizeram a revista completa no veículo, foi solicitado que todas as malas fossem retiradas, passaram o cão-farejador por toda a bagagem e o funcionário que estava nos atendendo sempre muito cordial e educado. Vistoria feita, era hora e retomar o caminho, o GPS já havia voltado a funcionar e o próximo destino era a cidade chilena de Osorno, onde aproveitamos para almoçar e fazer câmbio, até mais que o Uruguai, o Chile é um país caríssimo, o custo de vida é muito alto e em relação ao real, as coisas em geral saem muito caras para nós. Depois do almoço em Osorno rumamos para Pucón e o tempo continuava fechado e ocasionalmente chovia. Chegamos ao nosso destino já anoitecendo e andamos muitos quilômetros a mais do que o previsto devido a desatenção e excesso de confiança, malas descarregadas, neste dia ficamos alojados num conjunto de prédios chamado Parque Suizo, é razoável, porém nada além disso, o anúncio no Booking dizia que acomodava 3 pessoas, mas na verdade existia apenas 1 cama de casal e um sofá cama bem desconfortável, para um casal está ótimo, para nós que estávamos em 3, deixou a desejar. Malas guardadas fomos ao supermercado para comprar alguma coisa para que pudéssemos jantar, como sempre, dando preferência para ser feito em casa, fizemos as compras, demos uma pequena volta pelo centrinho de Pucón que é realmente uma graça e partimos para comer e descansar, estava previsto amanhã chegarmos na base do Vulcão Villarica, um dos pontos mais aguardados da nossa viagem. 03/01 - Pucón Frustração, muita frustração! Essa é a palavra que defini nossa estadia em Pucón, chegamos ontem com garoa e tempo fechado, como foi uma viagem cansativa no dia anterior, demos apenas uma passada para ver o centro, mercado e casa. A ideia era descansar bem a noite, para aproveitar bem o dia... infelizmente os planos não deram certo. O tempo ficou fechado o tempo todo, chovendo constantemente, o que não deixou nem a gente dar uma volta a pé pelo centro, o vulcão Villarica então, nem sinal da sua presença, uma pena realmente, particularmente eu estava muito ansioso para essa cidade, ver um vulcão ativo seria uma experiência única. Neste dia, o jeito foi ficar no apartamento descansando, não dava pra fazer nada. O jeito é dormir bem esta noite porque amanhã tem uma pernada longa até Santiago, e o Villarica não ia aparecer mesmo. 04/01 - Pucón à Santiago Após uma estadia frustradíssima em Pucón, o melhor era sair cedo para chegar logo em Santiago, malas arrumadas, café tomado, era hora de pegar pista. Porém, eu ainda estava muito inconformado de não ter podido nem se quer VER o vulcão que domina toda a paisagem da cidade devido à grande quantidade de nuvens, por isso antes de irmos para Santiago, mesmo com tempo fechado, seguimos a rota que levava ao vulcão, para pelo menos tentar vê-lo, alguns quilômetros de estrada de terra muito ruim, achamos que não valeria a pena pelo risco, o jeito foi voltar e rumar para Santiago. O mais interessante é que em um dos últimos momentos possíveis, milagrosamente algumas nuvens se dissiparam e por alguns poucos segundos deu pra ver a ponta do cume, uma visão muito linda, mas que poucos segundos depois já foi encoberta, o que deu pra ver está na foto abaixo. Ficamos com um sentimento de “incompleto” nesta cidade e não ter visto o vulcão foi realmente muito triste, uma vez que viemos aqui só por causa dele. Bom vida que segue, é hora de ir para Santiago. Pista dupla o caminho todo, rodovia em ótimo estado de conservação e claro muitos pedágios, que giravam em torno de 12 a 15 reais, um preço justo a ser pago devido a qualidade, o único problema é eles serem muito próximos, o que acaba dando uma boa encarecida. Encontram-se muitos postos ao longo da rodovia, combustível não é problema, mas um lugar bom para comer, foi! Ao longo da pista encontra-se muitos “puxadinhos” que vendem algumas coisas de comer, mas sinceramente, não dá muita coragem de parar, restaurantes, esqueça, muito difícil de serem encontrados e os postos acabam se tornando uma opção para um lanche ou coisas assim. A surpresa ficou por um restaurante há +- uns 150 km de Santiago, chamado Al Paso +. Fica na beira da pista mesmo e foi o único lugar descente que havíamos encontrado até então (depois aparecem outras opções, mas a fome e a incerteza não permitiram esperar), tinha alguns carros parados e dois ônibus, sentimos confiança para parar e comer. O garçom (que me fugiu o nome, e deveria ter tirado uma foto com ele), era um show a parte, extremamente simpático e bem humorado nos atendeu muito bem, a comida estava muito boa e foi a primeira vez que comemos a palta (ingrediente super tradicional da culinária chilena, que nada mais é do que abacate amassado, é diferente pra falar a verdade, a Marcela gostou muito, eu e minha mãe torcemos um pouco o nariz hehe) Depois de ter almoçado, rodamos mais umas duas horas e já estávamos em Santiago à caminho do nosso apartamento, novamente o GPS indicou muito bem o trajeto e achamos sem maiores dificuldades. A primeira impressão de Santiago não foi muito boa, trânsito caótico, desorganizado, o clima de cidade grande mesmo. Ficamos hospedados na Bella Vista, que é bem recomendado na internet. O bairro em si é bom, próximo ao centro, mas achei meio perigoso, pelo tanto que falam de Santiago, fiquei um pouco assustado com o número de moradores de rua que viviam ali por perto. Descemos as malas, nos ajeitamos no apartamento, era hora de preparar a janta, como já disse, o Chile é muito caro e cozinhar foi uma ótima opção, porém, neste dia estávamos cansados e havíamos almoçado fazia pouco tempo, então eu saí para dar uma volta e ver se achava uma padaria ou algo assim. Achei uma pastelaria, e pra minha surpresa, descobri que no Chile, pastel é doce e parece um bolo, nada a ver com o nosso. O jeito foi comer algumas porcariadas que tínhamos levado e ir pra cama, descansar bem pra aproveitar o dia seguinte. 05/01 - Santiago Primeiro dia na capital chilena, era dia de levar o carro para a revisão, depois de rodar mais de 4000 quilômetros, havia chegado a revisão dos 30.000 km, para não perder a garantia do veículo, optamos por fazer a revisão do carro em uma concessionária Peugeot, mesmo sabendo que pagaríamos mais caro do que uma simples troca de óleo. Querendo ou não, isso “travou” o nosso dia, pois além de levar o carro e ser longe (a concessionária não tinha serviço leva e traz, tão comum no Brasil), ainda tínhamos que ficar esperando eles entrarem em contato para buscar o veículo, então, esse dia realmente não rendeu. A sorte era que a Peugeot fica ao lado do Sky Costanera, então, aproveitamos para conhecer o shopping e a ideia era ir no mirante no último andar do prédio mais alto da América Latina. A ideia era essa, mas logo foi abortada, R$ 85,00 para se ter uma visão de Santiago que poderia muito vem ser vista dos Cerros, realmente não pareceu um bom negócio, nenhum de nós topou ir, então resolvemos fazer o câmbio no shopping e ir pra casa almoçar e esperar o responsável entrar em contato, pois precisávamos do wi-fi para isso, além do mais, caso fosse necessário trocar algumas peça extra ou reparo que a garantia não cobrisse, combinamos dele entrar em contato primeiro. Mais a tarde fomos buscar o carro, e aproveitamentos para dar uma volta, porém, o trânsito estava muito ruim, mesmo com GPS eu achei difícil rodar por Santiago pois em alguns lugares são muitas ruas juntas, algumas de mão dupla, outras de sentido único que nem sempre bate com o GPS, além disso, por causa da chegada no Papa, estavam ocorrendo algumas manifestações contrárias à visita do Francisco, inclusive com bombas sendo colocadas em igrejas e confrontos com a polícia, em uma das avenidas mais movimentadas de Santiago, vimos o que seria a ‘tropa de choque” da polícia chilena bater de frente com um grupo de manifestantes, ruas foram fechadas, muitas viaturas nas ruas, um clima bem tenso. O melhor era pegar alguma coisa e ir comer em casa, assim fizemos e já fomos dormir para tentar aproveitar melhor o dia seguinte. 06/01 - Santiago Mais uma vez o dia começou amarrado, a ideia era acordar cedo, tomar café e partir para explorar a cidade, mas, neste dia a minha irmã Camila se juntaria à nós na viagem, a ideia era ela chegar no aeroporto e pegar um Uber para onde estávamos, mas por fim, acabamos indo buscá-la, o que comprometeu toda a manhã. Irmã no carro, era hora de explorar a cidade, fomos à alguns dos principais pontos turísticos, como o Cerro San Cristobal, Palácio La Moneda, e o centro antigo, passamos para nos refrescarmos na famosa sorveteria que vende sorvete feito com essência de rosas (diferente,mas não gostamos muito). O dia estava muito quente, o calor estava muito forte, terminamos nosso tour e voltamos para o apartamento para fazermos nossa janta e descansar. No outro dia iremos ver o Oceano Pacífico pela primeira vez, vamos para Valparaíso e Viña del Mar. 07/01 – Santiago – Viña del Mar e Valparaíso Neste dia acordamos cedo para irmos até o litoral conhecer as duas famosas cidades, comentamos no café que ficamos um pouco desapontados com Santiago devido sua “fama” aqui no Brasil, na opinião de todos, uma cidade normal, que em questão de organização e limpeza está muito atrás de Montevideo por exemplo (apesar de serem cidades de portes completamente diferentes). Arrumamos as coisas, pegamos o carro e partimos para a estrada, o tempo estava fechado, as vezes garoando, o que deu uma quebrada no “clima” de praia que a gente esperava encontrar, nem pensando em entrar na água, que todos falam que é extremamente gelada, mas pelo dia de passeio mesmo. Após cerca de 2 horas, optamos por ir primeiro a Viña de Mar e depois, voltar por Valparaíso, creio que foi uma decisão acertada, pois na volta o trânsito estava muito intenso, e a saída de Viña del Mar estava bem complicada, segundo o GPS. Chegamos na cidade e o primeiro local que fomos conhecer foi o museu Fonck, que tem como principal (e talvez único) atrativo um Moai original trazido da Ilha de Páscoa. Particularmente eu achei demais poder ver aquela escultura ali, na minha frente, coisa que eu sempre tinha visto nos livros de história, é realmente muito interessante. Porém, passada a euforia de ver o Moai, resolvemos dar mais uma volta pela cidade, lemos na internet que realmente o museu não compensa pelo preço que se paga em muitos comentários. Como uma das sugestões do tripadvisor para Viña del Mar, estava o Palácio Rioja, uma linda construção do começo do séc. XX que se encontra muito bem preservada, conta ainda com visita guiada gratuita. Como o local era perto do Museu e o tempo permanecia fechado, resolvemos conhecer o palácio, e para nós foi uma grata surpresa, porque ele é realmente bem interessante, não que você irá passar o dia por ali, mas o estado de conservação do prédio e a visita com guia gratuito, deixa o passeio bem interessante. Timidamente o tempo começou a abrir, então, estava na hora de ver o Pacífico, a primeira vez que você olha algo “novo” é sempre surpreendente, por mais que seja “apenas” um oceano, saber que você está, literalmente, do outro lado da América, dá uma sensação muito gostosa. A cidade estava muito cheia, com um trânsito muito carregado e lugar para estacionar o carro era algo muito difícil de se encontrar, por fim, após rodarmos muito, acabamos encontrando um lugar próximo à praia para parar o carro e aproveitamos para admirar a imensidão azul à nossa frente, de quebra, ainda estávamos próximo à pedras onde costumam ficar os leões marinhos e mesmo de longe, pudemos ver vários deles, realmente uma cena muito legal. Após tirarmos muitas fotos, era hora do almoço, via de regra, o Chile é caro, mas Viña del Mar se supera, tudo extremamente caro, cheio e com filas, corremos então para o McDonald’s mais próximo, que por sinal também estava lotado, pensamos que o atendimento seria como no Brasil, que mesmo em dias muitos cheios, eles conseguem dar conta do serviço como uma certa rapidez. Este com certeza é o McDonald’s mais lento do universo, o pedido demorou quase 1 hora para ficar pronto e só não desistimos pois não teríamos opções melhores naquele horário. O combo do Big Mac saiu por aproximadamente R$ 35,00. Após o almoço partimos para Valparaíso, que está ao lado de Viña, e ficamos espantados com o abandono da cidade, ruas sujas, muitas pichações, muitos moradores de rua, realmente um lugar muito bonito, mas em péssimo estado de conservação. Dava pra ver monumentos lindos pela cidade, inclusive um arco que ficava numa avenida central, muitas praças e parques, todos muito mal cuidados. Realmente uma pena, resolvemos procurar a casa de Pablo Neruda, mas estava um inferno para chegar lá, acabamos desistindo, por fim, demos uma volta numa feirinha tradicional que se encontra na frente do prédio da Marinha e resolvemos que seria melhor voltar. Na volta pegamos muito trânsito e inclusive pontos de congestionamento, graças à organização chilena, eles fecharam algumas faixas da rodovia que seguia de Santiago para Valparaíso, para que os carros pudessem usar como faixa reversa, foi uma boa escolha para nós, pois cortamos alguns quilômetros de trânsito completamente parado. A chegada até Santiago ocorreu tranquila, mas com trânsito constante. Como já era tarde, resolvemos passar em um supermercado, comprar alguma coisa fácil para fazermos e logo voltar pra casa. Assim jantamos e já fomos descansar, no outro dia partiremos em direção ao Atacama, mas antes, uma parada em Copiapó. 08/01 - Santiago à Copiapó Neste dia acordamos bem cedo, deixamos as coisas arrumadas no dia anterior, tomamos um café e já partimos para pegar pista, como estávamos indo para San Perdro de Atacama, escolhi a cidade de Copiapó para dormirmos e seguirmos em frente no dia seguinte. A cidade é frequentemente escolhida por viajantes que fazem este trecho Santiago - SPA, principalmente por ser cidade mais desenvolvida, que oferece maior gama de opções, além de ficar mais ou menos no "meio do caminho" até SPA. Como percorreríamos mais de 800 km ao longo do dia, preferimos sair cedo para o dia "render", foi uma boa opção, apesar de muito bem conservada, a maior parte da pista é simples e quando se pegava um caminhão, nem sempre era fácil encontrar um ponto de passagem, sem contar que existem algumas cidades pelo caminho, onde se pega trânsito e a velocidade de rodagem cai bastante. Entre as duas cidades não existe muito á ser visto, é muito interessante ver que neste dia as paisagens mudam muito, indo desde o litoral, ate deserto à perder de vista. Os postos aparecem com uma certa frequência, mas lugares para comer, são bem escassos, encontra-se mais dentro das cidades que vão aparecendo ao londo do trajeto. Vale a pena destacar que no caminho, se passa pela cidade litorânea de La Serena, que é realmente muito bonita e estruturada, pena não ter tempo para poder curtir melhor o lugar. A rodovia estava bem movimentada, mas o trânsito fluía bem, apesar disso, nem sempre era possível andar na velocidade máxima que na maioria das vezes era de 110 km por hora, com isso, andávamos num ritmo mais lento, fazendo com que o tempo não rendesse muito. Paramos para almoçar em um restaurante chamado Lennon (em referência aos Beatles), que fica na cidade de Vallenar, pedimos uma parrillada chilena, que parece a argentina e uruguaia, porém a principal diferença é que nesta a carne vem com uma espécie de "molho" em baixo, o que deixa o prato mais com cara de um ensopado do que de fato é, das 3 parriladas que comemos na viagem essa certamente foi a pior. Porém, muito bem servida, o que fez com já estivéssemos com a "janta" pronta. Após almoçarmos, já voltamos para a pista para chegarmos o quanto antes, mais algumas horas de viagem e já avistamos a cidade, que praticamente depende exclusivamente da mineração, essa por sinal é a cidade onde está a mina onde ocorreu o acidente com os 33 mineiros no Chile. O local em si é muito desértico e seco, porém, era bom já irmos acostumando, pois encontraríamos muito disso em SPA. Chegamos e fomos direto ao apartamento que havíamos alugado pelo Airbnb, nossa anfitriã Glória, muito simpática estava nos esperando e o lugar era de fácil acesso, o GPS encontrou sem problemas, após nos hospedarmos, fomos para o mercado comprar algumas coisas para comer com o que sobrou da parrillada. Além disso, aproveitamos e passamos numa farmácia para comprar um medicamento para mal de altitude, você encontra vários na internet, e realmente nos ajudou bem durante a viagem. Voltamos para o apartamento e todos estávamos muito cansados e como havíamos almoçado bem e não fazia muito tempo, fizemos alguns lanches com a carne que sobrou e acabamos indo dormir cedo. No outro dia era dia de chegar em San Pedro de Atacama. 09/01 - Copiapó à San Pedro de Atacama Mais um dia de muito asfalto e o destino final era San Pedro de Atacama, após uma boa noite de sono, acordamos cedo e partimos atrás de um lugar para tomarmos café, apesar da cidade ser grande, padarias no estilo das do Brasil, onde é comum se ter mesas para tomar café da manhã, não existem. Vimos no maps a recomendação de uma padaria chamada La Chilena, partimos para ela, porém, acabamos não ficando por não ter lugar para tomar café por ali, tentamos a sorte em vários lugares e todos muitos simples, não havia espaço para tomar café em nenhum deles. Resolvemos então voltar para a primeira opção, que era "menos pior", decisão muito acertada, pois a dona do estabelecimento, muito simpática, ofereceu uma parte do balcão para comermos e mesmo não tendo lugar para sentar, tomamos nosso café ali mesmo. Nossos planos eram de conhecer o Museu de Copiapó onde estão algumas peças que foram utilizadas no resgate dos 33 mineiros, porém, como era uma segunda-feira, ele estava, porém, no dia anterior, pesquisando na internet, vi que a mina onde ocorreu o acidente era cerca de 50 km da cidade e havia saída para a pista onde seguiríamos caminho, por isso, não tivemos dúvidas e fomos até lá. Grande parte do caminho é estrada de terra que está em condições razoáveis, porém, chegando lá, ela estava fechada para visitação, tiramos apenas algumas fotos de até onde conseguimos chegar e um pouco frustrados voltamos para nosso caminho. Neste dia, eu coloquei uma parada "extra" na cidade de Antofagasta para vermos o monumento natural "La Portada", uma rocha esculpida pela força do vento e da água do mar que parecia ser muito bonito. Pegamos novamente muitos trechos de pista simples e alguns de pista dupla, o importante foi que ao longo do caminho pegamos um longo trecho que subia os Andes e neste ponto a pista está toda duplicada em ótimas condições, claro, pedagiada, como todas as grandes rodovias do Chile, neste dia andamos muitos quilômetros em áreas desérticas, extremamente secas, onde não se via nem mesmo arbustos, os postos são escassos em alguns trechos, por isso, sempre que possível, pare para abastecer. Como havíamos feitos lanches no dia anterior com o que sobrou da parrillada, a ideia era almoçar em Antofagasta quando chegássemos no monumento, porém com a parada não prevista na mina, acabamos atrasando muito nosso dia, como resultado acabamos chegando relativamente tarde na cidade. Apesar de ter lido muitos relatos negativos sobre a cidade, Antofagasta se apresentou muito bonita e bem cuidada, principalmente na parte da orla da cidade, tudo muito limpo e organizado, deixando a desejar apenas uma local onde havia muitos ciganos, que realmente não tinha uma boa impressão. Após conhecermos um pouco da cidade, era hora de chegar até o monumento, e ele é realmente inacreditável, o tom de azul esmeralda, contrastando com imensas falésias e a La Portada foi de encher os olhos. Após tirarmos muitos fotos, almoçamos com um visual deslumbrante, que com certeza valeu muito ter ido até lá. Após um rápido descanso, voltamos para a estrada em direção à SPA, e ainda havia um caminho considerável pela frente. No planejamento que havia feito, fiz os cálculos para que não precisasse dirigir à noite, principalmente por questões de segurança, mas neste dia por causa das paradas extras, principalmente na mina em Copiapó, acabamos por ver o Sol se por quando estávamos indo de Calama para San Pedro de Atacama. Após cerca de 1 hora dirigindo a noite, chegamos em San Pedro, e a noite, realmente não deu para ter nenhuma boa noção da cidade, o jeito foi procurar a pousada onde ficaríamos para fazermos o check-in e descarregar as coisas. O GPS nos levou direto à Pousada Andina, que fica um pouco afastada do centro, mas fácil acesso, principalmente se estiver de carro. Depois de nos alocarmos na pousada, o jeito foi procurar alguma coisa para comermos, e é importante dizer que San Pedro é uma cidade um pouco confusa para dirigir até que você se acostume, por isso, acabamos comendo um cachorro-quente num trailer que acabamos encontrando perto da pousada e essa foi nossa janta neste dia. Agora era hora de descansar para no outro dia começar a descobrir tudo o que a cidade tinha à nos oferecer. 10/01 - San Pedro de Atacama Primeiro dia em San Pedro de Atacama, estávamos muito ansiosos para ver tudo o que a cidade tinha à oferecer e conferir se realmente era realmente tudo aquilo que falavam sobre ela. Começamos nosso dia tomando café numa padaria chamada La Franchutteria, que está muito bem recomendada no maps e no tripadvisor, de fato, as avaliações são reais, o local é excelente, com um preço alto, mas de muita qualidade, aliás, falando em preço, o Chile como disse anteriormente é um país muito caro para nós, mas San Pedro de Atacama é ainda mais caro, então não adianta, o jeito é procurar gastar menos, porque aqui tudo é inevitavelmente caro. Após um bom café da manhã fomos em direção às Lagunas Altiplânicas, li na internet que era possível conhecer muitos lugares no Atacama de carro, mas por questões de segurança, optamos por fazer apenas o primeiro dia com nosso carro, os outros passeios faríamos com alguma agência de viagem. O GPS funcionou muito bem neste momento, e segundo muitos relatos que li na internet, as Lagunas Altiplânicas eram um dos lugares que se conseguiria chegar uma certa "tranquilidade" com um veículo que não fosse 4x4, de fato a maior parte do caminho é muito tranquila, estrada asfaltada, em boas condições, bem sinalizada e tranquila. Após algum tempo de estrada, avistamos o local por onde passa o Trópico de Capricórnio, pequena pausa para foto e já retomamos nossa rota. Até pouco antes de chegar nas Lagunas a estrada está muito boa, porém, nos últimos 5 quilômetros ela se torna de terra e está em uma condição muito ruim, porém devagar e com calma consegue se chegar até o destino e realmente não se precisa de um veículo com tração nas 4 rodas. Ao chegar no parque paga-se 3 mil pesos chilenos para entrar, um valor justo uma vez que o local conta com uma boa estrutura, incluindo banheiros limpos e áreas de descanso. Ao avistar as Lagunas pela primeira vez se tem a ideia de estar dentro de um papel de parede do Windows, uma das paisagens mais bonitas de toda a viagem, o contraste entre o azul turquesa das lagunas com os Andes de fundo é deslumbrante, por isso, hora das fotos. É importante ressaltar que as Lagunas estão à cerca de 4500 metros de altitude, o que faz com que uma caminhada possa parecer uma corrida quilométrica, por isso andar com calma, tomar muita água e se proteger corretamente do Sol é obrigatório. O passeio inclui conhecer duas lagunas, a Miscanti e Miñiques, uma está ao lado da outra e o acesso é muito fácil. Este é com certeza um local incrível do qual nunca esqueceremos, o visual que se tem é absurdamente lindo e dá vontade de passar o dia inteiro admirando o lugar. É possível também avistar vicunhas e flamingos nas lagunas. Após tirarmos muitas fotos e ficarmos deslumbrados com o visual, no nosso roteiro do dia, estava previsto também conhecer as Piedras Rojas, por isso, voltamos para a pista e seguimos nosso caminho. A rodovia que leva até Piedras é bem conservada até certo ponto, depois disso pegamos um bloqueio de cerca de 20 minutos, pois a estrada de terra está sendo toda asfaltada. Pista liberada, continuamos nosso caminho, porém, para nosso azar, a entrada para as Piedras Rojas estava fechada. Os índios que moram por ali fecharam diversos acessos pois estão requerendo a criação de um parque a preservação do lugar, outros dizem que eles querem apenas dinheiro, de qualquer forma, só podemos olhar da pista e apesar de não podermos ter descido até lado, o visual é lindo, andamos mais alguns quilômetros, até chegarmos na Laguna Tuyajto, com uma visão maravilhosa, depois disso acabamos retornando, pois queríamos chegar cedo em San Pedro para poder reservar os passeios do dia seguinte. Passada cerca de duas horas, estávamos de volta à San Pedro e fomos direto para Rua Caracoles, que é onde tudo acontece na cidade, como levamos muitas porcariadas na viagem, neste dia acabamos não almoçando. Decidimos não reservar nada aqui no Brasil e fechar todos os passeios na hora, o que foi uma boa escolha pois os preços são muito melhores, as agências mais famosas e conhecidas normalmente tem agenda mais lotada, porém, existem MUITAS agências de viagem em SPA e não tem porquê ficar com medo de não "não conseguir" fazer o passeio. Após muito andar e pesquisar, fechamos com a agência Vulcano Turismo, que estava em 9º lugar no tripadvisor. O atendimento foi muito bom, os preços ficaram bem em conta (quanto mais passeios você fizer, mais barato saíra, porém você corre o risco de pegar uma agência ruim e ficar "presa" à ela, por isso, pesquise bastante antes de fechar), e estava disponível para os dois passeios que gostaríamos de fazer, Geysers del Tatio e Salar de Tara. Claro que em 3 dias é impossível de se fazer todos os passeios disponíveis, por isso, escolhemos esses que julgamos ser os mais legais e que não é aconselhável se fazer por conta própria. Ao todo, os dois passeios que fechamos, saiu por 55 mil pesos por pessoa. Passeios fechados, voltamos para a pousada e fizemos uma jantinha rápida para comermos e logo descansar no próximo dia iríamos ver os Gêiseres e a van passaria para nos pegar às 4:30. 11/01 – San Pedro de Atacama 3:30 já toca o despertador, neste dia faremos o passeio até um campo geotermal chamado Geysers del Tatio e como o melhor horário para se ver o fenômeno natural é junto com o nascer do Sol, precisamos sair bem cedo. Por volta das 04:30 a van passou para nos buscar e a partir daí o melhor é dormir, ao menos tentar, pois não há muito o que se ver no caminho que estava muito escuro. Um detalhe importante, li em muitos blogs que era possível fazer o passeio até Tatio com seu próprio veículo e que não era necessário que fosse um 4x4, NÃO FAÇA ISSO! Sério, a menos que esteja com um veículo alugado, ou que você disponha de um somente para “acabar com ele”, do contrário eu não recomendo mesmo, primeiro pela questão de andar à noite numa estrada desconhecida e que está em PÉSSIMA condição, segundo porque um pequeno córrego atravessa a pista, dependendo do veículo, ele não passará, além de você acabar com seu carro por causa do percurso, ai vai de cada um. Optamos por fazer com agência e foi uma ótima escolha, passado cerca de 1 hora sacolejando por estradas muito ruins, chegamos até o campo geotermal, particularmente falando eu estava com uma grande expectativa em conhecer o lugar, pois além de fazer parte dos “passeios obrigatórios” do Atacama e ser muito recomendado por quase todos os viajantes, isso está ligado também com meu lado profissional, então, tinha tudo para ser um grande passeio. Em San Pedro a temperatura estava baixa, mas tranquila para suportar com apenas uma blusa de frio, porém, chegando lá, pegamos uma temperatura de -7°C, realmente um frio descomunal, como já sabíamos que pegaríamos temperaturas muito baixas, fomos preparados, e quase morremos de aflição ao ver algumas pessoas de bermuda e sandália, tem gosto pra tudo! O passeio não foi exatamente TUDO ISSO que falam, quem vai assim como nós fomos, esperando ver GRANDES gêiseres “explodindo” das entranhas do planeta, fica um pouco decepcionado com o que vê. A grande maioria são pequenas “poças” com água borbulhando, que ocasionalmente sobem alguns centímetros, porém, existem alguns que são maiores e seu jato de água consegue chegar a mais de um metro. É um passeio que eu recomendo fazer caso você tenha tempo, se não, eu não sei se vale tanto assim, a Marcela gostou muito, talvez eu tivesse criado muita expectativa, então, realmente ficou uma sensação de “poderia ser melhor”. De qualquer forma é um lugar muito interessante, que rende muitas fotos, além é claro de ver um fenômeno muito raro da natureza. Depois disso, o resto do passeio é pura “enrolação”, nos levaram para ver um gêiser de lama, que precisava subir uma colina para chegar até ele, como a altitude estava próxima aos 4500 metros, resolvemos não arriscar, o que pareceu ter sido uma boa, pois conforme o grupo ia voltando completamente esbaforido, diziam que não era nada demais. Depois disso passamos por um alojamento abandonado de mineiros, em uma laguna para observamos alguns flamingos e pássaros da região, passamos num povoado para ir banheiro e também comer carne de lhama, que acabamos dispensando pela falta de tempo, porém segundo os guias, dificilmente a carne é mesmo do animal. Passamos também para ver alguns cactos gigantes, que não tem nada muito especial, até retornarmos a agência de viagens. Realmente, depois dos gêiseres tudo é uma enrolação para “render o passeio”, muito desnecessário por sinal. Vale lembrar que neste passeio está incluso café da manhã e nossa agência prometeu um “banquete” nesta refeição, que na verdade foi extremamente simples e em pouca quantidade, por isso ao chegarmos do passeio, fomos reclamar por essa propaganda enganosa. Os funcionários da agência se desculparam, disseram que iriam averiguar o que havia acontecido e como tínhamos marcado mais um passeio com eles, prometeram compensar no dia seguinte. É esperar pra ver. Nesse dia fomos almoçar em um restaurante muito recomendado em blogs de viagem chamado La Pica del Indio (antes de qualquer coisa, pica significa comida barata), o barato em SPA está muito longe daquilo que consideramos, porém uma ótima refeição saiu por 5500 pesos, com direito à entrada, prato principal e sobremesa. Super recomendando, vale muito a pena. Depois disso demos uma passeada na Caracoles e como tínhamos acordado muito cedo, estávamos pregados, por isso concordamos em voltar para a pousada, descansar a tarde e dar uma volta à noite, além é claro do calor infernal que estava fazendo. Depois de uma tarde de descanso, não há muito o que se fazer em San Pedro à noite, sem que se gaste muito, como estávamos numa viagem low-cost, abrimos mão de algumas coisas para compensar em outras, por isso, após uma volta pelo centro, pegamos uma pizza na El Charrua, que está muito bem cotada nas avaliações, além de recomendada em blogs. Realmente vale muito a pena, pizza é ótima e nos serviu muito bem, não lembro exatamente o valor que pagamos por ela, mas na conversão ficou em torno de 60 reais, caro, mas acredite, esse é “barato” por lá. Terminado o jantar era hora de descansar, pois no dia seguinte iríamos para o Salar de Tara, aproximando dos 4800 metros de altitude. 12/01 – San Pedro de Atacama Após uma boa noite de sono, acordamos para mais um dia de passeio, após reclamarmos com a agência do café ruim no dia anterior, eles nos levaram na La Franchutería (que já comentei aqui no blog) para tomarmos nosso desayuno. Como era de se esperar, comida muito boa, porém nos foi oferecido o básico, já estava melhor que o dia anterior, mas passou longe do “banquete” prometido. Café tomado era hora de pegar pista, neste dia estávamos num grupo pequeno, apenas 6 pessoas, por isso fomos de carro para o Salar de Tara, o que com certeza foi muito melhor. Assim que entramos na pista que nos levaria até nosso destino, trânsito parado, fomos informados que havia chovido no dia anterior nas montanhas e por isso havia se formado gelo na pista, não podendo passar ninguém. Isso gerou uma grande frustração, pois queríamos muito fazer o passeio, nosso guia Francisco, sugeriu que fizéssemos outros tours para não perdermos o dia, informaram que a pista só abriria ao meio dia e ainda eram por volta das 10:00. O fato é que ficamos pelo menos uns 30 minutos por ali, discutindo sobre o que faríamos, foi a melhor coisa que fizemos, pois logo depois a pista foi aberta antes do previsto, caso optássemos por outro passeio, com certeza teríamos perdido um dos visuais mais lindos que já vimos em nossas vidas. Pista liberada, seguimos a diante, após rodar quase 2 horas, chegamos à primeira parada do passeio, no famoso Monge de La Pacana, uma rocha vulcânica que foi esculpida pela ação do vento e da chuva fazendo com que a pedra ficasse com um formato de um monge com um rosto indígena, realmente muito interessante. Fotos tiradas, partimos então para adentrar o deserto e ir à busca do Salar, este passeio é OBRIGATÓRIO se fazer com agência, pois, além de ser necessário um veículo 4x4, não existem caminhos a serem seguidos, nem trilhas, é preciso conhecer muito bem o local para não se perder. Após rodarmos alguns quilômetros, nos deparamos com uma das vistas mais lindas que já vimos em nossas vidas, espalhadas pelo deserto, existem uma formações rochosas que levam o nome de Las Catedrales, por fazerem uma alusão a uma catedral com suas torres, é preciso um pouco de imaginação, mas a grande surpresa foi o GELO que se formou em meio ao deserto, exatamente isso, GELO NO DESERTO! Inacreditável, tudo estava coberto por uma fina camada de gelo, que com o contraste da areia avermelhada formava uma visão única, até nosso guia ficou impressionado, ele disseque faz o passeio há mais de 10 anos e viu aquela cena pouquíssimas vezes, que era muito raro isso acontecer, realmente fomos abençoados. Após muitas e muitas fotos, admirando as belezas inacreditáveis continuamos nosso passeio observamos mais algumas formações todas cobertas por gelo, foi muito emocionante mesmo. É importante lembrar que nesse passeio o banheiro é a “mãe natureza”, por isso, é bom levar papel higiênico, lenços umedecidos e álcool gel, além é claro de muita água para encarar a secura do deserto e altitude que batia a casa dos 4800 metros. Depois de ver tantas maravilhas, era hora de finalmente chegar propriamente no Salar de Tara, que confesso, achamos muito sem graça perto de tudo aquilo que havíamos visto. Uma rápida parada para fotos e já seguimos, a ideia era passar por uma laguna antes de retornar, porém uma forte chuva estava se aproximando e o guia achou prudente pularmos essa parte e retornar, ele estava com medo que chovesse na pista e que formasse gelo novamente. Por sorte deu tudo certo, acabamos “desviando” da chuva e retornamos para SPA com segurança. Neste dia de passeio, um almoço está incluso, normalmente se almoça no deserto, mas como acabamos voltando mais cedo, comemos em um restaurante na Caracoles, comida boa, nada demais, mas deu pra matar a fome. Voltamos para a pousada maravilhados com tudo o que havíamos visto, porém, eu gostaria de ressaltar que caso não existisse a ocorrência de gelo o passeio até o Salar de Tara não é TUDO AQUILO que falam, ainda mais pelo preço, então, minha dica é: se tiver tempo, faça com certeza, mas caso esteja com tempo restrito, não sei se é um passeio imperdível, pois ele leva o dia todo. Combinamos de descansar um pouco a tarde para “fugir” do calor escaldante do deserto. Já à tardezinha, voltamos para o centro para andar mole, ver artesanatos e comprar algumas lembrancinhas. Neste dia jantamos no Burger Garden, um trailer de lanches muito gostosos que fica próximo a Caracoles, cada lanche saiu em torno de R$ 35,00 com batata, bebida à parte. Preço bom por uma comida boa. Antes de voltar para a pousada e arrumarmos as coisas, decidimos nos distanciar um pouco da cidade para observar o céu do Atacama, confesso que li muito na internet sobre a beleza desse céu noturno, mas estando em San Pedro, achei ele bem “normal”, acabamos não fazendo também o tour astronômico, mais por uma questão de gastos e também para sermos “obrigados a voltar” para isso, além de outros passeios “obrigatórios” que ficou para a próxima vez. Afastamo-nos cerca de uns 5 quilômetros da cidade e paramos num vilarejo para não ficarmos parados na pista, estava extremamente escuro, não se enxergava absolutamente nada, mas o que se abriu acima de nossas cabeças foi memorável! Uma quantidade infinita de estrelas, constelações e muitas outras formas que nem sei descrever bem com palavras, pois é inacreditável. O céu noturno do Atacama é realmente espetacular e indescritível, parece de mentira, só vendo para se ter noção e claro, e para as fotos ficarem boas, somente com câmeras especiais, mas estando ali, valeu cada segundo. Céu apreciado, era hora de voltar para a Pousada, arrumar as coisas e descansar bem, no dia seguinte iríamos enfrentar uma boa pernada até Salta na Argentina. 13/01 – San Pedro de Atacama à Salta Dia de ir embora é sempre muito ruim, ainda mais quando se gostou muito de algum lugar, todos nós ficamos vislumbrados com o Atacama e a cidade de San Pedro, de fato um lugar único, digno de todos os elogios que se lê na internet, é tudo isso e muito mais. O deserto não é um lugar fácil de ficar, é necessário tomar MUITA água, passar bepanthol nos lábios, protetor solar obrigatório em todos os momentos, proteger bem a cabeça é fundamental, a pele como um todo fica muito seca e o corpo sente muito a altitude nos passeios, mas tudo isso é “fichinha” perto de tudo o que vimos. Um adendo importante, SPA tem apenas 1 único posto de combustível, que está frequentemente cheio e é comum a gasolina acabar ao final do dia, por isso, é importante abastecer o carro de manhã e até chegar a aduana argentina, não existem postos. Malas prontas, carro carregado, partimos para tomar café na Franchutería, como uma espécie de despedida de SPA. Café tomado, era hora de partir de pegar estrada. Antes de sairmos de da pousada eu fui até um posto policial me informar sobre gelo na pista, já que o trajeto para Salta é o mesmo que leva até o Salar de Tara, a policial me informou que a pista seria aberta somente às 10 horas, por isso não tivemos pressa no café. Esperamos dar o horário e partimos rumo à Argentina, vale lembrar que por toda San Pedro se tem uma vista do vulcão Licancabur, mas ao longo do nosso trajeto ele aparece à todo momento, imponente na paisagem, uma imagem muito bonita. A pista que leva até a aduana está em bom estado de conservação, apesar de ser pista simples e não possui pedágios. A aduana chilena e argentina funcionam em um único prédio, o que facilita todo o processo de migração. Porém, vá preparado, ali você ficará algumas horas parado, quanto mais cedo conseguir passar, melhor. Lembrando também que neste trajeto atingimos o ponto mais alto da viagem, a 4830 metros, por isso leva muita água e se hidrate bastante para não sentir muito a altitude, quem sentirá é o carro, que ficará mais “fraco”, porém nada demais, é só seguir com calma sem forçar muito o motor que a viagem correrá tranquila. Levamos cerca de duas horas para fazer todos os trâmites, a fila estava muito grande, na hora do atendimento, tudo foi bem rápido. Com a papelada em ordem, era hora de passar o carro para a verificação. Nessa hora ficamos com um pouco de receio, pois havíamos comprado “um pouco” de vinho no Chile e as regras para transporte são um pouco confusas, por fim o policial nos liberou sem maiores preocupações. Assim que você passa pela aduana existe um posto de combustível, é recomendável que você abasteça pois grande parte do caminho os postos são escassos. O caminho até Salta é em grande parte tranquilo, porém, é importante lembrar que você passará pela Cuesta de Lipan, uma estrada com um conjunto de curvas inacreditáveis. Particularmente, eu achei uma delícia dirigir por este trecho, mas é importante ter todos os cuidados, pois a pista é realmente muito perigosa, ainda mais quando se tem um caminhão desgovernado atrás como aconteceu conosco, o melhor foi deixa-lo passar, e seguir tranquilo. Infelizmente pegamos muita neblina neste trecho e não pudemos parar para tirar uma única foto e nos poucos momentos que o tempo abriu, vimos uma beleza encantadora na paisagem. Quero voltar lá um dia com certeza. O caminho até Salta passa pelas Salinas Grandes, um salar que é cortado pela rodovia, parada obrigatória para tirar fotos. Se tiver sorte de ter chovido naquela semana, você encontrará uma fina camada de água sobre o sal, dá um efeito de “infinito” lindo nas fotos, por sorte, estava assim no dia. Como tomamos um bom café e saímos tarde de SPA, acabamos não almoçando neste dia e comemos algumas porcariadas que havíamos comprado, isso nos ajudou à ganhar tempo. O trajeto em geral é muito bonito, porém, mais à tarde começou uma chuva muito intensa e várias pequenas paradas programadas tiveram que ser deixadas de lado, como por exemplo, a Quebrada de Humahuaca que é linda, mas vimos apenas pelo carro, uma pena realmente. Em alguns trechos a rodovia é duplicada, mas em via de regra a maior parte ela é simples e bem conservada, com poucos trechos ruins. Nesta parte da viagem, antes da chegada em cada cidade havia um posto da polícia, fomos parados em todos eles, e conhecendo a “fama” dos policias argentinos estávamos prontos para aquela famosa propina que eles cobram, porém, quero destacar que todos eles foram muito educados e atenciosos e em momento algum precisamos “pagar um café” para sermos liberados. Chegamos em Salta já a noite com uma garoa fina, paramos para jantar no restaurante Sueños, próximo ao hotel. Neste dia o jantar foi uma milanesa acompanhada pela deliciosa cerveja que leva o nome da cidade, comida simples, porém barata, cerca de R$ 40,00 o prato para duas pessoas. Logo após o jantar fomos para nosso hotel, ficamos hospedados no Luxor, muito bom e bem localizado, recomendo. Hora de descansar para no dia seguinte conhecermos um pouco dessa cidade que é conhecida com “La Linda”. 14/01 – Salta Aproveitamos para acordar mais tarde nesse dia, nossa única programação era a de ir no Museu de Alta Montanha ver as incríveis múmias de llullaillaco, três crianças incas congeladas que foram encontradas no topo dos Andes e estavam em perfeito estado de conservação por causa das baixas temperaturas. Pelas fotos parecia ser algo inacreditável, então, precisávamos conferir. O centro de Salta é realmente muito bonito, plano, bem cuidado, com uma bela praça central, rodeada de comércio, bares, cafés e restaurantes, além de duas igrejas muito bonitas próximas uma à outra. O museu abria apenas às 11 horas, por isso “enrolamos” um pouco por ali até que ele abrisse e entramos para ver se as múmias eram realmente tudo isso. Caso você seja estudante, leve sua carteirinha, a entrada no museu é relativamente cara, cerca de R$ 25,00 dependendo do câmbio, então, qualquer desconto ajuda. O MAM como é conhecido é um museu pequeno, mas muito bem estruturado e cuidado, logo no início você entra numa sala onde está passando um vídeo sobre o resgate das múmias, muito interessante e mesmo estando em espanhol é possível compreender bem. No local você encontrará registros da expedição realizada, além de muitas informações sobre a cultura Inca, com um acervo interessante de objetos. Mas este não é o principal atrativo do museu, como eu comentei, foram encontradas 3 múmias de crianças que serviram de oferendas aos deuses e graças às baixas temperaturas elas estavam em perfeito estado de conservação e elas são expostas, uma de cada vez no museu. Por isso, antes de chegar até a parte principal, você vai sendo imerso na cultura local. No dia que e que fomos, a múmia em exposição era da “Donzela” uma adolescente de aproximadamente 15 anos. É indescritível com palavras o sentimento de se ver a menina, não dá pra acreditar que aquele corpo tem mais de 500 anos e está num perfeito estado de conservação, é realmente muito impressionante, pois a sensação que se tem é que ela irá acordar a qualquer momento. Particularmente eu fiquei muito impressionado, e ficaria ali horas observando cada detalhe da múmia, mas como o fluxo é intenso, caso você demore muito, já começam a resmungar atrás, então, aproveite cada momento. Não é permitido tirar fotos, por isso a imagem que coloquei foi retirada da internet. O museu conta ainda com mais alguns acervos interessantes, como uma múmia que havia sido roubada de um sítio arqueológico e recentemente foi devolvida ao museu, mas que não está no mesmo estado de conservação das anteriores. O MAM vale muito a visita, mas você não ficará ali mais do que uma hora, mas se estiver passando por Salta, a presença lá é obrigatória. Após a visita ao museu, fomos para um mercado comprar algumas coisas para comermos durante o próximo dia de viagem, que seria muito longo, além de algo para jantar. Saindo de lá, procuramos um lugar para almoçar e acabamos escolhendo o El Charrúa, após lermos muitas recomendações na internet. Não é um restaurante barato, mas valeu cada centavo, a melhor parrilada que comemos em toda a viagem e certamente uma das melhores carnes que já comemos na vida, vale muito a pena. Para 2 pessoas o valor ficou em aproximadamente R$ 150,00 com bebida. Depois do almoço resolvemos descansar no hotel, pois apesar de não estar um sol escaldante o dia estava muito quente e abafado. Como comemos muito bem no almoço, acabamos não jantando e fomos dormir cedo para enfrentar uma boa pernada até Resistência. 15/01 - Salta à Resistência Após uma boa noite de sono, acordamos bem cedo para cairmos na estrada, pois nesse dia rodaríamos cerca de 10 horas até Resistência. Como nesse dia não tínhamos programado nada, à não ser percorrer muitos quilômetros, já começou bater aquela "depressão" de fim de viagem, fora o cansaço acumulado de 25 dias rodando por aí. Café tomado, carro arrumado, seguimos nosso caminho. A rodovia que vai até Resistência é quase toda simples, com pequenos trechos duplicados, o movimento é intenso em algumas partes, principalmente perto de cidades. Porém, o que vale a pena destacar é o estado do asfalto, no geral é ruim, mas no trecho entre Toloche e Monte Quemado, ele chega à ficar quase intransitável, andando à 10 km/h, desviando de um buraco grande para cair em um pequeno, muito ruim mesmo. Após passar Monte Quemado ele começa a melhorar, mas a atenção ainda tem que ser redobrada, somente próximo de Pampa del Infierno ele começa a realmente ficar bom, neste trecho existem muitas obras de melhorias na pista. Por causa do estado de conservação do asfalto, acabamos demorando mais que o esperado, além disso, cidades grades ou médias são muito raras em todo o trajeto, postos na maioria das vezes só aceitam pagamento em dinheiro ou cartão VISA, o MasterCard não é bem aceito. Deixamos para almoçar em Presidência Saenz Roque Peña, uma das maiores cidades encontradas no trajeto, porém é incrível como eles "respeitam" a sesta depois do almoço, a cidade estava completamente morta, parada, com todos os comércios fechados, chega a ser inacreditável, nem supermercados grandes estavam funcionando. O jeito foi se virar com algumas porcariadas que tínhamos no carro pra dar aquela enganada. Chegamos em Resistência por volta das 19:00, ficamos hospedados no Hotel Del Pomar, uma mansão que foi transformada em hotel. O prédio é muito bonito, mas quando se entra, se entende porque o preço é relativamente em conta, extremamente mal cuidado, além de funcionários muito mal educados, aquela combinação perfeita que derruba qualquer lugar. O quarto era muito espaçoso, um banheiro enorme, com hidromassagem, completo, mas como tudo no hotel, muito mal cuidado. Deixamos as coisas no quartos e partimos em busca de algo para comer, e descobrimos que cartão é algo que não se aceita nessa cidade. Passamos em mais de 10 comércios, alguns grandes e super movimentados, pagamento somente em dinheiro e como estávamos para deixar a Argentina, tínhamos poucos pesos conosco, não dava para uma refeição para nós 4, por sorte passamos por um shopping e resolvemos arriscar. Foi o nosso achado, acabamos comendo uma massa tipo Spoletto, preço bom e comida razoável, para nosso jantar estava ótimo após um dia cansativo e exaustivo. Agora era hora de ir dormir para chegarmos no Paraguai no próximo dia. 16/01 - Resistência à Assunção O planejamento inicial era voltar direito ao Brasil depois de sair de Salta, mas após ler em vários blogs e no Fórum dos Mochileiros relatos de pessoas falando bem de Assunção, resolvemos arriscar e se nada desse certo, faríamos umas comprinhas pelo menos. Café tomado (fraco por sinal), arrumamos o carro, já caímos na estrada, um dos poucos pontos positivos do hotel era o fato dele ficar ao lado da rodovia. Pegamos estrada rumo à Assunção, pista simples, mas bem conservada, movimento tranquilo e logo estávamos chegando na aduana. Nossa "ideia" de Paraguai é aquela que a maioria dos brasileiros tem, principalmente quem já foi em Ciudad del Este, uma muvuca interminável, tudo muito sujo, pirataria, camelos, gente tentando te vender alguma coisa o tempo todo, enfim, aquela visão clássica, mas ao chegar na aduana Paraguaia fomos surpreendidos, apesar do prédio simples, do intenso movimento e do aparente caos, um funcionário (pensamos isso quando vimos, estava até de crachá) já veio nos orientando sobre onde parar o carro, onde ir nas cabines, muito educado e solícito, logo ficamos impressionados, não tivemos um atendimento desses em nenhum lugar que passamos, nem no Chile. Continuamos à fazer os trâmites, sempre com a cordialidade do "nosso" funcionário particular nos auxiliando e também outras pessoas. A última parada foi na conferência de documentação do veículo e essa foi a primeira vez que pediram para ver o Seguro Carta Verde, nós tínhamos tomado cuidado com todos estes detalhes, então ficamos tranquilos. Após a conferência, um outro funcionário disse que nos acompanharia para ver o veículo, tudo normal. Chegando no carro, ele disse que nem ia pedir para abrir, que viu que nós eramos "gente boa", e já ia nos liberar, porém, neste momento tudo o que havíamos construídos de bom sobre o Paraguai, desmoronou, o funcionário que nos acompanhou até o carro pediu uma "caixinha", segundo ele, "qualquer R$ 100,00 tá certo". Um absurdo! Neste momento a vontade de explodir foi grande, mas honestamente, o que adiantaria? Com certeza ficaríamos parados ali o dia inteiro por "pirraça" e no final, só nós é que perderíamos, depois de quase 30 dias viajando e quase derretendo no calor Paraguaio, eu acabei pagando R$ 50,00 para evitar confusão. E aqui deixo uma DICA IMPORTANTE: sempre que você for fazer alguma conta, use o seu celular ou calculadora, fiz um pequeno câmbio na aduana pois havia um pedágio antes de chegar em Assunção e o cara com uma calculadora, fez os cálculos na minha frente e conseguiu me enganar, inacreditável, só me dei conta quando já estava à quilômetros, até na calculadora eles conseguem nos enganar. Após o pagamento da caixinha, ao menos conseguimos cortar uma fila grande que estava formada na aduana, não gosto dessas coisas, e sou completamente contra esse tipo de atitude, mas ali, eu não vi outra coisa a se fazer. Aparentemente todos os funcionários estão dentro do esquema. Toda aquela boa sensação de quando chegamos, já tinha ido embora. Chegando em Assunção, eu tive a sensação de estar entrando na Índia, um movimento infernal, leis de trânsito não existem, setas também não, preferencial, nada... Só faltou uma vaca atravessar as avenidas. Nosso GPS funcionou bem novamente e chegamos no hotel com tranquilidade, ficamos no Acosta Ñu Apart Hotel, não fica no centro, mas é de fácil acesso, num lugar tranquilo e seguro, hotel simples, com atendimento codial. Arrumamos nossas coisas e fomos explorar um pouco a cidade para ver se tirávamos aquela sensação horrível que tivemos do Paraguai. Fomos Shopping del Sol para ver se realmente os preços eram bons como diziam e de fato algumas coisas são bem baratas, mas a maioria é parecido com o do Brasil. Aproveitamos para almoçar por ali mesmo e a alimentação é muito barata, compensa bem. Como o cansaço da viagem estava meio que se acumulando cada vez mas, resolvemos voltar para o hotel e descansar o restante do dia, tanto que acabamos pedindo algo para comer ali mesmo. No dia seguinte iríamos para a famosa Rua Palma, onde diziam que se encontrava de tudo, vamos conferir. 17/01- Assunção Acordamos cedo para dar uma volta na Rua Palma e nesse dia minha irmã iria embora, pois precisava chegar antes do que nós por causa do trabalho. Tomamos café da manhã no hotel, simples sem nada demais, e já partimos para o centro, antes demos uma volta pela orla, vimos a sede do governo, chamado Palácio de los López, e outros prédios históricos, mas achamos os locais meio inseguros e sem lugar para estacionar, resolvemos seguir nosso caminho. A rua é muito fácil de ser achada, fica bem no centro da cidade e o mais difícil é achar lugar para parar, um estacionamento foi a melhor opção. De fato se encontra de tudo nessa rua, desde grandes lojas com produtos originais e caros, até dezenas de camelôs espalhando seus produtos pelo chão. Os preços não são muito atrativos, a maior parte das coisas é cara ou o mesmo preço daqui, barato mesmo só "muambas". Ali existem muitas casas de câmbio, mas o real é bem aceito, porém com uma cotação pior, se tiver dólares, ali é um bom lugar para se gastar. Achamos ali também o McDonald's mais barato da viagem, o combo do Big Mac saiu por aproximadamente R$ 15,00. As meninas gostaram muito de uma loja chamada Unicentro, uma tipo loja de departamentos, onde se acha de tudo um pouco, segundo elas o preço estava bom, principalmente para coisas de decoração de casas. Após algumas compras já estava chegando na hora do voo da Camila, então partimos para o Aeroporto. Um detalhe, o asfalto em Assunção é sofrível, por isso, muita calma para preservar o carro hehe. O trânsito estava carregado e o GPS se perdeu um pouco, aparentemente havia ocorrido algumas obras pelo caminho e ele ainda não estava bem atualizado, porém após alguns erros pelo caminho conseguimos chegar. O aeroporto de Assunção é pequeno e simples e no caminho se passa pela sede da Conmebol, onde li que tem até um museu interessante, mas ninguém animou entrar, ainda mais com o calor descomunal que fazia. O melhor à se fazer era voltar para o apartamento, descansar no ar condicionado e dar uma volta mais tarde. Apesar de ser de noite, o calor úmido continuava, combinamos de ir no mercado comprar algumas porcariadas para levar no próximo dia de viagem. Aproveitamos e compramos também algo para jantar, e já voltamos para o apartamento para comer e descansar, a partir deste ponto da viagem, a canseira veio com força e o tempo contribuiu muito pra piorar. Amanhã é dia de chegar em Salto del Guairá. 18/01 - Assunção à Salto del Guairá Este dia começou conturbado, eu já havia ficado ruim no dia anterior com sintomas de virose e nessa manhã minha mãe estava péssima (todo cuidado é pouco com alimentação no Paraguai), nem tomou café, então eu a Marcela comemos rápido para partimos em direção à Salto. Com o carro arrumado e preocupado com a minha mãe, pegamos a estrada e no Paraguai todas as pistas que passamos eram simples, mas em estado bom de conservação, o que nos chamou a atenção foi o grande número de comandos policiais pelo caminho, fomos parados em todos eles, mas no geral os policiais foram cordiais e educados com exceção de um ou outro mais mal humorado e grosso, em quase todas as paradas policiais foi solicitada a Carta Verde, além é claro da habilitação e documento dos veículos. O Paraguai foi o único país que pediu essa documentação. Parando várias vezes por causa da minha mãe, demoramos um pouco mais que o esperado para chegar e a ideia era que chagássemos cedo em Salto para ir em algum dos famosos shoppings que existem lá. Chegando na cidade, fomos direto para nosso hotel, ficamos no Elizabeth, boas instalações e com preço razoável. Nos arrumamos no quarto, minha mãe preferiu ficar descansando, então eu e Marcela fomos ao shopping Mapy, que segundo as recomendações da internet possuía o preço um pouco mais alto, porém compensava pela diversidade, atendimento e tranquilidade. Foi uma boa escolha, mas os preços realmente não são muito atrativos, como chegamos no shopping por volta das 15:00 e o comércio fecha muito cedo às 18:00, não conseguimos percorrer com calma todos os corredores, mas o que nos chamou muito a atenção foi o preço muito baixo de bebidas, algumas delas custando quase a metade do preço do Brasil. Compramos algumas coisas, porcariadas em geral, e já estava na hora de fechar, o legal é que ali também se encontra uma praça de alimentação que funcionava até mais tarde, comemos no Burger King e um combo do Wooper saiu por volta de R$ 18,00. Pra variar, o tempo estava muito quente, então voltamos para o hotel para ver como minha mãe estava e também descansar, no dia seguinte voltaríamos ao Brasil. 19/01 - Salto del Guairá á Londrina Após uma boa noite de sono, minha mãe já estava melhor e depois de um café da manhã bem mais ou menos, já estávamos com o carro arrumado para regressar ao Brasil, quase 30 dias depois. Sabíamos que antes de entrar em terras brasileiras, precisaríamos fazer a saída do Paraguai, mas acabamos saindo do país sem nem ver onde ficava a tal da aduana. Acabamos perguntando para alguns policiais brasileiros sobre o local, e com uma má vontade absurda, apenas nos mandou voltar e se informar no Paraguai, já no Brasil, retornamos para terras paraguaias e lá encontramos a aduana que é um prédio muito simples, que se você não olhar com atenção, passa direto, como fizemos. Acho que quase ninguém faz a saída do país, porque o funcionário que nos recebeu teve que ligar o computador para nos atender, acho que não esperam que as pessoas deem a saída. Depois de feitos os trâmites, pegamos estrada rumo à Londrina e aqui deixo o aviso, as estradas do oeste do Paraná estão em PÉSSIMO estado de conservação, chega à ser ridículo, rotas super movimentadas, ligando cidades muito importantes com um asfalto sofrível, um descaso enorme e quando a rodovia melhora, continua em pista simples e com pedágios na casa dos R$ 20,00 um verdadeiro assalto. Somente próximo de Londrina que a rodovia se torna duplicada e o movimento continua intenso. Almoçamos em um restaurante no estilo country que achamos pelo caminho, mas como era tarde, estavam servindo apenas salgados, deu pra matar a fome e já voltamos para a pista Em Londrina ficamos no Cedro Hotel, muito bom por sinal, quarto simples mas limpo, atendimento muito cordial e bem localizado. Como "perdemos" uma hora para retornar ao Brasil, e a estrada em grande parte te obriga à andar devagar, chegamos um pouco tarde na cidade. Minha mãe optou por tomar uma sopa no próprio hotel, então e a Marcela resolvemos sair para jantar, fomos comer no Koalla, restaurante japonês muito bem recomendado. A comida é boa, atendimento cordial, mas nada demais, não justificou o preço, nem muito menos o número de elogios. Hora de voltar para o hotel, descansar e no dia seguinte, chegamos em casa. 20/01 - Londrina à Limeira Acordamos cedo e após um ótimo café da manhã, já estávamos dentro do carro partindo em direção à Limeira. A partir deste ponto, as rodovias são no geral bem conservada, mas predominantemente simples e claro, com os pedágios mais caros da vigem, sim, inclusive mais caros que até o Chile! Uma vergonha o valor cobrado pelo serviço oferecido, é ridículo para dizer o mínimo, mas não tem o que fazer, o jeito é seguir viagem. Chegando no estado de São Paulo existem muitas formas de se chegar até Limeira, optamos por seguir pelas rodovia Castelo Branco e foi uma escolha muito acertada, a estrada estava tranquila, pista boa, era só seguir o caminho. Neste momento já vai dando aquele aperto no coração por saber que agora a viagem está realmente chegando ao fim, porém junto com isso, somos envolvidos por um sentimento de "dever cumprido" e de muito agradecimento por podermos ter vivido tudo isso. É uma alegria imensa lembrar de tudo aquilo que vivemos nos últimos 31 dias. Nesse dia não há muito o que dizer, apenas agradecer novamente por tudo ter dado certo e em momento algum ficamos expostos à alguma situação de risco. Limeira já pode ser vista no horizonte, viajar é tudo de bom, mas é melhor ainda quando você tem para onde voltar. Chegamos em casa, tiramos a última foto. Acabamos de concretizar a melhor coisa que fizemos em todas as nossas vidas.
