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  1. E estamos de volta pessoal! Para quem não nos conhece, eu e minha esposa recentemente aproveitamos a pandemia e a impossibilidade de viajar e lançamos um blog das nossas viagens antigas. O blog é osmochilinhas.com, mas também iremos postar na íntegra os relatos aqui. E chegou a hora de falarmos da nossa viagem para a África do Sul em 2017. Os relatos são em forma de diário e eu costumo escrever bastante hehehehe. Para quem quer só pegar as dicas, mapas e preços (embora defasados) das cidades e atrações visitadas, pode pular direto para o post de resumo. Sem mais delongas, segue o relato: ÁFRICA DO SUL 1º Dia - Chegando em Joanesburgo e partindo rumo à Neilspruit (14/11/2017) Começou em 2017, e nos anos posteriores, diversas promoções para a África do Sul. Desde antes da Copa do Mundo que ocorreu lá em 2010, por toda sua história, grande parte dela muito triste, era um país que entrou nos meus planos e, em 2017, aproveitamos o início das promoções para realizar esse sonho. A média das passagens estava em torno de R$1.700 ida e volta saindo de São Paulo. Como infelizmente não moramos em São Paulo e comprar o trecho até lá separado iria sair pelo mesmo preço, compramos a passagem inteira Porto Alegre - São Paulo - Joanesburgo por 2.100 reais. Mal sabíamos que alguns anos depois sairiam outras promoções com preços de até 1.200 reais ida e volta de São Paulo! Depois de um dia inteiro viajando, chegamos em Joanesburgo dia 14 de novembro às 9h da manhã no Aeroporto OR Tambo, um dos maiores aeroportos da África (que não é um país) e principal hub do continente, uma das diversas vezes que passaríamos por este aeroporto durante nossa viagem. Partindo para mais uma aventura! A imigração foi bem tranquila, brasileiros não precisam de visto para a África do Sul e, após algumas perguntas básicas pelo agente da imigração, depois que falei que era funcionário público nos passaram na hora com um grande sorriso: "welcome to south africa". Welcome to South Africa! A fim de não perder nenhum dia no nosso corrido roteiro e também de economizar transporte do aeroporto para a cidade, visto que ele fica bem afastado do centro, já seguimos direto do aeroporto em direção ao Kruger Park, deixando pra conhecer Joanesburgo na volta de lá (e assim poupar ter que duas vezes até o aeroporto para retirar o carro alugado). O transporte intermunicipal público na África do Sul, além de não ser muito organizado em questão de horários das linhas de ônibus, não compensa em questão de valores para duas pessoas (às vezes até para uma), em comparação a alugar um carro. Alugar um carro na África do Sul é muito barato, gasolina também por lá é bastante barato, bem mais barato do que se fossemos utilizar o transporte público, além do que as rodovias na África do Sul são espetaculares, padrão de primeiro mundo e a prática de aluguel de carros é uma coisa bastante popular e utilizada por todos, principalmente estrangeiros que visitam o país. Já deixamos o carro reservado e pago aqui do Brasil mesmo pelo site rentalcars.com, o melhor site para aluguel de carros na África do Sul junto com o rentcars.com. E vale a pena reservar com antecedência e através do próprio site, que contempla diversas locadoras pelo mundo, tanto pelos descontos que se consegue, quanto pela praticidade. No aeroporto, trocamos alguns Dólares por Rands, a moeda sul-africana. Como a cotação era boa (embora cobrassem uma pequena taxa) e davam uma garantia de devolução dos Rands ao fim da viagem pela mesma cotação da compra, já trocamos o suficiente para nossas despesas até que voltássemos para Joanesburgo (no fim sobrou até chegarmos em Cape Town). Dinheiro trocado, nos dirigimos então para o guichê da locadora de carros da companhia Budget. Como dito, pela popularidade do aluguel de carros no país, a fila para retirar o carro é grande. A maioria do pessoal que desembarca no OR Tambo a primeira coisa que faz é se dirigir para as locadoras. Quando chegou nossa vez, já de cara nos deparamos com uma grande característica dos sul-africanos: o inglês com sotaque carregado. Acho que foi o país que visitamos que mais tivemos dificuldade de compreender o inglês de certas pessoas na rua, e isso que é a língua oficial do país (ou talvez exatamente por isso, já que o inglês deles foi se moldando ao longo dos anos à sua maneira de falar). Na verdade, o país conta com 11 línguas oficiais, além de outras tantas reconhecidas e, como ficamos sabendo mais tarde, o inglês é usado apenas como "língua comum", utilizada somente quando precisam se comunicar com alguém que não entende a mesma língua que a pessoa, praticamente os estrangeiros só (nota-se inclusive um certo desdém pelo inglês). Resumindo, tivemos bastante dificuldade de entender todas as instruções do atendente da locadora mas no fim deu tudo certo. Conseguimos inclusive escapar do golpe do GPS: o atendente informou que era 30 reais a mais o aluguel do GPS. Quando íamos fechar o valor, descobrimos que esse valor era por dia, e recusamos. Outra característica que nos chamou atenção na prestação de serviços sul-africana é a confiança. Quando nos passou os documentos do carro, já nos foi avisado os locais onde o carro tinha pequenos arranhões e, depois na devolução não há uma inspeção minuciosa, tu simplesmente estaciona o carro na garagem e põe a chave numa caixa de devolução. Também só nos foi informado o local do carro e fomos sozinhos até a garagem, onde ficam todas as chaves nas respectivas ignições (o que no fim fez a gente demorar um pouquinho para achar o nosso hehehehe). Dá pra fazer em qualquer DETRAN do Brasil, variando de estado para estado a forma de fazer e a taxa de emissão (no RS por exemplo, bastava na época somente pagar uma taxa de R$60,00). Superadas as tarefas burocráticas de início de viagem, iriamos enfrentar então um dos maiores desafios dessa viagem: dirigir um carro na mão inglesa pela primeira vez. O mais difícil não é nem trocar as marchas com a mão direita, e sim se orientar na faixa contrária do trânsito, com os cruzamentos invertidos (bem bizarro). Como a Juliana é motorista profissional, ela foi a que experimentou primeiro o desafio. Na infinidade de cruzamentos e viadutos da saída do aeroporto fomos se guiando somente pelas placas, já que nosso GPS off-line do maps.me ainda não havia carregado o mapa da cidade, mas foi tranquilo. Quando chegamos na auto estrada propriamente o GPS começou a funcionar e aí nos tranquilizamos e seguimos rumo à Neilspruit. Rindo, mas de nervosos Mas porque Neilspruit se nosso objetivo em ir para o leste era visitar o Kruger Park? Os turistas mais experientes, chegando no horário que chegamos normalmente pegam o carro e fazem os 400 km que separam o aeroporto OR Tambo do Kruger Park em umas 3 horas (devido a excelente qualidade das estradas), chegando no parque ainda antes do horário do check in às 14 horas. Mas nós, sabendo dos nossos limites, tanto físicos quanto à questão de ter que se adaptar à mão inglesa, já prevíamos que iríamos chegar no parque lá pelo final da tarde e, embora o parque feche os portões às 17h, mesmo que chegássemos a tempo de pegar os portões abertos, iríamos "perder" um dia inteiro de parque e uma diária à toa, o que não é barato. Optamos então por pousar essa primeira noite em Neilspruit, umas das cidades bases de quem visita o Kruger e a que encontramos a hospedagem mais barata e, assim no outro dia sair bem cedo e aproveitar de bônus uma manhã inteira no parque. Inclusive, muitos viajantes fazem isso, não se hospedam dentro do parque e sim nas cidades ao redor, somente visitando-o durante o dia. Voltando à estrada, como já havia comentado, as auto estradas sul-africanas são espetaculares! Muito bem asfaltadas, sinalizadas e com várias pistas largas. O limite de velocidade é 120 km/h que dá pra se alcançar sem nem perceber, até com o nosso carrinho alugado Hyundai 1.0. Espetaculares estradas sul-africanas Também, a manutenção é ininterrupta. Cada mínima rachadura no asfalto que avistávamos no caminho já havia toda uma equipe de manutenção sempre numerosa a postos para consertar (o que acaba atrasando um pouco a viagem até hehehe). Qualquer buraquinho na pista já tem uma galera pra consertar O problema é que conta com muitos e caros pedágios (chegamos a pagar o equivalente a 38 reais em um). Mas como o aluguel de carro e a gasolina é barata (na época estava na média de 13 Rands o litro, um pouco mais de 3 reais), nós brasileiros não podemos reclamar. A paisagem é plana com muitos campos e poucas belezas naturais como árvores e rio. O que mais nos chamou a atenção são as muitas usinas termoelétricas no caminho, com aquelas chaminés típicas de usinas nucleares e muitos conjuntos habitacionais que foram construídos por Nelson Mandela durante seu mandato presidencial, aos moldes dos conjuntos habitacionais do minha casa minha vida aqui no Brasil (bem parecidas as construções inclusive). Muitas usinas termoelétricas e conjuntos habitacionais pelo caminho Já com mais de duas horas de viagem, paramos para comer num paradouro na beira da estrada. O paradouro que parecia um mini shopping, nos revelou outra característica do país: a infestação de fast foods internacionais! Dificilmente se encontra algum restaurante ou lanchonete caseiro ou local, a não ser em nível bem rudimentar de bairro mesmo. A maioria ou é fast food ou é aqueles restaurantes gourmet (que acabam tendo preços em conta pra nós brasileiros). Sendo assim, comemos uma fatia de pizza numa lanchonete estilo domino´s de "almoço". Depois de almoçados, seguimos viagem agora com a minha vez de experimentar a direção. Se com carros "normais" já não tenho muita habilidade para dirigir, com mão inglesa então... Toda hora batia a minha mão esquerda no vidro procurando a manopla de câmbio para trocar a marcha hahahaha. Seguindo a 80 km/h numa estrada que permite até 120, umas 3 horas depois chegamos finalmente em Neilspruit. A cidade tem um certo ar de interior misturado com cidade grande. Para quem é do RS, pode-se comparar com a cidade de Caxias por exemplo. Apesar de contar com ruas limpas e bem organizadas, conseguimos achar nossa pousada somente com a ajuda do GPS, já que ficava numa zona residencial bem "escondida" e chegamos já quase no final da tarde. Com os ombros destroçados de tão tensos de dirigir do lado errado da estrada tantas horas, nem fizemos check in e já pedimos direto duas cervejas superfaturadas no bar do hostel para tomar. Experimentamos de cara as duas cervejas mais populares do país: a Castle e a Black Label. Muito boas! Aliás, as cervejas e vinhos da África do Sul estão ainda hoje em 1º lugar no nosso ranking das bebidas que tomamos fora do Brasil. Castle, principal cerveja da África do Sul A pousada que escolhemos foi a Old Vic Travellers Inn, essencialmente pelo preço, já que iriamos só passar a noite mesmo. No entanto, essa pousada fica numa área com bastante verde, aos fundos da reserva natural de Neilspruit, com casas de madeira de vários andares que permitem uma vista privilegiada de toda a natureza da região e com bastante áreas comuns externas super agradáveis para se reunir, fazer um churrasco ou tomar uma coisinha em volta da fogueira à noite. Lugar perfeito para se relaxar por uns vários dias. Pousada Old Vic Travellers Inn E a pousada é mais voltada para relaxar mesmo, não tendo nenhuma pretensão de ser um hostel, contando somente com um quarto compartilhado, que foi o que nós ficamos. Pegamos nossos latões então (lá na África do Sul os latões vem com 500 ml) e sentamos numas espreguiçadeiras na varanda com vista para a área verde para desestressar da viagem de carro. Descansando um pouquinho Feito o check in na pousada, perguntamos para o dono, Dave, um australiano (ou neo zelândes, não lembro) apaixonado por safáris, o que se percebe pelas milhares de fotos dele espalhados pelo local, se havia algum mercado próximo onde pudéssemos comprar nossa janta. Mostrando conhecer o Brasil, ele nos explicou que, diferente do nosso país, na África do Sul não existem mercadinhos de bairro a cada esquina. Na mesma linha dos restaurantes e lanchonetes no país, este nicho é dominado quase que exclusivamente por grandes franquias de supermercados (e são gigantes mesmo os supermercados na África do Sul) sendo estes as mega franquias SPAR, Checkers, Choppies, Pic n Pay (este o mais "popular"), entre outros. Além disso, lá tudo fecha muito cedo, em média 17h da tarde a maioria do comércio já encerrou suas atividades. Pensávamos que isso acontecia somente ali por se tratar de uma cidade do interior mas depois descobriríamos que é dessa forma em todo o país, inclusive em cidades grandes como Joanesburgo e Cape Town. Sabendo já que não teríamos janta, fomos conhecer o resto das áreas da pousada. Descendo a parte de trás da casa principal, mais área verde e, inclusive, descobrimos um "mini-zoológico" por ali com algumas aves, tartarugas, coelhos e vários filhotes de avestruzes, além de um lagarto gigantesco! "Mini zoo" dentro da área da pousada Também tinha uma piscina bem bonita e convidativa, com algumas fontes na borda e numa área bem privativa. Só que, como fica no meio das árvores, não batia sol, fazendo a água ser muito gelada ainda mais já no começo de noite. Mesmo assim, a Juju encarou o mergulho (já que estávamos pagando né hehehe). Piscininha show de bola! Apesar dos vários recantos agradáveis na área externa, mal caiu a noite e a pousada parecia ter virado uma casa fantasma (pra quem tá acostumado com hostels né... estranha), inclusive com as luzes do pátio todas apagadas. Sem nada pra fazer e com o frio que fazia à noite, comemos umas barrinhas de cereais que trouxemos na mochila só pra não dizer que fomos dormir de barriga vazia e nos recolhemos, a ideia era acordar bem cedo para seguir rumo ao Kruger Park! Nosso Quarto
  2. Fala galera! Estava tentando montar um mochilão pela Europa neste ano, sendo que viajaria com a minha irmã. Mas, com esse lance todo da pandemia e a alta das moedas mais fortes, pensamos num outro destino: África do Sul. Pesquisando sobre as atrações e lendo alguns relatos aqui, também despertamos interesse por conhecer a Namíbia. O que não está muito claro pra nós é se seria possível conhecer estes dois países, já que temos um orçamento meio limitado. A ideia seria fazer Safari na Namíbia (Etosha), dar um rolê no deserto e seguir para a África do Sul, Cape Town. Rola fazer isso? Se sim, quantos dias levaria, no mínimo? E quanto eu iria gastar? Agradeco desde já!
  3. https://feitaprafugir.com.br/roteiro-africa-do-sul/ INFORMAÇÕES GERAIS Visto: dispensa de visto por até 90 dias Passaporte: deve ter validade de pelo menos 1 mês da data do retorno ao Brasil Vacinas: exige vacina de febre amarela Quando ir: o ano inteiro Capitais: Cidade do Cabo, a maior das três, é a capital legislativa; Pretória é a capital administrativa e Bloemfontein é a capital judiciária Moeda: Rande (R) Idioma oficial: 11 línguas oficiais, entre elas o inglês Cod. telefone: +27 Padrão bivolt: 230V Tomadas: C, D, M, N Principais operadoras telefônicas: vodacom (data), MTN, Cell C e Telkom Empresas aéreas low cost: Kulula, Mango, Fly Safair (não é boa) VISÃO GERAL DA ÁFRICA DO SUL Os principais lugares para se conhecer na África do Sul são Cape Town, Rota Jardim, Rota Panorâmica, safáris e Johannesburgo, sendo que a rota panorâmica e safáris estão próximos a Johannesburgo (também chamada de Gauteng). A Rota Jardim é ruma rota cênica que inicia-se em Cape Town até Port Elizabeth ou vice-versa. No caminho, passa-se por varias cidadezinhas, que guardam seus principais pontos turísticos: Stellenbosh e Franschhoeck (vinícolas), Gansbaai (mergulho com tubarão na gaiola), Outdshoorn (fazenda de avestruz e cango caves), Knysna (the heads), Plettenberg Bay (Storms River National Park e Reserva Robberg), Tsitsikamma Park (face adrenalin: maior bung jumpee de ponte do mundo). A Rota Panorâmica (ou Panorama Route), por sua vez, é um caminho ao longo do Blyde River Canyon, o terceiro maior canyon do mundo, em Mpumalanga, e que guarda paisagens incríveis. Está a apenas 1h30min do Kruger Park. A ideia é fazer o pernoite na cidadezinha de Graskop e reservar um a dois dias para percorrer a região. SOBRE OS SAFÁRIS 02 dias inteiros de safári são suficientes. Não conte o dia da chegada e da partida; gasta-se cerca de 7h de carro ou 1h de avião. Então isso geralmente soma 4 dias no total: 1 para ir + 2 no parque + 1 para voltar. Quem tem pouco tempo, pode apertar em 3 dias: sai cedo e já faz um safári noturno no dia da chegada + 1 dia de safári inteiro + safári de manhã e partida. http://www.feitaprafugir.com.br O Kruger Park é um parque nacional e dentro dele estão vários acampamentos, sendo o Skukuza um dos principais por sua infraestrutura (restaurante, lojas, mercadinho, piscina e museu). Dentro do parque há varias estradas devidamente demarcadas, onde os turistas podem fazer os self drives ou os safáris organizados pelo local. Também pode-se optar pelos game reserves, que são estabelecimentos privativos, ao redor do Kruger, e em sua maioria lodges de luxo e, obviamente, mais caros. Neles, diz-se que os safáris são mais rústicos, já que não percorrem as estradas já abertas, como ocorre no Kruger. Optamos pelo parque nacional e não nos decepcionamos. Vimos vários animais na beira da pista e quatro dos chamados Big Five, os animais mais difíceis de serem visualizados. Melhores lugares dentro do parque: Skukuza, Pretoriuskop. Melhores lugares fora do parque: Hazyview, Sabie Sand Game Reserve (Elephants Plains Game Lodge). SUGESTÃO DE ROTEIRO 05 dias: Cape Town 05 dias: rota jardim 02 dias: Johannesburgo 03 dias: Safari 02 dias: rota panorâmica 03 dias: Durban (mergulho) PONTOS TURÍSTICOS DE CAPE TOWN Cidade do Cabo City Sightseeing: Preço: R280 (R$81) 2 dias e R180 (R$52) 1 dia Restaurante La Colombe (necessita reserva) Degustação de cervejas: Devil’s Peakn, Beer House, Woodstock Brewery St. George catedral (ao lado do Company´s Garden) Horário: 9-13h Gratuito Company´s Garden Horário: todos os dias de 7-19h (inverno) e 7:30-20:30h (verão) Gratuito Jardim Botânico Kirstenbosch Horário: todos os dias de 8-19h Preço: R75 (R$25) Jardim Botânico Kirstenbosch Long Street (a noite): Bar Beerhouse Truth Coffee Roasting – indicado como melhor café do mundo pelo The Telegraph V&A Waterfront: complexo de lojas, bares e restaurantes Robben Island Horário: 9h, 11h, 13h, e 15h Preço: R360 (R$116); obs.: onde Mandela ficou preso (passeio dura 4h); o passeio sai do W&A Waterfront Obs.: procure fazer o passeio nos primeiros dias, pois este depende de condições climáticas. Boates: Cocoon e Shimmy Beach Club Table Mountain Horário: todos os dias de 8-13h Preço: R360 (R$116); obs.: ir de manhã por causa do tempo Obs.: fora o funicular, a Table Mountain possui várias trilhas, que podem ser percorridas em 1h30min, 3h e até 4h. Percorremos a trilha Índia Venster, que durou 3h, com paisagens imperdíveis. Apesar de ser classificada como difícil, esta trilha pode ser feita por qualquer pessoa, que não tenha medo de altura e algum preparo físico. Escalada da Table Mountain A Renata Sarzi, do A Dream Overland, classifica as trilhas da seguinte forma: Platteklip Gorge Tempo: Pelo menos 1h30 (subida) e 1h (descida) Grau de dificuldade (fôlego): Pesado (subida) e leve (descida) Grau de dificuldade (técnica e exposição à altura): Leve Vista e paisagem: ★★★★★ Avaliação da trilha: ★★★★★ Chata Onde a trilha começa: Tafelberg Rd (na mesma rua do Cableway) Custo: $ Gratuito India Venster Tempo: 3h00 (subida) Grau de dificuldade (fôlego): Moderado a pesado (subida) Grau de dificuldade (técnica e exposição à altura): Leve a moderado Vista e paisagem: ★★★★★ Avaliação da trilha: ★★★★★ Onde a trilha começa: Tafelberg Rd (na mesma rua do Cableway) Custo: $ Gratuito } Skeleton Gorge Tempo: 4h00 (subida) Grau de dificuldade (fôlego): Moderado (trilha bem longa) Grau de dificuldade (técnica e exposição à altura): Leve Vista e paisagem: ★★★★★ Avaliação da trilha: ★★★★★ Onde a trilha começa: Jardim Botânico Kirstenbosch Custo: $ Entrada no Jardim Botânico (cerca de R60) Signal Hill (ao lado do bairro Bo Kaap): ir no pôr do sol (estação de ônibus mais próxima é Kloof Nek) Signal Hill Galileo Open Air Cinema Horário: os portões abrem de ter-sex as 17h e sab-dom as 16h; o cinema começa entre 19:30-20:30h; cinema ao ar livre Preço: R105 (R$34) Gold Restaurant Jantar com danças típicas: R380 (R$123) Jantar no Gold Restaurant Castelo da Boa Esperança Horário: tour guiado 11:00 | 12:00 | 14:00 | 15:00 | 16:00; troca de guarda seg-sex de 10-12h Preço: R50 (R$17) District Six Museum Horário: seg-sab de 9-16h Preço: R45 (R$15) Cape Point Horário: 9-17:30h Preço: R320 (R$103) e funicular R85 (R$28 ida e volta) ou R70 (R$23 só ida) Cabo da Boa Esperança ROTEIRO DIA A DIA EM CAPE TOWN Dia 01: The Old Biscuit Mill Market (só aos sábados), Robben Island, V&A Waterfront; cinema ao ar livre; balada a noite Dia 02: St. George catedral (ao lado do Company’s garden), Company´s Garden, Castelo da Boa Esperança, Jardim Botânico Kirstenbosch, degustação de cerveja na Beerhouse a noite Dia 03: District Six Museum, bairro Ko Baap, Signal Hill (por do sol) Dia 04: table mountain, praia de camps bay (fim de tarde) e clifton beach; jantar no Gold Restaurant Dia 05: vá por Hout Bay; Chapman’s Peak; Cabo da Boa Esperança; Cape Point; Boulders Beach (alugue um carro) VINÍCOLAS Groot Constantia (mais antiga vinícola) Horário: todos os dias de 9-17h Preço: R115 (R$38); obs.: a 15 min de Cape Town Stellenbosh (42 minutos de Cidade do Cabo): principal cidade do circuito de vinícolas da África do Sul, Stellenbosh é uma cidade universitária, com um centrinho bonito, agitado e cheio de bons cafés, bares e restaurantes. Existem dezenas de (ótimas) vinícolas pela região. Franschhoeck (40 minutos de Stellenbosh): uma cidade bem pequenininha, situada no meio de um vale de montanhas. Bem romântica e ideal para descansar e para quem gosta de vinhos e belas paisagens. Os restaurantes também são muito bons. Aqui pode-se encontrar o Wine Tram, um passeio em ônibus e trem, que percorre varias vinícolas da região, dependendo da linha que se escolhe, no momento da compra. São 08 linhas classificadas por diferentes cores e cada uma apresenta diferentes roteiros. Ideal para quem não quer ficar bebendo e dirigindo entre uma vinícola e outra. Esta foi nossa opção e adoramos. Vinícola da rota da Wine Tram ROTA JARDIM – Gansaai, Cabo das Agulhas, Oudtshoorn, Knysna, Tsitsikama/Storms River Plettemberg Bay obs.: algumas das informações abaixo foram retiradas do site I Love Trip. Gansbaai (1h40min de Franschhoeck) – mergulho com tubarões: esse é o melhor lugar para você fazer o incrível mergulho com tubarão branco da África do Sul. Não deixe de incluir esse passeio no seu roteiro de viagem. Quanto tempo: manhã. Existem várias empresas que realizam este passeio em Gansbaai, são elas: 1. Great White Shark Tours 2. Marine Dynamics 3. Shark Diving Unlimited 4. White Shark Ventures (R1750 ou R$488; nossa escolha e super recomendo) 5. White Shark Projects 6. White Shark Diving Company 7. African Shark Eco Charters Obs.: caso não seja possível a visualização de tubarões, já que o local é apenas rota para esses animais, algumas escolas disponibilizam voucher para re-agendamento em outro dia. Cabo das Agulhas (1h20min de Gansbaai) – o Cabo das Agulhas marca o encontro dos oceanos Índico e Atlântico, estando junto a um Farol, que também pode ser visitado. Cabo das Agulhas Oudtshoorn (3h45min de Cabo das Agulhas) – muitos fazem um desvio na Garden Route para ir até Oudtshoorn, a capital mundial do avestruz, com diversas fazendas de avestruzes. Esse desvio só vale a pena se você fizer questão e tiver tempo. A principal atração turística da cidade é a Cango Caves, cavernas com tour para visitação. Highgate Ostrich Show Farm (fazenda de avestruz) Preço: R372 com almoço (R$120); tour parte de 8-16 e almoço de 11-14h Cango Caves Horário: 9-15:30h; o passeio dura 60 minutos (Heritage Tour) ou 90 minutos (Adventure Tour); a temperatura é de 18o Preço: R120 (R$39) ou R180 (R$59) Cango Caves Knysna (1h40min de Oudtshoorn) – uma das cidades mais importantes para o turismo na África do Sul, Knysna (a pronúncia é “Naisna”) tem um charme e elegância com seus morros de calcário e a lagoa formada pelas águas do Oceano Índico. Um píer charmoso, além de mirantes, passeios e bons hotéis e restaurantes tornam o lugar bastante agradável. Knysna também é conhecida como a capital mundial das ostras. Plettenberg Bay (30 min de Knysna) – uma das principais cidades turísticas da África do Sul que não pode ficar fora do seu roteiro. A cidade praiana é super charmosa, com bons restaurantes e hotéis e vistas incríveis do mar para observação de golfinhos; e ainda, com dois parques imperdíveis. Base para visitação das reservas Robberg e Storms River e para o salto de bung jumpee. Reserva Robberg Horário: 7-20h Preço: R50 (R$16) day acess Storms River National Park Horário: 6-22h Preço: R290 (R$94), incluídos passeio de caiaque, trilha até a ponte suspensa e trilha ao topo da montanha (1h30min). Obs.: Você também pode dormir em um dos alojamentos do parque (faça essa escolha como base para visitação da Reserva Robberg, Storms River e bung jumpee). Face Adrenalin (bungee jump) – nessa região fica uma das atrações turísticas mais conhecidas da África do Sul, o mais alto bungee jump de ponte do mundo, com 216 metros. O visual é incrível com muito verde e o Oceano Índico ao fundo. Quanto tempo: meio dia. Horário: 9-16h Preço: R1400 (R$453) + R400 (R$130 foto e vídeo) Port Elizabeth (45min de Tsisikamma) – é uma cidade banhada pelo Oceano Índico, colonizada pelos ingleses e com grande valor histórico. Com praias, comércios e vida própria, a cidade é procurada para o turismo na África do Sul e é ponto de partida para iniciar ou finalizar a Garden Route. Se quiser conhecer mais a cidade fique um dia. Obs.: em Port Elizabeth, na reserva Dorkin, pode-se visitar a Escultura da Fila da Votação, que marcou a primeira eleição democrática do país, gratuitamente. PONTOS TURÍSTICOS DE JOHANNESBURGO É necessário pegar um avião de Port Elizabeth para Johannesburgo (R$350 em 2018). Joanesburgo City sightseeing: R320 (R$103) 2 dias e R255 (R$83) 1 dia; Ticket office: Tyrwhitt Avenue pedestrian zone, next to Hamleys; 9-19h Museu do Apartheid Horário: todos os dias de 9-17h Preço: R100 (R$33) Obs.: reserve ao menos 3h para visitação. Soweto (bairro onde morou Mandela – passeio de bike) Preço: R550 (R$178 por 2h) Nelson Mandela Square e Sandton City: um grande complexo comercial em uma das regiões mais desenvolvidas de Johannesburgo Constitution Hill (prisão onde ficou Mandela) Horário: todos os dias de 9-17h Preço: R100 (R$33) Obs.: contratamos o serviço do guia Ruben, de Moçambique e que fala português. Ele cobrou o valor de R500 (R$140) por pessoa para percorrer os principais pontos turísticos da cidade de 9-16h, com parada para o almoço (não incluído no valor). Contato: +27 73 157 2611 / +27 60 507 4039. HOSPEDAGENS DA VIAGEM AVALIADAS POSITIVAMENTE Melhores bairros em Cape Town: Green Point, Waterkant e Beira mar Hospedagem em Cidade do Cabo – The Greenhouse Boutique Hotel Hospedagem em Ganssai – 28 Kolgans Hospedagem em Outdshoorn – Karoo Retreat Hospedagem em Plettenberg Bay – Riverclub Villa 4200 (melhor hospedagem da viagem) Hospedagem em Graskop – Blyde Lodge Hospedagem em Johannesburgo (pernoite para retorno ao Brasil) – Europrime Guesthouse (café e transfer gratuito) Obs.: os carros foram alugados pela rentalcar. SAFARI (O QUE LEVAR) – Repelente: Use na pele exposta e nas roupas também. O mais eficaz é o repelente à base de dietiltoluamida (DEET). É importante reaplicá-lo a cada 3 horas (no caso de concentração de 20%), 6 horas (concentração de 30%) ou 12 horas (50% de DEET). Atenção! O repelente deve ser aplicado DEPOIS do filtro solar. – Use roupas que protejam todas as áreas do corpo, com mangas compridas, calças compridas, roupas soltas, e sempre use meias (sei que às vezes pode estar calor… Mas tente!!!). Pulverize as roupas com permetrina (presente em inseticidas e repelentes) para reduzir o risco de mordida através da roupa. O site Extreme UV vende camisas anti-mosquito e com proteção UV (super frescas no calor). – As recomendações são usar roupas de tons pastéis, não usar perfumes muito fortes, não levantar, não gritar e não falar alto, principalmente se estiver próximo dos animais; não fumar. Levar uma roupa de frio, levar óculos escuros, chapéu/boné, repelente e protetor solar. Não esquecer máquina fotográfica e, se puder, um binóculo. PONTOS TURÍSTICOS DO BLYDE RIVER CANYON (Rota Panorâmica) 1. Lisbon Falls: 8-17h; R10 (R$3) e Berlim Falls 2. Bourke’s Luck Potholes: 7-17h; R63 (R$18) 3. Three Rondavels: 7-17h; R30 (R$9) 4. God’s Window: 7-17h; R17 (R$5) 5. The Pinnacle Rock: 7-17h; R17 (R$5) Three Rondavels Bourke’s Luck Potholes Uma dica de restaurante na rota é o Kadisi Restaurant, dentro do Forever Blyde Canyon Resort; serve comida africana e tem uma vista espetacular. O restaurante está ao lado da Three Rondavels. MERGULHO EM UNKOMAAS (40min de Durban) Para quem pratica mergulho, em Unkomaas é possível mergulhar com os tubarões sem gaiola. A experiência é incrível. Esse mergulho é chamado de Baited Dive. Contratamos o serviço da Blue Ocean Dive, que nos fez um pacote com 04 mergulhos (tubarão, naufrágio e dois arrecifes), todo o equipamento, transfer, café da manhã e hospedagem para 02 dias por R$1.500 por pessoa. A estrutura do local é absurda. Trata-se de um prédio onde estão alocados o hotel, restaurante e dive center. É necessário ser mergulhador avançado com o mínimo de 30 mhttp://www.feitaprafugir.com.brergulhos. Isso porque é realmente um mergulho bem independente. A DM repassa as informações e você cuida de si e do seu dupla dentro da água.
