Olá a todos!
Planejando minha primeira viagem pela Europa no estilo mochilão este fórum me deu diversas ajudas, principalmente o relato da viagem da Letícia Quaresma (europa-25-dias-7-paises-13-cidades-t35036.html), que deu as idéias básica para planejar meu roteiro. Desta forma, resolvi que depois da viagem escreveria um pouco sobre a mesma, até para ajudar outros viajantes que podiam encontrar as mesmas dúvidas que tive. A viagem foi em novembro/dezembro do ano passado, então já estava enrolando um pouco demais para escrever este post. Não vou ficar dando muitas dicas de o que fazer em cada cidade, pois acho que já existem diversos tópicos neste sentido. O que gostaria mesmo era dar idéias de roteiros de viagem, minhas impressões sobre os albergues, transportes, custos, etc. Assim, segue um arquivo em excel com a maioria das informações e se alguém tiver um duvida especifica é só perguntar.
Roteiro Viagem.xls
A partir do roteiro da Letícia, o meu roteiro ficou com 25 dias, partindo de Roma, passando por Veneza, Munique, Innsbruck, Viena, Praga, Berlim, Barcelona, Carcassone, Toulose e Paris. Dá para ver algo de parecido no roteiro, mas fomos um pouco mais ao leste e dispensamos Amsterdam (ficou para uma próxima viagem) e Florença. A idéia foi reduzir os custos comprando o passe de trem de apenas 15 dias, começando e terminando a viagem nas duas cidades que passaríamos mais tempo, Roma e Paris. Assim, após certa pesquisa, compramos a passagem da TAP Rio-Lisboa-Roma/Paris-Lisboa-Rio, sendo que na volta o avião chegava em Lisboa de manha e só saia de noite, o que nos deu um dia extra em Portugal. Como a perna de Berlim para Barcelona era muito longa, compramos uma passagem pela EasyJeT por uns 45 euros cada, mas acabamos perdendo o vôo e tivemos que pagar uma multa para remarcar...
O passe de trem era para mim e minha noiva, do tipo Saver (433 euros, cada), de tal forma que tínhamos que andar sempre juntos nos trens e podíamos andar na primeira classe. Uma duvida que tinha era se valeria à pena comprar o passe de trem ou comprar os bilhetes separadamente, ainda mais que mesmo com o passe é necessário reserva em alguns trens. No fim, pagamos 30 euros (cada) na reserva do trem Roma-Veneza (couchete com 4 camas), 25 euros no de Veneza-Munique (couchete com 6 camas) e 3,5 no de Munique para Innsbruck, mas acho que esse nem era necessário. Depois disso só pegamos trens diurnos que não precisavam de reservas. Na última viagem de trem (Carcassone - Toulose – Paris) o passe já teria acabado, então compramos a passagem Toulose – Paris daqui do Rio mesmo (17 euros) e a passagem de Carcassone para Toulose lá na hora, já que tinha trem toda hora (foi uns 20 euros também). Não cheguei a fazer a conta, mas me deu a impressão que, em geral, o passe deve ter ficado no mesmo valor do que se tivesse comprado as passagens antecipadamente, ou de repente um pouco mais caro. Contudo, o passe nos deu uma flexibilidade em mudar os horários das viagens que acho que valeu muito.
Em relação ao seguro saúde obrigatório, fiz o meu através do cartão de credito, pois a Mastercard te dá o seguro caso compre a passagem com o cartão. O da minha noiva fiz com a Axa (http://www.axa-schengen.com) sendo o mais baratinho que encontrei (46 euros). De resto, levei uns 1600 euros trocados aqui no Brasil para nos dois e deixei para sacar o resto lá na Europa mesmo, calculando um gasto de uns 50 euros para cada um por dia. Seguem então minhas impressões de cada cidade.
Roma
Ficamos no CIAK Albergue, sendo em geral bem agradável e perto do metro. Recomendaria, mas sem muitas expectativas, pois é um albergue bem básico. Algumas dicas: Aconselho a utilizar bastante o metro, comprando logo um passe de dois ou três dias. Não fizemos isso, achando que poderíamos andar direto e acabamos nos arrependendo. Levamos um susto com a diferença de preço caso compre alguma coisa em um café no balcão ou sentado na mesa. Se for a um café e te perguntarem se prefere em pé ou na mesa, pergunte o preço antes. Na basílica de São Pedro tinha um fila enorme e algumas pessoas vendendo “excursões” que te levavam para dentro do Vaticano pulando a fila. Eu não recomendo, pois apesar de longa a fila anda rápido. Por ultimo, visitamos o Coliseu logo quando chegamos e ficamos nele até fechar. Depois descobrimos que o ingresso do Coliseu valia também para o Palatino, que acabamos não podendo visitar pois teríamos que comprar outro ingresso no dia seguinte.
Veneza
Chegamos a conclusão que, como a estadia de Veneza era mais cara, valia mais a pena chegar de manhãzinha de trem, deixar as bagagens da estação, aproveitar o dia na cidade e sair para o próximo destino de noitinha. Achei uma estratégia ótima e que valeu muito. Apesar do frio (estava ventando muito na cidade) andamos o dia inteiro pelas ruelas e saí da de Veneza com algumas bolhas. Algo que faria diferente seria o almoço, pois a comida do restaurante que fomos realmente não valia os euros que pagamos. De repente valeria mais a pena fazer um lanche mais reforçado, mais barato e provavelmente melhor que nossa refeição.
Munique
Ficamos no Wombats de Munique (muito bom e perto da estação de trem). Recomendo o free tour promovido pelo albergue. O free tour na realidade não é “free”, pois o guia trabalha por gorjetas e ele realmente se esforça para merece-las. Vale muito a pena e no final você dá o que pode para o guia. Em Munique, algo que me impressionou foi que o pedestre pode ser multado ao atravessar a rua fora do sinal ou com o final fechado para ele. Chegamos de manhãzinha e fomos andar pela cidade e, como não sabíamos disso, percebi alguns nativos olhando de cara feira para a gente... Enquanto estávamos em Munique fomos também a Fussen, visitar o castelo Neuschwanstein. O clima não ajudou muito, pois estava meio nublado, mas foi bem legal. Ir a ponte MarienBruecke é realmente obrigatório, mas o interior do castelo não me impressionou muito. O que vale mesmo é a vista e o visual dele.
Abraços a todos e depois escrevo sobre as demais cidades.