  7. Olá mochileiros(as)! Vim relatar uma roadtrip que eu e meu noivo, Luís, fizemos em dezembro de 2017. Saímos de Jaraguá do Sul/SC de carro (Vectra GT 2.0) e fomos até San Pedro de Atacama. Sei que há bastante relato sobre esse destino, porém, nada mais justo do que colaborarmos com nossa experiência depois de tanto utilizar o site Começarei com alguns tópicos antes de descrever o dia-a-dia, pois as vezes pode ser a dúvida de alguém. DOCUMENTAÇÃO Não temos passaporte, por isso fomos somente com o RG e CNH. O carro é financiado, porém o documento está em meu nome. Mesmo assim, escolhemos pedir ao Banco onde o financiamento foi feito a Autorização para Viagem ao Exterior para garantir. Depois fui ao Cartório para fazer o Apostilamento da Convenção de Haia (válido para os 2 países que passamos, Argentina e Chile). Fizemos Carta Verde pela SulAmérica através de uma seguradora daqui de Jaraguá. Pagamos R$151,38 por 12 dias. Tem a opção de fazer na fronteira, porém, como estávamos com horários apertados, não quisemos correr o risco. E foi ótimo, pois quando passamos de manhã para a Argentina, ainda estava tudo fechado. O SOAPEX, válido para o Chile, nós fizemos pelo site da HDI Seguros https://www.hdi.cl e pagamos $10,13 (dólares) no cartão de crédito. Fizemos também, para cada um, o seguro viagem. É o tipo de coisa que pagamos torcendo para não usar, mas é muito importante tê-lo. Contratamos pela Real Seguro Viagem. Custou R$66,24 cada, válido por 10 dias. A CNH de meu noivo, condutor por toda viagem, não foi pedida. Os policiais estavam mais interessados em saber sobre mim, a proprietária do veículo. Mas não deixa de ser um doc. obrigatório. Confesso que em nenhum momento nos pediram a autorização do carro e seu apostilamento. Mas tê-los em mãos foi uma tranquilidade pra minha cabeça durante a viagem rs. Outra questão foi a propina para policiais. Lemos que isso ocorre muito, e também ouvimos de pessoas próximas. Conosco não aconteceu isso. Na verdade, fomos parados apenas 1 vez na Argentina – na ida – além das fronteiras. E o policial que nos parou foi muito gentil,só pediu documento do carro e meu RG e nos lembrou de manter os faróis acesos lá mesmo durante o dia. Levamos cambão, kit primeiros socorros e os 2 triângulos exigidos, mas que também não foram pedidos. DINHEIRO Não foi nossa primeira viagem na América do Sul. Porém, cometemos um grave erro que não tínhamos feito ainda... Eu troquei na cidade onde moro uma grande quantia em pesos argentinos, o que seria suficiente para ida e volta (gasolina, hotéis, comida). A minha ideia era que só passaríamos por essas cidades, ou seja, não teríamos tempo de percorre-las atrás de casas de câmbio, então essa alternativa seria um ganho de tempo. E foi, mas perdi dinheiro. E muito. Pegamos uma cotação horrível, e cada centavo encarece demais uma conta a pagar na viagem. É muito mais vantajoso trocar na cidade. Se quiser levar alguma quantia na moeda do país, aconselho levar pouco. Resumindo: levamos 400 dólares, 3700 reais, 60.000 pesos chilenos e 9400 pesos argentinos. Também levamos cartão de crédito internacional. Em real, reservamos para tudo isso 8 mil. Mas por causa do “erro” da cotação podemos considerar que perdemos mais de 500 reais do total Os pesos chilenos eram só pra entrar no país, o restante para os dias que ficamos em San Pedro trocamos na rua Toconao, onde tem muitas opções. Os dólares foram o melhor negócio! Quando compramos, pagamos o equivalente a 3,30 reais por dólar. Lá vendemos por 3,42! ROUPAS Fomos no verão, mas por causa da altitude em alguns passeios, sabíamos que pegaríamos muito frio (chegamos a 10 graus negativos!). Por isso levamos casacos, gorro, calça, shorts, vestido, regatas... Mas sobre a temperatura falarei melhor em cada dia. DIA 1 – 23/12/17 (JARAGUÁ DO SUL – SÃO JOSÉ DO CEDRO) Optamos por não andar muito na ida para não cansar demais, e também porque quisemos fazer alguns caminhos de dia por causa da paisagem. Saímos logo após o almoço e percorremos 585km. Fomos sentido Mafra, Porto União, Palmas...Não pegamos pedágio nesse trecho. Nos hospedamos no Hotel Cedro Palace que fica perto da rodovia e pagamos R$110,00 pelo quarto duplo. A entrada da cidade tem o asfalto muito ruim, por isso cuidem com os buracos! Tudo no hotel é novo e bem confortável. O café da manhã estava incluso e era bem servido, com muitas opções! OBS: todas nossas reservas eram feitas pelo Booking e os nosso filtros eram: estacionamento gratuito, wifi e café da manhã incluso. Reservamos cada hotel 1 dia antes de ir para a cidade. Exceto o hotel em San Pedro de Atacama por causa da concorrência da data e dos preços que aumentam no final de ano. DIA 2 – 24/12/17 (SÃO JOSÉ DO CEDRO – RESISTÊNCIA) Após o café, saímos em direção a Dionísio Cerqueira para passar pela fronteira com a Argentina. Foi tudo bem rápido. Passamos por um primeiro guichê (sem sair do carro), onde o rapaz pediu nossos documentos, o do carro e a carta verde. Também tivemos que abaixar os vidros para enxergar que éramos só em 2 e abrir o porta malas. Depois estacionamos mais a frente para fazer a Migração. Descemos até o estabelecimento para entregar os mesmos documentos e dizer para onde estávamos indo. A moça preencheu tudo com nossos dados, nos entregou o papel e pediu para que guardássemos ele para a saída do país. Ali em Bernardo de Irigoyen abastecemos no YPF. No caminho todo abastacemos lá e no Shell. Em ambos os postos pedimos a Nafta Super (equivalente a nossa gasolina aditivada). O litro custava entre 24,99 e 26,36 pesos argentinos. DICA: Já adianto que a conveniência do YPF é mais cara. Chegamos a pagar 430 pesos para comer um lanche lá. A do Shell tem um preço beeem melhor e até mais opções. Pena que não são em todos os trechos que encontramos ele. Cuidado com uma coisa que em vários lugares fazem: não colocam preço nas mercadorias. Eles decidem no caixa o quanto querem te cobrar. Chegamos a pagar o equivalente a 13 reais por 1,5L de água. Se tiverem a oportunidade de entrar nas cidades para comprar essas coisas, aproveitem. Pois sentimos bastante diferença no bolso. No trecho desse dia, pagamos 3 pedágios: dois de 20 pesos cada e um de 15 pesos. No geral as estradas te um bom pavimento e o limite de velocidade chega a 110km/h. Dá pra andar bem por causa das retas, mas tem que cuidar muito com os animais na pista. Desviamos e até tivemos que parar o carro por causa de cachorros, bois, cabras e cavalos. Usamos o app Maps.me para vermos nos mapas off-line onde tinham postos, restaurantes, pedágios e radares no caminho. Foi muito útil para programarmos quando parar para abastecer, principalmente, pois em alguns trechos demora pra encontrar um posto e as vezes ele é sem bandeira ou simplesmente está fechado. No restante do caminho, usávamos os mapas baixados do Google Maps. Em Resistência ficamos no Hotel Del Pomar. Pelas opções do booking, achamos as hospedagens disponíveis pro dia muito caras. Esse estava em “oferta” e saiu por $52 (dólares). É um hotel diferente do que estamos acostumados. Podíamos ter rodado a cidade para procurar outros que não estivessem no booking, mas sempre chegávamos muito cansados e o tempo estava curto. Nos programamos muito mal para passar o dia 24 na estrada. Os estabelecimentos fecham cedo, claro (no máximo até as 18h). Então nossa ceia foi um pacote de batata Lays e 2 cervejas. DIA 3 – 25/12/17 (RESISTÊNCIA – TILCARA) Tivemos que pagar um pedágio no Chaco. Custou 30 pesos – o mais caro que encontramos tanto na ida quanto na volta, mas nada comparado aos pedágios que pagamos nas estradas brasileiras. E outro pedágio perto de Salta. Esse saiu por 5 pesos (o mais barato). Em Monte Quemado, passando a rotatória da entrada, paramos num posto que tinha restaurante, do lado esquerdo da rodovia. Cada um comeu uma milanesa grande (frango) com salada e suco (eles estavam sem batatas, principal acompanhamento dos pratos de lá). Tudo saiu por 270 pesos. A estrada fica muito ruim por uns 30km após passar esse lugar. Muitos buracos, dava até medo pelo carro. Mas assim que passa o posto policial, tudo mudou e voltou a ter uma ótima pista. Foram 932km até chegar em Tilcara. E que cidade linda! Nos apaixonamos pela simplicidade das ruas, das pessoas...e estava bem cheia! Conforme nos aproximamos, a paisagem nos presenteia com lindas montanhas como podem ver nas fotos: Demos entrada no Hostal Antigua Tilcara. Pagamos $99 (dólares) por 2 diárias para casal. O lugar é muito aconchegante, nos sentimos em casa. Algumas coisas poderiam ser melhores: sair mais água no chuveiro e ter opções de salgado no café (um presunto e queijo estaria perfeito!). A internet não é muito boa, oscila bastante, mas deve ser por causa da localização. Descemos a rua do Hostal para dar uma volta a pé e depois jantar. Paramos no restaurante A La Playa para jantar. Dividimos uma cerveja local tipo stout chamada Tilcara. Eu comi Lomo de Lhama com creme de curry e batatas, e meu namorado pediu uma Milanesa com batatas. Tudo saiu por 440 pesos incluindo os 15 pesos da entrada (torradas com uma pasta de berinjela temperada). ALTITUDE: Tilcara encontra-se a 2465m de altitude. Já adianto que nem lá e nem no Paso de Jama (a 4200m) passamos mal. Estávamos preparados para vomitar, ter dores de cabeça, etc. Mas nosso organismo deu uma mãozinha e talvez ter feito o caminho de carro subindo aos poucos deve ter ajudado. O maior problema que enfrentamos foi o tempo seco. Nariz sangrando, olhos ardendo e boca rachada. Mesmo usando soro fisiológico, colírio e manteiga de cacau, foi difícil. De manhã e a noite é friozinho, pegamos 11 graus nesse período. Mas a tarde é quente apesar de ventar bastante. Acho que chegou a 30 graus. DIA 4 – 26/12/17 (PASSEIOS EM TILCARA) Após o café da manhã no Hostal, fomos de carro até Pucará de Tilcara e o Jardim Botânico de Altura (ficam no mesmo lugar). Estrangeiros pagam 100 pesos para entrar e ganhar um folheto/mapa explicativo como guia da visita. Neste dia as refeições foram mais econômicas, almoçamos no próprio Hostal, pois serviam combos individuais. Cada um pediu 4 empanadas + 1 Quilmes long neck, tudo por 100 pesos. A tarde fomos até Purmamarca visitar o famoso Cerro de los Siete Colores. Logo na entrada da cidade tem como estacionar o carro na rua e seguir a pé por 1 ou 2 quarteirões. Para você subir num morro de frente para o Cerro e observá-lo melhor, precisa pagar 5 pesos. É jogo rápido. A montanha é linda, claro, tem que visitar. Mas não precisa separar muito tempo para isso. Quando voltamos a Tilcara fomos passear na Plaza Alvarez Prado, a principal e onde muitos artesãos vendem suas criações. Passamos numa vendinha para comprar aquelas sopas de saquinho e um pouco de pão haha essa foi nossa janta. Aproveitamos que o Hostal tem cozinha compartilhada para dar uma economizada. DIA 5 – 27/12/17 (TILCARA – SAN PEDRO DE ATACAMA) Tchau Tilcara, tchau Argentina. Após o café, abastecemos o carro na saída da cidade (tem um YPF lá) e partimos rumo ao Paso de Jama que nos levaria ao destino principal: San Pedro de Atacama. Passamos por muuitas curvas na RN52, logo após Purmamarca. Dá medinho, mas o caminho é lindo demais! O asfalto está muito bom, o que dá mais segurança para dirigir por lá. O último posto de gasolina antes de subir o Paso de Jama fica na saída de Susques (na rodovia mesmo). Lá completamos o tanque e cada um comeu um lanche e o refri foi dividido. O “almoço” deu 170 pesos. Passamos pelas Salinas Grandes no caminho. Vale muito a pena parar para apreciar. A aduana chilena fica um pouco antes da fronteira em si. No primeiro guichê nos entregaram um papel que seria o controle dos carimbos. Estacionamos o carro e entramos. Lá dentro são 6 tramites, entra na fila do primeiro e conforme vão carimbando, eles te liberam para o próximo. Até o 4º pedem identidades ou passaporte e documento do carro. No 5º cada pessoa preenche a Migração, lá contém seus dados e se você declara estar levando mais de 10 mil dólares (ou o equivalente em outra moeda), produtos de origem animal ou vegetal ou animais de estimação. Depois de entregar a declaração eles perguntam se temos certeza do que declaramos e o último tramite é a revista do carro e das malas. Após a revista é dado o último carimbo e pode prosseguir. Todo o processo é demorado, acho que ficamos 1h lá. Já quaaaase chegando tem a Laguna Pujsa que dá uma prévia das coisas lindas que veríamos nos dias seguintes. Tínhamos reservado 4 noites no Hostal Montepardo 3 meses antes da viagem. Porém, como precisamos antecipar em 1 dia, não conseguimos entrar antes lá, já estavam cheios. Por isso a primeira noite em San Pedro dormimos no Hostal Atacama North. Foram pagos $64,26 (dólares) por um quarto com 2 camas de solteiro e banheiro compartilhado. Achei caro em vista do que estávamos pagando no caminho e do que estavam nos oferecendo. No mais, tudo bem organizado e limpo. Depois de fazer o check-in fomos a Rua Caracoles e suas transversais para fechar os passeios, trocar dinheiro, comprar água e jantar. A rua é demais! Tudo gira em torno dela: restaurantes, mercados, lojas, agências, câmbio... Pesquisamos em 4 agências e fechamos os passeios na Sun Travel (ou Yalcana) Pagamos 130.000 pesos chilenos em 3 tours para 2 pessoas: - Geysers del Tatio (4:30 as 12h com café da manhã) – incluindo Vado de Putana e o povoado Machuca - Piedras Rojas e Lagunas Altiplanicas (7h as 18:30 com café e almoço) – incluindo Salar de Atacama, Laguna Chaxa, Toconao, Socaire, Trópico de Capricórnio. - Laguna Cejar e Tebinquiche (16:30 as 20:30 com snacks e Pisco Sour) – inclui flutuação na Laguna Piedras e uma vista linda do pôr-do-sol na Tebinquiche com Pisco Sour. As entradas nos parques são a parte, nenhuma agência inclui esses valores nos passeios porque o pagamento é individual. Passarei os valores no relato de cada tour. Lá é muito comum o Menú. Geralmente ele compõe uma entrada, um prato principal (fondo ou principale) e as vezes vem bebida ou sobremesa (postre). No restaurante Paatcha (Caracoles, 140) o menu vinha acrescido de taça de vinho. Além disso pedimos 1 cerveja artesanal do tipo IPA e tudo saiu por 20.000 pesos (com 10% de atendimento chamado lá de propina ou “tips” e é opcional). A moça que nos atendeu era brasileira e nos explicou que toda noite lá você escolhe se quer 10% de desconto ou 1 Pisco Sour. Ficamos com a 1ª opção. Água lá preferimos comprar galão de 6 litros e encher nosso cantil. Pagamos 2500 pesos mas encontramos por até 1750 em alguns lugares. Convertendo, isso dá o mesmo do que pagávamos o de 1,5L na Argentina... DIA 6 – 28/12/17 (GEYSERS DEL TATIO / VADO DE PUTANA / MACHUCA) Nosso combinado no Hostal Atacama North foi: deixar paga a diária, deixar o carro estacionado na frente e as malas arrumadas dentro do quarto com a chave em cima. Assim a recepcionista poderia deixar na sala dela até voltarmos do tour e liberar o quarto para outros hóspedes, pois o check-out era 11:30 e só chegaríamos depois das 12h. Ela foi muito atenciosa em nos oferecer um lanche para levar de madrugada, já que não tomaríamos café lá. Mas recusamos, pois sabíamos que essa refeição estava inclusa no passeio também. E nos foi o suficiente. 4h da manhã acordamos, pois entre 4:30 e 5h a van da Sun Travel passaria para nos buscar rumo ao primeiro tour. É muito comum um determinado passeio não fechar número de pessoas o suficiente na agência. Quando isso ocorre, eles realocam as pessoas para ir com outra agência. Foi o que nos aconteceu no primeiro dia. Entrada por pessoa: 10.000 pesos. As 7h descemos do micro ônibus já nos Geysers e estavam deliciosos -10 graus! Fomos bem preparados com casacos, gorros, etc, pois quando fechamos o pacote o Alejandro (vendedor e guia da Sun Travel) nos alertou sobre a temperatura. O lugar é maravilhoso, e todos são avisados das regras que devem ser seguidas, pois já houve casos de pessoas que morreram no local por desatenção e desrespeito a essas regras. O guia Cristobán era muuuito animado e fez todos acordarem e se interessarem pelas explicações que ele dava. Até o momento que nem frio mais sentíamos <3 Ali mesmo, ao lado do micro, foi montada uma mesa com café, chás, pães, frios, bolos e bolachas e todos conversaram um pouco, comeram e apreciaram a vista. Em nosso tour tinham franceses, chilenos, alemães, brasileiros... Voltamos a estrada e paramos no Vado de Putana. Putana é o nome do vulcão que se vê ao fundo na próxima foto e nesse local se encontra uma ave que faz um barulho parecido com uma risada. Mais a frente, paramos no povoado Machuca, onde pudemos ficar 30 minutos livres, sem guia. Comemos um espetinho de lhama e andamos até uma igreja que tem no alto. Ao voltar para San Pedro, fomos almoçar no Sol Inti (Tocopilla, 130). O menu desse dia incluía entrada, prato principal e sobremesa. Além disso, cada um pediu uma cerveja Austral. Tudo saiu por 17.000 pesos. Buscamos nossas malas e o carro no hostal e fomos fazer o check-in no Hostal Montepardo, onde ficamos até o último dia. Eu amei lá! É muito familiar, a decoração é maravilhosa, tem 3 gatos lindos e o quarto é muito confortável. O Rodrigo nos recepcionou e nos apresentou tudo. Também se ofereceu para explicar sobre a região e ajudar nos tours. Tiramos a tarde para descansar, pois eu estava me sentindo um pouco mal. Acredito que por causa da diferença de temperatura da manhã para a tarde. E também porque vacilei em tomar pouca água só porque estava frio. Fim do dia fomos conhecer o La Frachuteria. É uma casa de croissants e pães comandada por um francês. Vale muito a pena tomar um café lá. Não é barato, mas eu mesma adoro esse tipo de comida e nunca tinha experimentado um tão bom! Cada um comeu um croissant salgado e dividimos um doce (de framboesa com chocolate branco). Eu tomei um café preto pequeno, e o Luís um com leite grande. Tudo saiu por 11.200 pesos. Eu já fui com a ideia de comprar umas lembrancinhas simples para familiares e para a gente também. Gostamos de ter em casa objetos que nos lembre constantemente da viagem. Então fomos até a Feira Artesanal ao lado da Iglesia San Pedro de Atacama. Acredito que os artesãos tem um acordo sobre os preços para não geral muita concorrência. Por exemplo, havia os mesmos objetos em todas as barraquinhas pelo mesmo valor. Uma ou outra se destacava por vender algo diferente. Roupas, decoração, acessórios, ervas, etc. Artesanato não é algo barato e acho que nem deve ser. Achei os preços bem justos. Compramos (quase) tudo o que queríamos para nós e para os outros e gastamos o equivalente a R$80,00 Para esta noite eu tinha reservado há meses o tour astronômico. Era o passeio mais esperado por mim. Ao chegar na agência SpaceObs para pagar, fui informada que estavam cancelando devido a quantidade de nuvens e a Lua cheia. Apesar de ficar muito chateada, eu entendi que é um lugar muito sério. Eles não queriam receber por um passeio do qual eu não desfrutaria completamente. Para quem não sabe, a luminosidade da Lua atrapalha a observação do céu, como o que ocorre com a luminosidade artificial que temos nas cidades. Fica para uma próxima DIA 7 – 29/12/17 (LAGUNAS ALTIPANICAS, PIEDRAS ROJAS E SALAR) De novo não conseguimos tomar café no hostal, mas o Rodrigo deixou preparado um lanche de queijo e peito de peru com uma banana e suco de maçã para cada <3 7:30 a van nos buscou. Foi um tour bem menor, com 8 pessoas. As explicações foram dadas pelo Alejandro em espanhol e inglês. Só nós 2 éramos brasileiros, a maioria eram coreanas e havia 1 italiano. Primeiro paramos no povoado de Toconao, onde observamos a igreja principal da cidade e ouvimos sobre os costumes religiosos e como a colonização espanhola influenciou neles. No caminho até a próxima parada, passamos pela marcação do Trópico de Capricórnio. Lá foi explicado como se reconhece onde está o Norte, Sul, Leste e Oeste. Depois viajamos até Socaire. Lá há um restaurante onde muitas excursões param para tomar café e/ou almoçar. Tinha café, chás, ovos mexidos, manteiga, marmelada e pães. De barriga cheia, fomos a pé até uma outra igreja. Ao voltar, seguimos até as Lagunas Altiplanicas (Mistanti e Miñiques). Ali é paga a primeira entrada do dia: 3000 pesos por pessoa. Há delimitações feitas com pedras no chão para não chegar muito perto. Já voltando sentido San Pedro, paramos para almoçar no mesmo local que tomamos café, isso já era 15:30. Estava inclusa a limonada, a entrada e o prato principal. Como em todos os lugares que servem menu do dia, você tem 2 opções de entrada para escolher e de 3 a 5 opções de prato principal. Piedras Rojas acredito ter sido o lugar que mais gostamos de visitar. A paisagem é maravilhosa e o contraste da água clara com as pedras avermelhadas é demais. Nossa última parada foi o Salar de Atacama. Para entrar lá, cada pessoa paga 2500 pesos. Observamos mais de perto os Flamingos Andinos (existem 3 espécies na região e eles explicam como as diferenciar pelas cores) e soubemos um pouco mais sobre a Artemia salina, crustáceo que é o principal alimento para os flamingos manterem sua cor. Chegamos em San Pedro por volta das 18:30. Fomos até o hotel tomar um banho e sair para jantar. Nesta noite comemos no Barros Cafe (Tocopilla, 418). Ali não tinha opção de menu completo, então fomos direto ao prato principal: o meu era um quiche de queijo gouda com cebolas caramelizadas e acompanhava salada. Do Luís era um lanche bem grande, mas não me recordo tudo o que vinha nele. Dividimos uma Pisco Sour com Rica Rica (é uma planta de gosto mentolado) e tudo saiu por 15400 pesos sempre com os 10% incluso. DIA 8 – 30/12/17 (LAGUNA CEJAR, PIEDRAS E TEBINQUICHE) Chegou nosso último dia na cidade Tomamos um café maravilhoso no Montepardo e fomos alugar uma bicicleta. Não me recordo o nome do lugar, mas fica no início da Caracoles (se vc começa-la pela rua Ignacio Carrera Pinto). Se for nesse sentido será o primeiro lugar escrito Rent a Bike a esquerda que verá. Pagamos 8000 pesos para usar as 2 bikes por 6 horas (mas ficamos bem menos que isso). Está incluso o capacete, colete verde de segurança, kit remendo de pneu, bombinha e cadeado. No dia anterior eu machuquei minha perna esquerda e estava com dor muscular. Por isso usamos a bike para ir só até Pucará de Quitor (dá uns 6km ida e volta). A entrada lá custa 3000 pesos e leva 2h aproximadamente para percorrer tudo. Devolvemos as bicicletas e finalmente conseguimos sentar no ChelaCabur (Caracoles, 212). É um pub que só toca rock e vende várias cervejas nacionais muito boas. Sempre que passávamos lá estava muuuito cheio. Acho que só pegamos mesa porque devia ter aberto há poucos minutos. A partir das 12:30 você pode pedir pizza. Eles encomendam da Pizzeria El Charrua e vc come na embalagem mesmo com guardanapos. Lá sai barato pedir garrafa tipo litrão. Tem de 3 marcas e sai por 2500 pesos cada! Mas como queríamos experimentar outras do cardápio, fomos pedindo em tamanhos menores. Tomamos umas 5 (algumas de 500ml e outras de 330ml) e pedimos pizza de mussarela. Tudo saiu por 30100 pesos. Nos empolgamos, mas pelo menos o que sobrou da pizza foi nossa janta para compensar o gasto. Voltamos para hotel para descansar e trocar de roupa, já que as 15:50 tínhamos que estar na agência para visitar a Laguna Cejar e Tebinquiche. Entrada na Cejar: 17000 pesos. É a entrada mais cara e lá nos explicaram o porque. Uma das atrações é você entrar na Laguna Piedras para flutuar, pois ela tem 9x mais sal que o mar. Como estamos sempre com protetor solar e também levamos sujeira do corpo à laguna, o tratamento daquela água sai caro para o Parque. Lá nos perguntamos: mas não era na Cejar que se entra para boiar? Pois é, entramos na Piedras. Há uma proteção em volta da Cejar, um deck de madeira com proteção de ferro para delimitar até onde podemos ir. Eu sinceramente não entendi se nunca pôde entrar lá ou se isso é recente e transferiram o “mergulho” para a Piedras, pois todas as informações e relatos que lemos antes da viagem se referiam a Cejar. Como saímos cheios de sal da laguna, pudemos tomar uma ducha (proibido usar sabonete ou shampoo) e nos trocar antes de seguir até os Ojos del Salar. Lá, em um dos “ojos”, da para mergulhar, mas precisa saber nadar (sua profundidade não é totalmente conhecida, mas estima-se ter mais de 20 metros). Então por este motivo não entramos Por último, chegamos a Tebinquiche e tínhamos uns 15 minutos para percorrer o limite em volta dela até a mesa estar posta. Enquanto apreciávamos o pôr-do-sol, comemos uns snacks (amendoins, bolachas e batatas) e tomamos a famosa Pisco Sour (tinha opção de suco para quem não bebe). De volta para San Pedro levamos esse fim de tarde maravilhoso na memória como uma despedida do dia e de lá. Queremos voltar, não deu pra ver tudo o que queríamos e o legal – ao meu ver, claro - é você realmente aproveitar a cidade. O bom de ficar mais dias seria ter pausas entre os passeios para não se esgotar muito. O sol e a secura do tempo nos deixou mais cansados do que o normal, apesar de não sentirmos os males da altitude. No relato da volta serei mais sucinta, pois as novidades já se foram. DIA 9 – 31/12/17 (ATACAMA – SANTIAGO DEL ESTERO) Antes de partir, abastecemos no posto COPEC que fica na Toconao. No Chile usamos a gasolina 93 que equivale a nossa comum aqui, enquanto a 95 seria uma aditivada (tem a 93, 95 e 97). Saímos as 8:30 e começamos a voltar. Fizemos um caminho um pouco diferente da ida e dormimos em Santiago del Estero. Nesse trecho teve apenas 1 pedágio de 5 pesos. Nos hospedamos no Hotel Ciudad que fica bem no centro. A diária saiu por $61,71 (dólares) com café e estacionamento. Após o check-in e um banho, saímos a pé para procurar um lugar aberto para comer. Quase tudo fechado e os que estavam abertos eram muito longe do hotel – não queríamos entrar no carro de novo – ou só com reserva para a ceia e festa. Até que no quarteirão de cima do hotel encontramos o Alma. É um restaurante muuuito pequeno, uma portinha na verdade com 1 mesa na calçada que faz comida árabe. Pedimos 6 esfihas, 4 blakavas de sobremesa e uma coca e pagamos 150 pesos. Deixamos 50 pesos de gorjeta para o dono, que é Sírio na verdade. E apesar de ser uma prática muito comum na Argentina, ele não queria aceitar. Insistimos e ele ficou bastante feliz. Deu um beijo e abraço em nós 2 e nos acompanhou até a calçada. Não vimos os fogos, na verdade acordamos com eles hehe DIA 10 - 01/01/18 (SANTIAGO DEL ESTERO – POSADAS) Após o café da manhã com muitas meias-luas, seguimos por mais 948km até Posadas. Tivemos 3 pedágios para pagar: dois de 30 pesos e um de 15 pesos. Dormimos no Hotel Maryland, opção mais barata que o booking nos deu para aquele dia ($52). O hotel é bem simples, até por isso achei um pouco caro pelo o que oferecia e pelo o que encontramos nos dias anteriores. Mas era confortável e era só isso que precisávamos, na verdade. De novo começamos a saga de procurar algo para comer. Tudo fechado e não queríamos comer salgado no posto. Rodamos um monte com o carro até acharmos uma pizzaria e lanchonete que nos custou apenas 80 pesos por 2 lanches e 1 coca-cola! DIA 11 - 02/01/18 (POSADAS – JARAGUÁ DO SUL) Tínhamos a opção de passar pela fronteira de Porto Xavier, de balsa. Mas resolvemos subir até Dionísio Cerqueira (mesmo lugar que entramos na Argentina) e de lá voltar pela mesma estrada até Jaraguá do Sul/SC. Tivemos só 1 pedágio de 20 pesos. Foi uma viagem tranquila apesar da chuvinha, da neblina e do trânsito que encontramos no Brasil, totalmente diferente das estradas desertas que já estávamos acostumados. Resumindo: Nosso gasto total foi de 3500 reais por pessoa para 11 dias. Podíamos ter cozinhado mais para não comer tanto fora, dormir em hostel com quarto e banheiro compartilhado, não comprar lembrancinhas, ir com mais pessoas no carro. Enfim, dá pra fazer essa viagem com menos grana ainda! Valeu demais a experiência, com certeza o que vivemos brevemente lá nos deu muitas lições sobre pessoas, valores e prioridades. Desculpem o tamanho do relato e por ter esquecido o nome de alguns lugares. Postamos mais fotos no instagram @mrlaalm e @luizion_ e se quiserem perguntar algo por aqui, ficarei feliz em poder ajudar. Beijos e até um próximo relato!
  8. Destino: Deserto do Atacama. Vontade: dirigir por várias das estradas mais bonitas e inóspitas da nossa América do Sul. Além disso, a gente só sabia que ia passar pela fronteira por Dionísio Cerqueira e ir seguindo o caminho mais curto que o GPS nos deu até lá. Não reservamos hostel, muito menos passeios. A pesquisa sobre documentação do carro, itens obrigatórios, clima e alguns destinos foi suficiente. O resto, o destino deu conta: uma rota sem roteiro. Antes de atravessar a fronteira, decidimos dormir em Francisco Beltrão que fica a 470 km de Curitiba, só pra descansar. Atravessamos a fronteira entre Dionísio Cerqueira e Bernardo de Irigoyen pra fazer o câmbio de reais para pesos e a Carta Verde já no lado argentino. Só é necessário preencher uma ficha de imigração na aduana informando seus dados pessoais e destino. GUARDE ESSA FICHA! Não cobram nenhuma taxa e não revistam o carro. O câmbio paralelo vale muito mais a pena do que o câmbio das casas de câmbio. 1 real = 12 pesos – paralelo 1 real = 8,5 pesos – casas de câmbio Carta verde: só existem 2 opções: 15 ou 30 dias. Pagamos (em reais mesmo) 100 reais pra 30 dias. Pedem o documento do carro, do motorista e tiram uma foto do carro. Os postos de gasolina ali aceitam reais ou pesos (enchemos o tanque em reais, pois valeu mais a pena). As estradas são ótimas na Argentina, e os pedágios quase inexistentes são baratos. Foram 4 ao todo, o mais barato 10 pesos e o mais caro 60 pesos. Recomendo parar em Ituzaingó pra dormir e abastecer o porta-malas com macarrão e empanadas, pois os mercados e lanchonetes são bem baratos. Além disso, é uma cidadezinha quente e “praiana” no meio do continente. O Rio Paraná passa por lá dividindo a Argentina e o Paraguai, e é usado como praia, muitos gaúchos preferem ir pra lá no verão ao invés de subir pras praias de Santa Catarina. Depois de Ituzaingó a viagem realmente começou. Assim que saímos da RN 12 e entramos na reta infinita da RN 16 a cor da bandeira da Argentina começa a fazer sentido. Um céu de azul imenso onde não se consegue enxergar o fim daquela terra encharcada pelos Chacos, tudo ainda a 200m do nível do mar. Vários povoados, algumas cidades grandes, muitas fazendas e várias opções de postos de combustível, ainda. As estradas são lisas e pouco movimentadas. Tivemos que ultrapassar caminhões pouquíssimas vezes, o cuidado maior é com animais atravessando a pista. Ambulantes vendem morangos gigantes e suculentos na estrada por apenas 80 pesos o kg. Decidimos parar para dormir em Monte Quemado, ponto de parada quase obrigatória para os motoqueiros. Tem apenas um hotel na beira da estrada que serve almoço e jantar, mas preferimos cozinhar macarrão com nosso fogareiro portátil. Economizamos muitos pesos com isso. A única parte ruim e esburacada da estrada dura uns 20km na saída de Monte Quemado. A partir daqui, já é possível enxergar a silhueta das montanhas que escondem as tão esperadas curvas. Depois da ferradura do mapa, começa o trecho mais surreal da viagem. Entramos na RN 9 – sem dúvidas, a rodovia mais bonita do norte da Argentina - e só o que se vê são montanhas. Por todos os lados. Secas, rochosas, com cactos, nevadas, de pedras, coloridas, rachadas, de todos os tipos possíveis. Alpacas, Vicunhas, Lhamas e Guanacos atravessam a rodovia e uma paisagem totalmente diferente aparece a cada km. Foto nenhuma é capaz de registrar essa imensidão. San Salvador de Jujuy é uma cidade enorme e barata. Perto dali ficam Purmamarca, Tilcara e Humahuaca: os passeios turísticos oferecidos por eles. Fique esperto com o horário de funcionamento do comércio: tudo fecha antes das 13 e reabre depois das 17. Encha o tanque em San Salvador de Jujuy. Depois dali, não há sinal de celular e o próximo posto fica a 200 km, em Susques. Mas não conte com isso! Um posto que fica a 3896 m de altitude nem sempre tem combustível. Não confie em todos os postos que aparecem no gps. Meu gps mostrou um numa cidade a 20 km de Jujuy. Chegamos lá, e era um posto desativado. Decidimos voltar a Jujuy para encher o tanque e garantir a viagem, foi a melhor decisão que tomamos. Dali pra frente, quase não há civilização. Então, conte com o trecho Jujuy > Paso de Jama = 330 km. Não é necessário levar combustível extra. No hostel em Jujuy, fizemos o seguro de carro obrigatório para entrar no Chile: o Soapex. É feito pelo site mesmo, custou 12 dólares para 10 dias. Aqui, foi a primeira vez que reservamos um hostel, queríamos garantir pelo menos a primeira noite no Atacama pra decidir o que fazer nos outros dias. Encontramos 3 mineiros que estavam voltando do Atacama de moto. 1 deles, passou por algum objeto na pista e isso quebrou o cárter da moto, ele estava esperando o guincho pra voltar ao Brasil. (Não é preciso ir até Humahuaca pra ver montanhas coloridas, elas estão por toda parte. Essa é a estrada entre San Salvador de Jujuy e Purmamarca) Perguntamos a eles quanto tempo levaria nesse trecho Jujuy/ Atacama. Eles disseram que não faziam ideia, pois pararam tanto pra tirar foto de estrada, pedrinha verde, pedrinha amarela, plantinhas, nuvem, salares, curvas... que perderam as contas. E é fato, tambem não fazemos ideia de quanto tempo levamos. A cada km, a cada fim de curva, uma surpresa. Pra esse trecho, saia cedo e aproveite o dia todo. Tínhamos pensado em parar em Susques pra dormir, mas conversando com eles vimos que não valia a pena, é um vilarejo com pouquíssimos hotéis caros e faz muito, muito frio. Depois de 2.000m de altitude, pisar no acelerador não é a mesma coisa. O carro vai perder potência, a luz do motor vai acender, o aviso de neve na pista vai aparecer. Mas quem fizer essa viagem vai entender que andar acima de 60km/h não é necessário – e nem é possível com tantas curvas de 180 graus. Lagunas e montanhas de cores inexplicáveis por todo caminho. Atenção para a fronteira da Argentina com o Chile, o Paso de Jama: como fica a 4800m de altitude, às vezes fecha por condições meteorológicas. Conferir antes de sair nesse site: https://pasosfronterizos.com/paso-jama.php Ali em Jama, deixamos o carro estacionado e fomos fazer os trâmites aduaneiros. O frio, o vento e a altitude aceleram o coração e nos dão uma falta de ar repentina. Na aduana, pedem apenas nossas identidades, documento do carro, carteira de motorista do condutor e AQUELA FICHA que preenchemos na fronteira do Brasil com a Argentina. Isso acontece várias vezes em vários guichês diferentes. Carros particulares tem preferência na fila J (escapamos das filas enormes dos ônibus de turistas e do raio-x das malas). GUARDE TODOS OS PAPÉIS QUE A ADUANA TE ENTREGAR, eles serão devolvidos na volta. Depois, tivemos que parar o carro debaixo de uma parte coberta no meio da pista na saída da aduana, tirar tudo de dentro e colocar sobre uma mesa para o guarda abrir e apalpar todas as mochilas/sacolas/sacos de dormir e ver se não estávamos levando nada perecível – o controle deles é muito rígido com frutas e legumes, por isso levamos apenas macarrão, molho e enlatados para passar a fronteira. Se precisar, ali tem um posto de combustível, mas tocamos direto até o Atacama ainda com a gasolina de Jujuy. Depois de Jama, há uma declive imenso de uns 2500m de altitude durante 150 km até o Atacama, sempre vigiados pelo imponente vulcão Licancabur. Do lado direito, fica a Bolívia, e por todos os lados, cadeias de montanhas e vulcões. O vento forte dificulta a direção e quase tira o carro do chão quando carros passam do outro lado da pista. O ATACAMA O destino viajante veio a nosso favor mais uma vez. O hostel que havíamos reservado – Valle del Desierto - ficava retirado do centro da cidade (escolhemos assim pra ter um lugar seguro para deixar o carro, pois no centro é tudo muito apertado e não tem estacionamento) e era cuidado por um casal de brasileiros, o Gabriel e a Carol. Foi o melhor lugar que podíamos ter achado, com direito a churrasco brasileiro, fogueira nas noites mais frias e uma vista do Licancabur, que ficava em tons rosados todos os dias na hora do pôr do sol. Haviam várias kombis viajantes estacionadas e gente do mundo todo, pois era véspera do feriado das festas pátrias – do dia 14 ao dia 19 – e vários intercambistas de Santiago sobem para o deserto. Ficamos cerca de 10 dias ali, na primeira semana aproveitamos o sossego, nos últimos 2 dias os banhos que eram ótimos já começaram a ficar frios devido ao feriado (o hostel e a cidade ficaram lotados!). A cidade é bem pequena, e só há comércio voltado para o turismo. Há várias vendinhas, quitandas e sorveterias espalhadas pela cidade. Usamos várias, pois cozinhamos bastante no hostel. Nas vendinhas não há bebidas alcoólicas, pois elas só podem ser compradas em Botillerías por motivos de legislação. É seguro tomar água da torneira quando a cidade está vazia, quando está cheia, prefira água engarrafada. Como nem só de macarrão vive o viajante, comemos muitas empanadas, que são bem grandes, tem quase em todas as vendinhas e custam sempre cerca de 1500 pesos. Também tomamos muito chá de coca, que é um ótimo digestivo. Nem procure restaurantes, vá direto ao Los Carritos. A comida é MUITO boa e é o melhor custo benefício da cidade. Peça os nomes mais esquisitos e se surpreenda com o que vai vir. Pra quem está com fome: 2500 pesos. Pra quem está com muita fome: 3800 pesos. Tem opções vegetarianas também. Os sorvetes, a Chicha Cocida (que é uma bebida alcoólica) e o Mote com Huesilhos têm sabores muito diferentes de qualquer coisa que você já tenha comido. As pêras são mais suculentas, os cactos tem frutos e aquelas árvores com florzinhas amarelas deixam cair ao chão castanhas duras e doces. Guarde esses nomes e se surpreenda com os sabores: ayrampo, chañar, rica rica, algarrobo, pomelo rosado, llucuma. Como em setembro é o final do inverno, pegamos vários tipos de clima. O sol é a única certeza. Os narizes sangraram nos dias de 4% de umidade e nuvens apareceram no céu quando uma frente fria se aproximou. Nesses dias, já não era possível colocar shorts e camiseta durante o dia sem um corta-vento e as noites eram salvas pelas segundas peles e o saco de dormir usado sob as cobertas. Importante: leve pelo menos um conjunto de segunda pele, 1 par de meias de inverno e um saco de dormir simples, mesmo que seja no verão. Eles salvaram a minha vida. Durante algumas madrugadas, fizeram temperaturas negativas – mesmo não sendo típico da época do ano – e tive que dormir de segunda pele, dentro do saco de dormir, debaixo das cobertas do hostel! Quando esfriava assim durante a madrugada, dava pra perceber quando saíamos de manhã que os vulcões estavam mais brancos de neve que no dia anterior. Ir de carro traz liberdade, economia e a certeza de que é o caminho que faz a viagem valer a pena. Os passeios oferecidos pelas agências são bem caros e engessados. Como não tínhamos horário para sair e chegar, íamos pegando dicas com quem conversávamos pra decidir o próximo destino. San Pedro fica no centro do Atacama, e é impressionante como a paisagem muda ao redor, mesmo num raio de poucos quilômetros. (Onde está o Uno?) Sal encrustado em rochas que parecem lunares e dunas gigantescas brilhando ao pôr do sol no Valle de la Luna, lugares jamais pisados pelo homem no Valle de Marte, uma vista surreal de montanhas intercaladas por outras montanhas na Piedra del Coyote, uma estrada com vento salgado e quente que termina na Laguna Tebinquinche, onde a vida parece não existir, mas existe. De repente, numa estrada que corta uma laguna seca, duas crateras cheias de água não tão salgada assim formam os Ojos del Salar. A surpresa maior fica com Toconao, a cidade vizinha que abriga o Valle de Jere - desconhecido até mesmo por alguns moradores de San Pedro – um oásis em meio ao nada, que foi habitado por alguns dos povos que deram origem a bandeira Wiphala e deixaram suas marcas nas rochas. Esses são os destinos mais bonitos e de estradas mais alucinantes de até 3000 pesos por pessoa para serem visitados ao redor de San Pedro. Há quem prefira mergulhar literalmente nas atrações naturais desse lugar. Para esses, existe a laguna Cejar por exemplo, onde é possível boiar em suas águas mais salgadas do que as do mar morto, por um preço que é tão salgado quanto ela (apenas a entrada é 15.000 pesos). Dispensamos também o passeio das Lagunas Altiplânicas - que custaria uns 80.000 pesos sem incluir as entradas – pois no caminho passamos por lagunas por toda parte e em todas as altitudes. Ah, o céu: não é preciso andar mais do que 2 metros na rua – ou no quintal do hostel mesmo -para conseguir enxergar todas as constelações, planetas, galáxias, estrelas cadentes. Ele faz valer a pena boca e nariz ressecados da baixa umidade, do sal, do sol e do frio. No hostel, um hóspede tinha um telescópio. Conseguimos ver a Lua e vênus em questão de segundos. ___________________________________________________ Voltar pelo mesmo caminho da ida dá uma perspectiva totalmente diferente de todos os lugares que havíamos passado. Leve tudo que quiser, pois na fronteira por Jama do Chile pra Argentina não fazem revista no carro. Pegamos um clima tão diferente que a estrada parecia outra. Mais vento, mais neve. Tivemos o prazer de ver uma raposa chilena e um tatu atravessando a rua. Só ficamos devendo a Vizcacha, que com certeza passamos por várias, mas não conseguimos enxergar nenhuma. Na Argentina, há muita polícia rodoviária. Éramos parados em quase todas as saídas das cidades. Em uma das únicas duas vezes que pediram nossos documentos, demos carona a um policial – é bem normal pedirem carona nas estradas argentinas. Procuramos evitar por segurança, mas como era um policial, e íamos tocar direto até perto da fronteira, aceitamos. Na outra que fomos parados, estava acontecendo um protesto de caminhoneiros: o policial pediu pra verificar os 2 triângulos e o extintor. Não é mito, levem! Há muitos relatos de polícia corrupta na Argentina, mas é mais ao sul da RN 14 onde o país se aproxima com o Uruguai. Antes de ir, havia conversado com um amigo Argentino e evitamos a fronteira por Uruguaiana exatamente por causa disso. Como queríamos entrar mais ao sul do Brasil do que na ida, passamos por São Borja. Eles pedem apenas os documentos, não revistam o carro, e cobram uma taxa de 450 pesos ou 57 reais por pessoa. IR DE AVIÃO NÃO TERIA A MENOR GRAÇA. VÁ DE CARRO! Resumo de infos mais importantes: Dinheiro na Argentina - Trocar reais por pesos na fronteira com a Argentina vale bem mais a pena do que no Brasil; - Não troque dinheiro em Jujuy, a cotação é péssima; Dinheiro no Chile - Em San Pedro de Atacama a cotação de reais para chilenos é ótima (para setembro desse ano: 1 real = 150 pesos chilenos, sendo que em Santiago estavam pagando 1 real = 158 pesos chilenos); - Não tem como indicar uma casa de câmbio, tem uma rua só pra elas e todo dia os valores mudam. O jeito é sair perguntando de uma em uma e negociar; - Deixar para trocar reais para pesos argentinos (para gastar na volta) no Atacama não é uma boa opção, a cotação é bem ruim; Carro - Evite estacionar o carro perto das esquinas das ruas. Escapamos de um acidente que teria dado PT no carro por pouco. Como o hostel não tinha estacionamento, deixamos o carro parado na rua ao lado na vaga perto da esquina. Um motorista argentino foi fazer a curva e perdeu o controle, passou raspando por nós e bateu no carro estacionado do outro lado da rua, que ficou com o eixo dianteiro totalmente quebrado e teve que ser guinchado. - Os itens obrigatórios são: extintor de incêndio e 2 triângulos. Cambão rígido, mortalha e etc é MITO. - A gasolina tanto na Argentina quanto no Chile custa praticamente o mesmo que pagamos no Brasil, as vezes até um pouco mais caro. Mas como é bem mais pura que a daqui rende MUITO mais. Na Argentina, usamos sempre a Super e no Chile, sempre a 93. Essas são as mais baratas. Documentos - Identidade com menos de 10 anos de expedição ou passaporte, ou um ou outro, tanto faz - Se o carro estiver no nome do motorista, apenas o documento do carro. - Fizemos a PID (permissão internacional para dirigir), mas em nenhum momento foi solicitada - Carta Verde: seguro obrigatório para o carro na Argentina. Não foi solicitada em nenhum momento também, nem na aduana. - Soapex: seguro obrigatório para o carro no Chile. Não foi solicitada em nenhum momento também, nem na aduana. Água - É tirada de poços. Tomamos direto da torneira sem problemas, só recomendamos comprar engarrafada se a cidade estiver cheia – muita gente polui a água -. Custa cerca de 1800 pesos o garrafão de 6l. Carro: Fiat Uno 1.0 2016/2017 Km rodados: 5.500 270 litros de gasolina: R$1.300,00 Autonomia: 20km/l Pneus Furados: 0 Troca de óleo feita antes da viagem Gps usado: Sygic Pouso mais caro/barato: 600 pesos por pessoa (Argentina) / 250 pesos por pessoa (Argentina) Gasolina mais cara/barata: 862 pesos (Chile) / 38 pesos (Argentina) Frase mais dita: “Olha essa estrada!” Gasto: aproximadamente R$2200,00 por pessoa. Levamos apenas reais em dinheiro vivo. Usamos cartão de crédito Nubank apenas para reservar hostel e fazer o Soapex. Duração: 20 dias
  9. Fala Galera, Tudo Bom? Oque vocês acham de juntar os amigos e viajar? Top né!!!! E viajar de Kombi, por quase 10 mil Km? Então! Muitos devem estar pensando que isso é até legal, mas uma verdadeira loucura e burrice. Mas nós somos loucos mesmo, por isso compramos uma Kombi ano 96 e decidimos ir nela para Machu Picchu/Peru. Nossa ideia foi sair de BH/MG, passar em Bonito/MS, Salar de Uyuni/Bolivia, Lago Titicaca (Bólivia e Peru) e finalizar em Cusco, ou melhor Machu Picchu/Peru. Depois voltar pelo caminho mais rápido possível. No inicio tivemos alguns problemas, pois nosso mecânico atrasou a entrega da Kombi em uma semana, ou seja, menos uma semana de viagem. Após muito trabalho e desgaste ela estava pronta. Como já estávamos atrasados, não dava para perder mais tempo, pegamos ela as 21:00 do dia 13/07/2017 e na mesma noite começamos a colocar os bancos, plotagem, bagageiro e trocamos as rodas, no final passamos a madrugada toda fazendo oque tinha que ser feito para começar a viagem. como estratégia, um de nós 6 ficou em casa dormindo, assim quando o trabalho de preparação terminasse, ele iria dirigir. Finalizamos tudo por volta de umas 09:30 do dia 14/07/2017. E as 11:00 após abastecer e lubrificar, saímos de BH rumo a Bonito/MS. Para não atrasar mais nossa viagem, fizemos um revezamento de motoristas, como já foi dito eramos 6, porem só 5 com CNH. Cada um dirigia um tanto bom e quando este casasse, outro assumia o volante. Ao longo do caminho tivemos dois problemas, após andar em torno de uns 900km começamos a sentir cheiro de gasolina, e vimos um rastro no asfalto. Bem! acredito que saibam que a kombi é famosa por pegar fogo,então assim que detectamos o cheiro saímos o mais rápido e analisamos no motor qual seria o motivo do vazamento. Ficamos olhando e especulando até que dois de nós, identificaram que havia uma braçadeira muito bamba, então apertamos ela e outras que estavam na mesma situação. Uma falha mecânica, que poderia dar fim a nossa viagem ali mesmo, mas consequência da nossa loucura, pois pegamos a kombi no dia em que seu motor tinha ficado pronto e colocamos na estrada, sem fazer antes um teste rigoroso. Bola pra frente! seguimos mais uns 100 km, até que o cheiro de gasolina voltou, novamente corremos para ver qual seria o problema, com uma nova analise, foi averiguado que uma mangueira não estava bem encaixada, por isso soltava gasolina quando acelerava. Neste momento alguns estavam com receio de continuar e a gasolina voltar a vazar, mas nosso ilustre capitão "Matchola Sparrow" nos afirmou que não iria acontecer, pelo menos não com aquela mangueira, pois ele viu como ela estava encaixada antes e como ficou depois, garantindo aos demais que não voltaria a acontecer. E de fato não ocorreu, vez ou outra achávamos que estava vazando gasolina, mas era só coisa de nossas cabeças. Vá me dizer que não iria ficar assim também??? Pois bem, chegamos em Bonito no dia 15/07/2017 em torno de umas 20:00, então não tinha como aproveitar nada, pois a noite em Bonito é bem parada, suas grandes atrações são seus parques naturais que funcionam de dia. Assim, só ficamos por montar as barracas, fazer um rango e dormir. Quando amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar! (brincadeira!!!!)rsrsrsr. Fizemos uma analise e para nós que ficaríamos por pouco tempo, era vantajoso o passeio na Nascente Azul, além de ser muito top o lugar, poderíamos ficar na reserva aproveitando seus atrativos como piscinas, tirolesas e outros, mesmo após terminar o passeio principal que envolve flutuação na água. Ficou em uns R$ 200,00 para cada, não achei barato, mas... foi de fato incrível!!! Por volta de umas 17:00 horas pegamos a Kombi, voltamos para o camping e fizemos um churras. Bom por hoje é isso, depois irei postar a continuação e falar sobre nosso triste encontro com a policia boliviana, a quase perda da kombi para o governo boliviano, a fuga da Bolívia para não perder a kombi e o quase fim dela em uma estrada de terra em Goiás!! Ah!! Apelidamos ela de Judit-Kombroza!! https://www.facebook.com/judithKombroza/