  4. Olá, Eu voltei de Cape Town e trouxe alguns Randes de volta, caso você seja da Capital de São Paulo ou região metropolitana me contate. Sei que esse ano está difícil e a normalidade de mochilhar por aí, e nossa rotina retome apenas em meados de 2021. Espero que estejam seguros e take care! WhatsApp: 11 967507797
  5. Resumo: Itinerário: Joanesburgo (África do Sul) – Katmandu (Nepal) – Bhaktapur - Pokhara – Zhangmu (Tibet) – Tingri – Xigatse – Lhasa - Zhangmu – Katmandu (Nepal) - Janakpur - Lumbini – Katmandu - Caminhada até o Lago Gosaikund (Chisapani – Kutumsang - Ghopte - Gosaikund – Thulo Syabru - Syapru Besi - Dhunche) - Katmandu Período: 08/09/2003 a 09/11/2003 Ida: Voo de São Paulo (Guarulhos) a Joanesburgo na África do Sul pela South Africa Airways. Após parada de 4 dias, voo para Mumbai na Índia pela South Africa Airways. De lá voo para Nova Déli pela Air India. De lá voo para Katmandu no Nepal pela Indian Airlines. Volta: Era para ser voo da Royal Nepal Airlines até Nova Déli na ïndia e depois pela Jet Airways até Mumbai. Porém o avião teve problemas antes da decolagem, o que me fez permanecer por 6 dias em Katmandu até conseguir um voo direto pela Royal Nepal Airlines até Mumbai na Índia. De lá voo pela South Africa Airways até Joanesburgo na África do Sul e depois até São Paulo. Considerações Gerais: Depois de tanto tempo não pretendo nem consigo fazer um relato detalhado, pois nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, mas vou tentar descrever a viagem com as informações de que lembrar e que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante ou ter uma base para pesquisar detalhes, principalmente o trajeto, tipos de acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Acho que o relato principalmente serve para ideias de roteiros a quem se interessar e também como um relato das experiências vividas. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em toda a viagem houve todo tipo de clima. Em Joanesburgo fez sol quase todo tempo, com temperaturas amenas, levemente frias de manhã e à noite e esquentando ao longo do dia. No Nepal houve bastante sol, mas também alguma chuva, principalmente em Pokhara. Houve neve no Lago Gosaikund. No Tibet fez sol quase sempre, porém as temperaturas foram um pouco frias ao amanhecer a anoitecer, às vezes esquentando ao longo do dia, mas não muito. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Houve vários mal-entendidos devido à língua, ao alfabeto e aos costumes no Nepal e no Tibet, onde quase ninguém falava inglês. Em Joanesburgo houve um episódio em que senti olharem-me com ódio, talvez por minha pele ser branca. Muitos disseram-me para não ir por conta própria para vários lugares, pois poderia ser morto. As paisagens ao longo da viagem agradaram-me muito, passando por áreas de florestas, rios, cachoeiras, montanhas e outros . Achei deslumbrantes especialmente as montanhas nevadas, em particular os Himalaias. Alguns trajetos de ônibus no Nepal e no Tibet passaram na beira de precipícios bem altos, o que foi um teste para os nervos 😟. Houve muitos problemas com pneus furados. Houve pontos em que os veículos atolaram e vários congestionamentos devido a deslizamentos de terra. Como havia uma guerrilha tentando tomar o poder no Nepal, houve muitas paradas para checagem pelo exército. As viagens foram muito lentas devido a tudo isso. Para entrar no Tibet foi necessário ir em uma excursão até Lhasa, por exigência do governo chinês. Em Joanesburgo recomendaram-me não usar transporte público, sob pena de sofrer violência. A viagem no geral foi tranquila. Não tive nenhum problema direto de segurança, mas houve uma decretação de paralisação geral pela guerrilha no Nepal que o exército respondeu decretando toque de recolher. Em Joanesburgo contaram-me a respeito de muitos episódios de violência. Quase ninguém aceitou cartão de crédito. Mas consegui fazer saques nas moedas locais usando o cartão de débito Visa Electron. Levei cerca de US$ 1,300.00 em espécie, mas gastei bem menos. Na África do Sul saquei R$ 511,75 e paguei R$ 24,81 de tarifas. Gastei mais R$ 28,05 com cartão de crédito. No Nepal saquei R$ 178,97 e paguei R$ 10,86 de tarifas. Troquei mais uns poucos dólares também. No Tibet saquei R$ 431,68 e paguei R$ 15,97 de tarifas. Acho que troquei alguns poucos dólares lá também. Paguei US$ 129.00 pela excursão para ir ao Tibet. Acho que ao todo gastei cerca de US$ 530.00 a US$ 630.00 na viagem sem contar a passagem aérea. A passagem aérea custou pouco menos de US$ 1,500.00 obtida através da agência Via Aérea (http://viaaerea.tur.br). No Nepal achei a comida com muitas especiarias, ardida como pimenta. Como não gosto, tive alguma dificuldade. A Viagem: Fui de SP (Guarulhos) a Joanesburgo na 2.a feira 08/09/2003 pela South Africa Airways (https://www.flysaa.com). A saída estava prevista para as 18:15. Cheguei em Joanesburgo pela manhã na 3.a feira 09/09. Tive alguma dificuldade de comunicação com alguns atendentes do aeroporto provavelmente devido ao sotaque e ao meu nível de inglês precário. Obtive informações no balcão correspondente do aeroporto e confirmei as informações que tinha lido de que a cidade poderia ser perigosa. No próprio aeroporto encontrei um rapaz e uma moça do hostel Africa Centre (http://www.cheaphotelsandhostels.com/hostel/h-3170/Africa-Center-Airport-Hostel) fazendo propaganda e, analisando as outras opções, resolvi aceitar a oferta deles. Disseram que o hostel ficava numa área muito segura perto do aeroporto. O rapaz comentou que seria perigoso visitar os pontos de interesse por conta própria. Contou relatos de pessoas que haviam sido mortas. Achei que poderia ser exagero para me levar à compra de pacotes. Chegando ao hostel, após acomodar-me, fui dar uma volta pelos arredores. Foi possível perceber que havia preocupação com segurança nas várias residências, com placas de resposta armada de empresas de segurança. Um pouco cansado, com um pouco de sono após uma noite no avião e sem ter almoçado, não fui muito longe e depois de andar um pouco, parei numa praça para descansar. Lá um homem pediu-me dinheiro, dizendo que estava com fome, pois não havia almoçado. Como ele me pareceu em bom estado, como não havia nenhum local que eu conhecesse para comprar alimentos por perto e como tenho certa reserva em dar dinheiro, pois nunca se sabe para onde vai, acabei desejando-lhe boa sorte, mas não lhe dei nada. Notei que várias vezes pessoas negras mudavam de calçada quando iriam cruzar comigo. Achei coincidência num primeiro momento. À noite no hostel conheci a dinamarquesa Liz, recém-formada ou acabando a formação na área de negócios, e a inglesa Emma e seu namorado, que pretendiam ir ao Parque Kruger. Consultei também os preços para visitar alguns pontos que desejava. Para as atrações de Joanesburgo veja https://guia.melhoresdestinos.com.br/pontos-turisticos-de-joanesburgo-141-1467-p.html, https://www.planetware.com/tourist-attractions-/johannesburg-saf-gp-jo.htm e https://www.lonelyplanet.com/south-africa/johannesburg/attractions/a/poi-sig/355617 . Os pontos de que mais gostei foram os itens históricos, os típicos da África, a mina de ouro e o Museu do Apartheid . No dia seguinte, 4.a feira 10/09, bem mais descansado, fui dar uma grande volta pelos arredores para tentar descobrir se seria possível ir por conta própria para o centro e os demais pontos de interesse. Perguntei a cerca de 20 pessoas brancas se seria seguro e unanimemente elas me disseram que não, sendo que boa parte delas disse-me que eu poderia morrer. Achei que poderia ser algum tipo de discriminação e ideia deformada por parte dos brancos. Tentei então procurar pessoas negras para ver a sua opinião. Falei também com cerca de 20 e, para minha surpresa, a opinião deles foi a mesma dos brancos, porém não me lembro de terem me falado que eu poderia morrer. Só disseram para eu não ir, pois não seria seguro. Só houve uma exceção, que foi o vendedor de bilhetes da estação de trem, que disse que eu poderia ir sem problemas. Mas eu resolvi não ir e, apesar dos valores bem mais altos, resolvi ir em excursões coletivas privadas nos dias seguintes. No meio da tarde, quando pedia informações às pessoas sobre caminhos, conversei com uma mulher branca de uns 50 ou 60 anos em sua oficina e ela me disse que não dava para ir a pé ao centro, porque havia muitas pistas só para carros e porque passaria por áreas perigosas. Acho que o marido dela ficou com ciúmes da atenção que ela me deu (pareceu com um enfoque maternal). Falei também com um vigilante negro, que num primeiro momento mostrou-se na defensiva, mas conforme que a conversa foi evoluindo informalmente, tornou-se bastante amistoso e, no fim, estendeu a mão num cumprimento típico. Paralelamente um outro vigia atravessou a rua e veio cumprimentar-me. Desejaram-me longa vida sorrindo. Fiquei bestificado 😲. Este episódio de um branco conversar com um negro sem ser por alguma questão de serviço pareceu-me ser algo raro por ali, um evento. Isso me fez achar aquele estado de coisas infeliz ☹️. Lembrei-me do Brasil, que apesar de toda a questão do preconceito, é um lugar em que sempre tinha convivido com muitos negros e mestiços de maneira amigável, em ambiente de trabalho, escola, esportes, cultura, família etc. Neste dia nadei na piscina do hostel, apesar da água um pouco fria do fim de inverno. Um dos atendentes até me perguntou sobre a temperatura da água. À noite ainda conversei com um dinamarquês amigo de Liz, que me recomendou cautela se fosse tentar ir a algum local por conta própria. Na 5.a feira 11/09 fui numa excursão pela manhã, junto com outros estrangeiros, conhecer o centro da cidade, incluindo museu, lojas típicas, praças, prisão em que ativistas anti-apartheid estiveram (incluindo Nelson Mandela) e outros itens. Lembro-me de um alemão, um australiano e talvez algumas alemãs. As pessoas estavam muito temerosas de sair para andar em áreas públicas, especialmente o alemão. Quando fomos ao Parque Joubert (https://en.wikipedia.org/wiki/Joubert_Park), perguntei se poderia dar uma volta, o guia autorizou e eu fui. Só havia negros. Pelos olhos achei que cerca de 20% pareceram muito surpresos e felizes com minha presença, como que a me convidar a ficar à vontade e desfrutar do ambiente. Cerca de 40% pareciam indiferentes e evitavam o contato visual. Outros 20% pareciam não gostar e alguns até pareciam esperar alguma oportunidade de algum delito (até aí nada diferente do que em alguns locais de SP). Porém, o que me assustou foi que havia cerca de 20% que pareciam fazer questão de me olhar fixamente com aparente ódio, sem nunca me terem visto antes. Seu olhar parecia exprimir raiva e, se tivessem oportunidade, acho que cometeriam violência contra mim. Nunca tinha passado por isso. Mesmo em locais onde há crime ou algum tipo de rivalidade no Brasil, nunca tinha sentido alguém olhar-me assim. Fiquei tristemente espantado ☹️. Não entramos na Galeria de Arte porque o tempo era curto e a galeria muito grande. Apenas vi as obras da sala de recepção. Fomos para lojas típicas e para áreas centrais. Andamos um pouco por lá e depois fomos para outra excursão à tarde, com destino ao Soweto. No caminho o alemão, que parecia não querer se aventurar a andar muito longe do guia e em locais públicos, contou a seguinte história, que foi narrada por jornais alemães, alguns dos quais sensacionalistas. Um casal de alemães saiu para assistir um espetáculo de música no centro da cidade à noite. Beberam e depois saíram andando pelas ruas, dispensando o táxi. O homem tinha um relógio no pulso, a mulher tinha anéis nos dedos e um colar. Ele deu uma pausa na história, olhou pela janela, tomou fôlego e continuou. Quando acharam o homem ele não tinha a mão. Quando acharam a mulher ela não tinha nenhum dos dedos e nem a cabeça. Ambos morreram e alguns jornais sensacionalistas publicaram fotos na primeira página. Aí eu entendi porque ele estava tão cauteloso. Juntaram-se a nós mais algumas pessoas para o passeio, incluindo um belga e talvez mais uma ou duas alemãs. Começamos o passeio pelo Soweto parando no início do bairro e entrando numa espécie de tenda ou bar de madeira onde se vendia comida típica, um tipo de churrasco, e cerveja. O australiano comprou uma e gostou. Depois fomos conhecer locais históricos, casa de Desmond Tutu, de Mandela, Steve Biko, locais de manifestações, uma ocupação (o que chamaríamos aqui de uma favela em área não autorizada) e uma favela. Na ocupação chamou-nos atenção uma placa do KFC que eles penduraram em uma das casas. Chamou a atenção do belga o fato deles conhecerem David Beckham. Na favela eu perguntei se seria perigoso entrarmos nas vielas e o guia disse que dependia de até onde eu quisesse ir. Achei melhor não ir para não expor o grupo e porque não sabia se havia algo relacionado a algum tipo de crime ali, como narcotráfico. Quando estávamos indo embora, um homem da favela com que eu havia conversado pediu-me comida. Eu não tinha nada na mão e fui ao grupo perguntar se alguém tinha algo. Mas o guia não gostou e falou para irmos embora. Disse: “Não podemos (temos capacidade para) alimentar todos”. Chegamos de volta ao hostel à noite. Na 6.a feira 12/09 fui com o transporte da excursão a Golden Reef (https://en.wikipedia.org/wiki/Gold_Reef_City), onde havia uma enorme e típica mina de ouro. Mas fui fazer o passeio só, pois os outros iriam para outros passeios. Havia uma espécie de parque de diversões no mesmo local e, achando que teria bastante tempo, decidi conhecer um pouco dele antes e depois da visita à mina. Foi um grande erro, pois perdi tempo precioso, que poderia ter usado na visita ao Museu do Apartheid. Achei as atrações do parque interessantes, mas parecidas com os parques de diversão que conhecia em São Paulo. Achei a visita à mina espetacular . Nunca tinha visitado uma mina de ouro subterrânea. Achei impressionantes as estruturas, o modo de trabalho, todo o local e o processo. Por não ver, liguei a lanterna na cara de um trabalhador da mina de apoio à excursão enquanto a guia dava explicações e ela logo me chamou a atenção, mostrando o trabalhador, que eu não havia visto porque estava numa área escura dentro de uma estrutura da mina. Após a visita à mina, enquanto passeava pelo parque, vi um prédio grande não muito distante e descobri tratar-se do Museu do Apartheid (https://www.apartheidmuseum.org). Apesar de já ser tarde, apenas 1 hora a 1 hora e meia antes do que havia combinado com o motorista da excursão para me pegar de volta, decidi ir visitá-lo. Gostei muito. Havia muitos ambientes, contando a história da segregação racial no país, desde as guerras entre holandeses Boer e ingleses, do convívio com os zulus, da passagem de Gandhi por lá, até os dias mais recentes (não consegui ver o fim, então não sei exatamente até onde ia). Havia um trecho em que brancos passavam por uma área e negros por outra, de modo que os brancos vissem como eram tratados os negros e como eram os ambientes em que viviam e os negros vissem como eram tratados os brancos e como eram os ambientes em que viviam. Na área dos atentados, torturas e assassinatos promovidos pelo governo, chamou-me a atenção o número de explicações claramente (parecia que até propositalmente, com intuito de intimidar) falsas a respeito de prisioneiros mortos, a maioria enquanto tomava banho (tomava banho, escorregou, bateu a cabeça e morreu, caiu no banheiro e morreu etc). Lembrou-me algumas das explicações da ditadura militar no Brasil referentes a atropelamentos por caminhões, além da dada no caso de Vladimir Herzog. Infelizmente o horário que havia combinado com o motorista da excursão estava chegando e parei na seção de atentados, nos anos 1980. Até tentei propor ao motorista que me pegasse no fim da tarde, mas ele estava levando o pessoal da excursão de volta e não tinha previsão de nova excursão à tarde. Aí disse que não seria possível, a menos que eu pagasse pela gasolina como táxi individual. Eu acabei não querendo e voltei com eles. De volta ao hostel conversei com um espanhol e outro viajante (acho que também era espanhol). Perguntaram-me como ia indo o Lula em seu primeiro ano de governo, conversamos sobre o mundo e sobre os perigos da viagem ao Nepal, que tinha uma guerrilha maoísta. No sábado 13/09, perto da hora do almoço, peguei uma transferência, junto com um dos dois espanhóis. Eu estava indo para o aeroporto e ele, se bem me lembro, para o shopping. Na sala de espera para o embarque, vi que havia um grupo de brasileiros indo para a Índia, que perceberam que eu era brasileiro. Eram Fábio, dono de uma empresa de aço e seu irmão ou cunhado. Fomos conversando uma parte do voo e eles, principalmente o Fábio, tinha interesse em esoterismo. Falou-me de sua experiência com vários locais de estudos de filosofia e esoterismo que eu também conhecia. Por coincidência ele era formado na mesma escola que eu, só que em engenharia metalúrgica. Ele me falou que eu era a primeira pessoa que ele conhecia que de fato fazia uma viagem ao Tibet, pois muitos falavam, sonhavam, mas não faziam. Falou-me ainda que era só assistir televisão e ver como era o mundo para se esquecer tudo de que se falava sobre esoterismo nos locais de estudo ou encontro. Achou um pouco forte o tempero da comida e eu lhe disse sorrindo que ele não tinha visto nada ainda 😀. Depois de ter voltado ao Brasil fui jantar na casa dele, conheci sua mulher e filhos e conversamos sobre minha viagem a passeio e a dele de negócios. Chegamos a Mumbai de madrugada, ele lá ficou e eu fui pegar conexão para Nova Déli pela Air India (http://www.airindia.in), morto de sono. Cheguei em Nova Déli no amanhecer. Tive que ficar numa área restrita, pois precisava de um atendente da Indian Airlines (https://en.wikipedia.org/wiki/Indian_Airlines) para me liberar para o novo embarque. Foi uma espera de algumas horas (cerca de 3) não muito agradável. Ainda tive que pagar uma taxa de US$ 5.00, se bem me lembro. Após a liberação fui para a sala de embarque para Katmandu. Conheci uma médica de Médicos Sem Fronteiras, que me deu 3 sugestões de ouro, apesar de algumas óbvias, sobre como enfrentar a altitude. Primeiramente, respirar fundo (inspirando e expirando longamente), depois dormir com a cabeça bem elevada do corpo, não em linha reta e por fim, beber muita água. Estes 3 procedimentos simples ajudaram-me muito e tive muito menos problemas do que em uma ida anterior a regiões altas. Embarquei no domingo no fim da manhã, morto de sono. Havia 3 lugares na fileira em que eu estava, comigo, um russo e um indiano. Eu ri e comentei com eles que era um retrato do mundo. Fomos conversando sobre Moscou, a questão dos atritos entre Islamismo e Ocidente, a Índia e a situação política no Nepal. O indiano disse-me que as montanhas eram seguras, mas para eu não ir ao Terai (https://pt.wikipedia.org/wiki/Terai). Ao longo da viagem perguntei a várias pessoas sobre a situação política e todos disseram-me que a situação estava sobre controle. Chegando em Katmandu, no domingo 14/09 no meio da tarde, tirei o visto de entrada no aeroporto. Precisava de uma foto, que a atendente da embaixada da Índia no Brasil (que representava o Nepal) havia me dito. Levei comigo e poupei o preço de tirar a foto no aeroporto. Paguei uma taxa pelo visto (algo como US$ 50.00). Peguei um táxi e fui para a área conhecida como Thamel (https://en.wikipedia.org/wiki/Thamel), onde ficavam os estrangeiros geralmente. Dadas as notícias que havia ouvido, achei a situação até bem tranquila. Um guia recomendou-me um hotel por US$ 6.00 a diária, em que acabei ficando nos primeiros dias, até descobrir que havia outros muito mais baratos. Após instalar-me, resolvi deitar um pouco para depois ir jantar, pois não consigo dormir em aviões e estava bem cansado. Fui acordar de madrugada e acabei decidindo dormir até o dia seguinte 😴. Para as atrações de Katmandu veja https://wikitravel.org/en/Kathmandu, https://www.lonelyplanet.com/nepal/kathmandu e https://thingstodoeverywhere.com/visit-kathmandu-attractions.html. Os pontos de que mais gostei foram as stupas, os templos, os prédios e monumentos históricos, as vistas a partir de locais altos e a população local . Conversei com um agente de turismo local e ele me deu informações sobre os locais a conhecer no Nepal, os preços, as formas de transporte e as condições gerais do país. Disse-me para não ir para a região de Lumbini, pois havia muitos pontos de checagem do exército nas estradas, o que tornaria a viagem cansativa, além de ser área com muitos guerrilheiros, que não costumavam atacar os turistas, mas pediam dinheiro para que pudessem prosseguir. E tudo poderia acontecer, nada era garantido. Na 2.a, 3.a e 4.a feira fui visitar as 3 principais stupas de Katmandu, que eram Swayambhunath (https://www.swayambhunathstupa.org/), Boudha (https://boudhanathstupa.org) e acho que a última era em Patan. Achei as estupas espetaculares , principalmente as 2 primeiras. Gostei mais de Swayambhunath, mas Boudha também pareceu-me muito boa. Além de todo o clima espiritual, a vista lá de cima também era muito boa e ampla. Passei também por templos, monumentos, parques e palácios nas áreas centrais e no caminho para as estupas. Achei que havia um certo clima de tensão devido à guerrilha e à possibilidade de atentados ou talvez eu estivesse precondicionado. A cidade em si parecia-me com trânsito um pouco caótico e com estrutura simples, mas sem extremos de pobreza, apesar de haver mendigos. Acho que uma visão ocidental materialista diria que era bem pobre. Aproveitei também estes dias para obter informações detalhadas sobre a ida ao Tibet, algo que não tinha conseguido no Brasil. Fui ao consulado chinês e obtive as informações necessárias. Se bem me lembro obtive um visto de 15 dias, que era o que o governo chinês oferecia para quem entrava por ali. Fui também a agências de turismo obter informações sobre excursões ao Tibet, posto que o governo chinês não permitia viagens de estrangeiros sem ser vinculadas a excursões. Na 4.a feira à tarde correu um boato de que a guerrilha decretaria uma paralisação geral. Quando cheguei ao hotel informaram-me que o rei havia decretado toque de recolher naquele dia e provavelmente nos outros também. Fui jantar e quase me perdi na volta ao hotel. O toque de recolher era as 23 horas e já eram 22 horas e as pessoas andavam rapidamente, num clima de desespero. A atendente de uma agência de turismo em que eu havia ido disse-me que se estivesse na rua após o horário as forças armadas tinham ordem de atirar. Enquanto procurava pelo caminho para o hotel, que era meio escondido, em meio às pessoas correndo, dei de cara com um carro de combate com soldados . Levei um susto, cruzei com eles, mas nada aconteceu. Tentei perguntar para os habitantes locais, mas naquele clima tudo era difícil, além da língua, que eu não sabia falar. Mas achei o caminho e voltei para o hotel aliviado. Esta situação lembrou-me a cena com o desespero da população na invasão da China no filme “O Império do Sol”. Na 5.a feira 18/09 perguntei aos atendentes do hotel se poderia visitar pontos de interesse e eles me disseram para não ir longe. Acabei não atendendo o que disseram. Primeiramente fui até a parte antiga da cidade, que achei espetacular . Não tinha ideia da existência daquele conjunto histórico razoavelmente preservado. Depois fui a Bhaktapur (https://en.wikipedia.org/wiki/Bhaktapur) andando. Fui conhecendo os vários pontos de interesse pelo caminho. Gostei também bastante de lá. Novamente achei grandioso o conjunto histórico e arquitetônico . Parecia mais calmo, pois era uma área turística, mas novamente pareceu-me tenso o clima. Um nepalês, que veio conversar comigo, perguntou-me como eu havia chegado lá e quando disse que tinha vindo só e andando, ele ficou admirado e disse que eu devia ser muito inteligente para conseguir chegar (talvez ele devesse ter dito muito louco). Na 6.a feira 19/09 fui à última grande stupa que haviam recomendado em Katmandu. Cada uma delas era em direção a um ponto cardeal em relação ao Thamel e esta, se bem me lembro, era para Norte ou Nordeste (talvez fosse Budhanilkantha - https://en.wikipedia.org/wiki/Budhanilkantha). Fui andando. Gostei. Achei-a menor e mais simples que as outras, mas ainda assim achei-a interessante. Passei por templos próximos e fui visitando os pontos de interesse no caminho. No sábado e domingo mudei para um hotel mais barato, cerca de US$ 2.00 a diária e fui tentar visitar os templos de Pashupatinath (http://pashupatinathtemple.org) e Guhyeshwari (https://en.wikipedia.org/wiki/Guhyeshwari_Temple). Mas não eram permitidos para não hindus. Na porta de Pashupatinath havia estátuas de deuses e uma placa enorme dizendo que só era permitido para hindus. Mas como eu estava apreciando as estátuas não vi a placa. Olhei para os guardas e eles não falaram nada. Acho que imaginaram que eu era hindu. Alguns minutos após entrar, quando observava uma estátua de Ganesha, um sacerdote brâmane veio até mim e rispidamente perguntou o que eu estava fazendo ali, pois não era permitido para não hindus. Eu fiquei surpreso e disse que não sabia. Ele me conduziu parte do caminho até a porta. Lá, vi a enorme placa e fiquei constrangido 😳. Um outro brâmane passou indo embora e eu lhe falei que era leitor do Bhagavad Gita e gostava do hinduísmo. Ele me disse que isso era bom, mas que eu não poderia entrar. Aparentemente esta norma mudou nos dias atuais. Nos outros templos fiquei mais atento antes de entrar. Em vários pude entrar, sem problemas. Apreciei o Dal Bhat, que era um prato típico do Nepal, com arroz, lentilha e legumes (poderia ser também com carne, mas eu sou vegetariano). Parecia nosso arroz com feijão, porém alguns vinham com muitas especiarias, o que os fazia ardidos. Descobri também uma doceria que tinha uma promoção de 50% de desconto no fim da noite, o que me pareceu tornar atraente os preços dos bolos e tortas . Perguntei a um judeu onde poderia encontrar um mapa gratuito da região e ele me disse sorrindo “em seus sonhos”, mas completou dizendo que os mapas não eram caros. Conheci um outro judeu que também procurava ir ao Tibet. Procuramos juntos por agências de turismo e conseguimos fechar com a mais barata por US$ 129.00 uma excursão de 4 dias, saindo de Katmandu e chegando a Lhasa, com transporte, hospedagem e café da manhã do primeiro dia incluídos. A excursão mais próxima sairia dia 28/09. Ele pareceu um pouco incomodado com o fato de eu pedir informações a qualquer pessoa. Provavelmente em Israel esta prática era perigosa. Ele era agricultor e conversamos sobre a situação de guerra existente em Israel. Conheci um outro turista (acho que era europeu) que comentou sobre sua viagem e disse que estava agendado para ir ao Tibet também e me disse que sua chegada estava prevista para 01/10. Comentei com ele que minha previsão era a mesma e imaginei que iríamos na mesma excursão. Dada a data da excursão, decidi ir conhecer Pokhara enquanto esperava. Peguei um ônibus na manhã da 2.a feira 22/09 e cheguei no fim da tarde. As viagens costumavam demorar muito porque as estradas eram precárias, havia deslizamentos de terra e havia checagens de segurança feita pelas forças armadas. Nesta primeira, se bem me lembro, não houve muitos incômodos. Fiquei numa espécie de casa de família que tinha alguns cômodos para hóspedes. Alguns turistas estrangeiros que estavam na cidade disseram-me que nem se notava o toque de recolher por ali e que a situação era muito mais calma do que em Katmandu. Para as atrações de Pokhara veja https://myownwaytotravel.com/tourist-destination-pokhara-tour-guide/, https://www.lonelyplanet.com/nepal/pokhara e https://wikitravel.org/en/Pokhara. Os pontos de que mais gostei foram as montanhas, os templos, o lago, a vegetação e as vistas a partir de locais altos . Fiquei lá até 6.a feira 26/09. Foi difícil ter uma vista limpa das montanhas, pois lá chovia muito e havia muita nebulosidade. Se bem me lembro as informações diziam que o tempo ficava chuvoso mais de 200 dias por ano. Mas em alguns dias houve algumas aberturas das nuvens e no último, principalmente, foi possível uma razoável vista dos picos e das montanhas. Num dos dias fui até um templo que ficava no topo de uma montanha e que havia visto lá de baixo. Fui intuitivamente por uma trilha na montanha no meio do mato . Fui perguntando para as pessoas que encontrava pelo caminho, muitas coletando algum tipo de produto agrícola ou fazendo extrativismo vegetal ou mineral. Perguntava por “Buda” e eles (em boa parte mulheres) apontavam-me o caminho. Cheguei a fazer uma marca no chão numa encruzilhada para não me perder na volta. Chegando lá um vendedor ambulante perguntou-me se eu havia vindo pela floresta e me disse que poderia ser perigoso, narrando o caso de um japonês que havia sido morto por estrangulamento ou enforcamento há um tempo atrás. Disse que sozinho era problemático, mas em dois ou mais não havia problemas. Gostei muito deste templo que era a World Peace Pagoda (https://en.wikipedia.org/wiki/Shanti_Stupa,_Pokhara). Gostei muito também da paisagem vista lá de cima e da vegetação ao longo da trilha. Depois de ficar um bom tempo lá, desci por um outro caminho, que passava no meio de uma comunidade local. Um habitante local acompanhou-me parte do caminho, até pegar um atalho para sua casa. Não havia a vegetação espetacular da mata, mas a vista era bela. Nem precisei usar a marca que havia feito no chão. Num outro dia fui até um templo que havia no meio do lago. Acho que era o Templo Tal Barahi (https://en.wikipedia.org/wiki/Tal_Barahi_Temple). Fui nadando, o que surpreendeu alguns habitantes locais, pois havia barcos pagos. Deixei minha carteira e passaporte no local em que estava hospedado e fui com calção de banho e camisa. Era próximo, talvez cerca de 100 a 200 metros. Achei bem interessante, simples, mas típico. Ocupava a ilha toda. Numa ocasião, perguntando a um rapaz por informações, ele alertou-me sobre ficar andando por lugares desertos, dizendo que havia uma “discussão”, referindo-se à disputa entre o governo e a guerrilha maoísta. Num dos dias à noite, fui visitar uma loja de tapetes. Era de muçulmanos e, pelo meu interesse em questões religiosas, para começar uma conversa amistosa, perguntei referente à questão da Guerra Santa não ter sido criada por Maomé. Acho que não foi uma boa ideia, pois eles se empolgaram com a conversa e começaram a falar sobre os muçulmanos, sobre a discriminação que estavam sofrendo após o 11 de Setembro (que estava fazendo 2 anos), chegando a me perguntar se eu achava que tinham 6 dedos por serem muçulmanos. Como eu disse que não era cristão, apesar de ter sido criado numa cultura cristã, creio que quiseram converter-me. Tanto que disseram que iriam chamar um estudioso que teria muito mais argumentos. Mas aí entraram algumas pessoas interessadas nos tapetes e desviaram sua atenção. Eu aproveitei a ocasião, agradeci pela conversa, despedi-me e fui embora. Numa noite conheci um japonês num restaurante enquanto jantávamos e conversamos sobre nossas viagens. Comentamos como eram baratos os produtos e serviços no Nepal. Interessante como havia reposição gratuita de alimentos (arroz, lentilhas, vegetais). Por várias vezes caminhei por trilhas e estradas com vegetação natural. A vista do lagos, dos cursos de água, das montanhas e da vegetação agradou-me muito. Se bem me recordo foi nesta região que atravessei uma ponte parecida com aquelas que se vê em filmes de aventura, geralmente na África, sobre um desfiladeiro ou uma garganta, feita de cordas e com piso vegetal. Imaginei como seria aquela ponte num dia com ventania. Na 6.a feira, quando disse ao dono da casa em que estava hospedado que iria embora no dia seguinte para o Tibet, ele disse que ali era a minha casa e que o Tibet seria caro. Eu sorri, mas prossegui com meus planos. No sábado 27/09 voltei para Katmandu para poder pegar a excursão no domingo. A viagem foi lenta e cheguei já de noite. Mesmo assim fui ao local da agência de turismo para confirmar o local e horário de embarque e combinamos que um dos atendentes fosse ao hotel e me acordasse caso eu não aparecesse, pois a saída era cerca de 5h da manhã. Fiquei num outro hotel, com preço semelhante ao anterior ou um pouco mais baixo, se bem me lembro. A viagem de ida ao Tibet de 28/09 a 01/10 teve a paisagem que achei mais espetacular em toda a viagem e talvez a mais espetacular que vi na vida , talvez por não estar acostumado a este tipo de vista. No domingo 28/09, eu acordei na hora, pois tinha ficado com o horário na cabeça, o guarda do hotel ajudou-me a acordar para não haver perigo de eu voltar a dormir e logo em seguida chegou