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[t3]A viagem[/t3]

Agosto/2010 (alta temporada - grande fluxo de turistas, mas noite caindo só lá pelas 21h)

Parte sozinha, parte com amigas.

Fase 1: Europa Central.

Fase 2: Turquia, com uma paradinha em Paris na conexão do retorno.

A fase Turquia em diante será descrita em outro relato, já que a combinação destes destinos é pouco frequente: http://www.mochileiros.com/turquia-istambul-e-capadocia-7-dias-agosto-2010-t47992.html#p510569.

Eu sempre quis conhecer as cidades que vou comentar aqui - o trio Praga, Viena e Budapeste, e Berlim, por sua história, mas, por outro lado, também tinha Istambul no coração como um destino magicamente exótico... a ponte entre dois mundos, Europa e Ásia, Ocidente e Oriente. Daí, depois de decidir, finalmente, viajar sozinha (coisa que não terei receio em fazer daqui em diante, adotados os cuidados básicos), juntar todas as minhas prioridades em uma só viagem foi ato contínuo!

Quanto ao orçamento, dá para dizer que a viagem foi no estilo high and low, alternando opções de hospedagem barata com outras nem tanto.

Uma informação que pode interessar a portadores de necessidades especiais: uma de minhas amigas que encontrei a partir de Berlim estava usando uma cadeira de rodas. Ela costuma andar com bengala, mas, para viagens, quando se exige mais agilidade, ela usa a cadeira. Foi nossa primeira experiência de viagem juntas e dá para comentar nossos destinos também sob essa ótica (acessibilidade).

 

[t3]Duração[/t3]

20 dias, assim distribuídos:

Budapeste - 2 dias

Viena - 2 dias

Praga - 3 dias

Berlim - 3 dias (a partir daqui, em grupo)

Istambul - 4 dias

Capadócia - 3 dias

Paris - 3 dias

 

[t1]Dia 1 - Chegada a Budapeste[/t1]

Reservei um transfer pela internet e, por 9 euros, lá estava um senhor de bochechas rosadas à minha espera (http://www.foxtransfer.eu). Eu ainda não tinha feito câmbio para a moeda húngara (HUF - Hungarian Forints ou, para nós, florins - ) e ele, com pouco inglês, ainda me ofereceu uns trocados emprestados para comprar uma água, evitando as taxas desfavoráveis praticadas no aeroporto, enquanto esperavamos por um casal que chegaria no mesmo vôo. O táxi era super-confortável e, enquanto olhava pela janela, curiosíssima, no caminho para o hotel, senti um bom presságio, de que, mesmo sendo minha primeira viagem sozinha pela Europa, tudo daria muito certo!

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100827210440.jpg 500 375 Easy Hotel Budapest Oktogon]Para a chegada, pensei que estaria cansada e não seria conveniente ficar em hostel. Assim, reservei o http://www.easyhotel.com por 45 euros ao dia, pagando na reserva. Com mais antecedência, consegue-se pela metade disso.

O hotel fica em Pest (pronuncia-se "Péxxt", o que, segundo me disseram, significa forno...).

Trata-se de uma rede em expansão que pertence, s.m.j., ao mesmo grupo da low cost airline EasyJet. Eu tinha visto no site que as paredes eram laranja berrante e havia algumas críticas negativas no Trip Advisor, então, não esperava grande coisa... foi com muita satisfação que vi que o hotel era bem localizado, o staff era atencioso e o quarto que me deram, muito limpo, novo, com cama confortável e espelho, além do WC no quarto. O esquema é baixo custo e no frills... se quiser ligar a TV ou usar internet, pagam-se adicionais. Eu quase não vejo TV em casa, imagina viajando... mas é bom comentar, já que é algo um tanto quando inusitado e os mais aficcionados podem tomar um choque. O café da manhã também não está incluído, mas fica perto de vários lugares bons para isso. Ah, e eu paguei 5 euros para fazer check in antes das 15h, que era o horário agendado (isto foi bem avisado quando da reserva). Ficaria lá novamente. Vale a pena conferir o site, porque há EasyHotel em outros lugares, como Berlim e Londres,e pode interessar.[/picturethis]

 

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Dormi menos de 3h no vôo, mas, ainda assim, empolgada, depois de um banho muito rápido, fui para a rua, lá pelas 14h, feliz da vida - não sem antes organizar os meus pertences, trancando com cadeado o que era de mais valor em uma divisão da mochila que se tornou o "cofre" (inclusive o passaporte, saindo com uma cópia). Cartões de crédito: parte na bolsa do dia a dia, parte no "cofre". Dinheiro em espécie: levei uma parte e fui sacando o restante de um Visa Travel Money (para saber mais: http://www.cashpassport.com.br ).

