Membros C.Rangel Postado Janeiro 23, 2014 Membros Postado Janeiro 23, 2014 (editado) Olá galera! O relato a seguir descreve um mochilão feito por mim e minha namorada entre os dias 01 e 13/01/2014 pelo nordeste, pernoitando e/ou conhecendo um pouco de São Luís, Alcântara, São José de Ribamar, Santo Amaro, Lençois Maranhenses, Barreirinhas, Parnaiba, Jericoacoara e Fortaleza. Dia 01 - 01/01/2014 Nosso vôo chegou por volta das 4h da manhã do dia 01/01/2014 e, por isso, resolvemos ir direto para o HI Hostel Solar das Pedras, localizado no centro histórico de São Luís, onde já possuíamos reserva. O aeroporto de São Luís fica numa região afastada do centro histórico, e foram cerca de R$ 40 de taxi (acabamos não pedindo para o taxista ligar o taxímetro, mas deve dar algo entre R$ 30 e R$ 40, acredito). A primeira impressão do centro histórico de São Luis à noite é a de um lugar pouco seguro. Tal impressão foi, infelizmente, confirmada pelo taxista, a primeira pessoa que tivemos contato em São Luis e depois com muitos outros moradores. É triste perceber o abanadono e a falta de investimentos por parte dos orgão públicos que vem sofrendo aquela região. O centro histórico de São Luis possui prédios belíssimos, com uma arquitetura muita charmosa e alguns com fachadas repletas de azulejos antigos portugueses. E mesmo com todos os alertas sobre a criminalidade no local, andamos sem problemas pelas ruas do centro histórico durante o dia. Sem ostentar e ficando alerta, como em qualquer metrópole, você não terá problemas também. À noite, se puder, prefira caminhar em grupo. São Luis possui um centro histórico enorme, mas algo entre 01 ou 02 dias são suficientes para se conhecer sua maioria. Conhecemos algumas praças e ruas na região. Destaque para o Palacio dos leões, com sua vista para a Baia de São Marcos. Nessa praça, onde está localizado o Palácio, é possivel se ter acesso a praças, igrejas e outros prédios históricos também. Nesse mesmo dia, fomos conhecer São José de Ribamar, cidade distante cerca de 1h a 1h30 de São Luis. A van para São José passa perto do camelódromo, mas por ser dia 01/01 e haverem poucas vans, tivemos que ir até o anel viário, região mais afastada do centro histórico e segundo dizem, um pouco perigosa em dias de pouco movimento e a noite. São José de Ribamar é uma cidade pequena, com uma praia de grande faixa de areia e mar calmo. Achamos os preços das refeições um pouco salgados (R$ 60 em média para duas pessoas) e resolvemos procurar uma opção mais barata. Era um restaurante simples, localizado próximo a rotatória, sentido de quem deixa a cidade. Não me lembro o nome exato, mas era um casarão antigo que pertencia a uma senhora e ficava numa esquina. Pagamos a bagatela de R$ 15 na refeição, incluso bebida. Abaixo, Centro histórico de São Luís/ MA Abaixo, São José de Ribamar/ MA Dia 02 - 02/01/2014 Conhecemos uma galera gente finíssima no Hostel e decidimos juntos visitar Alcântara neste dia. Se você pretende visitar Alcântara e caso seja em uma época de grande movimento, como foi nosso caso, é importante chegar bem cedo ao porto onde partem os barcos para lá (fica no centro histórico, próximo ao terminal de ônibus). Os barcos saiam às 8h, então chegamos bem cedo, às 7h e compramos as passagens de ida por R$ 12 (por pessoa). A passagem de volta pode ser comprada ao chegar em Alcântara, em uma agência que fica no porto de lá pelo mesmo valor. É aconselhável comprar assim que desembarcar. Alcântara é uma cidade com um grande patrimônio histórico, datado dos séculos onde a produção de algodão era próspera na região. É marcada também por um passado triste de escravidão, com suas marcas e resquícios presentes em monumentos como o Pelourinho e nas histórias contadas pelos moradores. Suba a rua principal que sai do porto e poderá encontrar diversos prédios históricos, inclusive uma das primeiras igrejas do local, a Igreja Matriz de São Mathias, que está em ruínas. Há belos casarões, casas simples, igrejas e muitas outras construções em ruínas também. Aproveite