o atendente da agência de turismo, para não haver nenhum perigo de perder a hora mesmo. Ele esperou por mim e fomos até o ponto onde estavam os veículos. Os agentes de turismo disseram que todos eram geralmente muito gentis, menos o exército chinês. Creio que esperamos ali por cerca de 1 hora ou mais até todos chegarem e podermos partir. Fomos em comboio, creio que também por questões de segurança. Paramos num hotel restaurante cerca de 1 hora depois da partida para tomar café da manhã. O café estava muito bom, pareciam produtos rurais da própria área. A paisagem durante a viagem pareceu-me bonita, com vistas rurais e montanhas. Katmandu tinha cerca de 1.300 metros de altitude e estávamos subindo. Após andar mais um pouco chegamos em Kodari, na fronteira com a China. Fomos fazer os procedimentos de entrada. Havia uma diferença horária de 02h15, com a China tendo o horário à frente. Aí entendi porque tínhamos saído tão cedo. Naquele ponto havia uma usina hidrelétrica do lado nepalês e a Ponte da Amizade, que separava os dois países, sobre uma enorme garganta de rio, o que tornava a vista grandiosa. Ficamos algum tempo esperando e depois fomos para uma fila no sol para passar pela ponte. Conheci uma guia turística húngara que sabia falar “Bom dia”, pois já havia estado no Brasil. Quando algumas mulheres mais idosas foram tirar fotos a partir da ponte, um soldado chinês saiu da cabine em que estava e veio dizer que era proibido. Ao passar para o outro lado, havia um micro-ônibus e vários outros veículos Land Rover antigos. Eu fui no micro-ônibus com o guia (acho que o nome era Tashi ou semelhante), um casal de amigos canadenses (acha que a moça chamava Hanna), um outro canadense chamado Greg, duas amigas francesas, uma americana chamada Shirley e uma holandesa. Pensei que os procedimentos de imigração haviam acabado, mas estava totalmente enganado. Ficamos esperando em pé ou sentados no chão numa fila para passar por alguns funcionários, que iriam verificar os papéis e provavelmente nos autorizar a entrada. Demorou bastante e o atendimento de alguns não era muito cortês. Numa situação, um deles esmurrou a mesa e gritou com uma turista (acho que europeia) perguntando porque não tinha um determinado papel. Ela respondeu que um funcionário anterior havia provavelmente pego por engano, localizaram o papel e tudo prosseguiu bem. Vi alguns soldados baterem nas costas com uma vara (e acho que era batida de fato, não era brincadeira cordial) em prováveis nepaleses que estavam atravessando a fronteira de volta carregando madeiras ou algo semelhante nas costas, provavelmente por terem descumprido alguma norma, como horário etc. Bateram neles na frente de todos, sem o mínimo constrangimento. Após o demorado procedimento e passar por todos os funcionários, fomos liberados. O guia encaminhou-nos para o hotel. Estávamos em Zhangmu, a cerca de 2.300 metros de altitude. Fomos separados em 2 ou mais quartos, sendo que um tinha vários homens e outro várias mulheres. No nosso quarto havia inúmeros insetos do lado de dentro tentando sair e estava um pouco quente. Mas quando entrei 2 alemães que já estavam lá alertaram-me que não poderíamos abrir a janela, apontando para a quantidade muito maior de insetos do lado de fora, tentando entrar 🦟. Jantei e dormi, morto de sono 😴. Na 2.a feira 29/09 tomamos café e partimos para Xigatse. Achei a subida deste dia espetacular , com sua vista das montanhas do Himalaia, várias cachoeiras de degelo, a paisagem dos vales profundos ao longe etc. No meio do caminho houve um deslizamento de terra e a estrada estava interrompida. Tivemos que parar e esperar por algumas horas. Aproveitei para dar uma volta na área. Quando conseguimos prosseguir estávamos bastante atrasados. Passamos por um ponto que permitia ver o Everest, mas o tempo estava encoberto e não pudemos vê-lo. Devido ao horário tivemos que ficar num pequeno povoado chamado Tingri, perto do campo base do Everest. O hotel talvez estivesse em construção, pois não tinha energia elétrica nem água potável. E não tinha quartos cobertos para todos. Os alemães se dispuseram a dormir nos quartos em construção, pois tinham sacos de dormir e disseram que gostavam de acampar. Disseram não falar bem inglês por serem da parte Oriental. Pelo menos jantar tinha. Pedi comida sem carne (sou vegetariano), mas não me entenderam e comi o que veio, que foi sopa com carne. Conheci um casal de brasileiros (acho que eram Marcelo e sua namorada, que acho que se chamava Vanessa). Ele me reconheceu como brasileiro pelo sotaque e pela camisa do Santos que viu quando tirei o agasalho. Falou que tinham feito uma extensão extraoficial para o campo base do Everest, de que tinham gostado, mas que tinha deixado Vanessa indisposta pela altitude (ele ou ela tinham posto o pé num curso de água gelado). Tinha havido algum atrito com um outro turista alemão que estava no mesmo Land Rover, pois aparentemente aquela extensão não era totalmente legal, mas o voto dos 2 e de mais um guatemalteco venceu a disputa para irem. Antes de dormir fui ao banheiro, que era uma casa de madeira fora da construção principal, com uma fossa. Não tinha luz e eu não tinha lanterna. Foi um pouco problemático, mas consegui fazer xixi. Eu segui as recomendações preciosas da médica do aeroporto e senti muito pouco impacto com a altitude, mas percebi que vários outros, incluindo Greg, sofreram bastante 😒. O rapaz canadense passou mal e Hanna parecia aflita procurando pelo guia. Fui tentar ajudá-la a encontrá-lo e conseguimos. No dia seguinte ele parecia bem melhor. Havíamos cruzado uma passagem de montanha de cerca de 5.250 metros e estávamos dormindo a cerca de 4.400 metros. Devido ao atraso, chegaram a considerar a hipótese de viajar à noite, mas foi logo descartada pelos riscos. Marcelo comentou comigo também que estava achando aquela paisagem a mais bonita que já tinha visto e que não desejava viajar à noite e perdê-la. Na 3.a feira 29/09, com várias pessoas tendo passado dificuldades durante a noite, mas já bem melhores, partimos rumo a Xigatse. Hanna parecia agradecida por tê-la ajudado a encontrar o guia na noite anterior. Ela passava boa parte dos deslocamentos lendo um livro. Posteriormente o rapaz canadense agradeceu muito ao guia por tê-lo ajudado. Passamos por alguns templos, visitamos seu interior, visitamos vilas, pontos típicos, houve até uma praça em que estavam tocando “Lambada”, que me lembrou do Brasil, depois de quase 1 mês distante. Cantei alegremente, embora não fosse meu gênero preferido. Eu continuava deslumbrado pela paisagem, embora agora houvesse mais trechos urbanos. No fim da tarde chegamos a Xigatse. Porém o hotel parecia não ter energia elétrica. Eu e Shirley ficamos conversando com o motorista enquanto esperávamos a definição do hotel, perguntando sobre como se dizia algumas expressões em tibetano. Acho que conseguiram trocar de hotel e tudo ficou bem. Dividi o quarto com um israelense que tinha conhecido no primeiro dia da excursão. Ele estava indo num Land Rover, com um casal de sulafricanos. Um casal de ingleses que tinha ficado muito irritado com as condições de habitação do dia anterior, ficou satisfeito com o novo hotel. Acho que os agentes de turismo não tinham muito controle da situação e não sabiam quem tinha pago por que tipo de hospedagem e serviços. Saí para dar uma volta e quase fui atropelado por uma bicicleta . A ciclovia era enorme e bem larga e havia nas 2 laterais da pista de carros. Eu achei que elas eram mão única e seguiam o sentido dos carros, mas estava enganado e elas eram mão dupla. Não vi que vinha vindo uma bicicleta e o condutor desviou bem em cima de mim 🚲. Depois acho que me xingou em chinês, mesmo comigo pedindo desculpas várias vezes. Fui jantar com o israelense e tivemos alguma dificuldade para pedir, pois as atendentes falavam pouco inglês e os cardápios não tinham descrições detalhadas em inglês. Mas conseguimos comer dumplings momos (bolos de massa recheados). Na volta, quando comentávamos sobre a melhor organização da China em relação ao Nepal e a não existência de pedintes, apareceram várias garotas dizendo repetidamente “I love you” e rimos da ironia do que tínhamos acabado de dizer. Ele me contou dos seus planos de viajar pela China, mas com um guia, pois seria mais confortável, visto a experiência de dificuldade de comunicação que tínhamos acabado de ter no restaurante. Falou-me também de achar as viagens pela Europa interessantes, porém caras. Na 4.a feira 01/10 partimos para Gyantse. O motorista, que havíamos visto entrar num hospital, pediu-me comida antes da partida. Eu não tinha nada no momento, mas perguntei aos outros e conseguimos vários biscoitos e outros itens para ele. Não sei se ele gostou, pois acho que não estava acostumado àquele tipo de comida ocidental. Achei estranho, pois imaginei que suas refeições fossem pagas pelos agentes de turismo da excursão. Seguimos e passamos por templos e locais típicos. Eu continuava apreciando muito a paisagem. Chegamos no fim do dia em Lhasa. Lá todos se reencontraram. Foi uma festa. Cada qual seguiu para um hotel. Eu procurei por um barato e paguei cerca de 25 yuans (acho que eram uns US$ 3.00). Reencontrei o judeu com que havia procurado por excursões em Katmandu. Ele acabou ficando em um hotel com o outro judeu que eu havia conhecido na viagem. Marcelo e Vanessa ficaram no mesmo hotel que eu, só que em quarto privativo, enquanto eu fiquei em quarto compartilhado. O casal de canadenses ficou assustado com a possibilidade dos hotéis estarem cheios e rapidamente encontraram um hotel para ficar. Shirley pediu par tirarmos uma foto do grupo. Despedi-me deles e fui para o hotel. Excetuando Marcelo e Vanessa, não voltei a ver os outros mais ao longo da viagem. Ao longo da estadia pessoas de várias nacionalidades compartilharam o quarto comigo, incluindo uma francesa, uma ou mais japonesas e outros europeus. Numa ocasião, logo nos primeiros quilômetros em território chinês, um funcionário do governo estava colocando uma espécie de leitor de código de barras na testa das pessoas que passavam, imagino que para medir a temperatura, pois pouco tempo antes havia ocorrido a crise de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Ele apontou para o meu boné, eu não entendi bem, ele deu um tapa no boné, mediu e me mandou seguir rispidamente. Eu fui pegar o boné que tinha caído. Num dos dias, durante uma parada saí para comprar pães e vi algo parecido com queijo sendo vendido. Perguntei para a vendedora, que parecia ser chinesa, se era queijo (cheese), mas acho que ela não entendeu, pensou que eu estava rindo e repetiu a palavra cheese. Falei várias vezes e ela repetiu. Resolvi comprar para misturar com o pão. Quando dei uma mordida para experimentar o suposto queijo descobri que era manteiga. Acabei dando para uma pessoa, pois se comece toda aquela manteiga provavelmente teria problemas intestinais. Passamos pelo Monte Kailash (https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Kailash - uma montanha que ficava sempre coberta de gelo – não sei agora com o aquecimento global como está). Paramos e Shirley pediu-me para ficar junto a um iaque para tirar fotos, mas apareceu um menino e pediu dinheiro para ela fotografar e então ela desistiu. Houve muitas paisagens de montanhas, cruzamos com um grande rio perto de sua nascente (já estava bem largo), acho que era o Rio Brahmaputra. Passamos também por muitas áreas com as bandeiras típicas do Tibet e os totens xamânicos feitos de pedras empilhadas. Houve alguns trechos em que havia camponeses e iaques, mas o número de pessoas fora dos núcleos urbanos era muito pequeno. Houve pontos de passagens bem altos, com belas vistas. Passamos também pelo grande lago Yamdrok, cuja vista foi espetacular . Conversando com Shirley durante a viagem descobri que ela estava se formando em engenharia de computação, mesma formação minha 10 anos antes, e conversamos sobre o assunto e plataformas usadas no trabalho. Ela disse que desejava entrar para a Marinha. Eu perguntei se não achava perigoso, se não teria melhores oportunidades na iniciativa privada (se bem me lembro ela era da Califórnia, perto do Vale do Silício). Mas ela estava decidida. As francesas conheciam bem a América do Sul, falaram sobre a semelhança de alguns locais com Cochabamba e se dispuseram a me ajudar a aprender francês. Caçoaram de mim porque eu sempre conseguia achar lugares onde se vendia pães frescos. A holandesa teve algum tipo de desarranjo intestinal e precisou pedir para o ônibus parar várias vezes para ir ao banheiro. Sempre pedia desculpas e algumas vezes criticava a sujeira dos banheiros. Conversando com o casal de sulafricanos sobre os problemas das caminhadas referentes à guerrilha, disseram-me que haviam pedido dinheiro a eles para que pudessem prosseguir em uma caminhada que tinham feito nas montanhas. O homem disse-me rindo que não sabia se eles poderiam matar quem não desse dinheiro, pois ele havia pago. A mulher disse que basicamente era uma extorsão. Depois que entendi que o guia não sabia exatamente quem tinha pago o que, como eu me lembrava de ter comprado o pacote mais barato, sem guia, passei a não acompanhá-lo mais nas explicações e fazer as visitas por conta própria. O israelense até comentou comigo numa das ocasiões que eu estava circundando um monumento no sentido errado, e que isso não era educado. Marcelo contou-me que perto da chegada à Lhasa, as pessoas do Land Rover em que estavam desentenderam-se. Disse que o alemão o havia ofendido. Disse que ele era radical e que o guatemalteco era folgado e isso tornava a situação difícil. Ele e Vanessa tinham levado um filtro para a viagem o que os fez economizar bastante dinheiro com água. Para as atrações do Tibet e Lhasa veja https://www.tibettravel.org/top-attractions/, https://www.greattibettour.com/tibet-attractions, https://www.tibetdiscovery.com/lhasa-travel/things-to-do-in-lhasa/ e https://www.lonelyplanet.com/china/lhasa/attractions/a/poi-sig/356124. Os itens de que mais gostei foram os mosteiros não turísticos, a arte religiosa, os locais originais da cidade e a Natureza . Na 5.a feira 02/10 comecei a explorar Lhasa. Tinha acabado a vinculação à excursão exigida pelo governo chinês e eu estava livre para conhecer a área. Pontos fora da área de Lhasa precisavam de autorizações especiais do governo e excursões específicas com guias credenciados pelo governo. Fiquei hospedado lá até aproximadamente dia 13/10. Inicialmente fui aos guias de turismo (um chinês e um tibetano) que trabalhavam no hotel perguntar por sugestões de pontos a conhecer. Deram-me várias, indicando quais eram livres e quais precisavam de motoristas, guias e excursões. Alertaram-me que se fosse pego pelo exército em áreas não permitidas teria grandes problemas. O guia chinês até me disse que se realmente quisesse ir numa área não permitida era só pagar uma determinada quantia, algo que o tibetano imediatamente desaconselhou e disse que não era possível. Como eu não suborno ninguém, nem considerei esta proposta. Fui ao Palácio de Potala (100 yuans, aproximadamente US$ 12.50 de entrada), ao Templo Jokhang, ao Museu Tibetano, a vários outros templos e áreas naturais da cidade. Depois e paralelamente também, fui a templos e locais próximos, como Tsurpu, o Mosteiro de Tar e vários outros mosteiros. Tentei ir a um lago com um casal de europeus, mas não deu certo. Achei vários dos mosteiros indicados muito orientados ao turismo e, por isso, tentei conhecer outros não tão famosos, porém mais autênticos no tocante à vida espiritual. Na maioria destes fui junto com peregrinos. No dia em que fui ao Mosteiro de Tar em Dolma Lhakang, pedi informações para vários chineses e não consegui. Um tibetano ouviu-me e disse que sabia onde era e poderia dar-me uma carona até lá. E realmente, deixou-me na porta. Não sei se ele estava indo até lá ou fez aquilo por cortesia. Passei o dia inteiro lá cantando mantras. Fui muito bem recebido pelos monges. Acostumado ao ambiente mercantil dos mosteiros turísticos, gostei muito da diferença. Ajudaram-me na pronúncia dos mantras. Recusei educadamente a refeição e os adornos que me ofereceram, agradeci por toda a hospitalidade. Quando já havia atravessado a rodovia para tentar pedir carona, um monge mais jovem perguntou-me se não daria dinheiro. Achei que destoou de todo o ambiente, mas resolvi ignorar. Depois de tentar algum tempo, um caminhoneiro parou e me ofereceu carona. Fui na cabine com ele e seu ajudante. No meio do caminho furou um pneu, mas ele não quis que eu ajudasse na troca. No fim, ofereci-lhe pagar pela carona, mais de uma vez, mas ele não quis de jeito nenhum, repetindo na última oferta, já com a voz um pouco mais alta “No money”. Perto do fim da minha estadia, conversando com uma alemã que havia conhecido dias antes, sabendo que ela poderia ir ao Mosteiro de Tar, pedi que ela fizesse uma doação, pois havia gostado muito da espontaneidade espiritual de lá. Ela pegou o dinheiro, mas devolveu-me um ou mais dias depois por ter decidido não ir. Em alguns deslocamentos para mosteiros ou atrações passamos por subidas e descidas íngremes na beira de precipícios em ônibus algumas vezes superlotados. Lembro-me de um em que o ônibus estava lotado e eu fiquei ao lado (quase em cima) do câmbio. Havia uma mulher com um nenê de colo perto. Achei a situação bem delicada 😟. Mas chegamos lá embaixo de volta sem problemas. Abstraindo-se a preocupação, a paisagem pareceu-me espetacular . As visitas quando eram com peregrinos precisavam acompanhar o ritmo deles. Eu geralmente gosto de ficar lendo e observando tudo, mas os peregrinos geralmente iam fazer oferendas num altar e depois seguiam para outros. Perdi a visita a um templo numa das primeiras vezes, mas depois adaptei-me ao ritmo. Muitas vezes os guias dos mosteiros não pareciam muito corteses, talvez por não estarem acostumados a estrangeiros na visita ou não gostarem da ideia de visita de pessoas que não fossem peregrinas associadas à religião. Num mosteiro de monjas lembro-me de ter conversado com uma delas, que me ofereceu uma laranja, dizendo que aquele dia era feriado (ou domingo) Achei as paisagens espetaculares nos vários deslocamentos de ônibus e mesmo quando andei a pé por Lhasa. As montanhas nevadas, os vales e as vistas encantaram-me . Achei um pouco frio, principalmente à noite, de manhã e nos lugares mais altos, onde às vezes chegávamos cedo. Mas geralmente à tarde, quando abria o sol, a temperatura ficava bem mais razoável (em torno de 20 C). Na visita ao Templo Jokhang, uma oriental (acho que era coreana) fez um gesto que me pareceu querer espaço livre para tirar a foto de um dos monges. Mas quando eu saí de cena, ela pediu para eu voltar, pois queria tirar a foto de um ocidental também. Talvez nunca tivesse visto um 😀. Numa das noites Marcelo foi conhecer o quarto compartilhado em que eu estava (acho que ele não estava acostumado a hostels) e achou interessante. Falou-me num dos dias que ele e Vanessa tinham ido ao Mosteiro de Samye sem ser numa excursão e que na volta ninguém lhes dava transporte. Passaram ônibus que não os aceitaram. Ele ficou apreensivo com a situação. Aí apareceu uma excursão de europeus (acho que eram alemães) e eles conseguiram integrar-se a ela para voltar. Ele me alertou para o caso de eu ir visitar Samye. Falou-me também que tinham pedido para tirar uma foto dele e, quando comentei sobre o ocorrido com a coreana comigo, ele comentou “Será que somos tão feios assim?!” 😀. Muitas vezes o preço das passagens de ônibus não era claro (uma chinesa ou oriental comentou isso comigo), ainda mais para mim que não entendia a língua. Creio que paguei a mais numa das vezes. Neste dia, enquanto esperava a partida do ônibus, reencontrei uma mocinha francesa que havia conhecido no hostel. Ela ficou surpresa por eu estar pegando o mesmo ônibus que ela. Mas quando chegamos ela foi com seu grupo fazer uma caminhada pelas montanhas e eu fui visitar os mosteiros e locais de peregrinação. Eu tive vários problemas de comunicação. Numa das primeiras noites, entrei num restaurante chinês, fui até uma samambaia e peguei em uma de suas folhas para explicar que não comia carne. Pelo menos desta vez entenderam e me trouxeram macarrão com legumes. Porém trouxeram palitos, que eu não sei usar. Não tinham garfo e faca e me trouxeram uma colher. Depois de muito tentar eu usei a colher como um bastão e enrolei o macarrão nela. Quando levantei a cabeça para levá-lo a boca, percebi que havia várias pessoas ao meu redor, rindo da minha falta de habilidade com o assunto 😀. Num fim de tarde em Lhasa, quando eu procurava por algo para jantar, houve um mal-entendido com uma ambulante vendedora de comida. Eu perguntei se ela tinha pizza e ela não sabia o que era pizza. Pensei que pizza fosse um nome universal. Tentei explicar fazendo gestos, mas ela não entendeu. Aí procurei ser mais enfático e fazer um círculo pequeno com as mãos no formato de uma pizza. Eu acho que ela entendeu que eu estava interessado em alguma experiência sexual. Pegou a espumadeira ou algo semelhante que estava usando para cozinhar e fez gestos ríspidos para mim, falando palavras em voz alta. Eu me retirei e fui comprar outra coisa 😀. Numa visita a um mosteiro, os monges estavam meditando e eu estava de tênis. Para participar da meditação precisei tirar o tênis, mas depois de andar por vários dias em locais com terra e neve, acho que estava com enorme chulé . Um dos monges fez um gesto com a mão no nariz, típico de mau cheiro. Eu me retirei meio constrangido e recoloquei o tênis 😳. Os viajantes e comerciantes chineses pareceram-me muito gentis, diferentes do exército. Alguns turistas sabiam falar inglês e tinham curiosidade sobre o Ocidente. Porém não conheciam atrações religiosas nem históricas do Tibet. Numa ocasião eu não pude conhecer uma determinada atração (acho que era um templo ou mosteiro) devido ao horário. Voltei no outro dia e falei com o atendente, que depois de me perguntar se eu estava falando a verdade, ainda que meio desconfiado, permitiu-me entrar sem pagar novamente. Eu paguei por uma pequena extensão de 3 ou 5 dias para poder ficar um pouco mais, pois o Tibet era meu principal destino nesta viagem. Mas acabei não aproveitando muito devido às dificuldades de conseguir transporte de volta. Acho que foi devido a isto que fui ao banco fazer um pagamento de taxa e o atendente chinês caçoou da minha foto risonha no passaporte. O ônibus da agência de turismo que nos havia trazido estava previsto para sair dia 3 e acho que havia outro no dia 10 (não me lembro exatamente, acho que os ônibus saíam às 6.as feiras). Porém eu queria ver mais atrações e não quis pegá-lo. Com isso precisei procurar um outro transporte, o que não foi nada fácil. Como não havia ônibus disponíveis, tentei pegar carona com caminhoneiros provavelmente no domingo 12/10. Fiquei mais de 1 hora tentando, mas nenhum aceitou. Eu não sabia que era proibido levar estrangeiros. Alguns guias haviam dito que era possível. Tentei então falar com pessoas com Land Rover, mas não obtive sucesso. Procurei por vários agentes de turismo para ver se havia algum transporte saindo naqueles dias. Num hotel uma recepcionista indicou-me para um que disse saber de transporte para voltar, ligou para ele e me colocou na linha. Ele disse que seria possível eu ir. Eu não entendia direito o que ele falava, as informações pareciam desconexas e eu me irritei e até elevei um pouco a voz. Ele disse que viria falar comigo e em poucos instantes chegou. Aparentava estar alcoolizado. Começou a me explicar sobre a viagem e a certa altura explicou que seria à noite. Achei muito estranho e perguntei porque. Aí ele disse que era porque era ilegal e teríamos que sair do veículo perto dos pontos de checagem do exército, ir pela montanha até o outro lado e depois voltar ao veículo. Aí eu entendi o que ele estava propondo. Disse-lhe então que não tinha nenhum interesse. Antes de ir embora fui pedir desculpas para recepcionista do hotel por ter elevado a voz na recepção do hotel. Descobri então que precisava de uma permissão de viagem para poder fazer aquele trajeto. Agora entendi porque os caminhoneiros não tinham parado nem os veículos Land Rover aceitavam-me como passageiro. No dia seguinte fui até o escritório do governo obter a permissão de viagem, através do pagamento de uma taxa. E quem era o sub-encarregado que chegou durante a emissão da permissão de viagem? O mesmo agente que no dia anterior havia proposto para mim a viagem ilegal. Aí eu entendi como ele sabia todos os procedimentos para escapar dos pontos de controle ao longo do trajeto. Ele ainda riu e me cumprimentou. Eu lembrei da corrupção existente no Brasil ☹️. De posse da permissão de viagem, acho que na 2.a feira 13/10 fui até a rodoviária ver se encontrava algum transporte e havia uma van 🚐 que me indicaram. Mas na frente da van só havia letreiro em chinês. Eu estava sem caneta nem papel. Fui até o painel central da rodoviária e decorei cada caractere escrito e fui confirmar no letreiro da van. Fui do painel da rodoviária até a plataforma de embarque da van tantas vezes quanto o número de caracteres da palavra, uma ida para cada caractere, de modo a não ocorrer nenhum erro. Ainda fui mais algumas para confirmar e garantir. Com grande dificuldade, consegui comunicar-me com o motorista chinês e entender destino, preço, horário e condições de viagem. Ele chegou a tirar minha mala da van por achar que eu estava pedindo algo incompatível com a viagem. Fomos apertados por boa parte da viagem, até algumas pessoas desembarcarem. Devido aos mal-entendidos de comunicação o motorista e sua mulher estavam irritados comigo no início, mas ao longo da viagem, depois que ofereci biscoitos a todos e convivemos um pouco, a irritação passou. Consegui ver o Everest 🏔️, pois desta vez o céu estava limpo. Eles não pararam, pois a viagem não era turística, mas deu para ter uma boa ideia da montanha, embora meio apertado e sem jeito na van. Em um posto de controle, um guarda parou o carro, fez um monte de perguntas a todos, olhou suas bagagens e quando chegou a minha vez e lhe perguntei mansamente em inglês em que poderia ajudá-lo, ele se assustou por eu ser estrangeiro e não me revistou. Os outros pareceram falar rindo que o melhor seria dar para mim suas bagagens, pois os guardas tinham receio de fazer qualquer procedimento. Já perto do anoitecer furou um pneu e o motorista trocou. Até me ofereci para ajudar, mas ele não quis. A parte final do percurso foi à noite, justamente a descida mais íngreme, o que me pareceu um pouco assustador em meio àqueles precipícios. Deixaram-me em hotel de uma conhecida ou parente, que custava 100 yuans. Ela fez o sinal de 1 e eu pensei que fosse 1 yuan, mas estava enganado. Mesmo com ela aceitando negociar, fui procurar outro e acho que paguei 25 yuans. Um guarda pediu-me a permissão de viagem no fim do trajeto. Foi a única vez que foi pedido. Dormi em Zhangmu. Acho que na 3.a feira 14/10, fora do prazo do visto inicial, mas dentro da extensão que havia conseguido, fiz a viagem de volta para o Nepal. Saí de manhã e fui a pé. Os taxistas passavam por mim caçoando por eu estar indo a pé. No meio do trajeto parei para descansar um pouco e admirar a paisagem e esqueci o boné. Depois de já ter andando bastante (cerca de meia hora) sentia a falta do boné e voltei para pegar. Cheguei em Kodari, no Nepal, perto do meio dia (agora o fuso horário estava a meu favor). Peguei um ônibus que acho que iria até um ponto intermediário para pegar outro ônibus para Katmandu. Estava havendo uma discussão entre os passageiros e os donos do ônibus sobre o preço da passagem. Fiquei feliz que riram e pareceram entender-se e perguntei a um dos passageiros a meu lado o que tinha ocorrido. Aí ele me explicou que haviam concordado no preço da passagem e que de mim (o estrangeiro) seria cobrado bem mais 😠. Não gostei muito da ideia, levantei-me e disse que pegaria outro ônibus para outro lugar. Num primeiro momento não concordaram em que eu pagasse o mesmo dos outros, mas quando levantei em direção à porta mudaram de ideia e paguei o preço regular da passagem. Viajamos a tarde toda. Furou o pneu uma ou mais vezes (acho que foram 3 vezes, uma vez cada pneu). Cheguei em Katmandu à noite. Na 4.a feira 15/10 acho que fui para Janakpur. Havia deslizamento de terra e ficamos parados por muito tempo. Num dos locais de parada, quando desci, o motorista do ônibus pediu-me para voltar para o ônibus e partimos. Pareceu estar com medo de um estrangeiro chamar a atenção de pessoas que faziam parte da disputa política. Lembrei-me da frase do indiano, quando conversávamos sobre a situação política, dizendo para eu não ir ao Terai, e do agente de turismo dizendo para eu não ir à região de Lumbini. Mas eu queria conhecer Lumbini, cidade natal de Sidarta (Buda) e resolvi arriscar. Acabei não conseguindo chegar ao destino, devido ao enorme atraso e precisei pernoitar numa cidade no meio do caminho. Conheci um oficial do exército israelense de férias, após terminar o serviço militar obrigatório. Acabamos dividindo o quarto para pagarmos menos. Eu ainda fui tentar sair para jantar, mas naquela área havia toque de recolher às 20h. Perguntei até a um soldado como faria para jantar se o toque de recolher era tão cedo e ele me disse, com um certo tom de deboche, mostrando-me um pacote de biscoitos, que eu poderia comer biscoitos. Voltei ao hotel e resolvi jantar lá mesmo. Depois fiquei conversando com o israelense. Ficamos olhando da sacada do quarto e ele comentou que estava ouvindo tiros ao longe, que eu não ouvi. Ele disse que talvez fosse só impressão, mas que ele conseguia distingui-los por estar acostumado. Disse que era estranha para ele aquela experiência, pois várias vezes já tinha tido que comandar toques de recolher e agora ele tinha que obedecer um. Eu nada disse, mas pensei “Está vendo como os palestinos sofrem!”