A estação de metrô Oktogon fica em um grande cruzamento com a Andrassy utca, uma avenida agradável cheia de lojas de grife e prédios charmosos.

A uma quadra do hotel, fiz um lanchinho na Lukács Cukraszdá (patisserie),que o guia recomendava e mencionava ser local de encontro da polícia estatal que, em outros tempos, torturava os dissidentes do regime no meu destino seguinte, quase ao lado, a chamada Terror Hazá (House of Terror) - (http://www.terrorhaza.hu/en/index_2.html ) onde hoje há uma exposição sobre os tempos difíceis. Entrada: 1.800 HUF (entre 6 e 7 euros).

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100827221450.jpg 332.589285714 500 Terror Hazá]Como se sabe, os países da Europa Central , historicamente, já foram dominados por muitos - citando apenas a história mais recente, os Habsburgo da vizinha Áustria, os nazistas, os comunistas...

 

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A exposição mostra, entre outros, fotos que sensibilizam o visitante sobre isto: cenas de destruição, tanques, marchas de exércitos, cidadãos comuns sob o impacto das mudanças... Senti angústia por tanta opressão, impressionada pela música, imagens, luzes e sombras da mostra. Além de ter me solidarizado com aquelas pessoas clicadas, marcou-me bastante uma foto da Chain Bridge, que eu veria ainda naquela tarde, em escombros, parte submersa, após a Segunda Guerra Mundial. Pensei que não há limites para a estupidez humana e no quanto somos afortunados com um passado relativamente tranquilo.

 

Há um filme legal com o Ralph Fiennes que tem como pano de fundo a história da Hungria no século XX: Império Austro-Húngaro, Nazismo, Comunismo... chama-se "Sunshine, O Despertar de um Século".[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100827224942.jpg 332.589285714 500 ]Da Terror Hazá, saí andando pela Andrassy Utca em direção às margens do Danúbio (lá chamado Duna). Cheguei à St. Stephen's Basilica (Szent Istvan Bazilika) e apenas tirei algumas fotos. Istvan foi o primeiro rei cristão da Hungria, coroado em 1.000 D.C. Virou santo porque, antes, a nação era pagã... Parece que, hoje, 65% dos húngaros são católicos.

 

Nos arredores da catedral, há muitos restaurantes e cafés... Região bem agradável para dar um tempinho na condição de peoplewatcher, mas segui adiante em minha busca pelo Danúbio.

 

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[googlemap]http://maps.google.com/maps?f=d&source=s_d&saddr=eotvos+utca&daddr=Budapest,+Magyarorsz%C3%A1g+(L%C3%A1nch%C3%ADd)&hl=pt-BR&geocode=FZjl1AId2-EiASmrUsvwbdxBRzGeX8QjjVdvVA%3BFQ7J1AIdup4iASGxqc4kqBSAqQ&mra=pd&mrcr=0&dirflg=w&doflg=ptm&sll=47.502938,19.052676&sspn=0.02644,0.076818&ie=UTF8&ll=47.49772,19.04686&spn=0.026443,0.076818&z=14[/googlemap]

Assim, cheguei à Roosevelt Tér (=praça), onde fica o elegante prédio do Four Seasons , bem de frente para a Chain Bridge (Széchenyi lánchíd). Na foto a seguir, tirada da praça, dá para ver um dos leões que ficam nas cabeceiras da ponte e, ao fundo, já na outra margem do rio, o Buda Castle (Budai Vár).[/picturethis]

 

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Atravessei a Chain Bridge mais de uma vez, tirando muitas fotos e observando as pessoas. Dali, além de Buda, vêem-se barcos muitos longos e, no lado Pest, o elegante prédio do Parlamento.

 

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Esta foi tirada mais tarde, da Geller Hill

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Estava rolando uma espécie de festival de verão em uma área de lazer ao lado da ponte, no lado de Pest. Bastava descer umas escadas e havia muita gente ouvindo apresentações de música dos Balcãs, ritmos ciganos bem alegres. Muitas pessoas dançavam e fiquei um bom tempo por ali.