  10. Olá! me nome é Dominique (insta @domizila) e gostaria de compartilhar como foi nossa expedição ao Ushuaia! Uma vez que se faz uma expedição de carro, viagens de avião sempre deixam um gosto de quero mais! Essa é uma experiência que desejo a todos a oportunidade de vive-la um dia. Abrir um mapa, fazer as malas, entrar no carro e sentir uma emoção diferente a cada dia. Planejamento é preciso, porém nesse tipo de viagem o que mais temos são imprevistos, precisamos ficar atentos a eles, prever os acontecimentos. A partir do momento em que você decide fazer uma expedição, é preciso estudar muito os destinos, as regras, ter alternativas de caminho, ter um plano B, não contar com a sorte (por mais que usamos dela por muitas vezes nessa viagem) e sempre manter as pessoas informadas de onde você está. Aqui você vai encontrar dicas preciosas, com base em nossa experiência de uma expedição de carro de São Paulo para o Ushuaia – Tierra del Fuego. Porque fazer uma expedição de carro? Gostaria de começar por essa pergunta frequente! Já escutei muito... - “Mas, de avião você chega muito mais rápido” - “Você não tem medo de sofrer um acidente?” - “Da para chegar de carro tão longe?” - “Nossa, deve ser muito desconfortável” Pois é, nenhuma dessas perguntas é absurda! Acredito que a partir do momento em que você decide passar dias e mais dias dentro de um carro indo para lugares tão tão distantes, você tenha que ter a consciência de que essas perguntas tem fundamento. De todas as viagens que já fiz na vida, nenhuma bate a expedição, mas nem tudo são flores! Tivemos momentos de dificuldades, um pequeno acidente, enfrentamos alguns momentos de desconforto. Então, se você está querendo fazer essa viagem, acredito que essas são algumas das perguntas fundamentais para engatar a primeira e cair na estrada: - Eu sei que haverão dias desconfortáveis, estou disposta a passar por eles com positividade? - Barreiras da língua! Estou disposta a aprender um pouco mais sobre os lugares que estou indo? - Ao menos que você esteja disposto a investir muito dinheiro, não terei luxo, talvez não possa ir naquele restaurante, naquele bar, naquela balada, comprar aquela lembrancinha. Estou disposta a abrir mão de certas facilidades para viver a viagem em si? - Sei que será estressante, se for acompanhada, farei o máximo para não despejar as inseguranças no meu parceiro(a)? - Estou pronto para a aventura dos meus sonhos? *-* Claro que existem muitas outras perguntas, mas eu sou uma pessoa racional até demais rsrsr quero deixar claro que a viagem é MARAVILHOSAMENTE INACREDITÁVEL, mas mais uma vez, nem tudo são flores, saiba que dificuldades irão acontecer e você tem que estar de coração aberto para enfrenta-las. Quanto tempo levo para chegar até o destino e voltar? Nós concluímos a viagem em 42 dias, mas sabemos que é possível fazer em menos tempo. De acordo com alguns relatos, vi pessoas que fizeram o trajeto com uma média de 25 dias. Como foi um ano que tínhamos disponibilidade, acabamos estendendo. Ida e Volta aproximadamente 16.000 km (considerando tudo o que fizemos, não apenas o caminho de ir e voltar) Onde dormir? Nós decidimos ir no Outono, como foi nossa primeira experiência desse tipo preferimos não acampar. Tanto por medo do frio como falta de experiência. Pelo o que leio dos relatos a grande maioria viaja com as barracas da Camping World, param em acampamentos pelo caminho ou vão de motor home. É muito fácil encontrar acampamentos pela viagem toda. Em nosso caso, todo dia na noite anterior fazíamos uma reserva em algum hostel bem baratinho para a próxima noite. Não tivemos nenhum problema fazendo isso. Utilizamos sempre o booking... mas, em tempos atuais temos a trivago tb rs Quando ir? Nossa viagem aconteceu em Junho para Julho, pois era o período que tínhamos disponibilidade. Tivemos que tomar alguns cuidados a mais por conta de neve e vento. Acredito que a melhor época para essa viagem seja o verão. Preciso de um GPS? Nós fomos com um GPS Garmin, todo atualizado nos paranaue, mas mesmo assim precisamos usar o mapa. Aquele de papel rs. Inclusive, foi bem legal se guiar pelo mapa. Aconteceu que em alguns pontos, principalmente na Carreteira Austral, o GPS nos deixou na mão. Como passar nas fronteiras com o carro? O procedimento é simples e até que rápido. Somente nas fronteiras entre grandes cidades que demorou um pouco mais. Para você não ter problemas para entrar no país: - O carro precisa ter o seguro “Carta Verde” – É o seguro obrigatório para carros andarem pelo Mercosul - Documento do carro em dia - Caso seu carro esteja financiado ou em nome de terceiros, precisa de uma autorização para tráfego do veículo fora do território nacional (O pessoal que aluga tem que estudar um pouco como fazer tudo certinho) - Carteira de motorista + RG ou passaporte - Toda vez que você entra no Chile/Argentina a própria aduana faz um documento de entrada de veículo, ao sair você PRECISA apresentar esse documento e refazer o processo para a próxima fronteira - Não pode cruzar fronteira com comidas perecíveis, grãos e frutas O que preciso saber para não levar multas nas estradas? Nós fomos de caminhonete... lemos muito sobre as possíveis chances de sermos parados por policiais corruptos e tudo mais... não tivemos esse problema, talvez por ser inverno e o fluxo ser menos intenso... De qualquer forma, as principais regras para evitar multas e ser parado pela polícia são: - Respeitar sempre o limite de velocidade e regras básicas do transito - Cambão ou cabo de aço: Como parte da legislação da Argentina, o motorista precisa ter disponível esses itens para caso necessite um reboque - Triângulo adicional: Não basta um triângulo, precisa de dois - Kit de primeiros socorros: Sim, precisa - Adesivo de velocidade máxima: Para veículos de grande porte como caminhonete, motor home, trailers... - Faróis baixos acesos sempre - Colete refletor - Lençol branco: Diz a lenda que pedem um lençol branco para caso ocorra algum acidente fatal, poder cobrir o corpo...algo assim. Não há nada oficial, mas os boatos dizem que policiais já fizeram a requisição e se o motorista não tinha, cobraram uma multa... levamos por desencargo Onde comer? Nós levamos todo o equipo de cozinha, para economizar. Bujãozinho de gás, panelas, talheres, tuppware. Claro que tentávamos ao máximo economizar, mas também fomos para curtir férias... as vezes comíamos em restaurantes, bares, tomavamos um vinho, uma cerveja... isso aumentou um pouco os gastos nesse quesito. É importante projetar bem o quanto de comida você precisa dentro do período em que você está no mesmo país. Como disse a cima, existe uma série de alimentos que não se pode levar de um país ao outro. Como é necessário cruzar muitas vezes a fronteira Chile/Argentina, se você fizer muitas compras em um país e em poucos dias tiver que entrar no outro, vai ter que jogar fora. Carretera Austral, como é? Muitas pessoas que decidem por fazer a expedição, querem e vão passar pela Carretera Austral! Vale muito a pena, a estrada é linda, as cidades próximas a Carretera são lindas. Mas, não é uma das mais seguras. Foi na Carretera que tivemos um pequeno acidente e por muita sorte resolvemos rápido. Acontece que toda a estrada é de Rípio, são aquelas pedrinhas em solo batido de terra que acaba tirando um pouco da estabilidade do carro. A Carretera tem elevação e muitas curvas sem Guard Rail, em nosso caso, muita neve também. Mesmo com as correntes nas rodas derrapamos, batemos e atolamos. O nosso problema foi que no Outono/Inverno a estrada não é muito utilizada, havíamos visto somente 2 carros em quase 6 horas de direção. No ponto em que batemos estávamos a 80km da cidade mais próxima e já estava escurecendo. Tínhamos comida e água para alguns dias, mas bateu o desepero kkk. Por um milagre do destino, 10 minutos depois de atolarmos, um caminhão do exército Chileno passou e nos rebocou. Amem rs Videozinho que fizemos da Carretera (TGI era o nome antigo do blog) Dicas Gerais Viaje sempre com pelo menos água e comida para 2/3 dias Se houver espaço em seu carro, leve um galão a mais de gasolina Ande com papel moeda na carteira Cheque sempre os pneus Programe sempre o dia seguinte, o que vai comer, qual o caminho vai pegar Avise seus amigos e parentes onde você esta Tente ir o mais leve o possível, pois isso reflete em quanto seu carro vai fazer por km Nunca esqueça de abastecer. Roteiro Bem, aqui segue o roteiro que fizemos! Optamos por descer pela Carretera Austral e subir pela Ruta 3 Vou colocar a rota, porém houveram várias cidades que passamos mais de 2 dias para conhecer e passear Ida São Paulo – Foz do Iguaçu Foz do Iguaçu – Resistencia Resistencia – San Carlos Paz San Carlos Paz – Mendoza Mendoza – Santiago Santiago – Pucon Pucon – Bariloche Bariloche – Coinhaque Coinhaque – Puerto Tranquilo Puerto Tranquilo – Calafate Calafate – Puerto Natales Puerto Natales – Rio Gallegos Travessia de Ferry pelo Magalhães Ushuaia Volta Na volta nós decidimos subir rápido, então houveram trechos que dirigimos muito tempo sem parar, foi relativamente rápido Ushuaia – Comodoro Rivadavia Comodoro Rivadavia – Puerto Madryn Puerto Madryn – Buenos Aires (Foram quase 20horas no carro, um dormia e o outro tocava) Buenos Aires – Entramos no Brasil pelo o Rio grande do Sul e seguimos até onde aguentamos Não me lembro o nome da cidade em que paramos, foi uma bem pequena e dela voltamos para SP Valor Muito bem, chegamos na parte que interessa a muitos rs Com base em nossa viagem: - Fomos com nosso próprio carro (Gasolina) - Não acampamos, ficamos em hostels - Comemos fora em alguns dias Nosso foco foi ir econômico, mas com certas regalias. Sim, tem como gastar menos do que gastamos, principalmente no quesito acomodação e tempo de viagem. Nossa intenção era uma viagem de aventura, mas queríamos curtir como uma viagem a passeio também e isso custou um pouco mais. Carro e Gasolina São aproximadamente 16.0000 km ida e volta. Leve em conta que existem coisas que você faz durante a viagem que aumentam essa km, como visitar pontos turísticos e tudo mais. Durante a viagem também é necessário trocar o óleo do carro, dependendo o estado que o seu pneu começa a viagem, pode ser necessário trocá-lo durante o trajeto. Em nosso caso tivemos que comprar as correntes e os itens obrigatórios mencionados. Rodamos um total de 16.000 km levando em consideração a média de R$ 4,50 o litro da gasolina em nossa caminhonete que fazia 8km por litro = R$ 9.560,00 Itens obrigatórios, troca de óleo: Média de R$ 300,00 Comida Íamos ao mercado com a lista pronta, tentávamos evitar ao máximo entrar nas conveniências dos postos de gasolina e definimos as principais cidades que gostaríamos de curtir um jantarzinho fora como Pucon, Bariloche, Santiago, Mendoza e Ushuaia. Somando tudo, o que gastamos no dia a dia mais essas saídas pontuais, vinhos, cerveja... deu uma média de 55 reais por dia = R$ 2.310,00 (2 pessoas, 42 dias) Acomodação Nossa meta era se hospedar em locais que não passavam de 110,00 por noite, dentro disso o gasto geral ficou em torno de R$ 4.620,00 (2 pessoas, 42 dias) Total: R$ 16.790,00 para duas pessoas em 42 dias de viagem Ficarei feliz em tirar dúvidas que alguém possa ter, dar dicas e falar mais um pouco da viagem, vou deixar aqui algumas fotos da expedição! SMLXL SMLXL SMLXL SMLXL
  11. Neste relato vou contar a viagem feita de carro em Fevereiro/2017 com minha namorada Ariadine para Uruguai, Argentina e Chile. Nossa vontade de fazer essa viagem de carro surgiu em meados de 2015, mas como nós dois trabalhamos só temos as férias para passar um tempo viajando. O "problema" é que nas férias a gente sempre encontrava uma passagem de avião barata ou um lugar diferente para ir e acabamos postergando essa viagem, que finalmente em 2017 conseguimos fazer. Países visitados: Brasil - Uruguai - Argentina - Chile Distância percorrida aproximada: 9.211,4km Duração: 28 dias Veículo: Kia Sportage Maior distância em um dia: 968,6km (Santa Fé - Carazinho) Média geral de consumo: 10,78km/l Gasolina mais barata: Bariloche, equivalente a R$2,86/litro Gasolina mais cara: Punta del Este, equivalente a R$5,21/litro Quando se lê relatos de viagem muito se fala em equipamentos obrigatórios do veículo: cambão, dois triângulos, lençol branco, kit de primeiros socorros... Antes da viagem pesquisei muito e encontrei algumas informações para me embasar, incluindo a lei de trânsito argentina. De acordo com a lei, só é obrigatório triângulos (no plural) e extintor de incêndio. Levamos apenas dois triângulos e o extintor e em nenhum momento nos pediram. Dizem também que no Chile é proibido insulfilm mas não pesquisei a fundo, estava mais preocupado mesmo com a argentina. O carro tem película escura (exceto na frente) e não tivemos nenhum problema, mas no Chile fomos "parados" apenas nas fronteiras. Como gostamos muito de acampar, priorizamos ficar em campings sempre que possível, unindo o útil ao agradável: acampar e economizar com hotel e refeições. As exceções foram as grandes cidades (Montevidéu, Buenos Aires e Santiago), cidades onde não achamos camping (Santa Fé), quando estávamos muito cansados para armar barraca (Pelotas, Carazinho e Curitiba na volta) e quando tivemos contratempo com o camping (Urubici). Durante o planejamento foi bastante difícil encontrar informações dos campings, então tentei detalhar ao máximo no relato para outros que queiram fazer a mesma viagem. Antes de sairmos, com algum custo, conseguimos o telefone de todos os campings e ligamos em todos eles pelo menos confirmar que existem e estariam abertos. Além disso pesquisei bastante e consegui a coordenada de todos. Alguns divulgavam as coordenadas, outros peguei pelo endereço com a ajuda do Google Maps e outros mal tem endereço, coisa muito comum de acontecer com camping que comumente estão localizados em locais afastados (exemplo: Sair na saída X, atravessar a ponte Y e seguir placas). Fica muito difícil chegarmos na cidade sem conhecer nada e cansados, encontrar o camping apenas com as poucas indicações que alguns passam. Foi essencial perder um tempo anotando a coordenada de todos, mas no final deu certo e ajudou muito. Todos os campings, hotéis e motéis que ficamos estão descritos no relato de cada dia. Dentro do Brasil usávamos sempre o Waze e fora do Brasil para evitar gastos com roaming e com um chip local usávamos bastante o HERE Maps, que permite baixar mapas off-line. Algumas vezes quando tínhamos wifi programávamos o Google Maps com a rota do dia, e mesmo sem conexão ele continua indicando a rota (mas não recalcula). Nesta primeira viagem de carro tínhamos a vontade de parar nas capitais (Montevidéu, Buenos Aires e Santiago) e também em Santa Fé (Argentina), cidade onde morei entre meus três e seis anos de idade. Depois de termos feito a viagem vimos que o que nós gostamos mesmo é de acampar e cidades pequenas. Em uma próxima viagem vamos tentar evitar ao máximo essas cidades, já que em cidades menores tudo é mais simples, sem trânsito e sem necessidade de reservar hotel, podendo mudar os planos a qualquer hora e ficar mais ou menos dias em algum lugar. O planejamento original era: São Paulo/SP Curitiba/PR Urubici/SC (para passar pelas serras do Corvo Branco e Rio do Rastro) Pelotas/RS Punta del Este (Uruguai) Montevidéu (Uruguai) Buenos Aires (Argentina) via terrestre Bahia Blanca (Argentina) Neuquén (Argentina) Bariloche (Argentina) Puerto Octay (Chile) Chillan (Chile) Santiago (Chile) Mendoza (Argentina) Santa Fe (Argentina) Foz do Iguaçu/PR São Paulo/SP Poucos dias antes da viagem vi que o valor do Buquebus ficou aceitável e decidimos ir de Buquebus (balsa) de Colonia del Sacramento até Buenos Aires, evitando rodar em torno de 500km. Durante a viagem percebi ter reservado o Airbnb de Santiago para os dias errados, então acabamos mudando os planos e ficamos um dia a mais em Chillan e Mendoza, reduzindo Santiago. No final da viagem, quando saímos de Santa Fé, recebemos uma multa inesperada por uma lâmpada queimada no farol. Acabamos mudando os planos no meio do dia e cortamos Foz do Iguaçu, indo de Santa Fé para Carazinho/RS e de lá para Curitiba/PR. Todos esses acontecimentos estão descritos no relato abaixo. Nosso trajeto realizado foi o seguinte: Os gastos ao final de cada relato consideram apenas despesas relacionadas a transporte e hospedagem, já que o resto dos gastos (alimentação e compras) é muito particular. Muitas vezes fizemos comida no nosso fogão e tivemos gastos que outros não teriam, como supermercados e lembranças. De qualquer maneira tentei colocar no texto os restaurantes que comíamos e o valor gasto. Quando indicado "câmbio" é porque fizemos câmbio naquele dia, com a taxa indicada. Os valores estão descritos em moeda local ($). Em alguns momentos uso UYU para indicar pesos uruguaios, ARS peso argentino e CLP peso chileno. O horário também está descrito em horário local. Quando cruzamos do Brasil para o Uruguai voltamos 1h no relógio (Brasil estava em horário de verão) e quando entramos no Brasil na volta não teve mudança, já que o horário de verão tinha acabado e nenhum dos países que passamos estavam em horário de verão. ===================================================================================================== 28/01/2017 (sábado) - São Paulo/SP para Curitiba/PR Saída de SP: 08:13 Chegada em Curitiba: 13:40 Km inicial: 0 Km final: 475,8 Km rodados: 475,8 Depois de carregar todo o carro saímos, como sempre depois do planejado. A estrada não tem muito segredo, sempre duplicada (exceto Serra do Cafezal) e com boas condições. Pegamos a serra tranquila, tomamos café no Posto Fazendeiro (altura de Miracatu) e seguimos para Curitiba. Almoçamos no BBQ em Casa, que estávamos querendo conhecer faz um tempo. Ficamos no No Sol Camping, que fica a 17km do centro, no caminho para Campo Largo. A área da propriedade é muito grande e conta com piscina, campo de futebol e churrasqueira além de um salão grande utilizado para eventos. No camping não existe muita sombra para barracas, mas a oferta de tomadas e postes de luz era ok. O banheiro fica um pouco longe da barraca dependendo de onde você decide ficar, mas era muito limpo e grande, com banheiros separados para homens e mulheres. Éramos os únicos com barraca e além de nós estavam lá entre 5 a 10 motorhomes e trailers. Tinha wifi mas acabamos não pegando a senha. O sinal de celular dentro do camping era precário, mas na estrada que dá acesso ao camping já funciona bem. Depois de montar a barraca reparamos que estava muito quente e seria difícil dormir naquela noite e em outros lugares durante nossa viagem. Depois de perambular pela cidade encontramos ventilador USB para venda na Kalunga. Foi uma ótima aquisição e usamos bastante em toda a viagem. Abastecemos, jantamos na La Piazza que é um rodízio de pizza que sempre gostamos muito e voltamos ao camping para dormir. Durante a noite choveu e a barraca aguentou sem problemas. Abastecimento Curitiba/PR: Shell - R. Des. Westphalen x Av. Pres. Getúlio Vargas Gasolina comum R$ 3,470/litro Média: 10,05 km/l Hospedagem: Camping No Sol R$ 35 por pessoa Telefones: (41) 3649-4393 / (41) 99280-9892 Estrada da Riviera, 12, Campo Largo/PR -25.436250, -49.397545 Gastos do dia: R$ 19,90 Pedágios R$ 157,57 Abastecimento R$ 70,00 Camping Curitiba Início da Serra da Graciosa (parada só para fotos mesmo, já que queríamos chegar logo em Curitiba) ===================================================================================================== 29/01/2017 (domingo) - Curitiba/PR para Urubici/SC Saída de Curitiba: 09:50 Chegada em Urubici: 16:30 Km inicial: 475,8 Km final: 940,1 Km rodados: 464,3 Acordamos com chuva às 07:00 ainda com chuva, que logo parou. Desmontamos a barraca e arrumamos as coisas em uma área com piso coberto, para que pudéssemos secar os panos da barraca. Nesse tempo acabei esquecendo o contato do carro ligado com o farol aceso. Na hora de ir embora a surpresa: o carro ficou sem bateria. Fui até a portaria e conversei com o caseiro, que disse que o dono de um dos motorhome era mecânico e deveria ter cabo de chupeta, mas todos estavam dormindo ainda. Ele conseguiu emprestado o carro de uma mulher que mora lá e fizemos chupeta com um fio rígido. Na hora o carro ligou e finalmente pudemos ir embora. Abastecemos na altura de Itajaí em um posto aparentemente confiável e com gasolina barata, almoçamos no Madero que fica em Itapema. Estrada duplicada em todo o caminho e com muito sol. Começamos a subida para Urubici em uma estrada com pista simples, pegamos chuva muito pesada por uns 10 minutos e depois melhorou. Passando pela avenida principal da cidade compramos pão em uma padaria, para que pudéssemos sair cedo no dia seguinte. Fomos até o Camping Arroio do Engenho que fica no final de uma estrada de terra com uns 5 km. Ao chegar no camping ele estava fechado com uma corrente, e encontramos um alemão viajando em um Fox (brasileiro) que estava esperando alguém aparecer. Entramos a pé no camping, bati palma em algumas casinhas de madeira dentro da propriedade, mas não encontrei ninguém. Por telefone a dona havia me informado que estaria aberto, e se chegasse de noite o filho dela poderia abrir o portão. Enquanto estávamos procurando alguém começou a cair uma chuva forte, corremos para o carro e voltamos ao centro da cidade. Encontramos o Zeca's Hotel inaugurado há 4 meses, com as instalações muito novas, TV a cabo e café da manhã. Fizemos janta no quarto do hotel com nosso fogão portátil e assistimos séries no computador antes de dormir. Abastecimento Itajaí/SC: BR 101 (Posto Dubai) Gasolina comum R$ 3,499/litro Média: 11,99 km/l Hospedagem: Zeca's Hotel R$ 140 Telefones: (49) 3278-4501 / (49) 3016-2445 Av. Adolfo Konder, 522, Urubici/SC -28.011392, -49.591054 Gastos do dia: R$ 9,20 Pedágios R$ 69,21 Abastecimento R$ 140,00 Hotel Urubici Entrada da cidade de Urubici ===================================================================================================== 30/01/2017 (segunda) - Urubici/SC para Pelotas/RS Saída de Urubici: 11:20 Chegada em Pelotas: 21:00 Km inicial: 940,1 Km final: 1670,3 Km rodados: 730,2 Tomamos café da manhã no hotel e saímos às 09:00 para passeio na Serra do Corvo Branco. Novamente, mais tarde do que gostaríamos. A serra estava bem vazia e deu para tirar boas fotos. O caminho é por uma estrada de asfalto muito bem conservada e que depois vira estrada de terra. Lugar muito bonito, a "garganta" de pedra que fica na parte de cima da serra impressiona. Voltamos às 11:20 para Urubici, abastecemos e pegamos a estrada sentido Serra do Rio do Rastro, seguindo a caminho de Pelotas que seria o destino final. Como de costume pegamos muita neblina na Serra do Rio do Rastro, mas sem chuva. Paramos em alguns mirantes para tirar fotos e seguimos em pista simples sentido Criciúma procurando um lugar para almoçar, estava ficando tarde e complicado de encontrar algum lugar com comida (e não lanche) para comer. Paramos às 14:00 um pouco antes de Criciúma em um posto com um restaurante por kg, que estava começando a fechar. Depois do almoço seguimos pela BR101 em pista duplicada até Osório onde pegamos a BR290 também duplicada para Porto Alegre, que neste trecho é conhecida como Freeway. Depois de Porto Alegre seguimos pela BR290 para Eldorado do Sul, onde abastecemos. A partir daí seguimos pela BR116 em pista simples até Pelotas, mas com muitas retas e boas chances de ultrapassagens. Entramos na cidade de Camaquã para jantar, mas não encontramos nenhum lugar aberto, então seguimos até Pelotas onde chegamos às 21:00, comemos no Mc Donalds e seguimos para o Motel Arizona. Escolhemos ficar em motel para economizar o dinheiro de um hotel já que seria só para passar a noite. Com o pernoite iniciando às 21:30 e saída até 12:00 ele foi perfeito para nossas necessidades. No final da viagem, em Carazinho, devido a mudança de planos acabamos ficando em outro motel. Abastecimento Urubici/SC: Ipiranga - Av. Natal Zili x Av. Rodolfo Anderman Gasolina comum R$ 3,865/litro Média: 9,32 km/l Abastecimento Guaíba/RS: Shell - BR 116 (Posto Spolier 3) Gasolina comum R$ 3,699/litro Média: 11,70 km/l Hospedagem: Motel Arizona R$ 108 Telefones: (53) 3223-1416 / (53) 3223-4142 Av. 25 de Julho, 101, Pelotas/RS -31.728694, -52.345861 Gastos do dia: R$ 31,40 Pedágios R$ 262,55 Abastecimentos R$ 108,00 Motel Pelotas Serra do Corvo Branco ===================================================================================================== 31/01/2017 (terça) - Pelotas/RS para Punta del Este/Uruguai Saída de Pelotas: 08:50 Chegada em Punta del Este: 14:50 (-1) Km inicial: 1670,3 Km final: 2170,3 Km rodados: 500,0 Tomamos um café da manhã simples no motel e pegamos a BR471 sentido Chuí, com parada para abastecimento em Taim, já que talvez não conseguiria chegar até o Chuí. A BR471 depois de Rio Grande tem muitas retas com 10, 25 e até 40km de distância e seu trajeto é todo em pista simples, mas com muitas oportunidades de ultrapassagem. Entre Rio Grande e Chuí vimos uns três postos de gasolina na estrada, então durante toda a viagem sempre que chegava em meio tanque eu ficava atento para abastecer caso não soubesse que mais à frente teria alguma cidade maior. Chegamos no Chuí às 12:00, abastecemos para evitar o abastecimento no Uruguai e procuramos um restaurante para almoçar, acabamos parando em um restaurante por kg simples, mas com uma boa comida (R. Chile, entre R. Bolivia e R. Colombia). Já no lado brasileiro do Chuí o celular entrou em roaming pegando sinal da Claro Uruguai e também era possível ver vários estabelecimentos com placas em espanhol e carros com placas uruguaias. Depois de algumas fotos nas sinalizações de saída do Brasil e entrada no Uruguai (que pelas placas descobrimos que se chama República Oriental do Uruguai) chegamos na fronteira às 13:00. A estrada obrigatoriamente passa por dentro da fronteira brasileira e uruguaia, separadas por uma distância de poucos km. No Brasil não é necessário dar saída das pessoas e nem do veículo, mas no Chuí é necessário estacionar, ir até o guichê e fazer o procedimento de entrada. Foi solicitado o passaporte e documento do carro. O oficial apenas carimbou nossos passaportes, mas não entregou nenhum papel para a entrada do veículo. Voltamos ao carro e ao passar pela fronteira o oficial que fica na rodovia pediu o documento do carro, perguntou se eu mesmo era o dono (sem conferir meu documento) e estávamos oficialmente dentro do Uruguai. Em nenhum momento nós ou o carro foi revistado e todo o processo levou menos de cinco minutos. As estradas que nos levaram até Punta del Este também era em pista simples. Em certo momento choveu bem forte por uns 20 minutos acumulando água no caminho formado pelos carros, fazendo aquaplanar diversas vezes. Nosso caminho até o Camping San Rafael foi pelas Rutas 9, 104 (via Manantiales) e 10. Chegamos no camping às 14:50. Durante grande parte da viagem o Brasil estava em horário de verão, então ao entrar no Uruguai voltamos os relógios em uma hora. Montamos a barraca e saímos para passear. Apesar da garoa que caía, achamos a cidade muito bonita com seus grandes e modernos prédios e o imponente Conrad Casino. Fomos até o monumento La Mano (ou Los Dedos) que é uma escultura de cinco dedos gigantes enterrados na areia e conseguimos estacionar uma vaga na orla com certa facilidade. Aproveitamos a proximidade com um centro comercial e trocamos dinheiro, já que entramos no Uruguai com poucos pesos uruguaios trocados no Brasil apenas para pedágio. Visitamos também o farol de Punta del Este e a Paróquia La Candelaria que fica em frente. Encontramos um motorhome alemão estacionado em frente ao farol. Em torno das 18:00 voltamos ao camping, que é muito bem estruturado com cartão para abrir a cancela, salão de jogos, máquinas de lavar e secar (pagas a parte), tanques e banheiros com inúmeros chuveiros e água quente. O valor do camping é cobrado em dólares, mas eles também aceitavam reais, de acordo com a conversão usada por eles no dia. Preferimos pagar em reais. Tomamos banho no camping, e já que estava chovendo fizemos janta embaixo do avanço da barraca e dormimos com a chuva. Um fato curioso é que durante o dia pegamos uma via com velocidade máxima de 45 km/h. Abastecimento Taim/RS: Rodoil - BR 116 Gasolina comum R$ 4,149/litro Média: 11,06 km/l Abastecimento Chuí/RS: Ipiranga - R. Argentina x R. Chile (Posto Buffon) Gasolina comum R$ 4,099/litro Média: 12,87 km/l Hospedagem: Camping San Rafael US$ 22 por pessoa, US$ 2 por carro (alta temporada). Consultar outras tarifas no site http://www.campingsanrafael.com.uy Telefone: (+598) 4248 6715 Av. Aparício Saraiva, s/n, Punta del Este/Uruguai -34.914690, -54.884503 Gastos do dia: R$ 10,70 Pedágios R$ 177,38 Abastecimentos R$ 84 Camping Punta del Este Câmbio: taxa: 8,70 pesos uruguaios por real Primeira fronteira! E foi aí que descobrimos que o Uruguai se chama República ORIENTAL do Uruguai ===================================================================================================== 01/02/2017 (quarta) - Punta del Este (Uruguai) para Montevidéu (Uruguai) Saída de Punta del Este: 10:00 Chegada em Montevidéu: 15:00 Km inicial: 2170,3 Km final: 2321,4 Km rodados: 151,1 Acordamos cedo, desmontamos a barraca e arrumamos as coisas, fizemos o pagamento do camping e saímos em direção à Casapueblo, que fica a 20 minutos do centro da cidade. Fiquei com medo de não conseguirmos rodar todo o Uruguai com o combustível abastecido no Chuí e preferi abastecer o quanto antes, ainda no caminho da Casapueblo, para a facada não ser tão grande caso deixasse para abastecer mais a frente. No Uruguai a gasolina é chamada de nafta e a comum se chama Super. Eles também tem a Premium, equivalente da nossa aditivada. Apesar de muitos carros parados na estreita rua, não foi difícil encontrar uma vaga para estacionar e visitar a Casapueblo, que cobra 240 pesos uruguaios ou 30 reais por pessoa para visitação. Com a cotação que conseguimos na troca dos reais, valeu mais a pena pagar a entrada em pesos. O lugar tem uma boa vista do mar e sua construção é muito bonita e interessante. Conta com exposição e venda de algumas obras do artista Carlos Páez Vilaró e também mostra a história da Casapueblo. Terminamos a visitação às 11:40 e fomos tirar fotos no mirante que fica logo a frente, no término da avenida e tem vista para toda a orla de Punta del Este. Ficamos em dúvida sobre comer em Punta del Este (teríamos que procurar algo e provavelmente não seria muito barato) ou em Montevidéu (chegaríamos um pouco tarde para almoçar) e decidimos cozinhar ali mesmo. Tiramos do porta malas nossa mesa, banquinhos, fogão e cozinhamos arroz, feijão e seleta de legumes naquela bela paisagem. Como tinha muito vento, o gás do nosso fogão (que já tinha feito uma refeição em outra viagem além da janta em Urubici) acabou e abrimos um novo (o segundo da viagem). Terminamos o almoço às 13:00 e seguimos para Montevidéu pela Ruta Interbalneária que é duplicada. Nela pude reparar que quando o limite de velocidade é baixo para as condições da pista (60, 80 km/h) os locais não costumam respeitá-lo. Em Montevidéu pegamos um pouco de trânsito e por fim chegamos ao Hotel Ibis às 15:00. O checkin foi tranquilo e o quarto é padrão Ibis, com bom custo benefício principalmente pelo fato de que precisávamos de um hotel com garagem (custo de 5 USD por dia). Durante a tarde descansamos e pesquisamos onde jantaríamos. Encontramos pelo TripAdvisor, que foi muito útil durante toda a viagem, o restaurante La Pulperia que serve carnes assadas na parrilla. O lugar é pequeno e bastante simples, com mesas na rua e balcão dentro. Fica em uma rua de bairro, então é fácil estacionar. Pedimos meio Entrecot e meio Ojo de Bife acompanhados de provolone assado e batatas fritas. A comida é muito boa, muito bem servida e com um ótimo preço comparado à média que vimos na cidade. Importante chegar cedo porque às 20:00 já está com fila de espera. Voltamos ao hotel, assistimos séries e dormimos. Abastecimento Punta del Este: ANCAP - Zelmar Michelini x Av. Roosevelt Nafta Super $ 45,90/litro Média: 9,72 km/l Hospedagem: Ibis Montevidéu US$ 52,50 + US$ 5 garagem (por dia) Telefone: (+598) 2413 7000 Calle La Cumparsita 1473, Montevidéu/Uruguai -34.914439, -56.182385 Gastos do dia: R$ 134,65 Abastecimento (1185 UYU) R$ 54,55 Casapueblo (2 pessoas) (480 UYU) R$ 18,20 Pedágios (160 UYU) US$ 115 Hotel Montevidéu Câmbio: taxa: 8,80 pesos uruguaios por real Camping em Punta del Este ===================================================================================================== 02/02/2017 (quinta) - Montevidéu (Uruguai) Km inicial: 2321,4 Km final: 2327,1 Km rodados: 5,7 Saímos do hotel às 10:00 caminhando pela rambla (avenida da orla) até a R. Colón sentido Mercado del Puerto. Na esquina com a R. Reconquista compramos empanadas e doces na padaria, já que não costuma valer a pena pagar pelo café da manhã do Ibis. Do Mercado del Puerto fomos andando pela R. Sarandí e chegamos até a Catedral Metropolitana de Montevidéu e Plaza Constitución. Algumas ruas para baixo passamos em frente ao Teatro Solis e subimos para a Plaza Independencia, onde fica a Puerta de la Ciudadela, Palácio Esteves e Palácio Salvo. Sentamos próximo do meio-dia para procurar no TripAdvisor algum lugar para almoçar e encontramos ali perto a lanchonete Futuro, que fica na R. Ciudadela, 1188. Por fora não aparenta ser um lugar bom, e para ajudar ainda não tinha nenhum cliente. Decidimos dar uma chance ao lugar e entramos para ver o cardápio. Eles servem lanches (os famosos chivitos) e hambúrgueres. Pedi um chivito e minha namorada um hambúrguer, ambos acompanhados de batatas assadas com maionese, cebola e ervas. Toda a comida estava ótima e acabamos almoçando por um bom preço. Subimos novamente até a Plaza Independencia, seguimos na Av. 18 de Julio, entramos em algumas lojinhas e fomos até a Fonte dos Cadeados, que fica na esquina com a R. Yi. Descemos a R. Santiago de Chile até o hotel, onde chegamos em torno das 15:00. Descansamos e saímos para jantar no La Pulperia, de novo, de tão bom que achamos. Desta vez pedimos um Entrecot grande com duas batatas assadas (papas al plomo) e vinho da casa. Como esperado, a comida estava muito boa. Chegamos às 19:30 e já não tinham lugares nas mesas externas, acabamos sentando no balcão do lado de dentro. Nesta noite a rambla estava muito congestionada e cheia de pessoas, possivelmente por causa do dia de Iemanjá. Plaza Independencia ===================================================================================================== 03/02/2017 (sexta) - Montevidéu (Uruguai) para Buenos Aires (Argentina) Saída de Montevidéu: 08:50 Chegada em Buenos Aires: 22:00 Km inicial: 2327,1 Km final: 2527,9 Km rodados: 200,8 Fizemos checkout logo pela manhã e compramos algumas coisas no mercado ao lado do hotel para comermos durante a travessia no Buquebus e logo pegamos a Ruta 1 para Colonia del Sacramento. A cidade de Colonia del Sacramento é bem pequena e lembra muito cidades históricas do Brasil, como Paraty com suas ruas de paralelepípedo. Como chegamos perto do horário do almoço, fizemos apenas um passeio de carro mesmo até parar para almoçar no Carrito de Lo Marcos, que achamos no TripAdvisor. É basicamente um trailer adaptado para lanchonete, onde o proprietário construiu em volta um terraço para colocar as mesas e geladeiras. A comida é boa e barata. Depois do almoço estacionamos o carro na 18 de Julio esquina com Ituzaingó e saímos a pé para conhecer o centro da cidade. Andamos em praticamente todo o centro e pontos turísticos principais em meia hora, as poucas atrações da cidade estão todas agrupadas no centro facilitando bastante o roteiro. Voltamos ao carro e fomos até o Colonia Shopping, que na verdade é mais uma galeria. Passeamos pelo mercado, usamos o wifi e ficamos enrolando aguardando a hora do embarque do Buquebus que nos levaria até Buenos Aires. Às 16:30 fomos ao porto, com certa antecedência, já que não sabíamos direito como funciona o procedimento de entrada no porto com o veículo e embarque. Chegando no Terminal Fluviomarítimo (localizado em -34.473014,-57.843714) pedi orientações ao guarda da portaria e seguimos as placas "Embarque de Vehiculos" que fazem você dar a volta no terminal até chegar na parte de trás do prédio, restrita para carros apenas. Estacionamos o carro próximo da entrada da balsa e fomos a pé até o terminal, seguindo as placas "Checkin". O processo todo é muito simples e similar ao embarque em um aeroporto: passamos no balcão de checkin e entregamos as documentações, nos dirigimos para a fila do raio X e logo em seguida chegamos na imigração, que conta com oficiais uruguaios para registrar a saída e argentinos, que já registram a entrada na Argentina. Todo este processo não levou mais do que 15 minutos. Depois da sala da imigração basta seguir as placas "Embarque de pasajeros y conductores" para subir na sala de embarque e aguardar. Os motoristas são chamados mais ou menos 1 hora antes da saída da embarcação, pelo sistema de som, enquanto os outros passageiros e acompanhantes devem aguardar na sala de embarque. Os motoristas são encaminhados aos seus veículos e podem entrar no estacionamento da embarcação assim que liberado e orientado pelos funcionários. Ao estacionar na embarcação é necessário subir pela escada ou elevadores para o piso de passageiros e aguardar a entrada dos acompanhantes. A embarcação que nos levou pelo Rio de la Plata até Buenos Aires foi a Eladia Isabel, que tem capacidade oficial para 1200 passageiros, 130 carros, alcança velocidade máxima de 15 nós e foi construída em 1986, sendo a mais antiga da frota da Buquebus. A travessia de Colonia del Sacramento para Buenos Aires, nesta embarcação, leva pouco mais de 3 horas. O horário de saída da nossa embarcação era 18:41 e foi respeitado, saindo com atraso de 6 minutos apenas. No primeiro andar, em cima do estacionamento, está localizado o freeshop e uma área reservada para quem adquiriu bilhetes na classe executiva. O segundo andar conta assentos normais em grande parte do andar, além da lanchonete e algumas mesas. Na parte traseira deste andar existe uma área mais reservada, fechada com portas de vidro, destinada aos bilhetes comuns. O terceiro andar é apenas o terraço da embarcação, que proporciona um bonito pôr do sol. A embarcação não tem nenhuma opção de entretenimento, então recomendo que levem livros, filmes e músicas para passar o tempo. Durante a viagem comecei a ler o livro Sully, que ganhei de presente da minha namorada e conta a história do Comandante Sullenberger que pouso o avião em emergência no Rio Hudson, em NY, depois de perder os dois motores durante a decolagem. Enquanto estávamos planejando o roteiro, entre 6 a 8 meses antes da partida, o valor da travessia estava bastante caro (não me lembro ao certo, talvez em torno de R$ 1000) e por isso o planejamento inicial seria fazer a travessia por terra, cruzando a fronteira de Fray Bentos e percorrendo cerca de 470km. 10 dias antes da partida olhei por curiosidade os valores e estavam bem melhores, então mudamos os planos e fizemos a compra dos bilhetes diretamente no site da Buquebus. Alguns minutos antes da chegada os donos de veículos, desta vez junto com os acompanhantes, são chamados ao estacionamento para se prepararem para a saída. Ao chegar em Buenos Aires as rampas são abaixadas, os veículos liberados para saírem e entram na fila da aduana argentina. O oficial pediu apenas meu documento, o do veículo e seguro Carta Verde. Olhou rapidamente as malas do banco traseiro, o porta malas e depois de 10 minutos da chegada já estávamos andando nas ruas da capital argentina. Em Buenos Aires nos hospedamos em um apartamento alugado via Airbnb, localizado em Palermo e com garagem, que era essencial para nós. Durante o caminho para o apartamento conseguimos wifi e avisamos o dono que estávamos chegando. Nos encontramos no local e ele mostrou todo o apartamento, que fica em um prédio antigo (como todos os outros). Hospedagem: Apartamento reservado pelo Airbnb R$ 841 (4 noites) Gastos do dia: R$ 18,20 Pedágios (160 UYU) R$ 375,78 Buquebus (2 pessoas + carro) (1679 ARS) R$ 841 Apartamento Buenos Aires Farol em Colonia del Sacramento ===================================================================================================== 04/02/2017 (sábado) - Buenos Aires (Argentina) Km inicial: 2527,9 Km final: 2549,2 Km rodados: 21,3 Saímos para passear às 10:00 e fomos caminhando até a estação Scalabrini Ortiz da Linha D. Compramos o cartão SUBE (25 pesos) necessário para usar o transporte público (um cartão pode ser usado por várias pessoas) e já carregamos com crédito para quatro viagens (7,50 pesos cada). É importante ficar atento ao entrar nas estações pois a entrada de algumas estações serve apenas um sentido da linha, não tendo passagem interna para o outro lado da plataforma. Durante os dias que ficamos em Buenos Aires não vimos nenhuma escada rolante nas estações, que aparentam ser mais velhas e sujas do que em São Paulo. Descemos na estação Catedral, ao lado da Plaza de Mayo, e fomos caminhando até a Casa Rosada para a visitação que havíamos agendado para as 11:00. Acabamos conseguindo entrar na turma das 10:45. A visitação dura em torno de uma hora, é grátis, em espanhol e muito informativa. Durante a visitação somos levados por diversos salões da Casa Rosada, incluindo o gabinete da presidência, e o guia explica a origem dos lustres, palmeiras, ladrilhos, etc. Depois da visita fomos até a Calle Florida fazer câmbio em um local previamente escolhido e pelo TripAdvisor fomos almoçar no Capataz, que fica na Maipu 529. O lugar estava um pouco vazio mas a comida é boa, comemos um Mini Chorizo, nhoque com molho branco e um litro de Quilmes por 360 pesos. Depois do almoço continuamos caminhando pelos pontos que tínhamos anotado; fomos ao Obelisco, Teatro Colon, Galerias Pacifico, Falabella e Plaza San Martin. Durante o passeio paramos em um dos quiosques 25h e compramos alfajores, gostamos muito dos alfajores da marca Cachafaz. Para a janta fomos de carro até um lugar muito bem recomendado no TripAdvisor mas ao passar na frente vimos que estava cheio. Fomos então até a Corrientes e jantamos na Pizzaria La Rey. Pedimos uma promoção, que incluía uma pizza grande napolitana e duas bebidas por 299 pesos. O lugar é muito grande, com atendimento rápido, comida saborosa e preço justo. Gastos do dia: R$ 10,60 Metrô (25 ARS cartão SUBE + 30 ARS quatro passagens) Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real Casa Rosada Obelisco ===================================================================================================== 05/02/2017 (domingo) - Buenos Aires (Argentina) Km inicial: 2549,2 Km final: 2549,2 Km rodados: 0 Saímos para passear às 10:00 e novamente fomos caminhando até a estação Scalabrini Ortiz. Carregamos o cartão SUBE com quatro passagens, fomos mais uma vez até a estação Catedral, a mais próxima do Puerto Madero onde iniciaríamos nosso passeio no dia. O metrô serve bem os pontos turísticos, com exceção da feira de San Telmo e Caminito / La Boca, que não tem nenhum metrô por perto. Andamos até a Plaza de Mayo, passamos por trás da Casa Rosada e entramos no Puerto Madero. Andamos por um tempo no Puerto Madero em direção ao sul e em certo momento entramos em direção ao centro da cidade para chegar na feira de San Telmo, que acontece todos os domingos na Calle Defensa, no bairro de San Telmo. São várias banquinhas na rua que vendem artesanato, camisetas, incensos e petiscos. Na rua algumas lojas e galerias de arte também ficam abertas. O planejamento inicial seria andar até o Caminito, evitando andar de ônibus, mas o clima estava muito ruim com vento forte e alternando entre garoa forte e chuva. Acabamos almoçando ali mesmo, no restaurante La Continental e pagamos 218 pesos por duas massas e bebidas. Voltamos para o apartamento de Uber (a outra opção seria andar de volta até a estação Catedral), que custou 90 pesos por uma viagem de 20 minutos e 8km. Para a janta, mais uma vez por recomendação do TripAdvisor, fomos a pé em uma lanchonete chamada Guimpi V, aberta desde 1984. O lugar trabalha basicamente com delivery de empanadas e pizzas e tem pouquíssimos lugares para comer no balcão. Foi a melhor empanada que comemos durante toda a viagem! Eles tem empanadas de presunto e queijo, espinafre, cebola e queijo, frango, queijo roquefort, carne, entre outas. Todas são ótimas e cada uma, independente do sabor, custa 20 pesos argentinos. Gastos do dia: R$ 5,80 Metrô (30 ARS quatro passagens) Puerto Madero / Puente de la Mujer ===================================================================================================== 06/02/2017 (segunda) - Buenos Aires (Argentina) Km inicial: 2549,2 Km final: 2549,2 Km rodados: 0 Saímos em torno das 11:00 para o último dia de passeios em Buenos Aires. Novamente fomos até a estação Catedral, andamos pela Florida, fizemos câmbio e almoçamos no restaurante Santos Manjares na Calle Paraguay; uma milanesa e um ojo de bife com duas águas nos custou 360 pesos. O ojo de bife estava muito saboroso e o atendimento no geral foi bom. Compramos mais alfajores para estocar, fomos andando até o Café Tortoni e voltamos ao apartamento para arrumar as malas para a saída no dia seguinte. Jantamos novamente no Guimpi V, comprando empanadas "reserva" para almoçar no dia seguinte durante a viagem, evitando parar para almoçar. Gastos do dia: R$ 2,90 Metrô (15 ARS duas passagens) Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real Vizinhança do apartamento ===================================================================================================== 07/02/2017 (terça) - Buenos Aires (Argentina) para Bahia Blanca (Argentina) Saída de Buenos Aires: 08:30 Chegada em Bahia Blanca: 15:30 Km inicial: 2549,2 Km final: 3190,9 Km rodados: 641,7 Saímos do apartamento às 07:50, abastecemos perto de San Telmo e finalmente pegamos a estrada, que já estávamos sentindo falta. Assim como a maioria das cidades grandes, a saída de Buenos Aires para a estrada é um pouco confusa e com bastante movimento, tendo que pegar diversas avenidas, elevados e estradas secundárias até estar de fato na estrada. Nossa saída foi pela Auto Pista (AU) 25 de Mayo, que vira AU Luis Dellepiane e AU Tenente General Pablo Richieri. Próximo ao aeroporto de Ezeiza saímos na AU Ezeiza - Cañuelas (que tem limite de 130km/h) até a cidade de Cañuelas, onde pegamos a RN3 até a cidade de Azul, RN226 até Olavarria, RP76 e finalmente a RP51 até chegar em Bahia Blanca. Entre a saída de Buenos Aires e a Ezeiza - Cañuelas passamos por três pedágios, sendo que em um deles o atendente mandou passar direto. A maior parte da viagem foi em pista simples, mas em boas condições. Logo depois da cidade de Azul a pista estava em obras, com muitas pedras soltas. Uma dessas pedras foi levantada pelo pneu do caminhão na nossa frente e voou direto no para-brisa, que trincou na hora. Terminamos a viagem com ele trincado e substituímos depois de voltar, pelo seguro, sem nenhum incômodo das polícias. Um fato curioso é que durante a viagem vimos uma placa indicando a distância de 2859km até Ushuaia. Por coincidência o odômetro parcial (total desde a saída de São Paulo) indicava exatamente 2859km rodados! Às 15:30 chegamos em Bahia Blanca, uma cidade grande em comparação com as pequenas cidades que passamos pelo caminho, e fomos direto ao camping, que fica próximo à rodovia, já na saída da cidade. Chegamos no camping sem problemas, conversamos com a dona para acertar os detalhes e montamos a barraca. Fomos andar nos arredores do camping, que fica na costa e é vizinho de um balneário, aparentemente é um clube da polícia ou algo do gênero. Infelizmente aquela parte da costa não tinha praia e sequer mar, apenas uma grande extensão de terra, como se fosse uma represa seca. A região em frente ao camping e ao balneário tem wifi, que aparenta ser do município, mas o funcionamento é muito precário e nas poucas vezes que conseguimos conectar mal conseguíamos enviar mensagens. O camping tem uma boa área para barracas, com sombras, tomadas, um banheiro feminino e um masculino. Fomos até um mercado atacadista próximo e compramos um engradado de água, já que as trazidas do Brasil acabariam em breve, e também hambúrguer congelado para a janta. Enquanto fazíamos a janta chegou uma Ford Ecosport argentina puxando um trailer e se juntaram a nós, outra barraca e um motorhome Ford Transit espanhol. O banho foi gelado apesar da dona dizer que o camping tinha água quente. Já que o dia estava agradável não fizemos questão de reclamar, mas dos campings que ficamos este era o que tinha a estrutura mais simples, pecando um pouco na limpeza e manutenção dos banheiros (ralo entupido, pia soltando da parede); em compensação foi o segundo mais barato que ficamos durante toda a viagem. Abastecimento Buenos Aires: Shell - Calle Paseo Colon, 849 x Calle Estados Unidos Nafta Super $ 18,85/litro Média: 8,95 km/l Abastecimento Azul: Esso - Ruta Nacional 3 Nafta Super $ 20,55/litro Média: 10,84 km/l Hospedagem: Camping Municipal Balneário Maldonado $20 por pessoa, $75 barraca, $35 carro Telefone: (+54) 291 4551614 RN3 sul, km 695 x Calle Charlone 4600 (seguir placas Balneário Maldonado), Bahia Blanca/Argentina -38.733434, -62.314545 Gastos do dia: R$ 22,11 Pedágios (115 ARS) R$ 259,60 Abastecimento (1350 ARS) R$ 28,85 Camping Bahia Blanca (150 ARS) Camping em Bahia Blanca ===================================================================================================== 08/02/2017 (quarta) - Bahia Blanca (Argentina) para Neuquén (Argentina) Saída de Bahia Blanca: 09:50 Chegada em Neuquén: 16:00 Km inicial: 3190,9 Km final: 3737,8 Km rodados: 