. Ele me falou de uma caminhada que havia feito pelas montanhas, até o Lago Gosaikund. Ao perguntar sobre problemas com guerrilheiros, ele me disse que algumas pessoas disseram que eles cobrariam dinheiro em vários pontos, mas que não havia aparecido ninguém durante sua caminhada. Disse que a trilha era tão clara no chão que nem era necessário mapa. Eu achei muito interessante, e como ainda teria tempo, considerei a possibilidade de fazê-la. Ele me ofereceu o mapa, eu educadamente recusei, mas ele disse que não usaria mais e não haveria problema em me dar. Disse que havia sido muito bem tratado em vários locais por brasileiros e argentinos e esperava pela oportunidade de retribuir. No dia seguinte, quando acordei ele já tinha partido e tinha deixado o mapa para mim. Fui então para Janakpur. A cidade em si parecia tranquila, longe daquele clima tenso do trajeto e de Katmandu. Havia muitos templos e edificações religiosas. Gostei bastante de lá . Mostrava uma outra face do Nepal, hindu, simples, como um povoado interiorano. Numa tarde fiquei contemplando a paisagem sentado numa praça, após ter visitado vários locais. Para as atrações de Janakpur veja https://www.holidify.com/places/janakpur/sightseeing-and-things-to-do.html e https://www.lonelyplanet.com/nepal/the-terai-and-mahabharat-range/janakpur. Os itens de que mais gostei foram os templos, alguns integrados com atrativos naturais . Acho que foi no sábado 18/10 que fui para Lumbini. Viajei durante todo o dia e cheguei lá no fim da tarde. Desta vez o tempo gasto com deslizamentos foi um pouco menor e a viagem pode ser concluída no mesmo dia. Procurei um hotel para ficar e um dos recepcionistas de um deles foi muito afoito, querendo que eu ficasse a qualquer custo. Resolvi então ficar em outro. Saí para dar uma volta e quando voltei o recepcionista havia me mudado de quarto sem me consultar, pois tinha chegado uma família (acho que era de judeus) e ele cedeu meu quarto para eles. Apesar de não ter gostado de não ter sido consultado, eu aceitei sem problemas. Fiquei no mesmo quarto com o motorista da família. Ele era indiano e conversamos bastante sobre a Índia e a situação geopolítica na região. Para as atrações de Lumbini veja https://nepalecoadventure.com/lumbini-attractions-in-lubmini/, https://www.lonelyplanet.com/nepal/lumbini/attractions/a/poi-sig/357154 e https://www.welcomenepal.com/places-to-see/lumbini-nepal-birthplace-of-buddha.html. Os itens de que mais gostei foram os templos budistas reunidos, cada qual de uma origem ou linha . Havia uma espécie de parque onde cada linha do budismo tinha um templo. Achei maravilhosa a ideia. Foi bastante interessante notar como as imagens de Buda eram diferentes e parecidas com as características da população de onde era o templo. No templo chinês Buda parecia um chinês, no templo japonês Buda parecia um japonês, o mesmo no tailandês, no indiano, no tibetano e assim por diante. As pessoas projetavam-se fisicamente no seu líder (ou na sua divindade para alguns). Gostei também de conhecer o sítio histórico onde Sidarta nasceu e cresceu. Havia também um templo que achei maravilhoso, a World Peace Pagoda. O motorista da família pareceu ter ficado deslumbrado com este templo. No dia de vir embora, o recepcionista do hotel falou-me que eu tinha que pagar uma taxa adicional de serviço que ele não havia dito. Queixei-me por ele não ter falado no início, paguei e me arrependi de não ter ficado no outro hotel. Acho que na 3.a feira 21/10 peguei o ônibus de volta para Katmandu. Novamente a viagem foi longa e com várias checagens de segurança por parte do exército. Cheguei em Katmandu no fim do dia. Numa das viagens paramos num local na estrada para comer, eu pedi uma espécie de salgado bem pequeno, pois não me dava bem com toda aquelas especiarias e pimenta. O atendente vendo que eu era estrangeiro e querendo agradar-me colocou por conta própria um pouco de recheio apimentado. Eu sorri e agradeci 😀. Numa outra ocasião um jovem soldado (quase um menino) que entrou no ônibus para fazer uma inspeção perguntou-me algo em nepalês. Eu respondi em inglês que não falava a língua dele, ele não entendeu, os outros passageiros explicaram e ele se foi. Em outro trecho veio um camponês bem simples a meu lado. Acabou dormindo no meu ombro. Numa das paradas bebeu a água oferecida no restaurante na própria jarra. Parecia não estar acostumado a áreas urbanas. Fiquei no mesmo hotel em Katmandu. Quiseram até me cobrar mais, mas quando disse que então daria uma volta para procurar por outras opções, voltaram ao preço anterior. Numa das minhas passagens por lá um menino que lá trabalhava perguntou se eu não queria que lavassem minhas roupas, pois estavam sujas. Como ainda tinha uma semana e meia antes da volta, decidi fazer a caminhada pelas montanhas. Pedi ao gerente ou dono que guardasse o dinheiro em espécie que tinha comigo, pois muitos haviam relatado que nas montanhas poderiam haver guerrilheiros que iriam pedir dinheiro. E como eu tinha errado na conta, estava com bem mais dinheiro do que precisava. Ele guardou US$ 800.00 em seu cofre, sem cobrar taxa nenhuma e me deu um recibo. Um dos atendentes ofereceu-me um gorro, pois achou que eu não estava adequadamente preparado para ir às montanhas. Para informações sobre a caminhada para o Lago Gosaikund veja https://en.wikipedia.org/wiki/Gosaikunda e https://www.nepalsanctuarytreks.com/gosaikunda-best-time-to-visit-cost-and-weather. Na 4.a feira 22/10 peguei um ônibus para perto do Parque Chisapani para começar a caminhada. Eu estava começando pelo lado contrário ao da maioria, mas optei por fazê-lo porque o ponto de início era bem mais próximo de Katmandu. Paguei a entrada e comecei a caminhada. Parei no povoado de Chisapani (acho que o nome era o mesmo do parque) antes do anoitecer. O mapa que o israelense havia me dado estava sendo bem útil. Lá conheci vários outros caminhantes, mas acho que todos pretendiam ir para outros destinos, a maioria para Langtang. Conversei bastante com um irlandês, que trabalhava nos Emirados Árabes. Falamos sobre a caminhada e temas gerais. Ao falar da minha preocupação com possíveis problemas com a guerrilha ele me disse para ter cuidado, posto que eu estava indo só e sem guia. Falou que não queria ver-me nos noticiários 😀. Se bem me lembro foi aqui que conheci um grupo de alemães (acho que eram 2 mulheres e 2 homens, provavelmente 2 casais), que iriam fazer parte da caminhada comigo. Um dos alemães caçoou de mim ao longo da caminhada, dizendo que eu era um viajante profissional, pois minha mala era muito menor do que a deles e eu ia mais rápido. Falaram até em viajarmos juntos, mas eu lhes disse que nos encontraríamos ao longo do caminho. O dono do hotel em que eu tinha ficado falou que naquelas áreas era costume comer onde se dormia, mas eu acabei saindo para comer em outro restaurante. Acho que a altitude era por volta de 2.215 metros. Na 5.a feira 23/10 não sabia bem onde deveria planejar chegar. Logo na saída de Chisapani perguntei a alguns viajantes que chegavam e eles disseram que haviam dormido em Kutumsang, que era um povoado maoísta e que não tinham tido nenhum problema e ninguém lhes havia pedido dinheiro como pedágio. Encontrei alguns outros grupos com guias no princípio da caminhada. Um pouco a frente havia um homem, com cerca de 60 anos, e seu ajudante, bem mais jovem, ao lado de uma mesa, bem no meio do caminho. Ao me aproximar ele cordialmente falou para eu sentar. Se bem me lembro fiquei em pé e começamos a conversar. Ele tentava explicar quem era e eu, imaginando do que se tratava, tentava desconversar, até falando às vezes em português, que ele não entendia. Até que, percebendo que não sairíamos daquela situação e que era importante continuar a caminhada logo para não ter problemas com o anoitecer mais adiante, resolvi ir direto ao assunto. Perguntei então “Quanto?”. Aí ele abriu um largo sorriso e disse que semelhantemente ao que havia pago na entrada do parque para o governo, deveria pagar para eles a mesma tarifa. Eu disse para ele esperar e voltei para trás para reencontrar o grupo com os guias. Expliquei a eles o que havia ocorrido e eles se mostraram preocupados. Falei com um deles para conversar com o homem e explicar que eu era de um país pobre, não era americano nem europeu. O guia foi lá, eles conversaram, não sei se pagou algo a ele para seu grupo, mas o homem disse que eu podia passar sem nada pagar. Fiquei meio desconfiado, mas segui em frente. Comecei a subida de uma colina e lá no alto havia um homem de uns 30 anos, com traços orientais e com fisionomia séria e fechada. Achei que poderia estar associado aos que pediram dinheiro lá embaixo. Achei que não era uma boa ideia cruzar com ele olhando para o chão, pois era interessante saber se desejava algo. Quando se fecha o diálogo resta a violência. Ele me olhou sério, com a testa franzida, eu fiz um levíssimo aceno de cumprimento, quase imperceptível, e prossegui. Ele nada disse. Mais para frente reencontrei os alemães, que haviam saído antes. Perguntei-lhes se não haviam encontrado o homem na mesa e uma das mulheres me disse que havia visto um homem que havia lhe dito para sentar e ela o ignorou, pois não iria sentar com um desconhecido num lugar deserto 😀. Quando lhes disse que provavelmente era um representante da guerrilha, surpreendeu-se e ficou um pouco assustada. Um dos homens então me disse para viajarmos juntos, pois esta era uma razão ainda mais forte. Eu até que concordei, mas deixei-os fazendo sua refeição e prossegui só. Estava meio preocupado com o ocorrido e como à frente havia uma zona maoista, não sabia bem pelo que esperar. Não sabia o quanto o não pagamento poderia gerar de repercussões. Já depois do meio da tarde, perto de 16h30, avistei o povoado de Kutumsang e vi a bandeira maoísta tremulando 😱. Aquilo trouxe-me receio do que poderia vir. Havia também mensagens escritas em paredes dizendo “Abaixo ao exército real americano”, numa alusão ao possível apoio dos EUA ao rei do Nepal contra os maoístas. Cruzei boa parte do povoado e decidi tentar ficar ali mesmo. Procurei por uma hospedagem e um rapaz do povoado, provavelmente algum tipo de sentinela informal, ajudou-me. Levou-me a um tipo de hotel simples. Fiquei hospedado lá, sem ir procurar por outros para não gerar nenhum tipo de problema. Pedi para a dona cobertor e lençol e ela pareceu surpresa, esperando que eu tivesse comigo. Quando pedi ainda uma toalha ela falou irritada “Você não tem nada!?” 😀. Enquanto me organizava no quarto ouvi ao fundo o rapaz que me havia trazido àquele hotel conversando com alguém, talvez o responsável da guerrilha na área, sobre quem eram os hóspedes que haviam chegado, europeus, israelenses e quando o responsável perguntou quem era eu, ao me ver de costas de longe, sua voz ficou bem mais descontraída e ele disse “Ah, esse rapaz é do Brasil!”, num tom que me pareceu bem amistoso. A noite conheci pai e filho de Israel que estavam fazendo a caminhada. Logo de início perguntei ao filho de onde eles eram e ele pareceu desconfortável com isso, dizendo “Esta a primeira pergunta que você me faz?!”. Mas depois, conforme conversamos durante o jantar, o tom ficou amistoso e compartilhamos experiências da viagem. Falamos também sobre a situação de Israel e ele me desaconselhou viagens para lá naquele momento, falando também que o custo de vida estava muito caro. Falou que para ele era um feito ir com seu pai que já estava na casa de 50 anos para uma caminhada daquelas nas montanhas. Acho que a altitude era por volta de 2.470 metros. Na 6.a feira 24/10 de manhã fui em direção a Gopte. Inicialmente procurei um local para tomar café da manhã. Vi um homem cozinhando batatas. Propus para ele comprar várias batatas e ele aceitou. Foram meu café da manhã e almoço. Não consegui nada para tomar por perto e resolvi seguir assim mesmo e tentar encontrar ao longo do caminho. Neste trecho a caminhada ficou mais íngreme. Cruzei com um casal que voltava do Langtang eu acho e me disseram que não havia maoístas por lá. Acho que foi neste trecho que vi um menino sentado no alto de uma colina enquanto eu comia pães de forma de um saco. Como é costume no Brasil, ofereci para ele e ele aceitou. Depois de lhe dar prossegui. Haviam algumas possibilidades de trilha e eu estava pegando uma que achei ser a certa. Mas o menino disse-me com gestos para não pegá-la e pegar outra. Acho que ele evitou que eu cometesse um erro. Provavelmente fez aquilo por ter simpatizado com meu gesto de lhe oferecer pão. Cruzei também com uma europeia ou americana com um guia e ela me disse para tomar cuidado, pois haviam visto vários guerrilheiros no meio de mata nas montanhas. Disse-me que nada havia pago mais talvez devesse ter pago. Num determinado ponto havia uma bifurcação possível, por uma floresta de bambus, onde o mapa dizia poderem existir tigres, ou por uma área em que seria mais provável a presença de guerrilheiros. Achei improvável a presença de tigres, ainda mais durante o dia. Acho que o mapa provavelmente se referia a uma época muito anterior ou a animais menores. Fui pela floresta, um pouco preocupado e prestando bastante atenção, mas não tive nenhum problema. Cheguei em Gopte no fim da tarde. Estava com a barriga começando a doer. Pela minha completa ignorância em ciências biológicas não fiz a associação clara da dor com a ausência de hidratação . Como não estava quente não sentia muita sede, mas certamente o rim e outros órgãos estavam reclamando da falta de água. Ali era bem mais alto e a vista dos locais mais baixos e das montanhas pareceu-me espetacular. Conheci um casal de turistas, um judeu e outros peregrinos. A dor piorou bastante 😒. A moça ofereceu-me comprimidos para desarranjo intestinal, mas eu lhe disse que era o oposto disso. Comecei a desconfiar que o problema era falta de água. Pedi uma sopa para o jantar e isso resolveu tudo. Em alguns instantes a dor diminuiu bastante. Aí, percebendo o que tinha ocorrido, resolvi tomar muito líquido. Foi ótimo para o problema, porém fez-me ter que acordar durante a noite para fazer xixi. Ao ver que tinha melhorado, o judeu falou-me que indisposições estomacais ou intestinais aconteciam em viagens o tempo todo. Acho que foi aqui ou em Kutumsang que conversando com um dos guias falei que não sabia se iria a Langtang ou ao Gosaikund. Ele me disse que se pretendia ir a Langtang deveria ter pego outro ramal da trilha bem antes, pois agora o caminho ficaria bem maior. Decidi definitivamente então ir ao Gosaikund. O hotel ficava no alto de uma colina e fui até a ponta observar o céu noturno e a vista. Achei muito belos, apesar da escuridão. Durante a noite, devido à enorme quantidade de líquido ingerido, precisei sair para ir ao banheiro. Mas estava tudo escuro, as luzes apagadas e eu não tinha lanterna. Não consegui achar o banheiro e fui até a ponta da colina, que era arredondada, e fiz xixi lá mesmo. Acho que foi um pouco arriscado, porque eu não enxergava nada e fui tateando o chão, para ver até onde poderia ir 😀. Mas como a colina era arredondada e não com queda abrupta, achei que o risco não era tão grande, apesar da altura. Consegui sem problemas e voltei a dormir. Acho que a altitude era por volta de 3.440 metros. No sábado 25/10 fui para o Lago Gosaikund. Inicialmente tomei café da manhã, agora bem mais atento à questão da água. Depois, conversando com o judeu, ele disse que apesar de ser sábado, talvez fizessem um pequeno deslocamento para outro povoado próximo. Ele havia me dito que não estava muito bem (não me lembro se era por causa da altitude ou algum problema devido à caminhada). Após andar um pouco arrotei, mais alto do que imaginava, devido ao monte de líquido que tinha tomado. Poucos minutos depois cruzei com a mulher do judeu e seu filho pequeno, que acho que estavam vindo encontrar o pai. Percebi sua fisionomia tensa, talvez por eu ser um desconhecido numa área deserta, talvez tivesse ouvido o arroto e pensado que eu poderia ser árabe e contra judeus. Vendo isso, para tranquilizá-la, cumprimentei-a falando “Shalom”. A fisionomia dela mudou completamente, ela sorriu levemente e pareceu ficar tranquila. Caminhei mais um pouco satisfeito pelo terreno ser quase todo plano, com poucas subidas e descidas. Uma das alças da minha mala havia quebrado e eu estava tendo que carregá-la nas mãos, em vez de pendurá-la nos ombros, o que tornava a situação um pouco desconfortável. Um pouco mais à frente vi uma subida, que não imaginava ser tão grande. Era a subida para a Passagem Laurebina. Acho que demorei de 2 a 3 horas nesta subida. A passagem no topo ficava a cerca de 4.610 metros. Aí eu entendi porque a ampla maioria fazia o caminho contrário, começando por Dhunche. Cruzei com amigos belgas descendo, que quiseram me animar e disseram que eu estava quase chegando e que poderia conseguir alguma forma de consertar a mala quando chegasse no hotel. O clima ia mudando conforme eu subia e o vento ia ficando mais frio e mais forte. Começou uma leve neve 🌨️. Quando cheguei lá em cima estava totalmente sem forças 😫. Tanto foi assim que precisei sentar numa pedra para me recuperar. Fiquei uns 5 minutos sem conseguir ver nada. Depois percebi a paisagem magnífica (). Como a subida havia sido íngreme era possível apreciar uma ampla vista sem obstáculos das partes mais baixas. Do outro lado havia a vista das montanhas com mais de 5 ou 6 mil metros de altitude. Havia também a vista do lago principal e de pequenos lagos anexos. Fiquei ali cerca de meia hora deliciando-me com a paisagem . Se bem me lembro cheguei a meditar um pouco também. Depois segui para a sede do povoado, que não era longe. Apesar disso eu estava bem cansado e fui vagarosamente. Fiquei num hotel sem chuveiro quente (acho que só havia um com chuveiro quente naquela época). Não tomei banho nos dias em que lá fiquei. Procurei ficar num hotel não turístico, de habitantes locais ou tibetanos. Depois de me acomodar dei uma pequena volta nas proximidades. Achei linda a vista do lago e das montanhas. Pedi um cobertor adicional para a noite. No meu quarto havia 2 camas e entrava vento pelas frestas da parede. Acho que a altitude era por volta de 4.300 ou 4.400 metros. No domingo 26/10 fui explorar os arredores e apreciar a paisagem. Subi numa das montanhas laterais, a menor delas, que tinha vista para as montanhas de Langtang. Fiquei lá apreciando a paisagem e meditando. Inicialmente o tempo estava coberto, mas depois abriu em boa parte e foi possível admirar o esplendor das altas montanhas cobertas de neve. Achei a vista a partir dali maravilhosa . Fiquei lá mais de uma hora e depois desci e fui tentar subir na montanha do outro lado. Esta era bem maior e subi só até a metade, pois a partir dali pareceu-me que começava a ficar perigoso e exigir equipamentos, experiência e conhecimento, sendo que eu não tinha nenhum deles. A vista também agradou-me bastante. Fiquei lá algum tempo, mas menos do que na montanha anterior. Desci e já estávamos no meio da tarde. Fui então dar uma volta no lago. Até que me deu vontade de nadar, pois abriu um pouco de sol. Mas eu não tinha levado roupa de banho e a água estava com a temperatura muito baixa. Mais tarde o dono do hotel diria que eu poderia ter nadado nu, o que me fez rir. Já perto do fim da tarde voltei para o hotel. Haviam chegado 2 viajantes israelenses e 1 americana chamada Alisson com seu guia local. Um pouco mais tarde começou a nevar 🌨️. Os judeus mostraram-se entusiasmados, pois provavelmente não estavam acostumados à neve. Eu também achei a cena bela. A americana não deu muita importância, provavelmente via neve com frequência. A neve acentuou-se e cobriu parte da paisagem de branco. Eles começaram a jogar cartas e eu preferi ficar apreciando a paisagem e descansando. Conversamos sobre a viagem, jantamos e fomos dormir. Eu mudei de cama durante a noite, pois com o vento que entrava pelas frestas, mesmo com os cobertores e agasalhos, eu estava com frio . No meio da noite acho que o telhado não aguentou e caiu um pouco de neve e gelo na cama em que eu não estava e em que tinha dormido no dia anterior. No meio da noite eu precisei ir ao banheiro. Saí de pijama e com um agasalho para o peito. O banheiro era externo. Fui até ele, que era logo do lado do hotel, fiz xixi e apreciei a paisagem do lago, que tinha ficado ainda mais bela após a neve. Parte das pedras estavam cobertas de neve e o céu estava claro, fazendo uma cena que achei linda. O céu estralado também estava maravilhoso, talvez o mais espetacular que já tenha visto . Voltei rapidamente para o hotel, pois estava muito frio, talvez abaixo de zero. Porém o vento havia batido a porta e ela estava trancada. Acho que de algum modo, quando bateu girou o trinco. Eu estava preso do lado de fora. E o banheiro era num local de difícil acesso sem ser pelo hotel. Havia uma montanha atrás dele, o hotel na outra face, um precipício ao lado e o lago. Ou seja, a saída por qualquer opção não era simples. Resolvi tentar abrir a porta, mas não consegui. Admirei mais um pouco a linda paisagem e depois, já com bastante frio, resolvi bater na porta. Mas ninguém ouvia, provavelmente por causa do vento. Cheguei a pensar em tentar arrombar a porta ou escalar o telhado, mas aí pensei em chamar pela americana. Imaginava que estava dormindo no quarto em frente. Chamei-a pelo nome e ela estava acordada e me ouviu. Foi até a porta e perguntou “Fernando, o que você está fazendo aí?”. Eu respondi que tinha ido ao banheiro e perguntei se ela poderia abrir a porta. Ela pediu para eu esperar e foi chamar o seu guia. Enquanto isso eu aproveitei para apreciar mais um pouco a maravilhosa paisagem noturna e o lindo céu. Poucos instantes depois chegou o gia com uma lanterna e abriu a porta. Eu agradeci bastante e entrei. Ela ficou bestificada (e o guia também, mas um pouco menos) por eu estar de pijama, quase sem agasalho lá fora 😀. Fomos dormir. Na 2.a feira 27/10 quando eu acordei todos já estavam tomando café e já sabiam do ocorrido. Receberam-me rindo e o dono do hotel disse “Se você não tivesse sido escutado certamente teria arrombado a porta”. Eu disse que tinha ficado com medo de arrombar e depois ficar entrando vento e neve na casa. Eles riram um bocado e tomamos café. A dona riu pelo fato de eu ter oferecido o pagamento enquanto eles estavam com as mãos ocupadas fazendo o café pedido pelos outros. Durante a estadia o jovem dono disse-me que a situação era delicada. O exército vinha recrutar os moradores para fazer parte dele. Se a pessoa entrasse os maoístas a matavam. Se a pessoa se unisse aos maoístas o exército a matava. Então não havia saída. Pareceu-me uma triste realidade ☹️. Perguntou-me sobre procedimentos para conseguir viver no Brasil. Eu não sabia exatamente quais eram, mas lhe disse que achava que seria bem complicado para ele, pois era outra língua, outro alfabeto, outra cultura, outra religião da maioria da população e várias outras diferenças para a vida que ele estava acostumado a levar. Além do que estaria sem seus familiares e conhecidos e muito longe da sua terra natal. Achei a situação do país delicada, mas não me pareceu que naquele local ele estivesse em alto risco. Ele me falou também que achava que Buda era o Deus deles, mesmo após eu questionar se de fato era Deus ou um mestre. Após despedir-me de todos saí para descer. Antes apreciei a paisagem do local, principalmente do lago, que com a neve tinha ficado muito bela . Foi bem mais fácil descer do que subir 😀. As paisagens pareceram-me muito belas, embora devido à nevasca do dia anterior, os trechos mais altos estivessem nublados. O chão tinha ficado coberto de neve nos primeiros trechos. Não tive nenhum problema durante a descida e cheguei até Thulo Syabru, a cerca de 2.250 metros de altitude. Foi a parte mais íngreme. Achei que ainda dava para ir adiante e fui até Syapru Besi, a cerca de 1.460 metros de altitude. Já estava perto do fim da tarde e eu decidi ficar ali. Era um povoado bem maior do que os outros das montanhas. Havia muitas opções de hospedagem, eu fui a várias, mas acabei voltando a um dos primeiros (acho que foi o primeiro) em que havia passado. Era a casa de uma família. Todos pareciam muito simpáticos 👍. As crianças eram bem curiosas para conhecer um estrangeiro ocidental. Trataram-me muito bem. Ofereceram-me até um copo de leite ou semelhante no dia seguinte por cortesia, posto que eu não quis comprar o café da manhã, uma vez que em locais comerciais era mais barato. O clima estava muito menos frio. Na 3.a feira 28/09 fui andando até Dhunche e de lá peguei um ônibus para Katmandu. Na saída havia um posto de controle e tive que pagar pelo ingresso de visita, que ninguém tinha cobrado, que achei que não existia naquele sentido da caminhada e do qual imaginava ter escapado. Encontrei com vários franceses que estavam fazendo algum tipo de excursão ou trabalho voluntário. Uma das mulheres comentou comigo que seu marido cirurgião tinha ido fazer uma cirurgia num hospital local e tinha achado as condições deficientes. Ao longo do percurso de ônibus tivemos que parar várias vezes devido a checagens do exército. Os franceses pareciam bastante incomodados. Houve uma ocasião em que entrou um habitante local com uma galinha viva 🐔 e a colocou numa sacola na plataforma de bagagem acima das cabeças. Uma das francesas ficou bastante tocada com a situação, achando que a galinha estava morrendo e o nepalês pareceu não entender muito bem porque ela tinha ficado tocada. Chegamos em Katmandu já à noite. Alguns franceses que tinha conhecido antes conversaram comigo sobre a nevasca, a caminhada, despedimo-nos e voltei para o mesmo hotel. O dono devolveu-me a quantia que tinha guardado e eu devolvi o gorro ao atendente sem tê-lo usado. De 4.a feira 29/10 a 6.a feira 31/10 fui conhecer alguns projetos sociais em Katmandu e alguns pontos da cidade que não tinha visto. Fui conhecer projetos referentes a pessoas tentando livrar-se da dependência química, creches e educação de crianças e apoio a mulheres (https://www.etc-nepal.org). Neste último ofereceram-me uma refeição. Eu comi um pouco para não gerar aborrecimentos, apesar de ter carne (se bem me lembro era frango) e especiarias. Mas conhecendo ocidentais, eles me disseram para não comer se percebesse que meu organismo não assimilaria bem. Nestes dias aproveitei para jantar Dal Bhats, que estavam um pouco apimentados, e algumas comidas locais. Conheci uma inglesa que parecia muito ingênua. Tinha pago preços bem superiores por água mineral e estava prestes a contratar uma excursão também por preços mais altos. Porém percebi que ela não conseguia se virar sozinha com itens básicos. Então achei melhor deixá-la ser tutelada pelo pessoal do hotel, pois nas opções mais baratas a pessoa geralmente precisa fazer muitos procedimentos por conta própria, algo para que talvez ela não estivesse preparada. Aí provavelmente não valeria a pena a economia e faria com que a viagem dela não fosse agradável. No sábado 01/11 fui a Swayambhunath, que havia sido a stupa de que mais tinha gostado. Lembro-me de alemães indo visitá-la enquanto eu descansava no início da escadaria. Uma vendedora começou a acompanhar os alemães e um deles ficou para trás, deu dinheiro para ela e pediu cordialmente que os deixasse fazer a visita sem importunação. Meditei, apreciei a paisagem e me despedi de Katmandu. No domingo 02/11 saí no fim da manhã rumo ao aeroporto. Fui caminhando. Passei por um restaurante simples e comi momos, que estavam muito bons. Comprei também queijo de iaque, que achei maravilhoso 🧀. Cheguei ao aeroporto antes do horário e estava pronto para embarcar. Porém, parecia haver algum problema. Eu precisava sair na hora, pois tinha uma conexão em Nova Déli e outra em Mumbai. O avião deveria sair no fim da tarde e não tinha saído até o início da noite. Minha conexão provavelmente já estava perdida. Então fomos embarcados, porém somente jantamos e voltamos à sala de embarque. Foi bem confuso e houve bastante reclamação no aeroporto por parte dos passageiros. Por volta de 23h foi chamado novo embarque. Porém aí eu já havia perdido a conexão. Falei com o pessoal da Companhia Royal Nepal Airlines e me disseram que se não tinha um visto indiano era melhor não embarcar. Disseram que me dariam hospedagem e tentaríamos outro voo nos dias seguintes. Aceitei e fui para o Hotel Annapurna (https://annapurna-hotel.com) que indicaram. Era um dos mais luxuosos de Katmandu, onde ficavam políticos. Fiquei até com medo de atentados, dada a situação política. Chegamos lá no começo da madrugada e fui dormir. Na semana de 03/11 a 08/11 fiquei tentando pegar um voo de volta. Inicialmente fui ao escritório da companhia aérea para tentar remarcar minha passagem. Disseram que estavam com problemas para fazê-lo, pois minha passagem não era remarcável, provavelmente devido ao baixo preço que havia pago. Fomos ao aeroporto em dois ou três dias durante a semana e ocorreu exatamente o mesmo problema, o avião atrasou e eu não fui. Um gerente disse-me que estavam com problemas no flap de um dos aviões, o que estava acarretando aquela situação. Precisei voltar ao escritório da Cia todas as vezes que perdi o voo. A atendente já parecia bem constrangida e nem sabia mais como me pedir desculpas. Havia também outros passageiros com o mesmo problema, mas acho que depois de algumas vezes eu passei a ser o mais antigo. Ficou clara para mim a precariedade da companhia, apesar da boa vontade das pessoas. Eu fiquei no hotel assistindo televisão, pois não podia me ausentar, posto que poderiam a qualquer momento pedir para eu ir ao aeroporto ou ao escritório. Tinha direito a todas as refeições gratuitamente. Apesar do clima já estar um pouco frio, lembro-me de ter nadado em pelo menos um dos dias. Quando sabia que num determinado horário não tinha possibilidade de voo às vezes saía um pouco para dar uma volta. Cometi o erro de deixar o queijo de iaque fora da geladeira, o que não o estragou, mas fez com que começasse a exalar um forte cheiro. No sábado 08/11 o gerente veio buscar-me para tentarmos novamente um lugar no avião, mas já me avisou que provavelmente teríamos o mesmo problema. Desta vez porém, quando chegamos ao aeroporto, descobri que existia um voo direto para Mumbai, que já deveria ter saído, mas estava atrasado. Isso me deu esperança, pois se me recordo meu voo de Mumbai para Joanesburgo saía por volta de 2 horas da manhã. Conversei com o gerente da Royal Nepal Airlines e ele me disse que precisaria ser verificada a questão financeira, pois um bilhete para Mumbai era mais caro do que para Nova Déli. Ponderei para ele o tempo que já estava esperando, as tentativas infrutíferas que tínhamos tido e o custo da hospedagem que estavam pagando para mim. Novamente houve grande confusão entre os passageiros devido ao atraso. Vários passageiros que já estavam esperando há dias para embarcar fizeram um bloqueio e impediram que houvesse outros embarques antes que o voo para Mumbai fosse autorizado. Chegaram a lutar fisicamente com os funcionários do aeroporto 👊. Eu estava na sala de espera da Cia e não vi, mas um outro turista estrangeiro que havia conhecido contou-me o ocorrido. Quando tudo parecia encaminhado para eu finalmente conseguir voltar para o Brasil, apareceu um russo e sugeriu que fosse invertida a ordem dos voos, indo o avião primeiro para Nova Déli, que era mais perto, e depois regressando e indo para Mumbai. Isso me faria perder a conexão em Mumbai. Porém havia tantas pessoas já esperando há horas no aeroporto e talvez dias na cidade, que a proposta não foi bem recebida pelos passageiros e a ordem dos voos foi mantida. Enquanto esperava na sala da Cia repentinamente desapareceram os funcionários. A seguir chegaram pessoas da segurança e da imprensa. Talvez tivesse havido alguma reclamação mais fundamentada e tivessem vindo para responsabilizar ou até prender algum responsável. Mas não acharam ninguém. Quando eu encontrava alguém mais exaltado no corredor sempre dizia “Eu sou passageiro”. Num dado momento tirei a carteira do bolso para mostrar ao gerente meu cartão de membro da Star Alliance, através da Varig, argumentando com isso que tinha direito a embarque prioritário nas companhias parceiras. Mas acho que da primeira vez ele achou que eu estava tentando suborná-lo e acenou negativamente com a cabeça, antes de eu mostrar o cartão. Mais adiante, depois que percebi a interpretação que ele tinha feito, tirei novamente a carteira do bolso, mostrei-lhe o cartão e expliquei sobre a Star Alliance e embarque em parceiras. Mas ele disse que naquelas circunstâncias não era válido, além do que eles não faziam parte da Star Alliance. Já perto das 8 horas da noite, quando eu já estava ficando preocupado e achando que não chegaria a tempo a Mumbai, chegou o seu auxiliar e me disse afoitamente “Ok, ok, cadê seu passaporte, sua bagagem, vamos embarcar”, como se eu já soubesse que tinham me autorizado a ir. Eu nem acreditei 😀. Será que desta vez conseguiria? Consegui. Embarquei no voo para Mumbai, o voo decolou por volta de 9 horas e chegou antes da meia noite. Realmente a Cia parecia precária. No pouso, pareceu que o comandante socou o avião no chão, tanto que um passageiro francês comentou sarcasticamente, quando ele ia falar aos passageiros pelo alto-falante após o pouso, “Antes de mais nada desculpe pelo pouso”. Mas o comandante não falou isso 😀. Quando disse em Mumbai que tinha vindo pela Royal Nepal Airlines, uma funcionária do aeroporto fez gesto de reprovação com a cabeça como quem diz “Sai dessa amigo!”. Esperei pela conexão, dei meu número de membro da Star Alliance para o atendente, que o marcou erradamente, tentei descansar um pouco e embarquei sem problemas pela South Africa Airways (SAS) para Joanesburgo. No domingo 09/11 pela manhã desembarquei em Joanesburgo. Tudo parecia resolvido e bastava esperar pelo embarque para São Paulo. Quando fui passar pelo balcão para fazer a conexão, o atendente me disse que havia sido feito uma atualização na passagem não permitida e eu teria que pagar aproximadamente US$ 720.00. Isso significava pagar quase a metade do valor da passagem por uma remarcação para um trecho de menos de ¼ (25%) da distância 💲. Eu achei inaceitável. Argumentei com o atendente que a responsabilidade pela remarcação não era minha, pois o avião não tinha decolado por várias vezes. Mas ele me disse que a SAA não era responsável por outras cias aéreas. Eu repliquei que tinha sido a SAA que tinha emitido o bilhete e portanto alguma responsabilidade ela tinha. Como a conversa estava se prolongando e esquentando, ele mudou totalmente de postura e disse que não queria me onerar e eu estava liberado da taxa. Eu agradeci, fui para o embarque e voltei para São Paulo. Após desembarcar decidi passar no controle de itens a declarar devido ao queijo de iaque que havia comprado. O atendente pediu para eu esperar e foi chamar o fiscal, que ao ver o queijo disse que eu não poderia entrar com ele, embora tenha permitido que eu comece um pouco ali. Talvez o cheiro que ele estava exalando tenha ajudado na decisão. Eu fiquei decepcionado e perguntei se iria ser jogado fora mesmo, pensando no desperdício ☹️, O fiscal perguntou se eu estava insinuando algo e me falou rispidamente que era melhor eu ir embora. Eu fui, mas o queijo foi apreendido por razões sanitárias (não era permitido entrar no Brasil com comidas não industrializadas).