 

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Ia me esquecendo de comentar: àquela altura, eu já havia "descoberto" que, no dia seguinte, haveria o GP da Hungria de Fórmula 1. A cidade estava bombando! ::otemo::

 

Estas são para os meninos...... fila de Ferraris para estacionar...

 

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Eu fico com os trams... ;)

 

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Depois de aproveitar bem o fim de tarde por ali, voltei para o hotel pela mesma Andrassy utca, agora, sentindo o peso da noite mal-dormida.

 

Na Louis Vuitton da Andrassy Utca, uma malinha vintage... Em tempo: minha mochila pesou 14kg na ida.

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Arrastei-me até hotel, passando para matar a fome da forma que me pareceu mais prática, no Burger´s King Oktogon, e dormi doze horas seguidas!! ::ahhhh::

 

CONTINUA EM BREVE.

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[t1]Dia 2 - Budapeste[/t1]

 

Ainda preguiçosa, acordei lá pelas oito e meia, em tempo de pegar o city tour que eu já havia pago com antecedência, com saída às 11h (http://www.programcentrum.hu/en). Fiquei entre duas opções:

 

1 - Hop on hop off: aquele esquema de poder descer e subir do ônibus nas principais atrações quantas vezes quiser por 24h, com áudio-guia. Para percorrer todo o circuito sem descer, estima-se duração de 2h. Preço: 24 euros, com direito a passeio de barco.

 

2 - City tour de 3h de duração: com guia ao vivo falando inglês e/ou alemão, inclui paradas para fotos e algumas caminhadas rápidas em determinadas atrações. Preço: 28 euros.

 

Acabei optando pela segunda, pensando em fazer o dia render, matando logo as atrações em vez de ficar procurando por elas ou esperando o próximo ônibus. Pagando com antecedência no cartão, ganhei um desconto. Ficou por 22 euros e eu deveria comparecer na Erzsébet tér (praça), onde fica a agência e o Hotel Meridien, no horário combinado. Por mais 3 euros, existe a opção de apanharem no hotel.

 

Grand City Tour: Erzsébet Square, Opera House, Heroes’Square, Millenium Memorial (Photostop), Downtown, Elisabeth Bridge, Panorama to the Danube Bank with the famous public buildings, View from Gellért Hill (Photostop), walk in the castle district, Matthias Church (outside), Fishermen’s Bastion, Panorama to the city, Margaret Bridge, Parliament (outside).

 

Fui de metrô até lá (320 HUF, pouco mais de 1 euro). Foi super-fácil: ao sair da estação, dei de cara com a agência de turismo e, do outro lado da rua, os ônibus. O que faria o meu tour era descoberto, todo rosa e tinha escrito "Barbie Bus", coisa que eu só descobri lá, que fique bem claro... :lol:

O de hop on hop off era vermelho e coberto, um ônibus convencional.

Comigo no tour, apenas uma polonesa jovem cujo marido tinha ido assistir à Formula 1, acompanhada de duas senhoras que não falavam inglês e eram meramente contemplativas ;) A polonesa era bem simpática e conversamos durante os passeios. Perguntei aonde deveria ir quando visitasse a Polônia e ela me recomendou Cracóvia. Ficou meio assustada por eu estar viajando sozinha.

A nossa guia era uma senhora húngara muito distinta, falando um inglês bem claro e fiquei contente por ter escolhido o tour com ela.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100828195017.jpg 500 332.589285714 Hosok tere]Com as referências históricas que ela nos deu, até a Hősök tere (Heroes Square) acabou me interessando. Se eu tivesse ido lá sozinha a pé ou de tram, teria achando sem graça, mas foi ali que ela contou sobre as sucessivas invasões que sofreram: mongóis, turcos, domínio dos Habsburgo, estar do lado errado na guerra e, mais tarde, os soviéticos. Ela afirmou, com uma expressão de de grande pesar, falando mais baixo, que, enquanto os turcos otomanos estiveram por lá, por 150 anos, não houve progresso algum. Nem comentei que estava indo toda feliz para a Turquia... ::xiu::[/picturethis]

 

Uma das vistas da Gellert Hill:

 

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Caminhada pelo distrito do Castelo de Buda, incluindo o Fishermen´s Bastion (que tem uma vista linda para a cidade, especialmente o Parlamento) e a Matthias Church, com seu telhados coloridos:

 

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Se tivesse mais um dia em Budapest, teria passeado bastante por Buda, explorando a região do Castelo.