546,9 Durante a noite acordamos em torno das 03:00 com chuva e ventos muito, muito fortes chegando ao ponto de deformar a barraca, sentíamos que ela estava "dobrando", mas mesmo assim aguentou firme, acordamos bem e o melhor: com a barraca seca! Isso nos economiza minutos preciosos pela manhã, evitando ter que secar o quarto e o teto antes de enrolar para guardar. Saímos do camping às 09:00 e entramos na cidade para abastecer e comprar comida em uma padaria para o café da manhã e almoço. Compramos doces ótimos, então vale a pena indicar a padaria que fica na Colon x Tierra del Fuego. Pegamos um pequeno trecho da RN3 para sair de Bahia Blanca e depois rodamos durante o dia todo pela RN22 que é praticamente uma reta só. Rodamos em torno de 250km com umas cinco curvas leves apenas. O caminho foi praticamente de estradas de mão simples, mas com boas condições. O limite era de 80km/h, mas excepcionalmente nesse dia rodamos a 120, 130km/h para chegar o quanto antes em Neuquén. Neste dia não passamos por nenhum pedágio, apenas uma barreira zoofitosanitária que na teoria serve para impedir a entrada de frutas, vegetais e produtos derivados de animais. Na prática o fiscal apenas olhou as malas no banco traseiro. Chegamos na capital da província de Neuquén às 16:00 e fomos em um Carrefour comprar salsicha para a janta e medialunas para o café da manhã e almoço do dia seguinte. Aproveitamos para recarregar nosso estoque de alfajor comprando alguns da própria marca do Carrefour. Saindo do Carrefour passamos pela cidade tentando algum wifi para avisarmos as famílias, mas sem sucesso pegamos o caminho do camping e chegamos às 16:40. O camping está localizado a 10km do centro da cidade de Neuquén, sendo boa parte do caminho em estrada de terra com pedras soltas. Enquanto estávamos planejando a viagem, ainda no Brasil, fiquei com certo medo pois este foi o camping que nós menos encontramos informações em relação à localização e endereço. Ele fica em uma via de terra, e como a maioria dessas vias, não tem um endereço certo. De acordo com as instruções encontradas na internet consegui encontrar ele no mapa e marcar a coordenada. Felizmente foi fácil de chegar com as coordenadas, apesar do GPS ter nos guiado por um caminho diferente do divulgado pelo camping. Ao chegar no camping nos deparamos com uma grande área descampada e uma portaria de madeira. Na portaria alguns avisos pediam para que fossemos até a provedoria, que é um misto de recepção com um minimercado. O caminho é intuitivo e depois de algumas centenas de metros conseguimos chegar. A área de camping é muito grande com bastante verde e sombras. No fundo do camping passa o Rio Limay que tem muita correnteza, mas é ótimo para um banho. Depois de chegar, como de costume montamos a barraca e ficamos uma hora no rio descansando, aproveitando a bela paisagem e tirando fotos. Preparamos o jantar, lavamos louça e 21:00 ao anoitecer tentamos tomar banho, mas todos os chuveiros estavam ocupados. Os chuveiros são aquecidos (e muito bem aquecidos, por sinal) a lenha então o horário de banho é das 20:00 às 22:00 apenas. Minutos depois conseguimos tomar banho sem problemas. Os banheiros são limpos e em grande quantidade. No camping estava um grupo de cinco barracas e algumas outras avulsas, mas em nenhum momento fomos incomodados por barulho. Enquanto escrevia este relato (08/2/2017 22:00), deitado antes de dormir em Neuquén, percebi que fiz a reserva do Airbnb de Santiago para as datas erradas. Nossa passagem por Santiago estava prevista para 14 a 18 de fevereiro, mas acabei fazendo a reserva entre 18 e 22 de fevereiro. Me dei conta quando estava lendo os e-mails que chegaram enquanto estávamos conectados em algum wifi e vi o dono do apartamento dizendo que estava tudo pronto para minha chegada no dia 18. Fiz a confusão porque na nossa planilha de planejamento criei uma coluna para dia de viagem (Dia 1, dia 2, dia 3, etc) e uma coluna para data (28/01, 29/01, etc). O 18º dia de viagem seria dia 14/02, mas na hora da reserva bati o olho na primeira coluna e reservei a data errada. Como estávamos sem internet não conseguimos fazer nada. Ficou pendente resolvermos isto no dia seguinte. Abastecimento Bahia Blanca: YPF - 9 de Julio x Colon Nafta Super $ 20,73/litro Média: 11,80 km/l Abastecimento Choele Choel: YPF - Ruta Nacional 22 Nafta Super $ 14,88/litro Média: 9,95 km/l Abastecimento Cipoletti: Esso - Entroncamento da Ruta Nacional 22 e 151 Nafta Super $ 14,57/litro Média: 10,41 km/l Hospedagem: Camping Costa Soleada $70 por pessoa Telefones: (+54) 299 4436887 / (+54) 9 299 4291088 Ruta Nacional 22 sentido Sul, passando Neuquén virar à esquerda na esquina da Rio Colorado (antena da Claro). Seguir placas amarelas do camping, Neuquén/Argentina -38.971851, -68.175774 Gastos do dia: R$ 2,88 Barreira Zoofitosanitária (15 ARS) R$ 261,54 Abastecimento (1360 ARS) R$ 26,92 Camping Neuquén (140 ARS) Chegada do camping em Neuquén Rio Limay que passava dentro do camping em Neuquén ===================================================================================================== 09/02/2017 (quinta) - Neuquén (Argentina) para Bariloche (Argentina) Saída de Neuquén: 10:50 Chegada em Bariloche: 16:30 Km inicial: 3737,8 Km final: 4186,7 Km rodados: 448,9 De manhã, como de costume, arrumamos nossas coisas, desmontamos a barraca e antes de sair do camping decidi ir de carro até a beira do rio para filmar com a GoPro todo o caminho até a saída do camping. Tudo teria dado certo se o caminho até a margem do rio não fosse tão fofo! Como existiam várias pedras médias achei que seria tranquilo, mas quando fiz a travessia das pedras até o rio percebi que o piso segurou bastante o carro e seria difícil voltar. Manobrei o carro colocando de frente para a saída, GoPro filmando, acelera e... atolou nas pedras. Consegui dar ré, voltar até próximo do rio para dar embalo e atolou de novo. Repeti o processo umas cinco vezes, com controle de tração ligado e desligado, tentando pegar embalo, mas era difícil porque não tinha muito espaço com chão firme para acelerar, então desde a saída o carro já ficava patinando. Desci do carro, analisei o lugar e vi que o chão estava mais firme indo por outro lado, mas tinha um morrinho que teria que subir. Acabei conseguindo subir e depois de meia hora de tentativas fomos embora do camping às 09:45. Paramos em um posto YPF ainda em Neuquén para usar o wifi e resolver a questão do Airbnb de Santiago. Tentei fazer a alteração das datas mas infelizmente o apartamento já não estava disponível nas datas que precisávamos, então acabamos cancelando a reserva (reembolso de 50% do valor pago) e alugamos um outro para ficar duas noites a menos (o plano original era ficar quatro) já que durante a viagem descobrimos que gostávamos muito mais de acampar em cidades pequenas do que ficar em grandes centros com avenidas, trânsito, metrô, etc. Precisamos alocar as duas noites que ficaram sobrando em alguma cidade, já que em Santa Fé tínhamos hotel reservado. Decidimos ficar uma noite a mais em Chillan e outra em Mendoza. Saímos do YPF para iniciar o dia na estrada às 10:50; tarde para rodar os mais de 400km que teríamos, mas foi essencial para podermos resolver a questão do Airbnb. O caminho para Bariloche é bastante simples, seguindo pela RN22 saindo de Neuquén e logo pegando a RN237 pelo resto da viagem, sempre margeando o Rio Limay (que era o mesmo que passava no camping). O caminho foi todo feito em pista simples, mas em ótimo estado e com muitas retas e oportunidades para ultrapassagem. Paramos para abastecer em um posto sem bandeira na cidade de Picún Leufú, com medo de não encontrar postos a frente, mas depois percebi que poderíamos ter parado em Piedras del Aguila 100km a frente, com postos Petrobras e YPF. Observamos um fato curioso desde Bahia Blanca e que dia após dia foi se confirmando. Diferente do Brasil, quanto mais ao sul viajamos (e mais distante de Buenos Aires) mais barata ficou a gasolina. O menor valor que pagamos foi no dia anterior, a caminho de Neuquén, mas em todo esse trecho desde Bahia Blanca até Bariloche o litro da gasolina se manteve na faixa de 14 pesos. Durante a viagem passamos por uma pequena cidade chamada Piedras del Aguila e ao olhar para o lado vi várias formações bonitas. Entramos na cidade, passeamos por uns caminhos e tiramos algumas fotos. Ainda durante a viagem nos deparamos com paisagens lindas e paramos várias vezes para tirar fotos. Acreditamos que exatamente por causa dessas paisagens lindas acabamos nos decepcionando um pouco com Bariloche. Estávamos bastante empolgados para conhecer Bariloche, que apesar de ter paisagens bonitas também não se comparam ao que vimos na estrada. Acreditamos que no inverno a percepção seria diferente e a cidade ficaria ainda mais bonita. Chegamos na entrada de Bariloche às 16:30 com bastante trânsito no centrinho, lembrando muito Gramado e Campos do Jordão em épocas de pico (natal e inverno). Passamos pelo centro e chegamos no camping às 17:10, distante 24km do Centro Cívico. Fizemos nossa rotina de sempre, que é montar barraca, inflar colchão tomar banho e fazer a janta. O camping é muito bem estruturado, provavelmente o melhor que ficamos durante toda a viagem. Quando chegamos estavam em torno de 15 barracas, além de um trailer e uma Land Rover brasileira com barraca de teto, do André e da Ane do projeto Vem Conosco (http://www.vemconosco.com.br). Possui wifi que funcionou bem na maior parte da estadia, alguns chalés para locação, refeitório, banheiros com água bem quente e parrilla para uso dos hóspedes (não sei se é cobrado o uso). Durante o dia pegamos temperaturas entre 22 e 24 graus e agora a noite, enquanto escrevo este relato, segundo o Google a temperatura está em 14 graus. Abastecimento Picún Leufú: sem bandeira - Ruta Nacional 237 Nafta Super $ 15,59/litro Média: 8,63 km/l Hospedagem: Camping SER Bariloche $130 por pessoa http://www.serbariloche.com.ar / campingser@gmail.com Telefones: (+54) 294 4448308 / (+54) 9 294 4536006 Colonia Suiza, esquina das ruas Felix Goye e Beveraggi, Bariloche/Argentina -41.096380, -71.507637 Gastos do dia: R$ 55,77 Abastecimento (290 ARS) R$ 134,60 Camping Bariloche (700 ARS) (deveria ficar 780 pesos, mas na hora de pagar a dona nos cobrou 700) Amanhecer no camping em Neuquén Piedras del Aguila Estrada para Bariloche ===================================================================================================== 10/02/2017 (sexta) - Bariloche (Argentina) Km inicial: 4186,7 Km final: 4284,9 Km rodados: 98,2 Durante a noite passamos muito frio na barraca, acordando várias vezes e demorando para dormir. Como estávamos no verão acabamos subestimando a temperatura de Bariloche e não nos preparamos. Quando acordamos o termômetro do carro marcava 9 graus às 08:00. Saímos para percorrer o Circuito Chico, mas sinceramente não gostamos justamente por causa das paisagens que vimos na estrada no dia anterior. De qualquer maneira é um passeio bonito, passando pelos lagos Perito Moreno e Nahuel Huapi com algumas paradas para fotos. Fomos ao mercado La Anónima (Bustillo 12964) e compramos algumas coisas que estávamos precisando para as refeições. Vimos um isolante térmico a venda e compramos dois, além de pegar umas caixas de papelão para forrar o piso da barraca nas noites seguintes. Mesmo nos agasalhando, em outros dias sentíamos um frio nas costas, então esperamos que com o isolante e papelão essa percepção melhore. Voltamos ao camping em torno das 13:00 e fizemos o almoço. Logo no começo da preparação o nosso segundo gás da viagem acabou, foram quatro refeições feitas com ele (o primeiro havia feito três). Enquanto almoçávamos chegou no camping uma Kombi T3 (modelo não vendido no Brasil) com placas da Suíça. Enquanto lavava a louça tive a oportunidade de conversar com o rapaz da Kombi que viajava com sua esposa. Eles despacharam o carro em Hamburgo (Alemanha) e pegaram em Montevidéu (Uruguai). Passamos a tarde descansando no camping e em torno das 19:30 saímos para jantar no El Boliche de Alberto, um restaurante muito bem falado com algumas unidades em Bariloche. Fomos na da Av. Exequiel Bustillo 8400. Pedimos um ojo de bife e uma porção de batata frita, que é gigante. Como queríamos pontos diferentes da carne, pedimos ao garçom que dividisse em duas partes, cada uma com um ponto diferente, e ele gentilmente o fez. A Carne era simplesmente maravilhosa. Com bebidas o jantar saiu por 500 pesos, um ótimo custo benefício para Bariloche. Depois do jantar passeamos de carro pelo Centro Cívico mas ficamos com medo de estacionar e andar por ali já que todas nossas coisas estavam no carro. Na volta paramos em um mirante na Exequiel Bustillo com vista para o lago Nahuel Huapi, abastecemos e chegamos no camping às 23:00. Como de costume, abastecemos em um posto YPF com fila de três carros na nossa frente (até que estava pequena). Abastecimento Bariloche: YPF - Av Exequiel Bustillo (-41.132154, -71.332679) Nafta Super $ 14,88/litro Média: 10,48 km/l Gastos do dia: R$ 107,70 Abastecimento (560 ARS) Parada no mirante para fotos Lago no Circuito Chico ===================================================================================================== 11/02/2017 (sábado) - Bariloche (Argentina) Km inicial: 4284,9 Km final: 4359,7 Km rodados: 74,8 Desta vez nos agasalhamos bem para dormir, com meias, calça jeans e blusa. Não passamos frio durante a noite e nos demos ao luxo de dormir até acordar, o que aconteceu 11:30. Fizemos almoço, saímos para passear no Cerro Catedral, mas não achamos nada de interessante durante o verão, apenas umas lojinhas no alto do morro. Acabamos não pegando o teleférico para subir. Voltamos ao camping e fomos na prainha do Lago Perito Moreno que fica vizinho ao camping. A água estava congelante, muito difícil mesmo de ficar dentro, mas o lugar é muito bonito e ficamos um tempo sentados na praia (que lá é feita de pedras) com os pés na água. Fomos ao mercado (Todo, na Av Bustillo 3700) e compramos ingredientes para fazer hambúrguer caseiro na janta. Voltamos ao camping, tomamos banho, fizemos o hambúrguer e antes de dormir assistimos o filme Alive (Vivos) que relata a história do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que bateu em uma montanha da Cordilheira dos Andes. Camping em Bariloche Lago Perito Moreno, localizado na Colônia Suiza onde fica o camping ===================================================================================================== 12/02/2017 (domingo) - Bariloche (Argentina) para Puerto Octay (Chile) Saída de Bariloche: 11:00 Chegada em Puerto Octay: 17:45 Km inicial: 4359,7 Km final: 4630,0 Km rodados: 270,3 Saímos do camping às 11:00 depois de desmontar a barraca e arrumar todas as coisas. No caminho para o Chile tivemos que passar novamente por Bariloche e depois fomos pela RN40 e RN231 sentido Vila La Angostura, que se parece mais ainda com Gramado. Seguimos em frente até a fronteira com o Chile, que cruzamos pelo Paso Cardenal Antonio Samoré (atenção: esta fronteira não é 24h. Consultar o horário antes da viagem) O trajeto é feito em pista simples, em serra e com muitas curvas. Por este motivo a velocidade média acaba ficando bem baixa. Às 13:20 chegamos na região da fronteira (saída da Argentina) e ficamos parados por uma hora. Enquanto estávamos na fila o oficial nos entregou o papel do controle de barreira com a placa do carro, quantidade de pessoas e os passos que teríamos que fazer na fronteira. Às 14:20 fomos liberados para seguir até os escritórios, estacionamos o carro e fomos para a fila, que andava bem rápido. O primeiro passo foi no guichê da imigração, onde tivemos que apresentar os passaportes e documento do carro. O segundo passo é na aduana, onde novamente entregamos os documentos e o oficial nos perguntou por onde entramos na Argentina e em quais cidades dormimos. No terceiro passo o oficial os documentos do carro foram conferidos, recebemos um papel usado para entrada e saída do carro no Chile e Argentina e por fim foi feita uma simples revista no carro, olhando o compartimento do motor e o porta malas. Finalizamos os processos de saída da Argentina às 14:20. Nos direcionamos para a próxima fronteira onde daríamos a entrada no Chile. As fronteiras estão separadas por uma distância de 30 ~ 50 km e no meio do caminho existe a placa simbólica de divisa de países. Às 15:30 demos entrada na aduana do Chile, também recebendo um papel com o passo-a-passo. Esta fronteira estava bem mais tranquila, bastou estacionar e nos dirigir até os escritórios. Como na saída da Argentina, são três passos (imigração, aduana e inspeção do carro), com algumas diferenças: No primeiro passo eles dão um papel impresso com o número do passaporte. Importante conferir o papel, o meu estava errado e precisei voltar para que o oficial corrigisse. No segundo passo é necessário preencher um papel similar ao necessário para entrada nos EUA, informando seus dados, declarando que não está trazendo nenhum bem comercial, itens agropecuários e mais de 10.000 dólares (ou equivalente). No terceiro passo a inspeção do carro é muito rigorosa, tendo que colocar todas as bagagens do porta malas em um balcão onde os oficiais revistam tudo, inclusive por dentro. Isto acontece porque é proibida a entrada de produtos de origem animal e vegetal e eles levam isto bem a sério. Ao entrar no Chile a estrada vira Ruta CH-215. Seguimos por ela até a intersecção com a Ruta U-51. O caminho da fronteira até Puerto Octay é muito bonito, com o vulcão Osorno sempre aparecendo na paisagem. Chegamos na cidade (que é muito pequena) e no camping às 17:45. O camping custava 10.000 pesos por pessoa, mas como chegamos em um domingo e a cidade não tem casa de câmbio não tínhamos o valor completo. Levamos exatamente 10.000 pesos do Brasil para despesas pontuais como um lanche ou pedágio. Teríamos que sair cedo no dia seguinte, ir até Puerto Montt (140km ida e volta), fazer o câmbio e voltar para pagar o camping. Conversei com o dono que aceitou cobrar 30 dólares. Fizemos as conversões na hora e acabou ficando bom para as duas partes. Além disso tínhamos 30 dólares trocados, e acredito que seria difícil casas de câmbio aceitarem notas baixas assim. Ficamos felizes com a negociação. O camping não é muito grande, mas tem muitas árvores e um rio passando no fundo. Todas as "vagas" de barraca tem uma mesa de madeira e ponto de energia. A água é aquecida a gás. Abastecimento Bariloche: Esso - Av Juan Manuel de Rosas (41.1327879, -71.3180786) Nafta Super $ 14,88/litro Média: 9,62 km/l Hospedagem: Camping El Molino $10.000 por pessoa Telefone: (+56) 64 239 1375 Costanera Pichi Juan 124, Puerto Octay/Chile -40.977377, -72.882325 Gastos do dia: R$ 33,46 Abastecimento (174 ARS) R$ 99 Camping Puerto Octay (30 USD) Fronteira Argentina/Chile Vulcão Osorno ao fundo ===================================================================================================== 13/02/2017 (segunda) - Puerto Octay (Chile) para Chillan (Chile) Saída de Puerto Octay: 09:30 Chegada em Chillan: 16:40 Km inicial: 4630,0 Km final: 5222,4 Km rodados: 592,4 Saindo de Puerto Octay passamos por Osorno e aproveitamos para trocar dinheiro lá, já que é uma cidade bem grande. Não deixem para tirar fotos do vulcão quando passar pela cidade de Osorno, já que o vulcão fica mais ao sul. Sorte a nossa que tiramos algumas fotos no dia anterior. No dia anterior conseguimos pagar o camping em dólares, mas mesmo assim ainda precisávamos trocar pesos chilenos. Em Osorno trocamos dinheiro e aproveitamos para abastecer e comprar coisas para o café da manhã e almoço no carro. Fomos até Osorno pela U-55-V em pista simples com bom estado, e de Osorno até Chillan pela CH-5 que é duplicada, com postos e comércios. A CH-5 conta com bastante pedágios, que também existem nas saídas para as cidades. Pagando um pedágio da CH-5 você ganha isenção no pedágio da saída durante certo trecho da rodovia. No Chile reparamos que os postos Copec tem muita fila (a exemplo do YPF na Argentina), talvez por algum desconto, parceria com cartão de crédito. Algumas estradas que passamos tinham placas de velocidade sugerida ao invés de velocidade máxima. Chegamos na cidade de Chillan às 16:40 e no caminho para o camping paramos no supermercado Unimarc para comprar os itens da janta. Nesta noite fizemos hot-dog. Saímos do mercado às 17:00 e chegamos ao camping em torno de 17:20, já que ele fica a uns 20km da cidade. O camping se parece com um clube e é muito usado pelos locais para passar o dia, já que tem rio, piscinas, salão de jogos e churrasqueiras. A área para camping é muito, muito grande e o chuveiro é morno, aquecido pelo sol conforme informações recebidas do pessoal do camping. O rio não é muito bom para nadar, com muitas pedras, musgo e gravetos. O horário de silêncio é a partir das 01:00. É tarde, mas similar a outros campings que já passamos durante a viagem. Como nessa região escurece 21:00, faz sentido já que o pessoal tem o costume de acordar tarde. Montamos a barraca, passamos um tempo na piscina, tomamos banho e fizemos a janta. Neste dia nosso terceiro cartucho de gás acabou. A forma de cobrança do camping é um pouco diferente dos demais. Eles cobram por 3.000 dia e 3.000 por noite (por pessoa), desde que saia até 10:00. Como chegamos segunda de tarde e saímos quarta de manhã, foram cobrados dois dias e duas noites (segunda e terça). Nesta noite assistimos o filme " Um gato de rua chamado Bob". Minha namorada leu o livro e estava ansiosa pelo filme. É bem legal a história. Abastecimento Osorno: Shell - Juan Mackenna x Lord Cochrane Super 93 $ 766/litro Média: 11,68 km/l Abastecimento Temuco: Petrobras - Rodovia CH-5 km 658 Especial 93 $ 737/litro Média: 12,76 km/l Hospedagem: Camping Paraiso Chillan $3.000 por pessoa por dia / $3.000 por pessoa por noite Telefones: (+56) 999 090344 / (+56) 971 407220 Ruta N-55 km 20 sentido Chillan - Pinto, Chillan/Chile -36.679574, -71.923974 Gastos do dia: R$ 176,00 Abastecimento (35200 CLP) R$ 75,00 Pedágios (15000 CLP) R$ 120,00 Camping Chillan (24000 CLP) Câmbio: taxa: 620 pesos chilenos por dólar Camping em Puerto Octay ===================================================================================================== 14/02/2017 (terça) - Chillan (Chile) Km inicial: 5222,4 Km final: 5269,7 Km rodados: 47,3 Acordamos tarde já que o dia seria só para descanso. Fomos passear pela cidade e ver algo para incrementarmos no almoço (normalmente hambúrguer ou salsicha). Encontramos o mercado Líder, que é um Walmart apenas com outra marca. Tem o mesmo estilo de comunicação visual e os mesmos produtos de marca própria (Great Value). Aproveitamos para almoçar no restaurante Doggis que fica no próprio mercado e tem, principalmente, hot-dog. O restaurante é estilo fast-food, mas o cachorro quente é muito gostoso. Experimentamos a famosa "palta" que é um tipo de pasta de abacate, e mesmo com cachorro quente ficou ótimo. Voltamos para o camping e passamos a tarde na piscina que tinha um toboágua bem legal. Tomamos banho, assistimos a séries e fizemos a janta. Depois da janta organizamos as malas, o carro, assistimos o filme que conta a história do comandante Sully e dormimos. Camping em Chillan ===================================================================================================== 15/02/2017 (quarta) - Chillan (Chile) para Santiago (Chile) Saída de Chillan: 10:00 Chegada em Santiago: 15:00 Km inicial: 5269,7 Km final: 5697,3 Km rodados: 427,6 Saímos do camping às 09:30, fomos para Chillan, abastecemos e pegamos a estrada para Santiago 10:00. Fomos para Santiago pela mesma estrada CH-5 do dia anterior, então não tem muito o que falar. Estrada bem conversava, duplicada em toda sua extensão, limite de 120 km/h e pedágios frequentes. Desta vez acabamos almoçando snacks em um posto de gasolina. Ao chegar em Santiago pegamos algumas vias expressas e diversas placas indicando "Solo Televia o sistema complementario", bem como alguns pórticos, aparentemente tratava-se de cobrança automatizada de pedágio apenas para veículos cadastrados. Passamos por alguns deles até eu ficar com medo da leitura de placa nos complicar na saída do Chile e fui pela via lateral, muito mais lenta e com semáforos. Chegamos na casa alugada pelo Airbnb às 15:00. Era uma pequena casa que fazia parte da casa principal, com sala e quarto integrados, banheiro, e fogão e frigobar escondidos dentro de um guarda roupa. A dona era uma senhora muito simpática e fez o possível para nos auxiliar durante a estadia. Como o tempo em Santiago seria curto logo saímos para passear. Fomos a pé até a estação Manquehue, compramos dois bilhetes para horário normal e descemos na estação Tobalaba. Em Santiago a tarifa do metrô varia conforme o horário. Passeamos no Costanera Center, o shopping center que fica localizado no arranha-céu mais alto da América Latina. Os pisos do shopping são divididos por tipo de lojas, por exemplo, um piso para mulheres, um piso para homens e crianças, um piso para esportes, etc. Enquanto passeávamos no Costanera conversei com o gerente da filial da nossa empresa no Chile e fomos até o escritório conversar com ele. Voltamos para o Costanera, andamos pelo resto dele e fizemos algumas compras para nossa futura casa. Jantamos no restaurante Elkika Ilmenau, tipicamente alemão, que eu havia ido três anos atrás em uma viagem a trabalho. Dois hot-dogs com bebida nos custou $ 7000. Andamos pelo bairro que é bastante arborizado enquanto esperávamos iniciar o horário de menor preço no metrô. Abastecimento Chillan: Shell - Collin, 788 Super 93 $ 699/litro Média: 11,08 km/l Abastecimento Rengo: Petrobras - Rodovia CH-5 Especial 93 $ 746/litro Média: 11,79 km/l Hospedagem: Apartamento reservado pelo Airbnb R$ 267 (2 noites) Gastos do dia: R$ 198,70 Abastecimento (39740 CLP) R$ 12,70 Metrô (2540 CLP) R$ 47,00 Pedágios (9400 CLP) R$ 267,00 Airbnb Santiago Casa alugada pelo Airbnb em Santiago ===================================================================================================== 16/02/2017 (quinta) - Santiago (Chile) Km inicial: 5697,3 Km final: 5725,4 Km rodados: 28,1 Neste dia fomos fazer o típico passeio de turista, conhecendo o centro. Pegamos o metrô e fomos até a estação Universidade do Chile. Passamos pelo Palácio de la Moneda, Tribunal de Justiça e Plaza de Armas. Nos sentimos bastante inseguros no centro, com vários moradores de rua olhando nossos pertences e volume no bolso. Compramos um sorvete e logo decidimos ir embora. Passeamos pela Falabella e paramos para almoçar em um pequeno restaurante chamado Poker de Ases (Bandera entre Catedral e Compañia de Jesus). Comemos dois lomo a lo pobre (bife com batata, ovo e cebola refogada) com duas bebidas por $ 13200. Comida simples e saborosa, mas nada de outro mundo. Ao voltar para casa saímos de carro para passear no Cerro San Cristobal, que tem alguns mirantes, trilhas e zoológico. Chegamos sem problemas com as orientações do GPS. O valor da entrada é de $ 3000 por carro, pela rua Pio Nono, com direito a voltar mais uma vez no mesmo dia. Estacionamos em uma das ruas internas e fomos ao zoológico, que cobra mais $ 3000 por pessoa. O zoológico é bastante íngreme, já que fica localizado em um morro. Ele começa na parte baixa do parque e vai até em cima. Algumas jaulas estavam sem animais e o mapa estava um pouco desatualizado, mas foi um passeio bem legal para nós que não íamos em um zoológico há algum tempo. Esse zoológico em específico tem alguns animais diferentes do que estamos acostumados, provavelmente pela região. Depois do zoológico subimos todo o morro de carro parando em um mirante com vista para a cidade, fomos ao Costanera Center comprar mais algumas coisas e também comida para a janta no supermercado Jumbo. Pagamos o estacionamento em uma máquina de autoatendimento sem segredo, bem parecido com o Brasil. O estacionamento custa $ 20 por minuto. O preço assusta pelo valor e pela cobrança por minuto, mas ao fazer a conversão vemos que fica até mais barato que shoppings de grandes metrópoles no Brasil. Fizemos a janta em casa, assistimos alguns vídeos do Youtube aproveitando o bom wifi, limpamos o cartão das câmeras e deixamos o computador fazendo upload das fotos para o Google Photos, já que estávamos sem um backup das fotos até então. Arrumamos as coisas para deixar tudo pronto para a saída no dia seguinte. Gastos do dia: R$ 13,20 Metrô (2640 CLP) R$ 15,00 Cerro San Cristobal (3000 CLP) R$ 30,00 Zoológico (6000 CLP) R$ 9,00 Estacionamento Costanera (1800 CLP) Cerro San Cristobal Selfie com a girafa Costanera Center visto do Cerro San Cristobal ===================================================================================================== 17/02/2017 (sexta) - Santiago (Chile) para Mendoza (Argentina) Saída de Santiago: 09:00 Chegada em Mendoza: 18:15 Km inicial: 5725,4 Km final: 6101,6 Km rodados: 376,2 Saímos da casa às 09:00, abastecemos e logo estávamos na estrada para Mendoza, cruzando pela Cordilheira dos Andes. No lado chileno fomos pelas Rutas CH-57 e CH-60. Depois de cruzar para o lado Argentino seguimos pela RN7 e RN40. Passamos por três pedágios no lado chileno até a fronteira, o que achamos bastante para uma distância de aproximadamente 150km. O último estava a apenas 30km da fronteira. Às 11:45 passamos por uma aduana chilena, mas as placas diziam que não era necessário parar já que a saída do Chile seria feita no lado argentino, integrado com a entrada na Argentina. Na estrada passamos por um trecho com muitas curvas, que lembram a Serra do Rio do Rastro e Corvo Branco (-32.855649, -70.140536). Enquanto estávamos parados para tirar fotos encontramos com dois motociclistas de Juiz de Fora/MG, pai e filho, que estavam voltando do Atacama. Seguimos viagem e fiquei atento ao GPS pois queria cruzar a cordilheira não pelo túnel, que é o caminho comum, mas pela pequena estrada de terra que nos leva ao Cristo Redentor de Los Andes a 3800m de altitude. A saída para a estrada de terra é bem mal sinalizada, mas prestando atenção conseguimos encontrá-la e subimos, passando por várias curvas, mirantes e pequenos rios de água congelante que desce a montanha. O caminho até o topo tem 8km. Chegamos lá às 12:35 com 3830m de altitude e 9ºC de temperatura, além do vento. Tiramos algumas fotos e iniciamos nossa descida pelo lado chileno às 13:00, chegando ao asfalto 20 minutos e 9km depois. Enquanto estávamos na rodovia vimos do lado esquerdo o Aconcágua (a montanha mais alta fora da Ásia) e 12km depois, do lado esquerdo, estava a entrada para a fronteira integrada Chile/Argentina (Control Integrado Complejo Horcones). Em toda a viagem esta foi a única fronteira que não ficava no meio da estrada; ela fica na lateral e nós temos que ter a consciência de entrar na fila. Paramos na fila de carros em torno de 13:30. A fila andava devagar e fomos atendidos apenas 15:15 no estilo drive-thru, sem a necessidade de estacionar o carro e ir até o guichê. O primeiro passo é na imigração do Chile, com os oficiais da PDI (Policia de Investigaciones). Foi necessário apresentar os passaportes, documento de entrada do carro e controle de barreira, que desta vez não nos foi dado. Tive que ir até o guichê da Gendarmeria e pedir. No segundo passo fica a aduana chilena e argentina. Entregamos os documentos para o oficial chileno, ele faz os procedimentos necessários e entrega ao oficial argentino. O oficial argentino veio até o carro, entregou o papel de controle de barreira e ao invés de fazer a revista no carro (como estava fazendo com os outros) perguntou nosso time. Falei que éramos palmeirenses e ele disse que desde que não fossemos corinthianos estava certo e nos liberou. Saímos do complexo fronteiriço às 15:30. 1,5km depois da saída tem uma pessoa na estrada pedindo o papel do controle de barreira. Um fato engraçado aconteceu enquanto estávamos na fila. Um adolescente estava com as várias notas de peso chileno na mão quando um vendo forte bateu e levou várias notas. Algumas pessoas ajudaram, mas com certeza ele perdeu alguns milhares de pesos nessa brincadeira. Em torno de Mendoza a estrada que o GPS nos mandava entrar estava impedida pela polícia por algum motivo. Depois de alguns desvios conseguimos chegar no camping El Mangrullo. O camping é bem estruturado e preparado, conta com espaço para barracas e cabanas. Wifi funciona apenas próximo da entrada, os banheiros são limpos e com água quente. Estavam hospedados alguns veículos europeus e uma Chevrolet S10 brasileira com um camper na caçamba. Fizemos a janta até mesmo andes de montar a barraca porque esse dia foi bem cansativo. Armamos a barraca, tomamos banho e quando fomos encher o colchão da marca Mor comprado novo para esta viagem vimos que ele estava furado na dobra de um dos gomos da parte superior. Tentamos remendar com o kit que veio com ele, mas por ser na dobra não deu muito certo. Acabamos forrando o chão com cobertor e dormimos assim mesmo. Abastecimento Santiago: Shell - Santa Maria 888 Super 93 $ 702/litro Média: 10,48 km/l Hospedagem: Camping El Mangrullo $150 por pessoa Telefones: (+54) 261 4440271 / (+54) 9 261 5604736 Avda. Champagnat 3002, Mendoza/Argentina -32.855704, -68.894194 Gastos do dia: R$ 54,00 Abastecimento (10800 CLP) R$ 26,50 Pedágios (5300 CLP) R$ 173,08 Camping Mendoza (900 ARS) Subida da Cordilheira dos Andes Saída do Chile, início do caminho pela Cordilheira dos Andes Subida para o Cristo Redentor de los Andes, fora da estrada principal Rio GELADO que desce dos Andes Cristo Redentor de los Andes, divisa Chile/Argentina ===================================================================================================== 18/02/2017 (sábado) - Mendoza (Argentina) Km inicial: 6101,6 Km final: 6205,3 Km rodados: 103,7 Acordamos e fomos ao Walmart 24h (Moldes 1023) tentar comprar um novo colchão inflável. Compramos um da marca Intex, além de água, pães para café da manhã, milho, macarrão, etc. Walmart muito grande, no estilo dos que existem nos EUA, com muita variedade de produtos que não estamos acostumados a encontrar em supermercados. Voltando ao camping fizemos o almoço e saímos para andar pelo centro. Conhecemos a Plaza Independencia e fomos sentido Maipú para conhecer a vinícola (bodega) El Enemigo. Nós gostamos de vinho, mas não somos conhecedores. Por este motivo acabamos indo em uma vinícola qualquer apenas para ver como funciona. Descobrimos a El Enemigo por algum relato lido na internet. Foi um pouco difícil de chegar até lá. Fomos até a rua divulgada (Videla Aranda) mas a maioria dos lugares não tem numeração. Depois de perguntar para uma pessoa conseguimos chegar no lugar. A vinícola é bem família e aparentemente o carro chefe é a degustação com almoço. Pedimos para fazer o tour e uma funcionária nos acompanhou até os barris de carvalho e nos explicou um pouco sobre as uvas utilizadas e história da vinícola. A degustação mais barata permitia escolher dois vinhos entre quatro (como estávamos em dois conseguimos provar todos os quatro: Malbec, Cabernet Franc, Chardonnay e Bonarda) e incluía pães com patê. De volta ao camping ficamos um tempo na piscina, tomamos banho, assistimos séries, fizemos a janta (que por sinal, foi a quinta com o mesmo gás no fogão. A falta de vento ajuda muito) e dormimos no colchão novo. Gastos do dia: R$ 95,96 Colchão Intex casal (499 ARS) R$ 75,00 Duas degustações (390 ARS) Visita na Vinícola El Enemigo Camping em Mendoza ===================================================================================================== 19/02/2017 (domingo) - Mendoza (Argentina) Km inicial: 6205,3 Km final: 6231,9 Km rodados: 26,6 Não há muito para falar, este foi um dia de descanso. Fomos ao mesmo Walmart comprar vinhos, voltamos ao camping, fizemos almoço (desta vez abrimos um novo gás, o quinto da viagem). De tarde terminei de ler Sully e assistimos Narcos. Arrumamos o porta malas e banco traseiro, limpamos o pó que estava acumulado, fizemos janta e assistimos The Grand Tour (série automotiva). Mendoza ===================================================================================================== 20/02/2017 (segunda) - Mendoza (Argentina) para Santa Fé (Argentina) Saída de Mendoza: 10:20 Chegada em Santa Fé: 21:10 Km inicial: 6231,9 Km final: 7151,9 Km rodados: 920 Apesar de ser uma cidade desconhecida para a maioria de nós e pouco turística, Santa Fé estava no nosso roteiro desde o começo do planejamento da viagem. Foi lá que morei entre meus três e seis anos de idade devido à transferência na empresa que meu pai trabalhava. Neste dia saímos do camping às 08:50 para o centro no intuito de trocarmos dinheiro. Diferente das outras que passamos pela viagem, a casa de câmbio estava com bastante fila. Depois de abastecer o carro pegamos a estrada RN7 às 10:20. Na altura de Desaguadero passamos por mais controle sanitário, mas sem surpresas. O fiscal olhou pelos vidros nossas bagagens, perguntou se tínhamos frutas e verduras e por último passamos por um equipamento que pulveriza o carro por baixo, acredito que para desinfetar (ou algo assim). Às 12:40 chegamos em San Luis e paramos no Sanluis Shopping para almoçar no BK. Saímos de San Luis em torno de 13:30 até a RN148 e logo pegamos a RP10, que começou a ser pista simples. No posto policial de La Punilla fomos parados e como de praxe o oficial nos perguntou de onde vínhamos, para onde iríamos, pediu carta verde e, pela primeira vez na viagem, a CNH. Pegamos a RP30 até Rio Cuarto e depois a RN158 que passa por Vila Maria e San Francisco, onde pegamos a RN19, duplicada, até Santa Fé onde chegamos 21:10. Ficamos no Hostal Santa Fe de la Veracruz, um hotel bem velho, mas limpo e com garagem. Aparenta ter sido um ótimo hotel no passado mas parou no tempo. Mortos de cansaço, fizemos janta no quarto do hotel mesmo e dormimos. Abastecimento Mendoza: Red Mercosur - General Lamadrid x Acesso Sur Nafta Super $ 17,99/litro Média: 10,31 km/l Abastecimento Rio Cuarto: Axion - Tierra del Fuego 932 Nafta Super $ 20,88/litro Média: 12,15 km/l Abastecimento Crucellas: Shell - Rodovia RN19 Nafta Super $ 20,99/litro Média: 9,96 km/l Hospedagem: Hostal Santa Fe de la Veracruz $950 por dia / $100 garagem Telefones: (+54) 342 455 1740 (41/42/43/44) San Martin, 2954 / 25 de Mayo x Gdor. Crespo, Santa Fé/Argentina -31.641930, -60.704511 Gastos do dia: R$ 462,50 Abastecimento (2405 ARS) R$ 35,58 Pedágios (185 ARS) R$ 403,85 Hotel Santa Fé (2100 ARS) Câmbio: taxa: 5,30 pesos argentinos por real Câmbio: taxa: 16 pesos argentinos por dólar ===================================================================================================== 21/02/2017 (terça) - Santa Fé (Argentina) Km inicial: 7151,9 Km final: 7194 Km rodados: 42,1 Tomamos café da manhã no hotel e fomos até a casa de câmbio trocar o resto dos reais, ficando com o dinheiro exato para combustível e pedágio até Foz do Iguaçu no dia seguinte. O banco estava com bastante fila mas acredito que por sermos estrangeiros nos mandaram direto ao balcão. Voltamos para o hotel e de carro fomos até a escola que eu estudei na pré-escola. Alguns meses antes da viagem minha mãe encontrou uma carta da minha professora na época, encontrei ela no Facebook e combinamos o encontro. Ficamos em torno de uma hora conversando na escola. Depois disso passamos na frente das casas que morei, visitamos a igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e almoçamos no restaurante El Quincho del Chiquito, que existe desde quando morei na cidade (mais de 20 anos atrás). O restaurante serve uma sequência de peixes por um preço fixo. Os peixes são pescados no próprio Rio Paraná que passa pela cidade, gostamos muito do almoço. O valor é de 230 pesos por pessoa. Fomos passear no Walmart localizado na RN168, assim que sai da cidade. A visita ao Walmart foi na intenção de esperar o consultório do pediatra que me atendia abrir. Passamos lá e entre uma consulta e outra conseguimos conversar com ele, que não esperava a visita. Durante a conversa ele foi lembrando de mim, minha irmã e minha mãe. De volta ao hotel terminamos de assistir Narcos, tomamos banho, fizemos a janta e deixamos tudo pronto para ir embora no dia seguinte, já que iríamos encarar mais de 1000km até Foz do Iguaçu. Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real Igreja Nossa Senhora de Guadalupe ===================================================================================================== 22/02/2017 (quarta) - Santa Fé (Argentina) para Carazinho/RS Saída de Santa Fé: 08:00 Chegada em Carazinho: 21:30 Km inicial: 7194 Km final: 8162,6 Km rodados: 968,6 Acordamos às 06:30, tomamos café da manhã e fizemos checkout às 07:20. Antes de ir embora de Santa Fé passamos por uma pracinha que eu brincava e também pela Plaza 25 de Mayo, onde aprendi a andar de bicicleta e onde ficam localizados os edifícios do governo. Pegamos a estrada às 08:00 e logo estávamos na divisa das províncias de Santa Fé e Paraná (Argentina), atravessando o túnel fluvial pela RN12 e em seguida RN127, todas pista simples. Ainda na RN127, na altura de Sauce de Luna, fomos parados pela polícia, que na província de Entre Rios onde estávamos é conhecida por seus policiais corruptos. O oficial pediu a CNH, documentos do carro, carta verde e pediu para eu acender o farol do carro, que já estava aceso (assim como no Brasil, em todos os países que passamos é obrigatório circular com os faróis baixos acesos nas rodovias). Não consegui entender direito, encostei o carro no acostamento e fui ver o que estava acontecendo. Uma das lâmpadas do farol baixo estava queimada, justo na parte mais corrupta da Argentina. Fui guiado até a guarita, mas antes aproveitei para colocar 100 pesos no bolso. Outro policial me atendeu na guarita, com uma tabela em mãos me mostrou que o valor da multa era em torno de 3800 pesos, mas se fosse paga diretamente na guarita em dinheiro eu teria um desconto de 50% e sairia com um papel para apresentar nas próximas barreiras policiais. A princípio desconfiei que fosse um pedido de propina e neguei pagar lá, mas enquanto o oficial preenchia a multa vi um papel colado na parede informando sobre o desconto de acordo com algumas leis. Até hoje não sei se é verdade ou não. Tinha o dinheiro exato dos 50% da multa para combustível e pedágios, mas preferi dizer que só tinha 100 pesos e estávamos pagando o combustível no cartão já que seria o último dia na Argentina. Ele não pediu os 100 pesos mas perguntou se não tínhamos reais. Pelo jeito 100 pesos era pouco para ele. A outra opção seria, segundo ele, pagar a multa na aduana assim que saísse do país. Concordei e pedi para que a multa fosse feita. O policial preencheu algumas informações no computador, me devolveu os documentos e pediu para assinar quatro vias da multa, sendo que fiquei com uma. Nela está escrito o valor da multa, a causa, a placa do carro, meu nome completo e número do RG (que estava na CNH). O policial que me parou inicialmente pediu para que seguisse com o farol alto ligado já que estava com o baixo queimado. E se me parassem e multassem por estar com o alto ligado? Preferi seguir com o baixo mesmo e qualquer coisa eu apresentava a multa que já havia sido feita. Depois disso pegamos a RN14, que é duplicada pensando no que poderíamos fazer. Nossa programação era sair por Puerto Iguazu (que faz fronteira com Foz do Iguaçu) para visitar as Cataratas e o Paraguai, mas chegaríamos em torno das 20:00. Com azar a multa estaria no sistema e teríamos que procurar algum lugar para sacar dinheiro e pagar a multa, a noite e fora do nosso país, correndo o risco de o cartão não funcionar mesmo com o aviso viagem. Poderíamos tentar sacar o dinheiro em alguma cidade no caminho, mas e se por algum motivo a multa não estivesse no sistema e não fosse cobrada? Ficaríamos com mais de 700 reais em pesos sem utilidade. Depois de pensar em algumas alternativas a mais racional foi sair na primeira fronteira que encontrasse (Paso de Los Libres, Uruguaiana/RS) e seguir viagem para casa, riscando Foz do Iguaçu do mapa já que estando no Rio Grande do Sul é muito longe ir para Foz sem entrar na Argentina. Não gostaríamos de entrar novamente na Argentina correndo o risco de ter a multa cobrada. Querendo ou não, não é nosso país, não conhecemos direito o funcionamento da polícia, suas regras, leis e etc. Concordo que estávamos errados, mas aquela região já é conhecida por abuso dos policiais e além disso é absurda uma multa de mais de 700 reais por circular com uma lâmpada queimada durante o dia, sendo que vários carros argentinos passam diariamente caindo aos pedaços (e com lâmpadas queimadas). Antes de entrar no Brasil ainda fomos parados em mais uma verificação de rotina. Enquanto um policial me pedia os documentos o outro foi até a frente do carro, ficou olhando, mas nenhum dos dois comentou sobre o farol queimado e mandaram seguir viagem. Vai entender. Chegamos em Paso de Los Libres e abastecemos pela última vez na Argentina para queimar os pesos que tínhamos na mão. Entramos com o carro na fila da saída da Argentina às 13:20. Ao chegar nossa vez o oficial pediu pelo papel da imigração, que não havíamos recebido. Então ele gentilmente nos instruiu a estacionar o carro e ir até o guichê fazer o processo de saída. Fomos ao guichê e entreguei apenas o passaporte, com receio de entregar o documento do carro. Passaporte carimbado, a oficial solicitou o documento do carro, entreguei, ela digitou algumas coisas no computador e fomos liberados. Como estávamos viajando com o passaporte ela informou que não seria necessário apresentar o papel da imigração. Voltamos ao carro, mostramos os passaportes ao primeiro oficial e fomos liberados, entrando no Brasil às 13:40 cruzando a ponte sobre o Rio Uruguai e entrando em Uruguaiana/RS. Como não demos saída do Brasil no início da viagem, a caminho do Uruguai, não nos preocupamos em registrar a entrada. Depois de liberados fiquei na dúvida do que aconteceria com a multa. Como estávamos viajando com o passaporte e a multa foi dada com o número do RG, imagino que eu posso voltar outras vezes para a Argentina (com o passaporte) sem problemas. Talvez o carro tenha problemas para retornar em uma suposta nova visita. Paramos em uma autopeças para comprar a lâmpada H7. Enquanto eu trocava a lâmpada minha namorada foi olhando no mapa nossas alternativas. Decidimos que iríamos passar novamente por Curitiba na volta, já que gostamos muito de lá; mas ainda assim precisávamos de um lugar para passar a noite. Decidimos dormir nas imediações de Passo Fundo e acabamos encontrando o motel Casa de Pedra na cidade vizinha de Carazinho/RS. De acordo com os relatos na internet aparentava ser bom e barato; para ajudar ainda pegamos um cupom de 20% no site deles. Como já era tarde e muito difícil encontrar comida para almoçar, acabamos comendo um tradicional xis gaúcho no Lanche da Praça. Saímos de Uruguaiana/RS em torno das 15:15 via BR472 e BR285 até Carazinho/RS, ambas em pista simples. Depois de trechos com chuva muito pesada, onde o limpador mesmo no máximo não dava conta, chegamos às 21:30 no motel. Fizemos a janta no quarto e dormimos. O motel é muito bom, surpreendente por estar localizado em uma cidade pequena e pelo valor pago. Abastecimento La Picada: YPF - RN12 km 28,5 Nafta Super $ 20,83/litro Média: 10,65 km/l Abastecimento Paso de Los Libres: YPF - Fronteira com Brasil Nafta Super $ 21,37/litro Média: 11,38 km/l Abastecimento Santo Ângelo/RS: Shell - BR285 x BR392 Gasolina Comum R$ 4,088/litro Média: 10,79 km/l Hospedagem: Motel Casa de Pedra R$87,00 Telefone: (54) 3329-4457 BR285, km 216, Carazinho/RS -28.315266, -52.780731 Gastos do dia: R$ 354,46 Abastecimento (1130 ARS + R$137,15) R$ 5,77 Pedágio (30 ARS) R$ 87,00 Motel Casa de Pedra R$ 35,00 Lâmpada do farol Fronteira Brasileira em Uruguaiana/RS, finalmente em "casa"! ===================================================================================================== 23/02/2017 (quinta) - Carazinho/RS para Curitiba/PR Saída de Carazinho: 08:30 Chegada em Curitiba: 18:30 Km inicial: 8162,6 Km final: 8782,4 Km rodados: 619,8 O dia foi praticamente de estradas em pista simples, cortando várias cidadezinhas com radares em trechos urbanos. Fomos pela BR285 até Lagoa Vermelha, onde pegamos a BR470. Uma hora depois da saída paramos na cidade de Mato Castelhano para café da manhã. Almoçamos no Posto Serrano I no entroncamento da BR470 com a BR116 e depois seguimos pela BR116 até Curitiba. O caminho todo foi com chuva, variando entre garoa e muito forte onde o limpador não dava conta. Muitas aquaplanagens quando a chuva ficava mais forte. Diversas vezes paramos na estrada em obras devido ao trânsito em meia pista, prejudicando ainda mais a duração da viagem. Chegamos em Curitiba às 18:30 e fomos direto para a pizzaria La Piazza, que gostamos muito (e paramos também na ida). Enquanto jantávamos pesquisamos algum hotel para ficar e encontramos o Ibis Budget. Chegamos no hotel, fizemos checkin sem problemas e dormimos. Abastecimento Curitibanos/SC: Ipiranga - BR470 km 252 Gasolina Comum R$ 3,889/litro Média: 10,81 km/l Hospedagem: Ibis Budget R$103,95 / R$17,50 Estacionamento Telefone: (41) 3218-3838 R. Mariano Torres, 927, Curitiba/PR -25.434290, -49.260721 Gastos do dia: R$ 169,12 Abastecimento R$ 22,40 Pedágios R$ 121,45 Hotel ===================================================================================================== 24/02/2017 (sexta) - Curitiba/PR para São Paulo/SP Saída de Carazinho: 08:30 Chegada em Curitiba: 18:30 Km inicial: 8782,4 Km final: 9211,4 Km rodados: 429 Acordamos tarde e enrolamos no hotel já que queríamos almoçar em uma churrascaria (Master Grill) que gostamos em Curitiba. Depois do almoço saímos de Curitiba em torno das 14:00 e chegamos em São Paulo 19:45, pegando chuva em alguns trechos e muito trânsito no Rodoanel devido ao horário de pico. Abastecimento Curitiba/PR: Shell - R. Des. Westphalen x Av. Pres. Getúlio Vargas Gasolina Comum R$ 3,39/litro Média: 10,07 km/l Abastecimento São Paulo/SP: Ipiranga - Av. Luis Dumont Villares x R. 24 de Dezembro Gasolina Comum R$ 3,447/litro Média: 11,01 km/l Gastos do dia: R$ 237,76 Abastecimento R$ 19,90 Pedágios