  6. Boa tarde, Galera. Estarei realizando está trip para Cape Town do dia 19 a 30 de julho agora. Gostaria de saber quantos rands levar por dia para gastos com alimentação e passeios? (Sem considerar hospedagem e café da manhã, pois está incluso na diária do hostel) E quem estiver por lá nestas datas aí, é só dar um toque pra fazermos algo. Desde já, agradeço!
  7. Olá galera mochileira, Volto aqui para tentar retribuir de alguma forma toda a informação que aqui consegui. Este foi meu 1º mochilão e graças a esta plataforma me senti segura para montar todo o meu roteiro e ir de forma (quase) completamente independente. Vocês fazem parecer tão fácil!!! E foi! E foi uma delícia também! *já faz um tempo que comecei a escrever esse relato e tinha abandonado por causa de correrias da vida, mas quero terminar antes que o facebook pare de me lembrar que eu fiz essa viagem foda há 1 ano! PARTE 0 - Planejamento e preparativos Viajar ao continente africano sempre foi um de meus maiores sonhos e ele começou a se tornar verdade há 4 anos, quando ouvindo uma discussão sobre quanto se gastaria para assistir a 1ª fase da copa do mundo na Rússia eu pensei “com esse dinheiro vou conhecer a África”. E eu tinha a companhia perfeita: minha grande amiga (e na época roommate) Camila estava disposta a encarar a aventura comigo, se eu provasse a ela que viajaríamos por 1 mês com relativo conforto e não gastaríamos mais de R$10mil... E eu provei! *imprevisto: a viagem ficou mais cara (não dá pra comparar dólar de 2014 com de 2018!), durou 39 dias e incluiu aventuras que até agora não acreditamos que vivenciamos! (Parênteses: certeza que é possível fazer este roteiro gastando menos, mas tínhamos algumas premissas que não queríamos abrir mão. Estas seriam as primeiras férias em algum tempo para nós 2 e já estávamos em ritmo de corta-tudo-e-tira-leite-de-pedra para economizarmos para A viagem, então queríamos ter algum conforto e, muito importante: queríamos tomar cerveja todo final de tarde! :D) Logo no início das pesquisas a África do Sul se mostrou o país que melhor se encaixava nos nossos planos, seja pelo custo benefício ou mesmo pela facilidade de encontrar informações. Nem sempre nossa ideia foi de planejar tudo e ir sozinhas, até mesmo pelo fato de que nenhuma de nós 2 dirige, e lendo (milhares de) blogs, cheguei ao site Pangea Trails, de um cara que tem um roteiro de van por todo o país que dura 21 dias. Esse era o plano inicial. Chegada a época que íamos realmente afinar tudo e colocar o plano em prática, os custo deste pacote já estava tomando quase todo o nosso orçamento e começamos a pesquisar a coisa toda independentemente, mas ainda assim com o roteiro dele como base, pois já sonhávamos com muitos locais por onde a Pangea Trails passava. Tínhamos então os locais que queríamos passar e mais ou menos definidos quantos dias ficar em cada um, quando a história começou a tomar outro rumo: um perfil de turismo da África do Sul que eu seguia no instagram, publicou por 5 dias seguidos fotos da Otter Trail, uma travessia de 5 dias e 4 noites que acompanha a costa selvagem do Tsitsikamma National Park através de paisagens cênicas e eu fiquei completamente obcecada. Pronto! A paisagem era tão espetacular que eu tinha que presenciar aquilo! E eu devo ser muito mais persuasiva do que imagino, pois eu, que de travessia tinha apenas feito a Salcantay para Macchu Picchu, mas que contava com uma equipe que levava a bagagem mais pesada e provia comida e acampamento (foi um esquema meio princesa mesmo), queria levar comigo nesta trilha totalmente independente a minha amiga Camila, que nunca tinha feito trilha na vida. Bom, nem sei bem como, mas a convenci! Foi a primeira reserva que fizemos. E quase choramos de emoção quando recebemos a confirmação! A questão é que esta é uma trilha bem exclusiva e as reservas se esgotam com cerca de 1 ano de antecedência, pois apenas 12 pessoas por dia podem percorrê-la. Comecei a monitorar o site do parque e checar todas as condições de tempo e maré (o caminho inclui algumas travessias de rio que podem ser bem perigosas a depender da maré do dia) para conseguir a data ideal para as nossas férias. Feito isso, o resto da viagem começou a se desenhar melhor em torno da trilha. Alguns destinos que queríamos tiveram que ser cortados, pois a logística para a Otter Trail precisava de 6 dias da nossa viagem. Numa destas decisões, cortamos Drakensberg, pois esta parada era principalmente para fazermos algumas trilhas e este assunto já estaria muito bem garantido! Na sequência compramos as passagens, fechamos o overland tour para o trecho que passaria pelo Kruger Park e a Suazilândia e compramos nosso ticket de ônibus Baz Bus. A Baz Bus oferece um serviço de vans que funcionam no estilo hop-on hop-off com foco em mochileiros que atravessam o país, recolhendo os passageiros na porta do hostel e deixando no seu próximo destino. A logística é bem bacana e a rota vai desde Joanesburgo até Cape Town, com paradas obrigatórias em Durban e Port Elizabeth, pois as vans só circulam de dia. Eles têm uma lista de hostels que são atendidos pelo roteiro e diversas opções de tickets, a depender da quantidade de dias que se quer viajar, se viaja apenas em uma direção, etc... O valor dos tickets não é muito barato, mas pela comodidade e segurança achamos que valeu a pena. Quando já estávamos lá ficamos sabendo de outra empresa que presta o mesmo tipo de serviço, tem uma rota semelhante e parece ser um pouco mais barata, a Mzansi. O roteiro então ficou mais ou menos assim: 10.03 a 15.03.18 Chegada por Joanesburgo e estadia em Maboneng; 16.03 a 22.03.18 Overland pela região do Kruger Park, Rota Panorâmica, Suazilândia, Greater St Lucia, chegando a Durban; 23.03 a 01.04.18 Seguimos de Baz Buz pela costa passando por Coffee Bay, Chintsa, Port Elizabeth e Jeffreys Bay até Storms River; 02.04 a 06.04.18 Estabelecemos base em Storms River para percorrer a Otter Trail; 07.04 a 10.04.18 Seguimos novamente de Baz Buz pela Garden Route passando por Wilderness e Mossel Bay; 11.04 a 16.04.18 Exploramos Cape Town, de onde voltamos para São Paulo. mapinha das nossas andanças.... MEDICINA DO VIAJANTE Já tinha lido algumas vezes sobre este serviço público (e totalmente gratuito) de avaliação e orientação de acordo com o local de destino e áreas de risco para doenças, mas nunca tinha utilizado. Resolvi testar e não me arrependi! O atendimento em São Paulo é no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o agendamento é feito por e-mail. No dia da consulta é necessário levar documento com foto e carteira de vacinação. Então começa uma entrevista na qual você conta qual o destino e as características da viagem, com a maior quantidade de detalhes possível. Daí eles te dão todas as orientações em relação à sua saúde durante a viagem e atualização de vacinas. Aproveite para tirar todas as dúvidas! Saindo da consulta já te encaminham para as vacinas e pronto. Quem precisa do Certificado Internacional de Vacinação da Febre Amarela (CIVP) deverá antecipadamente acessar o site da Anvisa para realizar seu pré-cadastro, necessário para a emissão da CIVP. A preocupação principal da maioria das pessoas que viaja à África do Sul, em especial à região do Kruger, é em relação à malária. Não existe vacina e a melhor profilaxia é evitar o contato com o mosquito através de barreiras físicas (roupas protegendo a maior parte do corpo, tela mosquiteira sobre a cama, etc..). Existe também um repelente (exposis) que foi recomendado e também os comprimidos, embora não tenham garantia total. A orientação que recebi foi: usar o repelente para a pele e para a roupa (existe um spray específico para passar na roupa e dura algumas lavagens) e tomar os comprimidos (aqui vale uma observação que o médico só indicou os comprimidos pois passaríamos pelas regiões de incidência no início da viagem e depois ainda teríamos um período longo antes de retornar ao Brasil, passando por áreas remotas e o receio era termos qualquer sintoma e não conseguirmos atendimento imediato.. se fossemos apenas ao Kruger e voltássemos em seguida, o médico não indicaria o remédio porque em qualquer emergência conseguiríamos atendimento fácil em SP). O que de fato aconteceu: levamos o exposis, mas não comprei o spray para roupa e tomamos os comprimidos que compramos em uma farmácia em Joanesburgo (parece que o melhor é comprar no próprio aeroporto, mas esquecemos e enfrentamos uma pequena burocracia para conseguirmos o remédio, que é controlado e não é barato). No início do overland, o guia fez um terrorismo de que nenhum repelente trazido de países que não tem malária é eficaz e sugeriu comprar outro, o peaceful sleep, que acabamos comprando também. Não sei se foi o remédio ou a mistura disso tudo com sol e suor, mas tive uma alergia forte na pele (rosto, pescoço e costas) que só foi sumir mesmo em Cape Town. Camila ficou enjoada nos primeiros dias do overland, o que logo relacionamos com o remédio também. Para mais informações sobre a Medicina do Viajante: http://www.emilioribas.sp.gov.br/pacientes-e-acompanhantes/medicina-do-viajante/ MOCHILA, O DRAMA... A principal dificuldade neste tema foi: precisaríamos de uma mochila que aguentasse o tranco e boa o suficiente para utilizar na trilha (tenho problema na cervical e essa era minha maior preocupação) e isso costuma ser bem caro! No final das contas: uma amiga que estava de mudança para a Austrália tinha uma mochila usada Trilhas & Rumos Crampon 72L e deu pra gente. Camila acabou ficando com esta, pois eu não queria uma mochila tão grande. Outra amiga ofereceu a mochila dela emprestada, uma Deuter Futura Vario 45 + 10, que eu me neguei a pegar até quase a véspera da viagem. Mas de tanto ela insistir e de tanto faltar dinheiro, aceitei.. Resultado: olha, quando estava pesquisando pra comprar uma cargueira pra esta viagem, li muita coisa positiva sobre a T&R, então simplesmente não sei dizer o que aconteceu, mas a mochila praticamente se desfez durante a viagem. Na arrumação ela já rasgou um teco (o que levou Camila ao desespero antes mesmo da gente ir pro aeroporto) e no restante da viagem ela se rasgou inteira! Tentamos remendar com um bocado de fita e nada adiantou... enfim, outro ponto fraco que percebi é que ela ficava visivelmente desestruturada nas costas. Quanto à que eu levei, ela foi perfeita. Nas 1ªs horas da trilha precisei fazer alguns ajustes, mas ela segurou bem! O que levei: Confesso que não sou nem de longe aquelas pessoas bem compactas para viajar e foi bem difícil ficar nisso aí... mas era tudo que cabia na mochila, então... (na verdade cabia mais mas jurei pra mim mesma que não queria partir com a mochila no limite pra conseguir trazer umas coisinhas depois) Ainda, como tínhamos a trilha no meio da viagem e eu já tinha pensado mais ou menos em um cardápio, levei daqui coisas que por algum motivo tinha receio de não encontrar pra comprar ou que precisava de apenas uma quantidade pequena, etc.. 7 calcinhas 2 pares de meia para trilha 3 pares de meia de algodão 2 sutiãs 2 tops 2 biquinis 2 calças legging 1 calça-bermuda 1 calça jeans 2 camisetas dryfit 7 camisetas 1 blusa térmica (fleece) 1 jaqueta impermeável 2 blusinhas manga longa 1 shorts de corrida 2 shorts 1 saia jeans 2 vestidos 1 pijama 1 canga de praia 2 lenços 1 toalha microfibra 1 capa de chuva 1 chinelo 1 sandália kit de higiene / cuidados pessoais maquiagem básica kit primeiros socorros (com umas coisas bem específicas pra trilha, mas que não precisamos usar.. ufa!) saco de dormir lanterna de cabeça + pilhas 2 cantil + tabletes para purificação da água 1 canivete 1 bastão de trilha 1 capa protetora mochilão (comprei uma Arienti www.territorioonline.com.br/bolsa-para-transporte-arienti-m para despachar a cargueira, que até por ser emprestada merecia um cuidado mais especial e também porque precisávamos de uma bolsa pra deixar nossas coisas no hostel durante a trilha) 1 binóculo Confesso que não sou nem de longe aquelas pessoas bem compactas para viajar e foi bem difícil ficar nisso aí... mas era tudo que cabia na mochila, então... (na verdade cabia mais mas jurei pra mim mesma que não queria partir com a mochila no limite pra conseguir trazer umas coisinhas depois) Ainda, como tínhamos a trilha no meio da viagem e eu já tinha pensado mais ou menos em um cardápio, levei daqui coisas que por algum motivo tinha receio de não encontrar pra comprar ou que precisava de apenas uma quantidade pequena, etc.. leite em pó (levei em saquinho zip lock apenas o necessário pra preparar 5 canecas de manhã) *confesso que quando estava separando o leite em pó no saquinho pra levar na mochila me bateu uma sensação mega ruim de que aquilo podia dar muito errado no aeroporto, mas deu em nada não... toddy (2 colheres de sopa / dia - levei em saquinho zip lock) geléia (aquelas individuais de cestas de café da manhã) castanhas semente de girassol cuscuz marroquino (em zip lock) quinoa (em zip lock) arroz + lentilha (em zip lock) temperos: sal (aqueles saquinhos de restaurante), pimenta do reino (não vivo sem!), azeite barras de cereais e proteínas 2 pratos plásticos rígidos, 1 caneca alumínio + kit talher de plástico Esta lista era basicamente para o meu café da manhã (com alguns itens complementares que compraria fresco na véspera da trilha) e jantar para nós 2! A Camila levou com ela o que iria precisar para o café da manhã dela e levaria o kit de panela. Além disso levei uma pequena mochila de ataque (aquelas dobráveis da decathlon, que viram uma bolinha compacta) com pasta completa de documentos e comprovantes de reservas impressas, bloco de anotação, travesseiro de viagem (meio dispensável pra mim, mas até que garantiu um conforto quando acampamos), carregador de celular, 2 power banks, câmera (uma véia digital que tenho, levei mais como garantia se a memória do celular faltasse). Acho que foi isso. A maioria das coisas que não tiveram utilidade durante a viagem foi levada por alguma indicação específica para a trilha e não acho que deixaríamos de levar (mesmo sabendo agora que não usamos), pois poderiam ter sido necessárias.. mas confesso que daria pra ter cortado umas peças de roupa e a sandália.... No final deu isso aí.. mochila pronta... O relato diário irei postando em partes para não ficar tãããão comprido... Até!
  8. Vamos lá, mais um relato, perdi minha outra conta então vamos lá Bom, essa viagem foi decidida meio que na sorte, eu tinha alguns pontos no programa da LATAM, e como para mim é melhor viajar final do ano por conta do recesso forense. Comecei a pesquisar possíveis destinos, como eu gosto de praia e sol me restringia um pouco. No final do ano poderia ir para a região da américa central, que até então era minha primeira opção, mas estava com receio de ir sozinho por conta da “má fama” da região por ser um pouco violenta. Com isso decidi ir para a África do Sul, achei a passagem de ida por apenas 28k milhas e dei a loca de ir. Como meu inglês é bem ruim, resolvi incluir um pequeno intercâmbio na África do sul. Fechei pelo site Intercambio direto, foi a melhor cotação que achei, era o mesmo preço da escola se eu pagasse por lá. Entrei em contato com a escola para saber se realmente eles faziam parceria com o site, pois iria pagar todo curso no brasil, então não poderia correr o risco de ser falso. Tudo certo, paguei o valor de 2.600 reais para 3 semanas de aula. Se tem intenção de fazer um intercâmbio faça por mais tempo, e não sei se na África do sul é uma boa, minha sala só tinha árabes então era muito difícil entende-los, havia alguns brasileiros também por lá. qualquer coisa só chamar no insta uaiguilhermee
  9. Introdução Fala galera! No fim de 2018 fiz uma viagem incrível pela África do Sul que contou inclusive com a companhia do grande parceiro Fabiano que conheci aqui no Mochileiros! Se alguém tiver alguma dúvida, sinta-se a vontade pra perguntar abaixo e evitem mensagens privadas ou e-mail já que a sua dúvida pode ser a mesma de outras pessoas aqui no fórum! Roteiro Resumido 1 dia na Rota Panorâmica 3 dias de Safári no Kruger 9 dias na Garden Route 5 dias na Cidade do Cabo Roteiro Detalhado 15/11/2018 - Voo São Paulo > Joanesburgo 16/11/2018 - Joanesburgo > Sabie 17/11/2018 - Sabie > Graskop 18/11/2018 - Graskop > Lower Sabie Rest Camp 19/11/2018 - Lower Sabie Rest Camp > Crocodile Bridge Rest Camp 20/11/2018 - Crocodile Bridge Rest Camp > Marloth Park 21/11/2018 - Marloth Park > Joanesburgo > Port Elizabeth > Jeffrey's Bay 22/11/2018 - Jeffrey's Bay 23/11/2018 - Jeffrey's Bay > Stormsrivier 24/11/2018 - Stormsrivier > Plettenberg 25/11/2018 - Plettenberg 26/11/2018 - Plettenberg > Mossel Bay 27/11/2018 - Mossel Bay 28/11/2018 - Mossel Bay > Hermanus 29/11/2018 - Hermanus 30/11/2018 - Hermanus > Cidade do Cabo 01/12/2018 - Cidade do Cabo 02/12/2018 - Cidade do Cabo 03/12/2018 - Cidade do Cabo 04/12/2018 - Cidade do Cabo 05/12/2018 - Cidade do Cabo > Joanesburgo 06/12/2018 - Joanesburgo > São Paulo
  10. Por Lid Costa Cape Town é uma cidade super vibrante e cheia de passeios legais pra gente fazer. É difícil planejar um roteiro diante de tantas opções, né? Por isso, no post de hoje vou te contar o que fazer em Cape Town em 4 dias, roteiro com o essencial para aproveitar bem sua visita a cidade! Cape Town (ou Cidade do Cabo) é a segunda cidade mais populosa da África do Sul (Joanesburgo é a primeira). É também a capital legislativa do país e fica localizada no sul. De Joanesburgo até lá são em média 90 minutos de avião. Para percorrer o trajeto de carro, são mais ou menos 1.400 km. Continue a leitura em https://partiuviajarblog.com.br/o-que-fazer-em-cape-town-em-4-dias/
  11. Por Lid Costa África do Sul, visitar ou não visitar? Sem sombra de dúvidas a resposta é: visitar! Se você estiver planejando uma viagem para lá vai precisar saber das minhas dicas de viagem para a África do Sul, um dos países mais encantadores que eu já visitei! #1 Visto Brasileiros NÃO precisam solicitar visto para viajar a turismo, se a permanência for de até 90 dias. Basta levar o passaporte válido (aconselhável que ele tenha 3 meses de validade a partir da data de entrada) e com, pelo menos, 2 páginas em branco. Continue a leitura em https://partiuviajarblog.com.br/dicas-de-viagem-para-a-africa-do-sul/
  12. Pessoal, Gostei tanto da Rota Jardim que fiz esse roteiro duas vezes. Uma indo de Port Elizabeth para Cape Town e na outra com um desvio para Oudtshoorn. Não é fácil organizar a rota para planejar quantos dias ficar em cada lugar. Por isso estou dividindo aqui meu roteiro com vocês! Espero que ajude: https://portadeembarque.com.br/roteiro-de-15-dias-na-africa-do-sul/ Bjs!!