para provar o Doce de Espécie, típico da lá, além dos licores produzidos com as frutas da região. Para almoçar, há diversos restaurantes no porto, com preços variados. A cidade possui agências bancárias do Bradesco e B. do Brasil (foram as que ví). Na volta, em algumas ocasiões, o mar costuma ficar bravo e agitado. E esse foi um destes dias. Resultado: alguns passaram mal e tinha até gente rezando para o barco não virar (exagero, rs), mas nada que um remédio para enjôo não resolvesse. Abaixo, Alcântara/ MA Dia 03 - 03/01/2014 Como havíamos planejado, deixamos São Luís neste dia, indo em direção ao vilarejo de Sangue/ MA, onde de lá tomariamos uma Toyota até Santo Amaro/ MA para iniciar a travessia dos Lençõis. De São Luis até Sangue, fomos de van o que acabou não saindo muito barato, ou seja, R$ 40 por pessoa. Se for pelo terminal de ônibus pagará mais barato. Em Sangue, o ônibus/ van lhe deixará na estrada, onde você deverá pegar uma Toyota. Chegamos por lá e não havia nenhum veículo partindo para Santo Amaro, então aguardamos por lá. Há um comércio no local, com alguns produtos, como salgadinhos e refrigerantes. O senhor Perroti (acho que é isso), dono do local, possui diversas infos sobre a região e foi um bom bate-papo enquanto aguardavamos algum carro. Tome um café da manhã reforçado sempre pois, chegamos as 11h da manhã e a previsão era da Toyota aparecer somente às 15h. Tivemos a sorte de aparecer uma Toyota as 13h, e por R$ 20 (por pessoa), nos levou até Santo Amaro. O percurso é feito em aproximadamente 1h30min, numa estrada arenosa. Em Santo Amaro, ficamos na pousada Fé Em Deus, que pertence a Dona Graça, uma simpática senhora. Pagamos R$ 60 o casal com ventilador e banheiro no quarto. Pousada simples, mas bem organizada e limpa. Combinamos com o guia Carlos Queimada o início da travessia, que seria na madrugada do dia 04, às 3h30 da manhã, para não caminhar sob o sol da tarde nos Lençois. Santo Amaro é uma cidade calma e pequena, mas parece receber um número maior de turistas entre junho e agosto, épocas de chuvas na região, período em que as lagoas ficam cheias. Haviam poucas opções para comer e combinando com a dona da pousada, fizemos a refeição por lá, pagando a parte. É sempre bom reservar com antecedência o serviço de guia para a travessia, pois em épocas de cheia das lagoas, este serviço fica bem requisitado. O guia Carlos Queimada ((98) 9149-9771 ou (98) 8734-0615. carlosqueimada@hotmail.com) é nativo da região dos Lençois (nasceu em Queimada dos Britos) e possui um grande conhecimento do local. Fizemos parte da travesia com ele e outra parte com seu irmão Williamy, um excelente guia também. Dia 04 - 04/01/2014 Como combinado, iniciamos a travessia neste dia às 3h30 da manhã. Despachamos os mochilões para Barreirinhas, atráves de um parente do guia iria para lá, levando assim apenas mochilas de ataque com o essencial. Tomamos café e saímos de Santo Amaro/MA caminhando até a entrada do Parque dos Lençóis Maranhenses. Há a opção de pegar um carro e encurtar o trajeto cerca de 7km, mas escolhemos caminhar e fazer todo o percurso a pé, aproximadamente 30km nesse primeiro dia. A sensação de caminhar nos Lençõis à noite é fantástica! A cor da areia se funde com a cor do céu, formando uma só paisagem. O céu é incrivelmente estrelado, criando um cenário mágico. Sabíamos que, devido a época de seca, pegaríamos os Lençóis quase que secos, com pouquíssimas lagoas, mas mesmo assim não desanimamos. E no final, valeu muito a pena, pois a paisagem é deslumbrante e surpreendente. Nessa época de seca, a caminhada fica também mais curta, devido a não ser necessario margear lagoas maiores para atravessá-las. O dia vai amanhecendo e assim vai surgindo um cenário único à frente. A sensação de estar no meio de uma imensidão de dunas, de diversos tamanhos e formatos é incrível. Paramos para descansar e tomarmos um lanche, por volta das 7h. Paramos mais a frente para desfrutarmos de algumas lagoas que estavam com água. A sensação de poder se resfrescar durante a