  12. Esse é mais um dos inúmeros relatos que aparecem aqui todos os dias... Mas, para mim, tem um significado especial. É a primeira vez desde 2010 que viajo com meus pais de carro (desde que comecei a trabalhar de verdade não consegui mais conciliar minhas férias e meus destinos com os deles). A princípio iriam apenas meus pais, eu e meu namorado, mas minha mãe bateu o pé e disse que meu irmão iria junto. Agora sim, viajaríamos bem apertados lá atrás, mas fazer o quê?! Em 2013 meu namorado foi a Santiago com os pais e eu fui depois com meu irmão. Mostrei as fotos do Atacama para meu pai e ele ficou maravilhado. Mas, ele sempre teve medo de viajar para o “estrangeiro”. Em 2014 consegui convencê-lo a ir com a gente (eu e meu namorado) fazer compras em Ciudad del Este. Minha mãe animou e ele topou. Depois que ele aprendeu o caminho e viu que não era o fim do mundo, voltou lá mais duas vezes! Em 2014 resolvemos que iríamos todos para a Disney, mas a empresa que eu trabalhava faliu e com isso perdi minhas férias, consegui apenas 9 dias de folga, mas que ficaria inviável viajar com eles para os Estados Unidos, então fui com meu namorado para Machu Picchu (http://www.mochileiros.com/cusco-aguas-calientes-machu-picchu-lima-paracas-ica-nazca-30-08-a-07-09-2014-muitas-fotos-t101509.html) e eles partiram para a Disney. Adoraram! Esse ano eu tinha pensado em voltar à Disney (acabei indo em 2016), depois pensei em visitar a “família” do meu namorado no México, aí cogitei San Andrés e então resolvi passear pelo mochileiros.com e me deparei com o relato do Flavius: https://www.mochileiros.com/topic/58848-viagem-de-carro-para-san-pedro-de-atacama-passando-por-salta-tilcara-e-antofagasta-mar%C3%A7o2017/?tab=comments#comment-644684 e pensei: “por que não?!” Li o relato de cabo a rabo e fui atrás de mais e mais relatos, mostrei para o meu namorado que comprou a ideia e começamos a pesquisar mais. Um belo dia virei para o meu pai e disse: “pai, teve um cara lá no fórum que foi de Caldas Novas até o Atacama de carro. Acredita?!” E ele respondeu: “Hmmm”, virou e continuou fazendo as coisas dele. Passado algum tempo ele me chamou e disse: “quanto ficaria para fazer essa viagem? ”, eu disse que não sabia, mas que podia pesquisar. E ficou combinado que depois que eu apresentasse os custos da viagem ele iria decidir se ia ou não. Eu já tinha meu plano B que era comprar a primeira passagem barata para o exterior kkkkkkkkk Fiz o que ele pediu e depois de 1 mês de pesquisas, entreguei o orçamento da viagem. Ele pensou por mais duas semanas, me encheu de perguntas (muitas perguntas) e falou que queria ir. Achei que ele ia dar para trás depois de algum tempo, tanto que nem confirmei com meu namorado que iríamos. O tempo foi passando e eu me toquei que era verdade. Então ficamos 1 mês ensaiando como contar para minha sogra que iríamos viajar de carro para outro país. Contamos morrendo de medo, mas no final tudo deu certo (foi muito melhor do que imaginamos). Agora oficialmente iríamos para o Atacama de carro! Roteiro Nosso roteiro ficou assim: 1. Brasília – São José do Rio Preto (733km) 2. São José do Rio Preto – Foz do Iguaçu (858km) 3. Foz do Iguaçu – Posadas (318km) 4. Posadas – Santa Fé (793km) 5. Santa Fé – Mendoza (908km) 6. Mendoza – Santiago (364km) 7. Santiago 8. Santiago – Embalse el Yeso – Santiago (224km) 9. Santiago – Valparaiso – Viña del Mar – Santiago 10. Santiago – Copiapó (806km) 11. Copiapó – San Pedro (859km) 12. San Pedro 13. San Pedro 14. San Pedro 15. San Pedro 16. Uyuni 17. Uyuni 18. Uyuni 19. Uyuni 20. San Pedro 21. San Pedro – Salta (597km) 22. Salta – Resistencia (824km) 23. Resistencia – Assunção (329km) 24. Assunção – Foz do Iguaçu (334km) 25. Foz do Iguaçu 26. Foz do Iguaçu 27. Foz do Iguaçu – São José do Rio Preto (864km) 28. São José do Rio Preto – Brasília (733km) Seguros Fizemos seguro viagem pela Porto Seguro (única seguradora que cobria viagem feita com veículo próprio), plano Mundo 120 Bronze, no valor de R$ 326,58 por pessoa. O Seguro CARTA VERDE foi feito também pela Porto Seguro, no valor de R$252 Contratamos o seguro SOAPEX pela internet no valor de 11 dólares = R$ 40,23 (com iof e conversão). E por fim, a extensão do seguro do carro para América do Sul, no valor de R$397,30. PID Eu e meu namorado tivemos que tirar a Permissão Internacional para Dirigir, pois a embaixada do Chile nos informou que era obrigatório possuir. O custo foi de R$290 cada. Meu pai já tinha a dele e ainda estava na validade. Adesivos Mandamos fazer uns adesivos para colocar nas portas do carro e na traseira, nos custou R$90 Conect Car Compramos a TAG do Conect Car pra evitar filas e acreditem, isso ajuda muito! Nos custou R$ 220 na primeira leva da viagem e na volta colocamos mais R$ 30. Hotéis Fizemos todas as reservas pelo Booking.com. Fora do Brasil, pagamos todas as diárias em dólares (já tínhamos nos programado para isso) São José do Rio Preto: Hotel Plaza Inn Foz do Iguaçu: Hotel Baviera Iguassu Posadas: La Mision Posadas Santa Fé: Hostal Santa Fe De La Veracruz Mendoza: Hotel Ibis Mendoza Santiago: Bellavista Apartments Copiapó: Hotel Chagall San Pedro: Hotel Dunas Salta: Hotel del Antiguo Convento Resistência: Gala Hotel & Convenciones Assunção: La Casa Arthaus Foz do Iguaçu: Hotel Baviera Iguassu São José do Rio Preto: Hotel Plaza Inn Os custos da viagem foram divididos por 5 pessoas, mas para facilitar as contas aqui vou separar entre "pai" e "eu", onde pai corresponde a 3 pessoas e eu a duas pessoas. Nem todos os lugares terão os custos do meu pai porque ele jogava as notinhas foras ante de me passar o valor... só no final da viagem que ele entendeu que precisava delas para colocar nas minhas planilhas. Ah, também ganhei o apelido da "louca das planilhas", mas eu prefiro ficar organizada durante a viagem toda do que ficar devendo dinheiro porque não me organizei direito. Alimentação Calculei alimentação da seguinte maneira: R$ 25 para o café da manhã por pessoa R$ 50 para o almoço por pessoa R$ 50 para o jantar por pessoa Vale ressaltar que apenas eu e meu namorado seguimos a risca essa parte, meus pais e meu irmão sempre extrapolavam o limite estabelecido. Sem mais delongas, vamos ao relato! 24/12/17 - Domingo - Brasília / São José do Rio Preto Abastecemos o carro na noite anterior. Encontrei com meus pais por volta das 07:00 da manhã, colocamos todas as coisas na caçamba da camionete e às 08:03 saímos de casa. Preferimos ir pela estrada de Goiânia que é duplicada mesmo pagando pedágio. Às 09:20 chegamos no Jerivá e tomamos café da manhã. Animação na estrada Nesse dia passamos por 7 assaltinhos, quer dizer, pedágios: Alexânia GO: R$ 4,90 às 9:04 Anápolis Go: R$ 3,60 às 10:11 Professor Jamil GO: R$ 5,20 às 11:19 Itumbiara GO: R$ 6,30 às 12:24 Prata MG: R$ 5,60 às 14:36 Fronteira MG: R$ 3,30 às 15:49 Onda Verde SP: R$ 5,20 às 16:24 Paramos para almoçar no Trevão em Minas Gerais às 13:40 e de lá seguimos para Frutal, onde eu queria tomar um suco de abacaxi que minha chefe havia recomendado. Procuramos pela tal barraquinha na beira da estrada, mas era 24 de dezembro à tarde e ninguém estava mais trabalhando. Paramos para abastecer, o diesel S10 custava R$ 3,379, colocamos 65,86 litros, o que nos custou R$ 222,54 e consumo ficou na casa de 8,8km/l. Chegamos em São José do Rio Preto às 17:00. Dava pra ter andado mais, dava. Mas como somente meu pai e meu namorado estavam dirigindo achei melhor andarmos apenas 733km nesse dia, já que teríamos muitos dias ainda pela frente. Fizemos o check-in no hotel, tomamos um banho, descansamos e depois fomos jantar. Ceia de natal Gastos do dia: Abastecimento do dia 23/12: R$ 183,23 Conect Car: R$ 220 Café da manhã: pai: R$ 17,50 Café da manhã eu: R$ 12,00 Almoço pai: R$47,54 Almoço eu: R$ 47,53 Abastecimento em Frutal: R$ 222,54 Hotel pai: R$ 199,52 Hotel eu: R$ 165,12 Jantar pai: R$ 89 Jantar eu: R$ 64 Total do dia: R$ 1.267,98 Total Pai: R$ 666,44 Total Eu: R$ 601,53 25/12/17 - Segunda - São José do Rio Preto / Foz do Iguaçu Acordamos e fomos tomar café da manhã às 07:20. Fizemos check-out no hotel e pegamos a estrada. Nesse dia passamos por 6 assaltinhos: José Bonifácio SP: R$ 5,20 às 8:48 Floresta PR: R$ 13,40 às 14:09 Campo Mourão PR: R$ 13,40 às 15:01 Corbélia PR: R$ 13,40 às 16:11 Céu Azul PR: R$ 11,70 às 17:03 São Miguel do Iguaçu PR: R$ 15,30 às 17:55 Paramos para almoçar em Maringá e já aproveitamos para abastecer, o diesel S10 custava R$ 3,31, colocamos 66,10 litros, o que nos custou R$ 204,91 e consumo ficou na casa de 8,9km/l. Chegamos no hotel em Foz do Iguaçu às 18:20 debaixo de chuva. Fizemos o check-in e descansamos um pouco. Saímos para jantar numa churrascaria chamada Jardim da Cerveja que ficava do outro lado da rua, indicação do funcionário do hotel. A comida estava boa, mas o atendimento foi péssimo. Parecia que os garçons não queriam estar trabalhando no feriado e descontavam sua raiva nos clientes. Não recomendo. Gastos do dia: Abastecimento em Maringá: R$ 204,91 Almoço pai: R$ 78,95 Almoço eu: R$ 43,65 Hotel pai: R$ 300 Hotel eu: R$ 240 Jantar pai: R$ 150 Total do dia: R$ 1.017,51 Total Pai: R$ 631,40 Total Eu: R$ 488,56 26/12/17 - Terça - Foz do Iguaçu / Posadas Tomamos café às 06:30 e saímos às 07:00 para Ciudad del Este, precisávamos trocar dinheiro e comprar meu drone. Vinha acompanhando a cotação pela internet há 3 semanas e vi que era mais jogo trocar pesos argentinos, guaranis e bolivianos lá em CDE mesmo. Se me lembro bem, nosso cambio ficou assim: 5,56 reais = 1 peso argentino 1 dólar = 19 pesos argentinos 1 real = 1.601 guaranis Comprei meu drone na Mega Eletrônicos, loja lotada, fila pra pagar, pra tirar o produto, pra testar, mais de duas horas na loja... Pegamos um ônibus até a ponte, desci com meu namorado e meus pais foram para o hotel arrumar as malas. Desci na ponte para declarar, pois não queria ter problemas na volta para o Brasil e nem em viagens futuras. Bom, chegando la na receita federal fiz a declaração de bens, o drone foi levado para análise (para saber se o valor que declarei batia com o valor real da mercadoria) e depois fui pagar no caixa eletrônico do banco do Brasil pagar a GRU que foi gerada... Problema 1: o caixa não tinha leitura biométrica Problema 2: eu não sabia (e não sei até hoje) a minha senha de letras Problema 3: a senha estava anotada na minha carteira que tinha ficado no Brasil Problema 4: eu não consegui transferir o dinheiro (tentei aumentar o limite antes de viajar, mas não tinha dado certo) para meu pai fazer o pagamento Já estava preocupada quando o fiscal da receita disse: "Olha, você só pode retirar a mercadoria daqui quando efetuar o pagamento e comprovar. Enquanto não fizer isso, a mercadoria fica retida aqui". Aí desesperei de vez! Meu pai me ligou e disse que tinha dinheiro na conta. Ele efetuou o pagamento, me mandou o comprovante e enviei para o e-mail da receita federal. Depois que o fiscal conferiu no sistema ele me entregou o drone e a declaração de importação, com ela posso sair do Brasil e retornar sem problemas. Retornamos para Foz, paramos no Mcdonalds para comer algo (na verdade eu não posso comer pão, sou celíaca, então comi apenas batata frita e meu namorado comeu o sanduíche) e depois fomos para o hotel e terminamos de colocar as coisas no carro, fizemos o check-out e fomos abastecer, o diesel S10 custava R$ 3,597, colocamos 43,03 litros, o que nos custou R$ 154,78 e consumo ficou na casa de 9km/l. Perguntamos se eles vendiam o adesivo de velocidade para colocar no carro, mas ele disseram que só encontraríamos na Argentina mesmo. (Há uma lei na argentina que diz que veículos como camionetes devem ter um adesivo de velocidade de 110km/h refletivo colado na traseira do veículo, se você não tiver pode ser multado ou pior, ser parado pela caminera e ter que pagar uma bela grana para ser liberado). Seguimos em direção a Puerto Iguazu na Argentina. E para nossa surpresa a Aduana Argentina estava lotada, ficamos mais ou menos 1 hora e meia na fila. Olharam nossos documentos, carimbaram os passaportes, conferiram a carta verde e documento do veículo, perguntaram onde a dona estava (o carro está no nome da minha mãe), olharam a caçamba do carro e perguntaram também qual era o nosso destino final e respondemos: Santiago. Seguimos na estrada de pista dupla, asfalto bom, sem acostamento e com a sinalização um pouco confusa (os avisos de fim da terceira faixa apareciam somente depois que a faixa já tinha terminado, avisos de retorno e saída da pista só apareciam depois que você tinha perdido a saída, depois de uns dias acostumamos com a sinalização caótica deles). Paramos no primeiro posto de gasolina e compramos o adesivo refletivo. Importante ressaltar: somente nesse trecho de Puerto Iguazu até Misiones fomos parados 5 vezes pela polícia caminera 1 vez pela Gendarmeria. Em todas as vezes eles pediram o documento do carro, CNH, carta verde, abaixamos os vidros, colocaram a cabeça dentro do carro para olhar todo mundo, perguntaram de onde estávamos vindo e para onde iríamos e só! Não fomos multados, não tivemos que pagar propina, fomos tratados com educação, nenhum policial foi grosso conosco em todo território argentino. Adesivo de 110km/h exigido na Argentina para camionetes Nesse dia passamos por apenas 2 assaltinhos: Colonia Victoria ARG: AR$ 20 às 14:00 Santa Ana ARG: AR$ 20 às 17:50 Paramos em San Ignácio em Misiones para visitarmos as ruínas jesuíticas. Como eram as ruínas antigamente O ingresso que você paga te dá o direito de visitar as outras 3 missões jesuíticas na Argentina (por 15 dias), como não sabíamos disso não nos programamos para visitá-las. Seguimos para o nosso hotel em Posadas. Chegamos por volta das 18:30, estava sol e fazendo bastante calor. O Hotel era 3 estrelas, bem novo, quarto amplo, muito bom! Arruamos nossas coisas e descemos para jantar às 20:00. Experimentamos a especialidade do hotel: wok de vegetables. Excelente pedida!! Gastos do dia: Ônibus Foz/CDE: R$ 26,25 (5 pessoas) Ônibus CDE/Foz: R$ 26,25 (5 pessoas) Ônibus CDE/Foz: R$ 10,50 (2 pessoas) Drone: U$ 1.113 Bateria drone e cartão de memória: U$ 143 Declaração drone: R$ 1.343,28 Almoço eu: R$ 22,50 Abastecimento em Foz: R$ 154,78 Pedágios: AR$ 40 Ruínas Jesuíticas pai: AR$ 510 Ruínas Jesuíticas eu: AR$ 340 Águas: AR$ 40 Adesivo 110 km/h: AR$ 85 Hotel pai: U$ 100 Hotel eu: U$ 80 Jantar pai: AR$ 800 Jantar eu: AR$ 510 Total do dia: R$ 1.583,56 AR$: 2.325 U$: 1.436 Total Pai: R$ 129,89 AR$: 1.392,50 U$: 100 Total Eu: R$ 1.453,67 AR$: 932,50 U$: 1.336 27/12/17 - Quarta - Posadas / Santa Fé Tomamos café às 07:00 da manhã, fizemos check-out do hotel e seguimos em direção a Santa Fé. Paramos para abastecer em Fachinal, o diesel S10 custava AR$ 25,62, colocamos 39,81 litros, o que nos custou AR$ 1020 e consumo ficou na casa de 9km/l. Fizemos um pequeno desvio do roteiro original, meu pai queria ir até Uruguaiana, na verdade atravessar a ponte de Paso de los Libres até Uruguaiana e voltar, mas consegui convencê-lo de que iríamos perder muito tempo na imigração, então fomos apenas até a margem do rio Uruguai do lado de Paso de los Libres. Na outra margem do rio está a cidade de Uruguaiana/BR Aproveitamos já almoçamos (pedimos uma parrillada familiar) e abastecemos em Paso de los Libres, o diesel S10 custava AR$ 26,48, colocamos 34 litros, o que nos custou AR$ 902 e consumo ficou na casa de 9km/l. Nesse dia pegamos estradas em dois extremos: mão dupla, cheia de buraco, nenhum posto de gasolina por quase 200km de estrada, 3 postos de polícia caminera (fomos parados em todos), nada em volta da estrada e depois pegamos pista duplicada por uns 100km só de reta, asfalto bom e com acostamento (aí deu para tirar o atraso da pista ruim.) Passamos por 2 assaltinhos: Fachinal ARG: AR$ 8 às 09:20 Paraná ARG: AR$ 35 às 19:11 Chegamos em Santa Fé às 19:45, lembra que falei lá em cima da sinalização argentina ser muito doida? Pois é, a saída vem antes da placa e nós passamos obviamente. Tivemos que dar uma volta enorme na cidade até conseguirmos achar um retorno e o GPS parar de mandar a gente ficar dando voltas aleatórias na cidade. Fizemos o check-in no hotel, aí veio a primeira surpresa da viagem: o prédio era muito bonito, bem no centro da cidade, a rua da frente era fechada e cheia de lojas, porém os quartos... ah, os quartos... velhos, cama horrível, você afundava nela (eu particularmente detesto colchão mole, mas tava ruim até pro meu namorado que é adepto), o banheiro tinha um cheiro ruim, mas fazer o que?! Tá no inferno, abraça o capeta! O jantar no hotel era muito caro, então fomos até o McDonalds que ficava umas 3 quadras do hotel. A cidade estava bem movimentada, não ficamos com medo de andar nesse trecho. O McDonalds parecia que tinha sido tomado por todas as crianças de Santa Fé, tava uma bagunça, criança correndo, pai gritando, gente te empurrando, o caos Voltamos para o hotel e tentamos descansar, mas foi difícil... Gastos do dia: Abastecimento em Fachinal: AR$ 1.020 Pedágios: AR$ 43 Almoço pai: R$ 78,00 Almoço eu: R$ 53 Águas: AR$ 52 Abastecimento em Paso de los Libres: AR$ 902 2 pacotes de gelo: AR$ 55 Mercado: AR$ 70,05 Hotel pai: U$ 100 Hotel eu: U$ 82,28 Estacionamento hotel: U$ 7 Jantar pai: AR$ 525 Jantar eu: AR$ 165 Total do dia: R$ 131 AR$: 2.832,05 U$: 189,28 Total Pai: R$ 78 AR$: 1.596,02 U$: 103,50 Total Eu: R$ 54 AR$: 1.236,03 U$: 85,78 Continua...
  13. Quando junta a fome com a vontade de comer. Leia-se: quando você se gradua e está desempregada e seus pais estão dispostos a encarar aquela tão sonhada road trip para a Patagônia. Fomos encorajados por um casal de amigos que já tinha feito a mesma viagem e começamos a organizar como seria toda essa aventura. Lendo uns relatos aqui, checando rotas ali, e em alguns meses (uns 4) optamos por um roteiro (flexível), saindo de Vitória rumo ao Ushuaia. O que foi feito antes da viagem: [*] Seguro viagem: fiz Online pela Vital Card - R$ 1062, para 3 pessoas, cobertura para 36 dias. [*] Comprar roupas especiais para o frio, considerando que o inverno de Vitória chega ali nos 20ºC. [*] Carta Verde - documento obrigatório para poder dirigir no Mercosul. De resto, foi tudo de véspera. Literalmente. O carro foi verificado e feito algumas trocas no dia anterior. As malas foram arrumadas no dia anterior. A gente gosta de emoção. Dados Gerais: Total KM: 14.228 Total Gasto: R$ 25.000 para 3 pessoas/ 30 dias - Obs: Ficamos em hospedagens que ofereciam o mínimo de conforto, afinal, estava viajando com meus pais e não iria obrigá-los a ficar em um dormitório com 12 pessoas Então, dá para economizar mais na acomodação. Estrada no Uruguai, Argentina e Chile: São ótimas! Pistas bem conservadas e praticamente só retas, então a viagem rende bastante. Atenção: Dentro da Argentina é proibido atravessar algumas províncias com algumas frutas e alimentos crus, então certifique-se de perguntar isso na hospedagem antes de cruzar de província. E então, dia 08 de março começou a trajetória. A ideia foi chegar o quanto antes na região da Patagônia, e por isso apenas pernoitamos nas cidades até chegar em El Chaltén. O roteiro foi: - Saída de Anchieta - Pernoite em Aparecida/ SP - Pernoite em Curitiba/PR - Pernoite em Morro Reuter/RS -Pernoite no Chuí/RS - Pernoite em Montevideo/UR - Pernoite em Buenos Aires/ AR - Pernoite em Bahia Blanca/AR - Pernoite em Puerto Madryn/ AR - Pernoite em Perito Moreno/ AR - El Chaltén: 3 dias - El Calafate: 2 dias - Puerto Natales: 2 dias - Ushuaia: 4 dias Retorno: - Pernoite em Rio Gallegos -Pernoite em Comodoro Rivadavia - Pernoite em San Antonio Oeste - Pernoite em Adolfo Gonzales - Buenos Aires: 2 dias - Pernoite no Chuí - Morro Reuter: 2 dias - Pernoite em Curitiba - Anchieta - ES Todas as informações de estradas, gastos e hospedagem estão na planilha anexada :PLANILHA FINAL PATAGONIA - Copia.xlsx Todas as reservas foram feitas pelo Booking.com, sempre de véspera. Exceto a partir de Puerto Madryn, em que fiz dali até o Ushuaia. Dia 08: Saímos de Anchieta para pernoitar em Aparecida. - Hospedagem na Pousada Capital da Fé. Pousada honesta, preço bom , café da manha diversificado e atendimento bom. Ótimo para passar uma noite. - Jantar no Canto Doce, pertinho da pousada, quase do lado. Foi sensacional. Por 50 reais nós três jantamos MUITO bem (arroz, filé a parmegiana e batata frita), sem falar que o dono era um senhorzinho muito do FOFO! Dia 09: Curitiba. - Hospedagem na Estância Santa Cruz: SENSACIONAL! Quartos enormes, comida boa, atendimento ótimo, cadeira de massagem, piscina... Não usamos nada disso (mentira, a cadeira de massagem usamos sim), mas queria ter ficado mais tempo ali pra usar. Dia 10: Seguimos logo às 5h30 para Morro Reuter, em RS. O casal de amigos citados anteriormente moram nessa cidade, que diga-se de passagem, é uma graça. Algumas boas 12 horas depois chegamos na cidade. A hospedagem , janta e café da manhã do outro dia foi por lá, e muito papo e risada também. Dia 11: Partiu Chuí! Saímos de Morro Reuter por volta de 10h, porque o café da manhã rendeu muita conversa boa e depois paramos em Novo Hamburgo para abastecer o carro de comidinhas. Chegamos no Chuí no fim da tarde. - Hospedagem no Hotel Turis Firper. Bem simples, pra passar a noite mesmo. Até porque o Chuí é ou para atravessar a fronteira ou para dar aquela passada marota nos Free Shop. - Jantamos no Hil Fuerte, uma pizza gostosa e valor justo. * Pedágios no Brasil: É PEDÁGIO COM FORÇA. De Anchieta até o Chuí foram 26 assaltinhos. Dia 12: Montevideo! Saímos do Chuí umas 10h e chegamos em Montevideo por volta de 15h. A estrada do Chuí até Montevideo é uma reta. Apenas. É uma reta, bois de um lado e bois do outro. São três pedágios no caminho, entre 80 e 85 pesos (equivalendo no dia a 10 reais – eles aceitam reais se estiver tudo trocado). - Hospedagem: Hotel Klee. Bem localizado, preço bom pelo Booking e quarto confortável. Chegamos no domingo, e já fomos direto almoçar. Paramos em um restaurante peruano, e depois fomos caminhar um pouco pelas redondezas do hotel. Dia 13: Pegamos a estrada cedo, para poder aproveitar mais tempo em Colônia e possivelmente pegar o ferry para Buenos Aires ainda cedo. Chegando em Colônia (por volta de 11h) fomos direto comprar a passagem do ferry, porém, em um valor acessível (Colonia Express) encontramos horário apenas às 20h15, ou seja, teríamos várias horas para fazer pouca coisa e chegaríamos tarde em B.A. Ok. Deu tempo de sobra de andar bastante pela cidade, almoçar (La Pipetua, ótimo!) aproveitar o dia de sol no banco da praça, bater papo... E o mais legal: ir até o El Faro! São mais de 100 degraus até chegar no topo do Farol, mas vale muito a pena! A vista de lá é linda! Às 18h30 fomos para o local da balsa. Estacionamos o carro no parque e aguardamos até chamarem nossa balsa. Funciona assim: Você faz o check-in e aguarda chamarem para fazer o procedimento de imigração e para estacionar o carro dentro da balsa. Para quem está de carro, eles chamam apenas o motorista para fazer esse procedimento e aí depois encontra dentro da balsa novamente. A balsa foi tranquila, compramos lanche lá mesmo (USD 23 para 3 sanduíches e 2 cocas) e chegamos em Buenos Aires às 22h30. Nos perdemos por mais 30min e chegamos no hotel às 23h. Fiz a reserva no La Fresque. Hotel histórico, em um edifício colonial de 1894, tudo lindo. Exceto pelo recepcionista que foi BEM mau humorado ao nos receber. Dia 14: Acordamos já com a cabeça pensando em como faríamos o câmbio, quanto de dinheiro trocaríamos e onde. A ideia era ir na Calle Florida (casas de câmbio – oficiais e paralelo/blue), mas fiquei preocupada de andar na rua com uma quantia grande de dólar, então, entrei em contato com o pessoal do Câmbio Mais Brazuca (tem página no Facebook) combinei com o Henrique e ele foi até o hotel com a quantia que precisávamos. Tudo bem tranquilo! Logo depois disso, já saímos para Bahia Blanca. • Câmbio: USD 4.000 = ARS 63.200 Chegamos em Bahia Blanca por volta de 19h30. Hospedagem: Apartamento bem organizado, limpo e aconchegante. A proprietária nos encontrou no apartamento, entregou a chave e marcamos de encontrar no outro dia às 6h, que seria o horário de partida para Puerto Madryn. Dia 15: Saímos cedo de Bahia Blanca em direção a Puerto Madryn. A reserva foi para o Hi Patagonia Suites, um hostel bem localizado, com cozinha compartilhada e simples. O frio e o vento chegaram em Puerto Madryn. A cidade tem a parte turística, com os passeios de barco, mas para a gente foi só passagem. Saímos para comer qualquer coisa, comprei um chip da Movistar para ter acesso a internet e à noite fizemos uma janta no hostel. Dia 16: O primeiro tiro longo na estrada. Fomos em direção a Perito Moreno (a cidade, não o glaciar ). Basicamente atravessamos a Argentina na horizontal. Levamos muito lanche, água e bons cobertores no carro. Chegamos na cidade por volta de 16h, fizemos o check-in no hotel Kelman e esperamos dar 17h para o comércio abrir e poder ir no supermercado. Cidade tranquila, turistas indo e vindo. A cidade faz parte da rota de quem está de carro e de moto, então tem uma estrutura boa para isso. Ao lado do hotel tem um restaurante e foi por lá que jantamos (nós e a metade da cidade), depois era dormir e finalmente ir para El Chaltén. Dia 17: Dia de conhecer a cidade que você vai querer morar. Saímos de Perito Moreno por volta de 6h30 e chegamos em El Chaltén às 14h30. Pegamos um trecho de rípio (cerca de 100km), mas ainda sim estava melhor que muito asfalto por aqui. No caminho a paisagem já muda e você se sente realmente na Patagônia. Começa o vento, os lagos, as montanhas.... e quando você está para entrar em El Chaltén, só tenho duas palavras: MEU DEUS Não sei se porque qualquer poça d´agua eu já acho lindo, mas aquela paisagem vista da estrada é sensacional. Assim que chegamos já paramos em um posto de atendimento ao turista (fica exatamente na entrada da cidade, perto da rodoviária) e lá a moça me entregou um mapa SUPER útil, que explicava as trilhas, lista de acomodação e restaurante. Ou seja, chegou na cidade = pegou mapa. Depois fomos para a nossa acomodação, a Hosteria Koonek. Achei ótima. Os donos são bem simpáticos, tem café da manhã, serviço de lavanderia, cozinha compartilhada... Enfim, atendeu o que precisávamos. Deixamos as coisas lá e partiu conhecer a cidade. Já fomos direto para o Chorrillo del Salto, que fica a 40min de carro (para nós que fomos mais devagar, os argentinos iam no rípio como se não houvesse amanhã). A cachoeira é bem bacana, vale a pena a visita. Ah, também dá para ir a pé. Tudo em El Chaltén dá para ir a pé. Saindo de lá já fui bookar o busão para me levar na Hosteria El Pilar para fazer o trekking para Laguna de Los Três no dia seguinte. Fizemos um jantar na Hosteria mesmo e fui preparar as coisas para a trilha no dia seguinte. Dia 18: O ônibus passou para me buscar as 7h, então era 5h30 eu já estava de pé aprontando as coisas. Deu tempo para tomar café da manhã, ficar nervosa e ficar calma. Busão passou, a galera lá dentro já se conhecia e eu fui na expectativa de encontrar alguém que pudesse fazer a trilha comigo. Vale mencionar: eu sou cagona, sem preparo físico para trilhas e sem noção de espaço geográfico, ou seja: a combinação para se perder . Por ajuda divina, no ônibus estava o Patrice, um senhor francês, que veio puxar aquele papo matinal. Já me apossei do Patrice e aí fizemos a trilha juntos. Sobre a trilha Laguna de Los Três: Foram 22,5mkm feitos em quase 9 horas. Eu, Lara, tenho pouco preparo físico, então para mim foi muito cansativo. Os primeiros 9 km são mais tranquilos, são poucas subidas, porém, o último km foi feito por algum anjo caído. É SÓ subida. Eu fiz com muita dificuldade e com o contratempo de que logo no começo da trilha a sola da minha bota resolveu descolar, então eu estava meio que sem bota. Por Jah, que se o Patrice não estivesse ali comigo eu teria começado a chorar. MAS VEJA BEM: VALE MUITO A PENA. Não digo que “qualquer pessoa” consegue fazer, mas se eu consegui, muita gente consegue. Bom, depois de sobreviver ao último km de subida, você já consegue ver bem as torres e pensa OBA, mas aí tem uma pegadinha: falta uma descida e uma subida. Ok, ultrapassamos esse obstáculo e AÍ SIM você chegou ao destino final. O lugar é incrivelmente maravilhoso! Ficamos um tempo sentados ali, olhando aquela imensidão. Depois fomos à Laguna Sucia que é ao lado, contemplamos a natureza, tiramos foto, vimos um senhorzinho pular na lagoa de cueca e resolvemos voltar. Ficamos por ali um pouco mais de uma hora. Na volta bateu todo o cansaço, as pernas já estavam tremendo, então eu coloquei o corpo no automático e saí andando. Na volta você tem a opção de ir pelo mirador do Fitz Roy ou pela Laguna Capri, nós fomos na segunda opção. Ficamos lá uns minutos e voltamos. Nesse caminho de volta eles marcam a quilometragem, então a contagem regressiva para a volta é ótima e torturante. A trilha termina dentro da cidade e aí foi só correr pro abraço do banho. Importante: Cara, a trilha é maravilhosa! A sensação de chegar naquela Laguna, de cara pro Fitz Roy, aquela cor de água. Sério, é magnífico! Descrevi todo o meu desespero para você poder ir mais preparado e não subestimar a trilha. Nós não estamos tão acostumados com o clima frio e seco, então fazer a trilha respirando nesse clima pode dificultar um pouco. Se você tem experiência com trilha, SÓ VAI. Se não, se prepara um pouco e vai também. Meus pais não foram fazer a trilha, então eles foram conhecer o Lago del Desierto (de lá saem uns passeios de barco, para quem quiser fazer) e depois passaram a tarde sentados no La Maffia, tomando cerveja, comendo uns pãezinhos e olhando para as montanhas. Disseram que foi espetacular. Dia 19: Bom, a idéia era de fazer outra trilha, mas como deu para perceber, eu não tinha condições e o tempo era de chuva. Então, fomos fazer a caminhada até o Mirador Los Condores, compramos souvenirs, cochilamos... até dar a hora de jantar. Fomos no La Cava, também muito bom. El Chaltén é uma cidade LINDA. O coração apertou na hora de ir embora. Se a idéia é fazer trilha, marque para ficar uma semana por ali, porque vai ter muita coisa pra fazer. Para quem não faz trilha também recomendo que conheça a cidade. Todas as pessoas que conheci que fizeram só o bate e volta a partir de El Calafate, se arrependeram. Anota aí: El Chaltén, pelo menos dois dias. Dia 20: Saimos para El Calafate no meio da manhã, já que uma cidade é perto da outra. Ficamos no Hostel Glacial Perito Moreno, que fica fora da cidade. Para quem está sem carro achei bem fora de mão ficar ali, mas para nós foi mais tranquilo. Marcamos para ficar dois dias inteiros na cidade, então no dia que chegamos foi só fazer supermercado e decidir o que fazer nos outros dias. Eu estava em dúvida se faria o MiniTrekking ou se só iria no parque com meus pais e fazer um passeio de barco. Um anjo iluminado passou por mim e disse: Lara, faz o MiniTrekking. Eu acreditei, fiz umas contas e fui na Hielo Y Aventura para marcar para o dia seguinte. O passeio ficou em ARS 2.400 (USD 156), lembrando que isso SÓ o passeio, sem a entrada no parque, que é de ARS 500. Fomos dar uma volta pela orla da cidade, jantamos na rua e depois fomos dormir. Dia 21: A van da Hielo Y Aventura passou no Hostel para me buscar e saiu recolhendo gente por toda a cidade. Na saída de El Calafate a van para, todo mundo desce e entra em outro ônibus. De lá parte para o Perito Moreno. Vai uma guia no ônibus explicando várias coisas e compartilhando umas informações interessantes sobre o parque. Leva mais ou menos 1h40 até de fato entrar no parque, que é quando sobe uma pessoa no ônibus e recolhe o dinheiro da entrada. Depois o ônibus anda mais um pouco e aí chega onde ficam as passarelas. A dinâmica é assim: a guia libera todo mundo para andar nas passarelas, lanchar, tirar fotos, fazer o que quiser (menos alimentar os pássaros e jogar lixo no chão, ok?), mas tem que estar no ponto de encontro X hora. Dá em torno de uma hora e meia de andança pela passarela e aí sai todo mundo correndo atrasado para o ponto de encontro. Do ponto de encontro, que é na área do restaurante, no ônibus que você desembarcou (então grave o número do seu ônibus) vai todo mundo para a parte do porto, pegar uma embarcação que vai levar até a área do MiniTrekking. Você chega lá, eles separam o grupo em inglês e espanhol, explicam como funciona tudo, coloca os crampons no sapato para não cair na neve e aí sim você vai caminhar no gelo. Vendo o Perito Moreno da passarela é impactante, é lindo, você quer chorar de tanta beleza, mas caminhar ali em cima é sensacional. É como se você tivesse 5 anos e fosse fazer alguma coisa muito legal pela primeira vez. É MUITO maneiro. Eu não sabia se ria, se agradecia ao Universo, se andava... Foram USD 156 muito bem gastos. Os guias param o tempo inteiro para tirar foto nos locais já estratégicos, então relaxa que vai dar pra tirar muita foto! No final rola um whisky e uma barrinha de chocolate. Para mim isso já foi maravilhoso, mas dizem que o Big Ice é o sinistrão da galáxia. Como eu não tenho muito fôlego, optei por fazer a versão Mini, mas se você já tem preparo pra isso, o Big Ice é mais recomendado. Meus pais fizeram o passeio de barco para chegar mais perto do Glacial (ARS 800 para os dois) e adoraram! Na volta todo mundo entra no ônibus e capota. Cheguei de noite, tomei banho e fomos na rua comprar algumas coisinhas. Jantamos no Hostel mesmo. El Calafate é uma cidade bem estruturada, tem muita opção de restaurante, de loja de souvenir, de bar e de hospedagem. Com dinheiro reservado para gastar dá para ficar mais do que dois dias na cidade, existem outras opções de passeios e glaciares para conhecer. Dia 22: Fomos para Puerto Natales! Ainda na etapa de planejamento da viagem, a ideia era fazer a trilha até a base das Torres, em Torres del Paine, porém, a grana não iria dar. Portanto, decidimos ficar dois dias em Puerto Natales e passar um dia inteiro percorrendo o parque de carro. Ficamos na Hospedagem Casa Cecília que foi, de longe, a melhor acomodação. Uma das mais caras também. No dia que chegamos foi o de sempre: comer, ajeitar as coisas, caminhar um pouco pela cidade e comprar comida. Importante: Ao cruzar a fronteira entre Argentina e Chile lembre-se de se livrar de todo tipo de alimento que estiver cru. Perdi metade de uma sopa nessa brincadeira. Dia 23: Acordamos cedo e fomos em direção ao Parque Torres del Paine. No dia anterior pegamos algumas dicas com a moça do Hospedagem (Cecília?), como por exemplo, que a melhor entrada para o parque é pela portaria Serrano. Assim fizemos, e cerca de 1h40 depois chegamos ao parque. Chegando na portaria você vai pagar a entrada (CLP 21.000 por pessoa), pode ir ao banheiro e conferir no quadro de informações a quantas anda o vento naquele dia. No nosso caso, estava a 60km por hora. Massa. De lá fomos até o Lago Grey, com a intenção de ir até o Mirador. Quando começamos a atravessar a praia para chegar ao Mirador do outro lado, tivemos que abortar a missão, porque o vento estava BIZARRO. Então, fomos até o outro lado, quase morremos de tanto rir, vimos um mini iceberg no lago e depois voltamos. Fomos até o Mirador Pehoe, passando também pelo Salto Chico, Mirador del Nordenskjold, Cascada Paine e em todos os lugares que dava para sair do carro e tirar foto (sem ser carregada pelo vento ... Demos uma boa volta em todo o parque, deu para ver muita paisagem linda. Em cada trecho era um suspiro de amor por aquele lugar. Se você estiver com tempo e disposição, o melhor é fazer o circuito W (trilha de 5 dias), O (trilha entre 8 a 10 dias), ou pelo menos a trilha até a base das Torres! Mas, se estiver em condições tipo a nossa, o passeio de carro é muito válido! Voltamos para o hotel já no final da tarde, fomos no supermercado, jantamos e depois era só dormir. Dia 24: Lá fomos nós para a Argentina de novo. Faz imigração tudo de novo, carimba tudo de novo, recolhe suas comidas todas de novo. Rá, mas dessa vez já não tinha mais nada! Fomos até Punta Delgada para poder pegar a balsa no Estreito de Magalhães. Muito tranquilo! Você chega no local, aguarda a balsa chegar, paga ARS 440 pelo automóvel (o pagamento é dentro da balsa mesmo) e pronto. Chegamos no Ushuaia por volta de 19h! A estrada até entrar na cidade é bem linda, passando pela Laguna Escondido. Se der, pare ali no mirante para tirar uma foto. Deixei para fazer isso na volta, mas a única coisa que dava pra ver era a neblina. Ficamos no Hotel Patagonia Sur, um conjunto de apartamentos, um pouco distante do centro da cidade. Para nós foi ótimo, porque ficamos por 4 dias em uma casa toda equipada, bem confortável e com privacidade (o apartamento comportava até 5 pessoas tranquilo). Deixamos as coisas no apartamento e fomos até o centro (Avenida San Martin) para jantar. Dia 25: Acordamos, café da manhã no apartamento e fomos até a agência Brasileiros em Ushuaia para ver quais passeios iriamos fazer. Fomos muito bem atendidos e optamos por : Eu fazer a trilha da Laguna Esmeralda naquele mesmo dia a tarde e no dia 26 fazer o passeio pelo canal Beagle (sem descer para dar oi para os pinguins). Os passeios saíram em USD 400 + ARS 150. Ah, a trilha da Laguna inclui transfer, guia, lanche e jantar, com duração de em média 6h. Então, nesse mesmo dia fui alugar uma bota para fazer a trilha ( ARS 150) até a Laguna Esmeralda, deixar roupa na lavanderia e voltar para o aparamento para ajeitar a mochila. Ficou marcado de me buscarem por volta de 13h50 no apartamento para seguir com o grupo até a trilha. Teve um pequeno atraso e me buscaram às 14h20. Entrei no carro e vi que estava sozinha. Perguntei pro moço “cadê todo mundo” e ele disse que “o pessoal está um pouco atrasado”. Esse um pouco atrasado na verdade levou uma hora de espera. Era um casal de argentino que se enrolou no horário. Enfim, às 16h e alguma coisa chegamos no lugar onde começa a trilha (Valle dos Lobos). Lá encontramos com o guia e com mais um argentino que foi com a gente. A trilha é bem tranquila, um pouco cansativa no começo por conta de algumas subidas leves, mas no geral achei tranquila. Passamos pelo bosque, pelas castoreiras e muita paisagem linda beirando o rio. No caminho também passamos por uma grande área de turfa que parece que você está andando em um colchão de água. Bem divertido. Chegamos na Laguna Esmeralda por volta de 17h40 e estava com pouquíssima gente, o que foi ótimo! Porém, como o frio estava apertando ficamos cerca de 30 a 40min, com direito a café e alfajor. Se tivesse um super sol, daria pra ficar ali morcegando mais tempo. Na volta, passamos pela margem do rio para poder observar os castores (fofos, mas nocivos para o meio ambiente). Chegamos de volta a Villa dos Lobos e fomos para a segunda parte do passeio: jantar e vinho! Comida bem farta, vinho gostoso e conversa! Por volta de 21h e alguma coisa o motorista voltou para nos buscar. O céu estava magnífico aquela noite. Naquela área não tem muita iluminação, então era só o brilho das estrelas. Anota aí: olhar para o céu no Ushuaia (fora da cidade, né). Dia 26: Dia de ver pinguins, ê! O horário de estar no porto era ás 9h. Ali ficam várias cabanas com empresas de catamarã/barcos para os passeios, então se você não quiser fazer por agência, é só chegar lá e comprar. Pegamos nosso ticket na barraquinha indicada e fomos pagar mais ARS 20 cada um de taxa. Depois fomos para o catamarã que, ainda bem, não estava cheio, então ninguém iria se estapear por fotos de pinguins. O passeio é bem lindo! Passamos pela Ilha dos Pássaros, Ilha dos Lobos, Farol Les Eclaireurs e na Ilha Martillo, onde estão os pinguins! O catamarã para por um tempinho em cada um desse locais e fica por mais tempo onde estão os pinguins. De verdade, não acho que teria feito diferença descer do barco para dar um oi de perto. Inclusive, acho menos invasivo e garante mais proteção aos animais. Além de dar uma economizada no bolso. Deu tempo suficiente para tirar foto e contemplar. O passeio todo dura em torno de 5h30. De volta do passeio nós fomos até o Glaciar Martial. A ideia era chegar até o gelo, mas fomos até o inicio da trilha, tivemos uma bela vista da cidade e ponto. Pra nós, que já tínhamos ido a outros lugares muito lindos também, não fez tanta diferença não ter ido até o Glaciar Martial. Dia 27: O dia estava reservado para conhecer o Parque Nacional Terra del Fuego. A entrada foi de ARS 350 por pessoa. Chegamos lá por volta de 11h e fomos direto conhecer a Bahia Lapatia e a placa do final da Ruta 3. Fizemos uma pequena caminhada até uma prainha (Senda La Baliza). De lá paramos na Castoreira, na Laguna Verde,Laguna Negra e no Lago Acigami. O parque é bem bonito, vale muito a pena conhecer, MAS, quero ressaltar o seguinte: achei que está descuidado. Vi muito lixo pelo caminho, guimbas de cigarro, papel higiênico, garrafas e papeis de bala. Claro que o lixo é uma questão de conscientizar e educar, mas acho que também do parque de fazer uma boa manutenção e de ter mais cuidado. Por exemplo, no parque do Perito Moreno o turista recebe uma sacola de lixo ao entrar, o que já incentiva a não jogar o lixo no chão. Enfim, são pequenas medidas que podem ajudar a conservar um patrimônio daquele porte. Chegamos na cidade entre 15h e 16h e fomos almoçar no único restaurante aberto: Mc Pipi. Na Argentina existe o costume da siesta, que vai entre 12h a 17h, variando de cidade para cidade. Enfim, almoçamos cachorro quente, 3 cervejas e fomos caminhar mais um pouco pela cidade. À noite fomos jantar no MELHOR lugar da vida: o Tante Sara. Por tudo dessa vida: eu queria chorar de felicidade na hora de comer. Tudo muito delicioso e pela bagatela de 1100 pesos para três pessoas (dois pratos principais, três cervejas e uma sobremesa). Perfeito. * A partir daqui o objetivo era chegar logo em Buenos Aires, então vou listar apenas as cidades que passamos. Dia 28 – Rio Gallegos. Hospedagem no Hotel Sehuen – Médio, Ok para uma noite. Dia 29 – Comodoro Rivadavia – Hospedagem na Posada del Viajero – Distante do centro da cidade, mas ok para quem vai apenas pernoitar. Dia 30 – San Antonio Oeste – Hospedagem no Hotel Ozieri – Bom para pernoite. Dia 31 – Adofo Gonzales – Hospedagem no Hotel Paris – Bom para pernoite – tem restaurante ÓTIMO do prório hotel. Dia 01: Chegamos em Buenos Aires! Fiz a reserva pelo Booking.com no Hotel Cyan de Las Americas, com uma promoção ótima! O melhor de tudo foi ver a cara do recepcionista de um hotel 4 estrelas na Recoleta quando entrou eu e meus pais : de chinelo, travesseiro e galão de água na mão. Impagável. O hotel é bem confortável e muito bem localizado. Nesse mesmo dia marquei o Tango com o pessoal do Câmbio Mais Brazuca e optamos pelo Puerto Madero Tango, ARS 1.100 por pessoa, com transfer ida e volta, jantar e bebida. O transfer nos buscou às 20h e depois buscou mais outros brasileiros. O espetáculo começa mesmo às 22h. Cada show de tango em Buenos Aires é de um jeito, esse em especial é um musical em que contam toda a história do Tango e com orquestra ao vivo. Achei o seguinte: vale a pena se a grana estiver tranquila para ir. Nós gostamos, mas o casal que estava ao lado detestou. Dia 02: Domingo em Buenos Aires a gente faz o que? Vai para a Feira de San Telmo! Antes de ir, passamos rapidamente no Cemitério da Recoleta, e de lá pegamos um táxi para a Feira. QUE feira! Muita coisa interessante, antiguidades, apresentação de tango na rua, barzinhos, cafés.. Achei muito bacana! Almoçamos por lá mesmo, depois passamos no hotel e fomos para o Jardim Japonês. Nesse meio tempo começou a chover, o que deu uma estragada de leve no passeio pelo Jardim Japonês. O lugar é bem lindo (ARS 80 por pessoa), tem restaurante, lojinha de souvenir, lanchonete e deve ser ótimo ir em um da de sol. Dia 03: Volta para casa.Pegamos a balsa de volta para Colônia del Sacramento, também pela Colonia Express, às 8h15. Paramos em Colonia somente para o café da manhã e depois fomos até o Chuí. Pernoitamos no mesmo hotel da ida, o Turis. Dia 04: Saída do Chuí para Morro Reuter. Ficamos na casa dos nossos amigos até o dia 06. No dia 05 fomos para Gramado e Canela. Dia 06: Pegamos a estrada em direção a lugar nenhum, para ver até onde conseguíamos ir. Fomos até Campina Grande do Sul (PR, logo depois de Curitiba) e dormimos em um hotel de posto de gasolina. Obs: era o aniversário da minha mãe, foi comemorado em grande estilo no posto de gasolina de beira de estrada. Dia 07: De novo, saímos para ver até onde conseguíamos ir. E fomos parar em casa. Sim, saímos de Campina Grande do Sul e fizemos 20 horas de viagem até Anchieta- ES. Foi menos difícil do que parece. A saudade dos cães que ficaram em casa era grande... Então fizemos esse esforço. Chegamos em casa às 2h30 da manhã, jantamos uma lata de milho cozido, fizemos algumas anotações, esmagamos os cachorros e pronto. Considerações finais: QUE viagem. Gostaria de poder descrever aqui todas as paisagens que vimos, as situações que vivemos, cheiros e sabores, mas não é possível. Tentei passar pelo menos um pouquinho do que foi essa experiência maravilhosa com os meus pais. É uma viagem super possível. Com planejamento e disposição dá para fazer. Cada um faz no seu estilo, com suas preferências, e isso no fundo não importa tanto. Seja em um hotel 5 estrelas ou em um dormitório com 20 camas, viajar e desbravar esse mundão – respeitando o ambiente que é visitado, as pessoas e a cultura local- é o que importa. Qualquer dúvida, manda aqui que tento ajudar da melhor forma
  14. Olá, somos Mattheus e Laryssa e viajar é tudo para nós. Temos um blog no Instagram que se chama @estradasporai, quem puder e quiser seguir, lá tem muitos detalhes, preços, dicas sobre essa e outras viagens que fizemos. Quem vos relata é o Mattheus, motorista, fotógrafo etc.. haha Bom pessoal, sempre entrávamos aqui e viajávamos juntos nos relatos. Sempre esperando chegar nossa vez. E chegou. Fizemos uma viagem saindo do Rio de Janeiro, Sul do Brasil, entrando no Uruguai e indo até Buenos Aires. Foram 18 dias, tivemos muitas experiencias que vamos levar para as próximas, muitos erros etc, mas valeu a pena cada segundo. Planejamento com gastos Estávamos contando com 20 dias de viagem. Entao nosso planejamento inicial seria gastar em torno de R$6.000,00 com tudo, divididos igualmente entre hospedagens, combustível e alimentação. Estipulamos uma meta de R$100,00 por dia para alimentação, optamos por reservar a ida toda antes pelo AirBnb (bem em conta) e casas com opção de cozinha, para aproveitarmos e tentar economizar. Somente Punta Del Este não foi pelo AirBnb. Conseguimos ficar dentro do planejado! Corremos um pouquinho além da conta na volta, pois a vontade de chegar logo em casa era grande rsrs. Mas deu tudo certo. O veículo Nosso carro é um Sandero 1.6 8v 2012 com gnv. O gás ajudou muito a gente durante a viagem na economia, mesmo não tendo conseguido abastecer na Argentina. Utilizamos o app GNV Brasil para localizar os postos. Sempre mantive a manutenção em dia, então antes da viagem só antecipei uma preventiva e fiz uma selagem no cárter que estava vazando um pouco de óleo, pois o carro já estava com 135k kms rodados antes da viagem. Troca de óleo, filtros, limpeza do sistema de arrefecimento, alinhamento, balanceamento e pronto para estrada. A viagem Dia 1: RJ x Curitiba Antes de partir: Ansiedade a mil No dia 05 de julho acordamos cedo, nossa ideia era partir às 5h da manhã, não conseguimos, mas às 5:55 ja estávamos na estrada. Aproximadamente 820 kms até nosso primeiro destino. Como nosso cilindro de gnv é de 10m³, nós vamos parando para abastecer a cada 130 kms mais ou menos. Aí já dá para descansar e esticar um pouco as pernas. Muitos pedágios ao longo do caminho, o mais caro da viagem foi na Rod Pres Dutra, altura de Seropédica. R$14,40. Também adquirimos antes o "Sem parar", serviço que passa direto no pedágio para evitar filas, recomendo. Chegamos umas 18 hrs em Curitiba, nesse dia não almoçamos, levamos muito lanche e sanduíche no carro e deu para enganar o estômago. O apt fica bem localizado, na rua Conselheiro Laurindo Ramos, porém não tinha opçao de estacionamento. Deixamos o carro no prédio e o porteiro nos disse que no outro dia pela manha ficava um rapaz vendendo um ticket "Estar" que serve para fixar no parabrisa e vale até duas horas parado naquele local. Como já era 18h, nao tinha problema deixar o carro lá sem o "estar". Estávamos muito cansado, principalmente eu por ter dirigido quase 12 horas, entao só comemos um macarrão rápido e capotamos. Chegando em Curitiba A estrada
  15. Boa tarde, pessoal! Segue adiante o meu relato de uma viagem de carro para o Deserto do Atacama, que durou 17 dias. Na minha programação, contei com muita ajuda aqui do pessoal do Mochileiros.com. Sendo assim, agora é hora de retribuir! Se você está planejando uma viagem parecida, ou se a mesma já está marcada, e quer contar com algum tipo de ajuda, pergunte por aqui. Um abração!!!