  13. INFORMAÇÕES GERAIS (2018) Visto: dispensa de visto por até 90 dias Passaporte: deve ter validade de pelo menos 1 mês da data do retorno ao Brasil Vacinas: exige vacina de febre amarela Quando ir: o ano inteiro Capitais: Cidade do Cabo, a maior das três, é a capital legislativa; Pretória é a capitaladministrativa e Bloemfontein é a capital judiciária Moeda: Rande (R) Idioma oficial: 11 línguas oficiais, entre elas o inglês Cod. telefone: +27 Padrão bivolt: 230V Tomadas: C, D, M, N Principais operadoras telefônicas: vodacom (data), MTN, Cell C e Telkom Empresas aéreas low cost: Kulula, Mango, Fly Safair (não é boa) VISÃO GERAL DA ÁFRICA DO SUL Os principais lugares para se conhecer na África do Sul são Cape Town, Rota Jardim, Rota Panorâmica, safáris e Johannesburgo, sendo que a rota panorâmica e safáris estão próximos a Johannesburgo (também chamada de Gauteng). A Rota Jardim é ruma rota cênica que inicia-se em Cape Town até Port Elizabeth ou vice-versa. No caminho, passa-se por varias cidadezinhas, que guardam seus principais pontos turísticos: Stellenbosh e Franschhoeck (vinícolas), Gansbaai (mergulho com tubarão na gaiola), Outdshoorn (fazenda de avestruz e cango caves), Knysna (the heads), Plettenberg Bay (Storms River National Park e Reserva Robberg), Tsitsikamma Park (face adrenalin: maior bung jumpee de ponte do mundo). A Rota Panorâmica (ou Panorama Route), por sua vez, é um caminho ao longo do Blyde River Canyon, o terceiro maior canyon do mundo, em Mpumalanga, e que guarda paisagens incríveis. Está a apenas 1h30min do Kruger Park. A ideia é fazer o pernoite na cidadezinha de Graskop e reservar um a dois dias para percorrer a região. SOBRE OS SAFÁRIS 02 dias inteiros de safári são suficientes. Não conte o dia da chegada e da partida; gasta-se cerca de 7h de carro ou 1h de avião. Então isso geralmente soma 4 dias no total: 1 para ir + 2 no parque + 1 para voltar. Quem tem pouco tempo, pode apertar em 3 dias: sai cedo e já faz um safári noturno no dia da chegada + 1 dia de safári inteiro + safári de manhã e partida. O Kruger Park é um parque nacional e dentro dele estão vários acampamentos, sendo o Skukuza um dos principais por sua infraestrutura (restaurante, lojas, mercadinho, piscina e museu). Dentro do parque há varias estradas devidamente demarcadas, onde os turistas podem fazer os self drives ou os safáris organizados pelo local. Também pode-se optar pelos game reserves, que são estabelecimentos privativos, ao redor do Kruger, e em sua maioria lodges de luxo e, obviamente, mais caros. Neles, diz-se que os safáris são mais rústicos, já que não percorrem as estradas já abertas, como ocorre no Kruger. Optamos pelo parque nacional e não nos decepcionamos. Vimos vários animais na beira da pista e quatro dos chamados Big Five, os animais mais difíceis de serem visualizados. Melhores lugares dentro do parque: Skukuza, Pretoriuskop. Melhores lugares fora do parque: Hazyview, Sabie Sand Game Reserve (Elephants Plains Game Lodge). SUGESTÃO DE ROTEIRO 05 dias: Cape Town 05 dias: rota jardim 02 dias: Johannesburgo 03 dias: Safari 02 dias: rota panorâmica PONTOS TURÍSTICOS DE CAPE TOWN Cidade do Cabo City Sightseeing: R280 (R$81) 2 dias e R180 (R$52) 1 dia Restaurante La Colombe (necessita reserva) Degustação de cervejas: Devil’s Peakn, Beer House, Woodstock Brewery St. George catedral (ao lado do Company´s Garden) Horário: 9-13h Gratuito Company´s Garden Horário: todos os dias de 7-19h (inverno) e 7:30-20:30h (verão) Gratuito Jardim Botânico Kirstenbosch Horário: todos os dias de 8-19h Preço: R65 (R$19) Jardim Botânico Kirstenbosch Long Street (a noite): Bar Beerhouse Truth Coffee Roasting - indicado como melhor café do mundo pelo The Telegraph V&A Waterfront: complexo de lojas, bares e restaurantes Robben Island Horário: 9h, 11h, 13h, e 15h Preço: R360 (R$102); obs.: onde Mandela ficou preso (passeio dura 4h); o passeio sai do W&A Waterfront Obs.: procure fazer o passeio nos primeiros dias, pois este depende de condições climáticas. Boates: Boate 31 e Shimmy Beach Club Table Mountain Horário: todos os dias de 8-13h Preço: R330 (R$93); obs.: ir de manhã por causa do tempo Obs.: fora o funicular, a Table Mountain possui várias trilhas, que podem ser percorridas em 1h30min, 3h e até 4h. Percorremos a trilha Índia Venster, que durou 3h, com paisagens imperdíveis. Apesar de ser classificada como difícil, esta trilha pode ser feita por qualquer pessoa, que não tenha medo de altura e algum preparo físico. Escalada da Table Mountain A Renata Sarzi, do A Dream Overland, classifica as trilhas da seguinte forma: Platteklip Gorge Tempo: Pelo menos 1h30 (subida) e 1h (descida) Grau de dificuldade (fôlego): Pesado (subida) e leve (descida) Grau de dificuldade (técnica e exposição à altura): Leve Vista e paisagem: ★★★★★ Avaliação da trilha: ★★★★★ Chata Onde a trilha começa: Tafelberg Rd (na mesma rua do Cableway) Custo: $$$$$ Gratuito India Venster Tempo: 3h00 (subida) Grau de dificuldade (fôlego): Moderado a pesado (subida) Grau de dificuldade (técnica e exposição à altura): Leve a moderado Vista e paisagem: ★★★★★ Avaliação da trilha: ★★★★★ Onde a trilha começa: Tafelberg Rd (na mesma rua do Cableway) Custo: $$$$$ Gratuito Skeleton Gorge Tempo: 4h00 (subida) Grau de dificuldade (fôlego): Moderado (trilha bem longa) Grau de dificuldade (técnica e exposição à altura): Leve Vista e paisagem: ★★★★★ Avaliação da trilha: ★★★★★ Onde a trilha começa: Jardim Botânico Kirstenbosch Custo: $$$$$ Entrada no Jardim Botânico (cerca de R60) Signal Hill (ao lado do bairro Bo Kaap): ir no pôr do sol (estação de ônibus mais próxima é Kloof Nek) Signal Hill Galileo Open Air Cinema Horário: os portões abrem de ter-sex as 17h e sab-dom as 16h; o cinema começa entre 19:30-20:30h; cinema ao ar livre Preço: R105 (R$31) Gold Restaurant Jantar com danças típicas: R380 (R$110) Jantar no Gold Restaurant Castelo da Boa Esperança Horário: tour guiado 11:00 | 12:00 | 14:00 | 15:00 | 16:00; troca de guarda seg-sex de 10-12h Preço: R50 (R$15) District Six Museum Horário: seg-sab de 9-16h Preço: R55 (R$16) Cape Point Horário: 9-17:30h Preço: R147 (R$43) e funicular R70 (R$21 ida e volta) ou R55 (R$16 só ida) Cabo da Boa Esperança Dia 01: The Old Biscuit Mill Market (só aos sábados), Robben Island, V&A Waterfront; cinema ao ar livre; balada a noite Dia 02: St. George catedral (ao lado do Company’s garden), Company´s Garden, Castelo da Boa Esperança, Jardim Botânico Kirstenbosch, degustação de cerveja na Beerhouse a noite Dia 03: District Six Museum, bairro Ko Baap, Signal Hill (por do sol) Dia 04: table mountain, praia de camps bay (fim de tarde) e clifton beach; jantar no Gold Restaurant Dia 05: vá por Hout Bay; Chapman’s Peak; Cabo da Boa Esperança; Cape Point; Boulders Beach (alugue um carro) VINÍCOLAS Groot Constantia (mais antiga vinícola) Horário: todos os dias de 9-17h Preço: R145 (R$42); obs.: a 15 min de Cape Town Stellenbosh (42 minutos de Cidade do Cabo): principal cidade do circuito de vinícolas da África do Sul, Stellenbosh é uma cidade universitária, com um centrinho bonito, agitado e cheio de bons cafés, bares e restaurantes. Existem dezenas de (ótimas) vinícolas pela região. Franschhoeck (40 minutos de Stellenbosh): uma cidade bem pequenininha, situada no meio de um vale de montanhas. Bem romântica e ideal para descansar e para quem gosta de vinhos e belas paisagens. Os restaurantes também são muito bons. Aqui pode-se encontrar o Wine Tram, um passeio em ônibus e trem, que percorre varias vinícolas da região, dependendo da linha que se escolhe, no momento da compra. São 08 linhas classificadas por diferentes cores e cada uma apresenta diferentes roteiros. Ideal para quem não quer ficar bebendo e dirigindo entre uma vinícola e outra. Esta foi nossa opção e adoramos. Vinícola da rota da Wine Tram ROTA JARDIM - Gansaai, Cabo das Agulhas, Oudtshoorn, Knysna, Tsitsikama/Storms River Plettemberg Bay obs.: algumas das informações abaixo foram retiradas do site I Love Trip. Gansbaai (1h40min de Franschhoeck) – mergulho com tubarões: esse é o melhor lugar para você fazer o incrível mergulho com tubarão branco da África do Sul. Não deixe de incluir esse passeio no seu roteiro de viagem. Quanto tempo: manhã. Existem várias empresas que realizam este passeio em Gansbaai, são elas: Great White Shark Tours Marine Dynamics Shark Diving Unlimited White Shark Ventures (R1750 ou R$488; nossa escolha e super recomendo) White Shark Projects White Shark Diving Company African Shark Eco Charters Obs.: caso não seja possível a visualização de tubarões, já que o local é apenas rota para esses animais, algumas escolas disponibilizam voucher para re-agendamento em outro dia. Cabo das Agulhas (1h20min de Gansbaai) – o Cabo das Agulhas marca o encontro dos oceanos Índico e Atlântico, estando junto a um Farol, que também pode ser visitado. Cabo das Agulhas Outdshoorn (3h45min de Cabo das Agulhas) – muitos fazem um desvio na Garden Route para ir até Outshoorn, a capital mundial do avestruz, com diversas fazendas de avestruzes. Esse desvio só vale a pena se você fizer questão e tiver tempo. A principal atração turística da cidade é a Cango Caves, cavernas com tour para visitação. Fazenda de Avestruz Preço: R258 com almoço (R$67); tour parte de 8-16 e almoço de 11-14h Cango Caves Horário: 9-15:30h; o passeio dura 60 minutos (Heritage Tour) ou 90 minutos (Adventure Tour); a temperatura é de 18o Preço: R120 (R$34) ou R180 (R$51) Cango Caves Knysna (1h40min de Outdshoorn) – uma das cidades mais importantes para o turismo na África do Sul, Knysna (a pronúncia é “Naisna”) tem um charme e elegância com seus morros de calcário e a lagoa formada pelas águas do Oceano Índico. Um píer charmoso, além de mirantes, passeios e bons hotéis e restaurantes tornam o lugar bastante agradável. Knysna também é conhecida como a capital mundial das ostras. Plettenberg Bay (30 min de Knysna) – uma das principais cidades turísticas da África do Sul que não pode ficar fora do seu roteiro. A cidade praiana é super charmosa, com bons restaurantes e hotéis e vistas incríveis do mar para observação de golfinhos; e ainda, com dois parques imperdíveis. Base para visitação das reservas Robberg e Storms River e para o salto de bung jumpee. Reserva Robberg Horário: 7-20h Preço: R50 (R$14) Storms River National Park Horário: 6-22h Preço: R290 (R$81), incluídos passeio de caiaque, trilha até a ponte suspensa e trilha ao topo da montanha (1h30min). Obs.: Você também pode dormir em um dos alojamentos do parque (faça essa escolha como base para visitação da Reserva Robberg, Storms River e bung jumpee). Face Adrenalin (bungee jump) – nessa região fica uma das atrações turísticas mais conhecidas da África do Sul, o mais alto bungee jump de ponte do mundo, com 216 metros. O visual é incrível com muito verde e o Oceano Índico ao fundo. Quanto tempo: meio dia. Horário: 9-16h Preço: R1000 (R$290) + R400 (R$112 foto e vídeo) Port Elizabeth (45min de Tsisikamma) – é uma cidade banhada pelo Oceano Índico, colonizada pelos ingleses e com grande valor histórico. Com praias, comércios e vida própria, a cidade é procurada para o turismo na África do Sul e é ponto de partida para iniciar ou finalizar a Garden Route. Se quiser conhecer mais a cidade fique um dia. Obs.: em Port Elizabeth, na reserva Dorkin, pode-se visitar a Escultura da Fila da Votação, que marcou a primeira eleição democrática do país, gratuitamente. PONTOS TURÍSTICOS DE JOHANNESBURGO É necessário pegar um avião de Port Elizabeth para Johannesburgo (R$350). Joanesburgo City sightseeing: R280 (R$81) 2 dias e R180 (R$52) 1 dia; Ticket office: Tyrwhitt Avenue pedestrian zone, next to Hamleys; 9-19h Museu do Apartheid Horário: todos os dias de 9-17h Preço: R95 (R$28) Obs.: reserve ao menos 3h para visitação. Soweto (bairro onde morou Mandela – passeio de bike) Preço: R515 (R$150 por 2h) Nelson Mandela Square e Sandton City: um grande complexo comercial em uma das regiões mais desenvolvidas de Johannesburgo Constitution Hill (prisão onde ficou Mandela) Horário: todos os dias de 9-17h Preço: R60 (R$18) Obs.: contratamos o serviço do guia Ruben, de Moçambique e que fala português. Ele cobrou o valor de R500 (R$140) por pessoa para percorrer os principais pontos turísticos da cidade de 9-16h, com parada para o almoço (não incluído no valor). Contato: +27 73 157 2611 / +27 60 507 4039. HOSPEDAGENS DA VIAGEM AVALIADAS POSITIVAMENTE Melhores bairros em Cape Town: Green Point, Waterkant e Beira mar Hospedagem em Cidade do Cabo - The Greenhouse Boutique Hotel Hospedagem em Ganssai - 28 Kolgans Hospedagem em Outdshoorn - Karoo Retreat Hospedagem em Plettenberg Bay - Riverclub Villa 4200 (melhor hospedagem da viagem) Hospedagem em Graskop - Blyde Lodge Hospedagem em Johannesburgo (pernoite para retorno ao Brasil) - Europrime Guesthouse (café e transfer gratuito) Obs.: os carros foram alugados pela rentalcar. SAFARI (O QUE LEVAR) - Repelente: Use na pele exposta e nas roupas também. O mais eficaz é o repelente à base de dietiltoluamida (DEET). É importante reaplicá-lo a cada 3 horas (no caso de concentração de 20%), 6 horas (concentração de 30%) ou 12 horas (50% de DEET). Atenção! O repelente deve ser aplicado DEPOIS do filtro solar. - Use roupas que protejam todas as áreas do corpo, com mangas compridas, calças compridas, roupas soltas, e sempre use meias (sei que às vezes pode estar calor… Mas tente!!!). Pulverize as roupas com permetrina (presente em inseticidas e repelentes) para reduzir o risco de mordida através da roupa. O site Extreme UV vende camisas anti-mosquito e com proteção UV (super frescas no calor). - As recomendações são usar roupas de tons pastéis, não usar perfumes muito fortes, não levantar, não gritar e não falar alto, principalmente se estiver próximo dos animais; não fumar. Levar uma roupa de frio, levar óculos escuros, chapéu/boné, repelente e protetor solar. Não esquecer máquina fotográfica e, se puder, um binóculo. PONTOS TURÍSTICOS DO BLYDE RIVER CANYON 1. Lisbon Falls: 8-17h; R10 (R$3) e Berlim Falls 2. Bourke’s Luck Potholes: 7-17h; R63 (R$18) 3. Three Rondavels: 7-17h; R30 (R$9) 4. God’s Window: 7-17h; R17 (R$5) 5. The Pinnacle Rock: 7-17h; R17 (R$5) Three Rondavels Bourke’s Luck Potholes Uma dica de restaurante na rota é o Kadisi Restaurant, dentro do Forever Blyde Canyon Resort; serve comida africana e tem uma vista espetacular. O restaurante está ao lado da Three Rondavels. MERGULHO EM UNKOMAAS (40min de Durban) Para quem pratica mergulho, em Unkomaas é possível mergulhar com os tubarões sem gaiola. A experiência é incrível. Esse mergulho é chamado de Baited Dive. Contratamos o serviço da Blue Ocean Dive, que nos fez um pacote com 04 mergulhos (tubarão, naufrágio e dois arrecifes), todo o equipamento, transfer, café da manhã e hospedagem para 02 dias por R$1.500 por pessoa. A estrutura do local é absurda. Trata-se de um prédio onde estão alocados o hotel, restaurante e dive center. É necessário ser mergulhador avançado com o mínimo de 30 mergulhos. Isso porque é realmente um mergulho bem independente. A DM repassa as informações e você cuida de si e do seu dupla dentro da água. Publicado em: https://mspriscila1.wixsite.com/meusite/blog/roteiro-áfrica-do-sul-21-dias
  14. Na África do Sul, a natureza sempre nos surpreende! neste país, é possível, através de empresas sérias, ir até o habitat dos tubarões brancos e observá-los. Dá pra aproveitar a ida à Cidade do Cabo para tentar ver estes incríveis animais. O mais importante disso, é saber que neste tour nenhum animal é ferido. Confira o post https://chicaslokas.com.br/2018/09/19/uma-aventura-entre-os-tubaroes-na-africa-do-sul/
  15. Olá, pessoal. Estou indo com três amigos para África do Sul mês que vem. Ficaremos 13 dias ao total. Começamos a viagem em Joanesburgo. A ideia seria alugar um carro até o Kruger, depois retornar até Joanesburgo e ir até Port Elizabeth de avião. Lá fazer a Garden Route até Cape Town. Vocês acham que vale muito a pena ir até o Kruger ou seguindo até Cape Town conseguimos fazer outros safáris legais? Como é um tempo pequeno para a viagem, poderíamos seguir direto de Joanesburgo para Port Elizabeth. Muito obrigado!
  16. Apresentando... Quando a gente começa a viajar, seu corpo e sua mente vão querendo cada vez mais, é como uma droga viciante mesmo. No começo, a maioria das pessoas, eu acho, vai realizando aquele sonho que geralmente tem a ver com lugares do nosso cotidiano, que a gente vê muito na TV, nos filmes, nas músicas etc. tipo Estados Unidos e Europa. Comigo não foi diferente. Conheci esses lugares, mas aí eu fiquei com vontade de mais e mais, eaí a África começou a invadir meus pensamentos e eu só conseguia pensar em ir pra lá. Entretanto, por vários motivos, entre eles (principalmente) o acovardamento em ir sozinha, eu fui adiando. Já viajei sozinha várias vezes, mas na África eu não queria ir somente no roteiro tradicional: Cape Town, Joanesburgo, Safari… queria mais, e quantos países vizinhos por ali eu conseguisse ir. Por isso, viajar sozinha estava sendo um grande entrave, pois teria que alugar carro e fazer muitos trajetos sozinha, fiquei com medo do perrengue. Então… como a vida dá voltas, apareceu uma amiga que também queria pra ir África. Mas pro roteiro tradicional. Aos poucos fui introduzindo a beleza da Namíbia e logo ela já estava convencida a conhecer o deserto. E pra fechar o grupo (ou não), meu primo também resolveu ir. Todo mundo conseguiu conciliar as férias, a vontade de ir pra África por um ou outro motivo e resolvemos. Compramos as passagens pela Latam, ida e volta por Joanesburgo por R$ 2.027,47 com taxas, saindo de Brasília. Pausa para dizer o básico, assim que você comprar a sua passagem desligue todos os alertas de decolar.com, googleflights, viajanet ou outro que você tiver feito. Eu esqueci, e uma semana depois a mesma passagem, na mesma data, no mesmo trajeto estava R$ 300 mais barata. Enfim, bateu aquele remorso básico que poderia ter sido evitado pela simples ignorância de não ter nem ficado sabendo que a passagem estava R$ 1.700. Como dizia o sábio: santa ignorância! Mas beleza, passagem comprada, todo mundo me olhando um pouco torto, porque eu queria coisa demais na viagem, começaram os planejamentos e as conversas. Geralmente a gente deixa pra falar como as pessoas eram maravilhosas ou não no final, mas já vou falar logo aqui que o grupo foi sensacional, muita cumplicidade, foi muito fácil resolver tudo já que todo mundo abria mão de alguma coisa pela vontade do outro, abrir mão de algo que eu queria ver não foi tão difícil, na verdade nem me lembro mais do que abri mão, pq a viagem e a cias foram maravilhosas. Então resumindo, quem somos nós: Deise (essa que humildemente vos relata essa viagem), Gabi (minha amiga), FH (meu primo), LC (namorado da Gabi, mas só resolveu ir depois). Fiquei meio que encarregada de fazer o roteiro, acho que me beneficiei nessa parte, pois ia colocando o que eu queria, mas ao mesmo tempo, ia tentando encaixar o que os outros queria também, sendo bem democrática. Tipo, não faço questão de vinícola, mas um deles queria abrir mão do tubarão pela vinícola, como não colocar. Então ficamos sem tubarão, mas com vinícola e foi ótimo, todo mundo satisfeito (eu acho rsrs). Quanto mais eu pesquisava e procurava roteiros, via que a maioria (90%) só fazia o chamado roteiro tradicional, que é aquele do começo do texto: Cape Town, Joanesburgo, Safari. Estava difícil achar informações sobre a Namíbia, Zimbábue, Zâmbia, Botsuana, não que a gente fosse nesses países, mas eu queria ver os relatos pra ver as possibilidades. Principalmente o deslocamento entre esses países, parecia ser bem complicado fazer por terra se você não fosse fazer algum safari de no mínimo 7 dias. E não tínhamos tempo pra fazer safári de 7 dias. Daí também que surgiu a ideia de fazer esse relato, a princípio eu não faria o relato, mas acho que pode ser útil pra quem busca informações e principalmente opiniões sobre lugares fora do roteiro tradicional. Então continuei a busca por relatos e catando algumas informações picadas aqui e ali, montei um roteiro, que pelo visto não foi o melhor, pois toda vez que conversávamos com alguém na viagem sobre o nosso trajeto a pessoa ria. Várias vezes eles comentavam tipo: - nossa, não faz muito sentido, ou: - uau vocês fizeram um belo zigue-zague aí ein. Bom, eu prefiro culpar a falta de informações do que a minha falta de habilidade em fazer planejamento, mesmo que muito provavelmente tenha sido o segundo motivo. Antes de finalizar o roteiro, ainda incluímos Victoria Falls pelo lado do Zimbábue. Pra vocês terem uma idéia, o roteiro final foi esse, quase não tem vai e volta, SQN. roteiro.mp4 Como chegamos nesse primor de deslocamento: simplesmente não tem como ou eu não achei outra maneira de chegar no deserto da Namíbia saindo da África do Sul que não seja de Safári, é claro que você pode alugar carro e rodar até lá, mas pensa na perda de tempo. E os tours são todos bem caros e de 6 dias no mínimo. Então, achamos (eu) melhor ir de avião até a capital da Namíbia: Windhoek, já que de lá saem vários tours para o deserto. E o deserto era a nossa principal razão de ter escolhido a Namíbia. Existem outros passeios bem famosos por lá, como o Parque Etosha, Walvis Bay etc. Mas o nosso foco era o deserto. Então fomos pra Windhoek e já saímos do Brasil com o passeio comprado pela agência Detour Africa, mas quem realmente fez o passeio foi a Wild Dogs (ótima por sinal), a Detour parece ser apenas uma intermediadora, tipo uma agência de turismo. Ops, peraí, já estou entrando realmente no relato, deixa essa parte pra depois. Então beleza, chegaríamos pela África do Sul, porque não teve jeito, a passagem do Brasil chegava e saía por ela, mas já teríamos o primeiro trecho de avião por fora, para a Namíbia. Aí depois, numa reunião com o grupo da viagem, já que o Zimbábue foi escolhido de última hora, deixamos ele para os últimos dias, então a África do Sul ficou no meio da viagem. Ou seja: 07/03 Brasília -- São Paulo -- Joanesburgo 08/03 São Paulo -- Joanesburgo 09/03 Joanesburgo 10/03 Joanesburgo 11/03 Joanesburgo -- Windhoek 12/03 Windhoek - Sossusvlei 13/03 Sossusvlei 14/03 Sossusvlei -- Windhoek 15/03 Windhoek -- Cape Town 16/03 Cape Town 17/03 Cape Town 18/03 Cape Town 19/03 Cape Town 20/03 Cape Town 21/03 Cape Town -- Joanesburgo -- Victoria Falls 22/03 Victoria Falls 23/03 Victoria Falls -- Joanesburgo 24/03 Joanesburgo -- São Paulo -- Brasília Aí sim, roteiro fechado, vamos para o relato. Durante o relato não vou me ater aos valores mas vou colocar um orçamento detalhado ao final, com valor das passagens, hospedagem, passeios etc. Foram 17 dias no total. Nota dramática: 17 dias inesquecíveis. Relato dia-a-dia Já faz alguns dias que voltei, e quase um mês do começo da viagem. Foram dias bem intensos e corridos então não vou lembrar com muitos detalhes de tudo que fizemos, mas vou fazer o melhor possível aqui. A seguir...
  17. Mudei de emprego, fiquei 1 ano sem férias, mas finalmente voltei à boa prática. Com duas semanas nas mãos, onde escolher? Dentre as várias opções, a África do Sul estava no alto das nossas preferências. A Latam passou a voar direto para lá, então as coisas pareciam mais fáceis. Só que não rolava promoção para as datas que queríamos. Até que a santa TAAG fez uma boa promoção e compramos. Optei por chegar por Johannesburgo e voltar pela Cidade do Cabo. África do Sul, para mim, é Mandela. É J. M. Coetzee. É Safari. É Copa de 2010. Cidade do Cabo. Eram as minhas referências, todas positivas. Assim que compramos as passagens, comecei a fazer o planejamento macro. Até pensei em esticar para outro país, mas vi que a África do Sul demandaria mais que apenas 2 semanas. Então primeira decisão foi que ficaríamos somente por lá. Segunda decisão foi não dirigir. Tenho ampla predileção por *não* dirigir no exterior. Mais ainda em mão inglesa. E ainda mais na África do Sul, com os relatos de policiais no estilo Brasil de ser, digamos assim. Com isso passei a enfrentar um problema para fazer o safari. Porque mais de 9 entre 10 relatos sobre o país contém safari com carro alugado. Mas mantivemos a disposição de não dirigir. Fechamos o roteiro básico de ficar 1 ou 2 dias em Jb, fazer um safari e passar +- 1 semana na Cidade do Cabo. E assim foi. Problema é que acabei deixando o fechamento da logística (hotéis, passagens internas, safari) para amanhã, depois para amanhã (e assim subsequentemente), o que resultou num problema na hora de decidir qual safari fazer. Kruger? Outro parque? Reserva privada? E tudo isso em meio à (enorme) limitação de não estar de carro. Tive de recorrer a agências, e consultei diversas. Algumas me respondiam com impressionante rapidez. Outras levavam dias para retornar. As opções de safari, de como fazer, de onde ir e ficar, são diversas, para diversos bolsos e estilos. Mas, para quem está sem carro, complica. Lendo relatos eu acabei tentado pelas reservas privadas. Problema principal, de início, era o preço. São *muito* mais caras, em regra. Dependendo de onde estão, o transporte até lá (sem estar de carro) também fica bem caro. Balancei diversas vezes em função disso. No entanto, considerando que pode ser nossa a única vez na região na vida, optei tardiamente pelo esquema mega-patrão de ficar em reserva privada. Tardiamente pq, na hora em comecei a verificar disponibilidade, poucas (dentre as mais acessíveis) ainda tinham vagas. Isso foi pouco menos de 1 mês antes da viagem. Entre idas e vindas, para encurtar o assunto, acabei fechando com a Ashtons (uma empresa que faz o transporte de Jb ao Kruger) o pacote de transfer + 3 dias na Umlani Bushcap. Gostei da proposta do Umlani de uma coisa mais rústica (não tem energia elétrica, o chuveiro banho numa parte externa do quarto, etc.; uma parada pretensamente mais rústica). E também era dos poucos com vaga. Depois disso compramos as passagens de lá para a Cidade do Cabo. Para piorar, caía num começo de feriado nacional no país. Mais facada no bolso. Somando tudo isso, o dólar disparando. O rasgo foi grande. Mas vou esquecer disso, e a lembrança das férias na África do Sul serão eternas. Roteiro básico: Johannesburgo – 2 dias Safari no Umlani Bushcamp – 4 dias Cidade do Cabo – 7 dias Quando: De 16 a 28 de Setembro de 2018 Custos: Aéreo - Ida: Rio-SP-Luanda-JB; volta Cidade do Cabo-Luanda-SP-Rio: 2.200 BRL cada Aéreo – Hoedspruit – Cidade do Cabo: 3.985 ZAR cada Safari/bushcamp: 23.172 ZAR para ambos Pousada JB – Thulani Lodge – 1.582 ZAR (total 2 dias) Pousada Cabo – At the Barn – 4.630 ZAR (total 7 dias) Adotamos uma média de 100 USD por dia para cada de orçamento, incluindo o custo com hospedagem (mas excluindo os aéreos e o esquema-patrão do safari/buschcamp). Ficamos dentro do orçamento.