 

De volta a Pest, passando em frente ao Parlamento, a polonesa notou uns sapatos à beira do rio e questionou a guia, que explicou tratar-se de um monumento. Os sapatos são de bronze e evocam a memória de judeus que foram assassinados a tiros pelo movimento fascista húngaro em 1944 e 1945 e atirados ao rio, deixando os sapatos para trás...

 

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Ao final do city tour, chequei os horários e vi que tinha tempo para almoçar ali por perto e ainda fazer um segundo passeio às 15h.

Tinha pouco mais de uma hora para achar um lugar e almoçar, e, àquela altura, eu queria comer de verdade, "de garfo e faca", pois já estava passando a comidinha de avião ou lanche havia dois dias (há que se deixar registrado que a refeição de bordo da Air France, mesmo com todos os problemas que a companhia vem enfrentando, era excelente).

Escolhi um restaurante que me pareceu confiável e chutei o balde... Escolhi um steak porque eu precisava de caaaarne, mas abri mão de uns 20 dentes de alho inteirinhos que vieram num pratinho em separado... :P

 

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Voltei para a Erzsebet tér e contratei um passeio para o Szóborpark, ou Statue´s Park (http://www.szoborpark.hu/index.php?Lang=en), para onde foram levados diversos monumentos que, á época comunista (1945-1989), estavam pela cidade.

Segundo o guia Let´s Go, dá para ir com transporte público, mas achei a explicação meio enrolada... teria que ser metrô + ônibus. Sendo fora da cidade, fiquei com receio de me perder. Paguei 3.500 HUF (uns 12 euros) pela ida e volta com ingresso para o parque. Tive um desconto por ter feito o city tour mais cedo - sem ele, seriam 4.500 HUF. E lá me fui, em um ônibus bem confortável, ouvindo música da era comunista para ir entrando no clima... 8)

 

Eu fui porque tinha tempo suficiente - ao voltar de lá, às 17h, ainda passeei muito pela cidade, como contarei depois.

Mas acho que só vale a pena havendo um interesse especial pelo tema ou, simplesmente, para fotografar. Eu me enquadraria nestas duas condições, só que o horário do tour não foi legal para fotografar, sob sol forte em contraluz para a maioria das estátuas legais...

 

O triunfo do capitalismo!

 

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Na saída do parque, há um Trabant (inativo, como demonstram os pneuzinhos arriados). O Trabant (Trabi, para os íntimos) era o carrinho da era comunista, com carroceria de plástico. Vi exemplares na Hungria, na República Tcheca e, depois, na Alemanha (era fabricado na Alemanha Oriental). Não lembro bem onde ouvi que era necessário pagar adiantado e esperar 8 anos para receber a encomenda! Aquela história... em tese, todo cidadão teria acesso aos mesmos bens de consumo, mas a oferta real ficava bem abaixo da demanda. E, como disse um guia em Praga, todos os homens são iguais, mas alguns são "mais iguais" que os outros. O conceito original era bom, mas o sistema, corrupto.

E, com o triunfo do capitalismo, eu, "a" turista, comprei um mini trabant para decorar o meu cantinho de viagens mais tarde, em Berlim! :D

 

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Ao voltar à cidade, animada porque o dia estava rendendo muito e o sol, ainda alto, fui passear pela Váci Utca, região de pedestres, lojas charmosas, bares e confeitarias. Sendo um domingo ensolarado e, ainda, com o GP de Formula 1, havia um movimento de pessoas na medida certa. Nem demais, nem de menos! Parei em uma praça chamada Vörosmarty Tér para um merecido chopp. Pedi um local e me recomendaram um tal Soproni.

 

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Nada é perfeito... não era gelado, como todos os outros que bebi ao longo da viagem... nunca consegui passar de três! :P

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Depois do chopp, eu me mudei para a Gerbeaud, uma confeitaria em frente ao bar, recomendada pelo guia em papel que eu levei e também pela guia do city tour. Tinha várias tortas e foi difícil decidir... Depois, passeei mais pela Váci Utca até dar os trabalhos por encerrados...

 

De volta à Vörosmarty Tér, tomei o metrô (3 paradas até a estação Oktogon) para descansar e me preparar para a viagem para Viena, na manhã seguinte, não sem antes dar aquela passadinha básica no mundo virtual de domingo à noite para ter e dar notícias, usando um terminal no lobby do hotel (3 euros por 2 horas).

 

Indicativo de estação de metrô.

"Földalatti" significa subterrâneo.