caminhada deve ser ainda mais fantástica nas épocas de cheia das lagoas. Durante a caminhada, avistamos muitos animais que pertencem aos moradores dos vilarejos e são criados soltos pelos Lençõis, como cabras, bodes e porcos. Os lençois possuem outros animais como lagartos, cobras e até raposas, mas se encondem nas vegetações e poucos são vistos durante o dia. Após horas de caminhada, por volta das 11h da manhã, começamos a avistar uma vegetação maior e mais concentrada. Era Queimada dos Britos, vilarejo localizado no meio dos Lençois e fundado pela família de Carlos, nosso guia. O vilarejo possui cerca de 13 famílias, que vivem basicamente da agricultura e da criação de rebanhos. O vilarejo impressiona pelo tamanho e pela forma como seus moradores se adaptaram a uma vida em meio a uma paisagem tão hostil. Conversando com seu Raimundo, pai de Carlos, vemos como aquele local é importante e faz parte da história de vida de seus habitantes. Após almoçarmos na casa de seu Raimundo, uma deliciosa refeição, fomos descansar no redário. Não é necessário levar barracas, pois há redários em Queimada dos Britos e Baixa Grande, nossa segunda parada. Abaixo, 1º dia de caminhada nos Lençóis Maranhenses DICAS A quantidade de água aconselhada para se levar é cerca de 1,5l por pessoa. Leve também frutas secas, como bananas desidratadas, além de barra de cereais, paçoca e amendoim, mas cuidado para não deixar sua mochila muito pesada, ou ao fim da caminhada você terá uma dor imensa nas costas. Leve também um kit de primeiros socorros, com esparadrapos, ataduras e band-aids, apesar de todo tipo de material colante se desgrudar facilmente com a areia, serão muito úteis em qualquer emergência. Chápeu, protetor solar, óculos escuros são essenciais. Camiseta de manga comprida e calça são opcionais, além de uma canga, que ajuda muito a proteger os braços e serve de tapete nas paradas. Fizemos a caminhada utilizando dois tipos diferentes de calçado: chinelo tipo havaianas e sandália baixa, tipo papete. Caminhamos também com os pés descalços. Minha namorada caminhou sempre com meias e não teve bolha alguma nos pés. Caminhei sem meias no primeiro dia e acabei tendo algumas nas pontas dos dedões. Dia 05 - 05/01/2014 Neste dia, iniciamos a travessia às 7h da manhã, pois o trajeto até Baixa Grande é mais curto (cerca de 9km). Foram aproximadamente 2h30 de caminhada, facilitadas pela ausência de água nas lagoas. Caso estivessemos em época de chuvas, teriamos cruzado um rio que cobria uma grande dimensão de areia, mas estava seco. Logo, chegamos em Baixa Grande, outro povoado localizado no meio das dunas. Ficamos na casa do irmão do seu Raimundo, que também nos recebeu com bastante hospitalidade. Tanto em lá como em Queimada dos Britos, é possível comprar água, refrigerante ou cerveja. Os alimentos e bebidas são mantidos através de geradores a óleo, pois não há energia elétrica nos vilarejos. Em Queimada há painéis solares, e existe a possibilidade de regarregar pequenos objetos eletrônicos. Fomos dormir cedo este dia, pois a caminhada seguinte começaria às 3h30 da manhã. Abaixo, 2º dia de caminhada nos Lençóis Maranhenses Dia 06 - 06/01/2014 Acordamos cedo para o terceiro e último dia de caminhada nos lençóis. Nosso destino final nessa caminhada seria Canto de Atins. Os 25km desse dia foram feitos em cerca de 6h30. Saímos de Baixa Grande, seguindo em direção a costa e a medida que nos aproximamos do litoral, a paisagem muda. Ao invés de enormes dunas, começam a aparecer imensos campos, com dunas menores e mais distantes umas das outras. Pelo caminho, avistamos algumas cabanas abandonadas. Em outras épocas do ano, são utilizadas por pescadores como acampamento. Chegamos ao litoral e aproveitamos para descansar e tomar um banho de mar. Nesse trecho, já começamos a avistar pescadores e turistas, algo estranho depois de três dias caminhando sem ver uma viva alma, exceto nos povoados. Nesse último dia o cansaço de toda a travessia começa a bater, os pés doem, mas a satisfação e a realização de todo