  18. Depois de pegar muitas informações aqui nesse forum resolvi dar minha contribuição. Decidi juntamente com duas amigas fazer uma viagem para a África do Sul. Alguns conhecidos indicaram esse destino e resolvemos arriscar. Nosso objetivo inicial era procurar um destino que não fosse tão caro, já que Europa está impraticável em razão do valor do Euro nesse momento. Dessa forma optamos África do Sul em razão da moeda rand que está em torno de R$ 0,28 (3 por 1). No entanto, se a ideia inicial era economizar não tardou muito para percebermos que o passeio não seria tão barato. Para início foram as passagens aéreas. Paguei R$ 2.300 somente SP - Joanesburgo (amiga do outro dia pagou R$ 1.900😩 ), R$ 500,00 (Goiânia - SP) e em um vôo interno entre Joanesburgo e Cidade do Cabo paguei R$ 600,00 (fly safair), ou seja, não peguei promoções e acabou ficando caro. Um breve resumo da viagem: 21/11 - Saída de Goiânia a São Paulo - São Paulo - Joanesburgo (11 horas de vôo) 22/11 - Chegada a Joanesburgo às 8 horas e seguida de carro para o Park Kruger 23/11 - Passeio pelo Kruger 24/11 - Passeio pelo Kruger pela manhã e seguida para o Aeroporto de Joanesburgo para pegar o vôo a Cidade do Cabo 25/11 - Passeio pela Cidade do Cabo - conhecendo a Table Montain, as praias e o pôr do sol em Signal Hill 26/11 - Passeio pela Cidade do Cabo - Waterfront e passeio de barco ( duas horas) para ver a fauna marinha 27/11 - Conhece a Robben Island (prisão do Nelson Mandela) e passeio de city tour 28/11 - Passeio pelo Cabo da Boa Esperança e a praia Boulders Beach (praia dos pinguins) 29/11 - Volta ao Brasil - Cidade do Cabo, Joanesburgo, São Paulo - Goiânia (15 horas ao todo) Os preparativos da viagem foram difíceis porque conciliar datas e gostos de três pessoas ao mesmo tempo não é fácil. Decidimos alugar um carro em Joanesburgo e dirigir até o Park Kruger (cerca de 450 km). Fizemos uma reserva de um carro sedan por meio da decolar, que indicou a empresa Sixty, onde pagamos o valor antecipado de R$ 410 por três dias. Também fizemos um seguro de saúde que custou por volta de R$ 120. Decidimos ficar hospedados dentro do Park Kruger, onde com indicações aqui no forum fizemos as reservas por meio do site oficial do park na internet https://www.sanparks.org/parks/kruger/. Em Capetown ficamos em um hotel simples porém bem localizado chamado Greenhouse (apartamento com sala e quarto). Passagens compradas, hotéis reservados, seguro pago e carro reservado partimos para a África. Vôo chegou exatamente no horário previsto, sem nenhum atraso. Desembarque, imigração tudo ocorreu de forma muito rápida e fomos direto à empresa Sixty buscar o carro que reservamos. Lá tivemos a nosso maior problema de viagem. Ao tentar passar o cartão de crédito para fazer a caução do valor o cartão apontava saldo insuficiente. Achei estranho porque apesar das compras de passagens e outras coisas meu cartão devia ter saldo suficiente para isso. Foi quando vi o valor que estavam tentando passar, cerca de R$ 7.000,00, (detalhe que a locação de três dias era R$ 400,00). A companheira de viagem minha tinha um cartão com limite suficiente, no entanto como a reserva estava no meu nome, somente poderia ser um cartão meu. Dessa forma enrolamos cerca de 3 horas tentando resolver a situação. Era impressionante a falta de interesse em ajudar. Até que desistimos e fomos a outra locadora de veículos, onde conseguimos um preço parecido e uma caução de R$ 1.800,00. O ruim é que não olhamos o carro e acabamos pegando um ford ka sedan, manual e sem GPS ( o que nos atrapalhou bastante). O maior erro da viagem foi não comprar um chip local para ter internet em todo lugar. Achávamos que teria GPS no carro ou que seria fácil encontrar wifi por onde passássemos. Não foi tão simples. Antes de sair do aeroporto ainda baixei o mapa até o kruger pelo google mapas para usar offline. No entanto ele não funciona indicando como funciona normalmente e sim um pontinho no mapa e ir seguindo. Me apeguei às placas e nome das rodovias para não errar o rumo, mas dirigindo na mão inglesa e ainda ficar olhando placas, confesso que não foi uma tarefa muito fácil. Como fez falta esse GPS no carro. O início era tenso mudar marcha com a mão esquerda, seta invertida e ainda tomar cuidado com o trânsito. Com o tempo fui me acostumando e deu para seguir. Objetivo era seguir até o portão Phalaborwa de entrada o Kruger, cerca de 500 km de Joanesburgo. Conseguimos sair do aeroporto às 11 da manhã e paramos em um posto de gasolina na estrada às 12h30min, em um rede de fast food Winky. Depois paramos somente para abastecer em outra cidade e dirigimos sem parar. Chegamos no Kruger às 18h40min, no entanto o Kruger fechou os portões às 18h30min. Ficamos de fora. Nossa hospedagem no primeiro dia seria em Letaba, mas tivemos que ficar ali na cidade de Phalaborwa mesmo, em um hotel muito bom e barato, diga-se de passagem. Realmente no primeiro dia as coisas não saíram como o combinado, mas viagem é assim mesmo e segue o barco. Logo posto mais
  19. E ae Rapaziada, resolvei escrever este relato como contribuição de tudo que este site já me ajudou. Acredito que África do Sul já tenha diversas informações, mas sobre as Ilhas Maurício e Namíbia foi onde encontrei mais dificuldade nas pesquisas, espero ajudar. Relato tá meio bagunçado, não deu tempo de revisar, mas vamos lá... Tudo começou com as famosas "promoções" de aéreo, a ideia inicial era Tailândia, mas os valores estavam sempre muito altos, apesar de saber que lá as coisas são baratas. Depois apareceu uma promoção para Austrália, mas demoramos um pouco para decidir e perdi os valores que rondavam nos 2.000,00, eis que apareceu a passagem para Johanesburgo por 1.860,00, nesta fomos mais rápido e consegui comprar, isso foi em janeiro. Depois vi passagens por 1.600,00 e até 1.500,00, porém já era muito em cima da hora, pelas minhas pesquisas as ofertas de hotel na África do Sul não são muito altas como em outros lugares, então acredito que se comprasse em cima da hora gastaria muito com hotel. Em Cape Town por exemplo achei muita casa para alugar, mas poucos hotéis, acabei gastando muito no hotel de Cape Town, com um pouco mais de tempo teria economizado muito no hotel de cape. Inicialmente nosso roteiro seria apenas África do Sul com rota jardim, porém pesquisando vem aquelas histórias de que por lá é perigoso, de que tem que tomar cuidado etc, fiquei com receio de fazer a rota jardim e deixar as malas no carro. Hoje vejo que é tudo bobagem, foi tudo muito tranquilo e seguro, não tive nenhum problema, acredito ser igual São Paulo, tem que ficar experto, mas não é tudo que falam. Pesquisando o que tinha perto da África do Sul já que eu tinha bastante dias vi informações sobre as Ilhas Maurício, em que a primeiro momento parecia ser um destino muito caro, hoje vejo que não é, dá pra ficar uma semana de boa, achei cape Town mais caro, pra ter uma ideia um passei para uma ilha ile aux cerfs, que é a mais famosa por lá, paguei 120,00 reais já com almoço e bebidas no barco e no almoço inclusas. Depois do roteiro já montado, me sobravam 4 dias em que ia deixar 2 para cape Town e 2 para Johanesburg e decidir o que fazer por lá. Eis que faltando 20 dias para a viagem eu me lembro da Namíbia e seus desertos, Dunas e tudo mais, fazendo um levantamento vi que era viável e reagendei tudo, incluindo 4 dias de Namíbia, de carro saindo de Cape Town até Windoek. Sábia decisão. No final meu roteiro ficou deste jeito: Dia 1 31/out Ida SP -> Joanesburgo Dia 2 01/nov Chegada Joanesburgo Dia 3 02/nov Joanesburgo Dia 4 03/nov Safari 1 Dia Dia 5 04/nov Safari 2 Dia Dia 6 05/nov Rota Panorâmica 3 Dia Dia 7 06/nov Joanesburgo - Ilhas Maurício Dia 8 07/nov Ilhas Maurício Dia 9 08/nov Ilhas Maurício Dia 10 09/nov Ilhas Maurício Dia 11 10/nov Ilhas Maurício Dia 12 11/nov Ilhas Maurício - Joanesburgo Dia 13 12/nov Cidade do Cabo Dia 14 13/nov Cidade do Cabo Dia 15 14/nov Cidade do Cabo Dia 16 15/nov Cidade do Cabo Dia 17 16/nov Cidade do Cabo Dia 18 17/nov Cidade do Cabo - Namíbia Dia 19 18/nov Namíbia Dia 20 19/nov Namíbia Dia 21 20/nov Namíbia Dia 22 21/nov Namíbia - Jobug Dia 23 22/nov Volta Joanesburgo -> SP 3.000 KM rodados 23 dias 6 voos Principais Valores (Todos em Reais e por pessoa): Voo SP - Joburg: 1.860,00 (LATAM) Voo Jobug - Ilhas Maurício: 1.815,00 (Air Mauritius via edreams) Voo Joburg - Cape Town: 350,00 (British Airways via edreams) Voo Windhoek - Joburg: 550,00 (Air Namibia via edreams) Carro Joburg: 500,00 (6 dias) Reservado na Eurocap Carro Ilhas Maurício: 300,00 (2 dias) Reservado direto no hotel Carro Cape Town: 700,00 (5 dias) reservado na Hertz Carro 4x4 Namíbia: 1.600,00 (5 dias, mais caro porque devolve em outro país) reservado na Hertz Passeios: Lion Park: Predator Tour, Lion Walk e Cub Encouter: 270,00 Soweto: 130,00 de Tuk Tuk com almoço incluso Elephant Whispers: 200,00 Ile Aux Cerfs: 120,00 com almoço e bebidas incluso Parasailing Ile Aux Cerfs: 100,00 Ile Gabriel e Flat; 120,00 com almoço e bebidas incluso Robben Island: 150,00 Vinícolas: 240,00 ÁFRICA DO SUL - JOANESBURGO E KRUGER(SAFARI) Dia 1 31/10 Saímos as 17:50 de SP rumo a Joanesburgo. Voo Tranquilo que chegou às 08:55 horário local (Fuso de 4 horas se não me engano) Dia 2 01/11 Neste dia chegamos pegamos o carro alugado da Eurocap (Corolla automático, peguei automático por medo da mão inglesa, já que aí teríamos que trocar as marchas com a mão esquerda que não serve para grandes coisas rs), milagrosamente eles não encheram o saco para vender seguro, só pegamos e pronto, rumo ao hotel deixar as malas e depois Lion Park. O Hotel que ficamos foi muito bom, devia ser uma mansão que transformaram em hotel, quarto espaçoso, café da manhã muito bom (melhor omelete que comi na viagem), galera atenciosa, piscina que não usamos. Gardenia Boutique Hotel. Lion Park Fomos para o Lion Park, que ficava a 50 minutos do hotel, ai uma dica, Joanesburgo tem um transito da peste, ainda mais porque nesse sentido do Lion Park tem uma rodovia que não tem muitos semáforos, uma zona pra atravessar e seguir, eles se entendem, nós turistas não rs, ou seja, se o GPS marca 50 minutos, se programe para mais, no dia seguinte quase perdemos um tour por isso. Lá no Lion Park tem várias atrações para fazer (reservei tudo pela internet, direto no site deles): Predator Tour, que é um Simba Safari praticamente, mais para quem não tem como fazer o safari, mas como estávamos lá eu fiz também. Cub Encounter, nesse caso tem a interação com os Leões e com Cheetah também, só fizemos com os leões. Os leões têm de 3 a 6 meses de idade alguns estavam meio dormindo e outros acordados, o acordado deu um trabalho da peste, mesmo sendo pequeno, são leões, e machucam um pouco rs, cortes, mordidas no tornozelo, minha esposa caiu de um pulo que ele deu nela, mas muito show, vale a pena. Para quem fala que eles dopam os leões, não me parece verdade, são bem sérios, e os Leões dormem muito mesmo, salvo engano 16 horas por dia, algo assim. Íamos ter neste dia o Lion Walking que é onde você anda com os leões, neste caso maiores, mas ainda bebês, 12 meses. Mas começou a chover, e eles cancelaram o tour, remarcando para o dia seguinte. Em conversa com o guia (Jason, gente boa) ele me disse que houveram 2 acidentes com os leões e turistas, ambos quando estava chovendo, eles ficam assustados. Depois disso ainda fomos no Mall of Africa, maior shopping do continente, mais de 300 lojas, legal, mas as lojas fecham cedo. As 20:00 já estavam todas fechadas. Dia 3 02/11 Soweto Dia de conhecer o bairro de Soweto, acredito que dispensa explicações rs. Nas minhas pesquisas não sabia como era, se dava pra conhecer os principais pontos de carro e tal, e resolvi reservar o tour pelo Sowet Backpackers, também pela internet, você tem opção de 2 ou 4 horas, tem opção de bike ou tuk tuk. Fizemos o de 2 e Tuk Tuk. Muito legal, valeu a pena conhecer um pouco da história deles. A guia que nos levou no tuk tuk sabendo que eu era brasileiro já puxou conversa de futebol claro, segunda ela, o Avô dela foi o fundador do time deles Orlando Pirates. Várias conversas de Futebol, além claro da cultura deles, apartheid etc. Fizemos uma parada onde eles falaram sobre o regime do apartheid, um lugar um pouco sujo, porém com casas que nada tinha de favela, depois fomos na parte mais pobre, onde eles levam a gente para experimentar um "churrasco" deles, com uma espécie de purê de arroz e carne feita na hora, ali no meio. Eles mesmo dizem que é desrespeito não comer a comida do jeito deles, comi e muito, e gostei, o purê de arroz não tem gosto, a carne sim. Ali o show fica por conta das crianças que vem brincar com a gente, uma delas pegou a mão da minha cunhada e a minha e ficou se jogando para a gente balançar elas, incrível. E o guia explicando como foi criada a township e tal. Passamos pela Vilazaki Street, casa do Mandela, e o final do tour termina novamente no Backpackers para o almoço que já estava incluso. Novamente o purê de arroz e várias carnes, tudo muito bom. Demos uma passada rápida no Museu do Apartheid que ficava do lado, a ideia do dia era conhecer o museu, o Reef City e outras coisas por perto, mas como tivemos que reagendar o lion walking não conseguimos ver tudo. Porém o museu eu queria ver. Confesso que esperava mais, mas foi interessante. Lion Park Já quase em cima da hora do Lion walking (tem 2 horários as 11:00 e as 15:30, pegamos o da 15:30) fomos sentido Lion Park, aprox 1 hora, um transito do caramba, chegamos lá já era 16 e pouco, procurei pelo Jason que depois de alguns minutos apareceu e disse que ia fazer o tour mesmo atrasados. Show, e eu já queria desistir fazia tempo. O Lion Walking é uma caminhada que você faz com 2 leões em torno de 12 meses, grandes, que dão medo, mas ainda não tem a juba de adulto. Eles vão com um balde cheio de carne, e vão parando em pontos estratégicos para você passar a mão, tirar fotos etc. No começo dá medo, confesso, depois você vai se acostumando mas continua com medo kkkkk. Muito show, experiência que valeu a pena. Finalizando a carne do balde a gente já vai saindo, porque eles só ficam de boa por conta da carne. 45 minutos aprox. Ali você ainda pode interagir com uma girafa, dar comida e tal. Sandton City e Mandela Square Finalizando a noite fomos para o Sandton City (shopping) já com as lojas fechadas, conhecemos a Mandela Square e terminamos nossa visita a Joanesburgo no Hard Rock que fica ali na praça. Tem gente que fica mais tempo em Joanesburgo, tem gente que nem fica usa de escala, eu achei o tempo que ficamos suficiente, um dia a mais talvez, mas não faria muita diferença. Dia 4 03/11 Kruger Saímos neste dia em direção ao Kruger rodamos quase 500KM e aprox 6 horas. O GPS que usamos foi o MAPS.ME, excelente por sinal, off-line, e além das ruas etc, você ainda pode colocar o nome dos destinos turísticos que ele também tem, só usamos ele e nos atendeu em toda viagem e nos 3 países. Uma dúvida que tínhamos e que tinha lido era em relação a posto de gasolina, neste trecho tinha muitos postos, quase semelhante a uma rodovia de SP, não senti necessidade de abastecer sempre como falaram (diferente da Namíbia), claro que tinha alguns trechos de 100km que não tinha, normal. O GPS colocou o caminho entrando pela Crocodilo Bridge que é uma das entradas e tem uma espécie de alojamento lá também. Eu tinha reserva para o Skukuza Camp, depois de chegar no Crocodilo Bridge e fazer o tramite para entrar, ainda tínhamos quase 1 hora para chegar no Skukuza, o que foi muito legal porque já estávamos dentro do parque e ali foi nosso primeiro Self Drive. Isso era por volta das 14:00 que entramos no parque e as 16:30 tínhamos um Sunset drive agendado, mas a emoção do primeiro self-drive foi tão grande e com tantos animais ali que chegamos em cima da hora rs. Chegamos no Skukuza já maravilhados com o início do nosso Safari peguei as chaves do nosso "quarto" que é uma espécie de quarto com banheiro, cozinha e até uma churrasqueira na parte externa, ar condicionado e tudo mais. Fiz a reserva diretamente no site https://www.sanparks.org/, vi que muita gente teve problema para reservar por lá, eu não tive, reservei sem problemas, comprei tours pelo mesmo site e também fiz alterações. Na época que pesquisei as opções para fazer o safari encontrei algumas empresas com os tours prontos que tinha o transfer de Joanesburgo ida e volta os drives, hotel, etc, tudo incluso, mais partia de 1.500,00 dólares, muito pesado. Fazendo direto ficou muito mais barato, eu paguei 850,00 reais incluso a taxa diária do parque, a hospedagem e os 4 tours que fiz com eles. Além do Sef-Drive eu reservei: Sunset Drive, Sunrise Drive, Night Drive e Morning Walk. Os self Drives já são suficientes para você ver uma grande quantidade de animais, possivelmente os Big 5 (como nós vimos), porém esses 4 tours só são possíveis fazer com guias por conta dos horários que abrem e fecham os parques, além do walking que tem que ser com os rangers de qualquer forma. Em termos de estrutura o Skukuza realmente é muito bom, além da acomodação, próximo tem 2 restaurantes um para comer lá e outro para levar e comer nas mesinhas da frente. Tem um shopping relativamente grande para comprar lembrancinhas e outras coisas. Sunset Drive Fizemos o Sunset Drive com os guias do parque, você entra em um carro deles e vai um motorista guiando, na verdade eles mesmo quase não param para mostrar animais, fica mais por conta da galera que está no carro que tem que dar um grito pra eles pararem o carro pra gente ver o animal em questão. Após parar eles explicam um pouco dos animais, vimos um, que eu não lembro o nome, que o guia informou que vivem em média 6 dias pois praticamente todos os animais carnívoros comem ele, por ser pequeno e lento. Foi nesse que vimos os primeiros rinocerontes e também um pôr do sol made in africa. Na volta fomos jantar no restaurante do Skukuza, muito bom, nem parecia que você estava no meio da savana. Dia 5 04/11 Morning Walk Acordamos bem cedo para fazer o Morning Walk, se não me engano o tour saiu por volta das 05:30, o horário depende da época. Nesse tour você vai com 2 rangers até um determinado ponto e de lá parte a pé no meio da savana. Um ranger vai na frente e outro atrás (apesar da maior parte os 2 foram na frente) e nós vamos acompanhando, cada um com sua espingarda, para caso precise. Eles vão seguindo rastros dos animais, explicando tudo sobre a vegetação, animais, o que caçam, e assim por diante. Foi muito legal, principalmente porque você perde aquela segurança que tem dentro do carro, ali se sente mais vulnerável. Começamos perto de uma árvore Marula onde avistamos uma Girafa próxima, que só olhou e voltou a comer, ao longo da caminhada ainda vimos zebras, impalas, até chegarmos aos elefantes. A pouco mais de 50 metros os rangers avistaram 3 elefantes (casal e filhote) e nos avisaram, neste momento fomos caminhando devagar para não fazer barulho, chegando mais próximo. Eles estavam em um nível mais baixo do terreno que nós. O pai nos avistou fez o barulho dele e o ranger fez um outro barulho que fez com que os elefantes fossem embora. Nessa hora o ranger explica que a diferença entre dar um tiro ou não é conhecer os animais, aquele barulho que ele fez foi muito alto para o elefante, por isso ele foi embora, e mostrou também que um leopardo ou leão se chacoalhar as chaves que ele tinha no bolso, o barulho seria muito alto para eles, e eles possivelmente iriam embora rs. Muito show. Depois rolou um mini café da manhã com sucos, frutas secas e outras coisas. No caminho de volta os rangers avistaram um Leopardo, apontaram e mostraram pra todos, estávamos em 6 pessoas, as outras 5 conseguiram ver e eu nada, em dado momento tinham os 5 e os 2 rangers apontando pra eu tentar ver o tal leopardo e nada, até que o ranger me puxa pro lado e fala: ele está ali e aponta mas eu viajando estava olhando pra outro lado, o ranger olha pra minha cara e dá um resmungo AAAAAAAHHHHHH por eu não estar olhando pro lado certo e começa a partir em retirada rss, depois disso eu só conseguia rir e perdi o Leopardo de vez rss. Ao final do passeio os rangers agradeçam e falam: Hoje tivemos muita sorte pois conseguimos ver um Leopardo, menos você. E assim terminou meu Morning Walk, sem ver o tal leopardo rs. Self-Drive Voltamos por volta de 08:30, fomos tomar café e na sequência emendamos um Sef-Drive. Incrível. Logo no começo já vimos um aglomerado de carros em uma via lateral de terra e sabíamos que tinha algum big 5 lá, e foi onde vimos nosso primeiro Leão, bem longe, mas lá estava ele. Continuando na estrada além de Girafas, Elefantes, Macacos, Rinocerontes e Búfalos, avistamos um Leão com sua família, em torno de 6, todos juntos, descansando bem do lado da estrada. Nessa hora devia ter por volta de uns 20 carros, mas fomos pacientes e aos poucos conseguimos ficar bem do lado deles. Esse é o segredo do safari, viu carro parado, para também que lá tem algum animal, se ver muitos, melhor ainda os bigs estão lá. Um pouco mais para frente vimos mais 2 leoas, a primeira abocanhou um animal pequeno, que acho ser aquele dos 6 dias, rs, e a segunda pegou um Impala e estava levando provavelmente para seus filhotes. Seguimos está por um bom tempo, mas ela entrou em uma parte que não dava mais para enxergar. Fomos em direção ao lago grande que já tínhamos visto no dia anterior perto do Lower Sabie Rest Camp, lá tem uma grande concentração de Hipopótamos, Crocodilos, macacos e muitos pássaros. Surreal. Paramos no Lower Sabie e almoçamos no Mugg & Bean, comida muito boa, mas atendimento horrível, lento, precário. O Visual de lá é de matar, uma área verde muito grande, com vista pro lago do lado direito e vários animais passando, elefantes, girafas, zebras, e fora os pássaros do Kruger, é cada um mais bonito que o outro. Voltamos para o Skukuza (voltamos é modo de dizer, sempre que você está no kruger irá parar muito para ver os animais, ou até para esperar eles atravessar a rua rs) e a noite partimos para o Night Drive. No Night Drive os 2 assentos do final, quem senta fica encarregado de apontar os faroletes para a mata afim de ver algum animal. No night você vê muitas corujas, coelhos, vimos mais Rinos, Impalas, Springboks, Hienas. E Foi nesse drive que consegui ver um Leopardo rs, talvez foi o mesmo no morning walk quem sabe, rs. Pra este dia a noite minha cunhada resolveu usar a cozinha do nosso quarto para fazer um macarrão (tudo comprado antes pois fecha as 22:00 e o night termina as 22:30). O Macarrão não ficava pronto nunca e para o dia seguinte tínhamos um Sunrise reservado que começava as 04:30, além da rota panorâmica e retorno para Pretória. Resumo: Terminamos de comer as 00:30 e decidimos não ir no sunrise, parte porque já tínhamos visto os big 5, parte porque iríamos dormir pouco e tinha a viagem de volta. Dia 6 05/11 Acordamos por volta das 08:00 neste dia, fomos tomar café da manhã, check-out que nada mais é que deixar a chave na recepção e fomos sentido ao Elephant Whispers nossa próxima parada. Não sem antes parar para ver mais um monte de animais e uma parada para avistar alguns pássaros em um lago específico para isso que não lembro o nome. Elephant Whispers O Elephant Whispers é um santuário de elefantes, onde eles trazem elefantes que sofreram algum dano para cuidar e onde você tem uma interação com eles, além do tour para conhecer os elefantes, interagir com ele, você pode andar com ele (em cima claro). É um parque que está listado inclusive no site do próprio Kruger, ou seja, o trabalho lá é sério. Parece que tem perto de Joanesburgo também, o que eu fui fica em Hazyview, a 1 hora aprox do Skukuza. Chegando lá, tem toda uma explicação sobre os elefantes (hoje eles têm 6), personalidade de cada um, alimentação, muita coisa sobre a anatomia dele e a interação com eles. Muito interessante. Gostei muito. Rota Panorâmica Saindo do Elephant Whispers e fomo em direção a rota panorâmica, antes uma parada em Graskop para almoçar na turistica Harries' Pancakes. Lotado de Turistas. Mas as panquecas são realmente muito boas. A Rota panorâmica tem realmente um visual incrível e imperdível, finalizando no Blyde River Canyon (Terceiro maior do mundo dependendo de onde você pesquisa rs) mais precisamente no Three Rondavels View. De tirar o fôlego. Como já era meio tarde não fizemos as cachoeiras, fomos no The Pinnacle Rock, God's Windows e Three Rondavels View Point. Todos são pagos, não vou lembrar o valor, mas era barato a entrada. Chegamos no Three Rondavels View as 16:45 e ele fecha as 17:00 podendo ficar até as 18:00, porém vi gente chegando depois das 17:00. Finalizado a Rota Panorâmica fomos rumo a Pretória, mais 400km e 4 horas de estrada, pois no dia seguinte tinha voo do aeroporto de Joanesburgo para Ilhas Maurício. De Petrória para o Aeroporto era 30 minutos, por isso preferi ficar em Pretória. Dia 7 06/11 Aproveitamos que estávamos em Pretória e fomos conhecer o Union Building, residência do presidente, baita jardim, estátua do Mandela, lugar show. Na sequência fomos para o aeroporto, devolvemos o carro e partimos rumo ao paraíso: Ilhas Maurício. Fomos de Air Mauritius, tudo tranquilo também. 4 horas de voo e mais 3 horas de Fuso. Chegamos lá, já era 19 e pouco. O transfer eu já havia reservado diretamente com o hotel. A ilha é dividida praticamente entre Sul e Norte. No meio disso, mais ou menos, fica a capital Port Louis. As principais atrações ficam na parte Sul, que é mais caro também em termos de hotelaria (pelo menos quando pesquisei) na parte sul que estão as praias Flic em Flac, Le Morne, Blue Bay, A região do Chamarel. Na parte norte além da praia que estávamos próxima Pereybere (que para mim foi a mais bonita) saia um passeio para uma outra ilha próxima Gabriel. Como eu já ia alugar um carro pensei que em se tratar de ilha podíamos ficar em qualquer canto, o mais barato, e ir de carro, porém a ilha é um trânsito ferrado, chegamos a levar 1:40 para rodar 50km. Em uma possível volta considerarei ficar na parte Sul. O hotel que ficamos é uma espécie de Resort mas bem simples, bem em conta e com uma piscina legal, quadra de tênis, restaurante e bar, tudo excelente, atendimento 1000. Alugamos o carro diretamente com eles e saiu mais barato. Outra coisa que saiu mais barato do que pesquisando pela internet foram os tours pelas ilhas próximas, dizemos 2 ilhas: um dia a famosa Ille aux Cerfs e no outro Gabriel e Flat, ambas custaram 120,00 reais por pessoa, com bebidas e almoço incluso. Bebidas no barco inclusive. O hotel que ficamos foi o Casa Florida Hotel & Spa. Recomendo. Ilhas Maurício Dia 8 07/11 Blue Bay Nesse dia pegamos o carro e fomos rumo a Blue Bay, promessa do melhor Snorkeling da ilha. No caminho passamos na praia mais próxima do nosso hotel que era a Pereybere e ali a gente já teve uma ideia do que seria aquele paraíso, que cor de água, que coisa linda, baita sol. Para quem já jogou bolinha de gude quando criança, lembra daquelas famosas leitosas? A água é daquela cor rss. Minha esposa tira sarro de mim até agora porque eu falei que era da cor da bolinha de gude leitosa, que ela não conhece, fazer o que rsss. Aproximadamente 1:30 depois chegamos em Blue Bay (Por isso o erro de estratégia ficando no Norte, se fosse no sul 30 min estava por lá, sempre que passa por Port Louis no centro é trânsito). Que lugar. Mar de vários tons. Incrível. Ainda não fui para o Caribe para comparar, então não tenho parâmetro, mas lá é o paraíso com certeza rs. Do lado direito é a parte que tem areia para a galera ficar, mais para esquerda menos areias e claro alguns hotéis e resorts fechando a praia. Ficamos lá um tempo curtindo a praia, comemos uns "salgados" que comprei em umas vans que ficam do lado 10,00 rúpias (divide por 10 para dar o real) cada salgado, muito bom. E reservei o tour para fazer snorkeling para as 15:00 o último é as 16:00. Paguei aprox 70,00 reais direto com os caras na praia. Você vai em um braco com fundo de vidro onde já vê alguns peixes, em aprox 20min já chega na parte dos corais que é onde rola o snorkeling. Correnteza forte, depois de um tempo acostuma. Vários barcos ali por perto. Ali você se sente dentro de um aquário, muito peixe, muita variedade, cara que coisa incrível. Ficamos perto de 1 hora ali maravilhados. Depois voltamos para o hotel jantamos por lá menos e tomei umas Phoenix, a cerveja da ilha. Boa também. Dia 9 08/11 Grand Bassin e Chamarel Neste dia como seria o último dia com o carro e amanheceu meio nublado optamos por ir para o lago Grand Bassin e a região do chamarel que é onde tem a montanha de 7 cores e a Fábrica de Rum. O GPS fez o caminho passando por Port Louis o que fez com que chegássemos no Grand Bassin depois de quase 2 horas. A parte dos templos é bem legal e interessante, gostei de conhecer, o lago em si apesar da representação que tem para eles, é um lago normal, cheio de macacos em volta. A montanha do Chamarel que é um morro na verdade, é bonita, mas como não estava sol, as cores não estavam vibrantes, nada espetacular, mas estava lá, fomos rs, ali tem as famosas tartarugas gigantes da ilha, umas 6, 7. Depois almoçamos na Rumeria e fizemos o tour de degustação. Para quem já fez o de vinho, cerveja, é o mesmo esquema, onde o que mais importa é beber o rum no final. Curti e comprei uma garrafa. O Restaurante é bom também, mas tem muita mosca, não achei muito caro, mas é um pouco mais caro que o restante da ilha. Ao logo desse caminho tem várias views para fazer, paradas com cachoeiras e parque nacional black river gorges, uma mais bonita que a outra. Flic en Flac Finalizamos o dia na praia Flic en Flac e vimos o pôr do sol por lá. E para finalizar com chave de ouro vimos o que devia ser 2 ou 3 golfinhos brincando ao fundo, eles não pularam, só deu para ver as barbatanas. Rumo ao hotel, jantamos ali perto de pereybere em um restaurante perto da praia, também não lembro o nome rs, mas por lá tem vários restaurante e todos com preços acessíveis. Antes de ir como não tinha muita informação achei que era um destino muito caro, fora do padrão, mas lá eu percebi que não, é mais barato que muitos lugares, reservei só 4 dias inteiros para lá, mas no final dava pra ficar uma semana de boa. Muita opção e para todos os bolsos, é só fugir do hotéis caros do Sul rs. Dia 10 09/11 Ile aux Cerfs Neste dia já sem carro tínhamos reservado o tour para a famosa Ile aux Cerfs, uma van leva a gente para a região próxima da Blue Bay (viu como a melhor opção é ficar no sul? rs) e de lá você vai de lancha ou catamarã para a ilha. Aprox 20min de lancha (que foi o que escolhemos), catamarã é mais demorado. Chegamos na ilha por volta das 10:00 com saída para as 13:30 pois de lá eles levam pra ver uma cachoeira pequena e vai para outra ilha para almoçar. A ilha é incrível, linda, várias cores. Na parte da manhã a maré está baixa e você atravessa de um lado para o outro a pé, já mais para a tarde a maré sobe, correnteza forte e só atravessa a nado. Entrei nessa parte da correnteza e me deixei levar para ver a força e fui longe rs. De lá também tem vários vendedores oferecendo passeio de parasailing. Dica: Pela internet é mais caro, Dica2: tem vários vendedores, sonde todos, o primeiro me ofereceu o tour a 200,00 reais, o que eu fiz foi 100,00 reais. E todos é o mesmo tour, porque você vai na mesma plataforma que todo mundo. O legal é o visual que você tem da ilha lá de cima. Outro item que eu avalio como imperdível. Mas a anta aqui, ao invés de ficar sentado, fiquei meio em pé, quando subi fiquei completamente em pé e com sensação que ia cair de lá de cima, mas ainda sim deu para curtir. No próximo eu já sei e me porto adequadamente kkkk. 13:30 vai para uma cachoeira do lado de lanche mesmo, que é só para encher linguiça mesmo e partimos para outro lado da mesma ilha que onde os caras já tem as mesas e o churrasco todo montado. Um churrasco muito bom, regado a cerveja, vinho, rum, refrigerante, o que você quiser, mas tem que usar o mesmo copo, se quer rum e cerveja, termina o primeiro para pedir o segundo. Finalizado o almoço ainda ficamos um pouco ali na praia com aquela cor incrível só de boa. Ali achamos umas bolinhas de golfe no mar porque tem um campo de um resort bem ao lado, além de várias Estrelas do Mar, peixes e tudo mais. Essa ilha valeu cada centavo. Port Louis A noite demos uma passada em Port Louis com a facada de 100,00 reais de taxi para ir e 100,00 de taxi para voltar. Fomos no Waterfront que tem um shopping e vários restaurantes. No Shopping as lojas fecham por volta das 17:00 os restaurantes já vão até mais tarde, mas não é Brasil rs, tudo fecha não muito tarde, assim como na África do Sul. Dia 11 10/11 Ile Gabriel e Flat Nesse dia outro tour, também por 120,00 reais por pessoa incluso bebidas e almoço. Essa ilha não estava prevista e não vi nada nas pesquisas, nas fotos eu não achei nada demais, mas minha cunhada viu um vídeo que parecia ser legal e fomos. Sábia decisão. Esse é um dos poucos passeios