  16. Este tópico é para ajudar as pessoas que quiserem fazer o mesmo roteiro que eu fiz nesta minha viagem de 2017/18. O trajeto todo foi feito por mim e mais 3 amigos no meu carro, um Renault Symbol 1.6 16v 2013 em companhia de um colega e seu filho em um Jeep Liberty 2006. Nó dois não tivemos nenhum problema mecânico nos carros. Apenas o meu de vez em quando acusava alta temperatura, mas era um problema de sensor. O roteiro que eu fiz foi o seguinte: 1º 26/12/17 Curitiba a Ita-ibate AR 1049 2º 27/12/17 Ita-Ibaté a Salta (Campo Quijano) 1022 3º 28/12/17 Campo Quijano a SPAtacama Chile (paso Sico) 477 4º 29/12/17 SPAtacama a Tacna - Peru 848 5º 30/12/17 Tacna a Copacabana Bolívia 484 6º 31/12/17 Isla del Sol - Titicaca 0 7º 01/01/18 Copacabana - Bol a Puno - Peru 143 8º 02/01/18 Puno ilhas de Uros a Areiquipa 294 9º 03/01/18 Arequipa 0 10º 04/01/18 Arequipa a Chivay 162 11º 05/01/18 Chivay e vale do Colca 200 12º 06/01/18 Chivay a Cusco 383 13º 07/01/18 Cusco – descanso e aclimatação 100 14º 08/01/18 Cusco a Ollantaytanbo a Machu Picchu 75 15º 09/01/18 Machu Picchu e retorno a Cusco 75 16º 10/01/18 Cusco a Desaguadero - Peru 534 17º 11/01/18 Desaguadero a Uyuni 619 18º 12/01/18 Uyuni – passeios 100 19º 13/01/18 Uyuni a Calama 425 20º 14/01/18 Calama a Atacama e Passeios 200 21º 15/01/18 SPAtacama a Purmamarca (Paso Jama) 412 22º 16/01/18 Purmamarca a Salta 155 23º 17/01/18 Salta descanso 100 24º 18/01/18 Salta a Cafayate (via Cuesta del Obispo) 320 25º 19/01/18 Cafayate – vinicolas 100 26º 20/01/18 Cafayate a Charata 718 27º 21/01/18 Quimili a San Ignácio 675 28º 22/01/18 San Ignácio a Curitiba 834 total 10600 KM
  17. Salve galera! Passando pra deixar meu relato de viagem bem detalhado – em termos do planejamento e da alimentação- para ajudar os demais colegas mochileiros e celíacos. Senti falta de relatos no inverno.. então vou deixar o nosso para aumentar a quantidade 😊 Peguei algumas dicas aqui e gostaria de retribuir. Algumas dúvidas foram só respondidas percorrendo o caminho. Esta foi nossa 3ª roadtrip pela América do Sul, totalizando agora 21.044km \o/ . Fomos de HB20x, 1.6. Nessa viagem fomos só eu e o meu marido Roberto rumo ao Atacama selvagem. Planejamento: Começamos a planejar a viagem com 2 meses de antecedência. A estimativa de gastos estava alta e não estávamos muito a fim de gastar tudo isso.. Mas com 1 mês e meio antes da viagem decidimos ir.. Então reservamos todas as hospedagens com 1,5 mês de antecedência.. e foi difícil achar as opções que gostamos a preços baixos. Priorizamos banheiro privativo, garagem e hostel com cozinha, então as opções mais baratex já tinham ido.. Conhecemos alguns viajantes no caminho que deixaram pra reservar chegando nos locais.. passaram sufoco. Quantidade de dias: Li relatos em vários sites e aqui no fórum sobre viagens à São Pedro de Atacama (SPA).. Com base nisso fui separando os passeios que nos interessavam e botava os pontos no google Earth. Os passeios foram divididos conforme a altitude, indo do menor ao maior, para facilitar a aclimatação. Ficamos 6 noites em SPA, saindo dia 05/07 e retornando dia 15/07 (no final, a cidade tava ficando bem muvucada por causa das férias escolares.. fomos embora na hora certa).. A viagem ficou assim planejada (com pequenas alterações): Aplicativos: Utilizamos 2 apps. essenciais! O Maps Me, que permite navegar off-line e indica vários pontos turísticos.. Assim se você está de carro é fácil chegar, só traçar a rota. Eu já tinha selecionado os pontos que iríamos visitar, salvei no google Earth (.KMZ) e abri no app.. aí fica bem em destaque. Vimos trocentos viajantes usando também.. Compartilho nosso roteiro em KMZ em anexo. Também usamos o app. HERE WeGo, de mapas off-line. Esse foi usado mais para a navegação no carro, para ir de uma cidade à outra. Usávamos os 2 apps. para traçar os percursos, mas o MapsMe dava umas falhadas, as vezes demorava pra carregar.. Aí o HERE salvava, ele tem interface mais simples, aí não demora tanto pra carregar. Também tínhamos um GPS, mas mal usamos.. Os 2 app. são ótimos! O marido baixou o app. dos postos YPF para verificar onde tinha posto.. em complemento aos 2 apps que tb mostraram onde tinham postos.Raramente usamos esse do YPF, tinha posto por todo o trajeto. Só evitar que o tanque baixe menos que a metade em trajetos longos. 😀 Alimentação Glúten Free: Não vou explicar sobre a doença celíaca, haja vista não ser local para isso.. mas todo celíaco sabe que não basta a comida ser ‘sem glúten’, não pode haver nenhum traço de glúten, então são muitos os cuidados na cozinha.. celíaco não pode comer em qualquer lugar.. O prejuízo pro corpo é gigante e pode até estragar a viagem (Passei sufoco em 1 dia, logo na subida do vulcão..). Dá para imprimir os cartões perguntando sobre os cuidados na cozinha no idioma do país ao qual se está indo: http://www.celiactravel.com/cards/ . Em geral, a Argentina é bem servida de opções e produtos, muitos restaurantes sabem os cuidados, ao contrário do Chile (principalmente no Atacama), onde o desconhecimento é maior. Levamos vários lanches, macarrão, tapioca.. compramos mais comidas/lanches no caminho. Isso foi essencial pois no caminho não tinha restaurantes, tinha mais aquelas espeluncas bem espeluncas (olha que meu sensor de qualidade é mediano). Aqui foi o principal erro na estimativa de gastos da viagem.. Eu havia estimado gastos de R$2234 com alimentação.. considerando todo dia comendo em restaurante e sendo generosa nos gastos, pois a comida na Argentina e SPA é mais cara. Gastamos R$1534. Os trajetos eram longos, então acabávamos ficando sem almoçar, comendo a comida sem glúten que tínhamos no carro. Por um erro meu, peguei um hostel sem cozinha em São Pedro de Atacama, mas foi bom para conhecer as possíveis opções sem glúten para compartilhar com os colegas celíacos. No relato falo mais sobre isso. Gastos: Estimei gasto total da viagem em R$ 11.364,57 (2 pessoas). Orgulhosa sempre das minhas estimativas próximas, errei feio nessa! 😜 Acabou ficando em R$ 8.410,09 (não considerando os extras, roupas, presentes, ímãs de geladeiras, etc). Ainda bem que não desistimos de ir! Estimei bem os gastos com gasolina (só ver total de km em cada país, consumo do carro e preço médio da gasolina no país), hotel (fiz o cenário pagando tudo em dinheiro, lembrando que esta forma de pagto tem taxas de ISS de 21% na Argentina e 19% do Chile). Na hora pagamos alguns em cartão de crédito, dando economia. Tem tb os gastos com pedágios.. Errei os gastos com alimentação e passeios (na verdade desistimos de ir em 2 passeios no Atacama e 1 na Argentina, senão teria dado mais próximo). Considerei o custo médio da gasolina na Argentina de ARS 24 e no Chile em CL751. Na realidade estava entre ARS 31-33 no nordeste Argentino e CLP830 em SPA.. mas a estimativa de gasto com gasolina ficou próxima porque sempre considero 10% de km. Câmbio: No planejamento consideramos a cotação de R$1 = ARS 7,69 e R$1=CLP166,66.. Fizemos um câmbio pior (R$1 = ARS 6,66 e R$1=CLP153). Trocamos a quantidade total de pesos argentinos que iríamos precisar na fronteira (Dionísio Cerqueira/BRA com Bernardo Irigoyen/ARG.). O resto levamos em reais e fizemos câmbio em SPA mesmo.. tem trocentas agências! Trocamos a quantidade de uns 4 dias e não precisamos mais trocar por causa das economias que fizemos.. Então valeu muito a pena não ter sido afoito e trocado todo o valor necessário da viagem de uma vez só.. Roupas: Como fomos de carro, não precisávamos economizar com roupas.. Então levei opções de camisas curtas e longas.. Usamos roupas curtas em somente 3 dias, no 1º e último dia na Argentina(05/07 e 17/07) e em um dia no Atacama.. Essa era nossa principal dúvida, se durante o dia fazia calor e se só a noite era frio.. Pesquisamos médias de temperatura por lá.. e parecia ser calor durante o dia. Na realidade era friozinho ou friozão a maior parte do tempo, principalmente nos passeios de maior altitude. No Centro da cidade, em SPA, usávamos 1 casaco mesmo durante o dia.. tinha gente que usava short ou camisa curta, mas geralmente era o pessoal que tava andando de bicicleta (oufazendo caminhada mesmo). A partir do meio da tarde já começava a esfriar.. um frio beeem gelado. Atenção aos passeios do geysers, tour astronômico e subidas de vulcões, é frio pra #### (descrição disso aqui no relato). Também levamos calças e blusas térmicas segunda pele, foi essencial! Eu cheguei a usar 2 calças térmicas. Levamos 2 botas de caminhadas cada um e foi ótimo.. íamos revezando o uso pra não acumular tanta poeira. Hostels/Hotéis: Como eu já disse, a escolha dos hostels foi feita com somente 1 mês e meio de antecedência. Sempre procuramos com cozinha, garagem e banheiro privativo(esse item acaba encarecendo um pouco). Nenhum dos hotéis ou hostels que solicitei alimentação especial, forneceram de fato algo preparado pra mim. No café da manhá comia só frutas ou minha comida própria. Descrição de cada hotel segue no relato. Itens obrigatórios: Carta verde (Argentina) e SOAPEX (Chile), pagamos R$124,82 e R$40,13 respectivamente. Fizemos o soapex no site: https://www.hdi.cl/ Também é obrigatório portar 1 cambão e 2 triângulos.. mas nenhum desses itens foram pedidos durante a viagem, ao contrário das nossas outras 3 viagens pela América do Sul. Também é obrigatória carteira de identidade (feita nos últimos 10 anos). Um item ‘quase-obrigatório’ é o seguro saúde, melhor ter para prevenir qualquer problema.. Fizemos a R$ 249,23 (valor para os 2 juntos!) pela TRAVEL ACE. Propina policial: Bem..como nunca mais havíamos lido relato aqui de propina em posts atuais.. e nem tivemos problemas nas outras viagens.. achei que a prática da propina estava aposentada.. Pra nossa decepção fomos parados pela polícia antes de Corrientes, na região de Entrerios.. Policial disse que estávamos a 60km/h e o limite era 50km/h (muito longe dali fica um policial escondido medindo a velocidade dos carros).. Ele falava isso olhando o tempo todo pra baixo, pros lados.. nunca nos nossos olhos. Disse que a multa era de 300 reais, mas que poderia ser gente boa e deixar a multa a R$100 para evitar burocracia, sabia até a cotação do dia para dizer o equivalente em peso. Pedi algum comprovante de que estávamos acima do limite, ele disse que não tinha. Eu e o marido nos olhávamos não acreditando que estávamos caindo na máfia das propinas.. nos deu tanta raiva, tanta raiva.. Pagamos o R$100 e só queríamos sair correndo dali.. naquele que era o 1º dia na Argentina. 😥 Viagem_atacama.kmz
  18. Foi difícil escolher quais destinos incluir e quais deixar de fora. Também é normal ter dúvidas sobre qual época do ano viajar. Inverno ou verão? Frio ou Calor? Escolhemos o que nos pareceu mais lógico: os dias longos do final da primavera, em dezembro, são propícios para dirigir por muitas horas com claridade. Depois de ler inúmeros relatos sobre viagens de carro passamos a aceitar que em trinta dias há um limite de possibilidades e que alguns lugares ficariam para depois. Consideramos também que gostar de estar na estrada é parte relevante da jornada. Argentina e Chile são bem longe do Rio de Janeiro. A saída foi direto do último dia de trabalho rumo à Taubaté. Evito o trânsito pesado da Dutra na baixada fluminense passando pelo Arco Metropolitano, estrada nova, duplicada e livre. Uma boa chuvarada me fez companhia na serra de Cruzeiro. Feito o pernoite, saio cedo de Taubaté pela excelente Carvalho Pinto/Ayrton Senna, passo pelo Rodoanel e faço a Régis Bittencourt. No Paraná deu tempo para descer a Estrada da Graciosa e fico contente por conhecer um lugar tão bonito. Pernoitamos em São Mateus do Sul, cidade pequena e charmosa. Estrada da Graciosa - Paraná Deixamos São Mateus para trás com previsão de almoçar em Erechim. Seguimos pela BR-476 e BR-153 contornando os municípios de Paulo de Frontin, Paula Freitas, União da Vitória, Porto União, General Carneiro, Água Doce, Irani, Concórdia, Marcelino Ramos, Severiano de Almeida e Três Arroios. Gosto de mapas e de ler sobre a infinidade de municípios brasileiros. Propositalmente não citei a qual estado cada um pertence. Deixo por conta de sua curiosidade. Perto do meio-dia chegamos para almoçar em uma bonita churrascaria dentro do estádio do Ypiranga, time de Erechim. A experiência gastronômica também fez parte dos planos. Seguimos com mais dois objetivos: conhecer as ruínas de São Miguel das Missões e cruzar a fronteira em São Borja para dormir na Argentina. Desde Concórdia até Passo Fundo havia trânsito de caminhões. Vale lembrar que muito da economia brasileira se movimenta por caminhões, e o sujeito que está lá dirigindo um veículo pesado também quer chegar logo e ter seu descanso. Releve quando algum deles começar uma ultrapassagem na sua frente. Uma viagem longa é um bom momento para reflexões e para exercitar um pouco de paciência. Horas mais tarde viramos para São Miguel das Missões. Fui sem expectativa e fiquei muito impressionado com esse lugar. Sem dúvidas recomendo a visita. Depois entramos em São Luiz Gonzaga para jantar num lugar aprazível na praça central. Era noite de sábado, a fronteira de São Borja para Santo Tomé funciona 24 horas, e não havia nenhum veículo. Apresentamos os documentos, recebemos o visto, pagamos um pedágio de R$ 42 e rapidamente estávamos liberados. Após dois dias estávamos no lado que fala espanhol e que a gasolina é vendida com 10% de álcool, e não com abusivos 27,5%. Infelizmente a BR-285 não está em perfeitas condições e a parte do interior do Paraná também tinha remendos. Visitamos as ruínas de São Miguel das Missões - Rio Grande do Sul Hora de dirigir na Argentina. Primeiro algumas curiosidades geográficas. A estrada mais famosa é a Ruta 40, enorme com 5.194 km. A cidade no extremo oeste argentino equivale ao município mais a oeste do Acre. A população é muito menor que a brasileira e menor que a da Colômbia. Os estados são chamados de províncias. E resumindo ao máximo, dividiria sua geografia em três partes: o pampa argentino que é uma planície gigantesca com incontáveis fazendas; depois uma região árida e desabitada imensa do centro ao extremo sul do país; e por fim uma parte montanhosa impressionante junto à Cordilheira dos Andes que marca a extensa fronteira com o Chile. O Aconcágua, o pico mais alto fora da Ásia, é um ponto ali. E vale mencionar que as cidades economicamente relevantes são Buenos Aires e Rosário, ambas cidades portuárias, e a malha das melhores estradas segue para esses portos, e não necessariamente na direção de quem vem ou vai para o Brasil. As estradas são boas, e mapeamos que deveríamos evitar por buracos e falta de conservação a Ruta 127, a R-158 entre San Francisco e Villa Maria, e a R-33. Partimos cedo de Santo Tomé. Nesta cidade há uma casa de câmbio com boa cotação e é possível consultar via google. Seguimos pelas Rutas 14 e 18 até Santa Fé. Ficamos num bom hotel na saída dessa cidade. Neste caminho cruzamos o túnel sub-fluvial, que literalmente passa por baixo do rio Paraná. Depois de Santa Fé circundamos Rosario, Junin, Carlos Casares e após 820 km chegamos em Santa Rosa. Ficamos em uma hotel novo de uma rede conhecida que foi melhor do que esperávamos. Tínhamos feito quatro trechos de 800 km por dia. Para o dia seguinte programamos uma distância menor, 550 km até Neuquen, então pudemos descansar e curtir a piscina e a academia que estavam vazias. Mesmo onde não fizemos pesquisa para almoçar nós encontramos restaurantes com boa comida. Eles chamam de lomo o corte de carne macio que é como o nosso filé mignon. Filé com salada ou milanesa com batatas são pratos comuns, e servem por cortesia uma cesta de pães. Até a bebida de água com limão que eu aprecio também encontramos. Só não espere encontrar feijão brasileiro, esse não é comum. Depois de bastante estrada uma piscina destas é perfeita Após Santa Rosa o cenário da viagem mudou. A planície com incontáveis fazendas ficou para trás e entramos na travessia do deserto de La Pampa. Não é um deserto de areia fofa. É uma região seca e desabitada, com vegetação rasteira, e a estrada segue com retas enormes. Há pouco fluxo de veículos nesses locais. Some o fato do território ser muito plano, e assim as ultrapassagens em pista simples são realmente fáceis. Nesta altura já notamos a fauna de automóveis, com muitos carros compactos, diversos deles fabricados de 5 a 10 anos atrás, e entre os mais caros vimos muitas caminhonetes, especialmente Amarok, Hilux e Ranger. Vimos carros que não temos no Brasil como VW Scirocco e o novo Audi Q2. No entanto rodando pelo interior praticamente não vimos carros de sucesso aqui como Honda HR-V ou Hyundai Creta, que existem mas devem rodar mais na região de Buenos Aires. Atravessamos o deserto de La Pampa Pernoitamos na cidade de Neuquén e no dia seguinte fomos par os 440 km que faltavam para Bariloche, nosso primeiro destino turístico no exterior. Foi bom ter optado por fazer trechos menores nessa etapa final, assim chegamos descansados. No caminho fizemos um pit-stop em um posto chamado ACA Confluência Traful (ACA é a sigla de Automóvel Clube Argentino) que é de frente para um lindo rio de águas verde-turquesa. Ali mesmo colocamos pela primeira vez os pés nas águas límpidas que descem dos lagos da Patagônia. Nessa hora bate um encantamento que mescla a paisagem com o fato de estarmos tão longe de casa e de chegarmos ali com nosso próprio carro. Essa sensação não se explica por texto, fotos ou vídeos. Só quem viaja sem criar grandes expectativas que entende. Paisagem em frente ao posto - com tempo para apreciar o caminho Aqui o caminho fica muito interessante, o deserto saiu de cena e a região de serra se aproxima. O primeiro pico com neve aparece no horizonte. Bariloche fica a 900 metros de altitude e eu imaginava que subiria uma serra íngreme como é do Rio para Teresópolis, de Santos para São Paulo, ou de Paranaguá para Curitiba. Nada disso, a subida é mais suave. Quando vi, uma placa já informava que estávamos à beira do lago Nahuel Huapi. Pronto, no meio da tarde estávamos em Bariloche. Ficamos por três noites e marcamos mais duas em San Martin de los Andes, cidade próxima. Para a primavera e verão há diversas atividades ao ar livre, inclusive praia, piscina, passeios de barco nos lagos, etc. Há quem vá para fazer caminhadas, trekking, ciclismo, pesca, ou simplesmente apreciar a natureza e relaxar. Nesta época vimos mais europeus e americanos. Os brasileiros vão mais na temporada de neve. Curiosamente os argentinos consideram dezembro como baixa temporada. Em geral eles costumam tirar férias de verão depois do natal, aí passa a ser alta temporada. Vista do hotel - final da primavera com neve na serra Mirante do Cerro Campanário Após três noites fomos pela Ruta 40 para San Martin de los Andes, outra cidade turística. A 40 é a estrada que segue a Cordilheira dos Andes de norte a sul. Lojas de souvenir vendem diversos tipos de adesivos e ímãs sobre ela. Nesta região, entre La Angostura e San Martin, a estrada é linda e é conhecida como A Rota dos Sete Lagos, que passa por dois Parques Nacionais e margeia diversos lagos, vales e serras. Este caminho era de terra e foi asfaltado só em 2015, e os mirantes estão devidamente sinalizados. Vimos que a estrada tem ótimas curvas e pouco trânsito, mas pegamos um dia um pouco nublado. No domingo, já instalados em San Martin, o dia amanheceu bonito e ensolarado, daí não teve outra: depois de curtir a cidade nós voltamos para Ruta 40 para repetir um pouco mais dessa estrada que tem tantas paisagens. Não imaginava que depois de percorrer mais de 4 mil km e ficar alguns dias descansando a gente pegaria o carro para rodar mais. Definitivamente nós gostamos de estrada. Rota dos Sete Lagos Encerramos a primeira etapa na Argentina e tínhamos dois caminhos para ir até Pucón, Chile. Pucón também fica à beira de um lago e ao lado do vulcão Vilarrica. A estrada mais curta tem uma parte no lado argentino ainda de terra, ou rípio como eles dizem. O lado mais longo e asfaltado nos levava para a fronteira entre La Angostura e Osorno. Fomos pelo mais longo. Por esse caminho que cruza vales e montanhas tivemos a grata surpresa de ver um espaço ao lado da estrada com bastante neve, em pleno final de primavera, quase verão. Caminhar na neve pela primeira vez na vida quando você sai do Rio de Janeiro com seu próprio carro é algo bem especial. Fizemos fotos e seguimos. Na fronteira chilena o procedimento foi similar, a diferença é que nos pediram para retirar as malas do carro e abrir uma a uma para uma fiscalização rápida. Eles não tocam nas suas coisas, o dono da mala que abre e mostra. No Chile não é permitido entrar com carnes, frutas, e verduras. Neve ao lado da estrada entre La Angostura e o Chile Em Pucón e não tivemos colaboração climática de São Pedro. Até aqui tinha sido tudo excelente, especialmente nos dias perfeitos de sol entre Bariloche e San Martin. Reservamos três noites em Pucón e ficamos apenas duas. Tempo fechado, garoa e nenhum sinal de possibilidade de avistar o vulcão. Vimos na meteorologia que no próximo destino, 600 km ao norte, havia previsão de tempo aberto. Aproveitamos para levar roupas na lavanderia, ir na casa de câmbio, farmácia, e comprar água no mercado. No Chile boa parte da frota tem origem nos países asiáticos. Vimos caminhonetes mais antigas, inclusive uma curiosa Hilux cabine simples do início dos anos 80, tão menor que parecia ter o porte de uma Saveiro atual. Vimos muitos carros da Suzuki, e diversos modelos que não temos aqui como Mazda MX5, Ford F150 Raptor, e os hatchback Kia Rio e Toyota Yaris que pareciam ter porte similar ao Polo ou Argo, além de um pequeno e simpático Hyundai i10. Pena que não consegui fotografar todos eles adequadamente. Após Pucón subimos a Ruta 5 que é uma via duplicada e sem muitas paisagens. Aqui a velocidade praticada é de 120 km/h e vi um policial com radar em mãos. Alguns carros iam acima disso. Nós fomos com controle de cruzeiro instalado no carro e mantivemos a medida indicada. Gosto demais dessa função de acelerador constante, que nesse tipo de viagem ajuda demais. Nesses trajetos longos o tablet que minha mulher levou foi um excelente passatempo para ela enquanto eu dirigia. Ela tinha a série que queria assistir, e tivemos também muitas risadas com os shows de stand up de humor que levamos. Nesse dia no entanto fiquei preocupado porque no decorrer do percurso uma pedrinha atingiu meu para-brisa no canto inferior esquerdo. Na hora do impacto não percebi nada, mas após almoçarmos com o carro tomando um pouco de mormaço vimos que a partir do trinco surgiu uma rachadura de 25cm. Seguimos na estrada e o tamanho permanecia igual. Pior que estávamos indo para dois dias corridos numa região praticamente rural, com bons hotéis e vinícolas muito bonitas que tínhamos agendado e que ficam ao lado de uma cidade minúscula chamada Santa Cruz. Tratei de estacionar sempre numa sombra e fui monitorando a fissura. Rodamos bastante ali de carro e a marca aumentou pouco, menos de dois centímetros. No Chile na sequência da viagem passaríamos circundando Santiago, mas esse dia de viagem era num sábado. Na sexta-feira consegui fazer contato com o responsável pelo hotel da região próxima à capital Mendoza, Argentina. Localizei no google um lugar especializado em troca de para-brisas e pedi que fizesse a gentileza de ligar para confirmar o valor e disponibilidade. Me viro bem no espanhol mas achei melhor pedir para alguém com sotaque local cotar o serviço. Explicaram que era só ir segunda às 8 horas e retirar ao meio-dia. Valor equivalente à R$ 780. O seguro que tenho pro carro cobre no exterior, mas quando liguei me explicaram que troca do vidro só fariam no Brasil. Região de vinícolas do Valle Colchagua, Chile (as duas fotos de baixo são do ótimo hotel Cava Colchagua) Tivemos no Valle Colchagua clima perfeito com sol, piscina, tempo para degustar vinhos, comer bem e relaxar. Esse vale fica a 180 km ao sul de Santiago, recomendo ir por três dias inteiros, o que corresponde à quatro noites. Chegou o sábado e tínhamos que seguir viagem. Como Santiago é uma cidade grande e com trânsito intenso, passamos direto e deixamos para conhecê-la no futuro, quando pudermos ir de avião. Nossa rota era seguir até Lujan de Cuyo, cidade satélite de Mendoza, perto das principais vinícolas argentinas. O detalhe é que ainda com a fissura no vidro teríamos que cruzar a Cordilheira dos Andes por uma estrada bastante sinuosa que vai a 3.200 metros de altitude. Fiquei apreensivo por conta do trajeto e pela possibilidade de algum problema com autoridades locais. Fissura no vidro - pode acontecer na estrada Após passar por Santiago trocamos de pista para a 57 e andamos no mesmo ritmo dos chilenos. No entanto dois policiais usando radar parou os carros à minha frente e me parou. Ele mostrou que eu estava a 115 e que aquele trecho era até 100 km/h. Comentei que dirigia desde a Ruta 5 onde a velocidade era de 120. Ficou somente uma advertência verbal e mandou seguir. Melhor assim. Encaramos a Cordilheira com o vidro como estava, e felizmente não tivemos nenhum contratempo. A rachadura somente aumentava quando parava sob o sol. Na segunda-feira o carro ficou na oficina e devolveram com vidro novo, perfeito e com o mesmo grafismo pontilhado nas bordas. Aproveitamos essa manhã para caminhar pelas ruas de Mendoza. Depois de quatro dias passeando por lindas vinícolas argentinas e excelentes restaurantes de Lujan de Cuyo e Tupungato, regiões vizinhas à capital Mendoza, chegou a hora de ir para casa. Nas regiões de vinícolas do Chile e Argentina não há lei seca, você pode provar vinhos moderadamente e dirigir. Tour e degustação de vinhos em Lujan de Cuyo, Argentina (Vinícolas: Tierras Altas e Kayken) Saímos de Tupungato após um maravilhoso almoço em uma vinícola, neste último bebi apenas água, deixamos Mendoza para trás e atravessamos outra região bastante deserta. Neste percurso fez calor - o termômetro do carro marcou 40 graus - mas o ar condicionado deu conta perfeitamente. Com o carro em movimento não há problema. O truque é: sempre que parar num dia ensolarado, procure uma sombra, mesmo que tenha que caminhar até 200 metros. Como o rumo do dia era para o leste, tivemos o cuidado de viajar na parte da tarde, com o sol atrás do carro. Pernoitamos em Merlo, pequena e bonita cidade turística no centro do país. Os pedágios argentinos se concentram nas estradas que vão para Buenos Aires e Rosário, pro lado afastado que fomos não havia nem pardais eletrônicos ou radares. Vimos placas de até 130 km/h e alguns chegavam trafegar entre 140 e 160. Estradas planas, retas e vazias são bem seguras. Percebemos que não valia a pena ir além de 130 km/h dado o aumento exponencial de combustível, ruídos de vento, risco de multa e etc. Neste caminho nos alertaram que a província de Córdoba tem policiais trabalhando com fins arrecadatórios, regulando ultrapassagem sobre faixa contínua ou velocidade. O Google Maps, que usamos em modo offline perfeitamente, nos indicava cruzar essa província por estradas de menor porte, e não vimos ninguém perturbando. Depois da tarde de muito calor amanheceu chovendo bastante e vimos dezenas de árvores imensas arrancadas pela força dos ventos. Entre estradas e fazendas as árvores são muito altas e bonitas, diferentes das que vemos no Brasil. Após passar por um povoado chamado Pascanas nos deparamos com um trecho alagado. Por morar no Rio tenho alguma noção com locais alagados, mas quando você está em outro país a preocupação é maior. Pensei em dar uma volta e perder duas horas de viagem, mas isso não era bom porque a jornada prevista de 930 km era longa, e para evitar multas estávamos indo sem correria. Felizmente um Gol passou sem problemas, então nós também passamos. Parte extra – multa na Argentina Conhecia os relatos de paradas policiais nas províncias de Corrientes e Entre Rios. Suspeitei que depois da cobertura da imprensa brasileira e argentina sobre propinas essas coisas estariam mais calmas. Levamos os itens obrigatórios: habilitação brasileira, documento do carro em meu nome, seguro carta-verde, extintor e dois triângulos (em espanhol dizem mata-fuego e balizas), itens que constam no artigo 40 da lei de trânsito 24.449. Imprimi e levei a lei 24.449 de 1995 e a 26.363 de 2008. Conhecia a obrigatoriedade de trafegar sempre com faróis acesos. E levei itens citados em blogs que não foram solicitados: cambão, kit primeiros socorros, e permissão internacional para dirigir. Pro Chile precisa levar um jaleco reflexivo. Tudo comprado antes via internet. A lista de itens eu vi aqui e Levei até um formulário de reporte de incidentes que encontrei num blog para uma eventualidade. Não foi necessário. No trajeto de ida vimos os primeiros policiais da Ruta 14 na divisa entre Corrientes e Entre Rios. Era perto das nove da manhã de um domingo e apenas começavam a colocar cones. Mais adiante, passando por Concórdia, fizemos um pit-stop no hotel Hathor que fica na estrada e era onde tínhamos reserva para a volta da viagem. Aqui tirei uma dúvida: os hotéis aceitam pagamento em dólares, dão troco na moeda local, mas para obter isenção de 21% do IVA é necessário pagar com cartão estrangeiro. Saímos desse hotel e apenas 3,4 km depois fomos parados por policiais que ficam na base móvel de um trailer sob a sombra de um viaduto. Que mancada a minha, já tinha feito 400 km em solo argentino dentro das regras e justamente após essa parada tinha saído com os faróis desligados. O dia estava muito claro e não me dei conta. Conferiram documentos, extintor e triângulos, e fui ao trailer para ser notificado. Gentilmente explicaram que poderia pagar ali mesmo com 50% de desconto ou depois em algum Banco Nación. Em nenhum momento fizeram menção de propina, e eu não deixei margem para isso. Informei que pagaria no banco. Pronto, liberado. O que me deixou cabreiro foi o valor da notificação, que poderia variar de 300 a 1000 UF, e no meu caso não sei por qual motivo colocaram 300. Li na internet que isso é assim mesmo e que UF significa unidade fixa e equivale à um litro de gasolina. E a notificação de faróis apagados é considerada grave, similar à avançar sinal vermelho. A multa portanto era equivalente à 1100 reais. Nitidamente um valor desproporcional e com fins arrecadatórios. Em Mendoza nos explicaram que essas multas são definidas e arrecadadas por província, são leis locais. E comentaram que as restrições aos argentinos são ao renovar a habilitação ou para revender carros. Cheguei a ler sobre relatos de abono de multa, mas tinha que ser solicitado por escrito em dia útil e em prazo de 10 dias na prefeitura local. Quando li isso já estava longe, com muita estrada pela frente, e na volta passaria 20 dias depois e num final de semana. Sem chance. Tive receio porque tinha que sair pro Chile e voltar para a Argentina. Dias depois fui numa agência desse Banco Nación para pagar. Me explicaram que ali eu não quitaria, faria um depósito do valor na conta indicada e levaria um comprovante. No entanto alegando que eu era estrangeiro não puderam proceder com o depósito, o sistema exigia uma identificação local. Conclusão, tentei pagar e não teve como. Continuamos a viagem e felizmente não disseram nada ao cruzar as fronteiras ida e volta para o Chile. Entrei por Mendoza sem problemas com uma notificação aberta e um vidro trincado. Na volta revisamos o plano para passar por Concórdia numa sexta em vez de sábado, assim se fosse necessário poderia ir à alguma repartição. Ressabiado, verifiquei que os bancos são de 8 às 13 horas, muito cedo pra quem ia percorrer 900 km. Decidimos fazer o trecho longo na quinta e viajar parte à noite. Passamos no ponto dos policiais às 23:30 e não havia ninguém, somente o trailer no mesmo lugar. Fica aqui o alerta: quando dirigir lá jamais esqueça de verificar os faróis. Deixamos a Argentina por Uruguaiana após esperar 30 minutos de fila dentro do carro. Devolvemos o visto de turismo e até breve. Cruzamos a ponte e no lado brasileiro ninguém perguntou qualquer coisa. Saudade do hotel ao lado dos parreirais no Valle Colchagua No Sul novamente vimos uma rodovia brasileira tratada com desleixo. A BR-290 que vai até Porto Alegre está com piso ruim. Eu poderia imaginar isso por conta das reportagens da crise do governo gaúcho e do Brasil todo. Mas depois de rodar pelos países vizinhos, que não são ricos, é estarrecedor ver a situação das coisas aqui e a incapacidade que temos de pleitear e fiscalizar melhoras. Ficamos um dia e meio em Porto Alegre e depois a estrada pelo litoral foi muito tranquila. Como é bonito passar na parte de serra que sobe de Joinville até Curitiba. Antes de chegar em casa parei em Taubaté e levei o carro pra a revisão, pois estava perto do limite estipulado de 10 mil km e mais mil de margem. Antes de viajar tinha feito uma revisão também. O carro foi perfeito sem qualquer ressalva. Mesmo sendo leve o up! TSI não balança ao cruzar caminhões em sentido contrário. É um excelente modelo para uso rodoviário com dois à bordo. Costumo encerar o carro periodicamente, levei um kit para lavar o carro, e providenciei dois acessórios: uma capa para o capô, e um metro de tela anti-mosquito para proteger o radiador. Eu sabia que no interior da argentina usam variados tipos de tela na frente, não é bonito mas funciona, e realmente vi carros assim. Nenhum policial reparou nisso. Fixei a tela por fora da grade do para-choque amarrando com cadarços. Nessas regiões imensas com muitas áreas planas há muito mais do que mosquitos. São vespas, borboletas e um monte de pequenos pássaros que ficam no asfalto até os carros chegarem perto para sair voando. Chegamos a pegar um passarinho e por conta da tela ele não chegou no radiador. Também é comum perguntarem sobre os gastos. Em resumo, depois de cotar e separar o valor para os hotéis, nós consideramos a previsão de gastar 50 dólares por dia por pessoa com restaurantes para almoço e jantar e extras como comprar água, alfajores, sorvetes, farmácia, etc. Para o combustível consideramos o custo médio do Rio de Janeiro, similar ao do Rio Grande do Sul e um pouco acima dos valores de São Paulo. Na Argentina o custo da gasolina não é muito diferente, a não ser na região afastada da Patagônia que tem combustíveis subsidiados pelo governo, chegando a ter 22% de redução. No entanto os gastos com alimentação na Patagônia são um pouco mais altos. No planejamento consideramos fazer 15 km/l e previsão de rodar 10 mil km. Ao todo rodamos mais, 11 mil km, com média geral de 17 km/l. Planejamento é realmente um item muito importante para que uma viagem como esta seja um sucesso. Foram portanto 26 dias fora de casa. Particularmente considero que o ideal é viajar à dois, no conforto dos bancos dianteiros de um carro, sem carga máxima, conhecendo bons hotéis e restaurantes, e com uma boa poupança prévia. Penso nos bancos da frente de um carro como uma espécie de “primeira classe”, afinal os bancos reclinam bastante e o campo de visão é excelente. Não fizemos esta viagem de carro porque seria mais barato do que ir de avião, e talvez nem o seja. Por via aérea um casal ficaria menos dias fora de casa, gastando menos com hotéis, portanto compensando gastos dessa forma. No retorno do nosso percurso vimos um casal que viajava num SUV grande levando quatro crianças que pareciam ter todas abaixo de cinco anos. Em cinco minutos de conversa no saguão do hotel um dos pimpolhos já havia batido a cabeça com força num mármore, enquanto o pai seguia preocupado em conversar comigo e anotar dicas de estradas. Sinceramente, eu acredito que viagens de carro realmente muito longas são coisas para adultos, por diversos fatores. Primeiro porque crianças e mesmo adolescentes são mais sensíveis às variações de comida, de temperos, de temperatura, de humidade, etc. Segundo porque para eles é difícil compreender o desafio e a satisfação de realizar trajetos tão longos, terceiro porque cada faixa etária tem preferências próprias, e a criançada em geral quer parquinho, quer correr, gritar, bagunçar, rir, etc. Ficar inúmeros dias confinados no banco de trás de um carro não é a mesma coisa pra eles. Mas para os que realmente querem viajar com filhos eu recomendaria fazer diversas viagens menores pelo Brasil mesmo, e sempre com muita margem para replanejamento, trechos menores, etc. Pra nós fazer esta viagem de carro era o que queríamos fazer, e estávamos tão bem preparados que pra nós não foi tão cansativo como imaginei que poderia ser. Viajar é bom demais, recomendo! Todas as fotos reservadas por Pedro Mazza e Claudia Queiroz. Algumas delas usando tripé.