o feito, são maiores. Já em Canto de Atins, paramos para descansar e esperar a Toyota que nos levaria até Barreirinhas. Era um restaurante, que também funcionava como pousada. Aproveitamos para almoçar. Nossa Toyota chegou e partimos para Barreirinhas. O carro passa primeiro por Atins, pega mais alguns passageiros e depois segue seu caminho. Em Barreirinhas, depois de pegarmos nossas mochilas, fomos até a Pousada da Deusa, que nos foi recomendada inclusive aqui pelo forum. É uma pousada simples, com um bom café da manhã. Pagamos R$ 60 na diária do casal em quarto sem banheiro e com ventilador. Barreirinhas é uma cidade bem movimentada, impulsionada pelo turismo na região. Há um grande transito de motos, quadriciclos e Toyotas, além de diversas lojas. Há um passeio pelo Rio Preguiças e outros pela região, mas como ficamoss apenas uma noite, não fizemos nenhum deles. Abaixo, nascer do sol nos Lençóis e o litoral Dia 07 - 07/01/2014 Acordamos cedo, pois haviamos nos informado de que saiam Toyotas para Paulino Neves/ MA as 8h, mas era bom chegar com antecedência para garantir lugar. Encontramos dois amigos que conhecemos em São Luís e partimos juntos para Paulino Neves. De lá seguiríamos para Tutóia/ MA e depois, Parnaíba/ PI. Até Paulino Neves, foram cerca de 1h30, e pagamos R$ 20 por pessoa na Toyota. Em Paulino, no mesmo local onde a Toyota nos deixou, esperariamos uma van que nos pegaria ao meio-dia. Fomos conhecer um pouco de Paulino Neves nesse meio tempo e nos pareceu uma cidade bem tranquila, bem menos movimentada que Barreirinhas. Seguimos de van até Tutóia (pagamos R$ 08), depois de 40min chegamos a rodoviária. Não conhecemos muito de Tutóia, além da rodoviária. Embarcamos nos ônibus das 13h30 da viação Guanabara (a passagem custou cerca de R$ 17) e seguimos para Parnaíba/ PI. Chegamos em Parnaiba sob um temporal e, como não possuíamos reserva em nenhum lugar, seguimos a dica de um funcionário da empresa de ônibus e fomos para a pousada Porto das Barcas, que fica localizada no antigo porto, que está desativado e perto da ponte que leva para o Porto do Tatus, local onde saem os barcos para o passeio do Delta. A pousada possui uma decoração bem exótica, com diversos objetos antigos e muitas pinturas e esculturas, algumas feitas pelos próprios funcionários. Funciona num antigo mercado desativado. Pagamos R$ 60 na diária do casal em quarto com suíte e ventilador. Saímos à noite para comer ali mesmo na região, um pequeno centro histórico movimentado por lojas de artesanato, restaurantes e uma sorveteria, muito boa, por sinal. Dia 08 - 08/01/2014 Como havíamos contratado o passeio pelo Rio Delta, acordamos cedo neste dia e fomos rumo ao Porto dos Tatus, onde sairia nosso barco. Existem algumas agências próximas a pousada que oferecem o passeio pelo delta, o preço variava entre R$ 45 e R$ 55. Nesse valor estava incluso frutas, almoço e a famosa caranguejada. É um passeio que dura das 9h as 15h, feito em barcos de dois andares, que comportam cerca de 70 pessoas. Há passeios mais reservados, para duas pessoas, mas custam mais caro. É o típico passeio "para, desce e sobe de volta", mas foi bacana para conhecer um pouco da região do Delta, seus mangues e ilhas. Vimos uma demostração de como é feita a "cata" do caranguejo, paramos em alguns locais para banho e retornamos para o porto. De volta a Parnaíba, saímos a noite para conhecer um pouco dos arredores. Existe um SESC na região, bancos e também um mercado grande. Achamos bem tranquila a região. Abaixo, passeio pelo Delta de Parnaíba e o "Homem-Lama" Dia 09 - 09/01/2014 Conheçemos um sinpático casal de Tocantins durante o passeio pelo Delta e que seguiam também para Jijoca de Jericoacoara/ CE, nosso próximo destino. Eles nos ofereceram carona e aceitamos, mas tivemos que antes cancelar nossas passagens até Camocim/ CE. Foi ai que começou uma novela. Por recomendação de terceiros, compramos nossas passagens para Camocim/ CE por uma agência terceizada, chamada AGÊNCIA NAZARÉ, e ao tentarmos cancelar nossas passagens