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ROTEIROS EUROPA: Dicas baseadas em dúvidas recorrentes


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Aqui no fórum, muitas situações são recorrentes nos posts de pedido de ajuda em roteiros na Europa, compilei aqui as dúvidas genéricas mais comuns que observei e tentei responder, baseado na experiência pessoal e nos relatos que já li ao longo do tempo. Espero que seja útil. Vou separar em posts para ficar mais fácil de ler.

 

Meu roteiro está apertado?

 

Pela facilidade de deslocamento dentro da Europa, pode-se pensar que é viável trocar de cidade dia sim, dia não. Isso não é bem assim, apenas pequenas cidades podem ser vistas em um único dia. Além disso, ao se deslocar de uma cidade para outra, os dias de deslocamento acabam improdutivos para se conhecer alguma coisa: tem que arrumar mochila, fazer ckeck-out no hostel, ir para a estação de trem/aeroporto, o deslocamento, chegar na cidade de destino e se instalar no novo pouso. É natural a vontade de conhecer novos lugares, mas colocando 10 cidades em 15 dias, não vai dar para conhecer nada direito e você voltará com aquela sensação de que fez tudo correndo e não deu para curtir a viagem direito. Clique aqui para ver o que NÃO fazer.

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Esse item é consequência do primeiro. Ao colocar muitas cidades no roteiro, fica destinado um tempo insuficiente para cidades grandes com muitas atrações como Londres, Roma, Berlim, Barcelona e Paris. Se você nunca foi a uma dessas cidades, cogite um tempo maior para conhecê-las, não adianta passar dois dias em cada lugar só para poder dizer que esteve lá. Se seu tempo estiver pequeno, prefira dedicá-lo a conhecer melhor uma cidade em vez de ir correndo em duas.

 

Para ter uma noção do tempo necessário, ver mais dicas nesse post: http://www.mochileiros.com/roteiros-europa-dicas-baseadas-em-duvidas-recorrentes-t69621-15.html#p741435.

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Aqui é muito comum se ver roteiros apertados e cronometrados. Afinal, em muitos países, o transporte é pontual e pode bater aquela vontade de aproveitar ao máximo o tempo e fazer um roteiro que inclua coisas como acordar a 300km de distância do aeroporto e contar com a plena eficiência de todos os meios de transporte para se chegar ao aeroporto exatamente na hora de fechar o check-in. Sempre é bom evitar cronogramas apertados para não correr riscos desnecessários, já que a pressa pode levar a erros como confundir-se no metrô, esquecer coisas no hotel, etc.

 

Se for o voo de volta para o Brasil, sempre é bom estar mais tranquilo nesse dia, de preferência acordando na cidade de onde parte o voo. Do mesmo modo, não rola de marcar nada por lá para o dia de chegar na Europa: várias coisas podem acontecer, desde o tradicional atraso em Guarulhos até a demora para pegar a bagagem no destino. Então deixe o dia da chegada para descansar, se inteirar da cidade, restaurar-se do voo ou qualquer outra coisa que não demande hora marcada.

 

NOTA: No caso de transportes, as dicas acima se aplicam a conexões com bilhetes avulsos montadas pelo viajante. No caso de bilhetes aéreos onde a companhia é quem estabelece a conexão, não precisa se preocupar com o tempo entre os voos, já que será de responsabilidade da empresa aérea te levar até o destino final.

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Tem gente que sai do Brasil sabendo que vai almoçar às 13:45 no dia 03 de outubro no restaurante da página 27 do guia. Programação excessiva pode ser tão ruim quanto não se programar. É bom ter o roteiro como referência, principalmente para eventos que necessitam de reserva antecipada, mas também não rola de ter o roteiro como uma agenda a ser fielmente cumprida. Tem muita coisa legal que a gente só descobre quando já está no lugar, se o roteiro for cronometradinho todo dias, o dia inteiro, não vai dar para fazer esse tipo de descoberta já que todas as atenções estariam focadas em cumprir o cronograma. Relaxe um pouco e deixe lacunas no roteiro para se adaptar. Vai ter aquele momento em que você vai querer andar a esmo ou sentar na grama de um parque para ver a vida passar. Isso não é desperdício de tempo, também faz parte da viagem desacelerar para contemplar o dia.

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Muita coisa é colocada nos roteiros simplesmente porque existe aquele consenso mundial de que tem que ir, como se fosse heresia não demonstrar interesse. Tem lugares que realmente são imperdíveis, mas muitas das coisas que os guias chamam de “imperdíveis” não são interessantes para todo tipo de pessoa. Algumas atrações não se enquadram no gosto de todos: por exemplo, quem não tem paciência para museu, corre do Louvre, não vai fazer diferença na vida de ninguém falar que viu a Mona Lisa ou a Vênus de Milo. Também há locais que podem ter restrições de acordo com as condições físicas ou psicológicas da pessoa: alergias, fobias e problemas cardíacos podem tornar alguns passeios não indicados para todos. Avalie se a atração é de fato de seu interesse e se sua saúde permite o esforço necessário antes de incluir no roteiro.

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Apesar do nome, um voo low cost pode custar tanto quanto um voo numa companhia tradicional. A primeira coisa a se considerar é a tarifa total a ser paga. Um voo pode ser anunciado por dez euros, mas aí tem taxa de bagagem despachada, taxa de marcar assento, taxa por não ter feito check-in na internet, taxa por ter feito o check-in na internet mas não ter impresso o cartão de embarque. Todos os exemplos citados são de taxas reais, é só olhar as letras miúdas nos sites dessas companhias. É comum que companhias menores usem aeroportos mais longínquos, geralmente eles colocam o nome de uma cidadezinha entre parênteses após o nome da cidade desejada, por exemplo, Paris(Beauvais). Olhe no mapa onde fica essa cidade e some o valor do transporte terrestre. Nesse meio tempo, os dez euros viram oitenta com a maior facilidade. Tendo em vista essa questão da localização dos aeroportos e das taxas extras das low cost, pode até se achar algo mais barato em uma companhia tradicional. Após fazer essa conta toda é que se saberá se o voo será low cost mesmo, ou se você estará levando Ryanair pelo preço de Lufthansa.

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O trem para no centro da cidade e você, desde que saiba a plataforma, pode chegar na estação faltando dez minutos. Aeroportos são mais longe, tem que chegar antes para despachar bagagem, tem que passar no raio-x e esperar depois para pegar a mala na esteira. Numa conta rápida, acrescente mais duas ou três horas ao tempo do voo e compare esse total ao tempo da viagem de trem. Observando apenas o tempo do trajeto, a decisão é simples, trajetos curtos gastam menos tempo de trem. O que vai complicar a escolha é o preço. Ao comparar preços de trem e avião, tenha em mente as observações do post acima sobre o gasto total resultante do voo. No caso de trajetos longos, temos a opção de dormir no trem e economizar uma diária. Depois de ver tudo , decida. Pode parecer muita coisa para pensar, mas depois de fazer algumas pesquisas, passa a ser automático pensar nisso tudo.

 

Para mais dúvidas sobre passes de trem, esse tópico esclarece muitas das dúvidas mais comuns:

http://www.mochileiros.com/passes-de-trem-na-europa-guia-de-informacoes-t40293.html

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  • 1 mês depois...

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