  19. Eae pessoal blza? Dessa vez vou fazer um relato rápido da nossa última aventura de carro, viajamos em 4 pessoas a bordo de um VW Up! Tsi com destino ao Chile via Paso San Francisco. Fizemos um caminho diferente incluindo o Paraguai, onde visitamos Cidade de Leste, Caacupé e Assunção, depois cruzamos para a Argentina pela fronteira entre José Falcon e Clorinda, de lá seguimos para Pres. Roque Saénz Peña, Termas de Río Hondo, Taffi del Valle, Cafayate, Fiambalá para atravessar a cordilheira pelo Paso San Francisco para chegar em Copiapó no Chile e continuar por La Serena, Viña del Mal, Valparaiso, Santiago, Mendoza como trajeto de volta em aberto, podendo voltar por Buenos Aires, Montevideo ou seguir direto por Córdoba até retornarmos para casa. Infelizmente tivemos contratempos durante a viagem e acabamos modificando bastante o roteiro, retornando antes para casa, mas imprevistos fazem parte da aventura e apesar de não cumprirmos o nosso maior objetivo que era cruzar o Paso San Francisco (por pouco) aproveitamos muito bem a viagem. RELATO da nossa viagem ao Atacama + Machu Picchu de carro Dia 01 - 02/01/2018 - De Curitiba a Cidade de Leste Saímos por volta das 08hs da manhã do dia 02 de Janeiro, tudo parecia tranquilo até entrarmos no contorno de Curitiba, onde pegamos um baita engarrafamento logo de cara, confesso que nessa hora deu vontade de voltar pra casa. Depois de mais de uma hora e meia consegui sair da rodovia e peguei um atalho, saindo na BR 277 sentido Ponta Grossa. A viagem a partir dai foi tranquila, pouco movimento, estrada boa, mas pedágios exorbitantes. Paramos para almoçar perto de Irati e chegamos em Foz do Iguaçu já no final da tarde, depois de pegar chuva em parte do caminho. Não entramos em Foz, seguimos direto para a ponte da amizade e paramos na aduana paraguaia para dar entrada na migração. Tinha um ônibus de viagem e acabamos entrando na fila exclusiva para o ônibus, mas logo fomos direcionados a outro guichê e nos atenderam rapidamente. O funcionário carimbou o passaporte e nos liberou, perguntei se era preciso registrar o veículo no sistema e ele disse que não, perguntei mais uma vez só para ter certeza e ele confirmou. Ficamos com receio de na hora de sair do Paraguai dar algum problema, mas conto os detalhes mais a frente. Já eram mais de 18hs, então Cidade de Leste estava bem vazia, rapidamente chegamos ao Hotel Piazza que reservei pelo booking, fica perto da Av Principal a menos de uma quadra da Monalisa e todo o comércio, apesar das instalações antigas valeu a pena pelo custo benefício. Deixamos as coisas no hotel e resolvemos voltar até Foz para jantar no supermercado Muffato perto do terminal de ônibus no centro. Depois da janta voltamos ao hotel em Cidade de Leste, que fora do horário comercial é bem tranquila, nem parece a mesma cidade. Roteiro Chegando em Foz do Iguaçu Ponte da amizade
  20. NOSSO RELATO DE DEZEMBRO/2017, DETALHADO E COM DICAS ECONÔMICAS CIDADES/LOCAIS: CHUY – LA CORONILLA - PUNTA DEL DIABLO – AGUAS DULCES – VALIZAS – CABO POLÔNIO – LA PEDRERA – LA PALOMA – COSTA BONITA – EL CARACOL – LAGUNA GARZON – ARENAS DE JOSÉ INACIO – JOSÉ INACIO – SANTA MÓNICA – EL CHORRO – LA BARRA – PUNTA DEL ESTE – PIRIÁPOLIS – PLAYA PARQUE DEL PLATA – ATLANTIDA – EL AGUILA – FORTIN DE SANTA ROSA – MONTEVIDEO - COLONIA DEL SACRAMENTO – FRAY BENTOS CHUÍ TROCA DE ÓLEO + FILTRO ÓLEO+ FILTRO AR DA KOMBI: em uma casa de óleo ao lado do posto Shell-Atlântica: R$ 144,00. ACESSÓRIOS CARRO: compramos pelas lojinhas da Av. Uruguay/Av. Brasil - 1 triângulo extra: R$ 31,00. - 1 cambão: R$ 30,00. SEGURO CARTA VERDE: é vendido no Chuí. Os preços são todos na mesma faixa – R$ 220,00/mês. Porém nessas corretoras só se consegue comprar seguro para no máximo 30 dias. Se for usar para um período maior, compensa comprar o SEGURO ANUAL numa cidade chamada SANTA VITÓRIA DO PALMAR, à 23 km do Chuí: R$ 435,00 na corretora DS CRED. Não precisa comprar com antecedência. O atendimento foi ótimo e rápido. INTERNET: compramos um chip da Entel no Chuí mesmo. Só precisamos do RG para fazer o cadastro do chip. Pacote de dados de 10 GB por 10 dias por apenas $U 260,00 (ou R$ 32,50). Internet impecável, rápida e com sinal forte. Funciona em 95% da costa. CÂMBIO: fomos trocando pelo caminho à medida que precisamos. Sempre na faixa de $U 8,00 - $U 7,50 para R$ 1,00. Não encontramos muita variação. PERNOITE CHUÍ: último posto de gasolina da RS-471 (Shell Atlântica), pois não queríamos cruzar a fronteira à noite. Lugar seguro, funciona 24 horas, há motorhomes estacionados, wi-fi grátis (senha dentro da lanchonete). Banho R$ 10,00 pp (banheiro top 3 dos mais nojentos de toda nossa viagem, mas melhor do que ficar sem). Lanchonete e loja de conveniência. Aceita Real e Pesos Uruguaios. ADUANA: pegamos uma fila no escritório para carimbar os passaportes. Apresentamos a Carta Verde e o Documento do Veículo. Se for somente com o RG tem que preencher um formulário e apresentar junto à identidade sempre que requisitado. Se o carro for de terceiro ou estiver alienado precisa de procuração. A vistoria do carro foi super tranquila, só deram uma olhadinha por dentro da Kombi, não tocaram em nada, não pediram para abrir o frigobar, nenhum alimento ficou retido. Um casal de alemães que conhecemos lá tiveram que jogar fora todos os alimentos frescos que tinham no carro. Evite levar frutas, verduras, frios, carnes e ovos crus. Se estiverem cozidos passam. COMBUSTÍVEL: a gasolina no Uruguai se chama NAFTA (as variações são as nossas aditivadas e podium). Se você pedir Gasolina podem confundir com Gas Oil e encher seu tanque com Diesel. Fique atento! O preço da NAFTA no Uruguai é desanimador, $U 45,00/litro (R$ 5,62/litro). ALIMENTOS: Faça uma boa compra antes de entrar no país. Abuse de produtos industrializados em geral, biscoitos, chocolate, produtos de higiene pessoal e até mesmo papel higiênico e água. ̶P̶o̶r̶ ̶m̶e̶n̶o̶s̶ ̶d̶e̶ ̶R̶$̶ ̶1̶0̶,̶0̶0̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶s̶ó̶ ̶e̶n̶c̶o̶n̶t̶r̶a̶ ̶a̶l̶f̶a̶c̶e̶.̶ Mesmo com a diferença cambial, o país é extremamente caro para nós brasileiros. É de assustar o preço dos alimentos, principalmente em Punta del Este, que é a cidade mais cara, dentro de um país caro. Deixe para comprar lá somente o essencial e em supermercado grandes, os pequenos te arrancam o couro. ATENÇÃO: checar aqui lista de alimentos que são proibidos na fronteira pela barreira sanitária. www.mgap.gub.uy/…/b…/informacciongeneral/productosprohibidos Se precisar comprar água, procure na embalagem a informação “BAJA EM SÓDIO”. A água é muito salobra, parece que alguém jogou uma colher de sal em um copo de água. CARTÃO DE CRÉDITO: não podemos passar muitas informações pois não foi o nosso caso, mas diversos estabelecimentos oferecem descontos de impostos para turistas que pagam no crédito. Vimos restaurantes que abatiam até 20% do valor para esses casos. CLIMA: VENTA MUITO O TEMPO TODO. Dias sem vento são raros. Essa época faz muito calor, mas quando o sol baixa o vento é gelado. Leve um casaco corta vento e algo para fixar o cabelo, de preferência aqueles tapa-orelhas que já são também uma faixinha de cabelo. Foi tanto vento no ouvido, somado a janela do carro sempre aberta na estrada (não temos AC), que desenvolvi uma sensibilidade no ouvido e passei por boas 2 semanas com dor. A noite a temperatura fica bem gostosa. O POVO URUGUAIO: isso é bem pessoal. Nós tivemos a melhor experiência possível. Ficamos apaixonados pelos Uruguaios. Um povo gentil, simpático, educado e, em nossa opinião, sua característica principal: fofura - talvez por ser um país predominantemente de gente idosa. Amamos como se expressam, de todas as formas: “feliz viaje”, “muy amable”, “muy hermoso” e a melhor “muy rico”. Diferente do Brasil, onde usamos a expressão “muito rico” mais relacionada à bens materiais, os uruguaios usam mais frequentemente para expressar sabor, diversidade e qualidades. Utilizam-se de bandeiras coloridas em pontos de ônibus, comércios, obras na estrada ou qualquer coisa que se deseje chamar a atenção, já que o país é bem “vazio”, no sentido de ocupação/espaço. ̶F̶i̶c̶a̶ ̶t̶u̶d̶o̶ ̶m̶u̶y̶ ̶h̶e̶r̶m̶o̶s̶o̶.̶ SEGURANÇA: para nós brasileiros parece surreal. Notamos que as pessoas largam os carros abertos para ir à praia. Alguns surfistas deixaram os vidros dos autos abertos com pranchas e roupas de borracha secando no interior enquanto surfavam. As bicicletas, ferramentas ou brinquedos dormem para o lado de fora das casas, sem muros ou barreiras. A criminalidade no Uruguai (com exceção das cidades grandes) é quase inexistente. RELATO CIDADES: 1º dia: La Coronilla - Fortaleza Santa Teresa A primeira coisa que você vai notar ao entrar no Uruguai, ̶d̶e̶p̶o̶i̶s̶ ̶d̶a̶ ̶f̶o̶f̶u̶r̶a̶ ̶d̶o̶s̶ ̶u̶r̶u̶g̶u̶a̶i̶o̶s̶, é que no meio da Ruta 9 há uma pista de pouso de avião em meio ao tráfego de autos. Isso mesmo, a pista simplesmente se alarga nos dois sentidos e as faixas pintadas tomam grandes proporções. ̶ ̶N̶o̶s̶ ̶s̶e̶n̶t̶i̶m̶o̶s̶ ̶n̶a̶q̶u̶e̶l̶a̶s̶ ̶f̶a̶s̶e̶s̶ ̶d̶o̶ ̶m̶u̶n̶d̶o̶ ̶g̶i̶g̶a̶n̶t̶e̶ ̶d̶o̶ ̶S̶u̶p̶e̶r̶ ̶M̶á̶r̶i̶o̶ ̶B̶r̶o̶s̶.̶ Ficamos bem curiosos para entender como funciona essa logística, passamos por ali umas 3x mas não vimos nada. Visitamos a Fortaleza Santa Teresa em La Coronilla (R$ 6,00 pp) e descobrimos que possuem um camping dentro do Parque Nacional Cerro Verde. $U 180,00 pp sem energia+água ou $U 200,00 pp com energia+água. Estadia mínima de 2 dias. O camping é enorme mesmo (se entrar a noite, como nós, terá problemas para encontrar as áreas de camping, pois a única iluminação são os faróis do carro). Também possuem cabanas próximas à praia e área para motorhomes. Como é um parque, você pode encontrar animais selvagens andando pelo camping. Nós encontramos um veado. À noite, sem querer, topamos com o fenômeno da bioluminescência no mar em La Coronilla. Achamos que havíamos dado sorte, e não procuramos mais nas outras noites, mas pelo que ouvimos é sempre assim por ali, então quando estiver por lá, procure, é lindo! 2º dia: Punta del Diablo – Aguas Dulces - Valizas – Cabo Polônio – La Pedrera - La Paloma Punta del Diablo tem uma vibe muito legal, muitos jovens, muitos cafés e lanchonetes, mas é uma cidade bem pequena. Não encontramos muito o que fazer por lá. Provamos as famosas empanadas ($U 60,00 cada) e como estava ventando muito e muito frio, seguimos viagem. Em Valizas já estávamos atrás dos leões marinhos e infelizmente topamos com um filhote morto na areia. Cabo Polônio National Park é uma área protegida e morada da maior colônia de leões marinhos do Uruguai. Custa em torno de $U 210,00 pp para entrar + $U 110,00 pelo estacionamento por 24 horas. Um caminhão 4x4 te leva em meio as dunas até o centro do vilarejo (tabela com horários de ida/volta na bilheteria. No verão, a cada duas horas mais ou menos). É proibido e impossível entrar de carro. Você pode passar a noite por lá, existem pousadas no vilarejo. Como iríamos continuar descendo a costa até a Argentina, e teríamos outras oportunidades de ver os leões marinhos, acabamos não entrando. Entre Cabo Polônio e La Paloma há um monte de nada assustador - mas um assustador gostoso. Rodamos por umas ruazinhas de terra tentando entrar nas praias. Encontramos algumas casas vazias, muitas vacas, poucos carros, mas nenhuma pessoa. Chegamos a abrir o portão de uma fazenda que dava acesso à uma praia (havia uma placa que nos deu a entender que podíamos entrar), dirigimos pelo gramado em meio as vacas, encontramos uma parte enorme de navio abandonado na areia, mas ninguém apareceu. ̶ ̶P̶a̶r̶e̶c̶e̶ ̶q̶u̶e̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶e̶s̶t̶á̶ ̶n̶u̶m̶ ̶c̶e̶n̶á̶r̶i̶o̶ ̶d̶e̶ ̶f̶i̶l̶m̶e̶ ̶p̶ó̶s̶-̶a̶p̶o̶c̶a̶l̶í̶p̶t̶i̶c̶o̶ ̶e̶ ̶t̶o̶d̶o̶ ̶m̶u̶n̶d̶o̶ ̶m̶o̶r̶r̶e̶u̶.̶ Dirigimos por horas sem encontrar nenhuma pessoa. O que acontece é que o Uruguai tem apenas 3,5 milhões de habitantes em todo o país. Fazendo uma breve comparação, apenas a cidade de São Paulo possui 12 milhões de habitantes. La Paloma já é uma cidade com um pouco mais de estrutura. Entre o Museu e o Porto da cidade há um grande estacionamento, onde passamos a noite na companhia de vários MHs, notamos um controle de placas pela manhã pelos funcionários do porto. Local tranquilo mas sem facilidades (água/energia/sanitários). Vimos 2 campings pela cidade, mas pareciam estar fechados. La Paloma tem praias lindíssimas, inclusive para Surf, como a praia Anaconda ̶(̶p̶r̶e̶f̶e̶r̶i̶m̶o̶s̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶s̶a̶b̶e̶r̶ ̶o̶ ̶p̶o̶r̶q̶u̶ê̶ ̶d̶o̶ ̶n̶o̶m̶e̶)̶.̶ 3º dia: Costa Bonita – El Caracol - Laguna Garzón – Arenas de José Inácio – Jose Inacio – Santa Mónica - El Chorro – La Barra – Punta del Este Seguimos por uma espécie de Rodovia Interpraias que ainda estava em obras, sendo asfaltada (vai ficar linda, o visual é de morrer!). Paramos no mirador da Laguna Garzon em Costa Bonita e a praia é simplesmente fora do sério. Areias claras e finas, a cor do mar verde clara e um braço da lagoa (?) por quilômetros cortando a areia da praia em paralelo. Inexplicável. E totalmente deserta. Tentamos mostrar nas fotos, mas fomos chicoteados pela areia fina, o vento estava muito forte. Mais a frente está a Puente Laguna Garzón, em formato de caracol. Essa parte da Laguna tem inúmeras escolinhas de esportes náuticos, como windsurf e kitesurf. Vontade não nos faltou, mas os valores eram muito salgados (no Brasil é bem mais em conta, mas lá realmente venta muito). Se decidir fazer algum curso, podem passar a noite no estacionamento da escolinha e usar as facilidades, pois são vários dias de curso. Continuando, chegamos em Arenas de José Ignacio e Farol de José Ignacio. A beleza da praia é espetacular, mas só para olhar. Como todas as praias que passamos daqui para cima da costa, com excessão de La Paloma, ventava muito. A água é muito gelada e tem um cheiro muito forte de algas, mas tudo isso não é suficiente para estragar a beleza do lugar. Nem sempre é possível utilizar guarda-sol nas praias do Uruguai, muitos utilizam uma lona quebra-vento lateral, e não tomam cerveja gelada, mas sim um chimarrão quentinho (Mate). Água quente para o Mate é vendida por todos os lados, até em casas, por algo em torno de $U 10,00. Sentindo Punta del Este ainda passamos por El Chorro e La Barra. A Bikini Beach parece ser uma praia bem badalada por jovens e a que fica mais cheia na região. Para chegar a Punta del Este é necessário atravessar a Puente Leonel Vieira, que é uma das atrações da cidade, nem tanto pela beleza, mais pelo seu formato em relevo. Em Punta del Este tínhamos 2 opções de camping: San Rafael, parecia bem legal mas muito caro por ser afastado das praias e do centro. O outro camping em Punta Ballena. Tão afastado quanto, mas mais barato. Tentamos o de Punta Ballena, mas o camping estava infestado de besouros (cascudos), inclusive nos banheiros. Acabamos indo embora e tivemos um trabalhão para tirar todos de dentro da Kombi no dia seguinte. Como estava escuro e não conseguimos limpar tudo na hora, tivemos que ficar em um hostel, o único da viagem. La Lomita del Chingolo, mais próximo ao centro e às praias. Para quem não liga para simplicidade, um achado em Punta del Este. U$ 30,00 dólares a diária para nós dois, por um quarto praticamente privativo (poque não tinha mais ninguém no quarto) e com banheiro. O local é bem simples, mas o café da manhã é bom e os donos são um casal bem legal, o que compensa toda a simplicidade. 4º dia: Punta del Este – Piriápolis Depois de rodar por toda cidade de Punta del Este, fomos para Punta Ballena assistir ao pôr do sol no morro, que dura das 19 hrs às 21 hrs mais ou menos. É um evento turístico na cidade, embora a grande maioria vá até o local para assistí-lo do lado de dentro da Casa Pueblo - um antigo casarão de verão de um arquiteto/artista local - que conta com um museu, uma galeria de arte, hotel e um restaurante chamado Las Terrazas. A entrada custa $U 240,00 pp (algo em torno de R$ 35,00). Acho que é possível visitar apenas o restaurante e consumir alguma coisa para poder assistir ao pôr do sol do lado de dentro. Uma curiosidade sobre o local é que há uma exposição em homenagem à Carlos Miguel, filho do artista e dono da casa, e também um dos 16 uruguaios sobreviventes do acidente do vôo 571 que caiu nos Andes, conhecido como “El Milagre de los Andes”. Demos até logo à famosa Punta del Este e seguimos descendo pela costa até a cidade de Piriápolis, onde encontramos um camping legal - Camping Piriápolis por $U 275,00 pp - com campo de futebol, mini academia e um dono bem simpático que ainda nos arrumou um galão para combustível extra, que usaríamos na região da Patagônia. A 2 quadras do camping ficamos felizes em encontrar, por um preço acessível, uma lavanderia de roupas, pois no Brasil sempre lavamos na mão nos campings. Pagamos $U 320,00 (R$55,00) por duas bacias grandes cheias de roupas, toalhas, roupa de cama, e fomos buscar 2 horas depois. Lavar roupa fora no Uruguai vale muito a pena. No Brasil esse tipo de serviço é muito caro. Pudemos esperar pelas roupas na praia enquanto experimentamos e aprovamos a famosa Patrícia, cerveja Uruguaia. O vento ainda deu uma trégua e pudemos curtir a tranquila praia de Piriápolis. 5º dia: Piriápolis – Playa Parque del Plata - Atlantida – El Águila - Fortin de Santa Rosa Seguimos viagem para a praia Parque del Plata. O lugar é de tirar o fôlego, não é à toa que foi cenário de um filme - El Viaje Hacia el Mar. Na entrada há uma floresta em meios as dunas de areia e para chegar até o mar, é preciso atravessar um braço de rio (lembra Guarda do Embaú em SC). O pessoal acaba curtindo a praia às margens do rio mesmo, porque a temperatura da água ali é menos fria do que no mar. Atlântida também tem umas praias bonitas, paramos em El Águila, uma casa em frente à praia em formato de águia. Apesar da má conservação, vale a visita e é grátis. Apesar de todas as praias paradisíacas, já estávamos os dois exaustos devido ao forte calor que vínhamos pegando à dias. Na costa Uruguaia e nas estradas quase não há árvores, então o calor não dá trégua. Descemos até um balneário de apenas uma rua, chamado Fortin de Santa Rosa, sentido ao camping La Ponderosa que buscamos no app Ioverlander, decididos a nem pesquisar preço, apenas tomar um banho e dormir. Os donos estavam na portaria e foram super simpáticos, inclusive trocaram alguns UYUs para gente, num câmbio justo, pois não tínhamos mais quase nada. Pagamos um ótimo preço pela diária $U 240,00 pp sem nem olhar as instalações do camping. Quando entramos, nem acreditamos. O camping ficava em frente à praia, tinha 3 piscinas e um mini mercadinho que vendia Patrícia. Tivemos um ótimo fim de dia, o camping estava cheio de uruguaios simpáticos e fofos. O dono do mercadinho, é um senhor de uns 70 anos, entusiasta de viagem com ótimo gosto musical. Já mochilou muito na vida e fez questão de nos mostrar todos os tipos de instalações do La Ponderosa. Eles possuem opção de cabanas para famílias (não espere nada sofisticado, é bem simples) e um hostel com quartos privativos, apenas banheiros e cozinhas são compartilhados. Também possui uma piscina aquecida dentro das instalações. Porém só abrem na altíssima temporada. 6º dia: Fortin de Santa Rosa A emoção foi tão grande e o cansaço era tanto, já vinhamos viajando a mais de 2 meses, que resolvemos ficar mais um dia e descansar. ̶E̶ ̶t̶o̶m̶a̶r̶ ̶m̶a̶i̶s̶ ̶P̶a̶t̶r̶í̶c̶i̶a̶.̶ 7º dia: Montevideo Montevideo, como toda cidade grande, não possui campings – estava tudo fechado pois era dia 24/Dez. Demos uma volta para conhecer a cidade e resolvemos procurar a casa do ex presidente Mujica, ̶O̶ ̶f̶o̶f̶o̶.̶ Pincelamos informações desencontradas na internet e pegamos direções muito erradas, até encontrarmos um relato na Internet indicando direções fora da cidade e no mesmo sentido do Camping Municipal. Dessa vez encontramos a escola agrícola, paramos em frente para tirar umas fotos. Havia uma barreira na rua à frente e uma guarita com um soldado nos observando. Uma caminhonete passou por nós, ficamos meio sem graça, então não demoramos muito e corremos para o mercado para comprar algo ̶u̶v̶a̶ ̶p̶a̶s̶s̶a̶ para a ceia de Natal. O Camping Municipal Punta Spinillo custa apenas $U 100 pp. Uma pechincha. Único ponto negativo – que pode ser também positivo – é que era muito afastado da cidade, no meio do nada. Tem uma área com churrasqueiras e banheiros, totalmente grátis, muitas famílias passam o dia comendo assado às margens do Rio da Prata. Também é possível pernoitar, mas chuveiros, apenas na parte paga. 8º dia: Montevideo – Colonia del Sacramento Não gostamos das fotos que tiramos em frente à escola agrícola às pressas. Como ficava à apenas 5 km do camping e bem em nosso caminho de saída, resolvemos passar por lá novamente, já que tudo na cidade estava fechado e não tínhamos nada para fazer. ̶ ̶M̶e̶n̶t̶i̶r̶a̶ ̶e̶u̶ ̶s̶o̶n̶h̶a̶v̶a̶ ̶c̶o̶n̶h̶e̶c̶e̶r̶ ̶o̶ ̶f̶o̶f̶o̶ ̶d̶o̶ ̶M̶u̶j̶i̶c̶a̶,̶ ̶m̶a̶s̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶q̶u̶e̶r̶i̶a̶ ̶i̶n̶c̶o̶m̶o̶d̶a̶r̶.̶ Assim que chegamos, passou a mesma caminhonete do dia anterior, entraram na escola agrícola e nos perguntaram o que queríamos. Totalmente sem graça, dissemos que só queríamos tirar uma foto da escola e que iríamos embora. O casal desceu da caminhonete e me disse que iam chamar o Pepe para tirar uma foto conosco. Dissemos que não queríamos incomodar, que era Natal, e que devia estar com a família. Nos disseram que ele estava apenas esquentando água para tomar um Mate e que era uma hora apropriada. O Gu correu para pegar a câmera e eu fiquei parada digerindo a informação ̶e̶n̶q̶u̶a̶n̶t̶o̶ ̶f̶a̶z̶i̶a̶ ̶f̶o̶r̶ç̶a̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶s̶e̶g̶u̶r̶a̶r̶ ̶o̶ ̶c̶h̶o̶r̶o̶ ̶e̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶p̶a̶g̶a̶r̶ ̶m̶i̶c̶o̶.̶ Ambos, Mujica e a senadora Lucía foram adoráveis. A casa muito simples, sem luxos, assim como suas vestes. Não consegui ver o fusca azul. Perguntei sobre Manuela, a cachorra tripé, ele disse que ela ainda vivia, mas que só dorme devido à idade, já com 19 anos. Nos despedimos e fui falar com a moça que chamou o Pepe para nós, não sei se era parente ou amiga, pus a mão no coração e agradeci. Ela me deu uma olhada tão maternal que eu nem soube como agradecer. Ficamos o resto do dia digerindo o que aconteceu e não conseguimos ver ou fazer mais nada na cidade. Aquilo tinha sido surreal. Seguimos viagem passando pelo litoral do Rio da Prata, entrando em muitos balneários. Encontramos um camping depois de Nueva Palmira (GPS: S 33°48.627’, W 58°25.601’) com ponto de energia, chuveiros e duchas totalmente grátis. O lugar também conta com campinhos de esportes, churrasqueiras e mercadinho com itens básicos. Um dos poucos lugares da costa que não pega sinal de telefone. Tomamos uma ducha fria, fizemos almoço e continuamos para Colonia del Sacramento. Chegamos em Colonia já a noite e cansados. Encontramos um gramado cheio de motorhomes estacionados perto do centro de informações turísticas, que acabou sendo a nossa morada por 2 dias, já que encontramos diversas duchas na orla da Playa Urbana. O gramado fica de frente para o Rio Uruguai e a noite podíamos ver as luzes da Argentina bem pequenininhas do outro lado. 9° dia: Colonia del Sacramento Logo deu para entender porque é conhecida como a Paraty Uruguaia. Colonia também foi colonizada pelos portugueses. As ruas e as construções foram preservadas para manter seu aspecto original. As casas coloridas com janelas e portas voltadas para a rua, os nomes das ruas instalados em azulejos na parte superior das paredes, as calles de pedras portuguesas e as luminárias coloniais de luz amarela, transformam um simples passeio pelo seu centro histórico em uma prazerosa viagem no tempo. Diferente das outras cidades uruguaias, Colonia é também bem arborizada e florida. Todo esse conjunto dá a cidade um ar romântico. É com certeza a cidade mais charmosa do Uruguai. Colonia tem muitos museus e toda uma estrutura turística para todos os gostos. Não resistimos e sentamos em um de seus inúmeros restaurantes para jantar e curtir o anoitecer. Se há uma cidade que vale a pena gastar um pouco mais, é essa. Uma das ruas mais preservadas é também ponto turístico da cidade. A Calle de los Suspiros, que conta com inúmeras lendas e versões interessantes para uma tentativa de explicar seu nome. A mais provável, é a de que a rua era um reduto de prostíbulos, onde os marinheiros portugueses e espanhóis que desembarcavam na cidade vinham atrás de diversão, causando suspiros. Porém o pessoal gosta de contar inúmeras outras histórias fantasiosas. 10º dia: Colonia del Sacramento – Fray Bentos Seguimos viagem até uma cidadezinha chamada Fray Bentos, onde encontramos um camping muy hermoso, às margens do Rio Uruguai. O Camping El Paraíso fica em Las Canas e custa $U 180 pp. O lugar é perfeito para quem precisa atravessar a fronteira para a Argentina por Gualeguaychu e não quer fazê-lo à noite. Tem lanchonete, mercadinho e até uma feirinha, o que é ótimo considerando que Fray Bentos fica no meio do nada. O pôr do sol em toda a costa do Rio Uruguai é um espetáculo de cores. Nos despedimos do Uruguai com um céu sensacional. Valeu Demais Uruguai !! Até logo !! No Facebook: kombimarylou
  21. Boa tarde amigos, venho relatar aqui a viagem de 29 dias que minha namorada e eu fizemos por 4 países. Depois de muito pesquisar aqui no site acabamos fazendo o seguinte roteiro: Santa Fé, Mendoza, Santiago, La Serena, Antofagasta, San Pedro de Atacama, Iquique, Arequipa, Cusco, Puno, Copacabana, La Paz, Potosí, Uyuni, General Guemes, Alegrete. Somos de Porto Alegre e fizemos a trip com um Gol 1.000, sem direção hidráulica mas com um ar condicionado que funciona perfeitamente, chamamos o auto de "El Tanque". No total foram 11.070 Km, 17 hoteis/hostels/pousadas, 4 países, uma infinidade de novos amigos. O custo total ficou por volta de 17 mil reais, 8.500 para cada, levamos 2.900 dólares em espécie. Dia 1 - Porto Alegre - Santa Fé Saímos de Poa dia 23/12/17 ás 6h da manhã, esse primeiro dia era um dos trechos mais longos da viagem, podem imaginar que quase não dormimos pois estávamos ansiosos para sair, foram alguns meses de planejamento e muitas dúvidas ainda pairavam pois não achei nenhum roteiro completamente igual ao que iríamos fazer. Malas no Tanque, check list feito e chimarrão na mão. Vamos lá!! O trajeto Poa até a fronteira muito tranquilo, a aduana estava vazia e foi muito rápido, mostramos passaportes, carta verde e segue o baile. Na Argentina que começaram algumas complicações, assim que entramos na Ruta 14 fomos parados pela polícia, uns sujeitos com roupas de milicianos nos pediram documentos e para ver o extintor de incêndio, então disseram que o mesmo estava vencido, na verdade ele venceria 31/12. Um dos sujeitos me levou para uma sala uns 200m do carro e outro ficou com minha namorada na porta do carro, lá dentro inventou mil histórias e tive que desembolsar depois de muito negociar, paguei 20 dólares. Ao longo desse trajeto fomos parados mais 5x, todas as vezes pediram as mesmas coisas e nenhum deles falou que o extintor estava vencido, nessas outras 5 paradas os policiais que nos pararam estavam com coletes verdes e nos pareceram mais "sérios" que aqueles primeiros que tinha roupas de militares e cara de malandro. Chegamos em santa fé já era noite e ficamos num hotel que havia reservado pelo booking, no outro dia sairíamos cedo novamente e o trajeto também era longo. Dia 2 - Santa Fé - Mendoza Acordamos cedo novamente e na recepção do hotel encontrei um casal de brasileiros que estavam sem dinheiro porque haviam pago tanta propina na estrada que não sobrou quase nada, então fiquei um pouco mais aliviado por ter sido extorquido apenas 1 vez, pois passei o caminho todo com raiva daqueles primeiros policiais. Saímos 7h com destino a Mendoza, lá ficaríamos 2 dias. Aqui algumas considerações: não tínhamos interesse em visitar vinícolas, pode parecer estranho pois a região é propícia, mas a verdade é que no RS acabamos visitando tantas na Serra que acaba que o processo é todo o mesmo; nas vinícolas os preços de vinhos são na maioria das vezes mais caros que no mercado da cidade e pq estaríamos dia 25/12 lá, feriado, então poucas estariam abertas. Nosso estilo de viagem é mais lado B e conhecer pessoas. Caminho cansativo, alguns pedágios, mas termina na Ruta 7, aí quase dorme no volante. A estrada toda duplicada e desemboca dentro de Mendoza. Chegamos estava anoitecendo, era noite de natal e estava absolutamente tudo fechado, então acabamos comendo num restaurante bem "pega turista" no centro da cidade, menu de natal que era caro e ruim, mas estávamos cansados mesmo, comemos e fomos dormir. Dia 3 - Mendoza Finalmente acordamos em um horário "digno" e fomos conhecer a cidade, praças e afins. Como estávamos quase sem Pesos e as casas de câmbio estavam fechadas, resolvi ir sacar dinheiro em um caixa eletrônico, sempre libero meu cartão (débito e crédito) no exterior, assim qualquer aperto consigo dinheiro, eis que a máquina engole meu cartão que "nunca mais voltou" (nessa parte imagina o Tim Maia cantando), fiquei apavorado, era o cartão que levamos com limite mais alto, que seria fundamental em qualquer imprevisto mecãnico, médico ou sei lá o que. Bom, passado a frustração e depois de 10 chutes na máquina fui cancelar o cartão e pensar em plano B. Lembramos que o NuBank vc consegue gerar boletos sempre que quiser, assim poderíamos gerar, pagar e liberar mais crédito sempre que precisasse. Resolvido o drama fomos finalmente passear, fomos nas 5 praças menores e no parque da cidade, parque General San MArtin tem inclusive um estádio de futebol no meio, muitas famílias fazendo assado e tentando diminuir o calor nas sombras do mesmo. Foi muito legal e nos divertimos conhecendo o gigante parque, apenas uma loja de conveniência estava aberta, então compramos vinho, água e alguns petiscos e curtimos o feriado. Nota: Numa viagem dessas abridor de garrafas sempre é útil.
  22. Olá galera mochileira, vou retribuir o aprendizado obtido aqui tentando passar um pouco do que foi essa trip e quem sabe também ajudar alguém. Fomos em 3 pessoas (eu, esposa e sobrinha) em um C3 Picasso 1.6. O carro, apesar de não ser 4x4, o que me fez falta (contarei mais adiante), se portou muito bem e tivemos pouquíssimos contratempos, fazendo uma boa média de 13,5 km/L. sempre na gasolina super ou 95. Falando em gasosa, os valores da gasolina nos postos foram na média: Brasil: entre R$ 3,90 e 4,30. Argentina: em torno de ARP 26,27 (R$ 3,67) Chile: em torno de CP 809,00 (R$ 4,30) Câmbio: Endereços: Corrientes/ARG: Av. 9 de Julio, 996 Calama/CHI: Calle Emilio Sotomayor, 2125 O dólar estava cerca de R$3,35 e o peso argentino R$0,20 em Puerto Iguazu e Ciudad del Est. Compramos apenas alguns pesos em Puerto Iguazu para almoçarmos e pagarmos os pedágios do caminho para Corrientes, onde já tinha selecionado uma agência de câmbio no centro da cidade. A decisão foi acertada, pois conseguimos melhores taxas e compramos peso argentino e dólar na seguinte cotação: Peso Argentino: ~R$ 0,14 ou ARP 7,15 por real. Dolar: R$ 3,245 ou USD 0,308 por real. O Peso chileno optamos por comprar em Calama, onde faríamos nosso primeiro pernoite. No centro de Calama, na praça da Igreja, tem uma boa casa de câmbio, com cotação superior a de San Pedro. Mas tive que trocar bastante dólar em San Pedro também, onde geralmente conseguíamos a cotação de CP 600,00 por dólar. Obs. Fizemos câmbio de reais apenas em Corrientes, trocando-os por dólares. A moeda estadunidense tem melhor aceitação e a troca de câmbio favorecia sempre. Documentos levados foram esses, sendo que apenas uma única vez nos solicitaram apenas a CRLV, nada mais. * RG * CNH * CRLV * Carta Verde * SOAPEX Agora um breve resumo: Dia 1. De Santos/SP até Foz do Iguaçu/PR Saímos por volta de 07h30 e chegamos quase 23h00 no hotel. Muitos pedágios, muito trânsito, vários acidentados no caminho, enfim, mais de 1000km em estradas brasileiras, sem novidade. Nos hospedamos sempre através do Booking.com e em Foz, ficamos no Salvatti Cataratas Hotel e pagamos R$135,00 o quarto triplo com café da manhã e garagem. Nenhuma maravilha, mas é bem localizado. Bom custo benefício. Dia 2. De Foz do Iguaçu/PR a Corrientes/ARG Saída: 09h00 Chegada: 20h00 A travessia foi bem demorada na fronteira argentina. Uma fila imensa de veículos que nos custou cerca de 1h30. Em Puerto Iguazu paramos para comprar chip de celular (Personal) para utilizarmos a internet, almoçarmos e fazermos um pouco de câmbio, o suficiente para chegarmos até corrientes. No caminho tem muitos bloqueios policiais, mas não fomos parados em nenhuma para solicitar documento, no máximo perguntavam para onde íamos e mandavam seguir adiante. Chegamos ao anoitecer em Corrientes e fomos direto para nossa hospedagem. Ficamos na Torre Costanera Norte. Recomendo fortemente. Fica em um edíficio com vista para o Rio Paraná, e é um apartamento muito agradável e confortável. Por não ser Hotel ou similar, não tem café da manhã, mas tem cozinha equipada. Pagamos 800 pesos no local. Dia 3. De Corrientes/ARG a Salta/ARG Saída: 08h00 Chegada: 20h00 Muito chão pela frente, realmente atravessar aquela reta de 500km é um chaco, com o perdão do trocadilho. Poucas cidades pelo caminho, alguns postos de gasolina, muitos insetos se espatifando na frente do veículo (uma capa é recomendável) e poucos veículos no caminho. No início do trajeto tivemos um pneu furado. E no meio do caminho, creio que no trecho esburacado após Monte Quemado, um dos pneus sofreu uma pancada e criou um galo, o que me obrigou a troca-lo mais adiante, visto que a malha de aço interna foi rompida. Foi difícil arrumar um local para almoçar, mas por volta de 14hs encontramos um local pitoresco, um pouco rústico, mas com boa comida e preço honesto. Não marquei o local, mas deve ficar próximo de Monte Quemado, logo na marginal de frente para pista e se chama Comedouro La Tranquera, vale a parada! Com muito cansaço e sono chegamos em Salta. Nos hospedamos novamente em um apartamento (Monoambiente Equipado e Calido). Com boa localização e certo conforto. Não possuía garagem, tivemos que estacionar em frente. Pagamos 820 pesos ao proprietário que nos aguardou no local. Dia 4. De Salta/ARG a Calama/CHI Saída: 08h30 Chegada: 23h00 Enfim atravessaríamos a cordilheira. Mas, não sabendo que teríamos tantas atrações no caminho, saímos com toda calma do mundo as 8h30. Um erro, já que o trajeto era longo, com muitos atrativos no caminho. Sugiro sair bem mais cedo. No caminho paramos para apreciar as costas de Purmamarca, as Salinas Grandes, Lhamas, cactos, mirantes de Jujuy em geral... Na fronteira chegamos por volta de 16h00, onde abastecemos, almoçamos alguns salgados da conveniência mesmo e fomos fazer os trâmites. Havia uma grande fila de veículos para entrar e outra maior ainda de pessoas dentro da aduana. Os policiais estavam meio estressadinhos, mas ajudavam a todos da melhor forma. Fomos apenas com RG e Documento do veículo. Por volta de 19h00 iniciamos a entrada no Chile. Achávamos que seria só descida...ledo engano...ainda havia muita subida pela frente. A dor de cabeça se fazia presente em todos, um pouco de tontura ao mínimo esforço e assim fomos subindo e subindo. O carro, carregado até o talo, não passava de 60km/h e em algumas subidas não passava dos 40km/h. As garrafas PET sendo amarrotadas como papel... e o sol que nos acompanhava começava a ir embora. E com o sol, vai-se o calor também. A temperatura começa a cair gradativamente de cerca de 17° as 17hs para cerca de 3° no ponto mais alto, a 4.820msnm, as 21h00. Daí em diante começou a descida, no breu total, nem podíamos ver as paisagens...mas enfim chegamos em San Pedro, porém nossa reserva era em Calama. Agora veja a situação: 10 da noite, sem almoçar e jantar, cabeça explodindo...procuramos hospedagem em San Pedro mesmo...mas nesse horário e nessa época do ano...nem a pau Juvenal....tivemos que seguir pista por mais 100km até Calama e procurar nosso abrigo previamente reservado. Em Calama ficamos em uma pousada meio estranha (Apartamentos Norte Grande), mas fomos bem atendidos. Possuía garagem pelo menos. Mas não oferecia café da manhã. Pagamos cerca de USD 35,00. Dia 5 – De Calama/CHI a Iquique/CHI Saída: 09h00 Chegada: 17h00 Como o trajeto nesse dia era mais curto, aproveitamos a manhã para ir ao Centro. Fizemos câmbio Dolar/Peso chileno na empresa AFEX, Calle Emilio Sotomayor 2125. Boa cotação, superior à de San Pedro. Compramos um chip de celular da Movistar. Fomos trocar o pneu danificado (calombo) em uma gomeria próxima ao Shopping, onde fomos depois almoçar antes de seguir viagem. De Calama à Iquique são dois caminhos, por deserto ou litoral. Então fomos conhecer a famosa Ruta 01 que nos levaria ao destino margeando a costa do Pacífico. Seguimos primeiramente até Tocopilla, uma pequena cidade litorânea onde acessamos a ruta 1. Realmente o caminho é sensacional. Uma pista simples espremida entre praias desertas, com suas areias pedregosas e cheias de conchas brancas trazidas pelo mar azul e serras de areia e pedra ao lado direito, muito altas e sem vegetação. Há diversos mirantes no trajeto e até mesmos as praias são acessíveis aos veículos. Vimos também diversas barracas de camping no caminho, parece ser comum acamparem na praia e passarem a noite com a família. Nada como termos segurança para tal hein? Após tantas praias desertas, ou quase, chegamos em Iquique, já nos deparando com trânsito intenso, porém organizado, com as praias cheias de jovens ouvindo música, praticando esportes ou passeando. A cidade não é muito grande, mas é bem cuidada, com bastante policiamento e comércio variado, para todos os gostos. Fizemos algumas compras em um hipermercado e fomos para o Hotel. Hotel Manuel Rodriguez Express, de excelente localização, a 1 quadra da praia, bem próxima da movimentada Praia de Cavancha. O hotel parece bem antigo, mas está em boas condições, com estacionamento externo em frente e café da manhã. Pagamos cerca de R$420,00 pelas duas diárias em quarto triplo. Dia 6. Iquique/CHI Dia de passear. Fomos conhecer a Plaza Arturo Prat, onde tem a Torre del Reloj e uma boa feira de artesanato. Muitos casarões antigos dão o tom de cidade antiga e preservada ao local. Passamos também frente ao Museu Corbeta Esmeralda, mas achamos meio pequeno e ninguém se interessou em entrar. Fica para a próxima rs. Fomos direto a praia caminhar um pouco pelo calçadão e conhecer o local. A noite fomos a pé até a praia próxima ao hotel, onde viramos o réveillon. Eles fazem, tal como nós, balsas com os fogos de artificio, e o foguetório durou cerca de 25 min, muito bonito por sinal. O que me chamou a atenção foi o costume local de soltar balões, geralmente pequenos e vermelhos, que iluminavam a noite vagando pelo céu. Imagina dezenas de balãozinhos vagando no céu da praia...realmente bacana. E bebida rolava no máximo um vinho ou espumante entre as famílias...nada de bêbado, gente vendendo cerveja, whisky e afins...tudo sendo festejado com alegria e segurança. Dia 7. Iquique/CHI a Toconao/CHI Saída: 09h00 Chegada: 18h00 Finalmente Atacama. Partimos em direção ao nosso grande objetivo, mas antes ainda paramos na cidade abandonada de Humberstone. Infelizmente estava fechada por ser dia 1, e assim tiramos apenas algumas fotos do lado externo. Vamos ter que voltar lá tb, parece ser muito interessante o local. Uma cidade abandonada no meio do deserto, com todas as casas, ruas e acessórios preservados. No caminho, antes de chegar a San Pedro, também já aproveitamos e conhecemos a Cordillera del Sal e Valle de La Muerte, o que já nos deu o gostinho do que teríamos pela frente. Locais sensacionais. A Cordillera tem um mirante bem amplo onde você pode descer até onde conseguir e tirar fotos realmente no meio das dunas e pedras. O Valle de La Muerte não fizemos o sandboard, apenas seguimos até o final da trilha, porém devido ao horário o vento estava forte demais, nos golpeando com areia e evitando que subíssemos até o mirante. Mas deu para ver o suficiente do local. Dali fomos direto para Toconao. O pequeno povoado de Toconao fica a cerca de 25 min de San Pedro ou 30km. Quando procurava quarto em San Pedro pelo Booking, encontrava pouca coisa devido a data, e o que encontrava estava caro demais ou eram apenas hostels com quarto e banheiro compartilhado, o que não serviria para uma família. Assim acabei pesquisando por algo nas proximidades e acabei por encontrar em Toconao exatamente o que eu procurava. A cidade fica perto de vários locais de visitação, possuía comércio próprio e até mesmo posto policial. Enfim, acabamos por selecionar o Hostal Altos del Lascar. Com quarto e banheiro privado, Wi-FI, cozinha coletiva, café da manhã e estacionamento. E ainda pudemos utilizar a máquina de lavar roupa e varal, o que nos foi muito útil. Até churrasqueira a disposição tinha. Por ali ficamos por 5 diárias pagando cerca de R$221,00 por dia ou US68,00 o quarto para até 4 pessoas (cama casal + beliche). Super recomendo! Dia 8 – Atacama Na parte da manhã fomos conhecer o centro de San Pedro e fazer câmbio na Calle Toconao, além de abastecer o veículo no escondido posto de San Pedro. Almoçamos em Toconao todos os dias no restaurante Chaxa I, boa comida, bom preço, bom atendimento e bem pertinho do Hostal. Geralmente comíamos os três com bebida por cerca de 10.000 pesos, cerca de R$50,00. Recomendo. A tarde fomos visitar as Lagunas Cejar, Piedra, Tebenquiche e Ojos del Salar. A estrada é por terra, mas dá para andar tranquilamente em boa velocidade. Lagunas Cejar e Piedra - A laguna Piedra estava meio seca e sem graça...já a laguna Cejar é bonita, mas creio que seja melhor para quem pretende entrar na água e ficar boiando ou apenas se refrescando. Pagamos cerca de R$75,00 por pessoa ou CP 15.000 p.p e não aproveitamos tanto. Há várias outras lagunas mais bonitas. Ojos del Salar – Muito legal de conhecer. Não mergulhamos também, mas é bem incomum e vale a pena conhecer. Laguna Tebenquiche – Uma laguna branca com muito sal em volta. Após o estacionamento há um trajeto bem comprido acompanhando a borda da laguna onde você pode tirar fotos. As montanhas espelhadas na laguna são formidáveis. Pagamos CP 3.000 p.p. Recomendo. Dia 9 – Atacama Hora de visitar as Lagunas Altiplânicas Miniques e Miscanti. Por sorte, Toconao está mais perto do que San Pedro e chegamos bem cedinho lá. Devido a altitude o frio vem com força, a cabeça dói, o carro sofre, mas chegamos e aproveitamos muito o lugar. Indescritível é o que podemos dizer das lagunas. O silêncio, a paisagem ao fundo e as lagunas em si, são de outro planeta. Pagamos CP 2000 p.p. Na descida esquecemos de ir visitar as Piedras Rojas...tão perto e perdemos esse passeio. Fica para a próxima também rs. Após as Lagunas fomos em direção a Toconao e no caminho, em Socaire, avistamos a estradinha que subiria para a Laguna Lejia. Entramos nela e começamos a subir uma estradinha bem ruim de terra e pedra...fomos até certo ponto apenas já que o carro não era 4x4 e o negócio estava piorando cada vez mais e não havia uma alma viva por perto...enfim, ficará para quando for fazer a subida do vulcão Lascar. Após isso fomos direto até a entrada que nos levaria à Laguna Chaxa, onde enfim pudemos ver e admirar os famosos Flamingos Chilenos. A Laguna fica à esquerda de quem está voltando para Toconao e leva uns bons quilômetros por estrada de terra, mas sem problemas. A laguna por si só já é muito bonita e fica ainda melhor com as dezenas de flamingos se alimentando por toda a laguna, bem pertinho de você as vezes. São animais lindos com certeza. Vale muito a visita. Pagamos cerca de CP 1500 p.p. Dia 10 – Atacama Nesse dia nos programamos para visitar Os Geisers del Tatio. Saímos as 4h30 e fomos em direção a San Pedro, onde pegamos a estrada que nos levaria até o ponto turístico. Nesse momento a temperatura estava em cerca de 14°, na altitude de Toconao (2400 msnm). E assim, após passar por San Pedro, fomos subindo e subindo...a estrada de terra batida começou a piorar conforme nos aproximávamos. E conforme subíamos a temperatura despencava. Se no início havia pouquíssimos carros subindo, de repente havia uma fila imensa de carros. Nosso carro de passeio, 1.6, naquela estrada cheia de costelas de vacas sofria e tínhamos que ir devagar enquanto a maioria de vans e caminhonetes passavam como se não houvesse amanhã. As costelas de vacas foram aumentando e chegou um momento em que parecia que andávamos sobre contínuas tartarugas (tachão) por diversos km. Até que, faltando poucos km, a uma altitude de mais de 4.000 msnm, com o termômetro anotando -8°, o câmbio do veículo simplesmente se desmanchou, travando em 4º marcha. Ou seja, tivemos que parar no cantinho, ligar o pisco alerta, colocar rapidamente os triângulos e torcer para ninguém passar por cima. Como não havia muito o que fazer, sem sinal de celular, e a galera passando correndo a caminho dos gêiseres, somente nos restou relaxar e esperar o sol nascer totalmente para aguardar o pessoal voltar e pedir auxílio. Cerca de 2 hrs depois começaram a aparecer alguns veículos retornando. A maioria sequer parava para perguntar e os que paravam geralmente tinham os veículos cheios de passageiros. Até que uma nobre alma argentina parou e nos ofereceu carona até San Pedro. Sr. Xavier e sua companheira foram simplesmente sensacionais. Somos muito agradecidos por ter conhecido esse Hermano. Ainda paramos em Machuca, porém ninguém conseguiu auxílio no local e tivemos que nos deslocar até San Pedro, onde fomos à oficina logo ali próximo da aduana. Depois de uma pequena espera de 5 hrs eles conseguiram uma camionete para fazer o resgate do veículo que passou o dia todo abandonado na estradinha de El Tatio. Com o carro na oficina, foi constatado que soltou uma peça do seletor de marcha...provavelmente soltou a alavanca do seletor ou o trambulador. Eles encaixaram, botaram uma abraçadeira para reforçar e pronto...voltou ao normal. Custo disso tudo: Resgate: CLP 90.000 Mão de Obra: CLP 20.000 Ou seja, saiu caro. Quase R$450,00 só pelo resgate. Ainda tentei locar uma camionete para fazer esse resgate, porém o aluguel sairia mais caro. Mas foi um susto, pois dependendo do defeito, por exemplo um defeito no disco ou platô, teria que ficar sem o veículo por uns 3 dias até chegar as peças de Calama. Demos sorte, a sorte de quem se arrisca! Nesse dia perdemos o dia inteiro resolvendo isso. Deu tempo apenas para correr até o centro de San Pedro e comprar um passeio para os Geisers para o dia seguinte. Conseguimos um valor bom, CLP 17.000 p.p . Dia 11 – Atacama Saímos as 4h30 de Toconao, dessa vez apenas para estacionar nosso guerreiro em São Pedro, no estacionamento municipal, onde a van da agência contratada já nos aguardava ao chegarmos. Após a van buscar a galera que nos acompanharia em seus hostels, colombianos e argentinos, partimos em direção, pela 3º vez, da estrada que nos levaria aos Geisers del Tatio. Dessa vez, a viagem foi tranquila, com uma van preparada para esse tipo de viagem. Chegamos com o céu começando a clarear, por volta de 6hs, com temperatura de -7° na portaria do parque. Pagamos mais CLP 10.000 p.p pela entrada e depois a van nos leva até o primeiro estacionamento, a partir de onde inicia-se o tour. O guia chama-se Celso, muito competente e paciente com todos. Recomendo. Apesar do frio de gelar a alma, o passeio é gostoso e interessante. Tem muita gente no local, atrapalha um pouco as fotos, mas com paciência consegue-se bons clicks. E realmente é incrível aquele espetáculo da natureza...surreal demais! O Segundo ponto é onde encontramos menos geisers, porém mais fortes e altos. Além disso tem a piscina de água termal, com vestiários e tudo mais. Não entramos, apenas observamos os gringos fazendo a festa. Devia estar muito bom...lá dentro. No estacionamento desse segundo ponto, o guia oferece o desayuno, com suco, pães, bolo, chá, ovos mexidos, geleia, etc. Muito bom o café da manhã sob o sol nascente do deserto, com gaivotas andinas passeando entre nós e a visão das montanhas e geisers...realmente incrível. Depois disso iniciamos o retorno. Durante o retorno ainda tem alguns pontos de exploração. Nesse caso, o primeiro foi a cidadela de Machuca, com algumas construções antigas e uma cantina, onde vende-se café, chá, empanadas, etc. Do lado de fora tem o churrasquinho de lhamo, por CLP 3.000. Muita fila para experimentar a iguaria, mas provamos e aprovamos. O próximo ponto foi ao lado da estrada, em alguns pontos há pequenos alagados beirando morros pedregosos, com muita vegetação rasteira e vários flamingos ou lhamas se alimentando. Em um ponto ainda tem um mirante com vista para um tipo de canyon profundo e que vai margeando a estrada por um trecho. Muito bonito tb. O último ponto do passeio é a parada em Guatin, no Vale dos Cactus. Fazemos a exploração dando a volta, seguindo o curso de um pequeno riacho. Local muito pitoresco, com cactos de até 10 metros e talvez centenas de anos de vida. Enfim, por volta de 13hs a van nos deixou no estacionamento de San Pedro. Se o perrengue do dia anterior nos trouxe prejuízo, ao menos fazendo o tour com a agência pudemos visitar outros pontos além dos geisers, que talvez, sozinhos, não encontraríamos. Voltamos correndo para Toconao para almoçar e descansar. A tarde teria mais Por volta de 17h00 partimos em direção ao Valle de La Luna. O primeiro passeio é nas Cavernas de Sal. As cavernas são legais por serem no deserto e tem uma vista de cima, mas em matéria de cavernas estamos bem servidos e essa não nos impressionou. Depois das cavernas, todos seguem direto para o estacionamento do Valle para assistir o famoso pôr do sol. O local realmente é muito show e o pôr do sol bonito. Tem gente pra c... mas deu pra pegar um lugarzinho na beira da morro com vista para as dunas e assistir esse gran finale. Dia 12 – De Toconao/CHI a Salta/ARG Saída: 09h00 Chegada: 20h00. Dia triste, dia de partida. Deixamos o acolhedor Hostel Altos del Lascar e fomos para San Pedro abastecer e pegar a estrada rumo a fronteira. Dessa vez, já que estava noite em nossa chegada, pudemos contemplar o Vulcão Licancabur nos acompanhando durante boa parte da subida da cordilheira. Haja espaço em disco para tanto foto, mas ele merece. E sempre que podíamos parávamos em algum ponto interessante, seja pequenas lagunas, lhamas no caminho, guanacos, etc. Ainda pensamos virar em Hito Cajon e ir visitar as Lagunas Branca e verde, porém, após pesquisar bem, pensamos ser arriscado demais ir em carro de passeio. Até agora não sei se é tão problemático assim. Seguimos em frente, dando adeus ao Chile, com uma até que rápida migração em Paso Jama. Na Argentina, paramos novamente no mirador de Jujuy, dessa vez apenas para comprar alguns souviniers. Também paramos em Purmamarca atrás de mais presentes e fazer um lanchinho. O local é bem interessante e vale uma visita mais duradoura, talvez até uma hospedagem no local. Chegamos em Salta já no ínicio da noite, depois de trocentas paradas durante o retorno. Nos hospedamos no Hotel Guemes. Bem ruim. Pagamos cerca de ARP 980.00. O prédio é muito antigo, então é como entrar em um túnel do tempo. Tudo é muito velho, com cara e cheiro de coisa velha. O café da manhã foi um pão duro com geléia e água, porque havia apenas chá, o que não tomávamos. Enfim, serviu para tomar banho e descansar. O ponto positivo é a localização, a poucos metros da praça 9 de julho. A noite, por ser sábado, pudemos ver como é movimentada e bonita a cidade de Salta. Muitos artistas de rua trabalhando e divertindo os turistas e o comércio bem diversificado. Passeamos, jantamos e fomos dormir, pois o dia seguinte seria longo através do chaco. Dia 13 – De Salta/ARG a Resistência/ARG Saída: 09h00 Chegada: 17h00 Apenas um dia de deslocamento, sem muitas novidades no caminho. Nesse dia pela primeira vez um policial nos parou e pediu documento do veículo. Apenas conferiu e mandou seguir, sem maiores problemas. Não solicitou a CNH e muito menos a Carta Verde. Chegamos ainda de dia no Hotel Diamante, em excelente localização. O custo foi de + - ARP 1100.00 e o problema foi pagar. Havia sobrado apenas dólares e eles não aceitavam. Mas apesar de ser domingo, com todas as casas de câmbio fechadas, tivemos a sorte de ter um Cassino bem perto e que fazia esse câmbio. Corremos até lá e trocamos dólar x peso em boa cotação e assim pudemos pagar o hotel. Acho que o nome do Cassino é Atrium. Para jantar busquei algumas pizzas ali perto, por ARP 350. Tem bastante comércio por perto e o hotel não é antigo, com um bom café da manhã. Recomendo! Dia 14 – De Resistência/ARG a Foz do Iguaçu/PR Saída: 09h00 Chegada: 17h00. Dia de dar adeus aos Hermanos argentinos e voltar para essa doida terra. Mais um dia tranquilo de estrada, sem muito movimento. Assim como na saída, não havia ninguém na aduana brasileira, apenas passamos... Nos hospedamos no Hotel Blue Star II. Hotel bom, limpo, com estacionamento descoberto e café da manhã padrão Brasil, com tudo que tem direito J Pagamos R$160,00 pelo quarto triplo. Recomendo. Dia 15 – Foz do Iguaçu/PR a Cascavel/PR Saída: 09h00 Chegada: 21h00 Dia de aproveitar a passagem por Foz e fazer os passeios clássicos: gastar dólares no Paraguai e visitar as Cataratas do Iguaçu. Depois de uma fila imensa para entrar em Ciudad del Est, conseguimos estacionar no shopping que existe logo na entrada, do lado esquerdo de quem ta chegando lá. Uns 40 min para fazer o retorno e estacionar lá, mas pelo menos você já fica na boca pra pegar a ponta quando for sair. Fizemos nossas comprinhas e fomos embora em direção ao Parque Iguaçu. Um bonito passeio também a ser feito. É tudo muito bem organizado e caro tb. Depois de tanto deserto, areia e umidade quase zero, agora foi o contrário: muita água, chuvisco, umidade altíssima, calor e floresta pra todo lado. Saímos de lá já quase 17h00 e para não dirigir muito tempo a noite, fomos até Cascavel. No caminho paramos para jantar no _____ . Surpreendeu a qualidade e o preço. Pagamos R$60,00 para um banquete (arroz, feijão preto, farofa, bife, fritas, ovo frito, macarrão, salada com tomate, suco de laranja e refrigerante). Depois de tanto lanche ou Pollo com papas...matamos a vontade da comida brasileira ali. Procurando hotel pelo celular, encontramos o Hotel Jóia. Era o melhor custo benefício que havia no momento, mas também não decepcionou. Um quarto bom, com estacionamento coberto, e ótimo café da manhã. Pagamos R$152,00 o quarto triplo. Dia 16 – Cascavel/PR a Santos/SP Saída: 10h00 Chegada: 23h00 Sem novidades. Muito trânsito, muito idiota fazendo cagada no trânsito, acidentados pelo caminho, dezenas de radares e pedágios caríssimos, postos policiais vazios, enfim, estávamos em casa novamente JJ Trajetos: Data Origem KM Tempo Destino 26/dez Dia 1 Santos/SP 1053 14h2 Foz de Iguaçu/PR 27/dez Dia 2 Foz de Iguaçu/PR 622 7h39 Corrientes/ARG 28/dez Dia 3 Corrientes/ARG 836 9h58 Salta/ARG 29/dez Dia 4 Salta/ARG 700 8h38 Calama/CHI 30/dez Dia 5 Calama/CHI 388 4h32 Iquique/CHI 31/dez Dia 6 Iquique/CHI 1/jan Dia 7 Iquique/CHI 524 5h57 Toconao/CHI 2/jan Dia 8 Atacama 3/jan Dia 9 Atacama 4/jan Dia 10 Atacama 5/jan Dia 11 Atacama 6/jan Dia 12 Toconao/CHI 554 7h27 Salta 7/jan Dia 13 Salta 821 10h16 Resistência/ARG 8/jan Dia 14 Resistência/ARG 642 8h20 Foz de Iguaçu/PR 9/jan Dia 15 Ciudad del Est/PGY e Cataratas De Iguaçu 9/jan Dia 15 Foz de Iguaçu/PR 139 1h53 Cascavel/PR 10/jan Dia 16 Cascavel/PR 916 12h7 Santos/SP Distância Percorrida: 8.333 km – Média 13km/L Hotel para 3 pessoas Combustivel: Nafta Super – 95 Data Hotel Combustivel Pedágios Alimentação Passeios Outros 26/dez R$135,00 R$380,00 R$121,30 R$64,90 R$8,00 R$709,20 27/dez R$111,89 R$167,83 R$8,39 R$84,00 R$32,00 R$404,11 28/dez R$111,89 R$177,62 R$6,29 R$48,95 R$55,63 R$400,39 29/dez R$113,58 R$139,86 R$0,70 R$25,17 R$279,31 30/dez R$210,15 R$159,61 R$5,32 R$216,56 R$259,47 R$851,11 31/dez R$210,15 R$70,49 R$175,57 R$456,21 01/jan R$221,29 R$138,33 R$8,25 R$82,41 R$47,88 R$498,16 02/jan R$221,29 R$154,29 R$111,83 R$271,33 R$21,28 R$780,03 03/jan R$221,29 R$112,79 R$119,44 R$87,78 R$90,44 R$631,75 04/jan R$221,29 R$114,39 R$591,62 R$927,29 05/jan R$221,29 R$39,10 R$446,90 R$10,64 R$717,94 06/jan R$136,36 R$148,97 R$53,85 R$111,89 R$451,07 07/jan R$125,87 R$194,41 R$4,90 R$67,83 R$393,01 08/jan R$160,00 R$251,75 R$10,49 R$50,69 R$19,30 R$492,23 09/jan R$152,00 R$100,00 R$27,00 R$107,77 R$159,80 R$546,57 10/jan R$250,00 R$94,70 R$39,00 R$30,00 R$413,70 R$2.573,34 R$2.375,45 R$287,34 R$1.296,39 R$1.013,71 R$1.405,84 R$8.952,06 Agradecemos aos administradores desse site por manter um fórum tão útil. Agora é planejar a próxima trip, provavelmente por Bolívia e Peru, ou talvez, quem sabe, dar uma passadinha também no Atacama para fazer os passeios que faltaram (Tour Astronômico, Vulcão Lascar, Piedras Rojas, Baltinache, Humberstone). Um abraço a todos ! André e Joyce
  23. Oi pessoal! Esse é meu primeiro relato de viagem. Fui, junto com meu namorado e meus pais para a Patagônia Argentina, em Dezembro/2015. Somos de Foz do Iguaçu/PR e fizemos o percurso todo de carro. Saldo da viagem: aproximadamente 11 mil kms rodados e muita coisa para contar! Espero que o relato seja completo e possa ajudar quem está pensando em fazer o mesmo percurso!Vi que a maioria dos relatos da região estão um pouco desatualizados, então tomara que este ajude! Esse foi nosso roteiro: 19/12 1º dia - de PUERTO IGUAZÚ a PERGAMINO: 1292KM 20/12 2º dia - de PERGAMINO a PUERTO MADRYN: 1298KM 21/12 3º dia - de PUERTO MADRYN a RIO GALLEGOS: 1.218 KM 22/12 4ª dia - de RIO GALLEGOS a USHUAIA: 569 KM 23/12 5º dia - USHUAIA 24/12 6º dia - USHUAIA 25/12 7º dia - USHUAIA 26/12 8º dia - USHUAIA 27/12 9º dia - USHUAIA 28/12 10º dia - de USHUAIA a EL CALAFATE: 867km 29/12 11º dia - EL CALAFATE 30/12 12º dia - EL CALAFATE 31/12 13º dia - EL CALAFATE 01/01 14º dia - EL CALAFATE 02/01 15º dia - DE EL CALAFATE A EL CHALTÉN: 214 KM 03/01 16º dia - EL CHALTÉN 04/01 17º dia - de EL CHALTÉN a COMODORO RIVADAVIA 967 KM 05/01 18º dia - de COMODORO RIVADVIA a CORONEL PRINGLES 1.093 KM 06/01 19º dia - de CORONEL PRINGLES a CONCORDIA 07/01 20º dia - de CONCORDIA A PUERTO IGUAZU ASSUNTOS IMPORTANTES: DINHEIRO: Conseguimos uma ótima cotação, pois moramos na fronteira. Pegamos o peso a 0,25 centavos, ou 4x1. Eu consegui pegar uma parte até por 0,23 centavos com uma amiga que trabalha no turismo aqui na cidade. Mas lembrando, provavelmente só pegamos esse valor pois moramos na fronteira! Então levei todo meu dinheiro em peso, totalizando 23.000 pesos (+- 5.000 reais, para tudo: transporte, hospedagem, alimentação e passeios). Meu namorado levou a mesma quantia, e meus pais levaram 40.000 pesos (para os dois) e mais mil reais em caso de emergência. Em relação à valores, é aquela coisa. Sua viagem pode custar muito pouco, ou muito, depende do seu perfil. Nós, eu classifico como mochileiros semi chiques, hahaha, pois queríamos uma viagem econômica mas sem perder conforto. No hostel em Ushuaia, por exemplo, preferimos gastar um pouco mais e pegar um quarto privado do que ficar nos dorms. Em Calafate e Chalten alugamos cabanãs, o que valeu muito a pena, pois tinham cozinha completa e cozinhamos praticamente todas as noites para economizar. Mas já adianto aos colegas, é um destino CARO. Sair jantar toda noite? Sem chance, só se você tive ostentando mesmo! TRANSPORTE: Como mencionado, fomos de carro. Moramos em Foz do Iguaçu/PR, e todo o percurso da viagem foi feito pela Argentina (menos o trecho que tivemos que fazer pelo Chile para chegar em Ushuaia). Entramos por Puerto Iguazu e fomos embora, haha! Para quem tiver vontade de fazer a viagem de carro, eu digo: VÁ! As estradas na argentina são muito boas, geralmente vazias e a viagem rende muito. Pegamos trechos de retas longas (incluindo um trecho de 32km em linha RETA, sem ondulações, curvas ou qq outra coisa). Gasolina: O valor da gasolina varia de acordo com a província, mas observamos o seguinte padrão: até a província de Buenos Aires (província, não a cidade), o valor da SUPER, que equivale à nossa aditivada era em média de 15 pesos, ou seja, parecido com o valor da gasolina comum aqui no Brasil. Quando saímos da província de Buenos Aires, e entramos na região da Patagônia, o preço da gasolina caiu drasticamente. Vimos várias bombas de exploração de petróleo, o que deve explicar. Dali para a frente, até Ushauaia, a gasolina INFINIA, que equivale à Podium no Brasil, custava em média 10, 11 pesos o litro (MUITO barato!). Pedágios: pegamos alguns pedágios, sendo que o mais caro custava 24 pesos. Não acredito que gastamos mais que 400 pesos em pedágio. HOSPEDAGEM: aqui vão as principais hospedagens. Não coloquei os hotéis dos pernoites da volta pois não tinha nada reservado, e esqueci os nomes, hahaha. Nas cidades do trajeto, ficamos em hotéis ou apart-hoteis. Em Ushuaia ficamos em um hostel, mas em quartos privados. Em El Calafate e El Chalten, alugamos cabañas. Seguem as hospedagens e o que achei delas: PERGAMINO: Helen's Guest House(http://helensguesthouse.com.ar/). Eles se intitulam um hotel boutique. E é mesmo! Os quartos são espaçosos e o café da manhã bem servido para os padrões argentinos. Pagamos 800 pesos na diária por casal. Não é um hotel barato, mas nesse dia prezei pelo conforto, pois trabalhamos na sexta-feira (18) até tarde, e a viagem no dia 19 seria puxada, então queríamos dormir bem. No fim das contas, isso foi providencial e depois eu explico o porque, haha! PUERTO MADRYN: Coral de Madryn (http://www.booking.com/hotel/ar/coral-de-madryn.html). Reservei pelo booking, e foi tudo certo. Quando chegamos na cidade ligamos para a proprietária, e ela nos encontrou lá para entregar a chave. Quando reservei, o valor da hospedagem seria 1000 pesos (para 4 pessoas). Contudo, na quinta-feira antes da gente viajar, o presidente da Argentina extinguiu o câmbio paralelo do dólar, subindo o preço da hospedagem para 1300 pesos. Ainda assim, gostamos do apartamento. Muito limpo e bem equipado. RIO GALLEGOS: Apart Hotel Austral (http://www.apartaustral.com/). Esse foi meio decepcionante. Reservei pelo booking também, e a recepção foi ótima. O valor da hospedagem para os 4 foi 1300 pesos. O que me chateou é que eles anunciam que tem cozinha, mas na verdade existe apenas um microondas e um frigobar. Não tem travessa, panela, nada. As camas eram bem estreitinhas, mas o chuveiro era bom! USHUAIA: Los Cormoranes Hostel (http://www.loscormoranes.com/). Achei pela internet e reservei direto com eles. Adoramos! Não sei como são os dorms, mas os quartos privados eram bem bons. A cama gostosa, chuveiro bom e não eram minúsculos. O mais legal era que tinha piso aquecido, então você não morria de frio quando saía do banho! O valor da diária para o quarto privado foi de 900 pesos, pois tínhamos desconto da carteirinha de mochileiro. Acho que o normal era 1075 pesos, se não me engano. O hostel tem uma vibe bem legal, com gente do mundo todo. A cozinha comunitária é meio bagunçada, o pessoal que estava lá na mesma época que a gente não era muito ligado em organização, mas no geral foi bem tranquilo. Fizemos janta praticamente todas as noites (incluindo "ceia" de natal) e foi bem susse. O pessoal da recepção era bem legal, especialmente o Lucas, que ficava no período da noite. Recomendo! EL CALAFATE: Cabañas El Amanecer (http://booking.com/64bdc09d8fe7b). Reservei pelo booking, tudo certinho. As cabanas são ótimas, dois quartos (um com cama de casal e outro com dois beliches = 6 pessoas), cozinha, sala, wi-fi, banheiro, enfim, pacote completo. Não lembro o valor da diária, mas ficou algo em torno de 1.000 pesos, ou seja, 250 pesos por pessoa. Curti! Se você vai em uma galera, compensa muito pegar essas cabañas, pelo conforto e privacidade. Único ponto ruim: embora fique na Av. San Martin, é razoavelmente longe do centro. Para nós que estávamos de carro foi tranquilo, mas para quem estiver a pé pode complicar! EL CHALTEN: Cabañas Anita's House (http://www.anitashouse.com.ar). Reservei direto com a proprietária. Acho que foi nossa acomodação preferida. As cabanas são muito lindinhas, super confortáveis e equipadas. O preço achei meio salgado, 2.400 pesos a diária para a cabana que acomoda 6 pessoas. Eles tem uma que acomoda 3 pessoas que é mais barata, mas dai não daria certo para nós. Pelo que vi na época, o preço de todas as hospedagens em el chalten é alto, então não foi algo tão absurdo. Sem contar que chegar em "casa" depois do trekking e descansar com conforto foi maravilhoso, hahah!
