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  1. No dia 14 de Julho, a França comemora o dia da queda da Bastilha, quando se iniciou a revolução francesa que deu fim a monarquia. A festa nacional francesa começa na verdade no dia 13 de julho, com o tradicional baile dos bombeiros em algumas das casernas de Paris, dizem ser algo bem animado e que geralmente rola até um strip-tease dos heróis nacionais rs, mas acabamos não indo conhecer. No dia 14 acordamos bem cedo (ou pelo menos era o que pensávamos) para assistir ao desfile militar, mas quando chegamos, a Champs-Élysées já estava completamente lotada! (Ao meu ver, mais de turistas que de franceses). Procuramos em vão um lugar onde pudéssemos enxergar alguma coisa mas depois de alguns minutos sem ver mais do que cabeças e máquinas fotográficas desistimos e sentamos num gramado para esperar a apresentação dos aviões (que era o que eu mais queria ver). Foi até interessante, primeiro passaram diversos tipos de aviões da força aérea, em seguida os helicópteros e os paraquedistas, e por fim algo como a “esquadrilha da fumaça” francesa, eu esperava várias acrobacias colorindo o céu de azul, vermelho e branco, mas passaram apenas uns poucos aviões soltando as três cores da bandeira em linha reta e nada mais. Saí um pouco decepcionada por não ter visto grande coisa, mas de qualquer forma, achei legal ter participado deste momento, da série “coisas pra fazer uma vez na vida”. Como estava tudo muito lotado, decidimos voltar a pé para casa, ainda acompanhamos um pouco a dispersão dos soldados e seguimos nosso caminho às margens do Sena. Depois de comer alguma coisa e recuperar o sono perdido, chegou a hora da segunda (e mais esperada) comemoração do dia, os fogos de artifício na Torre Eiffel. O início seria só a noite mas chegamos com muitas horas de antecedência, e mesmo assim, novamente, já estava lotado! Optamos por ficar no final do Champ de Mars, no tablado da instalação “Mur pour la paix” (um monumento em aço, madeira e vidro com a palavra “paz” escrita em diversos idiomas) era bem longe, mas achei que tivemos uma visão perfeita! A espera trouxe uma recompensa impagável, acompanhamos o sol se pondo lentamente ao lado da Torre, um daqueles momentos em que a gente agradece ao universo por fazer parte deste mundo. Quando já escurecia (no verão isso significa que já é mais de 22h), as luzes da Torre começaram a se acender e o hino nacional marcou o começo da apresentação. Os franceses cantavam “A Marselhesa” com verdadeira emoção, muitos chorando, foi um momento bastante emocionante até para nós que somos brasileiros. A queima de fogos foi incrível, um verdadeiro show com o tema “Liberté, Egalité, Fraternité”. A narração da história combinada com músicas francesas, música eletrônica, Nirvana e até Beatles e sincronizada com a iluminação na Torre ficou perfeita! E no fim uma grande surpresa, no ano em que a França, depois de muita discussão, finalmente aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo (nossa, como ouvimos falar do Mariage pour tous!), a Torre ficou inteira colorida homenageando esse avanço! Na hora de ir embora, nem cogitamos o metrô, também não encontramos uma Velib (sistema de locação de bikes) disponível então fomos caminhando por uma boa parte até achar uma bicicleta para terminar o trajeto. Foi uma das coisas mais lindas que já vi, valeu cada segundo esperando e cada passo dado pra chegar até lá. Texto original, mais fotos e um vídeo da queima de fogos aqui: http://www.queroirla.com.br/um-14-de-julho-em-paris/
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