e reaver nosso dinheiro, os problemas começaram. Uma funcionária de lá, talvez fosse a dona, disse que somente poderiamos pegar o dinheiro das passagens dali a 25 dias. Dissemos a ela que não poderiamos aceitar essa condição pois moravamos distante dali e logo deixariamos a cidade. Inflexível e sem o minímo de educação, mesmo sabendo que tal cláusula aplicada pela empresa era abusiva, se negou a nos devolver o dinheiro. Fomo então até a rodoviária, e no guichê da empresa, expliquei todo o ocorrido e nos devolveram o dinheiro das passagens. Então, cuidado com essa AGÊNCIA NAZARÉ, prefira comprar direto na rodoviária. Depois de todo o ocorrido, seguimos de carona rumo a Jijoca/ CE. Foram cerca de 4h de viagem, com algumas paradas pelo caminho. Acabamos não parando em Camocim/CE, mas caso a viagem fosse feita de ônibus, teriamos que parar lá e pegar outro transporte até Jijoca de Jericoacoara/ CE. Chegamos em Jijoca por volta do meio-dia. Na entrada da cidade, fomos abordados por diversas pessoas oferecendo serviços de translado até a Vila de Jericoacoara. Alguns se ofereciam como guias, onde o turista tinha a opção de seguir com o próprio carro e outro se oferecia para nos levar de D20. O carro ficaria estacionado em sua casa até o dia que o casal saísse de Jeri. O casal escolheu deixar o carro em Jijoca e seguir até Jeri pela D20 e, ao meu ver, é a melhor decisão. A vila é pequena, não havendo a necessidade de usar o carro como transporte. Se tentar ir sozinho, sem guia, poderá atolar o veículo e a despesa com guincho será maior. Nosso transporte até Jeri custou R$ 80, dividido entre 5 pessoas. Chegamos a Jeri e fomos direto ao HI Hostel Jeri Brasil, onde já haviamos feito a reserva. É um excelente hostel, com uma ótima infraestrutura, quartos bem equipados e limpos. Guardamos nossas bagagens e fomos até a Duna Pôr-so-Sol, ver o poente. A vila de Jeri possui uma boa infraestrutura, com alguns mercadinhos, diversos restaurantes e lanchonetes, peixarias, lojas de roupas e artesanato e uma vida noturna agitada. Dia 10 - 10/01/2014 Nesse dia fomos caminhando conhecer a Pedra Furada, formação rochosa que é cartão postal de Jeri. A trilha para lá começa no Serrote, próximo a praia da Malhada e segue pela costa. É uma paisagem lindíssima, e o trajeto pode ser feito pela praia, quando a maré está baixa ou mais acima, pelo Serrote, quando alta. Leve a maquina e tire muitas fotos, a cor do mar impressiona. Chegando na Pedra Furada, alguns vendedores se oferecem para fotografar, não cobram nada e tiram uma foto bacana. O local fica disputado para fotos, então, quanto mais cedo, melhor. De lá andamos mais um pouco adiante, paramos num quiosque para tomar água de coco e seguimos pelo Serrote, subindo em direção ao Farol, que fica no topo. Havia uma galera muito gente boa no Hostel e agitamos uma noite de pizzas. Depois, fomos para o Samba da Malhada, que fica ali próximo. O samba, com um grupo tocando ao vivo, começa as 22h30 e vai lotando com o passar das horas. É diversão garantida, acompanhado de boa música. Abaixo, fotos da Praia da Malhada e da Pedra Furada Dia 11 - 11/01/2014 Com passeio marcado nesse dia, acordamos cedo. O bugueiro chegou às 9h e de lá fomos direto para nosso primeiro destino, a Lagoa Azul. O caminho foi feito pela costa, passando pela cidade de Cruz/ CE e pela praia do Preá, local muito procurado por kitesurfistas. Logo chagamos a Lagoa Azul, com suas famosas redes nas margens. Exsitem alguns quiosques no local, aluguel de caiaques (R$ 20, 30min) e pranchas stand-up. O local onde há os quiosques fica lotado de gente, então, para quem quer sossego, a solução é ir para a margem oposta. Ficamos por lá cerca de 1h e fomos para a próxima lagoa, a Paraíso, também chamada Lagoa de Jijoca, pois fica ao lado da cidade. Essa lagoa é imensa, muito maior que a lagoa Azul e suas águas são incrivelmente claras e azuladas, em dias de sol. Há algumas redes e também cadeiras com guarda-sois de palha. O local é bem sossegado, perfeito para se relaxar durante uma tarde