A primeira frase (Vörosmarty utca) é o nome daquela estação, e a última frase é a estação final naquele sentido, ou seja, indica a direção do trem a que se tem acesso por ali...

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Se alguém estiver se perguntando: "E a balada?", esclareço que, como ficava pouco tempo em cada lugar, deixei para a próxima! :wink:

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Ola, Anne. como estás? Sou turismólogo, morei por 4 anos em Floripa no Pântano do Sul e atualmente moro em Blumenau, de onde sairei com mais 4 pessoas no dia 28/09 com destino a Paris, Munique, salzburg, Viena, Praga, Berlim, retornando no dia 15/10. Fiz um topico, mas ninguem respondeu, não sei porque. Podes me ajudar com dicas, por favor? o endereço do meu topico é

ajuda-europa-de-trem-28-09-a-16-10-paris-munique-salzburg-viena-praga-berlim-munique-t46473.html

Meu e-mail é alessandrojiora@gmail.com

Obrigado, Tenha um otimo feriado,

Alessandro Jiora - Blumenau/SC

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[t3]Dia 3 - De Budapeste a Viena[/t3]

 

Depois de alguns dias ausente, estou de volta e tentarei acelerar a conclusão do relato.

Opto por destacar a logística (deslocamentos, custos, breve descrição das atrações). As impressões sobre uma cidade, seu povo ou determinadas atrações, ou as reflexões, deixo por conta de cada um, salvo um comentário aqui e ali... Quanto às fotos, estou escolhendo aquelas que, ainda que sem grande valor "artístico" (hehehe), possam dar uma rápida idéia da "cara" do lugar, ok?

 

Acordei às 8:00h para tomar o trem para Viena às 11:10h. Embora o trem partisse de Keleti pályaudvar (estação leste), comprei o bilhete antecipadamente na Nyugati pályaudvar (estação oeste), que ficava mais perto do hotel - uns 5min de caminhada.

O bilhete custou, com a reserva de assento, 11.190 HUF (uns 40 euros), pagos sem problemas com cartão de crédito com senha de 6 dígitos (alguns sites diziam que cartões de 6 dígitos davam problema na Europa e deveriamos digitar só os 4 primeiros, mas, em toda a viagem, isto só aconteceu uma vez, em Istambul).

 

Antes de seguir para Keleti pu., saí para tomar café da manhã por perto do hotel. Com preguiça de procurar um autêntico café húngaro (haha), lembrei que tinha visto um Mc Donalds meio "art noveau" no dia anterior na Nyugati pu. e fui para lá. Comi dois sanduiches levinhos, mas deliciosos, por menos de 1 euro cada ("Mc Reggeli").

 

Nyugati

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Depois do café da manhã, apanhei a mochila no hotel e, por pura preguiça de ir de metrô, tomei um táxi até Keleti (cerca de 7 euros). Apesar de ter atentado para comprar um bilhete que não precisasse de conexões, estava meio tensa, com medo de pegar o trem ou mesmo o vagão errado e ir parar em outra cidade, já que tinha lido que, ao longo da viagem, alguns vagões podem ser "desmembrados" da composição. Depois de incomodar o homem que checava os bilhetes umas três vezes até ter certeza, chegou meu trem, um Railjet bem moderninho. Tinha telas de LCD em cada porta dizendo o número do vagão, e, embora o homem tenha me indicado o vagão errado, mionha fichinha caiu em tempo e consegui me achar. Depois, foi só aproveitar o balanço suave, vendo a vida passar pela janela enquanto ouvia MPB.

 

Budapest Keleti pályaudvar (often abbreviated Budapest Keleti pu).

 

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Chegada a Viena

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Cheguei à Westbanhof em Viena e fui a pé para o Hostel Ruthensteiner (http://www.hostelruthensteiner.com), que ficava bem perto: bastou-me sair da estação e seguir à direita pela Mariahilferstrasse, entrar na primeira à esquerda e já estava na rua do hostel, que escolhi por indicação do Let´s Go. Mudei a reserva de dorm para quarto privativo (38 euros ao dia). Na recepção, uma atendente chamada Astrid que falava português. Não "amei" o hostel, porque o quarto era no térreo e a janela dava para uma mesa do pátio em que os hóspedes ficavam batendo papo, o que me obrigava a manter a janela fechada... mas, para duas noites, não houve problemas. Tinha locker free (bastava usar uma moeda de 2 euros que era devolvida na retirada). O café da manhã era opcional (2,50 a 3,50 euros, mas eu preferi tomar na rua). Tem mercados e lojas por entre o hostel e a estação de Metrô Westbanhof, na Mariahilferstrasse, mas atenção: tudo fechava às 19h (sim, inclusive o supermercado).

