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jhomolos

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Tudo que jhomolos postou

  1. Um perrengue que passei foi em Oslo. Lembrando que é uma cidade MUITO cara e cada refeição é simplesmente uma facada! Pretendia ficar 2 dias em Oslo e fiquei 3. Tudo porque me cansei muito andando por Oslo, desbravando a cidade a pé! Não que eu me arrependa por ter feito isso, valeu a pena. Mas cheguei no hostel muito cansado e fui dormir. Eu tinha um voo às 7 da manhã em Rygge e para pegá-lo, tinha que pegar o shuttlebus às 4 da manhã. Pus o despertador para me acordar às 3 e fui dormir. Eu acordei às 3, mas simplesmente não passou pela minha cabeça que eu tinha um voo para pegar! Acordei, saí da cama, tirei minha câmera da tomada e a guardei na minha mochila... e voltei para a cama. Acordei assustado às 7, lembrando do voo durante o sono. Quando acordei, meu primeiro pensamento foi : "FUDEU!". Mas já era. Tive que ficar mais um dia em Oslo e pagar mais uma fortuna pelas refeições lá, além de comprar uma nova passagem aérea. Além disso, meu voo era pra Londres e o restante dos bilhetes aéreos já estavam comprados, o que comprometeu um dia da minha viagem em Londres. Devido a isso perdi também minhas passagens para Stonehenge, e tive que comprar outras. Este terceiro dia em Oslo valeu a pena! Foi bem legal! Mais legal até que os outros 2 dias. Esse problema lá com as passagens para Stonehenge me gerou outros perrengues também, mas que são histórias para uma outra oportunidade! Hehehehe
  2. Li muitas páginas deste tópico e é realmente muito inspirador!!! Realmente dá vontade de terminar de ler este tópico, e logo em seguida, jogar a mochila nas costas e cair no mundão. Engraçado é que o criador do tópico sumiu e ninguém sabe o que ele fez da vida em seguida... hehehehe Há mais de dois anos que possuo este perfil aqui no Mochileiros.com e esta é a primeira vez que posto algo, mas sempre leio muita coisa que aqui está escrita e devo confessar que este foi o tópico que mais me cativou. Realmente tocam em pontos de conflito na vida de muitas pessoas, que muitas vezes preferem não exteriorizar. Chega a ser um debate filosófico (questões existenciais mesmo), passando por muitas outras áreas da vida, como financeira, pessoal, familiar, amorosa, etc. Muito interessante como um assunto reune tantos elos, e mais ainda, como tempos debates saudáveis e inteligentes aqui. Quanto à pergunta do rapaz, acho que o fator dinheiro não é o mais importante. E sim, o quão motivado ele está para esta jornada. Se eu fosse ele, gastaria o mínimo desse dinheiro aí, e minha subsistência seria através de bicos. Usaria esse dinheiro pra recomeçar a vida quando terminasse a viagem. Outra coisa, acho 4-5 anos bastante tempo. Na verdade, acho que não devemos planejar nem a duração da viagem. Você viajará e talvez sentirá que sua viagem está completa. Você aprendeu sua lição e está na hora de voltar pra casa. Quando saímos em viagem, buscamos muitas respostas, se nem ao menos termos as perguntas. É um aprendizado diário, onde você inspira e expira novas experiências, constantemente. Tem que estar disposto a passar por certas situações, a sair da zona de conforto, a abrir mão do conforto em troca de experiências que você irá carregar por toda a vida. Sair da zona de conforto é o mesmo que expandir os horizontes, e isso, não se aprende em qualquer esquina. Aprende-se no mundo. Creio que essas necessidades que sentimos, de nos aventuramos e provarmos do exótico e imprevisível, são as duas faces da moeda que toda pessoa deveria experimentar. Pena que muitos se vão sem ter sentido isso. Pois bem, lembrei do texto do Amyr Klink - "Um homem precisa viajar". É preciso conhecer um lado da vida, para poder dar valor ao outro. Acho que o ideal é ponderar tudo. Mais cedo mencionaram a questão de ter o porto seguro, o local de volta. Aos 21 anos, fiz um intercâmbio pela minha universidade para a Alemanha, onde morei durante 1 ano, sempre viajando muito. Desde os 18 n moro em casa, todo ano em local diferente e finalmente esse intercâmbio. Eu definitivamente tinha perdido minha concepção de lar, de casa. Voltei ao Brasil e ainda não tinha ido à minha cidade, não fui a minha casa onde cresci. Só 6 meses depois que eu fui, quando cheguei de madrugada e abri a porta devagarzinho e silenciosamente, para não acordar a minha avó. Foi quando então, pus minhas malas no chão e acendi a luz do meu quarto. Lá tinha um quadro grande na parente, com um retrato meu quando criança. A foto de sempre! E todas as minhas coisas estavam exatamente como eu tinha deixado, tudo como eu conhecia. Posso dizer que foi uma das maiores emoções q já senti na vida. Saber que mesmo cruzando toda a Europa, andando pelo Brasil, ainda tinha um lugar só meu, que conserva minhas memórias, onde eu ainda era referência, e que aguardava meu retorno. Isso não tem preço. Ali mesmo eu desabei em lágrimas e fiquei imerso em pensamentos. Uma coisa tão sutil e inesperada que me tocou muito. Eu já tinha esquecido daquele retrato, daquele quarto e da disposição das minhas coisas. Na minha cabeça, eu já n tinha lugar nenhum. Desculpe por este texto, mas a menção do termo porto seguro neste tópico, me obrigou a escrever isso. Um abraço a todos os mochileiros, aventureiros e companheiros do Mochileiros!
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