inteira. Faz um vento fortíssimo, então cuidado com câmeras e objetos leves que possam ser levados. Um quiosque oferece pratos e petiscos, além de refrigerante e água. Outra opção para se chegar a lagoa, caso não queira contratar um Bug (custa R$ 50 por pessoa o passeio ida e volta nas duas lagoas) é pegar uma D20 na Vila de Jeri por R$ 10 e pedir para descer na Lagoa Paraiso. Depois é só pagar os mesmos R$ 10 e voltar para a Vila. O passeio de bug retornou as 16h para a vila. À noite, fomos até a sorveteria Gelato & Grano e, sinceramente, o melhor sorvete que já tomei na vida! O pequeno custa R$ 7 e o grande R$ 11, mas vale cada centavo. Ah, e aproveite para provar os sabores antes de escolher, é um melhor que o outro. Abaixo, Lagoa Azul e Lagoa Paraíso Dia 12 - 12/01/2014 Em nosso último dia em Jeri, acordamos cedo para aproveitar a praia. Nosso ônibus em sairia de Jijoca, rumo a Fortaleza, às 15h30. Uma dica é comprar a passagem para Fortaleza com antecedência, pois em alta temporada elas ficam bem disputadas. A empresa que vende e faz o trajeto para Fortaleza é a FretCar, e há um escritório que vende passagens em Jeri. Há dois tipos de passagens, uma em que o ônibus faz menos paradas e inclui uma jardineira de Jeri para Jijoca (R$ 60, aproximadamente) e outra que sai direto de Jijoca (R$ 32, aproximadamente), sendo necessário pegar uma D20 até lá (R$ 10). O trajeto de Jijoca até a rodoviária de Fortaleza dura 6h, com apenas uma parada para se alimentar, então, se prepare. Chegando em Fortaleza/ CE, pegamos um taxi da rodoviária até o Hostel Terra da Luz, onde ficariamos uma noite e deu cerca de R$ 25 no taxímetro. Chegamos tarde nesse dia, 21h, e apenas arrumamos nossas coisa e saimos para comer algo ali por perto. Em Fortaleza, há diversas opções de restaurantes e bares. Dia 13 - 13/01/2014 Último dia de viagem, pois pegariamos um vôo para São Paulo às 21h, aproveitamos para comprar algumas coisas no Mercado Central, que fica ali próximo. O Mercado oferece uma ampla variedade de produtos típicos do nordeste, como a rapadura, castanha de caju e seus derivados, roupas, calçados e muitas outras coisas. Vendem redes também, mas uma dica é comprá-las do lado de fora, numa loja chamada Atacadão da Redes, o preço é bem melhor. E aproveite para negociar. *** Bem, esse foi nosso relato, um pouco longo, talvez, mas esperamos que possa ajudá-los assim como outros relatos nos ajudaram. Abraço! Editado Maio 7, 2014 por Visitante Citar
Membros jacobrazil_II Postado Fevereiro 4, 2014 Membros Postado Fevereiro 4, 2014 Sensacional Rangel, vou aproveitar suas dicas pois estou indo aos lençóis para fazer a travessia pela segunda vez dia 11/02. Até lá torço para que ainda tenha água nas lagoas. abç Citar
Membros C.Rangel Postado Fevereiro 7, 2014 Autor Membros Postado Fevereiro 7, 2014 Sensacional Rangel, vou aproveitar suas dicas pois estou indo aos lençóis para fazer a travessia pela segunda vez dia 11/02.Até lá torço para que ainda tenha água nas lagoas. abç Olá, Jacobrazil! Quando fui, no começo de janeiro, só encontrei lagoas no primeiro dia, de Sto Amaro para Queimada. Estavam com uma quantidade de água baixa, mas conseguimos nos refrescar. Espero que você tenha mais sorte que nós! Abraço e boa travessia! Citar
Membros dilbert.rj Postado Fevereiro 9, 2014 Membros Postado Fevereiro 9, 2014 Ótimas dicas. Irei, do Rio, com minha noiva em março p Rota das Emoções. Não vamos fazer a travessia (pelo menos desta vez). Depois vou te mandar um resumão da nossa viagem, mas as dicas estão sendo muito valiosas. Abraços. Luiz Fernando http://dilbertrj.blogspot.com.br Citar