Notei uma loja de equipamento fotográfico que tinha, na vitrine, um kit contendo: uma Nikon D5000 (igual à minha) + lente do kit 18-55mm + uma lente 80-200mm, tudo por 599 euros. Nem entrei para não me empolgar e acabar comprando algo que tivesse que carregar pelo resto da viagem, mas doeu pensar no quanto paguei pela minha no Brasil... ::putz::

 

Depois de largar as coisas no hostel, fui de metrô até a Staatsoper (Ópera de Viena), de onde saem ônibus de city tour (hop on hop off - 20 euros - com áudio-guia em diversos idiomas, inclusive português - http://www.viennasightseeing.at).

 

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Existem três circuitos integrados e o bilhete comprado depois das 15h vale para o dia seguinte também (ao observar que o carimbo que deram na porta marcava 14h, reclamei e deram um visto para que eu pudesse usar no dia seguinte... então, se optarem por este passeio, fiquem atentos...).

Optei pela linha azul e fiquei rodando pela cidade sob um sol escaldante, pensando: "Que roubada!". Mas, enfim, sendo uma cidade "grande", sem o city tour, eu provavelmente demoraria muito para encontrar as atrações, e assim acabei tendo uma visão geral bem melhor do que se ficasse me deslocando de metrô ou a pé...

Pensei em descer no Prater, parque da cidade onde tem uma roda gigante panorâmica, mas não era o horário ideal para fotos... Acabei não me animando a descer em nenhuma das paradas daquela linha, preferindo dar uma geral para reconhecer a cidade. A linha azul leva até o Danúbio e uma área de prédios modernos. Apesar de ter mais ou menos a mesma população de Budapeste, Viena tem mais cara de cidade grande e, de início, me estressou um pouco (trânsito, predios mais altos, gente comum andando apressada no metrô).

 

Depois, de volta à Staatsoper, fui pela linha vermelha até a Stephansdom (catedral de Santo Estevão). As fotos não fazem jus, porque ficava difícil enquadrar.

 

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Em frente à Stephansdom, um reflexo no prédio da Zara chamou minha atenção...

 

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Saindo da Stephansdom, notei um cara suspeito me observando enquanto eu fotografava com a 70-300mm, que chama atenção, e tratei de ir sumindo em meio à multidão. Uns 5min mais tarde, ele apareceu do nada ao meu lado, bem mais adiante, puxando conversa - ou seja, me seguiu. Respondi que ia muito bem, obrigada, e me mandei. Muito estranho. Mulheres viajando sozinhas, cuidado redobrado...

 

Fui para a Graben, uma espécie de calçadão quase ao lado, e suas imediações. Havia alguns jovens tocando música clássica e o clima estava muito legal. Gente de todo tipo: público GLS cruzando com mulheres de vestes árabes, turistas e locais.

 

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Pertinho de onde os músicos estavam tocando, ficava um lugar para comer chamado Trzesniewski (http://www.trzesniewski.at), super-recomendado pelos guias e pelos colaboradores no Trip Advisor (http://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g190454-d714240-Reviews-Trzesniewski-Vienna.html). Kafka (que era tcheco, mas morou em Viena) não saía dali, diziam alguns guias... rs... Bem, tem umas mesinhas do lado de fora para você experimentar os pãezinhos com pastas, mas, honestamente, valeu mais pela experiência... Fiquei me perguntando porque alemães e afins (e nessa incluí os pobres austríacos, mas já vou me desculpando pela generalização grosseira...) gostam tanto de colocar fatias de pepino em tudo!! :D

 

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O do meio era o melhorzinho...

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Como o Trzesniewski não agradou tanto, andei uns 20m e escolhi um dos restaurantes ali da Graben para tomar alguns chopps e ficar observando o vaivém. Mais uma vez, pedi o chopp e só depois lembrei que não viria gelado, paciência... eu merecia, fosse como fosse, e tinha que me adaptar aos costumes locais! Mais tarde, ainda no mesmo restaurante, experimentei um Wiener Schnitzel (bife de vitela à milanesa, acompanhado de limão galego e salada de batata). Simplesmente delicioso! Depois, foi só curtir o cair da noite e descansar para o dia seguinte - conhecer a Viena Imperial!

 

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