que sai da parte norte mesmo. O Van nos levou para a Grand Bay do lado de Pereybere. Consegue ser mais bonita que a Ile aux Cerfs. Tem um snorkeling legal também, nada comparado com o da Blue Bay, mas dá pra ver vários peixes. Nessa fomos de catamarã e o mar estava agitada, tivemos pontos de barco viking com uma galera vomitando no saquinho, mas passado isso depois de uns 45 min chegamos na ilha. De um Lado Ilha Gabriel do outro Ilha Flat, você vai de uma para a outra de lancha, os caras passam o tempo todo levando quem quer de uma para outra. Primeira parada Flat que é onde tinha o almoço e um snorkeling com correnteza feroz. Almoço do mesmo esquema da ile aux cerfs, depois de almoçar partimos para a Gabriel que era a parte mais bonita e com um snorkeling mais calmo. Nessa tem muita concha e coral quebrado na água, até cortei meu pé, quem tem aqueles chinelos ou sapatilhas de praia é bem melhor. Nessa ilha tem uma parte de areia que entra no mar e indo mais para o fundo você tem a sensação de estar andando no mar, incrível. Aliás nessa viagem usei muito as palavras surreal e incrível rs. Foi nessa que tive mais uma surpresa em um dos snorkeling vimos uma tartaruga nadando, a danada é rápida na água, mas consegui ir nadando e chegar perto dela, mais uma vez: Incrível rs. Quem viu na verdade foi um dos caras que ficam com as lanchas passando de um lado para o outro, aí fomos atrás dela para ver. Na volta eles não levam no hotel, ficamos lá na região mesmo e fomos ver um bazar que tinha por lá, já que era por volta de 16:00 e voltamos para o hotel para tomar mais Phoenix. Quando estava chegando na Ilha perguntei para o taxista: Qual a melhor praia da Ilha? Ele respondeu que era uma pergunta muito difícil pois todas as praias eram lindas. E realmente foi a conclusão que eu cheguei, não tem praia feia por lá. Cada uma com suas características. Eu particularmente achei a Pereybere a mais bonita, mas encontramos com alguns brasileiros que foram no dia que estava com tempo nublado e acharam feia, questão de gosto e também do dia que vai, o sol faz a diferença em praias. Pra mim Ile Aux Cerfs, Gabriel/Flat e Blue Bay são imperdíveis, que foram as que eu fui rs, se tivesse ido em outras entrariam também na lista de imperdíveis. Não pude ir na Le Morne que dizem ser uma das mais bonitas também. É isso aí. Ilha linda e acessível. O maior problema é claro chegar pois você precisa ir para Joanesburgo e de lá para a Ilha, o que encarece o percurso. ÁFRICA DO SUL - CAPE TOWN Dia 12 11/11 Dia de voltar para Joanesburgo e em seguida partir para Cape Town. Me parece que tem voo direto da Ilha para Cape Town, mas nas minhas pesquisas de preço não encontrei, então peguei a volta para Joanesburgo e de lá direto para cape Town. Eu havia reservado pela Kulula airlines porém saia do aeroporto Lanseria. Não tinha visto isto na compra. Ainda no Brasil percebi isso e no aeroporto ainda no dia 06/11 troquei o voo para sair do O R Tambo. Paguei mais 100,00 reais por isso e fomos de British que deve ser da mesma rede. Chegamos em Cape Town já era por volta das 20:00 pegamos outro corolla que eu havia reservado, desta vez na Hertz e fomos em direção ao hotel. O Hotel era bom e muito bem localizado, mas muito caro, esse deixei para reservar em cima da hora e tomei uma bica. Ficamos no Rockwell All Suite Hotel & Apartments. Dia 13 12/11 Table Mountain Primeiro dia em Cape e já fomos direto pra Table Mountain. Optamos por subir e voltar de Teleférico. Lá em cima é incrível, que visual, chegamos e de um lado nuvens, do outro aberto, era o que eu queria. Fizemos algumas caminhadas, vimos alguns animais, lagartos etc, foto de tudo que é jeito e o tempo foi se abrindo do outro lado também. Que lugar!!!! Kirstenbosch National Botanical Garden Na sequência fomos no jardim botânico de cape. Já fui em alguns jardins botânicos, mas pra mim o de cape é possivelmente o mais bonito (talvez empata com o do Rio, ainda não sei rs), grande, vários animais também, coruja e tudo mais. Finalizamos o dia no Boo-Kaap. Mais um daqueles estamos lá vamos, pra mim nada demais. Dia 14 13/11 Aquarium Cape Esse dia era um dia bem aguardado, em algumas pesquisas na internet eu vi que no aquario de cape town que fica no waterfront é possível fazer uma interação com os pinguins rockhopper (o cabeludindo do filme tá dando onda). Para isso é necessário reservar pela internet, você manda e-mail para eles, e só é possível 2 pessoas por dia, portanto reserve com bastante antecedência. Como estávamos em 3 pessoas, eu reservei duas para dia 13 e uma para dia 14. Cheguei no aquário e perguntei se era possível fazer os 3 no mesmo dia, a menina falou com a guia e ela disse que dava, mas o tempo total era 30 minutos para 2 ou 3 pessoas, para nós era suficiente. Primeiro conhecemos o aquário, eu curto muito aquário então para mim foi bem legal (até hoje o melhor para mim é o de Valência na Espanha) e quando foi 10:45 começa o penguin experience. Você coloca um jaleco porque os bichinhos vão cagar na sua roupa e vai pra área de encontro. Meu maior medo se tornou realidade, na hora de reservar eu pensei será que a gente entra na área que os pinguins ficam para os visitantes verem eles? ou seja, a galera vai ficar me vendo lá dentro pelo vidro? E sim, é isso mesmo, fui pinguim por um dia kkkk. A primeira instrução é: Os pinguins mordem então não puxem o braço, mão, pra não machucar, deixa morder rs, e a guia mostra a marca nos braços dela. Lá dentro a gente senta e ela vai colocando os pinguins no nosso colo, mostrando como passar a mão, onde passar, o que fazer, explicando tudo sobre eles. O primeiro que veio no meu colo, adivinhem? Me mordeu pra caramba rss. Mas não doeu nada. O segundo era um gente boa lá, que esqueci o nome também e ficou de boa no colo de todo mundo. Quando você coloca a mão entre o pescoço dele, ele se treme todo, moh barato. Não entendi o motivo, a guia explicou. Cara valeu a pena também, essa interação com os animais era o que eu procurei nesta viagem, além de vê-los queria interagir. Bem diferente. Waterfront Na sequência dessa experiência incrível ficamos pelo waterfront porque na parte da tarde teríamos Robben Island. Fomos na Roda Gigante, shoppings, eu acabei indo no Springbok Experience que é o museu da seleção de Rugby. Pra quem gosto muito legal apesar de pequeno. Almoçamos no Quai 4, porque com o ingresso do Springbok Experience você ganha um chopp lá. O waterfront é bem legal, grande, com várias lojas, fomos de dia e de noite também para jantar, 3 shoppings e várias coisas para fazer. Robben Island Nosso tour já comprado pela internet saiu as 15:00, dizem que se não comprar pela internet não consegue comprar porque é concorrido, no dia que eu fui dava para comprar na bilheteria de boa. Lá é um tour histórico né? A ilha, Mandela, Apartheid, o guia da prisão é um antigo detento. Depois descobri que tinham vários políticos da Namíbia lá também. Histórico, Imperdível. Dia 15 14/11 Dia de ir até o cabo da Boa Esperança. em torno de 80km +- até lá. No caminho passamos na praia de Muizenberg aquela das "casinhas" coloridas. Realmente muito bonita a praia e as casinhas dão um toque diferente. Aliás para todo lugar que você vai em Cape Town tem uma paisagem incrível. Na sequência fomos para Boulders Beach conhecer a famosa praia dos pinguins. Depois de estacionar e pagar a taxa de entrada você tem 2 passarelas para ir até a praia. Lugar Mágico. Muitos e Muitos pinguins Africanos dando show e valorizando nossas fotos rs. Destino Final Cape Point e Cabo da Boa Esperança. Chegamos por volta das 12:00 lá. Acredito que tenha limite de carros para entrar no parque, porque ficamos mais de 1 hora parados na fila, e a cada carro que saia liberava um. Lá dentro também estava com várias obras na pista então paramos algumas vezes. Em Cape Point estava 100% neblina, 0 visibilidade, só ouvimos o barulho do mar lá embaixo. Almoçamos no restaurante que tem por lá, comida excelente e perguntei para atendente se era sempre assim, ela me disse que com frequência aquele ponto ficava assim, não tinham como prever. Já no Cabo da boa esperança mais abaixo já estava com visibilidade boa. Um dos lugares mais bonitos que tem por lá. Voltamos pela famosa Chapman's Peak Drive, que tem pedágio de 51,00 rands. Uma estrada Cênica, lindíssima. Vários Viewpoint para você parar. No final paramos no Chapman's Peak para ver o pôr do sol. Algumas pessoas levam champagne e tudo mais, mas ficamos só vendo o pôr do sol mesmo num baita frio. Mas foi para fechar o dia com chave de ouro. Não fomos na Lion head e Signal Hill que dizem ter um pôr do sol incrível também. Dia 16 15/11 Centro e Camps Bay Começamos este dia indo conhecer algumas coisas no centro de Cape Town. Primeira parada foi o Companys Garden, bem bonito por sinal. Depois fomos na Igreja e na praça que vende os artesanatos e tal. Nada muito interessante. Finalizado essa parte, o sol já começou a aparecer e ai fomos para Camps Bay, curtir uma praia, aquela praia espetacular com vista para os 12 apóstolos. Pena a água ser congelante. Acho que é mais gelada que de Punta del Este. Hout Bay Depois de passar algumas horas por lá fomos para Hout Bay, primeiro para almoçar e depois para fazer o tour da Seal Island para ver as focas. Almoçamos um fish and chips bem gordurento mas bom ali na Hout Bay mesmo e fomos procurar de onde saia o passeio, por sorte pegamos o último horário as 16:00. O Tour leva 50 min +-, 20 para ir, 20 para voltar e 10 observando as centenas de focas que ficam na ilha. Gostei. A noite foi dia de conhecer no Mama África, 100% turístico rs, na chegada flanelinha para poder guardar o carro, 20,00 rands da vaga e 10,00 para olhar o carro, falei que os 10,00 eu pagava só depois e não paguei até hoje. Mama África Lá no Mama África pedimos mesa para 3 e a atendente falou que tinha que ter reserva que para o dia só tinha mesa para depois de 1 hora, quase falei: Só 1 hora, é porque você nunca foi para São Paulo!!! Demos o nome e fomos para o Bar, tudo meio apertado, mas não deu 20min, a bebida nem tinha chegado ainda e já chamaram para nossa mesa. Experimentei 4 cervejas artesanais de Cape Town e não gostei muito de nenhuma. Para o jantar pedimos uns espetinhos de game que são as carnes variadas deles, e estava razoável, meio sem tempero. Pedi errado Fígado de Moçambique, horrível, não gosto de fígado, errei na tradução rss, e comi também um espetacular bobotie de avestruz. Achei tudo razoável, atendimento bom, comida normal, com exceção do bobotie. Dia 17 16/11 Dia de conhecer a região das vinícolas, para este dia eu preferi reservar um tour pois o objetivo principal era beber muito vinho, claro. Reservei o tour Wine Tours Cape Town 230,00 reais por pessoa incluso: transporte, visita com degustação em 4 vinícolas e almoço. As 08:30 a Van já estava na porta do hotel e seguimos sentido Paarl e Stellenbosch a 1 hora aprox de cape town. Por volta das 18:00 estávamos de volta. Gostei muito do tour, pelo guia, pelas vinícolas escolhidas, almoço e tudo mais. Vou resumir as vinícolas que conhecemos: Fairwiew: A primeira degustação são 6 vinhos e com queijo para acompanhar cada uma delas. Backsberg: Você conhece um pouco do processo de fabricação além de degustar de 5 vinhos e 1 Brandy. O Brandy é espetacular trouxe uma garrafa, os vinhos nem sei, depois do Brandy esqueci o gosto rs. Depois desta fomos almoçar em uma outra que não me recordo o nome. Remhoogte: Essa vincula o legal é o lugar pois na frente tem uma área com vários animais, Zebras, Impalas etc. Baita vista e você degusta de 4 vinhos. Murate: Essa tem como característica ser uma das mais antigas do mundo e na área de degustação eles deixam isso bem a mostra em um lugar com várias teias de aranha milenar rs. Degustamos mais 6 vinhos. Vi que tem agora um trem que faz o esse tour, mas na época que eu pesquisei não tinha nenhuma informação. Dia 18 17/11 Este era o dia de partir para Namíbia, mas ainda tínhamos a parte da manhã livre pois só iriamos a tarde rumo a namíbia onde paramos na cidade de Oskiep a menos de 1 hora da divisa. Na parte da manhã minha esposa queria voltar em Hout Bay para ir em uma loja e comprar uma pantufa para minha sobrinha, e lá do lado tinha o World of Birds and Monkeys, como não tínhamos nada para fazer, sugeri que fossemos lá. Não era um lugar programado mas devia a variedade de pássaros que vimos na África do Sul achei que podia ser interessante. World of Bird and Monkeys and Rats/Mouse/Mice Realmente tem uma variedade muito grande, cada pássaro incrível que nunca tínhamos vistos, lugar grande, só tinha um problema, tinha rato para cacete, e eu tenho pavor de rato. Você entra em uma área que era para observar os pássaros de perto, dentro da gaiola mesmo, e lá estavam os ratos comendo a comida dos pássaros, não eram pequenos, eram gigantes. E o pavor batendo porque estava dentro do cercado. Mas eu já tinha pago, venci esse medo, ainda vi outros grandes, em algumas dessas gaiolas eu via e voltava, não dava para encarar. Foi foda. Mas vi uns pássaros e macacos que não se vê em qualquer lugar. Ainda gostaria de saber porque não matam os ratos para manter um lugar limpo. Vencido mais esta etapa fomos em um shopping na Hout Bay compramos as tais pantufas, voltamos para o hotel check out e partiu Hertz da Long Street. A Saga do Carro Na Hertz nos iriamos trocar o corolla por um 4x4, já explico o motivo do 4x4, e partir para Namíbia. Chegamos lá as 14:00, o cara me perguntou como iriamos para o aeroporto, eu falei que iriamos pegar um 4X4 ali mesmo, o cara me diz que não tem nada reservado, até aí beleza, fui lá falar com ele, o que aconteceu é que eu reservei pela internet para devolver o carro no aeroporto e pegar lá, porque a oferta de 4x4 é pequena, mas no dia que eu retirei o corolla falei para o cara que ia devolver no centro e queria pegar o 4x4 lá também, ele me disse que sem problemas, que ele ia mudar. Mas pelo visto não mudou. Por sorte tinha acabado de chegar um 4x4 e eles iam limpar. Pediu para voltar dali 1 hora. Aproveitamos e fomos almoçar do Addis in Cape, restaurante de comida etíope. Cara que puta experiência. Come com a mão e os caramba, comida bem apimentada, mas saborosa, atendimento excelente. Indico. Voltando na Hertz tudo certo, eis que eu falo para o cara: Precisa de alguma coisa para entregar o carro em Windhoek? Aí bate o desespero nos caras, porque tem toda uma papelada para o cara fazer, ele saiu gritando para outro lá que íamos entregar em Windhoek e vem outro para fazer a papelada. Nesse momento um dos caras da locadora me pergunta: Onde vocês vão dormir hoje? Eu falei: Perto de Springbok. E onde é Springbok? A mais ou menos 6 horas daqui. O cara fez umas contas e incrédulo falou: Mas você vai chegar lá as 21:00. Isso mesmo. Quase falei: Cara a gente mora em SP lá você gasta 4 horas para ir e voltar do trabalho todo dia, o que são 6 horas? Minha esposa falou que quando eu saí para ir no banheiro o cara estava preocupado que eu iria dormir no volante dirigindo 6 horas. kkkk No final do processo outro cara da locadora incrédulo vira e me pergunta: Porque Windhoek???? Eu falei: Cara a Namíbia é cheia de canyons, paisagens, dunas, desertos, por isso. Ele manda: Ahhh no Brasil não tem deserto, só tem o Cristo. kkkk Nesse momento minha cunhada estava consultando o roteiro que eu montei porque estava batendo desespero, ela pensou: Se os caras que estão aqui do lado não conhecem a Namíbia e não sabem o motivo de estarmos indo lá, onde esse cara está me levando??? Rachei o bico, mas confesso fiquei um pouco apreensivo, mas vida que segue. Com aquele caminhão que é o 4x4 nas mãos seguimos até Oskiep onde iriamos dormir. Ficamos em um puta hotel legal, com um bar mais legal ainda, e com um preço melhor ainda. A noite tomei (tudo isso pra relaxar do trampo da locadora): 1 whisky duplo, 2 congnac duplos, 3 cerveja, minha cunhada 2 whiskies duplos e minha esposa 1 drink, deu menos de 70,00 reais. Na companhia de um barman gente boa que diz já ter trabalhado na Amazônia mas não sabia o que era boto cor de rosa, ou pelo menos foi o que eu entendi hauhuahuahu. Do mais a paisagem de cape até Oskiep é sensacional, já valeu a viagem. NAMÍBIA Dia 19 18/11 Esse dia foi o dia de cruzar a fronteira. Antes algumas informações que eu peguei da Namíbia. Na Namíbia tudo que você for fazer tem uma distância mínima de 300km. A Namíbia tem quase o tamanho da Espanha e França juntos, para ter uma ideia estes dois países têm em torno de 100 milhões de habitantes, a Namíbia tem 2 milhões e meio, ou seja, é um país desértico, inclusive de pessoas, chegamos a dirigir 2 horas sem ver uma alma viva, nenhum carro, só uma tonelada de paisagem exuberantes e muitos animais selvagens em seu habitat natural. As estradas são classificadas em B, C, D, onde B: Asfalto, tapete. 😄 Terra, mas de boa, 😧 Somente 4x4. Peguei estradas C que pareciam D e D que pareciam C, rs. Para ficar mais seguro e ir mais rápido também eu preferi alugar o 4x4, já que com um carro comum já vi relatos de gente que conseguiu ir, mas aí tem que preferencialmente fazer a maior parte pelas estradas B, o que amplia muito a distância. Tem umas C e D bem chatas de dirigir, desliza muito mesmo no 4x4 e tem vários "quebra-mola" natural. Mas com o 4x4 vai que vai. Foi bem tranquilo dirigir pela Namíbia e a paisagem vale cada distância que você enfrenta. Na montagem do roteiro tínhamos a opção de ir de avião de Cape para Windoek ou entrar de carro. A maioria dos lugares estão mais próximos da capital. Etosha, Sossusvlei, Sesriem, Walvis Bay, Swakopmund, Skeleton Coast. Todos a aquela distância mínima um do outro 300km rs. Só tem um lugar que está longe de Windoek e mais próximo da África do Sul, o Fish River Canyon, e era um dos lugares que queríamos ir, por isso optamos por entrar de carro de cape. Mais uma vez: Sábia decisão. Posto de gasolina: Abasteça sempre que ver, é realmente raro, ainda mais quando você pega as C e D. Fronteira Cruzamos a fronteira, eles revistaram o carro, e não perdem a oportunidade de perguntar de onde você é, e ficar deslumbrado quando falamos que somos do Brasil. Aliás isso aconteceu na Namíbia inteira, de onde vocês são? Brasil. Aí começa o bate papo, foi realmente muito legal. Na fronteira você preenche o formulário de imigração, paga a taxa do carro (que ninguém te avisa e só te falam quando você tenta passar pelos guardas) e pronto entra na Namíbia. Fish River Canyon e o Deserto mais antigo do Mundo MAPS.ME nos ajudamos e chegamos até o Fish River Canyon. Gigante, Incrível. Não conheço o Grand Canyon, mas esse para o enquanto é o meu preferido. E o lugar me lembrou atacama e Bolívia, sem grade, proteção nem nada, roots, se quiser e conseguir descer, desça problema seu rss. Saindo do Fish River fomos para o nosso hotel no meio do Deserto o mais antigo do mundo. Puta hotel. Valeu cada centavo também. Aproveitamos a tarde na Piscina, vimos um baita por do sol e já com 5 cervejas na mente tentei me aproximar de um Oryx já que é tudo aberto mesmo por lá, por sorte ele foi mais sensato que eu e vazou rss. Ali você se sente literalmente no deserto, no meio da natureza, sem grades, proteção, nem nada. Cobra, Lagarto, Oryx, Dassies e tudo mais. Ficamos no Gondwana Canyon Village Dia 20 19/11 Neste dia tivemos o trecho mais longo da viagem, quase 600km até região de Sesriem/Sossuvlei, eu adicionei uma passada no Giants Playground e Quiver Tree Forest o que aumentou um pouco mais o tempo de viagem, mas valeu a pena, O Quiver Tree Forest é uma floresta com várias das árvores da Namíbia a Quiver, vimos muitas Dassies por lá também, ficamos pouco tempo, na entrada da desse parque tem uma placa, existem animais selvagens, entre por sua conta e risco, mais ou menos isso, lá dentro além das dassies vivas, tem as mortas também rs, vimos carcaças delas, aí vazamos, acho que por causa dos javalis. O Giants Playground são uma série de pedras "empilhadas" que tem um visual bem interessante. Não são lugares imperdíveis, mas vale como uma parada. Na sequência nosso GPS mandou ir por uma estrada C14 ao invés da B1 que parecia ser mais rápido, porém nem lembrava na hora da B ou C e segui o GPS. Valeu GPS. Que paisagem incrível. Aliás isso é uma das coisas legais da Namíbia os caminhos. A vantagem de ir pelas estradas C e D são as paisagens que você encontra pelo caminho. Neste caminho você ainda vai ver vários animais selvagens, zebras, springboks, muitos pássaros, tem até placa de Girafas, mas nós não vimos nenhuma. Cada curva que você faz é uma nova paisagem. Foi em uma dessas que paramos para tirar uma foto no meio da estrada. Parei o carro, tiramos várias fotos, depois resolvemos tirar dos 3, eu tentei ajustar a câmera com pedras, ai achei melhor pegar o tripê, ou seja, mais ou menos uns 40 minutos e nenhum carro passou. Quando ajustei o meu tripê e corri para me posicionar para a foto, me aparece um carro, voltei correndo e peguei o tripê com a câmera rs. A galera que estava no carro viu que descemos e pararam mais para frente para tirar fotos também. Não esqueçam de levar salgadinhos, água etc, porque são pouquíssimos lugares que tem para você parar e comprar alguma coisa, principalmente indo pelas C e D. Chegamos no nosso hotel já era por volta das 17:00. Aliás que lugar, no meio do deserto também, tudo aberto, Oryx rondando, piscina, bar, show. Ficamos no Desert Camp em Sesriem. É uma rede com vários tipos de alojamentos, inclusive um Lodge que fica a 5km do Desert Camp, que é onde eles têm o café da manhã e jantar. Não sei se tem almoço. Jantamos 2 dias lá e tomamos café 1 dia. Café 30,00 reais por pessoa e jantar 70,00 reais. Tudo bem farto. Mas dá para comprar o que você quiser perto da entrada do Sossusvlei, que acredito ser o lugar mais próximo ali da Região. Solitaire está a 65km +- pra ter uma ideia. O jantar no Lodge é bem servido e várias carnes de Caça (Game), Zebra, Springbok, Cervo e mais um monte de outras, além de macarrão e peixes, tudo feito na hora. O legal é o clima, claro, no meio do deserto e tudo com luz de velas. Dia 21 20/11 SOSSUSVLEI - Duna Misteriosa e Dune 45 Dia mais que esperado da viagem toda, dia de Sossusvlei e Dead Vlei. No dia anterior estávamos decidindo se íamos cedo (o parque abria as 06:20 quando eu fui e fechava as 19:20, varia de acordo com a época, no hotel já nos informaram os horários) ou mais tarde. Decidimos descansar um pouco mais e ir por volta das 10:00 para o sossuvlei, o que no final se mostrou uma decisão não muito boa, pois chegamos ao dead vlei por volta das 13:30 em um sol de 35 graus na cabeça, além do fato da baixa humidade do ar da Namíbia e o principia sem água. Na entrada do parque você paga a taxa para entrar e o cara te dá um número. É importante anotar o bendito número, na saída o "porteiro" encheu nosso saco por causa do tal número rs. Depois de entrar no parque você já começa a ver as dunas avermelhadas dos dois lados. O Destino final que é o Dead Vlei fica a 65 km da entrada, e não tem nenhum lugar para comprar nada dentro, portanto água e outras coisas já compre na entrada. Existe uma primeira Duna que paramos e eu acabei subindo que é aparentemente maior que a Dune 45 (que tem este nome por estar no km 45). Essa Duna não tem nome, não encontrei nada na internet, pra subir não é muito simples não, mas no final dá certo. Lá pelo KM 45, chega a tal Dune 45 que é um pouco melhor de subir. Para subir devo ter gastado uns 45 min pelo menos. DEAD VLEI A Saga Final do trecho é o caminho que leva para o Dead Vlei, existe os 4 km finais que somente são acessíveis de 4x4, muita areia, desliza demais. Se você não tiver de 4x4 é só parar e pegar os carros do próprio parque, parece que paga 170,00 Dólares Namibianos (que tem o mesmo valor do Rand Sul-Africano. Inclusive só levamos rand lá e é moeda quase que oficial também, cotação 1x1). Nessa parte sofremos, primeiro que não tínhamos água (pesquisa, pesquisa antes da viagem e comete esse erro, rs), segundo que tem uma placa; Dead Vlei, siga as marcas. Só que tem marca pra tudo que é lado. Tinha 2 casais indo para o lado direito e seguimos (Para ir ao Dead Vlei é só seguir as marcas mas para frente da placa rs) eles, paramos em outros Vleis que tem por lá, muito show, mas nada do Dead VLei, foi quando decidi olhar no GPS e vi que estávamos em paralelo, que a melhor opção era voltar. Resumo da História é que gastamos pelo menos 1 hora até que eu consegui encontrar o Dead Vlei. Que Lugar!!! Que energia!!! Mas foi puxado, sol do caramba na cabeça e cansados, até porque subimos as Dunas, além do horário. Por sorte um pouco antes, quando minha esposa e minha cunhada já estavam desistindo de achar o Dead Vlei (porque eu estava em outro lado procurando o lugar, subindo mais dunas para "cortar" caminho), minha esposa achou uma garrafinha de água e acreditem lacrada, caída perto de onde você para os carros, porque elas voltaram para lá para refazer o caminho. Neste momento eu já havia achado o Dead Vlei e voltei para buscar elas. A água apesar de morna nos deu gás novo para aguentar a caminhada de 20 min(no meu caso a segunda, rs). SESRIEM Finalizado este lugar mágico voltamos os 65km e eu comprei uma garrafa de 2 litros de água para cada um, que eu bebi em poucos minutos. Descansamos um pouco e partimos para o Sesriem. Um canyon diferente, vale a pena também, o legal é que você caminha dentro dele. Já vi gente caminhando com água dentro, no nosso caso estava seco com poucos pontos com água e muita pedra, espinhos e tudo mais. Apesar do calor e da quase falta de água kkkk, foi incrível, aquele lugar é realmente espetacular. Dia 22 21/11 Neste dia acordamos cedo e fomos em direção a Windhoek de onde saia o nosso voo para Joanesburgo, no caminho passamos na famosa Solitarie para tomar café e comer a torta de maça, muito boa por sinal. Mais 250km e estávamos na capital da Namíbia. A aproximadamente 15 km de Windhoek tivemos que parar o carro para uns 20 macacos atravessarem. Cena curiosa por estarmos tão próximo de uma capital rs. Paramos na Igreja central para conhecer e fomos no Museu da Independência. Bem bonito, completo e com cenas bem fortes do que foi o processo de libertação da Namíbia. Como estávamos meio em cima da hora e o aeroporto era a quase 50 min do centro, já fomos embora, a princípio não tem muita coisa para conhecer na capital. Achei bonita e bem organizada. Chegando no aeroporto devolvemos o 4X4 e mais cara de incredulidade por estarmos devolvendo um carro que pegamos em Cape Town. O aeroporto da Namíbia pelo menos no dia que fomos parecia uma rodoviária. Pequeno, ar condicionado quebrado ou desligado e com uma fila gigante para imigração. Demoramos mais de 3 horas entre o processo de despachar bagagens e passar pela esteira e imigração. Não devia ter mais de 100 pessoas na fila. Mas no final tudo deu certo, com muito atraso claro. Dia 23 22/11 Dia de voltar para o Brasil com aquela sensação que podia ter ficado mais tempo, principalmente na Namíbia. Mas o fim de uma viagem é o começo de outra. Bora trabalhar para pagar a próxima. É isso rapaziada, foi possivelmente a melhor viagem que já fiz, finalmente uma que passou ou empatou com Atacama e Bolívia rs. Quem estiver com alguma dúvida que eu possa ajudar pode mandar mensagem que eu respondo assim que puder.
  20. Parte 1: Introdução e Roteiro O fato de poder pisar no Continente Africano está diretamente relacionado às minhas aspirações de pelo menos quatro anos pra cá. Tempo esse que pude saber que foi em África que se instalou os primeiros seres humanos do mundo, ou seja, o continente Africano é o Berço da Humanidade. De sua antiguidade clássica provem as primeiras civilizações que consolidaram diversos feitos avançados para época e que foram modelados para civilizações de outras partes. As dificuldades que se presenciam nos dias de hoje em África foi devido o advento das invasões europeias e também das invasões árabes, todo o passado de glória se perdeu e transformou no que podemos ver ainda no século XXI e o que ocorreu nos séculos anteriores de desmantelamento cultural e exploração intensa desde pelo menos o século XVI. De certo que existe a importância cultural (e de certa forma política), mas essa viagem teve um aspecto mais mochileiro/turístico com uma diversidade de atrações e com certeza contando com o espetáculo da natureza, a exuberante paisagem do sudeste africano. Foram 23 dias de viagem, onde parti de São Paulo dia 04 de Julho de 2017 e só retornei no dia 27 do mesmo mês. Antes de ir, apesar de estar próximo de se realizar um grande sonho e do que esse momento significava pra mim, o planejamento foi feito bem rapidamente utilizando o pouco de experiência que tenho em fazer meus roteiros com informações da internet. Não agendei previamente (no Brasil) nenhum "Tour", transporte ou acomodação, apenas comprei a passagem para Cidade do Cabo (Cape Town) pela Angola Airlines (TAAG) que custou R$1960,00, renovei meu passaporte e chequei se eu precisava tomar a vacina contra Febre Amarela. No caso não precisei, pois já havia tomado em 2011 quando fui pra Bolívia e essa vacina é valida por dez anos. Lógico que antes de tudo olhei os mapas, compilei os hostels no centro de Cape Town e tudo mais. Levei dinheiro em espécie e no Cartão VTM (Visa Travel Money) tudo em dólar, mas a moeda na África do Sul é o Rand (Zar). Na questão do visto para a África do Sul, pra turismo os brasileiros não precisam pagar nem agendar previamente, é apenas mostrar um passaporte contendo pelo menos 1 mês de validade antes da data de retorno pro Brasil e uma folha em branco, o visto valerá por 90 dias. Vou deixar pra detalhar essa encantadora e graciosa aventura nas próximas postagens, por enquanto vou deixar o esboço do roteiro. Recebi no passaporte carimbos de cinco países: África do Sul, Reino de Lesoto, Zâmbia, Zimbábue e Botsuana. A estadia foi maior na África do Sul e depois em Zâmbia, os outros três países visitei mais a região próxima das fronteiras fazendo um "Day Tour" em cada país. Do que eu havia planejado tudo correu muito bem, só não consegui conhecer a Ilha Robben (Robben Island) por ter chovido no dia em que eu agendei minha ida e não pude adiar porque no dia seguinte já estava marcado o inicio da viagem pelo BasBuz, uma van que percorre por toda a costa sul africana desde a Cidade do Cabo até Pretória (falarei mais sobre). Outro ponto que queria muito ir era o Museu Africano em Joanesburgo, mas não achei o local. Isto foi minimizado pelos diversos pontos altos da mochilada, como a subida na caminhada até a Montanha da Mesa (Table Mountain), o tour na Península do Cabo, a caminhada até a Tugella Falls na Cordilheira de Drakensberg, a ida as Cataratas Mosi-oa-Tunya/Victoria Falls em Zâmbia/Zimbabue, ou o Chobe Safari em Botsuana. Dia 06/07/17 Table mountain - Trekking sozinho pela Montanha da Mesa - Cidade do Cabo Dia 07/07/17 ida ao centro comercial V&A Waterfront de manhã Praia - Camps bay beach à tarde Dia 08/07/17 Cape Peninsula Tour (BasBuz)- Ilha das Focas, Praia dos Pinguins e Cabo da Boa Esperança Dia 09/07/17 Era pra ser robben island mas foi cancelado pelo tempo chuvoso. Dia de descanso depois de breve caminhada pela cidade. Domingo tudo vazio. Ajeitar roteiro. Dia 10/07/17 Viagem de Cape Town até Port Elisabeth por basbuz. O dia todo de viagem com a van. Dia 11/07/17 Viagem de port elisabeth até durban. Chegando no Hostel Curiosity no Centro de Durban. Dia 12/07/17 Sai umas 10h para o Kwa Muhle Museum, depois fui comer, depois pra região do porto e finalizando a tarde na Praia - South Beach. Dia 13/07/17 Cheguei no Amphitheatre Backpackers em Northern Drakensberg e passei a tarde de boa. Fiz umas trilhas ao redor do Hostel. Dia 14/07/17 Tugela falls tour - A segunda maior cachoeira do mundo e a maior da África, mas no inverno o volume de água é baixo. Beleza da Cordilheira de Drakensberg - Show!!! Dia 15/07/17 Lesotho Day Tour - Lesoto é um país montanhoso incrustado na África do Sul e sem saída pro mar. A etnia predominante é Bashoto e a língua é o Sesoto (soto). Experiencia unica. Show!! Dia 16/07/17 Amphitheatre Backpackers Dia 17/07/17 Amphitheatre Backpackers Dia 18/07/17 Viagem de van basbuz de Drakensberg até Joanesburgo, fiquei num hostel próximo do aeroporto Oliver Tambo. Dia 19/07/17 Viagem de avião de Joanesburgo até Livingstone em Zâmbia Ao chegar andei pela cidade, povo muito acolhedor. Fiquei no Hostel Zinga Backpackers. Dia 20/07/17 Grande dia nas cataratas Mosi-oa-Tunya (Victoria Falls). lados da Zâmbia e Zimbabwe. Dia 21/07/17 Walk around the city centre. Change money to next day Dia 22/07/17 Chobe Safari Day Tour em Botsuana Dia 23/07/17 Viagem de volta a joburg. Do aeroporto um taxi até curiocity backpacker Dia 24/07/17 Soweto Day Tour e Museu do Apartheid Dia 25/07/17 Andando por joburgo. Dia 26/07/17 Transfer até o aeroporto e volta pra São Paulo com escala em Luanda (transferência apenas).
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