Membros dilbert.rj Postado Fevereiro 11, 2014 Membros Postado Fevereiro 11, 2014 Olá galera! O relato a seguir descreve um mochilão feito por mim e minha namorada entre os dias 01 e 13/01/2014 pelo nordeste, pernoitando e/ou conhecendo um pouco de São Luís, Alcântara, São José de Ribamar, Santo Amaro, Lençois Maranhenses, Barreirinhas, Parnaiba, Jericoacoara e Fortaleza. Rangel, segue um resumão do meu roteiro, se tiver alguma dica agradeço. Abraços. Luiz Fernando http://dilbertrj.blogspot.com.br/ 1o Dia – 05/03/2014. Chegada em São Luis (por volta das 15:00). Passeio pela Cidade e “NIGHT”. 2o Dia – 06/03/2014. Pegar a Balsa para Alcântara para passeio (Centro histórico, etc). Subir a ladeira do Jacaré para explorar a cidade, etc. Retornar para São Luis. Descanso e sair a noite no Centro Histórico de São Luis (Barzinhos, Reggae, etc). 3o Dia – 07/03/2014. Transfer para Santo Amaro. Passeio Lagoa das Gaivotas (à tarde). Curtir a “night” de Santo Amaro. 4o Dia – 08/03/2014. Passeio Espigão e Betânia. Curtir a “night” de Santo Amaro. 5o Dia – 09/03/2014. Passeio Queimada dos Britos/Paulos. Curtir a “night” de Santo Amaro. 6o Dia – 10/03/2014. Transfer para Barreirinhas. Fazer passeio Lagoa Azul/Lagoa Bonita (se der). 7o Dia – 11/03/2014. Passeio/ida para Atins (Voadeira ou Barco de Linha); Curtir Praia, vila, etc à tardinha e a noite. 8o Dia – 12/03/2014. Fechar passeios em Atins (Praia, Vilarejo, Canto do Atins, Restaurante da Luzia, Lagoa do Guajiru ou Lagoa Verde/Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses). 9o Dia – 13/03/2014. Conseguir transporte para Tutóia/MA (voltar para barreirinhas, pegar carro de linha até Paulino Neves, depois ônibus para Tutoia ou ir para Paulino Neves de Quadriciclo). Tentar curtir a praia, night, etc. 10o Dia – 14/03/2014. Fazer passeio pelo Delta a partir de Tutoia. Curtir praia, night, etc. 11o Dia – 15/03/2014. Curtir uma praia de manhã. Transporte para Parnaíba/PI (13h30/Empresa Coimbra). Chegada em Parnaíba por volta das 16h30. Tentar ir em alguma Praia no Piauí pra ver o por do sol (táxi, carro, etc.) e fazer algo à noite em Paranaíba (night). 12o Dia – 16/03/2014. Transporte de Parnaíba para Camocim/CE: Expresso Guanabara. Horário 7:15, Chegada: 9:25 em Camocim. Transporte de Camocim para Jijoca/CE (Jericoacoara) - Viação FRETCAR. 11:30 (chegada em Jijoca prevista para 13:00 horas). Tentar curtir uma praia, ver o Por do Sol na Duna. 13o Dia – 17/03/2014. Fazer passeio => Passeio Tatajuba ou Passeio Lagoas. Curtir praia e por do Sol. 14o Dia – 18/03/2014. Fazer passeio => Passeio Tatajuba ou Passeio Lagoas. Curtir praia e por do Sol. Transporte para Fortaleza – Fretcar 22:45. 15o Dia – 19/03/2014. Chegada à Fortaleza. Curtir Praia, conhecer local, curtir NIGHT. Fazer compras, etc. 16o Dia – 20/03/2014. Passeio Canoa Quebrada. Curtir praia no final do dia. Curtir Night. 17o Dia – 21/03/2014. Curtir o dia na praia, descansar, etc. Embarque para o RIO a noite. Citar
Membros manderson171 Postado Abril 14, 2014 Membros Postado Abril 14, 2014 Ola Otimo relato...curti muito. Nao vou fazer todo o trajeto que vc fez, mais irei de Sao Luiz a Sto Amaro. Como vejo que seu post e mais recente que vi, voce disse the de Sangue a Sto Amaro a travessia foi de 1.30hs? Isso e correto? Todos os outros relatos que estou lendo fala de 2.30 a 3hs... Houve algum problema com tal travessia?? Agradeco as dicas. Obrigada Citar
Membros C.Rangel Postado Abril 20, 2014 Autor Membros Postado Abril 20, 2014 Olá galera! O relato a seguir descreve um mochilão feito por mim e minha namorada entre os dias 01 e 13/01/2014 pelo nordeste, pernoitando e/ou conhecendo um pouco de São Luís, Alcântara, São José de Ribamar, Santo Amaro, Lençois Maranhenses, Barreirinhas, Parnaiba, Jericoacoara e Fortaleza. Rangel, segue um resumão do meu roteiro, se tiver alguma dica agradeço. Abraços. Luiz Fernando http://dilbertrj.blogspot.com.br/ 1o Dia – 05/03/2014. Chegada em São Luis (por volta das 15:00). Passeio pela Cidade e “NIGHT”. 2o Dia – 06/03/2014. Pegar a Balsa para Alcântara para passeio (Centro histórico, etc). Subir a ladeira do Jacaré para explorar a cidade, etc. Retornar para São Luis. Descanso e sair a noite no Centro Histórico de São Luis (Barzinhos, Reggae, etc). 3o Dia – 07/03/2014. Transfer para Santo Amaro. Passeio Lagoa das Gaivotas (à tarde). Curtir a “night” de Santo Amaro. 4o Dia – 08/03/2014. Passeio Espigão e Betânia. Curtir a “night” de Santo Amaro. 