  24. [ESCLARECIMENTO] Este guia contém experiência acumulada em quase 5 anos viajando de Kombi pelo Brasil e América do Sul. Apesar de não ser um carro (porque é muito pouco para descrevê-la e sim uma KOMBI) se encaixa perfeitamente como fonte de informações. NOSSO OBJETIVO É APENAS DE DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÃO, SOMOS UM GRUPO INDEPENDENTE QUE NÃO VISA LUCRO EM NENHUMA DE SUAS ATIVIDADES. ADMIN: CASO ESTEJA DESRESPEITANDO ALGUMA REGRA, FAVOR BUSCAR DIALOGAR ANTES DE DELETAR O TÓPICO. É com muita alegria, humildade e empolgação que o DiFériasNaCombi está liberando esta querida, linda e bela criação ^^ Feita com muito amor, ternura e dedicação, para incentivar todos aqueles que tem este sonho e desejam buscá-lo, todos aqueles que não desistem, que enfrentam as adversidades e seguem indo atrás daquilo que acreditam de verdade, do fundo de suas essências. Este GUIA contém toda nossa experiência adquirida em cinco anos de lida Kombilística, rodando muitos quilômetros, passando por muitos lugares e compartilhando infinitas experiências com muitas pessoas. Conhecemos muitos grupos que viajam ou moram em Kombis, mas nenhum que faça isto com 9 tripulantes (lotação máxima). O que mais fizemos foi aprender, experimentar a bela e incrível vida e então aprender com ela. Já pensaram em poder conhecer mais de 13 estados Brasileiros (RS, SC, PR, MS, MT, GO, DF, TO, BA, ES, MG, RJ e SP), mais de 6 países da América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e Chile) e gastar o mínimo possível? Já estivemos em todas as Chapadas Brasileiras, Pantanal e diversos outros lugares. Assim como Salar do Uyuni e Deserto do Atacama. Afinal, QUEM NÃO QUER EMBARCAR EM UMA VIAGEM COM OS AMIGOS E CONHECER O MUNDO ?!?!?! RODANDO EM UMA KOMBI ENTÃO ?!?!?! GASTANDO MENOS DE R$900,00 EM 30 DIAS ?!?!?! Se alguém deseja começar uma aventura assim, fica aqui nossa humilde contribuição para ajudar e incentivar a busca por esta incrível experiência. FAÇA aquilo que ACREDITA e ACREDITE naquilo que FIZER!! Link para acessar o GUIA: https://drive.google.com/open?id=0B8yjSVOhAOUWQnJCSEJMd3FSZ1U Link com o relato da primeira expedição: viagem-de-kombi-pelo-brasil-7500-km-do-rs-a-ba-t93182.html ABAIXO SEGUE O CONTEÚDO DO GUIA TRANSCRITO NA ÍNTEGRA (APENAS NÃO POSSUI AS FORMATAÇÕES E IMAGENS) --| GUIA |-- COMO VIAJAR DE KOMBI COM 9 PESSOAS, PELO BRASIL E AMÉRICA DO SUL, GASTANTO O MÍNIMO. Viajar está entre os maiores desejos e aspirações das pessoas hoje em dia, e em grande parte deve-se a farta transformação pessoal que ocorre através da vivência de experiências e realidades distintas extremamente enriquecedoras, esta, que vem sendo cada vez mais divulgada e vivida por aqueles que se dão ao “luxo” de experimentar modelos alternativos e fora do padrão elitizado de viajar da indústria do turismo. Um destes movimentos, por exemplo, é o dos “mochileirxs”. Ocorre que existem outras maneiras alternativas tanto práticas quanto e de baixo custo também. SIMMMM ^^ Um dos objetivos do DiFériasNaCombi, além de ajudar a estimular você, que sonha em viajar de Kombi, mostrando que este sonho pode sim ser realizado e só vai depender da sua fé e força de vontade para fazer isto acontecer! DE VERDADE É derrubar os paradigmas e modelos de turismo criados por esta indústria. Viajar não é coisa de rico, conhecer diferentes lugares não é oportunidade apenas de gente abonada, viver experiências enriquecedoras e transformadoras não é privilégio de “filhinhx de papai/mamãe”. Agora “turistar” de fato é, viajar de avião, ficar em hotéis/resorts, comer em restaurantes sofisticados e estimular a cultura da servência é uma atividade praticamente exclusiva da elite, com exceção de quando se junta uma grana preta. Hoje em dia viajar por aí de Kombi não é mais uma novidade/atividade insana somente para malucos inconsequentes, existem muitas pessoas no mundo e no Brasil usufruindo deste modelo com diferentes variações. Tem desde “solos”, casais e até grupos fazendo desde comida, artigos de arte, apresentações artísticas, surfando, viajando apenas e até tatuagem. Somente na América Latina são mais de 50 páginas no Facebook com Kombis rodando por aí afora. NOOOSSA!! Pensando bem realmente não parece tão louco assim né? Agora, Kombis fazendo viagens longas com lotação máxima (9 tripulantes), NÃO SABEMOS DE NENHUMA OUTRA! Por enquanto! Esta realidade está prestes a mudar e começa com você lendo estas dicas e disseminando elas ^^ Iremos descrever detalhes nos seguintes tópicos (Escolhendo a Kombi | Bagagens | Dormindo | Banho/Banheiro | Comendo | Rota | Rodando | Ferramentas/Reparos | Diário de Bordo | Estimando Custos | Modificações | Buscando Parceirxs | Dividindo | Vantagens | Pensamento Positivo) sobre as três principais grandes expedições já realizadas por esta “Combi”, sendo: 1 – EXPEDIÇÃO UNIVERSO PARALELO (2013/2014): IDA: Saída de Porto Alegre, RS, passando por SC, PR, SP, RJ e ES até Ituberá, BA. (A maioria falava que nem chegaria, engraçado não?!?!) VOLTA: Saída de Ituberá, BA, passando por MG, RJ, SP, PR e SC até Porto Alegre, RS. DURAÇÃO/PERCURSO: 24 dias/7500km; CUSTO APROXIMADO POR PESSOA: Não apurado. 2 – EXPEDIÇÃO BRASIL CENTRO-LITORAL (2015): IDA: Saída de Porto Alegre, RS, passando por SC, PR, MS, MT, GO, TO até Lençóis, BA. VOLTA: Saída de Lençóis, BA, passando por ES, MG, RJ, SP, PR e SC até Porto Alegre, RS. (12 Estados em 30 dias?? Tem certeza disso?? SIMMM) DURAÇÃO/PERCURSO: 30 dias/10800km; CUSTO APROXIMADO POR PESSOA: R$850,00 3 – EXPEDIÇÃO AMÉRICA DO SUL (2016): IDA: Saída de Porto Alegre, RS, Brasil passando por Argentina, Paraguai e Argentina novamente até Uyuni, Bolívia. VOLTA: Saída de Uyuni, Bolívia, passando por Chile e Argentina até Porto Alegre, RS, Brasil. (5 países em 30 dias?? SIMMM e tínhamos programado 6...) DURAÇÃO/PERCURSO: 30 dias/7000km; CUSTO APROXIMADO POR PESSOA: R$800,00 Em todos os lugares que passamos, paramos e conhecemos locais incríveis e indescritíveis que jamais sairão de nossas memórias, mas seria impossível descrever todos neste guia, de qualquer forma, maiores detalhes podem ser vistos na página... Para começar, o mais difícil, MAS que não é tanto assim: Ter/comprar/alugar/arranjar uma Kombi. Sem uma vai ser impossível viajar desta maneira, logo é imprescindível e não adianta querer planejar e arrumar parceirxs sem antes ter também um plano para descolar o meio de transporte/casa NÉ ESCOLHENDO A KOMBI: Uma dica que podemos dar para a escolha da Kombi é: Teste! Teste quantas e todas que puder. Aceleração, frenagem, amortecedores, suspensão. Ande em todas que puder e então faça um comparativo entre as que mais lhe agradarem. Se possível leve um mecânico junto para ajudar nesta avaliação. No ano de 2013 nós pagamos cerca de R$8000,00 em nossa Kombi Clipper ano 1993/1994 e gastamos cerca de 3 a 4 mil em manutenção, com o foco de fazer viagens longas. No Brasil existem muitas peças para reposição, a preços acessíveis, por se tratar de um veículo muito popular. Pode ser mais em conta comprar uma mais barata, mas que vai precisar ser quase toda refeita em lata e mecânica, ou pagar um pouco mais caro e não precisar gastar tanto. Vai depender de procurar bastante e escolher a melhor opção de custo/benefício. BAGAGENS: Alocamos as bagagens em um bagageiro de teto do tamanho da Kombi, fechado com lonas e cordas, no porta-malas, em baixo e atrás dos bancos e outros cantos que forem surgindo. As bagagens coletivas vão no bagageiro de teto, divididas em caixas (papelão ou plástico) por segmentos: Comidas, Itens de cozinha, acampamento, ferramentas e utensílios diversos. Tudo bem preso e posicionado da forma mais prática de acessar. As bagagens individuais são uma mala com roupas e acessórios, alocada no bagageiro em cima da Kombi (será acessada uma vez por dia) e uma mochila/bolsa para ficar no porta-malas da Kombi com documentos, dinheiro e demais itens necessários do dia-a-dia. LEMBRE-SE: Menos é mais, somente o necessário, nada além do necessário. DORMINDO: Para dormir utilizamos duas barracas de quatro lugares, mais uma reserva caso alguma quebre ou rasgue (isso já ocorreu) e a Kombi. Também fazemos rodízio para que todos durmam em todas barracas com todos e na Kombi. Normalmente são quatro em cada barraca e um na Kombi ou quatro em uma barraca, três na outra e dois na Kombi. Nada de sair colocando uma barraca em cada canto, sempre montamos tudo junto por questões de segurança e praticidade. Travesseiro é um luxo, ocupa muito espaço devido ao volume, imaginem o espaço necessário para armazenar 9 travesseiros? Levamos uma almofadinha ou usamos algum casaco fofinho ^^ Cada um tem apenas um cobertor pessoal, demais cobertores são coletivos e usamos na Kombi quando estamos viajando para forrar os bancos ou nos cobrir e forrar o chão quando dormimos. Colchões infláveis não são bem vindos, ocupam espaço demais e poucos podem dormir. Lembram das barracas de quatro lugares? É porque realmente dormimos entre quatro pessoas Isolante térmico é uma boa pedida e quando viajamos para locais frios, como o Salar do Uyuni e Deserto do Atacama, cada um levou um saco de dormir bonzinho, os quais forrávamos com um cobertor e dormíamos com nossas roupas. Houveram duas noites em que a água congelou, sendo que numa dessas nem o óleo de cozinha escapou, então não é brincadeira. Aconselhamos muito chá com folha de coca e especiarias para suportar os efeitos do frio e da altitude Tratando-se de custos para dormir, temos a máxima de sempre que possível, não gastar dinheiro, logo, acampamos em praças públicas, parques, postos de gasolina ou qualquer lugar que estivermos com vontade (No meio do Salar de Uyuni por exemplo ^^), o segredo é chegar nos lugares e ir olhando, procurando e perguntando. Como normalmente passamos somente uma noite nesta modalidade, chegando durante a noite e saindo pela manhã, mesmo que seja em uma praça pública movimentada, não haverão problemas. Então quer dizer que todo dia tem que montar e desmontar tudo? Quase todos os dias SIM, mas rapidinho pega-se a prática Na viagem de 2015, dos 30 dias de viagem, dormimos em 27 lugares diferentes, então podem ter uma ideia de como é possível manter um ritmo pesado, lembrando que foi no Brasil e mesmo sendo no inverno, como passamos a maior parte fora do sul, era como se fosse verão. No frio é mais difícil manter este ritmo forte, mas o grupo que vai escolher quão longe quer ir e quanto tempo irá ficar em cada lugar. Não esqueçam de deixar a preguiça em casa antes de embarcarem Se vamos ficar mais tempo em algum lugar, 2 ou 3 dias, podemos nos estabelecer em algum camping e pagar, mas pensando na praticidade de manter o acampamento montado e aproveitar a estrutura de banheiros e chuveiros. Apenas algumas vezes dormimos “ao relento”. Para isso esticamos uma lona no chão e bora nanar ^^ Mas fazemos apenas quando chegamos muito tarde em algum local (durante a madrugada, por exemplo) e não vale a pena montar as barracas, pois sairíamos logo pelo amanhecer. A única vez que dormimos uma noite completa mesmo foi em uma rua, numa praia ao sul de Ilhéus-BA, na frente de um resort. Tudo isso porque a praia não possuía acesso à beira-mar (particular) e não haviam outros lugares na localidade. Nós temos o costume de divulgar nossa rota base antes da viagem e perguntar se alguém deseja oferecer pouso, dicas e etc.. Em 2015 fomos recebidos em Goiânia por um grande amigo e sua incrível família ^^ BANHO/BANHEIRO: Tomar banho as vezes pode ser um luxo, mas normalmente não existem problemas. No Brasil e na Argentina, devido ao formato de transporte majoritariamente rodoviário (caminhoneiros), a maioria dos postos, tirando os localizados nos centros da cidade, tem banheiros excelentes e completos com preços bem baixos como R$2,00. Muitos não cobram para mulheres, e outros oferecem algumas “fichas” quando se abastece um valor específico. Na Argentina, existe uma estrutura admirável nos parques Nacionais, sendo todos gratuitos, com área de camping e banheiros de livre acesso, muitos ainda com água quente nos chuveiros. MAS rio, cachoeira, lago, lagoa e sanga tem pra que? Se não estiver frio, vamos aproveitar e lavar a alma e se purificar com as águas da grande mãe natureza ^^ Lembrando que para tomar banho assim usamos sabonete biodegradável, nada de poluir os cursos de água. Só não tomamos banho quando fazemos uma “mini-excursão” (2~4 dias) dentro da viagem para algum lugar inóspito (Pantanal, Deserto do Atacama, Salar do Uyuni...). Logo, uma excelente dica é sempre ter um kit-limpeza com lenço umedecido para utilizar nestas horas COMENDO: Normalmente comer demanda uma quantia significativa de “dindin” para quem não pode preparar a sua refeição, com exceção de lugares onde é muito barato pagar para comer (Bolívia por exemplo). Quando estamos em viagem, levamos fogareiro de duas bocas e “liquinho” de 5kg (dura tranquilo por 30 dias). É ideal que seja de duas bocas, pois preparar comida para várias pessoas com apenas uma boca fica bem limitante. Compra-se mantimentos pensando nas refeições e lanches a serem feitos e quando estiverem acabando os estoques vamos em um mercado e reabastecemos. Somos o que comemos, então que tal buscar formas mais naturais e saudáveis de alimentação? MENOS industrializações, alimentos processados e embalados, açúcares, agrotóxicos e proteína animal, MAIS orgânicos, frutas, legumes, verduras, alimentos in natura (crus), grãos e proteína vegetal. A natureza, os animais, o planeta Terra e o seu corpo agradecem Fazemos normalmente duas refeições por dia, um café da manhã reforçado quando acordamos para poder rodar durante o dia, lanches e frutas para se manter e uma janta de noite onde formos acampar, a não ser que estejamos em algum local ou rodando direto e paremos para fazer um almoço. É importante que cada um tenha seu prato, talheres e caneca, sendo que demais itens de cozinha como panelas, facas, colheres, tábua de corte e temperos devem compor um kit básico que deve estar alocado em uma caixa. Pode parecer meio óbvio falar sobre água, mas hidratar-se evita muitas complicações, então vale sempre ter várias garrafas de água. Nos postos de gasolina é comum ter água para repor, então além de lembrar de ter as garrafas é bom lembrar de enchê-las sempre também. Lugares da região desértica da Bolívia e do Chile são muito secas, além da sede, a pele e lábios estão sempre rachando devido a baixíssima umidade, usar hidratantes é essencial. Óleo de coco funciona muito bem tanto para hidratar quanto proteger do sol e é natural. ROTA: É muito importante definir uma “rota-base” antes da viagem. Definir alguns destinos principais e fazer com que todos busquem atrações de comum interesse no caminho que os interliga, pesquisar muito fará toda a diferença. Não adianta criar um roteiro e querer respeitá-lo a todo custo. Muitas informações, dicas e imprevistos irão surgir ao longo do caminho, é sempre bom perguntar aos locais sobre atrações gratuitas ou baratas que não constam na internet ou guias turísticos (podem acreditar que existem muitas coisas e provavelmente serão as mais marcantes). TODOS devem pesquisar e decidir em conjunto os destinos na medida que a viagem for se desenvolvendo. Costumamos utilizar o Google Maps, pois tem fácil navegabilidade, visão de satélite e a maioria das estradas cadastradas, inclusive com pontos turísticos, fotos e o recurso de Street View. GPS com mapas atualizados é essencial para destinos fora do Brasil onde não haverá cobertura de internet. Para a viagem na América do Sul utilizamos um com as últimas atualizações disponíveis na internet. Nos facilitou muito a vida com informações de postos de gasolina ou mercados e não tivemos praticamente nenhum problema com estradas não cadastradas. Também é importante buscar mapas físicos. Durante a viagem no Brasil utilizamos um Guia Rodoviário Brasileiro que facilitava muito definir rotas, trechos e locais para irmos de forma dinâmica. Todos contribuíam e buscavam rotas interessantes e diferentes possibilidades, então falávamos com pessoas das regiões que conheciam as rotas e nos indicavam os melhores caminhos, que normalmente não são os que o GPS irão mostrar. Realmente foi um item de grande diferencial e muito utilizados por todos. Outra situação onde mapas físicos irão fazer toda a diferença é em locais mais inóspitos, que não possuem sinalização para rodar e onde é comum haver contratação de guias. Dependendo do local, obter informações turísticas não é tão fácil a$$im. São Pedro do Atacama é extremamente turístico e cheio de agências querendo ganhar dinheiro, então muitos nem queriam falar nada, somente contratando os pacotes. Como havíamos pesquisado bastante antes e trazido mapas com as atrações e suas localizações, era mais fácil obter informações de como chegar perguntando para os locais. Em compensação, no Salar do Uyuni, como os guias são mais humildes e menos gananciosos, todos nos ajudavam sem nem pestanejar e ainda sorrindo devido nossa presença anormal naquele lugar dominado pelos veículos 4x4. Sem a ajuda deles em conjunto com os mapas que levamos, não conseguiríamos rodar através daquela planície infinita de sal e fazer a rota de lá até o Chile pelo vulcão Ollagüe. Também não esqueçam de reservar um ou dois dias ao final da viagem para fazer uma limpeza geral na Kombi, agradecendo devidamente por todo esforço que ela fez carregando todos por lugares tão incríveis e realizarem o fechamento da contabilidade. RODANDO: Não tem como fazer uma viagem dessas com somente uma pessoa dirigindo, dessa forma é bom garantir que o grupo possua algumas pessoas habilitadas legalmente para esta tarefa. Então além do rodízio de motoristas, também fazemos dos passageiros nos lugares. Velocidade máxima de 80Km/h para não forçar demais o motor e garantir a segurança do grupo e demais pessoas que cruzem pela Kombi. Costumamos rodar mais de dia, porque de noite se perdem todas as paisagens exuberantes e é um pouco menos seguro (visibilidade limitada). Apenas o fazemos quando necessitamos ganhar tempo. Para voltar de San Pedro do Atacama, no Chile, até Porto Alegre, no RS, rodamos direto por três dias, revezando os motoristas e dormindo na Kombi em movimento, parando apenas para fazer as refeições. Verificar as legislações dos locais onde a caravana passará é importante para evitar complicações com os órgãos competentes de fiscalização. No Brasil a lei é a mesma em todos os estados, mas quando falamos de diferentes países, cada um tem suas diferentes exigências. Informação é poder, saber o que realmente é necessário irá evitar complicações com policias corruptos ou mesmo pessoas má intencionadas. Felizmente não enfrentamos nenhum problema com agentes corruptos, mas na fronteira entre o Paraguai e a Argentina fomos abordados por pessoas solicitando nossos documentos pessoais e do veículo, como se fossem trabalhadores da aduana, mas não estavam uniformizados nem nada. Uma companheira já havia passado por situação semelhante e nos alertou se tratar de um golpe, então fomos em direção ao posto aduaneiro, deixando os outros cuidando da Kombi. Depois descobrimos que estas pessoas pegam os documentos e somem com eles, exigindo quantias em dinheiro para devolvê-los. Por isto é importante que todos estejam sempre juntos e atentos para situações como esta. Somente forneça documentos para os oficiais de aduana oficialmente uniformizados e nos locais indicados, sempre perguntando e questionando a respeito dos procedimentos e onde realiza-los. A Bolívia é um dos países mais chatinhos referente a documentação, a própria embaixada Brasileira não recomenda realizar viagem com veículos estrangeiros no país. Inclusive obter gasolina é um desafio, pois poucos postos podem vender para estrangeiros e o preço é três vezes o pago por quem vive lá (na Bolívia entradas de parques também sofrem essa diferenciação de precificação). Procurávamos encontrar moradores locais dispostos a levar galões de gasolina para encher, mas cada posto abastece somente um galão no máximo por pessoa e solicita o documento de identificação que fica armazenado em um sistema, também é necessário dar entrada e saída do veículo em cada província (equivalente aos estados brasileiros), através de carimbos que são obtidos nas cidades e não nas fronteiras entre províncias. De qualquer maneira, nada impede que seja feito, tanto que estivemos lá sem problemas e a moeda deles é desvalorizada, então tudo é MUITO barato. A parte principal é se informar bem antes (estamos apenas passando uns detalhes por cima, pesquisar a fundo é crucial antes de se aventurar, quaisquer dúvidas estamos sempre dispostos a ajudar ^^) e realizar todos os procedimentos necessários, pois assim não vão ocorrer problemas. Aqui estão dois sites com informações bem completas sobre as legislações de cada país referente a tráfego de veículos e um dedicado para a Bolívia: http://viajandodecarro.com.br/como-planejar-sua-viagem/documentacao/ | http://www.penaestrada.blog.br/bolivia-de-carro/ Para evitar problemas durante a viagem, sempre busque calibrar os pneus regularmente, assim como o estepe. Outro ponto importante é também verificar os parafusos das rodas, se estão bem apertados e nenhum está soltando. Dependendo do que ocorrer, pode acabar danificando a estrutura de fixação da roda, em especial os pinos e não vai ser possível trocar de pneu ou continuar rodando, criando grandes transtornos. Verificar o nível do óleo regularmente também evita problemas graves, qualquer redução anormal do nível pode indicar algum vazamento e deve ser investigado. FERRAMENTAS/REPAROS: As Kombis tem mecânica e eletrônica extremamente simples, não precisa ser um especialista para fazer pequenos reparos e concertos, mas para isto ferramentas são indispensáveis. Além de um kit bom com ferramentas variadas, buscamos pesquisar na internet sobre como realizar reparos, perguntamos para os mecânicos como arrumar alguns problemas e, sempre que podemos, fazemos nós mesmos os concertos e modificações para aprender mais. Somente problemas internos no motor e na caixa de marchas que poderão exigir indispensavelmente um mecânico com melhor estrutura. Levar um kit com partes que podem dar problemas também poderá salvar a viagem, principalmente quando estiverem viajando em locais onde a Kombi não é um veículo comum. Todos os cabos (acelerador, freio e embreagem), pedais, lâmpadas extras para todas as sinaleiras, luzes e faróis, bobina, enfim, pesquisar quais itens costumam dar mais problema e ter uma peça extra de cada poderá salvar a viagem caso algo ocorra. Quando a Kombi apresentar algum problema no meio do nada, mesmo sendo difícil, sempre pode e provavelmente, uma hora ou outra, vai acontecer. Serão somente vocês e ela, terão de parar para observar, analisar e tentar entender o que está de errado para então buscar concertar, mas como falamos, ela é simples, então, se tiver alguém com conhecimento médio e bom preparo, irão sair triunfantes deste desafio ^^ Nas fotos acima, a primeira é na base do vulcão Láscar, em San Pedro do Atacama no Chile, cerca de 4600 metros acima do mar. Muito vento, muito frio e cerca de uma hora para regular os dois carburadores corretamente devido ao ar rarefeito da altitude. A segunda é na divisa entre Tocantins e Bahia, quando o cabo da embreagem arrebentou e tivemos que emendar uma corda para poder fazer os movimentos do pedal com as mãos. Um dos itens imprescindíveis são galões de combustível, são úteis tanto para poder rodar em lugares inóspitos, quanto para aproveitar preços baixos de gasolina. Na última expedição levamos três galões de vinte litros e dois de cinco litros. Alguns lugares não tem gasolina ou é muito cara. No pantanal por exemplo, utilizam muito nos barcos e geradores, mas o preço é de cerca de R$9,00 o litro, lá acabamos usando a gasolina extra que tínhamos para abastecer um barco e deixamos o resto de presente para uma família muito querida que nos recebeu. Como a viagem tende a superar a marca dos 5000 km rodados, vai haver necessidade de realizar troca do óleo antes e durante a viagem. É melhor comprar aqui no Brasil e levar junto a quantidade de litros necessária e mais um pouco extra para ir completando em possíveis vazamentos. Se a viagem estiver planejada para regiões muito frias, também é válido pensar em ter um óleo que suporte estas temperaturas. Na viagem pela América do Sul, sabíamos que encontraríamos temperaturas abaixo de 0°C, se até o óleo de cozinha congelou, quem dirá que um óleo comum não pode ficar “mais duro” e causar problemas durante a partida do motor? Por isto optamos por utilizar um óleo com amplitude térmica maior que os comuns, visando evitar esta situação. Inclusive adaptamos um aquecedor portátil (utilizado em galinheiros) em uma mangueira para ligar no “liquinho” de gás caso fosse necessário para aquecer o motor antes da partida ou mesmo nos aquecer em situações de frio extremo. Felizmente não foi necessário, pois nenhuma vez tivemos que partir o motor “frio” durante a madruga, onde ocorriam as menores temperaturas. No deserto o sol que dita o ritmo, quando está aparecendo é bem quente, quando não está é congelante. Kombis e fogo tem uma longa história juntos, ter no mínimo um extintor de incêndio pode salvá-la de queimar inteira. Muita atenção com o superaquecimento do motor, ele é feito para refrigerar-se com o ar, mas se a Kombi não estiver rodando vai esquentar, cuidado ao deixá-la ligada parada ou quando estiver em congestionamentos. As mangueiras de combustível e conexões elétricas devem receber um cuidado especial para que não ocorram contatos com partes quentes ou curto-circuitos. Antes de fazer qualquer uma das expedições, sempre levamos a Kombi em mecânicos de confiança, explicamos o que vamos fazer, por onde vamos passar e pedimos para que realizem um check-up geral nela. Então se avalia o que vale a pena ser trocado ou concertado. Sair viajando sem ter conhecimento de como está o veículo certamente vai acarretar em alguma problema e pode terminar gerando muitos gastos, frustrações e estresses desnecessários. Ferramentas para realizar reparos não são necessárias apenas para a Combi, mas também para seus passageiros. Em viagens longas como essas, tanto no Brasil, mas principalmente fora, onde não temos o SUS para eventuais problemas médicos, é imprescindível ter um Kit de Primeiros Socorros (na Argentina e Bolívia são itens obrigatórios). Problemas como enjoos, diarreia, dores, desidratação, febre, infecções, cortes, contusões e até fraturas podem ocorrer, então não podemos deixar de garantir os mínimos materiais necessários para tratar estas possíveis. A saúde e segurança dos tripulantes deve ser sempre a principal prioridade durante a viagem. DIÁRIO DE BORDO: Controlar despesas é importante, utilizamos um diário de bordo (qualquer coisa onde se possa escrever: Agenda, caderneta, bloquinho e etc.) que serve, dentre diversas coisas, para anotar os gastos coletivos (gasolina, supermercado, etc...) de cada um. Quando alguém paga algo coletivo, coloca seu nome, a quantia (se for em outra moeda é bom já colocar a cotação) e uma descrição do gasto. Assim vamos fazendo ao longo da viagem, cada vez alguém paga algo. No final, sentamos todos e fazemos o fechamento, quem tiver que receber, recebe e quem tiver que pagar, paga. Claro que pode ser feito no Excel ou qualquer outra plataforma, mas é importante garantir que sempre seja anotado para não sair do controle. Também utilizamos para anotar informações e dicas variadas que surjam durante a viagem e para controlar o rendimento da “Combi” pelos litros abastecidos e quilômetros rodados. Se o rendimento estiver muito abaixo do normal, ou a gasolina é muito ruim, ou a Kombi está com algum problema e deve ser levada ao mecânico, evitando surpresas desagradáveis no meio do nada. ESTIMANDO CUSTOS: Estimar custos serve para saber quanto cada um vai precisar ter aproximadamente, no mínimo, para realizar a viagem. Infelizmente vivemos em um mundo onde o dinheiro manda, MAS NÃO SERÁ ASSIM PARA SEMPRE, então mesmo que gastemos o mínimo possível, ainda vamos precisar dele, ao menos para comprar gasolina e comida. Sendo os principais gastos o combustível para mover a Kombi e o combustível para mover nossos corpos, a estimativa de custos está baseada, principalmente, nestas duas variáveis. Com a rota base em mãos, é possível ter ideia de quantos quilômetros serão rodados, aconselhamos sempre colocar um fator a mais que vai considerar idas e vindas de lugares, desvios e mudanças de rota. Então pesquisamos o preço médio da gasolina nos estados brasileiros ou países, fazemos uma média e obtemos mais ou menos um valor aproximado que será gasto em combustível para a Kombi. Apenas para comparação, sempre consideramos o rendimento de 9 quilômetros por litro. Podem fazer a estimativa por trechos também para serem mais exatos. O site (http://www.mapeia.com.br/) ajuda neste cálculo de rota e pedágios. Para a comida definimos alguns modelos de refeições diárias e vamos ao mercado ver quanto custa comprar os mantimentos necessários para prepara-las, novamente fazemos uma média e consideramos aquele valor pelos trinta dias. Juntamos então estes dois valores e acrescentamos mais um fator de segurança (cagaço), multiplicando por 1,1 até 1,3 (para contemplar problemas mecânicos, custo de estadia em campings, entradas de parques e etc.). É assim que chegamos no valor mínimo necessário para realizar as viagens. Nas duas últimas expedições, trabalhamos com a quantia mínima de R$1000,00 e em ambas as vezes finalizamos com folga no orçamento. Lembrando que este valor não considera quaisquer gastos individuais para adquirir presentes, lembranças e etc. Nossas viagens não são para realizar compras, somos apaixonados pela natureza e suas infinitas apresentações, então focamos em conhecer as indescritíveis formações naturais deste belo e incrível planeta. Aconselhamos, no mínimo, fazer estas estimativas, pois é um fator preponderante para que possam buscar parceirxs e se preparar. Claro que não existe limite para o nível de complexidade e fatores considerados na estimativa, tornando-a a mais correta possível. Se tratando de dinheiro, no Brasil é fácil sacar em qualquer lugar nos caixas eletrônicos, mas se tratando de outros países não é tão simples assim, então é mais garantido ter o dinheiro consigo guardado. Outra questão é realizar câmbio, só haverá câmbio de Real, em outros países, nas regiões muito turísticas ou que fazem fronteira com o Brasil, se não, é praticamente certo que não haverá e se houver estará com valores absurdos. Aconselhamos ter alguns dólares guardados para estas situações e também levar um pouco da moeda de cada país, quanto menos trocas fizerem, menos dinheiro irão perder. Tivemos uma situação complicada no norte da Argentina, próximo da fronteira com a Bolívia, na cidade de San Ramón de La Nueva Orán, pois não havia câmbio de Real e por muita sorte conseguimos realizar saque em um caixa eletrônico com cartão de crédito internacional desbloqueado, pois já haviam nos avisado que na Bolívia também não haveria câmbio de Real, apenas de Pesos Argentinos. Então sempre é válido ter algumas quantias da moeda de cada país, mais um bocado de dólares e quem tiver cartão, lembrar de desbloqueá-lo para os países do roteiro. Simplesmente nem pensem que irão pagar coisas com cartão de crédito, é apenas uma segurança extra para possíveis emergências. Muitos lugares do Brasil e nos outros países que ficam fora das grandes metrópoles e destinos turísticos badalados não trabalham com as maquininhas MODIFICAÇÕES: Conforme a necessidade e intenção de uso, muitas pessoas realizam diferentes modificações em suas Kombis. Transformar em uma “KombiHome” é uma delas, mas isto serve apenas quando se viaja entre poucas pessoas. No nosso caso, nós focamos em transportar o máximo de tripulantes (nove) com um mínimo de conforto e capacidade de suportar situações severas, e como quase mais ninguém faz isso (ao menos que temos conhecimento), praticamente não existe material informativo ou exemplos a respeito. Uma das alterações que realizamos na Kombi e melhora muito rodar entre várias pessoas é inverter o banco frontal do salão, fazendo com que fiquem um de frente para o outro. Aumenta o espaço interno e é possível ficar com as pernas esticadas. Nós mesmos recortamos a lata do estepe (foto acima) para encaixar o banco bem colado, aproveitamos metade das furações e refizemos as outras, colocamos parafusos com “borboletas” para prender os bancos, assim podemos retirá-los quando queremos, seja para carregar coisas ou aproveitar como bancos externos quando a Kombi está parada e também para limpeza. As furações dos cintos de segurança tiveram que ser refeitas, lembrando que por se tratarem de dispositivos indispensáveis e que garantem a vida dos passageiros, sua fixação deve utilizar parafusos, arruelas e roscas de qualidade. Os buracos que sobraram fechamos soldando umas chapinhas metálicas, porque entra muito vento, apesar de no verão ser bom, no inverno não é nem um pouco, além de entrar água também. Colocamos capas nos bancos feitas com tecido mais resistente a água, facilita na limpeza, preserva os bancos e aumenta a resistência dos mesmos para usar de forma mais rústica (barro, areia, terra, etc.). A legislação da Argentina solicita que todos os bancos, inclusive os traseiros, tenham encostos. Já havíamos colocado encostos em alguns assentos porque havíamos achado em carros abandonados e é mais confortável, mas fomos em um ferro velho e nos deram de graça todos que faltavam. Simplesmente furamos os bancos e enfiamos os encostos. Pensar na iluminação interna também faz bastante diferença, colocamos uma fita LED RGB (SIM, tem que ter COR!) baratinha percorrendo as laterais do teto do salão. Ilumina extremamente bem, se colocar na cor branca fica como dia e as outras cores são agradáveis para viajar durante a noite e dormir sem se incomodar com claridade excessiva. Sem luz interna, durante a noite, fica muito escuro e acaba dando sono nos passageiros e no motorista. Já utilizamos luzes LED de natal e funcionam bem também, mas precisam ser ligadas em 127 ou 220Vca. Instalamos um conversor de 12Vcc/127Vca com tomada na cabine do motorista e uma extensão para o salão, assim é possível carregar celulares, GPS, câmeras, notebooks e demais acessórios que necessitam de energia elétrica. Naturalmente isto aumenta o consumo da bateria, então, para a última viagem, instalamos uma segunda bateria em paralelo, mas deixamos ligada apenas uma e vamos revezando sempre que paramos, somente ligamos as duas se formos ter um consumo prolongado. Nossa Kombi é carburada, então empurrando ou lomba abaixo ela sempre pega, é bom ir se acostumando a empurrá-la, algo que fazemos muito durante as viagens Já que falamos de iluminação, para completar a festinha móvel, pensar em ter um rádio com entrada USB ou P2 e algumas caixinhas de som também aumenta muito o conforto dos passageiros durante a viagem, só não adianta querer ter um super kit automotivo e não sobrar espaço para as malas e passageiros, claro que quanto mais melhor. Uma dica excelente é que TODOS levem um pen drive com MUITAS músicas, afinal são MUITAS horas rodando e ficar escutando as mesmas músicas é enjoativo. Também porque assim todos os gostos poderão ser atendidos A Kombi não tem a melhor isolação térmica do mundo, parece um pão de forma enlatado, no calor é quente e no frio é gelada. Viajar grandes distâncias exige um conforto térmico mínimo, nós forramos o teto com isopor e fizemos o acabamento com “forrinho” de PVC, bem barato e eficiente, se colocarem caixas de leite junto só irá melhorar. O mesmo vale para as laterais. Nós não colocamos isopor, mas colocamos esponjas acústicas por causa do barulho, o isopor é melhor porque vai servir tanto de isolamento térmico quanto acústico. As laterais tiveram acabamento em chapas finas de madeira forradas com tecido, retiramos as originais e usamos como moldes. Outra parte onde é bem válido realizar forração é no compartimento do motor, tanto por dentro (se um dia retirarem ele), quanto por fora (no salão), o motor esquenta muito e faz bastante barulho, quanto mais forrarem e colocarem malas e coisas no porta-malas, menor será o ruído (que é bem suportável). Outra boa dica é buscar em ferro-velhos janelas do tipo que abrem e substituir pelas de vidro único sem abertura, quanto mais ventilação melhor. Na viagem pelo Brasil em 2015, depois que saímos da região sul, começou a ficar muito quente, então removemos totalmente algumas janelas de vidro para suportar o calor... No teto colocamos um rack que vai do começo ao final da Kombi. Não tem como carregar muitas coisas sem esse acessório. O bom é que não é difícil encontrar usados com preços bem acessíveis. Mesmo que não estejam nas melhores condições, podem pegar e reformar lixando, passando convertedor de ferrugem e pintando. Aliás, essa é uma prática válida de se fazer em todos os pontos críticos da lataria da Kombi ^^ Para viajar grandes distâncias e acessar locais inóspitos, ter pneus mais resistentes irá garantir menos incômodos e maior durabilidade. Sempre colocamos na Kombi os popularmente chamados de pneus 8 lonas. Realmente valem a pena e se pagam pela qualidade, durabilidade e resistência. Tivemos raros casos de pneus furados, sendo que aconteceram com objetos perfurantes grandes, logo qualquer pneu acabaria furando também, mas nunca em estradas de chão, pedra ou coisas similares. Apenas para esclarecimento, se forem olhar as fotos, verão várias Combis “diferentes”, mas é sempre a mesma, mudando apenas a pintura. Desde que estamos viajando com esta incrível máquina, ela já está na sua quinta “roupagem”, contando com a que tinha quando a adquirimos. Costumamos fazer as pinturas em eventos ou festivais underground, seja livre para qualquer um ou com amigos artistas. Lembramos que estas modificações não foram feitas da noite para o dia, nós temos a Kombi desde 2013 e fomos fazendo cada uma de uma vez, em grupo, na medida que íamos vendo estas necessidades, planejando as modificações e as executando. BUSCANDO PARCEIRXS: Estamos falando em uma viagem longa, em uma Kombi, passando por muitos lugares loucos. Naturalmente vamos precisar de verdadeiros parceirxs para realiza-la e torná-la ainda mais divertida e inesquecível. Para começar o movimento, será necessário ter ao menos duas pessoas comprometidas, que depois irão buscar xs demais passageirxs. Geralmente começamos a idealizar, mentalizar e divulgar as viagens cerca de um ano antes e entramos fortemente no planejamento 6 meses antes. Acertar detalhes como férias de trabalho, estudos e demais atividades demanda uma boa organização neste sentido. NOVE PESSOA NÃO É DEMAIS? Não fica apertado? Bom, não é desconfortável não viajar em um número grande desses, tanto que nós já fizemos três vezes por trinta dias, sendo que já tivemos diversas outras situações de pequenas viagens com maior número ainda. Acontece que a questão principal da lotação máxima é que quanto mais pessoas forem, mais barato vai sair, e neste caso, cada integrante a mais faz BASTANTE diferença. Dinheiro não é tudo, não adianta querer colocar uma pessoa apenas para dividir custos, a sintonia e sincronia dos participantes é bem importante para manter a viagem saudável e feliz. Então é indispensável explicar bem qual a ideia da viagem, como vão fazer, como vai ser, por onde pretendem passar, quanto dinheiro precisa ter e por aí se vai, todos estes detalhes devem estar completamente esclarecidos. Nas três viagens, chegando perto da data não havíamos fechado os nove tripulantes e anunciamos as vagas em nossa página do Facebook, abrindo para qualquer interessado. Em nenhuma das vezes estas pessoas “desconhecidas” que surgiram trouxeram prejuízos para a viagem, bem pelo contrário, o universo fez seu trabalho e trouxe grandes amigxs para uma vida inteira. Logo, fica a dica caso estejam com dificuldade de fechar o grupo. Estar aberto para o universo e permitir estas oportunidades aos outros e para si sempre é enriquecedor. DIVIDINDO: Como se trata de um grupo, que vai passar cerca de 30 dias juntos acordando, rodando, conhecendo lugares, comendo, indo dormir e acordando de novo, tudo será dividido por todos. Quanto mais essa prática puder ser exercitada, menos itens necessitarão ser levados, é como se fosse uma família. Esta experiência funciona como uma espécie de Big Brother sem câmeras, onde todos terão de buscar conviver pacificamente praticamente 24 horas por dia. Não tem como manter máscaras ou disfarces, ao final todos vão estar conhecendo a verdadeira essência de cada um e caberá ao grupo buscar a harmonia na solução dos conflitos e atendimento das individualidades e características de cada um. Como tudo é dividido, os problemas também são de todos e fará toda diferença se o grupo for unido para enfrentar qualquer adversidade que possa surgir. Seja a falta de um lugar para dormir, não achar um posto aberto, FOOOMEE, trocar um pneu, resolver algum problema mecânico ou o problema exclusivo de alguém do grupo. UNIÃO É TUDO! VANTAGENS: Viajar de Kombi, comparado aos modelos tradicionais tem algumas vantagens BEM interessantes, então achamos legal listar algumas das principais: - LIBERDADE. Vocês decidem aonde e quando ir, principalmente se tiverem pesquisado bastante antes e levantado informações. Os lugares mais difíceis e inóspitos são os mais legais, mas sempre devemos pensar nos imprevistos e em como sair deles; - AMIZADES SINCERAS E VERDADEIRAS. Vocês vão desenvolver fortes amizades, afinal vão ser muitas horas de conversas, descobertas e experiências incríveis vividas e compartilhadas em grupo; - PASSE-LIVRE KOMBILÍSTICO. A maioria das pessoas vai recebê-los super bem e sorrir quando vê-los rodando por aí. Então aproveitem esta espécie de “passe–livre” e disseminem muita alegria e amor por onde passarem, afinal, colhemos o que plantamos. Lembrem-se, sempre serão os mais humildes que irão lhes tratar melhor, ajudar mais e discriminar menos; - SEGURANÇA. De certa forma É MUITO mais seguro viajar em um grupo de nove pessoas do que sozinho, então vamos aproveitar sem medo! - INFINITAS POSSIBILIDADES. Vocês poderão visitar uma quantidade muito maior de lugares do que se estivessem a pé ou de bicicleta. A rota base e o comprometimento do grupo em não se enrolar demais para acordar e arrumar as coisas serão os fatores definitivos neste quesito; - É MUITO ECONÔMICO. Não sabemos de que outra forma é possível rodar 10800km, visitar doze estados brasileiros durante trinta dias e gastar somente R$850,00, ou rodar 7000km, visitando cinco países da América do Sul e lugares inóspitos de turismo elitizado (Deserto do Atacama e Salar do Uyuni) e gastar somente R$800,00. Não parece real correto? Muitas pessoas gastam bem mais do que isto somente em passagens de avião ou hospedagem num período bem menor de tempo; - VAI MUDAR A VIDA DE VOCÊS. Experiências sempre nos transformam e esta é uma que definitivamente os fará pessoas melhores. Aqueles seres que embarcaram não são, nem de perto, os mesmos que desembarcam. Será um período tão intenso que costumamos dizer que este um mês de viagem (no nosso caso) equivale, no mínimo, a um ano de vida normal. Inclusive processar, compreender e absorver tudo o que foi vivido será um processo que exigirá tempo e reflexão PENSAMENTO POSITIVO: Este é o item mais importante de todos, DE VERDADE! Se tem algo que é real, trata-se do poder de nossos pensamentos, emissão e atração são a lei da correspondência vibratória que rege todo o universo, sua energia e matéria. Além destas viagens, já fizemos muitas outras e várias loucuras de todos os tipos em muitos lugares, e se tem algo que aprendemos através deste incrível portal que é a “Combi”, foi o poder de nossos pensamentos. Estamos aqui hoje sãos (provavelmente não) e salvos graças a isto. Cansamos de ouvir pessoas falando que a Kombi não passaria nem da metade do caminho, que não chegaria jamais aonde chegou. Este não é um veículo normal, é uma Kombi e elas tem poder, MUITO PODER \o/ Não podemos nos abalar nunca, ficar de birra, reclamando, reinando, brigando, JAMAIS! Se o grupo mantiver uma alta vibração NADA, NADA MESMO vai acontecer de ruim e todos os problemas serão solucionados sem prejuízos. Lembrem-se: TUDO É COMO TEM QUE SER, NÃO ADIANTA LUTAR CONTRA, MAS NÃO PODEMOS DESISTIR ATÉ QUE TENHAMOS EXPLORADO TODAS AS POSSIBILIDADES. Esperamos sinceramente e de coração que com essas dicas possamos ajuda-los a superarem qualquer auto-restrição para irem de vez atrás de seus sonhos e aventuras. Esta é somente uma vida passageira neste pequeno planeta azul, recebemos a dádiva da vida para aprender e evoluir. Então não é ficando parados no mesmo lugar a vida inteira que vamos nos descobrir certo? ESTÃO ESPERANDO O QUE?!?!?! CONSIDERAÇÕES FINAIS: Gostaríamos de relembrar que este guia contém as informações básicas para sanar dúvidas, ajudar a planejar e estimular a realização destas viagens. Sendo baseado na experiência que adquirimos através das três expedições citadas e demais incursões que já realizamos nestes cinco anos de experiência na lida Kombilística. Já se passaram muitos quilômetros, muitas cidades, estados e países, muitas pessoas, muitas histórias, muitas realidades, muitos perrengues, muitas alegrias, muitos momentos que ficarão eternizados apenas em nossas mentes e, principalmente, muitas experiências que se transformaram em aprendizados. Não somos donos da verdade, nem estamos definindo como as coisas devem ser feitas. Para cada tópico elencado, podem existir muitas outras formas de fazer, nenhuma mais certa ou errada do que a outra. Nosso foco é economia e aprendizado. Humildade é uma virtude louvável e apesar de não nos tornar pessoas “importantes” ou “famosas”, sempre nos abrirá muitas portas e caminhos de sabedoria. O ignorante é aquele que acha que não tem mais nada para aprender. O universo é praticamente infinito, assim como a experiência a ser obtida através de nossa interação com ele. Nós não nos responsabilizamos de forma alguma por quaisquer problemas que possam ocorrer advindos da utilização deste guia. Viver se resume em assumir riscos, cabe a nós decidir se estamos dispostos a corrê-los ou não. O que é fácil e garantido qualquer um poder fazer, enquanto o que é difícil e incerto, somente os poucos que estão dispostos e decididos poderão fazê-lo. Este material não possui nenhuma proteção de direitos autorais. Propriedades privadas ou particulares são invenções da elite que busca apenas o mantenimento de seus privilégios. Acreditamos na essência de cada um, no respeito, no amor, na consciência e no carma. Ao final do guia está um SELO de REPRODUÇÃO LIVRE, ou seja, tanto a cópia completa, como parcial deste material, além de não ter direitos autorais (como já citamos), é incentivada por nós para que estas informações possam ser disseminadas e difundidas entre aqueles que desejarem ir em busca de seus sonhos. Apenas gostaríamos que, se possível, citassem a fonte. Somente abominamos e condenamos a utilização deste material para benefício e promoção própria. Estamos e estaremos sempre disponíveis para sanar qualquer dúvida e fornecer qualquer ajuda através da nossa página no Facebook.
  25. Esse relato é dividido em cinco partes: .da página 1 até a 7 refere-se a viagem realizada entre dez/2007 e fevereiro/2008 de carro; .a partir do final da página 7 refere-se a viagem que começa no final de dez/2008 até final de fevereiro/2009 de carro. .a partir da pag. 15 - viagem a Torres del paine, carretera austral ..........viagem realizada de dez/2009 a fevereiro/2010. .a partir da pag.19 - viagem ao Perú e Equador ....vigem realizada de dez/2010 a fevereiro/2011. .a partir da pag.23 - viagem venezuela, amazonas, caminho da fé.... realizada entre dez/11 a fev/12.
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