5o Dia – 09/03/2014. Passeio Queimada dos Britos/Paulos. Curtir a “night” de Santo Amaro. 6o Dia – 10/03/2014. Transfer para Barreirinhas. Fazer passeio Lagoa Azul/Lagoa Bonita (se der). 7o Dia – 11/03/2014. Passeio/ida para Atins (Voadeira ou Barco de Linha); Curtir Praia, vila, etc à tardinha e a noite. 8o Dia – 12/03/2014. Fechar passeios em Atins (Praia, Vilarejo, Canto do Atins, Restaurante da Luzia, Lagoa do Guajiru ou Lagoa Verde/Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses). 9o Dia – 13/03/2014. Conseguir transporte para Tutóia/MA (voltar para barreirinhas, pegar carro de linha até Paulino Neves, depois ônibus para Tutoia ou ir para Paulino Neves de Quadriciclo). Tentar curtir a praia, night, etc. 10o Dia – 14/03/2014. Fazer passeio pelo Delta a partir de Tutoia. Curtir praia, night, etc. 11o Dia – 15/03/2014. Curtir uma praia de manhã. Transporte para Parnaíba/PI (13h30/Empresa Coimbra). Chegada em Parnaíba por volta das 16h30. Tentar ir em alguma Praia no Piauí pra ver o por do sol (táxi, carro, etc.) e fazer algo à noite em Paranaíba (night). 12o Dia – 16/03/2014. Transporte de Parnaíba para Camocim/CE: Expresso Guanabara. Horário 7:15, Chegada: 9:25 em Camocim. Transporte de Camocim para Jijoca/CE (Jericoacoara) - Viação FRETCAR. 11:30 (chegada em Jijoca prevista para 13:00 horas). Tentar curtir uma praia, ver o Por do Sol na Duna. 13o Dia – 17/03/2014. Fazer passeio => Passeio Tatajuba ou Passeio Lagoas. Curtir praia e por do Sol. 14o Dia – 18/03/2014. Fazer passeio => Passeio Tatajuba ou Passeio Lagoas. Curtir praia e por do Sol. Transporte para Fortaleza – Fretcar 22:45. 15o Dia – 19/03/2014. Chegada à Fortaleza. Curtir Praia, conhecer local, curtir NIGHT. Fazer compras, etc. 16o Dia – 20/03/2014. Passeio Canoa Quebrada. Curtir praia no final do dia. Curtir Night. 17o Dia – 21/03/2014. Curtir o dia na praia, descansar, etc. Embarque para o RIO a noite. Olá Luiz, Desculpe, só vi sua mensagem agora. Seu roteiro está bem bacana, repleto de atividades, mas o problema maior é a logística com os transportes na região, que deixa a desejar. Não deixe de postar seu relato e suas impressões de lá. Abraço! Citar
Membros C.Rangel Postado Abril 20, 2014 Autor Membros Postado Abril 20, 2014 OlaOtimo relato...curti muito. Nao vou fazer todo o trajeto que vc fez, mais irei de Sao Luiz a Sto Amaro. Como vejo que seu post e mais recente que vi, voce disse the de Sangue a Sto Amaro a travessia foi de 1.30hs? Isso e correto? Todos os outros relatos que estou lendo fala de 2.30 a 3hs... Houve algum problema com tal travessia?? Agradeco as dicas. Obrigada Olá, Fizemos o trajeto nesse tempo mesmo, 1h30, aproximadamente. Vale ressaltar que a Toyota corria bastante, não sei se pelo fato de haver só nos dois de viajantes nesse dia. Acredito que com mais pessoas e malas eles devem ir mais devagar. Fora isso, a travessia foi tranquila. Ah, e leve óculos escuros, pois o vento na estrada é forte e voa muita areia nos olhos. Abraço e boa viagem! Citar
Membros dilbert.rj Postado Abril 21, 2014 Membros Postado Abril 21, 2014 Olá galera! Olá Luiz, Desculpe, só vi sua mensagem agora. Seu roteiro está bem bacana, repleto de atividades, mas o problema maior é a logística com os transportes na região, que deixa a desejar. Não deixe de postar seu relato e suas impressões de lá. Abraço! Sem problemas Rangel, a viagem foi ótima, curtimos muito e tirando um probleminha com Hospedagem em Fortaleza (já resolvida), foi tudo uma maravilha. Estou aos poucos colocando alguma coisa neste post: http://www.mochileiros.com/rota-das-emocoes-maranhao-piaui-e-ceara-marco-2014-t94862.html#p948584 Já coloquei um resumão e umas fotos. Com tempo vou colocar um dia a dia mais detalhado, fora os posts do meu Blog. Já estou pensando em outros destinos... kkk. Abração. Citar
Membros C.Rangel Postado Maio 6, 2014 Autor Membros Postado Maio 6, 2014 Bacana, Dilbert! Conferi o relato, belas imagens, hein? Pelo visto, aproveitou bem. Abraço! Citar
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